MaisPasseio_Monges e monjas de Cister

Transcrição

MaisPasseio_Monges e monjas de Cister
Monges e monjas de Cister
Roteiro
O roteiro Monges e monjas de Cister transporta-nos até ao século XII, aos primórdios do
estabelecimento desta ordem religiosa em Portugal. Neste MaisPasseio compreendemos a
sua religiosidade, a sua influência no concelho de Alcobaça e os seus hábitos de vida.
Encontramos aqui, também, uma referência ainda por desvendar, para muitos: as monjas
do Mosteiro de Cós.
A baía de São Martinho do Porto acolhe-nos, à chegada ao primeiro destino do dia, com a
sua arquitectura, as suas histórias de tradição piscatória e estórias de amores veraneantes.
Esta zona, em que pontificam a serra da Pescaria e a serra do Bouro, constituiu, em
tempos, uma única ilha. Com a sua divisão natural, foi sendo desenhada a baía de São
Martinho do Porto. Esta baía foi porto de mar dos coutos de Alcobaça e um local privilegiado
para o desenvolvimento de atividades ligadas à pesca e à construção naval. No século XX
afirmou-se como estância balnear, frequentada sobretudo pela nobreza e pela burguesia.
No início da manhã ficamos a conhecer a parte baixa e a parte alta da vila, entre as quais
funciona como elemento facilitador o ascensor do posto de turismo. O túnel do antigo cais
conduz-nos ao mar alto, de ondas bravias, com o seu encanto.
À tarde, seguimos para Alcobaça, onde compreendemos a importância do rio Alcoa e do rio
Baça, bem como das vivências românticas que os palácios dos brasileiros evocam. É a partir
das histórias das ruas de Alcobaça que conhecemos as vivências dos monges de Cister em
Portugal.
Um breve passeio pelas fontes e espelhos de água do centro da vila criam uma teia mais
pormenorizada das vivências desta região. No museu Raul da Bernarda, numa visita guiada,
afastamo-nos do século XII e entramos no mundo industrial do século XX, com uma das
loiças mais emblemáticas de Portugal: a faiança Raul da Bernarda. Como não podia deixar
de ser, a chita de Alcobaça também tem neste museu um papel de destaque. Conhecemos a
importância de Araújo Guimarães no desenvolvimento desta terra, bem como a história de
Maria Cristina Guimarães Rino, protagonista controverso do feminismo em Portugal.
Mais Passeio © 2012
Pelas terras do concelho de Alcobaça, com sabores de doces conventuais, convivemos de
perto com o estoicismo das monjas de Cister, que cultivavam os campos (tal como os
monges da mesma ordem) e que nas madrugadas frias faziam entoar a sua voz no
Convento de Santa Maria de Cós.
O mosteiro de Santa Maria de Cós, tal como hoje o conhecemos, surgiu no século XVI, por
iniciativa do abade comendatário de Alcobaça – D Afonso, filho de D. Manuel I. Este
mosteiro, para além de toda a sua invulgar beleza (podemos encontrar um trabalho de
talha dourada de muito pormenor, quadros de Josefa de Óbidos e um tecto, na nave
principal, composto por oitenta caixotões de madeira pintados em policromia) tem a
particularidade
de
ser
um
templo
de,
e
para,
mulheres.
O
cadeiral,
composto
originariamente por 106 assentos, remete-nos para o mesmo universo de monjas às quais
se associam as respectivas serviçais. Dizem os populares que estas monjas cantavam a
Deus, todos os dias, entre a uma e as oito da manhã. E apenas abandonaram o mosteiro
com a chegada das invasões francesas. É neste local, que tem tanto de belo como de
inesperado, que termina o MaisPasseio dos monges e monjas de Cister.
Momentos e tempos do roteiro:
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Embarque e partida;
Paragem na estação de serviço (20 minutos);
10h30m – Chegada a São Martinho e receção local;
11h00m – Visita guiada pelas ruas da vila de São Martinho do Porto (arquitetura,
práticas culturais, histórias locais…);
12h30m - 13h30m – Almoço;
14h15m – Chegada a Alcobaça, passeio pela história do rio Alcoa, vivências dos
monges, importância dos brasileiros na arquitectura local. Visita ao Museu Raul da
Bernarda;
16h30m – Chegada a Cós, visita guiada ao Convento de Santa Maria de Cós;
17h30m – Lanche;
18h30m – Regresso.
Estes tempos e respetiva duração dependem sempre da dinâmica do grupo, podendo sofrer
ajustamentos, durante a realização do passeio.
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