vernária

Transcrição

vernária
Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo
Araújo
VERNÁRIA
janeiro 2014
Nº 7
FICHA TÉCNICA
Escola: Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo
Diretor: Alberto Rui Monteiro da Silva
Equipa Professores: Carla Álvares, Maria José Ramalho, Paula Lemos
Clube de Jornalismo: João Dinis Álvares, Roberto Manuel Santos, Cristian Rocha
Dias, Matilde Leonor Branco, André Silva Carvalho, Liliana Pinheiro Gonçalves,
Marina Valéria Branco, Suse Rita Vieira, Nelson Miguel Estêvão, Renato Gonçalves
Costa, Andreia Sofia Vieira, Daniel Silva Pereira, José Luís Brás, Juliana Soares
Ramalho, Rosa Soraia Gonçalves
Colaboradores: Fernando Gomes, Carla Silva, Ana Cunha
Endereço: Rua Dra. Maria Júlia Alves Martins, 4850 - 549 VIEIRA DO MINHO
Telefone: 253 647 201 | Email: [email protected]
Grafismo: Clube de Jornalismo | Fotografia: Clube de Jornalismo
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EDITORIAL
Caros e caras leitores e leitoras cibernautas do Agrupamento de Escolas
Vieira de Araújo… e não só!
Como era expectável, eis-nos no final de mais um
período letivo que, à semelhança de outros anteriores, foi
recheado de experiências da mais variada ordem e feitio.
Tratou-se de mais uns meses das nossas vidas que, pela
singularidade de cada um de nós, terão sido porventura
únicos e, definitivamente, nunca se irão repetir. É por essa razão primordial que o
Jornal Vernária, entre outros meios de divulgação da vida do Agrupamento, existe
para, por um lado, dar visibilidade às vivências dos diversos intervenientes, sejam
eles alunos, não docentes e docentes, parceiros da mais variada índole (Associação
de Pais, Câmara Municipal, Escola Segura, CAVA, GNR, Centro de Saúde, entre
outros) e, por outro, para, humildemente, deixar registada, para a posteridade, a
marca de todos os intervenientes atrás aludidos, nas atividades da mais
multifacetada espécie, cujo prioritário objetivo é o de enriquecer o crescimento
físico e cognitivo, harmonioso e saudável, de todos.
Como tal e porque a época, porventura, mais bonita do ano se aproxima (o
Natal), gostaria de enaltecer o papel interventivo de todos (docentes, não
docentes, alunos e encarregados de educação) e agradecer a participação pelo
contributo dado na prossecução das atividades inseridas no Plano Anual de
Atividades deste Agrupamento de Escolas e, através da incansável, laboriosa e
persistente atitude de trabalho da equipa responsável por esta provecta publicação,
ter tornado possível o merecido e devido destaque de tudo o que se fez e que nesta
edição se publica.
Este período letivo e que agora vivemos foi recentemente marcado pela
partida da D. Celeste, a Coordenadora Operacional que durante tantos anos esteve
diretamente ligada a todos nós e que pelo seu cuidado, no desempenho das suas
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funções, tão afetivamente marcou gerações de alunos e professores desta escola e
que a todos deixa uma enorme saudade.
Este período letivo também foi marcado pela partida de uma figura
emblemática, carismática e incontornável – Nelson Mandela – que, pelo seu
testemunho e exemplo, a todos terá marcado e que sempre postulou, sendo que,
de entre as muitas verdades que nos deixou, a de que “A educação é a arma mais
poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, é um princípio que sempre fez,
faz e fará todo o sentido. Para além disso, a circunstância de ter dito "Sonho com o
dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem
como irmãos.", só reforça a ideia de que a nossa comunidade educativa só poderá
ter sucesso se este pressuposto também for cumprido. E como não há duas sem
três, postular que "Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de onde virá a
próxima refeição e há crianças com fome que choram." também faz todo o sentido
neste momento conjuntural económico e social difícil que atravessamos, sendo que
compete à escola prestar a maior atenção possível às situações que possam indiciar
alguma falta de condições básicas fundamentais para que a nobre missão de
aprender possa decorrer com normalidade. Tendo como base os pressupostos
antes referidos, permitimo-nos garantir que a escola está e estará muito atenta a
tal, já que os alunos têm de constituir a verdadeira prioridade da nossa ação.
Para finalizar, apresento-vos votos de um final de ano civil em paz e que o
tão desejado e merecido descanso, coincidente com a época natalícia de que nos
aproximamos possa ser igualmente rica em experiências e repouso.
O Diretor do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo
Alberto Rui Monteiro da Silva
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NOTÍCIAS
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A ÁGUA NO PROJETO DA CIÊNCIA CRIATIVA
No primeiro período no âmbito do projeto “Ciência Criativa” sob a temática
“A água”, foram realizadas diversas atividades/experiências que se revelaram de
motivação e aprendizagem para as crianças.
Muitos são os especialistas de diversas
áreas e perspetivas que consideram essencial
proporcionar
às
crianças
“situações
diversificadas
de
aprendizagem,
para
exploração de questões e fenómenos que
lhes são familiares, aumentando a sua
compreensão do real (Martins, 2009, p. 17).
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Autores como Piaget e Vigotsky
chamam a atenção para o papel de uma
educação ativa, desde os primeiros anos da
criança, estimulando a curiosidade, o gosto
por
saber,
o
questionamento
sentido
e
a
crítico,
resolução
o
de
problemas.
Foi assim que aprofundamos conhecimentos sobre a água como fonte de
vida, e sobre a importância e preservação deste bem precioso que serviu de mote
para o primeiro período da Educação Pré-escolar.
Prof. Manuela Marques (EBDA)
Sala 3
O DESPERTAR DO CONHECIMENTO CIENTIFICO NO PRÉ – ESCOLAR NAS SALAS
DOS 4 ANOS
Inserida na área do conhecimento do mundo, as ciências experimentais são
uma área central do currículo no pré-escolar, fundamental para a abordagem de
diferentes conteúdos científicos, essenciais para satisfazer a curiosidade das
crianças, acerca do mundo que as rodeia.
Partindo da brochura «despertar para a
ciência”, procuramos explorar um fenómeno
natural: a queda das folhas das árvores nas
espécies
de
folha
permeabilidade
da
terra
em
contacto com a
água. Foram várias as hipóteses levantadas pelas
crianças para responder à questão - porque caiem
as folhas das árvores - será que têm frio?
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caduca
observando
a
As crianças observaram que a água na terra quente chega mais depressa ao
fundo do copo que na terra fria.
Prof. Carmo e Prof. Alice
Salas 4 e 5 (EBDA)
Experiência: «Vamos tratar a ÁGUA»
As crianças do pré-escolar da Escola Básica
Domingos Abreu, no âmbito do projeto “Ciência
Criativa” e no que se refere à operacionalização do
plano de atividades para o primeiro período sob a
temática “ A Água”, realizou um conjunto de
atividades que tiveram como motivação o conto da
história “ A Gotinha de Água”. Foram explorados vários conteúdos, através de
leituras, canções, poemas e vídeos relacionados com a sua importância para o ciclo
da vida e a necessidade da sua boa utilização e preservação como recurso essencial
à vida. Esta atividade, também pretendeu vivenciar experiências diversificadas no
contacto com outros espaços e materiais de forma a enriquecer as aprendizagens
das crianças, para isso foi realizada uma experiência, na sala de ciências, relacionada
com o processo de tratamento da água numa ETAR.
As crianças puderam observar
as três fases principais do tratamento
da água: primeira, a separação de
resíduos sólidos através da filtragem
em areias; segunda fase, a limpeza de
pequenos resíduos misturados com a
água através de filtros; a terceira fase, consistiu em adicionar um desinfetante para
limpar a água e torná-la potável, tendo sido explicado que este tinha como objetivo
a destruição de organismos patogénicos capazes de produzir doenças ou outros
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organismos indesejáveis de forma a ser reutilizável, quer para libertar para os rios e
não matar os peixes e plantas aquáticas, quer para consumo das pessoas.
Quanto aos objetivos definidos
para a realização desta atividade foram
cumpridos, dado que contribuíram para
desenvolver atividades integradoras que
estimulam nas crianças espírito crítico
face a conhecimentos sobre a água e
pretendeu promover o gosto pela aprendizagem de saberes, integrados nas várias
formações com vista à sua aplicação prática, quer no contexto educacional, quer na
resolução de problemas em geral, da mesma forma promover a criatividade
científica e experimental através da imaginação e criatividade.
Pré-escolar EBDA
ESCOLA BÁSICA DOMINGOS DE ABREU PARTICIPA NO PROJETO PASSEZINHO
O Projeto Passezinho é promovido pela administração regional da saúde do
norte em parceria com o Ministério da Educação com vista a sensibilizar a
comunidade escolar para uma alimentação saudável.
A
escola,
é um
espaço
seguro e saudável, que facilita a
adoção
de
comportamentos
saudáveis, encontrando-se por isso
numa posição ideal para promover
e manter a saúde da comunidade
educativa
envolvente.
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e
da
comunidade
Fonte: programa nacional de saúde escolar
(pnse)
Diário da República n.º 110 de 7 de junho:
despacho n.º 12.045/2006 (2.ª série)
Neste contexto várias foram as
atividades realizadas com a abordagem à
alimentação saudável como a degustação de
diferentes legumes e frutos como o physalis, romã, maracujá, dióspiro; jogos
lúdicos, a fim de sensibilizar a criança para novos saberes e sabores, fundamentais
para uma vida sã e equilibrada.
Esperamos que os encarregados
de educação e familiares reforcem estas
aprendizagens e incluam na alimentação
das crianças alimentos diversificados,
fundamentais
numa
alimentação
saudável.
Pré-escolar - EBDA
Os contos infantis na formação da personalidade das crianças
Os contos de fadas aumentam a autoestima das crianças e mostram que as
dificuldades podem ser vencidas, as florestas atravessadas, os caminhos de
espinhos desbravados e os perigos mudados. E a criança sente que também ela
pode ser capaz de vencer os seus secretos medos.
A magia e o encantamento das crianças podem e devem ser alimentados por
meio desta linguagem lúdica!
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Eis as principais razões para estimular a criança a ler e a ouvir todos os
contos infantis:
•Ajudam a criança a lidar com as suas dificuldades e os seus sentimentos!
Os contos ajudam a criança a lidar com as dificuldades do seu dia a dia e a
elaborar melhor os sentimentos negativos tão comuns na primeira infância, como
medo, frustração, abandono, rejeição, rivalidade entre irmãos, inveja, relação com
os pais, inferioridade, vingança etc. Por isso, elas pedem para ler diversas vezes a
mesma história.
“Eles falam ao inconsciente através de imagens, que vão conversar com as
bruxas, os monstros, os medos que a estão assustando. Com o auxílio das fadas ou da
espada mágica, a criança adquire forças para vencer o que a assusta ou preocupa.
Enquanto ela não soluciona seu problema inconsciente, ouve ou lê a história até que o
resolve. É esse um dos motivos que leva as crianças a pedirem que lhes contem várias
vezes a mesma história”. (PAVONI, 1989: p.19).
•Aprendem a diferença entre o bom e o mau!
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Os contos mostram que existem os bons e os maus, deixando transparecer
valores sempre atuais. A bruxa, o lobo, o pirata e outros personagens maus,
representam sentimentos ruins, portanto querer que estes personagens morram
não é uma atitude violenta, mas sim a necessidade de acabar com estes
sentimentos maus. É preciso lembrar que nas histórias a morte não é violência, é o
símbolo da transformação que vai ajudar a criança a elaborar os sentimentos ou
sensações que a incomodam.
Não nos devemos preocupar quando a criança festeja a morte desses
personagens, eles representam os seus medos e esta é a forma que ela tem de
vencê-los ou elaborar estes sentimentos que a angustiam.
•Aprendem a lidar com as frustrações!
Reconhecer a dor e aceitá-la é um meio de superá-la e assim ser feliz. As
crianças aceitarão com mais naturalidade as desilusões que encontrarão no dia a
dia, pois
à semelhança do que acontece nos contos de fadas, os esforços
despendidos hão de ter uma grandiosa recompensa.
•Através
das histórias podemos trabalhar sentimentos e sensações muito
presentes nas crianças!
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Ingenuidade: Branca de Neve e Pinóquio (acreditam no personagem do mal)
Diferença: Patinho Feio (um irmão diferente)
Medo: Chapeuzinho Vermelho, Aladim (medo de estranhos)
Inexperiência: Os Três Porquinhos (o irmão mais velho sabe tudo)
Insegurança: Alice no Pais das Maravilhas, Peter Pan (sentir-se inseguro diante de
situações novas)
Rejeição: Cinderela
Culpa: Rei Leão, Pinóquio
Dor: A Pequena Sereia
Abandono: João e Maria (sentimento de abandono pela ausência dos pais)
•Podemos trabalhar o conceito de “morte”!
Tudo na vida tem um começo, meio e fim. As crianças precisam de saber que
as pessoas não são como os personagens dos desenhos ou jogos eletrónicos, que
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nunca morrem. Diante de tanta tecnologia, nunca os contos foram tão importantes
e necessários na vida da criança como hoje.
•Aprendem o “limite”!
Através dos contos de fadas a criança consegue discernir o certo do errado,
o que pode e o que não pode fazer, enfim, reconhece o sim e o não.
•Aprendem a ética e valores importantes da vida humana!
Os contos de fada sobreviveram ao tempo justamente porque contêm
ensinamentos que falam à criança, falam de valores imutáveis, caso contrário já
teriam desaparecido, apagados pelo tempo e caídos no esquecimento.
Passar valores à criança é algo complexo. As histórias são, por isso, um meio
facilitador de resolver algumas das questões que esta tarefa nos coloca. Se, por um
lado, divertem as crianças, estimulam a sua curiosidade e promovem competências
cognitivas e de oralidade, por outro lado são também a forma de concretizarmos
alguns dos valores que consideramos aceitáveis e oportunos transmitir à criança.
Por isso, os pais devem usar e abusar dos contos. Só assim poderão sonhar
com um final feliz para nossa sociedade tão carente dos verdadeiros valores.
•Tornam-se otimistas e com vontade de vencer obstáculos!
Os contos de fadas exercem uma influência muito benéfica na formação da
personalidade porque, pela assimilação dos conteúdos da história, as crianças
aprendem que é possível vencer obstáculos e saírem vitoriosas (o herói vence
sempre no final). Isso ocorre porque, durante o desenrolar de histórias, a criança
identifica-se com as personagens e “vive” o drama que ali é apresentado de uma
forma geralmente simples, porém impactante.
Essas histórias de contos infantis normalmente começam com “Era uma
vez…” e terminam com “viveram felizes para sempre”. Essa ideia cria a esperança
de que as coisas na vida podem dar certo e elas podem ter sucesso nas suas
dificuldades.
•Cada criança interpreta a história da sua forma
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Os contos de fadas possuem significados e significantes diferentes em
determinadas faixas etárias, como por exemplo, ter um significado para uma criança
de cinco anos e outro para uma de treze na mesma história, já que as situações, os
sentimentos, os desejos e anseios são outros.
•Serão adultos mais felizes!
Os contos de fadas são para serem escutados, apreciados e interiorizados,
cumprindo desta forma com o seu papel que é a construção da personalidade da
criança, criando bases sólidas que favoreçam o desenvolvimento intelectual, moral
e psíquico. Dessa forma, ao tornarem-se adultos, saberão resolver dificuldades,
terão uma estrutura mais forte para aguentar os seus problemas e saberão que
mesmo depois de tantas amarguras terão uma recompensa que será a resolução do
seu problema. Pode não ser a resolução esperada, mas uma coisa é certa: sempre
haverá a possibilidade para uma nova descoberta e um recomeço, pois a beleza da
vida é justamente lutar pelos seus ideais e conquistá-los. E isso, só os contos de
fadas são capazes de proporcionar ainda na tenra idade!
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“A fantasia dos contos de fadas é fundamental para o desenvolvimento da
criança. Há significados mais profundos nos contos de fadas que se contam na infância
do que na verdade que a vida adulta ensina. É por meio dos contos infantis que a
criança desenvolve seus sentimentos, emoções e aprende a lidar com essas sensações”.
(RESSURREIÇÃO, 2007: p.1).
Paula Lemos
Feira da Ladra
A Feira da Ladra realiza-se no primeiro fim de semana do mês de outubro.
Este ano ocorreu de dia seis a dia oito, em Vieira do Minho.
Nesta feira existem vários eventos: carrinhos de choque, aviões, dragão…
desfile de ranchos, fanfarras, grupos musicais, desfile das freguesias e dos
bombeiros, chega de bois, corrida de cavalos.
O comércio é muito abundante, com tendas de roupa, calçado, brinquedos…
Nesta altura Vieira do Minho é visitada por pessoas de outras terras como
Fafe, Guimarães, Braga…
Todos nos divertimos imenso, é um fim de semana diferente!
Turma 3C – EB Vieira do Minho
A ÁRVORE DO OUTONO
A
relação
escola
família
é
fundamental para o sucesso educativo das
crianças. Por isso, mais uma vez pedimos a
colaboração
dos
encarregados
de
educação que construíram uma folha para a
árvore do outono com uma rima para
partilhar com os amigos da sala 5 dos 4
anos.
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Crianças e encarregados de educação foram muito criativos e apareceram
folhas muito engraçadas que ajudaram as crianças a trabalhar a consciência
fonológica e a brincar com a linguagem. A mãe da Matilde veio dar-nos a conhecer
uma lengalenga muito engraçada e todos gostamos muito.
Sala 5- Prof. Carmo
O outono chegou
O outono é uma estação do ano que começou no dia 22 de setembro, depois
de terminar o verão.
Nesta estação o tempo muda, ficando mais frio, fazendo nevoeiro, caindo
mais chuva e havendo mais dias ventosos. Por causa destas mudanças de tempo, as
pessoas mudam para um vestuário mais quente, utilizando roupas apropriadas.
A natureza muda de aspeto, as árvores, de folha caduca, começam a ficar
despidas, as outras transformam-se, ficando coloridas de verde, castanho, vermelho
e amarelo.
Os agricultores realizam diversas tarefas no campo como por exemplo:
vindimas, as desfolhadas, apanham frutos do outono para fazer compotas…
Para concluir vamos escrever algumas palavras sobre a tradição do São
Martinho, que se festeja com uma fogueira, onde se assam as castanhas. As crianças
cantam à roda da fogueira e os mais velhos saltam por cima dela.
Centro Escolar do Cávado – 4.º ano
O outono
O outono começou no dia 22 de setembro em Portugal.
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Os dias começam a ser menores e também há alguns dias quentes e outros
frios. Começamos a vestir roupas mais quentes porque começa a vir o frio e a chuva.
Temos o feriado municipal da Feira da Ladra, em Vieira do Minho.
Fazem-se as vindimas e as desfolhadas. Algumas aves vão para países mais
quentes. Também se faz o magusto. Começa-se a apanhar as nozes, os dióspiros, os
figos, as uvas e as castanhas.
Eu gosto muito do outono porque há muitas uvas e porque na Feira da Ladra
há carrinhos de choque.
Duarte Sousa Neiva, turma 3C - EBVM
O outono
O outono começou dia 22 de setembro.
A paisagem fica diferente, a cor das folhas muda, ficam amarelas, vermelhas,
castanhas, verdes e alaranjadas.
Há uma festa no outono que é o magusto.
Os dias começam a ser menores.
Há dias quentes e dias frios.
Nós andamos com roupas mais quentes, o que nós sentimos varia.
No outono, nós fazemos as vindimas e as desfolhadas.
Eu, no outono, faço sempre a festa do magusto, na escola.
Eu gosto bastante do outono e das cores das folhas.
Joana Filipa F. Teixeira – Turma 3C (EBVM)
O outono
O outono é uma das quatro estações do ano. Começa dia vinte e dois de
setembro e dura três meses. A seguir, em dezembro, chega o inverno.
Nesta estação, chegam as primeiras chuvas e ventos, os dias ficam mais
pequenos, as andorinhas migram, usamos roupas mais quentes, começa a caça,
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fazem-se as vindimas, apanham-se os dióspiros, figos, peras, romãs, castanhas,
cogumelos e milho.
A festa mais importante desta estação é o São Martinho (11 de novembro).
As folhas das árvores começam, a mudar de cor e caem das árvores.
Em Vieira do Minho faz-se uma feira anual que dura quatro dias. Essa feira
chama-se Feira da Ladra e realiza-se no outono.
Turma 3B (EB Vieira do Minho)
Mês das bibliotecas escolares
O mês de outubro foi o mês internacional das bibliotecas escolares e as
crianças desta escola fizeram um concurso.
Eu gosto de ir à biblioteca e já li livros lindos tipo: “Ó João, foste tu,
porcalhão?” e “Gosto de ti”. Ainda não consegui ler mais livros, mas gostaria de ler
o “Abecedário maluco” e talvez outros que me irão agradar.
Eu todos os dias saio da biblioteca com dois livros de fantasia maravilhosos e
emocionantes.
Mas não sou a única a gostar de ir à biblioteca! Os meus colegas também
gostam de lá ir.
Aprendi que um livro é um amigo, um companheiro e que com ele nunca
estou só.
Não te esqueças de um livro é um amigo!
Valentina Antunes, turma 3B, EBVM
A biblioteca
Uma biblioteca é um espaço onde estão muitos livros para as pessoas lerem.
As pessoas requisitam os livros para levarem para casa e no final de um
tempo têm de os entregar novamente e podem levar outros.
Nas bibliotecas há livros de estudo, enciclopédias, dicionários, manuais, cd’s,
DVD’s, revistas e jornais que se guardam na hemeroteca.
Há bibliotecas públicas, onde as pessoas consultam e requisitam livros
gratuitamente e também há bibliotecas particulares.
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Os livros estão organizados, nas estantes, por assuntos e alfabeticamente.
Em Portugal, há 510 bibliotecas públicas e com oferta de tecnologias de
informação (computadores e internet).
Na biblioteca do Centro Escolar do Cávado há cerca de 4 000 livros e
CD’s.
O senhor Calouste Gulbenkian foi um filantropo, que muito contribuiu
para o aumento de leitores em Portugal com a criação da biblioteca itinerante.
Centro Escolar do Cávado – Turma C, 3.º ano
A nossa biblioteca
A nossa biblioteca situa-se no andar de cima, a seguir à sala de professores e
antes da sala do 4.º ano. Lá há quatro mesas retangulares, três mesas circulares,
cinco estantes com livros, um quadro interativo, computadores, uma mesa para
quem regista os livros que nós levamos e alguns instrumentos musicais.
Toda a gente gosta de requisitar livros na biblioteca, lá tem muitos livros
interessantes. Os livros que nós requisitamos são aqueles que têm a cota azul, da
casa oito, que quer dizer literatura juvenil e infantil.
Na nossa biblioteca também temos televisão, que dá para ver os quatro
canais, e tem DVD e CD para ver.
Todos podemos requisitar livros!
Nós gostamos muito da nossa biblioteca!
Ana Beatriz, turma 4D, Centro Escolar do Cávado
Crianças do pré-escolar da Escola Básica Domingos de Abreu
comemoram o Dia da Alimentação com construções criativas com
frutos diversos
As crianças dos 3, 4 e 5 anos foram sensibilizadas para a importância de uma
alimentação saudável, como forma de conseguir uma vida equilibrada.
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Para comemorar o dia da alimentação foram realizadas várias iniciativas a par
das realizadas no âmbito do Projeto Passezinho, das quais se destacam as
construções realizadas com variados frutos, sensibilizando as crianças para a
importância do consumo de fruta, no seu dia-a-dia,
de uma forma lúdica e divertida.
Tendo em conta que os pais e encarregados
de educação são os primeiros educadores e
condicionam a os hábitos alimentares dos seus
filhos, procuramos também sensibilizar os mesmos
para a promoção de hábitos alimentares saudáveis.
EBDA
Projeto Heróis da Fruta
O Projeto Heróis da Fruta é uma iniciativa nacional que está a ser
desenvolvida nas escolas. Não é obrigatório, mas a nossa escola, que é o Centro
Escolar do Cávado, está a participar com muito interesse.
A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil fez esta proposta de
trabalho para aumentar o consumo de fruta e assim baixar o excesso de peso nas
crianças.
Na nossa escola temos substituído alguns alimentos menos saudáveis, que
trazíamos nos lanches, por peças de fruta. Os nossos pais gostam da ideia e têm
colaborado com o projeto.
Sempre que podemos colocamos fotografias dos nossos trabalhos no blogue
do projeto Heróis da Fruta. Agora estamos a construir uma letra para o nosso hino
da fruta que depois vai ser colocado na internet para votação. Como queremos
ganhar pedimos a todos que votem no hino da nossa escola.
Para concluir, nós temos mudado os nossos comportamentos alimentares
para melhor, pois já comemos mais fruta diariamente.
Centro Escolar do Cávado, turma 3.º C
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Dia das bruxas comemorado pelo Pré-escolar no Domingos de Abreu
As bruxas não são mais uma figura mítica assustadora dos contos infantis,
mas sim personagens atrativas e motivadoras para as crianças.
O dia das bruxas apesar de não fazer parte das tradições portuguesas, foi
sendo introduzido como efeméride do agrado das crianças, que ano após ano faz as
delícias das mesmas.
Este ano não foi exceção, no Jardim de Infância da EB Domingos de Abreu,
crianças e adultos divertiram-se com doçuras e travessuras, onde não faltaram as
aranhas, os morcegos, as abóboras.
Foi um dia muito docinho……e divertido!
EBDA
Feira da Castanha
Cantinho dos 3S: Seres, Saberes e Sabores
Foi no dia 15 de novembro que abriu a Feira da Castanha promovida pela
Câmara Municipal de Vieira do Minho, onde docentes e não docentes, encarregados
de educação e crianças se empenharam para contribuir nesta feira com um
«cantinho dos 3S»: Seres, Saberes e Sabores, presenteando desta forma toda a
comunidade com produtos locais.
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Esta iniciativa contou com a generosa colaboração dos encarregados de
educação, sendo um incentivo à participação dos mesmos no processo educativo.
Teve também como grande objetivo a consciência das crianças do Pré-escolar em
intervir ativamente na comunidade. Foi com grande entusiasmo que os pequenitos
viram os seus produtos serem vendidos, no cantinho dos 3S, a par com tantos
outros, de iguais ou diferentes categorias.
Foi bom relembrar esta quadra e os alimentos que fazem parte dela, sem
esquecer os saberes mais antigos que nos oferecem sabores que ficam sempre na
memória dos seres.
Pré-escolar do EBDA
Feira da Castanha
Em novembro realizou-se em Vieira do Minho a feira da castanha promovida
pela Câmara Municipal de Vieira do Minho.
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Os jardins de infância participaram com algumas bancas de produtos
oferecidos pelos familiares das crianças.
Após reunião com os encarregados de educação das 3 salas do jardim de
infância, as mães acordaram em colaborar com produtos da terra e \ ou com a
presença na venda, nos 3 dias em que a feira decorria.
As educadoras agradecem a disponibilidade e empenho das mães e avós que
mais uma vez nos apoiaram.
Com a verba proveniente dos produtos realizaremos uma visita de estudo no
segundo período.
JI- Cávado
“De mãos dadas”
Saúde pública e escolas dão as mãos num projeto de intervenção para a
prevenção do tabagismo.
A Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES)
Cávado II - Gerês/Cabreira identificou o tabaco como determinante de saúde
prioritário para a sua intervenção comunitária e lançou o repto às escolas. Neste
momento, está no terreno um projeto que tem, como objetivo primordial, reduzir o
número de fumadores entre as camadas mais jovens. Trata-se de um projeto que
está a ser desenvolvido na nossa escola, em simultâneo com os concelhos de Vila
Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso e Terras de Bouro.
Os objetivos para o presente ano letivo, são prevenir a iniciação do consumo
de tabaco, informar / alertar e promover um clima social favorável ao não
tabagismo. Este projeto é direcionado aos alunos, em geral, da EB/S Vieira de
Araújo, mas terá particular incidência no 7º e 9º anos de escolaridade. A intervenção
direta dos alunos será uma constante ao longo de todo o projeto e será feita
através de: campanhas de sensibilização; comemoração de datas alusivas ao tema;
educação pelos pares.
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A Flashmob que decorreu no dia 18 de novembro, organizada com a
colaboração do docente Miguel Costa e com a participação de alunos do Ensino
Secundário, visou alertar para a importância de adotar estilos de vida saudável, bem
como marcar o arranque do projeto na nossa escola.
O projeto comum a todas as escolas do ACES Cávado II - Gerês/Cabreira ainda
não tem nome próprio. Vamos tentar que a designação atribuída na nossa escola –
“De mãos dadas!” – seja adotada pelas restantes escolas envolvidas. Vamos ser nós
a criar o logótipo.
Estás interessado em ajudar?
Participa no concurso que estamos a promover:
- Cria um logótipo que sensibilize para os riscos do consumo de tabaco e entrega o
teu trabalho na direção da escola até ao dia 31 de janeiro de 2014.
- O vencedor será divulgado no mês de fevereiro e além de ter direito a um prémio,
candidata-se a participar na grande final entre escolas.
Estamos a contar contigo! Este projeto é de todos nós!
Ana Cunha
(Coordenadora da Educação para a Saúde)
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Dia do Não Fumador
O Dia Mundial do Não Fumador é relembrado todos os anos a 17 de
novembro. A nossa escola também se preocupa em sensibilizar a comunidade
educativa para os fatores de risco associados ao consumo de tabaco e as formas
mais eficazes para deixar de fumar. Esta sensibilização é sobretudo dedicada aos
alunos, para que estes não se viciem no consumo de uma substância que os poderá
prejudicar para toda a vida em vários aspetos, a nível da saúde, social e económico.
Após a sensibilização, nas aulas de Ciências, os alunos manifestaram a sua
mensagem elaborando quadras alusivas a este assunto.
Fumar é um mau vício
Que muita gente tem
Temos de parar isso
Antes que morra alguém
Não sou fumador
Nem quero ser
Não quero saber
Se o fizer, vou morrer
Fumar mata
Não quero morrer
Muitos anos saudável
Eu quero viver.
Digo cá para os meus botões
Que um cigarro nunca vou pegar
Porque eu amo os meus pulmões
Que me ajudam a respirar
6ºF
O Dia do Não Fumador
Serve apenas para lembrar
Aquilo que todos sabemos
É que não devemos fumar.
O meu avô fumava.
A minha avó dava opinião:
Homem deixa de fumar
Que te dá cabo do coração!
Quando fumas não te esqueças
De um conhecido ditado:
Prejudicas-te a ti próprio
E aos que estão ao teu lado
Fumar mata
Experimentar não é opção
E tu para não fumares
Não caias em tentação.
Há muitas formas de morrer
Já começaste a pensar?
Que a pior de todas elas
É começar a fumar.
Nunca deverás fumar
Pois a tua vida irás prejudicar.
Uma vez que estás avisado
Respeita e segue o recado.
6ºE
Se gostas de estar connosco
Pensa no que podes fazer.
Não fumes, por favor.
Mesmo se alguém te oferecer.
26
Dia dezassete
de novembro
ExIste para nos
lembrar
O que o cigArro pode
causar
Vamos Dizê-las sem
receio
As dOenças que
pode provocar
A pulmoNar e a
cardiovascular
A vida vai
piorar quando o cancro se
manifestar
Os dentes
vamos estragar e com cáries
ficar
A Carteira Fica doente
Mas de Uma maneira
diferente
O aMor ao
cigarro terá de acabar
SerA que vale a
pena a vida prejudicar?
De maneiras
diferentes podes morrer
Se nãO queres
fumar tenta rejeitar
Pois com o cigaRro não
deves brincar
6.ºD
Natal dos “pequenitos”- sala 2
“A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes.”
Oscar Wilde
É dentro deste máxima que nós os pequenitos vivemos o natal no EBDA!
Ser felizes todos os dias partilhando as nossas brincadeiras, foi assim que
resolvemos brindar a nossa escola, com um pai natal e o seu amigo Rodolfo. Foram
27
construidos com materiais reciclados da nossa sala e dos coleguinhas da sala 5, que
connosco partilharam alguns materiais.
Oxalá o espírito de natal permaneça todos os dias nesta escola e possamos
crescer em harmonia.
Feliz Natal para TODOS!
Prof. Manuela Costa
Prof. Carmo
O Natal
No dia vinte e cinco de dezembro, em Belém, nasceu um menino chamado
Jesus. De seguida puseram-no em cima de uma cama de palha, enquanto alguns
animais o aqueciam. Três reis magos, com os nomes de Belchior, Gaspar e Baltazar,
seguiram uma estrela, que estava a brilhar, para dar ao Menino Jesus ouro, incenso
e mirra.
Quando Maria e José avistaram ao longe esses reis magos ficaram muito
contentes.
Depois disso, esse dia começou a chamar-se NATAL.
Duarte Sousa Neiva, Escola Básica Vieira do Minho, 3.ºC
28
Presépios
A nossa Escola acolheu, no espaço da Biblioteca, de 03 a 17 de dezembro, a
Exposição de “Presépios”, um evento de cariz educativo promovido pelo Grupo de
Educação Moral e Religiosa Católica.
Os visitantes, que por aquele espaço passaram, puderam apreciar trabalhos
realizados pelos alunos do sexto ano, no âmbito do tema «Advento e Natal». Os
recursos utilizados pelos alunos foram bastante variados e o resultado foi muito
positivo. O envolvimento e a participação dos alunos e respetivas famílias revelaram
as memórias e os valores associados a esta quadra festiva.
O Grupo de Educação Moral e Religiosa Católica
Escola Básica de Rossas
Neste estabelecimento de ensino promovemos de forma sistemática a
articulação entre o pré-escolar e o primeiro ciclo. Foi estabelecida a divisão dos
alunos em três grupos de trabalho nas áreas das Expressões Plástica,
Dramática/Musical e Motora que abrangem os diferentes níveis de ensino de modo
a estimular o contacto, a interajuda e a partilha de saberes e aprendizagens.
Ao longo deste primeiro período letivo desenvolvemos diferentes
atividades, quer no âmbito da Promoção e Educação para a Saúde, nomeadamente
29
com a comemoração do Dia Mundial da Alimentação, iniciando com a elaboração de
frutos em cartão para decorar o refeitório, bem como a confeção de uma salada de
frutas e ainda a exploração de novos sabores, dando a conhecer frutos tropicais que
habitualmente não são consumidos pelos nossos alunos. Foi ainda dramatizada a
história “Quem quer casar com a linda Perinha?” e cantaram-se canções alusivas ao
tema. Os encarregados de educação também quiseram associar-se através da
confeção de um batido de frutos que distribuíram aos alunos no lanche da tarde.
Para vivenciar o São Martinho, prepararam-se diferentes atividades nos
diversos grupos de trabalho e realizou-se o tradicional Magusto para o qual foram
convidados os encarregados de educação que participaram ativamente quer com o
envio das castanhas quer na realização dos jogos tradicionais e foram brindados
com a apresentação da lenda de São Martinho, com a “ História da Maria Castanha”
e com canções alusivas.
Para finalizar este período concretizou-se a Festa de Natal, depois de ter sido
preparada nos diferentes grupos de trabalho e que contou mais uma vez com a
presença e participação ativa dos encarregados de educação que nos brindaram
com belas representações e danças.
Textos dos alunos referentes a estes temas:
Dia da Alimentação
No dia 16 de outubro comemoramos na nossa escola o Dia da Alimentação.
Os alunos de todas as turmas trouxeram frutos para confecionarmos uma
salada de frutas.
Durante a manhã estivemos a provar frutos que não conhecíamos, como o
abacate, o mamão, a papaia e o mirtilo. Nem todos gostamos destes frutos, porque
têm sabores diferentes daqueles que estamos habituados.
No final do almoço, comemos salada de frutas confecionada com os frutos
que nós trouxemos.
30
Da parte da tarde, juntamo-nos todos com os meninos do Jardim de Infância
para cantarmos e apresentarmos a pela de teatro “A perinha”.
Foi um dia muito interessante e divertido.
Escola Básica de Rossas – Turma B
Dia Mundial da Alimentação
Dia dezasseis de outubro,
dia da alimentação,
Vivemos momentos diferentes,
festejámos com motivação.
Queremos crescer e ser gente,
ter uma vida saudável.
Por isso, comemorámos,
E foi um dia adorável!
Fomos provadores de fruta:
Mirtilo, abacate, papaia, mamão,
e de alguns destes sabores,
uns gostaram, outros não.
E, para além desta fruta,
outra foi saboreada:
Bebemo-la em batido,
comemo-la em salada.
31
Fomos ainda cantores
e atores profissionais.
Dias saudáveis, como este,
desde já pedimos mais.
Trabalho coletivo
S. Martinho
Dia de S. Martinho!
Festeja-se na escola
e passa-se a mensagem
“do bem praticar”,
recriando as lendas,
fazendo fogueiras,
jogos praticando...
À roda da fogueira,
canta-se ao S. Martinho,
brinca-se e salta-se.
32
Castanhas assadas,
vão todos prová-las
como é tradição!
Mas tendo presente
que, no S. Martinho,
tudo quer dizer
que, “o bem aos outros”,
devemos fazer.
Trabalho coletivo
NATAL
Natal, tempo de Paz,
alegria e solidariedade!
Todos estes sentimentos,
nós vivemos com vontade.
Porque é um tempo especial,
esquece-se o mal, recorda-se o bem,
segue-se a vontade d’ Aquele
que, há muito, nasceu em Belém.
Reúne-se a família,
como manda a tradição.
E os amigos visitam-se,
trocando prendas, ou não.
Mas esta troca de prendas
são os adultos quem o faz,
porque as prendas das crianças,
33
é o Pai Natal que as traz.
Trabalho coletivo
NATAL
A noite de Natal
Para mim, é a mais bela!
Recebo muitos presentes,
por isso, não me esqueço dela.
O Natal é a festa em família,
reúnem-se todos para jantar,
e lembrar a vinda do Menino Jesus,
e do Pai Natal que está a chegar.
A estrela de Natal
34
vem visitar esta terra,
traz paz, pão e amor,
às crianças vítimas da guerra.
Natal é a festa dos simples,
porque Deus assim o quis,
foi por isso que nasceu
naquela noite feliz.
Inês - 4.º ano
Eleições ao Conselho Geral do Agrupamento de Escolas
No dia 24 de outubro, decorreram eleições para os representantes do
pessoal docente e do pessoal não docente ao Conselho Geral do Agrupamento de
Escolas Vieira de Araújo para o quadriénio 2013/2017.
Pela primeira vez concorreram duas listas do pessoal docente, registando-se
o seguinte escrutínio: Inscritos 157; votantes 158, Votos brancos 10; Lista A-86; Lista
B-42. Assim, através do método Hondt, pela lista A foram eleitos: Maria Antonina
Dias; Maria Carmo Fernandes, Albino Falcão Ferreira e Maria dos Santos Ferreira e
na lista B, Elisa Cruz Varanda e Carla Machado Álvares. Quanto ao pessoal não
docente dos 75 inscritos, votaram na lista A- 42, registaram-se 17 votos brancos e
nulos. Foi eleito José Carlos Rodrigues.
Relativamente aos representantes dos alunos do ensino secundário, estes
para o biénio 2013/2015, apresentou-se apenas uma lista a sufrágio que obteve 48
votos, dos 174 votantes, tendo-se registado 126 votos brancos e nulos. Foram
eleitos Gervásio Fernandes Vieira e Jorge Miguel Ribeiro, ambos do 10º ano de
escolaridade.
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TRABALHAMOS EM INGLÊS
Os alunos do CEF-Mesa, 8ºG, elaboraram maquetas de casas, legendadas em
inglês, com muito empenho e dedicação. Estes trabalhos foram expostos na
Biblioteca da Escola a fim de poderem ser vistos por toda a comunidade escolar. O
resultado foi muito positivo, quer para os alunos envolvidos no trabalho, quer para
os visitantes que muito os elogiaram, promovendo a sua motivação.
Alunos da turma G do 8º ano
Visita ao Museu
No dia 11 de novembro de 2013, as turmas D e E do 10º ano dos cursos
profissionais, foram visitar o museu “Adelino Ângelo”, onde decorria uma
exposição de cogumelos, dando assim cumprimento ao plano de atividades no
âmbito da disciplina de Área de Integração.
Com as explicações dos senhores Vasco Guimarães Dias e Francisco Costa
ficamos a saber que há vários tipos de cogumelos, uns são comestíveis, outros são
tóxicos e venenosos. Ficamos ainda alertados para o perigo de apanhar cogumelos
desconhecidos e que só o devemos fazer acompanhados por pessoas com
experiência.
Os anfitriões informaram-nos dos nomes científicos e comuns dos
cogumelos que existem na nossa região, explicaram-nos que para que os
cogumelos durassem mais tempo deveriam ser submetidos a uma técnica de
secagem por ventilação. Mostraram-nos ainda que há determinados cogumelos que
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em contacto com o ar modificam a sua cor e alertaram-nos para que, em caso de
dúvida não os ingeríssemos e, se tal acontecer, devemos procurar de imediato
assistência médica e de preferência guardar um pouco do cogumelo ingerido, para
que assim seja fácil de identificá-lo e de receber o antídoto correto.
Nesta mesma visita fomos ainda guiados pela senhora Ângela, que nos
acompanhou pelas várias salas, onde se encontravam diversas obras do artista que
deu nome ao museu.
Em suma, achamos esta visita importante e interessante para o nosso
desenvolvimento cultural.
Artur Fernandes nº2 10ºE
Andreia Carvalho Nº2 10ºD
Associação de Estudantes
Foi no passado dia 3 de dezembro que a nova Associação de Estudantes
tomou posse.
Assembleia Geral: Vicente Cardoso, Miguel Capela e Vítor Gomes.
37
Conselho Fiscal: Leonardo Pereira, Abel Costa e Mário Carvalho.
Direção: Leandro Pereira, André Lobo, Nuno Carvalho, Jorge Pinheiro e Tiago
Silva.
Apresentaram o programa eleitoral seguinte:
• Vida Escolar: Defesa dos direitos dos alunos; Prevenção da indisciplina e da
violência na escola; Prevenção / recuperação do insucesso no aproveitamento;
Limpeza do espaço escolar;
• Atividades culturais: Exposições; Concertos; Artistas / autores convidados; Saraus
culturais;
• Formação e informação: Debates sobre problemas / questões de interesse dos
alunos; Conferências com especialistas convidados; Edição do Boletim Informativo
da Associação de Estudantes;
• Rádio escola: Equipamento; Programação; Informação; Animação dos intervalos e
hora do almoço; Divulgação de atividades na escola; Avisos à comunidade escolar;
Visita a uma rádio local;
• Atividades desportivas: Torneios na escola; Colaboração com o Desporto Escolar;
• Atividades lúdicas: Convívios, festas; Passeios, excursões; Jogos tradicionais;
• Instalações e equipamento: Dinamização de atividades de melhoramento de salas,
espaços verdes, acessos, etc.; Contributos para aquisição de material diverso;
• Financiamento da Associação: Quotas; Patrocínios, Apoios da Associação de Pais e
Encarregados de Educação; Apoios da Câmara Municipal de Vieira do Minho.
SERÁ QUE A JÚLIA DISTINGUE COCA-COLA E PEPSI?
As duas turmas do curso de Ciências e Tecnologias do décimo segundo ano
da EB/S vieira de Araújo assistiram, no dia 16 de Dezembro, a uma palestra dirigida
pelo professor universitário do Departamento de Matemática e Aplicações da
Universidade do Minho, Luís Filipe Machado, na Sala de Trabalho.
38
O início da sessão foi dado pelo Adjunto do Diretor do Agrupamento,
professor Fernando Gomes, que agradeceu a presença de todos, inclusive, do
professor.
O palestrante iniciou a atividade apresentando as aplicações da Estatística:
desde a Medicina à Gestão, passando, ainda, pelo Ambiente. Toda esta elucidação
quanto a este campo da Matemática, foi apoiada por notícias, na sua maioria,
publicadas pelo Jornal de Notícias ou Público, nos últimos anos.
Foram divulgadas algumas atividades envolvendo as questões da Estatística
que poderiam ser desenvolvidas. Apenas duas delas foram usadas durante a
palestra.
A primeira atividade remontava há alguns anos: três portas, dois sapos e um
carro. Num programa televisivo, conhecido em Portugal como ‘O Preço Certo’, na
parte final, o concorrente vencedor tinha de escolher entre três portas. Atrás de
uma delas, encontrava-se um grande prémio, normalmente, um carro. Atrás das
duas restantes encontravam-se prémios menos valiosos.
Das três portas (1,2 e 3), o concorrente escolhia uma, por exemplo, a porta 2.
Logo após essa escolha, o apresentador diria que a porta 3 não seria a correta.
Deveria o concorrente mudar de opinião, não mudar, ou seria indiferente?
Ficou provado que sim. A probabilidade de acertar seria maior caso mudasse
de ideias.
Passando à segunda atividade, foi escolhido um aluno que tivesse a certeza
de que conseguiria distinguir Pepsi de Coca-Cola. Nelson Estêvão do 12.ºB foi o
escolhido. O palestrante convidou-o a sair da sala, enquanto o lançamento de uma
moeda ao ar determinava qual dos refrigerantes devia encher cada um dos dez
copos.
O aluno foi chamado a voltar à sala e foi submetido á prova. Dos dez testes,
apenas errou três vezes, mas não chegou para se considerar que ele saberia
distinguir Pepsi de Coca-Cola.
Foi distribuído a cada aluno um panfleto elucidativo da Licenciatura em
Estatística Aplicada, tendo sido o representante do grupo de Matemática da escola,
professor João Paulo Gonçalves, a dar por encerrada a sessão, agradecendo, mais
uma vez, a todos os presentes.
Renato Costa
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CRÓNICAS
- por André Carvalho
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A arte de sofrer até ao fim!
Respirou, a plenos pulmões o ar rarefeito que pairava à sua volta. Finalmente
chegara ao topo. Virou-se para olhar um horizonte que não era nada mais que uma
imensa branquidão. As nuvens que se uniam todas numa só manta com o objetivo
de esconder todo o mundo existente lá em baixo.
Passara as últimas oito horas a subir sem parar. Sem falar, apenas a respirar,
a sentir os batimentos do coração nos ouvidos. Cada passo que dava parecia uma
queda para a morte que desejava. O cansaço era tal, que a ideia da morte trazia-lhe
um certo conforto. Olhou o cume que há mais de três dias esforçava-se por atingir.
E perguntou-se "Porque é que estou a fazer isto?”. Também eu pergunto qual a
razão para fazer o que muitos outros já fizeram por obrigação. Quando o curso das
suas vidas mudou. Perseguidos, num cenário de guerra, tiveram de abandonar as
suas nações. E por entre as montanhas encontrar a fuga. Tal como ele, subiram.
Apenas eles, cada com sua respiração, sem falar, com os batimentos do coração nos
ouvidos a confirmar que ainda não tinham morrido. A diferença é que eles tinham
um propósito. Ele não. Expor o seu corpo a profundas temperaturas negativas, a um
clima hostil, só por diversão? Não pode ser essa a razão. Sempre que sobe a reta
final arrepende-se. Garante que não volta a fazê-lo. A verdade, porém, é que volta
sempre ao mesmo. Repete-o, vezes infindáveis. E continuará a ser assim até ao fim.
“É isto que distingue o vencedor do derrotado” pensa. Mesmo quando o
odeia fazer, faz. Numa forma, distorcida, de provar a si mesmo que é capaz. Quando
não percebemos o porquê do que fazemos, contamos uma história a nós mesmos, e
inventamos razões que nos parecem pertinentes. É um contar histórias para
sobreviver.
Questiona o que motivava Heinrich Harrer? O que motiva cada um de nós? A
ele, é a subida mais agreste, aquela onde tem de provar que é merecedor de
reclamar o ponto mais alto. Dominar a arte de sofrer até ao fim, a fim de se sentir
41
um vencedor, sem ter de provar a mais ninguém que o é. É esta a história que conta
a si mesmo.
Carta a alguém do futuro
Algures na Terra, 8 de dezembro de 2013
A quem quer que esteja a ler isto, um Olá. Espero que esta carta tenha
perdurado por muito, muito tempo. De tal forma que a tenhas encontrado e estas
mesmas palavras estejas a ler, a medo e desconfiança, pois a sensação que a
estrutura do papel te transmite quando lhe tocas é algo que nunca sentiste ou que a
tua geração alguma vez sentiu. A falar assim sinto-me muito velho, muito sábio,
apesar de ter algures a mesma idade que tu, uns míseros 18, achando que já sofreu
o Atlântico inteiro.
“papel, s. m. substância formada de matérias vegetais ou de trapos
reduzidos a massa, e disposta em folhas, para se escrever, embrulhar, etc.;(...)”
Dou-te esta definição, partindo do princípio de que não passas de um burro
ignorante questionando-se ainda do que será um papel. Esta definição, tirei-a do
meu dicionário, que deve estar desatualizado, pois se fores ao teu dicionário digital
deves encontrar algo do género: “papel, s. m. substância formada de matérias
vegetais ou de trapos reduzidos a massa, e disposta em folhas, para se escrever,
embrulhar, etc., extinguiu-se nos anos 20 do século XXI, quando a tecnologia
desenvolveu-se de tal forma, acabando qualquer tipo de comunicação considerada
Pré-pós-Histórica, desde então impera o e-mail.”. Vou ignorar a tua cara de
estúpido/encanto/intrigado por alguém, que já não existe no teu século ter
descoberto uma definição que nunca se lhe chegou a existir no seu século.
Tanta conversa acerca de papel deve ter algum significado. Tens razão. (Vou
fingir que interrogaste aquilo!) O papel provém das árvores. Espero que ainda
existam aí no teu século. Se caso não existirem aqui tens a definição originária do
meu muito desatualizado dicionário: “árvore, s. f. planta lenhosa, elevada, que, em
regra, não apresenta ramificações na base; (...)” Sendo que no teu dicionário digital
42
encontrarás ainda o seguinte: “...extinguiram-se por volta dos anos 70 do século
XXI, quando a ganância, dos homens desta época, pelo dinheiro, falou mais alto.
Causando a morte a imensas espécies de animais. As organizações que tinham
como objetivo travar este tipo de ameaça, nada puderam fazer.” O papel vinha
daqui, das árvores, causando-lhes uma morte lenta, acelerada pelo crescimento
populacional. A reciclagem surgiu como a solução para a existência do papel de
forma sustentável, sem causar o desaparecimento das árvores. Ambas existiam em
simultâneo, nenhuma tinha de se sacrificar pela outra. Até que...
Começo a concluir a carta, dado que a tinta da minha caneta já se começa a
esgotar, é muito antiga. Sim, vai procurar a definição de “tinta” e “caneta” ao teu
dicionário digital, pois a minha paciência para ti também se esgotou. Não leves a
mal. Sempre tive pouca paciência. Toco mais uma vez esta carta, antes de a atirar ao
mar, para ser encontrada por ti agora, no teu agora. A sensação que é tocar um
papel...
Um abraço. Até Sempre.
Cenários de um futuro distante...
Tenho o estranho hábito de imaginar cenários que em nada se podem
comparar a uma realidade, digamos, normal. O último cenário proveniente da minha
imaginação, foi a de um tempo e espaço onde o mundo não existia. Existia o
universo. Os países não existiam. Existiam os planetas. E o planeta Terra,
constituído por diferentes raças e etnias, não existia. Éramos todos denominados
pelo mesmo nome. O nome que haveria de ser criado para todos os habitantes do
planeta, aquele conhecido por nós, como Terra.
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Com isto, a diferença entre nós, humanos, não seria tão evidente. A nossa
desigualdade haveria de existir para com os habitantes de outros planetas. As
guerras e os conflitos armados seriam, igualmente, com eles. O espaço seria o
campo de batalha. Talvez assim, na Terra, os menos poderosos seriam-no um pouco
mais, e os poderosos seriam-no um pouco menos.
Pois a verdade é que nascemos num mundo constituído por diferentes
peças, mas tudo um só. Um só sem forma homogénea.
Para mim é apenas o estranho hábito de imaginar cenários que em nada se
podem comparar a uma realidade, digamos, normal. Para outros, é o desejo de um
dia, finalmente, poderem viver como irmãos, deixarem de ser um ‘eu e tu’ e
passarem a ser um só. De um dia, algures no futuro, todos nós sermos denominados
pelo nome que haveria de ser criado para todos os habitantes do planeta,
conhecido por nós como Terra.
É um morrer para o mundo.
Cada vez mais se convence que dificilmente será feliz a viver naquele mundo.
Há dias que não escreve. Porque haveria de o fazer? Começa a ver cada vez mais
pessoas a escrever, porém, vê cada vez menos escritores. Todos têm algo a dizer.
Poucos dizem realmente algo. Hoje em dia todos expõem a sua visão, muitas delas
desnecessárias, tão desnecessárias.
Tentou pôr ordem na sua vida, mas a vida, fazia questão em repor a
desordem. Encostou-se e deixou-se a ver os pseudo-infelizes a fazer arte, a serem
extraordinários... Se esses palermas, os pseudo-infelizes, fossem honestos e
admitissem que apenas são masoquistas, que o facto de encontrarem prazer na
infelicidade, não faz deles verdadeiros infelizes. Mas não, deixam-se enganar,
pensando que o enganam.
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A noção de mundo está cada vez mais errada na sua perspetiva, a perspetiva
do insignificante, daquele que sabe, porém é visto como o snob ignorante, tende a
ver-se de forma autopsicográfica e isso não o ajuda. Na verdade é ele mais um
desses pseudo-infelizes, que viu demasiado longe e perdeu a vista e já não sabe
como a recuperar. Pior é não saber se a quer recuperar. O viver à frente do seu
tempo é completa estupidez, pois nunca viverá nesse “à frente” e isso significa a
não existência, o que é equivalente à morte. Encontra-se num tempo e nesse tem
de viver, à sua maneira, é certo, mas nunca a pensar no passado, muito menos a
pensar no futuro. Às vezes pensa que o “futuro” foi obra da expressão do “não há
duas sem três”. O passado é o registo das nossas ações no presente. O presente é o
presente. E o futuro não passa de um tempo abstrato que nunca vem. São
pensamentos destes que o invadem. É uma perspetiva de mil e uma formas. É o
deixar-se morrer para o mundo, sem que este alguma vez o saiba. É um ressuscitar
quando souber como viver no mundo. É ser artista, e se isso significar arte, é ser
infeliz.
45
QUE É FEITO DE TI?
46
ANA ROCHA
Em primeiro lugar quero agradecer o convite que me foi feito pela querida
professora Carla Álvares, tendo sido minha professora aquando aluna desta
fantástica escola pela qual sinto uma enorme saudade.
Relativamente ao meu percurso desde a minha saída da
Escola E.B. 2,3 Vieira de Araújo até hoje, neste momento
encontro-me no quarto ano do curso de Serviço Social na
Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica
Portuguesa – Centro Regional de Braga.
Sempre me disseram que os anos da universidade
são os melhores anos da nossa vida. A meu ver, os
melhores anos da minha vida foram mesmo os anos em que frequentei a minha
querida escola até ao meu 12º ano. Tinha por perto os meus verdadeiros amigos e na
universidade deixei de os ver diariamente para vê-los esporadicamente. Mas
também não me posso queixar de tudo na universidade. Encontrei professores
fantásticos e colegas fantásticos. Confesso que o que mais me assustou foi a parte
em que a maioria dos professores não se preocupa tanto connosco como se
preocupavam os nossos professores do secundário. Na universidade, praticamente,
é cada um por si. Costumo aconselhar, a quem me pede opinião, que só deve entrar
para a universidade quem realmente gosta de estudar porque não é, de todo, fácil.
E quem não tem cabeça, consegue perder-se facilmente. Este conselho dou-o a
todos vós, caros alunos, que estão a ler este meu pequeno artigo. Mas se gostarem,
vão, esforcem-se, lutem e, acima de tudo, divirtam-se. Mas sempre com juízo! É
sempre bom aprender e nunca é demais estudar. No final, o trabalho e a dedicação
serão recompensados. No geral, faço um
balanço positivo relativamente ao meu
percurso como universitária. Graças ao meu
empenho e dedicação, transitei sempre de
ano sem nunca ter deixado uma cadeira
para trás. Uma vez que o meu curso é de
três anos e meio, estou neste momento neste “meio ano” ao qual chamamos de
47
quarto ano. Assim, o meu curso tem fim em fevereiro de 2014 (está quase, quase!).
Quanto ao futuro, não sei o que este me reserva. Apenas sei que adorava
permanecer, para sempre, na minha terra onde sou muito feliz. Cumprimentos a
todos vós e sejam felizes!
CARLA VALE
Olá, chamo-me Carla e vou contar um pouco do que é feito de mim…
Com 18anos terminei o ensino escolar, tendo
completado o 12.º ano. Como não quis continuar os
estudos, tive que decidir fazer algo da vida. No
princípio parece tudo muito fácil pois queremos é
fazer alguma coisa. Nesta altura já tinha carta de
condução e carro e o que queria mesmo era
trabalhar. Procurei trabalho, até que consegui
arranjar lugar na Pousada de S. Bento onde trabalhei na limpeza dos quartos,
ajudava na cozinha e copa, entre outros serviços semelhantes. Na verdade não era o
que gostava de fazer, mas pelo menos era um trabalho que tinha conseguido.
Passados 2 anos casei-me, vivi com os meus pais no início do casamento, pois
o meu ordenado não era muito alto e estava sempre a contrato. O do meu marido
não era certo, não tínhamos como viver sozinhos.
Três anos depois decidimos emigrar, pois se
queríamos viver independentes, não seria em
Portugal que iríamos conseguir, sem condições de
trabalho e com contrato de trabalho. O país de
destino seria a Suiça. Primeiro emigrou ele por 3
meses e depois eu. No início não foi fácil a
adaptação
ao
país,
passámos
por
diversas
dificuldades. Comecei por fazer algumas horas de
limpeza num hospital de Zurique e passados 4 meses arranjei um trabalho numa
48
casa privada onde faço a limpeza diária e onde hoje continuo. Já estamos cá há 3
anos, com todas as dificuldades superadas. Com o passar do tempo tudo melhorou,
agora o futuro é visto de outra maneira… tudo graças à nossa decisão, apesar de
Portugal ser sempre Portugal.
CRISTIANO PINHEIRO
Antes de mais, gostaria de agradecer o convite que me foi feito por parte da
professora Carla Álvares a fim de participar nesta edição do Vernária. É uma grande
honra poder ser parte do jornal da Escola da minha terra, Escola onde tão feliz fui e
espero que me seja permitido continuar a ser.
Gostaria de deixar aqui também
um sincero abraço para aqueles que
contribuíram para a minha formação,
quer a nível académico, quer a nível
pessoal. Desejo honestamente que
nunca vos falte a força, nem a paixão
pelo
ensino para que as novas
gerações sejam cada vez melhor formadas, capazes de enfrentar as amarguras de
um país que precisa dos seus jovens para que o futuro possa ser uma realidade.
A todos vocês, um obrigado!
No que concerne à pergunta “que é feito de ti”, responderei sem
contemplações ou considerações ulteriores.
Sou advogado-estagiário e mestrando em Direito Administrativo. Em junho
de 2013 concluí a minha licenciatura em Direito na Universidade do Minho.
Foram bons anos. Como se diz, na gíria estudantil, “São os melhores anos da
nossa vida”. Boémia, espírito académico, aprendizagem…
49
“A Universidade é a escola da vida”. Conhecemos pessoas muito
heterogéneas, umas boas, outras menos boas, aprendemos a lidar com a vida a um
nível totalmente diferente. Somos nós os donos e senhores dos nossos narizes.
Ninguém nos diz a que horas dormir, a que horas jantar. Ninguém nos diz para
estudar. Ninguém nos diz “nada”. É o nosso sentido de responsabilidade e de gosto
pelo que fazemos que nos guia. E neste caminho sinuoso, há muitos que se perdem
pelo caminho. Talvez aqueles que nunca estiveram predestinados a calcorrear esses
caminhos. Talvez. Afinal de contas, o sucesso só vem antes do trabalho, no
dicionário!
Contudo, nem tudo são rosas. As noitadas a estudar, a ânsia pela nota de um
exame, um resultado abaixo das nossas expectativas, impingem-nos sensações um
tanto ambíguas. Todavia são essas dificuldades que nos fazem crescer. Amadurecer,
ver a vida de outra forma. Valorizar o carinho de uma mãe ou o esforço diário de um
pai.
Efetivamente “a vida não é fácil” e é nestas alturas que aprendemos a
valorizar as pequenas coisas.
Ainda assim, o balanço que faço do meu percurso académico é francamente
positivo. E se, por hipótese, tivesse
que pesar tudo o que obtive direta e
indiretamente na
Universidade,
o
prato das “coisas boas” estaria de tal
forma pesado que “as coisas más”
nem chegariam para levantar uns
centímetros o seu homólogo.
Gostaria que todos os jovens Vieirenses tivessem oportunidade e ganas (!) de
ingressar no ensino superior. Afinal de contas a educação é a trave mestra que
sustenta a nossa sociedade! A todos vocês, força, não desistam! Verão que o
esforço, o trabalho e a dedicação são amplamente recompensados!
50
Antes de ingressar na Faculdade, estive um ano em Braga na Escola
Secundária Carlos Amarante, ignorando os conselhos e os pedidos dos meus
professores, do Diretor da escola, dos meus colegas e amigos…
Foi um erro, confesso-vos. Na altura realizou-se a junção das Escolas
preparatória e secundária, situação que gerou algum alarido e levou a alguns
protestos por parte dos alunos mais velhos. Juntando esse facto à expectativa e à
possibilidade de conhecer pessoas novas, uma escola nova, um mundo novo de
hipóteses, pensando eu que as pessoas em Braga seriam mais interessantes de
alguma forma… Enganei-me redondamente. As pessoas são mais frias, mais
distantes, mais fúteis. O ambiente de amizade, entreajuda e bonomia vivido em
Vieira do Minho não se repete nos grandes centros. Aliás, não se repete em
praticamente lado nenhum. Mas nós (oh seres ignorantes e cegos!) só nos
apercebemos disso após algum distanciamento, após convivermos com outra
realidade e percebermos a riqueza e a maravilha que a nossa terra é.
Não sei o que o futuro me reserva.
Sei apenas que quero ter o máximo de contacto possível com a minha terra,
terra de gente boa, genuína e sincera.
Uma terra onde sou feliz. Vieira do Minho, Terra de Sonhos.
JOSÉ RODRIGUES
Olá comunidade escolar! Sou o José Rodrigues,
tenho 22 anos sou natural da freguesia de Parada de
Bouro, estudei na Escola EB 2,3/S Vieira de Araújo entre o
ano 2002 e 2011. Antes de mais quero começar por
agradecer o convite para participar nesta rubrica, é com
enorme prazer que deixo aqui o meu testemunho.
Orgulho-me de ter feito parte desta escola, uma
51
escola humilde, em que se destaca pelos bons resultados dos seus alunos, uma
escola reconhecida a nível nacional e não só, pela capacidade dos seus alunos em
desenvolver projetos vencedores. Posso dizer que se hoje tenho um emprego devoo à nossa escola, foi ela que me permitiu ingressar no mundo de trabalho. Foi na
nossa escola que adquiri métodos de trabalho, alguns de vocês ainda estarão
recordados, os mais novos talvez não, por isso e por saber que a nossa escola tem
capacidades, competência, e mão-de-obra (professores e alunos) foi graças a
projetos na área da robótica projetos estes que elevaram o nome da nossa escola a
nível nacional e além fronteiras, (Espanha, Áustria, Singapura), trazendo visibilidade,
prémios e mérito para a Escola EB 2,3/S Vieira de Araújo inseridos no Curso
Profissional Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos concluído no ano de
2011. Tive a oportunidade de estagiar por duas vezes na atual empresa onde exerço
funções profissionais, de seu nome Fnac Portugal na cidade de Braga.
Resultado positivo nos dois estágios foi-me feita uma proposta de trabalho,
que de imediato foi aceite e dura até aos dias de hoje. Sabendo das dificuldades que
há para ingressar no mundo do trabalho, em obter o primeiro emprego, não tenho
duvidas que devo tudo isto à minha escola, aos meus professores. Sem eles eu não
teria os métodos de trabalho que hoje tenho, mas afinal o que somos nós se não
tivermos professores?
Atualmente faço aquilo que gosto, estou numa empresa estável, em que a
tecnologia é o forte, todos os dias sou ‘’obrigado’’ a trabalhar com ela, e quando
assim é, tudo se torna mais simples, e acreditem que não há nada melhor do que
irmos para o nosso local de trabalho e pensar ‘’vou fazer o que gosto’’.
Como tal, não fecho a porta a um
regresso à escola, com o objetivo de
desenvolver
ainda
mais
e
dar
continuidade ao que aprendi no ensino
secundário. Quero, acima de tudo, criar a
minha própria empresa direcionada para
tecnologia, na minha terra natal, em Vieira do Minho.
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Termino esta minha rubrica com um agradecimento muito especial, para
além de professor, foi e continua a ser um AMIGO, passou-me os seus métodos de
trabalho, ensinou-me muito, não só a ser um bom aluno mas a ser um bom
profissional, um obrigado ao Professor João Cunha.
Deixo-vos, com uma frase de John Dewey:
‘’A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida,
é a própria vida.’’
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POESIA AQUI VOU EU…
54
Acróstico
Depois de ler e ouvir ler a história “Sorriso de Estrela”, os alunos da turma 3.º C, da
Escola Básica de Vieira do Minho elaboraram o acróstico.
Dentes sem bactérias
Escovar muito bem
Nunca esquecer
Ter uma boa alimentação
Evitar guloseimas
Sorrisos brilhantes!
Turma 3.ºC, Escola Básica Vieira do Minho
Heróis da Fruta
Quando formos comprar fruta
Devemos bem escolher
Pois aquela mais saudável
Ajuda-nos a crescer.
Eduardo
55
Com este projeto
Comecei a comer
Muita frutinha
Que me ajuda a crescer.
Beatriz Ferreira
Para ter força essencial
Temos de fruta comer,
Tem vitamina fundamental
Para me dar energia e crescer.
Beatriz Martins
Eu adoro comer fruta
Dá-me muita energia,
Levo-a comigo para sempre
E como-a com alegria.
Luciana
Para não esquecer
Este projeto também
É essencial para crescer
E viver muito bem.
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Beatriz Bicho
Muita frutinha
Temos que comer,
Muito bem lavadinha
Para nos ajudar a crescer.
Ariana
Para bem crescer
Com muita energia,
Temos de comer
Fruta dia-a-dia.
Cláudio
Centro Escolar do Cávado, turma 4.º D
Quando eu cresci
Quando eu cresci
Toquei na areia da praia.
Brinquei nas ondas do mar.
Fiz os trabalhos da escola
E aprendi a sonhar.
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Quando eu cresci
Aprendi a andar,
A falar e a rimar.
Quando eu cresci
Aprendi a brincar
E a fazer amigos.
EB1/JI de Guilhofrei – 2.º ano
Ler um livro é importante
às vezes urgente.
Lemos muitos livros
já somos gente.
As crianças,
todos os dias podiam ler,
pois assim aprendem a crescer.
A escola
é a melhor forma de ler
e também aprende-se a escrever.
Para ser bom aluno
é preciso estudar
para as fichas preparar.
58
A escola é para estudar,
para estar atento.
Para no futuro trabalhar,
ser gente.
Leonor Vieira – 4.ºB (EB Vieira do Minho)
Magusto e S. Martinho
Como castanhas assadinhas
Ao almoço e ao jantar
Com sal e bem quentinhas
Ao lume a estalar.
Amanhã tenho magusto
Na escola vamos comemorar
É dia de S. Martinho
Vamos todos comer e brincar.
Eu gosto do S. Martinho
Para o festejar
Comem-se castanhas
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E prova-se o vinho.
Os castanheiros dão ouriços
O ouriço agasalha a castanha
Quando o ouriço a larga
Toda a gente vem apanhar.
Um divertido magusto
Se fez cá na escola
Brincou-se e jogou-se à bola
Saímos tarde e a custo.
Fez-se uma grande fogueira
Que labaredas tamanhas
Comemos a tarde inteira
Deliciosas castanhas.
David, Diogo Miguel e Renata – 3.º C (Centro Escolar do Cávado)
Nasci rapariga e fui feita para lutar
Mas perco-me na adolescência
Não tenho paciência
E não a consigo acompanhar
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Mudo de humor facilmente
E ando sempre ensonada
Não é que não durma bem
É que não se passa nada
Tenho problemas com a sociedade
Ela não merece o meu respeito
É uma monstruosidade
E pode levar isto a peito
As hormonas também estão contra mim,
Andam sempre alteradas
Ora rio, ora choro
Quando vão ficar controladas?
Seja assim então,
Isto constrói o meu corpo e personalidade
Sei quem realmente sou…
Quem realmente sou de verdade!
Sara, 11.ºA
If I were young forever…
…I would live LIFE more intensely
Don’t be afraid of the end
And of doing things correctly!
…I would make my dreams come true
And I could really say
“ Life is sooooooooo good!”
…I would do all the things
I’ve always wanted to do
I would fall in love
Just for you, and only you…
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…I would not seize the day
Because life would be boring
Nothing new for us to say…
… I would feel free forever
I would live life to the fullest
Just you and me…together!
... I would enjoy life to the limit
‘Cause it´s too short to be spoiled…
Can’t believe I said it!
…I would never study, as my father says
I’d play all the time
Praying for better days!
…maybe life would be boring
And we wouldn’t enjoy it
As we do now… NEVER!
Collective poem based on the lyrics of the song “Forever Young”, by ALPHAVILLE
(10th B)
62
OPINIÃO
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THE POWER OF MONEY
In my opinion, rich people should donate part of their money to help other
people because if people have money to spend in perfume and make up, I think
people also have money to help other people. I agree people need to buy that type
of things but if people buy so many cosmetics it’s because they have money. So,
part of this money can be used to do altruistic things, like helping poor people!
I think money can’t buy happiness but it can help, if we have money and we
are modest, humble, we can easily be happy.
Of course, people who were poor and then (because they worked hard or
because they won something) became rich, know the cost of life. On the other
hand, people who were born rich many times don’t know what life is and what is
important in each poor person’s life.
Adriana Serra- 11th A
Dear Earth …
All plants, all animals, all landscapes, all the streams, rivers, oceans,
everything and everyone show the creativity and intelligence which you possess!
Just like you, we, humans, evolved and we discovered that we could do a lot
of things with all you have and give to us. However, as we aren’t as perfect as you,
all things that we have done have always a negative consequence against you. For
example, genetic engineering is very important in terms of our longevity or for the
treatment of certain diseases... Nevertheless, for you, it can be an atrocity because
it can destroy your future…
I also know global warming is something that you are worried about, and I
understand, but at the same time, I would like to tell you that I think we, humans,
“can go back” and undo it all.
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Well, I'd just like to sincerely apologize for all the harm we've caused you; for all the
pain; all the war; all the chaos. We were given this wonderful gift and we ruined it!
Sincerely,
Célia (11th B)
A Letter to the Earth
Hi, Earth!
Nowadays, our society is ruining you, with pollution, global warming,
deforestation, and many other things…The biggest problem is pollution. Everyone
pollutes nowadays, even me, unfortunately! And I know that I have to reduce the
level of pollution I do. I think everyone should do it! Polluting is the worst thing that
society is doing to you, in my opinion! Another problem is deforestation. I think
people who practice deforestation are people that have no mercy on you, and if
they need to destroy trees, at least, after cutting the trees they could plant others.
Human beings can sometimes be very disrespectful to you.
Get well soon!
Bye!
Artur (11th B)
Dear Earth,
At this moment, we are aware you have a lot of problems that have been
caused by us and can be solved by us, humans.
You have so many problems, like acid rain (rain that contains dangerous
chemicals), global warming (an increase in world temperature), greenhouse effect
(gradual warming of your atmosphere caused by an increase in carbon dioxide),
ozone layer (a layer of gases which stops harmful radiation from the sun to reach
65
you), pollution (the damage done to air, water or soil by the addition of harmful
chemicals), endangered species (group of animals or plants in danger of becoming
extinct), deforestation (the act of cutting down large areas of forest), soil erosion,
rivers are running dry, wetlands are disappearing, fisheries are collapsing,
temperatures are rising, coral reefs are dying and other problems that we have
caused to you, through small things we are doing daily that will worsen the
condition of your environment…
There are things that we can do every day at no cost to minimize all the
damage that we have caused and that will damage our and your future. These
things are, for example, turning off lights when we leave a room; turning off
televisions, computers and other electronic things when they are not in use; not
leaving fridge doors open for longer than necessary; using economy programmes
on dishwashers or washing machines; reducing the amount of packaged products
you buy; reusing shopping bags and recycling newspapers.
There are other solutions besides the solutions above: speeding up the use
of clean, renewable forms of energy ; developing a solar car; walking, cycling, taking
the train or car-sharing; if car driving is unavoidable, we can choose a fuel-efficient,
low-emission; solar technology (e.g. photovoltaic pannels); wind power; hydrogen
economy and make the environment a top priority.
It's not just policies and industries that need to be more climate-friendly;
each individual has an impact on your environment. The choices that we make daily
can affect the climate and consequently you.
T’sIs important to remember that “Small words … Small actions … can save
our planet” (F. Wesley).
I say goodbye with the promise that I will help you solve all the problems
that we ourselves have caused in you,
Caterina Soares (11th A)
66
Portugal, 25th October 2013
Dear Earth,
I know perfectly well that you are essential to my survival, and lately I have not
really respected you, because I haven’t reduced the emission of gases such as
carbon dioxide, which increases your global warming and the greenhouse effect.
I’m so sorry!
As time passes by, the future is waiting for us, this future of great danger and great
hopes.
My well-being depends on a healthy biosphere (diversity of fauna and flora), very
fertile soils, clean water and clean air, etc... And I should protect it.
I'm currently inserted in a community of consumerism, which is leading to the
depletion of resources and consequently the extinction of species. Your safety is
threatened! It is being very dangerous for your sustainability, but it does not
depend only on me to change, it depends on all Mankind.
If we try to find harmony, we can change your future. We must begin by changing
our lifestyles and values, reducing environmental impacts caused by us. All together
we can make a difference, as they say "One for all and all for one."
But before making a group decision I have my own responsibility and I MUST BE
AWARE of my own mistakes. Only then will I realize all the evil I do to your future.
For your sake, we must respect the following principles:
Respect life, its biodiversity and respect you essentially;
Community care with understanding;
Build societies: passive, mainly fair and sustainable;
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Protect and restore all its ecological systems;
Prevent environmental damage and adopt patterns of consumption
and production;
Investigate the ecological sustainability;
Trying to end poverty, since wealth is unevenly distributed;
Caring for animals;
Etc.
So I commit myself to respect all these principles to start your new life. If it depends
on me, his future will be great and sustainable.
Thank you for all your attention,
Diana Barbosa (11th B)
Dear Earth:
As you know, you are very sic! Some people and animals are concerned about you.
Many things are happening with you and I know that it is also my fault.
Communities are ruined, resources are depleting, species are being extinguished,
pollution growth has overwhelmed you…
Unfortunately, your safety is threatened….
We need to save you!
Over the years, we have polluted you, although there are some people concerned
about the protection of species, recycling, reforestation…. We are slowly killing
you, although we need you to survive.
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It’s time to change!!!
I know that the choice is ours, and we choose to change. For you and for all of us!
We must respect you; take care of you with compassion and love; promote recovery
of threatened species and ecosystems; protect natural reserves (from the wild lands
to marine areas); managing the use of renewable resources ( so they do not exceed
the rates of regeneration and that protect the health of ecosystems); avoid the
possibility of serious or irreversible environmental damage; prevent pollution in any
part of the environment; Reduce, Reuse, Recover, Renew and Recycle (the 5 Rs
policy!); act with restraint and efficiency when we use energy; promote
development…
It’s our responsibility to take care of you, don’t worry about yourself…
You will be fine…
With love,
Cristina Rodrigues (Number 10, 11thA)
Dear Earth,
Days have gone by and I have been thinking why is it that everybody talks about
protecting our planet, but actually they don´t do anything to really protect it.
Let´s see what your main “diseases” are:
• Species extinction: You are losing your family, and the main cause are us, we
don´t care about any other species but our own. We eat them, we use their
skin and most of all we disrespect you and them that don´t really have a
choice, they have to put up with us;
• Global Water Crisis: We are using your resources without thinking about it,
water is one of the things our species needs the most, basically we are doing
it totally wrong, we spend over 12 liters of water showering and we don´t
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even think about the animals and humans that don’t have water even to
drink;
• Global Population Growth: We are reproducing at an incredibly high rhythm,
and with that comes more pollution and it increases your “sickness state”;
• Energy Consumption: We are the most consumerist species of the world we
live in, we don´t even think about the consequences of turning on the light
when there is daylight outside and all you need to do is open the curtains.
• Global Warming and Greenhouse Effect: We try and we talk about it as if
everybody else is the guilty one, when actually the person you just judged is
as guilty as you. For example, when you are using you´re simple, basic
deodorant this is one of the main causers of the condition you are in.
The list could go on and on but it´s a complete waste of time for me and for you, I´m
also guilty of course, honestly I don´t care about anything that´s going on, I live my
life normally without any simple and easy restriction. I don´t plant trees, I don´t
recycle… I think about doing it sometimes but every time I do that I use the same
stupid and sanctimonious excuse as everybody else, I say « there´s no time for that”
and “I have enough complicated stuff to do»… Yes, that´s right! We have other
stuff to do that´s not protecting our home and make it more comfortable for us and
for the people we like. I´m not going to say that you should do this or do that
because everybody knows what they should do to help the planet last longer. The
only advice I´m going to give is that we should try to use our spare time and stop
complaining about life, because we don´t have the right to do it, because we don´t
even have the chance to do it. I apologize…yet, I can´t promise I will improve my
behavior. Thank you for everything you have done and for holding on all these years
of abuse.
Thank you for the attention,
Inês Barroso
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Letter to Earth
Dear Earth,
Hi! My name is Maria, I’m worried about problems which we are facing. Over time,
several problems, developed and which the human being can hide behind them. I
think we should take some precautions and try to solve problems that can harm the
future generations. I am concerned about pollution, we should not pollute! It would
help not only humans but also other living beings, organizing awareness campaigns,
with the disadvantages that these pollutants may have now and in the future with
these contaminates can be contributing to global warming and hence to global
warming, which could cause a change in the climate of our planet, which could
cause the extinction of several species, such as ours.
I think we should have more consideration for you because we have to take more
responsibility and be aware of the bad things that our oversights can have on our
planet.
I hope that humans bear in mind that we have to be more careful with you to save
humanity. I wanted to quote this quotation from Albert Einstein because it gives a
lot to think about it: “There should be more action on the part of those who are
good, but those who do wrong should be more aware of the losses”:
"The world is a dangerous place to live, not because of those who do evil, but
because of those who look on and let evil
happen."
Maria Santos, nº 24, 11ºA
71
Shopaholic…
My best friend is a shopaholic, that’s to say, a compulsive buyer or spender. I
discovered this when I saw her clothes turning into a hill, and I got scared!
Me – What is this? Are all these clothes yours?
Her – Who else would they be? Of course they are mine!!
- When did you buy all these clothes? You’ll ruin yourself…
- I know, I just can’t avoid it. But look, they’re all so cute, so fashionable; I really had
to buy them!
- Are you crazy? I never saw you wearing most of them! Does your
mom know?
- Are you kidding? My mom would send me to a neo-nazi concentration camp or
something if she fingered it out… You won’t tell her, ok? And I never wore most of
these clothes because they’re awesome, but they don’t match anything…That’s not
my fault!
- Of course it is your fault! You need to think about this kind of things
before you buy something. Do you usually go shopping alone?
- Yes, when you’re not with me, I’m alone.
- When I’m with you, I don’t let you buy anything you don’t need but
I never thought you’re addicted like that!
- Don’t worry, ok? Don’t preach, you’re nagging at me… I thought you were my
friend…
- That’s because I’m your friend I’m doing this, because I care! And
you have serious problems, you need help…
- I’m ok, don’t worry. I can fix it by my own…
(Of course she couldn’t! She had to see a psychologist for some months…and get
some specific treatment because shopaholism can be a serious problem!)
Ana Rita nº2 11thA
72
THE POWER OF…MONEY!
Everyone spends money buying extravagant things but there are many
countries where people live without money or practically nothing.
In developing countries, people have problems in healthcare, education and
sanitation and pay the price while developed countries are increasing
environmental damage, buying some packaging products and plastic bags that can
cause damage in the atmosphere.
We can’t buy happiness and being happy is the most important thing in the
world!
Some people buy things that don’t correspond to their lifestyle and buy
things that they can’t afford.
It’s not fair that people in developed countries can spend money in things
that they don’t need and buy for pleasure while people in developing countries
don’t have money to fulfil their basic needs, such as healthcare, sanitation and
education.
Everyone is a little shopaholic but we have to control ourselves and get the
power to control money.
Caterina Soares, nº9 11th A
Elsa 12th D
73
Dear Earth,
I'm sitting here, with my thoughts on you...asking myself how to describe
what you are to us... And you know, I've come to a conclusion. It's impossible to
describe you, because you are everything, you are our home, our past, our future,
our source of life. Without you, none of us would be here, I wouldn't be here... And
how do we thank you? We kill you, bit by bit… we hurt you, without even caring and
we are destroying part of what you give us...
Now, I could start talking about what we've done to you through all these
years, but I would never come to an end... because we, humans, achieved so many
things...We started with nothing and now we have devices that allow us to know
you better... But if we are really interested in knowing you, then why do we kill
animals, why do we pollute so much, why do we have companies that send tones of
harmful gases to the atmosphere, everyday, or ships that pollute the seas with fuel?
Why do we destroy habitats, cause global warming, the greenhouse effect, melting
glaciers... Do we actually know what we are doing? The answer is… YES! We know
what we are doing, we just don't care, we prefer to ignore it and pretend that it's
not our business! Do you know why? Because it all comes down to MONEY! It's
amazing what money can do, ah? Even people can be bought by money nowadays...
Earth, I can't speak for everyone when I say that pollution will stop,
deforestation will decrease and less animals will be killed, but I can speak for myself
when I say that I will do my role, I will respect you the way you deserve and take the
necessary measures, like recycling and preserving your values, but manly I will try to
pass the message forward... because I have faith in us, humans! We're a young
species with a lot to learn and I believe one day we will open our eyes and see how
important you are to us! I just hope it won’t be too late, because if it is... well if it is...
then, there's nothing, not even money will save us!
The future is in our hands, our actions, our consequences, and… Earth, I'm
with you for a better future!
Best wishes!
Lara Azevedo (11th A)
74
Letter to the Earth
Dear Earth,
Hi! My name is Maria and I’m worried about so many problems we, humans,
and all the other species are facing. I think we should take some precautions and try
to solve problems that can be harmful to the future generations. I am concerned
about pollution… It would help not only humans, but also other living beings, to
organize awareness campaigns… We are contributing to global warming and hence
to a change in the climate of our planet, which could cause the extinction of several
species, such as ours.
I think we should have more consideration for you because we have to take
more responsibility and be aware of the bad things that our deeds can have upon
our planet.
I hope humans bear in mind that we have to be more careful with you to
save Mankind! I want to quote Albert Einstein because his words give us a lot to
think about:
“There should be more action on the part of those who are good, but those
who do wrong should be more aware of the losses”:
"The world is a dangerous place to live, not because of those who do evil,
but because of those who look on and let evil happen."
Bye, dear Earth! Get well soon!
Maria Santos ( nº 24, 11thA)
MY BEST FRIEND IS A SHOPAHOLIC!
Me: Hey, we need to talk!
Best Friend (BF): Hello, sure... Is everything ok?
Me: Not really... I've just found out something about you...
BF: What?
Me: I know you're a shopaholic, aren't you?
BF: Unfortunately... yes, I am. How did you find out?
Me: It doesn't matter, what matters now is that you need to solve this problem.
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BF: I've already tried, but I can't... I am constantly thinking about shopping because
buying things makes me feel better.
Me: How long does this problem last?
BF: Some months, I think... I need to buy something almost every da. I already
spend more than half of my money, I can't control myself... I don't know what to do
anymore...
Me: You need to learn how to control yourself. You're shopping to escape from
your problems.
BF: So, what do you think I should do?
Me: I'm gonna help you, but you need to promise me that you're gonna try hard to
get through this...
BF: I'll do anything to solve this problem, I'm sick and I cannot keep living like this...
Me: First of all, you need to face your problems, you can't escape from them
forever... when a person feels better psychologically, life is much better... Right now
you need to face this, so tomorrow we're going to the shopping center and I'm
gonna help you to control yourself in the stores, ok? Soon this problem will go
away...
BF: You're right... I lost control over my actions. I need to face this... With your help,
I'm sure that this problem, sooner or later, will be solved... Thank you for never
leaving me when I most need you...
Me: You're welcome; you know that I'll always be here for you... :)
Lara 11th A
(Imagine you have found out your best friend is a shopaholic/compulsive shopper.
Imagine a dialogue between you and her/him).
Me: Please, pick up the phone! (…)
My best friend: Hi, Cristina!
Me: Hi! I really want you to come to my house now! I really need to talk to you,
seriously!
My best friend: Ok, I will be there in 10 minutes.
Me: Ok.
TRIIIIIIIIIIIIIIIM TRIIIIIIIIIIIIIIIIM
Me: I’m coming…
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Me: Hey! Come in, I’m very concerned about you…
My best friend: What happened?
Me: A little blue bird told me…
My best friend: …No, I’m concerned about you! and you are talking to birds?
AHAHAHAHAHA
Me: Seriously. I know that you are a “shopaholic, my dear, and I know that you
don’t have much money, and now I want to know why you are so addicted to
shopping!
My best friend: Don’t be so worried about me! This is not a problem, I need to go
shopping just when I feel down, it is not an important thing! I just spend 175 € a
day…
Me: WTF?!?!?!?!?! 175 € a day? Why don’t you talk to me when you feel down? I’m your
best friend, I’m worried about you! Shopaholism can cause many problems.
My best friend: My mom is calling me, we’ll talk later. Bye.
Me: Please, we really need to talk later. You need professional help! Think about it!
Bye!
Cristina Oliveira Rodrigues, nº10, 11thA
OMG! MY BEST FRIEND IS A SHOPAHOLIC!
- Hello Lunimia, I’m worried about you.
- Why?
- Because I found out that you have a problem. I don´t care about your money, but I
love you and I want the best for you.
- Stop! I don’t want to listen!
- You are going to listen, sure you are! Later you can have economic problems or
psychological problems…
- But buying things makes me happy and my problems seem to be gone…
- Later they will come back and you’ll go shopping again…
77
- Yes, what is the problem?
- Please, listen to me! I’m your friend! You don’t buy to make your problems go
away! I’m here, I’m listening and I want to help you in every moment of our lives.
- I … I can’t!
- Why?
- It’s stronger than me!
- You can try… For us, for this friendship…
-OK. I will try. ..
(And with a friend’s help…everything is possible! A friend in need...is a friend
indeed!)
Sara 11th A
“Em nome”
“Em nome da tua ausência
Construí com loucura uma grande casa branca
E ao longo das paredes te chorei”
in “Dual”, de Sophia de Mello Breyner Andresen
Reflexão:
A falta do corpo presente e a depressão que se acumula na alma ao longo dos dias.
Ficam as lembranças, aliadas ao desespero, porque elas são apenas uma lasca
flutuante do passado… letras escritas na lápide final.
A loucura das estações. As folhas caem e não nascem. Da terra, imunda de podridão
e pudor, apenas brotam ervas daninhas, incolores. Nasce a neblina de um final de
tarde, que impossibilita olhar além. Germinam os incêndios e tudo se resume a
cinza, seca e vazia.
Porém, a alienação fala, mais alto, de dentro. Com forças inexplicáveis edifica-se um
lar. Mas nada muda. Ele não dá abrigo nem qualquer conforto. É apenas um centro
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de recordação de vivências passadas, bem penetradas e presentes, na memória
desfeita e desconfigurada. Apenas o choro sai. Faltam as palavras.
Daniel Pereira, 12.ºC
“Dual” de Sophia de Mello Breyner Andresen
Reflexão:
O tempo passa, não como se queria. Este poderia ser como o mar e as suas ondas,
que voltam sempre para molhar a pele de quem passa rente, na areia… mas não. O
tempo é imortal, imperdoável e não toma retorno. Apenas vai…
No mundo, vago mas denso, do sono e do sonho, os corpos desaguam em
territórios repletos de lendas e deuses. O cheiro a sal marinho está profundamente
penetrado nas paredes invisíveis desse reino e as algas terrestres ainda prendem as
memórias que ficaram por lá perdidas.
A saudade. O amor. O mar. Os deuses. A ilusão. Tudo se encontra e desencontra nos
trilhos percorridos pela poesia, sentida. No entanto… o tempo passa e são as
metáforas que ajudam a esquecer esse pesadelo.
Daniel Pereira, 12.º C
79
EM FOCO
80
Termo de Responsabilidade: A leitura, bem como a livre interpretação de
qualquer subentendido é da inteira responsabilidade do leitor, tirando, desde já o
meu cavalinho da chuva sob qualquer falta de responsabilidade moral de terceiros.
O seguinte artigo foi revisto e totalmente aprovado para publicação sendo a pureza
do tal confirmada.
SEXO… biologicamente conhecido por coito ou “truca-truca” (numa
linguagem mais ingénua), amor (num sentido sexual) ou “coise” (mais púdico)…
mas, como este artigo comporta um nível de maturidade superior, tratemo-lo
apenas por “o ato sexual”… o "forrobodó", portanto.
Bem… depois de umas "luzes" do vocabulário técnico, passemos ao que
verdadeiramente interessa, isto é, jornalisticamente falando.
Tenho a certeza que, como ser humano ativo que és (ou dizes ser!), tiveste
conhecimento da tertúlia “Dois dedos de conversa: Sexo, amor e
responsabilidade”... caso contrário, se aproveitaste para dar uma "fugidela" à Feira
da Ladra, proponho que te informes ou (sempre) podes optar pela abstenção e
esperar mais um ano.
Digamos que os "preliminares" sucederam-se estrategicamente planeados…
os mais crentes disseram que se comemorava o Dia Mundial da Música mas, para
mim, foi todo ele uma tentativa desesperada de nos aumentar a libido. Tocaram-se
os clássicos e, com isto, noticio a apresentação "orgasticamente" fabulosa de
alunos e professores da Academia de Música Valentim Moreira de Sá, mais
concretamente, do Pólo de Viera do Minho. Ouviu-se Pachelbel, Yiruma, Mozart,
Strauss... se não sabes quem são, dá-te por contente de conheceres a Prof. Sandra
Azevedo (um vozeirão que te deixa pianinho), o grupo musical “Quiálteras” (e os
seus belos instrumentos), o prof. Nuno Silva, Nuno Teixeira, Joel Azevedo e
Jaqueline Conde capazes de tirar o protagonismo à maior orquestra a nível mundial
(ou parte dela!). Para rematar, subiu ao palco, o Coro Juvenil de Vieira e os
“pequerruchos”embalados nas “cantorias”.
Finalmente, depois de uma hora de “intervenção musical”, muitas “baixas” e
algumas expectativas é chegada a hora da apresentação do convidado. À mesa,
presidia a senhora adjunta do Diretor e professora de biologia e geologia Elsa
Ribeiro, a qual auxiliava o sexólogo portuense na tarefa de responder às perguntas
dos alunos presentes no público. A variedade das perguntas anónimas, e por isso,
livres de qualquer preconceito levaram ao clima de descontração - houve
oportunidade de desfazer mitos, bem como de responder a subentendidos e
questões dúbias.
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O sexólogo, Júlio Machado Vaz, levou os alunos do ensino secundário da
Escola Básica e Secundária de Vieira de Araújo a “descobrir” que a sexualidade, para
além de ser trivial, envolve amor e que nada é feito sem responsabilidade.
Numa perspetiva geral, o clima foi de completo “swing” de ideias, uma
simbiose de personalidades finalizando, então, a apresentação numa orgia de
aplausos – uma experiência a repetir, afirmavam!
José Brás, 12ºC
TERTÚLIA COM O DOUTOR JÚLIO MACHADO VAZ
4 DE OUTUBRO - (Auditório Municipal)
No início do ano letivo transato, no âmbito das temáticas a abordar ao abrigo
do Programa PRESSE - Educação Sexual/Educação para a Saúde, as turmas A e B do
10º ano (atuais 11º A e B) lançaram um convite ao Dr. Júlio Machado Vaz, o qual se
disponibilizou para participar numa tertúlia com alunos das turmas do Ensino
Secundário, no início deste ano letivo, mais concretamente no dia 4 de outubro.
Como a chegada do Dr. Júlio estava condicionada por motivos de agenda,
antes de se dar início à tertúlia, a Academia de Música Valentim Moreira de Sá (Pólo
de Vieira do Minho) procedeu a uma breve atuação (cerca de uma hora), como
comemoração do Dia Mundial da Música (efeméride celebrada a 1 de outubro), com
um reportório muito rico, alusivo aos afetos e relações interpessoais, uma temática
comum ao Programa PRESSE. Destacamos as brilhantes interpretações do Grupo
“Quiálteras” e do Coro Juvenil (cantando Avé Verum, Pie Jesu, de Jenkins e Stabat
Mater, Pergolesi); as excelentes execuções a solo de vários professores da
Academia, bem como do grupo de cordas e da professora Sandra Azevedo, que
cantou e encantou com Meine Lippen, de Lehar, Zueignung e Alerseelen, de Strauss.
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Durante as semanas que antecederam a tertúlia, vários professores das
diferentes Equipas Pedagógicas/ Conselhos de Turma procederam à recolha de
questões anónimas, a colocar pelos alunos ao orador, que nos respondeu com o seu
tom simples, descontraído e profissional, criando a já habitual sensação de nos
conhecermos uns aos outros há muito tempo!
O objetivo principal desta atividade prende-se com a vivência saudável da
nossa sexualidade e, nesse sentido, cremos poder afirmar com total convicção que
ficámos todos mais esclarecidos, cientes do nosso dever cívico de viver a nossa
sexualidade de forma sadia e responsável.
O nosso obrigado a todos quantos, de forma mais direta ou indireta apoiaram a
realização desta atividade! O nosso bem-haja!
ALGUNS TESTEMUNHOS…
“Esta atividade teve início com a preciosa ajuda da Academia de Música Valentim
Moreira de Sá, para comemorar o Dia Mundial da Música. Seguiu-se a Tertúlia “Dois
dedos de conversa com o Doutor Júlio Machado Vaz”, sobre “Amor, Sexo…e
Responsabilidade”, tendo-se cumprido os objetivos principais: o esclarecimento das
nossas dúvidas, de forma a vivermos a nossa sexualidade de forma saudável e
responsável.”
António, Inês e Henrique
“ A tertúlia foi muito enriquecedora, visto que as temáticas abordadas eram muito
interessantes. Também os momentos musicais foram do nosso agrado!”
Sérgio e Liliana
“O espetáculo que a Academia nos proporcionou foi de alta qualidade. O à-vontade
do sexólogo Dr. Júlio Machado Vaz foi contagiante. Fez-nos sentir confortáveis e a
plateia esteve, no geral, muito atenta às suas respostas.”
Carlos e Célia
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“ A tertúlia foi muito importante para esclarecermos dúvidas que nos surgem
durante a adolescência…e, muitas vezes, noutras fases da nossa vida...“
Diana e João
Na nossa opinião, esta atividade foi deveras enriquecedora e divertida!”
Catarina e Rui Miguel
“ Apreciámos os belíssimos momentos musicais, pela Academia Valentim Moreira
de Sá, da qual fazem parte muitos alunos da nossa Escola (inclusivamente, da nossa
turma e que bem que eles estiveram!), assim como a excelente prestação do Dr.
Júlio, que nos respondeu a questões sobre sexualidade, afetos, dependências e
tantos outros temas, dúvidas e preocupações próprias dos adolescentes.”
Rui Pedro e Eduardo
“Fazemos um balanço muito positivo das atividades do dia 4 de outubro – a
comemoração do Dia Mundial da Música e a Tertúlia com o sexólogo Dr. Júlio
Machado Vaz -, pois, a par dos belos momentos musicais que antecederam a
chegada do Dr. Júlio, ouvimos encantados as sábias palavras do sexólogo que tanto
admiramos e vimos esclarecidas as várias dúvidas que lhe colocámos.”
Manuel, Artur e Rafael
(Alunos do 11º B)
Mês Internacional das Bibliotecas Escolares
Em outubro, celebram-se internacionalmente as Bibliotecas Escolares,
embora exista um dia específico para essa celebração. O Dia da Biblioteca Escolar é
celebrado em Portugal, na quarta segunda-feira do mês de outubro, sendo que em
2013 será no dia 28 de outubro. Essa data tem como principais objetivos destacar a
importância das bibliotecas escolares na educação em geral, e promover o gosto
84
pela leitura em específico. A data foi comemorada pela primeira vez em Outubro de
1999.
Todos
os
anos
existe
um
tema
aglutinador
que
é
lançado
internacionalmente, sendo que este ano a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE)
propôs o tema “Biblioteca escolar: uma porta para a vida”.
No Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo existem 4 bibliotecas escolares
pertencentes à RBE, a biblioteca da Escola Básica de Rossas; a biblioteca da Escola
Básica de Vieira do Minho; a biblioteca do Centro Escolar do Cávado; e, finalmente, a
biblioteca da escola sede do Agrupamento. Estas bibliotecas são um recurso
inesgotável para os alunos e docentes, pois podem estudar, pesquisar, ler, ver
filmes, assistir a palestras, desenvolver exposições individuais ou coletivas e outras
atividades em articulação com as várias disciplinas.
O objetivo fulcral da biblioteca escolar é formar e fidelizar leitores, ou seja,
motivar aqueles que se sentem mais reticentes e continuar a estimular aqueles que
já adotaram o gosto pela leitura.
Perante as novas tecnologias não é fácil cativar a atenção para os livros, no
entanto, quando se consegue atingir o gosto e o interesse, esses mesmos livros
passam a ser os melhores presentes, os melhores amigos e companheiros. Um livro
traz consigo novas aventuras, novos conhecimentos, novos vocábulos, novas ideias
e certamente muitos momentos de solidão partilhada com as palavras, que nos
enriquecem enquanto seres pensantes e críticos, nos fazem viajar e sonhar.
Maria José Ramalho
OBRIGADA, PROFESSOR TELES!
Eugénio de Andrade disse que “as palavras já estão gastas”…E, neste caso,
sou “obrigada” a concordar! Porquê? Porque diga eu o que disser, escreva eu o que
escrever, jamais conseguirei traduzir em palavras a minha admiração por este
MESTRE, meu professor e meu colega, que conto entre aqueles que alimentaram o
85
meu sonho e o meu desejo de querer ser professora! A ele, a quem continuarei
eternamente a chamar de “MESTRE” (porque o foi inteiramente, como pessoa,
professor e colega!), dedico este poema de Mário Salgueirinho, que expressa o meu
carinho e gratidão (que lhe expressei, felizmente, ainda em vida!) por tudo o que
me ensinou! OBRIGADA, MESTRE!
PROFESSOR:
Não escrevo para agradecer-te
Pois a felicidade da tua realização,
-tantas vezes dura, tantas vezes heroica,
-é a tua recompensa fundamental.
Venho dizer-te, para seres mais feliz ainda,
Que começamos a partilhar tua lição,
Quando chegas sorridente,
Quando sobes ofegante, de mensagem na alma
E livros na mão…
Quando sais vagarosamente,
Sob o peso do cansaço e da desilusão…
Não escrevo para agradecer-te,
Porque o nosso acolhimento caloroso,
A nossa atenção quando explicas,
A nossa curiosidade quando expões,
A nossa compreensão quando a fadiga
Te arrasa e nos cansas,
-o nosso interesse por ti
E por quanto nos comunicas com paixão
Tudo é resposta da nossa gratidão.
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Mas escrevo-te com uma mensagem
De carinho e de esperança:
-ASSEGURAR-TE QUE NÃO MORRERÁS!
Ficarás VIVO, perpetuado com saudade,
Em tantas estátuas de carne e de espírito
Que, num labor insano e agreste,
Modelaste generosamente
Com tua doação de MESTRE!
(Luz Fernandes)
"A minha Escola de Ciências" é um projeto coordenado pela Presidência da
Escola de Ciências da Universidade do Minho, com financiamento da Agência
Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, Ciência Viva, no âmbito do
programa "Escolher Ciência". Este programa foi criado para promover a
aproximação entre os ensinos secundário e superior, numa perspetiva de partilha
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de recursos e de estímulo ao prosseguimento de estudos em áreas científicas e
tecnológicas.
O projeto “A minha Escola de Ciências” abrange uma rede de 18 escolas
secundárias (entre as quais a nossa) de toda região Minho (distritos de Braga e
Viana do Castelo) e implementou nas escolas parceiras, núcleos dinamizadores de
iniciativas multidisciplinares que fomentem nos alunos o gosto pelas áreas
científicas do conhecimento numa perspetiva STEM (Science, Technology,
Engineering and Mathematics).
As atividades incluem ações descentralizadas, a realizar nas escolas
secundárias parceiras, promovidas por investigadores nacionais e internacionais de
instituições parceiras. Serão também realizadas visitas de docentes e alunos da
ECUM às escolas secundárias, para ministrar palestras, atividades experimentais e
demonstrações sobre temas relevantes, identificados pelas escolas parceiras. Será,
também, organizado um congresso no final do projeto, “Congresso Escola, Energia
e Ambiente”, em maio de 2014. Este congresso terá como principais intervenientes
os alunos do ensino secundário, sob a coordenação de uma equipa composta por
elementos da ECUM e das escolas parceiras.
No dia 16 de dezembro, a nossa escola irá realizar as primeiras de muitas
atividades no âmbito deste projeto. Os
alunos das duas turmas do 10º Ano, do
curso científico-humanístico de ciências e
tecnologias, assistirão a uma palestra no
âmbito da disciplina de Física e Química A e
os alunos do 12º ano do mesmo curso
assistirão a uma palestra no âmbito da
disciplina de Matemática A. Os oradores
destas palestras serão docentes da
Universidade do Minho. Momentos antes do início da primeira palestra, no primeiro
intervalo da manhã, cheios de orgulho, por pertencermos e sermos parte ativa
deste projeto hastearemos a nossa bandeira. Contaremos, ainda, com a presença
do presidente da Associação de pais e um
representante da Câmara Municipal. Toda a
comunidade escolar está convidada a assistir.
Poderá acompanhar o projeto através do
site
http://www.ecum.uminho.pt/Default.aspx?tabid=21&pageid=877&lang=pt-PT
ou
através da página do Facebook: www.facebook.com/aminhaescoladeciencia
88
PREMIADO
Licenciado
em
Física
pela
Universidade do Minho, Paulo André
Dias
Gonçalves,
presentemente
investigador e bolseiro do Centro de
Física da Escola de Ciências da UMinho,
sob a orientação do Prof. Nuno Peres, foi
um dos dois vencedores nacionais
do "Prémio de Estímulo à Investigação
Científica", promovido
pela Fundação
Calouste Gulbenkian.
O título do projeto vencedor é:
"Plasmónica em heteroestruturas de van
der Waals" e foi a concurso na área científica de Física. O projeto enquadra-se na
linha de investigação do Centro de Física dedicada ao grafeno e outros materiais
bidimensionais.
O Programa de Estímulo à Investigação Científica distingue anualmente propostas
de investigação de elevado potencial criativo em áreas científicas no âmbito das
disciplinas básicas: Matemática, Física, Química e Ciências da Terra e do Espaço,
apoiando a sua execução em centros de investigação portugueses.
FAZ POR SI
A solidariedade não se trata de se ver quem se ajuda, ou de esperar um
“obrigada”. Não é dar para receber ou dar porque um dia poderás precisar. Não é
dar a quem não tem, é dar a quem precisa. Não é ajudar, é apoiar. Não é “estou
aqui”, mas sim “passei por cá”. Não é ser maior, é ser melhor. Não é “já dei”, mas
sim “dou já”. Não é “talvez”, é a certeza.
Solidariedade: muda, enche e preenche… e engana-se aquele que pensa,
que faz pelos outros.
Sem pensar, faz por si.
Liliana Pinheiro Gonçalves | Clube da Solidariedade
5 ESTRELAS
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O Ator é aquele que sente
«Com os actores passa-se algo parecido (…) A cada novo papel, temos de deixar de
ser quem somos para viver a personagem. Mas, no fim, acabamos confusos e
neuróticos».
- Paulo Coelho in Zahir
Representar para mim sempre foi - O Sonho!
Aquele que me fazia tentar imitar a linguagem dos filmes desde pequena;
fazia-me saltar, e cantar como no Senhor dos Anéis; aquele pelo qual fazia
palhaçadas em frente à minha, família, em frente ao cão, ao gato, ao espelho, na
varanda, no terraço, na sacristia da Igreja, em qualquer lugar! Ou então quando vou
às compras e finjo estar a meio de uma perseguição, ou quando o vento passa pelo
cabelo e imagino uma cena em slowmotion.
No entanto, parte de mim teve sempre um bocado de vergonha de
verbalizar este sonho. Raras foram as vezes que falei sobre isto, até que contei à
minha mãe, que nunca entendia porque é que eu às vezes me abstraia da realidade
desta forma tão estranha.
Ela
que
percebe tudo, mesmo
quando estou calada,
mesmo quando tento
fingir algo. Ela é a
única que percebe
quando
estou
a
representar, quando
estou a mentir.
Foi atrás do
meu sonho, por mim,
e como sempre, está ao meu lado em tudo.
Encontrado, o nosso grupo de teatro é um Mundo… às vezes sento-me só a
observá-los:
É como ver-me mais velha, em muitos «eu» diferentes. Ali se concentram:
empregos, casamentos, histórias de amor que já vêm do tempo da guerra e dos
namoros por correspondência, Histórias de África, histórias sem travões, histórias
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da manhã daquele dia, histórias de solidariedade, das universidades, dos netos, dos
filhos, do padre, do café, da vida.
É ver o amor, a união e aquela alegria que vence a viuvez de duas, a
depressão de outras, os problemas de saúde de quatro e o cansaço de todos.
E ao ver tudo isto eu divago: “Mais tarde, estarei eu a olhar para trás e a ter
saudades de tudo isto… Estarei aí no topo que sonho, ou serei sempre a menina
dos pequeninos?»
Era dia de estreia. Estava eu sentada em frente ao maior palco em que já
alguma vez tínhamos atuado. Bebia um sumo que nunca me soube tão mal, mas o
rapaz que o serviu era bonito, e desculpei-o. Ia atuar na terra que de mim menos
merecia, e aí pressenti, que nada ia correr bem para mim.
Num abrir e fechar de olhos já estava a fazer testes de som. A equipa, tinha
reservado para mim, o “microfone especial” que é o nome que serve para
eufemismo de “deficiente” e aquele micro realmente o era. Passava o tempo todo a
puxá-lo para a beira dos meus lábios, pois não se segurava direito na minha orelha e
pesava que nem uma coleira.
Esperei na penumbra pela minha deixa inicial. Meditava no silêncio pois já
tinha ligado o «on» do microfone. Ouvia o meu contracena debitar texto. E sentia o
frio instalar-se no meu corpo. Doía-me tudo, a barriga, a cabeça e os olhos, tanto
que quando os fechava, uma luz branca me irradiava a visão interna.
Ouvia o
barulho
dos
carrinhos
de
choque e afins.
A
falta
de
respeito
que
aquela
terra
significava para
mim mostravase em tudo.
Entrei.
Gritei a minha
deixa, e saí de
mim.
Era a personagem que via o público como parte da cena.
92
As pessoas não se calavam, não prestavam atenção, e estavam longe. Só a
distância bastava para que nada daquilo fizesse sentido, e cada vez mais o frio
apertava.
Eu era a vilã e acabava a peça a chorar e a gritar «Milagre, Milagre». Era uma
comédia, como todas as outras peças que fizemos, mas não soava a tal naquele dia.
Pouco se riram, pouco interagiram. Queria olhar para alguém e fazer com que
alguém se sentisse parte da peça, mas difícil era encontrar quem estivesse a prestar
atenção. E não houve ali qualquer tipo de ligação.
Foi o pior público de sempre. E quando tudo acabou, senti um alívio, maior
do que de qualquer outra vez.
Saí de cena, e como sempre fui a última a voltar a entrar em palco. Dei as
mãos aos outros dois protagonistas e apertei. Era aquele o sinal para todas as
vénias e ao todo foram três.
Sentia-me vergada a quem não o merecia e a ouvir palmas sem sentido. Virome como habitual e aplaudo todos os meus colegas.
Saí de palco e fui entregar o micro. Dão-me os parabéns e penso: «Que ocos,
nem sequer viram a peça, tentam enganar quem?»
Atravessei o palco novamente e volto para o camarim improvisado. Todos se
congratulam mutuamente, e abraçam-se. Nem sequer tirei a roupa da personagem
e saí assim, fui apanhar ar. As dores tinham-se agora intensificado. Estava calada e
como dizia Paulo Coelho, «confusa e em estado neurótico» e sabia que estaria assim
pelo menos até ao dia seguinte.
Corra bem ou corra mal, eu fico sempre assim. A jantarada a seguir não é
saboreada, dá-me sono e vontade de solidão infernal. Tenho vontade de chorar
silenciosamente ouvir uma
música calma e pensar no
amor que nos falta.
É esta para nós a
consequência de naquele
espaço de tempo nos
darmos completamente aos
outros, e isso cansa-nos
profundamente, tal como a
vida, que é assim que
também a vivo. E há alturas,
como naquele dia, em que a
93
distância e a frieza nos atira para um buraco ainda mais fundo.
Toda a gente pensa que tudo por detrás da cortina é um mundo que de tão
misterioso é feito de rosas. E é! Não há dúvida que não há magia mais bonita que a
do teatro… Mas o ator não é o teatro:
O teatro é quem feche a cortina, o ator é quem a sente;
O teatro são os aplausos, o ator é quem os sente;
O teatro é o público, o ator é quem o sente;
O teatro são as personagens, o ator é quem as sente;
O teatro é quem mostra, o ator é quem dá.
O teatro é quem nos dá companhia, o ator é quem volta para casa sozinho.
O teatro é aquele que enche e o ator é quem fica vazio…
… Esvaziando-se no palco e morre. Morre por entre a multidão a quem deu a
vida.
Liliana Pinheiro Gonçalves
PEDRO CAMBALHOTAS e AVÔ SOLIDÃO
Ilustrações de Rita e Francisca
Há muito, muito, mesmo muito… pouco tempo, vivia, pelas terras altas do
Ave, um rapaz franzino de olhos esbugalhados. Um sorriso rasgava o rosto delicado,
transparecendo a energia que raiava no corpo do belo jovem.
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Chamava-se Pedro. Pedro Cambalhotas…
O Pedro não vivia muito longe da escola. Todos os dias, bem cedo, percorria
o asfalto corroído pela erosão. Casa - escola, escola - casa. Conversa aqui, conversa
acolá. Salto aí, salto ali. Pinote no ar, pinote no chão. Cambalhota rasteira,
cambalhota acrobática…
Assim, passava o tempo e o tempo passava por ele. Apesar de toda a
distração durante o percurso, não se desviava do seu destino, casa - escola, escola –
casa.
Pedro Cambalhotas era sempre pontual!
Numa tarde ensoleirada de inverno, um rosto marcado pela passagem do
tempo, espreitava através da porta entreaberta. No chão de terra batida, algumas
manchas esbranquiçadas relembravam os flocos de algodão atirados pelas nuvens
na noite anterior. Um bafo de ar regelado arrepiava os ossos do idoso que hesitava
em sair para a rua. O tempo roubara-lhe a coragem, sulcara-lhe a pele e preencheralhe a vida de solidão. Nas redondezas, alguns chamavam-lhe simplesmente Avô;
outros apelidavam-no de Avô Solidão, mas, na verdade, era simplesmente José. O
tempo que lhe rapinara tantas coisas, também o resignara a aceitar que a sua
companhia já não trazia felicidade a ninguém…
Alegrava-o as tardes de primavera, quando o perfume das flores silvestres
flutuava no ar e o calor do sol aquecia os ossos enregelados. Nesses dias, atrevia-se
a dar uns passos no largo de terra batida. Contemplava as borboletas atrevidas que
roubavam o néctar às flores amarelas, cor-de-laranja, e de tantas outras cores. Cada
uma delas, refletia-se nos espelhos tristes dos seus olhos …
Nessa tarde ensoleirada, o calor do sol não o abraçava com força e o
perfume das flores fora arrastado pelo vento para terras longínquas. Ali, nesse
mesmo dia, a eterna companheira, solidão.
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Foi precisamente nesse dia, igual a tantos outros dias de inverno, que os
olhos de José se prenderam no jovem menino que percorria o carreiro em frente à
sua casa.
Pinote aqui, cambalhota acolá, um salto à frente, um salto para trás, uma
reviravolta para o ar, um mergulho no chão… parecia não ter fim… Avô Solidão
acompanhava o rodopio girando o pescoço em todas as direções.
- Bom dia, rapaz! – Soltou-se a rouquidão da voz envelhecida.
O jovem rapaz continuou. Pinote aqui, salto acolá… e nem se deu conta da
presença do velhinho. Orgulhava-se da sua agilidade e não tinha tempo a perder
com pessoas murchas pela dureza da vida.
-Bom dia, rapaz! – Insistiu o Avô Solidão e o Pedro limitou-se a lançar um
assobio no ar.
José entristeceu ainda mais o rosto. Imaginou que, um dia, algum menino se
sentaria ao seu lado para ouvir todas as belas histórias que ele tinha para contar.
Sim, para contar. O tempo furtara-lhe a vivacidade, marcara-lhe o rosto, mas não lhe
havia extorquido os belos momentos que vivera num corpo jovem e cheio de
genica.
A cena repetiu-se noutro dia, na semana seguinte e, ainda, no mês que
estava para chegar… O avozinho permanecia à porta na expectativa de uma
resposta ao seu “Bom dia”. Mas o Pedro Cambalhotas não tinha tempo a perder,
saltava, pulava e voltava a dar pinotes. A energia parecia não ter fim.
Os anos foram passando e o Pedro deixou de percorrer o asfalto corroído
pela erosão… A escola já não preenchia a sua vida e a Solidão do Avô José deixou
de ter companhia.
O tempo continuou a correr apressado, deveras apressado….
96
O vento soprava forte naquela noite de Natal. Os estalidos da lenha na lareira
quebravam o silêncio que pairava no ar. Pedro abriu a porta. À entrada, nenhum
convidado mostrava interesse em entrar…
No olhar sombrio da noite, vislumbrou um sorriso algo familiar. Atrevida e
delicada, ali estava a velha solidão. Pronta, ansiosa. Abria largamente os braços e
preparava-se para ser acolhida pelo Pedro…
Ana Cunha
(professora do grupo de Biologia e Geologia)
Rádio…
Tudo começa numa mini visita de estudo, no estudo da disciplina de Inglês
de 10º ano, que aparentemente tinha tudo para terminar quando chegasse ao fim.
Na realidade foi assim para quase todos... (Com isto não quero dizer que se
esqueceram de mim no local da visita de estudo, mas sim que eu voltei ao local
como um criminoso volta sempre quando há crime). Antes que me esqueça de dizer
onde foi a visita, informo-vos que foi à estação de rádio do concelho local, a Rádio
Alto Ave.
Agora
que já disse
todos
os
pormenores
relevantes vou
explicar
o
porquê
da
comparação
com
um
criminoso
no
último
parênteses. Na verdade, não fui específico com o tipo de criminoso visto que
existem vários motivos para sermos considerados criminosos, mas ao que aqui me
97
refiro é o que rouba coisas. E roubei algo que não é possível devolver: as
gargalhadas/riso (o motivo da barra é porque não se expressa da mesma forma em
todas as pessoas). Foi isso que aconteceu, eu fi-los rir por uns momentos e foi o
suficiente para me ser feito um convite pouco formal para voltar ali.
Nesse verão fiz parte da equipa da tarde, onde juntamente com um grande
amigo animamos as tardes de verão com brincadeiras e curiosidades. Nessas tardes,
criamos uma rubrica semanal intitulada “Noticias reais, mas caricatas!”, que
aconteceu todas as quintas-feiras um pouco depois das 16h.
Foi realmente um ótimo verão... mas com a chegada do fim das férias
escolares, surge um convite (desta vez mais formal) onde me ofereceram um
espaço semanal para uma rubrica minha, à qual chamei “Chá das Dez”. Esta rubrica
foi gravada todas as quartas-feiras e passava às sextas um pouco antes da dez horas
da manhã. Os temas eram aleatórios e sem tabus, e para me ajudar nesta tarefa criei
uma personagem, o Zeca, que era eu mas com uma voz mais grave. Foi bastante útil
para eu ter conversas durante rubricas a fio. Esta experiência teve a duração de um
ano escolar. Entretanto, também participei na rubrica semanal “Alto-Disporto” (o
erro é propositado) que era muito semelhante ao “Chá das Dez” mas numa
vertente mais desportiva tendo como guionista o meu amigo João Pereira.
No
verão
seguinte, substitui o
locutor do programa
da manhã dos “Discos
Pedidos”. Foi também
esta
uma
excelente
experiência. No inicio,
foi
complicado
ouvintes
os
perceberem
que o habitual locutor
estava de férias e continuavam a enviar mensagens que começam com “Bom dia
Victor”. Quando finalmente perceberam que ele estava ausente tiveram
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dificuldades em perceber o meu nome, e algumas das mensagens começavam com
“Bom dia Nelsu” ou “Bom dia Nelção”.
Neste momento está em curso um novo projeto, “Altos-Apanhados”, que
conta com a participação da Juliana Ramalho. Neste projeto apenas prometemos
apanhar toda a gente.
É, portanto, desta forma aqui resumida, que colaboro com a Rádio Alto Ave,
que é a nossa rádio de todos os dias.
Nelson Estevão
Simão
Comecei a gostar de desenhar aos 10 anos. Comecei a desenhar, pois via a
minha madrinha e o meu primo a desenhar (e desenhavam muito bem) e quando
experimentei gostei muito e ao que as pessoas diziam, eu tinha jeito.
Quando comecei tentei desenhar casas mas, não conseguia por mais que
tentasse.
Então, sem inspiração nenhuma comecei a desenhar as personagens de
séries transmitidas na televisão. No fim o desenho ficou tal como eu queria que
ficasse e percebi que era aquilo que gostava de fazer.
Claro que como qualquer desenho, o meu não estava perfeito. Então, anos
mais tarde a minha madrinha tirou o curso de “designer” e foi-me ajudando,
dizendo-me quais eram os meus erros.
Entretanto, comecei a ver anime e a jogar um jogo de computador chamado
“League of Lengends” e perguntava-me tantas vezes como é que eles conseguiam
fazer aquelas personagens e foi assim que decidi começar a desenhar as minhas
próprias personagens. E consegui! Foram tantos os cadernos cheios dos meus
desenhos que nem os consigo contar.
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Depois, quando comecei a ter aulas de Educação Visual fui melhorando a
minha técnica e aprendendo métodos novos de desenho.
Espero continuar a aprender pois quero tirar o curso de “designer” e fazer
aquilo de que gosto mais.
Simão Ferreira
Filipa
O meu gosto por cavalos começou na minha infância. Desde pequena que os
cavalos eram os meus brinquedos favoritos, sempre adorei brincar com eles e fingir
que eram verdadeiros, adorava ver provas de equitação e pensar que um dia eu
podia ter um cavalo e participar em provas, até que um dia os meus pais me levaram
a um centro hípico e comecei a praticar e adorei! Apercebi-me que a sensação ainda
era melhor do que imaginada.
Durante um ano pratiquei e quando estava prestes a dar o próximo passo caí
e parti um braço o que me parou durante um mês e, como consequência, a minha
mãe não me deixou voltar a praticar, embora eu insistisse muito. Após tanta
insistência a minha mãe cedeu, e finalmente ao fim de três anos a minha vida voltou
a ter a equitação presente.
Bem, eu gostava tanto de cavalos que comecei a tentar desenhá-los, mas
com sete anos o máximo que consegui foi uma estrutura mal feita... Com o tempo
fui aperfeiçoando e comecei a desenhar os cavalos que tinha em casa e os da minha
coleção. Ah! Antes que me esqueça tenho uma coleção de cento e quarenta e sete
cavalos (de brincar obviamente)!
Aos oito anos já conseguia ter uma ideia do desenho de cavalos, que ainda
me era muito difícil apanhar o jeito. Com o tempo a minha técnica foi ganhando
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rumo e lá consegui fazer alguns bons desenhos. O mais difícil era pintá-los… que
cores deveria usar? Castanho, preto ou cinzento? Mais um problema para resolver...
Fácil! Pintava com a primeira que aparecesse! Agora associo as cores a raças e ao
porte físico e é mais simples.
Desenhar cavalos é um dos meus passatempos preferidos, mas tenho um
mais importante, que não é tão simples. É uma paixão! A equitação é uma parte
muito importante de mim, sem a qual eu não seria a mesma.
Filipa Antunes
Mariana
Aos três anos eu já pintava alguns rabiscos com aguarelas e tintas e, segundo
a minha mãe, numa hora, fiz quatro quadros "abstratos". A minha mãe emoldurouos e deu um à minha avó, pendurando os outros na parede. Ela obrigou-me a assinálos! Fazer uns sarrabiscos, vá lá... Depois, na escola primária, comecei a interessarme pelo desenho, porque as professoras pediam-me para copiar imagens à mão
para colar em cartazes ou em trabalhos manuais. Elas diziam-me que ficava perfeito
mas isso não era assim muito verdade e, como eu não usava borracha (ou muito
pouca) ainda ficava pior. Contudo, só comecei a desenhar a sério quando vi a minha
mãe a pintar um quadro de uma mulher a carvão quando eu tinha sete, oito anos.
Não tinha internet nem computador, logo fiz o que sabia e fui melhorando ao longo
do tempo, mas assim que conheci e aprendi a lidar com o "maravilhoso mundo
online" fui logo procurar imagens e tutoriais que ensinavam a desenhar.
Sobrecarreguei o meu computador com pastas e pastas de imagens e ainda hoje a
minha mãe reclama que estou sempre a enfiar mais coisas no PC novo.
Assim que entrei para o 5º ano e tive EVT pela primeira vez melhorei mais um
pouco por causa dos professores, mas como tive que mudar de escola no 6º ano e
vim para a EB/S Vieira de Araújo tive mais sorte. Os conselhos do professor
Domingos ajudaram-me muito e então tomei o gosto a desenhar e comecei a encher
cadernos e sebentas com desenhos.
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Um dia estava na net à procura de novos tutoriais e a ver Naruto na TV e
descobri o estilo de desenho que me fascinou mais: Anime. Anime é o estilo de
desenho japonês que faz das melhores séries juvenis de todos os tempos, desde
"Drangon Ball" a "Psycho Pass", que é a minha preferida pelos gráficos e pelo traço
do autor. Fiquei muito interessada no anime, comecei a praticar o traço e habitueime a desenhar nesse estilo, porém também gosto de desenhar HQ que é o
contrário, ou seja, o estilo americano. Enfim, gosto de desenhar de tudo: retratos,
abstratos, pessoas e animais, etc. Eu gostaria de fazer a minha vida do desenho
quando fosse crescida, como ilustrar livros, fazer BDs, quadros, pinturas ou até
grafitis. Qualquer coisa que envolvesse o que eu gosto de fazer e em que eu
pudesse retratar os meus OCs (own characters).
Mariana Fernandes
Ruben
Chamo-me Rúben Ferreira, tenho 10 anos e pertenço ao 4º ano, da turma A.
Vivo em Pepim, com os meus pais e irmão.
A minha vida escolar podia correr melhor,
porque já repeti o 2.º ano, mas há coisas a que
atribuo mais importância, que é o caso de fazer
desenhos.
Comecei a desenhar quando tinha 7 anos, porque sempre que via desenhos
me dava vontade também de desenhar.
Desenhar faz-me feliz, por estar entretido no meu mundo e por saber que
até tenho jeito! Afinal sou bom em alguma coisa. A minha professora, Aldina Castro
e a professora de Inglês, Carla Álvares, dizem que sou muito bom no desenho. Isso
deixa-me muito mais feliz e com vontade de melhorar ainda mais.
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PRÓXIMA EDIÇÃO ABRIL 2014
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