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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ESTUDO DAS ESTRATÉGIAS PARA ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS E
DESENVOLVIMENTO DE CIDADES.
VAGNER LEMOS DO AMARAL
Professora Orientadora: Eliana Senna-PhD
06/2015
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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ESTUDO DAS ESTRATÉGIAS PARA ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS E
DESENVOLVIMENTO DE CIDADES.
VAGNER LEMOS DO AMARAL
Artigo científico como requisito parcial
para obtenção do título de Bacharel em
Administração pela Faculdade Luterana São
Marcos.
Professora Orientadora: Eliana Senna-PhD
02/2014
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RESUMO
O cenário econômico mundial estimula a competitividade entre as cidades,
nesse sentido, é apresentado breve contextualização sobre a importância da cidade
na decisão da dinâmica do mercado com vistas a sua contribuição para o fomento
do crescimento e desenvolvimento sócio econômico regional. Diante disso, é
utilizado o know how do Marketing enquanto processo de criação, promoção e
fomento as atividades estratégicas que aumentam o magnetismo das cidades,
tornando-as atraentes para investimentos publico-privado, e que de certa forma
ratifique a condição competitiva local. Sobre a ótica do marketing estratégico de
lugares, verifica-se o papel dos diversos atores sociais (sociedades, organizações e
poder publico), e como suas relações são construídas e estabelecidas. Nesse
sentido, tendo como ponto de partida os resultados de importantes estudos,
publicados pela Revista Exame e Revista América Economia Brasil, onde são
destacados municípios considerados lugares estratégicos, por apresentarem
variadas possibilidades de atividades que fomentam o crescimento e
desenvolvimento econômico regional. Fez-se a classificação da amostra das
melhores colocadas nos rankings desse seleto grupo de cidades do estado do RS
(Rio Grande do Sul), com objetivo de identificar quais são os fatores críticos de
sucesso das cidades listadas nos rankings, ou seja, quais atributos influenciam a
atração de investimentos e fomentam uma atmosfera de crescimento e
desenvolvimento, bem como, identificar quais elementos podem ser aplicados a uma
cidade de condições limitadas no mesmo estado. Por fim propor uma estrutura que
possa auxiliar a tomada de decisões futuras.
PALAVRA CHAVE: Cidade, Fomento, Crescimento, Desenvolvimento, Marketing,
Atratividade e Competitividade.
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INTRODUÇÃO
No atual cenário econômico mundial, as cidades assumem papel estratégico
e são consideradas “cartão de visita” de um estado ou país, a sua capacidade
competitiva esta diretamente ligado á aspectos relacionados a promoção da imagem
e posicionamento perseguido pela mesma, estudos da Organização das Nações
Unidas (2014), revelam que até 2050, mais de 60% da população mundial viverá em
cidades, e construí-las com capacidade de atender as necessidades demandadas
por seus habitantes e envolvidos é considerado um dos maiores desafios no
planejamento urbano, por tanto, diante de tais perspectivas, buscar o engajamento
de atores sociais estratégicos e planejar ações que estimulem seu crescimento e
desenvolvimento ocupam lugar de destaque na construção de um ambiente
favorável a realização de negócios sustentáveis e promissores.
De acordo com Oliveira (2002), não há como estabelecer critérios de
desenvolvimento sem associa-lo á crescimento, onde este corresponde ao ganho
financeiro decorrente das riquezas produzidas por determinado município, estado ou
país, e desenvolvimento consiste na utilização dos resultados obtidos com o
crescimento em ações que contribuam para melhora da qualidade de vida dos seus
habitantes.
Segundo Damásio e Mah (2011), PIB (Produto Interno Bruto), é considerado
um dos mais importantes indicadores de excelência da economia dos municípios,
calculado a partir da soma do total de riquezas produzidas pelas empresas dos
diversos setores da economia, entretanto, ressaltam a limitação do PIB no trato de
aspectos sociais, pois, sua aplicação na mensuração do desenvolvimento local,
quando analisado isoladamente, é considerada restrita.
O PNUD (Programa das Nações Unidas e Desenvolvimento) em parceria com
IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), e a FJP (Fundação João
Pinheiro), divulgaram em 2014 os resultados do IDHM (Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal), obtido a partir da combinação de três dimensões:
Longevidade: esta relacionado a qualidade de vida, pois estima o
tempo médio de anos que as pessoas viveriam, mantidos os mesmos
padrões de vida.
Educação: avalia como ocorre a inserção das crianças, jovens e
adultos no ambiente escolar, bem como, a qualidade do ensino
oferecido.
Renda: refere-se ao ganho de capital, medido pela renda mensal per
capta, avalia o domínio sobre recursos que proporcionem melhora na
qualidade de vida, com acesso a necessidades básicas, como água,
alimento e moradia.
As dimensões citadas permeiam as bases do desenvolvimento de uma
cidade, entretanto, Silva (1996), complementa e explica que entre os fatores de
desenvolvimento e de possivel atraçao de empresas a considerar nas decisoes e
possiveis açoes de mercado, estão ações de cunho social, economico, educacional,
ambiental e também politico-institucional, onde o somatorio destes elementos são de
grande importancia no processo de desenvolvimento, variando de acordo com o
grau de relevância para determinada região. Para a construção do artigo, optou-se
pela análise da combinação de dados econômicos (informações gerais e resultados
do PIB) e sociais (Resultados do IDHM) dos Estados da Região Sul do Brasil.
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Segundo Siqueira (2015), a diversificação da base produtiva nos três estados
que compõem a região sul ocorreram a partir dos investimentos nos setores de
alimentos, calçados, papel e celulose, imobiliário, e com destaque ao setor metal
mecânico, com a ampliação e instalação de industrias do setor automobilístico,
como a GM em Gravataí (RS), Renaut - Nissan na região metropolitana de Curitiba e
WV e Audi em São José dos Pinhais. No quadro abaixo são apresentados dados
sócio econômico das capitais dos Estados que compõem a Região Sul do Brasil.
Quadro I: Informações gerais – Capitais da Região Sul do Brasil.
PIB
Informações
Gerais
Indicador
População
Área Territorial (km²)
Densidade (hab/km²)
% Pessoas Ocupadas
% Pessoas Alfabetizadas
% Homens
% Mulheres
Ranking Maiores PIB's Brasil
PIB Percapta
PIB Preços correntes
% Composição Impostos
% Composição Agropecuária
% Composição Industria
% Composição Serviços
Curitiba/PR
Florianópolis/SC
1.751.907
421.240
435.036
675.409
4.027,04
623,68
61,9%
72,0%
90,9%
91,4%
47,7%
48,2%
52,3%
51,8%
4°
33.291,25
59.151.308
20,7%
0,0%
13,5%
65,8%
IDHM
Ranking Maiores IDHM Brasil
4°
IDHM Geral
0,823
IDHM Educação
0,768
IDHM Longevidade
0,855
IDHM Renda
0,850
Faixas de desenvolvimento
0,000-0,499 – Muito Baixo
0,500-0,599 – Baixo
0,600-0,699 – Médio
0,700-0,799 – Alto
0,800-1,000 – Muito Alto
Fonte: adaptado de IBGE Cidades, 2015 E ATLAS BRASI, 2013.
Porto
Alegre/RS
1.409.351
496.682
2.837,53
62,1%
90,6%
46,4%
53,6%
51°
29.122,65
12.614.711
15,5%
0,2%
12,0%
72,4%
7°
33.882,78
48.002.209
17,1%
0,0%
11,1%
71,7%
1°
0,847
0,800
0,873
0,870
6°
0,805
0,702
0,857
0,867
Conforme descrito no quadro acima, as capitais da região sul brasileira
assemelham-se pelo perfil sócio econômico (quanto ao índice de pessoas ocupadas,
alfabetizadas e sua composição por gênero, suas dimensões territoriais são
aproximadamente iguais, porém com destacada disparidade da densidade
demográfica). Curitiba e Porto Alegre ocupam posições entre os 10 (dez) maiores
PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, Florianópolis ocupa a 51° posição, muito, em
função da sua vocação natural e exploração do setor turístico. Quanto á IDHM
(Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), as capitais ocupam posições entre
os 10 (dez) maiores do Brasil e apresentam excelentes resultados considerando a
classificação das faixas de desenvolvimento. Tais resultados são frutos das
estratégias planejadas sobre dimensões importantes do desenvolvimento, alinhado a
utilização de recursos em infraestruturas, tecnologia e inovação, no sentido de
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proporcionarem a qualificação dos métodos de trabalho, potencializarem a
capacidade produtiva e paralelamente contribuir para a melhora da qualidade de
vida de seus habitantes.
Diante desse contexto, face á relevância do tema abordado sobre quão
qualificado um município esta para o mercado, bem como isso influi para atrair
pessoas e negócios promissores, a Revista Exame Ed.1064/2014 publicou estudo
desenvolvido pela Urban Systems intitulado “As melhores cidades para negócios”,
através da análise de mais de 27 indicadores que permitiram identificar os mercados
mais promissores, originando o IQM – Índice de Qualidade Mercadológica. No
mesmo ano a Revista América Economia Brasil out/2014 publicou estudo elaborado
pela Delta Economics & Finance, intitulado “As Maiores e Melhores cidades do
Brasil”, através da avaliação de atributos em 10 dimensões que permitiram melhor
entendimento sobre as necessidades demandadas pelos habitantes de determinado
local, de modo que os governos e a participação da sociedade civil possam construir
e operar sistemas de forma integrados para oferta de soluções sustentáveis.
Ambos os estudos inspiraram a construção desse artigo por apontarem os
possíveis lugares com as melhores condições estruturais e por propor atributos
importantes para o crescimento e desenvolvimento econômico das cidades. Pela
representatividade econômica, o Estado do Rio Grande do Sul figura como a 4°
maior economia do Brasil, pelo tamanho do PIB e participação de 6,3% no PIB
Nacional, atrás somente de São Paulo (32,1%), Rio de Janeiro (11,5%) e Minas
Gerais (9,2%), tais fatores aliados as respectivas classificações nos estudos
mencionados anteriormente motivaram a seleção das cidades gaúchas destacadas
no quadro abaixo;
Quadro II: Ranking das cidades gaúchas por publicação.
As 100 Maiores e Melhores cidades do Brasil - As Melhores Cidades para negócios - Urban
Delta Consulting 2014
System 2014
Revista América Economia Brasil Ed out/2014 Revista Exame Ed 1064 – 2014
18° Caxias do Sul
12° - Porto Alegre
20° Porto Alegre
26° - Caxias do Sul
31° Canoas
37° - Rio Grande
53° Pelotas
62° - Santa Maria
60° Santa Maria
71° - Passo Fundo
86° Gravataí
84° - Bento Gonçalves
Fonte: adaptado de As 100 maiores e melhores cidades do Brasil - REVISTA AMÉRICA
ECONOMIA BRASIL, Ed. Out/2014 E As 100 melhores cidades para investir - Revista
Exame Ed. 1064.
Tendo como ponto de partida o resultado dos estudos, fez-se a classificação
das cidades gaúchas melhores colocadas nos rankings deste seleto grupo de
cidades para o desenvolvimento do presente artigo, que visa identificar quais são os
fatores críticos de sucesso das cidades listadas nos rankings, ou seja, como fazem
para atrair investimentos que fomentem uma atmosfera de crescimento e
desenvolvimento, bem como, identificar quais elementos podem ser aplicados a uma
cidade de condições limitadas no mesmo estado. Como exemplo de cidade em
condições econômicas limitadas está Alvorada, município integrante da Região
Metropolitana da Capital Porto Alegre, faz divisa com os municípios Viamão,
Gravataí, Cachoeirinha e Porto Alegre, considerada a 11° maior cidade do estado
em número de habitantes, com 195.673 habitantes em 2010, seu IDHM (Índice de
desenvolvimento humano municipal) em 2010 foi 0,699, conceito “médio
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desenvolvimento”, ocupa a posição 314° no estado. O segundo menor PIB per
capita do estado em 2010, por tanto, apresenta fragilidades e carências que
impedem seu crescimento e desenvolvimento, sendo assim, buscar identifica-las e
minimizar seus efeitos estão entre os desafios propostos, e para superá-los, o
atendimento as seguintes etapas são perseguidas;
Identificar quais são os fatores críticos de sucesso das cidades listadas nos
rankings;
Caracterizar a situação atual da cidade Alvorada/RS com base em
indicadores econômicos e sociais;
Verificar quais são os elementos que poderão ser aplicados a uma cidade de
condições limitadas no mesmo estado;
Propor dentre os atributos de fomento ao crescimento e desenvolvimento
local, quais podem constituir as bases para o desenvolvimento sustentável da
cidade.
Com este intuito, o artigo foi construído em 06 (seis) partes, sendo a primeira
e segunda parte compostas pelo resumo e introdução, a terceira parte é composta
pela fundamentação teórica, realizada através da revisão bibliográfica de obras
especializadas no tema, consulta a artigos e sites oficiais. A quarta parte descreve a
metodologia aplicada, na sequencia, a quinta parte explica a coleta e análise dos
dados, sendo a sexta e última parte, são descritas as considerações finais.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica consiste na revisão bibliográfica de livros, artigos e
sites especializados que embase conceitos, técnicas e métodos para o
desenvolvimento do artigo. A atualidade e relevância do tema foram essências para
a sua escolha, tendo em vista, o papel das cidades, quanto a sua atratividade, e
poder de interferir no ambiente que envolve as relações de troca e interação do
poder público, poder privado e a sociedade, todas, tendo a cidade como cenário das
suas ações.
Nessa perspectiva, Kotler (2006) fundamenta o papel da Administração de
Marketing no sentido de promover as ações que desenvolvam a cidade, e ao mesmo
tempo, visa atender as necessidades e desejos do mercado alvo, paralelamente, na
mesma proporção em que a satisfação dos seus habitantes, visitantes, negociantes
e empreendedores consigam suprir suas expectativas.
Sendo assim, realiza-se uma breve revisão bibliográfica, abordando o papel
do Marketing, alinhado a estratégia de fomento ao crescimento e desenvolvimento
urbano.
1.1 CONJUNTURA URBANA SOBRE A ÓTICA DO MARKETING
Segundo as dimensões estratégicas do marketing e sua aplicação na
promoção do lugar, é apresentado o conceito amplo de marketing segundo Kotler
(1984, p.20).
“Marketing é a analise, o planejamento, a implementação e o controle
de programas cuidadosamente formulados e projetados para propiciar trocas
voluntárias de valores com mercados-alvo, no propósito de atingir os
objetivos organizacionais. Depende intensamente do projeto da oferta da
organização, em termos das necessidades e desejos dos mercados-alvo, e
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no uso eficaz da determinação do preço, da propaganda e da distribuição, a
fim de informar, motivar e servir os mercados”.
Complementado por Cobra (1992), Marketing consiste em pesquisar, analisar,
sentir e na medida, prever o comportamento do mercado, sobretudo, identificar as
necessidades não satisfeitas do consumidor, então, moldar, transformar e adaptar
produtos e serviços que simultaneamente atendam estas necessidades e agreguem
maior retorno financeiro para os acionistas e paralelamente melhore as condições de
qualidade de vida da região onde atuam.
Enquanto processo, Urdan & Urdan (2010, p.5) afirmam que “Marketing
envolve estímulo e geração de trocas, em que duas ou mais partes, agindo de modo
deliberado e espontâneo, dão e recebem algo de valor, buscando mutuamente
satisfazer necessidades”.
Para Rosemberg (2000), o marketing enquanto processo na promoção de
lugares, integra as fases, desde a inicial, com a captação de apoio político e
financeiro, até a fase de aceitação e consenso de todos na construção do projeto
urbano. Nesse caso, cabe atentar a cinco pontos importes;
Localização: valorização de determinadas regiões da cidade para o estimulo
da atratividade local;
Utilização: viabilizar o desenvolvimento de mix de funções no projeto;
Composição urbana: criação da atmosfera urbana;
Objetivos: melhorar a imagem da cidade, valorizando atividades, com objetivo
de alavancar a atividade econômica;
Meios e recursos: publicidade e organização de eventos para a promoção do
projeto.
Sobre aspectos da conjuntura urbana, Santos (1997) define território, pela
utilização e apropriação de espaços atendido por seus atributos sociais, culturais e
econômicos, para Moreira (2006) o marketing aplicado a cidades ou lugares objetiva
analisar os mercados-alvo, a segmentação do mercado, e avaliar seus competidores
sobre os aspectos da atratividade do lugar em prol do atendimento das
necessidades e desejos da região, em linhas semelhantes Kotler (2006) o marketing
aplicado a lugares visa estabelecer um posicionamento, através de incentivos
atraentes para os atuais e possíveis consumidores e usuários dos seus bens e
serviços agregando valor a imagem do local destacando suas vantagens
diferenciadas sobre três aspectos;
Planejamento urbano;
Desenvolvimento econômico;
Planejamento estratégico de mercado.
1.2 COMPOSIÇÃO SOCIAL URBANA.
A composição social urbana é formada por atores sociais denominados todos
aqueles que exercem influência na dinâmica urbana, representados neste artigo pela
sua abrangência pelas organizações, sociedade e poder público. (GRAÇA RUAS,
2010).
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1.2.1 ORGANIZAÇÕES
Graça Ruas (2010) destaca a figura dos empresários pela grande habilidade
de influir nas políticas públicas, pelo controle das atividades de produção, fatia do
mercado e oferta de emprego. A autora reforça também o poder dos sindicatos,
ONGs e as igrejas. Em referencia aos trabalhadores, é indispensável ter atenção
quanto a importância estratégica do setor onde atuam, dependendo, podem exercer
maior ou menor poder de pressão.
Segundo Kotler e Keller (2012), as organizações precisam estar atentas as
mudanças mercadológicas e aptas em desenvolver sua capacidade de prevê-las,
assim, adaptar-se a nova realidade. Face às exigências do mercado, os autores
complementam o papel estratégico das organizações reforçam autores completam
identificar suas necessidades e desejos, alinhar-se as expectativas dos seus
mercado-alvo, ter seu posicionamento no mercado atualizado, identificar sua
participação de mercado, aumentar os investimentos na melhoria continua dos seus
processos, no desenvolvimento dos seus produtos e aprimoramento dos serviços
oferecidos, por fim, contribuir com o desenvolvimento da região onde atuam,
solidificando sua imagem por meio das ações de marketing.
1.2.2 SOCIEDADE
Para Graça Ruas (2010, p14), “sociedade é um conjunto de indivíduos,
dotados de interesses e recursos de poder diferenciados, que interagem
continuamente com a finalidade de satisfazer às suas necessidades”.
Para Almeida (2004), empresas e poder público trabalham para satisfazer
diferentes atores da sociedade, dentre eles, destacam-se os moradores e
trabalhadores da região, as empresas de negócios, os turistas de laser e negócios e
os empreendedores, a plena satisfação dos atores envolvidos levará a cidade ao
caminho do sucesso, de outra forma, se não atendidos, levará a cidade ao fracasso
ou decline, e por consequência, a evasão dos habitantes e empresas para outras
regiões mais atraentes.
1.2.3 PODER PÚBLICO
Segundo Graça Ruas (2010) classifica os atores sociais do poder público em
dois grupos;
•
Atores Sociais Públicos: são dotados de grande capacidade de mobilização
em função das suas atividades. Podem ser segmentados em duas categorias;
Políticos: sua posição resulta de mandatos eletivos (parlamentares,
governadores, prefeitos e membros do executivo federal).
Burocratas: são pessoas dotadas de conhecimento especializado,
possuem forte presença setorial. São os advogados, contábeis,
administradores, economistas, etc.
Em resumo o papel do poder publico é prover a sociedade no que tange a
educação, saúde, segurança e infraestrutura, este último refere-se a transporte,
mobilidade, energia, telecomunicações, e suporte as iniciativas privadas, sendo
assim, torna-se missão dos gestores públicos criar ambientes favoráveis à promoção
de negócios baseados na cooperação e sinergia do poder publico com o privado em
prol da cidade.
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Graças Rua (2010, p.2), resume “atividade política dos governos por destinarse à tentativa de satisfazer as demandas que lhes são dirigidas pelos atores sociais
ou aquelas formuladas pelos próprios agentes do sistema político e concomitante
articulação dos apoios necessários”.
1.3 NECESSIDADE: ASPECTO CONDICIONANTE DE DEMANDA
Conforme Kotler (2004 p. 34), ”o marketing tem inicio pela análise da
necessidade que os produtos e serviços devem satisfazer, logicamente, a
identificação e seleção de algumas necessidades implica descartar outras”.
Conforme Urdan & Urdan (2010) necessidades e desejos são fatores que
motivam as trocas, e, nesse caso, entende-se a troca, como o ato de compra e
venda de bens e serviços.
“A necessidade é o estado de carência e privação sentido por uma
pessoa, que provoca motivação para o consumo” [...] ”Satisfazer a
necessidade implica em atingir o estado de realização quando o desempenho
do produto se iguala à expectativa do cliente ou a supera”. (NARDIS, 2010
P.4).
Para Graças Rua (2010), a demanda em nível de cidades pode ser
considerada de três maneiras;
•
•
•
Demanda nova: resulta do surgimento de novos atores sociais, estes
novos são atores já existentes que antes não eram organizados, e ao
fazer, pressionam o sistema político. Ex. ONGs.
Demanda recorrente: resulta dos problemas não resolvidos, ou mal
resolvidos que tendem a voltar.
Demanda reprimida: resulta de não-decisões ou por acontecimentos
que forçarão discussões posteriores.
Conforme Kotler e Keller (2012), definem como um dos papéis mais
importantes da administração de marketing é a sua habilidade em gerar demanda
por produtos e serviços, principalmente, entre aqueles até o presente momento, não
percebidos pelos clientes, sendo assim, consegue agregar valor percebido e cumpre
sua função social de contribuir para o desenvolvimento e bem estar da sociedade.
1.4 MERCADO: AMBIENTE PROPULSOR DA ECONOMIA
Segundo Kotler e Keller (2012), o marketing aplicado a lugares surgiu em
função do aumento da competitividade entre os lugares para atrair turistas,
moradores, e novos negócios, sendo assim, o know how do marketing para
preparar as cidades para a evolução do mercado e aproveitar as oportunidade e
manter sua vitalidade define o papel do marketing para a preparação das cidades
para futuros incertos.
Em função da dinâmica dos mercados, os autores sugerem a classificação do
mercado em quatro grupos;
•
•
Mercado consumidor: composto de empresas que vendem bens e ou serviços para o
consumidor final.
Mercado organizacional: composto de empresas que vendem insumos, bens e ou
serviços para outras empresas.
11
•
•
Mercado global: composto de empresas que especializaram suas atividades na
internacionalização de seus produtos, comercializando-os para além da fronteira do
pais.
Mercado sem fins lucrativos e governamentais: composto de empresas que vendem
seus produtos e ou serviços para entidades sem fim lucrativo e governos
Para Robbins (2005), Mercado pode ser definido como um meio para alocar
recursos com base na negociação de preços.
“Mercado é o conjunto de indivíduos, famílias ou organizações com interesses
e condições de realizar uma troca na posição de comprador de bens e serviços”
(URDAN & URDAN - 2010, p 7).
Para Certo (2010, p. 175), “segmentação de mercado é o processo de
agrupar consumidores ou clientes similares e selecionar o(s) grupo(s) mais
adequado(s) para o atendimento pela empresa [...] são selecionado(s) tendo como
base seu tamanho, o potencial de lucros e até que ponto eles podem ser definidos e
atendidos eficazmente pela organização”.
Conforme Kotler e Keller, (2012), complementam as definições anteriores
conceituando quatro tipos básicos de segmentação de mercados, são elas:
•
•
•
•
Segmentação Geográfica: consiste em dividir um grande mercado em
cidades, bairros, regiões e até mesmo países, seu propósito é
identificar o raio de atuação da empresa.
Segmentação Demográfica: é a mais usual, pois fornece várias
informações sobre as características (a idade, a fase da vida, o sexo, a
renda, a geração, a raça e cultura) da população analisada,
possibilitando dimensionar o tamanho do mercado e quais outros,
poderão ser considerados possíveis mercados-alvo.
Segmentação comportamental: é a divisão dos consumidores de
acordo com seu conhecimento, atitudes, e estilo de vida.
Segmentação Psicográfica: procura avaliar o mercado de acordo com
as forças que movem as ações do “homem”.
Quanto a segmentação psicográfica, no Anexo I apresenta a mais usual
ferramenta e suas especificidades denominado VALS (Values, Attitudes and
Lifestyles) da SBI (Strategic Business Insight).
1.5 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO URBANO:
COMPETITIVAS, DIFERENCIAÇÃO E ATRATIVIDADE.
VANTAGENS
De acordo com Oliveira (2002, p. 32), “O desenvolvimento, em qualquer
concepção, deve resultar do crescimento econômico acompanhado de melhoria na
qualidade de vida”
Para Sandroni (2002), desenvolvimento econômico significa crescimento
econômico acompanhado por melhorias do nível de vida da população e por
alterações estruturais na economia.
A oscilação na evolução do PIB total pode estar relacionada às atividades
econômicas realizadas no município. Aqueles que possuem maior intensidade na
formação do produto no setor industrial e no setor de serviços, tendem a apresentar
um resultado melhor em termos de consolidação do produto interno bruto. Kroetz et
al 2010.
12
1.5.1 VANTAGEM COMPETITIVA
Para Soares (2013, p.29) “a competitividade em nível das cidades
corresponde a capacidade de articulação de fatores com o objetivo de atrair e
desenvolver uma estrutura adequada para a promoção do desenvolvimento.”
Segundo Kanter (1996) as estratégias competitivas das cidades devem ser
constituídas para a satisfação dos seus atores sociais, seu objetivo é atrair
investimentos externos e criar um ambiente de coerção social através do
alinhamento de objetivos em comum.
A obtenção da vantagem competitiva esta associada a correta análise do
ambiente. O processo de criação da vantagem competitiva consiste na identificação
dos pontos fortes e fracos e padrões de reação dos concorrentes. Após a
identificação e análise dos mesmos, é feito o mapeamento das oportunidades,
separando-os entre fortes ou fracos, próximos ou distantes, comportados ou
destrutivos, para em seguida estabelecer a estratégia mais apropriada (KOTLER &
ARMISTRONG, 2007).
Soares (2013) define como maneira de perpetuar e aumentar o nível de
competitividade da cidade pode estar diretamente ligado a fatores que aumentem os
níveis de sustentabilidade local, como forma de neutralizar os efeitos indesejáveis do
crescimento econômico das organizações, regiões e nações, tais como: problemas
sociais (fome, miséria, disparidade de rendas e classes) e problemas ambientais
(poluição, resíduos químicos, resíduos em geral e distribuição do habitat natural).
Porter (1990) associa competitividade local ao aumento do nível de
produtividade. Slack (1993) apresenta cinco fatores, tais como: confiabilidade, custo,
flexibilidade, qualidade e velocidade que podem contribuir positivamente para o
aumento da competitividade.
1.5.2 DIFERENCIAÇÃO
Uma das formas de diferenciar-se dos demais é criar valor, para Keegan
(2010), criar valor para o cliente é alcançado através do esforço da combinação de
produto, preço, promoção e ponto de distribuição que difere a empresa dos demais
concorrentes, colocando-a em posição privilegiada. O valor percebido pelo cliente
aumenta na proporção que os benefícios associados a produtos e serviços são
ampliados, ou, quando há redução nos custos de aquisição dos produtos ou
utilização dos serviços.
De forma abrangente Kotler e Armistrong (2007) afirmam que o ato de
satisfazer as necessidades identificadas por meio da troca é criar valor, sendo o
produto da troca, bens tangíveis ou intangíveis, serviços, ou lugares. Promover o
bem estar, aumentar a qualidade de vida, articular alianças que remetam estado
promissor são algumas maneiras de aumentar a percepção de valor agregado sobre
um lugar.
A concepção do posicionamento combina inovação, conhecimento dos
consumidores e concorrentes e as forças da própria empresa (URDAN & URDAN,
2010, P 26).
Para Hoffmann (et al, 2012), o perfeito posicionamento estratégico esta
associado a capacidade da empresa em administrar as variáveis do composto de
marketing (produto, preço, promoção e praça(lugar)), e extrair o máximo do potencial
isolado ou combinado do composto.
Soares (2013), traz uma abordagem social para o posicionamento estratégico
e ressalta que uma das maneiras de diferenciar-se dos concorrentes é estar atento e
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antecipar-se pró-ativamente à assuntos relacionados ao bem social, destacando a
relação sustentável com elevado ganho competitivo da organização, pois cativa e
agrega valor aos clientes.
1.5.3 ATRATIVIDADE
A capacidade de atração de um lugar esta diretamente relacionado a marca
impressa por ele, ou seja, seu grau de influência nas decisões de compras e
investimentos por meio das crenças, impressões, e informações relacionadas ao
lugar, como sua geografia, cultura, história, arte, música. Construir uma “marca” para
o lugar tornou-se estratégico e requer inteligência, pois deve refletir a realidade,
precisa ter credibilidade, ser simples e atraente. (KOTLER E GERTNER, 2004).
Quadro III: Critérios para construção e promoção da marca lugar.
1) Analisar e definir seus principais pontos fortes e fracos e suas principais oportunidades e
ameaças.
2) Selecionar setores de atividade, personalidades, marcos naturais e eventos que possam
formar a base de uma sólida estratégia de marca e uma narrativa interessante.
3) Desenvolver um conceito “guarda-chuva”, abrangente, que cubra e seja coerente com
todas as atividades relativas ao estabelecimento e desenvolvimento de sua marca. Entre
os conceitos possíveis, o país pode ser associado a prazer, qualidade, segurança,
sinceridade, progresso etc.
4) Destinar fundos nacionais suficientes para cada atividade relativa ao desenvolvimento
de sua marca, para garantir que esta tenha impacto significativo.
5) Criar controles de exportação para garantir que todos os produtos exportados sejam
confiáveis e atinjam o nível de desempenho prometido.
Fonte: adaptado de Kotler, Philip – O estratégico marketing de lugares / Philip Kotler e David
Gertner – Revista HSM 2004.
Segundo Kanter (1996) as cidades devem possuir o magnetismo necessário
que resultem na atração de recursos externos, sejam pessoas talentosas ou
empresas qualificadas que integrem planos estratégicos na sua promoção e
valorização.
O aumento da atratividade refere-se em oferecer um ambiente propicio a
negócios, é pensar na sua localização, no seu acesso e logística, Robbins (2005)
define ambiente, como sendo um composto de forças que tem impacto direto no
desempenho das organizações, por exemplo, a entrada de novos concorrentes,
avanços tecnológicos, alteração tributária, incentivos ou restrições fiscais, entre
outros, todos, isoladamente ou combinados criam incertezas potenciais sobre a
capacidade da empresa em sustentar seu crescimento. Para minimizar os impactos
gerados pelas incertezas futuras realizam-se pesquisas com intuito de sondar o
ambiente, antecipando-se as suas mudanças.
1.6 ESTRATÉGIAS DE ARRANJOS COLIGADOS COMPETITIVOS
1.6.1 DIAMANTE DE PORTER
Porter (1990) relata que um país é bem sucedido quando potencializa ou
restringe sua vantagem competitiva. O modelo do Diamante de Porter trata-se da
Teoria do investimento e inovação para criar e manter uma vantagem competitiva. A
interação dos seus determinantes formam a probabilidade, direção e velocidade da
melhoria e inovação. Ele analisa e sugere as relações sobre os seguintes aspectos;
14
•
•
•
•
Condições de fatores: insumos necessários para competir – Recursos
Humanos, Físicos, de conhecimento, de capital e infraestrutura.
Condições de demanda: refere-se ao tamanho, disposição e
velocidade da demanda, é composta segundo três características:
estrutura da demanda de um segmento (seu tamanho), compradores
sofisticados e inteligentes e as necessidades precursoras do
comprador.
Industrias correlatas e de apoio: são as alianças estratégicas com
fornecedores, disponibilizando acesso rápido e preferencial à insumos
economicamente rentáveis.
Estratégia, estrutura e rivalidade: refere-se como as empresas se
relacionam e se desenvolvem gerando uma vantagem competitiva.
O autor ressalta os aspectos da competitividade macroeconômica (infraestrutura
social, instituição políticas, políticas macroeconômicas) e competitividade
microeconômica (qualidade do ambiente de negócios e estratégia das empresas)
integram os fatores determinantes da competitividade local.
1.6.2 SEIS PILARES DE UMA CIDADE INTELIGENTE
Segundo Giffinger (2014) durante o CICI 2014 (Conferencia Internacional de
Cidades Inovadoras) definiu os seis pilares essenciais para a construção sustentável
da cidade sobre á perspectiva sócio econômico, trata-se da combinação de
elementos econômicos, culturais, ambientais e sociais;
•
•
•
•
•
•
Economia inteligente: significa promover a competitividade econômica
por meio da integração da inovação e empreendedorismo.
Pessoas inteligentes: refere-se a capacitação e qualificação dos
recursos humanos, bem como, acontecem as interações sociais.
Governos inteligentes: proporcionar as condições de suporte
necessárias aos cidadãos e ao funcionamento da máquina pública.
Mobilidade Inteligente: visa acessibilidade, tanto no arranjo físico,
quanto a redes de tecnologia de informação.
Ambiente inteligente: identificar a vocação local, aprimorar por meio da
atratividade, proteção ambiental e gestão dos recursos disponíveis.
Modo de vida inteligente: engloba saúde, educação, segurança, em
resumo, elevar os níveis de qualidade de vida.
1.6.3 SETE DESAFIOS DO RS (1+6)
Nasceu da reunião de indivíduos de todos os setores da economia gaúcha
com propósito de estruturar uma agenda de compromissos com a proposta de
direcionar os rumos da economia, segundo a articulação de sete dimensões.
(AGENDA 2020, 2014)
•
Gestão Pública: atua como articulador das ações, pois é através dela
que se materializam os interesses da sociedade, esta no centro da
análise, pois seu desempenho influencia decisivamente os demais
temas.
15
•
•
•
•
•
•
Infraestrutura: trata-se do arranjo físico estrutural e operacional das
atividades.
Agronegócio: devido a sua alta representatividade na atividade
econômica do Estado.
Inovação: atua como indutora do desenvolvimento científico e
tecnológico.
Educação: função básica do estado, capacitação e qualificação dos
recursos humanos.
Saúde: função básica do estado, amparo social fundamental.
Segurança: condição para respaldar ações do estado, segurança dos
cidadãos e entidades do estado.
1.7 APLICAÇÃO DE INDICADORES À COMPETITIVIDADE
Como saber quais os níveis de competitividade são considerados ideais no
arranjo das interações multidimensionais da economia? O que difere um lugar de
outro? O que o torna mais ou menos competitivo? Questões como essas ocorrem
com certa frequência e no sentido de respondê-las são desenvolvidos indicadores.
Através da combinação de fatores e atributos pré-estabelecidos, os indicadores
revelam as potencialidades de fomento ao crescimento e desenvolvimento local por
meio da oferta da calibragem dos níveis de competitividade municipal, estadual e
nacional.
1.7.1 BCI (Best Cities Index)
O BCI-100, é um indicador desenvolvido pela empresa Delta Finance &
Economist com propósito de consolidar diversas variáveis sociais e econômicas que
permitam mensurar as dimensões do estágio do desenvolvimento urbano. O BCI –
100 é formado por 10 (dez) dimensões, e avalia 77 (setenta e sete) atributos
diferentes distribuídos em conjuntos de 2 (duas) a 27 (vinte e sete) variáveis, sendo
de fácil verificação dos seus detalhes no Anexo II.
1.7.2 IGC – ÍNDICE DE GESTÃO E COMPETITIVIDADE
O IGC originou o Ranking de Gestão e Competitividade, desenvolvido pela
consultoria britânica Economist Intelligence Unit com objetivo de medir as condições
do ambiente quanto a negócios e investimentos nos estados brasileiros. O IGC
avalia 26 (vinte e seis) indicadores relacionados ao ambiente operacional de
negócio, sob 8 (oito) dimensões, sendo de fácil verificação dos seus detalhes no
Anexo III.
1.7.3
IMD – INTERNATIONAL INSTITUTE for MANAGEMENT DEVELOPMENT
(Instituto internacional para o desenvolvimento da gestão) / WCY – WORD
COMPETITIVENES YEARBOOK (Relatório anuário da competitividade
mundial)
O IMD tem a presunção de ser o primeiro acesso as informações relacionadas a
competitividade das nações e empresas. O WCY propõe ser o mais amplo e completo
relatório sobre os níveis de competitividade á nível de nações. O relatório considera o fato
do fator de crescimento econômico basear-se além do PIB e produtividade, considera então,
fatores sociais, culturais, e políticos segundo quatro dimensões;
16
Quadro IV: IMD – Suas dimensões e atributos.
Dimensões
Performance Governamental
Eficiência do governo
Eficiência das empresas
Infraestrutura
Atributos
Economia doméstica
Comércio internacional
Investimento internacional
Emprego
Preços
Finanças publicas
Política fiscal
Estrurura Institucional
Legislação de negócios
Estrutura social
Produtividade
Mercado de Trabalho
Finanças
Praticas de gestão
Valores e atitudes
Infraestrutura básica
Infraestrutura tecnológica
Infraestrutura cientifica
Saúde e Meio ambiente
Educação
Fonte: adaptado de IMD, 2015.
2. PROCESSO METODOLÓGICO
Conforme define Fiorese (2003 p.27), “a metodologia é o conjunto de
processos pelos quais se torna possível aplicar procedimentos que permitam
alcançar um determinado objetivo.”
Sendo assim, apresenta-se os procedimentos metodológicos adotados para o
atingimento dos objetivos propostos, para produção do presente artigo tomou-se por
base dados secundários com as publicações realizadas em 2014 pelas revistas
Revista Exame Ed. 1064 e América Economia Brasil Ed. Out/2014, quanto a
abordagem sobre os lugares de maior representatividade econômica e destino de
investimentos importantes que contribuem para o desenvolvimento local.
Para superação dos objetivos utilizou-se de pesquisa do tipo exploratório,
segundo Gil (1999), a pesquisa do tipo exploratório tem objetivo de proporcionar
uma visão geral sobre determinado fato ou questão, sendo perfeitamente utilizada
para esclarecer fatos, acontecimentos e formular hipóteses precisas e
operacionalizáveis. Malhotra (2012) complementa a definição da pesquisa
exploratória, como o ato de explorar ou fazer uma busca em um problema ou em
uma situação a fim de oferecer informações.
Os dados obtidos foram coletados por meio de pesquisa documental,
aplicação de entrevistas e coleta de questionários, a combinação das estratégias
utilizadas favoreceram a contextualização e entendimento dos indicadores de
fomento as ações de crescimento e desenvolvimento urbano. A amostra das cidades
estudadas foi realizada com base dos dados secundários oferecidos pela
classificação das cidades gaúchas melhores colocadas do ranking das publicações
da Revista Exame Ed. 1064 e América Economia Brasil Ed. Out/2014, titulados
17
“Melhores cidades para investir em negócios” e “As 100 maiores e melhores cidades
do Brasil”. As entrevistas foram realizadas nas Secretarias Municipais das cidades
do RS (Rio Grande Do Sul), visto a representatividade econômica do Estado,
considerado a 4° maior economia do Brasil, pelo tam anho do PIB e participação de
6,3% no PIB Nacional, atrás somente de São Paulo (32,1%), Rio de Janeiro (11,5%)
e Minas Gerais (9,2%), esses fatores motivaram a seleção das cidades gaúchas
destacadas no quadro abaixo;
Quadro V: Amostra das cidades selecionadas.
As 100 Maiores e Melhores cidades do Brasil As Melhores Cidades
Delta Consulting2014
Urban System2014
para
Revista América Economia Brasil 2014
Revista Exame Ed 1064 – 2014
18° Caxias do Sul
12° - Porto Alegre
20° Porto Alegre
26° - Caxias do Sul
31° Canoas
37° - Rio Grande
53° Pelotas
62° - Santa Maria
60° Santa Maria
71° - Passo Fundo
86° Gravataí
84° - Bento Gonçalves
negócios.
Fonte: adaptado de As 100 maiores e melhores cidades do Brasil. REVISTA AMÉRICA
ECONOMIA BRASIL, Ed. Out/2014 e As 100 melhores cidades para investir - Revista
Exame Ed. 1064.
A atividade seguinte foi a realização de pesquisas bibliográficas, o material
consultado extraído de livros, artigos, sites, normas, manuais, documentos gerais,
leis e portarias disponíveis com intuito de revisar o referencial teórico disponível que
fundamenta o desenvolvimento do trabalho.
Com a revisão bibliográfica estabelecida, foi possível destacar importantes
indicadores alusivos ás condições de crescimento e desenvolvimento sócio
econômico urbano. Cada município apresentado no ranking supracitado,
apresentam semelhanças e individualidades que assumem papel importante na
composição competitiva do Estado. No quadro abaixo são descritos importantes
indicadores alusivos ás condições de crescimento e desenvolvimento sócio
econômico.
18
Quadro VI: Resumo dos indicadores relevantes ao crescimento e desenvolvimento
sócio econômico.
Indicador
Descrição
É a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores
PIB
monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa
determinada região, durante um período determinado.
É o resultado do PIB dividido pelo número total de habitantes de
PIB Per capta
determinado país.
Índice Gestão e Competitividade - avalia 26 indicadores que medem
atributos específicos do ambiente operacional de negócios nos 26
IGC
estados brasileiros e no Distrito Federal. De acordo com a metodologia,
quanto mais próximo de 100, melhor são as condições para negócios e
investimentos nos estados brasileiros.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é uma medida
composta de indicadores de três dimensões do desenvolvimento
IDHM
humano: longevidade, educação e renda. O índice varia de 0 a 1.
Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
O IFDM – Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – é um estudo
do Sistema FIRJAN que acompanha anualmente o desenvolvimento
IFDM
socioeconômico de todos os municípios brasileiros em três áreas de
atuação: Emprego & renda, Educação e Saúde.
É instrumento de avaliação da situação socioeconômica dos
municípios gaúchos, considera aspectos qualitativos do processo de
IDESE
desenvolvimento. Por meio dos resultados de seus três blocos
(Educação, Renda e Saúde),
Fonte: adaptado de IBGE Cidades, 2015. IGC – Índice de Gestão e Competitividade. Atlas
Brasil, 2013. IFDM – Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal. IDESE – Índice de
Desenvolvimento Sócio econômico.
Após a revisão dos indicadores abordados que auxiliam na mensuração das
condições que favorecem o crescimento e desenvolvimento regional, observou-se
na teoria, quanto maior forem os resultados do PIB per capta, melhores serão os
resultados do IDHM.
Na sequência, foram realizadas entrevistas em profundidade com
representantes das Secretarias Municipais de Planejamento e Desenvolvimento das
10 (dez) referidas cidades melhores colocadas nos rankings, que serviram para
elucidar os atributos locais e regionais que tornam uma cidade ou região atraente
frente ás novas oportunidades, bem como, traçar paralelos entre as teorias em
consonância com as estratégias aplicadas á gestão urbana e entender quais ações
de fomento ao crescimento e desenvolvimento podem ser realizadas em cidades de
condições limitadas.
Para Malhotra (2006), entrevistas em profundidade constituem dados
primários originados pelo pesquisador com finalidade específica de solucionar o
problema em pauta.
Das entrevistas realizadas, originou-se um questionário com plano de
contingência para atingir aqueles que por ventura não estivessem disponível para a
entrevista, por fim, visando complementar o material levantado e completar as
lacunas existentes pelo não atendimento das entrevistas e ou questionário, realizouse a pesquisa documental.
O conteúdo abordado levou em consideração a complementaridade dos
atributos de atratividade, educação, saúde, segurança e infraestrutura na promoção
da cidade, bem como, fatores condicionantes de competitividade.
19
Ao finalizar os procedimentos de coleta dos dados plausíveis as condições
para atração de investimentos locais e regionais, constatou-se alto volume de dados
oriundo de diferentes variáveis, depurá-los, revelou vasta riqueza de informações
que poderão num próximo artigo serem aprofundados.
O passo seguinte após a coleta dos dados e informações é depurá-los,
através do método quali-quanti, defendido por Demo (1995), como método de
análise que consiste no agrupamento e associação de ambos os aspectos
quantitativos e qualitativos.
A análise destes fatores originou a construção de uma Estrutura Avaliativa de
Competitividade, ferramenta útil no auxilio das decisões futuras, que consiste na
combinação de fatores estruturais, econômicos e sociais. A Estrutura Avaliativa de
Competitividade avalia os resultados de 47 (quarenta e sete) atributos, alocados em
10 (dez) dimensões (Dados Gerais, Contas Públicas, Sistema S, Infraestrutura,
Segurança, Dados Econômicos, IDH, Saúde, Educação e Renda), subdivididos em
04 (quatro) aspectos. As dimensões Dados Gerais e Contas Públicas caracteriza as
cidades pelo Aspecto Visão Geral do Sistema Público. Os Aspectos Estruturais são
atendidos pelas dimensões Sistemas, Infra Estrutura e Segurança. Os Aspectos
Econômicos avalia os resultados dos indicadores de crescimento e competitividade,
e os Aspectos Sociais derivam dos resultados e desempenhos atrelados as bases
do desenvolvimento sugeridos pelas dimensões do IDH.
A Estrutura Avaliativa de Competitividade de Alvorada será aplicado
atendendo ao seguinte metodo. A EAC será alimentada com os dados de Alvorada e
o Resultado das médias alcançadas pelas cidades selecionadas. Pois se fossem
considerados valores isolados de cada cidade, de certa forma, seria injusto para
Alvorada, visto a amplitude das atividades de cada cidade. Após a consolidação dos
dados, buscou-se identificar quais atributos / elementos podem ser aplicados a uma
cidade de condições limitadas, nesse caso, a cidade de Alvorada. Para melhor
entendimento, no Anexo IV é apresentada a EAC de Alvorada detalhadamente.
Por fim, tendo a consideração final do artigo, com a aplicação da Estrutura
avaliativa de competitividade, busca-se propor conjunto de ações que poderão ser
aplicadas a uma cidade de condições limitadas no mesmo estado. Como forma de
ilustrar os procedimentos utilizados, a próxima figura apresenta o fluxograma
metodológico da pesquisa.
Figura I: Fluxograma Metodológico da Pesquisa
Ideia:
Seleção do
tema.
Consolidação dos
dados levantados em
forma de tabelas e
gráficos.
Consolidação das
entrevistas e
questionários.
Fundamentação
Teórica – Revisão
Bibliográfica.
Criação e posterior
aplicação do
questionário
estruturado.
Análise dos dados e
informações
levantadas.
Pesquisa documental e
bibliográfica:
levantamento de dados
pertinentes ao tema.
Criação, validação e
posterior aplicação
da entrevista.
Considerações
finais e
apresentação
das propostas
sugeridas.
20
Fonte: Elaborado pelo autor (2015).
Os dados válidos tiveram origem na pesquisa aplicada ao grupo de 10 (dez)
cidades gaúchas selecionadas nos rankings, desse seleto grupo de cidades, foram
aplicadas 05 (cinco) entrevistas com os representantes das Secretárias Municipais,
outras 05 (cinco) foram atendidas no plano de contingência, onde foram previstos a
aplicação de questionário, para aquelas que não dispuseram tempo para entrevistas.
A condensação dos dados e informações coletadas deram origem ás seguintes
análises.
3. ANALISE
3.1 INDICADORES DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
3.1.1 PIB E A CAPACIDADE PRODUTIVA
A capacidade produtiva reúne fatores de produção e competição. Ao assumir
o conceito de que o Indicador PIB – Produto Interno Bruto, é a soma de toda riqueza
produzida em determinado local por período determinado, o quadro abaixo
considera a evolução num período de tempo de 5 (cinco) anos para a avaliação do
PIB, nota-se que houve incremento no PIB na ordem de 53,10% no grupo de
cidades estudadas, Passo Fundo e Rio Grande apresentaram maior variação
positiva, em número absoluto, os municípios que mais participaram na soma do PIB
estudado foram Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas. Das 10 (dez) cidades
listadas, seis delas, Porto Alegre (7°), Caxias do Sul (35°), Canoas (38°), Rio Grande
(75°), Gravataí (88°) e Passo Fundo (98°), configur am entre os 100 (cem) municípios
com maior participação no PIB – Brasil (2012), segundo levantamento realizado pela
FEE – Fundação de Economia e Estatística e IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística.
Quadro VII: Evolução PIB
Evolução PIB 2007 – 2012
PIB 2007
PIB 2012
Composição
% cresc
Agrope
Imposto
Industria Serviços
PIB
cuária
Bento
2.204.611 3.512.880
59,34%
Gonçalves
Canoas
10.763.588 14.856.173 38,02%
Caxias do
9.789.217 16.651.357 70,10%
Sul
Gravatai
4.864.820 6.936.437
42,58%
Passo
3.063.426 6.275.589
104,86%
Fundo
Pelotas
3.169.402 5.532.992
74,58%
Porto
33.590.020 48.002.209 42,91%
Alegre
Rio grande 4.442.147 8.965.447
101,83%
Santa
2.922.995 4.682.859
60,21%
Maria
Triunfo
4.704.463 6.071.171
29,05%
Total:
80.457.843 123.184.974 53,10%
Fonte: adaptado de IBGE Cidades, 2015.
15,84%
2,32%
29,34%
52,50%
14,29%
0,02%
20,21%
65,48%
17,06%
1,44%
33,89%
47,60%
14,23%
0,23%
42,64%
42,91%
12,32%
1,37%
15,25%
71,06%
9,45%
2,49%
16,18%
71,88%
17,13%
0,05%
11,07%
71,75%
31,46%
1,65%
22,58%
44,31%
9,49%
1,90%
14,01%
74,60%
14,57%
14,87%
0,84%
1,13%
64,03%
26,03%
20,56%
57,96%
21
O setor industrial de Bento Gonçalves é um dos mais representativos na
composição do PIB do Estado, e sua economia esta baseada nas atividades de
múltiplos setores, com destaque para as atividades vinícolas, metalúrgico de
transportes e frutícola. Canoas possui um dos maiores PIB do Brasil, com economia
diversificada, com destaque ao Polo Industrial que concentra um dos maiores
complexos de Indústria da Transformação de Derivados de Petróleo e Logística. A
expansão imobiliária favorece a atração de novos empreendimentos, como os mais
recentes citados, a ampliação do Shopping Canoas e a chegada de um novo
Shopping na cidade – empreendimento Multiplan – Barra Shopping.
Caxias do Sul destaca-se por acolher o segundo Polo Metal Mecânico do
Brasil, sua economia possui ampla diversidade de atividades, entre elas: o setor
vinícola, parque industrial e um comércio rico e dinâmico. Gravataí apresenta boa
representatividade na participação do PIB do Estado, embora, o desempenho ruim
do setor de peças automobilística vem reduzindo o dinamismo do seu crescimento.
No contraponto, a pesquisa revelou dados interessantes da cidade
Triunfo/RS, ela apresenta um dos mais importantes indicadores para mensuração de
eficiência econômica por habitante, possui o maior PIB (Produto Interno Bruto) per
capta do RS, e o 5° maior PIB (Produto Interno Brut o) per capta do Brasil,
entretanto, a cidade rica de PIB e carente de fato, pois, a maioria da riqueza
produzida, na maior parte pelo Polo Petroquímico de Triunfo não fica na cidade,
acentuando problemas estruturais de cidade limitada de recursos. Triunfo procura
expandir sua economia, fazendo com que a riqueza produzida no município seja
movimentada dentro do município, diante dessa perspectiva, são realizadas ações
voltadas á atender os interesses internos. Outra fonte de captação de investimentos,
é a exploração turística do município, através da revitalização dos prédios históricos,
visitação ao museu, a realização de eventos culturais, bem como, aguarda-se a
aprovação para execução do Projeto Triunfo – Porto Alegre via Catamarã, segundo
Secretaria Municipal de Planejamento, tais ações, incentivam o turismo direcionado,
denominado indústria limpa, trazendo mais divisas para o município com baixo
investimento de manutenção.
Outro ponto observado consiste nas atividades de internacionalização das
empresas sediadas nos municípios, a Balança comercial mede o desempenho das
importações e exportações, nesse caso, quanto maior for as importações há um
déficit comercial, ao contrário, quanto maior forem as exportações haverá um
superávit comercial, em 2014, o saldo da balança comercial do conjunto de
municípios chama atenção para as cidades de Canoas e Gravataí por apresentarem
déficit puxado pelo baixo desempenho das atividade de derivados de petróleo e
peças automotivas, por outro lado, Caxias do Sul, Passo Fundo, Porto Alegre e Rio
Grande apresentam superávit conforme é apresentado no gráfico seguinte;
22
Gráfico I: Balança Comercial 2014
1.500.000.000
1.000.000.000
500.000.000
0
-500.000.000
-1.000.000.000
-1.500.000.000
-2.000.000.000
-2.500.000.000
-3.000.000.000
-3.500.000.000
Sdo Balança Cml 2014
Fonte: adaptado de MDIC (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIA E
COMÉRCIO).
Ao considerar o período acumulado 2007 – 2014 para fins de variação da
balança comercial, quanto a evolução do grupo de cidades ao longo dos anos, é
apresentado o seguinte gráfico, onde observa-se o salto no superávit durante o ano
de 2013 com queda acentuada em 2014;
Gráfico II: Evolução Balança Comercial 2007 - 2014
5.000.000.000
4.000.000.000
3.000.000.000
2.000.000.000
1.000.000.000
0
-1.000.000.000
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
-2.000.000.000
-3.000.000.000
Sdo Balança Cml
Fonte: adaptado de MDIC (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIA E
COMÉRCIO).
3.1.2 IDHM – INDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL
O IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal mede a qualidade
de vida dos municípios com periodicidade de dez anos sobre a perspectiva de três
variáveis: Educação, Longevidade e Renda. Sua interpretação segue as seguintes
faixas;
23
0,000-0,499 – Muito Baixo
0,500-0,599 – Baixo
0,600-0,699 – Médio
0,700-0,799 – Alto
0,800-1,000 – Muito Alto
Todos os municípios estudados avançaram nos resultados do IDHM com
destaque para Porto Alegre, Caxias do Sul e Bento Gonçalves por apresentarem as
maiores variações. Bento Gonçalves esta classificada com cidade de alto
desempenho de desenvolvimento humano. Canoas, Caxias do Sul, Pelotas e Santa
Maria avançam com maior representatividade pela dimensão Educação. Enquanto,
Gravataí foi puxada pela dimensão Longevidade. Passo Fundo é destaque na
melhoria da qualidade de vida e educação, em função do seu poder econômico,
dado as condições de qualificação profissional e educação. Porto alegre atinge o
maior IDHM nos últimos 20 anos, é a única cidade analisada na faixa de “muito alto
desempenho” humano. Triunfo é destaque na dimensão Renda, em função das
atividades do Polo Petroquímico.
Quadro VIII: Variação IDHM 2010 - 2000
IDHM 2000
IDHM 2010
Município
Variação
BENTO GONÇALVES
0,712
0,778
80,5%
CANOAS
0,665
0,750
76,8%
CAXIAS DO SUL
0,705
0,782
81,2%
GRAVATAÍ
0,661
0,736
72,7%
PASSO FUNDO
0,701
0,776
78,7%
PELOTAS
0,660
0,739
75,8%
PORTO ALEGRE
0,744
0,805
86,7%
RIO GRANDE
0,652
0,744
75,2%
SANTA MARIA
0,715
0,784
79,5%
0,733
71,7%
TRIUNFO
0,628
Fonte: adaptado Atlas Brasil, 2013.
3.1.2.1
Legenda
LONGEVIDADE
Esta relacionado a expectativa e qualidade de vida, sendo assim a saúde
representa uma das bases do desenvolvimento, pois uma população com a saúde
bem assistida, vive mais tranquila, e eleva os índices de produtividade em função da
melhora na qualidade de vida.
O quadro abaixo apresenta uma visão geral dos valores investidos em saúde,
com destaque para Gravataí e Caxias do Sul com os maiores comprometimentos em
relação a receita do município, já em número absoluto por habitante destacam-se os
município Triunfo, Caxias do Sul e Porto Alegre.
24
Quadro IX: Investimentos em saúde.
Cidades
Estabelec. SUS
Invest. s/ receita
Bento Gonçalves
39
21,14%
Canoas
42
17,79
Caxias do Sul
94
24,03%
Gravataí
42
24,90%
Passo Fundo
65
16,95%
Pelotas
97
17,16%
Porto Alegre
201
21,43%
Rio Grande
45
20,03%
Santa Maria
68
17,22%
Triunfo
17
19,17%
Fonte: adaptado de IBGE Cidades, 2015. Mapa Social/RS.
Invest. p/ hab.
R$ 375,32
R$ 330,38
R$ 411,72
R$ 300,85
R$ 226,63
R$ 145,93
R$ 403,99
R$ 332,10
R$ 177,30
R$ 974,21
Os números dedicados a saúde pela cidade de Santa Maria são considerados
bons, por possuir boa infraestrutura de atendimento a população, seja através dos
hospitais atuais (3) e, também, do novo hospital regional que funcionará a partir de
2016, como também das unidades básicas de saúde e do Serviço de Atendimento
Médico de Urgências. A cidade possui característica de um polo prestador de
serviços na saúde, com muitas especialidades medidas e profissionais renomados
atuando. Canoas possui quatro hospitais e um pronto socorro.
3.1.2.2
EDUCAÇÃO
Proporcionar uma base educacional de qualidade consiste em dar as
condições plenas para o exercício da cidadania, o IDEB - Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica, calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar e média
de desempenho nas avaliações do Inep, surgiu com propósito de mensura-la e
auxiliar na tomada de decisão.
Conforme apresenta o quadro abaixo;
Gráfico II: IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – 2013.
IDEB - Indice de Desenvolvimento da Educação
Básica - 2013
6
6
4
4,2
5
3,7
5,7
4,5
5,3
5
3,5
4
4,5
3,4
4,8
3,5
2
0
Séries Iniciais
Fonte: adaptado de Mapa Social/RS.
Séries Finais
4,8
3,3
5,5
4,1
4,9
3,6
25
O acolhimento e atenção dedicada nas séries iniciais e finais pelos municípios
de Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Santa Maria e Passo Fundo são identificados
pelas melhores pontuações do IDEB, os municípios que mais comprometem parte
das receitas em educação são Passo Fundo, Bento Gonçalves, Triunfo e Santa
Maria, disparadamente o município de Triunfo é o que mais tem investimento em
educação por habitante, na ordem de R$ 1.518,33, contudo, há oportunidades de
melhoria no indicador, seguindo seu exemplo, em proporções menores, estão os
municípios de Bento Gonçalves, Porto Alegre e Canoas.
Segundo informações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento de Santa
Maria, a educação deve, além de apresentar bons resultados em termos de
aprovação, também preocupar-se com a formação empreendedora das pessoas
atualmente. Isto se faz a partir das séries iniciais, quando se permite aos alunos
experimentar novas maneiras de pensar, agir e fazer suas atividades, dando-lhes
responsabilidades. Mais do que nunca precisamos de pessoas empreendedoras
naquilo que fazem.
Quadro X: Grau de Investimentos em educação.
Investimentos
Cidade
Invest. s/ receita
Invest. p/ hab.
Bento Gonçalves
33,27%
R$ 594.97
Canoas
25,93%
R$ 483,31
Caxias do Sul
27,06%
R$ 465,06
Gravataí
25,40%
R$ 306,83
Passo Fundo
34,81%
R$ 469,51
Pelotas
24,29%
R$ 206,58
Porto Alegre
27,49%
R$ 519,85
Rio Grande
26,82%
R$ 447,78
Santa Maria
27,93%
R$ 289,95
Triunfo
29,88%
R$ 1.518,33
Fonte: adaptado de Mapa Social/ RS.
3.1.2.3
GERAÇÃO DE RENDA
Os habitantes de determinado local ou região são responsáveis pelo
acolhimento dos visitantes e potenciais investidores, traduzem a imagem do local e
representam os atributos intangíveis do desenvolvimento.
As cidades de Canoas e Porto Alegre apresentam as maiores concentrações
de habitantes por km², por outro lado, a concentração de habitantes gera maior
disposição de mão-de-obra, assim, o próximo desafio é capacitá-los para o mercado
de trabalho, mais que isso, Santa Maria, ressalta que o desafio é capacitá-los para
empreender localmente.
As mulheres estão presentes em número superior aos homens, nesse
sentido, políticas que promovam a inserção das mulheres no mercado de trabalho
devem ocupar lugar de destaque na agenda dos gestores público. As escolas
26
infantis em tempo integral, prevista no PNE (Plano Nacional de Educação)
configuram ações que afetam simultaneamente três dimensões:
•
•
•
Educação: criança na escola aprende mais e desenvolve-se com mais
facilidade.
Segurança: mantém as crianças ocupadas e longe da criminalidade.
Economia: Liberam as mulheres que até então estão em casa cuidando das
crianças para o mercado de trabalho.
No tocante da geração de renda para as mulheres, a Secretaria Municipal de
Desenvolvimento de Santa Maria, aborda o tema da seguinte forma, “A geração de
renda está na ocupação da mão de obra local a partir do estímulo ao
desenvolvimento econômico. A cidade de Santa Maria dispõe de diversas
alternativas para que a mulher tenha disponibilidade ao mercado trabalho. Isto se
comprova na construção de 12 novas creches que estão sendo entregue a
população santa-mariense”.
O combate a informalidade, força a regularização da mão-de-obra, seja
através do vínculo empregatício ou fomento ao empreendedorismo individual, notase que Porto Alegre, Caxias do Sul e Bento Gonçalves destacam-se por ocupar mais
de 50% da população total, no contra ponto Gravataí (24,9%) apresenta desafios a
serem superados.
Quadro XI: População
População
Gênero
%
População
Dens.Demog
População
Ocupada
. (hab/km²)
Ocupada
Bento Gonçalves 107.278
Cresc.
%H
%M
2014
4,7% 49,1% 50,9% 52.317
Canoas
323.827
5,0%
Caxias do Sul
435.564
Gravataí
2010
48,8%
280,86
48,2% 51,8% 107.061
33,1%
2.470,15
8,0%
49,0% 51,0% 215.775
49,5%
264,89
255.660
5,9%
48,8% 51,2% 63.705
24,9%
551,59
Passo Fundo
184.826
5,8%
47,6% 52,4% 69.012
37,3%
235,92
Pelotas
328.275
4,2%
47,0% 53,0% 90.109
27,4%
203,89
Porto Alegre
1.409.351 4,5%
46,4% 53,6% 875.881
62,1%
2.837,53
Rio Grande
197.228
5,0%
48,2% 51,8% 57.379
29,1%
72,79
Santa Maria
261.031
5,3%
47,4% 52,6% 78.231
30,0%
145,98
25.763
7,3% 50,2% 49,9% 10.249
Fonte: adaptado de IBGE Cidades, 2015.
39,8%
31,5
Triunfo
3.2 FATORES CONDICIONANTES DE SUCESSO
Aaker (2007, p. 101) afirma que “é importante não apenas identificar os
fatores críticos de sucesso, mas também projetá-lo no futuro e, em particular,
identificar os fatores emergentes”.
27
Segundo Bertolini (2004), os fatores críticos de sucesso direcionam as
empresas na formulação das estratégias a serem implementadas com objetivo de
agregar valor ao cliente.
3.2.1 LOCALIZAÇÃO: TAMANHO E DISPOSIÇÃO
O fator localização é condição preponderante na seleção de um lugar com
potencialidade para receber investimentos, mais que isso, o agrupamento
estratégico de cidades consideradas atraentes estimulam a competitividade por meio
da rivalidade ou complementaridade. A Capital e sua Região Metropolitana
comportam 40% da amostra, outros 40% concentram em proporções iguais
municípios da Região Metropolitana da Serra Gaúcha e Região Sul, os 20%
restantes são compostos por município da Região Central e Planalto Médio.
Alvorada possui localização privilegiada que facilita a logística e escoamento da
produção pela RS 118, com projeto em análise para construção do acesso direto a
BR 290.
O tamanho da extensão territorial corresponde a capacidade de instalação
produtiva, favorece a instalação de novos empreendimentos e a ampliação de
plantas produtivas existentes. Pelotas, Rio Grande, Caxias do Sul e Santa Maria
juntas somam 72,29% da extensão territorial disponível paralelamente apresentam a
maior média de crescimento do PIB nos últimos cinco anos, 76,68% em relação a
média dos demais municípios, 52,79% no mesmo período, com destaque para Rio
Grande (101,83%) e Passo Fundo (104,86%) que apresentaram os maiores
crescimentos, na média o conjunto total apresentou 62,34% de crescimento no PIB.
Conforme Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Turismo de Gravataí, 75% da
área do município é zona rural, isso possibilita a exploração sustentável das áreas
não exploradas, respeitando o plano diretor da cidade e as diretrizes do meio
ambiente, esse ambiente é favorável a instalação de novos empreendimentos, a
possibilidade de expansão de empreendimentos existentes, pois, em função do
volume de terra disponível faz com que o nosso hectar de terra seja mais atrativo
que outras cidades.
Da forma que os municípios produzem a riqueza gerada neles, o termo
disposição faz referencia a capacidade de escoamento e transferência da mesma,
nesse sentido as vias de acesso, bem como, os multimodais disponíveis requerem
atenção estratégica. De modo geral, os municípios estudados estão bem assistidos
no tocante a vias de acesso primaria (BR – RS – ERS) e vias de acessos
secundários, gerado pelo aglomerado de municípios limítrofes.
Canoas compõe aglomerado de 5 (cinco) municípios dispostos
estrategicamente, á 8 (oito) Km (quilômetros) do Aeroporto Internacional Salgado
Filho, e possui acesso por quatro rodovias importantes (BRs 116, 290, 386 e 448).
Gravataí compõe aglomerado de 8 (oito) municípios dispostos
estrategicamente, á 15 (quinze) minutos do Aeroporto Internacional Salgado Filho, e
possui acesso por quatro rodovias importantes (RS 020, 030, 118 e BR 290).
Caxias do Sul é o maior aglomerado de cidades, são 12 (doze) municípios
dispostos estrategicamente, e possui acesso por quatro rodovias importantes (RS
135, 153, 324 e BR 285), amplitude geográfica, o município é dividido em 5 (cinco)
distritos que facilitam a gestão dos recursos.
De forma sucinta, Santa Maria ressalta que pela localização geográfica
favorável, Santa Maria dispõe de importantes rodovias que dão acesso a todas as
regiões do RS. Além disso, também dispõe de ferrovia e de aeroporto.
28
Quadro XII: Variáveis de Localização
Variáveis
Localização
Extensão
Territorial
Bento Gonçalves RMSG
274.070
Canoas
RMPA
131.096
Caxias do Sul
RMSG
1.644.296
Gravataí
RMPA
463.499
Passo Fundo
RPMd
783.421
Pelotas
RSul
1.610.084
Porto Alegre
Capital
496.682
Rio Grande
Rsul
2.709.522
Santa Maria
Central
1.781.757
Triunfo
RMPA
818.799
Fonte: adaptado de IBGE Cidades, 2015.
Variação
PIB Preços
2012 –
Corrente
2007
3.512.880 59,34%
14.856.173 38,02%
16.651.357 70,10%
6.936.437 42,58%
6.275.589 104,86%
5.532.992 74,58%
48.002.209 42,91%
8.965.447 101,83%
4.682.859 60,21%
6.071.171 29,05%
Acessos Municípios
Primários aglomerados
3
4
4
4
4
3
4
2
4
2
8
5
12
8
8
8
6
5
11
2
3.2.2 PROXIMIDADE COM O MERCADO
Bento Gonçalves acolhe mais de 300 empresas que compõem o maior e mais
expressivo polo moveleiro do estado, este, ressalta a força econômica da cidade,
sua promoção ocorrem por meio da realização de feiras como a Movelsul, Fimma e
Fiema.
Canoas sedia empresas nacionais e multinacionais, como a Refinaria Alberto
Pasqualini (REFAP), Mídea, e AGCO do Brasil e potenciais empresas do setor de
gás, metal mecânico e elétrico.
Conforme informa a Secretaria Municipal de Desenvolvimento de Gravataí, a
presença de empresas fortes como General Motors, Epcos, Pirelli, Dana Albarus
caracterizam um polo industrial aquecido e visível faz com que outras empresas
queiram se instalar na cidade, cita a inauguração do Parque Logístico que receberá
o Centro de Distribuição da Ford, o Complexo de Galpões da GLP – Global Logistic
Properties, empresa Chinesa, líder no segmento.
Para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento de Santa Maria, uma cultura
de alta performance é incorporada nos setores produtivos da economia pela
habilidade do local em reunir os melhores dentro dos respectivos segmentos
compostos em polos:
•
•
•
Polo de Defesa: a cidade é caracterizada pela ocupação de militares e, por
conta disso, possui o segundo maior contingente militar do País e a maior
frota de veículos blindados do País.
Polo Metal mecânico: há um significativo número de empresas deste
segmento que atuam no mercado local, regional e nacional, gerando
empregos e renda no município;
Polo do TI: pela característica universitária, por concentrar uma Universidade
Federal, muitos empreendedores voltaram-se para esta área a partir dos
cursos, laboratórios e infraestrutura disponível. Atualmente existem duas
incubadoras e um parque tecnológico em funcionamento para estimular estes
empreendimentos;
29
•
Polo Logístico: pela característica geográfica, a cidade possui diversos
empreendimentos voltados à armazenagem, transporte e distribuição de
produtos para várias empresas brasileiras.
Para a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Triunfo,
é preciso segmentar para planejar o desenvolvimento, diante disso, o Polo
Petroquímico esta sendo reestruturado com a realocação das empresas que não
compõem a cadeia produtiva dos derivados de petróleo para o seu Distrito Industrial
anexo ao polo.
3.2.3 COMPETITIVIDADE
DISTINÇÃO.
COM
BASE
NA
VOCAÇÃO,
ATRAÇÃO
E
Bento Gonçalves é destaque pelo seu Polo Industrial e Turístico da Serra
Gaúcha, o desenvolvimento da indústria e a preservação da sua cultura criou um
núcleo de atrativos turísticos, conhecida como ‘Capital Brasileira da Uva e do Vinho’,
sua promoção ocorre por sediar diversos eventos como: Avaliação Nacional de
Vinhos, Concurso Internacional de Vinhos do Brasil, ambos credenciados pela OIV Organização Internacional da Uva e do Vinho e UIOE – União Internacional de
Enólogos, FENAVINHO – Feira Internacional do Vinho e o Vale dos Vinhedos –
principal destino Enoturístico, estimulando a promoção local e proporcionando
ganhos financeiros.
Gravataí é uma cidade com vocação industrial e a chegada do Complexo
automotivo GM veio ratificar seu posicionamento, atraindo empresas forte do setor,
como exemplo o anúncio da instalação de um Centro de Distribuição de Peças
Automotivas da Ford. Conforme a Secretaria Municipal de Desenvolvimento de
Santa Maria, a capacidade de tornar o município atraente aos investidores depende
fundamentalmente de como o município deseja se posicionar e do que pretende
atrair. No caso específico de Santa Maria, algumas características há destacam:
Localização central no RS, facilitando a logística de acesso e distribuição para o
Estado e para países vizinhos - Mão de obra qualificada em abundância com 8
instituições de ensino superior e diversos cursos técnicos - Área municipal para
expansão industrial (300ha) - Parque Tecnológico com laboratórios de ponta e
espaços disponíveis para instalação de empreendimentos - Baixos índices de
criminalidade - Boa qualidade de vida.
Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento
Econômico de Triunfo, o reconhecido potencial das atividades do polo petroquímico
e a forte vocação na construção de embarcações são instrumentos da capacidade
de atrair investimentos para o município.
3.2.4 PESSOAS: FATORES INTANGÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO
Para a Secretária Municipal de Bento Gonçalves, a hospitalidade dos
habitantes contribuem positivamente para a promoção das cidades, são forte
indutores de turismo.
Para a Secretaria Municipal de Gravataí, aspectos psicológicos e
comportamentais dos habitantes revelam potenciais intrínsecos da cidade, faz
relação com questões culturais de colonização, a etnia presente como característica
da cidade, no amor pela cidade, fato que se altera com o aumento da população e
que exige manutenção constante, fortalecendo a estratégia de “ama tua cidade, fica
30
aqui, te apropria dela”, de outra forma, mais importante que atrair é preservar o
investidor interno, fazer circular a riqueza gerada na cidade, dentro da cidade.
Planejar pela participação, assim surgiu a ideia principal do Congresso da
Cidade – Canoas 2011/2021, e tornou a cidade referência na aplicação de
instrumentos de participação popular e cidadã, em 2009 deu inicio a um projeto
inovador de gestão, direcionado pela transparência, participação popular e inserção
social.
3.2.5 EDUCAÇÃO COMO BASE COMPETITIVA
Proporcionar as pessoas uma educação de qualidade, é liberta-las da
ignorância, é dá-las condições plena para o exercício da cidadania, a aquisição do
conhecimento deve ser perseguida ao longo da vida, pois estimula a inovação e
gera ganhos á sociedade como um todo.
Gráfico III: Nível de Instrução
Nível de Instrução
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
EF compl.
EM compl.
Sup. Compl.
Fonte: adaptado de Mapa Social/ RS.
No gráfico acima, a maior concentração dos habitantes que buscam o acesso
ao ensino superior, encontram-se nos municípios de Gravataí, Canoas e Caxias do
Sul. Gravataí esta atenta ao viés da educação pelo resgate da cultura e história do
município através da preservação de Prédios histórico como: o Dom Feliciano,
Museu, Prédio Histórico da Prefeitura e Seminário São José, bem como, a
qualificação da mão-de-obra pela educação, com isso, as Faculdades FASENSA,
QI, ULBRA e IFRS atuam de forma estratégica. Canoas possui um atraente polo
universitário composto pela UNILASALLE, ULBRA e UNIRITTER.
Caxias do Sul é exemplo na oferta de mão de obra preparada e qualificada, e
isso é valorizado pelo mercado, sendo Caxias o lugar onde o salário mais cresce, de
olho nessa oportunidade é que a FSG – Faculdade da Serra Gaúcha foi comprada
pela Advent International – Grupo de Investidores Norte americanos, a negociação
propiciará a criação de novos cursos e a construção de novo campus em Caxias.
31
Porto Alegre, Santa Maria e Passo Fundo consolidam os melhores resultados de
ensino superior completo.
Pela interpretação dos resultados, Gravataí apresentou ligeira queda na
transição do ensino médio completo para o ensino superior, o pior resultado ficou
com Alvorada, que começa a reagir, com a parceria firmada com o Governo Federal,
a cidade recebe as instalações do IFRS – Instituto Federal do Rio Grande do Sul,
oferecendo capacitação nos seguintes eixos temáticos: Ambiente, Saúde,
Segurança, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Produção Cultural e
Design.
3.2.6 REDE DE APOIO
As redes de apoio são constituídas com propósito de construir e proporcionar
um ambiente que estimule o aperfeiçoamento constante dos métodos produtivos,
promovam redes de relacionamento e estabeleçam alianças estratégicas através do
suporte, treinamento e capacitação. O sistema “S” dá suporte e estimula ao fomento
das atividades relacionadas ao setor de serviços através do SESC e SENAC, as
atividades relacionadas a Industria através do SESI e SENAI, as atividades
relacionadas ao setor Agrícola e Pecuária através do SENAR e incentivo ao
empreendedorismo através do SEBRAE.
O SENAR possui sede central em Porto Alegre e Supervisores regionais que
atendem grupos de cidades, não ficando clara a mensuração da sua presença, foi
desconsiderada. O gráfico abaixo apresenta a distribuição do sistema “S” nas
cidades estudadas.
Gráfico IV: Redes de apoio – sistema “S”
Redes de apoio - Sistema S
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
SEBRAE
SESC
BALCÃO SESC/SENAC
SENAC
SESI
SENAI
Fonte: adaptado de SEBRAE. SENAC. SENAI. SESC. SESI.
Canoas possui forte parceria com o SEBRAE com estimulo e fomento ao
empreendedorismo através de um atendimento ágil e centralizado no Escritório do
Empreendedor. O projeto PCI – Parque Canoas de Inovação, projeta estar em plena
32
atividade em 5 (cinco) anos, isso impulsionará o fomento econômico por meio da
inovação, empreendedorismo e geração de renda. Outras formas de estabelecer
redes de suporte e fomento a economia é a parceria firmada com ONGs e
incubadoras, exemplo disso é a publicação do Jornal Zero Hora de 17/04/2015 que
destaca Porto Alegre, eleita a segunda capital mais criativa do Brasil, perdendo
somente para São Paulo, isso significa, segundo a UNCTAD - Conferência das
Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento “trata-se da interface entre
cultura, economia e tecnologia para criar, produzir e distribuir bens e serviços, sob
dois alicerces principais: a criatividade e o capital intelectual”.
Para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento de Gravataí, uma das
formas de qualificar a mão-de-obra é implementar políticas publicas de incentivo ao
micro empreendedor, isto é, criar atrativos para a regularização e dispor de estrutura
para capacitá-los, bem como, dispor de linhas de crédito, exemplo: Micro Crédito
Gaúcho. O município mantem relação permanente com o Sebrae, sendo uma das 16
(dezesseis) cidades a receber a Rede SIM – Sistema Integrado ao
Microempreendedor, “é um sistema que faz o cruzamento de informações
necessárias que venha a simplificar a vida econômica de um novo investidor”. O
atrativo para o investidor é o combate á morosidade dos fluxos e liberações dos
negócios, diante disso, destaca que o dever do poder publico é simplificar e
condensar as informações o máximo possível, ou seja, o sucesso de uma
administração pública o no sentido de desenvolver a economia e informar bem o
cidadão é aplicar um unidade administrativa.
As redes de apoio em alguns casos podem ser composto por outras cidades,
no caso de Santa Maria, “a cidade possui característica de um polo prestador de
serviços na saúde, com muitas especialidades medicas e profissionais renomados
atuando”, o Secretário de Desenvolvimento de Santa Maria. Ele destaca o papel das
entidades de apoio como fundamental para que a soma do trabalho de todos resulte
em ganhos maiores para o município. Por fim, em relação a colaboração entre os
municípios, ele expõe que frente às demandas existentes, necessitam de uma rede
para buscar alternativas para não só resolver os problemas existentes, como para
alavancar o desenvolvimento local e regional. As cidades possuem interação entre si
a partir do momento que há um fluxo de pessoas, mercadorias, veículos, serviços
entre elas. Por conta disso é que cada vez mais os consórcios intermunicipais e as
associações de municípios têm sido os fóruns escolhidos para debate desses temas.
3.2.7 Segurança
As ações de combate aos diversos tipos de violência consolidam o estado de
segurança, um dos pilares do desenvolvimento, estrategicamente, quanto mais
segura for uma cidade, mais atrativa para viver, empreender e trabalhar ela será.
O quadro abaixo trata a segurança sobre três aspectos: Violência,
Entorpecentes e Trânsito. São exemplos de segurança Triunfo, Bento Gonçalves e
Santa Maria.
33
Quadro XIII: Dados da Criminalidade
Crimes
violentos
1000 hab
Bento Gonçalves 2.858
4,89
Canoas
12.780
12,45
Caxias do Sul
12.628
7,5
Gravataí
7.789
9,32
Passo Fundo
4.928
6,52
Pelotas
9.590
8,98
Porto Alegre
81.822
21,43
Rio Grande
6.536
8,24
Santa Maria
7.640
5,28
Triunfo
770
1,7
Fonte: adaptado de Mapa Social/RS.
Cidades
Ocorrência
Criminal
Entorpecentes
p/
Posse
99
716
285
428
199
250
823
307
408
113
Tráfico
57
383
232
243
92
217
2818
289
243
19
total
156
1099
517
671
291
467
3641
596
651
132
Transito
Vitimas Fatais
16
28
51
42
51
57
164
41
47
13
Gravataí comemora os resultados obtidos com as ações de combate a
violência, registrando queda histórica de 50% nos casos de homicídios.
De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento de Santa Maria, “o
modelo de segurança que está sendo implantado no município é coordenado pelo
Gabinete de Gestão Integrada Municipal – GGIM, no qual se reúnem mensalmente
todas as forças de segurança juntamente com as lideranças locais para debater
alternativas de combate à criminalidade. Atualmente os índices de criminalidade no
município são muito baixos se comparado com cidades do mesmo porte”.
4. Estrutura Avaliativa de Competitividade de Alvorada
Tendo a Cidade de Alvorada RS como objeto do estudo, primeiramente é
realizada uma breve apresentação da cidade, em seguida, é realizada a
contextualização dos resultados encontrados na Estrutura Avaliativa da
Competitividade local. Alvorada nasceu como distrito de Viamão em 22 de setembro
de 1952 com denominação Passo do Feijó, em 17 de setembro de 1965 foi
emancipada e passou a chamar-se Alvorada, a escolha do nome da cidade foi
motivado por dois fatores, o primeiro cita que sua escolha teve como inspiração o
Palácio da Alvorada, destaque da nova capital Brasília, inaugurado em 1960, o
segundo refere-se a etimologia da palavra, significa crepúsculo matutino,
madrugada, amanhecer, numa tradução livre, “o amanhecer de um novo dia” ou
“aquele que levanta cedo para labutar”. Alvorada é município integrante da Região
Metropolitana da Capital Porto Alegre, faz divisa com os municípios Viamão,
Gravataí, Cachoeirinha e Porto Alegre. Com 71.311 km² de extensão territorial,
relativamente pequena em relação ao tamanho médio das cidades pesquisadas,
possui alta concentração de habitantes por km², nesse quesito, compete igualmente
a Porto Alegre e Canoas. Atualmente, é considerada a 11° maior cidade do estado
em número de habitantes, com 195.673 habitantes em 2010, a maioria deles
trabalha em Porto Alegre, concentrando suas atividades profissionais fora da cidade.
O Distrito Industrial de Alvorada faz margens a RS-118, facilitando o escoamento da
produção.
A Estrutura Avaliativa de Competitividade de Alvorada foi aplicada atendendo
o seguinte metodo. A EAC foi alimentada com os dados de Alvorada e o Resultado
das médias alcançadas pelas cidades selecionadas. Pois se fossem considerados
34
valores isolados de cada cidade, de certa forma, seria injusto para Alvorada, visto a
amplitude das atividades de cada cidade. Após a consolidação dos dados, foram
buscou-se identificar quais atributos / elementos podem ser aplicados a uma cidade
de condições limitadas, nesse caso, a cidade de Alvorada.O painel apresentado no
Anexo V da Estrutura Avaliativa da Competitividade de Alvorada apresenta
resultados que trazem a reflexão o papel da cidade na conjuntura urbana. Nele, é
apresentado os resultados de Alvorada/RS e os resultados médios das cidades
relacionadas, onde destacam-se os seguintes resultados;
Em relação a população e extensão territorial Alvorada apresenta resultados
menores das demais, Alvorada é 15 (quinze) vezes menor que o tamanho médio das
demais cidades, ambas, apresentam a mesma taxa de crescimento populacional,
entretanto, chama atenção a densidade demográfica de Alvorada, isoladamente sua
densidade é igual de Porto Alegre e Canoas, se comparada com o grande grupo,
apresenta resultados quase 4 (quatro) vezes maiores. Quando analisadas as contas
públicas, percebe-se em Alvorada problemas graves de baixa arrecadação, sem
presença de empresas de ponta e ausência de cobertura de serviços de estimulo a
produção por meio da capacitação da mão de obra e proposição de qualidade de
vida oferecido pelo sistema “S”. O Distrito Industrial de Alvorada esta relativamente
bem posicionado, as margens da RS 118, porém única rodovia ligada diretamente a
cidade, diferentemente do maior número de cidades pesquisadas que apresentam
em média 7 (sete) opções de escoamento da produção via terrestre, enquanto
outras, apresentam demais modais de transportes que as tornam mais competitivas.
O PIB per capita de Alvorada é de R$ 7.528,00, sendo o segundo menor PIB
per capita do estado em 2010, estando na frente somente de Caraá, embora
verifica-se a entrada de investimentos na cidade, como a empresa alemã
Berlinerluft, especializada em sistemas de ventilação e ar condicionado, com
previsão de inauguração até o final de 2015 e a construção de um Shopping com
previsão de inauguração para o final do primeiro semestre de 2016, o fato da
ausência de empresas expressivas no cenário econômico limitam a produção do
município, e da mesma forma, se observado a balança comercial, a cidade vem
fechando nos últimos anos com déficit, enquanto a média dos municípios
pesquisados apresentam superávit.
O IDHM (Índice de desenvolvimento humano municipal) de Alvorada em 2010
foi 0,699, conceito médio, ocupando a posição 314° no estado, enquanto, as demais
cidades pesquisadas apresentaram conceito “alto” de desenvolvimento humano,
com destaque para Porto Alegre por apresentar conceito “muito alto” de
desenvolvimento humano.
Embora os resultados estejam abaixo do esperado, destaca-se a variação
positiva de IDHM da cidade em relação as demais, merecendo atenção a dimensão
Renda que apresentou a menor variação positiva. Outro dado que reforça as
carências da cidade é o fato da mesma apresentar os menores valores investidos
em saúde e educação, embora, faça o trabalho de casa, apresentando o mesmo
perfil de comprometimento da receita.
Alvorada precisa estabelecer estratégias para aumentar a produção e por
seguinte a arrecadação para então, assistir a cidade com o necessário e alcançar
novos patamares de desenvolvimento humano. Estar atento as necessidades dos
seus habitantes e disposto a ouvi-los ajudara a tomar decisões assertivas, Canoas é
um case, pois ao longo dos últimos anos implementou ferramentas e estruturou
agendas que atendessem as demandas emanadas da sociedade.
35
Nesse sentido, Alvorada deu importante passo, quando em 2014 foi criado o
Conselho da Cidade composto por 12 representantes das organizações das classes
empresariais e de trabalhadores; 12 representantes dos movimentos e organizações
sociais; 12 representantes dos conselhos municipais; 12 representantes das
secretarias e órgãos municipais. Presidido pelo Prefeito e coordenado pelo
secretário-executivo, tem objetivo de aproximar a sociedade organizada das
decisões do governo.
Por fim, ao atrair empresas fortes para o município, parcerias podem ser
firmadas com o intuito de capacitar a mão de obra, seja com a ampliação da rede
educacional de nível técnico e superior, e ou por alianças com a rede “S”, no atual
momento a cidade conta com uma unidade Balcão Senac, enquanto o grupo de
cidades estudas possuem forte presença do sistema “S”, sem contar, os polos
tecnológicos e incubadoras de negócios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final da análise dos dados coletados constatou-se a efetiva importância
das cidades, como elemento influenciador nas decisões sobre como o mercado
elege fatores preponderantes a competitividade local. Nesse contexto, a apreciação
das obras literárias, serviram de base para construção do artigo, com vistas a
aplicação do marketing a gestão da imagem, posicionamento e promoção de
determinada cidade ou região, a considerar que uma das funções do marketing é
despertar necessidades antes não percebidas, gerando demanda por determinado
produto ou serviço, entende-se que tais necessidades são demandadas por atores
sociais específicos (sociedade, organização e poder público) e as possíveis
soluções para o atendimento destas demandas são emanadas pelos mesmos atores
sociais, visto que suas ações se complementam, por tanto, torna-se desafio
constante engaja-los a construção de um ambiente prospero e sustentável.
Observou-se que além das ações intervenientes dos citados atores sociais, aspectos
relativos a vocação, diferenciação e atração local exercem forte influencia na
geração de um ambiente competitivo, dessa forma, critérios são analisados de forma
isolada ou pela conjunção de fatores e indicadores, exemplificados no corpo do
artigo, através do Diamante de Porter, Os seis pilares de uma cidade inteligente, e
Agenda 2020.
Sendo assim, o propósito do trabalho foi alcançado, quando observados as
ações desenvolvidas e trilhadas pelo grupo de cidades estudadas, todas, em
maiores ou menores proporções, variando de acordo com os objetivos traçados por
cada cidade conquistaram seu percentual de êxito quando determinaram seus
mercados alvo, formaram alianças publico privado com estimulo formação de mão
de obra especializada, atentaram para os fluxos de entrada e saída de produção,
bem como, seu posicionamento e proximidades com os mercados almejados.
No tocante a cidade de Alvorada, concluiu-se com o levantamento e análise
dos dados, que a cidades possui alta concentração de habitantes, baixa
arrecadação, baixa capacitação e formação de mão de obra e ausência de
empresas de ponta. Dessa forma, após a análise da estrutura avaliativa da
competitividade local, num primeiro momento, é proposto estruturar a base
econômica do município, através da criação de um plano estratégico para promoção
da cidade, atraindo fortes empresas, aumentando os postos de trabalho na cidade,
fazendo a economia gerada na cidade e vizinhas serem consumida na cidade,
despertando interesses mútuos de investir na cidade, como consequência, gerar
36
aumento na arrecadação e converte-los em serviços que atendam as necessidades
de seus habitantes. Isso fomenta a economia e estimula o crescimento e
desenvolvimento urbano.
Como consideração final, o tema abordado nesse trabalho proporciona uma
visão geral sobre como as cidades, através da combinação de fatores sociais e
econômicos e a interação dos seus atores fomentam a competitividade entre as
cidades, e contribuem na solidificação das bases do desenvolvimento. Dessa forma,
recomenda-se para realização de trabalhos futuros a pesquisa aplicada das
dimensões que afetam o desenvolvimento, tais como, infraestrutura, inovação e
tecnologia.
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SENAI – Disponível em: http://www.senairs.org.br/
SESC – Disponível em: https://www.sesc-rs.com.br/home.php
39
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URDAN, Flavio Torres. Gestão do Composto de Marketing. Flavio Torres Urdan,
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40
ANEXO I: VALS (Values, Attitudes and Lifestyles) da SBI (Strategic Business
Insight).
Sistema de segmentação VALS:
Recursos Abundantes que Potenciam ações
Inovadores
Pessoas bem sucedidas, sofisticadas, ativas com elevada
autoestima. Suas compras frequentemente refletem um gosto
apurado por produtos de luxo.
Satisfeitos
Pessoas maduras, satisfeitas, e motivadas por ideais que valorizam
a ordem, o conhecimento e a responsabilidade. Buscam
durabilidade, funcionalidade e valor nos produtos.
Realizadores
Pessoas bem sucedidas, orientadas por metas, com foco na carreira
e na família. Dão preferencia a produtos de prestigio que
demonstrem o sucesso alcançado para seu circulo social.
Experimentadores Pessoas jovens, entusiastas, e impulsivas. Buscam variedade e
gastam grande parte de sua renda em roupas, acessórios da moda,
laser e socialização.
Recursos Escassos que Inibem ações
Crentes
Pessoas conservadoras, convencionais, tradicionais, com crenças
concretas. Preferem produtos de fabricação nacional, além de
serem fiéis a marcas estabelecidas.
Batalhadores
Pessoas seguidoras da última moda e gostam de diversão, embora
com recursos limitados. Investem em produtos que imitem os
adquiridos por quem tem maior poder aquisitivo.
Fazedores
Pessoas práticas, realistas e autossuficientes. Buscam produtos
básicos, práticos e funcionais de fabricação nacional.
Sobreviventes
Pessoas mais velhas e resignadas, que veem mudanças com
preocupação e são fiéis às suas marcas favoritas.
Fonte: Adaptado de Kotler e Keller, 2012.
41
ANEXO II: BCI100 – Suas dimensões e atributos.
Dimensão
Atributo
Desenvolvimento Municipal
Geral
Escolaridade do Prefeito
Plano Diretor
Legislação Específica
Equipamentos públicos
Governança
Politicas publicas
Agenda 21
Funcionários (direto e indireto)
Esperança de vida ao nascer
Mortalidade até um ano de vida
Bem Estar
Razão de dependência
Probabilidade de sobrevivência até 60 anos
Desilgualdade de renda
Pobreza
Economia
Rendimento dos ocupados
Ocupados com carteira
Receita orçamentaria
Financeira
Despesa com pessoal
Domicilio
Acesso a agua encanada, banheiro, coleta de lixo,
energia elétrica, esgotamento sanitário
Governança
Saúde
Equipamentos públicos
Profissionais
Expectativa de anos de estudo
Educação
Analfabetismo
Atraso idade – série
Segurança
Digital
Taxa de Homicidio
Acesso a banda larga e canal da cidadania
Fonte: adaptado de Delta Rankings, 2015.
42
ANEXO III: IGC – Suas Dimensões e atributos.
Dimensões
Atributos
Estabilidade politica
Ambiente Político
Corrupção
Burocracia
Tamanho de mercado
Crescimento de mercado
Ambiente econômico
Renda per capta média
Desigualdade de Renda
Consistência do sistema tributário
Regime tributário e regulatório
Abertura de empresa
Política para investimento
extrangeiro
Incentivos para investimento
Política para capital estrangeiro
Oferta de Mão de obra especializada
Recursos Humanos
Produtividade da mão de obra
Graduados em universidades
Qualidade da rede telecom
Infraestrutura
Qualidade da rede de estradas
Gastos públicos e privados com P&D
Presença de infraestrutura de P&D
Inovação
Incentivos fiscais para P&D
Pedidos de patentes
Plano / estratégia ambiental
Incentivos fiscais para sustentabilidade
Sustentabilidade
Regulador ambiental
Qualidade da Legislação ambiental
Fonte: adaptado de IGC – Índice de Gestão e Competitividade.
43
ANEXO IV: Estrutura Avaliativa da Competitividade de Alvorada.
Estrutura Avaliativa de Competitividade Local
Dados Gerais
Visão Geral Sistema
Público
Contas Públicas
Sistema S
Aspectos estruturais
Infra
Segurança
Aspectos Econômicos
Dados Econômicos
IDH
Saúde
Aspéctos Sociais
Educação
Renda
Fonte: Desenvolvido pelo autor (2015).
População
Crescimento populacional
Extensão Territorial
Densidade demográfica
% Homens
% Mulheres
Despesas orçamentaria corrente 2009
Receitas orçamentaria corrente 2009
Receita – Despesa
SEBRAE
SESI
SENAI
SESC
SENAC
Total
Acessos
Municípios aglomerados
Ocorrência de crimes
Crimes violentos por 1000 habitantes
Entorpecentes
Vítimas do trânsito
PIB Per capta
PIB Geral
% Impostos
% Agricultura
% Industria
% Serviço
Balança comercial 2014
IDHM 2000
IDHM 2010
Evolução IDHM
Estabelecimento SUS
Invest sobre receita
Invest por habitante
IDHM l 2000
IDHM l 2010
Variação
IDHM e 2000
IDHM e 2010
Variação
IDEB i
IDEB f
Invest sobre receita
Invest por habitante
% Ensino superior
IDHM r 2000
IDHM r 2010
Variação
% pessoas ocupadas
N° empresas
Renda per capta
Renda por domicílio
44
ANEXO V: Avaliação Avaliativa de Competitividade de Alvorada - Aplicado
Estrutura Avaliativa de Competitividade de Alvorada
Visão Geral
Sistema
Público
Aspectos
estruturais
Aspéctos
Econômicos
População
Crescimento
populacional
Extensão Territorial
Dados
Gerais
Densidade
demográfica
% Homens
% Mulheres
Despesas
orçamentaria corrente
2009
Contas
Receitas orçamentaria
Públicas
corrente 2009
Receita - Despesa
SEBRAE
SESI
SENAI
Sistema S
SESC
SENAC
Total
Acessos
Infra
Municípios
aglomerados
Ocorrencia de crimes
Crimes violentos por
Segurança 1000 habitantes
Entorpecentes
Vítimas do trânsito
PIB Per capta
PIB Geral
% Impostos
Dados
% Agricultura
Economicos % Industria
% Serviço
Balança Com. 2014
IDH
Aspéctos
Sociais
Saúde
IDHM 2000
IDHM 2010
Evolução IDHM
Estabelecimento SUS
Invest sobre receita
Invest por habitante
IDHM l 2000
IDHM l 2010
Resultado médio
das Cidades
Alvorada
195.673
352.880
5%
5%
71.311
1.071.322
2.743,94
709,51
48,59%
51,41%
48,18%
51,83%
125.104.978,25
541.263.207,64
152.849.395,02
622.176.984,07
27.744.416,77
N
N
N
S
N
1
1
80.913.776,44
S
S
S
S
S
7
3,4
4
6,3
6.289
14.734
13,4
8,6
557
11
8.599,33
1.697.860
7,76%
0,10%
17,18%
74,96%
822,1
51
51.908
12.148.711
15,58%
1,23%
26,92%
56,26%
-15.026.138
0,582
0,699
20,10%
25
19,79%
R$ 120,16
0,805
0,874
30.232.246
0,684
0,763
11,46%
71
19,98%
R$ 367,84
0,813
0,856
45
Educação
Renda
Variação
IDHM e 2000
IDHM e 2010
Variação
IDEB i
IDEB f
Invest sobre receita
Invest por habitante
% Ensino superior
IDHM r 2000
IDHM r 2010
Variação
% pessoas ocupadas
N° empresas
Renda per capta
Renda por domicílio
8,57%
0,382
0,564
47,64%
4,9
4,4
25,07%
R$ 152,21
4,56%
0,64%
0,69%
0,05%
12,06%
3.520
510
1.960,42
5,33%
0,537
0,667
24,60%
5,15
3,78
28,29%
R$ 523,02
17,7%
0,736
0,779
5,8%
45,90%
18.026
1.197
5.013
46
APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTAS
FACULDADE LUTERANA SÃO MARCOS
CURSO BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO
TÍTULO DO TRABALHO: Uma análise sobre estratégias para atrair e estabelecer
investimentos para o desenvolvimento de cidades.
ALUNO: Vagner Lemos do Amaral
ORIENTADORA: Prof. Dra. Eliana Senna
NOME DO ENTREVISTADO:
PROFISSÃO:
FORMAÇÃO PROFISSIONAL:
CIDADE:
TEMPO NO CARGO:
DATA DA ENTREVISTA:______/______/____________
DURAÇÃO DA ENTREVISTA: ______:______
ORIENTAÇÕES GERAIS:
a) Explicar ao respondente sobre os objetivos da entrevista;
b) Solicitar ao respondente autorização de gravação para captura do áudio;
c) Comunicar o tempo previsto de entrevista ao respondente;
d) Explicar como se desenvolve uma entrevista em profundidade com
roteiro semiestruturado;
e) Apresentar e aplicar o roteiro de entrevistas:
47
O objetivo do presente estudo visa identificar como a cidade pode influenciar a
dinâmica do mercado através da atração de investimento, e como estas ações
refletem a geração de oportunidades que impulsionam a promoção, crescimento e
desenvolvimento da cidade.
Sendo assim, com base na vocação, distinção, e atratividade do lugar, busca-se
identificar as ações que viabilizam a captação e estabelecimento de investimentos e
resultam no desenvolvimento da cidade através do fortalecimento da economia,
tornando a cidade mais competitiva.
As perguntas são elaboradas e organizadas atendendo a seis dimensões
consideradas
pelos
diferentes
autores
consultados
pilares
bases
do
desenvolvimento e propulsores da economia.
1) O Brasil, enquanto economia emergente é alvo de investimentos externos,
nessa linha, os municípios São Paulo, Rio de Janeiro, e Brasília configuraram
fluxos tradicionais entrantes destes investimentos, embora Porto Alegre esteja
fora do eixo, é considerado um dos municípios mais competitivos do país,
diante disso, procuro entender como o Estado do Rio Grande do Sul interage
na esfera federal para atrair tais investimentos para o estado?
______________________________________________________________
2) De que forma o Estado do Rio Grande do Sul determina qual município
receberá os investimento entrantes? Ou de outra forma, o investimento é
captado pelo município que recorre ao Estado solicitando apoio?
______________________________________________________________
3) Independentemente do fluxo entrante de investimentos nacionais ou
estrangeiros ocorra pelo Estado ou município, há no Estado alguma
legislação vigente que beneficie os municípios e torne-os competitivos na
atração de investimentos? Quais?
______________________________________________________________
4) Ao observar o “município” do ponto de vista econômico, tendo como ponto
central a sua capacidade de atrair investimentos, é preciso identificar quais
são os fatores que motivam sua escolha por parte do empreendedor. Sendo
assim, quais são os requisitos necessários para que um município torne-se
atraente?
48
______________________________________________________________
5) Estudos apontam a Educação, Saúde, Segurança, Meio Ambiente, e a
Infraestrutura, sendo as bases para o desenvolvimento de um município, além
destes, é possível encontrar outras variáveis e propostas diversas, contudo,
vale ressaltar que todos estão sujeitos á interferência da sociedade,
empresas, poder público e entidades organizadas, denominados atores
sociais. A saber, este instrumento de pesquisa classifica as entidades
organizadas sendo as Associações, Federações, Confederações, Agências e
Agendas. Nesse sentido, qual o papel destas entidades e como atuam na
promoção do desenvolvimento dos municípios?
______________________________________________________________
6) A presença estratégica da entidade abrange a amplitude geográfica
alcançada para a consolidação de suas ações, em outras palavras, se fazer
presente e ser percebida, sendo assim, o que é levado em consideração na
hora de instalar uma unidade de negócio em determinado município? E, os
municípios com unidade de negócio percebem avanços conquistados com a
instalação da unidade? Quais?
______________________________________________________________
7) Como funciona a atuação da entidade em município não contemplado com a
instalação de unidade de negócio? E, quais os programas, projetos oferecidos
pela entidade que estimulam a captação de novos investimentos, manutenção
dos já existentes e o fortalecimento da economia?
______________________________________________________________
8) Qual a participação do Poder público na formulação e aplicação dos
programas e projetos disponibilizados pelas entidades? Nesse caso entendese por poder público, as Prefeituras e suas Secretarias, bem como, o Estado
e suas Secretarias e Agencias.
______________________________________________________________
9) Ao considerar a educação uma das bases para o desenvolvimento de um
município, quais são os parâmetros de eficiência necessários para que a
educação configure uma base sólida sustentável de desenvolvimento?
______________________________________________________________
10) Estudos apontam que os habitantes de uma determinada região que
apresentam
os
melhores
índices
de
educação,
especialização
e
49
profissionalismo possuem vantagem competitiva considerável capaz de atrair
as melhores oportunidades. Considerando a situação atual, o município
possui capacidade de formar e atrair pessoas talentosas? Como atrair
Universidades, Faculdades, Cursos técnicos e profissionalizantes para o
município? Quem faz?
______________________________________________________________
11) Quais as políticas eficazes de geração de renda podem destacar o
desenvolvimento do município? Estatisticamente, o número de mulheres é
superior aos homens, há um programa de inserção da mulher no mercado de
trabalho? As escolas em tempo integral, bem como, as creches municipais
propiciam liberar para o mercado de trabalho as mulheres que atualmente
ficam em casa cuidando dos filhos, qual é a situação atual, e quais as metas
traçadas?
______________________________________________________________
12) A saúde constitui outro fator importante para o desenvolvimento, pois
pessoas saudáveis e bem assistidas produzem mais e melhor. Sendo assim,
quais são as condições necessárias para que a saúde configure uma base
sólida sustentável de desenvolvimento? Como atingir os níveis desejados
para uma base sólida de desenvolvimento? Quem faz?
______________________________________________________________
13) A questões relacionadas a segurança figuram considerável importância na
hora de investir em determinado município, sendo assim, qual modelo de
segurança inteligente almejado pelos atores sociais (empresas, sociedades e
governo)? Como as forças são articuladas para o combate a informalidade,
sonegação, pirataria, corrupção e por seguinte o tráfico e outras violências?
______________________________________________________________
14) O conjunto das ações respondidas nas questões anteriores embasam parte
das ações estratégicas relacionadas a infraestrutura disposta pelo município
para atender as necessidades da população e contribuir para o seu
crescimento
e
desenvolvimento,
entretanto,
outras
variáveis
são
consideradas. Transporte e mobilidade, quanto do transporte público é
composto por veículos adaptados? Qual é a meta e quanto foi atingido?
Existem conexões com os diferentes tipos de transportes (ônibus, trem,
aquaviário, e aéreo)? Se faz necessário tê-los? Quanto da área de ruas e
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estradas possuem cobertura de ciclovia, qual a meta e quanto foi atendido?
Se faz necessário?
______________________________________________________________
15) Existe legislação vigente que estimule a utilização de fontes renováveis de
energia, seja no trato motor (combustível - mobilidade), eletricidade? Se sim,
como estamos? Se não, o que é preciso?
______________________________________________________________
16) As vias de acesso e escoamento de produção são suficientes para atender a
demanda, e ou a ampliação da mesma? Foram criadas novas alternativas de
acesso? Existem projetos prevendo novas vias de acesso e escoamento da
produção?
______________________________________________________________
17) Quais os programas e projetos existentes para o fortalecimento dos setores
produtivos da economia? Como incorporar uma cultura de alta performance
nos setores produtivos da economia?
______________________________________________________________
18) Sejam empreendimentos novos ou existentes, há legislação vigente para
atração e manutenção dos investimentos, ou cada caso é tratado
isoladamente? O que prevê a legislação?
______________________________________________________________
19) O que prevê a legislação fiscal e financeira para atrair investimentos (doação
de terrenos, incentivos aduaneiros para exportação e importação, isenção
fiscal, diminuição fiscal, terraplanagem de terrenos, infra básica, etc...)? Quais
são os pontos fortes e fracos da legislação?
______________________________________________________________
20) Um município é forte sozinho ou quando participa de uma rede de
municípios? Como se formam as redes de colaboração entre municípios?
Quem é responsável por estreitar as relações intermunicipais?
______________________________________________________________
21) Por fim, estudam-se as soluções de atração de investimentos em prol de uma
melhor qualidade de vida dos seus habitantes, em função da amplitude do
tema, ao estabelecer um mapa estratégico, quais seriam os passos
seguintes? Por onde começar?
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APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO
FACULDADE LUTERANA SÃO MARCOS
CURSO BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO
TÍTULO DO TRABALHO: Uma análise sobre estratégias para atrair e estabelecer
investimentos para o desenvolvimento de cidades.
ALUNO: Vagner Lemos do Amaral
ORIENTADORA: Prof. Dra. Eliana Senna
NOME DO ENTREVISTADO:
PROFISSÃO: Administrador
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: Bacharel em Administração de Empresas
CIDADE: Santa Maria/RS
TEMPO NO CARGO: 18 meses
DATA: 23/04/2015
DURAÇÃO DA ENTREVISTA: ______:______
O objetivo do presente estudo visa identificar como a cidade pode influenciar a
dinâmica do mercado através da atração de investimento, e como estas ações
refletem a geração de oportunidades que impulsionam a promoção, crescimento e
desenvolvimento da cidade.
As perguntas são elaboradas e organizadas atendendo a seis dimensões
consideradas
pelos
diferentes
autores
desenvolvimento e propulsores da economia.
consultados
pilares
bases
do
52
1) Independentemente do fluxo entrante de investimentos nacionais ou
estrangeiros ocorra pelo Estado ou município, há no Estado alguma
legislação vigente que beneficie os municípios e torne-os competitivos na
atração de investimentos? Quais?
Os instrumentos atuais que podem melhorar a competitividade dos municípios
são o FUNDOPEM e o INTEGRAR, pelos quais o Estado concede
abatimentos no ICMS a ser pago pelas empresas. No caso de Santa Maria
isso poderá chegar a 51% de abatimento.
2) Ao observar o “município” do ponto de vista econômico, tendo como ponto
central a sua capacidade de atrair investimentos, é preciso identificar
quais são os fatores que motivam sua escolha por parte do
empreendedor. Sendo assim, quais são os requisitos necessários para
que um município torne-se atraente?
A capacidade de tornar o município atraente aos investidores depende
fundamentalmente de como o município deseja se posicionar e do que
pretende atrair. No caso específico de Santa Maria, algumas características
há destacam::
- Localização central no RS, facilitando a logística de acesso e distribuição
para o Estado e para países vizinhos;
- Mão de obra qualificada em abundância com 8 instituições de ensino
superior e diversos cursos técnicos;
- Área municipal para expansão industrial (300ha);
- Parque Tecnológico com laboratórios de ponta e espaços disponíveis para
instalação de empreendimentos;
- Baixos índices de criminalidade;
- Boa qualidade de vida;
3) Estudos apontam a Educação, Saúde, Segurança, Meio Ambiente, e a
Infraestrutura, sendo as bases para o desenvolvimento de um município,
além destes, é possível encontrar outras variáveis e propostas diversas,
contudo, vale ressaltar que todos estão sujeitos á interferência da
sociedade,
empresas,
poder
público
e
entidades
organizadas,
denominados atores sociais. A saber, este instrumento de pesquisa
53
classifica as entidades organizadas sendo as Associações, Federações,
Confederações, Agências e Agendas. Nesse sentido, qual o papel destas
entidades e como atuam na promoção do desenvolvimento dos
municípios?
O papel dessas entidades é fundamental para que a soma do trabalho de
todos resulte em ganhos maiores para o município. No caso de Santa Maria
conseguimos essa soma com a criação do Plano de Desenvolvimento da
cidade, oportunidade em que todos participaram ativamente da criação e
permanecem atuantes na execução e no monitoramento das ações. Isto faz
com que todos tenham direções semelhantes para o que se deseja da cidade.
4) Ao considerar a educação uma das bases para o desenvolvimento de um
município, quais são os parâmetros de eficiência necessários para que a
educação configure uma base sólida sustentável de desenvolvimento?
A educação deve, além de apresentar bons resultados em termos de
aprovação, também preocupar-se com a formação empreendedora das
pessoas atualmente. Isto se faz a partir das séries iniciais, quando se permite
aos alunos experimentar novas maneiras de pensar, agir e fazer suas
atividades, dando-lhes responsabilidades. Mais do que nunca precisamos de
pessoas empreendedoras naquilo que fazem.
5) Estudos apontam que os habitantes de uma determinada região que
apresentam os melhores índices de educação, especialização e
profissionalismo possuem vantagem competitiva considerável capaz de
atrair as melhores oportunidades. Considerando a situação atual, o
município possui capacidade de formar e atrair pessoas talentosas? Como
atrair Universidades, Faculdades, Cursos técnicos e profissionalizantes
para o município? Quem faz?
O município já possui esta característica. Atualmente são 8 instituições de
ensino superior instaladas na cidade que atendem aproximadamente 30.000
alunos de todas as regiões do RS. O desafio está em retê-los na cidade para
empreender localmente.
54
6) Quais as políticas eficazes de geração de renda podem destacar o
desenvolvimento do município? Estatisticamente, o número de mulheres é
superior aos homens, há um programa de inserção da mulher no mercado
de trabalho? As escolas em tempo integral, bem como, as creches
municipais propiciam liberar para o mercado de trabalho as mulheres que
atualmente ficam em casa cuidando dos filhos, qual é a situação atual, e
quais as metas traçadas?
A geração de renda está na ocupação da mão de obra local a partir do
estímulo ao desenvolvimento econômico. A cidade de Santa Maria dispõe de
diversas alternativas para que a mulher tenha disponibilidade ao mercado
trabalho. Isto se comprova na construção de 12 novas cresches que estão
sendo entregue a população santamariense.
7) A saúde constitui outro fator importante para o desenvolvimento, pois
pessoas saudáveis e bem assistidas produzem mais e melhor. Sendo
assim, quais são as condições necessárias para que a saúde configure
uma base sólida sustentável de desenvolvimento? Como atingir os níveis
desejados para uma base sólida de desenvolvimento? Quem faz?
Assim como na educação, a saúde do município possui boa infraestrutura de
atendimento a população, seja através dos hospitais atuais (3) e, também, do
novo hospital regional que funcionará a partir de 2016, como também das
unidades básicas de saúde e do Serviço de Atendimento Médico de
Urgências. A cidade possui característica de um polo prestador de serviços na
saúde, com muitas especialidades medidas e profissionais renomados
atuando.
8) A questões relacionadas a segurança figuram considerável importância
na hora de investir em determinado município, sendo assim, qual modelo
de segurança inteligente almejado pelos atores sociais (empresas,
sociedades e governo)? Como as forças são articuladas para o combate a
informalidade, sonegação, pirataria, corrupção e por seguinte o tráfico e
outras violências?
O modelo de segurança que está sendo implantado no município é
coordenado pelo Gabinete de Gestão Integrada Municipal – GGIM, no qual se
55
reúnem mensalmente todas as forças de segurança juntamente com as
lideranças locais para debater alternativas de combate à criminalidade.
Atualmente os índices de criminalidade no município são muito baixos se
comparado com cidades do mesmo porte.
9) O conjunto das ações respondidas nas questões anteriores embasam
parte das ações estratégicas relacionadas a infraestrutura disposta pelo
município para atender as necessidades da população e contribuir para o
seu crescimento e desenvolvimento, entretanto, outras variáveis são
consideradas. Transporte e mobilidade, quanto do transporte público é
composto por veículos adaptados? Qual é a meta e quanto foi atingido?
Existem conexões com os diferentes tipos de transportes (ônibus, trem,
aquaviário, e aéreo)? Se faz necessário tê-los? Quanto da área de ruas e
estradas possuem cobertura de ciclovia, qual a meta e quanto foi
atendido? Se faz necessário?
A logística urbana tem se mostrado um desafio para os administradores
públicos, pois a frota de veículos aumentos significativamente nos últimos
anos. No caso de Santa Maria o transporte urbano é feito essencialmente por
ônibus que possui o sistema de integração de passagens para facilitar o
deslocamento.
Durante este ano será instalada a primeira linha de veículo leve sobre pneus
– VLP, interligando a cidade de oeste a leste. Isto agilizará o transporte e
reduzirá o número de veículos nas ruas.
10) Existe legislação vigente que estimule a utilização de fontes renováveis
de energia, seja no trato motor (combustível - mobilidade), eletricidade?
Se sim, como estamos? Se não, o que é preciso?
O município não possui legislação voltada a este aspecto no momento.
11) As vias de acesso e escoamento de produção são suficientes para
atender a demanda, e ou a ampliação da mesma? Foram criadas novas
alternativas de acesso? Existem projetos prevendo novas vias de acesso
e escoamento da produção?
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Pela localização geográfica favorável, Santa Maria dispõe de importantes
rodovias que dão acesso a todas as regiões do RS. Além disso, também
dispõe de ferrovia e de aeroporto.
12) Quais os programas e projetos existentes para o fortalecimento dos
setores produtivos da economia? Como incorporar uma cultura de alta
performance nos setores produtivos da economia?
Atualmente o município dispõe de programas e projetos voltados ao
desenvolvimento dos seguintes setores e segmentos:
- Polo de Defesa: a cidade é caracterizada pela ocupação de militares e, por
conta disso, possui o segundo maior contingente militar do País e a maior
frota de veículos blindados do País. Há um enorme potencial econômico que
gira em torno disso. Prova disso é que a gigante KMW se instalou na cidade
para produzir blindados e prestar serviços para toda a América do Sul.
- Polo Metalmecânico: há um significativo número de empresas deste
segmento que atuam no mercado local, regional e nacional, gerando
empregos e renda no município;
- Polo do TI: pela característica universitária e por concentrar uma
universidade federal com mais de 20.000 alunos, muitos empreendedores
voltaram-se para esta área a partir dos cursos, laboratórios e infraestrutura
disponível. Atualmente existem duas incubadoras e um parque tecnológico
em funcionamento para estimular estes empreendimentos.
- Polo Logístico: pela característica geográfica, a cidade possui diversos
empreendimentos voltados à armazenagem, transporte e distribuição de
produtos para várias empresas brasileiras. O município está organizando um
condomínio logístico para atender as demandas desse segmento.
13) Sejam empreendimentos novos ou existentes, há legislação vigente para
atração e manutenção dos investimentos, ou cada caso é tratado
isoladamente? O que prevê a legislação?
O município de Santa Maria possui 3 Leis voltadas ao desenvolvimento
econômico:
- Lei Complementar 037/2006 – Dispõe sobre incentivos fiscais e econômicos
para empreendimentos existentes e novos (foco industrial);
57
- Lei Ordinária 5245/2009 – Dispõe sobre incentivos para desenvolvimento
das micro e pequenas empresas e do empreendedor individual;
- Lei Ordinária 5306/2010 – Dispõe sobre incentivos para empresas de base
tecnológica.
Além dessas, dependendo do porte e das características do empreendimento,
o município poderá tratar o caso isoladamente.
14) O que prevê a legislação fiscal e financeira para atrair investimentos
(doação de terrenos, incentivos aduaneiros para exportação e importação,
isenção fiscal, diminuição fiscal, terraplanagem de terrenos, infra básica,
etc...)? Quais são os pontos fortes e fracos da legislação?
Os benefícios concedidos pelo município de Santa Maria são:
Lotes no distrito industrial com 80% de desconto;
Redução da alíquota de ISSQN ao percentual mínimo estabelecido em
legislação superior;
Isenção das taxas para execução de obras e licenciamento ambiental;
Pagamento de aluguel para instalação temporária do empreendimento até
que a unidade produtiva esteja concluída;
Subsídio para capacitação gerencial e de mão de obra fabril dos
empreendimentos;
Apoio na infraestrutura básica de acesso ao empreendimento.
15) Um município é forte sozinho ou quando participa de uma rede de
municípios? Como se formam as redes de colaboração entre municípios?
Quem é responsável por estreitar as relações intermunicipais?
Os municípios, frente às demandas existentes, necessitam de uma rede para
buscar alternativas para não só resolver os problemas existentes, como para
alavancar o desenvolvimento local e regional. As cidades possuem interação
entre si a partir do momento que há um fluxo de pessoas, mercadorias,
veículos, serviços entre elas. Por conta disso é que cada vez mais os
consórcios intermunicipais e as associações de municípios têm sido os fóruns
escolhidos para debate desses temas.
16) Por fim, estudam-se as soluções de atração de investimentos em prol de
uma melhor qualidade de vida dos seus habitantes, em função da
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amplitude do tema, ao estabelecer um mapa estratégico, quais seriam os
passos seguintes? Por onde começar?
Os passos seguintes que estamos seguindo voltam-se para a implementação
das ações previstas, articulando todos os atores sociais atuantes no
município em prol de uma visão única. Por isso ocorrem reuniões sistemáticas
coordenadas pela Agência de Desenvolvimento que é responsável pelo
acompanhamento da implementação e pela atualização do plano.

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