Filmografia Invexológica (2014)

Transcrição

Filmografia Invexológica (2014)
FILMOGRAFIA INVEXOLÓGICA
Proposição do projeto: Grinvex Curitiba/Joinville (2014)
Foto: Da esquerda para a direita: Mariane Jacob, Marcos Akira, Diego Lopes, Pedro Borges,
Augusta Clemente, Priscilla Biella, Rubia Henning e Esther Adelle. (IIPC-Curitiba, 2014)
Filmografia Invexológica (2014 / versão 1)
Equipe de colaboradores:
Organização e revisão:
Augusta Clemente (A. C.)
Pedro Borges (P. G. B.)
Diego Lopes (D. L.)
Esther Adelle (E. A.)
Diagramação:
Marcos Akira (M. A.)
Priscilla Biella (P. B.)
Mariane Jacob (M. J.)
Rubia Henning (R. H.)
Pedro Borges (P. G. B.)
Priscilla Biella (P. B.)
Participação especial:
Rubia Henning (R. H.)
Laura Bruna (L. B.)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 3
A FERA......................................................................................................................... 4
ALEXANDRIA ............................................................................................................... 6
A MORTE E VIDA DE CHARLIE................................................................................... 7
CONTATO .................................................................................................................... 9
EDUCAÇÃO ............................................................................................................... 11
ENCONTRANDO FORRESTER ................................................................................. 13
ENERGIA PURA......................................................................................................... 15
ESCRITORES DA LIBERDADE ................................................................................. 17
FENÔMENO ............................................................................................................... 19
FERNÃO CAPELO GAIVOTA..................................................................................... 21
GÊNIO INDOMÁVEL .................................................................................................. 23
HANNAH ARENDT: IDEIAS QUE CHOCARAM O MUNDO ....................................... 25
HISTÓRIAS CRUZADAS ............................................................................................ 28
JORNADA PELA LIBERDADE ................................................................................... 30
MINHA VIDA EM OUTRA VIDA .................................................................................. 32
O ESCAFANDRO E A BORBOLETA .......................................................................... 34
O GRANDE DESAFIO ................................................................................................ 36
O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN ............................................................................. 38
O PODER DE UM JOVEM.......................................................................................... 40
O SORRISO DE MONALISA ...................................................................................... 43
PODER ALÉM DA VIDA ............................................................................................. 45
TURISTA ESPACIAL .................................................................................................. 47
INTRODUÇÃO
Esta compilação é fruto do trabalho dos integrantes do grinvex das cidades de
Curitiba e Joinville no ano de 2014. A duração desta gestação consciencial foi de 9
meses (outubro de 2013 a junho de 2014).
O objetivo é o estudo de variáveis relevantes para a aplicação da técnica da
inversão existencial por meio de filmes que retratem vivências e gerem reflexões sobre
a Invexologia. Desta forma, esta seleção de 22 filmes pode ser usada para vídeodebates relativos a técnica da invéxis (Cine-Invéxis).
Assistir a filmes com este propósito constitui momentos de lazer em que se
pode unir o aprendizado pelo exemplo e o debate de questões pertinentes ao projeto
de vida pessoal. Tal postura se opõe à grande maioria das produções
cinematográficas cujo foco é a exacerbação instintiva da violência, promiscuidade e
posturas
antissomáticas
que
objetivam
meramente
lucros
monetários
e
a
dessensibilização alienante da massa impensante frente às patologias sociais.
A escolha dos filmes ocorreu por meio da coleta de sugestões de diversos
inversores e inversoras, e a seleção dos títulos buscou salientar histórias que reforçam
aspectos de vivência homeostática e inspirados em fatos reais.
Os títulos selecionados foram sorteados para cada integrante do grinvex, que
dispondo de um modelo de fichamento filmográfico elaborou suas considerações e
trouxe ao grupo para debate. Foram percebidas sincronicidades relativas aos assuntos
dos filmes e o momento existencial dos integrantes. Todas as fichas foram revisadas e
diagramadas conforme um modelo padrão.
Compreende-se que esta seleção constitui mero recorte diante da possibilidade
do acervo de filmes que podem ser utilizados para exemplificação de aspectos da
invéxis, de modo que os complementos de novos títulos e possíveis revisões
necessárias serão muito bem-vindos.
Bons filmes a todos!
Pedro Borges (org.)
Grinvex Curitiba/Joinville
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A FERA
Título original: Beastly.
Ano de lançamento: 2011.
País de origem: EUA.
Duração: 86 minutos.
Gênero: Drama, Fantasia, Romance.
Diretor: Daniel Barnz.
Escritores: Alex Flinn (livro) e Daniel
Barnz (adaptação ao cinema).
Elenco: Vanessa Hudgens (Lindy), Alex
Pettyfer (Kyle Kingson), Mary-Kate Olsen
(Kendra), Neil Patrick Harris (Will), Lisa
Gay Hamilton (Zola Davies).
Sinopse
Kyle Kingson é um jovem que tem tudo: inteligência, beleza, riqueza e boas
oportunidades, mas possui uma personalidade perversa e cruel. Após humilhar uma
colega de classe, ele é amaldiçoado por ela para se tornar tudo o que ele mais
despreza. Enfurecido com a sua nova e horrível aparência, ele vai atrás da garota e
descobre que só terá a sua beleza de volta se fizer com que alguém consiga amá-lo,
algo que considera impossível. Ao ver no que o filho se tornou, o pai do garoto mandao para o Brooklyn com uma empregada e um professor cego. No local, ele se envolve
com Lindy Taylor, uma humilde e bela garota, e ambos se apaixonam.
Curiosidades:
Romance embasado no livro de Alex Flinn, Beastly - A Fera, uma visão moderna do
conto A Bela e a Fera. O filme é escrito e dirigido por Daniel Barnz. A atriz Vanessa
Hudgens e o ator Alex Pettyfer ganharam o Prêmio Estrela do Amanhã pelas suas
atuações no filme. Estreou em 4 de março de 2011 nos Estados Unidos e surpreendeu
em sua semana de lançamento. Foi lançado no dia 23 de dezembro de 2011 no Brasil.
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Cotejo com a Invéxis:
• Pensenes. Jovem rico, bonito e arrogante, considera as demais pessoas inferiores
por não terem estes atributos. Ao receber a maldição de uma bruxa (colega de
escola), sua aparência exterior muda para ficar igual a sua aparência interior. Pela
Pensenologia, nossos pensamentos, sentimentos e energias são nosso cartão de
visita.
• Ano. Recebe o prazo de 1 ano para conseguir que alguém o ame pelo que ele
realmente é, sendo que possui uma tatuagem no braço que vai mudando e
marcando as estações do ano (técnica de mais um ano de vida).
• Porão. Seu pai, depois da maldição que deixa seu filho feio, esconde-o numa casa e
contrata um tutor cego (para não enxergar a sua condição física). Esconder nossos
problemas e não enfrenta-los é o que gera a condição do porão consciencial.
• Auto-aceitação. Começa a se interessar por uma colega de escola, porém apenas
consegue demonstrar seus sentimentos através de presente caros, que ela rejeita.
As distorções na auto e hetero-imagem são ajustadas através do relacionamento
com amizades evolutivas.
• Recin. Consegue dar a viragem em sua reciclagem quando enxerga as
necessidades da sua empregada e do seu professor cego, procurando ajudá-los.
• Dupla. Quando deixa de lado sua aparência e enxerga as necessidades da garota
que está interessado por um olhar assistencial, consegue fazer sua reciclagem.
M. J.
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ALEXANDRIA
Título Original: Ágora.
Ano de lançamento: 2009.
País de origem: Espanha.
Duração: 126 minutos.
Gênero: Drama, História, Aventura.
Diretor: Alejandro Amenábar.
Escritores: Alejandro Amenábar e Mateo
Gil.
Elenco: Rachel Weisz (Hypatia); Max
Minghella
(Davus);
Oscar
Isaac
(Orestes); Ashraf Barhom (Ammonios);
Sami Samir (Cyril); Michel Lonsdale
(Theon);
Rupert
Evans
(Synesius);
Homayoun Ershadi (Aspasius).
Sinopse
No ano de 391 d.e.c., a filósofa, professora de geometria e astronomia Hypatia
busca descobrir a lógica existente no movimento das estrelas. Porém, os diversos
conflitos religiosos da época a colocam em perigo para salvar os livros e
conhecimentos adquiridos na biblioteca de Alexandria.
Cotejo com a Invéxis:
• Intelectualidade. O interesse praticamente exclusivo de Hypatia pela pesquisa e
aprendizado.
• Antimaternidade. A opção de Hypatia pela antimaternidade e de não casar em
função de maior liberdade para gestação de novas ideias.
• Assistencialidade. Os ensinamentos de lógica, geometria, astronomia e filosofia de
Hypatia para seus discentes.
• Parapsiquismo. O feeling e os insights norteadores da pesquisa.
• Posicionamento. Hypatia manteve seu posicionamento firme em nome do
conhecimento e à lógica quando confrontada pelos cristãos. Acusada de bruxa,
manteve seus princípios, o que mais tarde custou à própria vida.
A. C.
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A MORTE E VIDA DE CHARLIE
Título original: Charlie St. Cloud
Ano de lançamento: 2010.
País de origem: EUA.
Duração: 99 minutos.
Gênero: Drama.
Diretor: Burr Steers.
Escritores: Craig Pearce e Lewis Colick.
Elenco: Amanda Crew (Tess Carroll),
Charlie Tahan (Sam St. Cloud), Donal
Logue (Tink Weatherbee), Kim Basinger
(Claire St. Cloud), Ray Liotta (Florio
Ferrente), Zac Efron (Charlie St. Cloud).
Sinopse
Charlie é um jovem com grande talento para esportes náuticos, muito ligado à
família e que tem um futuro promissor. Seu sucesso iminente é interrompido após um
grave acidente de carro que mata seu irmão mais novo, Sam (Charlie Tahan). Charlie
abandona seus projetos de vida e decide trabalhar no cemitério no qual Sam foi
enterrado para cumprir uma promessa feita entre os dois. A volta de uma antiga
paixão mexe com rapaz: Tess vai ajudá-lo a superar o passado e a renovar sua vida.
A história se passa numa cidadezinha paradisíaca na costa oeste americana.
Cotejo com a Invéxis
• Coerência. Mesmo sendo taxado de louco pelos outros, o filme mostra claramente a
lógica por trás das manifestações parapsíquicas de Charlie, confirmada pelo
encontro dele com a garota ao final do filme.
• Proéxis e Amparo. O personagem que salvou Charlie depois do acidente atua como
amparador dele em vários momentos. No café que tomam ele leva Charlie a pensar
sobre qual o sentido de ter tido uma segunda chance na vida. Além disso, após
dessomar, envia através da esposa o colar que encoraja e motiva Charlie a seguir
sua intuição de encontrar Tess.
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• Imaturidade afetiva. O apego excessivo ao irmão e a dificuldade de desapegar
acabou travando a vida de Charlie e quando ele conseguiu superar isso é que sua
vida seguiu em frente com a namorada.
• Recéxis e Interassistência. A reciclagem existencial de Charlie ocorreu a partir do
envolvimento com Tess, em um relacionamento interassistencial.
• Riscomania. O contexto do filme envolvendo esportes náuticos proporciona um
debate acerca da riscomania, dos acidentes graves e possíveis dessomas dos
personagens. Ambos confiam excessivamente em suas habilidades esportivas e
colocam suas vidas em risco.
P. B.
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CONTATO
Título Original: Contact.
Ano de lançamento: 1997.
País de origem: EUA.
Duração: 153 minutos.
Gênero: Drama, Ficção Científica.
Diretor: Robert Zemeckis.
Escritor: Carl Sagan.
Elenco: Jodie Foster (Eleanor Arroway);
Matthew McConaughey (Palmer Joss);
James
Woods
(Michael
Kitz);
Tom
Skerritt (David Drumlin); William Fichtner
(Kent); John Hurt (S. R. Hadden); David
Morse
(Ted
Arroway);
AngelaBassett
(Rachel Constantine).
Sinopse
Por intermédio do rádio, a menina Eleanor Arroway almeja se comunicar em
distâncias cada vez maiores, passando de seu país para outros países, planetas,
galáxias até conseguir falar com seus falecidos pais. Ao descobrir que uma estrela
pode ser uma galáxia, pensa em termos estatísticos que, se entre as milhões de
estrelas existentes, apenas uma em cada um milhão tiver planetas e apenas um deles
tiver vida inteligente, devem haver portanto milhões de civilizações no universo. Assim,
se torna uma cientista radioastrônoma trabalhando no projeto SETI (Search for
Extraterrestrial Intelligence), em busca de evidências da existência de civilizações
além da Terra. Durante sua incessante busca recebe um sinal transmitido através da
estrela Vega e, com perseverança, descobre se tratar de instruções para construir
uma máquina de grande avanço tecnológico. Nesse caminho, Arroway lida
arduamente com os limites que novas ideias são sujeitadas devido aos paradigmas
vigentes.
Citação: “Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício
de espaço” (Carl Sagan, 1934-1996).
Cotejo com a Invéxis:
• Criticidade. Arroway é cética e defende a ideia de que é importante buscar as
9
próprias respostas através do senso crítico. Quando seu pai faleceu, um padre, na
tentativa de consolá-la, disse que às vezes é difícil entender a vontade de Deus, mas
é preciso aceitar; então ela respondeu que naquela situação se os remédios
estivessem por perto teria dado tempo de salvá-lo, ou seja, não quis se iludir, preferiu
a realidade e analisá-la para não cometer mais o mesmo tipo de erro. Futuramente,
em uma tentativa de conseguir patrocínio para seu projeto e ouvir que este mais
parecia uma ficção científica, argumentou através de exemplos como o avião, a
quebra da barreira do som, a manipulação de energia atômica e a missão para
Marte, projetos que foram considerados loucura no início e hoje são grandes e
importantes ideias.
• Assistência. Palmer Joss, escritor, teólogo e religioso, busca auxiliar Arroway a
compreender qual o real motivo que a faz arriscar sua vida para desvendar o sinal.
Ela deixa claro que não é somente por uma oportunidade histórica para a
humanidade, e sim porque isso pode lhe ajudar a descobrir pelo menos uma parte de
suas pesquisas sobre de onde veio, para onde vai, e o que veio fazer na Terra
(proéxis). Em encontros e desencontros há uma bússola transitando entre os dois,
simbolizando a orientação entre moral e ética, em que a sinceridade entre eles ora é
uma ameaça ora uma salvação, e assim os dois aprendem muito um com o outro.
• Intelectualidade. Arroway valoriza o intelecto: tem predisposição para a ciência e
matemática, se formou dois anos antes do normal, ganhou bolsa integral se
formando com grandes honras, fez doutorado, realizou uma grande inovação que
aumentou muito a sensibilidade dos radiotelescópios, além de ter a oportunidade de
se tornar professora em Harvard porém recusou para trabalhar no projeto SETI no
Observatório de Arecibo.
• Posicionamento. Desde criança, Arroway queria encontrar respostas sobre de onde
as pessoas vêm e para onde vão, e qual o objetivo da vida afinal, por isso sempre
teve muita determinação em sua profissão pois na verdade a considerava uma
resposta para sua vida. Depois de sair da máquina não tinha provas materiais
suficientes
para
confirmar
sua
experiência,
onde
realizou
uma
viagem
interdimensional através da ponte Einstein-Rouuse e se comunicou com outra
civilização. Sendo pressionada a dizer que nada ocorreu, decidiu assumir sua
posição e diante disso explicou que passou por uma experiência que não conseguiria
provar nem explicar, mas sabe que foi real, teve uma visão do universo mostrando o
quão pequenos, insignificantes, mais raros e preciosos são os seres humanos
(Descrenciologia). Uma visão confirmando fazerem parte de algo maior e ninguém
está sozinho (Multidimensionalidade).
E. A.
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EDUCAÇÃO
Título original: An Education.
Ano de lançamento: 2009.
País de origem: Reino Unido.
Duração: 100 minutos.
Gênero: Drama.
Diretor: Lone Scherfig.
Escritores: Lynn Barber e Nick Hornby.
Elenco: Alfred Molina (Jack Mellor), Cara
Seymour
(Marjorie),
Carey
Mulligan
(Jenny Mellor), Matthew Beard (Graham),
Olivia Williams (Miss Stubbs), Peter
Sarsgaard (David Goldman), Amanda
Fairbank-Hynes (Hattie), Dominic Cooper
(Danny), Rosamund Pike (Helen).
Sinopse
Jenny em seu período pré-faculdade, aos 16 anos, dedica-se integralmente aos
estudos, pressionada pelo pai, que sonha em ter sua filha estudando em Oxford. A
relação com David, um homem mais velho e sedutor, interfere nos planos para Jenny
e a leva a questionar o que é melhor para sua vida adulta: a educação acadêmica ou
as experiências reais ao lado de David. O filme retrata a Grã-Bretanha no início dos
anos 60, na transição entre o período rígido após a Segunda Guerra Mundial para a
década liberal que viria a seguir.
Cotejo com a Invéxis
• Amparadora. Miss Stubbs foi a professora e uma grande amparadora na vida da
protagonista pois atuou inicialmente educando e tentando orientar Jenny a não jogar
fora seu futuro na faculdade e posteriormente como preceptora auxiliando-a a
conseguir sua aprovação em Oxford.
• Inexperiência. A falta de experiência com relacionamentos afetivos facilitou para que
Jenny fosse seduzida por David. Ao final do filme quando Jenny se envolve em outro
11
relacionamento ela demonstra ter aprendido com seu passado. (Trafares:
Ingenuidade, Inexperiência).
• Características de Jenny. Outros fatores que contribuíram na trama envolvem
características positivas de Jenny tais como: vontade de viajar, ter contato com
pessoas, anseio por conhecer Paris devido à sua paixão pelo francês, querer ter
amigos
inteligentes
e
cultos,
querer
conhecer
coisas
novas
(Trafores:
Intelectualidade, Neofilia).
• Feminilidade. Os desejos de ser mulher, de independência, de crescer e ser tratada
como adulta influenciaram Jenny a manter seu relacionamento com David e o casal
de amigos pois via na personagem Helen uma figura feminina forte que a
influenciava e servia de referência feminina para ela, diferente da mãe e da
professora.
• Risco de Gravidez. Caso ficasse grávida, dificilmente a personagem conseguiria
retomar seus planos.
• Mesologia. A família apesar de incentivar o estudo e a educação era repressora. Os
pais também foram seduzidos por David e falharam ao incentivar o casamento da
filha. O pai inicialmente interferiu no relacionamento da filha com um garoto de sua
idade e depois de ter sido seduzido pelo homem mais velho estimulou o
relacionamento dele com sua filha.
• Criticidade. Em alguns pontos Jenny tem mais lucidez e demonstra através de seus
comportamentos a discordância em relação às ações dos amigos, contudo seu
conflito moral a impede de separar-se deles (cena do roubo do mapa, por exemplo).
• Status e Poder. Fatores que podem levar ao desvio de proéxis.
• Correção de rota e retomada do planejamento. Jenny volta a estudar muito e
consegue entrar em Oxford.
• Sedução e Assédio. David utilizou de vários artifícios para enganar Jenny e sua
família, entre eles a mentira, a ironia, e a desvalorização da vida que Jenny levava.
P. B.
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ENCONTRANDO FORRESTER
Título original: Finding Forrester.
Ano de lançamento: 2000.
País de origem: EUA.
Duração: 136 minutos.
Gênero: Drama.
Diretor: Gus Van Sant.
Escritor: Mike Rich.
Elenco:
Sean
Connery
(William
Forrester); Rob Brown (Jamal Wallace);
F.
Murray
Crawford);
Spence);
Abraham
Anna
Busta
(Prof.
Robert
Paquin
(Claire
Rhymes
(Terrel
Wallace); Michael Pitt (John Coleridge);
Michael Nouri (Dr. Spence).
Sinopse
William Forrester é um famoso escritor que há quarenta anos ganhou um
prêmio Pulitzer por um romance e, desde então, nunca mais se ouviu falar dele. Mas,
certo dia, Jamal Wallace, um jovem negro de 16 anos que sonha em ser escritor,
invade o apartamento de Forrester e acidentalmente esquece sua mochila com seus
textos dentro. Forrester, que até então era um homem recluso, fechado em seu
solitário apartamento, descobre os escritos geniais do garoto e decide tornar-se seu
mentor. A partir daí, a vida deles nunca mais será a mesma. Jamal, então, inscreve-se
no concurso literário de sua escola. Contudo, a integridade de Jamal e a amizade
entre os dois são postas à prova quando o Professor Crawford levanta uma acusação
de plágio contra o jovem escritor. Jamal se vê obrigado a decidir entre seguir seu
sonho ou trair um amigo, enquanto Forrester deve optar se volta à ativa ou
permanecer recluso, fechado para o mundo.
Cotejo com a Invéxis:
• Contexto. A história se passa em Nova Iorque. Jamal mora no Bronx, tem 16 anos e
estuda numa escola dos subúrbios. Possui enorme habilidade em escrever, mas a
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mesologia o valoriza como um bom jogador de basquete.
• Intelectualidade. A intelectualidade e habilidade de Jamal em escrever é descoberta
por acaso pelo autor William Forrester que corrige as anotações de Jamal deixados
acidentalmente em sua casa.
• Preconceito. O problema das classes sociais e o racismo ficam evidentes no
contexto da história, principalmente com a mudança de Jamal para outra escola. A
relação com seu novo professor (não aceitou que os textos de Jamal eram melhores
que os dos demais), o olhar do pai de Claire Spencer e colegas do time de basquete
são pontos que representam obstáculos.
• Interassistência. Até então a habilidade de escrever de Jamal era atenuada em
função da mesologia (grupos sociais, ambiente de estudo, incentivo), e com a ajuda
de Forrester viu-se uma oportunidade de lapidar tal habilidade. Ao mesmo tempo em
que Forrester o ajudava no desenvolvimento da escrita, Jamal ajuda Forrester a
libertar da sua condição de ermitão.
M. A.
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ENERGIA PURA
Título original: Powder.
Ano de lançamento: 1995.
País de origem: EUA.
Duração: 111 minutos.
Gênero: Drama, Ficção Cientifica.
Diretor: Victor Salva.
Escritor: Victor Salva.
Elenco:
Mary
Steenburgen
(Jessie
Caldwell); Sean Patrick Flanery (Jeremy
“Powder” Reed); Lance Henriksen (Sheriff
Doug Barnum); Jeff Goldblum (Donald
Ripley); Brandon Smith (Deputy Harley
Duncan).
Sinopse
Jovem garoto órfão, que nasceu com albinismo e foi criado pelos avós, cresce
dentro de uma biblioteca no porão de sua casa. Logo após a morte de seu avô, entra
em contato com outras pessoas, causando espanto e curiosidade não apenas por sua
aparência, mas sua por sua capacidade intelectual e parapsíquica avançada
comparada à média dos seres humanos.
Curiosidades:
• Powder foi produzido pelo diretor Victor Salva, o mesmo de “Poder Além da Vida” e
da série de terror “Olhos Famintos”. No período em que Powder estava em produção
foi constatado que seu diretor, Vitor Salva, estava sendo acusado por abuso sexual a
um menor. Apesar da problemática a produção do filme transcorreu até o final. A
curiosidade envolve o contraste com o tema, as cenas do filme e as características
de seu diretor.
Cotejo com a Invéxis:
• Intelectualidade. O autodidatismo e a grande capacidade intelectual para além do
ensino formal.
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• Parapsiquismo.
Alto nível de parapercepções relacionados a leitura energética;
capacidade de acoplamento a nível assistencial; domínio de parafenômenos físicos.
• Assistencialidade. Posicionamento contra a caça como esporte devido à lucidez a
respeito do sofrimento que o animal passa; assistência para uma família que estava
passando por dificuldade de comunicação e processo de orgulho.
• Sinceridade. Autenticidade na forma como se comunicava e expressava sua
opinião.
• Carência. Dificuldade com afeto, principal carência do jovem, gerando revolta contra
o mundo.
A. C.
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ESCRITORES DA LIBERDADE
Título original: Freedom Writers.
Ano de lançamento: 2007.
País de origem: EUA.
Duração: 132 minutos.
Gênero: Drama.
Diretor: Richard LaGravenese.
Escritores: Erin Gruwell e Escritores da
Liberdade (livro) e Richard LaGravenese
(adaptação ao cinema).
Elenco: Hillary Swank (Erin Gruwell);
Imelda Staunton (Margaret Campbell);
Patrick Dempsey (Scott Casey); Scott
Glenn
(Steve
Gruwell);
April
L.
Hernandez (Eva Benitez); Jacklyn Ngan
(Sindy); Kristin Herrera (Gloria Munez);
Mario Barrett (Andre Bryant); Sergio
Montalvo (Alejandro Santiago); Jason
Finn (Marcus); Deance Wyatt (Jamal
Hill); Vanetta Smith (Brandy Ross);
Gabriel Chavarria (Tito); Hunter Parrish
(Ben Daniels); Antonio García (Miguel);
Giovonnie Samuels (Victoria).
Sinopse
Uma classe de jovens excluídos da sociedade em uma periferia norte
americana compõe diferentes grupos e gangues que vivem em constante guerra entre
si. Uma professora novata os enxerga além dos estigmas sociais e percebe que são
indivíduos únicos e cheios de talento. Ela consegue uni-los em sala de aula,
independente do grupo a que pertençam, auxiliando a melhorarem suas notas na
escola e dando-lhes uma nova esperança de vida. Incentiva-os a escreverem um
diário e deixarem suas lições de vida e autossuperação para os jovens de todo o
mundo, resultando em um livro, publicado em 1999, no qual foi inspirado o filme.
Cotejo com a Invéxis:
• Universalismo. Observa-se o quanto a rebeldia dos jovens e das gangues, originária
da incompreensão da realidade a que estão inseridos em suas famílias, apenas os
separa e nada constrói - eles só "defendem os seus" até que, aos poucos, vão
descobrindo teaticamente o valor da honestidade; gradualmente vão unindo-se além
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de suas etnias, cores, credos ou gêneros em prol de construir uma história diferente
das guerras e mortes e que deixará um importante exemplo aos demais.
• Desvios. Está bem ilustrado o quanto vínculos sociosos tais como casamentos
deslocados,
a
neotenia
consciencial
(quando
abdicamos
de
nossa
autorresponsabilidade evolutiva nas escolhas de nossas atitudes e só seguimos "o
fluxo") e a inércia existencial da robéxis na socin podem ser atrasos de vida no que
diz respeito à nossas proéxis pessoal e grupal.
• Proéxis. A professora no filme, ao querer dedicar-se à preceptoria dos alunos, ajuda
um número muito maior de consciências ao invés de ser mãe e fazer as vontades do
marido egocentrado. Este inveja suas nobres iniciativas de dar aos jovens uma nova
visão de mundo, de conjunto e de si mesmos, enquanto permanece desfocado, sem
propósito evolutivo e autoposicionamento na vida.
• Paradigmas. Houve uma quebra de paradigmas para que ela continuasse com a
turma no terceiro ano, indo contra o regime estudantil regente na escola, conquistado
pelo ganho do voto de confiança advindo de sua dedicação e firmeza de propósitos,
mesmo sendo novata.
• Empatia. Percebe-se que a empatia para com as vítimas em situações catastróficas
similares às guerras que os jovens vivenciavam todos os dias, os une e os permite
compreender mais profundamente a sua própria realidade (ao entrar em contato com
as vítimas do Holocausto, por exemplo), e chama a atenção que a professora
consegue acessá-los em sua própria linguagem.
L. B.
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FENÔMENO
Título original: Phenomenon.
Ano de lançamento: 1996.
País de origem: EUA.
Duração: 123 minutos.
Gênero:
Ficção,
Drama,
Fantasia,
Romance.
Diretor: Jon Turteltaub.
Escritor: Gerald di Pego.
Elenco: John Travolta (George Malley);
Kyra Sedgwick (Lace Pennamin); Forest
Whitaker (Nate Pope); Robert Duvall (Doc
Brunder); Jeffrey DeMunn (Prof. John
Ringold); Richard Kiley (Dr. Wellin); David
Gallagher (Al Pennamin); Ashley Buccille
(Glory Pennamin); Tony Genaro (Tito);
Sean O’Bryan (Banes).
Sinopse
George Malley, no dia de seu aniversário de 37 anos, passa por uma estranha
experiência. Vê no céu uma luz muito intensa que vem em sua direção e, com o
impacto é jogado ao chão. Ao se recuperar, nota que algo estranho lhe aconteceu
pois, nos dias seguintes, consegue fazer coisas que jamais tinha conseguido como ler
diversos livros em poucas horas, aprender novas línguas em questão de minutos e
jogar xadrez como um mestre. Quando um amigo radio amador lhe mostra uma
transmissão
militar
codificada
em
código
morse,
ele
consegue
decifrá-la
instantaneamente e, faz com que o amigo transmita uma resposta. Esta ação faz com
que a atenção dos militares seja atraída para sua pessoa e, começam a assediá-lo
para que use seus novos poderes para fins militares. Ele não concorda pois acha que
este novo dom deve ser usado para o bem da Humanidade. Aos poucos, descobre
que também esta desenvolvendo um tumor no cérebro que é inoperável e acabará por
matá-lo.
Cotejo com a Invéxis:
• Intelectualidade. Após sua experiência, George adquiriu incrível capacidade
cognitiva conseguindo solucionar problemas cotidianos com facilidade, ler diversos
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livros em uma noite e aprender idiomas com extrema rapidez. No entanto, mesmo
George querendo usar essas habilidades para o bem estar seu e das pessoas, essa
capacidade acaba não sendo vista de forma positiva na sociedade em que ele vive.
O inversor tende a apresentar certa precocidade por priorizar desde cedo a
intelectualidade ou por trazer isso de vidas pretéritas, podendo ele também sofrer
repressão por não estar nivelado pela média das pessoas.
• Parapsiquismo. De forma semelhante à intelectualidade, o parapsiquismo
desenvolvido ainda é de difícil compreensão para a Socin. No filme, George adquiri a
capacidade de telecinesia, na qual deixa muita gente incomodada. O parapsiquismo
de forma geral exige maturidade por parte do parapsíquico a fim de ser usado para
fins evolutivos. O inversor parapsíquico deve estar atento às repercussões que seu
parapsiquismo trazem.
• Assistencialidade. George procura utilizar suas ideias e habilidades para ajudar as
pessoas, mostrando fortes indícios de maturidade. A responsabilidade do inversor
quanto as habilidades desenvolvidas, aumentam a medida que seu parapsiquismo e
intelectualidade são aprimoradas.
M. A.
20
FERNÃO CAPELO GAIVOTA
Título original: Jonathan Livingston
Seagull.
Ano de lançamento: 1973.
País de origem: EUA.
Duração: 99 minutos.
Gênero: Drama.
Diretor: Hall Bartlett.
Escritor: Richard Bach (livro) e Hall
Bartlett (adaptação ao cinema).
Elenco: James Franciscus (voz de
Fernão), Juliet Mills (voz de Maureen),
Philip Ahn (voz de Chang), David Ladd
(voz de Fletcher), Kelly Harmon (voz de
Kimmy), Dorothy McGuire (voz da mãe
de Fernão), Richard Crenna (voz do pai
de Fernão).
Sinopse
O filme conta a história de uma gaivota chamada Fernão Capelo (no original
em inglês Jonathan Livingston) que empreende uma jornada em busca de
autoconhecimento e a superação dos limites impostos pelos costumes de seu bando.
Diferente de outras gaivotas, Fernão não se preocupa com as coisas mais
rudimentares da vida como brigar pelos peixes que sobram dos barcos de pesca, ou
pelos restos no lixão quando a temporada de pesca acaba. Ele acredita que as
gaivotas foram feitas para voar e a aprender a voar cada vez melhor. Fernão Capelo
enfrenta os problemas de agir diferente do bando, mas não desiste de aprender tudo
sobre a arte de voar e mesmo sendo expulso do bando, tempos mais tarde retorna
para ensinar o que aprendeu.
Cotejo com a Invéxis:
• Contrafluxo. A história de Fernão tem em comum com a invéxis as dificuldades
enfrentadas pelo inversor ao agir no contrafluxo da sociedade onde está inserido.
Fernão estava determinado a superar a mediocridade de seu bando e a viver uma
vida mais produtiva, interessante e de aprendizado intenso. O inversor existencial
também precisa viver de modo diferente dos membros do seu grupocarma para
21
poder cumprir com os objetivos da técnica que, assim como no caso de Fernão, são
o autoconhecimento e a evolução pessoal.
• Intermissivo. Em determinado momento, Fernão passa por um período que
podemos interpretar como sendo o Curso Intermissivo. Lá ele conhece um ser muito
evoluído que o instrui, tal qual um evoluciólogo, sobre tudo o que se pode saber
sobre voar e a retornar a seu bando para fazer assistência ensinando aquilo que
aprendeu, contudo, sem esperar que seus pares entendam aquilo que ele vai
ensinar. Do mesmo modo, o inversor existencial, ao retornar à vida intrafísica procura
fazer assistência aos antigos companheiros evolutivos que foram deixados para trás
no decorrer da história, e agora precisam de sua ajuda para seguir na caminhada
evolutiva.
• Gurulatria. Há na história de Fernão, pontos que destoam do que propõe a técnica
da invéxis e a Conscienciologia. Assim como no livro Ilusões, em Fernão Capelo
Gaivota, Richard Bach deixa nas entrelinhas sua interpretação de personalidades
messiânicas como Jesus Cristo. Em determinado momento da história Fernão é
chamado de Filho do Grande Pássaro, além de possuir seguidores que ele instrui a
disseminar seus ensinamentos enquanto ele vai ajudar outros bandos a aprender
sobre o amor e sobre voar. Antes de ir embora ele ainda pede que não deixem
inventar histórias sobre ele, nem que pensem que ele é um deus. Fernão ainda sofre
a tentativa de assassinato quando tentava ensinar seu antigo bando sobre o que
aprendeu. Com essa abordagem, o autor deixa entender que, para ele,
personalidades
messiânicas
são
pessoas
mais
evoluídas
que não foram
compreendidas pela maioria das pessoas, e que suas verdades são entendidas por
poucos indivíduos. Ele desconsidera o fato desses indivíduos apelarem fortemente
para a egolatria e serem inconscientes de vários fatos importantes para a evolução
pessoal como a serialidade, a multidimensionalidade e o parapsiquismo. O inversor
existencial não precisa ter seguidores e tão pouco correr risco de vida por apresentar
ideias diferentes das aceitas pela sociedade.
D. L.
22
GÊNIO INDOMÁVEL
Título original: Good Will Hunting.
Ano de lançamento: 1998.
País de origem: EUA.
Duração: 126 minutos.
Gênero: Drama.
Diretor: Gus Van Sant.
Escritores: Matt Damon e Ben Affleck.
Elenco:
Matt
Hunting); Robin
Damon
Williams
(Will
(Sean
Maguire); Ben Affleck (Chuckie Sullivan);
Minnie Driver (Skylar); Stellan Skarsgard
(Prof. Gerald Lambeau); Casey Affleck
(Morgan O’Mally); Cole Hauser (Billy
McBride).
Sinopse
Will Hunting é um jovem de vida simples, porém com uma mente brilhante.
Nunca esteve numa universidade e vive de pequenos trabalhos, mesmo assim é
capaz de citar fatos históricos e resolver complicadas equações matemáticas. Quando
seu brilhantismo é descoberto por um professor da universidade onde trabalha como
servente, Will tem a oportunidade de mudar o rumo de sua vida. Diversos problemas
com brigas levaram o rapaz a correr o risco de ser preso, mas Lambeau, o referido
professor, se responsabiliza por ele evitando sua prisão, mas, como parte do acordo,
ele iria fazer terapia regularmente. O professor de matemática o encaminha então para
um grande amigo, o psiquiatra Sean McGuire. É uma relação difícil, onde o rapaz tenta
ao máximo inverter os papéis e não deixar que o terapeuta o conheça mais
profundamente.
Curiosidade:
• Vencedor de dois Oscars: melhor coadjuvante (Robin Williams) e melhor roteiro
escrito diretamente para o cinema (Matt Damon e Ben Affleck).
23
Cotejo com a Invéxis:
• Contexto. A história se passa em torno do MIT (Massachusetts Institute of
Technology) onde Will trabalha como faxineiro. Will Hunting cresceu de um contexto
de vida de abandono, criação em um orfanato, má condição financeira e nenhuma
estrutura familiar. Apesar de tais fatores Will apresenta uma genialidade fora do
comum (hipótese de superdotação paragenética/intermissiva).
• Intelectualidade. O aspecto mais marcante do jovem Will é seu trafor de
intelectualidade acima da média, sendo até considerado um gênio em matemática ou
superdotado. Esse traço é descoberto pelo professor Lambeau ao criar um desafio
de matemática aos seus alunos, na qual, Will mesmo não freqüentando uma
universidade consegue resolver. No entanto, com sua grande capacidade intelectiva,
Will acaba criando mecanismos de defesa do ego para não expor suas imaturidades
emocionais, tentando se colocar no mesmo plano do terapeuta ou invertendo os
papeis.
• Rebeldia. Seu contexto de vida, associado à falta de inteligência emocional o levam
a se envolver em brigas, confusões, bebidas e problemas com a lei e autoridade. Em
um momento age de forma arrogante chegando a tentar se colocar em lugar superior
ao terapeuta, um trafar que pode acometer também o inversor.
• Interassistência. Aos poucos, com o progresso da terapia, Will se permite ser
ajudado levando o também terapeuta Sean a se expor, chegando até mesmo a tocar
no assunto de sua esposa falecida que tanto o incomodava.
• Autocrítica. A história mostra a dificuldade de Will em criar e manter relações
saudáveis frente a falta de inteligência emocional. Will usa sua enorme capacidade
intelectiva para análise, observação e compreensão para tentar descobrir as
sensações de outras pessoas para atacá-la antes que falem sobre seus sentimentos.
O terapeuta Sean o ajuda a perceber essa barreira fazendo com que recobre sua
autocrítica, um dos principais trafores do inversor.
M. A.
24
HANNAH ARENDT:
IDEIAS QUE CHOCARAM O MUNDO
Título original: Hannah Arendt.
Ano de lançamento: 2012.
País de origem: França e Alemanha.
Duração: 109 min.
Gênero: Drama, Biografia.
Diretor: Margarethe Von Trotta.
Escritores: Margarethe Von Trotta e
Pam Katz.
Elenco:
Barbara
Arendt); Axel
Sukowa
Milberg
(Hannah
(Heinrich
Blücher); Janet McTeer (Mary McCarthy);
Julia Jentsch (Lotte Köhler); Megan Gay
(Francis
Wells);
Nicholas
Woodeson
(William Shawn); Tom Leick (Jonathan
Schell); Ulrich Noeten (Hans Jonas).
Sinopse
Hannah Arendt e seu marido Heinrich moram nos Estados Unidos após terem
fugido de um campo de concentração nazista na França. Surge a oportunidade dela
cobrir o julgamento do nazista Adolf Eichmann para a revista The New Yorker. Ela
escreve sua avaliação sobre o caso, e a revista separa tudo em 5 artigos. Porém os
artigos mostram que nem todos que participaram dos crimes de guerra eram
verdadeiros monstros, segundo ela, judeus também estavam envolvidos e ajudaram
na matança dos seus iguais.
Cotejo com a Invéxis:
• Biografia. Hannah Arendt (1906-1975), filósofa e jornalista judia, exilou-se nos
Estados Unidos da América em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, após a
fuga do Campo de Concentração de Gurs. Em 1951 foi publicado o seu livro "As
Origens do Totalitarismo", obra que tornou-se um clássico dentro da comunidade
intelectual e lançou a sua carreira nos Estados Unidos. Em 1961, cobriu o julgamento
do criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann em Jerusalém para a revista
25
"The New Yorker" e o seu artigo teve um enorme impacto midiático. Suas ideias
foram alvo de críticas principalmente pela descrição dos conselhos judaicos, e pela
exposição da personalidade de Eichmann. Porém, a obra seguinte, "Eichmann em
Jerusalém: Uma reportagem sobre a banalidade do mal", alcançou lugar de destaque
e respeito, principalmente nos debates acerca do Holocausto.
• Intelectualidade. Formada em filosofia e professora universitária, é evidente a
dedicação ao desenvolvimento da intelecção, seus estudos envolvem o ato de
pensar, e como a forma de pensar do homem e capacidade avaliar criticamente sua
realidade predispõem transformações sociais. Para ela o totalitarismo somente
ganhou tamanha proporção porque as pessoas abdicaram do direito de pensar.
• Racionalidade. O filme explicita a predominância da racionalidade de Hannah acima
do emocionalismo, de modo que ela é caracterizada muitas vezes com arrogante e
sem sentimentos. Mesmo após ter sofrido no campo de concentração nazista de
Gurs, e de ter ficado 10 anos expatriada quando fugiu para os Estados Unidos,
Arendt não deixou suas emoções filtrarem seu discernimento com relação ao
julgamento do ex-policial da SS.
• Crítica. Hannah critica a maneira teatral e sensacionalista que os promotores
apresentavam os fatos, pois acabavam por julgar todo um “sistema de governo
assassino” e não só o homem e seus atos.
• Comunicabilidade. Arendt possui excelente comunicação interpessoal, promovendo
discursos com eloquência e propriedade argumentativa. Essa habilidade aparece
mais evidente nas cenas finais do filme, onde em uma palestra ela explica as suas
intenções ao escrever o artigo.
• Universalismo. Quando questionada por um amigo se ela não amava seu povo,
Hannah explica que não é contra o próprio povo, mas que ela não o ama acima dos
outros.
• Dupla. É retratado um relacionamento conjugal estável, fundamentado na confiança
e apoio mútuo. Heinrich é o primeiro a manifestar dúvidas com relação as ações da
“Força de Israel” por causa da forma com que “sequestraram” Eichmann em Buenos
Aires. Ele mantem apoio constante a Hannah desde o momento em que decide
acompanhar o julgamento de Eichmann, mas ao mesmo tempo faz ponderações
referentes a possibilidade do julgamento trazer de volta o sofrimento vivido no campo
de concentração, e após a publicação dos artigos pela “The New Yorker”, a alerta
sobre ingenuidade dela com relação ao impacto causado pelos mesmos.
• Antimaternidade. Hannah era casada por muitos anos, entretanto não teve filhos.
Em uma breve cena do filme ela é questionada sobre o motivo de não ter filhos, ela
26
explicou que quando era nova não teve tempo para ser mãe e agora já estava muito
velha para isso.
• Toxicômano. É explícito no filme a constante utilização do fumo de forma pesada.
Em todas as horas Arendt fazia uso de cigarros inclusive enquanto lecionava. Este
fato mostra um nível de imaturidade e comportamento antievolutivo, devido ao
prejuízo ao soma e dependência físico-emocional que o fumo causa. Entretanto,
existem atenuantes, durante a Segunda Guerra Mundial o cigarro se tornou muito
popular sendo incluído nas rações do soldados como comida. Somente durante a
década de 1950 que surgiram as primeiras pesquisas que ligavam o uso do cigarro
ao câncer de pulmão.
R. H.
27
HISTÓRIAS CRUZADAS
Título original: The Help.
Ano de lançamento: 2011.
País de origem: EUA, Índia e Emirados
Árabes Unidos.
Duração: 137 minutos.
Gênero: Drama.
Diretor: Tate Taylor.
Escritores: Kathryn Stockett (romance) e
Tate Taylor (adaptação ao cinema).
Elenco: Emma Stone (SkeeterPhelan);
Bryce Dallas Howard (Hilly Holbrook);
Viola Davis (Aibileen Clark); Octavia
Spencer (Minny Jackson); Mike Vogel
(Johnny Foote); Allison Janney (Charlotte
Phelan); Chris Lowell (Stuart Whitworth).
Sinopse
Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter é uma
garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a
entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na
criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark, a
empregada da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o
que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen
continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.
Cotejo com a Invéxis:
• Contextualização. O filme acontece nos Estados Unidos da América na década de
1960, onde as políticas da época eram fundamentadas em princípios de segregação
racial. Nesta mesma época iniciam-se movimentos populares liderados por Martin
Luther King, Malcon X e grupos como os Panteras Negras. Nestes movimentos
jovens negros e brancos se uniram em busca dos direitos políticos, sociais e
econômicos.
• Mães. Na época era comum as crianças da elite social serem criadas por
empregadas negras. Skeeter não é uma exceção à regra, sua “mãe preta”
28
chamava-se Constantine e lhe ensinou a ter autoconfiança, baseando seus
pensamentos e atitudes a partir do seu próprio discernimento, não com referência
nas opiniões dos outros.
• Contrafluxo. Skeeter vai num contrafluxo social, priorizando formação acadêmica e
carreira profissional ao invés de casamento e filhos. Isso causa incômodo em sua
família e amigas, pois já tem 23 anos de idade e supostamente estaria passando da
idade para casar-se.
• Universalismo. A protagonista do filme não faz distinção entre negros e brancos,
tratando-os de forma equivalente, e demonstra clara oposição às leis de segregação
racial. A família de Skeeter também desaprova a segregação racial, quando
demonstra grande afeição por Constantine (empregada negra) e sua família, no
entanto subjuga seus valores às pressões sociais da época.
• Crítica. O livro escrito coletivamente traz crítica aos moldes da sociedade quando
revela a realidade vivida por aquelas empregadas domésticas e o impacto da cultura
de segregação racial na vida delas. No processo de escrita do livro Skeeter tira
aquelas mulheres da passividade e subjugação e as dá poder para requerer seus
direitos. Isso é possível observar em uma cena onde Aibileen é acusada
injustamente de ter roubado talheres de prata, como represália por causa da
publicação do livro. Aibileen não aceita passivamente as acusações e consegue
fazer a acusadora refletir sobre a sua própria condição.
• Toxicômano. No filme, Skeeter é fumante. Isso demonstra certa imaturidade e
comportamento antievolutivo, devido ao prejuízo ao soma. Entretanto existe um
atenuante, na época pouco se sabia dos malefícios do fumo, fato confirmado na cena
em que a protagonista pede uma vaga de emprego no jornal local, o editor a adverte
que ainda irão descobrir que o cigarro faz mal à saúde.
R. H.
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JORNADA PELA LIBERDADE
Título original: Amazing Grace.
Ano de lançamento: 2006.
País de origem: Inglaterra.
Duração: 117 minutos.
Gênero:
Drama,
Biografia,
História,
Romance.
Diretor: Michael Apted.
Escritor: Steven Knight.
Elenco:
Ioan
Gruffudd
(William
Wilberforce), Romola Garai (Barbara
Spooner),
Benedict
Cumberbatch
(William Pitt), Albert Finney (John
Newton), Michael Gambon (Lord Charles
Fox), Rufus Sewell (Thomas Clarkson),
Youssou
N’Dour
(OlaudahEquiano),
Ciarán Hinds (LordTarleton), Toby Jones
(Duke of Clarence).
Sinopse
Inspirado em fatos reais. No final do século XVIII, dois jovens amigos (William
Wilberforce e William Pitt) iniciam sua carreira política no Parlamento inglês. Apoiandose em ideais libertários e indo no contra-fluxo ao status quo social, questionam um dos
principais pilares da economia de sua época: a escravidão.
Curiosidades:
• Amazing Grace é um hino religioso conhecido mundialmente e entoado em
momentos de esperança e superação de barreiras entre seres humanos, como
exemplo na libertação de Mandela do apartheid sul-africano.
• O filme foi gravado na Inglaterra com elenco inglês, em comemoração ao aniversário
de 200 anos da assinatura da lei de abolição do tráfico negreiro.
• Wilberforce dessomou apenas 3 dias após a completa abolição da escravatura na
legislação britânica.
Cotejo com a Invéxis:
• Assistencialidade. Na cena inicial do cavalo ocorre priorização da assistência
mesmo estando doente, resolvendo o embate devido à força presencial derivada de
30
sua autoridade moral e especialidade assistencial.
• Parapsiquismo. Projeções pesadelares sobre o contexto assistencial; clarividência e
parapercepções de escravos; amigo monge e visualização de 20.000 “fantasmas”.
• Trafores. Comunicabilidade, lisura, bom humor, persistência, liderança e ousadia em
sua manifestação no parlamento.
• Trafares. Desorganização, falta de domínio energético e cuidado somático gerando
doenças, melin por achar que não estava sendo bem sucedido no que precisava
realizar (proéxis).
• Proéxis. Entendimento de que havia sido escolhido para a causa antiescravocrata e
da reforma social moral (senso de missão).
• Equipe. Encontro na casa de Wilberforce com pessoas pela mesma causa,
influenciado pelo amigo Pitt. Mordomo da casa lê Francis Bacon: “é um destino triste
um homem morrer conhecido por todos mas desconhecido por si mesmo”. Monge
John Newton atuando como uma espécie de mentor espiritual. Dupla constituída pela
afinidade, atuando como aporte proexológico.
• Invéxis. Jovens amigos indo no contrafluxo social em função de ideais libertários
avançados para sua época. Pitt se torna primeiro ministro aos 24 anos, até hoje
sendo o mais jovem da Inglaterra. Dessomou deixando o completismo da causa
encaminhado nas mãos de Wilberforce, que dessoma três dias após a aprovação da
lei de abolição completa. Até que ponto pode-se considerá-los espécie de
“protoinversores”?
P. G. B.
31
MINHA VIDA EM OUTRA VIDA
Título original: Yesterday’s Children.
Ano de lançamento: 2000.
País de origem: EUA.
Duração: 93 minutos.
Gênero: Drama.
Diretor: Marcus Cole.
Escritores:
Jenny
Cockell
(livro
autobiográfico Across Time and Death: A
Mother’s Search for her Past Life
Children), Sarah Bird e Richard Leder
(adaptação ao cinema).
Elenco: Jane Seymour (Jenny Cockell e
Mary Sutton); Clancy Brown (Doug Cole);
Kyle Howard (Kevin Cole); Denis Conway
(Padre Kelly); Hume Cronyn (Sonny
Sutton adulto); Cillian Caffrey (Sonny
Sutton criança); Eoin McCarthy (John
Sutton).
Sinopse
A estadunidense Jenny Cockell desde sua infância possuía nítidas visões e
projeções específicas sobre uma família, sendo tão profundas a ponto de
determinarem vários de seus comportamentos e predileções. Com a finalidade de
autoconhecimento, decide buscar a razão desses acontecimentos e, ao modo de um
quebra-cabeças, aos poucos chega à conclusão de que eram lembranças de sua vida
anterior: uma irlandesa chamada Mary Sotton que faleceu na década de 30 angustiada
por não poder permanecer ao lado de seus filhos. Intrigada, enfrenta seus medos,
descobre suas motivações e viaja à Irlanda em busca de seus filhos da existência
passada, pois sabia que se não o fizesse viveria ofuscada pelas lembranças de um
triste passado.
Cotejo com a Invéxis:
• Parapsiquismo. Desde criança Jenny possui acesso a lembranças de sua vida
pretérita, geralmente repetidas. Na medida que seu interesse evolui, tornam-se mais
intensas e frequentes, então busca notar o máximo de detalhes possíveis para
pesquisar, acarretando em mais lembranças e detalhes esclarecedores.
32
• Assistência. Percebe-se que nesta família há um forte senso de equipe, onde um
completa o outro. No contexto abordado, Jenny é a protagonista, logo teve de
assumir essa posição, mas ao mesmo tempo soube aceitar e também por horas
impulsionar o suporte necessário vindo de sua família, em que cada um
desempenhou os papéis que melhor lhes cabiam nos momentos mais propícios.
Pode-se citar a mãe, ao notar que as lembranças estavam interferindo fortemente na
vida de Jenny e que essa já estava preparada e precisava resolver isso, lhe
proporcionou o devido suporte, chegando até a comprar três passagens com destino
à Irlanda, proporcionando o primeiro passo para que Jenny fosse até lá de
preferência com sua família. Quando a mesma não estava por perto, o filho pôde
amadurecer mais rápido ao assumir o posto de amparador, atuando como o
motivador de Jenny em continuar a pesquisa, tendo até de lidar com o negativismo
do pai para que entendesse a importância de seu suporte e presença, além de ser
compreensivo e manter o controle e harmonia em situações de possível
desequilíbrio.
• Criticidade. Jenny questionava muito qual poderia ser o significado desses
acontecimentos independentemente dos obstáculos gerados por recriminações,
buscando rememorar as projeções, notar mais detalhes, fazer o registro desses e
estudá-los. Com atenção lembrou de uma visão em que um dos filhos da vida
passada citou 07/01/1932, percebeu que os filhos poderiam estar vivos, e isso lhe
deu forças para querer encontrá-los o quanto antes. Chegou à conclusão de ser a
personalidade consecutiva da mãe dessas crianças e que esses acontecimentos
tinham a ver com ela, mesmo não sabendo ainda qual era o objetivo disso. Depois
de desvendar o que deveria ser feito, percebeu que sua necessidade de querer seu
filho por perto, na verdade era de sua existência anterior por sentir-se culpada em
não ter conseguido ficar e cuidar de seus filhos.
• Dificultador. O marido resiste, e por vezes desestimula e prejudica o andamento
colocando um “não” na frente de tudo, acabando por impor suas opiniões. Porém,
com a persistência de Jenny, aos poucos começou a entendê-la e apoiá-la,
principalmente através do exemplo do filho que, também se opunha a mãe antes de
analisar os acontecimentos e ter abertismo para novas ideias, percebendo que
precisava apoiá-la.
• Precocidade. Sony, um dos filhos de Mary, tem de aprender e assumir cedo
dificuldades e responsabilidades de um adulto, inclusive na incumbência de cuidar e
proteger seus irmãos do próprio pai.
E. A.
33
O ESCAFANDRO E A BORBOLETA
Título original:
Le Scaphandre et le Papillon.
Ano de lançamento: 2007.
País de origem: França.
Duração: 112 minutos.
Gênero: Drama, Biografia.
Diretor: Julian Schnabel.
Escritores: Jean-Dominique Bauby (livro
autobiográfico) e Ronald Harwood
(adaptação ao cinema).
Elenco: Mathieu Amalric (Jean-Do);
Emmanuelle Seigner (Céline); MarieJosée Croze (Henriette Roi); Anne
Consigny (Claude); Niels Arestrup
(Roussin); Olatz López Garmendia (Marie
Lopez); Jean-Pierre Cassel (Père Lucien
et
le
Vendeur);
Marina
Hands
(Joséphine); Max von Sydow (Papinou);
Isaach de Bankolé (Laurent); Francoise
Lebrun (Mrs. Bauby).
Sinopse
A história real de Jean-Dominique Bauby, ex-editor da revista Elle que, após
sofrer um derrame cerebral sem prejuízos cognitivos, percebe-se em seu corpo físico
imobilizado restando-lhe apenas o movimento de um único olho (síndrome de lockedin). Tal condição o leva à reflexão da própria existência, culminando na escrita de um
livro autobiográfico, cuja história e título homônimo inspiraram o filme.
Curiosidades:
• Filme inspirado em livro autobiográfico homônimo, indicado para 4 Oscars e
vencedor de premiações cinematográficas.
• Em alguns momentos a tela nos dá a sensação de estar em primeira pessoa,
olhando através do olho de Bauby.
• Bauby dessoma poucos dias após a finalização do livro.
Cotejo com a Invéxis:
• Responsabilidade. Mudança da postura de vítima para corresponsável pela própria
evolução, no momento em que decide nunca mais reclamar.
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• Superficialidade. Superficialidade do mundo da moda e desvio de proéxis.
• Conscienciometria. Trafar da arrogância, por considerar-se bem sucedido, o que
leva a problemas conjugais e relacionais com a família; trafor da perspicácia, pela
agudeza da análise que ele realiza a respeito de si mesmo.
• Sincronicidade. Ao ser retirado do vôo no qual poderia ter um final trágico.
Autoculpa por não compreender a situação sob a ótica multidimensional.
• Escrita. Jean-Do escreveu seu livro apenas com o piscar de um olho: até que ponto
não estamos com tudo a disposição para começar a escrever as próprias ideias no
formato de artigos, verbetes, cursos e livros?
• Minimoréxis. A escrita do livro atuando como projeto de vida do autor, levando a
minimoréxis para finalização da obra.
• Recéxis. Reciclagem imposta em situação crítica, após não atentar para os sinais
que a vida estava ofertando. Até que ponto o inversor pode achar que tem tempo
demais pela frente, e cair nesta condição?
• Autocura. Reconciliação consigo mesmo e com o grupocarma.
P. G. B.
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O GRANDE DESAFIO
Título original: The Great Debaters.
Ano de lançamento: 2007.
País de origem: EUA.
Duração: 126 minutos
Gênero: Drama, Biografia.
Diretor: Denzel Washington.
Escritor: Robert Eisele.
Elenco: Denzel Washington (Melvin B.
Tompson); Forest Whitaker (Dr. James
Farmer); Denzel Whitaker (James Farmer
Jr.); Nate Parker (Henry Lowe); Jurnee
Smollett-Bell (Samanta Booke); Jermaine
Williams (Hamilton Burgess); Gina
Ravera (Ruth Tolson); John Heard
(Sheriff Dozier); Kimberly Elise (Pearl
Farmer).
Sinopse
O professor Melvin Tolson monta uma equipe de debates com 4 alunos, no ano
de 1935 na Wiley College, uma pequena universidade para negros no estado do
Texas. Entre eles James Farmer Jr., na época com apenas 14 anos de idade, e que
viria a se tornar um ativista pelos direitos civis e co-fundador do Congresso de
Igualdade Racial. Inspirado em uma história real, a equipe passa pelo desafio de
serem negros em uma sociedade claramente voltada para favorecer os brancos,
testemunhando atrocidades cometidas devido à intolerância racial. Enfrentam todas
essas dificuldades de modo não violento, acreditando na argumentação lógica e no
debate de ideias para defender seus pontos de vista, e acima de tudo, a construção de
uma sociedade mais justa e igualitária.
Cotejo com a Invéxis:
• Precocidade. O primeiro aspecto da história a chamar a atenção é a precocidade de
James Farmer Jr. que está na universidade com apenas 14 anos. Ele é um garoto
muito disciplinado e inteligente, que na maior parte da história é responsável pela
pesquisa dos temas que serão debatidos pela equipe nas competições, e enfrenta de
modo muito maduro o principal debate do filme.
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• Debate. Mesmo em meio a uma realidade bastante cruel e violenta, os personagens
seguem acreditando na força dos seus argumentos e no debate de ideias. O filme
nos faz pensar o quanto é preciso ser paciente e persistente na defesa de ideias
novas e revolucionárias, pois sempre há uma defesa eloquente do ponto de vista
contrário àquela ideia. O jovem inversor ao defender seu ponto de vista passa do
mesmo modo pela “chapa quente” de enfrentar a contra-argumentação.
• Exemplarismo. Diferente de muitos jovens que hoje defendem uma mudança de
atitude da sociedade através da violência e depredação como, por exemplo, os
blackblocs, o inversor defende seu ponto de vista através da argumentação lógica e
inteligente, dando exemplo através de suas atitudes. Do mesmo modo, os
personagens do filme, através do trabalho contínuo e de muito esforço, conseguem
participar de debates contra as principais universidades dos EUA e levam sua
mensagem ao país inteiro.
D. L.
37
O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN
Título original: The Miracle Worker.
Ano de lançamento: 1962.
País de origem: EUA.
Duração: 106 minutos.
Gênero: Drama biográfico.
Diretor: Arthur Penn.
Escritor: William Gibson (inspirado em
sua peça teatral e no livro The Story of
my Life, autobiografia de Helen Keller).
Elenco: Anne Bancroft (Anne Sullivan);
Patty Duke (Helen Keller); Victor Jory
(Captain Keller); Inga Swenson (Mrs.
Keller); Andrew Prine (James Keller).
Sinopse
Johanna Masfield Sullivan, mais conhecida por Anne Sullivan, precisou superar
fortes desafios e assumir grandes responsabilidades desde criança devido a sua
deficiência visual. Durante esse percurso sofreu várias cirurgias para recuperar sua
visão, prosseguiu com sua vida acadêmica e, tempos depois se depara com o
importante desafio de ser professora de Helen Adams Keller, uma menina de sete
anos cega e surda que ainda não compreende o mundo ao seu redor. Nessa jornada a
determinação e persistência de Sullivan são cruciais a cada momento, principalmente
ao interagir com a família que por não saber lidar com a situação, acabam por mimar
Keller. Dessa forma, no princípio assume um papel de megera, pois entende que a
forma mais apropriada de lhe ensinar é retirá-la de seu trono formado pela pena de
seus familiares e como meio de comunicação adota o tato, em que com uma
sequência de palavras associadas ao gestos das mãos consegue estabelecer um elo
entre Keller e o mundo.
Citação: “Evitar o perigo não é, a longo prazo, mais seguro do que se expor a ele. A
vida é uma aventura ousada ou não é nada.”; “Nunca se deve engatinhar quando o
impulso é voar.” (Helen Keller, 1880-1968).
38
Cotejo com a Invéxis:
• Precocidade. Mesmo Keller não compreendendo o que ela era, o que ocorria em
sua volta, sem saber da existência de palavras, educação ou o significado de família,
procura incessantemente se comunicar com o meio, demonstrando querer crescer.
Pode-se citar como exemplo o momento em que percebe que sua boneca não possui
rosto e, apesar da dificuldade na comunicação, consegue exprimir que a mesma
deveria ter ouvidos, olhos, nariz e boca. Além disso, surpreende sua facilidade e
agilidade de aprendizado em comparação a outros cegos e surdos, compreendendo
o alfabeto Braile e começando a falar aos dez anos. Keller chegou a, ainda jovem,
graduar-se com honras, tornando-se escritora e ativista social.
• Assistência. Apesar do amor incondicional de Mrs. Keller por sua filha, ao notar que
em casa não teria a ajuda necessária, buscou fora assistência qualificada, ou seja,
se não pode ajudar encaminhe para alguém que possa.
• Criticidade. Sullivan usou o máximo de discernimento que pôde para conseguir
executar sua missão, deixou de lado a emoção e usou a razão. Não agiu somente
como uma professora, posicionou-se como amiga raríssima, colocando-se no lugar
de Keller para entender sua mente e como poderia auxiliá-la por meio da
autocriticidade.
• Dificultador. A família de Keller, por maior que fosse seu amor, não sabia como
reagir diante dela, pois a consideravam alguém que não teria condições de crescer,
sentindo pena e a mimando. Inclusive, ao conhecer Sullivan, o pai transpareceu
preconceito dizendo: “eles esperam que uma cega ensine outra cega”.
• Desdramatização. Ainda criança, Sullivan perdeu seus pais e o irmão mais novo,
cresceu num orfanato, lutou bravamente para não melindrar e seguiu em frente.
Explicitou um de seus aprendizados ao dizer: “Não se pode proteger ou falar por
outras pessoas, não realmente, a única esperança é ensiná-los fazer por si
mesmos”. É exatamente essa atitude que adota com Keller.
• Neofilia. Sullivan não tinha medo do novo, possuía uma curiosidade sadia e isso
acarretou oportunidades de crescimento que contribuíram em seus trabalhos
assistenciais.
• Intelectualidade. Sullivan valorizava muito os estudos, e por saber da importância
desse, era estudiosa, investia o máximo que podia tanto para si quanto para os
outros, e seja qual fosse o obstáculo, persistia.
E. A.
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O PODER DE UM JOVEM
Título original: The Power of One.
Ano de lançamento: 1992.
País de origem: Austrália, França e
EUA.
Duração: 127 minutos.
Gênero: Drama.
Diretor: John G. Alvidsen.
Sinopse
Escritores: BryceCourtenay (romance) e
Robert Mark Kamen (adaptação ao
cinema).
Elenco: Stephen Dorff (P.K. com 18
anos), Morgaan Freeman (Geel Piet),
Nomadlozi Kubheka (Nanny); Agatha
Hurle (Midwife), Nigel Ivy (P.K. bebê);
Tracy Brooks Swope (Mãe de P.K.),
Brendan Deary (P.K. criança), Guy
Witcher (P.K. com 7 anos); Armin
Mueller-Stahl (Doc); Simon Fenton (P.K.
com 12 anos); Fay Masterson (Maria).
Na África do Sul, durante a primeira metade do século 20, existem conflitos
entre tribos africanas, africânderes e ingleses. Tais conflitos possuem como essência
discordâncias políticas e o racismo. P.K. é um menino inglês que nasceu e viveu a
infância em uma fazenda do interior, sendo criado por sua mãe viúva e por uma babá
zulu. Quando sua mãe fica doente, o garoto é enviado para um colégio interno, onde
passa a ser perseguido pelos colegas africânderes. Quando sua mãe e babá morrem,
P.K. vai viver com seu avô. Ele conhece Doc, um prisioneiro alemão que o ensina a
tocar piano, e Geel Piet, um gentil prisioneiro que lhe ensina boxe. Aos 18 anos P.K.
inicia a luta contra a segregação racial imposta pela atual regime governamental
comandado pelos Africânderes.
Cotejo com a Invéxis:
• Contextualização. O contexto histórico do filme é a primeira metade do século 20,
anterior a criação do Apartheid (1948). Após séculos de violenta dominação inglesa
na África do Sul, os africânderes (colonos calvinistas de origem européia,
principalmente holandesa, alemã e francesa) assumem o governo do país. A relação
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entre os diferentes povos do país era conflituosa devido a intolerância entre as
etnias.
• Mães. P.K. nasceu em uma fazenda do interior semanas após a morte de seu pai.
Como sua mãe ficou sozinha, ela recebe auxílio de uma senhora zulu (empregada da
fazenda) que torna-se ama de leite de P.K. Quando sua mãe morre é essa senhora
quem fica responsável pelo menino. Esse fato contribuiu para uma formação menos
sectária e pode ser considerado um grande aporte existencial.
• Parapsiquismo. Quando o menino sofre bullying na escola, é realizado um rito
espiritual africano para que ele tenha mais coragem. Interpretando as cenas que
decorreram supõe-se que durante este ritual P.K. observa extrafisicamente um
elefante que o cumprimenta. E esse fenômeno se repete em mais um momento
durante o filme.
• Preceptores. Durante infância, P.K. conhece Doc (prisioneiro alemão, que fugiu da
Alemanha após ter sua família morta por nazistas) e Geel Piet (prisioneiro zulu). Doc
era amigo do avô de P.K. e foi preso quando iniciou a Segunda Guerra Mundial. Os
generais admiravam a intelectualidade de Doc, e devido a isto forneciam “regalias”
ao alemão, como visitas diárias de P.K., ter um piano e mudas de cactos para
plantar. Doc foi responsável pela formação erudita e filosófica de P.K. Geel Piet era
um prisioneiro comum que foi incumbido de ensinar o menino a lutar boxe, após um
pedido de Doc. Geel Piet ensinou a P.K. que na luta e em momentos difíceis da vida,
a racionalidade deveria vir sempre antes das emoções. Pode-se considerar estes
dois aportes existenciais (preceptores na infância) como relativos a sua proéxis.
• Poliglotismo. Na adolescência, P.K. já fala fluentemente o dialeto zulu, devido a
convivência
com
os
prisioneiros
africanos,
e
apresenta
nível
ótimo
de
comunicabilidade. É o único disposto a aprender formas eficientes de comunicação
com todos a sua volta, chegando a atuar como intérprete.
• Universalismo. Ainda no início da adolescência por causa da não distinção no
tratamento das diferentes etnias que os presos compunham, o menino passa e ser
conhecido como “Inyangaye Zulu”, o Homem da Chuva. As tribos africanas acreditam
que quando há seca é porque o povo está em conflito, o homem da chuva é uma
“entidade” capaz de acalmar a terra, o céu e o povo; ele traz a paz, a chuva e a
união.
• Liderança. Quando a Segunda Guerra Mundial termina, Doc é libertado, mas antes
o general pede que se realize um conserto para as autoridades militares locais. Geel
Piet tem a ideia de montar um coral com os homens presos como forma de unir as
tribos entorno de um único ideal. P.K. cria a letra da música que fala sobre a força
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dos africanos e a covardia do regime governamental imposto no dialeto zulu. E no
decorrer dos ensaios consegue fazer com que as tribos se aproximem e tolerem
suas diferenças.
• Boxe. P.K. aprende boxe ainda na infância e se torna um lutador. Embora o boxe
seja uma atividade belicista que traz riscos somáticos, observa-se que o esporte
possui importância na proéxis do adolescente, pois aparentemente é através deste
que ele consegue estudar em uma boa escola e se tornar conhecido na sociedade.
• Dupla. P.K. se apaixona por Maria, filha de um importante político africânder, cuja
família é tradicional e de ideologia segregacionista. Entretanto, Maria compactua com
as ideias de P.K. e o auxilia em sua iniciativa.
• Esclarecimento. Aos 18 anos, P.K. é procurado por alguns africanos que lhe
mostram a realidade de opressão em que vivem, e lhe solicitam auxílio para vencer
tal situação. P.K. parte do pressuposto que sem educação e formação crítica, os
africanos não teriam autonomia para superar tal governo. A partir deste ponto, P.K.
começa a formar professores africanos para ensinarem a ler e escrever inglês a suas
crianças, criando assim uma resistência ao governo de segregação racial.
R. H.
42
O SORRISO DE MONALISA
Título original: Mona Lisa Smile.
Ano de lançamento: 2003.
País de origem: Estados Unidos.
Duração: 119 minutos.
Gênero: Drama, História, Romance.
Diretor: Mike Newell.
Escritor: Lawrence Konner e Mark
Rosenthal.
Elenco:
Julia
Roberts
(Katherine
Watson), Kirsten Durst (Betty Warren),
Julia Stiles (Joan Brandwyn), Maggie
Gyllenhaal (Giselle Levy), Ginnifer
Goodwin (Connie Baker), Dominic West
(Bill Dunbar), Juliet Stevenson (Amanda
Armstrong), Marcia Gay Harden (Nancy
Abbey), John Slattery (Paul Moore).
Sinopse
Nos anos 50, uma professora de artes visuais vai lecionar em um dos colégios
femininos mais conservadores e tradicionalistas dos Estados Unidos, que educa
mulheres brilhantes para se tornarem excelentes mães, esposas e donas de casa. Seu
maior desafio será ensiná-las a assumir suas opiniões e identidades pessoais por
meio do desenvolvimento da autocrítica. Para isso terá que enfrentar a administração
da escola e inclusive suas próprias alunas.
Curiosidades:
• Julia Roberts, no filme, estimula as alunas a estudarem arte moderna, levando-as a
um depósito em Boston para olharem um quadro de Jackson Pollock. Na realidade,
porém, Wellesley foi uma das únicas instituições a permitir que as alunas
estudassem arte moderna, começando com um curso no final dos anos 20,
ministrado por Alfred Barr Jr., que mais tarde fundou o Museu de Arte Moderna.
• O filme é considerado o equivalente feminino de Dead Poets Society (Sociedade dos
Poetas Mortos).
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Cotejo com a Invéxis:
• Invéxis. Mulher intelectual, optante por não casar nem ter filhos, buscando lecionar
pensamento crítico ao seu modo em ambiente conservador.
• Acriticismo. Os padrões sociais pré-estabelecidos e não percebidos com autocrítica
levam à sua reprodução nos meios da escola, família e amizades, resultando na
condição de hipocrisia pelas falsas aparências, robéxis e automimeses dispensáveis.
• Afetividade. Despertar da afetividade e sexualidade das jovens e principais trafares
associados: baixa auto-estima, carência, promiscuidade, conservadorismo.
• Dupla. Dificuldade na época em atingir a condição de dupla evolutiva, seja devido à
falta de sinceridade, desinibição ou conservadorismo. A professora tem receio de ao
relacionar-se ficar dependente e restringida ao seu parceiro.
• Sempreaprendente. Ao lidar com uma turma difícil e ao ter que respeitar o livrearbítrio de sua aluna, quando a mesma escolhe não ir para a faculdade.
• Ginossoma. O sorriso de Monalisa: ela está sorrindo, ela está feliz? Retrato da
mulher na sociedade.
• Paradigma. Quebra de paradigmas pessoais por meio da arte moderna.
• Antimaternidade. Questionamento quanto à afirmação da mulher naturalmente
servir para casar e ter filhos. Assistência pelo exemplarismo e pela coerência
pessoal.
• Época. A técnica da invéxis foi proposta inicialmente em 1946, e o filme se passa
entre 1953 e 1954. Hoje vivemos uma condição facilitada pela tecnologia e
liberalidade de costumes. Quais as diferenças e semelhanças entre as épocas para
se aplicar a invéxis?
P. G. B.
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PODER ALÉM DA VIDA
Título original: Peaceful Warrior.
Ano de lançamento: 2006.
País de origem: EUA.
Duração: 116 minutos.
Gênero: Drama.
Diretor: Victor Salva e ShalimarReodica.
Escritores:
Dan
autobiográfico)
e
Millman
Kevin
(livro
Bernhardt
(adaptação ao cinema).
Elenco: Scott
Millman), Nick
Smart
(Joy);
Mechlowicz
Nolte
Tim
(Dan
(Sócrates); Amy
Deaky
(Treinador
Garrick); Ashton Holmes (Tommy); Paul
Wesley (Trevor); B. J. Britt (Kyle); Agnes
Bruckner (Susie).
Sinopse
Dan Millman é um talentoso ginasta adolescente que sonha em participar das
Olimpíadas. Ele tem tudo o que um garoto da sua idade pode querer: troféus, amigos,
motocicletas e namoradas. Certo dia, seu mundo vira de pernas para o ar quando
conhece um misterioso estrangeiro chamado Sócrates. Depois de sofrer uma séria
lesão, Dan conta com a ajuda de Sócrates e de uma jovem chamada Joy. Ele
descobrirá que ainda tem muito a aprender e que terá de deixar várias coisas para trás
a fim de que possa se tornar um guerreiro pacífico e assim encontrar seu destino.
Curiosidades:
• Dan Millman é um escritor norte-americano que já publicou 13 livros em um estilo
auto-ajuda místico. O mais famoso dos seus livros é "O Caminho do Guerreiro
Pacífico", uma espécie de semi-autobiografia, no qual o autor relata desde a sua vida
como jovem ginasta que se preparava para as Olimpíadas, até o seu encontro com o
mestre Sócrates, que vai lhe transmitir ensinamentos de transformação interior, que
muito tem da filosofia budista.
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Cotejo com a Invéxis:
• Maturidade. Mostra o processo de amadurecimento de um jovem que se sente
insatisfeito apesar de ter tudo o que um rapaz da socin norte-americana pode querer.
• Preceptor. Através do mentor Sócrates (homem mais velho e maduro), começa a
compreender a diferença entre conhecimento e sabedoria (teoria x prática).
• Assistência. Sócrates demonstra que por trás das profissões existe a finalidade de
prestar serviço (assistência), ao invés da ideia se Dan de sucesso profissional (ser o
melhor para obter reconhecimento).
• Autopesquisa. Dan não costuma a ouvir a si mesmo (autopesquisa) e ouve apenas
as opiniões externas (loc externo).
• Pensenidade. Sócrates ensina Dan a ter um ponto de equilíbrio, aprender a jogar
fora de sua mente aquilo que não precisa (ortopensenidade) e estar prestando
atenção no momento presente.
• Recin. Dan percebe que precisa deixar de lado seu perfil “corajoso” e arrogante para
poder seguir em frente com a sua recuperação (reciclagem intraconsciencial).
• Acidente. O acidente de moto fez parte do seu treinamento, mostrando que o jovem
deve aprender com os erros e seguir em frente ao invés de se vitimizar. Porém,
observa-se que Dan poderia ter sido mais profilático quanto à conduta riscomaníaca,
pois esta característica estava associada à outras posturas imaturas em sua vida.
• Interação. Ouvir e respeitar os mais velhos (interação reciclantes / inversores).
M. J.
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TURISTA ESPACIAL
Título original: La Belle Verte.
Ano de lançamento: 1996.
País de origem: França.
Duração: 99 minutos.
Gênero: Comédia.
Diretor: Coline Serreau.
Escritor: Coline Serreau.
Elenco: Coline Serreau (Mila); Vincent
Lindon (Max); Marion Cotillard (Macha);
James Thiérrée (Mesaje); Philippine
Leroy Beaulieu (Florence); Yolande
Moreau
(La
Boulagère);
Samuel
Tasinaje (Mesaul); Claire Keim (Sonia).
Sinopse
Uma comunidade de um planeta mais evoluído envia um habitante para passar
uma temporada na Terra. De forma extrovertida, são analisadas durante este
intercâmbio planetário algumas diferenças no quesito evolutivo que nosso planeta
deixa a desejar.
Curiosidades:
• O filme “La Belle Verte” é da mesma diretora de “Três Solteirões e um Bebê” e “Três
Solteirões e uma Pequena Dama”.
• Coline Serreau, além de diretora é também roteirista, compositora da trilha sonora e
atriz protagonista do filme (polivalência).
Cotejo com a Invéxis:
• Democracia. A reunião anual onde todos mostram o que têm a oferecer, a
importância de cada um e ao mesmo tempo o respeito.
• Intercâmbio. O senso crítico a respeito da importância para cada personalidade do
que é mais evolutivo, em se tratando do intercâmbio interplanetário.
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• Parapsiquismo. O oferecimento de aulas com um professor de parapsiquismo na
reunião anual, isto, para quem tem necessidade.
• Telepatia. Domínio da comunicação telepática desde jovem sem as muletas
chamadas celulares que os terráqueos utilizam.
• Paramicrochips. Utilização de paramicrochips para a comunicação, instaladas antes
da visitante realizar sua viagem interplanetária.
• Socin. Retrato extrovertido de diversas imaturidades e irracionalidades da Socin
patológica.
A. C.
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