- Bons Negócios

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- Bons Negócios
G E S TÃ O T E C N O L O G I A M A R K E T I N G F I N A N C I A M E N T O N E G Ó C I O S
LIDERANÇA
COOPERAÇÃO
DESAFIOS
R E C R U TA M E N T O
Empreendedores e empresários
são o futuro de um país. Formação,
conhecimento, inovação e talento são
elementos chave para alcançar o sucesso
#14
SETEMBRO 2014 | TRIMESTRAL | 3€
BONSNEGOCIOS.COM.PT
AGORA
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SUMÁRIO
& EDITORIAL
4 BREVES
14 EVENTOS
2 9 N OVO S N E G Ó C I O S
CURIOSIDADE S,
SUGESTÕES, VÍDEOS . . .
C O M O FA Z E R
OS CLIENTES BRILHAR
J O B B OX
Ideias e suges tões
para tratar do seu negócio
e ser um melhor líder
O p róximo eve n to GR E NK E / B on s
N e góc ios va i e n s in a r c omo s e p ode
o fe re c e r um bom s e r v iç o a o c l ie n te
E mp re e n de dore s c r ia m p la ta for m a
que ve m fa c il ita r o re c r uta me n to
n a á re a te c n ológic a a travé s
de re c ome n da ç õe s de a migos
7 O P I N I ÃO
16 BASTIDORES
30 OLHARES
ALE X ANDRE C ALDA S
J A S O N A S S O C I AT E S
YDREAMS
A relação das universidades com
as empresas está mais centrada
no capital humano, na opinião
d o c o n s u lt o r A l e x a n d r e C a l d a s
Conh e ç a a his tór ia e a mis s ã o
d a Jas on A s s oc ia te s , c on s ul tora
d e ge s tã o de ta le n to s e dia da
e m Lis boa
A Y Dre a ms é uma da s e mp re s a s
te c n ológic a s p or tugue s a s ma is
c on he c ida s lá fora . Con he ç a a s u a
his tór ia e os s on hos do s e u CE O
8 MEET THE LEADER
1 8 T E M A D E C A PA
3 2 F I LT R O
ACITEL
AS FACES DO SUCESSO
GADGETS
Con h eça Jorge Vale ntim,
di retor com ercial d a Acite l
que j á foi ele ito um d os me l ho re s
gestores de p e ssoas e m Po rtugal
E mp re e n de dore s e e mp re s á r ios
são a s fa c e s do s uc e s s o de um
p aís . A mbos tê m a a mbiç ã o n a v ida
d e d e s e nvolve re m n ova s ide ia s ,
p rodutos e s e r v iç os .
E as un ive r s ida de s e s tã o c á p a ra
ajud á - los , s e ja a travé s
d a inve s tiga ç ã o, in c uba dora s ou
fo rm a ç ã o. Ve ja n a n os s a re p or ta ge m
exe m p los de c oop e ra ç ã o e n tre
unive r s ida de s e e mp re s a s , c a s os
d e suc e s s o de s ta r tup s , for ma ç õe s
d ife re n te s p a ra exe c utivos n a s
insti tuiç õe s de e n s in o e for ma s
criativa s de re c r uta r ta le n to
A te c n ologia we a ra ble é uma
da s te n dê n c ia s do a n o. Ve ja a l gu ns
s ma r twa tc he s que p ode m s e r mu i to
úte is n a s ua v ida de e mp re s á r io
10 EXPERIÊNCIA
VODAFONE PORTUGAL
A Vo d a f o n e l a n ç o u u m a i n c u b a d o r a
com o objetivo de promover
a inovação e o empreendedorismo
na indústria das telecomunicações
Diretor Victor Ferreira
Subdiretor Marco Souta
Editora Mar ta de Sousa
Fotografia Ricardo Sequeira
Design Deadinbeirute, Lda
Publicidade [email protected]
Impressão
MX 3 - Ar tes Gráficas,Lda
Parque Industrial Alto da Bela Vista
Pavilhão 50, Sulim Park
2735-340 Cacém
Propriedade e Sede
GRENKE Renting, S. A .
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Tiragem 6000 E xemplares
Periodicidade Trimestral
Distribuição Por correio personalizada
Preço 3 Euros
Depósito Legal 330983/11
Nº Registo na ERC 126112
Edição Nº 14
3 4 F I LT R O
LIVROS
L e r um l iv ro p ode s e r ma is imp or t a nte
que ima gin a . Sa bia que os le itores
a tivos tê m ma is p roba bil ida de
de obte r bon s re s ul ta dos ?
O
mercado de trabalho exige hoje profissionais cada vez mais qualificados.
Neste sentido, é perfeitamente natural que a oferta de formação
especializada colocada pelas universidades, institutos politécnicos
e outros organismos a operar nesta área, seja cada vez maior e mais diversa.
O desafio coloca-se agora na hora de decidir qual a melhor opção a tomar
de forma a garantir o maior retorno para progredir na arena dos negócios
e na carreira. E é aqui que, o envolvimento do ensino com as empresas toma
cada vez maior preponderância garantindo uma melhor simbiose entre visões
outrora distantes. Vemos hoje empresas a recrutar dentro de universidades,
a procurar os melhores recursos. Profissionais que não chegam a abandonar
os estabelecimentos de ensino e acompanham a sua carreira profissional
com investimento permanente na sua vertente académica. Empresas que se
apoiam em serviços prestados por universidades porque acreditam que maior
qualificação assegura melhores resultados. Neste número da Bons Negócios
vamos abordar esta realidade, porque acreditamos que os maiores ativos das
empresas continuam a ser as pessoas e o conhecimento.
Bons Negócios a todos e boas leituras.
MARCO SOUTA
SUBDIRETOR
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 3
BREVES
CURIOSIDADES, SUGESTÕES, VÍDEOS...
F O R M AÇ ÃO
G R AT U I TA À
D I S TÂ N C I A D E U M C L I C K
Sem tempo para se deslocar às instituições
de ensino para uma formação? A solução
está à distância de um click. Os websites
Udacity e Coursera disponibilizam a qualquer
pessoa cursos online de diferentes matérias,
orientados por universidades de renome, como
a Universidade de Stanford, a Universidade de
Tokyo e a Universidade de Yale. E são gratuitos!
Através da Udacity, por exemplo, poderá
aprender a criar um negócio com o empresário
Steve Blank, que já lançou oito startups em
Silicon Valley. Para quem já é empresário, com
a plataforma Coursera, poderá melhorar as
suas competências em gestão, economia
e finanças. Um curso interessante: Liderança
através da inteligência emocional, orientado
pela Case Western Reserve University, nos EUA.
ZAPPOS CRIA REDE
S O C I A L PA R A R E C RU TA R
CO L A B O R A D O R E S
Escolher o colaborador certo não é fácil. Como saber, através
de um Curriculum Vitae e de uma entrevista, que a pessoa tem
as competências, valores e experiência pessoal necessária para trabalhar
na sua empresa? A Zappos, empresa de comércio eletrónico conhecida
pelas suas estratégias inovadoras, encontrou uma forma diferente
de recrutar novos colaboradores: criou uma rede social própria. Batizada
de Inside Zappos, a plataforma convida os interessados a inscreverem-se
e a interagirem com os atuais colaboradores da empresa, explicando
o porquê de quererem entrar no mundo Zappos. Os funcionários dão
a conhecer o espírito da empresa, conversam com os candidatos para
saberem mais sobre a sua experiência e interesses e fazem perguntas
típicas de uma entrevista de emprego.
O objetivo desta rede social é tornar o processo de recrutamento mais
rápido e fácil. A retalhista espera contratar 450 novos colaboradores
este ano, de acordo com o jornal Wall Street Journal.
SABIA QUE...
U M A C L Í N I C A Q U E T R ATA
Da S AÚ D E D O S S E U S N E G Ó C I O S
Agora já pode tratar da saúde dos seus negócios numa clínica. A TecMinho,
interface da Universidade do Minho, acaba de lançar a Clínica de Negócios,
um serviço de consultas especializadas que tem como missão apoiar a resolução
de problemas e a tomada de decisões. Segundo os responsáveis do novo projeto,
o serviço apresenta algumas semelhanças ao de uma clínica de saúde, uma vez que
os empresários interessados podem marcar uma ou mais consultas com diferentes
especialistas, que os vão apoiar no diagnóstico do problema e no respetivo plano
de ação. A equipa “médica” é composta por 16 especialistas, com formação
e experiência profissional, em 12 áreas diferentes. Por exemplo: contabilidade,
vendas, estratégia, gestão de recursos humanos, inovação, marketing, etc.
As consultas, de aproximadamente 1 hora, têm lugar nas instalações
da TecMinho. Mas o utente poderá, se preferir, ter uma consulta ao domicílio.
O serviço está disponível a qualquer pessoa ou organização e funciona todos
os dias úteis.
4 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
BREVES
CURIOSIDADES, SUGESTÕES, VÍDEOS...
C R É D I T O T H AT S M Y M O P / S H U T T E R S T O C K . C O M
T E D TA L K S :
VÍDEOS INSPIRADORES
PA R A E M P R E S Á R I O S
www.ted.com
S imon S inek ,
“ H ow great leaders
inspire action ”
O consultor acredita que os grandes líderes têm a capacidade
de inspirar as pessoas. Dá exemplos de empresas como a Apple
e líderes como Martin Luther King. O vídeo já foi visualizado por
mais de 17 milhões de pessoas.
L arry S mith ,
“ W h y you will fail
to hav e a great career”
“LIDERANÇA
E APRENDIZAGEM
SÃO INDISPENSÁVEIS
UMA À OUTRA”.
J O H N F I T Z G E R A L D K E N N E DY
O orador defende que só tem uma grande carreira
quem faz o que realmente gosta. O discurso foi visto
mais de 2 milhões de vezes.
RO B I N S H A R M A E M P O R T U G A L
PA R A FA L A R S O B R E L I D E R A N Ç A
Robin Sharma está de volta a Portugal. O especialista em liderança vai
dar uma conferência no Centro de Congressos do Estoril subordinada
ao tema “Lead Without a Tittle”. O evento pretende dar a conhecer
as melhores práticas de alguns líderes; as melhores táticas para
desenvolver um trabalho de qualidade; e ainda lições de liderança
pessoal para se tornar mais forte em diferentes ambientes. O evento
realiza-se no dia 23 de setembro.
Mais informações em www.teamleaders.pt.
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 5
PROGRAMA DE GESTÃO
EM MARKETING DIGITAL
4ª
EDIÇÃO
O PASSO DECISIVO PARA ACOMPANHAR
A MUDANÇA NO PARADIGMA DE MARKETING
Início: 16 OUTUBRO 2014
Duração total do programa: 62 horas
“É um programa bem estruturado, com a preocupação de
tocar nas principais áreas do Marketing Digital com uma
atualidade e profundidade muito relevantes.”
Apoio:
Frederico Contreiras
Mercuri Urval – Management Consultant
“A pertinência dos módulos apresentados, excelência do corpo
docente e a constante interação e partilha entre participantes
e docentes enriquecem esta experiência e tornam-na uma
aposta ganha.”
Alexandra Quintas
T_Insight for Brand Movements – Account & Strategy Manager
INFORMAÇÕES E CANDIDATURAS:
www.clsbe.lisboa.ucp.pt/executivos/digital
Tel.: 217 227 801 ou 217 214 220
E-mail: [email protected]
Católica Lisbon School of Business & Economics is ranked among Europe’s
Top 25 Business Schools. Consistently ranked the Best Business School
in Portugal. Triple Crown Accredited.
O P I N I ÃO
ALEXANDRE CALDAS
A S P E S S OA S N O
CE N T RO DA E S T R AT ÉG I A
TEXTO POR ALE X ANDRE C ALDA S
A
relação das Universidades (centros de saber)
com as Empresas (centros de fazer) está
a entrar numa nova geração. Mais centrada nas
pessoas e no capital humano. O capital humano
começa a ter um peso extraordinariamente
superior em relação a todos os outros recursos
na criação de riqueza no setor da educação,
ciência e inovação e, consequentemente, nas
sociedades do conhecimento, da economia
e das sociedades do futuro próximo. Assim sendo,
não faz sentido adotar uma estratégia que não
reforce significativamente as competências das
pessoas, sejam estas professores e alunos, docentes
e investigadores, empresários e inovadores.
A estratégia passa, portanto, por apostar em toda
a riqueza de capital humano associada às escolas,
universidades, centros de investigação, centros
tecnológicos, associações empresariais. Valorizar
as pessoas significa criar-lhes um quadro
de futuro, uma motivação para investirem na
qualidade, na inovação, no ensino e na aprendizagem ao longo da sua vida. Só quando verdadeiramente se assumir que as pessoas estão no centro
da estratégia, só nessa altura poderemos esperar
motivação, empenho, dedicação e trabalho… Esse
valor máximo de todos os homens em sociedade,
o trabalho competente e dedicado.
Mas se a necessidade de investimento nas
pessoas e capital humano é prioritária, qualquer investimento na inovação também o é.
E a inovação pode assumir diferentes “faces”
nas empresas. Inovação de produto, inovação
empresarial, inovação organizacional, por
exemplo. Inovar é um processo muito diverso.
ALEXANDRE
C A L DA S
Professor na Universidade
Lusófona, Alexandre Caldas
é atualmente international
relations advisor na
Fundação para a Ciência
e a Tecnologia, onde
trabalhou como diretor de
recursos humanos em 2013.
É ainda research associate
na Universidade de Oxford,
no Reino Unido. Já publicou
quatro livros e coordenou
vários projetos em ciência,
tecnologia e inovação.
O investimento passa ainda por – e esta deve
ser reconhecida como uma das únicas trajetórias possíveis – aumentar o peso das empresas
na própria definição da política tecnológica
e de inovação em Portugal. Porque quem inova,
essencialmente, são as empresas. E as empresas
são as pessoas. Sem pessoas, não há esperança
de desenvolvermos um sistema de ensino moderno
e de futuro. Não há esperança de desenvolvermos mais ciência, tecnologia e inovação…
Sem as pessoas, a sociedade do conhecimento
em Portugal não passará de uma miragem a mais
de século e meio de distância. Não podemos
perder mais oportunidades.
ADVISOR NA FUNDAÇÃO
PARA A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA
[email protected]
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 7
MEET THE LEADER
ACITEL
Líder
viajante
O diretor comercial da Acitel já foi eleito um dos melhores gestores de pessoas
em Portugal. É isso que mais gosta de fazer, no trabalho pelo menos. Fora de
horas, Jorge Valentim gosta de estar com a família e viajar. Juntar esses dois
prazeres num só é o seu maior passatempo
8 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
MEET THE LEADER
ACITEL
J
orge Valentim adora viajar. Se pudesse viajava mais. Mais
tempo, mais dias. Mais do que as duas semanas seguidas
de férias, que tira sempre sem fugir à regra. Nos seus últimos
dias de lazer, foi a Budapeste, onde a sua filha mais velha viveu
até há bem pouco tempo. Os seus momentos de pausa e lazer
são dedicados à família, às filhas de 19 e 14 anos. Ambas bailarinas. “As minhas duas filhas andam no ballet. A mais velha
estudou no conservatório de dança em Lisboa e já participou
em espetáculos em vários locais no estrangeiro. Nas minhas
férias, tento, por vezes, juntar estes dois prazeres: estar com
a família e viajar”, revela o diretor comercial da empresa
de telecomunicações Acitel. Admite mesmo: “é como se fosse
o meu passatempo”.
Viajar também faz parte do seu dia-a-dia na Acitel. Enquanto
líder comercial da empresa portuguesa, Jorge tem muitas vezes
de fazer deslocações pelo país, principalmente para Lisboa. “Por
vezes, tenho reuniões de trabalho na delegação da Acitel em São
Domingos de Rana. E aí o meu dia começa bem cedo, pelas
6 horas da manhã”. Mas, o diretor comercial de 47 anos gosta
de trabalhar. Gosta, principalmente de liderar, gerir pessoas.
“Trabalho há quase dez anos como diretor comercial. Gostaria
de estar mais tempo a vender, mas não me arrependo de ter
assumido esta função. O melhor que sei fazer é gerir pessoas”.
E não é a toa, que Jorge Valentim o afirma. Em 2012, a Tema
R E S P O S TA R Á P I DA
CO M J O R G E VA L E N T I M
QUAL A QUALIDADE QUE UM
LÍDER DE UMA EQUIPA DEVE TER?
Ser credível é o ponto mais forte de todos, mas
ter também a capacidade de gerar a motivação e a
confiança necessárias para as equipas acreditarem
ser possível atingir as metas.
O QUE É MAIS IMPORTANTE PARA SI,
NA HORA DE CONTRATAR UMA PESSOA:
EXPERIÊNCIA OU FORMAÇÃO?
“ S OU U M L Í DER PELO E X E M PLO
E N ÃO PEL A I M P O S IÇ ÃO”
Central e a Qmetrics elaboraram o primeiro ranking português dos melhores gestores de pessoas, e o diretor comercial
da Acitel ficou nos 20 primeiros lugares.
Se o seu ponto forte é gerir pessoas, o responsável admite
que o seu ponto fraco é “falar demais e ouvir pouco”. “Quando
quero motivar os meus colaboradores, falo com tanta garra que
às vezes esqueço de ouvir. Mas depois dou volta à situação,
colocando-me ao lado deles, sendo um líder pelo exemplo e não
pela imposição”. Um líder que admira: Belmiro de Azevedo,
dono da Sonae. “Apesar da idade avançada, é um exemplo
a seguir pelo que conquistou, pelo seu trabalho e pela criatividade no negócio”, confessa.
Jorge Valentim nasceu em Angola e veio para Portugal
aos oito anos. Mas apesar de a Acitel ter delegações no país
do continente africano, o diretor comercial não pensa em
voltar. “Trabalhar em Angola está fora de questão. Só tenho
curiosidade em voltar para visitar o local onde nasci”, admite.
Prefere continuar por terras lusas, a gerir as 18 pessoas que
tem a seu cargo. É o que o motiva neste momento. Isso,
e as viagens em família. bn
A formação traz à partida mais conhecimento, no entanto, a experiência
adquire-se pelo trabalho, pelas relações
interpessoais e por uma aprendizagem
contínua. Assim, no momento da decisão,
talvez a experiência tenha mais peso.
O MAIOR MITO
NOS NEGÓCIOS?
Um excelente
passado não é
garantia de futuro
e de sucesso.
QUAL A
MELHOR FORMA
DE MOTIVAR UM
COLABORADOR?
Saber escutá-lo,
desenhando estratégias e desafios
contínuos que
também façam
parte dos seus
“sonhos” e projeto
de vida.
O QUE OS SEUS
COLABORADORES NÃO SABEM
SOBRE SI E QUE OS PODERIA
DEIXAR SURPREENDIDOS?
No início, do meu mundo do
trabalho, nunca tive muito interesse por áreas tecnológicas.
COM QUE EMPRESÁRIO GOSTARIA
DE TROCAR DE LUGAR POR UM DIA?
Talvez com Richard Branson, presidente da Virgin
Galactic, pois tem tido a capacidade de inovar
e de “concretizar sonhos” em especial na área
das viagens e aventura.
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 9
EXPERIÊNCIA
VODAFONE PORTUGAL
EMPREENDEDORISMO
E M L A B O R ATÓ R I O
Se vivêssemos na era dos descobrimentos,
a Vodafone Portugal seria um dos exploradores.
A empresa está empenhada em descobrir novos
talentos entre os jovens portugueses e para isso
lançou no início do ano a sua incubadora Vodafone
Labs Lisboa. O objetivo é promover a inovação
e o empreendedorismo na indústria de
telecomunicações em Portugal. E, em pouco
tempo, já conta com mais de 20 empresas incubadas
10 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
EXPERIÊNCIA
VODAFONE PORTUGAL
P
ortugal tem um espírito empreendedor. Cada vez mais, nos
deparamos com jovens a lançar os seus próprios negócios
(até na sua fase de estudantes). Não admira por isso que surjam
no país um número crescente de startups. Que aumenta de ano
para ano. Segundo um estudo da Informa D&B, entre 2007
e 2011, 98% do tecido empresarial português era constituído
por pequenas empresas. Além disso, são responsáveis pela maior
fatia da criação de novo emprego em Portugal, 61% para sermos
mais exatos. Outro dado interessante: quase 30% das startups
em Lisboa são de base tecnológica.
A contribuir para este cenário estão as incubadoras, espalhadas
por todo o país. De há uns anos para cá, o número de iniciativas
públicas e privadas de apoio à inovação e ao empreendedorismo
aumentou. A mais recente incubadora: a Vodafone Labs Lisboa.
“Queríamos dar às comunidades de developers e startups portuguesas a oportunidade de desenvolverem negócios inovadores,
local e globalmente, fora do tecido empresarial já estabelecido”,
adiantou a Vodafone Portugal, após o lançamento do espaço.
As startups incubadas neste laboratório têm a oportunidade
de trabalhar num “ecossistema colaborativo, onde poderão ter
acesso a uma rede de networking no seio da indústria móvel e contar
com um acompanhamento desde o início até ao go-to-market”.
O espaço tem cerca de 1000m2 e conta já com mais
de 20 projetos incubados. De diferentes áreas, desde negócios
relacionados com serviços, eventos, tecnologia e vídeo. Todas
as empresas têm à sua disposição salas de incubação, entre os 30
P ROCU R A D E
TA L E N T O N A S
U N IV E R S I DA D E S
A
Vodafone tem apostado cada vez mais numa
relação próxima às universidades. Prova disso,
é a competição tecnológica destinada a jovens
talentos no seio da comunidade universitária:
o Vodafone Mobile Data Challenge. No passado mês
de maio, realizou-se mais uma edição e o projeto
vencedor foi uma “bracelete de monitorização para
ser utilizada na deteção de sinais vitais durante
as urgências”, adiantou a operadora.
Com esta competição, a Vodafone Portugal
pretende aproximar a comunidade académica do
meio empresarial. A iniciativa tem como objetivo
identificar novos talentos em tecnologia e estimular o espírito criativo de jovens universitários,
através da apresentação de inovações tecnológicas
que façam a diferença.
Para a operadora, as vantagens de uma relação
entre empresas e universidades são para ambas
as partes. “A cooperação é vista como uma fonte
de transferência de tecnologia e geradora de
inovações. Os alunos entram em contacto com
a realidade, tomando conhecimento do setor, áreas
e funções onde podem iniciar o seu trajeto profissional. A Vodafone, por sua vez, vê a ligação com
as universidades como um motor de disseminação,
da inovação, do conhecimento e das tecnologias”.
Quanto ao prémio da competição, os vencedores, para além de receberem um equipamento
Vodafone, têm a oportunidade de desenvolver
o seu projeto na Vodafone Labs Lisboa.
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 11
EXPERIÊNCIA
VODAFONE PORTUGAL
OU T R A S
I N I CIAT IVA S
VODAFONE TECHNOLOGY WATCH
QUA SE 30 %
DA S S TA RT U P S E M L I SB OA
SÃO DE BA SE T ECN O LÓG IC A
Evento organizado pela Vodafone que promove
o debate sobre tecnologia e inovação, entre
o tecido empresarial e o meio académico. Durante
um dia, vários professores universitários da área
de tecnologia discutem com alguns parceiros
e especialistas da Vodafone os principais temas
que refletem as tendências no setor.
GESTOR DE PRODUTO POR UM DIA
e 80m2, por um custo a partir de 5 euros/m2. Segundo a Vodafone
Portugal, o preço inclui outros serviços, como internet e acesso
a espaços comuns (sala de reuniões, de formação e de convívio).
No seguimento desta iniciativa, a operadora lançou o programa
Vodafone Power Lab, que funciona dentro das mesmas instalações da incubadora e que tem como objetivo oferecer “benefícios
exclusivos para a criação de projetos empreendedores com cariz
tecnológico ligado à indústria de telecomunicações”.
Para aceder ao programa, é preciso cumprir alguns requisitos estabelecidos pela Vodafone Portugal. “Privilegiamos
projetos que tirem partido das capacidades das redes móveis de
alto débito (4G e UMTS 900), apresentem conceitos dirigidos
ao consumidor final e ainda que apresentem formatos que inovem
na utilização de equipamentos móveis”.
Os primeiros projetos a integrar o Power Lab são: a wiRide,
uma aplicação de partilha de boleias; a bioM, que desenvolveu
um gadget wearable que permite ao utilizador comandar equipamentos através dos seus próprios gestos; a Cyclethecity, uma
aplicação que disponibiliza percursos de bicicleta para turistas;
e a Bubble, serviço de monitorização de crianças para prevenir
desaparecimentos, usando um smartphone e um dispositivo
Bluetooth.
A Vodafone Labs Lisboa resulta de uma parceria da
operadora em Portugal com o ISCTE (através do seu Centro
de Empreendedorismo - Audax), a Câmara Municipal de Lisboa,
a Fundação Calouste Gulbenkian e a EPUL. bn
www.vodafonelabslisboa.pt
A Vodafone dá a oportunidade a estudantes
do ensino secundário de contactar com o mundo
empresarial. Durante um dia, os jovens têm
a oportunidade de conhecer o dia-a-dia de um gestor
de produto nesta operadora de telecomunicações.
DISCOVER VODAFONE GRADUATES
Programa de desenvolvimento da Vodafone
para jovens talentos, com mestrado em Gestão,
Economia ou Engenharia. Os jovens têm a possibilidade de participar em projetos inovadores
e trabalhar em três áreas distintas de negócio.
O programa tem como objetivo captar e reter
jovens para os quadros da Vodafone.
OPEN DAY
Todos os anos a Vodafone permite a estudantes
universitários conhecerem de perto o mundo
das telecomunicações e trabalharem em estudos
de casos reais, desenvolvidos pelas áreas de
estratégia, marketing e financeira da operadora.
A iniciativa conta ainda com uma visita guiada
à sede da Vodafone.
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 13
EVENTOS
C O M O FA Z E R O S C L I E N T E S B R I L H A R
A poste na sua
formação
e faça os seus
clientes brilhar
14 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
EVENTOS
C O M O FA Z E R O S C L I E N T E S B R I L H A R
S
ó quando os nossos clientes brilham, é que podemos brilhar.
O nosso sucesso só é alcançado quando estes são também bem
sucedidos. Correto? A GRENKE e a Bons Negócios decidiram
ajudar os seus parceiros nesse desafio de vencer no negócio,
ensinando-os que com pequenos gestos também se pode oferecer
um bom serviço ao cliente. Para isso, a Bons Negócios vai contar
com a ajuda de três especialistas no próximo evento subordinado
a este mesmo tema, que se intitula – “Pequenos gestos, grandes
sinais. Como fazer os clientes brilhar”. Os oradores são: Carla
Dias, formadora na Top Service Academy, e o consultor Paulo
Ferreira mais a atriz Joana Estrela, que farão uma apresentação-espetáculo sobre relações comerciais. A formação realiza-se nos
dias 22 e 24 de setembro, no Hotel Tiara Park Atlantic Lisboa
e no Hotel Tiara Park Atlantic Porto, respetivamente.
PERFIS
C ARL A DI A S
JOANA ESTRELA
Tem como clientes
Portugal Telecom, EDP,
Cofidis, Sonae, Fox
Deu aulas de “Expressão
Corporal e Verbal” na
Universidade Católica
Portuguesa e dá
formação através
da Ahptus
PAULO FERREIRA
Estudou Engenharia Mecânica
em Coimbra, mas apesar de ser
apaixonada por esta área, decidiu
seguir uma carreira de public speaker
há cerca de 10 anos. E não se vê
a fazer outra coisa. “Quero contribuir
para a melhoria da cultura de serviço
no país”, pode ler-se no seu website.
Atualmente é sócia fundadora
da empresa Visão Integrada, onde
se especializou em reestruturação
e reorganização empresarial. Em
2011 lançou a Top Service Academy,
uma academia que dá palestras,
workshops e programas integrados
para organizações. Carla Dias já
falou para mais de 20 mil pessoas,
entre palestras e workshops, para
empresas e universidades. Tem
como clientes Portugal Telecom,
EDP, Cofidis, Sonae, Fox.
No seu currículo conta
já com 10 mil horas de
intervenção ao nível da
formação e consultoria
Licenciado em Gestão de Empresas,
Paulo Ferreira tem uma experiência
profissional de 10 anos enquanto
consultor. Desde 2011 que é sales
projet manager na empresa de
consultoria Impact Sales, onde
dá formações a várias equipas
comerciais. É ainda docente do
IPAM - The Marketing School, na
pós-graduação de Direção Comercial
e Vendas. No seu currículo conta já
com 10 mil horas de intervenção
ao nível da formação e consultoria,
tendo colaborado com as empresas
L’Oréal, ERA Imobiliária, FedEx,
Tranquilidade, Telepizza, ANA
Aeroportos de Portugal, Levi´s,
entre outras.
Apesar de ser formada em estudos
teatrais, Joana Estrela é uma atriz
multifacetada. Já trabalhou como
professora de teatro e dança,
foi apresentadora de televisão
e cantou numa banda. Uma das
suas atividades mais recentes:
formadora. No ano passado, deu
aulas de “Expressão Corporal
e Verbal” na Universidade Católica
Portuguesa e deu uma formação,
“Comunicar com Arte”, através da
Ahptus (empresa que criou a Impact
Sales).
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 15
BASTIDORES
J A S O N A S S O C I AT E S
WHY JASON?
Jason Associates é uma consultora de gestão de talento, mas o seu nome pode induzir em erro quem não conhece
a empresa. “Pensam que somos uma empresa estrangeira e que somos uma sociedade de advogados”, revela Sónia Nunes.
No entanto, o nome Jason tem outro significado. Jason foi um herói-líder da mitologia grega, que reuniu um grupo
de 50 homens para embarcarem numa nau, a Argo, com a missão de recuperarem um talismã. Porém, o seu grande feito,
e segundo a partner da consultora, foi inspirar os Argonautas (nome que deram aos tripulantes) a encontrarem os seus
poderes individuais. Só assim, Jason conseguiu triunfar na sua missão. “Na Jason Associates também temos um líder:
Pedro Brito, managing partner da empresa. E temos uma equipa de 70 pessoas com talentos individuais, à semelhança
dos argonautas. São de áreas bem diferentes, como a engenharia, economia, sociologia... Cada um tem o seu talento
e a sua individualidade”, conta. E, juntos, também têm uma missão: a de descobrir, manter e reter talento. O nome Jason
foi sugerido por Rui Correia Nunes, advisor da consultora desde 2004, ano em que foi criada a empresa, sediada em Lisboa.
USE YOUR HED TO BE HAPPY
A Jason Associates assume-se como uma consultora que “apoia o sucesso dos seus clientes
através da atração, desenvolvimento e retenção de talentos”. E para isso usa todos os meios
para o fazer. Um deles: o lançamento do livro HED (Human Experience Design), “uma espécie
de manual de gestão de talento, que pretende inspirar os profissionais a trazer para as suas
organizações práticas de excelência de liderança e de desenvolvimento de pessoas”. O livro
reúne uma série de dicas, práticas, frases inspiradoras e testemunhos que podem ajudar
os líderes de uma empresa a criar valor para a sua organização. No final, o grande objetivo
da Jason é ajudar as empresas num grande desafio: o de desenvolver o talento, promovendo
a felicidade corporativa. “As pessoas nem imaginam o impacto que a felicidade pode ter
no resultado financeiro de uma empresa. No dia em que o perceberem, todos ganham.
As pessoas felizes fazem mais, melhor e durante mais tempo”, defende Sónia Nunes.
O manual HED pode ser adquirido no website da Jason Associates (www.jasonassociates.com).
16 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
BASTIDORES
J A S O N A S S O C I AT E S
THERE IS TALENT IN THE CITY
Procurar um emprego não é fácil para os jovens.
Para as empresas, encontrar o colaborador
certo, também não o é. De todos os currículos
que recebem como descobrir o tal? Consciente
desse problema, dos seus clientes, a Jason
Associates criou uma plataforma que ajuda
as empresas a relacionarem-se com os jovens
que estão à procura trabalho. Chama-se Talent
City. “Criámos uma cidade virtual que coloca
as empresas e a nova geração em contacto,
mas tudo numa lógica de jogo”, adianta Sónia
Nunes, partner da consultora. Assim, nesta
cidade, os jovens têm o seu próprio quarto, que
funciona como uma espécie de CV, onde o cubo
Rubik representa as competências e uma mala
a experiência profissional, por exemplo. Já
as empresas, têm o seu próprio edifício
onde pode ler-se uma apresentação geral
do seu negócio. Existe ainda o Hangar das
Oportunidades, espaço onde podem divulgar
as suas ofertas de trabalho. A ideia da cidade
virtual é os jovens e as empresas darem-se
a conhecer num ambiente muito mais divertido.
“A plataforma ainda funciona como uma
ferramenta de recursos humanos mas também
de marketing”, acrescenta Sónia Nunes.
Atualmente, a Talent City conta com a presença
da Unicer, EDP, Nestlé, Fnac, L’Oréal, Microsoft,
Portugal Telecom, entre outras. Além das
empresas, existe ainda um campus onde
diferentes universidades apresentam as suas
ofertas formativas (mestrados, pós-graduações,
MBA). A cidade tem 54 mil habitantes.
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 17
T E M A D E C A PA
A S FA C E S D O S U C E S S O
18 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
T E M A D E C A PA
A S FA C E S D O S U C E S S O
O sucesso de um país tem duas caras: a dos jovens empreendedores
e a dos empresários. Ambos têm a ambição na vida de desenvolverem novas
ideias, produtos e serviços. E para isso, podem contar com a preciosa ajuda
das universidades, seja através da investigação, das incubadoras e da formação.
O objetivo principal? Desenvolver o talento que há em Portugal
A
universidade pode ser encarada como um motor da sociedade e da economia. Se considerarmos que é de lá que sai
o “futuro” de um país. É nestas instituições que se formam
os novos empreendedores. É nestas instituições que surgem ideias
de negócios e que se desenvolvem novas tecnologias. E as grandes
empresas portuguesas sabem disso. Tanto que uma parte do seu
orçamento destina-se à investigação académica. De acordo com
o último ranking da Times Higher Education, Portugal surge
na 29ª posição na lista dos países do mundo em que as universidades mais recebem das empresas para
investigação. Em média, as grandes
empresas portuguesas investem cerca
de 6.400 euros por investigador.
A título de curiosidade: as empresas
sul-coreanas estão em primeiro lugar,
investindo em média de 73 mil euros
por investigador.
Portugal - Associação Empresarial para a Inovação.
Segundo informações disponíveis no website da COTEC,
a ligação entre a UA e a PT Inovação começou em 1973 com o CET
- Centro de Estudos de Telecomunicações (antiga PT Inovação),
abrangendo diferentes áreas: académica (orientação conjunta
de 50 dissertações de mestrado e 20 dissertações de doutoramento),
científica (mais de 100 publicações conjuntas) e de transferência
de tecnologia (140 milhões de euros de investimento em projetos
de investigação e desenvolvimento tecnológico conjuntos, com
financiamento externo). Há mais:
cerca de 50% dos atuais quadros
da PT Inovação são formados pela
UA (202 diplomados).
EM MÉDIA,
AS GRANDES EMPRESAS
PORTUGUESAS INVESTEM
CERCA DE 6.400 EUROS
POR INVESTIGADOR
Esta relação entre as empresas
e as universidades tem vindo a crescer,
de ano para ano. Porque ambas têm a noção que saem a ganhar.
Os empresários sabem que trabalhar em conjunto com estas
instituições ficam mais perto de uma fonte de conhecimento
e inovação, as universidades sabem que têm aqui um apoio
ao trabalho dos seus investigadores. Um bom exemplo de cooperação: a Universidade de Aveiro (UA) e a PT Inovação. Em
novembro do ano passado, a colaboração entre estas duas instituições foi distinguida na 1ª edição do concurso “Casos Exemplares
de Cooperação Universidade-Empresa”, organizado pela COTEC
A relação entre as empresas
e as universidades é ainda visível com
o lançamento, em parceria, de incubadoras, onde os jovens criam novos
negócios e produtos. Afinal, o empreendedorismo português está em voga
e não faltam estudantes universitários com vontade de ter a sua
própria empresa. Segundo um estudo da rede de universidades
Universia, 82% dos estudantes portugueses veem o empreendedorismo como uma solução para o seu futuro profissional. Por
diferentes razões. Por exemplo, 34% dos inquiridos acreditam
que trabalhar por conta própria é o método mais apropriado para
ter liberdade de ação profissional. Outro dado mais interessante:
28% admite que gostaria de ser empreendedor simplesmente para
fazer o que gosta.
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A S FA C E S D O S U C E S S O
silicon valley
em bom português
Em Portugal respira-se
empreendedorismo e nas
incubadoras nascem cada
vez mais projetos de sucesso.
O nosso país podia ser
a versão portuguesa
de Silicon Valley, na Califórnia
N
tário de Estado da Inovação, Investimento
e Competitividade, Pedro Gonçalves.
A vantagem dos jovens-estudantes-empreendedores-portugueses é que hoje têm mais
ajudas para lançar a sua própria empresa.
A todos os níveis. Por exemplo, um empreendedor poderá alugar um espaço físico
numa incubadora, ter acesso a soluções
de financiamento e receber apoio através
de formações sobre empreendedorismo.
Em Lisboa existem algumas incubadoras dentro de portas das universi-
CRÉDITO HBO / JAIMIE TRUEBLOOD
ão faltam por aí histórias de empreendedores que lançaram os seus negócios ainda na fase de estudantes universitários. Sabia que o Google e o Yahoo!
foram criados por alunos da Universidade
de Stanford, instituição que originou
o Silicon Valley, na Califórnia? E apesar de
as condições serem diferentes das atuais,
onde os estudantes-empreendedores não
tinham tantos apoios, estas duas grandes
empresas são casos de sucesso. Hoje,
também em Portugal, temos assistido
a um número crescente de negócios que
surgem nas universidades. Mesmo vivendo
numa situação de crise. Os portugueses são
dos mais empreendedores quando estão
à “rasca”, disse recentemente o secre-
SILICON VALLEY EM SÉRIE
O canal de televisão HBO
começou a transmitir em abril deste ano uma nova série que retrata
o ambiente de um dos maiores locais que promovem a inovação
e o empreendedorismo: Silicon Valley, na Califórnia. Com muito humor à mistura,
a série tenta contar como é o início de muitas startups tecnológicas, através
de um grupo de jovens que querem avançar com uma grande ideia de negócio.
A segunda temporada da série deve começar em abril do próximo ano.
20 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
dades e que contam com o total apoio
de grandes empresas. A Vodafone Labs
Lisboa, por exemplo, é uma incubadora
da Vodafone Portugal que está instalada
no ISCTE (ver página 10). Depois, existem
tantas outras incubadoras além-fronteiras
das universidades, lançadas por grandes
empresas. Como é o caso da EDP Starter,
que também tem como parceiro uma
universidade, a Nova School of Business
and Economics. Segundo Dinis Caetano,
autor do livro “Empreendedorismo
e Incubação de Empresas – uma aplicação
ao caso português”, em 2009 estavam
em atividade cerca de 50 incubadoras em
Portugal. Hoje não há estudos sobre este
número, mas com certeza é bem maior.
Principalmente na capital, onde o empreendedorismo se recomenda.
Recentemente, Lisboa foi eleita como
a Cidade Empreendedora Europeia
2015. No website da Câmara Municipal
de Lisboa, pode ler-se as razões desta
distinção: “Lisboa reforçou o seu estatuto
de startup city através de uma impressionante série de iniciativas como a ‘Empresa
na Hora’, que permite criar uma nova
empresa em tempo recorde; a Startup
Lisboa, incubadora de empresas fundada
em 2012 e integrada num projeto de reabilitação urbana da Baixa lisboeta; o Programa
de Empreendedorismo Jovem de Lisboa,
que proporciona aos jovens educação
e formação em áreas como a cidadania
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A S FA C E S D O S U C E S S O
ideia de sucesso
além-incubadora
e a ética, a progressão na carreira, o empreendedorismo e a literacia financeira;
e o Lisbon Challenge, que seleciona um
conjunto de startups e lhes fornece apoio
e orientação de primeira ordem, incluindo
sessões em Boston, Londres e São Paulo”.
Mas não é só a capital que respira
empreendedorismo. A Universidade
de Aveiro (UA), além de um bom exemplo
de cooperação com empresas, é também
um exemplo no que diz respeito ao apoio
aos jovens para criarem os seus negócios.
A Incubadora de Empresas da UA (IEUA)
surgiu há 18 anos e desde então já foram
criadas 50 empresas, 18 das quais estão
em atividade na incubadora. O portal
Sapo teve origem na IEUA. A startup
Beeverycreative, sobre a qual a Bons Negócios escreveu na última edição, também.
“A incubadora surgiu para ajudar
os alunos e os investigadores da universidade
a lançarem os seus próprios projetos,
com valor económico. Estes precisavam
de um local para os desenvolver e a universidade tinha um edifício desativado que
o aproveitou para esse efeito”, revelou
Celso Carvalho, diretor-geral da IEUA.
O sucesso desta incubadora mede-se pelos
números. O responsável adiantou que,
até final do ano passado, “as empresas
incubadas na IEUA representaram cerca
de quatro milhões de euros em volume de
negócios e criaram 100 postos de trabalho”.
Nem todos os casos de startups,
que somam e seguem, tiveram origem
nas incubadoras das universidades.
Acontece também, empresários terem
boas ideias de negócio quando estão
a tirar uma formação, por exemplo.
Foi o que aconteceu a Carlos Silva. Em
2009, o empresário português estava
a tirar um MBA na Universidade de Oxford,
no Reino Unido, quando teve a ideia de criar
a Seedrs, uma plataforma de investimento
em startups, inspirada no conceito
de crowdfunding.
A ideia surgiu ao empresário de 35 anos
depois de ele próprio viver o problema
“clássico” de todos os empreendedores:
falta de dinheiro. “Tinha algumas ideias
de negócio que queria lançar, mas
não tinha capital para o fazer. Na
altura já havia algumas plataformas
de financiamento colectivo de projetos,
mas eram a meu ver ineficientes”, conta
Carlos Dias. Assim, em julho de 2012
a Seedrs foi lançada oficialmente,
sendo a primeira plataforma do género
a conseguir a total aprovação de um
regulador financeiro no mundo. Qual
a diferença para outros websites de
crowdfunding? “A maior parte dessas
plataformas funciona com recompensas
em troca de donativos. Na Seedrs,
a diferença é que os investidores tornam-se
acionistas da nova startup”, explica.
A Seedrs já ajudou 113 empresas
a obterem capital e tem atualmente 46
mil utilizadores registados. Os projetos
submetidos na plataforma são na sua
maioria tecnológicos, mas Carlos Dias
revela que já tiveram outros tantos
ligados a outras áreas, como “produção
de peças musicais, produção de vinho
e até de queijo”! Para investir num projeto
e tornar-se acionista bastam 10 libras.
O maior investimento alcançado por
um projeto? O da própria Seedrs. A startup
pediu um investimento de 750 mil libras
e no final conseguiu alcançar 2,6 milhões
de libras. Um investidor único, português,
investiu cerca de 170 mil libras.
A Seedrs cobra uma comissão de 7,5%
aos empreendedores que alcancem o seu
objetivo de financiamento e recebe ainda
7,5% sobre os lucros dos investidores
com o negócio (a Seedrs atua como
representante legal dos investidores,
defendendo todos os seus interesses
perante os empreendedores).
Conclusão: vale a pena apostar
na formação? Carlos Dias acredita que
sim. Se não tivesse ido ao Reino Unido
para tirar um MBA não teria conhecido
o seu sócio Jeff Lynn e criado a empresa
que tem hoje. A Seedrs tem escritórios em
Londres e Lisboa e emprega 25 pessoas.
No ano passado, venceu o prémio de
melhor startup na London Web Summit.
Carlos Silva e Jeff Lynn
(à esquerda), fundadores da
plataforma Seedrs, que já ajudou
113 empresas a obter capital
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 21
T E M A D E C A PA
A S FA C E S D O S U C E S S O
a formação
de executivos é importante?
“
Hoje existe uma for te
motivação para a formação
dos executivos, que cada vez
mais é interpretada como
fundamental à sua carreira,
pois no longo prazo a situação
profissional de cada um vai
dependendo da cotação que,
face às suas competências, tenha no mercado
de trabalho. As principais motivações dos
executivos prendem-se com o desenvolvimento
e aperfeiçoamento de competências, assim
como a aquisição e a partilha de experiências
com os outros participantes, constituindo assim
o networking uma das formas de potenciarem
e alargarem a sua rede de contactos”.
CRÉDITO JORGE SIMÃO
PROFESSOR LUÍS CARDOSO,
DIRETOR DA CATÓLICA-LISBON EXECUTIVE EDUCATION
“
A maioria das organizações portuguesas está
a passar por transformações
profundas. Procuram ser mais
ágeis, mais internacionais
e mais eficazes na utilização
dos seus recursos. Temos
feito investimentos significativos no desenho de soluções formativas que
permitem dar resposta a estas necessidades,
apoiando ao máximo estas transições, de uma
forma eficiente, minimizando ansiedades, e evidenciando as oportunidades que estas mudanças
trazem”.
NADIM HABIB, CEO DA FORMAÇÃO
DE EXECUTIVOS DA NOVA SBE
“
A proposição de valor
das melhores escolas
de negócios é transformar
quadros empresariais em
líderes capazes de compreender e lidar com os desafios
globais e de elevada complexidade. Para isso, é necessário oferecer programas
de formação com abordagens plurais, multi
e interdisciplinares e metodologias de aprendizagem que atuem nas várias dimensões (cognitiva,
experiencial e emotivo-afetiva)”.
NUNO DE SOUSA PEREIRA,
DEAN DA PORTO BUSINESS SCHOOL
22 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
executivos
de volta
à escola!
Liderar uma empresa, seja
uma startup ou não, não é fácil.
Em qualquer parte do mundo.
Mas, como ser um bom líder
também se pode aprender
nas universidades
“P
ara duplicar as suas receitas,
triplique o seu ritmo de aprendizagem”. A afirmação é de Robin Sharma,
um dos maiores especialistas do mundo
em liderança. Durante a sua carreira
de 15 anos como consultor – a empresas
como Microsoft, IBM, Panasonic ou
organizações como IMD Business School
e Universidade de Yale – deu sempre esse
conselho aos seus clientes: o de aprender
mais. “Ser um génio é muito menos sobre
talento natural e muito mais sobre estudar,
preparar, praticar e aprender mais do que
aqueles que o rodeiam”, pode ler-se no seu
website www.robinsharma.com. O guru
defende que existem diferentes formas
de um líder adquirir mais conhecimento.
Pode ser através de livros, coaching,
conferências, workshops e até cursos em
universidades. Aliás, esta última opção
é uma das escolhas preferenciais dos executivos que pretendem desenvolver as suas
competências. E Portugal pode ser um
bom local para os gestores de empresas
o fazerem. O último ranking do Financial Times, revelado este ano, inclui três
escolas portuguesas entre as melhores
do mundo em formação de executivos.
Em programas abertos, a Católica Lisbon
School of Business & Economics é a que
se encontra em melhor posição, ocupando
o 40º lugar na lista. A Nova School of
Business and Economics está na 60º
posição e, por último, a Porto Business
School encontra-se no 64º lugar. Que tipo
de formações oferecem? Cursos, mestrados
e pós-graduações de gestão, de liderança,
de marketing e vendas, entre muitos outros
(veja o suplemento da Bons Negócios para
saber mais sobre a oferta de formação para
executivos).
T E M A D E C A PA
A S FA C E S D O S U C E S S O
onde estudaram os ceo
das empresas do ranking
fortune global 500?
25 CEO
UNIVERSIDADE DE harvard
13 CEO
UNIVERSIDADE DE tokyo
11 CEO
UNIVERSIDADE DE stanford
FONTE
W W W.T I M E S H I G H E R E D U C AT I O N . C O . U K
(DADOS DE 2013)
formações
out of the box
Para quem procura formações diferentes
ou de curta duração, também existem
alternativas em Portugal. É o caso dos
cursos da escola de formação de executivos
do IDEFE-ISEG. Lançada no ano passado,
a Lisbon Executive Academy aposta em
formações curtas (de um dia a uma
semana) que chamam a atenção também
pela suas temáticas. Contabilidade Forense,
Finanças para Gestores não Financeiros
e Brain and Business são alguns exemplos.
Abordar os temas clássicos de formações
de forma diferente é “uma tendência lá fora,
principalmente nos EUA e alguns países
da Europa”, segundo o diretor executivo do IDEFE, João Cantiga Esteves,
que acredita ser este o caminho certo
a adotar pelas universidades. “A sociedade
em geral está a viver uma fase complexa
e a crise apela a um conjunto de mudanças.
Daí a nossa aposta neste tipo de cursos.
Temos que repensar na oferta de formação
para executivos, de forma a estreitar
a relação com as empresas. Oferecer cursos
que dão respostas concretas a problemas
concretos”, afirma o responsável.
A oferta da escola do IDEFE-ISEG
passa por cursos de curta duração relacionados com áreas importantes para
os negócios, como gestão, finanças e marketing. Um exemplo: o Fast-Track MBA,
“um MBA com a duração de uma semana
destinado a pessoas que estão a subir a posições de liderança em que podem aprender
um pouco sobre finanças, marketing, etc”,
adianta. “Este curso destina-se àqueles
que querem tirar um MBA, mas que não
têm um ano académico disponível para
o fazer”. A instituição aposta ainda em
cursos direcionados para setores específicos, como o Music Festivals Management e o Luxury Brand Management
(este último já vai na 3ª edição).
Desde que a Lisbon Executive
Academy foi lançada já tiveram 300 participantes nos cursos de curta duração,
adianta João Cantiga Esteves.
E formações alternativas para startups?
Também as há. A Beta-i, associação sem
fins lucrativos que promove o empreendedorismo e a inovação, lançou no ano
passado um curso de liderança que leva
os jovens empreendedores - literalmente
- até a uma escola da Marinha para um
treino militar. “A ideia do Bootcamp
é os jovens desenvolverem todas as suas
capacidades de liderança num ambiente
de tensão psicológica. Aprenderem a terem
mais disciplina, a serem mais transparentes
na forma de comunicar, a conseguirem
perceber qual a problemática de um determinado assunto, a aprenderem a trabalhar
em equipa, a conhecerem quais são os seus
receios. Enfim, perceberem qual é o seu
perfil de líder”, adianta André Marquet,
cofundador da Beta-i.
O Bootcamp realiza-se durante um
fim de semana e todos os participantes
fazem um conjunto de exercícios no
terreno (em que todos passam pela posição
de líder), supervisionados por formadores
experientes. “Num ambiente militar e em
48 horas, os participantes ficam exaustos.
Devem dormir cerca de três a quatro horas.
É natural que ao fim de um tempo, a organização inicial de um grupo desaparece.
E é aqui que eles vão aprender e perceber
o que têm de mudar na forma de se relacionarem uns com os outros”.
André Marquet adianta que este tipo
de curso para startups ainda não é uma
tendência, mas acredita que o seja em
breve. Pelo menos, a julgar pela satisfação
dos últimos alunos. “É interessante ver
o antes e o depois. Os participantes, que têm
entre os 20 e 35 anos, apresentam no início
alguma resistência, mas depois admitem
que foi uma experiência fantástica”.
A primeira edição do Bootcamp contou
com 30 pessoas e em maio deste ano teve 80
participantes. São provenientes de vários
países, desde a Polónia, França, Itália,
Sérvia, Brasil e EUA. O curso de liderança
está inserido no programa de aceleração
de três meses para startups da Beta-i.
O próximo Bootcamp realiza-se no final
de setembro, em Lisboa.
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 23
T E M A D E C A PA
A S FA C E S D O S U C E S S O
criatividade no
recrutamento
de talentos
O sucesso de uma empresa
mede-se também pelos
talentos que possuem.
Mas como atrair pessoas
exemplares para trabalhar
no seu negócio? Com alguma
criatividade q.b.
O
recrutamento de colaboradores já
não é o que era. Na edição anterior
da Bons Negócios falámos da utilização
da gamificação na procura de talentos.
No entanto, esta não é a única ferramenta
que existe. Várias empresas utilizam redes
sociais para procurar novos trabalhadores.
Por exemplo, a Agência de Segurança
norte-americana publicou no Twitter uma
mensagem encriptada para encontrar um
colaborador que conseguisse “quebrar”
o código. Fora do mundo online, as estratégias não deixam de ser diferentes: a Renault
Brasil criou uma espécie de “Rally de
Talentos”, onde os candidatos tinham que
passar por diferentes provas, incluindo
a condução de um carro, a venda de um
automóvel a um cliente, entre outras atividades. Quais as vantagens destas estratégias fora da caixa? Além de chamarem
a atenção de talentos, podem ajudar
as empresas a poupar nos custos nesta procura
pelo profissional ideal. E aí, nesse caso,
a criatividade é a “arma” certa. A agência
de publicidade FP7, no Dubai, conseguiu
economizar no processo de recrutamento
ao adotar uma estratégia diferente e arrojada. Para contratarem novos criativos,
a empresa decidiu enviar a potenciais colaboradores um livro personalizado com um
telemóvel incorporado, e com um único
contacto, o do Executive Creative Director
da agência. O resultado: quatro talentos,
ditos de peso pela FP7, acabaram por
ser contratados. A empresa defende que
conseguiu poupar no processo de recrutamento cerca de 80 mil dólares. O custo
total da iniciativa? Pouco mais de 1.600
dólares (os telemóveis utilizados foram
“doados” pela Sony, cliente da agência)!
24 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
78% dos recrutadores
já usaram redes sociais para
efetuar uma contratação
FONTE JOBVITE 2013 SOCIAL RECRUITING SURVE Y
PequEnos gesTos, graNdes sInAis
COMO FAZER
OS CLIENTES
BRILHAR
Com
PaulO feRreiRa,
joaNa eStreLa
e cArla dIas
22 SetEmbrO
lisBoA
24 SetEmbrO
PorTo
HotéIs tIara parK atLantIc
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GratUito parA emPresAs.
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T E M A D E C A PA
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Agência de publicidade FP7 enviou
a potenciais colaboradores um livro
personalizado com um telemóvel
incorporado, com um único contacto.
A ideia chamou a atenção e
conseguiram contratar quatro
pessoas de talento
Anúncio da Fundação Mais para
recrutar um novo diretor executivo.
Um dos requisitos da associação:
a pessoa tinha que ser uma espécie
de super-herói
26 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
Não são precisos muitos recursos para
termos uma estratégia criativa. Às vezes
bastam as palavras certas, através de um
simples anúncio, para chamar a atenção.
Veja o caso da Fundação Mais, que colocou
no jornal Expresso diferentes anúncios
que procuravam um diretor executivo
que tivesse algumas “características” que
muitos super-heróis têm. Um dos anúncios
dizia: “Justiceiro incógnito precisa-se.
Inteligente, filantropo, boa forma física,
gosto por viajar, vontade de vencer, amante
de todas as criaturas e alto sentido
de justiça e igualdade. Lealdade e devoção
são fatores determinantes para esta posição.
Cave e carro supersónico não incluídos.”
Na imagem estava impresso um morcego
que, em conjunto com a mensagem, passava
a ideia que o colaborador teria de ser uma
espécie de Batman.
Como surgiu a ideia deste anúncio?
“O nosso cliente, a Fundação Mais,
deu-nos uma referência para este desafio.
Foi um vídeo que a Apple lançou em 1997,
que apelava ao espírito de ‘pensar diferente’
e que se dirigia aos que ‘acreditam que
podem mudar o mundo’. Este foi o mote
para percebermos que teríamos que pensar
de forma diferente, de forma a conseguir
captar o candidato esperado, aquele que
para além da curiosidade, pudesse de facto
acreditar que poderia mudar o mundo.
Queríamos encontrar um ‘super-candidato’”, revela Marko Rosalline, diretor criativo e project manager da Deadinbeirute,
agência que concebeu toda a campanha.
“A relação desta ideia ao resultado
final foi quase óbvia. Queríamos pessoas
que tivessem as características humanas
de alguns super-heróis facilmente reconhecíveis”, acrescenta o diretor criativo.
Os resultados da campanha, lançada
em Fevereiro de 2013, foram surpreendentes nas palavras de Marko Rosalline,
principalmente porque a Fundação Mais
era até à data pouco conhecida. Foram
obtidas cerca de 700 candidaturas.
E a vaga de super-herói foi preenchida.
T E M A D E C A PA
A S FA C E S D O S U C E S S O
À falta de imaginação, as empresas
podem sempre recorrer a empresas
de recursos humanos, headhunters, executive search. Em Portugal existem várias
empresas do género. A Jason Associates
(ver páginas 16 e 17) é uma delas. Como
a agência procura talento? Segundo Susana
Leitão, Business Unit Manager da Jason
Associates, o processo começa “por
marcar uma reunião com as pessoas chave
da empresa-cliente que estão envolvidas
no processo de contratação. Desta forma,
conseguimos compreender de forma mais
clara qual é a expectativa concreta que
existe relativamente ao impacto que esta
contratação deverá ter na organização.
Além disso, permite-nos compreender
a cultura, a personalidade da pessoa ou
das pessoas com quem este profissional
irá trabalhar”.
A segunda fase é identificar os potenciais candidatos. E aí, a Jason Associates
faz uma procura exaustiva, procurando na
sua própria base de dados, consultando key
opinion leaders no setor onde a empresa
atua, e fazendo uma pesquisa direta.
De seguida, e segundo a responsável,
faz-se um “screening telefónico”, onde
através de uma conversa por telefone se
avaliam os requisitos base para a função
(experiência, idade, idiomas, por exemplo)
e a motivação para entrar no projeto.
Caso o candidato corresponda ao perfil
pretendido, é marcada uma entrevista
com os consultores da Jason. A entrevista
presencial é feita com base numa fórmula
de avaliação concebida pela Jason em 2004,
que permite perceber como é o candidato
para além das “dimensões experiência ou
competências”. Permite, por exemplo,
perceber quais os “valores pessoais
e a forma como pode impactar o sucesso
do projeto; o alinhamento cultural com
a empresa, área e equipa; alinhamento da
experiência e competências com o diretório de competências da empresa que
está a contratar; expectativas, desejos ou
necessidades não reflectidas (remuneração,
forma de reconhecimento, localização
e mobilidade); entre outros”. Daqui resulta
uma short-list (três a quatro candidatos)
que é apresentada num relatório à empresa.
O cliente entrevista estes potenciais colaboradores e se um deles corresponder ao
perfil que procuram, a Jason assessoria
a empresa-cliente no desenho da proposta
e gestão da expectativa do candidato. bn
4 dicas para
procurar um talento
por Susana Leitão da Jason AssociateS
AS PESSOAS TÊM
UM LADO PESSOAL
E UM LADO PROFISSIONAL.
É BOM QUE PROCURE
CONHECER OS DOIS LADOS!
AS PESSOAS TÊM
EXPECTATIVAS E MOTIVAÇÕES QUE
NEM SEMPRE SÃO CLARIFICADAS.
É BOM QUE AS CONHEÇA PARA NÃO
TER SURPRESAS DESNECESSÁRIAS!
NÃO DEIXE AS CONVERSAS
DURAS PARA O FINAL.
MOBILIDADE, EXPECTATIVAS
DE REMUNERAÇÃO SÃO CONVERSAS
QUE VÃO TER DE ACONTECER!
NÃO DEIXE DE OUVIR.
PEÇA PARA QUE O CANDIDATO
FAÇA PERGUNTAS SOBRE A FUNÇÃO,
A EMPRESA.
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 27
NOVOS NEGÓCIOS
JOBBOX
Recrutamento
por recomendações
Procura os melhores techies para trabalharem na sua empresa? Liste a oferta
na Jobbox, uma plataforma que vem facilitar o recrutamento na área tecnológica
através de recomendações de amigos. O registo é gratuito
G
anhar dinheiro por recomendar um amigo para um posto
de trabalho pode ser um bom negócio. E pode ser um bom
negócio em todos os sentidos: para a empresa que ganha um novo
colaborador, para o trabalhador que ganha um novo emprego
e para a pessoa que recomenda, uma vez que ganha uma recompensa monetária. A ideia deste negócio é de Pedro Oliveira
e de José Vicente Paiva e o novo serviço chama-se Jobbox.
O objetivo da plataforma digital é facilitar o recrutamento de colaboradores na área tecnológica, mas através de recomendações de
amigos. “Queremos revolucionar a facilidade e a rapidez com que
as empresas encontram engenheiros, programadores, web designers
e outros profissionais de marketing digital”, revela Pedro Oliveira.
“C E RC A D E 2 5 % A 4 0 %
D O S C A N D I DAT O S S ÃO R E C RU TA D O S
CO M B A S E E M R E CO M E N DAÇÕ E S . E L A S
T R A Z E M U M VA L O R AC R E S C E N TA D O Q U E
N ÃO E X I S T E N O S P RO C E S S O S F O R M A I S ,
Q U E É A CO N F I A N Ç A”
O serviço é gratuito e funciona de forma muito simples.
As empresas publicam a oferta na plataforma, descrevendo
os skills que o colaborador deve ter e o valor da recompensa que
estão dispostos a pagar. Depois, os referenciadores registados
no website podem indicar alguém para essa mesma oferta.
A pessoa recomendada é notificada através da Jobbox e caso esteja
interessada pode ligar-se à plataforma para importar os dados
do seu perfil no LinkedIn e candidatar-se ao emprego. A Jobbox
analisa a candidatura e, se adequada, a pessoa é contactada pela
empresa que colocou a oferta. Se o candidato for contratado,
o referenciador recebe a sua recompensa através da Jobbox.
A média das recompensas das empresas é de cerca de 300
euros. No entanto, a recompensa por uma única recomendação
pode chegar até aos 4.200 euros, por exemplo. Quem define
o valor é a empresa. A Jobbox recebe uma comissão que varia
entre 30 a 50% sobre o valor da recompensa.
O website foi lançado em fevereiro e já conquistou uma série
de clientes. Entre eles: a Spotify, a OutSystems, a Zaask, a Muzzley,
entre outras. A Jobbox tem atualmente 30 ofertas de trabalho
disponíveis, de cidades como São Paulo, Praga, Estocolmo,
Berlim, entre outras. No total estão 42 empresas registadas
e 130 “recomendadores”. O objetivo até final do ano? Alcançar
os 10 mil registos e 100 colocações bem-sucedidas. bn
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 29
OLHARES
YDREAMS
O SONHO
CO N T I N UA
Robôs criados pela YDreams, para o Grupo Santander em Espanha,
que ser viam de guias paras os visitantes da cidade financeira do banco
30 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
A YDreams é uma das empresas
tecnológicas portuguesas mais conhecidas
globalmente. Os mais de 700 projetos
que fez, em 25 países, e em 14 anos
de existência, elevam-na a esse patamar.
Mas António Câmara quer mais. O CEO
da empresa acredita que ainda não fez
tudo o que sonhou para a YDreams
OLHARES
YDREAMS
M
uitas empresas começam na garagem de casa ou nas universidades. Nos EUA é assim e Portugal não foge à regra. Exemplos? Jeff Bezos criou a Amazon, em 1994, na garagem de casa.
Bill Hewlett e Dave Packard idem, criaram a HP numa garagem
em 1939. Já nas universidades, temos o caso do Facebook, cuja
ideia surgiu a Mark Zuckerberg nos dormitórios da faculdade
de Harvard. Estávamos em 2004. Por cá, quatro anos antes,
também António Câmara criou a YDreams numa universidade.
O CEO da tecnológica portuguesa trabalhava no laboratório de
investigação GASA, da Faculdade de Ciência e Tecnologia na
Universidade Nova de Lisboa, quando em conjunto com os seus
colegas professores fundou a Ideias Interactivas – atual YDreams
– em Junho de 2000. António Câmara tinha 46 anos. Porquê só
nesta altura? A experiência e o know-how do grupo de empresários
(António Câmara deu aulas no conhecido Instituto de Tecnologia
de Massachusetts) empurrou-os para este caminho. E o empreendedorismo não escolhe idades. Tanto que quando começaram,
confessa António Câmara, os professores-empresários julgavam
que iam ficar milionários em dois anos. Inocência idêntica à dos
jovens empreendedores e da qual António Câmara sente saudades.
“Éramos incrivelmente entusiasmados”, diz-nos. O facto de terem
ganho em concurso um projeto para a Telecel, agora Vodafone,
ajudou no entusiasmo inicial. Desde então a empresa teve outras
tantas conquistas. “Em Portugal também se criam bons produtos
para qualquer mercado. Prova disso é termos cerca de 50 clientes
no ranking da Fortune 500”, aponta o empresário. A YDreams já
trabalhou com a Disney, Samsung, Nokia, Microsoft, Volkswagen,
Opel, Adidas, Grupo Santander, L’Oréal, entre outros.
Até à data já idealizou mais de 700 projetos, em 25 países.
A maior parte para o setor de retalho, educação e cultura. E sempre
com a ideia de interatividade em cima da mesa, ou não fosse essa
a sua área de negócio. Alguns exemplos? A YDreams criou para
o Grupo Santander, em Espanha, robôs que serviam de guias
para os visitantes da cidade financeira do banco. “A sua função
era orientarem as pessoas no espaço, mas também divertir. Eram
guias que tocavam música e dançavam”, revela António Câmara.
No campo do entretenimento, a tecnológica portuguesa criou jogos
interativos para a marca Dove. “Nos cinemas, após o anúncio da
marca de cosmética, as pessoas podiam arrebentar bolas de sabão
virtuais. São chamados os adgames”, adianta o responsável. Para
a L’Oréal, a YDreams criou um ponto de venda interativo que
ajuda o cliente a escolher o perfume certo, ao responder a uma
série de questões. Este projeto teve presente nas lojas de marca em
Portugal, Suécia, Dinamarca, Suíça, Israel e República Checa.
“ E M P O R T U G A L TA M B É M S E C R I A M B O N S
P RO D U T O S PA R A Q UA L Q U E R M E RC A D O ”
António Câmara tem ainda em mangas outros projetos. Para
além de todos os trabalhos que a sua empresa tem, a YDreams
quer ainda criar uma “incubadora de produtos e não de empresas”.
O primeiro produto já foi lançado: chama-se NearUs e trata-se
de um sistema de mensagens, para o qual não é necessário um
registo. “É um moderno walkie-talkie. Através desta aplicação
para telemóvel, uma pessoa pode trocar mensagens de forma
anónima num raio de 5 mil metros, por exemplo. É uma aplicação
que pode ser utilizada em eventos, como conferências. Um orador
pode partilhar com a audiência a apresentação que fez através
da NearUs. A ideia é as pessoas trocarem informações de forma
fácil, rápida e anónima. No final do evento, tudo desaparece.
A privacidade é garantida. A NearUs foi criada por um grupo
de estudantes do Instituto Politécnico de Viana de Castelo que
pediram o nosso apoio para lançar o produto”, adianta o CEO
da YDreams.
Para realizar este apoio e todos os projetos futuros, a empresa
conta com a ajuda de 100 colaboradores. E também com o apoio
dos seus investidores, alguns através da plataforma de crowdfunding Kickstarter (plataforma esta, que o empresário defende ser
o “local” ideal para testar se uma empresa poderá ter sucesso ou
não). O projeto que gostaria de ter criado? O carro sem condutor
da Google. O futuro da YDreams? António Câmara é um empresário de sonhos e acredita que a empresa tecnológica ainda agora
começou. Quer mais, quer fazer mais. E o sonho continua... bn
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 31
F I LT R O
GADGETS
WEAR IT!
A tecnologia wearable está aí. E promete.
Pelo menos a julgar pelos últimos números.
Este ano serão vendidos mais de 19 milhões
dispositivos do género, segundo a IDC.
Em 2020, de acordo com a consultora
Forrester, estes gadgets serão comuns
em muitas organizações e, em 2024, será
um instrumento de trabalho para muitos
colaboradores! A tendência parece
conquistar tudo e todos. Mas vamos
a exemplos: quais é que gostaria de usar?
A Bons Negócios selecionou alguns
smartwatches que podem ser muito úteis
até na sua vida de empresário. Um exemplo
simples: pode consultar discretamente
o seu email durante uma reunião, sem ter
que mexer no telemóvel.
GLANCE
Para quem não vive sem o seu relógio habitual, já existe
uma solução wearable. Chama-se Glance e é um acessório
que transforma qualquer relógio normal de pulso num
smartwatch. O dispositivo é curvado e pode ser “encaixado”
debaixo da bracelete. Este acessório permite à semelhança
de outros relógios inteligentes saber quem está a ligar, ler
mensagens ou enviar mensagens de texto predefinidas
e filtrar chamadas. Mais: o Glance funciona como um “rato”
para o computador e permite controlar a televisão (pause
ou play). Além disso, o dispositivo encoraja o utilizador
a ter um estilo de vida mais saudável ao monitorizar a sua
atividade física. O Glance é compatível com todos os relógios
e estará disponível em três tamanhos.
PREÇO: 60€ | www.kiwiwearables.com
32 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
F I LT R O
GADGETS
CO G I T O C L A S S I C
Os empresários mais desportistas não foram esquecidos
no mercado wearable. A marca Cogito lançou este ano
um relógio inteligente para aqueles que preferem ter uma
imagem empresarial mais descontraída. No entanto, o gadget
não deixa de ter as mesmas funcionalidades que as outras
soluções mais clássicas. O Cogito permite receber notificações
do seu smartphone ou tablet para que não precise de estar
constantemente a verificar os aparelhos. Assim, poderá receber
alertas de chamadas, de emails e de redes sociais (Facebook,
Skype, WhatsApp, etc). Além disso, este smartwatch funciona
como uma espécie de comando, permitindo ligar e desligar
a música que toca no seu smartphone e ainda tirar fotografias.
Para os mais distraídos, o Cogito ajuda-o a localizar o seu
smartphone, caso não saiba onde este esteja.
PREÇO: 132€ | www.cogitowatch.com
PEBBLE STEEL
K A I RO S
Se o design de um relógio inteligente
é importante para si (como o é para 42%
dos inquiridos no estudo do NPD Group), então
a marca Kairos poderá ser a escolha certa.
O gadget apresenta-se como um relógio híbrido,
que conjuga o design e o estilo clássico de um
relógio normal com todas as funcionalidades
de um smartwatch. Como? O aparelho tem
um painel OLED transparente que só é ativado
quando existem notificações a receber pelo
utilizador. Por exemplo: atualizações das redes
sociais, mensagens de texto, chamadas. Quando
o painel não está em uso, o Kairos é um relógio
normal. Infelizmente, este smartwatch ainda
é um conceito. No entanto, já pode ser
reservado através do website da marca.
Segundo a imprensa, o Kairos estará
disponível em dezembro.
PREÇO: DESDE 400€ | www.kairoswatches.com
O primeiro relógio da marca Pebble foi lançado no ano
passado. O sucesso foi tal - as receitas chegaram aos
60 milhões de dólares - que este ano na feira Consumer
Electronics Show, em Las Vegas, apresentaram uma nova
versão: o Pebble Steel. Trata-se de um modelo premium,
com um design mais refinado, mas que mantém algumas
características do relógio anterior. Por exemplo: é à prova
de água e a bateria dura cerca de uma semana. A diferença?
Tem o dobro de memória disponível, são atualmente 8MB.
Outra novidade da Pebble é a loja própria de aplicações da
marca, lançada no início do ano. De entre todas as opções,
existem aplicações que permitem receber notificações das
redes sociais, consultar o email ou ver mensagens de texto,
saber como está o trânsito e o tempo, receber informações
sobre finanças, entre outras. O Pebble Steel existe em duas
opções: em aço inoxidável e em preto fosco (ambos trazem
como opção uma bracelete de couro).
PREÇO: 185€ | www.getpebble.com
SETEMBRO 2014 BONS NEGÓCIOS | 33
F I LT R O
LIVROS
LER PAR A
SER LÍDER
Ler um livro pode ser mais impor tante que imagina. E os grandes líderes sabem disso. Jeff Bezos,
fundador da Amazon, disse à revista Fast Company que lia três livros por mês. Bill Gates é um fã
de livros confesso. Todos os anos publica no seu blog uma wishlist. Mais uma razão para começar
a ler: os leitores ativos têm mais probabilidade de obter resultados anuais cinco vezes superiores
aos daqueles que leem pouco, segundo a consultora N2grow th. Preparado para se tornar um líder?
A A rte do
E mpreendedor ,
P ensar
como S te v e J obs ,
A A rte
da G uerra ,
G u y K awasaki
EDITOR A VOGAIS
D aniel S mith
EDITOR A VOGAIS
S un T zu
EDITOR A VOGAIS
Se está a pensar criar o seu próprio
negócio, este livro de Guy Kawasaki
poderá ser uma leitura obrigatória.
“A Arte do Empreendedor” é um
guia detalhado para quem está
interessado em começar uma empresa
ou desenvolver um produto inovador,
com um espírito vencedor
e uma estratégia infalível. O livro
ensina a arte de elaborar um bom
plano de negócios, de recrutar
colaboradores de qualidade, de
afirmar a sua marca, de fazer chover
negócios, através de exercícios, dicas,
tarefas e sugestões de outros livros.
Guy Kawasaki é um dos maiores
especialistas em gestão e tecnologia.
Foi conselheiro da Apple nos anos 90.
Steve Jobs dispensa apresentações.
Foi um dos maiores inovadores dos
tempos modernos: inventou o iMac,
o iPod, o iPhone e o iPad, conseguindo
transformar por completo as
indústrias da informática, da música
e dos telemóveis. Mas como foi que
o fez? O que o levou a tomar
as decisões que fizeram da Apple
uma empresa de êxito global? O livro
de Daniel Smith apresenta as mais
importantes técnicas de gestão
e liderança do fundador da Apple,
para que consiga inovar, decidir
e acertar como Steve Jobs. São 27
lições, comentadas por Pedro Aniceto,
evangelizador da marca Apple
em Portugal.
Apesar de ter sido escrito há 2500
anos, o livro de Sun Tzu é hoje visto
como um dos principais manuais
a ter em conta se quisermos alcançar
a liderança e sermos bem-sucedidos
no mundo dos negócios. A “Arte da
Guerra” foi escrito como um tratado
sobre estratégia militar e, segundo
muitos gestores, para vencermos
no trabalho também devemos
pensar como um líder militar. Com
os ensinamentos deste general,
estratega e filósofo chinês, vai
descobrir como vencer os conflitos
no mundo empresarial mesmo antes
de estes acontecerem. Vai saber estar
um passo à frente no caminho que
conduz o seu negócio ao sucesso.
PREÇO: 16,99€
PREÇO: 14,99€
PREÇO: 14,99€
34 | BONS NEGÓCIOS SETEMBRO 2014
Dinamize os seus negócios
de forma simples e eficaz.
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que oferece às empresas produtos de características únicas como o Master Lease Agreement.
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