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o problema - Informatics Homepages Server
Como Fazer uma
Pesquisa
Científica?
uís Fabrício
W. Góes
Sumário
Introdução
 Escolha da Área de Pesquisa
 Levantamento Bibliográfico
 Estudo do Estado da Arte
 Trabalhos Relacionados
 Método de Desenvolvimento da Pesquisa
 Resultados
 Conclusão

Introdução

Inventor x Pesquisador
 Inventor procura problemas para soluções

Processo aleatório e desorganizado
 Pesquisador procura soluções para problemas

Processo metódico e fundamentado
Escolha da Área de
Pesquisa


A área da pesquisa é geralmente limitada pela universidade e curso.
A área da pesquisa é definida pelas aptidões do aluno, área do orientador e disciplinas mais interessantes.
Levantamento Bibliográfico
e Estudo Inicial da Teoria



Indicar Bibliografia Básica
Passar Conhecimento e Experiência
Direcionar Estudos


Conhecer a área superficialmente (saber os principais conceitos)
Investigar e explorar a área (procurar referências, grupos de pesquisa etc.)




Livros Teóricos
Tutoriais
Internet
Artigos Busca de Informação

O levantamento bibliográfico é uma etapa que acompanha todo o processo da pesquisa.

Mas a cada etapa da pesquisa, as referências mudam e são lidas com uma visão diferente.
Busca de Informação

Principais veículos de informação:
 Livros
 Artigos Científicos
 Web ( possui os outros dois!:­) )
Busca de Informação

Etapas da pesquisa e os meios mais utilizados
Etapa
Estudo do Estado da Arte
Meios Mais Utilizados
Livros, tutoriais, surveys e anotações de aulas
Artigos e revistas científicas
Trabalhos Relacionados
Implementação e Testes
Relatórios técnicos, livros técnicos e listas de discussão
Busca de Informação

Como se organizar nesta fase?
 Sempre criar um arquivo .txt (ou uma folha de papel mesmo) para cada referência lida com os pontos principais
 Cada vez que retornar a referência, as anotações serão completamente diferentes (por causa da sua maturidade no assunto)
 Quem lê e não anota, perde tempo! Vai ter que ler de novo e não sabe nem aonde. Lembre­se: sua memória é limitada
Busca em Livros

Onde procurar?  Na biblioteca da universidade e também de outras universidade (peça um amigo)
 Livros importados com os professores (são muito caros e difíceis de encontrar)
 A princípio não compensa comprar nenhum livro, somente se o professor recomendar fortemente (conferir se ele não é o próprio autor)
Busca em Livros

O que é um bom livro?
 Bastante didático, ou seja, com muitos exemplos e figuras
 Livro mais recente (data < 5 anos atrás)
 Livro com material didático na Internet (possui simuladores, exercícios hipermídia etc.)
Como ler um livro?

A partir da primeira página? Ler ele todo?  De jeito nenhum!!!

Primeiro olhar o sumário para procurar conhecer os principais tópicos do livro
 Apenas folhear todo o livro
Como ler um livro?
Ler apenas os sub­tópicos mais específicos relacionados com a sua pesquisa.  Exemplo: pesquisa em cache

 Procurar um livro de arquitetura de computadores (lembre­se: livros são amplos)
 Ler somente tópicos que falam de cache
Como procurar um
assunto em um livro?

Não comece pelo sumário. Vá para o final do livro e procure o termo no índice remissivo.

O índice remissivo dará a localização exata (página) de um termo específico.
O Que Pode Ser Encontrado
Nestas Páginas da Web?









Livros Online
Jornais Eletrônicos
Bibliotecas Digitais
Surveys
Tutoriais
Páginas Pessoais e de Grupos
Grupos de Discussão
Áudio, Vídeo e Imagens
Etc.
Busca de Informação na
Web

Como encontrar páginas que contenham informação de qualidade sobre um determinado tópico?

Categorias de Ferramentas de Busca
 Buscadores
 Meta­Buscadores
 Diretórios de Tópicos
 Web Invisível
Buscadores

Bases de dados de buscadores são criadas por programas robôs chamados spiders ou crawlers.

Estes robôs vasculham os links de cada página, encontrando novas páginas que serão indexadas na base de dados do buscador. 
A indexação permite que essas páginas sejam buscadas por suas palavras chaves.
Exemplos de Buscadores

Google ­ www.google.com

Altavista ­ www.altavista.com

Yahoo ­ www.yahoo.com

Cadê? ­ www.cade.com.br

Ask ­ www.ask.com
Google
Limitações dos
Buscadores

Os maiores indexadores (Google, Yahoo etc.) juntos indexam apenas 10% da Web.

A informação contida na Web Invisível (Deep Web) é 400 a 550 vezes maior que a da Web Pública (Surface Web).

O Google atualmente indexa apenas 8,75 bilhões das 200 bilhões de páginas existentes.
Meta-Buscadores

As palavras­chaves são transmitidas para vários buscadores simultaneamente e os resultados de cada buscador são retornados para o usuário.

Um meta­buscador não possui a base de dados onde as páginas estão armazenadas.
Exemplo de MetaBuscadores

DogPile ­ http://www.dogpile.com/

SurfWax ­ http://www.surfwax.com/

Vivisimo ­ http://vivisimo.com/
Meta-Buscadores de
Tópicos Específicos

Estes meta­buscadores procuram apenas por assuntos específicos.

Os links para vários destes buscadores, separados em diretórios de interesse podem ser encontrados em:

Google Custom Search Engines http://www.customsearchengine.com/
Diretórios de Tópicos

São diretórios de links para páginas da Web separadas por tópicos de interesse.

É um conjunto de páginas de alta qualidade cuidadosamente selecionadas e avaliadas por humanos (sem auxílio de robôs).
Exemplos de Diretórios de
Tópicos

Librarians' Index ­ www.lii.org 
Infomine ­ infomine.ucr.edu

Academic Info ­ www.academicinfo.us

About.com ­ www.about.com

Google Directory ­ directory.google.com

Yahoo! Directory ­ http://br.yahoo.com/info/diretorio.html
Yahoo! Diretório
A Web Invisível

Páginas da Web que não são indexadas nem por buscadores, meta­buscadores e diretórios de tópicos.

Representa 90% das páginas na Web.

A informação contida nestas páginas são de mais alta qualidade.
Mas Como Encontrá-la?

Estas páginas estão presentes em:
 Sites muito dinâmicos, ou seja, que se atualizam com frequência.
 Sites privados (bases de dados) e protegidos por senhas, termos de verificação ou firewalls.

Para encontrar estas páginas:
 Navegue através dos links disponíveis nos diretórios de tópicos.
 Use a palavra “database” ou base de dados agregada a suas palavras chave em uma busca no Google.
Um Guia de
Realização de Buscas
1) Seja específico: faculdade cotemig
2) Sempre que possível, utilize substantivos e objetos como palavras­chave: curso sistemas informação belo horizonte
3) Coloque os termos mais importantes no início da lista de termos: sistemas informação belo horizonte curso
4) Use pelo menos 3 palavras chave na busca: curso sistemas informação 5) Sempre que possível, combine as palavras­chave em frases: “sistemas de informação” 6) Evite palavras comuns: curso graduação
7) Pense sobre palavras que você espera encontrar no corpo da página: sistemas informação secretaria faculdade Realizando uma Busca
no Google

Algumas considerações:
 O uso de acento, inclui a mesma palavra sem acento também. Ex: “gerência” também inclui “gerencia”. O contrário não é verdadeiro.
 O buscador não diferencia letra maiúscula e minúscula tanto faz.
 Quanto menor o número de ocorrências retornado pelo buscador, melhor a qualidade dos seus resultados.
Refinando uma Busca
Com aspas ...
Em inglês (com aspas) ... Muito mais links
Refinando uma Busca
Especificando o tipo do arquivo
Especificando o título
Somando o tutorial
Refinando Buscas com
Comandos

Mas se você insiste em ler em português ....

Sorte que muitos termos na nossa área não são traduzidos ...
Teste Você Mesmo!

Mostra todas as ocorrências que possuem COLÉGIO E COTEMIG ao mesmo tempo




Mostra todas as ocorrências que possuem a expressão (frase)


COLÉGIO + COTEMIG
COLÉGIO COTEMIG
COLÉGIO AND COTEMIG
"COLÉGIO COTEMIG" Mostra todas as ocorrências que possuem pelo menos uma das duas palavras

COLÉGIO OR COTEMIG Teste Você Mesmo!

Coloque as palavras por ordem de importância


Sinal “­”: mostra todas as ocorrências que possuem COTEMIG, mas NÃO possuem colégio


­COLÉGIO +COTEMIG
Sinal “*”: Mostra todas as ocorrências onde colégio e cotemig estão separados por uma ou mais palavras


COTEMIG COLÉGIO
COLÉGIO * COTEMIG
Quais buscas apresentaram o maior e o menor número de ocorrências? Quais apresentaram os melhores resultados?
Comandos do Google

LINK: Mostra todas as páginas que apontam para o site do Cotemig


DEFINE: É um dicionário que mostra as definições de faculdade


alunos site:www.cotemig.com.br
$X...Y: Mostra todas as ocorrências que tem computador com valor entre 2000 e 3000 reais

safesearch:faculdade
SITE: Mostra as ocorrências da palavra alunos dentro apenas do site Cotemig


define:faculdade
SAFESEARCH: Mostra retorna todas as ocorrências que não possuem sites adultos 

link:www.cotemig.com.br
computador $2000...3000
Mais Comandos do
Google ...

FILETYPE: especifica o tipo de arquivo

INTITLE: procura as palavras­chave apenas nos títulos das páginas

INFO: Mostra informações sobre um determinado link.

RELATED: Mostra páginas relacionadas com um determinado link.

Mas informações em:
 http://www.google.com/help/cheatsheet.html
Você Sabia que o Google
Também é uma
Calculadora?

Tente fazer os seguintes cálculos no Google:
 45 + 39 (adição)
 45 – 39 (subtração)
 45 * 39 (multiplicação)
 45 / 39 (divisão)
 2^5 (potência)
Wikipédia

É uma enciclopédia livre construída por milhares de pessoas em todo mundo (http://pt.wikipedia.org/wiki/)

Um estudo na Nature afirma que Wikipedia é quase tão preciso quanto a enciclopédia britância. Além disso é utilizado amplamente por cientistas.

O conteúdo do Wikipedia é verificado e validado por várias pessoas.

Hoje em dia, os documentos já verificados são confiáveis e até uma boa referência.
Busca de Artigos
Científicos

Onde procurar artigos da área de Informática?
 IEEE – www.computer.org
 ACM – www.acm.org
 Citeseer – http://citeseer.ist.psu.edu/ (de graça)
 Google Scholar – scholar.google.com
 SBC – www.sbc.gov.br (no Brasil)
 Capes – www.capes.gov.br (no Brasil)
 Springer – Lecture Notes in Computer Science www.springer.de/comp/lncs/
E os Artigos Pagos?

Procure o nome do artigo nos sites anteriores.

Faça uma busca no Google pelo nome dos autores e respectivas universidades.

Os autores geralmente disponibilizam cópias dos artigos publicados nas suas páginas pessoais.
Busca em Artigos

Artigos científicos são específicos, pouco didáticos (requerem conhecimento prévio do assunto) e as referências relevantes estão em inglês

Artigos só devem ser consultados depois que o pesquisador já possui um bom domínio dos conceitos básicos
Categorias de Artigos

Ranking de importância de uma publicação em ordem crescente (aumenta­se também a dificuldade de aprovação do artigo para publicação):









Resumo de Iniciação Científica (de 1 a 4 páginas)
Artigo Completo em Congresso Nacional (no mínimo 6 páginas)
Artigo Completo em Congresso Internacional (no mínimo 6 páginas)
Artigo em Revista Nacional Capítulo de Livro Nacional
Artigo em Revista Internacional
Capítulo de Livro Internacional
Livro Nacional
Livro Internacional
Como saber se um artigo
é bom?

Onde o artigo foi publicado?
 Os congressos e revistas são rankeados pelo Citeseer, ISI (esse é pago – somente para revistas) e Google Scholar
 Artigos mais referenciados são melhores e confiáveis!!!

Vasculhar a vida dos autores do artigo
 No exterior: páginas pessoais
 No Brasil: lattes.cnpq.br (todo pesquisador é obrigado a manter o seu currículo lattes atualizado)
Como saber se um artigo
é bom?

A CAPES possui um documento que define os critérios para classificação dos periódicos (ou revistas) e eventos (ou congressos)
 Eles são classificados em A, B ou C de acordo com o ISI e o Citeseer.  Também levam em consideração a entidade que o publicou. IEEE, ACM e Lecture Notes geralmente possuem conceito A (mas cuidado, nem sempre todos os artigos são realmente bons)
 Pesquisadores precisam de um número mínimo de publicações
Como ler um artigo?
Primeiro, lê­se o resumo e a conclusão
 Entender a parte mais técnica apenas se extremamente necessário, pois requer muito tempo (proporcional a sua maturidade no assunto)
 Anotar os resultados alcançados e conclusões de cada artigo

Escolha de um Problema
Amplo




O problema pode ser indicado pelo orientador (pessoa mais experiente na área) ou pelo próprio aluno.
O problema deve estar relacionado com o tópico que pareceu mais interessante na fase de estudo do aluno.
O orientador deve avaliar a viabilidade (infra­estrutura, cronograma etc.) da realização de uma pesquisa sobre o problema.
O problema precisa agradar tanto o orientador quanto o aluno (acordo entre as partes).
Estudo do Estado da Arte

Levantamento bibliográfico sobre o problema amplo

Estudo do problema amplo
 Organização do material



Divisão por assuntos
Criação de resumos críticos
Definição do Contexto  Situação do conhecimento atual sobre o problema/tema da pesquisa
Estudo do Estado da Arte

Também conhecido como revisão da literatura, o estudo do estado da arte serve para:




Reconhecer e dar crédito à criação intelectual de outros autores
Indicar que se qualifica como membro de uma determinada cultura disciplinar através da familiaridade com a produção de conhecimento prévia na área Abrir um espaço para evidenciar que seu campo de conhecimento já está estabelecido, mas pode e deve receber novas pesquisas
Prover fundamentação teórica para o leitor do artigo (explicar conceitos básicos da área)
Como escrever um estudo
do estado da arte?

Todo o estudo do estado da arte deve ser embasado em outras referências bastante difundidas.

Os conceitos, como o resto do texto, não devem ser copiados, mas lidos, entendidos e escritos com suas próprias palavras. Usar pelo menos 3 referências principais.

Quando existir a necessidade de copiar algum trecho de texto, este deve vir referenciado e entre aspas.
Como escrever um estudo
do estado da arte?

O texto do Estudo do Estado da Arte (EEA) deve estar estruturado da seguinte forma:
 Tópico 1 – Área principal (5% do EEA)
 Tópico 2 – Objeto Principal (35% do EEA)
 Tópico 3 – Tipos do Objeto (60% do EEA )
Escolha de um Problema
Específico

Etapa difícil e muito importante em uma pesquisa.

Como escolher O PROBLEMA?




A habilidade de encontrar problemas é adquirida com o tempo, não existe fórmula mágica
Portanto, o ideal para um iniciante é que seu orientador indique O PROBLEMA Dica: associar O PROBLEMA a uma ou mais perguntas que você gostaria de responder sobre o problema amplo estudado.
Definir e delimitar (escopo) O PROBLEMA.
Justificativa da Pesquisa

Mostrar a importância do problema a ser pesquisado

Apresentar motivos convincentes para a realização de uma pesquisa para solução deste problema

Destacar os principais beneficiários com os resultados dessa pesquisa

Apontar os riscos e vantagens dessa pesquisa
Definição dos Objetivos
e Metas da Pesquisa

Objetivos: desígnios que se pretende atingir. Geralmente iniciados com um verbo no infinitivo.
 Principais: são os objetivos mais importantes da pesquisa.
 Intermediários: são os objetivos necessários para se alcançar os principais.

Metas (resultados esperados): são os resultados (objetos) que se pretende produzir com a pesquisa.
Como estruturar o texto da
introdução?


Existe uma matemática para a escrita de um artigo.
Devemos sempre verificar se esta estrutura está “casando” para evita incoerências
Resumo
Problema
Título
Problema
Justificativa
Resultados
Solução
Objetivos
Contribuições
Introdução
Hipóteses
Objetivos
Conclusão
Trabalhos Relacionados ao
Problema

Os trabalhos relacionados com o problema são pesquisas nas quais os autores procuraram resolver o mesmo problema (específico).

Esta etapa é composta de três partes:
 Levantamento dos trabalhos relacionados.
 Estudo dos trabalhos relacionados.
 Análise dos trabalhos relacionados.

Resumo crítico apontando as características, vantagens e desvantagens de cada uma das abordagens de solução do problema.
Como escrever os trabalhos
relacionados?

Para cada trabalho relacionado escreve­
se um parágrafo destacando os seguintes pontos:
 Objetivo  Ferramentas Utilizadas
 Resumo do Resultados Alcançados
 Vantagens e Desvantagens da abordagem utilizada pelo trabalho Proposta de Solução

Baseado nos trabalhos relacionados, o pesquisador possui três alternativas de proposta de solução para o problema:
 Aperfeiçoar (dar continuidade a) uma solução encontrada (evolução).
 Utilizar ferramentas, que já resolveram problemas parecidos de outras áreas, que se adequem ao problema atual para criar uma solução.
 Criar uma solução inovadora sem relação com qualquer outro trabalho (revolução).
Método de
Desenvolvimento
da Pesquisa

Caminho (conjunto de etapas) para se atingir os objetivos e metas, ou seja, resolver o problema por meio da solução proposta.

O método de desenvolvimento é composto das seguintes etapas:
 Implementação da solução
 Verificação e Validação da solução
 Planejamento e Realização de Experimentos
 Apresentação e Análise dos Resultados
 Conclusão
Cronograma

Para a realização das etapas do método, uma estimativa de tempo gasto é necessária. Ela varia de acordo com a experiência e capacidade técnica do aluno e do orientador.

O cronograma deve possuir uma distribuição balanceada de atividades por período de tempo (preencher diagonal).
ATIVIDADES
MAI
JUN
JUL
Implementação
XX
XX
XX
Verificação e Validação
_X
XX
_X
Experimentos
Resultados
AGO
SET
OUT
XX
XX
X_
XX
XX
XX
XX
XX
XX
XX
NOV
XX
Implementação
da Solução

É a materialização da solução (criação de um objeto) em forma de um programa computacional, modelo matemático ou meio físico.

Esse objeto deve ser verificado e validado, para que ele se torne uma solução comprovadamente funcional.

A escolha da forma de implementação está limitada pela infra­estrutura da universidade e capacidade técnica do aluno.
Verificação da Solução

Uma técnica de verificação determina se uma implementação da solução funciona como o planejado. Uma verificação está relacionada com a pergunta: a sua implementação da solução possui o comportamento desejado?

A verificação checa a tradução do modelo conceitual ou abstrato em uma implementação que executa corretamente. 
Existem diversas técnicas de verificação ou depuração de implementações.
Validação da Solução

Uma abordagem de validação preocupa­se em determinar se o modelo conceitual (solução) é uma representação fiel do sistema em estudo. 
Um modelo é dito válido, quando a solução é implementada e verificada utilizando pelo menos duas das seguintes técnicas: experimentação, simulação e modelagem analítica.

Não existe validação completa. Uma implementação só será válida para os casos verificados. Qualquer generalização pode levar a resultados errados.

Se um modelo é dito válido, então as decisões realizadas com o modelo devem ser similares a aquelas que seriam realizadas por um experimento no sistema real. Planejamento
de Experimentos

O planejamento de experimentos é o processo de seleção das combinações dos componentes abaixo, para teste, avaliação e análise (de desempenho e de comportamento) da solução.
 Métricas: são medidas para quantificar um determinado aspecto de um sistema.
 Parâmetros: Quais características da solução devem ser variadas? Qual o intervalo de variação?
 Carga de trabalho: é a quantidade de trabalho que deve ser executada pelo ambiente.
 Ambiente: é o recurso necessário para a execução da carga de trabalho.
Realização
dos Experimentos

Para cada combinação de carga de trabalho e ambiente, os parâmetros da solução são medidos por meio de métricas. 
Os valores coletados são armazenados para a apresentação e análise dos resultados.

O método de coleta de valores para as métricas deve ser o menos intrusivo possível, para evitar a deturpação do ambiente e carga de trabalho.
Apresentação
dos Resultados

Os resultados devem ser apresentados de forma clara, por meio de:
 Resumos estatísticos: médias, medianas etc. Título
 Gráficos. Níveis de Multiprogramação Carga AB­BA  Tabelas.
0.6
0.5
Limitado FCFS
Limitado SJF
0.2
Ilimitado
0.1
é
dia
0.3
çã
o M
Nome do Eixo
Utiliza
0.4
0
C01­02­05
C03­04­06
C07­08­11
Configurações
C09­10­12
Legenda
Interpretação de
Gráficos

O leitor (observador) obtém do gráfico o seguinte:
 Maior número de idéias
 Em um tempo rápido
 Com menos “tinta” (realmente gastar menos tinta da sua impressora)
 Obs: não faça economia de tinta em detrimento da apresentação dos dados

Um gráfico ocupa muito espaço e deve fornecer informações de maneira mais fácil que através de um texto.
Construção de Gráficos

Será que tudo deve ser representado graficamente? Por exemplo:
O que não deve ser
representado como
gráfico ...

O exemplo anterior não deve ser um gráfico, pois:
 Tem menos de 10 valores (número mágico).
 Possui três variáveis e deve­se evitar gráficos 3D. Para evitar, podíamos partir o gráfico em dois 2D (problema: menores ainda ...).
 Talvez seria ainda melhor sintetizar os resultados em um parágrafo, ao invés de usar uma tabela.
Outro Exemplo

Este exemplo é um forte candidato para se tornar um gráfico.
 Duas variáveis
 Muitos valores (> 10)
Tentando Construir um
Gráfico

Nos próximos slides vamos construir um gráfico de forma incremental, baseado nos dados da tabela anterior. 
As dicas de como fazê­lo estão ao longo do texto.
Como não fazer!!!
Como não fazer!!!






Não use cores muito fortes (principalmente no fundo do gráfico!).
Coloque apenas o essencial, nada mais.
Evite gráficos de linha (muito menos os outros tipos!!).
Não use legendas que não dizem nada de importante.
Não deixe de nomear os eixos (coloque a unidade no caso de variáveis quantitativas).
Não coloque figuras desnecessárias.
Outra Versão

Sem nomes nos eixos e na legenda, o gráfico não informa absolutamente nada.
Uma Versão Melhorada

Qual a unidade da taxa de acerto? Qual a unidade do tamanho do bloco? Não seria interessante ter um título neste gráfico? Os valores do eixo X estão corretos?
Mais um Pouco ...

Agora temos um gráfico com as informações necessárias! Mas será que ele não poderia ficar esteticamente mais agradável?
Dicas de Estética

Use formatos e layouts adequados aos dados.

Use uma combinação de texto, número e desenhos (se possível).

Busque equilíbrio, proporção e escala relevante, com relação aos dados e ao artigo.

Procure manter detalhes e complexidade controlados.

Evite decoração excessiva e uso de “lixos” nos gráficos.

O gráfico deve ser simples e completo.
E a mágica ...
Análise dos
Resultados

A análise dos resultados não é apenas a descrição dos gráficos e tabelas, mas um exame crítico dos resultados obtidos.

É necessário investigar e explicar o porquê de cada resultado obtido, a influência de cada parte do sistema (parâmetros da solução, carga de trabalho e ambiente).

Com isso, é possível identificar as vantagens e desvantagens da solução nas diversas situações experimentadas.
Conclusão

Uma conclusão é composta de:
 Conclusão Geral: os objetivos foram alcançados totalmente? Os resultados foram bons ou como o esperado?
 Discussão dos Resultados: extrapolação dos resultados obtidos (e se ... ); destaque das limitações, vantagens e desvantagens da pesquisa etc.
 Contribuições da Pesquisa: metas alcançadas, ou seja, os objetos importantes produzidos.
 Trabalhos Futuros: possíveis evoluções da pesquisa, sugestões de pesquisas relacionadas etc.
Obrigado!

Meu e­mail: [email protected]
[email protected]
Dicas na Escrita de
Artigos
Texto
 Introdução
 Estudo do Estado da Arte
 Trabalhos Relacionados
 Resumo

Dicas no Texto




Evitar frases muito longas: no máximo 3 linhas.
Evitar termos coloquiais e qualitativos: termos devem ser formais e quantitativos, não podem ser sensacionalistas. Ex. do que não usar: “grande demais”, “muito maior que”, “espetacular”, “pegar”, “tomar” etc.
Usar vírgulas sempre que possível.
Usar 3ª pessoa do singular ou 1ª do plural. Dicas no Texto




Evitar palavras pouco comuns: escrever de maneira simples. Ex: preferir “rústico” a “chulo”.
Conectar os parágrafos: antes de iniciar um novo parágrafo, precisa existir uma frase antes que o conecta ao parágrafo anterior.
Evitar parágrafos longos: partir o parágrafo em vários. Um parágrafo deve ter no máximo umas 10 linhas.
Referenciar figuras no texto: quando uma figura é apresentada, ela deve ser referenciada no texto desta forma, “como apresentado na Fig. 1, ...”.
Dicas na Introdução


Organizar a introdução: escrever o contexto (tema mais amplo, afunilando até o tema mais específico – deve ser pequeno) – Sobre o que você está falando?; problema (qual a pergunta associada a sua pesquisa e a justificativa para tentar respondê­la – deve ocupar a maior parte) – O que resolver?; e a solução (como você pretende resolver o problema – deve ser pequeno) – Como resolver?.
Escrever com objetividade: não ficar perdendo tempo explicando toda a história do tema, ir direto ao ponto específico do artigo.
Dicas no Estado da Arte


Colocar referências em todos os parágrafos: nesta etapa, tudo que você está escrevendo é baseado (não copiado) em trabalhos relevantes da área, portanto você deve indicar de onde foram extraídos os conceitos que estão no texto.
Escrever apenas sobre os conceitos: o estudo do estado da arte é uma parte onde você passa para o leitor todos os conceitos necessários para ele entender o resto do seu artigo, nada mais. Portanto nesta etapa não se deve falar sobre o que será feito no artigo, isso será dito no tópico método ou nos experimentos.
Dicas no Estado da Arte

Escrever somente o suficiente: não gaste espaço do texto para escrever sobre conceitos que você não utilizará, pois acaba chamando a atenção do leitor para assuntos pouco importantes e fora do foco do artigo.
Dicas nos Trabalhos
Relacionados
Não utilizar figuras: nos trabalhos relacionados não tem figuras.
 Não escrever o nome do artigo relacionado: para referenciar um trabalho relacionado apenas escreva: “Em [2], é apresentado um ....”
 Não escrever conceitos: os conceitos necessários já devem ter sido apresentados no estudo do estado da arte.

Dicas nos Trabalhos
Relacionados

Escrever uma síntese crítica (um parágrafo) sobre cada referência: para cada trabalho relacionado você deve escrever um resumo destacando: o que é o trabalho; quais as vantagens e desvantagens da solução apresentada no trabalho; quais os resultados e conclusões encontradas no trabalho.
Dicas no Resumo


Um resumo a a segunda parte mais lida de um artigo, depois do título. Portanto deve ser escrito com bastante cuidado.
Um resumo não deve ultrapassar 300 palavras e deve conter 5 parágrafos com os seguintes tópicos:





Contexto – Problema – Importância
Hipótese de Solução
Objetivos
Método de Desenvolvimento (Verificação, Validação e Experimentos)
Contribuições
Exemplo de Resumo





A análise de desempenho de aglomerados de computadores reais envolve um consumo considerável de tempo e grande complexidade, além do alto custo financeiro para o desenvolvimento de hardware e software. Uma alternativa é o uso de simulação que possui baixo custo financeiro e alta precisão. Nos últimos anos, temos desenvolvido uma ferramenta de simulação de aglomerados de computadores em Java e com o código aberto. Neste trabalho, nosso objetivo principal é apresentar uma versão mais acessível do ClusterSim, na qual realizamos otimizações no modelo de simulação, no desempenho e na interface gráfica. Para mostrar a abrangência da ferramenta na simulação de aglomerados, apresentamos experimentos simples que exploram vários tipos de aplicações paralelas, níveis e componentes dos aglomerados de computadores. Nossa principal contribuição é a implementação de uma nova versão do ClusterSim e a análise de vários estudos de caso de simulações de diferentes aplicações paralelas e aglomerados de computadores.
Estrutura Sugerida de
Artigo/Monografia
1. Introdução (um parágrafo resumindo toda a sua monografia)
1.1. Contexto (falar do tema da monografia na atualidade)
1.2. Problema (pergunta que você quer responder dentro do tema)
1.3. Justificativa (pq é importante estudar e resolver esse problema?)
1.4. Hipótese (qual a solução que você vai usar?)
(um pequeno resumo do que será apresentado nos próximos tópicos)
Estrutura Sugerida de
Artigo/Monografia
2. Revisão Bibliográfica (falar sobre os conceitos necessários para entender a monografia)
2.1. Nome do tema mais amplo
2.2. Nome da sub­área
2.3. Nome do tópico específico
3. Trabalhos Relacionados (fazer um resumo crítico de cada artigo
que tenta resolver o mesmo problema)
4. Proposta de Solução (descrever o seu algoritmo, software, hardware)
4.1. Verificação (testes que mostram que a implementação funciona)
Estrutura Sugerida de
Artigo/Monografia
5. Resultados 5.1. Configuração dos Experimentos (quais os testes vc vai fazer? Quais os valores dos parâmetros? Quais as métricas? Usando quais máquinas e softwares?)
5.2. Apresentação dos Resultados (mostrar gráficos e tabelas)
5.3. Análise dos Resultados (explicar o porque dos resultados mostrados nos gráficos e tabelas)
6. Conclusão (os resultados foram bons? objetivos alcançados? contribuições)
6.1. Trabalhos Futuros (por onde outros pesquisadores podem continuar seu trabalho)