Trabalho não publicado - Escola Superior de Educação

Transcrição

Trabalho não publicado - Escola Superior de Educação
Escola Superior de Educação de Viana do Castelo
Curso de Educação Física
Desenvolvimento Motor
SOMATÓTIPO.
SOMATÓTIPO.
Métodos e aplicações.
Métodos e aplicações.
Luís Paulo Rodrigues
1996
Desenvolvimento Motor
1. O ESTUDO DO SOMATÓTIPO
A espécie humana é, dentro do reino animal, aquela que evidencia maior
diferenciação morfológica entre os seus membros. Esta característica elucida
bem o seu sucesso na luta pela sobrevivência da espécie, tendo conseguido
afirmar-se ao longo dos tempos nas vantagens da diversidade fenotípica, ao
contrário dos outros animais que necessitaram de reduzir ao mínimo, em cada
situação, a expressão da sua variação genética.
No entanto, e dentro da variedade morfológica, é possível identificar
componentes ou traços distintivos passíveis de organização em categorias ou
tipos característicos. É precisamente no quadro desta preocupação que surge
a somatotipologia. Esta técnica foi introduzida em 1940 por Sheldon, Stevens
e Tracker, e centra-se essencialmente na representação da constituição do
indivíduo em três componentes primários, representados cada um por um
algarismo.
O primeiro componente - endomorfismo - representa a deposição de
massa
adiposa
corporal;
o
segundo
-
mesomorfismo
-
traduz
o
desenvolvimento músculo-esquelético em relação à altura e o terceiro
componente - ectomorfismo - expressa a lineariedade, ou seja a relação entre
o volume de massa corporal e a altura do indivíduo.
Originalmente Sheldon cotou cada componente de 1 a 7, definindo três
tipos extremos:
7-1-1 Ö Endomorfo puro, indivíduo com características de obesidade, com
predominância do volume abdominal associado a pequenas dimensões
relativas das extremidades e laxidez muscular.
1
Desenvolvimento Motor
1-7-1 Ö Mesomorfo puro, manifestando um acentuado desenvolvimento
muscular e robustez óssea bem evidenciada no valor dos diâmetros
dos membros. O aspecto generalizado é massivo e enérgico.
1-1-7 Ö Ectomorfo puro, representando o exemplo extremo da magreza e
hipotonia muscular. As medidas de comprimento predominam sobre os
diâmetros e as circunferências.
Possui um aspecto geral de
fragilidade.
Entre estes três extremos é teoricamente possível encontrar 343
configurações ou somatótipos possíveis, associando graus diferentes de
evidenciação em cada um dos componentes. Porém, e apesar da enorme
diversidade
existente,
algumas
dessas
combinações
são
obviamente
inverosímeis (por exemplo 7-1-7, ninguém pode ser ao mesmo tempo obeso e
longilíneo), e outras acontecem com pouca frequência. Sheldon apenas refere
76
somatótipos
reais,
embora
posteriormente
Peterson
(1967)
tenha
encontrado 107 em crianças e adolescentes europeus.
Actualmente é ainda considerada uma maior amplitude dos três
componentes, variando o endomorfismo de 0.5 a 12.0 e o mesomorfismo e o
ectomorfismo de 0.5 a 9.0.
Figura 1 - Fotografias utilizadas para determinação do somaótipo. (retiradas de Carter &
Heath, 1990)
2
Desenvolvimento Motor
A determinação do somatótipo de Sheldon era realizada pelo método
antroposcópico, ou seja através da análise de três fotografias (de frente, perfil e
costas) do indivíduo a classificar (figura 1). Estas imagens fotográficas eram
sujeitas a um exame e avaliação minuciosa de cinco regiões corporais (cabeça,
toráx, membros superiores, abdómen e membros inferiores), sendo também
realizadas algumas medidas transversais sobre a fotografia, que eram
relativizadas à altura. A este conjunto de procedimentos dá-se o nome de
somatoscopia.
2. O MÉTODO ANTROPOMÉTRICO DE HEATH - CARTER
O método antroposcópico de Sheldon, apesar da sua grande adesão e
expansão entre os estudiosos da morfologia humana, apenas permitia uma
aplicabilidade limitada e era sujeito a variações de rigor e objectividade
derivadas sobretudo da menor concordância entre os observadores. Mantendo
as características fundamentais da classificação de Sheldon, diversos autores
procuraram então aplicar os procedimentos antropométricos ao processo
somatotipológico. Cureton (1947), Parnell, (1954, 1958) e Damon et al (1962),
foram alguns dos que demonstraram a exequibilidade da utilização das
mensurações antropométricas na estimação do somatótipo, permitindo uma
acumulação de vantagens sobre o processo antroposcópico, nomeadamente:
−
maior objectividade na estimação do critério somatotípico
−
maior acessibilidade de material necessário;
−
diminuição do tempo necessário para a estimação do somatótipo no
terreno;
−
menor intrusividade da individualidade, já que muitas vezes é difícil
conseguir que o observado pose quase nu para a fotografia;
−
possibilidade de utilização dos dados recolhidos para critérios de estudo
antropométricos;
3
Desenvolvimento Motor
−
reconhecimento objectivo das particularidades de diferentes regiões
corporais.
Em 1967, Lindsay Carter e Barbara Heath desenvolveram o método
antropométrico
de
determinação
do
somatótipo
que
até
hoje
maior
unanimidade e divulgação atingiu - o método de Heath-Carter.
Este
método
antropométricas
-
assenta
quatro
na
análise
pregas
conjugada
adiposas
de
(tricipital,
dez
medidas
subescapular,
suprailíaca e geminal), dois diâmetros (bicôndilo-umeral e bicôndilofemoral), dois perímetros (braquial e geminal), a altura e o peso - de forma a
ser possível relativizar a participação de cada uma das componentes corporais
na constituição morfológica geral. Descrevemos de seguida os procedimentos
a realizar para a determinação de cada componente:
ENDOMORFISMO
-
O
somatório
dos
valores
das
pregas
tricipital,
subescapular e suprailíaca em milímetros (Σ Skf) é inicialmente corrigido
pela altura do indivíduo através da fórmula:
Valor (corrigido) Somatório Pregas Adiposas = Σ Skf x 170.18 / Altura
O resultado obtido é depois lido na tabela 1 de Heath-Carter,
correspondendo o valor do endomorfismo ao da classe em que se situa.
4
Desenvolvimento Motor
ENDO
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
5
5.5
6
6.5
7
7.5
8
8.5
9
9.5
10
10.5
11
11.5
12
Lim. Inf.
7,0
11,0
15,0
19,0
23,0
27,0
31,3
35,9
40,8
46,3
52,3
58,8
65,8
73,3
81,3
89,8
99,0
109,0
119,8
131,3
143,8
157,3
172,0
Convém
Lim. Sup.
-
10,9
14,9
18,9
22,9
26,9
31,2
35,8
40,7
46,2
52,2
58,7
65,7
73,2
81,2
89,7
98,9
108,9
119,7
131,2
143,7
157,2
171,9
187,9
esclarecer
que
a
correcção do somatório das pregas
adiposas
pelos
valores
permitem
relativizar
e
da
altura
naturalmente
precisar melhor acerca da verdadeira
contribuição da massa adiposa para a
configuração morfológica do indivíduo.
Este procedimento torna-se ainda mais
necessário
quando
lidamos
populações de jovens e crianças.
com
O
facto de esta necessidade não ter sido
levada em linha de conta durante algum
tempo torna necessário algum cuidado
quando
pretendemos
comparar
resultados, devendo ser sempre indicado
se houve ou não correcção pela altura
em qualquer dos dados, já que quando
tal não acontece a tendência é para os
valores serem em média meio ponto
(0.5) mais elevados no valor final de
endomorfismo.
188,0 - 204,0
Tabela nº 1 de Heath - Carter
MESOMORFISMO - Para a determinação do mesomorfismo são necessárias
as medidas da altura, diâmetros bicôndilo-umeral e bicôndilo-femoral,
perímetros bicipital e geminal corrigidos. A correcção dos perímetros é
realizada através da subtracção do valor da respectiva prega adiposa (em
cms):
5
Desenvolvimento Motor
PBRcorr. = PBR - SK tricipital
PGEMcorr. = PGEM - SK geminal
Convem ainda salientar que ambos os perímetros são medidos em
contracção (o braquial através da realização de uma contracção máxima
isométrica, utilizando o braço contrário como oposição e o geminal através da
sustentação do peso corporal, em pé, igualmente distribuído pelos dois apoios).
O valor da altura serve para assinalar na tabela nº 2 a linha de referência
do indivíduo.
Para tal deve-se procurar na primeira coluna o valor mais
próximo da altura do indivíduo a classificar e assinalar a linha correspondente
(sendo aquela que, hipoteticamente, deveria conter os valores de diâmetros e
perímetros do sujeito segundo os valores da população de referência unissex
phanton). De seguida assinalamos a posição de cada uma das medidas na
coluna respectiva e verificamos qual o desvio (nº de linhas) de cada uma das
medidas reais relativamente à linha de referência da altura. Os desvios podem
ser positivos ou negativos e devem entrar como tal na fórmula do
mesomorfismo:
Mesomorfismo = 4 + Σ Desvios / 8
O valor final alcançado deve ser arredondado de forma a que o valor final
se expresse apenas em intervalos de 0.5 pontos (... 3, 3.5, 4, 4.5, ...)
6
Desenvolvimento Motor
ALT
280.7
276.9
273.0
269.2
265.4
261.6
257.8
254.0
250.2
246.4
242.6
238.8
234.9
231.1
227.3
223.5
219.7
215.9
212.1
208.3
204.5
200.7
196.8
193.0
189.2
185.4
181.6
177.8
174.0
170.2
166.4
162.6
158.7
154.9
151.1
147.3
143.5
139.7
135.9
132.1
128.3
124.5
120.6
116.8
113.0
109.2
105.4
101.6
97.8
94.0
90.2
86.4
82.5
78.7
DBCH
10.59
10.44
10.30
10.15
10.01
9.86
9.71
9.57
9.42
9.28
9.13
8.99
8.84
8.69
8.55
8.40
8.26
8.11
7.97
7.82
7.67
7.53
7.38
7.24
7.09
6.95
6.80
6.65
6.51
6.36
6.22
6.07
5.93
5.78
5.63
5.49
5.34
5.20
5.05
4.91
4.76
4.61
4.47
4.32
4.18
4.03
3.89
3.74
3.59
3.45
3.30
3.16
3.01
2.87
-
[
10.58
10.43
10.29
10.14
10.00
9.85
9.70
9.56
9.41
9.27
9.12
8.98
8.83
8.68
8.54
8.39
8.25
8.10
7.96
7.81
7.66
7.52
7.37
7.23
7.08
6.94
6.79
6.64
6.50
6.35
6.21
6.06
5.92
5.77
5.62
5.48
5.33
5.19
5.04
4.90
4.75
4.60
4.46
4.31
4.17
4.02
3.88
3.73
3.58
3.44
3.29
3.15
3.00
DBCF
15.10
14.90
14.69
14.48
14.27
14.06
13.86
13.65
13.44
13.23
13.03
12.82
12.61
12.40
12.19
11.99
11.78
11.57
11.36
11.15
10.95
10.74
10.53
10.32
10.12
9.91
9.70
9.49
9.28
9.08
8.87
8.66
8.45
8.24
8.04
7.83
7.62
7.41
7.21
7.00
6.79
6.58
6.37
6.17
5.96
5.75
5.54
5.33
5.13
4.92
4.71
4.50
4.30
4.09
-
[
15.09
14.89
14.68
14.47
14.26
14.05
13.85
13.64
13.43
13.22
13.02
12.81
12.60
12.39
12.18
11.98
11.77
11.56
11.35
11.14
10.94
10.73
10.52
10.31
10.11
9.90
9.69
9.48
9.27
9.07
8.86
8.65
8.44
8.23
8.03
7.82
7.61
7.40
7.20
6.99
6.78
6.57
6.36
6.16
5.95
5.74
5.53
5.32
5.12
4.91
4.70
4.49
4.29
PBRcorr
48.3
47.6
46.9
46.3
45.6
44.9
44.3
43.6
43.0
42.3
41.6
41.0
40.3
39.6
39.0
38.3
37.6
37.0
36.3
35.6
35.0
34.3
33.7
33.0
32.3
31.7
31.0
30.3
29.7
29.0
28.3
27.7
27.0
26.3
25.7
25.0
24.4
23.7
23.0
22.4
21.7
21.0
20.4
19.7
19.0
18.4
17.7
17.0
16.4
15.7
15.1
14.4
13.7
13.1
Tabela nº 2 de Heath - Carter
7
-
[
48.2
47.5
46.8
46.2
45.5
44.8
44.2
43.5
42.9
42.2
41.5
40.9
40.2
39.5
38.9
38.2
37.5
36.9
36.2
35.5
34.9
34.2
33.6
32.9
32.2
31.6
30.9
30.2
29.6
28.9
28.2
27.6
26.9
26.2
25.6
24.9
24.3
23.6
22.9
22.3
21.6
20.9
20.3
19.6
18.9
18.3
17.6
16.9
16.3
15.6
15.0
14.3
13.6
PGEMcorr
56.5
55.7
55.0
54.2
53.4
52.6
51.9
51.1
50.3
49.5
48.7
48.0
47.2
46.4
45.6
44.9
44.1
43.4
42.5
41.7
41.0
40.2
39.4
38.6
37.9
37.1
36.3
35.5
34.7
34.0
33.2
32.4
31.6
30.9
30.1
29.3
28.5
27.7
27.0
26.2
25.4
24.6
23.9
23.1
22.3
21.5
20.7
20.0
19.2
18.4
17.6
16.9
16.1
15.3
-
[
56.4
55.6
54.9
54.1
53.3
52.5
51.8
51.0
50.2
49.4
48.6
47.9
47.1
46.3
45.5
44.8
44.0
43.3
42.4
41.6
40.9
40.1
39.3
38.5
37.8
37.0
36.2
35.4
34.6
33.9
33.1
32.3
31.5
30.8
30.0
29.2
28.4
27.6
26.9
26.1
25.3
24.5
23.8
23.0
22.2
21.4
20.6
19.9
19.1
18.3
17.5
16.8
16.0
Desenvolvimento Motor
ECTOMORFISMO
-
determinar
o
componente
torna-se
necessário
ìndice
Ponderal
calcular
o
Recíproco
valor
(IPR),
Ecto
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
5
5.5
6
6.5
7
7.5
8
8.5
9
Para
do
3º
segundo
a
fórmula:
IPR =
O
3
ectomorfismo
ALT
PESO
corresponderá
então ao valor do IPR lido na tabela
nº3.
Lim. Inf.
]
39.66
40.66
41.44
42.14
42.83
43.49
44.19
44.85
45.54
46.24
46.93
47.59
48.26
48.95
49.64
50.34
51
Lim. Sup.
-
39.65
40.65
41.43
42.13
42.82
43.48
44.18
44.84
45.53
46.23
46.92
47.58
48.25
48.94
49.63
50.33
50.99
51.68
3. DETERMINAÇÃO DO SOMATÓTIPO POR EQUAÇÃO
Os três componentes do somatótipo podem também ser calculadas
através de equações construídas especificamente a partir dos dados da
população de referência utilizada para a criação das tabelas vistas
anteriormente.
Este
processo
permite-nos
um
cálculo
mais
rápido
(principalmente através da introdução das equações em computadores ou
calculadoras) e segundo Carter (1990) permite mesmo corrigir algumas das
limitações do processo anterior.
Devem ser então utilizadas as seguintes equações:
1. Endomorfismo = -0.7182 + 0.1451 (X) - 0.00068 (X2) + =.0000014 (X3)
(X = Som. Pregas (Tricipital, Subescapular e Suprailíaca) x 170.18 / Altura
8
Desenvolvimento Motor
2. Mesomorfismo = [(0.858 x DBCH) + (0.601 x DBCF) + (0.188 x PBRcorr) +
+ (0.161 x PGEMcorr)] - (ALT x 0.131) + 4.5
3. Ectomorfismo - No cálculo deste componente terá de ser levado em linha
de conta o valor encontrado no Índice Ponderal Recíproco,
podendo ser utilizadas três equações diferentes:
Valor IPR
Ectomorfismo
IPR ≤ 38.25
⇒
0.1
38.25 < IPR < 40.75
⇒
IPR x 0.463 - 17.63
IPR ≥ 40.75
⇒
IPR x 0.732 - 28.58
Os valores finais em cada um dos componentes devem ser arredondados
até ao décimo de ponto (0.1) ou até meio ponto (0.5), consoante o uso que
deles pretender ser feito posteriormente.
4. CLASSIFICAÇÃO DO SOMATÓTIPO
Embora o somatótipo se expresse através de números, não goza das
propriedades relativas a uma variável ou escala de classificação do tipo
numérico (proporcional e contínua). De facto, esta expressão numérica - assim
escolhida por questões de facilitação interpretativa - representa não uma
qualquer quantidade mas uma classificação qualitativa (poderia ser substituída
por letras ou expressões de qualificação) que se expressa de duas formas:
♦ a primeira, dentro da análise intra-individual, permitindo a percepção
em cada indivíduo da contribuição relativa de cada um dos
componentes representados, na sua própria constituição morfológica;
9
Desenvolvimento Motor
♦ a segunda, permitindo uma comparação inter-individual da forma
corporal, já que este tipo de análise morfológica relativiza a um mesmo
tamanho hipotético cada um dos indivíduos estudados (fig 2). Este
constitui, aliás, um ponto que se torna importante reforçar - o
somatótipo não fornece qualquer informação sobre medidas absolutas
do indivíduo (tamanho corporal, altura, peso, etc), dando antes
informação sobre a forma corporal, a relação dos diversos
componentes constituintes da morfologia.
Figura 2 - Comparação das formas corporais através da relativização do tamanho de vários
indivíduos. (retirado de Heath-Carter, 1990)
Cada indivíduo pode então, segundo a análise do peso dos seus
componentes, ser classificado em diferentes categorias de somatótipos:
10
Desenvolvimento Motor
Categorias de Classificação do Somatótipo
1 - Quando um componente é dominante (um dos componentes é maior que
qualquer dos outros em mais de 0.5 pontos) e
1.1 - os dois outros componentes iguais (não diferindo mais de 0.5 pontos)
classifica-se com a designação do componente principal e junção do
atributo “equilibrado”.
Endomorfismo dominante,
ectomorfismo e mesomorfismo iguais
⇒
Endomorfo equilibrado
Mesomorfismo dominante,
ectomorfismo e endomorfismo iguais
⇒
Mesomorfo equilibrado
Ectomorfismo dominante,
endomorfismo e mesomorfismo iguais
⇒
Ectomorfo equilibrado
1.2 - um dos restantes componentes maior que o outro em pelo menos 0.5
(dominância
secundária),
atribuí-se
o
nome
do
componente
dominante por extenso precedido do componente secundário
abreviado.
Endomorfismo dominante principal,
mesomorfismo dominância secundária
⇒
Meso-endomorfo
Endomorfismo dominante principal,
ectomorfismo dominância secundária
⇒
Ecto-endomorfo
Mesomorfismo dominante principal,
endomorfismo dominância secundária
⇒
Endo-mesomorfo
11
Desenvolvimento Motor
Mesomorfismo dominante principal,
ectomorfismo dominância secundária
⇒
Ecto-mesomorfo
Ectomorfismo dominante principal,
endomorfismo dominância secundária
⇒
Endo-ectomorfo
Ectomorfismo dominante principal,
mesomorfismo dominância secundária
⇒
Meso-ectomorfo
2 - Quando dois componentes são dominantes (dois dos componentes são de
igual valor ou não diferem mais de 0.5 pontos e o terceiro é inferior em
mais de 0.5 a qualquer um deles), atribui-se um nome composto da
designação dos dois componentes dominantes por extenso.
Endomorfismo e mesomorfismo
dominantes
⇒
Mesomorfo-endomorfo
Endomorfismo e ectomorfismo
dominantes
⇒
Endomorfo-ectomorfo
Mesomorfismo e ectomorfismo
dominantes
⇒
Mesomorfo-ectomorfo
3 - Quando as três componentes são semelhantes (nenhuma componente
difere mais do que 1 valor de qualquer uma das outras) e todas se situam
nos valores de 2, 3 ou 4 , classificam-se como somatótipos centrais.
Endomorfismo, mesomorfismo e
ectomorfismo semelhantes
⇒
Central
5. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SOMATÓTIPO
Os somatótipos podem ser representados graficamente para uma melhor
leitura e comparação dos seus valores, sendo para tal utilizada o somatograma
12
Desenvolvimento Motor
Este é um triângulo de lados curvos (fig 3), chamado triângulo de Reuleux,
correspondendo cada vértice ao valor mais elevado de dada componente.
Figura 3 - Exemplo de somatograma, onde estão representados os
somatótipos de 17 alunos de 11 anos, do sexo masculino,
com bons níveis de desempenho motor.
No centro do triângulo intersectam-se três eixos definindo seis sectores
diferentes relativos à influência ponderada de cada componente no somatótipo
Sobre cada eixo o valor da respectiva componente aumenta do centro para o
ponto polar.
Pra a representação do somatótipo no somatograma necessitamos de
transformar os valores do somatótipo em dados de duas coordenadas, através
da fórmula:
x = Ectomorfismo - Endomorfismo
y = 2(Mesomorfismo) - (Ectomorfismo + Endomorfismo)
13
Desenvolvimento Motor
O somatograma como meio de representação gráfica, permite-nos
principalmente visualizar com facilidade as características de um grupo ou
população, bem como a comparação entre grupos ou indivíduos.
6. SOMATÓTIPO E DESEMPENHO MOTOR
A classificação através do somatótipo é um método de avaliar a morfologia que tem sido utilizado para quantificar, na generalidade, a composição, a
forma e o tamanho corporal (Carter, 1980, 1988), em que cada componente
contribui de forma variada (gordura relativa, desenvolvimento musculoesquelético relativo e linearidade relativa) em referência a um compósito que é
a morfologia (Malina & Bouchard, 1991).
O princípio da existência de uma estreita relação entre a performance e a
morfologia é geralmente aceite pela maioria dos estudiosos da matéria (Sobral,
1982; Holopainen, Hakkinen & Telama, 1984; Laska-Mierzejewska, 1980),
sendo inclusivamente apontada uma relação positiva, embora baixa, entre o
tamanho corporal e a performance motora (Pissanos, Moore & Reeve, 1983).
Um endomorfo, normalmente, apresenta pior performance em tarefas que
requeiram movimentos de deslocação; enquanto mesomorfos e ectomorfos são
usualmente mais bem sucedidos (Hebbelinck & Borms, 1978; Malina & Rarick,
1973 cit. por Holopainen et al., 1984).
Beunen et al. (1985, cit. por Maia, 1990) ao estudarem as relações entre
performance e somatótipo em adolescentes do sexo masculino, verificaram que
a componente mesomórfica se revelou como a melhor preditora de todos os
testes motores. Na opinião destes autores a utilidade e validade do somatótipo
é indiscutivel, dado que permite compreender melhor os fenómenos da
performance de atletas jovens e adultos.
14
Desenvolvimento Motor
Embora chame a atenção para alguns problemas metodológicos e de
análise, na tentativa de procurar a associação do somatótipo com a performance física, Carter (1980) diz-nos que os estudos parecem indicar que o
mesomorfismo está positivamente associada com a maior parte das prestações
físicas, o endomorfismo associada negativamente e o ectomorfismo demonstra
pouca ou nenhuma associação. Opinião que não é totalmente partilhada por
Holopainen et al. (1984) quando concluem que o endomorfismo dificulta todas
as performances de aptidão física e de performance motora e o ectomorfismo
melhora-as.
Malina (1975) refere que o endomorfismo tende a ser negativamente
correlacionada com a performance numa grande variedade de tarefas motoras,
enquanto o ectomorfismo tende a ser negativamente relacionada com a força.
No entanto as correlações encontradas entre os componentes individuais do
somatótipo e a performance são geralmente baixas ou moderadas e por isso
limitadas na utilização preditiva.
Os protótipos específicos das diversas modalidades desportivas revelamse nas fases mais precoces da preparação desportiva, constituindo referências
fundamentais nos programas de prospecção de talentos (Sobral, 1993b),
mesmo que neste âmbito o espectro total de elementos fenotípicos a
considerar seja bastante vasto (Sobral, 1994).
Os primeiro e segundo componentes do método de Heat-Carter
(endomorfismo
e
mesomorfismo)
introduzem
conceitos
específicos
da
composição corporal. No entanto as modificações resultantes do processo de
crescimento e maturação podem resultar numa falta de consistência da
avaliação em crianças e jovens. A falta de correlação entre a FFM e a segunda
componente, bem como a apenas moderada correlação entre a percentagem
de massa adiposa (%FAT) e a primeira, aconselha a utilização complementar
da estimação da composição corporal com crianças e jovens (Malina &
Bouchard, 1991).
15
Desenvolvimento Motor
Carter (1970) diz-nos que a participação e entrada voluntária num
determinado desporto é provavelmente também dependente da existência de
um somatótipo apropriado.
Todos os desportistas têm como componente
dominante o mesomorfismo. O mesomorfo é solidamente musculado, a sua
força e robustez física conferem-lhe uma aptidão particular para a prática
desportiva (Boennec & Prevot, 1980; Bell, 1993) sendo geralmente o ectomesomorfismo que caracteriza o desportista confirmado e em plena actividade
(Boennec, 1980).
Quando analisados comparativamente, jovens atletas do sexo masculino
(9-16 anos) são geralmente mais altos e pesados, mais mesomórficos e fortes
do que os não atletas, embora estas conclusões não sejam inteiramente
consistentes para todos os desportos (Malina, 1988a).
Esta constatação é
semelhante à encontrada em estudos do somatótipo de atletas de alto nível,
que têm revelado uma distribuição limitada de valores, sendo normalmente
mais mesomórficos e menos endomórficos do que a população de referência
ou de atletas de níveis mais baixos de competição (Carter, 1988).
Aliás, e independentemente da eventual perca de informação do processo
utilizado na determinação dos somatótipos médios, o conjunto de resultados
apresentados no quadro síntese 2 parece demonstrar exactamente essa
associação, com a grande maioria dos somatótipos médios indicados a
apresentarem valores reduzidos na primeira componente (o que mesmo em
termos de média é significativo dado a pequena dimensão dos valores) e com a
segunda componente a ser dominante.
Quadro 1 - Somatótipos médios referenciados em vários estudos, segundo
a modalidade praticada e a idade das crianças.
Autor citado
Modalidade
Somatótipo
médio
Idade
Chovanova & Zapletalova, 1979
Basquetebol
3 - 3.5 - 4
13/14 anos
Stepnicka, 1976
Ginastas
1.5 - 4.4 - 3.9
12 anos
16
Desenvolvimento Motor
Thorland et al., 1981
Gin + Salt
2.3 - 5 - 3.2
16,2
Perez (1981)
Ginastas
1.7 - 5.4 - 2.5
14 a 20
Carter, 1984
1.4 - 5.9 - 2.4
?
Stepnicka, 1977
1.5 - 6.9 - 2.1
?
2.6 - 4.7 - 3.3
10
Stepnicka, 1976
1.6 - 4.3 - 3.9
10
Newton, 1978
3.2 - 4.8 - 3.2
13 a 15
Pirie, 1974
Hoquei gelo
Faulkner, 1976
Patinagem
2.5 - 4 - 3.5
10,7 a 15,7
Ross & Day, 1972
Ski
1.7 - 4.6 - 3.7
10,9
Stepnicka & Broda, 1977
1.5 - 5 - 3.6
13
Chovanova, 1981
2.3 - 4.6 - 3.8
11 a 17
1.8 - 4.3 - 3.7
10 a 21
1.6 - 4.6 - 3.4
15,7
1.9 - 5.5 - 3.2
15 a 19
Sinning, Wilensky & Meyers,
1976
2.3 - 4.8 - 3.1
16,5
Thorland et al., 1981
2.6 - 5.4 - 2.9
16,9
4 - 4 - 2.7
16,7
Perez, 1981
Natação
Bagnall & Kellet, 1977
Lucio, 1981
Lebedeff, 1980
Luta livre
Ténis
Valores citados por Carter (1988)
Quando comparados com atletas adultos, os jovens atletas são em geral
menos mesomórficos, menos endomórficos e mais ectomórficos. A maioria
dos atletas jovens centra-se nas categorias ecto-mesomórficos, ectomorfosmesomórficos e meso-ectomórficos (Carter, 1988; Bell, 1993), demonstrando
somatótipos idênticos aos de atletas de alto nível, mais velhos (Carter, 1980).
Stepnicka (1972, 1974, 1976 cit. por Carter, 1980) refere que, em
crianças, os grupos de somatótipos estavam altamente relacionados com os
testes de educabilidade motora ( motor educability tests ), actividades e aptidões desportivas e com a prática voluntária da educação física. Os endomórficos eram os mais pobres no domínio motor e os ecto-mesomórficos os
melhores.
17
Desenvolvimento Motor
Um outro factor importante a considerar quando se estudam somatótipos
é a variação da população em causa, sabido que é que quanto mais elevado
for o nível desportivo estudado, menor a variação na distribuição dos
somatótipos (Carter, 1980). Assim, a variação encontrada no somatótipo de
jovens atletas é bastante limitada quando comparada com a variação em
populações de não-atletas da mesma idade e sexo (Clarke, 1971; Hebbelinck &
Borms, 1978; Parizkova & Carter, 1976 cit. por Carter, 1988), sendo ainda que,
embora exista variação no somatótipo entre desportistas jovens de diferentes
especialidades, estas diferenças parecem ser menos pronunciadas nestes do
que nos adultos, especialmente entre os rapazes (Carter, 1988).
Relativamente à estabilidade demonstrada pelo somatótipo ao longo do
processo de crescimento, Carter (1988), numa revisão efectuada com amostras
de jovens atletas do sexo masculino, verificou uma tendência para o
incremento em mesomorfismo desde o início da adolescência até à idade
adulta. Por sua vez, Malina e Bouchard (1991) dizem-nos que a morfologia
dum indivíduo pode ser estabelecida bastante cedo, já que, embora ocorram
mudanças no somatótipo durante o crescimento, não são em geral dramáticas,
pelo que a constituição física do jovem adulto é facilmente reconhecível em
criança, apontando mesmo a idade de oito anos como aquela a partir da qual a
estabilidade do somatótipo é bastante boa. Opinião compartilhada por Malina e
Rarick (1973) quando nos dizem que parecem haver razões para afirmar que a
morfologia do homem é determinada em tenra idade. Segundo Bale (1969 cit.
por Holopainen et al., 1984) a idade ideal para a determinação do somatótipo é
aos onze anos.
Também Parizkova (1974, 1977 cit. por Malina & Bouchard, 1991) estudando três grupos de rapazes cumprindo diferentes programas de actividades
físicas (treino regular, treino moderado e sem treino) não encontrou diferenças
significativas nos somatótipos dos 11 aos 18 anos de idade, nem na FFM, o
que parece indicar uma relativa independência destes dois parâmetros quanto
aos efeitos do treino. Existiram, de facto, modificações em locais específicos
18
Desenvolvimento Motor
(nomeadamente hipertrofia muscular localizada), mas não foram suficientes
para influenciar marcadamente os valores do somatótipo e da FFM.
Num estudo envolvendo crianças dos doze aos quinze anos, seguidas
longitudinalmente, Bell (1993) verificou que durante o período da adolescência,
crianças sedentárias demonstraram um aumento no endomorfismo e um
decréscimo no mesomorfismo e ectomorfismo.
Em contraste, as crianças
activas reduziram o endomorfismo, mantendo razoavelmente estável o
mesomorfismo e o ectomorfismo.
As correlações inter-idades ao longo da
adolescência (traduzindo a estabilidade do somatótipo) foram bastante
elevadas no grupo de crianças activas (0.84 - 0.99 endomorfismo; 0.94 - 0.99
mesomorfismo e 0.89 - 0.99 ectomorfismo), provavelmente devido à maior
homogeneidade deste grupo relativamente às crianças não activas. De forma
semelhante, também Parizkova e Carter (1976 cit. por Bell, 1993) comparando
um grupo de crianças menos activas com um outro de maior grau de
actividade, encontraram consistentemente maior aumento no endomorfismo e
diminuição no ectomorfismo.
Numa revisão de estudos efectuada por Malina e Bouchard (1991), as
correlações encontradas revelam uma razoável estabilidade no ectomorfismoe
variação no mesomorfismo e endomorfismo nos rapazes, entre o início e o final
da adolescência.
Os somatótipos médios por fotoscopia variam pouco de idade para idade
em rapazes, apenas se constatando uma pequena tendência por volta dos 13
anos para um ligeiro incremento em mesomorfismo (Malina & Bouchard, 1991).
Carter (1980) chama-nos a atenção para o cuidado que deve ser posto na
análise da estabilidade do somatótipo durante a infância e adolescência,
principalmente quando são utilizados valores médios referenciados à idade.
Na opinião do autor, apesar de algumas crianças permanecerem relativamente
estáveis no seu somatótipo, a maioria varia consideravelmente e poderá
acabar por possuir um somatótipo adulto bem diferente do de criança. Daí
resultará que, embora a realização da análise do somatótipo através da média
19
Desenvolvimento Motor
dos grupos de idade pareça demonstrar apenas pequenas diferenças com o
crescimento, de facto esta média poderá ser o resultado de grandes alterações
dos elementos individuais que no seu conjunto eventualmente se anulam. Um
outro factor a ter em conta na comparação de resultados deverá ser a forma de
obtenção do somatótipo, nomeadamente por fotoscopia ou por diferentes
determinações do somatótipo antropométrico de Heat-Carter.
Em conclusão, embora o papel representado pela morfologia corporal seja
evidentemente apenas um dos apectos que influenciam a performance
desportiva (Laska-Mierzejewska, 1980), pode fornecer-nos alguns critérios
objectivos para a avaliação da performance motora do jovem, nomeadamente
do ponto de vista prospectivo (Carter, 1988).
20
Desenvolvimento Motor
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