Tutorial: Como evitar o problema da quebra do cabo do - Labre-AL
Transcrição
Tutorial: Como evitar o problema da quebra do cabo do - Labre-AL
Tutorial: Como evitar o problema da quebra do cabo do microfone Crezivando Junior PP7CJ Quem utiliza transceptores equipados com “conectores modulares” na conexão do microfone ao gabinete – sistema introduzido pela ICOM em seus equipamentos há mais de uma década e popularizado nos IC-2100, 2200, 706, V8000 (e posteriormente acompanhado pela YAESU nos FT-817ND, 857, 897D) – sabe muito bem que a “praticidade e rapidez de conexão” têm um preço: As frequentes quebras (rompimentos) na conexão, seja na base do microfone, seja no equipamento. O padrão implementado foi o 8P8C (de “8 Position 8 Contact” ou “8 Position 8 Conductor”), também conhecido como 8P8C Jack ou simplesmente “RJ-45”. Como seria de se esperar, cada fabricante tem arranjo diferente na pinagem (ou você chegou a imaginar que um microfone de uma marca serviria em outra – apenas por que o conector é o mesmo?)... portanto, ou os novos conectores... ou as saudades dos cabos espiralados com reforço de borracha do passado - quando eram feitos para durar. Na área de informática o RJ-45 é muito conhecido por assegurar boa interface mecânica e elétrica - em especial nas conexões de rede - tendo sido inserido para beneficiar usuários que constantemente necessitassem de inserções e remoções, principalmente em viagens. O problema dos conectores modulares “RJ-45” é que não foram concebidos para comportar os efeitos do uso dinâmico (como é o caso do movimento natural quando o Radioamador opera sua estação, movimentando o PTT para os lados, com tensionamento do cabo), embora permitam excelente conexão com facilidade de substituição. Na prática, a conexão na base do microfone e/ou no lado do equipamento, com o movimento do cabo espiral, acaba sofrendo o que em Física se chama de flexão angular. Esse flexionamento, com o uso constante, mais cedo ou mais tarde resulta em fadiga mecânica nos pontos de crimpagem, e o cabo espiral padece de folga, implicando em mau-contato na pinagem e até rompimento dos fios – esta situação, no extremo, acaba sendo mais um fator de preocupação para o Radioamador, tendo em vista que fios rompidos dentro do conector são impossíveis de se detectar, até mesmo numa inspeção visual. Tendo notado várias situações nas quais colegas reportaram o mesmo problema – e tendo ocorrido inclusive comigo – passei a pesquisar uma solução para esse inconveniente (sempre levando em conta o custo x benefício). Após algumas experiências, a solução que encontrei foi minimizar ou reduzir, ao máximo, a flexão angular nos pontos de conexão. Uma vez “zerando” a flexão angular, aproveita-se a fadiga infinita resultante – noutras palavras, uma medida de reforço nos pontos de conexão, evitando que quebrem ou surja mau-contato, independente da movimentação lateral ou do flexionamento e tensionamento constante do cabo espiral. Assim, tendo constatado que o problema não é causado pelos conectores, mas sim de uma utilização decorrente para a qual não foram projetados (que é a movimentação dinamizada pela versatilidade do cabo espiralado) e estimando que cedo ou tarde vai quebrar, independente de se esticar ou não o microfone, adotei a solução que vai detalhada a seguir. Daí, pode ficar sossegado porque não vai quebrar de jeito nenhum – pelo menos nos pontos que sofrerem o reforço. A menos que os efeitos da flexão angular já sejam perceptíveis (folga mecânica no cabo no lado da mordedura/crimpagem no conector) ou esteja crimpando novos conectores (atenção! Compre conectores RJ-45 de qualidade!), não será necessário cortar o cabo, e o resultado estético só depende da sua habilidade com a fita de acabamento. Não use fita em excesso. Material: * Reforço plástico para conector RJ-45 (encontrado em lojas de informática... cada um saiu por R$ 0,25 – isso mesmo, vinte e cinco centavos de real). Fita termofusão, fita isolante, adesivo de silicone, estilete, alicate. Passo-a-passo. Etapa 1: Montagem do reforço plástico do conector RJ-45 e vedação Seccionar o reforço plástico e montá-lo, encaixando bem rente ao conector. Preencha as ranhuras com silicone (não coloque silicone em excesso) Detalhe do reforço plástico já siliconado (aguarde secagem). Etapa 2: Corte “meia-fita” de auto-fusão e monte-a sobre o reforço (garantindo a sustentação mecânica do conjunto). Todas as etapas foram acompanhadas pelo Técnico Layon, ao lado do meu pé esquerdo. Conectores com reforço (finalizados). Espero que a dica seja útil na sua estação! Votos de saúde e bons QSOs! CREZIVANDO JUNIOR PP7CJ - O Radioamador deve ser progressista - [email protected] (82) 9652-7549