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Transcrição

Revista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul Ano 4 | nº 13 | Novembro de 2012
SUSTENTABILIDADE É TEMA
EM DESTAQUE NA FEIRA
DO EMPREENDEDOR 2012.
Novembro 2012 | Revista Tempo de Agir 1
// EDITORIAL
// EXPEDIENTE
Instituições que compõem o
Conselho Deliberativo do Sebrae/RS:
• Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A – BANRISUL
Titular: Túlio Luiz Zamin
Suplente: Guilherme Cassel
• Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS
Titular: Heitor José Müller
Suplente: Bolivar Baldisserotto Moura
• CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Titular: Ruben Danilo de Albuquerque Pickrodt
Suplente: Daniel Almeida Schwalm
• Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – CIERGS
Titular: André Vanoni de Godoy
Suplente: Alexandre De Carli
• Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento – SDPI
Titular: Mauro Knijnik
Suplente: José Antônio Valle Antunes Júnior
• BANCO DO BRASIL S/A
Titular: José Carlos Reis da Silva
Suplente: Alucir Biasi
• Federação das Associações Comerciais e de Serviços
do Rio Grande do Sul – FEDERASUL
Titular: Gustavo Leipnitz Ene
Suplente: Fabiano Zouvi
• Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul – FARSUL
Titular: Carlos Rivaci Sperotto
Suplente: Valmir Antônio Susin
• Federação do Comércio de Bens e de Serviços do
Estado do Rio Grande do Sul – FECOMÉRCIO
Titular: Júlio Ricardo Mottin
Suplente: Zildo De Marchi
• Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
Titular: José Paulo Dornelles Cairoli
Suplente: Silmar Pereira Rodrigues
• Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI/RS
Titular: César Rangel Codorniz
Suplente: Marco Aurélio Paradeda
• Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul – FAPERGS
Titular: Nádya Pesce da Silveira
Suplente: Jôni Franck Nunes Costa
• SENAR - RS - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
Titular: Gilmar Tietböhl Rodrigues
Suplente: Clóvis Meurer
• FCDL- Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas
do Rio Grande do Sul
Titular: Vitor Augusto Koch (Presidente)
Suplente: Fernando Luis Palaoro
• CAIXA Estadual S/A - Agência de Fomento/RS
Titular: Marcelo de Carvalho Lopes
Suplente: Francisco Claudio Duda
2 Revista Tempo de Agir | Novembro 2012
É uma publicação trimestral do
Sebrae/RS desenvolvida pela
Gerência de Comunicação e Marketing.
Coordenação e Edição:
Jorge Seadi Júnior
Reportagem:
César Moraes, Josine Haubert,
Larissa Mamouna e Renata Cerini
Estagiária:
Gabriela Ramires Brasil
Design Gráfico e Editoração:
Carol Lopes
Fotos:
João Alves
Impressão:
Contgraf
Tiragem: 40 mil exemplares
FALE COM A REDAÇÃO:
[email protected]
(51) 3216 5194
Contatos com o Sebrae/RS
• 0800 570 0800 - atendimento
gratuito de segunda a sexta-feira, das 8h às
20h, e aos sábados, das 8h às 12h;
• www.sebrae-rs.com.br
o visitante pode fazer download de publicações
e, no link “Central de Notícias”, ficar sabendo
as novidades da instituição;
• www.sebrae.com.br - Sebrae Nacional;
• Espaço Pesquisa Sebrae/RS
acervo de livros, revistas, vídeos, dicas de
oportunidades de negócios enfocando gestão
empresarial. O material pode ser consultado
em todas as regionais.
Em Porto Alegre, na Regional Metropolitana,
Rua General João Manoel, 282.
De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Feira do
Empreendedor:
transformando
boas ideias em
ótimos negócios
O mês de setembro proporcionou aos empreendedores
gaúchos a oportunidade de transformar boas ideias em ótimos negócios. No grande evento promovido pelo Sebrae/
RS em Porto Alegre, a Feira do Empreendedor, foram estimulados o empreendedorismo e a capacidade de iniciativa. Milhares de pessoas que já empreendem algum negócio
ou que sonham em se transformar em empresários tiveram
acesso a palestras, oficinas, seminários, talk shows, debates,
encontros empresariais e bate papos.
Foi muito animador percorrer os corredores da feira e perceber que, nela, estava sendo confirmada a vontade que o brasileiro tem de abrir seu próprio negócio. Isso já está inserido
em seu DNA. É o que tem mostrado a pesquisa internacional
Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Realizada anualmente, mede a evolução do empreendedorismo no Brasil e
em outros países, permitindo a identificação de fatores críticos que contribuem ou inibem a iniciativa empreendedora.
O estudo revela, entre vários aspectos, a taxa de empreendedorismo no País, o desempenho das mulheres empreendedoras, a participação dos jovens no universo empresarial e a motivação para empreender. Atrás apenas da China e dos Estados
Unidos, o Brasil possui 27 milhões de pessoas envolvidas ou
em processo de criação de um negócio próprio.
Nesse indicador, vale ressaltar o crescimento dos jovens interessados em empreender. Hoje, 3,4 milhões dos 27 milhões de empreendedores brasileiros tem até 24 anos de
idade. Isso nos estimula, pois estamos vendo que a juventude deste país está se preparando para ingressar com força
total no mundo do empreendedorismo. E o Sebrae/RS está
pronto para incentivar e auxiliar esses futuros empresários.
A 17ª Feira do Empreendedor, além de gerar todo esse universo de oportunidade de criação de novos negócios e de
aprofundar o conhecimento empreendedor, teve, ainda,
fortalecida a questão da responsabilidade social. Sim, pois a
partir das doações realizadas na entrada do evento, foram
contabilizados 11 mil quilos de alimentos não perecíveis, encaminhados ao Banco de Alimentos, parceiro da feira.
Portanto, temos motivos de sobra para estarmos felizes com
mais esta vitoriosa edição da Feira do Empreendedor. Em
2014, estaremos, novamente, renovando essa parceria com
os empreendedores gaúchos, de todas as idades, possibilitando que os pequenos negócios encontrem seus mercados
e recebam orientação na abertura e na gestão de empresas,
com continuidade, crescimento e inovação.
Um Forte Abraço,
Vitor Augusto Koch
Presidente do Sebrae/RS
Diretor-superintendente: Léo José Borges Hainzenreder
Diretor de Administração e Finanças: Marcelo de Oliveira Ribas
Diretor Técnico: Marco Antônio Kappel Ribeiro
// RESULTADOS
Quatorze mil
pessoas
visitaram a
17ª Feira do
Empreendedor
gaúcha
Evento realizado pelo Sebrae/RS entre os dias
27 e 30 de setembro encerrou suas atividades
com bons resultados
A
17ª edição da Feira do Empreendedor do Rio
Grande do Sul encerrou suas atividades com
bons resultados. Durante os quatro dias de realização do evento, aproximadamente 14 mil
visitantes marcaram presença no Centro de Exposições da
Fiergs, em Porto Alegre. Na avaliação do presidente do Sebrae/RS, Vitor Augusto Koch, a diversidade de ações foi um
dos atrativos. “Reunimos, em um único espaço, informações, atendimento especializado e ideias de negócios para
quem pretende abrir ou melhorar a sua empresa”, ressaltou.
O espaço destinado aos expositores foi preenchido por 86
estandes com empresas de vários estados do Brasil. Na área
destinada ao atendimento, o público encontrou informações
sobre temas como Inovação, Sustentabilidade, Vendas, Mercado, Liderança, Exportação e Ideias de Negócios, além de
orientação empresarial, realizada pela equipe de técnicos do
Sebrae/RS. Ao todo, foram realizados 1.200 atendimentos no
local, ultrapassando a meta, que era de 800 atendimentos.
O espaço também contou com a presença de entidades e
órgão públicos parceiros do Sebrae/RS e com expertise em
diversas áreas: Conselho Regional de Contabilidade (CRC),
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Instituto Nacional
da Propriedade Industrial (INPI), Secretaria da Economia
Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (SESAMPI),
Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Secretaria Municipal
da Indústria e Comércio (SMIC), Secretaria Estadual da Fazenda (SEFAZ), INSS e JUCERGS.
Em diversos horários, foram tratados temas como Copa do Mundo de 2014, tendências e realidades do meio empresarial, oportunidades de negócios, empreendedorismo, sustentabilidade, finanças, gestão, marketing, criatividade, inovação e agronegócios.
A responsabilidade social também saiu ganhando com a Feira
do Empreendedor: a partir das doações realizadas na entrada,
foram contabilizadas 16,5 mil quilos de alimentos não perecíveis. Os mantimentos foram encaminhados ao Banco de Alimentos, parceiro do Sebrae na iniciativa.
“
Nesta edição da Feira,
o Sebrae/RS disponibilizou
ao público mais de 50
palestras que mobilizaram
cerca de 4.700 pessoas.
Léo Hainzenreder
Superintendente do Sebrae/RS
”
Outras atrações
No Espaço de Sustentabilidade, o Sebrae/RS apresentou uma
ferramenta inédita para avaliação do grau de sustentabilidade das micro e pequenas empresas rurais, batizada de ISer
(Índice de Sustentabilidade da Empresa Rural). A solução
será aplicada nas quase 3 mil propriedades participantes dos
18 projetos coletivos da Gerencia Setorial do Agronegócio
do Sebrae/RS.
A Copa do Mundo de 2014 esteve com a bola cheia na Feira
do Empreendedor. Em um espaço especialmente preparado,
o público pode acompanhar dinâmicas teatrais que representam situações de dificuldades para os turistas, e, ainda,
palestras que abordaram temas como questões jurídicas, licenciamento, utilização de símbolos e marcas, Fun Fest e áreas de restrição comercial. Outra atração do espaço foi o Jogo
da Copa, que apresentou as oportunidades mapeadas pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV), bem como os requisitos de
contratação e de fornecimento para grandes demandantes
deste mercado.
Uma parceria entre Sebrae, Google e Yola, com a colaboração do Bradesco, HP e Serasa Experian, proporcionou que os
empreendedores realizassem o site de sua empresa de forma
gratuita, rápida e fácil, no Conecte Seu Negócio. Outra atração
que chamou a atenção dos visitantes foram as Oficinas Práticas, nas áreas de Gastronomia, Moda, Artesanato e Internet.
A Loja Conceito foi um dos espaços mais procurados na Feira
do Empreendedor 2012, com participação de 3.930 pessoas.
O local apresentou tecnologias recentes em gestão visual e de
produtos que agradam a varejistas e consumidores.
As atrações da Feira incluíram, ainda, a exposição dos grupos de artesanato apoiados pelo Sebrae/RS: Arte na Fonte,
Canoa, Artesanato Missões, Abelhas Arteiras, Lã Pura e Bicho do Mar de Dentro. Durante os quatro dias de Feira do
Empreendedor, mais de 373 produtos foram vendidos, totalizando um valor de R$ 10 mil. Do interior do Estado, 3.500
empreendedores participaram da feira como integrantes de
95 missões.
O Microempreendedor Individual teve uma atenção especial no evento. Durante quatro dias ocorreram oficinas
SEI (SEI Comprar, SEI Empreender, SEI Planejar, SEI
Vender e SEI Controlar Meu Dinheiro), além de duas palestras: Empreendedor Individual e Internet para Pequenos Negócios.
As startups
Empresas recém-criadas ou ainda em fase de constituição
cujos produtos e serviços apresentam soluções inovadoras
estiveram no evento. Parceria entre o Sebrae/RS, a IBM e
a Endeavor, o Espaço de Inovação reuniu, em uma área de
500 metros quadrados, 12 empresas expositoras (seis nos
dias 27 e 28 de setembro e outras seis entre os dias 29 e
30), salas de reuniões e uma grande área de palestras. As
atrações levaram 1.200 pessoas para o estande.
Seminário de Educação Empreendedora
e Fórum de Empreendedorismo
Paralelamente a Feira do Empreendedor, o Sebrae/RS
realizou o 4º Seminário de Educação Empreendedora e o
3º Fórum de Empreendedorismo. O primeiro, promovido em parceria com a PUCRS, reuniu 657 professores
na Fiergs, na quinta-feira, dia 27 de setembro. O filósofo
Mário Sérgio Cortella e o representante da Wikimedia
Foundation no Brasil Oona Castro foram os palestrantes
do Seminário.
Realizado na sexta-feira (dia 28) e no sábado (29), o Fórum de Empreendedorismo abordou os temas Ecossistema Empreendedor e Tendências do Mundo Digital. Nos
dois dias, 1.395 pessoas acompanharam a programação,
que incluiu palestras com Cláudio Bessa, Felipe Anghinoni, Martha Gabriel, Gabriel Brigidi, Rodrigo Vale, entre
outros. “Além do auditório sempre lotado, percebemos
que o público ficou satisfeito com os depoimentos dos especialistas trazidos”, avalia a gestora da Feira no Sebrae/
RS, Adriana Hartmann Lewis.
// COPA DO MUNDO
Copa do Mundo marca presença
na Feira do Empreendedor
Espaço “Sebrae 2014” abordou as oportunidades
que o evento irá proporcionar aos pequenos negócios
A
Copa do Mundo que será realizada no Brasil
em 2014 e que tem Porto Alegre como uma
das cidades-sede está movimentando diversos setores do País. O Sebrae/RS também
está mobilizado para o grande evento e foca esforços na
capacitação e no preparo das micro e pequenas empresas
para aproveitarem as oportunidades que a organização e
a realização dos jogos estão provocando.
Na Feira do Empreendedor 2012, o público visitante
acompanhou dinâmicas teatrais que representaram situações em que o turista enfrenta dificuldades para se comunicar e adquirir produtos, por exemplo. “Queremos
chamar a atenção dos empreendedores para pequenos
detalhes que são importantíssimos na hora de prestar um
serviço de qualidade aos turistas, que serão em grande
número e de várias partes do mundo”, explicou a técnica do Sebrae/RS, responsável pelo espaço Sebrae 2014,
Amanda Paim.
Jogo da Copa
Outra atração foi o Jogo da Copa, que apresentou as
oportunidades mapeadas pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV), bem como os requisitos de contratação e de fornecimento para grandes demandantes deste mercado.
“O jogo é a forma interativa de conhecer mais sobre as
potencialidades de negócios da Copa”, ressalta a técnica.
// PALESTRA
O poder da Classe C
Referência no estudo de consumo, Renato Meirelles mostra
o potencial de compra e de influência da nova classe média
A
edição deste ano da Feira
do Empreendedor auxiliou
os futuros proprietários de
micro e pequenas empresas
(MPEs) que ainda não sabem em qual
público investir. Através da palestra de
Renato Meirelles, sócio diretor do Instituto de Pesquisa Data Popular e referência no estudo de consumo do Brasil, a
plateia teve a oportunidade de conhecer
todos os aspectos da camada social que
tem chamado a atenção das empresas
pelo grande poder de consumo: a famosa “Classe C”.
Atentos, os empreendedores se surpreenderam com as diversas declarações
do especialista: segundo pesquisas do
Instituto, a Nova Classe Média (NCM)
é responsável por 53,9% da população
brasileira. “Ninguém acreditava que iria
ser tão influente, mas essa classe não é
mais um nicho do mercado, ela já representa quase o total dele”, ressalta. Por
isso, mesmo aqueles que desejam abrir
um negócio voltado para as classes A e
B também precisam saber também da C.
Não é novidade que a NCM virou
uma das grandes preocupações das
empresas, afinal, nem todas sabem
como se comunicar com a categoria
que está dominando o mercado. A
metade da população desse grupo
já tem acesso à banda larga e quase
60% é usuária do Facebook. Então,
promover um relacionamento direto
com os clientes, estar presente tanto
nas redes sociais quanto em “lugares
físicos” e oferecer um preço justo são
algumas práticas de sucesso que costumam conquistar a Classe C. “Tudo
isso com uma gestão qualificada e
transparente”, completa Meirelles.
A sede por desenvolvimento e independência ultrapassa classes sociais
e fronteiras. Com a ajuda de vídeos
e gráficos, o ministrante afirmou que
o Brasil possui a maior taxa de empreendedorismo do mundo e que
boa parte desse espírito pertence a
nova classe: “A NCM do nosso país
é mais rica que 64% da população
mundial e, acredite se quiser, é no
Sul que se concentra a maior fatia
do País”, confessa. Entre ter um emprego de carteira assinada, ser um
funcionário público ou proprietário
de uma MPE, mais de 50% dos representantes da Classe C prefere a
terceira opção. Isso não acontece por
estarem desempregados e sim, pelo
desejo de não precisar bater o cartão.
Ou seja, ser dono do próprio horário
e ter mais liberdade. Além disso, sete
em cada dez MPEs abertas por eles
foram planejadas com estudos e preparos necessários.
Data Popular
O Data Popular é um Instituto de
pesquisa e consultoria que conta com
a ampla base de conhecimento sobre
o mercado de baixa renda e a experiência com dezenas de empresas no
Brasil. Procura trazer informações
relevantes e valiosas para que empresas atuem de forma mais eficiente
junto ao público da base da pirâmide
– média e baixa renda.
// ESPAÇO DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Mentes Brilhantes
13º edição do Desafio Startup
premia propostas inovadoras
E
studos comprovam: a erva
mate combate o colesterol
ruim, o diabetes, auxilia no
emagrecimento e, principalmente, leva o doce sabor da tradição
aonde quer que os gaúchos estejam.
Para Victor Silveira, o
consumo do chimarrão
tornou a Austrália mais
próxima do Rio Grande
do Sul durante dois anos
e também lhe deu a ideia
para inovar o modelo de
negócio na logística de
encomendas e recebimento de produtos. “Eu
não conseguia ficar sem
erva mate e, ao invés de
usar os meios tradicionais de envio, aguardando até 40 dias e gastando
até R$ 300,00, eu sempre procurava
na internet alguém que iria viajar
para a Austrália disposto a me trazer
alguns pacotes. Nunca me faltou”, explica ele, que vai lançar até dezembro
deste ano o site de entregas colaborativas entre consumidores e turistas
“Entregas.Me”.
O projeto que intermedia pedidos
on-line entre consumidores que desejam encomendar produtos a outros
pelo Brasil ou exterior foi o grande
vencedor do 13º Desafio Startup,
competição realizada pela primeira
vez na Feira do Empreendedor que
auxilia os pequenos negócios inovadores a aproximarem-se de potenciais
investidores. Vai estreiar pouco antes
do Natal, com mais de 600 pessoas cadastradas em todo o País para utilizar
o serviço.
De olho num mercado que movimenta R$ 840 milhões por ano, a Cupcake
ficou em segundo lugar no Desafio
Startup. Segundo o diretor executivo da empresa, João Vitor de Souza,
a proposta é atender a demanda nacional de games sociais. O Brasil já é
o quarto país consumidor dos jogos
formatados para Facebook. “A ideia é
elaborar games que levem em consideração a cultura brasileira, ao contrário
do que acontece atualmente no setor,
que replica, principalmente, o produto
norte-americano”, explica. A empresa,
sem investidor, lançou há pouco mais
de dois meses seu primeiro jogo. O
Fancy Animals já tem 9 mil usuários.
Terceiro vencedor do Desafio Startup, Igor Borushek, fundador e CEO
da Fitnoss.com.br, irá receber com os
outros contemplados diversos prêmios, como seções de
mentoring, workshops,
softwares e consultorias
do Sebrae/RS. Borushek
vislumbrou uma oportunidade de negócio ao
observar o crescimento
extremamente rápido da
indústria de treinamento
físico. O Brasil é o segundo colocado no ranking
mundial de quantidade de
academias. Sua ideia leva
em consideração a experiência de usuário, com o
plano de criar uma ferramenta pessoal
para encontrar, editar e criar planos de
treinamentos customizados e sistemas
de recompensa.
O que são Startups?
Dentre outras definições, as Startups são empresas de pequeno porte,
recém-criadas ou ainda em fase de
constituição, com atividades ligadas à
pesquisa e desenvolvimento de ideias
inovadoras, cujos custos de manutenção sejam baixos e ofereçam a possibilidade de rápida e consistente geração
de lucros.
Espaço de Inovação
e Tecnologia
Realizado na tarde de domingo, dia
30 de setembro, o Desafio Startup foi
uma das atrações do Espaço de Inovação e Tecnologia, que reuniu, em uma
área de 500 metros quadrados, exposição de produtos e serviços de startups, salas de reuniões e uma grande
área de palestras. Ao longo dos quatro dias da Feira do Empreendedor,
13 palestras foram realizadas no Espaço de Inovação, todas com foco em
startups. Ao todo 1.200 mil pessoas
visitaram o local, que também atraiu
por design moderno e atrativo.
As 12 empresas que expuseram no espaço foram: Kyoodai Digital Studio,
SBPA Best Flight, Instor Sistema de Inspeção Robótica, Arbra Engenharia Industrial, Audax Dreams Entertainment,
Toth Tecnologia, I9Access Telessaúde,
Falker Automação Agrícola, Aurora
Imagens Aéreas, Cliever 3D Tecnologia, Centri Mobi e Wow Sensory. Seis
delas estiveram na Feira nos dois primeiros dias (27 e 28 de setembro) e
as outras seis no final de semana (dias
29 e 30). “Ao dividir os dias de exposição entre as empresas, o Sebrae/RS
buscou oportunizar a participação de
mais empreendedores no evento”, explica o técnico responsável pelo espaço, Gustavo Schneck Moreira.
Entre os produtos inovadores apresentados pelas empresas estão a Impressora 3D e o helicóptero em miniatura que
fotografa e filma de forma diferenciada,
da Cliever Tecnologias e Aurora Imagem, respectivamente. “O grande diferencial do helicóptero é a filmagem de
baixa altitude. Através dele, é possível
registrar componentes de difícil acesso.
Por exemplo, objetos muito quentes ou
muito frios que, normalmente, não são
inspecionados”, explica o representante
da Aurora Imagem Marcelo Vaccari.
Além disso, a miniatura radiocontrolada realiza fotos aéreas em 360° e pode
ser usada tanto para acompanhamento
de obras, quanto para publicidade e até
cinema.
A primeira impressora 3D projetada e
produzida inteiramente no Brasil deixou os visitantes impressionados. “Já
imaginou imprimir na sua casa uma
peça quebrada do ar-condicionado,
um brinquedo para seu filho ou ainda prototipar o molde de um produto
na sua empresa?”, questiona o responsável Raup Sessim. Em aproximadamente 40 minutos, Cliever CL-1 derrete um filamento plástico e produz o
objeto desejado. A impressora pode
ser enviada para qualquer lugar do
país, pelo valor de R$ 4.500,00.
// SUSTENTABILIDADE
Espaço de Sustentabilidade
sensibiliza visitantes da
Feira do Empreendedor
Samambaias e garrafas pets foram usadas na decoração do estande
Novembro
20122012
10 Revista Tempo de Agir | Junho
P
ráticas sustentáveis podem ser adotadas por
empresas de diferentes setores, como comércio, indústria e agronegócio. Disposto a mostrar que o tema não é mero modismo, mas
fator de competitividade para os negócios, o Sebrae/RS
criou o Espaço de Sustentabilidade na Feira do Empreendedor. Senar-RS, Senai-RS, Proamb e Austral Consultoria foram parceiros na iniciativa.
Instalado em uma área de 131 metros quadrados, o estande atraiu milhares de visitantes por sua ambientação
atrativa, construída a base de OSB (Order Straind Board
- espécie de compensado feito de aparos de madeira) e
ornamentada com samambaias, planta nativa da mata
atlântica, que é o segundo bioma do Rio Grande do Sul.
O espaço foi coberto com um imenso cata-vento - símbolo da Feira do Empreendedor - montado com cerca de
1,5 mil garrafas pet, recolhidas durante gincana interna
dos funcionários do Sebrae/RS.
Outra atração do espaço foi o mapa do Rio Grande do
Sul feito de imagens representativas do meio rural gaúcho. De acordo com a técnica do Sebrae responsável pelo
estande, Márcia Thier, tudo foi pensado de forma a conscientizar os visitantes da Feira sobre a importância do
tema sustentabilidade. “Até a folheteria foi reduzida para
não haver desperdício de papel”, relata Márcia.
No espaço os empreendedores receberam desde explicações sobre o conceito teórico do tema, até exemplos
de práticas que podem ser adotadas por empresas do
comércio, indústria e agronegócio. “O empresário deve
estar consciente de que o consumidor de hoje aceita pagar mais por um produto obtido com o máximo de responsabilidade social”, pondera a técnica do Sebrae/RS.
Ferramenta inedita
O Sebrae/RS aproveitou o Espaço de Sustentabilidade na
Feira do Empreendedor para lançar uma ferramenta inedita de avaliação do grau de sustentabilidade das micro e
pequenas empresas rurais: a ISer (Índice de Sustentabilidade da Empresa Rural). “Através do ISer, o Sebrae/RS
quer adequar suas soluções às necessidades das propriedades rurais gaúchas”, explica o técnico da Gerência Setorial
do Agronegócio do Sebrae/RS Roberto Grecellé.
Serão avaliados os índices de sustentabilidade econômica,
social e ambiental das cerca de 3 mil propriedades rurais
participantes dos 18 projetos coletivos da Gerencia Setorial do Agronegócio do Sebrae/RS A nota final poderá
variar entre 0 e 100 pontos. “Vamos entregar uma metodologia absolutamente moderna em termos de aferição de
sustentabilidade”, explica Grecellé.
Junho 2012 | Revista Tempo de Agir 11
Novembro
// EDUCAÇÃO
Conteúdo colaborativo é tema
do 4º Seminário de Educação
Empreendedora
Mário Sérgio Cortella e Oona Castro falaram
a 600 professores presentes no evento, que integrou
a programação da 17ª Feira do Empreendedor
A
colaboração como base da produção de conteúdo foi o tema central do 4º Seminário de
Educação Empreendedora, evento realizado
pelo Sebrae/RS em parceria com a PUCRS
e que integrou a programação da 17ª Feira do Empreendedor no Rio Grande do Sul. O público, formado por
professores da rede de ensino fundamental e universitário, foi convidado a refletir sobre o papel dos professores
na gestão do conhecimento dos alunos e na produção de
conteúdos na era digital. “É junto dos bons que se fica
melhor. Este é o princípio básico da colaboração”, resumiu o filósofo e doutor em educação pela PUCRJ, Mário
Sérgio Cortella que abriu o encontro.
“
A pessoa audaciosa
se prepara antes de
avançar, a aventureira
testa para ver no que dá.
Não existe crescimento sem
preocupação.
Mário Sérgio Cortella
Filósofo e Doutor em
Educação pela PUCRJ
”
Falando sobre “Gestão do Conhecimento: Um desafio
necessário”, o filósofo afirmou que pessoas sábias são
aquelas que reconhecem que não sabem tudo, e partem
em busca de conhecimento. “A (escritora) Clarice Lispector costuma dizer que o melhor dela era aquilo que
ela ainda não sabia, pois lá estava a chance de crescimento”, disse o especialista comparando bons empreendedores e aventureiros.
Sobre educação, Cortella lembrou que os jovens que estão nos bancos escolares hoje nasceram na era da internet e do excesso de informações e não se sentem atraídos
pelas aulas tradicionais. “Os adolescentes adoram a escola, eles não gostam é das nossas aulas. Cabe a nós, professores, termos humildade para buscar novas formas de
conexão com o público mais jovem”, analisou o filósofo,
relatando que escuta músicas da cantora Lady Gaga para
entender o gosto dos seus alunos. “Recentemente, usei
uma música dela para falar sobre filosofia. Os alunos
adoraram”, relatou.
Segunda palestrante do Seminário, a consultora da Wikimédia Foundation no Brasil (Fundação responsável
pela Wikipédia e outros projetos) Oona Castro destacou
que o conhecimento não é mais um privilégio dos especialistas. “A ideia da experiência de colaboração na relação ensino-aprendizado é um recurso com muito potencial a ser descoberto e aproveitado pelos educadores no
País”, analisou Oona.
“
A ideia de que
consumidores de
informação também
podem ser produtores de conteúdo
não é nova. Apenas se tornou mais
evidente com a internet. A voz e a fala,
por exemplo, são formas de tecnologia.
Oona Castro
Consultora da Wikimédia
Foundation no Brasil
”
A especialista disse sonhar com um mundo em que todo
ser humano tenha livre acesso à soma de todo o conhecimento. Por conta disso, ela exalta a colaboração como
palavra de ordem.
Na palestra “Wikipédia e Educação: uma via de mão
dupla?”, Oona explicou que há professores aproveitando
enciclopédia digital como ferramenta para ajudar a ensinar seu conteúdo de aula e atingir o objetivo do aprendizado. Já outros educadores compartilham com o mundo
o trabalho realizado com seus estudantes. “As crianças
atuais já são produtoras de conteúdo. Precisamos nos
conectar com o mundo delas, sem deixar de lado uma
leitura crítica dos meios de comunicação na relação ensino-aprendizado.”
// FÓRUM DO EMPREENDEDORISMO
Fórum de Empreendedorismo
destaca a internet como
ferramenta de negócios
Evento realizado nos dias 28 e 29 de setembro foi uma
das atrações da 17ª Feira do Empreendedor
C
om 48% da população conectada, o Brasil já
é o 5º país do mundo que mais usa a internet. Entretenimento, informação e trabalho
são os três principais motivos que levam os
brasileiros a ligar computadores. Diante do número cada
vez maior de pessoas conectadas, é inevitável que negócios
comecem a ser estabelecidos no mundo virtual: em 2011,
o brasileiro gastou R$ 18,7 bilhões em compras on-line.
Em busca de capacitar os empresários para este mundo
de possibilidades que se abre através do comércio virtual,
o Sebrae usou a temática virtual para nortear as palestras
do 3º Fórum de Empreendedorismo, evento realizado nos
dias 28 e 29 de setembro e que integrou a programação da
17ª Feira do Empreendedor.
Na abertura do Fórum, os especialistas Fernando Gouveia,
Guilherme Masseroni, Luciano Andreatta, João Otero,
Sandra Schafer e Yuri Gitahy debateram o Ecossistema Empreendedor, em talk show mediado pelo jornalista e editor
do site “Startupi”, Diego Remus. Os painelistas analisaram
o ambiente para investimentos em start-ups - empresas nascentes com ideias de inovação e pesquisa em alta
tecnologia, nas mais variadas áreas. Para os debatedores,
é essencial que o empreendedorismo funcione como um
triângulo formado por conhecimento, gestão e capital –
este último no qual seu fundo se encaixa. Em alguns casos,
algum dos vértices tem uma importância maior, mas na
maioria das empresas, se equivalem.
Segundo palestrante do Fórum, o especialista da IBM
Cláudio Bessa alertou sobre o papel de destaque que o Brasil está ganhando no mundo, principalmente, em função
da realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
“Nós, empreendedores, devemos estar atentos para tirar
proveito disso”, afirmou. Intitulada “Inspirar para Crescer”,
a palestra de Bessa mostrou tendências para startups e
como estes negócios podem crescer. “O problema de uma
startup é a marca: ninguém conhece. Para fugir disso, pro-
cure aliar-se. Trabalhe o associativismo”, aconselhou Bessa.
Fundador da escola de atividades criativas Perestroika,
Felipe Anghinoni fechou o primeiro dia de atividades do
3º Fórum do Empreendedorismo. Na palestra Empreendedorismo Criativo, o publicitário deixou um conselho
simples para empreendedores interessados em começar
o próprio negócio: vai lá e faz. “O empreendedor é um
sonhador e o risco deve ser encarado como seu amigo”,
defendeu. Usando exemplos de sua trajetória como empresário, Anghinoni minimizou o medo de começar uma
empresa. “Aprendi que coragem não é ausência de medo,
mas a capacidade de administrá-lo e ainda compensa a falta de talento”, afirmou.
Fazendo parte do cotidiano de 90% dos internautas brasileiros,
as redes sociais foram o tema da palestra de Martha Gabriel no
Fórum de Empreendedorismo. “Mídia social não é moda,
é ferramenta de trabalho”, decretou a professora e escritora. De acordo com a especialista, as plataformas de mídias
sociais facilitaram a conquista de capital social. “Hoje é
muito fácil ter três, quatro, cinco mil pessoas falando sobre você. Portanto, cuide da sua reputação e da reputação
da sua empresa na internet”, alertou. Para Martha Gabriel,
antes de criar um perfil nas redes sociais, as empresas devem ter em mãos uma estratégia de marketing elaborada
de acordo com o seu público-alvo e o objetivo.“Produza
conteúdo autêntico, original e pensado conforme os interesses do seu público,” disse a especialista.
Diretora executiva do projeto E-Commerce Brasil,
Vivianne Vilela apresentou, no Fórum de Empreendedorismo, o potencial das vendas on-line no País. Ela explicou
que primeiro passo para aqueles que desejam buscar a sua
fatia de mercado no universo virtual é entender que a Internet não é um playground para os varejistas. “Prova disso, é que o e-commerce é o único segmento que continua
avançando nos países europeus em crise – principalmente
na Espanha e em Portugal,” afirmou. Aos pequenos negócios, Vivianne alertou que o caminho para a sobrevivência
no e-commerce é investir em nichos, operação e tecnologia integradas. “Todos aqueles que desejarem vender seus
produtos na Copa, pela internet, por exemplo, terão que se
adequar a uma série de normas internacionais de antifraude e segurança”, alertou.
Último palestrante do Fórum, Rodrigo Vale - integrante da
equipe do Google desde 2005 - explicou os passos necessários para criar um negócio de sucesso na web. Na opinião
de Vale, a internet é uma ferramenta fundamental para micro e pequenas empresas que querem se manter e ampliar o
mercado. “Essa ferramenta vai mudar durante muito tempo, então as MPEs não podem se basear em algo passageiro, precisam focar numa estratégia mais perene”, explicou.
Dispositivos Móveis, Página da Web, Mapas e Redes Sociais são as quatro plataformas que, com seus prós e contras, garantem a presença online de uma MPE, junto com
seus produtos e serviços. No entanto, Vale ressalta: “Não
é uma receita de bolo, mas para a maioria dos pequenos
negócios que estão começando, o website é o meio mais
seguro”. Autonomia no conteúdo, identidade única, definição de Fluxo de Compra e a interação direta com os clientes são algumas das vantagens que acabam tornando o site
o passo inicial para o mundo empresarial.
// EXPOSITORES
Expositores satisfeitos
com os resultados na
Oitenta e seis empresas expuseram seus produtos e serviços no evento
E
m busca de divulgação
para a sua marca e novos
contatos para a empresa,
Mateus Mattos deixou Belo
Horizonte no final de setembro. O
destino do empresário era a Feira do
Empreendedor do Rio Grande do Sul.
“Vim para Porto Alegre apresentar o
nosso produto para os empresários
gaúchos e estou muito satisfeito com
a receptividade do público daqui”,
afirmou o diretor da “Site.com.br.” A
pequena empresa mineira foi uma das
86 expositoras do evento.
Criado com o objetivo de propiciar
sugestões, ideias e inspiração para o
mundo dos negócios, o espaço dos
expositores teve foco em cinco setores: vendas diretas, negócios digitais,
franquias, máquinas e equipamentos e representações comerciais.
Diretor da “Europlay”, Rogério
Prando também veio de longe para
aproveitar as oportunidades da Feira
do Empreendedor do Rio Grande do
Sul. Ele deixou Curitiba, no Paraná,
para mostrar aos gaúchos os brinquedos para recreação infantil fabricados
na sua empresa. “O público que vem
até aqui é seleto. Interessado mesmo
em negócios e oportunidades de empreender. Temos conseguido bons
contatos”, disse o empresário, que
também levou seus produtos para a
Feira do Empreendedor de Santa Catarina, realizada no final de maio, em
Blumenau.
Proprietário da “Casa dos Temperos”, Gustavo Irigaray também já
tinha experiência em expor seus
produtos na Feira do Empreendedor
quando decidiu voltar para a edição
2012 do evento: em 2010, Irigaray
lançou a franquia da sua empresa
na Feira do Empreendedor gaúcha.
“Mais do que condimentos, hoje estou aqui para vender oportunidades
para aqueles que desejam ter o próprio negócio”, explicou. Na opinião de
Irigaray, feiras geram mais confiança
aos clientes. “É uma grande oportunidade de mostrar a nossa cara”, diz
o empresário que veio de Santana do
Livramento, na Fronteira Oeste, para
expor na Feira do Empreendedor.
Diretor da empresa “Banco de Ideias”,
o empresário Cláudio Gonçalves nunca
tinha participado da Feira do Empreendedor. O interesse em expor no evento
veio pelo “público direcionado” que
estaria visitando os estandes. “Viemos
para cá ofertar uma oportunidade de
negócio para aqueles que buscam desde
uma oportunidade de negócio, até um
emprego com horário flexível e possibilidade de trabalhar em casa”, explicou.
Com sede em Porto Alegre, a empresa
de Gonçalves busca revendedores para o
pó para preparado de alimentos e bebidas dietéticas, o Nutrisaúde.
Qualidade
feita à mão
Peças de artesanato
encantaram os visitantes da
A
s novidades do mundo empresarial andam
juntas com o desenvolvimento tecnológico.
Procurando sempre oferecer um olhar diferenciado sobre os negócios, a Feira do Empreendedor mostrou que a produção manual também pode
ser atualizada, atrativa e de qualidade. Como nas edições
anteriores, o evento contou com espaço voltado especialmente para o artesanato. Enfeites, bonecos, diversos tipos
de acessórios e até roupa para bebês chamaram a atenção
das mais de 2.300 pessoas que passaram pelo local.
Espaço lotado e sacolas cheias. Os grupos gaúchos Arte
na Fonte, Canoa, Artesanato Missões, Abelhas Arteiras,
Lã Pura e Bicho do Mar de Dentro foram os responsáveis pela venda de quase 500 produtos durante os quatro
dias de feira. Nesse período, as peças diferenciadas foram
responsáveis pela arrecadação de R$ 10 mil, 20% a mais
do que em 2010. Segundo a técnica do Sebrae/RS Vânia
Fernandes, “essa oportunidade mira o faturamento,
mas o real objetivo é divulgar o trabalho dos artesãos
junto a um público que não teria contato com esse tipo
de arte”, ressalta.
Feitos a mão, os objetos têm suas origens em diversos
municípios do Rio Grande do Sul. Entre eles, Santo Antônio da Patrulha, São Borja, Uruguaiana e São Miguel
das Missões. As seis micro e pequenas expositoras são
atendidas pelas unidades do Sebrae/RS de suas respectivas regiões. Todas passaram por uma série de capacitações da instituição voltadas para o segmento e “depois
de estar com as coleções totalmente desenvolvidas, fizemos o convite para que esses pequenos negócios tivessem a possibilidade de participar da feira, ampliar o
número clientes e, a partir daí, promover a valorização
da categoria”, completa Vânia.
Em busca de um comércio que não se encontra em
qualquer lugar, a visitante Idaia Fonseca saiu de Guaíba rumo à Feira do Empreendedor: “procuro produtos incomuns, que não fazem parte de grandes escalas”,
afirmou a visitante, com duas sacolas cheias. Desejando
“fugir” do comércio comum, os consumidores acharam
no artesanato a exclusividade que surpreende.
Arte Sustentável
Além de serem originais, os artefatos das MPEs são elaborados com foco na geração de renda, mas sem comprometer o
meio ambiente. O Grupo Canoa produz chaveiros, colares,
bolsas e pulseiras com material de motores de automóveis.
“Todos os resíduos que surgem na composição de veículos
são reaproveitados. Existem muitas possibilidades de utilizar aquilo que, normalmente, é visto como lixo”, ressalta a
coordenadora da empresa, Edy Ribeiro.
Materiais que seriam descartados também acabam virando
obra prima para o Artesanato Missões. Usando os recursos
naturais de forma inteligente e de olho no futuro, todas as
peças, acessórios pessoais, de decoração, cozinha e souvenires utilizam o tear, a fibra de butiá, o trabalho em madeira
e o vidro. O grupo retrata, em cada produto, um pouco da
cultura, dos hábitos e das tradições da região das Missões.
Igualmente em prol de um “mundo verde”, os 28 artesãos
do Bichos do Mar de Dento fabricam os produtos em forma dos animais que compõem a Costa Doce do Estado. São
enfeites compostos de diferentes técnicas (bordados, crochê
e bisqui), que representam as 12 espécies tradicionais da
região: cardeal, noivinha-do-rabo-preto, mão pelada, ema,
peixe anual, rã-macaco, tartaruga tigre d’agua, tatu, saíra das
sete cores, tamanduá e duas espécies de borboletas. Mais
uma forma de estimular a sustentabilidade.
// NEGÓCIO A NEGÓCIO
Projeto Negócio a Negócio
cresce de importância
na ação do Sebrae/RS
Meta até o final do ano é realizar 135 mil atendimentos
em 45 mil empresas gaúchas
O
2º Encontro Estadual do Projeto Negócio
a Negócio, realizado no último dia da Feira do Empreendedor RS, em Porto Alegre,
teve uma programação para agradar todos
os gostos. Quiz show, palestra de MV Bill e homenagens
aos coordenadores, supervisores e secretárias desta ação
do Sebrae/RS que atuam nas instituições de ensino superior parceiras.
Na abertura do evento, o diretor Técnico do Sebrae/RS,
Marco Kappel Ribeiro, falou que a relevância do Projeto
Negócio a Negócio vai ser ainda maior em 2013.
Kappel saudou as universidades parcerias, Faccat, Feevale,
Fadergs, PUC, FURG, Urcamp, UFSM, URI, UPF, Unijuí,
UCS e Univates, destacando que “o Negócio a Negócio tem
uma importância fundamental na nossa estratégia de atendimento”. Ele lembrou que o trabalho de ir até as empresas
é um grande sucesso, sendo meta até o final do ano realizar
135 mil atendimentos em 45 mil empresas gaúchas.
“
No próximo ano o Rio Grande do Sul será
o único estado que seguirá trabalhando
o projeto em parceria com as instituições
de ensino superior, fato que comprova
o acerto do nosso plano de ação,
mas amplia a nossa responsabilidade.
Marco Kappel Ribeiro
Diretor Técnico do Sebrae/RS
Empreendedorismo nas periferias
”
A primeira parte do encontro teve a realização de um quiz
show com o consultor do Sebrae/RS, Claudio Forner, mobilizando os acadêmicos e as universidades presentes. Em seguida,
o rapper e escritor carioca MV Bill ministrou a palestra “Empreendedorismo nas Periferias”.
MV Bill falou sobre as oportunidades de negócios nas favelas
e periferias. “Instituições como o Sebrae, que levam informação e orientação às comunidades, precisam marcar presença
nas favelas brasileiras. Temos que trabalhar juntos para levar
cidadania, oportunidade e autoestima à população menos favorecida”, afirmou.
O rapper lembrou, ainda, que a melhor forma de ascenção social é pela educação. Mv Bill é fundador da Central Única das
Favelas (Cufa), organização que promove cursos profissionalizantes, além de ações no campo da cultura, esportes e cidadania em comunidades periféricas de 16 estados do Brasil. “Nós
não somos a substituição da escola, mas achamos que é possível
complementar o tempo do jovem com atividades educativas.”
A Cufa tem como objetivo estimular a organização do discurso
e das práticas dos moradores de favelas, bem como aproximar
as visões dos dois universos, regiões de periferias e empresas,
gerando assim oportunidades, negócios e cooperação mútua.
Durante o bate-papo, o rapper expôs também a dificuldade inicial da Cufa em tecer a rede com as escolas públicas, seja por receio dos educadores de sofrer represálias,
ou pela falta de tempo fruto da pesada carga de trabalho
dos docentes. Ele comentou ainda sobre os problemas da
educação no Brasil e defendeu mais investimento público
na área “para que o ensino de qualidade deixe de ser um
artigo de luxo”.
“
É necessário também modernizar o ensino,
porque do outro lado do muro está o funk
com muita pornografia e as drogas, e o
professor tem um papel importantíssimo
na formação dos nossos jovens.
MV Bill
Rapper e Escritor
”
Homenagem
A parte final do 2º Encontro Estadual do Projeto
Negócio a Negócio foi marcada pela realização de
homenagens aos coordenadores, supervisores e secretárias desta iniciativa que atuam nas instituições
de ensino superior.
O diretor Técnico do Sebrae/RS, Marco Kappel
Ribeiro, a gerente de Atendimento Individual,
Viviane Ferran, os gestores do projeto, Viviane
Pinto e Thiago Melo, e o coordenador da ação na
PUC, professor João Carlos Miranda, fizeram a
entrega de placas aos distinguidos.
Kappel Ribeiro salientou que “dedicação, empenho
e profissionalismo são as características dos nossos
homenageados”.
Receberam a homenagem do Sebrae/RS
os seguintes profissionais:
Fadergs – Raphael Morales Cintra e Silva,
Ana Carolina Francisco e Iracemar Correa Lopes;
Faccat – Sebasteão Zeno da Silva, João Carlos
Bugs e Débora da Silva Rolim;
Feevale – Angelita Renck Gerhardt e Maria Del
Rosário Viscarras Arias;
Furg – Blanca Gamarra, Leonardo Pereira
e Larissa da Costa;
PUCRS – Luiz Edgar Medeiros, Vicente Bastos
Zanella, Lauro Arend, Maurício Schaidhauer,
Leonel Cerutti, Ricardo Vital de Souza, Tássia
Borges Silva e Janine Gonçalves;
UCS – João Vicente de Godolphim, Fábio Teixeira,
Daiane Sirlei da Silva e Bruna Boff;
UFSM – Luis Felipe Lopes, Gilnei de Moura,
Flavia Scherer, Reizoli Bender Filho e Andressa dos
Santos;
Unijuí – Stela Enderli, Anélia Steinbrenner,
Marcos Paulo Griebeler e Juciele da Cruz da Silva;
Univates – Gabriel Braido, Estela Gausmann
e Bruna Peccin;
UPF – Julcemar Zili, Nádia Bogoni, Rejane
Duarte, Rosalvaro Ragnini, Valquíria Teloecken
e Ângela Teston de Moraes;
Urcamp – João Henrique Costa, Afonso
Zambrano Furtat, Andressa Hening
e Ciro Campão
// LOJA CONCEITO
Conceitos na vitrine
Loja apresenta propostas para inovar experiência de
compra do consumidor e de venda para os varejistas
J
á não basta mais um bom atendimento para o espírito consumista dos clientes se manifestar com
toda a sua intensidade. A tendência é os simples
locais de compra começarem a perder a vez para
pontos de venda contemporâneos mais elaborados,
com novidades tecnológicas de toda ordem que promovem experiências de interação e de compra diferenciados. Na Feira do Empreendedor, a Loja Conceito reuniu
algumas das inovações mais recentes em gestão visual
e de produtos. As visitas guiadas no espaço atraíram
3.930 pessoas.
Quebrar a resistência dos consumidores às araras está
cada vez mais difícil. Algumas lojas, porém, parecem não
precisarem tal esforço. Mas se aparentemente esse empenho não é perceptível não quer dizer que não é realizado.
O técnico do Sebrae/RS, Fábio Krieger, explica que no
ambiente de compras tudo precisa ser planejado - desde
as cores da vitrine, o tamanho do provador, a arrumação
e apresentação das peças, a trilha sonora, o aroma do ambiente. “O varejo é um mundo de detalhes que fazem
a diferença. Você consegue se destacar quando todos
estão em funcionando em perfeita ordem”, afirma.
Na Loja Conceito, por exemplo, o emprego da tecnologia a favor das vendas já começava pela vitrine.
Uma câmera estrategicamente instalada, imperceptível aos clientes, monitorava o seu poder de atração
junto aos potenciais consumidores. Posteriormente,
os lojistas podem ter acesso a relatórios sobre os produtos que mais e menos agradaram a seus fregueses.
“
A vitrine é responsável pelo ingresso
de aproximadamente 70% das
pessoas ao interior de uma loja.
Tatiane Alves
Consultora do Sebrae/RS
”
No interior da Loja Conceito outras câmeras, a partir de sensores de movimento e calor, monitoravam
os corredores mais e menos visitados. Já dispositivos
nas etiquetas das roupas, combinados com aplicativos, reuniam informações personalizadas sobre cada
peça. Quantas vezes ela foi levada ao provador pelos
clientes, quando sua compra foi realizada e a sua necessidade de baixa e reposição no estoque.
O espaço, de 100 metros quadrados, também apresentou propostas de orientação sobre gestão, marketing e formas de exposição de produtos para aperfeiçoar o ambiente de uma loja. Conforme o técnico
do Sebrae/RS, as ideias tem inspiração nas novidades
e tendências apresentadas na National Retais Federation, maior evento de varejo do mundo, realizado
anualmente nos Estados Unidos. “O evento em Nova
Iorque é referência em tecnologia”, finalizou Krieger.
Parceria
Para compor a Loja Conceito, o Sebrae/RS contou com
a parceria de outras empresas. Cada uma ficou responsável por um aspecto do ambiente de negócio. São
elas: Compassing (confecção), Planobase (arquitetura), Projeloja (Acessórios), Grupo KSC (Automação),
Leonine Fragance (Aroma), Wood Form (Mobiliário),
Showlux (Luminárias), Invalley (Tablet para atendimento), Linx Sistemas (RFID / Tapete virtual / QR
Code / PDV com impressora / Catalogo Virtual), Gomus (Musci Branding), Invisys (Mapeamento de fluxo) e Melon 3d (Empresa de internet / e-commerce).
As roupas e acessórios foram produções de micro e
pequenas empresas atendidas em projetos coletivos
do Sebrae/RS. São elas: Miss Blue, Mariana Martinez,
BIzet Lounge, Panty Doll, Feito FLor, Lilichic, Patrine,
Ursula Kaercher.
// PALESTRA
Bel Pesce:
do Brasil para
o Vale do Silício
Empreendedora
conta aos gaúchos
como enfrentou
as dificuldades e
atingiu o sucesso
aos 24 anos
N
em mesmo a trapalhada do taxista que errou
o caminho para a Fiergs tirou o bom humor e
a alegria de Bel Pesce, convidada que fez a palestra de abertura da Feira do Empreendedor
2012. Ao entrar no Centro de Exposições surpreendeu-se
com a estrutura da feira: “Nossa que bonito. O Sebrae/RS
está de parabéns”, disse Bel muito disposta e solícita também com a imprensa que a aguardava para entrevistas. A
curta, porém expressiva história de vida da jovem empreendedora paulista foi ouvida por mais de 600 pessoas.
Atualmente, Bel Pesce mora no Vale do Silício, nos Estados
Unidos, e faz parte do time fundador da Lemon, onde lidera
Desenvolvimento de Negócios. Mas antes de chegar nesse
patamar profissional a paulista de 24 anos enfrentou o improvável, estudou e conheceu muitas pessoas que a ajudaram a conquistar o seu grande sonho: ser empreendedora.
Sua vida começou a mudar aos 17 anos quando descobriu
que havia possibilidade de brasileiros estudarem no Massachusetts Institute of Technology – MIT, centro universitário
de educação e pesquisa privado localizado em Cambridge
nos Estados Unidos.
Não demorou muito para o MIT se tornar o seu maior desejo. Porém, as chances eram, na melhor das hipóteses, parcas:
apenas 100 pessoas ao redor do mundo são aceitos a cada
ano, sendo que mais de 3.500 tentam entrar na universidade. E a grande maioria desses candidatos são os melhores de
“
O impossível aconteceu e cada
uma das partes do processo deram
muito certo. No dia 18 de março
de 2006, recebi uma carta dizendo
que havia sido aceita no MIT.
”
seus países. Para dificultar as coisas um pouquinho mais, ela
só descobriu sobre o MIT alguns dias antes do prazo para
entregar todos os documentos. O processo de aplicação é
extenso e complicado. Já havia passada a data para ela se inscrever na prova de múltipla escolha SAT e também para ser
entrevistada por um ex-aluno do MIT.
Perseverar é fazer milagres
Todo mundo falou para ela desistir. “Mas aprendi cedo
que ter perseverança e dar o melhor de si pode fazer milagres. Se eu não fizesse nada, com certeza não seria aceita. Então parti para a missão de tornar o não em sim”. Bel
fez duas coisas um tanto malucas. Primeiro, descobriu o
endereço de um ex-aluno do MIT em São Paulo e foi bater em sua porta para fazer a entrevista, um dos pré-requisitos do processo de seleção. Segundo, apareceu nas
provas do SAT (exame padrão mais utilizado nas admissões de graduação de Faculdades e Universidades americanas) e implorou por um exame, que vinham contadas dos
Estados Unidos. Bel ficou à porta, vendo as pessoas entrarem e sentarem em frente aos seus exames. Mas um assento
continuou sempre vago e ela acabou fazendo a prova. No dia
18 de março de 2006 recebeu a carta de aceite no MIT.
Chegando nos Estados Unidos, havia tantas coisas maravilhosas para se aprender que sua maior prioridade era
descobrir como agarrar o mundo com as mãos. Bel queria trabalhar todos os dias para juntar um pé de meia e
conseguir pagar o MIT sem ter que incomodar os seus
pais. Primeiro focou seus estudos em tecnologia, cursando Engenharia Elétrica e Ciências da Computação. Depois disso, resolveu estudar Matemática. Neste período,
realizou estágios na Microsoft, Google, MIT, Deutsche
Bank, além de ter começado vários projetos.
Em junho de 2010 Bel Pesce formou-se e seu sonho de
empreender falou mais alto. Conheceu três funcionários
da Google que tinham acabado de sair da empresa para
fazer a sua própria companhia, a Ooyala. Eles tinham a
visão de criar um serviço inovador para vídeo online e
precisavam de alguém para gerenciar Produto. “Na época que conheci a Ooyala, havia 20 funcionários. Quando
sai, eram mais de 200”.
Depois de um ano e meio na Ooyala, Bel Pesce decidiu
que queria dedicar 100% do seu tempo a uma companhia que pudesse ver crescer desde o primeiro dia. Encontrou dois empreendedores da América Latina e formaram a Lemon, que ajuda as pessoas a organizarem as
finanças pessoais. “Lançamos o produto em 13 de outubro de 2011 e o crescimento tem sido acelerado, com
mais de 2 milhões de usuários atualmente”.
A Menina do Vale
Bel Pesce contou em sua palestra que escreve tudo o que
aprende em uma caderneta. E foi este material que se transformou no livro eletrônico “A Menina do Vale”, uma obra
que conta o que ela tem aprendido em sua jornada empreendedora. Em apenas três meses, 700 mil pessoas fizeram o
download do livro, que acaba de ganhar uma versão impressa. “É uma forma que achei de compartilhar o conhecimento que adquiri até hoje”. Para o público que a ouviu na Feira
do Empreendedor, Bel Pesce deixou a seguinte mensagem:
“O meu conselho para você é para se cercar de pessoas inteligentes, motivadas e apaixonadas pelo que fazem. E daí trabalhar arduamente em algo que você ama. Não há como dar
errado com essa receita”.
Você acredita que um dia pode virar
empresário? O Sebrae acredita.
Sabe aquele apoio para começar?
Aquela consultoria para você inovar
e revolucionar? É o nosso negócio há
40 anos. A gente orienta, mostra as
tendências e oferece conhecimento
sobre o negócio e o mercado. Você vai
abrir sua empresa, reinventar o novo e
enfrentar altos e baixos. E enquanto você
acreditar, o Sebrae vai acreditar junto.
no meu sonho,
no próprio negócio,
que vai dar certo
e que vou vencer.
Sebrae 40 anos.
O negócio é acreditar.
Miguel Rieth, proprietário da
Muv Custom Shoes, Brasília/DF.
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24
Você acreditou que poderia trabalhar
por conta própria. O Sebrae acreditou
junto e ajudou a criar o Empreendedor
Individual. O que era dificuldade virou
oportunidade. Agora você possui
auxílio-doença, licença-maternidade e
o tão sonhado CNPJ. Um dia você vai se
aposentar, mas até lá, vai fazer muito
negócio e crescer com o país.
Pode acreditar.
em mim,
no meu negócio,
que vou vender tudo,
or dia,
que vou matar um leão p de novo.
o
que amanhã começa tud
Sebrae 40 anos.
O negócio é acreditar.
Cláudia Aguiar, proprietária da
Claudinéia Aguiar Fabricante de
Trufas e Doces Artesanais, São Paulo/SP.
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Revista Tempo de Agir | Novembro 2012
@sebraers
Sebrae RS (Oficial) 0800 570 0800
A
Rede Petro/RS, com mais de 600 empresas
associadas ligadas aos setores de petróleo,
gás natural e outras fontes de energia, promove a articulação entre todos os parceiros, para que os associados possam ter uma visão de
mercado e prospectar negócios. A coordenadora executiva da Rede Petro/RS, Suzana Arigony Sperry, afirma que a participação na Mercopar, é importante para
que ocorra uma visualização do mercado.
Com a mobilização do Polo Naval de Rio Grande e
do Jacuí o cenário está melhorando, conforme a coordenadora. “Se conseguirmos manter a visibilidade do
Estado e fizermos a lição de casa bem feita, conseguiremos melhorar a nossa posição no ranking”, destaca,
explicando que o Rio Grande do Sul perde apenas para
São Paulo no atendimento da cadeia petróleo e gás.
é mais uma forma de ser visto. “Passaram pelo nosso estande empresas e clientes que nos conhecem”, diz Chaves.
A Rede Petro/RS integra a Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico. A rede, que foi criada em 1999, congrega dez universidades e 90 laboratórios
cadastrados.
Expositores
No espaço da Rede Petro/RS na Mercopar, empresas
variadas mostraram o seu trabalho durante os quatro
dias do evento. A Ameridrive, de Porto Alegre, por
exemplo, mostrou acoplamentos industriais destinados a empresas siderúrgicas, de celulose, petróleo,
cimento, entre outras. O vendedor Dorival Luiz Silva
conta que a empresa expõe na
Mercopar há quatro anos. “A
feira serve para fazer muitos
contatos, inclusive com os que
já são nossos clientes”, afirma
ele.
Já a SJC Química e Serviços, de
Esteio, atua na área de prestação de serviços para empresas
que atuam em diversos setores. “Fazemos o controle de
qualidade de combustíveis e o
monitoramento de emissões
atmosféricas e qualidade do
ar. Participamos da feira pela
primeira vez como expositor,
mas em outras três ocasiões estivemos lá como visitantes”, enfatiza o diretor Salmo Chaves.
Segundo ele, estar na Mercopar
Rede Petro
promove
o petróleo,
gás e outras
fontes de
energia
“
O setor naval teve uma
baixa, mas está
reaquecendo. A previsão
de investimentos da
Petrobras é alta e as
empresas do
Rio Grande do Sul têm
vocação metalmecânica
e eletroeletrônica.
Suzana Arigony Sperry
Coordenadora executiva
da Rede Petro/RS
Cenário no Rio Grande do Sul
está melhorando, com a
expectativa de novos polos
navais
22
”
Relação das empresas
Sinmetal (Porto Alegre)
Artemolas
Azzomac
BCM Automação
Globo Aluminio
IMS Power Quality
Interforma
Sultech
Tromink
Tecmont
Promac pipe solution
Agau
Simecan (Canoas)
Kompress Solutions
Balanças Saturno
Açotelas
Inelbra
Etin Sistemas de Combustão
Metalmolas Ind. e Com. de Molas
Omnitec
Siga
Tecmetal
Aston Automação
Biometal
Vênus Óculos de Segurança
Equiplating
Emofrigo
Unirons
Full Gauge Controls
FKS
Ziemann Liess
“
Temos grande interesse que as micro
e pequenas empresas também
participem da Mercopar como
expositoras e através dos sindicatos
isso é uma realidade há muitos anos.
”
Nupratto Restaurantes Empresariais
Urano
Sindimetal (São Leopoldo)
Paesi Metalurgica
Tecnofundi
Casa das Resistências
Incobor
Metalurgica SS
Sebras Portas Rapidas
Dimenlab
Martini
Rijeza Metalurgia
Daniel Metais e Plasticos
Viva Cor Tintas
Fercorte
Ingabor Borrachas
Tavelli
Telas Muller
Belton Pneumatica
BWR
Sinborsul
Borrachas BMD
Alu-Cek
Eletropen
MM Maquinas Industriais
Marina Borrachas
Proar
Irmãos Fuhr Tratamento de Superficie
Retiburgo
CRM
RD Flex Açoplamentos
IFLA
Semmegra (Gravataí)
Manufios
Ks Industrial
Êxito Pintura Eletrostática
New-Teck
Metalurgica Rolim
Trattel
Vak Molas
Metropar Usinagem
Metalvales (Venâncio Aires)
Citec
Fiberglass Torres
LT Vaires
Lyte Automation Technology
Metta Galvano
Miper Multi Matrizes
Multserv
Tecnilange Usinagem
Rytec Instalação e Automação Industrial
Sinmecs (Cachoeira do Sul)
Valdo Comunicação Visual
AR Severo
MR Severo
Rauber Engenharia Elétrica
Retificadora Fogliatto
Usimaq
Thor Ind. Metálica
Usiagro Metalurgica
A união que faz
a força das MPEs
Estandes coletivos do Sinmetal,
Simecan, Sindimetal e Semmegra
viabilizam participação dos
empreendedores a cada edição
E
ntre os 587 expositores da Mercopar, que recebe
todos os portes empresariais, 85 micro e pequenas empresas também tiveram a oportunidade de
participar da feira através dos estandes coletivos
coordenados por sindicatos e associações. Dentre os objetivos desta ação, que ocorre tradicionalmente na feira, estão
a prospecção de negócios e o acompanhamento de novidades, tendências e movimentações de mercado, tão necessárias para a evolução tecnológica e de gestão empresarial.
As entidades que levaram empresas para a Mercopar foram: o Sinmetal (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas,
Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Estado do
Rio Grande do Sul), o Simecan (Sindicato das Indústrias
Metalmecânicas e Eletroeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita), o Sindimetal (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São
Leopoldo), o Semmegra (Setorial Metalmecânico do Vale
do Gravataí), a Metalvales (Associação Metalmecânica dos
Vales), e o Sinmecs (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas)
entre várias outras, que oferecem condições especiais para
que seus associados possam participar do evento.
Para o superintendente do Sebrae/RS, Léo Hainzenreder,
esta parceria das entidades com a Mercopar é fundamental. Hainzenreder destaca, ainda, que as empresas também
fazem parte dos projetos coletivos da entidade. “Nosso
objetivo é que esses pequenos, mas promissores negócios
tenham acesso a outros mercados e, dessa forma, possam
se desenvolver”.
20
“
Não fosse a mobilização
das entidades, certamente
grande parte desses
empreendedores não
teria condições de
participar da Mercopar
como expositores.
Vitor Augusto Koch
Presidente do Conselho
Deliberativo do Sebrae/RS
”
Agilidade
As reuniões das rodadas de negócios são agendadas antes
mesmo da feira, pela internet. Os compradores das empresas têm a oportunidade de pesquisar entre os vendedores
aqueles que representam produtos que se encaixam em
suas necessidades. Cada reunião dura cerca de 20 minutos.
Em alguns casos, em menos de 10 minutos as vendas estão concretizadas, e o vendedor abre espaço para que outra
empresa tenha contato com o comprador.
Na edição de 2012 da Mercopar, foram realizadas, no total,
1.765 reuniões de negócios, sendo 1.040 no Projeto Comprador Nacional e Internacional, 660 nas rodadas do Petróleo, Gás e Energia, e 65 no Software.
Mais uma vez,
rodadas de negócios
se destacam na
Mercopar
Crescimento registrado foi de 10% em relação a 2011,
com mais de R$ 25 milhões em transações comerciais
“
São resultados animadores,
que mostram que o sistema
utilizado é eficaz.
Vitor Augusto Koch
A
s rodadas de negócios realizadas na Mercopar
2012 comprovaram que a feira tem tido um desempenho excelente no que diz respeito ao crescimento do faturamento nos últimos anos. Neste
ano, os encontros entre as 291 MPEs vendedoras e 78 grandes
empresas compradoras, no Projeto Comprador Nacional e Internacional, nas rodadas do Petróleo, Gás e Energia e, também,
do Software, cresceram 10% em relação a 2011, totalizando um
volume de transações comerciais na ordem de R$ 25,4 milhões.
18
”
Foram R$ 15,2 milhões no Projeto Comprador Nacional e Internacional, R$ 9,3 milhões nas rodadas
de Petróleo, Gás e Energia, e outros R$ 910 mil na
rodada de Software. O crescimento dos negócios
fechados nos encontros é uma tendência das últimas duas edições. De 2010 para 2011 eles já haviam
apresentado um resultado positivo, passando de R$
20,9 milhões para 23,2 milhões.
Usabilidade
A palestra de Fábio Gandour, “Inovação, competição e
lucratividade: o que uma coisa tem a ver com a outra?”,
prestigiada por grande público, destacou uma palavra: a
usabilidade. Em seu discurso, Gandour deixou claro que,
para algo inovar, tem que ter usabilidade.
Segundo ele, a ciência, desde os seus primórdios, cresceu
dentro das academias e com caráter doutrinário. E a ciência
deve buscar grande impacto no resultado de seus financiadores. “Esta é a ciência negócio”, disse. O palestrante alertou, também, que nem tudo é inovação. “A palavra inovação está agonizante. Está perdendo o seu significado, pois
está sendo usada em vários produtos pelos marqueteiros.
Criem o novo, produzam o novo e a sua curva Hype (Gartner Hype Cycle). O ciclo demonstrado na curva funciona”,
referindo-se a forma gráfica de representar a maturidade e
a adoção de determinadas tecnologias.
Conforme Fábio Gandour, na maioria das vezes, o caminho comum para se inovar não é apenas por meio das universidades. “Se estivéssemos falando nos Estados Unidos
ou na Alemanha sim, é o caminho. No Brasil, há casos específicos como a Unisinos, em São Leopoldo, e a PUC-RS,
em Porto Alegre, que são universidades que estimulam a
inovação”, reforçou ele.
Sustentabilidade e Economia Verde
Com a mediação do jornalista Affonso Ritter, Fernando
Almeida e Ricardo Abramovay, nomes de expressão no cenário ambiental, participaram de uma mesa redonda em
que abordaram os temas “Produção mais limpa no contexto da sustentabilidade” e “Muito além da economia verde”,
respectivamente.
Primeiro a se manifestar, Fernando Almeida explicou que
empresa ou governo que desenvolve ações simultaneamente nas áreas econômica, social e ambiental é um fato raro.
“Empresa, governo e ONG dialogando também é raro de
se ver”, destacou. Segundo ele, a mídia está atenta a essas
três dimensões e quem não se preocupa com isso terá a sua
reputação arranhada.
“
A sociedade tem que viver
bem e dentro dos limites
do planeta. Mas felicidade,
questão fundamental na sustentabilidade a longo
prazo, não depende do PIB (Produto Interno Bruto).
É preciso produzir mais com menos.
Fernando Almeida
“
Não adianta inventar uma coisa que
ninguém irá usar. A criatividade gera a
invenção e a invenção só vira inovação
quando é usada. A usabilidade é o
grande catalisador da inovação, da
competitividade e da lucratividade.
Fábio Gandour
Cientista-chefe da IBM Brasil
”
”
Ricardo Abramovay mostrou números também preocupantes. “Mais que uma transição, precisamos de uma mutação. Só o consumo em ar condicionado nos Estados Unidos é maior do que todo o consumo de energia da África. A
sociedade mundial produz 70 milhões de automóveis por
ano. E os números são multiplicadores”, disse o professor.
Ele alerta que nem tudo que é riqueza significa bem-estar.
“Quando ficamos trancados em um congestionamento
aumenta o PIB, pois estamos consumindo mais. E estressados gastaremos também mais com psicanalista”,
observou Abramovay, ressaltando que o assunto não corresponde a apertar parafuso. Os dois palestrantes destacaram também a importância de oferecer educação ambiental para as crianças e jovens.
Realizado pelo Sebrae/RS, em parceria com a Fundação
Proamb, o evento integrou a Semana de Ciência e Tecnologia.
“
É um assunto complexo,
que leva tempo, e a minha
dica é: comecem ontem!
Ricardo Abramovay
”
Novembro 2012 | Revista Tempo de Agir
17
Inovação,
sustentabilidade
e economia verde
foram abordadas
em palestras
Além de realizar negócios,
expositores e visitantes tiveram
a oportunidade de aprofundar
seus conhecimentos nestes temas
16
A
lém dos negócios, a Mercopar 2012 possibilitou
que expositores e visitantes aprofundassem seus
conhecimentos sobre temas marcantes
da atualidade em nível mundial. Inovação, sustentabilidade e economia verde
foram pontos abordados em palestras
proferidas por renomados profissionais
destas áreas, como o cientista-chefe da
IBM Brasil, Fábio Gandour, Fernando
Almeida e Ricardo Abramovay, nomes
de expressão no cenário ambiental.
“
Estamos trabalhando para que o robô também
pinte. A ideia é tirar o pintor de uma zona de
risco, com ambiente insalubre e poluição, para
controlar a máquina à distância.
Giovani Geremia
Sócio da empresa Instor
Sistemas de Inspeção Robótica
”
“
Iniciamos o projeto em 2011
e já estamos trabalhando com ela.
Foi muito bom vir para a feira.
Lucio Mauro Bortoli
Diretor da Bortoli Afiações
”
15
Tecnologia
foi o ponto
alto do Salão
da Inovação
Robô, máquina de
testes e sistemas de
controle destacaram-se
no espaço que reuniu
12 MPEs apoiadas
pelo Sebrae/RS
14
D
oze empresas integrantes dos programas
Agentes Locais de Inovação e Inova Pequena
Empresa participaram do Salão da Inovação
do Sebrae/RS e puderam mostrar seus produtos inovadores na Mercopar. Os selecionados para o
estande são empreendimentos que possuem projetos alinhados à inovação com foco nos setores metalmecânico,
eletrotécnico e de petróleo e gás.
Um produto que chamou a atenção na Mercopar foi o
robô da empresa Instor – Sistemas de Inspeção Robótica, de Porto Alegre. O equipamento possui imã na esteira,
permitindo que fique “colado” no casco do navio ou em
um tanque de petróleo, para realizar o jateamento da superfície.
A P&F Indústria Eletrônica, de Caxias do Sul, desenvolveu
um sistema para controlar a produtividade e os parâmetros de soldagem. Conforme o vendedor Alexandre Marin, o equipamento é capaz de monitorar a soldagem para
que ela ocorra de forma uniforme. “Já tínhamos o controle
da produção e agregamos mais este parâmetro. Há uma
relação custo benefício positiva por evitar o retrabalho,
economizando energia, material e gás. Também é possível averiguar se alguma máquina está parada e verificar o
motivo. O acesso aos dados é via internet”, explica Marin.
Já o projeto RecValve, da Bortoli Afiações, de Veranópolis, construiu uma máquina para testar válvulas. O diretor Lucio Mauro Bortoli conta que, após a manutenção na
peça, o equipamento testa a válvula para certificar de que
não há vazamentos em uma bancada de testes hidrostáticos.
“
A Mercopar é um sucesso gigantesco.
A cada dia ela fica maior e com mais
empresas, além do fato de os visitantes e
expositores serem os nossos consumidores.
André Vasata
Gerente de vendas da Airway
”
O grande diferencial deste novo produto é que, além de
não lançar gotículas de águas, não molhando pessoas
e equipamentos, ele também é mais higiênico. “Com o
tempo, as máquinas podem oxidar com a água e neste
novo processo isso não acontece”, acrescenta Vasata. Outra vantagem é a redução do consumo de energia. Com
uma potência de 1.500 watts, uma área de 300 metros
quadrados pode ser ventilada e resfriada. Para ele, “o
produto reduz o índice de acidentes de trabalho, aumenta a produtividade, além de permitir a renovação do ar
pelas aberturas do teto e da parede”, finaliza.
Estande diferenciado
Um “estande” chamou atenção dos visitantes que circularam pelos corredores do Centro de Feiras e Eventos da
Festa da Uva. Para ser diferente de todas as outras empresas, a Micro Automação, de Joinville, Santa Catarina,
que já participou de várias edições da Mercopar, resolveu
apresentar seus produtos utilizando um ônibus, uma espécie de unidade móvel, onde estão inúmeros produtos
existentes no catálogo da empresa.
De acordo com Roberto Turra, gerente comercial da
Airtec, empresa representante da Micro na serra gaúcha, este modelo de apresentação é mais interessante
para os visitantes e possíveis consumidores. Com o sucesso da feira e sem a necessidade de montar e desmontar o estande, a unidade móvel vai ficar na região até o
final do ano. “Assim podemos ir direto às empresas com
nossos produtos e fazer demonstrações”.
“
Dentro do ônibus temos os
equipamentos montados e
fazemos uma apresentação
dos produtos. É uma vitrine
ambulante.
Roberto Turra
Gerente comercial da Airtec
”
13
Novidades em
segurança e qualidade
do ambiente industrial
Mercopar reuniu 587
expositores este ano
em Caxias do Sul
N
uma feira como a Mercopar, onde tecnologia, inovação e sustentabilidade caminham
lado a lado, várias empresas se diferenciam
com novos produtos e serviços que se adaptam às necessidades do mercado. É o caso da Tecnova, de
Farroupilha, que busca na sucata de resíduos metálicos e
no respectivo aproveitamento, o seu grande negócio. Antes jogado no lixo, o material agora pode ser aproveitado e
com valor agregado.
De acordo com o diretor Vinicius Pessin, a sobra do processo das empresas metalúrgicas, por exemplo, era descartada. Agora, estes resíduos são comprados pela Tecnova.
“Negociamos, buscamos o material, fornecemos as estruturas e o licenciamento ambiental deste processo”, esclarece. Após o processamento do resíduo de material, ele é
revendido a fundições e siderúrgicas, servindo como matéria-prima para chapas, tubos, pregos e arames, entre outros
produtos. “A logística e destinação deste material causam
menos impacto na natureza e com a mesma qualidade. Um
quilo de sucata corresponde a um quilo de minério, sem falar na redução de consumo de água, economia de energia e
poluição de ar, que variam de 70% a 80%”, comenta Pessin.
12
Proteção a substâncias perigosas
A ARPI, com sede em Caxias do Sul, fabricante de equipamentos e suprimentos de pinturas, produz coletores de gases
de solda conforme as normas NR – 9 (Programa de prevenção
de riscos ambientais) e a NR – 15 (Atividades de operações
insalubres). Devido a esta nova legislação, que trata das medidas de proteção e tolerância a substâncias perigosas presentes
nos fumos da solda, a empresa identificou um novo nicho de
mercado para expandir sua área de atuação. Conforme Renato
Nunes, gerente comercial da ARPI, a empresa, que já atuava na
área, realizou um estudo detalhado para o lançamento deste
produto. “Com o novo processo conseguimos reduzir cerca de
70% destas partículas sólidas (poeira muito fina) e ajudar na
respiração dos operadores, sem falar no aspecto de preservação
da natureza”. Lançado há seis meses, a demanda pelo produto é
muito grande. “As grandes empresas e multinacionais já estão
adquirindo e se adequando às novas normas trabalhistas”.
Empresa dedicada a produzir soluções na área de ventilação
e refrigeração para grandes ambientes, a Airway, também de
Caxias do Sul, lançou na Mercopar 2012 o produto Bigfans.
André Vasata, gerente de Vendas, explica que a Airway planejou o lançamento na feira porque ela fala por si só.
Computador Ultrarresistente
Da necessidade de se usar computadores em ambientes controlados surgiu a oportunidade de
negócios no setor de petróleo e gás aguardada
pela Gitel Telecom. Representante da Panasonic,
a empresa de Porto Alegre está vendendo notebooks ultrarresistentes para a Petrobras.
O modelo é o mesmo usado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Pode cair de uma altura
de mais de dois metros, ou ser jogado na água,
que continua funcionando normalmente. As primeiras unidades serão entregues à Petrobras nos
próximos dias. Nas rodadas de negócios em que a
Gitel Telecom participou na Mercopar surgiram
outros interessados no produto. “Ele pode ser ligado em ambientes controlados, com gases que
podem causar uma explosão, com total segurança”, afirma o diretor da Gitel, Sérgio Gil.
Já a empresa Vaccari Imagens encontrou uma solução inovadora para fazer a inspeção de equipamentos em locais de difícil acesso. Para realizar o
trabalho são utilizados helicópteros controlados
por rádios. Isso garante que os equipamentos inspecionados não sejam desligados, o que poderia
atrapalhar a produção.
“
Isso faz com que a empresa
economize dinheiro, tempo e
também faça essa inspeção
de uma forma muito mais
segura.
Marcelo Vaccari
Diretor da Vaccari
”
11
Fonte de
inspiração para
novas soluções
Empresas que participam das Rodadas
de Negócios descobrem necessidades
e desenvolvem produtos para supri-las
N
ovas possibilidades de produtos e de concretização de negócios. As rodadas de reuniões entre empreendedores focadas no
setor de petróleo e gás, que ocorrem tradicionalmente na Mercopar, são responsáveis por trazer
à tona as necessidades de algumas empresas e, consequentemente, gera oportunidades de negócio para outros empreendimentos que aproveitam para criar soluções inovadoras com foco nesses desafios.
É o caso do produto oferecido pela Cim Componentes.
A empresa de Caxias do Sul enxergou em uma demanda
das empresas que trabalham na exploração de petróleo
uma oportunidade de negócio.
A partir da necessidade percebida nas rodadas de negócios a empresa passou a pesquisar formas de produzir os
recipientes. Em março desse ano fechou uma parceria para
transferência de tecnologia com uma empresa irlandesa.
Com isso, começou a vender os primeiros contenedores
para parceiros da Petrobras.
“
Uma norma vai entrar em vigor em janeiro
de 2013 determinando que todo o
material transportado para as plataformas
de petróleo terão que ser acondicionados
em contenedores especiais. É uma
tecnologia nova, que vai exigir que as
empresas comprem esses contêineres.
Leandro Fagundes
Diretor comercial da Cim
10
”
E
ntre as 587 expositoras da Mercopar 2012, três
delas têm o privilégio de participar de todas as
21 edições do mais importante evento de subcontratação e inovação industrial da América
Latina. E a história de sucesso de cada uma delas também
está ligada à trajetória e ao crescimento da feira.
De acordo com Reinaldo de Souza, sócio gerente da TBA
Soldas, com sede em Cachoeirinha e que tem como carro
chefe o corte e solda por plasma e metalização e revestimentos de superfície, a feira cresceu muito nos últimos
anos, tanto em participação quanto na área de exposição,
número de visitantes e na divulgação. “Nos primeiros anos,
fechávamos muitos negócios nos dias do evento. Mas agora
este processo mudou um pouco, com muitos contatos e negociações após a feira. Depois da Mercopar as vendas crescem consideravelmente”, avalia Souza. Com a presença já
garantida no próximo ano, a TBA também possui unidades
em São Paulo e Buenos Aires e muito se deve à presença na
feira, que abriu possibilidades para estes mercados.
“
A divulgação é muito boa,
além do bom preço para
os expositores. Queremos
participar de muitas outras
edições.
Reinaldo de Souza
Sócio gerente da TBA Soldas
”
A JGB Equipamentos de Segurança também participa da
Mercopar desde o seu início. A empresa produz equipamentos de proteção individual e está instalada no município gaúcho de São Jerônimo. Para Iasmin Botelho, que
atua na JGB, a feira é um local de grande oportunidade,
na qual acontecem muitos negócios e futuras negociações
com os clientes, expositores e visitantes da região. “A participação no Projeto Comprador também encaminha muitos clientes”, complementa Iasmin. Com uma mentalidade
inovadora, a JGB está lançando uma nova vestimenta para
equipamento de segurança nesta edição.
“
Primeiro contrato da Mercopar
Pioneira na fabricação de molas no Rio Grande do Sul, a
Tecnomola é outra empresa que acompanha a feira desde
1994. A empresa, com sede em Cachoeirinha, formalizou
nada menos que o primeiro contrato de expositor com a
Mercopar. “Ela começou pequena, apenas um pavilhão e
um número menor de empresas. Hoje está muito maior e
com uma excelente organização”, comenta o diretor administrativo da Tecnomola, José Alfredo Faverzani. Visando o futuro, a empresa também foi a primeira a distribuir
sacolas para os visitantes. “Víamos todos os expositores
distribuindo folders e as pessoas tinham que segurar os
papeis nas mãos. Então resolvemos distribuir sacolas para
facilitar aos visitantes, sendo também uma opção para que
os próprios folders das empresas não fossem descartados”,
recorda Faverzani. A empresa começou com um pequeno
estande, passou por outros lugares da feira, mas hoje ela é a
primeira na entrada principal do evento.
“
Apostei na Mercopar
desde o seu início.
Estamos realizados e a
Tecnomola é muito mais
conhecida no mercado
devido à feira. Já garanto
minha presença na próxima
edição. Se você não estiver
aqui, está fora do mercado.
José Alfredo Faverzani
Diretor administrativo da Tecnomola
”
Inovamos com a fabricação do
Textion H, um tecido mais leve
e mais confortável para pessoas
que trabalham com soldas.
”
Iasmin Botelho
JGB Equipamentos de Segurança
Expositoras
pioneiras fazem
história na
Mercopar
TBA, JGB e Tecnomola
participam desde a
primeira edição da feira
08
Empresa antecipa
o futuro da
automação
Akron está
desenvolvendo um
sistema que agilizará
o processo de compras
para uma grande rede
de supermercados
N
um mundo cada vez mais rápido,
onde a busca de desenvolvimento
de soluções é algo real para todos e a
agilidade nos processos está cada vez
mais presente, a empresa Akron, de Caxias do Sul,
inova na área de automação e no processo de administrar a produção e armazenagem de materiais.
De acordo com Max Krieger, gerente da Akron, um
sistema desenvolvido pela empresa ajuda na capacidade
de traçar o caminho, aplicação, uso e localização de uma
mercadoria. “É um portal de identificação que permite
monitorar em tempo real todos os produtos e sua movimentação. O processo pode ser aplicado em toda a cadeia
produtiva e de suprimentos, permitindo gerenciar uma
empresa com maior eficiência e rapidez” explica Krieger.
Segundo ele, este serviço tem perspectiva de crescimento em
todos os mercados devido à queda dos preços de chips e a
implantação da primeira fábrica deste material no Brasil, em
Porto Alegre. Devido ao valor agregado, ainda não compensa realizar o serviço em todas as cadeias produtivas, mas em
breve, de acordo com Krieger, o processo será utilizado por
várias empresas. Ele cita o exemplo de uma grande rede de
supermercados, onde já está sendo desenvolvido um sistema
que agilizará o processo de compras para os clientes. “Vamos
utilizar um chip em cada carrinho. A pessoa poderá colocar
seus produtos dentro dele e na hora de pagar não será necessário passar suas compras uma a uma. Isso vai diminuir as filas e
agilizar os processos”, garante o gerente.
“
Há dois anos a média
do preço dos chips era de
três dólares e hoje está em
vinte centavos. Com a nova
fábrica, a tendência é ficar
ainda mais barato.
Max Krieger
Gerente da empresa Akron
”
Diretor do Sebrae/NA destacou
a qualidade dos expositores
José Claudio dos Santos ficou satisfeito em observar
o crescimento da Mercopar nos últimos 12 anos
G
rande incentivador dos estandes coletivos em
feiras, o diretor de Administração e Finanças
do Sebrae Nacional, José Claudio dos Santos,
ficou contente com o que viu nos corredores
da Mercopar durante visita realizada no último dia do
evento, 5 de outubro. “No ano 2000 a feira tinha 200 expositores e neste ano são quase 600. Há um efeito multiplicador dos sindicatos, que antes traziam apenas quatro
empresas e hoje trazem cerca de 30. Estamos vendo o resultado. A multiplicação promove a feira, promove as empresas e todos ganham com isso”, afirmou o dirigente.
Ao percorrer a feira acompanhado do superintendente do
Sebrae/RS, Léo Hainzenreder, e do assessor da diretoria
Nilson Laux, José Claudio dos Santos percebeu a qualidade e o investimento realizado pelas empresas expositoras.
“Elas tiveram boa apresentação visual em seus estandes, na
exposição dos produtos e na abordagem aos visitantes. Esta
feira se assemelha muito com a Hannover Fairs e é a maior
da América Latina”, destacou.
06
“
Hoje elas estão todas aí.
O papel do Sebrae também
é muito importante.
Nos últimos três anos
investimos mais de R$ 800
milhões em inovação de
pequenas empresas.
José Claudio dos Santos
Diretor de Administração
e Finanças do Sebrae Nacional
”
“Nos quatro dias da feira recebemos mais de 35 mil pessoas. Em apenas um dia passaram pelos estandes 13 mil visitantes, a maior movimentação registrada nesses 21 anos de
evento”, destaca.
De acordo com o superintendente do Sebrae/RS, Léo
Hainzenreder, “a economia mundial se reflete no mercado brasileiro, em que as empresas estão dispostas a investir
em novos processos, desde que apresentem uma excelente
relação entre o custo e o benefício. A Mercopar traduziu
toda esta movimentação, prova é que 85% dos expositores
disseram que o evento atendeu e superou as suas expectativas. Noventa por cento deles, inclusive, já manifestaram o
interesse em participar das próximas edições”.
O dirigente lembra, ainda, que a pesquisa realizada junto
aos expositores, mostra que 43% deles vieram a feira para
conhecer novos mercados e representantes, e 21% para divulgar o produto no mercado. Já o perfil dos contatos realizados registrou 67% para fornecer peças e equipamento e
14% para contratar serviços.
Rodadas de Negócios faturam mais
As Rodadas de Negócios do Projeto Comprador Nacional
e Internacional, do Petróleo, Gás e Energia e do Software
comprovaram a evolução da Mercopar neste ano. De 2011
para 2012 as vendas fechadas cresceram em torno de 10%
em faturamento e neste ano chegaram a R$ 25,4 milhões.
O crescimento dos negócios fechados nas rodadas é uma
tendência das últimas duas edições. De 2010 para 2011 o
projeto já havia apresentado um resultado positivo, passando de R$ 20,9 milhões para 23,2 milhões. Nesta edição, as
vendas aumentaram ainda mais, superando os R$ 25 milhões. Foram R$ 15,2 milhões no Projeto Comprador Nacional e Internacional, R$ 9,3 milhões nas rodadas de Petróleo,
Gás e Energia, e outros R$ 910 mil na rodada de Software.
“
São resultados animadores,
que mostram que o sistema
utilizado é eficaz.
Vitor Augusto Koch
”
Mercopar consolida sua força
no cenário industrial brasileiro
Feira volta a bater recorde em volume de negócios,
chegando a R$ 135 milhões em transações comerciais
“Mais uma vez a Mercopar demonstra sua importância
no cenário industrial brasileiro. Estamos felizes em ter
proporcionado a oportunidade para que centenas de empresas de todos os portes pudessem realizar ótimos negócios”. Essa é a avaliação do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RS, Vitor Augusto Koch, em relação aos
ótimos indicadores registrados na 21ª edição da Feira de
Subcontratação e Inovação Industrial, em Caxias do Sul.
O volume de negócios registrado na feira, que chegou a R$
135.418.000,00 é um novo recorde na história do evento, o
que demonstra a consolidação de seu crescimento a cada
ano que passa.
04
O diretor da Hannover Fairs Sulamerica, parceira do Sebrae/RS na promoção da Mercopar, Constantino Bäumle, ressalta que “a procura por produtos inovadores e que
aliem produtividade, eficiência e sustentabilidade ambiental, bem como o desenvolvimento de fornecedores de peças e equipamentos, foram as principais características da
Mercopar 2012”. Para Constantino, a média de 143 contatos por expositor, que representa um aumento de 73% em
relação a 2011, comprovou novamente a relevância que o
evento tem para empresas de todos os portes, que buscam
na feira a atualização tecnológica para os seus negócios.
Outro recorde da Mercopar 2012 foi o número de visitantes.
A consolidação da maior feira de
subcontratação e inovação da América Latina
A 21ª edição da Mercopar referendou a consolidação da feira
como a maior em matéria de subcontratação e inovação industrial da América Latina. Com R$ 135 milhões e 418 mil, batemos, outra vez, o recorde em volume de negócios. Mais de 35
mil pessoas circularam pelos pavilhões do Centro de Eventos
da Festa da Uva durante os quatro dias de realização do evento.
Isso deixa o Sebrae/RS e a Hannover Fairs Sulamérica, parceiros na promoção da Mercopar, felizes. No entanto, aumenta a
nossa responsabilidade para as próximas edições, pois, a cada
ano que passa, a feira é uma vitrine que demonstra a força industrial do Rio Grande do Sul.
Não é a toa que a quase totalidade, cerca de 90%, dos expositores presentes em 2012 quer retornar em 2013. É mais um
indicador positivo que nos anima a seguir transformando a Mercopar no palco ideal para que as empresas apresentem suas
novidades, dando um salto em matéria de competitividade,
com expressivo aumento no volume de vendas, valorizando e
consolidando seus produtos. Sem dúvida, a feira é o ambiente
adequado ao crescimento e à inovação.
É na Mercopar que o Sebrae/RS coloca em prática a ideia de que
adotar políticas adequadas de incentivo à inovação tecnológica é um
dos caminhos para a indústria nacional se desenvolver e atingir o mercado externo com a competitividade necessária para aumentar as exportações e gerar saldos comerciais positivos para o Brasil.
Inovação, aliás, foi um tema que teve espaço nobre na edição 2012
deste ano. Possibilitamos que 12 empresas participantes dos programas Agentes Locais de Inovação (ALI) e Inova Pequena Empresa,
ambos do Sebrae/RS, mostrassem seus produtos e serviços em um
inédito espaço coletivo, com 180 metros quadrados. Elas puderam
sentir o clima trepidante da Mercopar e acessar os grandes demandantes de suas áreas de atuação.
Uma feira como a Mercopar nos deixa mais convictos de que, com
ousadia para inovar, podemos juntos, micro, pequenas e grandes empresas, construirmos um caminho que consolide o Brasil como uma
das grandes potências econômicas do Planeta.
Um Forte Abraço,
Vitor Augusto Koch
Presidente do Sebrae/RS
Diretor-superintendente: Léo José Borges Hainzenreder
Diretor de Administração e Finanças: Marcelo de Oliveira Ribas
Diretor Técnico: Marco Antônio Kappel Ribeiro
// EDITORIAL
// EXPEDIENTE
Instituições que compõem o
Conselho Deliberativo do Sebrae/RS:
• Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A – BANRISUL
Titular: Túlio Luiz Zamin
Suplente: Guilherme Cassel
• Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS
Titular: Heitor José Müller
Suplente: Bolivar Baldisserotto Moura
• CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Titular: Ruben Danilo de Albuquerque Pickrodt
Suplente: Daniel Almeida Schwalm
• Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – CIERGS
Titular: André Vanoni de Godoy
Suplente: Alexandre De Carli
• Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento – SDPI
Titular: Mauro Knijnik
Suplente: José Antônio Valle Antunes Júnior
• BANCO DO BRASIL S/A
Titular: José Carlos Reis da Silva
Suplente: Alucir Biasi
• Federação das Associações Comerciais e de Serviços
do Rio Grande do Sul – FEDERASUL
Titular: Gustavo Leipnitz Ene
Suplente: Fabiano Zouvi
• Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul – FARSUL
Titular: Carlos Rivaci Sperotto
Suplente: Valmir Antônio Susin
• Federação do Comércio de Bens e de Serviços do
Estado do Rio Grande do Sul – FECOMÉRCIO
Titular: Júlio Ricardo Mottin
Suplente: Zildo De Marchi
• Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
Titular: José Paulo Dornelles Cairoli
Suplente: Silmar Pereira Rodrigues
• Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI/RS
Titular: César Rangel Codorniz
Suplente: Marco Aurélio Paradeda
• Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul – FAPERGS
Titular: Nádya Pesce da Silveira
Suplente: Jôni Franck Nunes Costa
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Titular: Gilmar Tietböhl Rodrigues
Suplente: Clóvis Meurer
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Revista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul Ano 4 | nº 13 | Novembro de 2012
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO SÃO
DESTAQUE NA MERCOPAR 2012.

revista_Tempo de Agir Ed13_baixa

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