Confira aqui o COMPARATIVO das 250cc existentes

Transcrição

Confira aqui o COMPARATIVO das 250cc existentes
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Por Ismael Baubeta Fotos Mario Villaescusa
A nova cena das 250
Categoria se
renova com
lançamentos
deste fim de
ano, ganhando uma Honda
mais eficiente
e até a opção
mais esportiva
da KTM
A
té bem pouco tempo atrás, poucas
eram as opções de motos street entre
200cc e 250cc, categoria inaugurada no Brasil pela CBX 250 Twister. O
amadurecimento do mercado obviamente demanda novos “degraus”
para o motociclista que sai das motos
de baixa cilindrada ou para aquele que não
quer começar por baixo. A Twister recebeu o
combate da Yamaha Fazer em 2005, primeira
do segmento com injeção eletrônica, e na sequência a Honda contra-atacou com a injeção
eletrônica na CB 300R, reproduzindo o desenho
da Hornet da época, mas que deixou de ter a
6ª marcha oferecida pela Twister.
Muita coisa mudou (menos o motor da Fazer
250) e vários lançamentos interessantes
preencheram o segmento. Juntamos neste
comparativo as novas CB Twister – que substitui a CB 300R –, KTM 200 Duke, Yamaha Fazer
250 (renovada por um facelift) e Traxx TSS
250. A única que não participou foi a Dafra
Next 250, porque a marca não enviou uma
unidade para o teste.
Das quatro motos do comparativo a que mais
foge à fórmula street é a KTM, quase uma
supermotard, mais esguia, leve e com cursos
de suspensão longos. Seu compromisso é com
a esportividade e a diversão, o que acaba sacrificando o conforto. As outras privilegiam a
boa ergonomia e o conforto, o que lhes rende maior capacidade de rodagem sem causar
cansaço. Twister, Fazer e TSS são parecidas
nesse sentido, com posição de pilotagem
relaxada, corpo ereto e pernas levemente
flexionadas. Todas convencem pelo conforto,
com alguma vantagem para a garupa mais
espaçosa da Fazer, enquanto o ponto fora
da curva é a Duke, com seu guidão largo e
banco estreito de espuma rígida que avança sobre o tanque, projetada para facilitar
manobras mais radicais.
Visualmente estas mesmas três concorrentes têm apelo parecido e parecem recorrer
às mesmas soluções: faróis em formato de
escudo, tanques altos anabolizados pelas abas
laterais e acabamento relativamente simples
dos componentes. Rodas de liga, freios a disco
nas duas rodas, banco de dois níveis e alças na
garupa completam o pacote no design destas
orientais. Por seu lado a KTM tem desenho de
linhas marcadas por ângulos acentuados, chassi
de treliça em destaque, suspensão invertida
com pinças radiais, painel com shift-light e
rabeta minimalista.
Força real
Para tirar a prova dos nove, confirmar os
números reais de potência e torque e ainda
confrontá-los com os divulgados pelas fábricas, passamos uma a uma pelo rolo do dinamômetro da MotorsCompany, preparadora do
nosso piloto de testes Leandro Mello. E, bom
sinal, os resultados de todas as motos estão
muito próximos dos números divulgados pelas
fábricas, embora na prática cada um tenha
personalidade diferente.
O motor da KTM é o que precisa de mais
giros para mostrar sua virilidade, até 6.500
A Duke pode
ter o motor
mais potente, mas é o
que mais
demora para
embalar
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2} Comparativo
GOSTAMOS
}Conjunto motor e câmbio
}Agilidade
NÃO GOSTAMOS
}Painel poderia indicar a marcha
CONCLUSÃO
A vencedora é equilibrada, confortável, entrega mais torque em ambiente
urbano e tem ótimos freios
HONDA CB 250
TWISTER
Motor: 249,5cc, 1 cilindro, 4 válvulas,
comando simples no cabeçote, refrigeração a ar
Diâmetro x curso: 71 mm x 63 mm
Taxa de compressão: 9,6:1
Potência: 22,4 cv a 7.500 rpm
Torque: 2,24 kgf.m a 6.000 rpm
Alimentação: injeção eletrônica
Câmbio: 6 marchas
Chassi: diamond de aço
Suspensões: garfo telescópico na dianteira e monoamortecida na traseira
Pneus: 110/70-17 na dianteira e 140/70-17
na traseira
Freios: disco de 276 mm com pinça de 2
pistões na dianteira e disco de 220 mm
com 1 pistão na traseira
Comprimento: 2.065 mm
Largura: 753 mm
Altura: 1.072 mm
Altura do banco: 784 mm
Entre-eixos: 1.386 mm
Distância do solo: 192 mm
Peso: 137 kg (seco)
Tanque de combustível: 16,5 litros
Preços: R$ 13.050 e R$ 14.550 (ABS)
KTM 200 DUKE
GOSTAMOS
}Motor em altos regimes
}Agilidade
}Freios
NÃO GOSTAMOS
}Falta torque em baixos regimes
}Banco duro
CONCLUSÃO
Ágil e divertida, cobra o preço da esportividade no conforto e pode não ser
a melhor alternativa de transporte
MEDIÇÕES
MEDIÇÕES
Aceleração de 0 a 100 km/h: 9s98
Frenagem de 80 a 0 km/h: 36,85 m
Retomada em 6ª marcha
40 a 60 km/h: 6s14
60 a 80 km/h: 5s74
80 a 100 km/h: 5s44
CONDIÇÕES DO TESTE: 531 M DE ALTITUDE, 28°C,
UMIDADE RELATIVA 42%, PRESSÃO ATM. 1005 HPA.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 9s53
Frenagem de 80 a 0 km/h: 33,50 m
Retomada em 6ª marcha
40 a 60 km/h: 5s24
60 a 80 km/h: 4s69
80 a 100 km/h: 5s32
CONDIÇÕES DO TESTE: 531 M DE ALTITUDE, 23°C,
UMIDADE RELATIVA 88%, PRESSÃO ATM. 1011 HPA.
Nova Twister
é a que melhor responde
ao comando
do acelerador
em baixas
rotações
rpm está adormecido, parece preguiçoso e
demora para reagir ao giro do punho, mas
deixe-o passar desta faixa e o giro sobe com
ímpeto crescendo rápido, enquanto todos
os outros estão perdendo fôlego ou já na
faixa de corte da ignição (o corte da Duke
acontece a 10.900 rpm).
Rodando pela cidade tivemos a real noção da
necessidade de giros para fazer a Duke responder, seu torque é o mais baixo até 6.200 rpm,
quando então cresce e se mantém linear até
a faixa de corte. Isso quer dizer que é preciso
manter as rotações altas para ter boas respostas, o que dificulta a vida no trânsito mais
pesado. Para você ter uma ideia, a Traxx, que
é a menos privilegiada em potência e torque
máximo das quatro, entrega seu pico de torque
a 5.200 rpm. Twister e Fazer têm comportamentos semelhantes, mas com respostas mais
firmes que as da Traxx e torque superior nas
Motor: 199,5cc, 1 cilindro, 4 válvulas,
comando duplo no cabeçote, refrigeração líquida
Diâmetro x curso: 72 mm x 49 mm
Taxa de compressão: 11,5:1
Potência: 26 cv a 10.000 rpm
Torque: 1,9 kgf.m a 8.000 rpm
Alimentação: injeção eletrônica
Câmbio: 6 marchas
Chassi: treliça de aço
Suspensões: garfo telescópico na
dianteira e monoamortecida ajustável
na pré-carga traseira
Pneus: 110/70-17 na dianteira e 150/60-17
na traseira
Freios: disco de 280 mm com pinça de 2
pistões na dianteira e disco de 230 mm
com pinça de 1 pistão na traseira
Comprimento: n.d.
Largura: n.d.
Altura: n.d.
Altura do banco: 810 mm
Entre-eixos: 1.361 mm
Distância do solo: 170 mm
Peso: 129,5 kg (seco)
Tanque de combustível: 10,5 litros
Preço: R$ 15.990
No trânsito
a Duke não
entrega o que
tem de melhor:
potência em
altos regimes
mesmas faixas de giro. A Honda é a que melhor
responde ao acelerador em baixas rotações.
Na estrada as coisas mudam, andando mais
rápido e com motor cheio é que a Duke mostra
seu gingado e vai deixando uma a uma para
trás, fazendo um belo pega com Twister e
Fazer, já que a TSS é imagem diminuta no
retrovisor – afinal, sua potência está mais
próxima de uma 150cc. Aos pouco a Fazer vai
sucumbindo para seguir bem de perto a Twister, que também vê a Duke se distanciar aos
poucos. Em nossas medições a mais rápida para
chegar aos 100 km/h foi a Twister, em 9s53, na
sequência vieram Duke (9s98), Fazer (10s95) e
TSS (13s03). Nas retomadas a Honda mais uma
vez sobressaiu.
Reagindo à pista
As sensações ao pilotar estas quatro motocicletas também diferem, se por um lado as
suspensões da KTM têm mais curso, também
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4} Comparativo
yamaha fazer 250
GOSTAMOS
}Suspensões
}Garupa
NÃO GOSTAMOS
}Freios
CONCLUSÃO
Confortável e estável, ficou para trás
no quesito motor e seria desejável
receber uma revisão nos freios
Motor: 250 cc, 1 cilindro, 2 válvulas,
comando simples no cabeçote, refrigeração a ar
Diâmetro x curso: 74 mm x 58 mm
Taxa de compressão: 9,8:1
Potência: 21 cv a 8.000 rpm
Torque: 2,1 kgf.m a 6.500 rpm
Alimentação: injeção eletrônica
Câmbio: 5 marchas
CHASSI: berço duplo de aço
Suspensões: garfo telescópico na
dianteira e monoamortecida ajustável
na pré-carga da mola traseira
Pneus: 100/80-17 na dianteira e 130/70-17
na traseira
Freios: disco de 282 mm com pinça de 2
pistões na dianteira e disco de 220 mm
com pinça de 1 pistão na traseira
Comprimento: 2.065 mm
Largura: 745 mm
Altura: 1.065 mm
Altura do banco: 805 mm
Entre-eixos: 1.360 mm
Distância do solo: 190 mm
Peso: 154 kg (ordem de marcha)
Tanque de combustível: 19,2 litros
Preços: R$ 13.620
TRAXX TSS 250
GOSTAMOS
}Preço
NÃO GOSTAMOS
}Freios
CONCLUSÃO
Mesmo com o motor mais fraco da
turma, oferece boas respostas para
uso urbano e um preço atrativo
MEDIÇÕES
MEDIÇÕES
Aceleração de 0 a 100 km/h: 13s03
Frenagem de 80 a 0 km/h: 40,65 m
Retomada em 6ª marcha
40 a 60 km/h: 5s81
60 a 80 km/h: 6s11
80 a 100 km/h: 6s97
CONDIÇÕES DO TESTE: 531 M DE ALTITUDE, 28°C,
UMIDADE RELATIVA 42%, PRESSÃO ATM. 1005 HPA
Aceleração de 0 a 100 km/h: 11s44
Frenagem de 100 a 0 km/h: 70,35 m
Retomada em 6ª marcha
40 a 60 km/h: 4s88
60 a 80 km/h: 5s04
tempo de volta: 1min25s85
CONDIÇÕES DO TESTE: 531 M DE ALTITUDE, 23°C,
UMIDADE RELATIVA 88%, PRESSÃO ATM. 1011 HPA.
Benefício de
torque do motor de 2 válvulas da Fazer foi
perdido para a
CB; resta o espaço na garupa
são mais rígidas e em pavimento irregular
transmitem parte da vibração ao piloto. Por
outro lado permitem curvas no limite com
total segurança. Twister e Fazer aliam estabilidade suficiente em condições “normais”
de pilotagem sem atrapalhar o conforto – a
Honda sai em vantagem nos dois quesitos, com
um comportamento sobre pavimento ruim um
bocado melhor que o da Yamaha. A unidade testada da TSS parecia ter alguma falha
hidráulica no amortecedor, que praticamente
deixava a função para a mola, comprometendo
a estabilidade com oscilações excessivas. Um
ponto importante a destacar na estabilidade
das motos são os pneus, Honda e KTM vestindo
os excelentes Pirelli Diablo Rosso II radiais,
enquanto a Yamaha optou pelos Pirelli Sport
Demon (menos esportivos) e a Traxx pelos Maggion Sportissimo, que não transmitem o mesmo
nível de confiança e aderência.
Motor: 223cc, 1 cilindro, 2 válvulas,
comando simples no cabeçote, refrigeração a ar
Diâmetro x curso: n.d.
Taxa de compressão: 9,2:1
Potência: 16 cv a 7.500 rpm
Torque: 1,7 kgf.m a 6.000 rpm
Alimentação: injeção eletrônica
Câmbio: 6 marchas
Chassi: treliça de aço
Suspensões: garfo telescópico na
dianteira e monoamortecida ajustável
na pré-carga traseira
Pneus: 110/70-17 na dianteira e 130/70-17
na traseira
Freios: disco de 276 mm com pinça de 2
pistões na dianteira e disco de 220 mm
com pinça de 1 pistão na traseira
Comprimento: 2.066 mm
Largura: 753 mm
Altura: 1.070 mm
Altura do banco: 780 mm
Entre-eixos: 1.371 mm
Distância do solo: 170 mm
Peso: 151 kg (seco)
Tanque de combustível: 16 litros
Preço: R$ 9.590
Pelo preço de
uma 150cc a
TSS entrega
mais design e
força em baixas
rotações
Das quatro, só a Twister conta com a opção do
sistema ABS nos freios (R$ 1.500 a mais), que
foram os de melhor performance em nossos
testes: a 80 km/h a Honda parou em 33m55 e
a KTM em 36m85, deixando Yamaha e Traxx na
lanterna com seus sistemas “borrachudos” e de
menor potência, percorrendo respectivamente
40m20 e 40m65. Reiteramos aqui uma suges-
tão às fábricas, a simples troca do flexível por
outro menos sujeito à dilatação já melhoraria
o tato e a precisão.
No contexto geral a Twister leva vantagem sobre as demais pelo equilíbrio e motor eficiente
em todas as faixas de giro. É a mais versátil. Já
a apaixonante KTM, com seu design e componentes diferenciados, cobra no conforto o
preço de sua esportividade. A Fazer tem nos
freios um item que depõe contra suas virtudes
e a Traxx está um passo atrás das demais, mas
tenta equilibrar isso com o preço de R$ 9.590,
quando Honda e Yamaha variam de R$ 13 mil
a R$ 14,5 mil e a Duke se mantém no topo da
categoria por R$ 15.990.ç
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6} Comparativo

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