CURSO DE PSICANÁLISE DO IPSM-MG

Transcrição

CURSO DE PSICANÁLISE DO IPSM-MG
CURSO DE
PSICANÁLISE
DO IPSM-MG
INSTITUTO DE PSICANÁLISE E SAÚDE MENTAL DE MINAS GERAIS
O Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais (IPSM-MG), filiado ao Institut du
Champ Freudien e parceiro da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP-MG), promove o Curso de
Psicanálise. Esta atividade tem como objetivos o ensino da psicanálise a partir dos textos de
Freud e Lacan e a investigação clínica contemporânea com base nos princípios do tratamento
analítico segundo a Orientação Lacaniana. O Curso de Psicanálise busca interrogar os saberes e as práticas institucionais privilegiando o singular de cada um e tendo o sintoma como
solução do inconsciente. Além disso, o Curso também oferece aprofundamento em questões
clínicas atuais na abordagem das psicoses, autismo, toxicomanias, atos infracionais, distúrbios
alimentares, entre outros.
CURSO DE PSICANÁLISE DO IPSM-MG
PÚBLICO-ALVO
Graduados em curso universitário que desejem aprofundar seus conhecimentos relativos à teoria
psicanalítica.
SELEÇÃO
DURAÇÃO
Os participantes serão admitidos mediante análise de Curriculum Vitae e entrevistas individuais.
Quatro semestres perfazendo um total de 360h/aula.
aulas às segundas-feiras à noite (18h30 às 20h e 20h30 às 22h30). Créditos optativos cursados em
atividades de formação promovidas pelo IPSM-MG e EBP-MG (20h30 às 22h30). Eventualmente aos sábados.
HORÁRIO
UNIDADE I
O INCONSCIENTE E O PARLÊTRE
Em que o inconsciente lacaniano representa uma contribuição ou uma divergência em comparação ao inconsciente freudiano? Inicialmente, o recalque, que caracterizou o essencial do
inconsciente para Freud, deixa de ser uma categoria fundamental. Diferentemente de Freud,
Lacan não parte da memória para construir a noção de inconsciente; retêm desta, apenas “a
inscrição em um significante”. Além disso, para Lacan, de maneira muito mais marcante, ainda
atribuindo a posição à Freud, “o inconsciente está estruturado como uma linguagem”, o que
deve ser entendido não somente como algum discurso que faria fundo para o sujeito, mas
como algo que fala, no qual o sujeito desempenha um papel. O que aparece gradualmente no
ensino de Lacan é que o inconsciente é menos uma descoberta que uma construção. “Isso não
descobre nada [...], o inconsciente inventa”. A unidade I propõe acompanhar a maneira como
o conceito de inconsciente é trabalhado e retrabalhado até as últimas formulas do Unbewußt.
PROFESSORES
GILSON IANINI E GRACIELA BESSA
UNIDADE II
NEUROSES CLÁSSICAS E CONTEMPORÂNEAS
“A neurose é uma questão formulada pelo sujeito no nível de sua própria existência.” Essa
questão assume, na histeria, as seguintes formas: O que quer dizer o sexo que tenho? O que
quer dizer o sexo? O que quer dizer ter um sexo? O que quer dizer a diferença entre os sexos?
O que quer dizer que eu possa mesmo me formular essa questão? Em definitivo, todas recaem
sobre a questão de saber o que é ser mulher. Na neurose obsessiva, onde está em jogo não
apenas a relação do sujeito com o seu sexo, mas sua relação com o próprio fato de existir, as
questões se formulam da seguinte maneira: O que é existir? Como sou com referência àquele
que sou sem o ser, já que posso, de alguma maneira, dispensá-lo, distanciar-me dele o bastante
para me conceber como morto? “A morte aparece como figura limite para responder à pergunta sobre a existência.” A neurose se define como uma pergunta que o desejo endereça ao
seu ser. Assim, se a neurose é uma espécie de questão fechada para o sujeito, mas organizada,
estruturada como questão, os sintomas se deixam compreender como os elementos vivos dessa
questão articulada, sem que o sujeito saiba o que ele articula. Desse modo, a unidade II propõe
o estudo da histeria e da neurose obsessiva definidas como perguntas do desejo ao ser, a partir
de casos clínicos como Dora e o Homem dos Ratos, mas também das formas atuais de suas
apresentações, em que sobressaem os novos sintomas.
PROFESSORES
ERNESTO ANZELONE E SÉRGIO DE CAMPOS
UNIDADE III
AS PSICOSES: UMA REORIENTAÇÃO CLÍNICA
Nesta unidade a psicose será situada, inicialmente, a partir da psiquiatria clássica e seus impasses, bem como da clínica estrutural baseada em uma classificação cujo modelo se sustenta na
presença ou ausência da função paterna. Abordaremos o caso Schreber como um paradigma
no qual a ausência da função paterna estruturante terá como efeito a desintegração do mundo e a posterior construção do delírio como tentativa de repará-lo. Em seguida, faremos uma
leitura lacaniana do caso do Homem dos Lobos. Inquietante, ele surge como “uma serpente e
seus mistérios” e marca o momento no qual essa classificação, sustentada na função simbólica
do pai, começa a ser abalada, evidenciando novos elementos que desregulam o modelo clínico
baseado em uma referência universal. A formalização desses elementos conduzirá ao último
ensino de Lacan, particularmente à solução que o escritor James Joyce forjou a partir de seu próprio sinthoma, expressão da possibilidade de uma amarração que prescinde do pai servindo-se
dele. Através dessa elaboração de Lacan, serão abordadas as novas formas de apresentação da
psicose, nomeadas por Miller de “psicose ordinária”, assim como o autismo.
PROFESSORES
ANTÔNIO BENETI, SIMONE SOUTO E PAULA PIMENTA
UNIDADE IV
PSICANÁLISE APLICADA
Há uma contradição entre a psicanálise e a Instituição, uma vez que a primeira lida com o singular do caso clínico enquanto a Instituição está inserida na lógica do universal. Quando o analista
se faz presente numa Instituição, cabe a ele inserir o ato da palavra, pois não basta que alguém escute para que se faça presente um sujeito que fala. A Unidade IV propõe elucidar o tema “A ação
lacaniana nas Instituições”, em que a formalização dessa prática e a construção de sua teoria será
abordada pela discussão de temas, tais como: clínica feita por muitos, Apresentação de Paciente,
Conversação e Entrevista Clínica de Orientação Psicanalítica.
PROFESSORES
MARIA JOSÉ GONTIJO SALUM, LUDMILLA FÉRES FARIA, CRISTINA FERREIRA E
WELLERSON ALKIMIM
DIRETORIA E CONSELHO DO IPSM-MG
PERÍODO DE INSCRIÇÃO PARA A SELEÇÃO
16 de maio a 17 de junho de 2016
DIRETORIA
DIRETORA GERAL
Ana Lydia Santiago
DIRETORA SECRETÁRIA/TESOUREIRA
Maria José Gontijo Salum
DIRETORA DE ENSINO
Graciela Bessa
DIRETORA DE SEÇÃO CLÍNICA
Lilany Vieira Pacheco
DIRETORA DE PUBLICAÇÕES
Ludmilla Féres Faria
INSCRIÇÃO
R$ 120,00
PERÍODO DE SELEÇÃO
20 a 27 de junho de 2016
INÍCIO DO CURSO
agosto de 2016
INVESTIMENTO
12 parcelas de R$ 375,00 anuais
CONSELHO
Cristiana Pittella de Mattos
Cristiane Grillo
Cristina Nogueira
Graciela Bessa
Guilherme Ribeiro (Presidente)
Maria Wilma Faria
Suzana Barroso (Secretária)
CORPO DOCENTE
Ana Lydia Santiago
Antônio Beneti
Antônio Teixeira
Cristiana Pittella de Mattos
Cristina Vidigal
Elisa Alvarenga
Fernanda Otoni-Brisset
Francisco Paes Barreto
Henri Kaufmanner
Jésus Santiago
Laura Rubião
Lázaro Elias Rosa
Lilany Vieira Pacheco
Lúcia Grossi
Maria José Gontijo Salum
Ram Mandil
Sérgio de Castro
Sérgio de Mattos
Sérgio Laia
Simone Oliveira Souto
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Rua Felipe dos Santos, 588 – Lourdes
CEP 30180-160
Belo Horizonte/MG
Telefone/Fax: (31) 3275 3873
MAIS INFORMAÇÕES NO PORTAL MINAS COM LACAN
htpp://minascomlacan.com.br
IMAGEM DE CAPA Bohyun Yoon
(Shadow, 2004)
PROJETO GRÁFICO
Júlio Abreu + Leonora Weissmann/ Jiló Design

Documentos relacionados