Edição 57 Dezembro 2003

Transcrição

Edição 57 Dezembro 2003
DEZEMBRO 2003 • ANO VI • Nº 57 JORNAL DO SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - Departamento Nacional
Investindo no
trabalho em equipe
Prêmio SESI de
Qualidade no Trabalho
Páginas 7 a 11
visite nosso site: www.sesi.org.br
SESI Bahia:
excelência
em gestão
3a5
sesi57
1
“Sexo sem
Encontro do
grilo só com
teatro e da
camisinha” dança em Araxá
6
22/12/03, 14:48
15
COLUNA DO SUPER
Compromisso com
o social, sempre
Quando a expressão
“responsabilidade social” ainda não fazia
parte do vocabulário
brasileiro, o SESI já se
preocupava em garantir aos industriários o
direito a serviços básicos nessa área.
Em 1946, quando o
então presidente do Brasil, Eurico Gaspar Dutra,
atribuiu à CNI a criação
do SESI - Serviço Social
da Indústria, o País passava por um momento
político muito delicado.
Havia um descontentamento popular contra a
classe patronal e uma
grave crise no abastecimento de gêneros de primeira necessidade afetava os grandes centros.
Embora o programa
estabelecido para o
SESI abrangesse alimentação, habitação,
higiene, saúde e educação moral e cívica, a
prioridade foi dada
para as questões mais
urgentes: abastecimento e educação social. Em menos de um
ano, já contava com
mais de 40 postos de
abastecimento em São
Paulo, e conseguia
atender 35 mil famílias operárias.
Hoje, o SESI já não é
mais o mesmo. Ele cresceu e se multiplicou
para estar presente em
todos os Estados do Brasil, fiel à sua missão:
contribuir para o forta-
lecimento da indústria e
para a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, oferecendo serviços de educação, saúde, lazer e cidadania.
Ao fecharmos mais
um ano com o sentimento de missão cumprida - principalmente
por termos alcançado a
meta de alfabetizar
300 mil jovens e adultos em apenas 6 meses,
dentro do programa
SESI Por Um Brasil Alfabetizado, em parceria com o MEC, não
poderíamos deixar de
registrar a imensa satisfação em termos firmado, ao longo dos
anos, alianças com instituições reconhecida-
mente comprometidas
com as carências sociais
e que contribuem para
que o SESI continue
com seu firme propósito de amenizar essa
realidade.
E esse comprometimento com o social
nunca deixará de existir enquanto houver indústria, enquanto houver trabalhador, enquanto existir a vontade da sociedade, de milhões de brasileiros
que reconhecem no
SESI a marca da responsabilidade social.
Rui Lima do Nascimento
Diretor-Superintendente do SESI Nacional
Publicação do SESI – Serviço Social da Indústria - Departamento Nacional
SBN Quadra 1 - Bloco C - 14º andar
Ed. Roberto Simonsen - Brasília/DF
Fone: (61) 317-9074/9039
Fax: (61) 317-9261
www.sesi.org.br
Unidade Integrada de Comunicação
Social do Sistema CNI - Gerência de
Conteúdo SESI/SENAI/IEL
Gerente: Victoria Poltronieri
Edição: Victoria Poltronieri e
Edson Chaves Filho
Fotos: Miguel Ângelo e
Departamentos Regionais
Projeto e Produção: textodesign
[email protected]
Revisão: textofiel
Tiragem mensal: 16.000 exemplares
SESI, a marca da responsabilidade social
2 •
sesi57
2
22/12/03, 14:48
REGIONAIS
Colecionador de prêmios
Com novo programa de gestão, o trabalho do SESI Bahia
recebe reconhecimento de clientes e instituições
O SESI Bahia está comemorando sua inclusão entre as empresas com excelência em gestão, finalistas da premiação concedida pela Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade
(FPNQ). O Departamento Regional baiano foi o único representante do Estado e o primeiro do
sistema CNI a receber a distinção. Este é mais um de uma série de prêmios conquistados nos
últimos anos pelo trabalho desenvolvido na Bahia.
A Fundação é uma entidade
sem fins lucrativos, criada por
organizações privadas e públicas para administrar o Prêmio
Nacional de Qualidade. As empresas e entidades são selecionadas pela excelência que alcançam na gestão empresarial, que
é do mesmo nível observado em
países desenvolvidos.
O prêmio da FPNQ reconhece o
trabalho de gestão iniciado em
1996 pelo SESI Bahia e que foi
aplicado nas 13 unidades de negócios e envolve todos os aspectos da organização. “Descrevemos,
padronizamos e fizemos o gerenciamento dos processos e, em seguida, estabelecemos indicadores
para fazer medições”, explica o
superintendente do SESI-BA, Carlos Alberto Matos Vieira Lima.
No gerenciamento de pessoas,
o programa enfatizou o desenvolvimento profissional e a valorização do empregado. “No final
focamos os clientes, indústrias e
trabalhadores, e colocamos todas
as ações em benefício deles”,
acrescenta. O resultado foi maior eficiência no gerenciamento
das atividades e a satisfação dos
clientes, comprovada nas pesquisas que indicam o grau de apro-
vação do trabalho desenvolvido
pelo SESI no Estado. No último
levantamento semestral realizado pela instituição para saber
qual era a impressão de trabalhadores e empresários em relação às ações do SESI, o índice de
satisfação chegou a 85%.
TODO EMPENHO PARA
MELHORAR A GESTÃO
“As certificações são um reconhecimento do nosso trabalho
pelos clientes, pela sociedade
civil e entidades certificadoras,
mas o nosso empenho não tem
como objetivo ganhar prêmios,
mas sempre melhorar a gestão”,
ressalva Vieira Lima.
Todo empenho e trabalho que
vem sendo desenvolvido há anos
explica a série de premiação do
Regional. Em 2001, a Caixa Econômica Federal incluiu o progra-
ma SESI Educação do Trabalhador entre as dez melhores práticas de gestão local, que premiou
empresas com as melhores soluções para problemas de moradia,
saneamento, meio ambiente, entre outros itens. No ano passado, foi a vez de a Organização
das Nações Unidas (ONU) premiar o SESI baiano, incluindo-o
entre as cem Melhores Práticas
Internacionais.
Ainda em 2002, obteve a ISO
9001:2000, atribuída pelo Bureau
Veritas Quality International
(BVQI), instituição internacional
habilitada para a certificação. Foram certificados pela BVQI todos
os processos produtivos do programa SESI Saúde Bucal e dos programas SESI Educação do Trabalhador,
Saúde e Segurança no Trabalho e
SESI Ginástica na Empresa, da unidade de Feira de Santana.
FOTOS: SESI/BAHIA
Programa SESI Educação do Trabalhador, qualidade reconhecida com certificação
• 3
sesi57
3
22/12/03, 14:48
REGIONAIS
3.400 alunos. Para completar o
trabalho na área educacional, o
Regional se engajou no programa SESI por um Brasil Alfabetizado e já trabalha na alfabetização de 3.571 pessoas.
Números dos programas de educação
mostram abrangência de atendimentos
A maior novidade, porém, é a
concessão da certificação para o
Teatro do SESI, que, segundo técnicos da Bahia, deve ser o único
teatro do País a obter o título.
Os números de atendimentos
nos programas das áreas de educação, saúde e lazer e a ampliação das atividades baianas também comprovam sua eficiência.
O programa SESI Educação do Trabalhador registrou, no ano passado, 9.108 matrículas. Em 2003,
foram efetuadas 8.887 inscrições
até o mês de setembro. Além dos
cursos regulares, como ensino
fundamental, médio e pré-escola, o SESI oferece ensino para
crianças com necessidades especiais. No total são 4.338 crianças atendidas nos projetos dessa
área. Na educação básica, até
setembro, estavam inscritos
SAÚDE E BEM-ESTAR
PARA O TRABALHADOR
Nas ações de saúde e segurança do trabalho, os especialistas vão além do ajuste das
empresas às legislações ambientais e de saúde ocupacional. O
principal objetivo dos técnicos
do SESI é permitir a criação de
condições para reduzir os índices de doenças e acidentes do
trabalho. Para tanto, investe na
melhora do ambiente profissional e na qualidade de vida dos
colaboradores. Ao longo de
todo o ano passado, foram
atendidas 173 empresas e este
ano, até outubro, número semelhante havia sido detectado
pelos especialistas do SESI.
Para garantir a saúde e o bemestar dos trabalhadores em todos os aspectos, o SESI inclui
serviços odontológicos nesse
programa. O balanço dessas atividades registrou quase 179 mil
procedimentos somente até outubro de 2003.
Ainda na seqüência das ações
na área de saúde e na busca de
Programa SESI Saúde Bucal, em dez meses
deste ano, 179 mil atendimentos
4 •
sesi57
4
iniciativas para levar descontração e lazer ao ambiente de trabalho, o Regional dá ênfase ao
programa SESI Ginástica na Empresa, além de desenvolver o
projeto Arte na Empresa. Quase
700 indústrias já foram beneficiadas por essas duas iniciativas.
O Ginástica na Empresa prevê
alguns minutos do dia para exercícios laborais que geram mais
saúde, qualidade de vida, melhoria nas relações interpessoais e
mais produtividade.
O projeto Arte na Empresa leva
teatro às fábricas e é desenvolvido por uma equipe do Teatro do
SESI. As atividades de encenação
e dramatização induzem à reflexão sobre diversos temas de interesse dos trabalhadores, em especial, saúde e bom relacionamento
no ambiente profissional.
Uma das prioridades do SESI
Bahia, agora, é manter a parceria iniciada este ano e que possibilita ao seu aluno do curso regular freqüentar, simultaneamente, cursos profissionalizantes do SENAI. O primeiro grupo
formado por alunos das duas entidades concluiu o curso este
ano. A maioria já sai com emprego garantido, assegura o superintendente. “Estamos dando
nossa contribuição para o primeiro emprego”, conclui.
22/12/03, 14:48
ENTREVISTA
Todas as ações devem ter caráter educativo
“Quando elevamos o nível de escolaridade do trabalhador,
estamos contribuindo para que ele se acidente menos, seja mais
consciente, produtivo e cidadão”
Jorge Lins Freire, diretor regional do SESI Bahia
FOTO: SESI/BAHIA
SESI Nacional - Qual o papel do
SESI Bahia como organização comprometida com a responsabilidade
social do empresário?
Jorge Lins Freire - O SESI Bahia
tem como missão desenvolver ações
destinadas a melhorar a qualidade de
vida do trabalhador da indústria, contribuindo para o fortalecimento do setor industrial e para o exercício da responsabilidade social.
SN - Que princípios orientam o
SESI Bahia?
Freire - Ética, responsabilidade social, valorização do homem, satisfação
do cliente, satisfação e motivação de
seus colaboradores.
SN - Quais os programas prioritários e suas linhas gerais?
Freire - Entre os programas prioritários, destacamos o de
Educação do Trabalhador, Saúde e Segurança no Trabalho para
Indústria, Saúde Bucal e o de Lazer na Empresa. O lócus principal da nossa atuação é a empresa industrial e o que preside
nossas ações é o caráter educativo. Também estamos migrando da atuação por empresa para a atuação por setor industrial, fortalecendo a cadeia produtiva.
SN - Que transformações foram feitas pelo Regional para adaptar sua atuação ao mundo automatizado
e globalizado?
Freire - O grande esforço do DR Bahia foi se
profissionalizar, a partir de um diagnóstico em que detectamos a necessidade de focar nossa atuação no cliente indústria. Então, evoluímos de um trabalho geral, de certa forma
assistencialista, para um trabalho profissional, destinado a
atender às indústrias e seus trabalhadores. Um exemplo é o
Projeto Integração do Ensino Médio com Cursos Técnicos,
pelo qual o aluno cursa o ensino fundamental do SESI e
completa sua formação no SENAI, onde realiza curso
profissionalizante, adequado à demanda da indústria, rumo
ao primeiro emprego. Este é um exemplo da nossa transformação. Para isso, redesenhamos os produtos, já que o cliente era outro, e investimos em pessoal para atender às novas
exigências. Dotamos o SESI de infra-estrutura adequada,
informatizamos todos os processos, investimos na gestão,
interligamos nossas unidades em rede e
implantamos um programa de gestão pela
qualidade, inclusive com processo de
certificação.
SN - Qual é o nível de demanda e
aprovação dos serviços do Regional
por parte do empresariado baiano?
Freire - O programa de Educação do
Trabalhador tem um índice de aprovação de 90%, assim como o de Saúde
Bucal. Em linhas gerais, a aprovação,
tanto por parte do trabalhador quanto
por parte do empresário, é acima de 8,5,
numa avaliação de 0 a 10. Portanto,
temos um excepcional nível de aprovação por aqueles que utilizam nossos
serviços. Ainda precisamos trabalhar fortemente para aumentar o nível de cobertura das empresas no Estado, que
hoje é de 30% das empresas industriais.
SN - Como o senhor projeta o SESI do futuro?
Freire - O SESI no futuro terá de investir nas ações
prioritárias. Ele tem de substituir a linha patrimonialista,
que adotou ao longo de mais de 50 anos de existência,
pelo investimento em ações voltadas para a responsabilidade social. O SESI tem de capacitar e qualificar suas equipes de forma integrada, trabalhando por projeto nos setores e nas empresas industriais.
SN - Que contribuições o SESI pode oferecer na
interação ou parceria com órgãos governamentais
para enfrentar problemas nas áreas de competência
da entidade?
Freire - A maior contribuição que uma organização
como o SESI pode oferecer é atuar eficientemente no seu
universo, pois seus recursos são limitados. É estabelecer
e formular programas estruturantes para o setor industrial.
Contribuindo com este setor, o SESI beneficia a comunidade como um todo. Quando elevamos o nível de escolaridade do trabalhador, estamos contribuindo para que ele se
acidente menos, seja mais consciente, produtivo e cidadão. Quando necessário, atuamos com desenvoltura em
parceria com órgãos governamentais, como ocorre no programa Brasil Alfabetizado, que na Bahia tem como meta
alfabetizar 240 mil jovens e adultos em quatro anos.
• 5
sesi57
5
22/12/03, 14:48
SAÚDE
Combate à Aids
nas empresas
Campanhas incentivam
a prevenção da doença
“Sexo sem grilo só com camisinha” foi o slogan adotado
pelo SESI no Dia Mundial de Luta
Contra a Aids, 1o de dezembro,
quando foram distribuídos
folders para incentivar a prevenção da doença e manuais para
orientar as empresas na adoção
de projetos de combate à Aids
no local de trabalho.
A abertura da campanha deste ano marcou também a escolha
do dia 8 de outubro como Dia
Nacional da Prevenção HIV/Aids
no Ambiente de Trabalho. A data
será oficializada a partir de 2004.
A iniciativa é do Conselho Empresarial de Prevenção ao HIV/Aids,
do qual o SESI é integrante.
Engajado há 15 anos em
ações de prevenção à doença, a
maioria delas em parceria com o
Ministério da Saúde, o SESI realiza campanha específica para o
Dia Mundial de Luta Contra a
Aids desde 1996, quando a
Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu a data.
Este ano, lançou um manual para orientar as empresas na adoção de projetos e
programas de prevenção.
Além disso, elaborou folders
para distribuir nos aeroportos de Congonhas, em São
Paulo, Santos Dumont, no Rio
de Janeiro, e nas indústrias.
“Imprimimos 120 mil folders
para distribuir em todo o País
e providenciamos 125 mil
preservativos para entregar
aos colaboradores do SESI”,
informa a médica Ione Maria
Fonseca Melo, gerente de
Saúde Preventiva do
SESI Nacional.
A campanha, que
tem um grilo como
mascote, ganhou visibilidade nacional com
o informe publicitário
encartado na edição da
primeira quinzena de dezembro da
revista Exame. O tema deste ano
foi Estigma e Discriminação e a
peça dá destaque à mensagem:
“Qualquer um pode ser discriminado. Respeito você conquista
quando não discrimina”.
PRECONCEITO É
TEMA HÁ DOIS ANOS
Não foi por acaso que o mesmo tema usado ano passado voltou nesta campanha. Segundo especialistas, a angústia e o medo
chegam às pessoas soropositivas
para HIV quase sempre acompanhados pelo preconceito. A con-
Ione Melo, combate
ao preconceito deve
ser contínuo
6 •
sesi57
6
22/12/03, 14:48
seqüência é o afastamento de
familiares, amigos e colegas de
trabalho e, muitas vezes, até a
perda do emprego.
“Temos de insistir no combate ao preconceito porque não
adianta haver acesso a medicamentos se enfrentamos barreiras
para tratar e prevenir a doença”,
explica Ione Melo. Segundo ela,
ainda há muita desinformação e
comportamento preconceituoso
nos locais de trabalho. “Os
soropositivos continuam sendo
chamados de aidéticos e enfrentam o afastamento e o medo dos
colegas”, acrescenta.
Números sobre a Aids
confirmam a importância de
ações para combatê-la. No
mundo, cerca de 40 milhões
de pessoas vivem com o HIV,
segundo dados da OMS. No
Brasil, há 600 mil portadores. De acordo com a Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo
(USP), a Aids é a segunda
causa de morte entre mulheres no Brasil (excluindo-se os
tipos de câncer). Ainda assim, pesquisa realizada pela
ONU, há cerca de dois meses, mostra que 61% dos brasileiros não acreditam que a
Aids possa matar.
QUALIDADE NO TRABALHO
Prêmio para a
responsabilidade social
SESI distingue empresas que investem
nas boas relações entre empregados e empregadores
As indústrias brasileiras estão
empenhadas em divulgar balanços sociais, ampliar as ações nas
áreas social, cultural e esportiva
e estimular seus colaboradores a
integrar projetos sociais, entre
outras iniciativas, para melhorar
a qualidade do ambiente de trabalho e ampliar os benefícios para
seus quadros funcionais. Esta disposição é constatada na maioria
das 723 empresas participantes
do Prêmio SESI Qualidade do Trabalho 2003 que, em sua oitava
edição, premiou empresas de
micro, pequeno, médio e grande
porte que se destacaram por iniciativas como essa.
A festa da premiação, dia 25
de novembro, em Brasília, contou com a presença do ministro
do Trabalho e Emprego, Jacques
Wagner; do presidente da Confederação Nacional da Indústria,
deputado federal Armando Monteiro Neto; do presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, e do diretor-superintendente do SESI Nacional, Rui
Lima do Nascimento.
ORGULHO DOS EMPRESÁRIOS
E TRABALHADORES
DO BRASIL
Na abertura da solenidade,
Armando Monteiro Neto disse
que o PSQT estimula ações voltadas para promover o equilíbrio
das relações do trabalho, melhoria das condições ambientais da
produção e valorização dos recursos humanos. “Os trabalhadores e empresários aqui presentes superaram o difícil desafio
de melhorar a qualidade do ambiente de trabalho. Descobriram
que é possível ultrapassar os limites de um simples acordo coletivo de trabalho e valorizaram
as relações interpessoais e a
satisfação do cliente”, falou.
No encerramento da cerimônia, o ministro Jacques Wagner
falou de seu orgulho em relação
aos empresários e trabalhadores
brasileiros. Contou que em recente viagem à Noruega, visitou uma
empresa brasileira, a Vale do Rio
Doce, que adquiriu e reabriu uma
antiga siderúrgica fechada por incompatibilidade com o meio am-
Monteiro (à direita):
o PSQT estimula ações que
criam equilíbrio nas relações
do trabalho; Jacques Wagner
(à esquerda): história de
sucesso da tecnologia
brasileira no exterior
• 7
sesi57
7
22/12/03, 14:49
QUALIDADE NO TRABALHO
A CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS
EM QUATRO CATEGORIAS
MICROEMPRESA
1º lugar:
Pion G Plus Medical Ltda. (RJ)
2º lugar:
Dow Brasil S.A (SP)
PEQUENA EMPRESA
1º lugar:
TW Espumas Ltda. (SP)
2º lugar:
Bras-Onda Papelão Ondulado Ltda. (PR)
MÉDIA EMPRESA
1º lugar:
P.B. Zanzini & Cia Ltda. (SP)
2º lugar:
Herbarium Laboratório Ltda. (PR)
GRANDE EMPRESA
1º lugar:
Braspelco Ind. e Com. Ltda. (RS)
2º lugar:
Tecumseh do Brasil Ltda. (SP)
biente. As exigências foram atendidas com tecnologia brasileira.
“Lá, engenheiros brasileiros dirigem trabalhadores noruegueses.
No norte da França, a mesma empresa colocou uma siderúrgica nas
condições de produção exigidas
pela legislação ambiental do
país”, disse.
Na versão 2003 do PSQT as
vencedoras receberam troféu e
prêmio em dinheiro (R$ 15 mil
para as primeiras colocadas e R$
10 mil para as segundas). Os valores serão destinados exclusivamente para aplicação em benefícios sociais para o trabalhador, podendo ser utilizados na
compra de equipamentos e de
instalações para lazer, educação
ou saúde. As empresas receberam, também, a Medalha da Ordem do Mérito do Trabalho, concedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O cumprimento da responsabilidade social foi o principal
enfoque da análise do júri do Prêmio, que verificou a atuação das
Braspelco: creche para os filhos, bolsa de estudos para os pais e mutirão para construir
casas; diversidade de iniciativas proporciona grande evolução em poucos meses
8 •
sesi57
8
22/12/03, 14:49
Calsing: o Prêmio é o
reconhecimento público
de política e prática de
gestão assertiva
organizações em quatro áreas:
gestão, saúde, segurança e meio
ambiente, educação e desenvolvimento, lazer e cultura.
Criado pelo SESI em 1996 e
dividido em duas fases, a estadual e a nacional, o Prêmio
teve como tema este ano Investindo no Trabalho em Equipe. Na primeira etapa, usando
o critério de pontuação, foram
selecionadas oito empresas por
Estado, duas em cada categoria. Na fase nacional, utilizando o mesmo critério, foram premiadas oito, também duas por
categoria. As participantes
apresentaram relatório de atividades e do trabalho realizado. Todos os empregados, por
meio de um formulário, avaliaram as empresas e lhes atribuíram notas. Após a entrega dos
documentos, técnicos do SESI
realizaram visita para uma avaliação final. O desempenho de
cada uma delas e os documentos foram submetidos às comissões julgadoras.
No âmbito nacional, a comissão foi integrada por representantes dos ministérios do Trabalho e Emprego; do Desenvolvi-
mento, Indústria e Comércio Exterior; da Saúde; da Educação;
Esporte e Turismo; da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria; da Organização Internacional do Trabalho
(OIT); dos programas de qualidade e produtividade, da Organização Pan-Americana de Saúde, entre outros.
O número de inscrições,
este ano, chegou a 723 empresas, abrangendo 280,2 mil trabalhadores. Até a etapa nacional, chegaram 92 finalistas,
que empregam 43,3 mil trabalhadores. “Na pesquisa de avaliação feita com as participantes, 95,5% afirmaram que vêm
no Prêmio um meio de valorização dos recursos humanos
como fator de produtividade e
competitividade, uma vez que
mede o nível de satisfação dos
colaboradores”, informou o coordenador da Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento do SESI Nacional, Elizeu
Francisco Calsing.
Para as empresas, segundo
Calsing, o Prêmio é o reconhecimento público de suas políticas
e práticas de gestão para melhora do ambiente no trabalho. “Percebemos um número maior de
investimentos em ações sociais
por meio de apoio a instituições
filantrópicas e projetos comunitários, em especial no entorno
das fábricas”, ressaltou.
Outra observação do coordenador é que um número cada vez
maior de organizações tem procurado divulgar balanços que
resumem todas as práticas internas e externas de responsabilidade social. Ele constatou a
ampliação significativa de ações
nas áreas de lazer, cultura e esportes. “A prática de ginástica
laboral durante a jornada de trabalho ocorre em praticamente
todas elas”, diz. Calsing também notou mudança no comportamento dos trabalhadores, que
se mostram mais exigentes em
P. B. Zanzini: convênio médico, ginástica na empresa e preparação
para o voluntariado; ações diferentes voltadas para o mesmo objetivo
relação ao investimento das
empresas para elevar a escolaridade e a capacitação profissional da equipe.
GRANDE PORTE: EVOLUÇÃO
EM POUCO TEMPO
As constatações revelam
uma evolução rápida nos últimos meses, e as empresas premiadas tiveram destaque nesses avanços. A Braspelco Indústria e Comércio, fabricante
de calçados de Nova Esperança do Sul (RS), vencedora na
categoria de grande porte, recebeu nota 10 de todos os 833
empregados. O diretor da fábrica, Carlos Alberto Sudatti,
atribui essa aprovação maciça
dos colaboradores à política de
incentivo oferecida pela empresa em todas as áreas da
saúde, educação e até nas
questões particulares dos emp re g a do s. “ Te mo s d i á l o go
constante com os trabalhado-
res, que nos trazem até seus
problemas pessoais”, afirma.
Na área da educação, a empresa oferece aos empregados
desde creches para os filhos até
o pagamento de 70% dos cursos universitários para quem
tem mais de um ano de casa.
“A bolsa inclui cursos não vinculados à empresa, como biologia, matemática ou pedagogia porque, se o funcionário não
continuar trabalhando na
Braspelco, vai trabalhar para a
comunidade”, afirma Sudatti.
Outra preocupação é com a
moradia dos empregados e para
atender essa necessidade foi organizado um mutirão para construção de casas.
Em parceria com a administração municipal, a Braspelco
mantém ainda um programa de
preservação ambiental. A Empresa conquistou também a SA
8000, certificação internacional
de responsabilidade social ob• 9
sesi57
9
22/12/03, 14:49
QUALIDADE NO TRABALHO
tida recentemente. “Fomos a
primeira do mundo no setor de
couro a obter essa certificação”,
comemora Sudatti.
A segunda colocada entre
as participantes de grande porte, a Tecumseh do Brasil, de
São Carlos (SP), fabricante de
compressores, desenvolve ampla política de recursos humanos para atender seus 6.624
funcionários, familiares e comunidade. A empresa mantém
uma clínica de assistência médica onde oferece atendimento em quase todas as especialidades. O Clube Tecumseh
realiza as maiores festas da cidade. Na confraternização de
fim de ano chega a reunir 18
mil pessoas. Essa indústria destina parcela do desconto do
Imposto de Renda para entidades de assistência a crianças e
adolescentes carentes, além de
promover campanha do agasalho e realizar festas em asilos,
entre outras iniciativas voltadas para a comunidade.
MÉDIO PORTE: APRIMORANDO
AS ESTRATÉGIAS
Bicampeã na categoria de
médio porte, a P.B. Zanzini, fabricante de móveis de madeira
aglomerada, de Dois Córregos
(SP), com 221 empregados, procurou aperfeiçoar a política de
recursos humanos que a levou à
premiação em 2002 e apresentou,
como novidade este ano, a implantação de um convênio médico. A empresa mantém um departamento de segurança e medicina no trabalho com ações preventivas e educativas para evitar doenças e acidentes de trabalho, e
prioriza a ginástica laboral como
instrumento de prevenção de doenças ocupacionais. Para o coordenador de qualidade, Paulo Grael, a melhora no ambiente de trabalho tem o empenho e comprometimento dos diretores da indústria. “Temos grupos de melhoras
por meio dos quais os empregados podem levar diretamente à
direção suas propostas”, afirma.
A empresa estimula também o
MICROEMPRESA: MUITO
EMPENHO PARA CHEGAR LÁ
A Pion G Plus Medical, produtora de roupas profissionais
descartáveis, do Rio de Janeiro,
primeira colocada entre as microempresas, priorizou a educação
para promover a qualidade no ambiente de trabalho. A primeira
iniciativa foi estimular os empregados a voltar às aulas. Deu certo: 85% retomaram os estudos.
“Não daria para desenvolver trabalho de capacitação se eles não
tivessem a escolaridade mínima”,
Pion G Plus Medical: prioridade para educação
estimulou 85% dos empregados a voltar para a escola
10 •
sesi57
10
engajamento do quadro funcional em ações sociais da comunidade patrocinando o Programa de
Voluntários da Zanzini, que prepara os empregados para atividades voluntárias.
A segunda colocada no grupo de empresas médias, a
Herbarium Laboratório, de
Colombo (PR), com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida dentro e fora do ambiente de trabalho dos seus 157 empregados,
oferece atividades como coral,
grupo de teatro e práticas esportivas em geral. A Herbarium desenvolve um programa de qualidade de vida que prevê benefícios, política de saúde e segurança, além da possibilidade de
desenvolvimento intelectual e
profissional dos funcionários, já
que eles têm acesso às exigências
e salário de cada cargo, podendo
assim planejar a própria carreira
dentro da organização.
A empresa mantém a Fundação Herbarium de Saúde e Pesquisa e, numa parceria com a prefeitura de Colombo, duas vezes por
semana atende gratuitamente,
para tratamento fitoterápico, a
população encaminhada por médicos da Secretaria de Saúde. “São
pacientes cujas doenças têm tratamento eficaz comprovado com
a fitoterapia”, explica Joanita
Plombon, supervisora de RH do
laboratório, que pela segunda vez
participa do PSQT.
22/12/03, 14:49
diz a empresária Solange Maria
Fagundes de Souza Carvalho. A
alimentação, observou, seria fundamental para garantir um bom
desempenho dos trabalhadores.
Além de estimular a comida saudável, a empresária providenciou
uma horta nas dependências da
sua indústria. Para incentivar a
leitura, criou uma biblioteca. Além
disso, premia os funcionários com
os melhores desempenhos, alguns
dos quais chegam a ganhar até
um 16o salário. Na época da inscrição para o PSQT, a Pion G Plus
Medical tinha 17 empregados,
agora, alguns meses depois, conta com 32. “No próximo ano, vamos disputar na categoria de pequenas”, antecipa Solange.
Embora ostente a marca de
uma grande multinacional, a
micro Dow Brasil só tem 15 empregados na filial de Pindamonhangaba (SP). Além de um
amplo plano de saúde, a segunda colocada na categoria oferece outros benefícios, entre
eles o auxílio maternidade para
mães com filhos de até 18 meses, e desenvolve trabalho preventivo e educativo na área de
saúde e segurança do trabalho,
o que contribui para que não
se registre até agora nenhum
caso de acidente de trabalho
com afastamento. “Estamos orgulhosos de ver que o relatório
da empresa foi confirmado por
todos os membros da comissão
do PSQT”, diz a assistente administrativa, Edi de Toledo, responsável pela área.
PEQUENA EMPRESA: DIÁLOGO
E ATENÇÃO ÀS REIVINDICAÇÕES
Estreitar o relacionamento
entre empregador e empregados
e ampliar a comunicação é a estratégia que norteia as ações da
TW Espumas, de Caçapava (SP),
vencedora na categoria pequenas empresas. Para aproximar-se
dos funcionários, a fabricante de
caixas e acessórios de papelão
ondulado criou o Café com o Ge-
TW Espumas: “Café com o Gerente” e “Papo Aberto”, dois eventos periódicos
para aproximar os trabalhadores da direção da empresa
rente, uma reunião realizada a
cada 15 ou 20 dias com o gerente de RH e um grupo de 5
dos 60 colaboradores. Os assuntos são os mais variados e todos de interesse dos trabalhadores. Ainda nessa linha de
aproximação, a TW criou o Papo
Aberto, encontro de um diretor
com pelo menos 20 funcionários. Ao longo do ano, todos os
empregados têm a oportunidade de expor idéias e sugestões
e ouvir os planos da direção. A
empresa prioriza a educação e
banca parte de cursos não só
universitários como também de
pós-graduação. “A premiação no
PSQT é um reconhecimento à
nossa estratégia de transparência e comunicação”, diz o gerente Dalton Corrêa dos Reis.
Mais iluminação nas máquinas e equipamentos, substituição dos pesados uniformes de
brim pelas camisetas no verão e
até a instalação de uma mesa
de pebolim são providências simples, mas que agradaram muito
aos colaboradores da Bras-Onda
Papelão Ondulado, empresa
paranaense de Curitiba, segunda colocada na categoria pequeno porte. As reivindicações foram feitas em reuniões semanais
realizadas com os 60 funcionários e, entre eles, quem tem o
melhor desempenho durante o
ano ganha de presente uma viagem com direito a três acompanhantes. Esta indústria procura o bem-estar dentro e fora da
fábrica. Uma de suas iniciativas
é a colaboração com o Projeto
Piá, que atende 160 crianças carentes. No decorrer do ano, as
crianças elegem uma prioridade
e a empresa atende à solicitação. Foi assim que elas ganharam computador e a montagem
de um toldo para que pudessem
brincar fora também em dias de
chuva. Este ano elas pediram
brinquedos – e vão ganhar.
• 11
sesi57
11
22/12/03, 14:50
CIRCUITO
A Rede de Farmácias SESI inaugurou sua
segunda unidade em Balneário Camboriú (SC).
Com 80 lojas, em 40 municípios, a Rede de
Farmácias SESI é a maior de Santa Catarina.
Suas unidades empregam 720 profissionais,
dos quais 128 são farmacêuticos. Todo o resultado líquido das farmácias é revertido para
os projetos sociais nas áreas de Saúde, Educação, Lazer e Consultoria Social. Além de linhas completas de cosméticos e medicamentos tradicionais, a Rede tem a maior variedade de genéricos do Estado.
Programa de
Conservação Auditiva
FOTO: SESI/SANTA CATARINA
Nova Farmácia
Projeto do SESI
no exterior
O Curtume Branáa, de Montevidéu, capital do
Uruguai, mandou 13 empregados para treinamento
em Porto Alegre. A empresa, que emprega 550 pessoas, aderiu ao projeto de Prevenção ao Uso de Drogas no Trabalho e na Família, desenvolvido pelo SESI
Rio Grande do Sul em parceria com o Escritório das
Nações Unidas Contra Drogas e Crime. O Regional
repassa metodologia para a empresa uruguaia e já
completou o treinamento dos líderes e gestores para
a implantação do projeto.
Além do Curtume Branáa, o SESI gaúcho já implantou o mesmo projeto em empresas da Argentina, do Chile e do Paraguai.
Em outubro, a área de Saúde do SESI Santa Catarina iniciou a implantação na empresa
Döhler, de Joinville, do Programa de Conservação Auditiva
(PCA), o sistema mais eficaz de
proteção de ruídos para evitar
perdas auditivas. Com o PCA, os
empregados contratados pela
empresa passam por detalhados
exames admissionais, que indicam o protetor auricular mais
adequado para cada função. Os
trabalhadores participam também de um treinamento sobre
manutenção, higienização e
prejuízos causados pela má utilização dos protetores.
A Döhler começou a investir
na sua área de saúde com o SESI
em março de 2002, com a contratação dos exames de audiometria. O SESI é responsável também pelo Programa de Conservação Auditiva da Incoplast desde
março de 2001.
Minas lidera
ginástica na empresa Aliança com
Arquidiocese de Belém
Minas Gerais bateu o recorde nacional de participação no programa SESI Ginástica na Empresa. Em
outubro, 60,7 mil trabalhadores de 217 empresas
mineiras participaram da série de exercícios previstos no programa, que são realizados no início ou no
término da jornada de trabalho. A ginástica, cuja
sessão diária tem duração aproximada de 12 minutos, proporciona aos trabalhadores, em qualquer função, melhora nas condições física e psíquica. Também aumenta a auto-estima, promove maior
integração no grupo, faz baixar o índice de faltas ao
trabalho, colabora com tratamentos de dependência
química e aumenta a produtividade no trabalho.
O SESI Pará assinou protocolo de intenções com a Arquidiocese de Belém para a inclusão de 28 turmas no programa
“SESI por um Brasil Alfabetizado”. A Arquidiocese deverá produzir vídeos e programas de rádio com o conteúdo das aulas
de alfabetização, que serão veiculados pelo Sistema de Rádio e
TV Nazaré. As aulas começam em
12 •
sesi57
12
22/12/03, 14:50
janeiro, com 18.725 alunos em
todo o Estado. As turmas da Arquidiocese são formadas por freqüentadores de 33 paróquias.
A coordenadora do programa, Darlene Costa, diz que as
parcerias ajudam a divulgar o
programa. “No caso das pastorais, os padres fizeram, inclusive, mobilização durante as
missas”, completa.
Teatro para vestibular,
na Paraíba
aos vestibulandos.
Com textos de Josimar Alves,
os jovens são apresentados ao
conteúdo desses livros por atores, no palco. Entre as obras
transformadas em peças estão:
Quincas Borba, de Machado de
Assis; O livro dos prazeres, de
Clarice Lispector, Cenas brasileiras, de Rachel de Queiroz, e Diva,
de José de Alencar.
FOTO: SESI/GOIÁS
O Grupo de Teatro Heureca,
parceiro do SESI Paraíba, tem
sido requisitado com freqüência
para animação de diversos tipos
de eventos. Agora, aproveitando
o calendário escolar e de olho na
legião de jovens que se prepara
para a universidade, o grupo
montou vários espetáculos, que
têm como base as listas de obras
e autores cuja leitura é exigida
Aluna do SESI na
Conferência
Nacional do Meio
Ambiente
Maratona pela vida
O presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli,
entregou um cheque de R$ 100
mil para o Hospital do Câncer de
Barretos, que realiza cerca de
1500 procedimentos, por dia,
para população carente. O hos-
pital não tem recursos suficientes e enfrenta déficit mensal de
aproximadamente R$ 450 mil. A
doação foi feita durante o evento Maratona pela Vida, promovido pela Rede Bandeirantes de Televisão, no dia 16 de novembro.
“Você tem um minuto?”
Arielly, segurando o cartaz com o
colega, e sua equipe de trabalho
Arielly Carolliny Martins Guerreiro, aluna da
oitava série da unidade do SESI de Vila Canaã,
em Goiânia (GO), foi escolhida para representar
o Estado na Conferência Nacional do Meio Ambiente, evento promovido pelos Ministérios da
Educação e do Meio Ambiente para incentivar o
respeito à natureza.
O trabalho de Arielly foi escolhido entre os
700 enviados por estudantes de todo o Estado de
Goiás. A frase que acompanha o desenho vencedor é: “Grande é a nossa ignorância, pequeno é o
nosso sentimento para com o próximo. O que
devemos fazer? Devemos nos amar, respeitar e
ajudar uns aos outros”.
Cresce programa
Alimente-se Bem
O canal Futura – emissora de
televisão a cabo – está mostrando experiências de sucesso do
SESI, em programetes com um
minuto de duração. Projetos sociais e práticas inovadoras que
ajudam a melhorar a sociedade são
apresentados em forma de depoimentos de pessoas e de represen-
tantes de empresas beneficiadas.
Todas as entidades do sistema CNI, tanto nos Departamentos Regionais como no Nacional,
têm suas ações divulgadas. O
interprograma “Você tem um minuto?” é apresentado de segunda a sexta-feira às 10h30, 13h30,
20h e 21h.
O SESI São Paulo inaugurou sua quarta unidade
móvel do programa Alimente-se Bem com R$ 1,00,
com o fim de levá-lo para as comunidades carentes
em todo o interior do Estado. A nova unidade terá
base em Presidente Prudente, onde foi inaugurada,
até o final de janeiro de 2004, com a previsão de
atender mais de mil pessoas.
As unidades móveis são carretas equipadas com todos os utensílios e eletrodomésticos de uma cozinha,
adaptadas para receber turmas de até 30 pessoas.
• 13
sesi57
13
22/12/03, 14:50
CIRCUITO
Em Cuiabá, os alunos do SESIEscola estão participando do Projeto Solidário. Além de arrecadar produtos e recursos para doação a creches e
abrigos de idosos da cidade, fazem visitas a essas instituições e promovem atividades recreativas com seus internos. Dentro do mesmo projeto, que incentiva atitudes solidárias e
voluntariado, os estudantes já realizaram outros
eventos, como Lixo é Luxo e Futsal Solidário.
Festival de
Violeiros e MPB
FOTO: SESI/GOIÁS
Projeto Solidário
Feira do
Conhecimento
O SESI Pernambuco realizou neste final de ano
duas edições da Feira de Conhecimentos. A primeira,
com o tema Qualidade de vida, um direito de todos,
em Recife, mostrou 12 trabalhos dos 300 alunos do
programa SESI Educação de Jovens e Adultos. Este
programa também oferece à população oficinas de
dança, apresentações de teatro e vacinação contra
poliomielite, gripe e BCG.
Na segunda edição, em Cabo de Santo Agostinho,
dentro do tema Humanizar-se: o grande desafio da
humanidade, foram expostos 30 trabalhos de 400 alunos. No evento, foram oferecidos à comunidade, gratuitamente, serviços de controle de pressão arterial,
ministradas palestras sobre doenças sexualmente
transmissíveis, Aids e qualidade de vida.
Correspondência
entre alunos
Os alunos do Centro Educacional Professor Paulo
Freire, da unidade do SESI em Pimenta Bueno (RO),
estão mantendo intercâmbio com estudantes brasileiros residentes no Japão. A troca de correspondência é feita entre os alunos do SESI com os da rede do
Colégio Pitágoras em sete cidades japonesas.
A professora Joceli Correia Mota, responsável pela
iniciativa, conta que todas as cartas enviadas são
respondidas e que é grande a curiosidade das crianças sobre como é morar em outro país. Ao final do
projeto haverá exposição das cartas e apresentação
dos alunos. É intenção da professora estimular as
crianças a manter a troca de correspondência, mesmo depois do término do programa.
Foram inscritas no XXII Festival SESI de Violeiros e MPB, promovido pelo SESI Goiás, 234 músicas. As eliminatórias aconteceram nas cidades de Goiânia,
Aparecida de Goiânia, Itumbiara
e Goianésia, e a final na unidade
de Vila Canaã, em Goiânia. Mais
de 5 mil pessoas assistiram às
apresentações.
Contando com parceria do Banco do Brasil, a proposta é descobrir novos talentos e valorizar os
artistas nacionais. Os três primeiros colocados de cada categoria
receberam troféu, prêmio em dinheiro e direito a gravar uma faixa no CD que reunirá todos os vencedores do Festival.
Os três primeiros classificados
por categoria são:
Composição sertaneja de raiz: 1º
lugar: A Garupa, de Avaré e Jataí;
2º lugar: Boiadeiro Moderno, de
Rodolfo e Rafael; 3º lugar: Sertanejo Nato “Cururu”, de Zé João.
Composição sertaneja: 1º lugar: Só Posso Estar Sonhando, de
João Ribeiro e Sol Poente; 2º lugar: Só Ficar, de Karlos e Robson;
3º lugar: Amor Especial, de Lucas
e Thawan.
14 •
sesi57
14
22/12/03, 14:50
Composição MPB: 1º lugar:
Nem se Compara, de Lara e
Anthony; 2º lugar: Face do Acaso,
da Banda Terráqueos; 3º lugar: Futuro Próximo, de César Oliveira.
Interpretação sertaneja: 1º lugar: Marcos e Helino, com Você não
me ensinou a te esquecer; 2º lugar: Os Primos, com Porta do Mundo; 3º lugar: Lemuel Kesley, com
Amor Perfeito. I
Interpretação sertaneja de
raiz: 1º lugar: Murilo e Marcelo,
com Catimbau; 2º lugar: Avaré e
Jataí, com Velho Candeeiro; 3º
lugar: Sarah e Raquel, com Chitãozinho e Xororó.
Interpretação MPB: 1º lugar:
Lara e Anthony, com Bicho de Sete
Cabeças; 2º lugar: Joari Queiroz,
com Mia Gioconda; 3º lugar: Banda Ágata, com Amor Maior.
Prêmio Trabalhador da Indústria
para intérpretes: 1º lugar: Rodolfo
e Rafael, empresa: Brasil Telecom;
2º lugar: Julina, empresa: Refrigerantes Imperial; 3º lugar: Reinildo
e Reilô, empresa: Perdigão.
Prêmio Revelação do Festival:
Danilo e Regimar.
Prêmio Melhor Torcida, durante o evento: Itumbiara.
CULTURA
Teatro e Dança em Araxá
Encontro de artes cênicas reúne dois importantes eventos mineiros
FOTOS: SESI/MINAS GERAIS
O casal de bailarinos no “pas
de deux” da Cia. de Dança
SESIMinas ganhou a moldura natural de montanhas, lagos, matas
e rios da Fazenda Horizonte Perdido, um dos palcos em que se
apresentaram os espetáculos de
dança e teatro do Encontro de
Artes Cênicas de Araxá, realizado
em outubro. O evento, iniciativa
do SESI Araxá, atraiu cerca de 25
mil pessoas e reuniu pela primeira vez os dois principais acontecimentos artísticos da região mineira do Alto Paranaíba: a 13a
Mostra Nacional de Teatro (Mostrará) e o 13o Festival de Dança
de Araxá (FestiSESI).
Até 2002, os eventos eram realizados cada um em um semestre
do ano. Este ano, o Mostrará ocorreu de 21 a 24 de outubro, com
apresentações no teatro do SESI e
em outros teatros e fundações da
cidade, além de ruas e praças. Dois
dias depois, começou o FestSESI,
que foi até o dia 29, com espetáculos apresentados no Centro de
Exposições e Feiras de Minas Gerais (Expominas) e em locais abertos, como a Fazenda Horizonte Perdido, o Parque do Barreiro e o pátio do Grande Hotel, um dos principais pontos turísticos da cidade.
Durante esses quatro dias,
apresentaram-se companhias de
diversas partes do País, como o
Grupo de Bonecos Armatruz, de
Belo Horizonte, com o espetáculo
“Armatruz, a banda”, o Real Fantasia, do Rio de Janeiro, que mon-
tou “Fantasmas, Monstros e Assombrações”; o grupo As Marias da Graça, também carioca, que levou
“Tem Areia no Maiô”; a Cia Móvel
de Teatro da Universidade de Belo
Horizonte, com o espetáculo “Tramóias, Rancores e Amores de Marias
Apaixonadas”; e a Cia. Mundim
Tíatre, de Brasília, que encenou
“Um certo Romeu e Julieta”.
O Mostrará também teve participação de companhias locais,
como o Battuxá, grupo infantil de
bonecos, que fez um cortejo pelas
ruas da cidade, e a Cia Ciranda de
Arte, que encenou “E agora, José?”.
O ingresso cobrado em dois espetáculos foi um quilo de alimento
e, com essa iniciativa, foram arrecadados 500 quilos de comida para
ser distribuídos a entidades beneficentes da região.
APRESENTAÇÕES E OFICINAS,
TUDO PELA ARTE
Além das apresentações ao ar
livre, como o “pas de deux” na
Fazenda Horizonte Perdido, destacaram-se no FestSESI atrações
como “Dom Quixote”, apresentada pelos bailarinos Cláudia Mota e
Vítor Luiz, do Teatro Municipal do
Rio de Janeiro. O evento contou,
ainda, com a participação da Cia.
de Dança SESIMinas e Ballet Juvenil SESIMinas; da Cia. de Dança
Volgávia, de Uberlândia; da Academia Terpsícore, de Brasília; das
Escolas de Dança do SESI Araxá; e
outras companhias mineiras.
Paralelamente às coreografias de dança e às peças teatrais,
foram ministradas oficinas que
deram função didático-pedagógica ao encontro e nas quais
centenas de alunos aprenderam
técnicas e aprimoraram conceitos. As oficinas desenvolveram
sessões de balé clássico, jazz,
Na fazenda Horizonte Perdido,
espetáculo de dança ao ar livre
moderno contemporâneo e sapateado (dança); oficina de bonecos, arte-educação, maquiagem,
conta contos, iniciação teatral
e adereços e figurinos (teatro).
Para a coreógrafa Cristina
Helena, diretora da Cia. de Dança SESIMinas e curadora do FestSESI, eventos como esse são fundamentais para aproximar o público da arte. “Hoje podemos dizer que vai longe o tempo em que
a dança, em especial a clássica,
era elitista”, observou.
• 15
sesi57
15
22/12/03, 14:50
Nossa
contribuição
para um País
justo e produtivo
Os números reunidos no Balanço Social da Indústria comprovam a eficiência dos programas de educação, saúde e lazer
desenvolvidos pelo SESI em 1.447 municípios brasileiros.
Revelam também a crescente preocupação do setor empresarial com a qualidade de vida dos trabalhadores e com
a construção de um País mais justo e produtivo.
Reconhecido pela excelência de seus serviços, o SESI
dispõe de profissionais qualificados, usa metodologias inovadoras e recursos tecnológicos de última geração para
gerir as políticas sociais do setor industrial. Os resultados
desses investimentos se revelam na melhoria da vida de
milhões de brasileiros.
Só no ano passado, mais de 870 mil jovens e adultos
ingressaram nos cursos de ensino fundamental e médio
oferecidos pelo programa SESI Educação do Trabalhador.
Presente em 26 Estados e no Distrito Federal por meio de
parcerias com empresas, instituições comunitárias e governos estaduais e municipais, o programa representa para
muitos estudantes a porta de entrada em escolas técnicas,
universidades e no serviço público.
Além de contribuir para melhorar a escolaridade, o SESI
dá atenção à saúde do trabalhador. Os programas nessa
área incluem atividades de educação e prevenção de doenças, do uso de drogas e álcool e de acidentes de trabalho.
Em convênio com entidades nacionais e internacionais,
com governos e outras instituições, o SESI prestou atendimento médico e odontológico a quase 4 milhões de pessoas e realizou mais de 1,9 milhão de ações educativas e
preventivas para garantir um ambiente de trabalho mais
saudável e seguro.
O lazer, que envolve atividades esportivas, culturais e
artísticas, é outra ferramenta fundamental para a qualidade de vida do trabalhador. Por isso, também integra os
programas do SESI. Anualmente, mais de 1,5 milhão de
pessoas assistem aos espetáculos e participam de mostras
de artes, competições e programas de aprimoramento desenvolvidos pela entidade.
O grande número de pessoas beneficiadas pelos diversos programas é um testemunho da eficiência do SESI como
gestor das políticas sociais da indústria brasileira. O resultado de suas ações revela como a boa administração de
recursos, de conhecimentos e de capital humano pode contribuir para a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores, das suas famílias e da sociedade.
Armando Monteiro Neto
Presidente da CNI e Diretor Nacional do SESI
ESPAÇO INTEGRADO SENAI
“O SENAI mudou minha vida”
Em Angola, Lula destaca a importância de
o jovem ter uma profissão
Em visita a Luanda, capital
de Angola, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva visitou o
Centro de Formação Profissional de Cazenga, projeto financiado pela ONU e pelos governos brasileiro e angolano que
tem o apoio técnico do SENAI.
Na entrada, Lula foi surpreendido com uma foto sua, aos
15 anos, aprendendo a profissão de torneio mecânico, no
SENAI de São Paulo. “O SENAI
foi ‘a porta’ para tudo o que
aconteceu comigo”, afirmou o
presidente. “A partir do curso de
torneiro, a minha vida mudou.
Essa é a verdade.”
Em seu discurso, Lula afirmou que “o menino ou a menina que tiver acesso a uma escola como esta terá mais chances
para escolher um trabalho e melhorar o seu salário”, aconselhou.
O SENAI-SP é o responsável
pela formação dos técnicos que
atuam no Centro de Cazenga,
que certifica mais de mil trabalhadores por ano. Cazenga é um
dos bairros mais pobres e populosos de Luanda. Como no
Brasil, jovens com idade entre
14 e 18 anos recebem treina-
16
EDUCAÇÃO ESPECIAL
O SENAI Nacional recebeu,
em Brasília, uma delegação de
Angola, formada por representantes de instituições públicas
e não-governamentais ligadas
à área de educação especial. Os
angolanos vieram conhecer o
projeto de inclusão de pessoas
com necessidades especiais nos
cursos do SENAI e no mercado
de trabalho, que tem como
slogan Gente Especial Fazendo
um SENAI Especial.
Informações: com Loni
Manica (61) 317-9706.
Lula e Dona Marisa observam fotos do presidente
quando estudante do SENAI-SP
16 •
sesi57
mento para as áreas de maior
demanda no mercado.
Em Angola, que passou por
uma longa guerra civil, os cursos oferecidos atendem a áreas
básicas, como construção civil,
costura industrial, mecânica,
informática, eletricidade, artesanato e panificação. O projeto do Centro de Cazenga servirá como referência em formação profissional para a criação
de unidades em Cabo Verde e
Guiné Bissau, de acordo com o
programa brasileiro de ajuda a
países de língua portuguesa.
FOTO: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
PALAVRA DO PRESIDENTE
22/12/03, 14:50

Documentos relacionados

PSQT A FESTA DA QUALIDADE Pela primeira vez, SESI premia 24

PSQT A FESTA DA QUALIDADE Pela primeira vez, SESI premia 24 Armando Monteiro Neto, o prêmio representa o reconhecimento às iniciativas de alcance social focadas em áreas estratégicas, como saúde, ambiente, habitação, consumo, educação, cultura e capacitação...

Leia mais