Não pode ser vendido separadamente.

Transcrição

Não pode ser vendido separadamente.
Rui Manuel Ferreira
Encarte comercial da responsabilidade de «Página Exclusiva». Não pode ser vendido separadamente.
Portugal Inovador
Agosto I 3
Portugal Inovador
Índice
11
Lisboa e Vale do Tejo
(Região Oeste)
26
Ensino e Formação
45
Felgueiras
5
FCEL
Excelência e rigor:
receita prescrita para o sucesso
8
Thermoquímica
Crescimento, inovação
e melhoria contínua
12
Os Limas
56
Sabores tradicionais em mãos familiares
66
14
Transportes
Florêncio & Silva
Mediação Imobiliária
Minho e
Douro Litoral
Pioneiros na distribuição
EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE - Morada: Rua Augusto Lessa, nº 251 esc. 13 –4200 – 100 Porto * Telefones: 22 502 39 07 / 22 502 39 09
* Fax: 22 502 39 08 * Site: www.paginaexclusiva.pt * Email: [email protected] * Periodicidade: Mensal * Distribuição: Gratuita
com o Jornal “ Público “ * Preço Unitário: 4€ / Assinatura Anual: 44€ ( 11 números )
Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins sem autorização do editor.
A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da Revista e o editor não se responsabiliza pelas inserções com erros ou omissões
que sejam imputáveis aos anunciantes.
4 I Agosto
Portugal Inovador
Rui Manuel Ferreira
Excelência e rigor:
receita prescrita
para o sucesso
Parceiros na vida e no trabaParceiros na vida e no trabalho,
Eduardo Leite e Fernanda Castro, médicos dentistas, concluíram o curso no ano de 1988,
altura em que a licenciatura em
Medicina Dentária tinha os três
primeiros anos comuns com a
Faculdade de Medicina do Porto.
Os últimos três anos eram então
específicos na área da Medicina
Dentária: “Saíamos da Faculdade cheios de vontade de trabalhar e o mercado era enorme”,
refere Eduardo Leite.
Quando decidiram montar
a clínica, estes dois médicos
dentistas comprometeram-se
desde logo com o propósito de
“apresentar as melhores condições possíveis de ambiente de
trabalho e profissionais apostando em formação pós licenciatura
e na melhor forma de potenciar
as capacidades do seu trabalho”,
Rui Manuel Ferreira
É o diretor clínico da FCEL - Fernanda Castro & Eduardo Leite, que garante: “Não somos
os melhores do mundo, mas trabalhamos para ser”.
salienta Eduardo Leite.
Com o decorrer dos anos e
a crescente diferenciação em
áreas específicas dentro da consulta de Medicina Dentária e das
constantes e vertiginosas atualizações nos materiais e técnicas
de abordagem nos variados
tratamentos dentários, surgiu a
necessidade de estes dois médicos dentistas procurarem fazer
formações pós-graduadas nas
áreas em que se sentiam mais
atraídos e para as quais tinham
maior apetência.
O diretor clínico, Eduardo
Agosto I 5
Portugal Inovador
Dream Team
Conforme nos refere o diretor clínico, a logística para
encaminhar os pacientes para a
consulta e posterior tratamento
com outros colegas não foi fácil
e envolveu tempo e dedicação:
“O doutor e a doutora já não
fazem todos os tratamentos?
E os outros médicos dentistas
são bons ou são novatos?”. São
recorrentes inquietações dos
pacientes. “Sim, os médicos
dentistas podem fazer tudo,
desde que se sintam com capacidade para tal, mas se existem
colegas com formação, prática
e capacidade muito acrescida,
devido à dedicação em exclusivo
a uma área da medicina dentária, com certeza vão executar
os tratamentos de uma forma
muito superior”, salienta Eduardo
Leite, que faz questão de estar
presente na primeira consulta e
nas primeiras vezes em que um
paciente da clínica é visto por outro colega de forma a transmitir
toda a confiança.
Ivan Toro é o médico dentista
que assume na FCEL a parte
Cirúrgica e de Reabilitação Oral,
acompanhado por Eduardo. Com
6 I Agosto
A oferta da FCEL estende-se
a todas as vertentes da medicina
dentária. Na Odontopediatria, a
responsável é Marisa Martins, a
mais nova da equipa, que com
uma abordagem próxima aos
mais pequenos gera uma empatia natural e garante um trabalho
eficaz e um tratamento perfeito.
Algo que se torna difícil com
crianças se não existir confiança
e cumplicidade entre o médico
dentista e o pequeno paciente.
A bata colorida, o sorriso e boa
disposição sempre presente,
além da forma como decora o
próprio consultório traduzem
no trabalho da médica dentista,
Marisa Martins, a dedicação e a
personalização do atendimento.
Rui Manuel Ferreira
formação em S. Paulo, o médico
dentista de origem colombiana
trabalha desde sempre na área
da cirurgia e admite que foi o
“desafio de trabalhar numa área
difícil, que envolve conhecimentos muito precisos de Anatomia,
Fisiologia e Estética – para que
o trabalho seja impercetível e o
resultado pareça natural”, que
lhe deu a motivação para enveredar por esta área. A par de
uma equipa que Ivan Toro classifica como “altamente treinada
e atualizada” é o investimento
em equipamentos e materiais de
qualidade que ajuda a que todo o
trabalho tenda para a perfeição.
O reconhecimento do trabalho
que Ivan e a sua equipa têm
vindo a desenvolver nesta casa
contribui para que a clínica seja
cada vez mais uma referência na
sua área de atividade. “Há um
grande entrosamento. Temos as
tarefas e as responsabilidades
bem definidas e isto torna o
desempenho mais eficiente. É
bom para nós e é bom para os
pacientes”, salienta Ivan.
Rui Manuel Ferreira
Leite, concluiu duas pós – graduações, uma em Endodontia no
Instituto Superior de Ciências de
Saúde do Norte e outra na área
da Implantologia na Faculdade
de Medicina da Universidade
do Porto e Fernanda Castro,
diretora clínica adjunta, fez uma
especialização em DTM – Disfunção Temporomandibular e
Dor Orofacial na Faculdade de
Medicina da Universidade do
Porto. Mas porque, nas palavras
de Eduardo Leite, “é difícil acompanhar a evolução das várias
áreas da Medicina Dentária “, a
Clínica FCEL – Fernanda Castro
& Eduardo Leite Lda. conta com
o acompanhamento do que considera ser a melhor equipa tanto
em formação como em comportamento humano e social para
com os seus pacientes.
Já a Ortodontia na FCEL é
assegurada pelas doutoras Ana
Paula e Macarena Gonzalez.
A dedicação única à área da
prevenção e correção das anomalias da posição dos dentes
na maxila e na mandíbula, os
variados sistemas de correções
ortodônticas hoje praticadas, alguns com total inovação, fazem
com que estas duas médicas
dentistas façam frequentemente
formação no país e no estrangeiro para que o grau de satisfação
das crianças, dos jovens e dos
adultos que necessitam de correções ortodônticas seja satisfeito em todos os parâmetros.
Macarena Gonzalez reforça a
importância pedagógica de todo
o processo, afirmando que “uma
criança com uma correta higiene
e saúde oral será um adulto com
hábitos saudáveis”.
É ainda nesse sentido que
a Professora e Doutora Liliana
Portugal Inovador
Responsabilidade
Social
A forma como se implantaram na comunidade revela-se
pelos mais de 25 anos de portas
abertas na terra onde os dois diretores clínicos cresceram e pelo
compromisso que a clínica mantém perante os seus pacientes
– qualidade, seriedade, e ajuda.
A FCEL cooperou várias vezes
com programas gratuitos de rastreio a crianças do concelho, com
palestras em vários locais para
aconselhamento e estímulo às
boas práticas de higiene dentária
e saúde oral, trazendo algum
foco para a importância de uma
alimentação saudável. Eduardo
Leite colaborou durante cerca
de uma década com o Centro de
Paralisia Cerebral de Guimarães
na realização de cirurgias orais
em bloco operatório de forma
completamente benemérita e em
prol dos jovens com esta terrível
incapacidade.
O mérito é-lhes reconhecido
e a gratificação destes profissionais está na satisfação dos seus
pacientes e na confiança que
lhes é depositada. O investimento em bons materiais e o rigor do
modus operandi mantém o nível
de excelência: “Não somos os
melhores do Mundo, mas gostaríamos de ser, e trabalhamos
para ser”, admite Eduardo Leite.
Rui Manuel Ferreira
Castro, com prática exclusiva
em Endodontia e Dentisteria, se
foca na Medicina Dentária Conservadora. Apesar da evolução
ao nível da Reabilitação Oral,
não há nada que substitua de
forma exata os nossos dentes.
O grande objetivo da atualidade
é, ou deveria ser, o de conservar
os dentes o máximo de tempo
possível”. Processo esse que
começa na manutenção de uma
boa saúde oral. Para isso, diz
Liliana Castro, “e para realizar
os tratamentos com a melhor
qualidade possível, além da capacidade e formação contínua do
médico dentista, os materiais utilizados e as últimas tecnologias
disponíveis tem que acompanhar
esta evolução”.
Por isso, esta clínica está
equipada com materiais de qualidade que permitem realizar
as técnicas mais avançadas e
atuais nas diversas áreas da
medicina dentária.
Com uma sala estritamente
reservada ao processo de limpeza e esterilização dos materiais,
a FCEL efetua além do protocolo
necessário às boas práticas de
esterilização, um controlo biológico do processo de forma a
assegurar a sua total eficácia.
Eduardo Leite
Diretor Clínico
Ivan Toro
Cirurgia & Reabilitação Oral
Liliana Castro
Endodontia & Dentisteria
Marisa Martins
Odontopediatria
Rui Manuel Ferreira
Fernanda Castro
Diretora Clínica Adjunta
Macarena Gonzalez
Ortodontia
Ana Paula
Ortodontia
Manuela Forte
Assistente de Consultório
Liliana Mendes
Assistente de Consultório
Agosto I 7
Portugal Inovador
Crescimento, inovação
e melhoria contínua
A Thermoquímica pertence ao restrito quadro de empresas portuguesas que nasceram,
cresceram e se mantêm hoje na vanguarda do mercado pela persistência da sua génese
familiar, assente na qualidade, na sustentabilidade e na inovação.
É constituída por Maria de Lourdes Macieira, presidente do conselho de administração, e pelos filhos
administradores Eugénia Pereira,
Vasco Nuno Macieira, Francisco
Macieira e Ana Macieira.
Para além da administração, integram este núcleo uma excelente
equipa de colaboradores que interagem diariamente nos respetivos
departamentos/secções da empresa, que Lourdes Macieira denomina
serem “como família”, dado que
alguns estão presentes no projeto
desde a primeira fase. “Esse é um
dos segredos para conseguirmos
manter a estabilidade e a qualidade
do serviço junto dos clientes”, refere
Vasco Macieira.
É em Sobral de Monte Agraço,
que a família Macieira dá continuidade a um trabalho que teve início
há praticamente quatro décadas
8 I Agosto
pela mão de José Vasco Macieira.
Na época o seu core business
centrava-se no fabrico e comercialização de produtos de limpeza
na linha profissional destinados a
áreas tão diversas como restauração, hotelaria, lavandarias, construção e industria. Com a entrada na
Comunidade Económica Europeia
as portas de Portugal abriram-se à
globalização, que trouxe consigo,
entre outros fatores, o desencadear
de uma economia de consumo
onde se destaca o surgimento de
inúmeros espaços comerciais. Em
1984, a Thermoquímica alargou a
sua atividade à produção de produtos de limpeza linha doméstica,
tendo-se tornado também especialista na criação e desenvolvimento
de produtos “marca branca” para
as cadeias de grande distribuição,
continuando presente.
“Fomos crescendo com os
nossos clientes”, refere Lourdes
Macieira. “Apesar de não considerar fácil alcançar as parcerias com
os grandes Grupos, complicado
é mantê-las por décadas, num
padrão de elevada exigência, com
uma avaliação excelente todos os
meses”, salienta Eugénia Pereira.
Conscientes que o mercado
deste tipo de produtos é cada vez
mais exigente e competitivo, incentivados pelo aumento do poder
de compra e pela proliferação do
comércio, na década de 90 o crescimento da empresa foi fulgurante,
de tal modo que conduziu, em 1997
à construção de uma nova unidade
fabril, oferecendo assim condições
de excelência para a produção e
desenvolvimento de produtos de
limpeza, modernizando-se ao nível
de maquinaria e tornando-se assim
mais competitiva na satisfação das
necessidades dos seus clientes.
Acreditando que a competitividade está aliada à Qualidade, a
Thermoquímica obteve em 2003
a sua certificação de qualidade
através da NP EN ISSO 9001:2000,
dando assim aos seus clientes garantias mais sólidas de um serviço
e produto de qualidade.
Em 2009, o sistema de gestão
da qualidade foi novamente auditado e transposto para a nova NP
Portugal Inovador
EN ISSO 9001:2008. Em 2015, a
Thermoquímica prepara-se para
a transição à nova NP EN ISSO
9001:2015
Investigação/
Conceção e
Desenvolvimento
Todo o processo de investigação,
conceção e desenvolvimento tem
início no Laboratório de Qualidade.
“É o cérebro desta empresa”, explica
Francisco Macieira. Todas as matérias-primas e matérias subsidiárias
são controladas à entrada. Toda
a produção assenta em elevados
padrões de qualidade, de forma a
cumprir a especificação do produto. Para além disso, “o Laboratório
detêm igualmente a função de conceção e desenvolvimento de novos
produtos”, esclarece Ana Macieira.
Se os últimos anos apresentam
resultados positivos, premiados
com os títulos de PME Líder e
Excelência, a Thermoquímica foca
agora atenções no mercado da
exportação com as marcas próprias
Therkey e Therlimpa (dedicadas
aos setores industrial e doméstico, respetivamente). “Nos últimos
anos, tem intensificado esta trajetória com a presença em feiras
nacionais e internacionais, como é
o caso da SISAB; a FACIME, em
Moçambique e FILDA, em Angola”.
Eugénia Pereira adianta ainda que
“a quota de exportação tem vindo a
aumentar de forma relevante”.
Conscientes da volatilidade dos
mercados, o objetivo passa por
entrar em novos meios, diluir os
riscos de investimento e diversificar
as áreas de negócio. Este último
ponto “contempla a criação de uma
linha de novos produtos”, deixa no
ar Ana Macieira.
Já em 2015 e porque os seus
fornecedores são seus grandes
parceiros, a Thermoquímica aderiu
ao compromisso de pagamento
pontual a fornecedores, tornando-se assim parte ativa de um movimento de responsabilidade social,
na promoção de uma cultura de
pagamento pontual e da competitividade da economia portuguesa.
Futuro
Em 2016, a Thermoquímica
comemora 40 anos de existência.
Dado que a visão empresarial desta
família está focada na evolução e
conquista de novos desafios, “está
em curso o processo de ampliação
das atuais instalações e a compra
de novos equipamentos, que aumentam a capacidade de produção
e armazenamento”, conclui Vasco
Nuno Macieira.
Tendo como missão, a total
e constante satisfação dos seus
clientes, a Thermoquimica desenvolve-se num ambiente de melhoria
continua aliada aos seus próprios
valores, que tem mantido ao longo
da sua existência e que faz passar
diariamente a todos os seus colaboradores para que não se esqueçam:
“A Qualidade a todos diz respeito, a
Qualidade de todos depende”.
Agosto I 9
Portugal Inovador
“A Ciência está demasiado
longe da Economia”
Entrevista ao professor Daniel Bessa, diretor geral da COTEC Portugal.
desta cadeia de valor, a que se
inicia na ciência e na investigação universitária, o país defronta-se com dificuldades sérias na
fase final da cadeia de valor, de
comercialização e de valorização
do conhecimento. A Ciência está
demasiado longe da Economia
e há demasiada Economia não
suportada por Ciência. Uma
questão que toca, por exemplo,
a carreira docente universitária,
em que as atividades de transferência de tecnologia e de valorização do conhecimento são
completamente ignoradas.
Comparando com os países
que nos são concorrentes,
como estamos em termos de
inovação?
Esta questão encontra resposta no IUS - Innovation Union
Scoreboard, feito publicar pela
Comissão Europeia para monitorar o desempenho dos Estados-Membros em matéria de
inovação. Os últimos resultados
divulgados, já em 2015, posicionam Portugal como um “inovador
moderado”, ligeiramente abaixo
da média da UE (17.º entre os 28
Estados-Membros), muito próximo de países vizinhos e concorrentes diretos como Espanha e
Itália. Trata-se de um resultado
positivo, acima do que Portugal
costuma conseguir em matérias
económicas e afins.
Numa perspetiva dinâmica,
cobrindo um período de sete
anos, Portugal foi, até 2014, o
País da UE-28 cujo resultado
global em matéria de inovação
mais cresceu; perdemos esta
posição em 2015, na sequência do período de dificuldades
que temos vindo a atravessar,
10 I Agosto
desde 2011, nomeadamente em
matéria de financiamento, tanto
do Estado como das empresas.
O que falta para criar um
clima que promova mais inovação?
Se olharmos para a inovação
como uma longa cadeia de valor,
Portugal desempenha melhor a
montante (condições, recursos)
do que a jusante (resultados
económicos propriamente ditos
como o podem ser a intensidade
tecnológica das exportações de
mercadorias, a intensidade em
conhecimento das exportações
de serviços, a qualidade e o nível
de remuneração do emprego que
estamos a criar). Isto significa
que existe um problema de eficiência, ou de produtividade no
Sistema Português de Inovação,
que só poderá resolver-se melhorando os nossos processos
de inovação, tanto dentro das
empresas como no Estado (políticas através das quais o Estado
promove a inovação, sobretudo
empresarial).
Na parte mais qualificada
Já agora, o que falta também para que os nossos exemplos de inovação sejam aproveitados de uma forma mais
consequente em matéria de
criação de riqueza?
Numa entrevista recente à
newsletter da COTEC Portugal,
cuja leitura me permito recomendar, José Neves, fundador e CEO
da Farfetch, afirmava que o nosso País até dispõe de tecnologia
mas que nos faltam mínimos
críticos em matéria de marketing,
comercialização, comunicação e
financiamento (refiro-me a financiamento especializado não ao
crédito bancário mais comum).
As empresas precisam de se
posicionar melhor nas cadeias
de valor internacionais, mais
especializadas, procurando os
melhores clientes e os melhores fornecedores, onde quer
que se encontrem. Desse ponto
de vista, qualquer política que
se proponha promover o crescimento económico através de
estímulos voluntaristas à procura
interna, por maioria de razão se
for financiada por dívida, pública ou privada, constitui um erro
enorme, e um retrocesso.
Portugal Inovador
Agosto I 11
Portugal Inovador
Sabores tradicionais em
mãos familiares
Foi há mais de vinte anos que o negócio tradicional de padaria encetado pela família
Lima evoluiu para a produção de ultracongelados de padaria, pastelaria e salgados. Com
distribuição nos mercados interno e de exportação, Os Limas garante o sabor típico de
produtos tradicionais portugueses.
Mário Lima, natural de Sobral
de Monte Agraço, começou o seu
negócio com uma padaria de
fabrico próprio. Fernanda Jacinto, sua esposa, dedicava-se na
época à parte de produção, que
ainda hoje a cativa, mas foi em
1992 que o casal anteviu uma
“outra oportunidade de negócio”.
Depois de alguns testes e
experiências, a aposta incidiu
na tecnologia de ultracongelação
rápida e na distribuição própria,
a cargo de Mário Lima. Desde
então, o negócio tem expandido
significativamente, mantendo a
estrutura familiar da qual a jovem Marta Lima, filha de Mário
e Fernanda, faz também parte,
12 I Agosto
integrando a administração da
empresa.
Partindo dos produtos ultracongelados de padaria, génese da empresa, foi perante a
necessidade de alargarem as
infraestruturas, que a família
decidiu, há cerca de quinze anos,
investir nos complementos de
pastelaria e nos salgados. Para
dar resposta à demanda, depois
de passarem às novas instalações em 2000, remodelaram o
antigo espaço e deram início ao
fabrico de pastelaria e salgados:
como exemplo pastel de nata,
croissants, merendas de queijo
e fiambre, folhados de carne
os produtos dos Limas chegam
agora a todo o país, assim como
a Espanha, Angola, Brasil e à
Irlanda.
Com uma frota própria de veículos, recentemente renovada,
e uma equipa de quase 60 funcionários – alguns já somam 20
anos de casa –, Fernanda conta
que o crescimento foi sempre
sustentável : “Compramos apenas quando temos capacidade
para tal”.
A evolução passa pela relação de confiança que mantêm
com os revendedores locais, nacionais e estrangeiros, aos quais
prestam assistência permanente;
e pelo controlo de qualidade e
manutenção de autenticidade
Portugal Inovador
dos produtos. Os critérios na
aquisição das matérias-primas
são rigorosos. Os Limas esforçam-se por consumir o produto
nacional. A prioridade passa
por nunca colocar em causa a
qualidade.
Reconhecimento
“Temos que manter uma postura séria no mercado e respeitar
toda a gente”, afirma Fernanda.
“Os Limas é uma marca que tem
um enorme valor para a família”,
acrescenta. A credibilidade que
se construiu ao longo dos anos
no seio da empresa cotou de
responsabilidade o trabalho que
aqui se desenvolve. PME Líder
desde 2009, já por duas vezes
consecutivas receberam o estatuto de PME Excelência.
O mérito recai também na
equipa de profissionais d’Os
Limas. Cada um deles com a
sua função definida, conquistam
aqui um espaço de crescimento
profissional no seio da empresa.
“Não seríamos nada se não fosse a nossa equipa de trabalho”,
declaram. Isto porque, apesar de
toda a tecnologia que envolve a
ultracongelação, a empresa preza por manter um fabrico ainda
de cunho tradicional. “Temos
que mexer a massa e trabalhar
manualmente para que o produto mantenha qualidade a que o
nosso público está habituado”,
sustenta a empresária.
A política de proximidade
denota-se não só para com os
clientes, mas para com os funcionários através do reconhecimento do seu esforço e perante
a presença da família Lima no
dia a dia da empresa. A verdade
é que tanto mãe como filha continuam a gostar de pôr as mãos
na massa, e o pai, Mário Lima,
dedica-se à vertente técnica no
melhoramento da eficácia na
produção e a tomar as decisões
mais importantes que requerem
alguma experiência.
O plano é manter a gestão
familiar e apostar nos parceiros
de mercado. Mais do que confiar
em números, para Os Limas é
importante confiar em pessoas
e garantir o sucesso dos seus
produtos.
Agosto I 13
Portugal Inovador
Pioneiros na distribuição
O Grupo Transportes Florêncio & Silva tem vindo, ao longo de décadas, a manter uma relação
de confiança com as maiores cadeias de distribuição do país.
O início deste percurso remonta aos anos 40. Nessa altura, Florêncio Luís Simões (pai
dos atuais proprietários, António
Luís Simões e Zeferino da Silva
Simões) tinha começado com
uma galera puxada por três mulas, fazendo assim o transporte
de produtos hortícolas produzidos na zona da Malveira para a
Praça da Figueira, em Lisboa.
Os anos foram passando e as
condições de trabalho foram
mudando, através da compra dos
primeiros camiões.
A 30 de janeiro de 1968, com
a obrigatoriedade da constituição
de uma firma, foi então registada a Transportes Florêncio &
14 I Agosto
Silva Lda. Os dois sócios eram
Florêncio Luís Simões e o mais
velho dos dois irmãos que a administram atualmente, Zeferino
da Silva Simões. António Luís
Simões substituiu o pai no lugar
de sócio gerente já na década
de 70.
Foi também nesta década que
a empresa começou a conhecer uma forte expansão. Logo
em 1970 foi aberto em Lisboa
aquele que podemos considerar
o primeiro exemplo de uma loja
de grande distribuição no país,
que foi o primeiro supermercado
Pão de Açúcar. Os Transportes
Florêncio & Silva assumiram a
posição de parceiro no transporte das suas mercadorias e
foram crescendo juntamente com
a cadeia. A partir daí, à medida
que novos grandes grupos de
distribuição se foram instalando
no mercado nacional, esta empresa passou também a merecer
a confiança destes, intensifican-
Portugal Inovador
Para além disso, as solicitações do mercado também
implicaram o desenvolvimento
físico da estrutura da empresa. A
sede, no Vale Casal (Milharado,
concelho de Mafra), inclui dois
armazéns e parque de estacionamento da frota, com uma área
coberta de oito mil metros quadrados e uma área total de cerca
de 25 mil. Ao mesmo tempo, fazendo face à atividade logística
e à sua expansão para o Norte
do país, foram construídos três
armazéns em Modivas (Vila do
Conde) com uma área coberta de
cerca de 21 mil metros quadrados e uma área total de 43 mil.
do, com isso, o seu crescimento.
António Luís Simões lembra que este crescimento foi
algo de natural, porque “há 40
anos mais ninguém queria fazer
distribuição. Hoje, com as melhorias no formato de trabalho,
já há concorrência, mas antes
era mesmo muito complicado e
muito trabalhoso, portanto, nós
éramos únicos”. Por terem sido
os únicos, adquiriram um know-how que é também exceção
neste tipo de trabalho, e através
do rigoroso cumprimento das
suas tarefas conquistaram uma
carteira de clientes que, entre
outros, inclui exemplos como o
Grupo Jerónimo Martins, o Grupo
Auchan, Makro, Dia Portugal,
Recheio, Lidl, Aldi ou E. Leclerc.
A proliferação de espaços
comerciais que cada uma destas
insígnias foi implementando em
Portugal foi justificando também
o alargamento da sua capacidade. Atualmente, os Transportes
Florêncio & Silva apresentam
números impressionantes como
as cerca de 800 viaturas que
compõem a sua frota (com uma
média de idades que andará nos
cinco anos) ou os 1340 funcionários que o Grupo emprega.
Agosto I 15
Portugal Inovador
Um concelho a visitar
De 11 a 19 de setembro, têm lugar em Sobral de Monte Agraço
as centenárias Festas e Feira de Verão. Como sempre a
animação está garantida e o cartaz, este ano, conta com a
assinatura da Câmara Municipal.
visitas guiadas ao património,
música, dança, teatro, cinema,
atividades físico-desportiva, entre
outras, realizadas ao longo do ano,
e dinamizadas nos equipamentos
culturais e desportivos do município, nomeadamente no Cine-Teatro,
na Biblioteca Municipal, na Piscina
Municipal e no Centro de Interpretação das Linhas de Torres.
Festas e Feira de
Verão – A Melhor
Festa Acontece Aqui!
Sobral de Monte Agraço situa-se
na região oeste, a 40 km de Lisboa
e a 30km da praia de Santa Cruz
(Litoral Oeste) e está inserida numa
das maiores regiões vinícolas de
Portugal.Com um património natural e paisagístico de grande beleza
não faltam apelos à descoberta de
lugares, histórias e experiências
improváveis. A origem destas terras
remonta ao século XII e é corroborada permanentemente pela
herança patrimonial e cultural que
se manifesta nos locais e recantos
mais inesperados.
Segundo números indicativos
dos últimos censos, em apenas
duas décadas, a população verificou um aumento de 40%. Algo que
José Alberto Quintino, presidente
da Câmara, considera dever-se “ao
nível dos serviços e à qualidade de
16 I Agosto
vida garantida aos cidadãos”. Os
preços da habitação “são apetecíveis comparativamente com os
praticados em Lisboa, sendo que
Sobral está muito próximo da capital, tendo acessos pela A10 e A8”.
O município de Sobral de Monte
Agraço tem “concretizado várias
iniciativas e projetos no âmbito
cultural”, refere José Alberto Quintino. Através do CILT – Centro de
Interpretação das Linhas de Torres
e do Circuito do Alqueidão é dado a
conhecer o papel das Linhas de Torres na História de Portugal através
de visitas guiadas e atividades de
âmbito cultural e socioeducativas
que abrangem diversos públicos.
O concelho dispõe de uma
oferta diversificada e de elevada
qualidade, nomeadamente, exposições, colóquios, feiras do livro,
As Festas e Feira de Verão, que
enchem a vila de luz e cor, realizam-se de 11 a 19 de setembro. Durante
uma semana têm lugar os mais
diversos eventos de entrada livre.
Este ano, a organização das Festas
é da responsabilidade do município
e do programa consta os DAMA,
David Antunes & Midnight Band,
Avô Cantigas, Fados com António
Pinto Bastos, revista à portuguesa
“Pró Diabo Kus Carregue”, 4 largadas de toiros ao uso de Pamplona,
2 touradas, recriação histórica,
entre muitos eventos.
“Queremos com isto valorizar e
dar a conhecer as tradições, atrair
novos visitantes e potenciar a economia local”, conclui José Alberto
Quintino, endereçando um convite a
todos os que queiram visitar Sobral
de Monte Agraço e partilhar connosco estes momentos de Festa.
Portugal Inovador
Agosto I 17
Portugal Inovador
Cunho artesanal
em ferramentas inovadoras
Há mais de três décadas no mercado, a Ferramentas Mateus preza-se pelos métodos de
fabrico artesanal conjugado com inovação técnica.
António Luis Mateus, formado
em eletrotecnia na então Escola
Técnico-Comercial, foi passando
para segundo plano as funções
no ramo de eletricidade para dar
algum suporte à serralharia e
metalomecânica. Num início que
António Mateus classifica como
“muito trabalhoso”, foi-se construindo sustentadamente um nome de
referência no mercado.
Em 1977 a Ferramentas Mateus dava os primeiros passos na
conceção de ferramentas manuais
e utensílios para a agricultura e
construção civil, esta última que
chegou a representar 80% da produção. António Mateus, natural de
Sobral de Monte Agraço, confessa
que é essa vertente de “pensar e
conceber um produto” que mais o
atrai. Hoje, atendendo aos novos
moldes do mercado, a produção
da empresa representa 20% do
18 I Agosto
material vendido e a aposta voltou-se para a diversificação da oferta
de materiais numa estratégia que
visa alargar e dinamizar o leque
de produtos.
Das quatro mil peças, a Ferramentas Mateus aumentou o catálogo para doze mil e conta ainda com
distribuição própria dos produtos.
Com seis vendedores na rua, o
empresário revela que é “de porta
a porta, de drogaria a drogaria” que
hoje em dia se trabalha. Do arame,
à cola, até ao material elétrico, a
empresa foi alargando a área de
ação indo ao encontro das necessidades dos clientes, procurando dar
assim resposta ao que considera
ser o seu propósito.
Desenvolvimento
Esta nova dinâmica surge ainda
no contexto da aquisição por parte
de António Mateus, em colaboração
com um sócio, de uma empresa a
Norte do país de produção artesanal de ferramentas e forjados: a
Xiroblota. De antigo cliente a atual
gestor, António Mateus orgulha-se
da expansão desta segunda empresa para o mercado externo. A atuar
em Espanha, e, esporadicamente,
em Angola e Moçambique, a Xiroblota exporta um volume de 60%
da sua produção.
Inovar com tradição
Esta é uma forma de garantir a
ampliação do leque de produtos e,
ao mesmo tempo, a sua qualidade
na Ferramentas Mateus. Empresa
de estrutura familiar, o administrador garante que a política sempre
foi a do popular termo de “não dar
um passo maior do que a perna”. O
empresário garante que “a procura
incide na qualidade do material não
com acabamento ou pintura detalhada, mas feito artesanalmente, na
forja, um a um”, procurando, simultaneamente, conciliar os métodos
de fabrico artesanal com as novas
técnicas de produção.
Deste modo, torna-se possível
conseguir o equilíbrio entre a excelência da tradição e as possibilidades de inovação, garantindo uma
capacidade de resposta adequada
e uma postura competitiva.
Portugal Inovador
Tinta nacional
com garantia assegurada
É em Sobral de Monte Agraço que dois sócios desenvolvem fórmulas de tintas ajustadas às
caraterísticas das superfícies, com uma marca própria que oferece confiança.
Depois da bagagem adquirida
ao longo de quase dez anos a colaborar numa multinacional alemã
de tintas, foi em 1996 que Fernando
Martinho, em sociedade com Carlos
Pinto, abriram uma empresa própria
no mercado de tintas. Inicialmente
instalada em Mafra, a Mafra Tintas
acabou por se mudar para Sobral
de Monte Agraço, onde foram, nas
palavras de Fernando Martinho,
“bem recebidos” e licenciaram a
sua atividade.
Apesar da conjuntura e do abalo
sentido recentemente no setor da
construção civil, a empresa não
sentiu quebras nas vendas, sobretudo com a aposta na remodelação e requalificação dos edifícios.
Os sócios desenvolveram marca
própria – a ISOSTIC – no sentido
de “desenvolver fórmulas que dão
mais garantia de qualidade, com as
matérias-primas adequadas”. Esta
é uma marca certificada com quase
20 anos no mercado, comercializada por revendedores fixos e é nessa
base que a empresa se alicerça.
Esta é uma opção própria,
sendo que na ótica de Fernando
Martinho “uma pequena estrutura
pode não ter grandes meios para
desenvolver, mas obriga a uma
maior otimização de recursos e a
uma maior aposta na qualidade
e garantia da tinta”. O mercado
assume-se competitivo, com grandes marcas a monopolizarem o
cenário e por vezes com custos
mais reduzidos. A resposta da
ISOSTIC incide em “sistemas de
estabilização a nível de fungos e
recurso a pigmentos em função da
exposição solar, o que permite uma
maior conservação da tinta” , como
nos explica Fernando Martinho.
O sucesso da ISOSTIC assenta
no passa a palavra, com muitos
clientes a aparecerem por referência de terceiros. Sem comerciais
na rua, o produto tem feito o seu
papel e por mês é comercializada
uma média de 50 mil litros, com a
produção a aumentar nos meses de
verão. A durabilidade de uma tinta
ronda os seis a dez anos, e no caso
desta existem casas que, pintadas
há uma década sem segunda intervenção, podem comprovar a sua
qualidade.
A produção de tintas e o desenvolvimento das suas fórmulas requer
análise detalhada de variáveis climáticas, de substratos, de níveis de exposição solar. Por esse motivo, para
Fernando Martinho aqui a inovação
recai em “agir sempre em função da
natureza do problema”, e analisar as
diferentes condições de diferentes
locais, ajustando o produto.
A ISOSTIC nasceu da experiência adquirida dos profissionais que
todos os dias a desenvolvem e é,
por isso, gratificante para estes empreendedores assistirem de forma
próxima aos resultados positivos
do seu trabalho. “Os anos vão
passando e sentimo-nos bem com
a maneira como temos trabalhado”,
conclui o empresário.
Agosto I 19
Portugal Inovador
Firmar a tradição
do leitão assado
É pelas mãos de quem sabe e faz por gosto que o leitão assado ganha a qualidade e o
sabor que lhe dão fama. A Leitão Sorridente garante o melhor tempero e o gosto tradicional
aos seus clientes.
Alentejano de gema, Evaristo Estudante rumou a terras lisboetas aos
18 anos. Há 30 que tem contato com
o mercado de leitões e sempre fez
parte dos seus sonhos gerir negócio
próprio. Foi numa empresa familiar,
nos Negrais, que aprendeu a arte de
tratar o leitão e de trabalhar com rigor
e garantia de qualidade.
Desde 2011 que assumiu sozinho
a gestão da Leitão Sorridente, nome
com carga irónica que, segundo
Evaristo Estudante, “faz com que as
pessoas riam e comentem o tema; e
o sorriso é o que nos dá autoestima”.
Em tom de brincadeira se constrói um
nome forte que é já referência no tão
tradicional mercado do leitão assado
com molho especial, molho esse que
também aqui se produz.
20 I Agosto
A máxima da Leitão Sorridente é
“primar pela qualidade” já que esta é
uma área cada vez mais competitiva,
onde “só mesmo com um bom serviço é que se consegue sobreviver”,
afirma o empresário. Numa visita
guiada pela estrutura que mantém
em Casal dos Caixeiros, o empresário mostra com orgulho um espaço
completo, com todas as condições
de higiene, equipado com salas de
refrigeração, fornos e uma recém
adquirida máquina de limpeza de
grelhas. Todas as normas de controlo
de qualidade são cumpridas, com
zona de higienização e sala própria
para a preparação da carne antes de
ir ao forno. A qualidade do produto e
o cuidado na confeção são para este
profissional os únicos meios para se
conseguir fidelizar todos aqueles que
requisitam os seus serviços.
Os clientes da Leitão Sorridente
são parceiros fidelizados e o serviço
abrange desde a restauração às grandes superfícies comerciais. O pico
de vendas é aos finais de semana,
altura em que daqui saem cerca de 50
leitões e em épocas especiais como
o Natal e a Páscoa. Aqui assa-se o
Leitão Saloio, o Leitão à Bairrada e
a famosa Manta Saloia – costela de
porco assado com tempero especial,
tudo em forno a lenha. Com quatro
carrinhas, a Leitão Sorridente para
fazer distribuição Grande Lisboa,
Ribatejo, Oeste e Margem Sul.
Sobral de Monte Agraço é, para o
alentejano, um “concelho calmo, onde
as pessoas se ajudam e são acessíveis”. Evaristo Estudante revela, no
entanto, que “é preciso estar sempre
à procura de outro tipo de cliente”,
e por isso mesmo a aposta da empresa incide também em concursos
públicos e parcerias de negócio com
superfícies comerciais. A longo prazo,
Evaristo Estudante gostaria de alargar
o espaço, aumentar o investimento e
expandir a sua área de ação.
Portugal Inovador
De profissionais para
profissionais!
É este o slogan da Metalocachoeira,
empresa que desde 1998 serve a
indústria alimentar com uma oferta
completa e inovadora.
Nelson Reis e Vanda Reis são
os responsáveis e falaram connosco sobre a atividade da empresa
e as mais-valias com que esta dá
resposta aos seus clientes. A sua
origem data de 1998, altura em que
se estabeleceu em condições bem
mais modestas do que aquelas que
apresenta hoje.
Neste momento, a Metalocachoeira labora num espaço amplo
e funcional que podemos encontrar
na freguesia do Milharado, em
Mafra. Nestas instalações trabalha
uma equipa de nove elementos que
com maquinaria devidamente atualizada para os trabalhos de metalomecânica, dá origem à produção,
de equipamentos obedecendo às
exigentes normas de Higiene e
Segurança Alimentar.
Esta oferta divide-se entre a produção própria da Metalocachoeira
e outros produtos (uns importados,
outros provenientes de fornecedores nacionais) destinados a auxiliar
o trabalho de clientes como, Talhos,
matadouros, Peixarias e Lares. Já
os produtos internamente criados
na empresa incluem equipamentos
como vestiários, armários, lava
mãos, caixotes de lixo, entre outros.
A sua implantação no mercado
tem uma amplitude nacional, com
disponibilidade para equipar espaços por todo o país, ainda que
a grande maioria destes trabalhos
se concentre na região de Lisboa.
O seu constante crescimento é
uma consequência da capacidade
de trabalho e grande experiência
dos profissionais que a dirigem. Os
seus clientes contam com um serviço integrado e diferenciado desde o
planeamento de produção à venda
dos seus equipamentos. “Procuramos sempre a melhor solução para
os nossos clientes”.
Agosto I 21
Portugal Inovador
Trabalhar para a qualidade
Olga Coelho e Miguel Coelho estiveram à conversa com a Portugal Inovador para nos falar
sobre a Fábrica de Bolos de Santa Luzia. Com um percurso de 20 anos de história, o projeto
cresce a cada dia que passa na perspetiva de oferecer aos seus clientes a maior qualidade
nos seus produtos.
Trabalho sólido
Miguel Coelho começa por contar:
“A empresa foi criada em 1982, mas
não fui eu o fundador de toda esta
estrutura. Vim para cá quando tinha
apenas 16 anos e desempenhei a
tarefa de pasteleiro; depois fui para
a tropa e ausentei-me da atividade
durante algum tempo, tinha 20 anos
quando terminou esse período. Quando voltei, fui laborar para outra empresa, onde estive durante quatro anos.
Com 24 anos de idade os gerentes
da Fábrica de Bolos de Santa Luzia
pediram-me que voltasse, fizeram-me
uma proposta aliciante e eu aceitei”.
Entre os 24 e os 29 anos, Miguel Coelho fazia parte da equipa
e laborava com afinco e dedicação,
algo que os patrões desde sempre
valorizaram. “Quando completei os
29 anos os meus patrões decidiram
que iam vender a fábrica, mas eu
22 I Agosto
não queria abandonar o projeto, e
esforcei-me para que pudesse ser
eu a dar-lhe continuidade. O balanço que agora faço é muito positivo,
mas pelo meio houve muito sacrifício envolvido”, observa o nosso
interlocutor.
Rigor e proximidade
Destacando-se com diferenciação,
laboram com qualidade e detalhe
em todas as etapas do seu trabalho,
verificando que “de entre todos os
produtos que o pastel de nata, o mil
folhas e a bola de Berlim são os mais
procurados”.
Apesar de se encontrarem sediados em Sobral de Monte Agraço,
desenvolvem negócios fora dessa
região: “Temos clientes também em
Odivelas, em Lisboa, na Amadora,
entre muitos outros locais”, clarificam.
Definindo-se pela constante inovação e adaptação às diferentes
necessidades do mercado, a aposta
recai essencialmente nos cuidados
com as matérias-primas, as exigências ao nível da segurança alimentar
e os equipamentos utilizados. “Muitas
vezes é o ambiente criado em torno
da confeção que produz a qualidade”,
traduzem. Quando questionados sobre o que os diferencia no mercado,
os nossos entrevistados acabam por
chegar à conclusão de que “na concorrência há amizade, aprendemos
todos uns com os outros, partilhamos
ideias e a relação revela-se muito
boa”. Nessa perspetiva a formação
interna é algo que os dois empresários
também estimulam. “Somos, sobretudo, ambiciosos, neste momento
contamos com dez funcionários, mas
queremos continuar a crescer mais e
melhor. Hoje sabemos que o segredo
do nosso sucesso é fruto de muito
trabalho e humildade”.
Portugal Inovador
A saúde aqui tão perto
À sua disposição, na CEMED encontrará profissionais qualificados e um atendimento
personalizado que faz a diferença. Para si e para a sua família.
Tudo começou em nome de “um
projeto pessoal”, porque Inês Jorge,
médica formada em Medicina Dentária pela Universidade de Lisboa e
docente nessa instituição, quis concretizar. O sonho tornou-se real em
2008, depois de sete anos de experiência acumulados na área. Foi
nesse ano que a CEMED – Clínica
Médica e Dentária abriu as portas
na Malveira para dar resposta a diversas valências na área da saúde
e se tornar, consequentemente, um
espaço feito para “os pacientes e
para as suas respetivas famílias”,
explica a diretora clínica.
Constituída, neste momento, por
uma equipa de 45 colaboradores, a
CEMED é uma clínica de referência
que conta com um elevado número
de valências, como a Medicina
Dentária, Clínica Geral e Familiar,
Pediatria, Ortopedia ou Ginecologia, entre muitas outras. Independentemente do tipo de serviço,
existe a garantia de que o cliente
é sempre atendido por um médico
altamente especializado na área,
capaz de aliar a sua competência
profissional com um atendimento
pessoal agradável e diferenciado.
Segundo Inês Jorge, esta é,
efetivamente, uma das características que melhor define a CEMED.
“Temos um contacto muito próximo
com as pessoas, desejamos as
boas festas e os parabéns nos dias
de aniversário”, exemplifica a diretora clínica. É graças a pequenos
gestos como este, bem como ao
“horário muito extenso” em vigência
na clínica, que a CEMED consegue
“dar resposta à grande maior parte
das urgências, quer da Malveira,
quer do concelho de Mafra” e, inclusivamente, de concelhos limítrofes,
como Torres Vedras.
A preocupação continuada com
o cliente e a ligação que se estabelece para com ele é, de facto,
uma das virtudes que distingue
a CEMED dos restantes espaços de prestação de serviços de
saúde existentes na região. “Em
situações mais críticas, fazemos
o acompanhamento das pessoas
24 horas por dia, o meu telemóvel
está sempre ligado”, explica Inês
Jorge, numa alusão a um tipo de
atendimento que, no entanto, “não
é feito” por muitas estruturas de
maior dimensão.
Depois de um percurso de sete
anos com um balanço bastante
positivo, é de olhar fixo no futuro que encontramos a CEMED.
“Estamos a tentar apostar numa
grande diferenciação clínica”, refere
a médica dentista, com a intenção
de fornecer um número cada vez
mais vasto de valências. Sempre
com uma grande preocupação em
acompanhar a evolução tecnológica, entre os outros objetivos futuros
da CEMED encontra-se a vontade
de continuar a investir na “inovação
e nos novos equipamentos”. Mas
também para o dia de amanhã
fica a garantia de que se manterá
o “melhor tratamento possível aos
nossos clientes”, não só do ponto
de vista técnico mas, acima de tudo,
ao nível humano.
Agosto I 23
Portugal Inovador
O seu animal
merece o melhor
No passado mês de julho o Hospital Veterinário de Sintra completou dois anos de atividade
sendo que, nas palavras da administradora Sofia Arrobas, “apresenta uma casuística muito
interessante e desafiadora no dia a dia”.
uma área interior bastante adequada, pensada para servir as necessidades dos animais de estimação,
estando dividida em área de cães
e gatos”.
Realidade local
O Centro Veterinário Sintra –
Hospital Veterinário iniciou os seus
serviços em março de 2013 como
Clínica Veterinária e “rapidamente
se tornou clara a necessidade de
evoluir para serviço hospitalar com
médico veterinário permanente,
durante 24 horas, de modo a garantir um serviço completo aos
animais de estimação e assegurar
os cuidados permanentes que os
animais internados, por doença ou
situações de pós-cirúrgicos, necessitam, dando assim maior confiança
e segurança aos donos”, introduz
24 I Agosto
Sofia Arrobas.
Este espaço nasceu da necessidade de um Hospital Veterinário
com estas características na região
de Sintra. A Portugal Inovador esteve no local e ficou a conhecer as
amplas instalações situadas à face
da EN 9, Km 17,4, Ral. As características da estrutura, “em termos
de acessos, localização e espaço
foram as ideias para acolher este
projeto”, refere a administradora.
Assim sendo, “o Hospital tem fácil
acesso ao público, com estacionamento próprio, espaço exterior e
Nos últimos meses temos procurado retratar a realidade vigente, em todas as regiões por onde
passamos, no que concerne à
consciência da população para
os cuidados a ter com os animais
de companhia. O diretor clínico do
Hospital Veterinário de Sintra, Abel
Almeida, apresentou-nos a dinâmica da região: “Sintra tem uma área
mais urbana que contrasta com
outra mais rural as quais diferem
ao nível dos cuidados de saúde
animal. Denoto no entanto que nos
últimos anos, a zona rural está a ser
habitada por pessoas que vêm da
cidade para o campo, difundindo
assim os hábitos de cuidados de
saúde, habitualmente, mais enraizados nos centros urbanos”.
Questionado sobre o desconforto que a classe médico-veterinária
sente perante atos praticados por
outros agentes promotores de
saúde, que facilitam o acesso do
Portugal Inovador
Alerta
O médico veterinário Abel Almeida alerta que em época de
verão é “muito importante fazer
a prevenção de doenças transmitidas pelas pulgas, carraças
e outros vetores (mosquitos,
etc…), de modo a evitar doenças
futuras que ponham em causa
a vida do seu animal”. É igualmente importante “não expor o
animal a longos períodos de sol
e disponibilizar-lhe água fresca
e limpa”.
público a medicação veterinária
sem receita médica, Abel Almeida
alerta que “deveria haver maior controlo à venda dos medicamentos
sem receita, dado que por vezes
há casos de intoxicações e lesões
permanentes nos animais de estimação, devido à toma de produtos
não adequados”.
Com vista a oferecer um serviço
cada vez mais especializado e que
atenda às necessidades de donos
e animais “o Hospital Veterinário de
Sintra, apoia e investe na formação
dos seus colaboradores, colocando
ao dispor dos seus clientes, profissionais cada vez mais qualificados”,
complementa a administradora.
Sofia Arrobas reforça ainda
que a missão de toda a equipa
“é garantir a 100% os cuidados
médico-veterinários aos animais de
estimação, quer ao nível da prevenção, assim como do tratamento das
variadas doenças”, sejam eles animais de pequeno porte ou exóticos.
Cirurgia (Ortopedia, Neurocirurgia
e tecidos moles), Endoscopia,
Imagiologia (Radiologia, Ecografia
e Ecocardiografia)”.
Destacamos que o Hospital Veterinário de Sintra tem ao seu dispor
“um serviço bastante inovador e
único na região no âmbito da Laparoscopia e Endoscopia Flexível,
que permite realizar cirurgias de
mínima invasão com recuperação
muito rápida e pouco dolorosa, à
semelhança do que se passa em
Medicina Humana”.
Para além da parte clínica, o
Hospital dispõe dos serviços de
banhos e tosquias, assim como de
um espaço complementar – a Mercearia dos Animais – onde os donos
têm acesso a produtos e acessórios
para os seus animais.
Futuro
Dinâmica, jovem e profissional a
equipa do Hospital Veterinário de Sintra, liderada por Sofia Arrobas e Abel
Almeida pretende marcar a diferença
no setor da Medicina Veterinária. Com
esse intuito está já em curso a criação
de um Banco de Sangue Animal, que
promete marcar a diferença na vida de
muitos animais e respetivos donos.
Se o investimento em Fisioterapia Animal é uma certeza, está
também em vista a criação de um
Hotel para animais de companhia,
com especial interesse em comportamento e treino animal.
Serviços
Situado num amplo pavilhão,
devidamente equipado e setorizado, o Hospital Veterinário de Sintra
oferece excelentes condições para
o exercício da prática médico-veterinária. Sofia Arrobas explica que
todos os processos se iniciam com
uma consulta de Medicina Geral “e,
em caso de necessidade, o animal
é reencaminhado para os serviços
de especialidade – Oncologia, Fisioterapia, Comportamento Animal,
Agosto I 25
Portugal Inovador
26 I Agosto
Portugal Inovador
Agosto I 27
Portugal Inovador
Formação de excelência
numa atividade com futuro
A Escola de Aviação G Air Training Centre está presente em Ponte de Sôr e Tires. Para
além de estar numa área com condições endógenas altamente privilegiadas para a prática
do voo, está também equipada com condições de vanguarda para a formação nas diversas
atividades ligadas à aviação civil.
O diretor executivo do G Air
Group, Nelson Ferreira, começa
por nos oferecer uma análise
acerca da realidade do setor da
aviação, chamando a atenção
para as vantagens da aposta
na formação aeronáutica: “Se
olharmos para a qualificação
de uma pessoa não apenas
como uma forma de realização
pessoal, mas também como um
investimento financeiro, é das
vias mais interessantes. Já há 30
anos que a aviação se encontra
em forte crescimento, registando
uma evolução de cerca de 5 ou
6% por ano, e, aliado a isso, as
carreiras são altamente bem
remuneradas. Um piloto de linha
aérea pode, facilmente, ganhar
acima de 100 mil euros por ano,
recuperando rapidamente o investimento na formação”.
Segundo um artigo publicado
no jornal britânico The Guardian
28 I Agosto
ao qual nos faz referência, a
profissão de piloto é, aliás, a
segunda profissão mais bem
paga do mundo. Uma realidade
que nos explica: “Há uma grande
falta de pilotos. Por exemplo,
a Boeing estima que haja um
défice de 556 mil novos pilotos
que é necessário formar nos
próximos anos, o que significa
que se todas as escolas de formação no Mundo estivessem a
formar a 100%, isso continuava
a não ser suficiente. Conclui-se
então que a lei da oferta e da
procura joga a favor dos pilotos
recém-formados e, embora não
possa dizer que todos os pilotos
que se formam encontram lugar
imediatamente, os melhores pelo
menos os que estão dentro da
média encontram emprego muito
rapidamente”.
No meio de tudo isto, Portugal
ocupa uma posição privilegiada
que “a maior parte dos portugueses, provavelmente, desconhece”. Nelson Ferreira informa-nos
que o país, e em particular o
Alentejo, dispõe de condições
únicas para o treino de formação aeronáutica: “Existem dois
locais no Mundo que têm condições particularmente boas para
a formação aeronáutica. Um é
a Florida, o outro é Portugal. O
Alentejo, especificamente, tem
entre 3.000 a 3.200 horas de sol
por ano e, naturalmente, para
se treinar é vantajoso um clima
ameno”.
No caso específico da G Air
Training Centre, as condições
tornam-se ainda mais positivas
se observarmos aquilo que os
recentes investimentos proporcionaram. É um centro que se
encontra dotado de “um excelente aeródromo, de excelentes
equipamentos eletrónicos e
Portugal Inovador
de uma vasta frota”, o que o
torna uma referência no plano
internacional. “É a única escola
portuguesa que tem este caráter
internacional e multicultural”,
sublinha. A percentagem de
alunos nacionais é reduzida,
andando entre os 30 a 40%, e
uma grande quantidade são italianos, ingleses ou provenientes
dos países árabes (a G Air treina
pilotos da Emirates Aviation University e da Air Arabia).
Atendendo a isso, o Grupo
G Air, para além da utilização
da sede em Ponte de Sôr, tem
ainda uma base em Tires e, fora
do país, em Bergamo, na Sardenha, no Dubai e em Omã. Estes
pontos no estrangeiro destinam-se à etapa da formação teórica,
sendo que estes formandos, na
fase prática, estabelecem-se em
Ponte de Sôr, onde estão garantidas as devidas condições de
alojamento.
Esta atratividade para com
públicos internacionais é também facilmente explicável: “Nós
iniciámos os cursos em julho
de 2014 e 12 meses depois
começámos a ter os primeiros
pilotos licenciados. Esses 12
meses correspondem ao mínimo
que a EASA (European Aviation
Safety Agency) permite. A média
que se encontra nas formações
dadas pelas diferentes escolas
será de dois anos, só que aqui,
dadas as condições que temos,
há a possibilidade de começarmos a voar às seis da manhã e
de acabarmos às dez da noite.
Ao mesmo tempo, temos este
espaço aéreo, que é um espaço
que nós próprios gerimos. São,
portanto, condições como não
existem em mais lado nenhum e
essa perspetiva de que rapidamente possam acabar o curso
e serem recompensados pelo
investimento que fizeram é o que
tem trazido para cá tantos alunos
de fora do país”.
Um projeto
ambicioso
Internamente, esta escola
goza do estatuto de ter sido
uma das duas mais antigas do
país. Começou em 1979, sob
a designação Aerocondor e é
dessa origem que advém uma
ampla experiência na formação
de milhares de profissionais do
ramo. Em 2013, a Aerocondor é
adquirida pelo G Air Group e o
seu funcionamento, nestes moldes, arranca em janeiro de 2014.
Atualmente, tem cerca de 300
alunos, dos quais 150 na base de
Ponte de Sôr, distribuídos por uma
oferta formativa que inclui não só
o treino de pilotos (quer na componente de avião, quer helicóptero), como também de assistentes
de bordo, de operadores de voo
e de técnicos de manutenção.
Voltando à referência que já nos
fez às condições que este grande investimento trouxe, Nelson
Ferreira destaca-nos uma frota
que é das maiores da Península
Ibérica e que até ao final deste
ano deverá estar próxima das 50
unidades. Já a área da formação
em assistente de bordo dispõe,
como exemplo, equipamentos que
replicam uma situação de salvamento de emergência dentro de
água, com uma piscina e mangas
de evacuamento. No caso da formação em manutenção, o curso
inclui dois anos de formação teórica e dois anos de formação on
the job. O Grupo inclui, para além
da escola de aviação, a empresa
de manutenção aeronáutica, a G
Air Maintenance, o que facilita a
integração dessa componente e
desses alunos.
Por fim, além destas condições internas, a G Air tem celebrados protocolos com diversas
universidades. “O nosso curso
de piloto de linha aérea dá direito
a créditos nas licenciaturas de
Ciências Aeronáuticas e, para
esse efeito, funcionamos em
parceria com entidades como o
ISEC (Instituto Superior de Educação e Ciências) ou a Lusófona,
assim como a Buckinghamshire
New University ou a Embry Riddle Aeronautical University. O requisito para se ser piloto é o 12º
ano, mas as companhias cada
vez mais procuram profissionais
com o grau de licenciatura. Naturalmente, acoplar a formação
de piloto com a licenciatura é
algo que valoriza o currículo das
pessoas. Por tal temos estas
parcerias para que, enquanto
o aluno treina para piloto está
também a realizar parte de uma
licenciatura”.
Agosto I 29
Portugal Inovador
Uma aposta
de longa data no ensino
Situado no distrito de Aveiro, Oliveira do Bairro é um dos municípios que assumiu o processo
de descentralização de competências na área da Educação.
Oliveira do Bairro é um município que tem “crescido em contraciclo” e que, historicamente,
tem uma taxa de desemprego
“muito abaixo da média nacional”. Trata-se, nas palavras do
presidente da Câmara Municipal,
Mário João Oliveira, de um município “de gente empreendedora e
dinâmica”, situado numa região
“turística, extremamente proativa
e contributiva para a economia
nacional”.
Num concelho com estas
características não poderia faltar um investimento cuidado e
continuado na educação, sendo
esta a “aposta principal” da autarquia. A comprová-lo está, por
30 I Agosto
exemplo, a criação e requalificação de diversas infraestruturas ligadas ao ensino ao longo
dos últimos anos, bem como os
diversos projetos de solidariedade e de ocupação de tempos
livres promovidos pela Câmara.
E foi precisamente essa aposta
contínua que levou o município
de Oliveira do Bairro a assumir
a descentralização de competências no ensino.
Através deste processo, são
transferidos para o município e
respetivo agrupamento de escolas muitos dos aspetos outrora
pertencentes ao Ministério da
Educação e da Ciência como,
por exemplo, a constituição dos
horários e calendários escolares, ou parte da oferta curricular
disponibilizada aos alunos. “O
facto de estarmos mais próximos
permitirá que façamos um melhor
trabalho”, afirma Mário João
Oliveira, acrescentando que
esta é uma “aposta natural” num
município que sempre colocou a
tónica na qualidade do ensino.
Bastante otimista está também a vereadora da Educação
do município de Oliveira do Bairro. De acordo com Elsa Pires,
a descentralização de competências permitirá que - através
do diálogo entre a câmara, as
instituições de ensino do município e “todas as forças locais
que intervêm no mercado de
trabalho” – se adeque melhor a
oferta curricular às necessidades
reais. Caso contrário, “criam-se
falsas expectativas e contraria-se a entrada no mercado de
trabalho”, refere.
Portugal Inovador
Ainda no âmbito do ensino,
Oliveira do Bairro é um município que, recentemente, viu a
sua oferta crescer ainda mais,
à medida que ao agrupamento
de escolas públicas e ao IPSB
– Colégio Frei Gil se veio juntar o Instituto Profissional da
Bairrada. Em funcionamento
há um ano, esta é uma escola
de referência empresarial que,
para Elsa Pires, constitui uma
“mais-valia” em termos de oferta formativa, dirigindo-se “a um
nicho de mercado que não tem
concorrência” e respondendo a
necessidades muito específicas.
Semelhante é a opinião de Mário João Oliveira, que descreve a
importância dos investimentos
na área da educação como “as
melhores apostas que se podem
fazer para o futuro”. E acrescenta: “é graças a essas apostas que
continuamos a crescer, já que,
para se fixar, o que as pessoas
mais procuram é o fator emprego
e o fator escola”, vaticina.
Agosto I 31
Portugal Inovador
Um projeto educativo
ambicioso
O Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro concentra todos os estabelecimentos de
ensino público do concelho. A diretora, Júlia Gradeço, ajudou-nos a conhecer a sua realidade.
Após a fusão entre dois agrupamentos anteriores e a assimilação da Escola Secundária local, esta instituição é agregadora
de um total de onze unidades: a
Escola Secundária de Oliveira do
Bairro, a Escola Básica Dr. Acácio de Azevedo, a Escola Básica
Dr. Fernando Peixinho, a Escola
Básica da Mamarrosa e os Centros Escolares de Oliveira do
Bairro, de Bustos, do Troviscal,
de Vila Verde, da Palhaça, de
Oiã Poente e de Oiã Nascente.
Contrariamente ao que sucede na maioria dos casos, a sede
encontra-se na Escola Básica Dr.
Acácio de Azevedo. É uma escola que, com a intervenção do
município, está a beneficiar de
32 I Agosto
um processo de requalificação
já em fase bastante adiantada,
processo esse que se espera
que passe também pela Escola
Básica Dr. Fernando Peixinho e
também pela Secundária. Esta
última não foi abrangida pelos
trabalhos da Parque Escolar, o
que Júlia Gradeço assume ser
“um problema que o agrupamento está a sentir”.
A oferta é ambiciosa, contudo.
Dentro dos cursos científico-humanísticos, o plano para
2015/2016 inclui as vertentes das
Ciências e Tecnologias, Línguas
e Humanidades e Ciências Socioeconómicas e apenas ficará
em falta o curso de Artes Visuais
por insuficiência de alunos. A
via profissionalizante vai passar
pela formação em Comunicação,
Marketing, Relações Públicas
e Publicidade e pelo curso de
Restauração, quer na variante
de Cozinha/Pastelaria quer em
Restaurante/Bar. As obras municipais vieram beneficiar este
último curso, ao garantirem um
novo pavilhão, com cozinhas pedagógicas. “Este ano estaremos
muito bem equipados; até aqui
tínhamos um edifício hoteleiro
alugado mas agora iremos ter as
condições ideais”, indica. Quanto
à colocação destes formandos
em estágios, a nossa entrevistada diz “não haver qualquer
dificuldade, sendo que no caso
da Restauração estão colocados
em entidades de todo o país”.
Fazendo também referência
aos projetos de enriquecimento,
a diretora refere-nos três áreas
que concentram o essencial da
Portugal Inovador
aposta do agrupamento. Nas
ciências, destaca, com orgulho,
a ida de alunos deste agrupamento a Los Angeles para
representarem Portugal na Intel
ISEF 2014 (maior feira mundial de ciência para alunos do
ensino secundário). Nas artes,
dá relevo ao exemplo do coro
musical de 150 alunos do 2º
ciclo, que, anualmente, “dá dois
espetaculos de grande escala”.
Por último, o desporto escolar é
também uma aposta tradicional
deste conjunto de escolas.
Agosto I 33
Portugal Inovador
O teu futuro
está aqui
É este o lema do Agrupamento de Escolas da Gafanha da
Nazaré, garantido por uma articulação harmoniosa entre os
diferentes ciclos e modalidades de ensino.
Este agrupamento tem cerca de
2000 alunos, dos quais 800 estão
concentrados na sua sede, a Escola
Secundária da Gafanha da Nazaré.
Para além deste estabelecimento, há
ainda cinco jardins de infância, seis
escolas do 1º ciclo e uma do 2º.
A diretora, Eugénia Pinheiro, entende que as valências oferecidas
pelos estabelecimentos que integram
o agrupamento garantem aos encarregados de educação a satisfação
das suas necessidades. Todos os
estabelecimentos do pré-escolar e 1º
CEB têm valências como Prolongamento de Horário e a Componente de
Apoio à Família. Além disso, menciona
também a Iniciação à natação em todos os jardins de infância, a oferta, no
1º ciclo, do Inglês curricular na oferta
complementar, a adesão à Programação no Ensino Básico assim como a
“colaboração estreita com o município
de Ílhavo na definição das atividades
de enriquecimento curricular”.
O 2º ciclo teve, neste último ano
letivo, uma novidade. A Escola Básica da Gafanha da Nazaré passou a
lecionar apenas esta etapa de ensino,
deixando de incluir o 3º, o que Eugénia
Pinheiro entende ter resultado numa
melhoria significativa. “Conseguimos
criar uma espécie de ninho em que os
alunos transitam de um ambiente mais
restrito, como é o primeiro ciclo, e não
se espraiam logo para este mundo,
ficando num ambiente mais personali34 I Agosto
zado, acolhedor e ameno, apenas com
12turmas”, explica.
Por fim, chegamos à escola que
reúne a oferta de 3º ciclo e secundário
e que, como já foi dito, é também sede
deste agrupamento. A Secundária da
Gafanha da Nazaré foi alvo de intervenção da Parque Escolar e é agora
“um edifício muito agradável, muito
luminoso e muito amplo, com todas as
valências de que os alunos necessitam
e que os pais podem desejar”. Passou
a estar dotada de “laboratórios completamente equipados para as mais
diversas áreas experimentais, uma
excelente biblioteca, pavilhão e ginásio
para a prática da Educação Física.
O esforço para dar aos alunos
e famílias uma resposta completa
e diversificada encontra-se refletido
na oferta formativa desta escola. No
ensino secundário irão abrir turmas
de Ciências e Tecnologias, Línguas
e Humanidades e também Ciências
Socioeconómicas. Eugénia Pinheiro
faz-nos um balanço positivo dos resultados. Em simultâneo, está também
garantida a via profissionalizante com
a oferta dos cursos de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos,
Eletrónica, Automação e Computadores que “têm sido muito procurados e
que são uma referência”, Receção e
Secretariado. Os vocacionais do 3 º
CEB e dual do secundário são implementados. A intenção passa, agora,
por alargar a oferta do secundário.
A educação de adultos encontra-se
igualmente assegurada através de
EFA escolar de nível secundário.
Merecem igual destaque o apoio
aos alunos em salas de estudo e os
projetos em desenvolvimento, tais
como os manuais digitais, visando o
desenvolvimento integral dos alunos
e um clima educativo de qualidade.
Portugal Inovador
Olhar no futuro e na
empregabilidade
O Agrupamento de Escolas de Sertã surgiu no ano letivo
de 2003/2004 e conta com 1500 alunos e 150 docentes
distribuídos pelos diversos níveis de ensino.
Composto por 11 estabelecimentos, este é um agrupamento com uma
oferta educativa variada que, tal como
refere o diretor José Carlos Fernandes,
contempla níveis de ensino desde “o
pré-escolar até ao secundário regular”. Mas existe também espaço para
cursos vocacionais e profissionais, em
áreas como a Eletrotecnia, o Comércio
ou a Multimédia – ofertas sempre com
o olhar fixo na empregabilidade e nas
necessidades da região.
Um fator de destaque nesta oferta
formativa é o curso profissional de
Técnico de Eletrotecnia, “uma área
que tem sido uma forte aposta desde
há muitos anos” e que faz “parte do
ADN do agrupamento”. Mas à tradição
junta-se a empregabilidade: “Temos
várias empresas sempre muito recetivas para fazer protocolos connosco,
nomeadamente para a formação em
contexto de trabalho”, explica José
Carlos Fernandes. E acrescenta:
“depois de concluírem o curso, muitos
destes alunos ficam empregados, não
só no concelho da Sertã, mas também
nas áreas limítrofes”.
Entre os locais de estágio, incluem-se empresas de referência como a
EDP, a Celtejo ou o Grupo Palser. Mas
também nas outras ofertas existem
boas perspetivas de empregabilidade.
O curso profissional deTécnico de
Comércio, por exemplo, constitui uma
“aposta recente” e tem-se revelado
uma mais-valia, devido “ao conjunto
significativo de empresas do setor a
operar no concelho”. De igual modo,
à disposição de qualquer estudante
que conclua o nível secundário existem
protocolos com instituições de ensino
superior, como o Instituto Politécnico
de Tomar e o Instituto Politécnico de
Castelo Branco.
Prova de que o Agrupamento de
Escolas de Sertã se preocupa com
a formação de toda a comunidade
é o facto de esta instituição também
incluir um Centro para a Qualificação
e o Ensino Profissional (CQEP). O balanço do seu primeiro ano de atividade
é “bastante positivo” e a comprová-lo
está o número de formandos já certificados com habilitações ao nível do 3º
ciclo e do ensino secundário, afirma
José Carlos Fernandes.
Digna de nota é também a importância dada, por parte do agrupamento, ao desporto escolar, recompensada com “o sucesso conseguido”
em modalidades como o voleibol, o
badmínton, a ginástica aeróbica, a
natação e o boccia. Outro dos projetos
escolares é a psicomotricidade em
meio aquático para alunos com necessidades educativas especiais. Já em
termos de atividades extracurriculares,
os discentes podem integrar clubes
dedicados a áreas como a robótica, o
teatro ou a música. Tudo isto em prol
de uma escola moderna e atenta ao
mercado de trabalho.
Agosto I 35
Portugal Inovador
Ao serviço
do ensino em Ílhavo
Lúcia Maria Rodrigues, diretora do Agrupamento de Escolas
de Ílhavo, esteve em diálogo connosco acerca da realidade
deste conjunto de escolas.
Este agrupamento integra
nove unidades, as quais cobrem
todas as etapas de ensino que
vão do Pré-Escolar ao final do
Ensino Secundário. Os estabelecimentos são então a Escola
S e c u n d á r i a D r. J o ã o C a r l o s
Celestino Gomes (a sede) e as
Escolas Básicas José Ferreira
Pinto Basto (2º e 3º ciclos), da
Nossa Senhora do Pranto, de
Corgo Comum, da Légua, de
Ílhavo, da Chousa Velha, da
Gafanha d’Aquém e de Vale de
Ílhavo.
No total, este Agrupamento
irá acolher de cerca de 1600
alunos, estando 500 concen-
36 I Agosto
trados na sua escola-sede. É
um espaço escolar onde estes
jovens frequentam o 3º ciclo e
o Ensino Secundário, estando
distribuídos por uma oferta que
a diretora nos passa a descrever.
Dentro do Ensino Secundário, a
oferta para a via regular centra-se nas Ciências e Tecnologias
e nas Línguas e Humanidades.
Lúcia Maria Rodrigues mostra-se, neste final de ano letivo,
“muito agradada com as taxas
de sucesso obtidas, sendo que,
nomeadamente no exame nacional de Matemática A, registou-se
uma média superior à nacional”.
No entanto, diz-nos também que
Portugal Inovador
“a crise se tem feito sentir um
pouco, e que as expetativas dos
alunos em relação ao ingresso
no Ensino Superior não estão a
ser as de outrora”.
Já na via profissionalizante, a
oferta para 2015/2016 irá abarcar
duas saídas: Técnico de Apoio à
Gestão Desportiva e Técnico de
Restauração (variante Cozinha/
Pastelaria). Sobre as mais-valias
e qualidade que esta escola dá
resposta à oferta profissional,
a nossa interlocutora refere as
parcerias com o tecido empresarial e comercial locais, dando
ainda como exemplo o caso da
Restauração, através do recurso
a um protocolo celebrado com o
Hotel de Ílhavo.
Também com relevância em
termos de uma futura capacitação
profissional, é de referir a oferta de
Ensino Vocacional, de 3º ciclo, com
as três vertentes de Informática,
Práticas Comerciais e Cozinha.
Quanto aos projetos exteriores à oferta curricular que são
dinamizados neste Agrupamento, a responsável refere-nos os
casos do Desporto Escolar (ao
qual aderem cerca de 400 alunos
e onde se verificam sucessos de
nível nacional, como no Ténis de
Mesa), o Projeto Eco-Escolas, o
Projeto de Promoção para Saúde
e também os Clubes Europeu, de
Iniciação à Robótica e de Teatro.
Adianta-nos também que está
a ser equacionado, já para o
próximo ano, um Clube de Arte
e Ciência, que “irá promover a
interligação entre as duas vertentes”.
Por fim, sintetizando aquela
que considera ser a missão
desta instituição, Lúcia Maria
Rodrigues diz que este “pretende ser um agrupamento de
excelência, que procura centrar
a sua ação em torno dos valores
da cidadania e que desenvolve
um plano de atividades muito
diversificado, permitindo aos alunos, muitos deles carenciados,
experiências únicas de aprendizagem”. Ao mesmo tempo, não
deixa de ressalvar o trabalho
junto dos cerca de 130 alunos
com necessidades educativas
especiais, para os quais “é feito
aqui um esforço grande de mobilização dos recursos humanos da
escola, provendo nestes jovens
o desenvolvimento de competências funcionais e de alguma
autonomia”.
Agosto I 37
Portugal Inovador
Cinquenta anos ao serviço
da educação em Ovar
O Agrupamento de Escolas Ovar Sul foi constituído em 2012, mas assenta na tradição
cinquentenária da sua sede, a Escola Secundária Júlio Dinis.
Este estabelecimento completou
esta idade no dia 26 de outubro
do ano passado. Começou como
colégio privado, por iniciativa de
Maria Helena Meneses, figura ilustre da cidade e mãe de Luís Filipe
Meneses. Nos anos 70, passa para
a esfera pública e adquire a atual
denominação já na década de 80.
Como já foi referido, foi em
2012, mais concretamente em
julho, que se chegou a esta atual
organização administrativa. Para
além da Secundária Júlio Dinis,
este agrupamento gere ainda duas
outras grandes escolas como a E.B.
São Vicente Pereira e a E.B. Monsenhor Miguel de Oliveira. O diretor,
Nuno Gomes, faz-nos um balanço
38 I Agosto
acerca desta adaptação, chamando
a atenção para “as identidades e
culturas distintas” que havia entre
estes diferentes estabelecimentos.
“Houve um período de adaptação
que foi necessário, em termos
administrativos e burocráticos. Em
relação à questão pedagógica, a
linguagem é universal. Os professores poderiam ter culturas diferentes
em determinados procedimentos
pedagógicos, mas tudo isso se
congregou e penso que se conseguiu arranjar uma plataforma de
entendimento e de pontos comuns”,
explica. Volvidos estes três anos, já
se trabalha debaixo de uma “identidade de agrupamento” e a missão
é clara e coerente: “Qualidade e
equidade para todos os alunos”.
Pegando no caso específico da
respetiva sede, estes princípios são
respeitados, através de uma forte
integração entre a parte curricular
e os projetos dinamizados pela comunidade. “Estamos a fazer não só
o trabalho óbvio para o resultado e
para o exame final, como também
a tentar envolver estes alunos em
projetos que lhes permitam uma
melhor preparação para o ensino
superior. Nomeadamente, a nível
de metodologias de projeto e das
chamadas soft skills, que é algo
que eles vão aprendendo uns com
os outros”, indica.
Dentro deste espírito, Nuno Gomes ajuda-nos a perceber como as
diferentes componentes da oferta
letiva se cruzam com a tradição
que a escola tem vindo a adquirir
no âmbito destes projetos. Começando pelos cursos científico-humanísticos do ensino secundário,
esta oferta contempla as áreas
das Ciências e Tecnologias e das
Línguas e Humanidades. “É nas
Ciências e Tecnologias que temos
tido uma tradição mais acentuada.
Temos participações muito ativas
e constantemente premiadas. Este
ano, por exemplo, tivemos 12 projetos na Mostra de Ciência, no Museu
da Eletricidade. No Projeto Jovens
Cientistas, tivemos 14 projetos
aprovados pelo Instituto da Juventude, em que um deles foi premiado
em Milão. Também nas Olimpíadas
internacionais da Biologia, um aluno
nosso vai representar Portugal em
Aahrus, na Dinamarca”, enumera.
A beneficiar esta vocação muito
própria desta comunidade escolar,
esteve a recente reabilitação da
Sala de Ciências da escola.
Nas Línguas e Humanidades,
Portugal Inovador
Nuno Gomes refere que “já começa
a haver alguns bons resultados,
quer no Plano Nacional de Leitura,
quer no Concurso Nacional de
Leitura, assim como também nos
próprios exames nacionais”.
Já na via profissional, a oferta
para 2015/2016 vai passar pelos
cursos de Apoio à Gestão Desportiva, Turismo e Restauração (vertente Restaurante/Bar). A primeira
das referidas formações é aquela
em que a Secundária Júlio Dinis
conta com uma tradição maior,
que já vem dos antigos cursos
tecnológicos e que tem sido um
fator de atração para alunos de fora
do concelho. Também aqui há um
cruzamento com os resultados das
outras atividades com o sucesso na
organização de muitas provas de
Desporto Escolar.
A estreita ligação com a comunidade local tem sido uma vantagem
e tem permitido facilitar a colocação destes alunos em contextos
de trabalho: “Temos, por exemplo,
uma parceria com a piscina municipal, onde muitos dos nossos
formandos fazem os seus estágios.
Também no que toca ao Turismo e
à Restauração, felizmente, estamos
constantemente a ser convocados
para colocá-los nos eventos do
município ou de outras instituições
locais. Essa relação é muito valorizada”.
Agosto I 39
Portugal Inovador
Em busca
de um futuro risonho
O Agrupamento de Escolas Miguel Torga é composto por
três estabelecimentos de ensino fortemente empenhados
na garantia do melhor futuro para os seus estudantes:
EB1/JI de Massamá, EB D. Pedro IV e a Secundária
Miguel Torga.
Sediado em Monte Abraão,
Sintra e criado em 2012, este é
um agrupamento que abrange
cerca de 2850 alunos e perto de
230 docentes, com uma oferta
educativa que começa aos quatro
anos de idade, através do ensino
pré-escolar, e cuja continuidade
se mantém até aos 18 anos, com
o ensino secundário. Sempre
atento às características da população e às necessidades da zona
geográfica em que se insere, o
Agrupamento de Escolas Miguel
Torga cedo sentiu a “necessidade
de se adaptar”, explica José Carlos Cruz. Relativamente a este
aspeto, o diretor mostra-se perentório: “Entendemos que as escolas
devem ser uma etapa importante
para os nossos alunos e que eles
devem sair com uma ferramenta
que lhes permita um bom futuro”.
Por esse motivo, tão importantes
para este agrupamento quanto as
ofertas de ensino regular, são os
40 I Agosto
cursos vocacionais (de 3º ciclo)
e profissionais (nível secundário)
que se encontram à disposição
dos alunos.
Entre uma vasta gama de
opções, existem, por exemplo,
os cursos de Técnico de Apoio à
Gestão Desportiva, Técnico de
Contabilidade, Técnico de Eletrotecnia, Técnico de Gestão de
Equipamentos Informáticos e o de
Técnico de Turismo, o qual abre
portas no próximo ano letivo e
que, na ótica de José Carlos Cruz,
“à semelhança dos anteriores,
também tem boas possibilidades
de colocação dos alunos no mercado”. Acima de tudo, este é um
agrupamento que coloca a tónica
nas palavras ‘sucesso’ e ‘futuro’. É
por esse motivo que existe “todo
um conjunto de protocolos” entre a
escola e mais de 60 empresas da
região e zonas circundantes, nomeadamente para quem opte pelo
ensino profissional. No que respeita ao curso de Técnico de Apoio à
Gestão Desportiva, por exemplo,
os estágios podem ser realizados
em entidades de referência como
o Estádio Nacional do Jamor, em
Oeiras, ou na instância turística da
Penha Longa, que possui uma forte componente dedicada ao golfe.
O Agrupamento de Escolas
Miguel Torga é, inclusivamente, um
dos poucos no país com um centro
de formação de golfe em funcionamento. “Temos vários alunos
que participam desde pequenos
na modalidade, nomeadamente
desde o 5º e 6º anos”, explica José
Carlos Cruz. Quer isto dizer que a
importância atribuída ao desporto
escolar neste agrupamento é “bastante grande”, pois este “promove
e integra as pessoas”, contribuindo para o seu sucesso, aponta o
diretor. Entre as modalidades em
destaque contam-se ainda o atletismo ou o futsal. Por outro lado, é
comum ver alunos do agrupamento
a singrar em diversas instituições
de ensino superior do país, nomeadamente no Instituto Superior
Técnico, Faculdade de Ciências,
Medicina em Lisboa, mas também
em outras universidades, nas mais
variadas áreas. Pode dizer-se, por
isso, que na tentativa de despertar
o potencial de cada aluno, este é
um agrupamento que lhe oferece
a possibilidade de um futuro forte
e risonho.
Tradição e inovação
Portugal Inovador
Recuperando um legado de prestígio, o Complexo
Termal do Cró, no concelho do Sabugal, procura
posicionar-se como um player de excelência
no turismo de saúde e bem-estar. A utilização
deste balneário encontra agora um novo fator de
dinamização, com a entrada em funcionamento
do Cró Hotel Rural****
A primeira referência bibliográfica
às Termas do Cró data de 1726, altura
em que foi feito o primeiro inventário
das águas medicinais no país. Eram
referidos, então, os efeitos terapêuticos destes banhos e a necessidade
de instalações que fizessem o seu
aproveitamento.
Esta resposta foi dada com a construção do primeiro balneário, em 1935,
o qual se manteve em funcionamento
até ao 25 de abril. Durante décadas,
foi uma referência dentro do terma-
lismo a nível nacional. Em 1980, a
Câmara Municipal do Sabugal adquire
o espaço e inicia o seu processo de
reabilitação, que culminou, em 2011,
na abertura do atual complexo.
O que hoje encontramos neste
lugar é um balneário que apresenta
condições de vanguarda, destinadas
a um serviço que cobre as áreas do
termalismo clássico (com tratamentos
de hidroterapia, imersão, duche e
vapor), do bem-estar (massagens,
exfoliações, envolvimentos, sauna
e turco), da fisioterapia e também
uma componente lúdica, apoiada por
uma piscina aquecida hidrodinâmica
e animada, com cerca de 160m2 de
espelho de água.
Fisicamente ligado a este edifício, está o novo Cró Hotel Rural, de
quatro estrelas, que possibilita que os
utilizadores do balneário tenham uma
resposta em termos de alojamento, a
uma unidade de excelência que até
ao momento não se encontrava na
região.Está capacitado com 30 quartos, restaurante e bar, sala de eventos
para 240 pessoas sentadas e um
auditório com 100 lugares. Segundo a
administração da Natura Empreendimento, S.A. que gere tanto as termas
como o hotel “o objetivo é potenciar os
serviços realizados nas termas e também que as termas tragam clientes ao
hotel e a toda a região”.
A inauguração foi a 13 de junho e
a abertura ao público deu-se durante o
mês de julho, com a promessa de que
seja também uma referência dentro
da oferta hoteleira na região.
Agosto I 41
Portugal Inovador
Pescado de Aveiro
para o Mundo
Dedicada ao comércio de peixe fresco, a Peixovar tornou-se um caso de sucesso graças à
sua atitude dinâmica e empreendedora.
Sediada em Ovar, mas com
uma filial na Lota da Docapesca da
Gafanha da Nazaré (onde é desenvolvida a maior parte da atividade)
e outra em Matosinhos, a Peixovar
– Comércio de Peixe, Lda. nasceu
em 2003 e é um verdadeiro caso
de sucesso no setor. Afinal, trata-se de um projeto que começou
quando ambos os sócios-gerentes
se encontravam no desemprego,
mas que, num percurso relativamente breve, alcançou já o estatuto
de PME Líder e assumiu-se como
uma referência, englobando, neste
momento, uma equipa de 12 elementos.
A gama de produtos que a
Peixovar comercializa é, efetivamente, variada. “Temos todo o tipo
de peixe” que passe “pelos nossos
critérios rigorosos de qualidade”,
explica João Ramos. Relativamente
a este aspeto, o sócio-gerente é
perentório: “Não nos preocupamos
com a questão do preço, mas sim
com a qualidade”. Entre o tipo de
pescado vendido encontra-se não
só o peixe fresco oriundo da costa
portuguesa, mas também produtos
importados de grande qualidade
como, por exemplo, “a perca da
Tanzânia ou do Uganda”, “o pargo
42 I Agosto
e garoupa da Mauritânia” ou o “salmão da Noruega”.
Fruto das suas parcerias comerciais, a Peixovar cedo assumiu a
missão de “levar o peixe de Aveiro”
até “vários pontos do Mundo”, sendo a grande responsável pela sua
exportação. Não admira, por esse
motivo, que esta seja uma empresa
em contraciclo com o atual estado
do setor, apresentando um balanço
de “12 anos de crescimento, ano
após ano” numa altura em que a
tendência do mercado é negativa.
Mas como é possível uma firma
como a Peixovar ter chegado tão
longe?
Relativamente a este aspeto,
João Ramos apresenta-nos uma
hipótese. “Quando trabalhamos
por dedicação e não por obrigação,
torna-se muito mais fácil atingir os
objetivos”. Mas, na opinião do nosso entrevistado, o grande segredo
para o sucesso da Peixovar está
na “equipa de colaboradores” que
trabalham na firma criada por João
Ramos e pela sua esposa e sócia,
Maria Rodrigues. “Parte do sucesso
desta empresa passa pela dedicação que eles têm tido connosco”,
garante o sócio-gerente e, “sem
eles, a Peixovar não teria chegado
tão longe”.
Importa referir que esta não é
uma empresa focada apenas em
rentabilizar para interesse próprio.
Pelo contrário, faz parte da filosofia
da Peixovar doar todos os produtos
que não se vendem – mas que se
encontrem ainda com a qualidade
devida para consumo – a associações de solidariedade. “Não
deixamos estragar, preferimos
dar”, explica João Ramos. Mas a
Peixovar preocupa-se também “em
ajudar todos neste espaço geográfico”, apoiando, por exemplo,
coletividades desportivas a nível
local – como o Clube Desportivo da
Gafanha da Nazaré – e marcando
presença em “alguns dos eventos
sociais locais”.
Já relativamente ao futuro,
há otimismo e muita vontade de
crescer. “Enquanto empresa, não
gostamos de ficar parados, temos
que ir sempre à procura de novos
desafios”. Assim sendo, entre os
planos para 2016 está a entrada
da marca Peixovar em franchising.
Tudo aponta, por isso, para um
futuro radiante e fresco.
Portugal Inovador
Agosto I 43
Portugal Inovador
Kiwicoop de Portugal
para o Mundo
Sempre em crescimento, a Kiwicoop é uma cooperativa que, ao longo da sua história, tem
lutado para garantir que o kiwi nacional se diferencie pela qualidade.
Foi em 1988 que a Kiwicoop
nasceu, assumindo desde o seu
início um objetivo muito claro: “Rentabilizar melhor o kiwi em Portugal e
na região”, explica-nos José Carlos
Soares, diretor desta cooperativa,
com sede em Oliveira do Bairro. Na
sua génese, esteve “um conjunto de
cerca de 70 associados” apostados
em potencializar o trabalho dos kiwicultores portugueses e dessa fruta
“então muito nova”.
E foi, de facto, após um percurso
repleto de dificuldades e reviravoltas
que a Kiwicoop se tornou no nome
de referência que é hoje. Atualmente,
esta é uma cooperativa que reúne
cerca de 320 associados, dotada de
instalações com capacidade para
“5000 toneladas de frio”. Mas os números não ficarão por aqui: “Estamos
a iniciar a construção de novas instalações e vamos aumentar para o dobro
44 I Agosto
a capacidade da Kiwicoop em termos
de frio”, refere José Carlos Soares.
Fruto da sua já longa história, bem
como das potencialidades das suas
produções, esta é uma cooperativa
que vê os seus produtos dividirem-se
entre o mercado nacional e estrangeiro, com este último a assumir cerca
de 40% do volume de faturação, com
especial destaque para Espanha.
O objetivo da Kiwicoop passa, no
entanto, pela aposta continuada no
mercado internacional. “Estamos a
desenvolver esforços para diversificar
a nossa oferta” e chegar a regiões
como a América do Norte ou o Brasil, “que podem ser mais-valias em
termos de preço e onde possamos
mostrar a nossa qualidade”, explica
o diretor da cooperativa.
A qualidade é, na opinião de José
Carlos Soares, um dos trunfos do kiwi
produzido em Portugal. Sendo esta
uma fruta “que exige latitudes muito
próprias” para ser devidamente plantada e explorada, o nosso país – e, em
particular, a região da Bairrada – conta
com “uma conjugação de condições”
favoráveis, como as características do
solo e do clima. O resultado é “uma
diferença tremenda em termos do sabor do kiwi”, pelo facto de as referidas
características possibilitarem a sua
colheita na maturação certa.
Enquanto embaixadora deste
produto, a Kiwicoop tem marcado
também presença em diversas iniciativas de referência, como Feiras em
Berlim ou em São Paulo, com uma
consciência bem definida do estado
deste mercado a nível mundial, bem
como das potencialidades dos produtos portugueses. “Não conseguimos
competir com países como Itália ou a
Nova Zelândia em termos de quantidade”, reconhece José Carlos Soares,
antes de acrescentar, todavia, que o
que a Kiwicoop realmente pretende
“é fazer uma diferenciação positiva e
valorizar o nosso kiwi nos mercados
que efetivamente o façam.”
Uma atitude, um produto e uma
cooperativa de referência.
Portugal Inovador
Agosto I 45
Portugal Inovador
Cultura de honestidade
e confiança
Há cerca de 40 anos, Mário Teixeira deixou o serviço de empregado de balcão para se
dedicar inteiramente ao papel de mediador de seguros. Do porta a porta ao escritório próprio,
o negócio é hoje gerido pelos três filhos.
“Andava no liceu e já acompanhava o meu pai”, lembra Rui
Teixeira, que em conjunto com os
irmãos, Carlos e Paulo, gere atualmente a Mário Teixeira – Mediação
de Seguros Lda. A semente está
na mercearia do avô, pai de Mário
Teixeira, que já atuava em tempos
idos na negociação de seguros.
Trabalhando enquanto mediador exclusivo da então denominada
Metrópole – atual Zurich – o volume
de negócios de Mário Teixeira foi
crescendo o que lhe permitiu deixar
o trabalho e instalar-se num escritório montado pela própria agência.
A par da função de agente, Mário
Teixeira era também funcionário da
seguradora e foi em 2003 que se
afastou dessa posição para abrir
46 I Agosto
o seu gabinete próprio, em sociedade com os filhos. Rui Teixeira já
vinha dando apoio ao pai desde os
anos 90, tendo sido também ele
mediador independente da mesma
entidade; Paulo Teixeira já atuava
também no ramo; e Carlos Teixeira,
depois de concluir o curso de Gestão, veio unir-se ao negócio.
Na altura em que se especializaram, há cerca de 20 anos, “era
obrigatório o curso de mediador,
hoje são as próprias seguradoras
que credenciam os seus representantes”, informa Rui Teixeira. Com as
alterações à legislação, a formação
por conta é uma constante e no
gabinete os irmãos assumem papel
de parceiros de confiança: “Antes de
tudo o resto o nosso lema é trabalhar
com honestidade”, salienta Paulo
Teixeira. Todos os detalhes e implicações dos contratos são informações transparentes dos mediadores
para com os clientes e Rui Teixeira
assume que prefere “não fechar
contratos a ter problemas no futuro”.
Hoje com o gabinete aberto ao
lado do espaço antes ocupado pelo
escritório do pai – um dos primeiros
balcões de seguros de Felgueiras
– a Mário Teixeira – Mediadores
de Seguros, Lda., trabalha com
empresas locais e clientes particulares, que aos olhos de Rui Teixeira
“estão cada vez mais informados e
exigentes”. Por isso mesmo, além
de aqui trabalharem em maior
volume com a seguradora suíça,
cooperam com outras entidades
para que consigam sempre dar a
melhor resposta ao cliente.
“São muitos anos a servir bem”,
acrescenta Rui Teixeira. A imagem
desta casa foi construída ao longo
de anos de prestação de serviços
eficazes e credíveis e segue debaixo do olhar atento de Mário Teixeira,
rosto conhecido na cidade. O plano
dos irmãos passa por manter a
estrutura familiar da firma como
chave para garantir a qualidade no
atendimento. Já há projeto de remodelação das instalações e, enquanto perdurar o gosto e a dedicação
pelo trabalho que desempenham, o
sucesso está garantido.
Portugal Inovador
Investimentos rentáveis numa
produção consolidada
A indústria de calçado é um manifesto caso de sucesso na cidade de Felgueiras. Nesse
mesmo concelho, mais concretamente na freguesia de Caramos, fomos conhecer mais um
desses exemplos que na perspetiva de Lucília Machado não deixa de ser desafiante e ao
mesmo tempo convidativo.
Foi em setembro de 2008 que a
jovem empresária decidiu criar um
novo projeto para a sua vida: a Bravideia. Hoje com sete anos de atividade
vê as suas raízes serem fortalecidas,
cada vez com maior amplitude e
segurança, num mercado que se
afirma com grande impacto em Portugal e no Mundo. “Nunca pensámos
que iríamos alcançar este patamar,
começámos com uma equipa de três
pessoas e hoje somos já 48, fomos
evoluindo gradualmente”, confessa.
Dedicados essencialmente ao corte e costura em regime de subcontratação, a Bravideia vem aqui espelhar
uma parcela da realidade do pequeno
empresário que se afirma em conjunturas menos favoráveis. “Cada vez
mais a mão de obra qualificada é uma
necessidade primária, mas depois
há também todo o investimento nas
máquinas que dão a possibilidade de
aumentar a produção em qualidade”,
são essas as estratégias que segundo Lucília Machado veem nortear o
desenvolvimento e aperfeiçoamento
de toda uma indústria.
A possibilidade de substituir o
equipamento obsoleto por máquinas
mais modernas e produzir a partir
daí um maior número de modelos é
encarada como uma mais valia não
só na qualidade do produto como
na própria rentabilidade do mercado.
“Enquanto que antes produzíamos
300 pares por dia, atualmente esse
número aumentou para o dobro, tentamos por isso investir sempre nas
máquinas”, reforça.
Porém esta aposta nos recursos
materiais não faz em momento algum
descurar os recursos humanos. Tendo
como base um espírito de entreajuda
todas as pessoas desenvolvem um
trabalho de equipa perseverante.
Lucília Machado conta ainda com o
grande apoio de Bruno Silva e da sua
irmã, Cristina Machado. A valorização
das diferentes competências permite-lhes crescer num clima de aprendizagem mútuo. “Não há hierarquias,
trabalhamos todos com o objetivo de
crescer, gosto muito do meu grupo,
somos muito unidos”, salienta.
O rigor no cumprimento dos prazos, a matéria-prima aplicada, e
os segmentos para os quais estão
direcionados concretiza igualmente
um grande enfoque no planeamento
das suas estratégias. “Os modelos
que executamos destinam-se mais
ao público masculino, num estilo mais
jovem”, determina.
Numa abordagem final a nossa
interlocutora revela-nos alguns dos
projetos que já têm em mente para
um futuro próximo: “Temos alguns
planos, mas vivemos um dia de cada
vez. Queremos criar melhores condições. As pessoas que trabalham
connosco são desta zona e por isso
ponderamos permanecer e continuar
a crescer em Felgueiras”, findam.
Agosto I 47
Portugal Inovador
Atitude positiva
sobre o mercado
José Lopes, ligado a diversos setores de atividade, foi acompanhando ao longo do seu
percurso profissional diferentes realidades. Atualmente, a visão expansiva que afirma sobre
o tecido empresarial e o seu projeto – a Frilixa – assume um papel preponderante na região.
Sediada em Lixa, esta empresa
dedica-se essencialmente à conceção, produção e comercialização
de equipamentos de refrigeração,
interagindo com os setores da hotelaria, pastelaria, talhos e charcutaria. O nosso interlocutor começa por
retratá-la com entusiasmo: “Estive
sempre ligado a outros ramos (têxteis, artes manuais, metalúrgica,
automóveis), mas em 1988, decidi
investir noutra indústria. Naquela
época, muitos empresários apostaram no calçado, eu quis abarcar
um negócio completamente diferente. Após um estudo de mercado,
lancei-me neste investimento por
constatar que era uma lacuna na
região e no próprio país. Comprei
os primeiros pavilhões e fomos
crescendo. Atualmente, sei que
foi uma aposta ganha não só aqui
como noutros países, e o nosso
produto chega hoje aos cinco cantos do Mundo”.
48 I Agosto
“Muitos e variados” foram as
palavras com que José Lopes caracterizou esses produtos. Dentro
dessa variedade, podemos encontrar murais e vitrines distribuídos
pelas diferentes categorias. Os
grandes Grupos nacionais com que
trabalham fazem com que de ano
para ano as suas vendas para o
mercado interno representam um
valor cada vez mais significativo.
“Há três anos, tínhamos uma quota
de apenas 6%, chegou em anos
anteriores a ser 4%, porém o ano
passado o crescimento foi expansivo, e atingimos os 17%”, elucida.
No mercado internacional o
maior volume de negócios é atingido em países como a Inglaterra, a
França – “que desde o ano passado
tem tido também um crescimento
muito forte” –, a Espanha, a Holanda e Israel. “Estamos muito
presentes no mercado europeu,
no total são 30 países para os
quais exportamos os nossos produtos”, informa. Observando numa
perspetiva global toda a atividade,
José Lopes constata que Itália foi a
pioneira nesta indústria, mas muitos
outros se seguiram, e Portugal tem
vindo a destacar-se pela qualidade.
Progresso
Todo este percurso de franca
expansão permitiu-lhe acompanhar
diferentes conjunturas e quando a
Portugal Inovador
crise parecia desencadear algumas
dificuldades, a Frilixa viu aí uma
oportunidade de negócio. “Recentemente, criei oito postos de trabalho e tenho jovens que veem com
ideias novas, métodos diferentes,
com conhecimentos profundos, o
que vem enriquecer ainda mais
todo o investimento. Para chegarmos a bom porto é necessária essa
continuidade, tendo em conta todo
o seu suporte, sabendo de antemão
que a senhora da limpeza desenvolve um papel tão importante como o
técnico mais graduado”, vinca. Na
base desta filosofia de proximidade
a formação é assim promovida,
tendo em vista a inovação e a qualidade, exigências que o mercado
nutre, na procura contínua de proporcionar maior valor na relação de
qualidade - preço.
Na Frilixa essa constante afirmação passará sempre pelo investimento nos equipamentos,
na aposta em designs atrativos,
funcionais e fiáveis e na procura
e interação com bons parceiros
de negócio. “Nem sempre é fácil
encontrar mão de obra qualificada,
e por isso desenvolvemos parcerias
com instituições de ensino de forma
a estimular os alunos a vir estagiar
para aqui”, indica.
No futuro, os 70 funcionários
que integram a equipa pretendem
continuar a assumir o seu compromisso com a qualidade que lhes é
reconhecida, mas com a ambição
de uma maior expansão. “Queremos continuar a aumentar a nossa
capacidade de produção, o ano
passado tivemos um crescimento
na ordem dos 17%, e pretendemos
continuar a crescer de forma sustentada”, conclui.
Agosto I 49
Portugal Inovador
A motivação
“é o sucesso dos alunos”
A equipa de profissionais da Academia Nota 20, sediada na Lixa, tem conquistado a confiança
dos pais e motivado dezenas de alunos.
Formada pela Escola de Educação
do Porto em Ensino Básico, na variante
de Português e Francês, “a Reforma
do Sistema Educativo” conduziu
Fabienne Teixeira a um novo desafio
pessoal e profissional: a Academia
Nota 20.
Apaixonada pela sua profissão, Fabienne Teixeira faz-se acompanhar por
um grupo de professores que partilha
a sua forma de estar e viver o ensino.
O dia a dia, passado entre a sala de
estudo e a sala de lazer, assenta num
contrato de confiança em que os bons
resultados escolares são a meta a
alcançar. “Preocupamo-nos com os
alunos e com o seu aproaveitamento.
Somos extremamente exigentes: este
espaço não é um depósito de crianças,
os meninos têm horas para tudo, mas
vêm cá para trabalhar. Naturalmente,
aqueles que entram por vontade própria vêm motivados para estudar e
alcançar boas notas, motivação que
aumenta à medida que veem o seu
esforço ser recompensado”, explana.
A Academia Nota 20 presta acompanhamento ao estudo diário a alunos
dos 1º, 2º e 3º ciclos de ensino, divididos por duas salas de estudo: uma
50 I Agosto
só para alunos do 1º ciclo que são
acompanhados por uma professora
de 1º ciclo; e outra para 2º e 3º ciclos
com acompanhamento de Fabienne
Teixeira, nas disciplinas de Português e
Francês, uma professora de Matemática e Ciências e um professor de Inglês.
Esse apoio consiste na orientação dos
alunos no que refere à realização dos
trabalhos de casa, complementado
com fichas de reforço para colmatar
as suas principais dificuldades, assim
como na preparação para os diferentes
momentos de avaliação.
Para além deste serviço, a Academia Nota 20 disponibiliza explicações
individuais ou em grupo com professores de todas as áreas de ensino
para alunos até ao 12º ano. Ao fim de
semana, as portas abrem para o Atelier
de Inglês, onde são desenvolvidas as
competências da disciplina do 1º ciclo.
Todo este método de trabalho tem
conduzido a taxas de sucesso de relevo, principalmente quando falamos de
alunos que entraram na Academia com
resultados menos favoráveis: “Temos
uma taxa de sucesso dos alunos de
100% no 1º ciclo e 8º ano e nos restantes anos a mesma está acima dos
75%”, revela a responsável.
Aprender em férias
Durante as férias, também é importante reforçar o estudo, por isso “durante duas horas, três dias por semana”,
na Academia Nota 20 alia-se a diversão aos livros. Fora desse contexto, é
proporcionado aos jovens atividades
tais como: aulas de educação física e
de Hip Hop acompanhadas por professores das áreas que se deslocam
ao espaço, idas à piscina, workshops
(culinária, trabalhos manuais, expressão dramática), piqueniques e aulas de
educação física ao ar livre.
Para o próximo ano letivo Fabienne
Teixeira prepara já uma série de iniciativas que passam pela rentabilização
do espaço, através da organização
de festas de aniversário durante os
fins de semana. Nas férias, mediante
a adesão de pais e alunos, prevê-se
a organização de passeios, parques
temáticos e outros locais de interesse.
“Pretendemos que cada menino tenha
a possibilidade de vivenciar estas experiências, por isso tentaremos que o
preço seja o mais acessível possível”.
Em final de conversa, Fabienne
Teixeira deixa o apelo aos pais para
que estejam atentos e recorram a ajuda para o acompanhamento escolar
dos seus filhos logo no início do ano
letivo: “A partir de dia 1, trabalhamos
todas as manhãs fazendo fichas de
diagnóstico que resumem as matérias
do ano transato e que facilitam o início
do ano dos alunos”.
Portugal Inovador
Especialistas
em telecomunicações
A Hospitel está presente na Lixa, Vila Meã, Amarante e Chaves começando já a ser
reconhecida como uma marca. Apoiada num amplo know-how, disponibiliza as melhores
soluções aos seus clientes, quer particulares quer empresariais.
Como é de fácil dedução, o
que podemos esperar destes
profissionais é que funcionem
como um verdadeiro hospital das
telecomunicações. Foi essa a
vocação inicial que Gil Carvalho
quis impor à sua empresa, mas
rapidamente foi dando uma resposta mais versátil ao seu público.
Neste momento, atua nas áreas
da reparação de telemóveis e de
todo o tipo de equipamentos informáticos, e no comércio de telecomunicações, com destaque para
o software empresarial Winmax.
Este alargamento da sua atividade foi evoluindo em simultâneo
com a sua estrutura. Em 2004,
tinha começado no espaço que
ainda hoje tem na Lixa. Em 2007,
abriu uma segunda loja, com
características semelhantes, em
Vila Meã e, mais recentemente,
instalou um posto em Amarante
e outro em Chaves. A equipa
também foi aumentado até chegar
às 11 pessoas que a compõem
presentemente.
Sobre este crescimento, Gil
Carvalho considera que foi “um
processo lento mas sustentável”.
Acrescentando, entende que foi
conseguido através de uma forte
preocupação em desempenhar
um trabalho “sincero e honesto”,
através do qual se tenta “fazer de
cada cliente um amigo”. Ao mesmo tempo, há uma tentativa de
ir acompanhando as inovações.
O nosso entrevistado destaca-nos, dentro das soluções empresariais, o software de gestão
Winmax, que coloca “entre os
melhores do mercado”. Nomeia,
como vantagens, o facto de ter
sido “dos primeiros programas
a comunicar guias de transporte
automáticas”, dos ficheiros não se
perderem e de executar sempre
as atualizações, estando acessível a partir de qualquer browser
de internet e de qualquer terminal
de telemóvel, com mobilidade
total. Na região Norte, apenas
estão certificados a Hospitel e
outro agente no Porto.
O crescimento, conforme nos
diz, poderia ser ainda mais acentuado não fossem as dificuldades que se verificam no setor.
Gil Carvalho chama a atenção
para os constrangimentos que
são colocados pelos operadores, nomeadamente a nível dos
cortes no mapa comissional.
Explicando, refere que, “como o
valor da receita para o operador
tem caído bastante, têm reduzido
as comissões e, tendo em conta
que continuamos com a mesma
estrutura, salários e rendas, isso
é uma grande dificuldade”.
Agosto I 51
Portugal Inovador
Colorindo
a sua casa
A Flores do Marão conta já com quase seis anos de história. Nazaré
Moreira, atenta ao mercado da Lixa, vem agora falar-nos sobre
esse percurso.
Aprendizagem
“Sempre gostei muito de flores e de plantas. Quando pensei
abrir este espaço, verifiquei que
na Lixa havia várias floristas,
mas nenhuma comercializava
plantas”, começa por contar. Os
seis anos de atividade têm-lhe
permitido acompanhar e evoluir
gradualmente numa constante
adaptação ao mercado local.
Naturalmente, há dias melhores e piores, mas o seu projeto
tem sido uma aposta ganha e
tem estabelecido uma proximidade com o público da Lixa. A
contribuir para isso têm estado
os valores com que garante
encarar o seu negócio todos os
dias: “Trabalho, honestidade e
simpatia”.
Sobre a oferta que aqui tem,
há plantas e flores para todos os
gostos e todas as alturas, ainda
que a aposta seja mais forte
nas plantas de interior. Dentro
destas, destaca-nos alguns
exemplos como os antúrios e
orquídeas.
Ao mesmo tempo, mostra-se
igualmente capaz de preparar
casamentos e outros eventos.
52 I Agosto
Tendo crescido em contacto
com a natureza, a nossa interlocutora facilmente ganhou
um interesse pela área. “Fazer
ramos e arranjos é uma arte e,
como fui criada numa Quinta na
Lixa, aprendi a gostar de criar”.
A formação que entretanto foi
adquirindo permitiu-lhe trabalhar
com outros conhecimentos e novas ideias: “Temos de jogar com
o que gostamos e com aquilo
que o cliente gosta, conjugando
as cores das flores, com sensibilidade. Sempre que surge oportunidade procuro ir a workshops
para acompanhar as novidades,
como por exemplo também ao
nível de materiais”, salienta.
Daqui para a frente, as suas
perspetivas continuam a ser de
crescimento e atualização. “Quero continuar a trabalhar, cada
dia melhor e desejo também que
todos os negócios melhorem,
porque se a economia nacional
se desenvolver todos nós beneficiamos”, finda.
Portugal Inovador
A arte da Serralharia
nas mãos de quem sabe
De aprendiz a mestre de serralharia, António Silva leva hoje a arte de trabalhar metais além fronteiras.
Foi com 14 anos que António
Silva começou, em Felgueiras, a
trabalhar numa serralharia local.
Conta-nos que foi mais tarde, em
1987, que decidiu “tentar a sorte”
e montar a sua própria empresa.
Contando inicialmente com três
colaboradores, a Silsouto viveu nos
anos 90 o impulso da construção civil
e o crescimento tornou-se evidente. A
equipa aumentou para oito o número
de funcionários e a aposta incidiu nas
pranchas metálicas, nos andaimes e
outros tipos de trabalho associados
à construção.
Com as novas caraterísticas
do mercado, António Silva assume
que “foi necessário diversificar para
garantir a oferta e para responder
às exigências da procura”. A empresa passou a contar com alvará
que permitiu o acesso a concursos
públicos e focou-se em trabalhos de
chapa, automatismos, gradeamentos
e, sobretudo, no fabrico de naves
industriais. António Silva garante:
“Ouvimos o cliente. O que ele pedir,
nós executamos”.
Foi com essa dinâmica que o
trabalho da Silsouto expandiu começando por chegar às Ilhas. Através
de clientes com empreendimentos
nos Açores, o empresário acabou
por ser contactado para trabalhar
em estruturas como a do Museu
da Baleia, ou ainda num pavilhão
de uma reconhecida multinacional
automóvel no Faial.
Num contexto de aumento da
emigração, há cerca de seis anos
António Silva começou a ter clientes
portugueses a trabalhar fora do país,
que o requisitavam para serviços, e,
atualmente, grande parte dos seus
parceiros são empresas estrangeiras, sobretudo de origem francesa.
A verdade é que para António
Silva, “há trabalhos que marcam”
e a qualidade do serviço prestado
torna-se uma referência e acaba por
falar por si. A obra começa em Portugal, sendo depois encaminhada em
contentores para o país de destino.
A equipa segue posteriormente para
a montagem, já que “as máquinas
não fazem tudo”.
Hoje o volume do negócio no
estrangeiro representa para esta empresa de construções metálicas cerca de 50%, e o empresário assume:
“Por vezes não temos capacidade de
resposta, mas por enquanto prefiro
manter a empresa neste patamar”.
Em prol de um crescimento sustentado, a Silsouto aposta nas certificações de segurança no trabalho, de
responsabilidade civil, e, enquanto
PME certificada pelo IAPMEI, mantem uma política de honestidade e
seriedade em cada compromisso
de trabalho.
No que diz respeito ao ofício,
António Silva privilegia a aprendizagem na oficina, num trabalho manual
criativo e de precisão, em que cada
peça se torna única às mãos destes
profissionais. “A maquinaria ajuda,
mas a serralharia artística é manual”,
conclui.
Agosto I 53
Portugal Inovador
A simplificar a vida dos
Felgueirenses
Contingências da vida conduziram André Mendes, na altura estudante de Direito no Porto,
a abraçar este projeto familiar, dando continuidade ao trabalho anteriormente desenvolvido
pelo pai.
A Euromarante faz contabilidades públicas (POCAL) em
parceria com a Fresoft (empresa
de programação informática)
que criou um programa de contabilidade, de forma a facilitar a
gestão das autarquias locais.
A Euromarante foi criada em
1997 e começou por estar sediada em Amarante, mas com o
crescimento do tecido empresarial
na Lixa, “vimos aqui um nicho de
mercado interessante e resolvemos
mudar-nos de armas e bagagens
para esta zona em 2002”, começa
por referir André Mendes.
Este empresário com formação
em seguros, está de momento a
realizar a licenciatura em Contabilidade, por forma a estar por dentro
de todos os processos contabilísticos no seu escritório.
Os serviços que a Euromarante
oferece aos seus clientes baseiam-se nas áreas de Consultoria,
Contabilidade, Auditoria e, mais
recentemente, os Seguros.
Sempre atentos às sugestões
54 I Agosto
e necessidades do mercado têm
procurado novas valências e formações, tal foi o caso dos seguros.
A carteira de contactos repleta de
conhecimentos no setor empresarial – essencialmente pequenas
e médias empresas – tornou este
passo “uma excelente aposta”, visto
que introduziu mais um serviço que
auxilia em muito a vida de todos os
felgueirenses.
“Temos clientes fidelizados e
temos conseguindo captar novos
contactos”, afirma André Mendes,
que de momento aposta também
no Plano Oficial de Contabilidade
das Autarquias Locais (POCAL)
que visa a criação de condições
para a integração consistente da
contabilidade orçamental, patrimonial e de custos numa contabilidade
As principais áreas de atuação
são:
• Gestão Orçamental;
• Plano Plurianual de
Investimentos;
• Elaboração do Plano
de Contas;
• Relação Económica / Pocal;
• Registo de Vencimentos.
moderna, por forma a constituir um
instrumento fundamental de apoio à
gestão das autarquias locais.
“A contabilidade baseia-se na
confiança”, sendo que esta é a
postura que caracteriza André Mendes e a sua equipa, constituída por
duas técnicas de contabilidade e
um contabilista.
As perspetivas para o futuro da Euromarante “são boas”;
André Mendes pretende que o
crescimento da sua empresa seja
sempre sustentado, tendo sempre
em linha de conta a satisfação dos
seus clientes, tanto os que já estão
fidelizados como os que poderão
chegar.
Portugal Inovador
“Qualidade e bem-estar
aliados ao bom gosto”
A Criações Virgínia é uma empresa que se dedica à criação de têxteis para o lar com os
olhos postos na inovação.
“O meu avô já trabalhava nos
bordados manuais e a minha mãe
dedicou-se também a eles”, começa por contar-nos Virgínia Correia,
proprietária e gerente da Criações
Virgínia – Indústria de Bordados,
Unipessoal, Lda. “Cresci num
ambiente de negócio”, resume a
nossa entrevistada, em alusão a
uma atividade que sempre esteve
presente no seu ambiente familiar.
Não admira, por isso mesmo, que
uma vez concluídos os estudos
tenha sido nesta área que Virgínia
Correia se decidiu afirmar.
Assim sendo, a nossa entrevistada funda, em 2003, a Criações
Virgínia. Exclusivamente dedicada
à confeção de têxteis para o lar,
esta é uma firma com um “leque
variado de produtos” no seu catálogo. São comercializados jogos
de cama e banho; artigos de bebé,
napperons e toalhas de altar, entre
outros produtos. Embora liderado
pela dupla composta por Virgínia
Correia e pelo marido e vendedor
António Teixeira, este é um negócio
que promete prolongar-se pelas
próximas gerações, continuando
uma tradição familiar. Isto porque
também o filho, João Pinto, decidiu
abraçar a Criações Virgínia depois
de terminar os estudos, contribuindo para a inovação da empresa.
Esta é uma firma que, efetivamente, cedo decidiu apostar na
diferença e na inovação. Existem,
por isso, diversas opções à escolha
do cliente, consoante o tipo de ma-
terial, as características do bordado
e o preço. Mas, independentemente
do artigo, há uma série de garantias
que define todos os produtos com
o selo da Criações Virgínia. Entre
elas, “honestidade” e “qualidade”, já
que o compromisso e respeito para
com o cliente é um valor fulcral;
bem como a vontade de apostar,
continuamente, na “inovação”.
Inicialmente focada no mercado
português, a Criações Virgínia é
uma empresa que deu por si, fruto
das oscilações no setor, a marcar
uma presença cada vez mais forte
em clientes associados a mercados
internacionais, nomeadamente o
francês e o dos Países Africanos
de Língua Oficial Portuguesa, com
destaque para Angola. Mas as expectativas para o futuro passam,
tal como refere António Teixeira,
por “tentar explorar o mercado
nacional” com uma nova ênfase,
procurando manter, todavia, “a
internacionalização”.
Agosto I 55
Portugal Inovador
56 I Agosto
Portugal Inovador
“Clientes para
toda a vida”
Da primeira geração Remax em Portugal, a Agência de
Almada marca posição no Sul do Tejo.
Fundada em 2001, a Remax Almada apresenta resultados notórios
assentes num crescimento sustentado,
que, mesmo depois da quebra no setor, levou no ano passado esta agência imobiliária aos melhores registos
de sempre. “Desde 2011 que fomos
recuperando da crise do mercado e,
em 2014, registámos um crescimento
de 60% no volume de negócio”, revela
Vítor Martins, broker Remax. Este
valor foi já ultrapassado no primeiro
semestre do corrente ano, reforçando
as perspetivas para o final de 2015.
A aposta constante no crescimento
do negócio, na formação de colaboradores e no apoio ao cliente é, para
Vítor Martins, a chave dos resultados:
“A nossa proposta é encontrar a melhor
solução para o cliente, formando os
melhores profissionais”. Com uma forte
imagem de marca, a Remax Almada
trabalha com cerca de 40 agentes,
numa agência de 200m2 e um recente
back office preparado para a formação
contínua dos seus colaboradores. Para
além da compra e venda de imóveis,
o propósito na Remax Almada é, segundo Vítor Martins enquanto broker,
“encontrar, formar e motivar pessoas
que o queiram fazer”.
Apostar em Almada
“O nosso principal trabalho no
mercado é a angariação de imóveis, e
nessa fase qualificamos as pessoas,
o imóvel, fazemos um estudo de
mercado e apresentamos propostas”,
adianta o empresário. O investimento
em reabilitação faz-se já sentir nas
principais cidades do país, e Almada
dá os primeiros passos: “O pequeno
investidor tem apostado na recuperação das casas”, ressalva Vítor Martins.
A par da abertura da Banca ao
crédito à habitação e aos investimentos que já se fazem sentir nesse
sentido, a opinião do gerente é de que
“Almada tem um potencial fantástico:
a proximidade com Lisboa, a linha de
costa, todo o património” são alguns
dos elementos que tornam atrativo o
investimento na região.
A procura do estrangeiro faz-se
sentir e a Remax Almada marca
presença em feiras internacionais de
imobiliário, desempenhando um papel
importante na promoção da zona. A
agência conta com alguns negócios
associados aos Golden Visa, de procura chinesa, mas também inglesa e
francesa.
Ainda assim, é o cliente português
quem se afirma no negócio local. Para
além do mercado de arrendamento, o
cliente que, na ótica de Vítor Martins,
“estava a adiar uma decisão por insegurança, hoje está mais otimista e
aposta na compra de uma habitação
permanente”. Começa a denotar-se
uma certa inversão na tendência da
procura e a Remax Almada está aberta
à partilha de negócios para colmatar a
sua oferta: “Fazemo-lo com frequência
dentro e fora da rede. Isso traz mais
clientes satisfeitos e mais probabilidades de sucesso”, adianta Vítor Martins.
Há 14 anos a operar no setor, Vítor
Martins considera: “Estamos na melhor
altura para aproveitar este mercado”
tendo sempre em conta a filosofia da
casa de “procurar clientes para toda a
vida: o pai, o primo, o filho. Este é um
negócio de pessoas”.
Agosto I 57
Portugal Inovador
Equipa vencedora
Na edição de Agosto, damos-lhe a conhecer o trabalho
desenvolvido pela Remax Trust em Setúbal, através do
discurso da broker, Fernanda Loureiro.
com uma equipa de 35 pessoas.
“Acompanhada por uma equipa
de excelentes comerciais, com
um elevado espírito de equipa,
dinâmicos, proativos e com um
acompanhamento ao cliente
5 estrelas, por uma excelente
coordenadora, Mara Sousa, que
assegura toda a parte de coordenação da agência e uma diretora
comercial, Sandra Afonso, que
com o seu elevado profissionalismo, acompanha os consultores
mais novos, permite-me num
espaço de dois anos, abrir mais
duas lojas”.
Crescer em
contraciclo
Fernanda Loureiro define-se como “uma empreendedora
nata”. Tendo aceitado colaborar
numa multinacional, ainda nos
tempos em que frequentava a
Universidade de Direito, durante
mais de uma década aí desempenhou inúmeras funções, mais
centradas na área de Recursos
Humanos.
Autodidata, sempre apostou
na procura de conhecimento em
diversas áreas, tendo especial
aptidão para o contacto direto
com o público. “Em 2009, resolvi mudar de vida”, conta-nos.
“Precisava de um novo desafio
que me fizesse sair do escritório,
então despedi-me e vim para a
Remax Trust”.
Não sabia ao certo qual a
função que viria desempenhar,
mas aliciada “pela liberdade de
horários, pelo trabalho assente
no contacto com o público e
pela posssibilidade de ser dona
do próprio negócio”, arriscou.
Na Remax Trust nasceu para o
mundo da mediação imobiliária
58 I Agosto
tendo sido largamente premiada,
até que, em 2013, enfrenta mais
um desafio: propôs à sua diretora de agência a aquisição da
Remax Trust em sociedade com
o marido. “Entrei no projeto com
toda a garra, apoiada por uma
equipa que cresceu comigo”. De
11 comerciais, hoje são 29 e o
compromisso, já assumido, passa por chegar ao final de 2015
Apesar do mercado em recessão e a consequente queda do
setor da construção civil, desde
2008 “somos líderes em Setúbal
e o Grupo Remax tem crescido
todos os anos”, afirma Fernanda Loureiro. Qual a razão para
este sucesso? Questionámos.
“Adaptamo-nos ao mercado, somos mais proativos e fomos ao
encontro dos clientes”, responde
a profissional. Nos anos de plena
Portugal Inovador
crise económica, a Remax Trust
atendeu a um número crescente
de “investidores com dinheiro
na mão. Pessoas com capital
que decidiram investir em casas
obtendo daí rendimento”.
Em 2014 “cerca de 80% das
transações realizadas pela Remax Trust foi em numerário”.
Hoje denota-se a abertura da
Banca que já procura as empresas de mediação imobiliária,
“embora com maior critério de
seleção na cedência de crédito
e analisando ao pormenor a
taxa de esforço de cada interessado”. De modo a proteger os
seus clientes – vendedores – e
a facilitar a procura de casa aos
compradores, a equipa da Remax
Trust tem um diretor financeiro,
Emanuel Silva, que reúne os
dados de cada processo e faz
a pré-aprovação do crédito de
modo a “poupar tempo e não criar
expectativas vãs aos intervenientes no negócio”.
Investimento
Atuando para um mercado
mediano, um dos objetivos de
Fernanda Loureiro e da equipa
da Remax Trust passa por “elevar
a fasquia e abarcar um mercado
mais alto”.
Hoje o ressurgimento da economia alicia investidores nacionais e internacionais. “Nos
primeiros, destacamos os que
compram casa para reabilitar e
colocar no mercado do arrendamento; outros que compram
e colocam logo a arrendar”.
Do mercado externo surgem
imigrantes (“franceses e um número crescente de russos”) que
aproveitam os benefícios fiscais
cedidos pelo Estado português
para adquirirem segunda habitação em Portugal. E, por último, um número considerável de
investidores em alta escala que
adquire imóveis para apostar em
projetos, maioritariamente, ligados ao turismo. “Estamos a lutar
para conseguir satisfazer este
público mais exigente. Temos
muito produto. Mesmo na baixa
de Setúbal ainda há muito a fazer
e a reabilitar”, assegura a broker.
Certificação
Energética
“Considera que o novo sistema de certificação energética
dos edifícios veio beneficiar os
compradores e/ou os proprietários?”; – “Não, de todo. Concordo
com a certificação energética
em edifícios novos, sendo que
é inconcebível que até as ruínas
necessitem de certificação”, responde a empresária recordando
os primeiros meses, após a saída do decreto-lei n.º 118/2013,
quando os mediadores se faziam
acompanhar da lei para comprovar que a medida era um imperativo legal e não uma vontade da
agência imobiliária.
“Depois vimo-nos confrontados com outro desafio que teve
que ver com a questão da promoção que, se numa primeira fase
só era necessário apresentar a
certificação no ato da escritura,
a partir de dezembro de 2013
começou a ser necessário para
promoção e divulgação do imóvel. Foi muito complicado mudar
a mentalidade das pessoas,
porque muitas delas vendem o
imóvel para realizar capital e
esse investimento inicial é, por
vezes, muito complicado de suportar. É irracional implementar
essa regra, logo após terem
sido retirados os incentivos às
energias renováveis… Para
além de que, no caso da compra
para reabilitar, é necessário o
certificado para a venda e após
a reabilitação”.
Confiança
Após ter trabalhado numa multinacional, hoje Fernanda Loureiro veste a camisola pela Remax:
“Quando temos a ambição de
crescer, temos que estar nos
melhores, só assim vale a pena,
aprendo e cresço todos os dias
com a minha equipa”, reforça.
Sendo que cada Remax tem
gestão independente, “a filosofia
de cada loja é extremamente
importante”. “Profissionalismo,
transparência, honestidade, excelência, espírito de equipa e diversão” são os valores da Remax
Trust, diariamente presentes no
escritório da nossa entrevistada,
em Setúbal.
Agosto I 59
Portugal Inovador
Mediar por vocação
Foi há cerca de três meses que Ana São José assumiu
a liderança da Era Palmela e pelo centro histórico já se
encontram sinais da sua presença.
Exemplo de determinação, a
atual gerente da agência da rede
Era em Palmela, Ana São José,
decidiu mudar de vida e investir no
setor imobiliário. De dona de casa
passou a estudante, e optou por
licenciar-se em Gestão Imobiliária,
setor em que haviam já trabalhado
alguns membros da sua família:
“Sempre gostei desta área. Concluir
a licenciatura foi fundamental para
ter uma visão diferente do negócio
e potenciar a minha vocação”, assume a gestora.
O contato com este universo e a
partilha com colegas experientes na
área levaram Ana São José à aposta no franchising Era: “Este é um
projeto sobre o qual me debruçei
numa análise profunda. Mas logo
à partida identifiquei a filosofia da
empresa com a minha maneira de
ser”, adianta a nossa entrevistada.
No início, admite ter existido um
impasse quanto à zona do país a
explorar. Hoje, assume prontamente que Palmela foi a escolha acertada: “É uma pérola rara. Temos
60 I Agosto
a praia, a Serra da Arrábida, uma
gastronomia fantástica, há imensa
coisa para descobrir e muitos programas que cada vez trazem mais
pessoas à Vila.”
Admitindo as vantagens que
isso traz à sua atividade, a procura
pela segunda habitação tem-se feito sentir e mais do que o interesse
estrangeiro por parte de ingleses,
franceses e americanos, no investimento em Palmela começa a crescer a procura interna: “O investidor
português está a ganhar confiança
no mercado”, defende a gestora,
natural da região.
Para este impulso em muito
contribui a aposta na reabilitação
do parque habitacional de Palmela.
No entanto, na perspetiva de se
fidelizarem os traços arquitetónicos
originais dos imóveis, são impostas
restrições aos proprietários, que, no
parecer de Ana São José “pode em
muitos casos tornar-se uma condicionante: não alterar a estrutura, não
mexer na fachada, são imposições
que acabam por afetar a venda”.
Mas porque a missão desta
equipa se prende com dar ao seu
cliente uma resposta eficaz, o trabalho da Era Palmela passa por direccionar os interesses do investidor
para onde puder garantir o cumprimento dos seus critérios. Algo que
se passa, segundo Ana São José,
no mercado do arrendamento:
“Em Palmela não há tanta oferta
de arrendamento que satisfaça a
procura. Por isso, direccionámos o
cliente para onde temos hipótese
de arrendar, como é o caso de um
empreendimento nos Portais da
Arrábida”, constata.
A Era Palmela opta assim por
trabalhar parcerias caso haja interesse por parte do cliente. Esta
agência está, segundo Ana São
José, “sempre disponível para
quem quer trabalhar em regime
aberto”. As potencialidades da exclusividade dão, no entanto, outro
tipo de margem ao cliente, uma vez
que “isto implica uma série de vantagens – sobretudo em termos de
marketing e divulgação – que dão
um tratamento diferente ao imóvel
e aumentam a sua possibilidade de
venda”, assume a gestora, salientando a importância desta política.
Portugal Inovador
dores, de ter visão e ir mais além”
que a gerente se identificou acima
de tudo, e é por isso que a aposta
nos recursos humanos tem aqui um
papel fundamental.
Para a gerente da Era Palmela,
“um dos grandes problemas deste
setor muitas vezes está na falta de
coesão de uma equipa”. Garante
que isso foi algo que aprendeu ao
longo do tempo e na sua formação,
e que é por esse mesmo motivo que
aqui se pratica um recrutamento
cuidado: “Somos uma máquina
dentro da Era e todos temos de
trabalhar no mesmo sentido. Temos determinados objetivos e para
alcançá-los é preciso uma equipa
coesa”.
Com cinco colaboradores até à
data, Ana São José admite a necessidade de aumentar o número
de colaboradores com o aumento
do volume de negócio. No entanto,
e porque nas palavras da gerente, “este é um setor sobretudo
de pessoas”, as decisões têm de
ser ponderadas, e a equipa desta
agência tem de se construir para
ficar. Para a gestora, esta é uma
estratégia que funciona, já que “na
Era Palmela se está a criar uma
equipa fantástica”, assume.
Somar e Seguir
Com gosto claro pelo trabalho
que desenvolve e um orgulho nítido
no seu projeto, para Ana São José
o negócio “superou as expetativas”.
Apesar do pouco tempo que leva na
Era Palmela, a gerente ambiciona
expandir direção a outras lojas, já que
a sua opinião é a de que “este é um
franchising que funciona muito bem”
e para quem, como ela, gosta de lidar
com pessoas, é “o negócio ideal”.
O valor de Equipa
Este é um trabalho onde a
confiança do cliente se conquista
pelo profissionalismo dos seus
colaboradores, num mercado onde
Ana São José defende ter lugar
uma “aprendizagem permanente”.
Foi com a filosofia da Era assente
“numa vontade de criar empreendeAgosto I 61
Portugal Inovador
Divulgação
imobiliário de
Lisboa e do Oeste
Três irmãos partilhando a paixão pela Engenharia, decidiram unir esforços e apresentar ao
mercado português um projeto no âmbito da mediação imobiliária, absolutamente arrojado
e inovador.
Adriano, Bruno e Ulisses Marinho conduzem a Alvarez Marinho,
engenharia e imobiliária, empresa
que marca a diferença no setor
imobiliário, atraindo uma classe
económica média/alta. A aposta
na imagem e a pujança empregue
por estes três jovens engenheiros
de Torres Vedras faz da Alvarez
Marinho uma das mais promissoras
empresas portuguesas no ramo
imobiliário, dentro e fora de portas.
O projeto iniciou-se em 2006,
quando os três, já formados, se
depararam com uma realidade
distinta daquela que lhes havia
sido apresentada. “O mercado tinha
mudado e tivemos que nos ir adaptando até encontrar um caminho
diferente”, inicia Adriano Marinho,
responsável pela Contabilidade e
organização administrativa da empresa. “Conseguimos trabalhar em
Engenharia, mas de uma maneira
diferente”, continua.
Inicialmente, optaram por direcionar a sua ação para os projetos
62 I Agosto
de construção, fiscalizações e
as avaliações, mas rapidamente
tiveram que procurar alternativas,
dado o volte-face que o mercado
viveu em 2009. “Encontrámos uma
oportunidade na mediação imobiliária, nomeadamente na parceria
com a Banca, através da mediação
de imóveis das retomas”, continua Ulisses Marinho, responsável
pelos departamentos comercial,
de marketing e publicidade. “Esta
tendência adveio também por parte
de clientes ligados à construção
que nos solicitaram a venda direta
das casas”.
Da mediação, à compra e reabilitação de imóveis foi um passo.
Hoje abrangem tudo o que rodeia o
setor da construção: desde projeto,
construção, fiscalização, avaliação,
mediação e certificação energética.
Num setor que ficou aberto a
todas as iniciativas. “Desde 2013
qualquer pessoa pode fazer mediação, o que nos deixa preocupados.
Se antigamente era preciso capaci-
dade técnica e formação, hoje está
facilitado o acesso a esta função”,
levanta Bruno Marinho, diretor
comercial da equipa composta por
nove elementos.
Adriano Marinho alerta que a
atuação de muitas empresas, que
viram nesta área uma oportunidade
de negócio, estraga um mercado
que tem tudo a ganhar com a
concorrência leal e a partilha de
negócios: “Estamos a passar por
uma fase negativa na mediação e
considero que se não atuarmos,
podemos vir a sofrer com as consequências”. Um ramo que envolve
conhecimentos, pesquisa e acompanhamento constante “não passa
só por mostrar casas”, sublinha.
Método
A Alvarez Marinho integra uma
equipa altamente qualificada que
garante um trabalho sério, exigente e permanente, que aposta
na fidelização dos colaboradores,
transmitindo ao cliente a segurança, a credibilidade e a honestidade
necessárias. “A Alvarez Marinho
tem um objetivo que não se reflete
apenas nos números, é nossa ambição crescer sustentadamente:
fazer boas vendas, bons negócios,
com a certeza que servimos dois
lados – o cliente que compra e o
cliente que vende”, ressalva Ulisses
Marinho.
Apesar do desenvolvimento
verificado, os nossos entrevistados
não deixam de estar presentes nas
atividades comerciais da empresa,
“realizando visitas e efetuando
mediação”, quer na zona de Torres
Vedras, quer em Lisboa, onde têm
Portugal Inovador
escritório na zona do Parque das
Nações.
Atendendo a um público generalista, não receiam ser associados
a uma venda de gama média/alta:
“atualmente, dispomos de uma
carteira mista de imóveis, temos
imóveis da banca (retalho) imóveis
de particulares e imóveis de luxo, em
relação aos imóveis de luxo sentimos necessidade de procurar outros
mercados, à procura de clientes”,
refere Bruno Marinho. Falamos de
investidores vindos de países como
o Brasil, a China, a Rússia que, vêm
à procura de “um clima excelente,
segurança, boa comida e belas
praias. Dispomos de diversos imóveis, que podem ser enquadrados
no programa Golden Visa”.
É neste âmbito que a Alvarez
Marinho tem surpreendido com a
aposta em novas tecnologias que
permitem ao investidor externo,
mesmo à distância, conhecer os
imóveis ou espaços em que está
interessado. Todas as fotografias
partilhadas no site da empresa
são da autoria da Alvarez Marinho,
que fazem questão de registar as
melhores paisagens e os melhores
ângulos. Para alargar a sua capacidade “de ser os olhos do cliente
à distância”, a Alvarez Marinho
adquiriu um drone que permite
gravar e fotografar vistas aéreas,
alargando assim todos os dados
que chegam ao investidor. No futuro
é intenção destes jovens facultar
visitas guiadas online aos espaços
para compra e arrendamento.
Arrendamento
O arrendamento surgiu nas
áreas de negócio da Alvarez Marinho “por necessidade do mercado”
e, segundo Ulisses Marinho, “essa
necessidade obrigou a ter cuida-
dos redobrados”. Assim todos os
processos são acompanhados ao
pormenor. “Não fazemos arrendamentos de maneira leviana, temos
que dar garantias ao nosso cliente
sendo exigida uma caução que é
devidamente restituída no final do
negócio, se verificada a conformidade do estado do imóvel. Para proteger também o arrendatário, no início e no final do contrato, visitamos
o local para fazer o levantamento
das condições, garantido assim que
o imóvel é entregue nas melhores
condições”. Quanto aos proprietários que têm residência no exterior,
a Alvarez Marinho faz a gestão total
do arrendamento, facilitando assim
a vida dos proprietários.
Em final de conversa fica a certeza deixada por estes três jovens
empreendedores: “O nosso interesse é crescer, assentes numa marca
de confiança”.
Agosto I 63
Portugal Inovador
Crescimento
sustentado na
confiança
Sérgio Santos apresentou-se ao mercado imobiliário, nomeadamente de Torres Vedras, há
seis anos, tendo colaborado com uma marca internacional com forte presença em Portugal.
Em 2014, decidiu dar origem à Oeste Soluções.
Grande parte da sua experiência advém da colaboração numa
multinacional do ramo imobiliário.
Aí bebeu todo o conhecimento e
aprendeu a encarar e a interpretar as oscilações do mercado.
Em 2014, deu azo ao desafio
profissional de criar um projeto
próprio assente na experiência
apreendida, mas com um cunho
mais familiar. “Queria aplicar todo
o meu conhecimento, mas numa
estrutura muito mais pequena”,
refere. A Oeste Soluções é uma
marca indissociável do seu líder,
porém Sérgio Santos faz questão de destacar a importância
dos seus colaboradores: “Temos
crescido em função do mercado.
Tenho uma equipa fantástica de
11 comerciais que me permite
acreditar que o futuro será traduzido em crescimento”, revela.
E de facto tal tem-se verificado. Se a primeira loja de Torres
Vedras abriu em setembro 2014,
em maio de 2015 surge um segundo espaço na cidade. Em
64 I Agosto
junho, a Oeste Soluções alarga
a sua presença à Lourinhã e, já
este mês estende-se à Amadora.
Questionado sobre a razão
que permite este sucesso, o
responsável é perentório: “O
mais importante são as pessoas,
não as marcas”. Porquê? Porque após a sua saída a carteira
de contactos naturalmente foi
construída com clientes que não
quiseram deixar de ser acompanhados por si. “Se o agente
comercial transmite confiança o
cliente mantem-se. Este é um
negócio entre pessoas e tem que
existir um bom relacionamento”,
reforça.
Panorama
Conhecedor do mercado de
Torres Vedras, o profissional denota que comparativamente com
os anos anteriores “houve uma
maior abertura da Banca à cedência de crédito à habitação”, facto
que já se reflete na procura. “O
mercado de Torres cresceu havendo já falta de habitação nova de
tipologia T2 e T3”. Os imóveis usados apresentam grandes lacunas
e os preços estão inflacionados.
Quanto ao mercado de arrendamento, “existe também muita
procura, mas falta de oferta”.
Relativamente a investidores,
Sérgio Santos afirma existirem,
mas “estão informados, têm
noção do estado do mercado e
compram pelo preço justo”.
Experiência
Dado que o critério de seleção dos comerciais assenta na
experiência e no conhecimento
efetivo dos (outros) mercados
– Lourinhã e Amadora – onde a
Oeste Soluções marca presença, a filosofia da empresa e o
método de trabalho são “garantidamente” uniformes em todas
as filias.
Os planos de futuro de Sérgio
Santos passam por alargar o seu
raio de ação com a abertura de
outras filiais e o objetivo passa
também por “nos próximos cinco
anos ser líder de mercado em
Torres Vedras”, conclui.
Portugal Inovador
Mediar na linha
da praia
Liderselect é a mediadora imobiliária que lhe permite comprar, vender ou arrendar casa em
Torres Vedras, mais especificamente na envolvência da Praia de Santa Cruz.
para que, quando decidem procurar
casa, solicitem inicialmente uma
avaliação em termos de financiamento, essa é a forma mais célere
de se conseguir dar continuidade
ao processo de compra. Os imóveis
da Banca são um nicho de mercado cada vez mais pesquisado por
potenciais compradores, na medida
em que a sua aquisição poderá ser
beneficiada por condições especiais de financiamento, reduzindo
substancialmente a taxa de esforço
das famílias. Nem sempre existem
retomas bancárias com as características e localizações idealizadas”.
Teve origem em 2006 por iniciativa de Liliana Marcos, licenciada em Direito. Apoiada pelo pai,
experiente profissional na área da
construção civil, a nossa entrevistada pensou em criar um projeto
próprio onde pudesse aliar esse
conhecimento à sua formação
universitária. Assim nasce a Liderselect, em novembro de 2006, na
Urbanização Vale Nogueira, em
Silveira, Torres Vedras.
Liliana Marcos recorda que a
entrada no setor “não foi fácil, a
concorrência era feroz na área
de Santa Cruz”. Centrada nesta
região (Silveira, Santa Cruz, A-dos-Cunhados) a Liderselect tem
uma carteira de empreendimentos
para habitação. Se nos primeiros
anos se verificava alguma procura
para “segunda habitação, depois
o mercado mudou totalmente e os
clientes aparecem com o intuito de
adquirir a primeira casa”, refere.
Entre compra e arrendamentos,
estes integram todas as faixas etárias, verificando-se um menor nível
de informação relativamente ao
mercado por parte do público mais
novo. “Alerto os casais mais jovens
Certificação
Energética
A obrigatoriedade de apresentação do certificado energético
na compra ou arrendamento da
habitação, implementada em 2014,
veio trazer algum transtorno para
muitos dos proprietários que não
olharam para essa medida com
agrado, principalmente devido aos
custos que lhe estavam associados. Mediante a sua experiência,
Liliana Marcos considera que em
termos práticos esta não foi bem
aplicada, não trazendo mais-valia
direta a quem compra habitação,
principalmente de mais imóveis
com mais vinte anos.
“Penso que não podemos com-
parar uma casa construída há dez
anos, com outra mais recente.
Considero que de facto essa medida não é relevante para o cliente.
Entre a escolha de uma casa com
classificação C e outra com classificação D, o investidor olha para
o preço não para a classificação”.
A formação de Liliana Marcos
em Direito confere-lhe uma excelente capacidade para analisar toda
a documentação e acompanhar de
forma exímia os cliente no processo
de aquisição ou arrendamento de
habitação. Analisando o estado do
setor nos anos mais recentes, 2012
e 2013 foram os que apresentaram
menores índices de rentabilidade,
“mas entretanto o mercado tem
vindo a reagir de forma positiva”.
Trabalhar com dedicação, apostando num serviço personalizado
é a chave do sucesso da Liderselect e da jovem empresária Liliana
Marcos.
Agosto I 65
Portugal Inovador
66 I Agosto
Portugal Inovador
Palco de mediação,
arquitetura e interiores
Carlos Dantas, diretor geral da
PREDIMED BRAGA e master da rede na
zona Norte, apresenta-nos os contornos
desta mediadora imobiliária que promete
surpreender o mercado.
A convite da PREDIMED PORTUGAL, Carlos Dantas avançou para este
projeto que designa como “diferente e
arrojado”. Um modelo de negócio que
tem “um respeito máximo e proximidade ao cliente, assim como flexibilidade
no trabalho”, define.
Dentro da rede, a PREDIMED
BRAGA destaca-se por um conceito
de mediação imobiliária, que passa
pela criação de parcerias em diferentes
âmbitos: “Porque não aproveitar este
espaço para exposições de fotografias
ou concertos? Braga precisa disso,
temos que ser diferentes, inovar e
criar uma simbiose de vários projetos”,
afirma Carlos Dantas.
Com a estagnação da construção
nova, o mercado imobiliário alia-se à
reabilitação urbana. Preparada para
disponibilizar as melhores soluções,
a PREDIMED BRAGA criou uma
parceria com a Best of Living, uma
empresa bracarense que procede à
realização de projetos de arquitetura,
obras de remodelação e decoração de
interiores. “Projetos chave-na-mão que
têm o intuito de oferecer aos clientes
um produto exclusivo, inovador, que
se ajuste à especificidade das suas
necessidades”, apresenta Cátia Alves,
decoradora de interiores.
Neste sentido, a PREDIMED tem
o cliente, o produto, e a Best of Living
reabilita, decora em qualquer parte
do país ou do Mundo. “Acreditamos
nesta parceria que será apresentada
ao público num evento a decorrer
no próximo mês nas instalações da
PREDIMED BRAGA”, divulga Jaymar
Delgado, arquiteto da Best of Living.
“A vontade de criar motivou-nos a
transcender o mercado de mobiliário
por medida. Reinventamo-nos e agora
apresentamo-nos como uma empresa
talhada para uma abordagem mais
abrangente à conceção de espaços
e ambientes personalizados”, reforça.
Cada vez mais o setor imobiliário
tem que estar preparado para o mercado global, “por isso a PREDIMED nasce focada no futuro, utilizando todas as
ferramentas que existem. Estamos a
criar parcerias com os maiores portais
nacionais e internacionais de modo
a que possamos prestar um serviço
acrescido na qualidade”, salienta Carlos Dantas.
nos orgulha, sendo a prova de que
estamos a desenvolver um trabalho
reconhecido”. A PREDIMED BRAGA
fica assim responsável por lançar, desenvolver e formar toda a rede a Norte
de Aveiro. “Um desafio que vamos
encarar com muito empenho. Neste
momento, temos cinco lojas a Norte e
o objetivo, até final de 2015, passa por
chegar às 12”, revela Carlos Dantas
lançando o desafio: “Na PREDIMED o
associado não precisa de ter uma loja
específica de mediação. Por exemplo,
um escritório de contabilidade ou de
seguros pode associar-se a esta atividade. Estamos aqui para colaborar,
ser parceiros de uma forma low-cost,
promovendo a sustentabilidade dos
projetos”. Sendo associados, os parceiros da PREDIMED não necessitam
de ter licença AMI, trabalhando sob ao
abrigo do seu master. “Esta é uma boa
oportunidade para jovens empreendedores”, desafia o nosso entrevistado.
Master Norte
É com orgulho no trabalho realizado desde janeiro de 2014, que Carlos
Dantas anuncia o convite recebido
por parte da PREDIMED PORTUGAL
para assumir a posição de master a
Norte. “Aceitámos o desafio que muito
Agosto I 67
Portugal Inovador
Línguas que
aproximam o mundo
Oferecendo uma vasta gama de cursos, o BabeliUM é o local ideal para aprimorar a sua
competência noutros idiomas.
Criado em 2009, o BabeliUM –
Centro de Línguas é um organismo
tutelado pelo Instituto de Letras e
Ciências Humanas (ILCH) da Universidade do Minho que tem “uma
missão nobre”, explica Cristina
Álvares, diretora do projeto: o objetivo assumido é o de “promover
e desenvolver a política do multilinguismo da Universidade do Minho”
e contribuir para a “internacionalização” e “abertura ao Mundo” quer
desta instituição de ensino, quer da
própria região envolvente.
O nome BabeliUM, esclarece
Cristina Álvares, faz alusão à Torre de Babel, embora lhe dê “um
sentido inverso”. Isto porque “na
história da Bíblia, a diversidade
linguística é um castigo divino,
mas nós entendemos essa mesma
diversidade cultural como um bem,
uma dádiva”, afirma. Sediado no
campus de Gualtar da Universidade do Minho (Braga), mas contando também com instalações no
polo de Azurém dessa instituição
(Guimarães), este é um Centro
de Línguas com uma vasta oferta
de cursos para um público diver68 I Agosto
sificado. De facto, as portas do
BabeliUM abrem-se “ao público em
geral”, não se circunscrevendo à
comunidade universitária – motivo
pelo qual, no ano de 2014, “mais
de 2000 pessoas” frequentaram as
suas aulas.
Uma oferta vasta
Uma das grandes áreas de
intervenção deste organismo são
os cursos de línguas estrangeiras.
Entre os idiomas lecionáveis en-
contram-se o alemão, o espanhol,
o francês, o inglês, o italiano, o
japonês ou o russo. Por sua vez,
as aulas funcionam em regime de
turma, uma vez que “a aprendizagem da língua funciona muito
melhor, é mais rápida e mais eficaz
se houver pelo menos 12 pessoas
envolvidas”, num ambiente que
promova a interação.
A maioria dos cursos funciona
semestralmente, havendo variantes de 48 e 30 horas. Já para o
período de verão estão reservados
cursos intensivos. Mas independentemente da variante escolhida,
todas as formações ministradas
pelo BabeliUM possuem correspondência com o Quadro Europeu
Comum de Referência para as
Línguas, proporcionando, por isso,
uma certificação válida em todo o
mundo.
Outra das valências mais requisitadas do BabeliUM está no
seu curso de Português – Língua
Estrangeira, muito procurado não
apenas por alunos vindos dos quatro
continentes, principalmente da Ásia,
que fazem programas de intercâmbio na Universidade do Minho, como
Portugal Inovador
também por professores, investigadores e visitantes e empresários que
imigram para Portugal por motivos
de ordem profissional.
Porquê aprender
línguas?
O investimento neste tipo de
competências é uma mais-valia
para qualquer pessoa, garante
Cristina Álvares. Um dos argumentos a favor está na “internacionalização acelerada de tudo, desde
as instituições, as empresas, aos
indivíduos e ao emprego”. Existem “relatórios e estatísticas que
mostram que a empregabilidade
aumenta consoante a competência
em línguas estrangeiras”, explica a
diretora do BabeliUM.
Relativamente a este aspeto, a
também vice-presidente do ILCH
sublinha que mesmo quem não
tenha intenção de emigrar por
motivos profissionais deve investir
no conhecimento em línguas, uma
vez que este é um requisito cada
vez mais exigido também pelos
empregadores nacionais.
Serviços de tradução
Outra das funcionalidades disponíveis no BabeliUM são os
serviços de tradução, que podem
ser encomendados para diversos
fins, desde a conversão de artigos
científicos, documentos oficiais, relatórios técnicos, websites e várias
outras categorias de textos para
um idioma estrangeiro, até à legendagem de obras, sem esquecer a
revisão ou a peritagem linguística,
por exemplo. Caso para dizer que
tudo o que o BabeliUM proporciona
nos aproxima, passo ante passo,
do mundo que existe lá fora.
Agosto I 69
Portugal Inovador
Equipa motivada
incrementa inovação
A Clínica Fisiátrica Alto Minho (CFAM), localizada nas vilas de
Arcos de Valdevez e Ponte da Barca assume como objetivo o
acesso à prestação de cuidados de saúde na área da Medicina
Física e Reabilitação de qualidade/excelência, com eficiência
e eficácia asseguráveis (cuidados de saúde adequados e em
tempo útil), visando a obtenção de ganhos de saúde para a
população de A.V. e P.B. e o aumento das acessibilidades.
Junto de Regina Soares e a sua equipa de profissionais, fomos
conhecer o percurso que alavanca todo esse trabalho.
É na possibilidade de articular a
Medicina Física e de Reabilitação
(designada no senso comum por
fisioterapia) a outras áreas do conhecimento e chegar mais próximo da
realidade envolvente, que os profissionais atuam junto da comunidade. Sob
essa perpetiva Regina Soares valoriza
a cultura de multidisciplinaridade e do
bom relacionamento de trabalho e a
componente Humanização nos Serviços de Saúde. “A vertente psicológica
e o apoio que nós damos aos utentes
no ato terapêutico, são também muito
importantes, promovendo a excelência na Reabilitação Biopsicossocial”,
salienta.
Seguindo uma ótica de prestação
de serviços centralizada no utente e
garantido uma maior qualidade, leva a
que a nossa interlocutora avalie todo o
trajeto da clínica sob uma evolução positiva. “Não é um processo fácil”, garante, mas a possibilidade de crescer junto
de profissionais de diferentes áreas e
acompanhar o progresso da ciência
e suas acessibilidades em Arcos de
70 I Agosto
Valdevez e Ponte da Barca motiva-a a
avançar para novos rumos. Há 20 anos
o Alto Minho sofria com a carência de
fisiatras, fisioterapeutas e praticamente
a inexistência de terapeutas ocupacionais e terapeutas da fala. “Essa lacuna
verificava-se um pouco por todo o país,
mas mais na região do Alto Minho, e o
fator distância também interferia. Atualmente, os acessos vieram beneficiar a
implementação de projetos nesta zona,
e nesse ponto de vista tudo se tornou
mais fácil”, observa.
Constatando que o progresso na
área da saúde em Portugal, nomeadamente na Medicina Física e de
Reabilitação foi evoluindo gradualmente, a região do Alto Minho, e mais
concretamente a CFAM acompanhou
essas alterações e paulatinamente foi
crescendo junto da sua população.
Quando iniciou a sua atividade há
duas décadas não se encontravam
neste espaço, “foi aos poucos que
começamos a pensar noutra estrutura.
Faz dois anos que estamos aqui e
em Ponte da Barca estamos há três”,
abrevia.
Ambas as regiões, apesar de ligadas pela sua proximidade, acolhem
características diferentes. Regina
Soares assiste a essa diversidade e
procura chegar mais perto das neces-
sidades dos utentes através desse
contacto. “Eu estou aqui para receber
as pessoas/os utentes e ouvi-las e é
através deste feedback que tentamos
melhorar”.
Esse aperfeiçoamento desenvolve-se lado a lado com a formação diferenciada e a cultura de multidisciplinariedade e do bom relacionamento que
fazem parte da realidade da clínica.
Com uma equipa de 15 pessoas, podemos aqui conhecer a fisioterapeuta
Eduarda Bota, “que faz a reabilitação
do pavimento pélvico, são poucos no
distrito os fisioterapeutas com formação específica nesta área”, o fisioterapeuta Jacinto Gomes, “que intervém
de forma brilhante na área da Traumatologia e Traumatologia no Desporto”,
o fisioterapeuta Fernando Abreu, na
área da Pediatria e Neurologia. Entre
outros fisioterapeutas encontramos
uma terapeuta ocupacional, duas
terapeutas da fala, quatro auxiliares
técnicas de fisioterapia/massagistas
de recuperação, uma rececionista/
administrativa e dois fisiatras, nomeadamente António Lima da Costa e Helena Duro (diretora técnica). O trabalho
de equipa de Reabilitação quando
articulado com outras especialidades
“nomeadamente a Reumatologia e
Ortopedia”, revela-se frutífero e “faz
Portugal Inovador
com que os utentes confiem em nós e
nos procurem”, vinca. Existe também a
ligação com os médicos de família que
vem fortificar ainda mais esses laços,
“criamos duas equipas que trabalham
em sistema rotativo nos dois espaços
pertencentes à clínica e os utentes
encontram-se muito familiarizados
connosco”, acrescenta.
Refere ainda que “é essencial implementar uma política de qualidade
que vise esbater a falta de articulação
entre serviços, melhorando a qualidade de vida dos utentes que recorrem
aos mesmos, promovendo o seu
envolvimento em ocupações significativas e a reintegração socioprofissional,
o envelhecimento ativo e minimizando
custos”.
Elevar a qualidade
Numa ótica de inovação e empreendedorismo vinca “investimos
sempre em equipamentos topo de
gama para evoluirmos enquanto profissionais da área, mas na prática da
nossa atividade é muito importante a
qualidade das mãos. É com as mãos
que fazemos o nosso trabalho. Boas
mãos geram bons resultados”.
A equipa multidisciplinar da Clínica
Fisiátrica Alto Minho atua numa atitude
centrada no utente, cultura de excelência e do cuidar.
É para esta equipa um desafio
diário, a sua intervenção com uma
dinâmica assente na motivação e uma
“cultura interna de multidisciplinaridade
e do bom relacionamento no trabalho”,
maximizando a reabilitação biopsicossocial.
Agosto I 71
Portugal Inovador
Braga veste com glamour
A Flor de Maracujá abriu em setembro de 2008 na cidade de Braga. Hoje, situada na Rua
de São Marcos, bem no coração da cidade, o projeto alarga-se a novos públicos.
Mercado Online
A paixão por moda conduziu
Margarida Bessa, licenciada em
Português, a trocar as salas de
aula por um projeto criado à sua
imagem, onde a elegância e o contacto com o público a acompanham
dia a dia. “Porque é que surgiu o
projeto?”, questionámos. “Porque
gosto de roupa, gosto de moda,
gosto deste contato com o público”.
Um atendimento personalizado,
pensado com tempo para “ver,
experimentar e decidir”. “Como é
que se chama, deseja um café?”,
é deste modo que todas as clientes entram no espírito da Flor de
Maracujá. A elegância do espaço
permite que as peças de roupa e
os acessórios, escolhidos a dedo
pela nossa entrevistada, tenham
lugar de destaque. “Diferenciamo-nos também pela diversidade de
72 I Agosto
marcas e estilo, atendemos a mãe
e a filha, pessoas de diferentes
gerações, mas que têm em comum
o gosto por vestir bem”, afirma.
Falamos de inúmeras marcas de
vestuário, calçado e acessórios.
Morena Rosa, Gisele, Super Trash,
Just’or, Colcci, Sahoco, Jessica
Simpson, Drosophyla, entre muitas
outras. Moda portuguesa, italiana,
brasileira, holandesa, uma grande
variedade que consegue agradar a
todas as idades e estilos.
Sempre atenta às marcas que
vão surgindo, Margarida Bessa
verifica que um crescente número
de clientes está fidelizado, muito
devido “ao bom atendimento, à
qualidade e à exclusividade das
peças. Quem quiser vestir bem
e diferente, sabe que aqui encontra”.
Direcionada também para uma
mulher dinâmica que sabe o que
quer, mas que tem pouco tempo
para visitar as lojas de comércio
tradicional, a Flor de Maracujá
aposta nas redes sociais onde com
regularidade apresenta as novas
peças e procede a encomendas.
Com o objetivo de chegar a um
maior número de pessoas, até ao
final deste ano, a Flor de Maracujá
vai abri um novo espaço em Leça
da Palmeira. Empreendedora e
proativa Margarida Bessa prepara
já o ano de 2016, com novos planos
novamente, Braga. “Em meados
do início de março vamos marcar
presença num centro comercial da
cidade”, revela.
Portugal Inovador
“Uma marca portuguesa
que ouve os clientes”
É com estas palavras que João Azevedo nos dá a conhecer a John Tweed, uma marca de
vestuário masculino. Os artigos produzidos com matérias primas 100% naturais privilegiam
a qualidade, aliada ao preço, imprimindo um cunho autenticamente nacional.
Foi em setembro de 2013, na
zona do Aviz, que o conceito começou a fazer parte do dia a dia dos
portuenses. “Queríamos conceber
uma marca clássica a um preço que
os clientes considerassem justo”,
explica.
João Azevedo cedo verificou
que a localização, apesar de ir ao
encontro do seu público-alvo, era
vista como uma zona “elitista, sendo necessária maior exposição”.
Foi esse o fator que levou a que
um ano depois, em julho de 2014,
encontrássemos a John Tweed na
Baixa do Porto. Numa ação mais
centralizada, a comunicação online
começou a revelar-se uma prioridade: “Começámos por trabalhar
no facebook e sentimos que muitos
dos nossos clientes estavam fora da
Invicta, nessa perspetiva pensámos
que faria sentido construir o nosso
próprio website”. A interação nesses
espaços desenvolve hoje um forte
elo com o seu público, conquistando
e retendo a fidelização de um número
cada vez maior de pessoas.
Após o lançamento do website foi
Braga a cidade eleita pelo empresário. “É uma cidade dinâmica, sendo
que tínhamos já indicadores de que
alguns dos clientes que nos visitavam
no Porto eram bracarenses”, observa. Hoje, com três espaços abertos
ao público (dois no Porto e um em
Braga) a marca nacional reúne
características como simplicidade,
versatilidade e atualidade, destinando-se essencialmente a um público
entre os 30-70 anos. “Inicialmente,
trabalhávamos numa linha clássica,
gradualmente fomos ouvindo as
opiniões dos nossos clientes e começámos a vender peças mais casual;
dessa forma o cliente pode vestir
John Tweed de domingo a domingo e
não só de segunda a sexta”, resume.
John Tweed apresenta-se assim
como uma marca flexível e fiel ao seu
conceito, que pretende estar próxima
das pessoas, na disponibilidade de
igualmente desenvolver parcerias
locais. Neste núcleo de iniciativas,
João Azevedo e a equipa de sete profissionais que o acompanha, ambicionam continuar ativos e dinâmicos
nos seus projetos. Neste momento, a
abertura de uma nova loja começa já
a ser estruturada. “Estamos a trabalhar nisso, o mercado tem um espaço
para nós em Lisboa”, elucida. Ainda
assim não esconde que a expansão
poderá, um dia mais tarde, chegar
à nossa vizinha Espanha. “Quando
começámos a trabalhar no conceito,
o nosso objetivo passou por criar um
nome que fosse europeu, tendo em
vista rumar para outros mercados.
Por isso mesmo, queremos continuar
a ouvir o cliente com vista à melhoria
e à expansão”, conclui.
Agosto I 73
Portugal Inovador
Sushi no coração de Braga
Dilson Viana está em Portugal há 22 anos e é um profissional com grande experiência na
restauração. É também um fã da cidade dos Arcebispos e foi há pouco mais de um ano que
resolveu abraçar o projeto Sushi Lapa.
“Se compararmos
a cidade a um
corpo humano,
este local é o
coração”
“Sempre tive a intenção de
trabalhar aqui, porque considero
isto um paraíso. É uma cidade
pequena e segura, onde o povo
é acolhedor e simpático, mas
que tem tudo”, introduz. Se vir
para Braga já foi uma felicidade,
maior ainda foi a felicidade de
vir para um dos seus espaços
mais bonitos. O Sushi Lapa está
localizado numa das alas da Arcada de Braga, no piso acima do
conhecido Café Astória. Como
o nosso entrevistado gosta de
dizer, “se compararmos a cidade
a um corpo humano, este local é
o coração”.
O nome Sushi Lapa deve-se,
evidentemente, à proximidade
com a Capela da Lapa, não deixando também de haver aqui um
elemento nostálgico para com
74 I Agosto
as suas origens. Dilson Viana
é mineiro embora criado no Rio
de Janeiro, e o nome “Lapa”
­remete-o, ao mesmo tempo,
para “a malandragem carioca
dos Arcos da Lapa”. Uma feliz
coincidência, portanto.
Sobre o espaço, é uma casa
com capacidade para 45 pessoas, onde o tradicional da pedra
coexiste com o moderno do aço,
passando pela arte de inspira-
ção pop de Pedro Guimarães.
Sobre o sushi, Dilson Viana diz-nos que “cada sushiman” traz
a sua história para o prato. Ora,
no caso do Sushi Lapa este é
nepalês e já trabalhou em Itália,
no Dubai e no Algarve. Agora,
é em Braga que vai contando
a sua história, entre menus de
sushi diferentes. As entradas
podem ser Camarões Mistos,
Spring Rolls de Camarão, Sopa
de Miso ou Giosas. Como tudo
isto não poderia deixar de ser
acompanhado por uma bebida, o
responsável aproveita para destacar a especialidade da casa,
que é a sangria de espumante
com pepino, uva e canela.
Conduza com um
parceiro de confiança
Portugal Inovador
No âmbito do setor automóvel, estivemos presentes na F2car,
reconhecido stand localizado na região do Porto.
Paulo Carneiro é a cara deste
projeto criado a 25 de abril de 2008. O
que começou por ser um stand multimarca, em Vila Nova de Gaia, é hoje
uma empresa certificada que merece
a confiança e a fidelidade de um vasto
número de clientes de Norte a Sul do
país. “Em 2009, abri a primeira oficina
em Rio Tinto e a partir daí fomos crescendo”, introduz o nosso entrevistado,
que vê o seu negócio alcançar outras
dimensões. Em 2011, a F2car inaugura
um pavilhão na Rua São Rosendo, no
Porto, ano em que alcançou a certificação ISO 9001.
Oferecendo aos seus clientes a garantia de assistência em todas as áreas
do setor automóvel – oficina, chaparia,
pintura, mecânica e comercialização
de automóveis –, a F2car é parceira de
confiança da Banca, trabalhando “com
financiamento bancário na modalidade
de 120 meses, com taxas imbatíveis
e oferta de dois anos de garantia com
revisão” no seu espaço. “Fazemos a
gestão de frotas, revisões de viaturas,
mantendo a qualidade e garantia de
marca. Temos preços e métodos de
pagamento especiais para frotas, com
descontos competitivos nas peças e
mão de obra”, informa o empresário.
Contando com o conhecimento de
Paulo Carneiro e de uma equipa composta por colaboradores com vasta
experiência, a oficina, open space, da
F2car permite ao cliente acompanhar
todo o plano de revisão da viatura.
Dados revelados, recentemente, demonstram que o número de
veículos vendidos em Portugal tem
aumentado, Paulo Carneiro corrobora
essa informação. Trabalhando noutras
áreas, e sendo a F2car reconhecido
patrocinador de diversos eventos e
modalidades amadoras na região do
Porto, acaba por ter o retorno desta
projeção sendo, naturalmente, recomendado por atuais clientes. “Temos
tido um crescimento gradual; em 2015
já ultrapássamos a fasquia dos 100
carros, número extremamente positivo
para um stand”, revela.
Paulo Carneiro é um empreendedor que encara as novas tecnologias
como um parceiro fundamental no
incremento do seu negócio. “Não po-
demos falar de limites de atução dada
a proliferação da internet. O mercado
mudou muito, hoje em dia é o cliente
que compra através de pesquisa,
não somos nós que vendemos. Por
isso, temos que estar no mercado de
forma competitiva, aproveitando todas
as vantagens que as tecnologias de
informação nos oferecem”, expõe.
Futuro
Como já foi referido, a F2car marca presença em inúmeros eventos
desportivos na região do Porto. Já no
dia 8 de agosto associa-se à Arena
de Matosinhos para apresentar a
Kickboxing Night, evento de promoção
dos desportos de combate. O nosso
entrevistado não deixa igualmente
de convidar todos os nossos leitores
a marcarem presença, no dia 20 de
setembro, na Praça da Corujeira,
na Campanhã, na homenagem “ao
grande campeão português de boxe,
Alcino Palmeira”.
A filosofia da F2car “passa por
crescer, de modo centralizado, por
forma a oferecer todas as garantias de
assistência e qualidade de trabalho a
todos os clientes”. Nesse sentido, até
final de 2015 está projetada a abertura
de um novo espaço de stand e serviços
rápidos, na região do Porto.
Agosto I 75
Portugal Inovador
76 I Agosto
Portugal Inovador
Agosto I 77
Portugal Inovador
“O objetivo passa por manter a
estabilidade”
A DrogMat Lda. situa-se na freguesia de Irivo, concelho de Penafiel. Criada no ano de 2007,
como empresa limitada, foi no ano de 2003 que apareceu a título pessoal pela mão de António
Ferreira, atual sócio gerente.
Depois de ter cumprido serviço
militar, António Ferreira voltou às suas
raízes e começou a trabalhar por conta
própria desde 1999 até 2003, quando
tomou posse de um negócio familiar
iniciado pelo seu pai. No mesmo ano,
adquiriu o seu primeiro veículo para
prestação de serviços – a distribuição
de materiais de construção civil – e,
mais tarde, um carro com grua, exercendo mais acentuadamente a sua
atividade profissional.
Serviços e valências
Sempre focado na estabilidade,
esta empresa centraliza os seus serviços na comercialização por grosso
de materiais de construção civil (exceto madeira), retalho e equipamentos
sanitários. Para além disso, a DrogMat também se dedica à venda de
churrasqueiras e possui o serviço de
drogaria. “Algo que nos diferencia de
78 I Agosto
outras empresas do setor na região é o
serviço de transporte de mercadorias”,
valoriza António Ferreira, salientando
o facto de que “as pessoas já sabem
que temos os materiais que precisam
e procuram-nos, porque estamos sempre disponíveis com meios próprios”.
Como principal valência, a DrogMat privilegia a comercialização de
produtos com forte reconhecimento
do mercado, tais como a Neuce (do
qual é agente direto), DeWalt, Stanley,
UHU, Margon, Heller, AEG, Bellota,
Boltherm, BlackDecker, Umbelino
Monteiro, Lógica, Siroflex, Cimpor e
Secil.
Apoio ao cliente
Atualmente, a DrogMat conta com
três colaboradores, incluindo o seu administrador, que dão o total apoio aos
clientes. “Na sua maioria particulares,
contudo existem algumas empresas
da área da construção civil que trabalham também diretamente com a
DrogMat”, refere o sócio gerente, afirmando que “a grande fatia de clientes
são pontuais”.
Valores como a credibilidade e a
confiança são sempre transmitidos a
todos os visitantes. “Somos uma equipa especializada na área e procuramos
sempre ajudar o cliente, oferecendo-lhe os melhores produtos e os serviços
mais adequados. É muito importante
compreender as suas reais necessidades”, destaca António Ferreira.
Objetivos futuros
Com a queda so setor da construção civil, o cenário nem sempre se
apresenta favorável. Todavia, a DrogMat procura as melhores soluções com
vista à estabilidade. “Sonhamos sempre um pouco mais, mas temos que
andar a par da situação do mercado
atual”, conclui o entrevistado.
Futuramente, António Ferreira
pretende que a DrogMat mantenha
o leque diversificado de serviços que
presta e equaciona abraçar as novas
tecnologias, possivelmente através
da criação de uma página na internet.
Portugal Inovador
Automóveis de confiança
Luís Santos é administrador da LMS Automóveis, empresa situada no concelho de Paredes,
desde 2003. Localizada no centro da cidade a partir de 2012, a aposta atual recai na
comercialização de carros de gama média alta.
cliente e, mediante a qualidade, tentar
responder às suas necessidades, com
a total garantia do sucesso do negócio”, salienta o empresário.
Fidelizar o cliente
“A empresa nasceu com poucos
recursos, mas fomos crescendo e evoluindo, conforme as possibilidades e
as amplitudes dos negócios”. É assim
que Luís Santos resume a criação e a
evolução da LMS Automóveis. Juntamente com o entrevistado, a empresa
conta com mais três colaboradores
(dois vendedores e um contabilista)
“trabalhando diariamente com satisfação para dar a conhecer a quem
nos procura as maiores novidades do
mercado”. Para além do espaço em
Paredes, existe outro na zona da Torre,
em Termas de S. Vicente, cujos horários de funcionamento são das 09h30
às 19h30 de segunda a sábado e das
14h30 às 19h00 ao domingo.
Objetivos e serviços
“O mercado automóvel é instável,
contudo temos conseguido uma faturação positiva, que varia entre um
milhão e um milhão e meio de rendimento global”, refere Luís Santos.
Quanto a serviços, a LMS Automóveis
concentra a sua atividade na venda e
reparação de automóveis, um serviço
único e exclusivamente reservado
aos seus clientes. Para além disso, é
parceira do Grupo Baviera, com quem
trabalha frequentemente na avaliação
e comercialização de automóveis de
gama média alta.
“O objetivo tem sido crescer, evoluir
e satisfazer quem nos procura. Tentamos ter o maior número possível de
viaturas para ir ao encontro das necessidades dos nossos clientes”, atalha
o sócio gerente da LMS Automóveis.
Trabalhar em parceria com concessionários faz parte do quotidiano desta
empresa de Paredes, com vista a
aumentar o stock de automóveis e
“fazer o melhor negócio entre preço e
qualidade”. A maior recompensa dos
funcionários da LMS Automóveis é ver
o cliente feliz com o bom negócio feito,
visto que outro dos objetivos passa por
“provocar um impacto de interesse ao
“Transmitimos muita transparência e deixamos sempre o cliente à
vontade, inclusive quando tenciona
experimentar um carro e trazer algum
profissional de mecânica para dar uma
opinião e o ajudar na melhor escolha.
Aqui, a confiança é a virtude do negócio”, reforça.
Neste stand de automóveis, um
meio de inovação e fidelização do
cliente é “comercializar viaturas nacionais e carros com menos quilómetros
possíveis”, atraindo ainda mais a
confiança de quem recorre à LMS Automóveis para a compra de um veículo.
A LMS Automóveis está presente
em todo o território nacional, através
da sua página na internet. “É a partir do
nosso site que obtemos cerca de 70%
do nosso número de vendas”, conclui
Luís Santos, que considera que este
meio de comunicação tem um impacto
rentável para o negócio.
Agosto I 79
Portugal Inovador
Nas margens
do Rio Paiva
O Rio Moment’s & Country House é um moderno e atrativo
empreendimento turístico, localizado no lugar de Várzea,
junto ao Rio Paiva. Distingue-se por ser um alojamento rural
de grande classe, que tem vindo a alargar e a prestigiar a
oferta turística no concelho de Castelo de Paiva.
Marcos Cunha Jorge e a sua esposa Cristina Alves, mentores deste
projeto, realçam que “a abertura
deste espaço é um orgulho para o
concelho, traduzindo-se numa mais-valia para a dinâmica turística que se
deseja ver consolidada no município
paivense”.
O empreendimento – uma
“country house”, com dois espaços
distintos: a Casa da Várzea e a Casa
do Rio, com 13 quartos com decoração singular, sala de refeições, jacuzzi, piscina descoberta e uma ampla
área de jardins, com cascata, passadiço e zonas de lazer, assim como
um acesso direto a uma zona de
praia fluvial no Rio Paiva – mantém
80 I Agosto
as suas características rurais com um
toque de classe e modernidade em
harmonia com a envolvência do rio.
Segundo Marcos Cunha Jorge
este espaço distingue-se “pela tranquilidade e sossego do campo, havendo espaço para fazer desportos
em águas bravas, ir à pesca, fazer
BTT, Trail e ainda caminhadas nos
passadiços do Paiva”. É possível
que nas noites de fim-de-semana,
durante os meses de verão, haja
serviço de bar e restaurante aberto
ao público em geral, potenciando que
mais turistas tenham oportunidade de
conhecer este bonito espaço hoteleiro agora apresentado.
Para o futuro, os promotores
deste emblemático empreendimento,
pretendem que “o Rio Moment’s &
Country House seja um espaço de
requinte, evidenciado num turismo
de qualidade, potencializando atratividade e trazendo mais turistas ao
concelho”.
Portugal Inovador
Referência gastronómica
em Penafiel
O Restaurante Mozinho oferece aos seus visitantes a melhor cozinha regional e o convívio
num ambiente familiar e harmonioso.
tanto de dia como de noite, deixa
claro que o Mozinho é um caso de
sucesso, tendo cativado o público
de toda a zona de Penafiel, Paredes, Paços de Ferreira e Lousada.
A ideia, contudo, passa por não
ficar por aqui e Berta Gomes aponta
como próximo passo o alargamento
da casa. É um passo que irá ser
dado em breve, possivelmente no
ano que vem, e que promete fazer
do Mozinho um espaço de referência também para a organização de
casamentos e batizados.
Este espaço, que tem origem
num negócio familiar, está situado
na freguesia de Galegos e abriu a
1 de maio de 2010. Na altura, foi
com “garra e vontade de aprender”
que Berta Gomes, juntamente
com o irmão e a mãe, fez avançar
este projeto idealizado pelo pai. A
nossa entrevistada explica-nos o
que se pode esperar do Mozinho,
começando por uma oferta de pratos dentro da qual se destacam “a
picanha, os naquinhos com fruta, o
grelhado misto, o bacalhau assado
na brasa, o cozido à portuguesa, o
pica no chão e as carnes assadas
no forno, como o cabrito, a vitela
e o lombo”. Nos dias da semana,
há uma oferta de pratos do dia que
são servidos a uma média de 150
a 200 pessoas.
O espaço, cuja decoração alia o
rústico e o moderno, atinge o seu
auge às sextas e sábados. São as
noites de música ao vivo, em que
a animação é garantida pelo cantor
residente JB To Jones e bailarinas
que são também residentes. Conforme nos conta a responsável, é
sobretudo ao sábado que “a casa
fica sobrelotada (a capacidade é
de 130 pessoas) e trabalha até às
três ou quatro da manhã, porque
as pessoas gostam de vir e ficar
por aqui”.
A dinâmica que aqui se vive,
Agosto I 81
Portugal Inovador
82 I Agosto
Portugal Inovador
Agosto I 83
Portugal Inovador
84 I Agosto

Documentos relacionados

Revista Portugal Inovador Nº 80 Abril 2016

Revista Portugal Inovador Nº 80 Abril 2016 da aviação nacional a um lugar de referência a nível europeu. O presidente, José Miguel da Costa, considera que “Portugal tem vivido um paradoxo no que

Leia mais