Edição 57 Dezembro 2003
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Edição 57 Dezembro 2003
DEZEMBRO 2003 • ANO VI • Nº 57 JORNAL DO SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - Departamento Nacional Investindo no trabalho em equipe Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho Páginas 7 a 11 visite nosso site: www.sesi.org.br SESI Bahia: excelência em gestão 3a5 sesi57 1 “Sexo sem Encontro do grilo só com teatro e da camisinha” dança em Araxá 6 22/12/03, 14:48 15 COLUNA DO SUPER Compromisso com o social, sempre Quando a expressão “responsabilidade social” ainda não fazia parte do vocabulário brasileiro, o SESI já se preocupava em garantir aos industriários o direito a serviços básicos nessa área. Em 1946, quando o então presidente do Brasil, Eurico Gaspar Dutra, atribuiu à CNI a criação do SESI - Serviço Social da Indústria, o País passava por um momento político muito delicado. Havia um descontentamento popular contra a classe patronal e uma grave crise no abastecimento de gêneros de primeira necessidade afetava os grandes centros. Embora o programa estabelecido para o SESI abrangesse alimentação, habitação, higiene, saúde e educação moral e cívica, a prioridade foi dada para as questões mais urgentes: abastecimento e educação social. Em menos de um ano, já contava com mais de 40 postos de abastecimento em São Paulo, e conseguia atender 35 mil famílias operárias. Hoje, o SESI já não é mais o mesmo. Ele cresceu e se multiplicou para estar presente em todos os Estados do Brasil, fiel à sua missão: contribuir para o forta- lecimento da indústria e para a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, oferecendo serviços de educação, saúde, lazer e cidadania. Ao fecharmos mais um ano com o sentimento de missão cumprida - principalmente por termos alcançado a meta de alfabetizar 300 mil jovens e adultos em apenas 6 meses, dentro do programa SESI Por Um Brasil Alfabetizado, em parceria com o MEC, não poderíamos deixar de registrar a imensa satisfação em termos firmado, ao longo dos anos, alianças com instituições reconhecida- mente comprometidas com as carências sociais e que contribuem para que o SESI continue com seu firme propósito de amenizar essa realidade. E esse comprometimento com o social nunca deixará de existir enquanto houver indústria, enquanto houver trabalhador, enquanto existir a vontade da sociedade, de milhões de brasileiros que reconhecem no SESI a marca da responsabilidade social. Rui Lima do Nascimento Diretor-Superintendente do SESI Nacional Publicação do SESI – Serviço Social da Indústria - Departamento Nacional SBN Quadra 1 - Bloco C - 14º andar Ed. Roberto Simonsen - Brasília/DF Fone: (61) 317-9074/9039 Fax: (61) 317-9261 www.sesi.org.br Unidade Integrada de Comunicação Social do Sistema CNI - Gerência de Conteúdo SESI/SENAI/IEL Gerente: Victoria Poltronieri Edição: Victoria Poltronieri e Edson Chaves Filho Fotos: Miguel Ângelo e Departamentos Regionais Projeto e Produção: textodesign [email protected] Revisão: textofiel Tiragem mensal: 16.000 exemplares SESI, a marca da responsabilidade social 2 • sesi57 2 22/12/03, 14:48 REGIONAIS Colecionador de prêmios Com novo programa de gestão, o trabalho do SESI Bahia recebe reconhecimento de clientes e instituições O SESI Bahia está comemorando sua inclusão entre as empresas com excelência em gestão, finalistas da premiação concedida pela Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ). O Departamento Regional baiano foi o único representante do Estado e o primeiro do sistema CNI a receber a distinção. Este é mais um de uma série de prêmios conquistados nos últimos anos pelo trabalho desenvolvido na Bahia. A Fundação é uma entidade sem fins lucrativos, criada por organizações privadas e públicas para administrar o Prêmio Nacional de Qualidade. As empresas e entidades são selecionadas pela excelência que alcançam na gestão empresarial, que é do mesmo nível observado em países desenvolvidos. O prêmio da FPNQ reconhece o trabalho de gestão iniciado em 1996 pelo SESI Bahia e que foi aplicado nas 13 unidades de negócios e envolve todos os aspectos da organização. “Descrevemos, padronizamos e fizemos o gerenciamento dos processos e, em seguida, estabelecemos indicadores para fazer medições”, explica o superintendente do SESI-BA, Carlos Alberto Matos Vieira Lima. No gerenciamento de pessoas, o programa enfatizou o desenvolvimento profissional e a valorização do empregado. “No final focamos os clientes, indústrias e trabalhadores, e colocamos todas as ações em benefício deles”, acrescenta. O resultado foi maior eficiência no gerenciamento das atividades e a satisfação dos clientes, comprovada nas pesquisas que indicam o grau de apro- vação do trabalho desenvolvido pelo SESI no Estado. No último levantamento semestral realizado pela instituição para saber qual era a impressão de trabalhadores e empresários em relação às ações do SESI, o índice de satisfação chegou a 85%. TODO EMPENHO PARA MELHORAR A GESTÃO “As certificações são um reconhecimento do nosso trabalho pelos clientes, pela sociedade civil e entidades certificadoras, mas o nosso empenho não tem como objetivo ganhar prêmios, mas sempre melhorar a gestão”, ressalva Vieira Lima. Todo empenho e trabalho que vem sendo desenvolvido há anos explica a série de premiação do Regional. Em 2001, a Caixa Econômica Federal incluiu o progra- ma SESI Educação do Trabalhador entre as dez melhores práticas de gestão local, que premiou empresas com as melhores soluções para problemas de moradia, saneamento, meio ambiente, entre outros itens. No ano passado, foi a vez de a Organização das Nações Unidas (ONU) premiar o SESI baiano, incluindo-o entre as cem Melhores Práticas Internacionais. Ainda em 2002, obteve a ISO 9001:2000, atribuída pelo Bureau Veritas Quality International (BVQI), instituição internacional habilitada para a certificação. Foram certificados pela BVQI todos os processos produtivos do programa SESI Saúde Bucal e dos programas SESI Educação do Trabalhador, Saúde e Segurança no Trabalho e SESI Ginástica na Empresa, da unidade de Feira de Santana. FOTOS: SESI/BAHIA Programa SESI Educação do Trabalhador, qualidade reconhecida com certificação • 3 sesi57 3 22/12/03, 14:48 REGIONAIS 3.400 alunos. Para completar o trabalho na área educacional, o Regional se engajou no programa SESI por um Brasil Alfabetizado e já trabalha na alfabetização de 3.571 pessoas. Números dos programas de educação mostram abrangência de atendimentos A maior novidade, porém, é a concessão da certificação para o Teatro do SESI, que, segundo técnicos da Bahia, deve ser o único teatro do País a obter o título. Os números de atendimentos nos programas das áreas de educação, saúde e lazer e a ampliação das atividades baianas também comprovam sua eficiência. O programa SESI Educação do Trabalhador registrou, no ano passado, 9.108 matrículas. Em 2003, foram efetuadas 8.887 inscrições até o mês de setembro. Além dos cursos regulares, como ensino fundamental, médio e pré-escola, o SESI oferece ensino para crianças com necessidades especiais. No total são 4.338 crianças atendidas nos projetos dessa área. Na educação básica, até setembro, estavam inscritos SAÚDE E BEM-ESTAR PARA O TRABALHADOR Nas ações de saúde e segurança do trabalho, os especialistas vão além do ajuste das empresas às legislações ambientais e de saúde ocupacional. O principal objetivo dos técnicos do SESI é permitir a criação de condições para reduzir os índices de doenças e acidentes do trabalho. Para tanto, investe na melhora do ambiente profissional e na qualidade de vida dos colaboradores. Ao longo de todo o ano passado, foram atendidas 173 empresas e este ano, até outubro, número semelhante havia sido detectado pelos especialistas do SESI. Para garantir a saúde e o bemestar dos trabalhadores em todos os aspectos, o SESI inclui serviços odontológicos nesse programa. O balanço dessas atividades registrou quase 179 mil procedimentos somente até outubro de 2003. Ainda na seqüência das ações na área de saúde e na busca de Programa SESI Saúde Bucal, em dez meses deste ano, 179 mil atendimentos 4 • sesi57 4 iniciativas para levar descontração e lazer ao ambiente de trabalho, o Regional dá ênfase ao programa SESI Ginástica na Empresa, além de desenvolver o projeto Arte na Empresa. Quase 700 indústrias já foram beneficiadas por essas duas iniciativas. O Ginástica na Empresa prevê alguns minutos do dia para exercícios laborais que geram mais saúde, qualidade de vida, melhoria nas relações interpessoais e mais produtividade. O projeto Arte na Empresa leva teatro às fábricas e é desenvolvido por uma equipe do Teatro do SESI. As atividades de encenação e dramatização induzem à reflexão sobre diversos temas de interesse dos trabalhadores, em especial, saúde e bom relacionamento no ambiente profissional. Uma das prioridades do SESI Bahia, agora, é manter a parceria iniciada este ano e que possibilita ao seu aluno do curso regular freqüentar, simultaneamente, cursos profissionalizantes do SENAI. O primeiro grupo formado por alunos das duas entidades concluiu o curso este ano. A maioria já sai com emprego garantido, assegura o superintendente. “Estamos dando nossa contribuição para o primeiro emprego”, conclui. 22/12/03, 14:48 ENTREVISTA Todas as ações devem ter caráter educativo “Quando elevamos o nível de escolaridade do trabalhador, estamos contribuindo para que ele se acidente menos, seja mais consciente, produtivo e cidadão” Jorge Lins Freire, diretor regional do SESI Bahia FOTO: SESI/BAHIA SESI Nacional - Qual o papel do SESI Bahia como organização comprometida com a responsabilidade social do empresário? Jorge Lins Freire - O SESI Bahia tem como missão desenvolver ações destinadas a melhorar a qualidade de vida do trabalhador da indústria, contribuindo para o fortalecimento do setor industrial e para o exercício da responsabilidade social. SN - Que princípios orientam o SESI Bahia? Freire - Ética, responsabilidade social, valorização do homem, satisfação do cliente, satisfação e motivação de seus colaboradores. SN - Quais os programas prioritários e suas linhas gerais? Freire - Entre os programas prioritários, destacamos o de Educação do Trabalhador, Saúde e Segurança no Trabalho para Indústria, Saúde Bucal e o de Lazer na Empresa. O lócus principal da nossa atuação é a empresa industrial e o que preside nossas ações é o caráter educativo. Também estamos migrando da atuação por empresa para a atuação por setor industrial, fortalecendo a cadeia produtiva. SN - Que transformações foram feitas pelo Regional para adaptar sua atuação ao mundo automatizado e globalizado? Freire - O grande esforço do DR Bahia foi se profissionalizar, a partir de um diagnóstico em que detectamos a necessidade de focar nossa atuação no cliente indústria. Então, evoluímos de um trabalho geral, de certa forma assistencialista, para um trabalho profissional, destinado a atender às indústrias e seus trabalhadores. Um exemplo é o Projeto Integração do Ensino Médio com Cursos Técnicos, pelo qual o aluno cursa o ensino fundamental do SESI e completa sua formação no SENAI, onde realiza curso profissionalizante, adequado à demanda da indústria, rumo ao primeiro emprego. Este é um exemplo da nossa transformação. Para isso, redesenhamos os produtos, já que o cliente era outro, e investimos em pessoal para atender às novas exigências. Dotamos o SESI de infra-estrutura adequada, informatizamos todos os processos, investimos na gestão, interligamos nossas unidades em rede e implantamos um programa de gestão pela qualidade, inclusive com processo de certificação. SN - Qual é o nível de demanda e aprovação dos serviços do Regional por parte do empresariado baiano? Freire - O programa de Educação do Trabalhador tem um índice de aprovação de 90%, assim como o de Saúde Bucal. Em linhas gerais, a aprovação, tanto por parte do trabalhador quanto por parte do empresário, é acima de 8,5, numa avaliação de 0 a 10. Portanto, temos um excepcional nível de aprovação por aqueles que utilizam nossos serviços. Ainda precisamos trabalhar fortemente para aumentar o nível de cobertura das empresas no Estado, que hoje é de 30% das empresas industriais. SN - Como o senhor projeta o SESI do futuro? Freire - O SESI no futuro terá de investir nas ações prioritárias. Ele tem de substituir a linha patrimonialista, que adotou ao longo de mais de 50 anos de existência, pelo investimento em ações voltadas para a responsabilidade social. O SESI tem de capacitar e qualificar suas equipes de forma integrada, trabalhando por projeto nos setores e nas empresas industriais. SN - Que contribuições o SESI pode oferecer na interação ou parceria com órgãos governamentais para enfrentar problemas nas áreas de competência da entidade? Freire - A maior contribuição que uma organização como o SESI pode oferecer é atuar eficientemente no seu universo, pois seus recursos são limitados. É estabelecer e formular programas estruturantes para o setor industrial. Contribuindo com este setor, o SESI beneficia a comunidade como um todo. Quando elevamos o nível de escolaridade do trabalhador, estamos contribuindo para que ele se acidente menos, seja mais consciente, produtivo e cidadão. Quando necessário, atuamos com desenvoltura em parceria com órgãos governamentais, como ocorre no programa Brasil Alfabetizado, que na Bahia tem como meta alfabetizar 240 mil jovens e adultos em quatro anos. • 5 sesi57 5 22/12/03, 14:48 SAÚDE Combate à Aids nas empresas Campanhas incentivam a prevenção da doença “Sexo sem grilo só com camisinha” foi o slogan adotado pelo SESI no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 1o de dezembro, quando foram distribuídos folders para incentivar a prevenção da doença e manuais para orientar as empresas na adoção de projetos de combate à Aids no local de trabalho. A abertura da campanha deste ano marcou também a escolha do dia 8 de outubro como Dia Nacional da Prevenção HIV/Aids no Ambiente de Trabalho. A data será oficializada a partir de 2004. A iniciativa é do Conselho Empresarial de Prevenção ao HIV/Aids, do qual o SESI é integrante. Engajado há 15 anos em ações de prevenção à doença, a maioria delas em parceria com o Ministério da Saúde, o SESI realiza campanha específica para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids desde 1996, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu a data. Este ano, lançou um manual para orientar as empresas na adoção de projetos e programas de prevenção. Além disso, elaborou folders para distribuir nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e nas indústrias. “Imprimimos 120 mil folders para distribuir em todo o País e providenciamos 125 mil preservativos para entregar aos colaboradores do SESI”, informa a médica Ione Maria Fonseca Melo, gerente de Saúde Preventiva do SESI Nacional. A campanha, que tem um grilo como mascote, ganhou visibilidade nacional com o informe publicitário encartado na edição da primeira quinzena de dezembro da revista Exame. O tema deste ano foi Estigma e Discriminação e a peça dá destaque à mensagem: “Qualquer um pode ser discriminado. Respeito você conquista quando não discrimina”. PRECONCEITO É TEMA HÁ DOIS ANOS Não foi por acaso que o mesmo tema usado ano passado voltou nesta campanha. Segundo especialistas, a angústia e o medo chegam às pessoas soropositivas para HIV quase sempre acompanhados pelo preconceito. A con- Ione Melo, combate ao preconceito deve ser contínuo 6 • sesi57 6 22/12/03, 14:48 seqüência é o afastamento de familiares, amigos e colegas de trabalho e, muitas vezes, até a perda do emprego. “Temos de insistir no combate ao preconceito porque não adianta haver acesso a medicamentos se enfrentamos barreiras para tratar e prevenir a doença”, explica Ione Melo. Segundo ela, ainda há muita desinformação e comportamento preconceituoso nos locais de trabalho. “Os soropositivos continuam sendo chamados de aidéticos e enfrentam o afastamento e o medo dos colegas”, acrescenta. Números sobre a Aids confirmam a importância de ações para combatê-la. No mundo, cerca de 40 milhões de pessoas vivem com o HIV, segundo dados da OMS. No Brasil, há 600 mil portadores. De acordo com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), a Aids é a segunda causa de morte entre mulheres no Brasil (excluindo-se os tipos de câncer). Ainda assim, pesquisa realizada pela ONU, há cerca de dois meses, mostra que 61% dos brasileiros não acreditam que a Aids possa matar. QUALIDADE NO TRABALHO Prêmio para a responsabilidade social SESI distingue empresas que investem nas boas relações entre empregados e empregadores As indústrias brasileiras estão empenhadas em divulgar balanços sociais, ampliar as ações nas áreas social, cultural e esportiva e estimular seus colaboradores a integrar projetos sociais, entre outras iniciativas, para melhorar a qualidade do ambiente de trabalho e ampliar os benefícios para seus quadros funcionais. Esta disposição é constatada na maioria das 723 empresas participantes do Prêmio SESI Qualidade do Trabalho 2003 que, em sua oitava edição, premiou empresas de micro, pequeno, médio e grande porte que se destacaram por iniciativas como essa. A festa da premiação, dia 25 de novembro, em Brasília, contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Jacques Wagner; do presidente da Confederação Nacional da Indústria, deputado federal Armando Monteiro Neto; do presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, e do diretor-superintendente do SESI Nacional, Rui Lima do Nascimento. ORGULHO DOS EMPRESÁRIOS E TRABALHADORES DO BRASIL Na abertura da solenidade, Armando Monteiro Neto disse que o PSQT estimula ações voltadas para promover o equilíbrio das relações do trabalho, melhoria das condições ambientais da produção e valorização dos recursos humanos. “Os trabalhadores e empresários aqui presentes superaram o difícil desafio de melhorar a qualidade do ambiente de trabalho. Descobriram que é possível ultrapassar os limites de um simples acordo coletivo de trabalho e valorizaram as relações interpessoais e a satisfação do cliente”, falou. No encerramento da cerimônia, o ministro Jacques Wagner falou de seu orgulho em relação aos empresários e trabalhadores brasileiros. Contou que em recente viagem à Noruega, visitou uma empresa brasileira, a Vale do Rio Doce, que adquiriu e reabriu uma antiga siderúrgica fechada por incompatibilidade com o meio am- Monteiro (à direita): o PSQT estimula ações que criam equilíbrio nas relações do trabalho; Jacques Wagner (à esquerda): história de sucesso da tecnologia brasileira no exterior • 7 sesi57 7 22/12/03, 14:49 QUALIDADE NO TRABALHO A CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS EM QUATRO CATEGORIAS MICROEMPRESA 1º lugar: Pion G Plus Medical Ltda. (RJ) 2º lugar: Dow Brasil S.A (SP) PEQUENA EMPRESA 1º lugar: TW Espumas Ltda. (SP) 2º lugar: Bras-Onda Papelão Ondulado Ltda. (PR) MÉDIA EMPRESA 1º lugar: P.B. Zanzini & Cia Ltda. (SP) 2º lugar: Herbarium Laboratório Ltda. (PR) GRANDE EMPRESA 1º lugar: Braspelco Ind. e Com. Ltda. (RS) 2º lugar: Tecumseh do Brasil Ltda. (SP) biente. As exigências foram atendidas com tecnologia brasileira. “Lá, engenheiros brasileiros dirigem trabalhadores noruegueses. No norte da França, a mesma empresa colocou uma siderúrgica nas condições de produção exigidas pela legislação ambiental do país”, disse. Na versão 2003 do PSQT as vencedoras receberam troféu e prêmio em dinheiro (R$ 15 mil para as primeiras colocadas e R$ 10 mil para as segundas). Os valores serão destinados exclusivamente para aplicação em benefícios sociais para o trabalhador, podendo ser utilizados na compra de equipamentos e de instalações para lazer, educação ou saúde. As empresas receberam, também, a Medalha da Ordem do Mérito do Trabalho, concedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O cumprimento da responsabilidade social foi o principal enfoque da análise do júri do Prêmio, que verificou a atuação das Braspelco: creche para os filhos, bolsa de estudos para os pais e mutirão para construir casas; diversidade de iniciativas proporciona grande evolução em poucos meses 8 • sesi57 8 22/12/03, 14:49 Calsing: o Prêmio é o reconhecimento público de política e prática de gestão assertiva organizações em quatro áreas: gestão, saúde, segurança e meio ambiente, educação e desenvolvimento, lazer e cultura. Criado pelo SESI em 1996 e dividido em duas fases, a estadual e a nacional, o Prêmio teve como tema este ano Investindo no Trabalho em Equipe. Na primeira etapa, usando o critério de pontuação, foram selecionadas oito empresas por Estado, duas em cada categoria. Na fase nacional, utilizando o mesmo critério, foram premiadas oito, também duas por categoria. As participantes apresentaram relatório de atividades e do trabalho realizado. Todos os empregados, por meio de um formulário, avaliaram as empresas e lhes atribuíram notas. Após a entrega dos documentos, técnicos do SESI realizaram visita para uma avaliação final. O desempenho de cada uma delas e os documentos foram submetidos às comissões julgadoras. No âmbito nacional, a comissão foi integrada por representantes dos ministérios do Trabalho e Emprego; do Desenvolvi- mento, Indústria e Comércio Exterior; da Saúde; da Educação; Esporte e Turismo; da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria; da Organização Internacional do Trabalho (OIT); dos programas de qualidade e produtividade, da Organização Pan-Americana de Saúde, entre outros. O número de inscrições, este ano, chegou a 723 empresas, abrangendo 280,2 mil trabalhadores. Até a etapa nacional, chegaram 92 finalistas, que empregam 43,3 mil trabalhadores. “Na pesquisa de avaliação feita com as participantes, 95,5% afirmaram que vêm no Prêmio um meio de valorização dos recursos humanos como fator de produtividade e competitividade, uma vez que mede o nível de satisfação dos colaboradores”, informou o coordenador da Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento do SESI Nacional, Elizeu Francisco Calsing. Para as empresas, segundo Calsing, o Prêmio é o reconhecimento público de suas políticas e práticas de gestão para melhora do ambiente no trabalho. “Percebemos um número maior de investimentos em ações sociais por meio de apoio a instituições filantrópicas e projetos comunitários, em especial no entorno das fábricas”, ressaltou. Outra observação do coordenador é que um número cada vez maior de organizações tem procurado divulgar balanços que resumem todas as práticas internas e externas de responsabilidade social. Ele constatou a ampliação significativa de ações nas áreas de lazer, cultura e esportes. “A prática de ginástica laboral durante a jornada de trabalho ocorre em praticamente todas elas”, diz. Calsing também notou mudança no comportamento dos trabalhadores, que se mostram mais exigentes em P. B. Zanzini: convênio médico, ginástica na empresa e preparação para o voluntariado; ações diferentes voltadas para o mesmo objetivo relação ao investimento das empresas para elevar a escolaridade e a capacitação profissional da equipe. GRANDE PORTE: EVOLUÇÃO EM POUCO TEMPO As constatações revelam uma evolução rápida nos últimos meses, e as empresas premiadas tiveram destaque nesses avanços. A Braspelco Indústria e Comércio, fabricante de calçados de Nova Esperança do Sul (RS), vencedora na categoria de grande porte, recebeu nota 10 de todos os 833 empregados. O diretor da fábrica, Carlos Alberto Sudatti, atribui essa aprovação maciça dos colaboradores à política de incentivo oferecida pela empresa em todas as áreas da saúde, educação e até nas questões particulares dos emp re g a do s. “ Te mo s d i á l o go constante com os trabalhado- res, que nos trazem até seus problemas pessoais”, afirma. Na área da educação, a empresa oferece aos empregados desde creches para os filhos até o pagamento de 70% dos cursos universitários para quem tem mais de um ano de casa. “A bolsa inclui cursos não vinculados à empresa, como biologia, matemática ou pedagogia porque, se o funcionário não continuar trabalhando na Braspelco, vai trabalhar para a comunidade”, afirma Sudatti. Outra preocupação é com a moradia dos empregados e para atender essa necessidade foi organizado um mutirão para construção de casas. Em parceria com a administração municipal, a Braspelco mantém ainda um programa de preservação ambiental. A Empresa conquistou também a SA 8000, certificação internacional de responsabilidade social ob• 9 sesi57 9 22/12/03, 14:49 QUALIDADE NO TRABALHO tida recentemente. “Fomos a primeira do mundo no setor de couro a obter essa certificação”, comemora Sudatti. A segunda colocada entre as participantes de grande porte, a Tecumseh do Brasil, de São Carlos (SP), fabricante de compressores, desenvolve ampla política de recursos humanos para atender seus 6.624 funcionários, familiares e comunidade. A empresa mantém uma clínica de assistência médica onde oferece atendimento em quase todas as especialidades. O Clube Tecumseh realiza as maiores festas da cidade. Na confraternização de fim de ano chega a reunir 18 mil pessoas. Essa indústria destina parcela do desconto do Imposto de Renda para entidades de assistência a crianças e adolescentes carentes, além de promover campanha do agasalho e realizar festas em asilos, entre outras iniciativas voltadas para a comunidade. MÉDIO PORTE: APRIMORANDO AS ESTRATÉGIAS Bicampeã na categoria de médio porte, a P.B. Zanzini, fabricante de móveis de madeira aglomerada, de Dois Córregos (SP), com 221 empregados, procurou aperfeiçoar a política de recursos humanos que a levou à premiação em 2002 e apresentou, como novidade este ano, a implantação de um convênio médico. A empresa mantém um departamento de segurança e medicina no trabalho com ações preventivas e educativas para evitar doenças e acidentes de trabalho, e prioriza a ginástica laboral como instrumento de prevenção de doenças ocupacionais. Para o coordenador de qualidade, Paulo Grael, a melhora no ambiente de trabalho tem o empenho e comprometimento dos diretores da indústria. “Temos grupos de melhoras por meio dos quais os empregados podem levar diretamente à direção suas propostas”, afirma. A empresa estimula também o MICROEMPRESA: MUITO EMPENHO PARA CHEGAR LÁ A Pion G Plus Medical, produtora de roupas profissionais descartáveis, do Rio de Janeiro, primeira colocada entre as microempresas, priorizou a educação para promover a qualidade no ambiente de trabalho. A primeira iniciativa foi estimular os empregados a voltar às aulas. Deu certo: 85% retomaram os estudos. “Não daria para desenvolver trabalho de capacitação se eles não tivessem a escolaridade mínima”, Pion G Plus Medical: prioridade para educação estimulou 85% dos empregados a voltar para a escola 10 • sesi57 10 engajamento do quadro funcional em ações sociais da comunidade patrocinando o Programa de Voluntários da Zanzini, que prepara os empregados para atividades voluntárias. A segunda colocada no grupo de empresas médias, a Herbarium Laboratório, de Colombo (PR), com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dentro e fora do ambiente de trabalho dos seus 157 empregados, oferece atividades como coral, grupo de teatro e práticas esportivas em geral. A Herbarium desenvolve um programa de qualidade de vida que prevê benefícios, política de saúde e segurança, além da possibilidade de desenvolvimento intelectual e profissional dos funcionários, já que eles têm acesso às exigências e salário de cada cargo, podendo assim planejar a própria carreira dentro da organização. A empresa mantém a Fundação Herbarium de Saúde e Pesquisa e, numa parceria com a prefeitura de Colombo, duas vezes por semana atende gratuitamente, para tratamento fitoterápico, a população encaminhada por médicos da Secretaria de Saúde. “São pacientes cujas doenças têm tratamento eficaz comprovado com a fitoterapia”, explica Joanita Plombon, supervisora de RH do laboratório, que pela segunda vez participa do PSQT. 22/12/03, 14:49 diz a empresária Solange Maria Fagundes de Souza Carvalho. A alimentação, observou, seria fundamental para garantir um bom desempenho dos trabalhadores. Além de estimular a comida saudável, a empresária providenciou uma horta nas dependências da sua indústria. Para incentivar a leitura, criou uma biblioteca. Além disso, premia os funcionários com os melhores desempenhos, alguns dos quais chegam a ganhar até um 16o salário. Na época da inscrição para o PSQT, a Pion G Plus Medical tinha 17 empregados, agora, alguns meses depois, conta com 32. “No próximo ano, vamos disputar na categoria de pequenas”, antecipa Solange. Embora ostente a marca de uma grande multinacional, a micro Dow Brasil só tem 15 empregados na filial de Pindamonhangaba (SP). Além de um amplo plano de saúde, a segunda colocada na categoria oferece outros benefícios, entre eles o auxílio maternidade para mães com filhos de até 18 meses, e desenvolve trabalho preventivo e educativo na área de saúde e segurança do trabalho, o que contribui para que não se registre até agora nenhum caso de acidente de trabalho com afastamento. “Estamos orgulhosos de ver que o relatório da empresa foi confirmado por todos os membros da comissão do PSQT”, diz a assistente administrativa, Edi de Toledo, responsável pela área. PEQUENA EMPRESA: DIÁLOGO E ATENÇÃO ÀS REIVINDICAÇÕES Estreitar o relacionamento entre empregador e empregados e ampliar a comunicação é a estratégia que norteia as ações da TW Espumas, de Caçapava (SP), vencedora na categoria pequenas empresas. Para aproximar-se dos funcionários, a fabricante de caixas e acessórios de papelão ondulado criou o Café com o Ge- TW Espumas: “Café com o Gerente” e “Papo Aberto”, dois eventos periódicos para aproximar os trabalhadores da direção da empresa rente, uma reunião realizada a cada 15 ou 20 dias com o gerente de RH e um grupo de 5 dos 60 colaboradores. Os assuntos são os mais variados e todos de interesse dos trabalhadores. Ainda nessa linha de aproximação, a TW criou o Papo Aberto, encontro de um diretor com pelo menos 20 funcionários. Ao longo do ano, todos os empregados têm a oportunidade de expor idéias e sugestões e ouvir os planos da direção. A empresa prioriza a educação e banca parte de cursos não só universitários como também de pós-graduação. “A premiação no PSQT é um reconhecimento à nossa estratégia de transparência e comunicação”, diz o gerente Dalton Corrêa dos Reis. Mais iluminação nas máquinas e equipamentos, substituição dos pesados uniformes de brim pelas camisetas no verão e até a instalação de uma mesa de pebolim são providências simples, mas que agradaram muito aos colaboradores da Bras-Onda Papelão Ondulado, empresa paranaense de Curitiba, segunda colocada na categoria pequeno porte. As reivindicações foram feitas em reuniões semanais realizadas com os 60 funcionários e, entre eles, quem tem o melhor desempenho durante o ano ganha de presente uma viagem com direito a três acompanhantes. Esta indústria procura o bem-estar dentro e fora da fábrica. Uma de suas iniciativas é a colaboração com o Projeto Piá, que atende 160 crianças carentes. No decorrer do ano, as crianças elegem uma prioridade e a empresa atende à solicitação. Foi assim que elas ganharam computador e a montagem de um toldo para que pudessem brincar fora também em dias de chuva. Este ano elas pediram brinquedos – e vão ganhar. • 11 sesi57 11 22/12/03, 14:50 CIRCUITO A Rede de Farmácias SESI inaugurou sua segunda unidade em Balneário Camboriú (SC). Com 80 lojas, em 40 municípios, a Rede de Farmácias SESI é a maior de Santa Catarina. Suas unidades empregam 720 profissionais, dos quais 128 são farmacêuticos. Todo o resultado líquido das farmácias é revertido para os projetos sociais nas áreas de Saúde, Educação, Lazer e Consultoria Social. Além de linhas completas de cosméticos e medicamentos tradicionais, a Rede tem a maior variedade de genéricos do Estado. Programa de Conservação Auditiva FOTO: SESI/SANTA CATARINA Nova Farmácia Projeto do SESI no exterior O Curtume Branáa, de Montevidéu, capital do Uruguai, mandou 13 empregados para treinamento em Porto Alegre. A empresa, que emprega 550 pessoas, aderiu ao projeto de Prevenção ao Uso de Drogas no Trabalho e na Família, desenvolvido pelo SESI Rio Grande do Sul em parceria com o Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime. O Regional repassa metodologia para a empresa uruguaia e já completou o treinamento dos líderes e gestores para a implantação do projeto. Além do Curtume Branáa, o SESI gaúcho já implantou o mesmo projeto em empresas da Argentina, do Chile e do Paraguai. Em outubro, a área de Saúde do SESI Santa Catarina iniciou a implantação na empresa Döhler, de Joinville, do Programa de Conservação Auditiva (PCA), o sistema mais eficaz de proteção de ruídos para evitar perdas auditivas. Com o PCA, os empregados contratados pela empresa passam por detalhados exames admissionais, que indicam o protetor auricular mais adequado para cada função. Os trabalhadores participam também de um treinamento sobre manutenção, higienização e prejuízos causados pela má utilização dos protetores. A Döhler começou a investir na sua área de saúde com o SESI em março de 2002, com a contratação dos exames de audiometria. O SESI é responsável também pelo Programa de Conservação Auditiva da Incoplast desde março de 2001. Minas lidera ginástica na empresa Aliança com Arquidiocese de Belém Minas Gerais bateu o recorde nacional de participação no programa SESI Ginástica na Empresa. Em outubro, 60,7 mil trabalhadores de 217 empresas mineiras participaram da série de exercícios previstos no programa, que são realizados no início ou no término da jornada de trabalho. A ginástica, cuja sessão diária tem duração aproximada de 12 minutos, proporciona aos trabalhadores, em qualquer função, melhora nas condições física e psíquica. Também aumenta a auto-estima, promove maior integração no grupo, faz baixar o índice de faltas ao trabalho, colabora com tratamentos de dependência química e aumenta a produtividade no trabalho. O SESI Pará assinou protocolo de intenções com a Arquidiocese de Belém para a inclusão de 28 turmas no programa “SESI por um Brasil Alfabetizado”. A Arquidiocese deverá produzir vídeos e programas de rádio com o conteúdo das aulas de alfabetização, que serão veiculados pelo Sistema de Rádio e TV Nazaré. As aulas começam em 12 • sesi57 12 22/12/03, 14:50 janeiro, com 18.725 alunos em todo o Estado. As turmas da Arquidiocese são formadas por freqüentadores de 33 paróquias. A coordenadora do programa, Darlene Costa, diz que as parcerias ajudam a divulgar o programa. “No caso das pastorais, os padres fizeram, inclusive, mobilização durante as missas”, completa. Teatro para vestibular, na Paraíba aos vestibulandos. Com textos de Josimar Alves, os jovens são apresentados ao conteúdo desses livros por atores, no palco. Entre as obras transformadas em peças estão: Quincas Borba, de Machado de Assis; O livro dos prazeres, de Clarice Lispector, Cenas brasileiras, de Rachel de Queiroz, e Diva, de José de Alencar. FOTO: SESI/GOIÁS O Grupo de Teatro Heureca, parceiro do SESI Paraíba, tem sido requisitado com freqüência para animação de diversos tipos de eventos. Agora, aproveitando o calendário escolar e de olho na legião de jovens que se prepara para a universidade, o grupo montou vários espetáculos, que têm como base as listas de obras e autores cuja leitura é exigida Aluna do SESI na Conferência Nacional do Meio Ambiente Maratona pela vida O presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, entregou um cheque de R$ 100 mil para o Hospital do Câncer de Barretos, que realiza cerca de 1500 procedimentos, por dia, para população carente. O hos- pital não tem recursos suficientes e enfrenta déficit mensal de aproximadamente R$ 450 mil. A doação foi feita durante o evento Maratona pela Vida, promovido pela Rede Bandeirantes de Televisão, no dia 16 de novembro. “Você tem um minuto?” Arielly, segurando o cartaz com o colega, e sua equipe de trabalho Arielly Carolliny Martins Guerreiro, aluna da oitava série da unidade do SESI de Vila Canaã, em Goiânia (GO), foi escolhida para representar o Estado na Conferência Nacional do Meio Ambiente, evento promovido pelos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente para incentivar o respeito à natureza. O trabalho de Arielly foi escolhido entre os 700 enviados por estudantes de todo o Estado de Goiás. A frase que acompanha o desenho vencedor é: “Grande é a nossa ignorância, pequeno é o nosso sentimento para com o próximo. O que devemos fazer? Devemos nos amar, respeitar e ajudar uns aos outros”. Cresce programa Alimente-se Bem O canal Futura – emissora de televisão a cabo – está mostrando experiências de sucesso do SESI, em programetes com um minuto de duração. Projetos sociais e práticas inovadoras que ajudam a melhorar a sociedade são apresentados em forma de depoimentos de pessoas e de represen- tantes de empresas beneficiadas. Todas as entidades do sistema CNI, tanto nos Departamentos Regionais como no Nacional, têm suas ações divulgadas. O interprograma “Você tem um minuto?” é apresentado de segunda a sexta-feira às 10h30, 13h30, 20h e 21h. O SESI São Paulo inaugurou sua quarta unidade móvel do programa Alimente-se Bem com R$ 1,00, com o fim de levá-lo para as comunidades carentes em todo o interior do Estado. A nova unidade terá base em Presidente Prudente, onde foi inaugurada, até o final de janeiro de 2004, com a previsão de atender mais de mil pessoas. As unidades móveis são carretas equipadas com todos os utensílios e eletrodomésticos de uma cozinha, adaptadas para receber turmas de até 30 pessoas. • 13 sesi57 13 22/12/03, 14:50 CIRCUITO Em Cuiabá, os alunos do SESIEscola estão participando do Projeto Solidário. Além de arrecadar produtos e recursos para doação a creches e abrigos de idosos da cidade, fazem visitas a essas instituições e promovem atividades recreativas com seus internos. Dentro do mesmo projeto, que incentiva atitudes solidárias e voluntariado, os estudantes já realizaram outros eventos, como Lixo é Luxo e Futsal Solidário. Festival de Violeiros e MPB FOTO: SESI/GOIÁS Projeto Solidário Feira do Conhecimento O SESI Pernambuco realizou neste final de ano duas edições da Feira de Conhecimentos. A primeira, com o tema Qualidade de vida, um direito de todos, em Recife, mostrou 12 trabalhos dos 300 alunos do programa SESI Educação de Jovens e Adultos. Este programa também oferece à população oficinas de dança, apresentações de teatro e vacinação contra poliomielite, gripe e BCG. Na segunda edição, em Cabo de Santo Agostinho, dentro do tema Humanizar-se: o grande desafio da humanidade, foram expostos 30 trabalhos de 400 alunos. No evento, foram oferecidos à comunidade, gratuitamente, serviços de controle de pressão arterial, ministradas palestras sobre doenças sexualmente transmissíveis, Aids e qualidade de vida. Correspondência entre alunos Os alunos do Centro Educacional Professor Paulo Freire, da unidade do SESI em Pimenta Bueno (RO), estão mantendo intercâmbio com estudantes brasileiros residentes no Japão. A troca de correspondência é feita entre os alunos do SESI com os da rede do Colégio Pitágoras em sete cidades japonesas. A professora Joceli Correia Mota, responsável pela iniciativa, conta que todas as cartas enviadas são respondidas e que é grande a curiosidade das crianças sobre como é morar em outro país. Ao final do projeto haverá exposição das cartas e apresentação dos alunos. É intenção da professora estimular as crianças a manter a troca de correspondência, mesmo depois do término do programa. Foram inscritas no XXII Festival SESI de Violeiros e MPB, promovido pelo SESI Goiás, 234 músicas. As eliminatórias aconteceram nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Itumbiara e Goianésia, e a final na unidade de Vila Canaã, em Goiânia. Mais de 5 mil pessoas assistiram às apresentações. Contando com parceria do Banco do Brasil, a proposta é descobrir novos talentos e valorizar os artistas nacionais. Os três primeiros colocados de cada categoria receberam troféu, prêmio em dinheiro e direito a gravar uma faixa no CD que reunirá todos os vencedores do Festival. Os três primeiros classificados por categoria são: Composição sertaneja de raiz: 1º lugar: A Garupa, de Avaré e Jataí; 2º lugar: Boiadeiro Moderno, de Rodolfo e Rafael; 3º lugar: Sertanejo Nato “Cururu”, de Zé João. Composição sertaneja: 1º lugar: Só Posso Estar Sonhando, de João Ribeiro e Sol Poente; 2º lugar: Só Ficar, de Karlos e Robson; 3º lugar: Amor Especial, de Lucas e Thawan. 14 • sesi57 14 22/12/03, 14:50 Composição MPB: 1º lugar: Nem se Compara, de Lara e Anthony; 2º lugar: Face do Acaso, da Banda Terráqueos; 3º lugar: Futuro Próximo, de César Oliveira. Interpretação sertaneja: 1º lugar: Marcos e Helino, com Você não me ensinou a te esquecer; 2º lugar: Os Primos, com Porta do Mundo; 3º lugar: Lemuel Kesley, com Amor Perfeito. I Interpretação sertaneja de raiz: 1º lugar: Murilo e Marcelo, com Catimbau; 2º lugar: Avaré e Jataí, com Velho Candeeiro; 3º lugar: Sarah e Raquel, com Chitãozinho e Xororó. Interpretação MPB: 1º lugar: Lara e Anthony, com Bicho de Sete Cabeças; 2º lugar: Joari Queiroz, com Mia Gioconda; 3º lugar: Banda Ágata, com Amor Maior. Prêmio Trabalhador da Indústria para intérpretes: 1º lugar: Rodolfo e Rafael, empresa: Brasil Telecom; 2º lugar: Julina, empresa: Refrigerantes Imperial; 3º lugar: Reinildo e Reilô, empresa: Perdigão. Prêmio Revelação do Festival: Danilo e Regimar. Prêmio Melhor Torcida, durante o evento: Itumbiara. CULTURA Teatro e Dança em Araxá Encontro de artes cênicas reúne dois importantes eventos mineiros FOTOS: SESI/MINAS GERAIS O casal de bailarinos no “pas de deux” da Cia. de Dança SESIMinas ganhou a moldura natural de montanhas, lagos, matas e rios da Fazenda Horizonte Perdido, um dos palcos em que se apresentaram os espetáculos de dança e teatro do Encontro de Artes Cênicas de Araxá, realizado em outubro. O evento, iniciativa do SESI Araxá, atraiu cerca de 25 mil pessoas e reuniu pela primeira vez os dois principais acontecimentos artísticos da região mineira do Alto Paranaíba: a 13a Mostra Nacional de Teatro (Mostrará) e o 13o Festival de Dança de Araxá (FestiSESI). Até 2002, os eventos eram realizados cada um em um semestre do ano. Este ano, o Mostrará ocorreu de 21 a 24 de outubro, com apresentações no teatro do SESI e em outros teatros e fundações da cidade, além de ruas e praças. Dois dias depois, começou o FestSESI, que foi até o dia 29, com espetáculos apresentados no Centro de Exposições e Feiras de Minas Gerais (Expominas) e em locais abertos, como a Fazenda Horizonte Perdido, o Parque do Barreiro e o pátio do Grande Hotel, um dos principais pontos turísticos da cidade. Durante esses quatro dias, apresentaram-se companhias de diversas partes do País, como o Grupo de Bonecos Armatruz, de Belo Horizonte, com o espetáculo “Armatruz, a banda”, o Real Fantasia, do Rio de Janeiro, que mon- tou “Fantasmas, Monstros e Assombrações”; o grupo As Marias da Graça, também carioca, que levou “Tem Areia no Maiô”; a Cia Móvel de Teatro da Universidade de Belo Horizonte, com o espetáculo “Tramóias, Rancores e Amores de Marias Apaixonadas”; e a Cia. Mundim Tíatre, de Brasília, que encenou “Um certo Romeu e Julieta”. O Mostrará também teve participação de companhias locais, como o Battuxá, grupo infantil de bonecos, que fez um cortejo pelas ruas da cidade, e a Cia Ciranda de Arte, que encenou “E agora, José?”. O ingresso cobrado em dois espetáculos foi um quilo de alimento e, com essa iniciativa, foram arrecadados 500 quilos de comida para ser distribuídos a entidades beneficentes da região. APRESENTAÇÕES E OFICINAS, TUDO PELA ARTE Além das apresentações ao ar livre, como o “pas de deux” na Fazenda Horizonte Perdido, destacaram-se no FestSESI atrações como “Dom Quixote”, apresentada pelos bailarinos Cláudia Mota e Vítor Luiz, do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. O evento contou, ainda, com a participação da Cia. de Dança SESIMinas e Ballet Juvenil SESIMinas; da Cia. de Dança Volgávia, de Uberlândia; da Academia Terpsícore, de Brasília; das Escolas de Dança do SESI Araxá; e outras companhias mineiras. Paralelamente às coreografias de dança e às peças teatrais, foram ministradas oficinas que deram função didático-pedagógica ao encontro e nas quais centenas de alunos aprenderam técnicas e aprimoraram conceitos. As oficinas desenvolveram sessões de balé clássico, jazz, Na fazenda Horizonte Perdido, espetáculo de dança ao ar livre moderno contemporâneo e sapateado (dança); oficina de bonecos, arte-educação, maquiagem, conta contos, iniciação teatral e adereços e figurinos (teatro). Para a coreógrafa Cristina Helena, diretora da Cia. de Dança SESIMinas e curadora do FestSESI, eventos como esse são fundamentais para aproximar o público da arte. “Hoje podemos dizer que vai longe o tempo em que a dança, em especial a clássica, era elitista”, observou. • 15 sesi57 15 22/12/03, 14:50 Nossa contribuição para um País justo e produtivo Os números reunidos no Balanço Social da Indústria comprovam a eficiência dos programas de educação, saúde e lazer desenvolvidos pelo SESI em 1.447 municípios brasileiros. Revelam também a crescente preocupação do setor empresarial com a qualidade de vida dos trabalhadores e com a construção de um País mais justo e produtivo. Reconhecido pela excelência de seus serviços, o SESI dispõe de profissionais qualificados, usa metodologias inovadoras e recursos tecnológicos de última geração para gerir as políticas sociais do setor industrial. Os resultados desses investimentos se revelam na melhoria da vida de milhões de brasileiros. Só no ano passado, mais de 870 mil jovens e adultos ingressaram nos cursos de ensino fundamental e médio oferecidos pelo programa SESI Educação do Trabalhador. Presente em 26 Estados e no Distrito Federal por meio de parcerias com empresas, instituições comunitárias e governos estaduais e municipais, o programa representa para muitos estudantes a porta de entrada em escolas técnicas, universidades e no serviço público. Além de contribuir para melhorar a escolaridade, o SESI dá atenção à saúde do trabalhador. Os programas nessa área incluem atividades de educação e prevenção de doenças, do uso de drogas e álcool e de acidentes de trabalho. Em convênio com entidades nacionais e internacionais, com governos e outras instituições, o SESI prestou atendimento médico e odontológico a quase 4 milhões de pessoas e realizou mais de 1,9 milhão de ações educativas e preventivas para garantir um ambiente de trabalho mais saudável e seguro. O lazer, que envolve atividades esportivas, culturais e artísticas, é outra ferramenta fundamental para a qualidade de vida do trabalhador. Por isso, também integra os programas do SESI. Anualmente, mais de 1,5 milhão de pessoas assistem aos espetáculos e participam de mostras de artes, competições e programas de aprimoramento desenvolvidos pela entidade. O grande número de pessoas beneficiadas pelos diversos programas é um testemunho da eficiência do SESI como gestor das políticas sociais da indústria brasileira. O resultado de suas ações revela como a boa administração de recursos, de conhecimentos e de capital humano pode contribuir para a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores, das suas famílias e da sociedade. Armando Monteiro Neto Presidente da CNI e Diretor Nacional do SESI ESPAÇO INTEGRADO SENAI “O SENAI mudou minha vida” Em Angola, Lula destaca a importância de o jovem ter uma profissão Em visita a Luanda, capital de Angola, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o Centro de Formação Profissional de Cazenga, projeto financiado pela ONU e pelos governos brasileiro e angolano que tem o apoio técnico do SENAI. Na entrada, Lula foi surpreendido com uma foto sua, aos 15 anos, aprendendo a profissão de torneio mecânico, no SENAI de São Paulo. “O SENAI foi ‘a porta’ para tudo o que aconteceu comigo”, afirmou o presidente. “A partir do curso de torneiro, a minha vida mudou. Essa é a verdade.” Em seu discurso, Lula afirmou que “o menino ou a menina que tiver acesso a uma escola como esta terá mais chances para escolher um trabalho e melhorar o seu salário”, aconselhou. O SENAI-SP é o responsável pela formação dos técnicos que atuam no Centro de Cazenga, que certifica mais de mil trabalhadores por ano. Cazenga é um dos bairros mais pobres e populosos de Luanda. Como no Brasil, jovens com idade entre 14 e 18 anos recebem treina- 16 EDUCAÇÃO ESPECIAL O SENAI Nacional recebeu, em Brasília, uma delegação de Angola, formada por representantes de instituições públicas e não-governamentais ligadas à área de educação especial. Os angolanos vieram conhecer o projeto de inclusão de pessoas com necessidades especiais nos cursos do SENAI e no mercado de trabalho, que tem como slogan Gente Especial Fazendo um SENAI Especial. Informações: com Loni Manica (61) 317-9706. Lula e Dona Marisa observam fotos do presidente quando estudante do SENAI-SP 16 • sesi57 mento para as áreas de maior demanda no mercado. Em Angola, que passou por uma longa guerra civil, os cursos oferecidos atendem a áreas básicas, como construção civil, costura industrial, mecânica, informática, eletricidade, artesanato e panificação. O projeto do Centro de Cazenga servirá como referência em formação profissional para a criação de unidades em Cabo Verde e Guiné Bissau, de acordo com o programa brasileiro de ajuda a países de língua portuguesa. FOTO: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL PALAVRA DO PRESIDENTE 22/12/03, 14:50
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