19.07.2012 clipping eletrônico SES

Diario de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 06:54
O mal da anemia falciforme
Doença compromete a atuação dos órgãos. Em Pernambuco, estima-se que 3% da
população tenha a disfunção genética
Glynner Brandão
Aos 25 anos, a paranaense Simone de Oliveira tem uma vida normal. Mas nem sempre
foi assim. Diagnosticada com anemia falciforme aos três meses, a infância dela foi de
desconfortos físicos e incertezas, noites a fio. A doença, que é hereditária, afeta o
funcionamento das hemácias, podendo comprometer a atuação de diversos órgãos.
Atualmente, estima-se que 3% dos pernambucanos tenham a doença. A Secretaria
Estadual de Saúde não consegue precisar o número de pessoas acometidas pela
alteração genética em Pernambuco. A estimativa é de que um a cada 1,4 mil nascidos
vivos desenvolva a doença. Em 2010, 60% dos recém-nascidos no estado passaram pelo
teste do pezinho, uma das armas no diagnóstico da doença. Em 2011, nasceram 140 mil
pequenos em todo o estado. Desses, 92 mil foram submetidos à avaliação que identifica
a anemia. O objetivo da SES é zerar o déficit em 18 meses.
Com relação ao exame eletroforese de hemoglobina, também usado na identificação da
doença, a meta é mais larga, atingir 20% das gestantes pernambucanas em três anos.
Hoje, apenas Recife e Olinda fazem esse teste. “O envolvimento dos municípios é
fundamental neste processo”, acrescenta a coordenadora da Política Estadual da Pessoa
com Doença Falciforme, Miranete Arruda. Até o final deste mês a secretaria programa
treinar cerca de 600 profissionais no manejo clínico da doença.
Atualmente, 1,6 mil pacientes com anemia falciforme são assistidos pelo Hemope. São
800 crianças, 400 mulheres e 400 adultos. “O grande desafio é fazer um diagnóstico
precoce e oferecer o cuidado necessário. Quanto mais cedo a gente descobrir a
existência da doença, mais as medidas são eficientes”, diz o médico Aderson Araújo. A
expectativa de vida média dos pacientes é de 50 anos e das suas hemácias de 15 dias. As
normais vivem entre 80 e 120 dias.
A doença atinge, principalmente, as mulheres. “É necessário cobrar políticas específicas
e conscientizar a população”, diz a presidente da Federação Nacional das Associações
das Pessoas com Doença Falciforme, Maria Borges. “É preciso enfrentar a doença.
Fazer com que a população tenha acesso à informação. O que deve ser feito é envolver
os atores do processo para se chegar a um resultado positivo”, conta a secretária da
Mulher, Cristina Buarque.
Saiba mais
O que é
É uma doença hereditária, ou seja, as pessoas já nascem com ela. É resultado de uma
modificação genética no gene (DNA) que, ao invés de produzir o pigmento chamado
hemoglobina (Hb) A nas hemáceas, fabrica outro, denominado S (HbS)
Como diagnosticar
Teste do pezinho
A orientação é que a criança seja levada ao posto de saúde para fazer o teste na primeira
semana de vida. O teste pode identificar a presença da doença falciforme, do traço
falciforme e também do hipotireoidismo congênito, da fenilcetonúria e da fibrose cística
O exame de sangue chamado de eletroforese de hemoglobina é usado para fazer o
diagnóstico em crianças com mais de quatro meses, jovens e adultos
Principais sintomas
Anemia crônica, causada pela rápida destruição dos glóbulos
Icterícia: cor amarelada na pele e mais visível no “branco dos olhos”. Isso, na doença
falciforme, não significa hepatite e não é contagioso
Síndrome mão-pé: inchaços dolorosos na região dos punhos e tornozelos. São mais
comuns até os dois anos de idade
Dores intensas, principalmente em ossos, músculos e articulações
Disque saúde: 0800 61 1997
Diario de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 06:54
Entrevista >> Joice Aragão, coordenadora do Programa de Doença Falciforme do
Ministério da Saúde
Apenas as cidades do Recife e Olinda oferecem o exame eletroforese no estado.
Como a senhora avalia esse quadro?
É um número baixo, mas podemos considerar que a capital reúne o maior número de
habitantes. Agora, mais uma vez, temos que corrigir as distorções sociais. A população
do interior também tem que ter acesso. É uma questão de igualdade. O trabalho deve
caminhar para que o exame eletroforese de hemoglobina esteja disponível em todas as
unidades de atenção básica do estado. Um processo que deve ser corrigido.
O grande desafio é envolver os municípios?
Sim. Os municípios são o centro mais importante da atenção. A cidade é o local onde as
coisas se dão para quem mora na região. A gente precisa desenvolver um trabalho para
que a desigualdade deixe de existir. Essa é uma questão bem séria.
A doença falciforme é uma prioridade dentro do Ministério da Saúde?
Temos muitas prioridades no Brasil. Mas digo que, atualmente, a doença falciforme está
recebendo a atenção devida do Ministério da Saúde.
O valor investido é insuficiente?
O nosso maior problema não é o investimento. O SUS permite que ela (a doença) entre
nas redes de atenção. O problema maior é a capacitação de todos os profissionais do
SUS. A gente precisa incluir o conhecimento da doença no cotidiano dos profissionais.
Com isso, identificamos o paciente e cuidamos melhor. Temos recursos anuais
disponíveis para capacitação em torno de R$ 10 milhões. Isso é suficiente para realizar
seminários e disseminar informações da doença no Brasil.
Jornal do Commercio - PE
19/07/2012 - 06:52
Drama de uma garota que luta para sobreviver
Criança está na UTI do Otávio de Freitas, após torção seguida de infecção. Não há
previsão de alta
A menina Emanuele Victoria de Medeiros, 2 anos, que peregrinou durante seis dias por
seis hospitais pernambucanos depois de torcer o pé, continua em estado grave.
Residente em Goiana, na Mata Norte, a criança está internada desde domingo à noite na
UTI do Hospital Otávio de Freitas, no Sancho, Zona Oeste do Recife, e não tem
previsão de alta.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) Emanuele apresenta infecção
decorrente de uma artrite séptica (acúmulo de pus) no tornozelo. “No primeiro dia de
internamento, a criança passou por procedimento cirúrgico para drenar a articulação
afetada. Desde então, a paciente, que respira com a ajuda de aparelhos, está sendo
assistida com o uso de antibióticos para controlar a infecção e manter as funções vitais
do corpo”, afirmou, por nota, a assessoria de comunicação da SES.
Para a equipe médica do Otávio de Freitas, a infecção não foi ocasionada pela torção.
Segundo os profissionais, provavelmente a criança já sofria consequências da artrite
séptica (inchaço, dores e febre) antes de procurar os hospitais.
O reumatologista e professor do Departamento de Medicina Interna da UFPE Fernando
Cavalcanti explica que a artrite séptica é uma infecção na articulação provocada por
bactérias. “Normalmente, há uma porta de entrada alguma lesão”, esclarece,
acrescentando que também existem casos em que os pacientes são contaminados depois
de infecções em outros órgãos. De acordo com o especialista, existem dois tipos de
procedimentos no combate à doença: uso de antibióticos e drenagem. “O diagnóstico
precisa ser feito cedo, porque a ação das bactérias é rápida. Infelizmente, há uma
carência de especialistas em reumatologia no Estado e isso dificulta o diagnóstico
preciso”, afirma.
Parentes de Emanuele acusam profissionais de saúde do Hospital Belarmino Correia,
em Goiana, de negligência. De acordo com a mãe da menina, a estudante Priscila
Pereira, 22 anos, a médica que atendeu a garota, com dores, pela primeira vez, dia 10,
receitou analgésicos. Dia 13, um médico teria se negado a atendê-la alegando falta de
água e gesso. A menina passou ainda por outros cinco hospitais até chegar ao Otávio de
Freitas. “Agora é só oração para ver se Emanuele fica boa. A família toda está muito
triste. Fiz questão de acompanhar a minha neta porque Priscila está nervosa. Não tem
condições de ver a filha nessa situação”, desabafou o avô materno, Iremar Pereira.
Jornal do Commercio - PE
19/07/2012 - 06:52
Mais Saúde
Alto risco à saúde materna
O Movimento de Mulheres e o Comitê Estadual de Mortalidade Materna colocam hoje a
Secretaria Estadual de Saúde, supervisora local do SUS, contra a parede, para cobrar
ações efetivas na atenção à gestante. Recente fiscalização feita por elas na Mata Sul
constatou excesso de cesarianas, parto não humanizado, plantões descobertos,
desatenção no pré-natal municipal, entre outros problemas comuns também na RMR,
onde maternidades são reinauguradas sem condições de funcionamento.
As mulheres não querem apenas hospitais bonitos, com estrutura de última geração.
Mas espaços que atendam às regras sanitárias e garantam a elas o direito de parir
naturalmente com a assistência devida. Esse direito parece mais difícil na Zona da Mata
Sul, região com mortalidade na gravidez e parto duas vezes maior que a média estadual.
Quem debate
JC – Que nota dá à atenção ao parto na Mata Sul?
Gigi Bandler – Com a alta mortalidade materna em 2009, é um duplo zero. Tem que
verificar nas gestantes coração, diabete, HIV e não só pressão, barriga e batimentos
cardíacos dos fetos.
JC – O que o Estado tem que fazer?
Gigi Bandler – Falta regular, moralizar, além de dar incentivo e isonomia salarial entre
concursados e contratados por OS, corrigir diferença de salário entre médico e
enfermeira.
Confira a entrevista com a feminista na íntegra no
jconlineblogs.ne10.uol.com.br/maissaude/
Atualize-se – Câncer e bioética
Especializações em oncologia multidisciplinar e em bioética da Faculdade
Pernambucana de Saúde estão com inscrições abertas. As aulas, a partir de setembro,
serão aos sábados e domingos (uma vez por mês). Informações: (81)3035-7777.
Expoepi
Prorrogado só até amanhã o prazo para submissão de experiências e trabalhos técnicocientíficos à Mostra Competitiva da 12ª Expoepi, de Experiências Bem-sucedidas em
Epidemiologia. Acesse o site do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br.
Oficinas para conselheiros
O Conselho Estadual de Saúde realizará oficinas de comunicação. Informese:www.conselhoestadualdesaude.blogspot.com.
Respire melhor na terça-feira
No dia 24, no Otávio de Freitas, no Recife, pneumologistas vão examinar pessoas com
mais de 40 anos e mostrar como é bom parar de fumar.
Participe – Mamografia
O Hospital de Câncer, em Santo Amaro, está com vagas para realização de mamografia
pelo SUS. Não é necessário encaminhamento nem marcação prévia. A triagem ocorre
de segunda a sexta, das 7h às 13h.
Acidentes
Das 9h às 17h, na Farmácia Roval da Rua Duque de Caxias, no Centro do Recife,
haverá informações gratuitas sobre a prevenção de acidentes domésticos. Veja como
participar: (81) 3301-5500.
Quero saber
“Perdi plano de saúde e quero saber como posso marcar dermatologista pelo SUS no
Centro Albert Sabin, já que não há posto de saúde por aqui”, Elinaldo Santos, morador
dos Aflitos.
Resposta: A Secretaria de Saúde do Recife orienta a ir ao Albert Sabin marcar consulta
com clínico, que poderá encaminhá-lo ao dermatologista. Deve levar documento de
identificação, comprovante de residência e Cartão SUS, caso o tenha.
Jornal do Commercio - PE
19/07/2012 - 06:52
JC nas Ruas
Falta remédio
Pacientes que precisam de remédios distribuídos pela Farmácia do Estado reclamam que
muitos medicamentos controlados estão em falta. Um deles é o Risperidona, utilizado
para esquizofrenia, que não aparece na farmácia desde março.
UPA lotada
A UPA da Imbiribeira admitiu que paciente com síndrome de down não foi atendido em
12 de julho por causa do volume de atendimentos naquele plantão. Quando a média de
espera passa de 3 horas, doentes são orientados a procurar outra unidade.
Diario de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 06:54
Mortes por Aids caem 24%
Segundo a ONU, nações estão próximas das metas de zero óbitos e infecções, a ser
cumprida até 2015
Das metas para controle do HIV no mundo, que determinam zero infecções, zero
discriminação e zero óbitos estipuladas pela Organização das Nações Unidas (ONU)
para 2015, duas serão alcançadas. O acesso universal ao tratamento da doença com a
eliminação da transmissão da mãe para o bebê, que influenciam diretamente nos novos
casos e nos óbitos podem levar os países a eliminarem dois dos zeros. Segundo o
coordenador da Unaids no Brasil, Pedro Chequer, o Relatório Global 2012 da ONU,
divulgado ontem, sustenta essa conclusão.
De acordo com o documento, o tratamento da doença com antirretrovirais que se
aproximava de zero em 2003 está crescendo, em consequência, o número de óbitos está
caindo. De 2005 para 2011, as mortes em decorrência da Aids caíram 24%, chegando a
um patamar de 1,7 milhão de óbitos. Já a cobertura da doença pelo tratamento com
antirretrovirais está em alta, subiu de 400 mil pessoas em 2003 para 8 milhões, no ano
passado, o que representa 54% da população alvo.
Pedro Chequer lembra que as metas já foram consideradas inatingíveis e destaca que
hoje existe a possibilidade concreta de se chegar a cobertura total da doença. “Quando
declaramos as metas, haviam dificuldades claras. Alguns consideravam que éramos
visionários”, ressaltou. A transmissão vertical (de mãe para filho) também está em
queda. “Os gráficos mostraram um avanço. Se com 61% das gestantes fazendo
tratamento para prevenção da transmissão conseguimos uma queda elevada (de quase
700 mil novos casos em 2001 para 330 mil em 2011), imagina se chegarmos a 80%,
90%. Se não chegarmos a zero nas transmissões verticais chegaremos a um número
muito próximo dele”, prevê. Com a queda na mortalidade, cai também os falecimentos
em decorrência da tuberculose – doença gerada pela Aids que mais mata atualmente.
Preconceito
Segundo a ONU, o maior entrave, no entanto, ainda é o preconceito. O coordenador
residente da instituição no Brasil, Jorge Chediek, acredita que a violência contra a
mulher e a homofobia são os pontos mais preocupantes. Embora lembre que é preciso
avançar, Chediek ressalta que os países estão conquistando bons resultados. Uma
doença que há 20 anos era considerada praticamente uma sentença de morte, está se
tornando crônica. “Quando a comunidade internacional assume o compromisso, é
possível fazer a diferença”, declara.
Saiba mais: Pílula contra HIV questionada
O coordenador da Unaids no Brasil, Pedro Chequer, fez uma ressalva em relação ao
Truvada, medicamento lançado recentemente nos Estados Unidos apontado como capaz
de prevenir o vírus. Segundo ele, é preciso ter cautela, pois a eficácia é menor que a da
camisinha, além de ter efeitos colaterais. “Temos 8 milhões de pessoas que ainda
precisam ser tratadas”, salientou. O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites
Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, também mostrou-se desconfiado: “não
existe pílula mágica”.
Diario de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 06:54
Juventude infectada
O relatório também mostrou que mais de 7 mil pessoas foram infectadas por dia pelo
vírus HIV em 2011. Cerca de 97% dos casos ocorreram em países de média e baixa
renda. Das notificações, quase 900 foram em menores de 15 anos. Os jovens, de 15 a 24
anos, seguem como grupo de maior contaminação, atingindo 41% dos novos casos.
Apesar de o número de infectados ainda ser alto, também cresceu a participação de
investimentos de países pobres no combate à doença. De acordo com Chequer, antes
somente as nações desenvolvidas davam atenção à Aids. No ano passado, os
investimentos mundiais foram de US$ 16,8 bilhões no tratamento e na prevenção da
doença. Só a África do Sul foi responsável por US$ 1,9 bilhão desse montante.
O Brasil foi um dos destaques do estudo. De acordo com Chequer, a diferença do país
foi a adoção pioneira do tratamento com antiretrovirais. “E, independentemente do
governo, a luta contra a doença continuou”. Para o diretor do departamento de DST,
Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, nada teria acontecido se
não fosse o Sistema Único de Saúde. “No Brasil, todo esforço é com nosso dinheiro,
não dependemos de incentivo internacional”, ressaltou.
Apesar da excelência, as pessoas continuam sendo infectadas no país – estima-se que
630 mil brasileiros estejam contaminados. Na visão de Greco, isso se deve a falta de
uma política de testagem. “Não se pede exame de HIV. E não se pede porque as pessoas
não tem cara de estar infectadas. Nós chegamos a um processo onde não existe mais
grupo de risco, existe situação de risco com sexo não protegido. Temos de diagnosticar
as pessoas que não sabem que estão infectadas”. A estimativa é de que 250 mil pessoas
estejam nessas condições. “Se chegarmos a esses, nossa chance de interromper a
transmissão é enorme.”
Diario de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 06:54
A maior barreira
A única meta da ONU que o Brasil não deve atingir é a eliminação da discriminação. A
dificuldade no acesso ao sistema de saúde, enfrentado principalmente por gays e
travestis, aliado a posições políticas que o país tem tomado podem pôr em risco a
campanha vitoriosa de combate à doença. Na opinião do coordenador da Unaids no
Brasil, Pedro Chequer, episódios como a suspensão da distribuição de material didático
nas escolas com orientações homossexuais, o chamado “kit gay”, a censura (não
divulgação em TV) da campanha publicitária de carnaval que expunha um casal gay e a
protelação para criminalização da homofobia podem levar a um retrocesso.
Para Chequer, zero discriminação ainda é uma pendência decisiva. “Temos uma série de
dificuldades e barreiras culturais, onde entra a questão religiosa. Eu diria que o estado
laico é o princípio fundamental para que possamos ter efetivamente ações de controle da
Aids fundamentadas de modo científico”, diz. O coordenador comenta que a campanha
de prevenção censurada no carnaval foi a melhor que o ministério já produziu, voltada
para população mais vulnerável. Segundo ele, na medida em que se procura atender
demandas de alguns segmentos sociais que não fundamentam a ciência em detrimento
da ideologia, o Brasil corre risco de dar um passo para trás.
Outro exemplo usado por Chequer no retrocesso foi a proibição da distribuição do “kit
gay”. Para ele, o ato foi lamentável porque é na escola que repousa a esperança e a
expectativa de construção de uma nova agência de prevenção, não só do HIV e da
hepatite, mas da igualdade de gênero, diversidade e orientação sexual e diversidade
racial.
O diretor do Departamento de DST do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, reforçou que
a política brasileira não mudou e amenizou as intervenções que o ministério vem
sofrendo.
Diario de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 06:54
Tem de tudo. Até remédio
Farmácia Independente inaugura loja com novo conceito, cheia de luzes, e voltada para
a classe A
É uma boate? É uma butique? Não. É uma farmácia. Assim pode ser a reação de algum
desavisado ao passar em frente ao novo ponto da Farmácia Independente, inagurado
neste mês em Boa Viagem. Com uma iluminação inusitada, em que a fachada muda de
cor, a loja atrai os olhares de quem circula pela Domingos Ferreira, especialmente à
noite. Além de chamar a atenção com o projeto visual diferenciado, a proposta da nova
farmácia é atingir um consumidor de classe A, a partir de um mix diversificado de
dermocosméticos, suplementos e perfumes importados. A rede, que possui hoje dez
unidades no Recife, Jaboatão e Cabo, deve abrir mais três farmácias neste ano, seguindo
o mesmo conceito.
“Com o crescimento da economia do nosso estado, o mercado para a classe A ampliouse, tanto que os shoppings passaram a apostar em lojas com este perfil”, comenta o
diretor administrativo Ricardo Gomes. A unidade de Boa Viagem tem um mix de 850
dermocosméticos, 280 produtos na seção de perfumes e maquiagens importadas, além
de 450 diferentes suplementos. “Vendemos de tudo. Até remédios”, brinca Gomes. A
loja conta com 26 funcionários, quando a média é de 12 a 15. “Temos uma nutricionista
para orientar sobre os suplementos e cinco dermoconsultoras”, diz ele.
O valor investido no ponto, que tem 300 metros quadrados, não foi divulgado. Mas o
diretor administrativo garante que foi alto. O projeto é do arquiteto Humberto Zirpoli.
“Foi até um desafio para ele, que é especializado em fazer restaurantes. Ele nos trouxe
uma proposta inovadora. Não existe nenhuma outra farmácia no país como a nossa”,
afirma Gomes. Ele relata que, durante as obras, muitos moradores da vizinhança
questionavam se a unidade era uma butique ou um restaurante. “Tivemos até que
colocar uma placa, dizendo que era uma farmácia”, conta ele.
A loja tem uma fachada iluminada em LED, que muda de cor. “É para chamar a atenção
mesmo. Mas não é só a fachada. O piso, por exemplo, não é de cerâmica. É de madeira
e tecnocimento”, detalha Gomes. As novas lojas do grupo devem seguir o mesmo
conceito. “Vamos investir em unidades maiores. Essa fachada que muda de cor será o
diferencial da nossa marca”, adianta ele.
A Farmácia Independente foi fundada em 1990 por Mário Reis que, em 2004, vendeu a
rede de oito lojas para Vlademir Lopes. Na época, o empresário era sócio da rede
Farmácias Guararapes. Após vender a sua parte no negócio para o grupo BR Pharma, no
ano passado, Lopes decidiu reativar a marca Independente.
Jornal do Commercio - PE
19/07/2012 - 06:52
Escalada do crack em dado assustador
Central recebe média de 28 ligações, por dia, sobre uso da droga no Estado. Em 2002,
foram apenas 26 chamadas
O Disk-Denúncia divulgou ontem informações a respeito do consumo de crack em
Pernambuco nos últimos 10 anos. O crescimento é alarmante. Diariamente, a central
tem recebido uma média de 28 ligações denunciando o uso da droga no Estado. Para se
ter uma ideia do aumento, em 2002 foram feitas apenas 26 denúncias durante todo o
ano.
Somente em 2011, o banco de dados reuniu 11.252 denúncias sobre o consumo e venda
da droga. No primeiro semestre deste ano, a central já recebeu 5.956 denúncias.
A superintendente do Disque-Denúncia em Pernambuco, Carmela Galindo, ressalta que
houve uma mudança na curva do consumo de drogas no Estado e que o perfil das
informações recebidas pela central de atendimento alerta para uma redução expressiva
no uso de outras drogas (maconha e cola, por exemplo). No entanto, o aumento do
consumo de crack é grande. “Entre 2010 e 2011, o crescimento foi de 225% apenas na
Região Metropolitana do Recife.” Em setembro de 2010, o Disque-Denúncia e a
Secretaria de Defesa Social (SDS) lançaram campanha de combate ao crack no Estado.
Da época até o último mês de junho, foram registradas 20.342 denúncias.
Conforme a central, em 17% das ligações as pessoas fazem relatos apenas sobre o
tráfico de crack e 83% dos denunciantes falam sobre a venda da droga aliada a outros
tipos de entorpecentes. A droga é mais facilmente encontrada nas ruas, segundo 48%
das ligações. As casas (também conhecidas como bocas de fumo) estão em segundo
lugar, com 34%. Apenas 3% das denúncias relatam sobre vendas em estabelecimentos
comerciais como bares e restaurantes. Recife lidera o ranking das cidades com maior
número de denúncias: 48%. Em seguida vêm Olinda (16%), Jaboatão dos Guararapes
(12%) e Caruaru (11%).
“O tráfico de drogas está intimamente ligado à posse ilícita de armas de fogo e,
consequentemente, aos casos de homicídio. Em 45% das denúncias foi informado o uso
de pistolas e revólveres pelos traficantes que comercializam crack”, salientou a
superintendente do Disque-Denúncia em Pernambuco.
CENTRAL
A central de atendimento (3421-9595 para o Recife e Região Metropolitana e (81)
3719-4545 para cidades do interior) funciona durante 24h. Quem realiza denúncias tem
a identidade preservada. A recompensa por informações a respeito da venda de
entorpecentes pode chegar a R$ 2 mil.
Jornal do Commercio - PE
19/07/2012 - 06:52
PT e PSB rivalizam na Saúde
Em contraponto às “Upinhas” de Geraldo Julio, Humberto Costa defende fortalecimento
do Programa Saúde da Família
O serviço municipal de saúde, segundo setor mais criticado pelos recifenses, depois da
mobilidade urbana, detonou a primeira polêmica entre dois dos principais candidatos a
prefeito do Recife. Quando disse durante o final de semana que construiria Unidades de
Pronto Atendimento (UPAs) nas Regiões Político Administrativas do Recife (RPAs), o
socialista Geraldo Júlio deixou irritado o candidato do PT, Humberto Costa.
O tema não foi escolhido aleatoriamente pelo socialista. A avaliação do governo
estadual na área da saúde é boa, uma vez que o governador Eduardo Campos (PSB)
cumpriu a promessa de campanha de construir três hospitais na Região Metropolitana
para desafogar o atendimento na rede estadual. Também capitalizou como nenhum
outro político a construção das Unidades de Pronto Atendimento instaladas em todo
Estado, fruto de uma parceria com o governo federal. O equipamento conquistou
popularidade.
A proposta das “upinhas”, como estão sendo chamadas as unidades prometidas para as
RPAs, se contrapõe diretamente a uma ideia que marca os 12 anos da gestão petista na
capital, e que foi ampliada e consolidada pelo próprio Humberto, quando ainda atuava
como secretário de Saúde da gestão de João Paulo: o Programa Saúde da Família (PSF).
Geraldo Julio, de acordo com os petistas, se apropria de um programa que tem uma
marca de eficiência, tema-chave de seu discurso. Humberto se arma de números para
defender a sua criação. Afirma que com a marca de 900 mil pessoas sendo atendidas por
mais de 250 equipes reduziu a mortalidade materna e praticamente erradicou a filariose
na capital pernambucana.
AMPLIAÇÃO
Ele garante que em seu programa de governo irá ampliar e modificar os PSFs por todo
Recife, inclusive de forma estrutural, já que a função do equipamento é atuar na saúde
básica e preventiva, evitando a necessidade de UPAs. O embate da saúde é apenas o
primeiro de muitos que demonstram objetivo de PT e PSB de demarcar seus espaços e
conceitos de gestão. De um lado, o PT com discurso de escolhas políticas, inversão de
prioridades e investimentos estruturais. O palanque socialista desfila outro com o
palanque, programas e monitoramentos.
Jornal do Commercio - PE
19/07/2012 - 06:52
Elogio ao prefeito em ato do PSB
Ao participar de uma reunião na Associação de Moradores do Morro da Conceição, o
candidato a prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) teve que ouvir, ontem, vários
elogios a outro político. O vereador Almir Fernando (PCdoB), que o convidou para
conversar com a sua militância, abriu o encontro enaltecendo o prefeito João da Costa
(PT), cujo o partido lançou a candidatura do senador Humberto Costa. O comunista, que
é candidato à reeleição, disse, inclusive, que ainda continua defendendo o prefeito na
Câmara, apesar de fazer parte da coligação adversária, a da Frente Popular.
Almir Fernando chegou a enumerar algumas obras realizadas por João da Costa durante
o mandato. “Faço parte da bancada de João da Costa. Muito foi feito durante a gestão.
Estão sendo construídos parques, conjuntos habitacionais e a Via Mangue. Ele fez
muito e, por uma questão partidária, não foi candidato à reeleição”, falou, referindo-se
ao polêmico episódio que resultou na intervenção da Executiva nacional do PT em favor
de Humberto. O posicionamento de Almir levou o presidente da Assembleia
Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), que ontem acompanhou Geraldo Julio, a também
tecer elogios ao prefeito. “Ele (o prefeito) lutou muito. Foi vítima do partido. O PT
cassou o mandato de um prefeito que fez muito pelo Recife. Não merecia ter passado
por isso”, ressaltou.
Só após enaltecer a imagem de João da Costa foi que Almir Fernando justificou para a
militância o motivo de pedir votos para Geraldo: o fato de o governador Eduardo
Campos (PSB) estar avalizando a campanha do seu ex-secretário. “O governador lançou
um candidato e vamos apoiá-lo. O governador trabalha muito pelo Estado. Ele
apresentou uma pessoa que trabalha ainda mais”, disse. Em seu discurso, Geraldo optou
por falar sobre as propostas que já anunciou para a saúde, como as construções de 20
Unidades de Pronto Atendimento 24 horas, as Upinhas, e de seis para o atendimento
especializado, ambas se reportam ao modelo adotado pelas UPAs do Estado.
Jornal do Commercio - PE
19/07/2012 - 06:52
Vítima de talidomida recebe indenização
Uma australiana nascida sem braços e sem pernas depois que, durante a gravidez, sua
mãe tomou talidomida, obteve vários milhões de dólares após um acordo com o grupo
Diageo, que comprou o remédio do distribuidor do medicamento.
Lynette Rowe, 50 anos, encabeça uma queixa coletiva em nome das vítimas deste
medicamento na Austrália e Nova Zelândia. O remédio contra náuseas, produzido pelo
grupo alemão Grunenthal, foi comercializado no mundo a partir de 1956 até sua retirada
do mercado, em 1961.
A autora da ação afirma que suas malformações físicas foram causadas pela ingestão de
talidomida durante a gravidez de sua mãe, em 1961. O processo foi aberto contra o
distribuidor inglês The Distillers Company – que já não existe – e a Diageo, que
assumiu seu controle.
The Distillers Company era um grupo de bebidas alcoólicas e produtos farmacêuticos
comprado pela Guinness, que se fundiu em 1997 com outros grupos para formar o
gigante britânico de bebidas alcoólicas Diageo.
Segundo os advogados de Lynette Rowe, os termos do acordo são confidenciais, mas
representam uma soma de vários milhões de dólares australianos, ou seja, seu
equivalente em dólares americanos. “Será suficiente para garantir um nível muito bom
de cuidados para Lyn pelo resto de sua vida”, indicou um dos advogados Peter Gordon,
que classificou o acordo de “justo e consequente”.
Folha de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 07:34
ONU espera obter tratamento mundial da aids até 2015
Segundo o Unaids, América Latina é pioneira no acesso aos medicamentos
antirretrovirais
Ao comentar dados globais sobre aids divulgados ontem, o coordenador do Programa
Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Pedro Chequer, disse
que há uma possibilidade de se alcançar tratamento universal da doença até 2015.
Segundo ele, a América Latina aparece como pioneira no acesso aos medicamentos
antirretrovirais, seguida pela região do Caribe e pela África Subsaariana.
Em 2011, 8 milhões de pessoas receberam tratamento em países de baixa e média renda,
um aumento de 1,4 milhão em relação ao ano anterior. O número representa 54% das
14,8 milhões de pessoas que precisam ser tratadas na região. “Parte desta vitória se deve
ao Brasil porque, já nos anos de 1990, adotou uma política de governo que passou a ser
política de Estado e se mantém de maneira firme, independentemente da situação
adversa da economia”, avaliou.
O relatório indica que 82 países aumentaram em mais de 50% os investimentos no
controle e prevenção da aids entre 2006 e 2011. Países de baixa e média renda, juntos,
representaram investimentos de US$ 8,6 bilhões em 2011, um aumento de 11% em
relação a 2010. Os gastos públicos internos em países da África Subsaariana, por
exemplo, cresceram 97% nos últimos cinco anos, enquanto os Brics (Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul) aumentaram os gastos nacionais públicos em mais de
120%. Já o financiamento internacional permanece no mesmo nível de 2008 (US$ 8,2
bilhões).
Sobre o medicamento Truvada, aprovado nesta semana pelo governo norte-americano
como alternativa para prevenir a infecção pelo HIV, o coordenador do Unaids ressaltou
que o remédio está sendo divulgado como uma espécie de panaceia e que é preciso ter
cautela. “Temos outras pesquisas com maior relevância no sentido do controle da
epidemia do que esta”, disse ele. “Não podemos comemorar (o Truvada) como um
milagre”.
Folha de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 07:34
Médicos cobram serviços do SUS
Dois médicos do município de Jales, no interior de São Paulo, foram denunciados pelo
Ministério Público Federal (MPF) após cobrarem por consultas e cirurgias custeadas
pelo Serviço Único de Saúde (SUS). A denúncia tramita na 1ª Vara de Jales desde 6 de
julho, data da acusação, e até ontem não houve nenhuma decisão. Segundo
investigações do MPF de Jales, os médicos Emerson Algério de Toledo e Dalton Melo
Andrade devem responder pelos crimes de concussão, estelionato, falsidade ideológica e
aborto provocado por terceiro, sem consentimento da gestante.
Em 2005, informou o ministério, Andrade exigiu o pagamento de R$ 600 para realizar
um parto cesariano na Santa Casa de Urânia. Sem condições de pagar o valor cobrado, a
gestante seguiu o conselho de Andrade e esperou pelo parto natural. Após uma semana
de espera, seguida da omissão de atendimento tanto de Andrade quanto de Toledo, os
dois médicos denunciados, o bebê nasceu morto.
Um segundo caso, em 2009, foi registrado pelo MPF. Desta vez, após acompanhar o
pré-natal de uma paciente, Toledo exigiu o pagamento de R$1 mil para a realização da
cesariana. Como também não tinha recursos para o pagamento, a gestante ouviu do
médico que deveria “esperar a hora da criança nascer”. O ministério pediu à Justiça, no
dia 6 de julho, a prisão preventiva dos dois acusados e, caso isso seja negado, o
afastamento de suas funções públicas.
Folha de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 07:34
Sindicatos contra chips em jalecos
Os sindicatos dos médicos e dos enfermeiros do Rio de Janeiro vão entrar com
representações no Ministério Público do Trabalho contra os chips implantados em
jalecos de funcionários da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Mesquita, da rede
estadual de saúde. A medida adotada pela direção da UPA visa controlar a frequência
dos 150 servidores e evitar o desvio de materiais.
Segundo a presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Monica Armada, a atitude é
arbitrária. “Qualquer dia estarão colocando um chip embaixo da pele das pessoas. E
também acho que não vai funcionar efetivamente. Um jaleco eu posso trocar com
você”, afirmou. Para o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, a medida
viola a dignidade humana. “Nosso entendimento é que iniciativas dessa natureza, longe
de representar a melhoria das condições da saúde pública, se assemelham a regras de
regimes autoritários”, criticou.
De acordo com a Secretaria de Saúde, há uma preocupação de não deixar a população
“desassistida” pela ausência dos profissionais de saúde. A tecnologia será implantada na
UPA de Queimados e nas duas UPAs de Nova Iguaçu, todas administradas pelo
Instituto Data Rio.
Folha de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 07:34
Venda de genéricos cresce 21% até junho
A venda de medicamentos genéricos cresceu 20,95% em unidades de dose (um
comprimido ou 1 ml) no primeiro semestre de 2012, para 321,2 milhões, na comparação
com 265,6 milhões contabilizadas em igual período do ano passado. Já os
medicamentos em geral tiveram um crescimento de 7,89% na primeira metade do ano,
para 923,9 milhões unidades, segundo dados da consultoria IMS Health. No segundo
trimestre de 2012 o crescimento foi de 10,29% em relação ao primeiro trimestre. Já o
mês de junho apresentou aumento de 18,98% comparado ao mesmo período do ano
passado.
Os afiliados à Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais
(Abradilan) atualmente representam 21% do volume de unidades de medicamentos
genéricos vendidos no Brasil. Para atender a demanda, segundo enquete realizada pela
associação, 38,9% estão focados na ampliação do centro de distribuição e qualificação
da equipe. Para o diretor da Abradilan, Geraldo Monteiro, o crescimento do mercado
farmacêutico está aliado aos preços baixos oferecidos pelos genéricos e iniciativas do
Governo, como o Programa Farmácia Popular.
Folha de Pernambuco - PE
19/07/2012 - 07:34
Consumo de crack cresceu no Estado
O Serviço Disque-Denúncia de Pernambuco divulgou ontem um balanço das denúncias
sobre consumo de crack em Pernambuco. De acordo com a entidade, a utilização do
entorpecente cresceu nos últimos dez anos. O indicativo ganha concretude quando há
uma comparação entre os anos. No ano de 2002 o órgão registrou apenas 26 denúncias
sobre o problema, enquanto que no ano passado este número subiu para 11.252. Este
ano, até o momento, a ferramenta Disque-Denúncia computou 5.956 ligações, uma
média de 28 contatos por dia.
Por meio de nota à Imprensa, a superintendente do Disque-Denúncia estadual, Carmela
Galindo, considerou uma alteração na curva do consumo de drogas no Estado. A gestora
revelou ainda que o crescimento do uso do crack, em algumas regiões, foi maior do que
100%, nos últimos três anos. “O perfil das informações recebidas pela Central alerta
para uma redução expressiva do uso de outras drogas, como maconha ou cola,
substituídas pelo crack. O aumento, a cada ano, é alarmante. Entre 2010 e 2011, o
crescimento foi de 225% apenas na Região Metropolitana do Recife”, garantiu Carmela,
no documento.
Ainda conforme a entidade, 17% das denúncias são relacionadas ao tráfico de crack. As
demais ocorrências compreendem a comercialização da substância aliada a outros
entorpecentes. O serviço Disque-Denúncia funciona 24 horas, todos os dias da semana,
e assegura o anonimato do denunciante. Informações sobre a venda da droga podem ser
recompensadas com até R$ 2 mil.