Ano Internacional dos Afrodescendentes (AIA)

Transcrição

Ano Internacional dos Afrodescendentes (AIA)
Ano Internacional dos Afrodescendentes (AIA)
PROGRAMAÇÃO CULTURAL
16 a 20 de Novembro
Nesse período, Salvador, Capital da Diáspora Africana,
estará sediando o Encontro Ibero-americano do Ano
Internacional dos Afrodescendentes (Afro XXI)
DATA
16.11
ESPAÇO
Pedro Arcanjo
Tereza Batista
Quincas Berro
D´Água
ATRAÇÃO
Will Carvalho
TATAU e convidados
Espetáculo teatral “As feministas de muzenza –
uma comédia afro baiana”
HORÁRIO
21H
21H
21H
texto de Cleise Mendes (ganhadora do Prêmio
Braskem de Teatro 2010 com a peça Joana D´arc) e
Haidil Linhares e direção e adaptação de Luis
Bandeira
17.11
Muncab
Pedro Arcanjo
Visita Guiada às Exposições de Artes Visuais
Choc Quib Town (Colômbia)
19H
21H
Tereza Batista
Cabeça de Nós Todos
Participação Especial de Daniela Mercury
Clécia Queiroz
Sambadeiras do Recôncavo
Cortejo Afro
21H
Tereza Batista
Quincas Berro
D´Água
Magary
Bloco Afro Os Negões
21H
21H
“Pelô que toca e dança”
09H
Pedro Arcanjo
Dança e Percussão conduzidos pelo Mestre Jackson
com a Banda Tambores do Pelô
Quincas Berro
D´Água
Pedro Arcanjo
18.11
19.11
Tereza Batista
Quincas Berro
D´Água
Praça das Artes
Largo do Pelourinho*
21H
21H
Juliana Ribeiro
Dão & a Caravanablack
Márcia Short
21H
21H
21H
FUTURAMA
“África em Movimento”
2oh: Ilê Aiyê (Bahia) 40 min
Orquestra HB e Aloísio Menezes (São Paulo,
Bahia), 50 min
Nova Lima (Peru)
Aicha Kone (Costa do Marfim), Kandia Kouyate
(Mali) e Takana Zion (Guiné), 50 min
21H
20H
Seun Kuti (Nigéria) , 1 hora
Projeto Cultural: Ano Internacional dos Afrodescendentes na Bahia - Secult
DJ Sankofa (Bahia, Gana)
20.11
Pedro Arcanjo
Lazzo Matumbi
18H
Tereza Batista
Bankoma
18H
Quincas Berro
D´Àgua
Largo do Pelourinho
Baile Black
18H
Olodum
17H
* “AFRICA EM MOVIMENTO”
Movimento, nomadismo, mobilidade, deslocamento e trânsito são conceitos
que remetem a múltiplos significados, entre os quais o da diáspora africana
e os seus vários deslocamentos e desdobramentos. Eles refletem desde a
distribuição física e espacial dos locais que receberam a influência direta
africana na sua formação social, até a maneira como hoje acontecem as
relações de ocupação, criação, produção, distribuição e interação entre os
povos.
Descendentes diretos e indiretos de africanos, nascidos nos mais diversos
centros do mundo, convivem na sua essência com essa idéia de movimento
e circulação, e a construção dos seus pensamentos e as suas criações se
desenvolvem sob essa perspectiva. As influências se misturam a ponto de
não mais ser possível distinguir origens, e a idéia de colaboração,
experimentação e fusão, apoiada nas novas tecnologias, passa a ser a
tônica da criação contemporânea.
A dimensão da herança africana para a produção cultural no mundo é
infinita, e na música isso se espalha (e hoje se confunde) por toda a
América, Europa e a própria África. A maneira como se deu esse
“Movimento”, esse mover-se através dos diferentes lugares, traz (da) para
África (e hoje para o mundo) uma música contemporânea, universal, negra,
mestiça, ascendente e, sobretudo, colaborativa.
Espetáculo musical entremeado de apresentações de dança e cultura
popular, o AFRICA EM MOVIMENTO reunirá no Largo do Pelourinho, artistas
da Bahia, do Brasil e, também, do universo africano e afrolatino, cuja
trajetória pessoal e artística simboliza o hibridismo contemporâneo, fruto
desse movimento de trânsito em geografias.
Seun Kuti (Nigeria) - Oluseun Anikulapo Kuti é o filho mais novo do criador
do afrobeat, Fela Kuti. Seun possui dois álbuns gravados com uma
formação renovada da banda Egypt 80, que acompanhava o seu pai. O
ritmo afrobeat é a principal influência na sua música, entretanto vem com
importantes inovações no ritmo percussivo e de sopros. As letras trazem a
marca do compromisso social e denúncia da corrupção na política da
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Projeto Cultural: Ano Internacional dos Afrodescendentes na Bahia - Secult
Nigéria, sem poupar as multinacionais que a financiam e dela se beneficiam.
Seu ultimo album, “From Africa with Fury: Rise”, foi gravado no Rio de
Janeiro e posteriomente mixado em Londres. Seu forte senso de
compromisso é afirmado na continuidade ao trabalho artístico, social e
político iniciado por Fela (falecido em 1997).
NovaLima (Peru) - Pioneiro na produção de uma amálgama sonora que
contém os intensos ritmos e melodias da música afroperuana com groove
do dub reggae e as batidas do funk latino, o grupo tem sido apontado como
o futuro da música afroperuana. Descreve a estória da sua música ligando-a
ao período em que africanos da costa oeste foram escravizados e
brutalmente transportados para as colônias européias nas Américas dentro
de porões dos navios negreiros. A intensa dor daqueles africanos
escravizados e também dos que sobreviveram a tamanho sofrimento tem
sido documentado ao longo dos anos através da música de raíz e folclórica.
Nos EUA existe o blues, no Perú chama-se simplesmente música
afroperuana ou afro. Esta é a música que o povo negro peruano criou para
descrever seus medos, seu sofrimento, sua cultura e sua angústia.
Orquestra HB e Aloísio Menezes (São Paulo / Bahia) - A orquestra
Heartbreakers foi criada em São Paulo no ano de 1987 por George Freire e
Guga Stroeter. Desde então vem realizando trabalhos com os repertórios de
salsa, samba e jazz. O álbum Xirê Reverb debruça-se sobre a seqüência de
canções devocionais que é praticada nos terreiros da nação Ketu, uma das
mais tradicionais da Bahia. Além dos 3 tambores e do agogô, foram
acrescidos instrumentos de sopro, contrabaixo, piano, vibrafone e recursos
eletrônicos sintonizando esses cantos ancestrais - interpretados por Aloísio
Menezes - com as sonoridades da música contemporânea.
Ilê Ayiê (Bahia) - O mais antigo bloco da cidade de Salvador. Criado em
1974 no Curuzu, bairro da Liberdade, maior comunidade de
afrodescendente do país, tem como missão preservar valorizar e promover
a cultura afro-brasileira. O seu movimento rítmico musical, inventado na
década de 1970, foi responsável por uma revolução no carnaval baiano. A
partir desse movimento, a musicalidade do carnaval da Bahia ganha força
com os ritmos oriundos da tradição africana favorecendo o reconhecimento
de uma identidade peculiar baiana, marcadamente negra.
Olodum (Bahia) - Grupo de percussão afro-brasileira de renome
internacinoal, caracterizado pela mistura de ritmos que inclui batuques
africanos, reggae, samba e ritmos latinos. Em seus trabalhos, aborda temas
históricos relativos às culturas africana e brasileira e participa ativamente
de movimentos sociais contra o racismo e pelos direitos civis e humanos.
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Projeto Cultural: Ano Internacional dos Afrodescendentes na Bahia - Secult
Aicha Kone (Costa do Marfim) - Nascida de uma mãe de linhagem
aristocrática Manding e pai da Costa do Marfim, Aicha Kone foi proibida por
seus pais de seguir carreira musical. Eventualmente inspirada por cantores
norte-americanos de música soul, como Aretha Franklin e também cantores
africanos como o sul-africano Miriam Makeba, ela secretamente se juntou
ao Instituto Nacional das Artes da Costa do Marfim, onde começou seus
estudos. Ela lançou seu primeiro álbum solo em 1981 e desde então tem
trabalhado extensivamente com outros artistas, incluindo Kante Manfila (de
Les Ambassadeurs, juntamente com Salif Keita) e Manu Dibango.
Aicha Koné é descendente da casa imperial de Kenedugu em Sikasso (na
fronteira da atual Mali e Costa do Marfim). Sua mãe, Makoura Traoré é a neta
de Tièba Traoré, último imperador da Kenedugu e figura reverenciada de
resistência ao colonialismo no final do século 19.
Makoura permaneceu ligada ao passado de sua família e se comprometeu a
incutir, em seus 15 filhos, orgulho de suas raízes Mandingo, os valores
islâmicos e fé no futuro próspero e glorioso da África.
Aicha Kone foi proibida por seus pais de seguir uma carreira com a música.
Porém, inspirada pelas cantoras de soul-africano como Miriam Makeba e
cantoras de soul norte-americano, como Aretha Franklin, ela secretamente se
juntou ao Instituto Nacional das Artes da Costa do Marfim, onde começou seus
estudos.
Ela lançou seu primeiro álbum solo em 1981 e desde então tem trabalhado
extensivamente com outros artistas, incluindo Kante Manfila, Salif Keita e Manu
Diban
http://youtu.be/hse9l3gej5s
http://youtu.be/peu2k8jKyys
http://youtu.be/f4cC6hgJblM
4
Projeto Cultural: Ano Internacional dos Afrodescendentes na Bahia - Secult
Takana Zion (Guiné) - Nascido em Conakry, Takana adora cantar desde
criança e começou em primeiro lugar no relatório antes de ir para mais
perto de suas aspirações musicais: músicas de reggae. Ele deixou sua terra
natal para resolver no Mali, que é um terreno fértil para jovens cantores. O
que ele encontra e apreende lá vai determinar o resto da sua carreira.
Grava alguns vinte títulos e realiza especialmente shows no palco.
Lentamente, Takana Zion desenvolveu sua música. Em 2007, ele lançou seu
primeiro álbum "Zion Prophet" e visitou a França com a ajuda de Pierpoljak.
Dado o sucesso do álbum, a obra foi reeditada em 2008 e Takana Zion
prepara-se para gravar seu segundo álbum. "Recall da ordem" foi lançado
em Maio de 2009 e incorpora a marca da Takana Zion: um poderoso
Riddim, um fluxo e o ritmo das músicas em inglês, francês, susu e malinke.
Takana Zion nasceu em 30 de Junho de 1986 em Conakry (Guiné). Ele
adorava cantar desde a infância e acabou seguindo o caminho do reggae. Ele
deixou sua terra natal para se estabelecer em Mali, que é um terreno fértil para
jovens cantores. Lá registra cerca de vinte títulos e apresenta-se regularmente
no palco.
Em 2007, ele lançou seu primeiro álbum, "Zion Prophet" e excursionou pela
França com a ajuda de Pierpoljak. Dado o sucesso o álbum foi reeditado em
2008 e Takana Zion grava seu segundo álbum. "Recall the order" foi lançado
em Maio de 2009 e incorpora a marca registrada da Takana Zion: um riddim
poderoso, ótimo flow e ritmo em canções com letras em Inglês, Francês, Susu
e Malinke.
http://youtu.be/OR4aB-9sbwE
5
Projeto Cultural: Ano Internacional dos Afrodescendentes na Bahia - Secult
http://youtu.be/zPcntA97htg
http://youtu.be/iEIhWZF46Ck
Kandia Kouyate (Mali) - Kandia Kouyaté (também conhecida como Kandja
Kouyaté), nascida em Kita, é uma jelimuso Mali (um griot feminino) e
jogadora kora, ela ganhou o prestigioso título de Ngara, e às vezes é
chamada de “La dangereuse”(A Perigosa) e “La grande vedette Malienne”( A
estrela Malienne). A intensidade de Kouyaté, a sua maneira emocional e
hipnótica de cantar e seu talento lírico ganharam aclamação enorme no
Mali, embora ela tenha se mantido relativamente pouco conhecida fora da
África, isso devido à disponibilidade muito limitada de suas gravações. Sua
cidade natal, Kita, é conhecida por canções de amor, que formam uma
grande parte do repertório de Kouyaté. Ela também canta canções de
louvor. A carreira de Kouyaté começou no início de 1980, quando ela
começou a usar vocais femininos no coral que a acompanha. Esta prática foi
mais tarde apreendida por estrelas como Mory Kante e Salif Keita, e é agora
parte integrante da música do Mali. Em 1983, ela gravou dois discos de
vinil: “Amary Daou Kandia Kouyaté présente Kandja Kouyaté” e
“L'Ensemble Instrumental National du Mali”. Seu álbum de estréia solo é
“Kita Kansas”. Kandia Kouyaté realizou uma turnê pela Europa em 1999 ao
lado de cantores guineenses como Sekouba Bambino & Oumou Diabate e
com 12 instrumentos do Oeste Africano, que incluiu Kora, djembe, ngoni,
balafon, baixo, teclado, backing vocals e percussão. A turnê nomeada de
“The Griot Groove Tour” incluiu concertos na Alemanha, Áustria, Noruega,
Suécia e Reino Unido.
Artista Guineano de musica mandingue. Com o grupo "Les Heritiers" gravou
dois discos "Kandia Dinke" e "Nyoumekela".
http://youtu.be/QKHzhLt-kIg
http://youtu.be/8L9Qpqmkdug
http://youtu.be/vX33-qIQPxQ
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Projeto Cultural: Ano Internacional dos Afrodescendentes na Bahia - Secult
Choc Quib Town (Colômbia). Banda mais representativa do Hip Hop
Colombiano. O seu som inovador fusiona o funk, o hip hop norte Americano,
o ragga jamaicano e elementos da música eletrônica, para produzir
elaborados beats; com ritmos tradicionais da Costa do Pacifico colombiano,
tais como o bunde, currulao, bambazu e aguabajo e ainda outros sons da
América Latina e do Caribe como a salsa, o songo e a guajira. No seu país,
onde são considerados "heróis locais", tem milhares de seguidores. Já
fizeram colaborações com grupos como Aterciopelados, Sidestepper, Banda
La Republica, Salsaband, La 33 e o mestre de hip hop francês Oxmo
Puccino.
Dia 17 - Muncab – Museu Nacional da Cultura Afro- Brasileira
O Muncab, museu em processo, que será um equipamento cultural para a
preservação da história e da cultura negra brasileira e que tem a missão de
tornar-se um centro de referência e articulação de memória, ancestralidade
e contemporaneidade abrirá as suas portas dia 17 de novembro,
especialmente para o público do Encontro do Ano Internacional dos
Afrodescedentes, apresentando três exposições que sintetizam a
importância da cultura negra no mundo.
“Mestre Didi: o escultor do Sagrado”
Reunirá 50 peças pertencentes ao Museu Afro Brasil e também ao acervo do
próprio artista, cuja trajetória simboliza a força viva da presença africana no
Brasil.
“A magia de suas esculturas está na forma como o Mestre Didi transpõe a
energia de interpretação mitológica e inventividade de formas, ritmos e
composições, se articulando num espaço negativo e positivo, num desafio
de equilíbrio totêmico que se abre no espaço, como árvores plantadas numa
base de seção côncava e circular”
Curadoria: Emanoel Araujo.
Coleção Inicial do Acervo do Muncab
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Projeto Cultural: Ano Internacional dos Afrodescendentes na Bahia - Secult
Acervo, em processo de formação, reúne obras, entre pinturas, esculturas,
gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas e abarca diversas
facetas dos universos culturais africanos e afro-brasileiros.
Curadoria: Emanoel Araujo.
Nós e os Afrobrasileiros
Uma Iconografia de personagens históricos, conhecidos ou anônimos, que
contribuíram para a formação da identidade nacional: Juliano Moreira,
Teodoro Sampaio, Cruz e Souza, João Candido, autor da revolta da chibata,
Ruth de Souza, grande Othelo, Milton Santos, Caymmi, Assis Valente.
Criada em homenagem especial ao Monselhor Sadock e ao encerramento do
Ano Internaiconal dos Afrodescedentes.
Curadoria: Emanoel Araujo.
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