VIH/SIDA

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VIH/SIDA
Toda a informação contida neste documento é da inteira responsabilidade da Associação ABRAÇO e
das pessoas que nos remetem, tendo sido corrigidos, alterados os nomes e as fotos adaptadas pois não
correspondem aos nossos utentes mas apenas a amigos, voluntários e colaboradores.
UM BOLETIM PARA PESSOAS
INFECTADAS E AFECTADAS PELO
VIH/SIDA
®
ASSOCIAÇÃO DE APOIO A PESSOAS COM VIH/SIDA
EDIÇÃO ESPECIAL ANO 12 - 2008 JULHO/AGOSTO
* DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
INDÍCE + ARTIGOS
EDITORIAL
ÍNDICE
Págs.2 e 3 Índice, Editorial & Ficha Técnica
Págs. 3 e 4 Campanha de Prevenção - Praias
(Abraço - Delegação Norte)
Pág.5 Essenciais do VIH (aidsmap)
Págs. 6 e 7 Estatística da Linha de Apoio
2007
Págs. 8 e 9 XVII Conferência Internacional
sobre a SIDA (Cidade do México)
Págs.10 e 11 Fotos alusivas à XVII
Conferência Internacional sobre a SIDA Págs.12 e 13 XVII Conferência Internacional
sobre a SIDA (Cidade do México)
Pág.14 Notas sobre o processo de
identidade sexual
Pág.15 Campanha de Prevenção - Queima
das Fitas (Abraço - Delegação Norte) &
Espaço do Utente
Pág.16 Agendas Nacional & Internacional
Pág.17 Agradecimentos
Pág.18 Sugestão Literária
Pág.19 Ficha de sócio
Copyright © ABRAÇO.
Todos os direitos reservados
EDITORIAL
Caros Leitores,
Eis-nos chegados aos meses cruciais de
cada ano, ou seja, Julho e Agosto, em
que os eventos atingem o seu rubro, em
virtude de serem a nível ainda mais global.
Não minimizando de todo qualquer tipo
de evento que se realize, tanto a nível
local, nacional ou internacional, pois
cada um, em termos individuais, tornase numa contribuição inestimável para a
generalidade da população e para os que
são atingidos pelo flagelo do VIH/SIDA –
seropositivos, familiares, amigos, colegas
de trabalho, sociedade civil - todos são
igualmente afectados e PREVENÇÃO,
INFORMAÇÃO, TRATAMENTO continuam a
ser as palavras de ordem, cada segundo,
cada minuto, cada hora,... e sempre.
Por conseguinte, entre outras temáticas e
eventos igualmente fundamentais, há que
destacar nesta edição do nosso Boletim,
a Prevenção nas Praias (conduzida pela
Abraço, através da sua Delegação Norte)
que tem sido um sucesso e, com uma
dimensão mais alargada, há que dar
ênfase, sem sombra de dúvida, à XVII
Conferência Mundial sobre a SIDA, que
decorreu na Cidade do México neste ano
de 2008, entre os dias 3 e 8 de Agosto,
tendo-se debruçado na generalidade na
situação do VIH/SIDA por todo o mundo,
e em particular nos países da América
Latina e Caraíbas, com problemas tão
específicos.
No México, a Associação Abraço esteve
representada pela
sua Presidente,
Margarida Martins e pela Técnica de
Aconselhamento, Cândida Alves.
De realçar, também, neste número,
a colaboração tão preciosa de várias
entidades individuais, bem como as
fontes de referência utilizadas, com a
respectiva permissão de quem de direito,
como Caspar Tomson da NAM, Dr. José
Teixeira, as nossas delegações, etc., o que
ajuda a enriquecer os nossos conteúdos e
a manter a informação o mais actualizada
e precisa possível.
Na realidade, apenas com a contribuição
de cada um, por ínfima que possa parecer,
é possível dinamizar e melhorar cada vez
mais.
Embora já tenham passado vários anos
Ficha Técnica
Edição: ABRAÇO Direcção: ABRAÇO Redacção: António Guarita & Samuel Fernandes Marketing: Vera Aveleira, Heloisa Flores &
Patrícia Madeira Cooperação Internacional: António Guarita Serviços Jurídicos: Paula Policarpo Design Gráfico: António Guarita
Projectos: Equipa ABRAÇO. Norte, Sul, Ilhas e Voluntários Colaboradores Produção: António Guarita & Samuel Fernandes Distribuição:
Centro de Documentação ISNN 0872-8623 Distribuição: Gratuita Depósito Legal: 104216/96 Paginação: António Guarita Impressão:
Impriluz Gráfica, Lda. Tiragem: 20 000 Exemplares
2
2
*A Direcção reserva o direito de alterar ou reduzir os textos dos colaboradores por razões de espaço.
Copyright © ABRAÇO. Todos os direitos reservados
ARTIGOS
EDITORIAL
CAMPANHA DE PREVENÇÃO NAS
PRAIAS
de luta contra o VIH/SIDA e existir muita
informação, as pessoas continuam a ter
dúvidas retumbantes que têm subsistido
ao longo de todo este tempo.
Existimos para dar assistência dentro
das nossas capacidades, tantas vezes
limitadas, devido à falta de apoios, no
entanto a tenacidade e a persistência
prevalecem. Os desaires devem ser vistos
como lições de vida e, logo, continuamos
a aprender mais e mais e a amadurecer,
de modo a consolidar as ferramentas
Delegação do Norte
disponíveis para nos mantermos firmes
“Abraça-me
no Verão”
e inabaláveis na nossa missão social e
Em Portugal, desde a identificação dos
solidária.
primeiros casos de VIH/SIDA, a prevenção
Almejamos que a informação, colocada à da infecção, em todas as suas dimensões,
disposição de todos quantos recorrem a revelou-se um desafio extraordinário.
nós, continue a ser do interesse geral e O primeiro caso de SIDA, em Portugal,
que a mesma forneça os meios e alerta foi diagnosticado em Outubro de 1983,
necessários, em termos preventivos, actualmente, morrem no nosso país
profiláticos e actualizações concernentes anualmente cerca de 1.000 pessoas de
às terapias e recomendações por parte SIDA 1.
das autoridades sanitárias nacionais e
A este panorama acresce a elevada taxa
internacionais.
de incidência de infecção VIH/SIDA no
Boa leitura!
nosso país - segundo da Europa - e o
facto de o Distrito do Porto ser o segundo
António Guarita
de Portugal com maior número de casos
Coordenação do Boletim
diagnosticados.
Associação Abraço
É seguindo esta consciência, e por
trabalharmos no terreno há mais de 15
anos, que sabemos da importância que
constituem as campanhas e acções de
prevenção na luta contra a SIDA, apesar
de a Associação Abraço não ter apoio
financeiro a nível estatal para a realização
das mesmas.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Abraço
Largo José Luís Champalimaud, n.º 4 A
1600-110 Lisboa
Tel: (+351) 21 799 75 00
Fax: (+351) 21 799 75 09
Email: [email protected]
RECEPÇÃO
Horário: 9H-19H - 2ª a 6ª feira
Email: [email protected]
3
ARTIGOS
CAMPANHA DE PREVENÇÃO NAS PRAIAS
-Associação de Apoio a Pessoas com VIH/
SIDA, realizou a campanha de prevenção
nas praias do norte de Portugal intitulada
“Abraça-me no Verão”, que decorreu
de 21 a 26 de Julho do presente ano,
com o objectivo de dinamizar acções
de prevenção e promover actividades
desportivas junto da população balnear
relativamente a comportamentos de
risco.
“Abraça-me no Verão” procurou invocar
a participação activa dos indivíduos numa
lógica de implicação e não apenas como
meros receptores de informação, ou seja,
partimos do pressuposto que só motivando
e envolvendo a população alvo num
espírito de grupo, que promova o interrelacionamento e os torne interventores
no processo de mudança, conseguiremos
uma crescente tomada de consciência da
problemática em causa e da necessidade
de adoptar comportamentos sexuais
saudáveis. Toda a acção baseia-se em
métodos interventivos e dinâmicos, de
modo a envolver e estimular a participação
e adesão da população às várias
actividades desenvolvidas, possibilitando
uma maior abertura, ultrapassando
medos, preconceitos e por conseguinte
facilitar o esclarecimento de dúvidas e
enfatizar a troca de experiências.
modos de transmissão e prevenção, mas
também sobre o sentido e a forma de
evitar a discriminação, pois o preconceito,
o estigma e a discriminação constituem
barreiras à implementação de estratégias
de prevenção.
Apesar de a ABRAÇO a nível estatal não ter
apoio financeiro para a realização deste
género de acções de prevenção, estas
são possíveis de serem implementadas
sem financiamento mediante a louvável
colaboração de entidades autárquicas e
apoio de empresas que percebem que
este género de campanhas optimizam e
trazem benefícios quer locais e percebem
que este género de campanhas optimizam
e trazem benefícios quer locais e quer
para o bem comum, numa óptica de
responsabilidade social.
Estamos certos que o trabalho na área
da prevenção e a procura de soluções
válidas se revela primordial, mas sabemos
que este esforço só se torna possível
mediante um envolvimento colectivo e
de parceria.
A infecção VIH/SIDA é de facto uma
questão de saúde pública, pois exige
uma resposta organizada da sociedade,
dos organismos públicos e privados que
complementam e ultrapassam o esforço
Através desta acção de prevenção a individual.
ABRAÇO pretendeu potenciar o aumento
(O relatório será publicado na íntegra na nossa
da prevalência da prática de sexo seguro
Newsletter online)
e estimular a população a agir de forma
consciente nos seus comportamentos
Cristina Sousa - Delegação Norte
e hábitos de vida diários mediante
estratégias proactivas de educação para
1 Segundo o Programa Nacional de Prevenção e
a saúde. Revela-se necessário dotar Controlo da Infecção VIH/SIDA 2007-2010
a população da consciência sobre os
SERV. ADMIN. & FINANCEIROS
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4
4
ARTIGOS
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO VIH
O VIH (Vírus da Imunodeficiência
Humana) é o vírus que causa a
SIDA (Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida). A SIDA é um conjunto de
doenças específicas e de condições que
ocorrem porque o sistema imunitário
do organismo foi danificado pelo VIH.
1. Fazendo um teste para saber se
você tem VIH poderia salvar a sua
vida. Se você é seropositivo, quanto
mais cedo descobrir, mais cedo você
pode receber cuidados médicos. Todos
os anos no Reino Unido 200 pessoas
morrem, porque se descobriu que eram
seropositivas tão tarde que o tratamento
não poderia ter sucesso. Os testes ao
VIH são gratuitos para todos, através
do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
2. Os testes ao VIH e o tratamento
são confidenciais. A sua clínica de
VIH não dirá a ninguém que você
tem VIH sem a sua autorização. Os
médicos infecciologistas nas clínicas da
especialidade verificarão a sua saúde com
regularidade para ver como o VIH está a
afectar o seu sistema imunitário e explicar
que tipo de tratamento precisa de fazer.
Os médicos infecciologistas nas clínicas da
especialidade verificarão a sua saúde com
regularidade para ver como o VIH está a
afectar o seu sistema imunitário e explicar
que tipo de tratamento precisa de fazer.
VIH pode significar uma vida mais
prolongada e mais saudável. Mesmo
que não exista qualquer cura para o VIH,
os médicos estão esperançosos que agora
você possa viver uma vida mais ou menos
normal se fizer uma terapia de combinação
de
medicamentos
contra
o
VIH.
5. Precisa de tomar todos os seus
medicamentos anti-VIH, segundo
as instruções. Mesmo que não exista
qualquer cura para o VIH, os médicos
estão esperançosos que agora você possa
viver uma vida mais ou menos normal
se fizer uma terapia de combinação de
medicamentos contra o VIH. Se não, há
o risco de os medicamentos que estão
a ser tomados, bem como quaisquer
outros
similares,
não
resultarem.
6. O tratamento para o VIH existe
para proteger e melhorar a sua saúde.
No entanto, os medicamentos antiVIH podem causar efeitos secundários.
Certifique-se de que informa o seu
médico, pois existe uma boa oportunidade
de se poder fazer algo acerca disso.
Certifique-se de que informa o seu médico,
pois existe uma boa oportunidade de se
poder fazer algo acerca disso.
7. O tratamento ao VIH é gratuito.
Se tiver direito a atendimento gratuito no
SNS, então os seus cuidados médicos e
tratamento ao VIH serão gratuitos. Se não
tiver direito a cuidados grátis por parte do
3. Os melhores cuidados com o SNS, pode ser que tenha que pagar pelos
VIH serão numa clínica de VIH seus tratamentos e cuidados médicos.
dos Serviços Nacionais de Saúde.
8. Mesmo que esteja a tomar
4. Fazer um tratamento contra o antiretrovirais para o VIH, ainda
MARKETING & PRODUÇÃO
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
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Email: [email protected]
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ARTIGOS
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO VIH
assim pode infectar outros. Os
preservativos previnem de forma eficaz
o contágio por VIH e outras infecções
sexualmente transmissíveis. Há agulhas
e seringas novas disponíveis, se injecta
drogas - nunca partilhe agulhas ou outro
material de injecção.
9. A transmissão do VIH de mãe
para filho pode ser prevenida em
quase todos os casos. O uso de
tratamento anti-VIH pode reduzir o
risco de a mãe passar o VIH para o
bebé para menos de 1%, se tiver um
parto por cesariana e não amamentar.
10. Há muitas coisas que pode
fazer para cuidar da sua própria
saúde. Pode ajudar-se a si mesmo,
comendo bem, reduzindo o stress, não
fumando e fazendo exercício Certifiquese de que obtém informação de boa
qualidade e imparcial sobre o VIH para
o ajudar a tomar boas decisões no
que respeita a saúde e a tratamentos.
LINHA DE APOIO
A linha de Apoio da Abraço, é uma linha
de informação, sobre VIH/SIDA. Existe
desde o início da Associação, 1992, sem
financiamento público e é mantida por
uma Equipa de Atendimento.
Referente ao ano 2007, foram registadas
6885 chamadas e foram analisadas
e tratadas 12.6% dessas chamadas,
destacando três indicadores: o sexo, a
faixa etária e o tipo de chamada.
Foram analisadas e tratadas, apenas,
chamadas que se inserem num contexto
de aconselhamento, encaminhamento e
apoio.
Distribuição por sexo
1%
44%
Homens
55%
Mulheres
Transsexuais
Tradução e Adaptação:
António Guarita
Fonte: NAM, aidsmap.com
Distribuição por escalões etários
30,0%
29,0%
25,0%
25,0%
24,0%
20,0%
15,0%
15,0%
10,0%
5,0%
4,0%
3,0%
0,0%
< 18
anos
18 a
24
ASSESSORIA JURÍDICA
Tel: 937146310
Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira
Email: [email protected]
6
6
25 a
34
35 a
44
45 a
60
> 60
anos
ARTIGOS
LINHA DE APOIO
Caracterização das chamadas
Neste gráfico destacam-se os pedidos
de aconselhamento e informação sobre
VIH/SIDA, com 49%, por assumir esta
importância e ser a área em que a equipa
da Linha de Apoio intervém, especificamos
que tipo de informação nos foi solicitada
no gráfico seguinte.
Apoio Social
33%
Aconselhamento e
Info sobre VIH/SIDA
18%
0%
20%
40%
Pode-se concluir pelos 22%, referentes
a “Onde fazer o teste”, que a maioria
dos indivíduos que nos contacta, não
conhece o seu estado serológico.
A prática de sexo oral continua a ser a
prática sexual que mais dúvidas suscita
no risco na transmissão desta infecção.
Em comparação com anos anteriores,
as situações de risco, referentes a sexo
desprotegido, têm vindo a aumentar.
Na análise e tratamento das chamadas,
este
indicador
revela-nos
que
ocorre
sexo
desprotegido,
mesmo
quando existe informação suficiente
sobre o risco do sexo desprotegido.
49%
Outros Serviços da
Abraço
Incluímos nas “Várias”, pequenas dúvidas
levantadas na Linha, que assumiam menos
de 1%, quando tratadas individualmente
60%
Aconselhamento e Informação
sobre VIH/SIDA
30%
26%
A profilaxia pós-exposição assume o seu
destaque neste gráfico, consequência do
número de acidentes com preservativo.
A
profilaxia
é
aconselhada,
se
ainda for oportuna a sua aplicação.
25%
Concluímos
que,
a
maioria
dos
acidentes com preservativo, ocorre
por desconhecimento das regras de
segurança no uso do preservativo.
22%
20%
14%
15%
10%
8%
7%
João Brito
Várias
Profilaxia pósexposição
Perído de janela
Linha de Apoio 800 225 115
[email protected]
Onde fazer o
teste
3%
Sexo oral
3%
Sexo anal
Acidente c/
preservativo
Sexo
desprotegido
0%
Carga viral
7%
5%
Sexo vaginal
5%
5%
CONTEÚDOS E INFORMAÇÃO
Sócios: Carlos Gonçalves - [email protected]
N/Sócios: Cláudia Alexandre - [email protected]
Voluntários: Cláudia Alexandre - [email protected]
Reclusos: Andreia Rodrigues - reclusos@ abraco.pt
7
ARTIGOS
AIDS 2008 - XVII CONFERÊNCIA SOBRE SIDA
CIDADE DO MÉXICO
Novos dados relativos à situação nos
EUA
Na América Latina, a infecção pelo VIH
afecta grupos predominantemente os
De forma a coincidir com a abertura da homens que têm sexo com homens,
conferência da Cidade do México, foram os trabalhadores do sexo e utilizadores
divulgados novos dados relativos à situação de droga injectada, grupos altamente
nos EUA. Baseados em tecnologia e testes estigmatizados nesta região do mundo.
de maior fiabilidade (que conseguem Mais de dois milhões de pessoas vivem
distinguir infecções VIH recentes das com o VIH – números superiores aos da
mais antigas), estes dados mostram que, Europa Ocidental e dos Estados Unidos
o número de novas infecções por VIH no da América em conjunto – contudo, a
país, é muito maior do que se pensava prevalência do VIH é menor quando
antigamente. As autoridades sanitárias comparada com a África subsahariana,
dos EUA pensam agora, por exemplo, ter com cerca de 0,5%. Isto redobra a
havido mais de 56.000 novas infecções dificuldade de as comunidades afectadas
em 2006 – cerca de 40% mais do que o chamarem a atenção para a doença e
previsto na estimativa anterior.
obterem prioridade, apesar do notável
sucesso atingido no Brasil.
***
A nível global, a Conferência Mundial
A primeira Conferência Internacional de 2008 realçou
a necessidade de
sobre SIDA a concentrar-se na América novas formas de investigação na área
Latina teve início a 3 de Agosto, na Cidade da prevenção do VIH, após a decepção
do México, a maior cidade do mundo de nos ensaios biomédicos preventivos
língua espanhola. A conferência, que se realizados com os microbicidas e as
realiza de dois em dois anos, é o maior vacinas. A utilização de medicamentos
evento desta área, que junta especialistas, anti-retrovirais em gel vaginal será um
activistas, pessoas que vivem com VIH, dos assuntos em discussão, através da
médicos e, este ano, contou com mais de apresentação de estudos em animais,
22.000 delegados.
mostrando que esta abordagem pode ser
promissora.
A reunião deste ano teve em atenção o
facto de a epidemia ser muito prevalente No entanto, o ponto alto da conferência
na América Latina e nas Caraíbas. incidirá na seguinte questão: quando
Foi abordada, mais do que em outras uma pessoa tem carga viral indetectável
conferências
internacionais
até
ao para o VIH no sangue, deixa de
momento, a comunidade dos homens infectar outros? Recentes conclusões
que têm sexo com homens, através da da Swiss Federal AIDS Commission
realização de um encontro pré-conferência, sobre pessoas heterossexuais numa
dedicado ao assunto e de outras sessões e relação monogâmica, em que o parceiro
simpósios que reforçaram a necessidade seropositivo para o VIH tem a carga viral
de trabalhar numa prevenção mais eficaz indetectável e ambos não apresentam
junto dos homossexuais e bissexuais e, nenhuma
infecção
sexualmente
em especial, em cenários de recursos transmissível (IST), podem deixar de
limitados.
utilizar o preservativo devido a um risco
teórico reduzido de infecção. Tem sido
A reunião reforçou também a necessidade debatido a nível mundial e deverá surgir
de colocar os grupos marginalizados novamente em diversas sessões no
no centro dos programas nacionais de decorrer da semana.
resposta à infecção pelo VIH, combatendo
o estigma e a discriminação.
Um outro assunto que provocou debate
APARTAMENTOS DE ACOLHIMENTO
TEMPORÁRIO
Tel: 937146315
Horário: 09H-18H - 2ª a 6ª feira
Email: [email protected]
8
8
CAD – CENTRO DE APOIO DOMICILIÁRIO
Tel: 937146315
Horário: 09H-18H - 2ª a 6ª feira
Email: [email protected]
ARTIGOS
AIDS 2008 - XVII CONFERÊNCIA SOBRE SIDA
CIDADE DO MÉXICO
e protesto foi a crescente tendência
internacional de aplicar sanções às
pessoas que vivem com o VIH e que
transmitem o vírus. Numerosas sessões
e apresentações durante esta semana
vão examinar as consequências desta
tendência e ilustrar o desenvolvimento
desta perspectiva punitiva na resposta
internacional para o VIH.
Tratamento e infecciosidade
Declaração suíça provoca controvérsia
na Conferência
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
BOLETIM (requisição de boletins)
Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira
Email: [email protected]
Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira
Email: [email protected]
Já se esperava que a denominada
“Declaração Suíça” acerca da infecciosidade
das pessoas seropositivas, com uma
carga viral indetectável, provocasse
alguma
polémica
na
Conferência
À semelhança do que se passou em Mundial sobre a Sida, este ano.
Banguecoque, em 2004 e em Toronto, em
2006, a abordagem sobre os tratamentos Em Janeiro do corrente ano, alguns
incidirá no alargamento do acesso ao médicos
e
investigadores
suíços,
TARV nos países em desenvolvimento.
especialistas em VIH, emitiram uma
declaração, referindo que as pessoas a
Este ano, com mais de 3 milhões de fazer tratamento anti-retroviral (TARV)
pessoas a fazer tratamento, as sessões e com uma carga viral (CV) indetectável
darão atenção particular à forma como o durante, pelo menos, 6 meses, não
acesso aos tratamentos poderá ser mais eram infecciosas para os seus parceiros,
alargado, através da responsabilização da desde que fizessem o tratamento de
prescrição e monitorização do tratamento forma correcta e não tivessem nenhuma
por pessoas que não são médicas, tais infecção sexualmente transmissível (IST).
como enfermeiras e outro pessoal técnico
de saúde.
Esta declaração provocou um aceso
debate, numa sessão satélite, com
Será
também
discutida
a
maior a duração de duas horas, realizada
disponibilização de medicamentos para antes
da
Conferência
Mundial.
as crianças e o aumento do número Um dos seus autores disse que o objectivo
de mulheres que têm acesso ao TARV, da declaração nunca tinha sido a sua
como meio de prevenção da transmissão publicação à escala mundial. Pelo contrário,
do VIH entre mãe - filho. Os níveis de o seu objectivo era apenas assistir os
cobertura continuam entre os 20% e os médicos suíços na discussão com os
30% em muitos dos países africanos, seus pacientes, com parceiros estáveis,
a região com maior taxa de cobertura, os riscos envolvidos na relação sexual.
apesar da eficácia comprovada na Também realçou que os autores da
administração de curta duração, de um declaração não pretenderam afirmar
ou dois medicamentos, destinado às que uma carga viral indetectável poderia
mães no período do parto.
ser um substituto do preservativo.
Porém, defendeu a declaração, referindo
Keith Alcorn, aidsmap.com http://www. que o sexo com preservativo não é
aidsmap.com/pt/news/77165C48-9045- 100% seguro, ou seja, acarreta algum
415D-B159-D4B41CDE847E.asp
risco, “encontrando-se dentro de limites
confortáveis, de tal modo que permite
que as pessoas vivam uma vida normal.
Poderíamos colocar o sexo realizado
por pessoas em terapêutica ARV dentro
duma gama semelhante de conforto,
mas só o consideraríamos ‘seguro’ em
determinadas condições especiais”.
9
FOTOS
AIDS 2008 - XVII CONFERÊNCIA SOBRE SIDA
CIDADE DO MÉXICO
PREVENÇÃO
Tel: 917528696
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10
10
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CIDADE DO MÉXICO
FORMAÇÃO
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11
ARTIGOS
AIDS 2008 - XVII CONFERÊNCIA SOBRE SIDA
CIDADE DO MÉXICO
Alguns
participantes
na
sessão
mostraram,
todavia,
alguma
preocupação. Um médico, por exemplo,
referiu que a crença de que a transmissão
não seria possível, se a carga viral
fosse inferior a certos valores, seria
mais uma suposição do que um facto.
Contudo, referiu também que alguns
medicamentos ARVs têm uma capacidade
muito boa de chegar até aos fluidos
sexuais, podendo, nessas circunstâncias,
actuar como verdadeiros microbicidas.
Um delegado da ONUSIDA referiu que
a declaração suíça era irrelevante para
a maioria das pessoas com VIH em
todo o mundo, chamando a atenção
para o limitado acesso aos testes de
carga viral e para as elevadas taxas
de ocorrência de ISTs, em muitos dos
países com maior prevalência de VIH.
A declaração foi apoiada por alguns
activistas
da
comunidade,
que
realçaram o facto de a mesma ajudar
a diminuir o estigma e a discriminação.
Regimes de microcrédito reduzem o risco
de VIH nas mulheres da África do Sul
Segundo um estudo agora tornado
público,
o
microcrédito,
quando
direccionado para o reforço da capacitação
e do poder das mulheres pobres – diminui
os comportamentos de risco para o VIH
e a violência por parte do parceiro.
O estudo foi realizado na África do
Sul, e teve a participação de mulheres
muito pobres, a quem eram facultados
pequenos empréstimos para dar início a
pequenos negócios, como o de compra
e venda de produtos locais, venda de
roupas novas e usadas, prestação
de cuidados a crianças ou a gestão
de pequenas bancas de comida em
mercados. Quase todos os empréstimos
foram totalmente pagos de volta.
Este regime de financiamento não
serviu só para melhorar o bemestar em termos económicos; serviu
igualmente para reduzir o sexo
CENTRO DE ATENDIMENTO E APOIO
PSICOSSOCIAL
Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira
Email: [email protected]
12
12
desprotegido com parceiros ocasionais
e diminuir a violência do(s) parceiro(s).
O estudo vai agora ser alargado,
esperando-se que chegue a cerca
de 15.000 lares na província do
Limpopo,
entre
2008
e
2010.
A alta prevalência de VIH em homens
que têm sexo com homens na Tailândia
Um estudo realizado na Tailândia
concluiu que 5% dos homossexuais
masculinos e outros homens que têm
sexo com homens são infectados
pelo vírus do VIH, todos os anos.
Os factores de risco para a infecção
abrangem uma idade acima dos 30
anos, um baixo nível de escolaridade,
sexo anal receptivo sem protecção
e o consumo de drogas recreativas,
incluindo os poppers. Um estudo recente
no Reino Unido descobriu também uma
relação entre o uso dos poppers e um
risco acrescido de infecção pelo VIH.
A Tailândia tem sido relativamente bem
sucedida no controlo da propagação do
VIH, mas os seus esforços de prevenção
têm-se centrado principalmente nos
trabalhadores do sexo e nos utilizadores
de drogas por via intravenosa.
Numa sessão realizada no dia de abertura
da Conferência, foi mencionado que
as necessidades de prevenção no que
respeita ao gays, e a outros homens
que têm sexo com homens, têm sido
amiúde preteridas, esperando-se que
a Conferência Mundial ajude a alertar
para a epidemia esquecida de VIH
entre os homossexuais masculinos,
das mais diversas regiões do mundo.
O tratamento anti-retroviral e a
tuberculose (TB)
A tuberculose é, por si só, a maior
causa de doença e morte entre os
indivíduos seropositivos a nível mundial.
Tem havido um grande debate sobre
ATENDIMENTO E APOIO
Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira
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ARTIGOS
AIDS 2008 - XVII CONFERÊNCIA SOBRE SIDA
CIDADE DO MÉXICO
o momento mais propício para iniciar o
Eficácia e efeitos secundários do
tratamento anti-retroviral, nos indivíduos
abacavir: os estudos divergem
com contagens baixas de CD4s e a
novamente
fazer tratamento contra a tuberculose.
Isto porque os medicamentos anti- O abacavir foi objecto de mais seleuma
retrovirais e os tuberculostáticos podem durante a Conferência.
interagir, devido ao risco do chamado
síndrome de reconstituição imunitária. No início de 2008, um estudo norteamericano mostrou que os doentes com
Dois
estudos
apresentados
na uma carga viral elevada na altura em que
Conferência do México mostraram começavam o tratamento ARV tinham
resultados contraditórios no que respeita uma menor probabilidade de atingir uma
aos benefícios de um início precoce do carga viral indetectável se começassem
tratamento anti-retroviral nos doentes o tratamento com uma combinação que
com TB.
incluísse abacavir, comparando com
uma terapêutica inicial que incluísse o
O primeiro desses estudos, realizado tenofovir.
no Irão, mostrou que os doentes que
iniciavam o tratamento anti-retroviral Os investigadores mentores do estudo
precocemente tinham uma menor declararam perante a Conferência terem
probabilidade de morrer do que os visto e confirmado os resultados uma
que adiavam o início da terapêutica. segunda vez.
O segundo estudo, realizado na
Argentina, mostrou, porém, uma maior
taxa de mortalidade entre os doentes que
iniciavam o tratamento anti-retroviral
precocemente.
Fonte: http://www.aidsmap.com/
cms1271368.asp
Também referiram que as pessoas a fazer
abacavir tinham uma maior propensão
para apresentar efeitos secundários. Mas
não se registaram enfartes do miocárdio.
A GlaxoSmithKline, a companhia que
fabrica a substância, analisou, no entanto,
os resultados de outros estudos, em
que se provou não haver uma diferença
real nas hipóteses de atingir uma carga
viral indetectável por parte de quem se
encontrava a fazer abacavir, qualquer
que fosse a sua carga viral no início do
tratamento, por comparação com outros
medicamentos ARVs.
As guidelines britânicas de tratamento
alertam, actualmente, contra o início do
tratamento com abacavir, no caso de a
carga viral estar acima dos 100.000.
Outras notícias
Um grupo de investigadores australianos
observou o tipo de homossexuais
masculinos que deveria estabelecer
o objectivo principal da acção de
Continua na página 15
ADIÇÃO & TROCA DE SERINGAS
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13
ARTIGOS
NOTAS SOBRE O PROCESSO DE IDENTIDADE SEXUAL
O porquê de uma Psicoterapia
sentimento de identidade sexual obedece,
também ele, a estes processos e é ao
longo das sessões de psicoterapia na nova
relação dinâmica entre o psicoterapeuta
e o paciente que se vai reformulando
todo o percurso percorrido até ao
momento em que cada sessão acontece.
A identidade é um mecanismo de
elaboração intrapsíquica, em que a
essência de um objecto completamente
diferenciado é criada -recriada no interior
do próprio à imagem e semelhança
daquele, sendo portanto assim que se
organiza o ideal do Eu/Super Eu pós- Auxiliado pela intervenção interpretativa
edipiano, herdeiro
do complexo de do psicoterapeuta, o paciente vai
Édipo .
recriando a sua identidade, reconciliando
Margaret Mahler (1968) designa-o -se com os acontecimentos traumáticos
como um processo ou como resultado do seu passado, presente e futuro, o
dum processo finalizado na infância. A qual vai projectando, experimentando,
identidade seria assim já visível no fim exponenciando e descobrindo-se a
da fase da separação-individualização, si próprio, com vista à plenitude do
quando se organiza uma representação simples facto de se sentir bem consigo
estável do próprio (Self).
e com os que o rodeiam, aprendendo a
A diferença de uma pessoa para outra perdoar-se, a ajudar-se e a auxiliar-se
não reside no corpo ou no somatório no caminho do seu próprio bem-estar,
orgânico visível. Reside muito mais sem mágoas nem ressentimentos, mas
no sentimento íntimo de possuir uma compreendendo-se a si e aos outros num
capacidade pessoal de funcionar de uma processo interminável de paz consigo e
determinada maneira, de ocupar um com o mundo.
certo espaço individualizado, de realizar
determinados atributos diferenciais,
de ter uma auto -imagem; reside
na ideia que a pessoa tem de si, do
seu próprio corpo, da sua totalidade.
Assim
sendo,
prefiro
falar
de
psicossexualidade, ou seja, da sua
representação mental, interiormente
instituída dentro de cada um, pessoal, a
seu modo.
José António Machado Teixeira
Psicoterapeuta
Membro efectivo da Sociedade Portuguesa
de Psicologia Clínica Carteira Profissional
nº 152
Rua Cândido dos Reis, nº 4, r/c Esq
2775-558 CARCAVELOS
21 458 07 02 - 91 903 11 77
93 457 33 34
Desde os trabalhos de Erik Erickson,
sabemos que a aquisição de uma
identidade, social ou psicológica, é um
processo
extremamente
complexo,
que comporta uma relação positiva de
inclusão e uma relação negativa de
exclusão. Define-se por semelhanças
com uns e por diferenças com outros. O
LINHA TELEFÓNICA DA ABRAÇO
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14
GRUPOS DE AUTO-AJUDA
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ARTIGOS
Continuação da página 13
prevenção. Os investigadores sugeriram
uma abordagem que permita definir
melhor as características dos homens
homossexuais mais expostos aos
riscos de transmissão do VIH, e que
estabeleceriam, assim, a prioridade da
prevenção.
O consumo de álcool e o risco do
VIH. Os resultados de um estudo
efectuado na África do Sul, trazidos a
lume na Conferência, sugeriam que,
os indivíduos cujo consumo de álcool
os faz ficar em situação de maior
risco à infecção pelo VIH, podem
beneficiar de intervenções de reforço de
competências e de redução de riscos.
O
VIH
e
a
legislação
penal
Um pouco por todo o mundo, muitos
países têm vindo a aprovar legislação
que criminaliza a transmissão do
VIH. A ONUSIDA está tão preocupada
com esta tendência que lançou
um apelo para a revogação de
todas as leis que criminalizam a
transmissão e exposição ao VIH, com
excepção da transmissão intencional.
Em todas as partes do mundo, existem
leis que criminalizam a exposição e
transmissão do VIH através do sexo, uso de
drogas injectáveis ou da mãe para o filho.
Os delegados presentes na Conferência do
México foram informados de que muitos
países da África Ocidental e Central
introduziram legislação criminalizando a
exposição e transmissão do vírus da SIDA.
No entanto, disse-se na Conferência,
este tipo de legislação acarreta
consigo a culpa e a estigmatização,
podendo desencorajar as pessoas a
realizar o teste de rastreio da infecção.
Deu-se a conhecer a especial preocupação
no que respeita ao crescimento gradual
da criminalização que se faz notar na
Europa e na Ásia Central. O número
de países com leis deste tipo elevase, nesta parte do mundo, a 53.
A
ONUSIDA
publicou
um
novo
documento de trabalho onde declara
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a não existência de qualquer tipo de
evidência que mostre que o uso deste
tipo de legislação contribua para reduzir
o número de transmissões do VIH. Em
vez de levar as pessoas a tribunal por
transmitir o VIH, a agência da ONU para o
VIH/SIDA tem vindo a fazer apelos junto
dos governantes para o alargamento
da implementação dos projectos que
se sabe poderem contribuir para a
redução do número de transmissões.
A excepção a esta regra é a transmissão
intencional do vírus, que a ONUSIDA
acredita dever manter o estatuto de crime.
Tratamento do VIH e da tuberculose
nos consumidores de droga
Na Conferência foi também feito um
apelo, com o objectivo de se disponibilizar
tratamento para o VIH e para a TB para
os consumidores de drogas por via
intravenosa.
A OMS, a ONUSIDA e a Agência da ONU
para as Drogas e o Crime (UNODC)
revelaram uma nova política,de modo
a assegurar que um maior número de
consumidores de drogas com VIH e/ou
TB passe a ter acesso ao tratamento e
aos cuidados de saúde que de facto tem
necessidade.
Estima-se que cerca de 10% dos casos
de VIH em todo o mundo afectem os
consumidores de drogas. Contudo, apenas
uma pequena percentagem dos cerca de
3,5 milhões de drogas seropositivos, tem
acesso aos serviços adequados.
Problemas como a marginalização, a
discriminação, o não ter onde morar
e o estar privado da liberdade, são
circunstâncias que podem contribuir
para que os consumidores de drogas
não estejam a ter acesso aos serviços
necessários.
Fonte: http://www.aidsmap.com/
cms1272001.asp
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Campanha de Prevenção “Queima das Fitas” 2008
Associação Abraço - Delegação Norte
Espaço Utente
Associação Abraço
A Associação “Abraço” é uma instituição de solidariedade,
Sobrevive do Apoio de “todos” e da boa vontade…
Depende também do empenho e generosidade,
Responsável e ímpar na receptividade!
No apoio ao utente é integral,
Física e psicologicamente, fundamental…
Trabalhadores – Voluntários incansáveis
No seu tributo são imparáveis.
Com informação actualizada,
Incentiva, esclarece a 100%.
Dignifica o Humano, combate a SIDA,
Aqui a discriminação não tem guarida!...
Poder erradicar a doença depende dos cientistas,
Valorizar a auto-estima, na Abraço são especialistas!...
Seja bebé, criança, jovem, velhinho,
Recebe ali, confraterniza, ensina o “caminho”!...
Quanto à disponibilidade e desembaraço,
No epicentro está a “Abraço”!...
A esperança nunca será derradeira
Porque a motivação ultrapassa a “fronteira”!...
Edite M. F. Lopes - Funchal
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AGENDAS
Agenda Nacional
Fundação GlaxoSmithKline
Atribuiu bolsas de investigação na área do VIH/SIDA, em evento realizado
no dia 17 de Julho de 2008
Fundação GlaxoSmithKline das Ciências da Saúde atribuiu seis bolsas na
área da infecção VIH/SIDA a investigadores portugueses. O evento realizou-se no dia 16 de Julho,
na sala Luís Freitas do Centro Cultural de Belém, pelas 17 horas.
Esta fundação é uma instituição sem fins lucrativos que tem por objecto realizar, promover e
patrocinar projectos e actividades de investigação e divulgação científica e tecnológica, bem como
desenvolver uma acção cultural e social.
*****
IX Congresso Nacional de Doenças Infecciosas/Microbiologia Clínica, 7º Congresso
Nacional sobre SIDA e XII Cong. Português de Parasitologia
Hotel Tivoli Marinotel, em Vilamoura, de 08 a 11 de Outubro de 2008
A Associação para o Estudo Clínico da SIDA, a Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e de
Microbiologia Clínica e a Sociedade Portuguesa de Parasitologia juntaram esforços para organizar,
pela primeira vez, uma reunião conjunta das três sociedades.
*****
XII Reunião sobre infecção por VIH/SIDA
No Centro de Congressos de Lisboa, no dia 29 de Novembro de 2008, a XII Reunião sobre infecção
por VIH/SIDA, tendo como presidente o Prof. Doutor Francisco Antunes. Os sucessos e os insucessos
da luta contra a SIDA em Portugal será um dos tópicos a serem desenvolvidos.
Agenda Internacional
Fort Lauderdale, Florida, United States, 30 e 31 Janeiro 2009
Website: http://medicine.nova.edu/ce/protecting_generation.html
Nome do Contacto: David Gensure
A Conferência terá como destaque um dia inteiro de debates sobre imunizações com membros da
CDC, ACIP, NIH e o Dr. Paul Offit debaterá alguns das situações mais recentes e a informação acerca
da imunização na infância. Conferência de cariz único com debates sobre as preocupações dos pais e
da comunidade, no que se prende com as imunizações nas crianças. Autoridades reconhecidas a nível
nacional vão discursar e estarão abertos a questões sobre estas matérias.
Organizado por: Nova Southeastern University, College of Osteopathic Medicine
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SUGESTÃO LITERÁRIA
Sugestão Literária
DRUG TRAINING, HIV &
AIDS IN THE 1990s
A guide for training
professionals
AIDS IN THE FAMILY
Libby Spurrier
ISBN 0-340-58973-6
Steve Cranfield & Annas
Dixon
ISBN 1 85448 072 3
Prise en charge des
personnes atteintes par le
VIH
sous la direction du
Pr. Jean Dormont
Código de Barras:
9 782257 121950
HIV/AIDS and overseas
employment
UK NGO AIDS Consortium
ISBN 1 85448 820 1
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18
18
ICN Past and Present
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ISBN 1-871364-16-7
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