contributions in honor of adriano lúcio peracchi

Transcrição

contributions in honor of adriano lúcio peracchi
CONTRIBUTIONS IN HONOR OF
ADRIANO LÚCIO PERACCHI
EDITED BY
LUDMILLA M. DE S. AGUIAR, MONIK OPREA
AND RICARDO MORATELLI
Chiroptera Neotropical 16(1), August 2010, ISSN 1413–4403
SPECIAL ISSUE OF CHIROPTERA NEOTROPICAL:
CONTRIBUTIONS IN HONOR OF
ADRIANO LÚCIO PERACCHI
EDITED BY
LUDMILLA MOURA DE SOUZA AGUIAR
Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília
MONIK OPREA
Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás
RICARDO MORATELLI (Guest editor)
Campus Fiocruz da Mata Atlântica, Fundação Oswaldo Cruz
SPECIAL ISSUE OF CHIROPTERA NEOTROPICAL
Volume 16, number 1, issued August 2010
Cover: Dr. Adriano Lúcio Peracchi working at the American Museum of
Natural History, New York, 2010—Photo by Marcelo R. Nogueira.
Available at http://www.chiropteraneotropical.net
ii
CONTENTS
REIS N.R. Homenagem ao Professor Peracchi: Reflexões sobre pessoas que, com suas
descobertas e atitudes, mudaram de alguma forma o mundo ao seu redor (Preface).
Chiroptera Neotropical 16(1): v–vi.
PERACCHI A.L. Memorial de um quiropterólogo. Chiroptera Neotropical 16(1): 497–
503.
MELLO M.A.R. On the shoulder of giants: how to go further in the study of bat–plant
interactions. Chiroptera Neotropical 16(1): 504–507.
PERACCHI A.L. & NOGUEIRA M.R. Lista anotada dos morcegos do estado do Rio de
Janeiro. Chiroptera Neotropical 16(1): 508–519.
GENOWAYS H.H., KWIECINSKI G.G., LARSEN P.A., PEDERSEN S.C., LARSEN R.J.,
HOFFMAN J.D., SILVA M., PHILLIPS C.J. & BAKER R.J. Bats of the Grenadine Islands,
West Indies, and placement of Koopman’s line. Chiroptera Neotropical 16(1): 520–540.
SÁNCHEZ-HERNÁNDEZ C., ROMERO-ALMARAZ M.L., TABOADA-SALGADO A.,
ALMAZÁN-CATALÁN J.A., SCHNELL G.D. & SÁNCHEZ–VÁZQUEZ L. Five albino bats
from Guerrero and Colima, Mexico. Chiroptera Neotropical 16(1): 451–545.
ACOSTA S.L. & PACA R.C. Registros del murciélago Cynomops abrasus (Temmink,
1827) (Chiroptera, Molossidae), en el Bosque Seco Chiquitano de Bolívia. Chiroptera
Neotropical 16(1): 546–548.
FEIJÓ J.A. & NUNES H.L. Primeiro registro de Myotis nigricans (Schinz, 1821) para o
estado do Rio Grande do Norte, nordeste do Brasil. Chiroptera Neotropical 16(1): 549–
452.
NOVAES R.L.M., MENEZES Jr. L.F., DUARTE A.C. & FAÇANHA A.C.S. Consumo de
Psychotria suterella Muell. Arg. (Rubiaceae) por morcegos no sudeste do Brasil.
Chiroptera Neotropical 16(1): 553–556.
LÓPEZ-GONZÁLEZ C., RASCÓN J. & HERNÁNDEZ-VELÁZQUEZ F.D. Population structure
of migratory Mexican free-tailed bats Tadarida brasiliensis mexicana (Chiroptera) in a
Chihuahuan Desert roost. Chiroptera Neotropical 16(1): 557–566.
ZURC D. & VELAZCO P.M. Análisis morfológico y morfométrico de Carollia
colombiana Cuartas et al. 2001 y C. monohernandezi Muñoz et al. 2004
(Phyllostomidae: Carollinae) en Colombia. Chiroptera Neotropical 16(1): 567–572.
iii
SILVA A.S., PEREIRA, A. & ESBÉRARD, C.E.L. Reprodução de Noctilio leporinus em
cativeiro. Chiroptera Neotropical 16(1): 573–578.
DIAS D., PEREIRA, S.N., MAAS, A.C.S., MARTINS, M.A. BOLZAN, D.P. & PERACCHI,
A.L. Quirópteros das regiões Centro-Sul e Médio Paraíba do estado do Rio de Janeiro
(Mammalia, Chiroptera). Chiroptera Neotropical 16(1): 579–585.
BOLZAN D.P., LOURENÇO E.C., COSTA L.M., LUZ J.L., NOGUEIRA T.J., DIAS D.,
ESBÉRARD C.E.L. & PERACCHI A.L.P. Morcegos da região da Costa Verde e
adjacências, litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Chiroptera Neotropical 16(1): 586–
594.
BOBROWIEC P.E.D. & CUNHA R.M. Leaf-consuming behavior in the big fruit-eating bat,
Artibeus lituratus (Olfers, 1818) (Chiroptera: Phyllostomidae), in an urban area of
Southeastern Brazil. Chiroptera Neotropical 16(1): 595–599.
SBRAGIA I.A., CORRÊA M.M.O., PESSÔA L.M. & OLIVEIRA J.A. The karyotipe of
Macrophyllum macrophyllum (Schinz, 1821) (Phyllostomidae: Phyllostominae) from
the state of Bahia, Brazil. Chiroptera Neotropical 16(1): 600–602.
MARTÍNEZ-ARIAS V., SOLARI S. & DÍAZ-N. J.F. Re-evaluation of a Colombian record
of Sturnira thomasi De La Torre and Schwartz, 1966 (Phyllostomidae:
Stenodermatinae). Chiroptera Neotropical 16(1): 603–609.
ZORTÉA M., MELO F.R., CARVALHO J.C. & ROCHA Z.D. Morcegos da Bacia do rio
Corumbá, Goiás, Brasil. Chiroptera Neotropical 16(1): 610–616.
GARCIA J.P. & PESSÔA L. Karyotipic composition of bats from the Brazilian Nuclear
Power Plant, state of Rio de Janeiro, Brazil. Chiroptera Neotropical 16(1): 617–628.
PACHECO S.M., SODRÉ M., GAMA A.R., BREDT A., CAVALLINI-SANCHES E.M.,
MARQUES R.V., GUIMARÃES M.M. & BIANCONI G. Morcegos urbanos: status do
conhecimento e plano de ação para a conservação no Brasil. Chiroptera Neotropical
16(1): 629–647.
GREGORIN R. & CHIQUITO E.A. Revalidation of Promops davisoni Thomas
(Molossidae). Chiroptera Neotropical 16(1): 648–660.
MORATELLI R., DIAS D. & BONVICINO C.R. Estrutura e análise zoogeográfica de uma
taxocenose de morcegos no norte do estado do Amazonas, Brasil. Chiroptera
Neotropical 16(1): 661–671.
MIRANDA J.M.D., BERNARDI I.P., CARVALHO F. & PASSOS F.C. Novos dados
distribucionais do morcego recém descrito Eptesicus taddeii (Vespertilionidae).
Chiroptera Neotropical 16(1): 672–674.
TAVARES V.C., AGUIAR L.M.S., PERINI F.A., FALCÃO F.C. & GREGORIN R. Bats of the
state of Minas Gerais, southeastern Brazil. Chiroptera Neotropical 16(1): 675–705.
iv
PREFACE
Reflexões sobre pessoas que, com suas descobertas e atitudes, mudaram
de alguma forma o mundo ao seu redor
Nos idos da década de oitenta, em privilegiadas andanças com o prof. Adriano Lúcio Peracchi,
no interior do Estado do Rio de Janeiro, um jovem queimado de sol, com aparência saudável e feliz, veio
até o local, onde comíamos e disse: ―prezado prof. Adriano, queria lhe agradecer porque, num dia há mais
de dez anos, encontrava-me chorando na rua porque não tinha um uniforme para desfilar com a minha
escola no dia 7 de setembro. Gentilmente o Sr. veio até mim, descobrindo o problema levou-me a uma
loja, comprou um uniforme e proporcionou um dos dias mais felizes da minha vida. Isto me fez rever
valores. Alguém já disse que a natureza concedeu aos grandes homens a facilidade de fazer e aos outros
de julgar.
Em outra ocasião (dezembro de 1980), soube que perdeu a grande festa dos seus 25 anos de sua
formatura onde reveria todos os colegas de uma vida, para ajudar um doutorando na Amazônia. Aliás,
doutorando este que conheço muito bem. E assim, dentro do altruísmo pautou toda a sua vida, na
academia ou fora dela. Tendo sempre ao seu lado a amorosa e doce companheira, Dona Célia, a quem tive
a honra de conhecer e conviver, da qual guardo boas lembranças dos momentos que em vida partilhamos.
Tenho que considerar aqui fatos preciosos que com ele aprendi em mais de 30 anos, que o tive como
mestre e juntos trabalhamos.
Não vou falar das suas conquistas acadêmicas e administrativas, como Diretor do Instituto de
Biologia, Reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Conselheiro do CNPq, ou fundador e,
posteriormente, presidente da Sociedade Brasileira de Zoologia. Tais fatos são conhecidos de todos.
Talvez alguns não saibam que, ao ser eleito reitor, teve a reitoria invadida e ele dentro da sua coragem
calma e simplicidade disse: ―não preciso da reitoria para dirigir esta universidade‖. Deixando seus
opositores em situação constrangedora e não tiveram outra atitude a não ser devolver o prédio ocupado.
Prefiro relatar as coisas que aprendi com a pessoa carinhosa e assertiva que é, nos longos momentos em
que partilhamos alegrias, tristezas e nos trabalhos que fizemos juntos.
Mesmo quando a idéia é brilhante, um projeto pode demorar porque temos que medir a sua
importância e a contribuição a ser dada, nunca a ansiedade avassaladora de conseguirmos resultados
imediatos. A razão deve prevalecer. A paixão deve vir acompanhada de ponderação. Para vivermos
intensamente, devemos ter tempo para saborearmos o sucesso e as alegrias, junto com a família e os
amigos para termos qualidade e reconhecermos em todos os momentos, as coisas boas que fazemos.
Aprendi que amigos são aqueles que você pode contar e não aqueles que têm pena de você. Nunca
contrapor a quantidade em detrimento da qualidade. Não se preocupar apenas com a qualidade da vida,
mas também com a qualidade do Ser. Procurar cuidar dos detalhes ao buscar a perfeição, mas nunca
v
procurar o sucesso para nos tornar soberbos. Retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre,
ter alegria nas pequenas coisas, reconstruindo constantemente a felicidade. E, acima de tudo, nunca tornar
nocivo o ambiente de trabalho, sempre proporcionar um ambiente mais leve, mais alegre, portanto mais
produtivo, para que encontremos no trabalho a alegria de produzir e aprender a gostar do que fazemos.
Mas acredito que a maior lição que aprendi com este grande Mestre foi que só se deve pedir aos
amigos apenas aquilo o que é honesto. São grandes lições que não se aprendem nos livros. Lembro que
ele nunca ofereceu as verdadeiras respostas, mas sempre forneceu as verdadeiras perguntas e me ensinou
que o começo do entendimento é reconhecer as nossas limitações. Mas o que sempre vi, foi um homem
que trabalhou, orou, pensou e acreditou. As palavras são poucas para tão longos anos que juntos
passamos, mas que com certeza marcaram minha vida para sempre.
Londrina, 4 de fevereiro de 2010.
Nélio Roberto dos Reis
Universidade Estadual de Londrina
vi