Revista nº 2

Transcrição

Revista nº 2
unesporte
EDIÇÃO
ESPECIAL
Escolar
FEDEESP
10 anos
Jogos
Universitários
Paulistanos
Olimpíadas
Estudantis
1º Pan-Americano Escolar • Natação CEU e Água
8, º Se Liga Zona Norte • Escolhas: escola, faculdade e estágio
ANUNCIO
editorial
Educação e
Esporte
P
ela segunda vez, publicamos um número da
Revista Unesporte em
parceria com a Federação do
Desporto Escolar do Estado de
São Paulo, FEDEESP. Pela segunda vez, ficamos contentes
em poder apresentar ao leitor
competições, atividades e
eventos esportivos desenvolvidos não só por estudantes universitários, mas também por
alunos do ensino fundamental
e do médio.
Tal possibilidade reforçou
nosso entendimento de que há
necessidade urgente de elaboração de políticas públicas
que, entre outros aspectos, favoreçam o esporte de base, estimulando a iniciação e a prática
esportiva.No âmbito escolar, o
esporte colabora com o desenvolvimento do indivíduo nos
aspectos motor, cognitivo e
emotivo; por isso, constitui-se
em instrumento importante de
educação.
Recentemente foi publicado
o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH), elaborado pelo
Programa das Nações Unidas
para Desenvolvimento. Nele
o Brasil está na 73ª colocação.
Comparativamente aos índices anteriores, houve melhora,
mas a situação ainda é ruim, se
tivermos como referência as
necessidades do país. Qual é
a principal dificuldade para o
Brasil avançar de maneira rápida
e significativa? Principalmente a
qualidade do ensino. Ampliamos
o acesso, mas a qualidade não é
boa e a evasão escolar ainda é
muito alta. É preciso reverter
esse quadro, aperfeiçoando o
conteúdo ensinado, tornando a
escola um lugar mais atraente
para o jovem, melhorando as
condições salariais e trabalhistas
dos professores.
Numa época em que só se fala
das Olimpíadas de 2016 e da
Copa do Mundo de 2014, dois
grandes eventos esportivos que
se realizarão no Brasil, é preciso
lembrar que estamos em outra
competição ainda mais importante e da qual depende nosso
futuro: a melhoria das nossas
condições de vida. A educação
é o caminho para essa melhoria.
E o esporte escolar pode dar sua
parcela de contribuição à formação de um ser humano pleno.
expediente
Diretoria
Adilson Souza de Araújo
Davi Francisco da Silva
Fábio Martucci Fornerón
Isabella Basto Poernbacher
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Redação
Editor
Ricardo Melani (MTPS 26.740)
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Edição de Arte e Editoração Eletrônica
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Estagiários
Carolina Samora, Tiago Machado e Renata Baboni
Colaboradores
Adilson Souza de Araújo, Davi Francisco da
Silva, Fernando Roberto de Oliveira e Jacobo
Vázquez Altuna.
Fotografias
Davi Francisco, Tiago Machado e Renata Baboni
Criação de capa
A partir de foto de Davi Francisco da Silva
Revisão
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Assessoria jurídica
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Comercial
Suporte Administrativo
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([email protected])
Impressão
Parma
Unesporte escolar, edição especial, 2010, é uma
publicação da Editora Porto das Letras Ltda. Redação,
publicidade, administração e correspondência: Rua do Bosque,
896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo (SP).
E-mail [email protected]. Telefone (11)
3392-1524. Proibida a reprodução parcial ou total dos textos
e das imagens desta publicação sem expressa autorização.
As opiniões dos entrevistados publicadas nesta edição não
expressam a opinião da revista.
10 anos de
FEDEESP
Entrevista
Maria Alice Zimmermman
fala do esporte na Rede
A educação pelo esporte
Municipal de Educação
8
Um caminho
para o cidadão
10
imagens stock.xchng
6
Vôlei
34
Fórum de
Educação Física
36
Olhando para
frente
Escolhendo o futuro
46
50
Atletismo
29ª Bienal
História do Esporte
Kult
Tônotime
Radical Vixe
14
28
40
42
Saúde e Corpo Ideal
Alimentação
equilibrada
Olimpíadas Estudantis e
JUP
Bike
sumário
10 anos da
FEDEESP
A educação pelo esporte
A
Federação do Desporto Escolar do Estado de São Paulo há uma
década promove competições esportivas como instrumento
de desenvolvimento do estudante.
Federação do Desporto
Escolar do Estado de São
Paulo (FEDEESP), desde que foi
fundada, em 2000, tem se dedicado a organizar o esporte escolar.
Promoveu e promove inúmeras
competições esportivas. Milhares
de estudantes de todos os níveis
educacionais têm participado dos
eventos coordenados pela FEDEESP.
Mais importante ainda do que
a dimensão das competições é a
concepção educacional que impulsiona as ações da Federação e
marca todas as disputas esportivas.
Para a direção da entidade, presidi-
da por Luiz Carlos Delphino de
Azevedo Jr., os eventos do esporte escolar devem estar pautados
pela preocupação educacional. Os
principais objetivos dessas atividades são a disseminação do esporte
e o desenvolvimento do estudante,
independentemente do rendimento esportivo.
Dito de outra maneira, as competições são organizadas com o
intuito de promover o esporte, a
saúde e, principalmente, a educação do participante. A prioridade
é que o aluno vivencie a prática
esportiva, aprenda os movimentos,
melhore suas capacidades físicas
cognitivas e emocionais a partir
de um momento lúdico, prazeroso, de exigência competitiva e de
interação com os companheiros de
equipe e com os colegas adversários. Além disso, a prática esportiva ainda possibilita um ganho
educativo adicional com a reflexão
de valores presentes na disputa esportiva, como o respeito às regras,
a prática do jogo limpo e o companheirismo.
A FEDEESP pode se orgulhar
de ter uma década de existência
promovendo a educação pelo
esporte.
Esporte Escolar em Alta
Olimpíadas Estudantis
Mais de 75 mil estudantes,
representando aproximadamente 350 escolas da rede
municipal de ensino da cidade
de São Paulo, participam neste
ano das Olimpíadas Estudantis. A competição é realizada
nas modalidades de basquete,
futsal, vôlei, handebol, atletismo, ginástica rítmica, ginástica artística, judô, natação e
tênis de mesa. As Olimpíadas
são realizadas em parceria
com as Secretarias Municipais
de Educação e de Esporte.
6
Campeonatos
brasileiros e estaduais
A Federação ainda organiza um conjunto de eventos,
seletivas e campeonatos do esporte escolar em várias modalidades e em diversos níveis.
Entre as atividades desenvolvidas, estão os campeonatos
brasileiro e estadual de Futebol de Campo; o campeonato
estadual de Basquete; a seletiva nacional que vale vaga par
o campeonato Mundial de
Judô; as seletivas estaduais e
nacionais do Pan-Americano;
e o Festival dos Surdos.
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
Cursos e Capacitações
Ao longo da sua história,
a FEDEESP desenvolveu
ações que visavam o aperfeiçoamento técnico e profissional dos educadores que
atuam no esporte escolar.
Atualmente a Federação, em
parceria com o Sieeesp, promove cursos de atualização
esportiva para professores de
educação física. Neles, são
tratados aspectos técnicos e
educacionais envolvidos na
prática esportiva escolar.
Davi Francisco
Davi Francisco
Renata Baboni
Davi Francisco
As atividades desenvolvidas pela Fedeesp
Jogos da Liga Zona
Norte
Os Jogos da Liga Escolar
da Zona Norte estão em seu
8o ano. Em 2010 participaram
mais de 2 mil atletas e 40 escolas particulares do ensino
básico na sua grande maioria
da Região da Zona Norte da
cidade de São Paulo. As disputas são realizadas nas modalidades de vôlei, basquete,
handebol e futsal.
ANUNCIO
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
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entrevista
“O esporte é uma grande
‘ferramenta’ para trabalharmos
valores e atitudes”
Por Ricardo Melani
Divulgação
Qual é a relação entre esporte e educação?
O esporte é uma grande “ferramenta” para trabalharmos valores e atitudes como respeito,
companheirismo, disciplina, camaradagem esportiva, respeito
ao adversário, à arbitragem, às
regras. Outra vivência que o esporte nos proporciona é a relação entre ganhar e perder, competir respeitando os limites.
Em que medida o esporte
pode ajudar no desenvolvimento de uma criança ou de
um adolescente?
O esporte colabora no desenvolvimento físico da criança e
do jovem, mas também ajuda
na concentração, na organização
pessoal, a descobrir metas, colabora no desenvolvimento psicológico, proporciona a vivência da
derrota, da vitória, da contrariedade, do acatar as regras e, principalmente, colabora com aspectos da persistência, da disciplina,
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Unesporte Escolar, edição especial - 2010
Entrevista realizada com Maria Alice
Zimmermman, responsável pelos programas e projetos de esporte escolar da
secretaria municipal de educação. Zimmermman é professora de educação física da rede municipal de educação há
21 anos; especialista em administração
escolar e fisiologia do exercício; e participante do grupo de pesquisa em administração esportiva da USP.
da dedicação, da aceitação, de
Durante o ano essas turmas
podem participar das Olimpíadas
conviver com o diferente.
Estudantis, que em 2010 contou
Quando o esporte pode pre- com 11 modalidades esportivas
judicar?
(futsal, voleibol, handebol, basQuando é orientado para a vi- quetebol, atletismo, natação, gitória a qualquer preço. Outro fa- nástica artística, ginástica rítmitor prejudicial é quando não há ca, judô, tênis de campo e tênis
orientação para o respeito aos de mesa).
adversários e às regras. O “técniParalelamente, são oferecico/professor” tem um papel fundos aos professores momentos
damental nesta orientação. Não é
de formação e atualização nas
nada fácil perder, mas é preciso
modalidades esportivas, tanto
estar preparado para isso.
na arbitragem, como no aspecto
Como o esporte escolar está pedagógico e metodológico das
inserido nas escolas da rede modalidades. Neste ano abordamos a pessoa com deficiência e o
municipal de São Paulo?
esporte, pois estamos organizanEstimulamos a iniciação espor- do a I Paraolimpíada Estudantil,
tiva em nossas escolas, por meio que ocorre em novembro, com as
do Programa de Incentivo ao Es- modalidades atletismo e tênis de
mesa.
porte Escolar. O professor tem a
Há uma política educaciopossibilidade de criar turmas de
nal-esportiva
na rede municiiniciação nas modalidades esporpal? Quais são seus aspectos
tivas fora do horário das suas au- principais?
las de Educação Física e no conSim. Há o Programa de Incentraturno do aluno. Dessa maneira
ele orienta e incentiva a prática das tivo ao Esporte Escolar. Este
modalidades esportivas para os alu- programa, como citado anteriornos que queiram vivenciar o esporte. mente e respeitando o projeto
Ricardo Melani
“é muito saudável,
pertinente e
importante este
momento do Esporte
Escolar”
pedagógico da escola, pode estimular
ainda mais a prática orientada do Esporte Escolar na rede.
física, os materiais esportivos são
adquiridos com verba específica
destinada às escolas.
O Programa está baseado em um tripé:
Qual é o papel do professor de
educação física na disseminação
de uma prática esportiva escolar? Que tipo de estímulo esse
profissional recebe?
I - Atividades que permitam aos alunos o contato com várias modalidades
esportivas e a oportunidade de escolha
da modalidade mais condizente com o
perfil de cada um, mediante a iniciação
esportiva;
II - Formação continuada dos professores de Educação Física interessados na atualização do seu conhecimento;
III - Fórum do Esporte Escolar,
para aprofundamento de questões voltadas às diferentes práticas esportivas e
discussão sobre o valor do esporte no
contexto escolar.
Com o Programa de Incentivo ao
Esporte Escolar estamos vendo que
cada vez mais escolas, professores,
gestores e alunos têm aderido à prática esportiva, o que também favorece a
permanência dos alunos por mais tempo nas escolas. Estamos percebendo
também que os pais se aproximam do
ambiente escolar, acompanhando seus
filhos nos jogos, nas competições. Isso
é muito importante para o desenvolvimento das crianças.
Temos observado que a dedicação e compromisso que nossos
professores possuem com as nossas escolas e alunos têm colaborado
cada vez mais para melhorar o nível
da qualidade esportiva que encontramos nas escolas municipais.
Alguns alunos têm se sobressaído e hoje podemos participar de
campeonatos estaduais, nacionais e
até mundial.
O Programa de Incentivo ao Esporte escolar é um estímulo. Hoje
o professor pode formar turmas de
iniciação esportiva e receber por
essas aulas. Para este projeto ser
aprovado dessa forma, ele precisa,
em primeiro lugar, ser um projeto
da escola. O professor terá apoio
para desenvolver a prática esportiva
na escola.
Qual é a situação dos equipamentos esportivos nas escolas?
Todas as escolas da cidade têm
quadra? O que ainda é preciso
fazer?
A participação nas Olimpíadas
Estudantis, evento desenvolvido pela Secretaria da Educação
e organizado pela FEDEESP,
está crescendo a cada ano. Já
são mais de 75 mil participantes
e 350 escolas envolvidas. O que
a Secretaria pretende com essa
competição?
Todas as escolas possuem quadras, temos os CEUs com diversos
ambientes, como quadras, campos
e piscinas para a prática, aprendizagem esportiva e desenvolvimento
de campeonatos. Além da estrutura
Os jogos sempre estiveram presentes nas nossas escolas. Há regiões onde ocorrem há mais de
19 anos. Entendemos que é muito
saudável, pertinente e importante
este momento do esporte escolar.
Podemos contar com os diversos benefícios do esporte para a educação:
saúde, participação, inclusão social, cidadania, qualidade de vida.
A ideia de realizar uma Olimpíada
Estudantil veio com a possibilidade de
unificar a rede no desenvolvimento do
esporte na escola.
Também podemos realizar esses jogos
e competições em locais onde nossos
alunos vivenciam a cidade. Contamos
com parcerias com o SESC, o Clube Escola e os CEUs. Na fase municipal, os
estudantes podem jogar, nadar e competir em lugares como a pista de atletismo
do Centro Olímpico, a piscina e a quadra
do Pacaembu. Isso estimula a apropriação da cidade, dos bairros e de regiões
que podem ser frequentadas sem que
a escola esteja presente o tempo todo.
Isso também é cidadania. Isso desperta
o senso de conservação da cidade.
A realização da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em
2016 pode trazer que tipo de benefício para o jovem e para o esporte
escolar?
Vemos maior estímulo para a descoberta de talentos, mas a escola tem seu
papel muito bem definido: é responsável
pela educação formal, ler, escrever, preparar. Concordamos que é nela também
que podemos estimular e incentivar a
prática esportiva, apresentar várias modalidades, mas precisamos ficar atentos.
Precisamos de mais locais para encaminhar nossos alunos que queiram treinar
e possuem talento para tanto.
Não há dúvida que esses dois eventos
transformarão muitas coisas por aqui. E
com toda certeza vamos colaborar para
o fortalecimento não só do esporte, mas
da cidadania, do protagonismo, das possibilidades e dos sonhos de muitos alunos.
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
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entrevista
Entrevista de Bernardinho a respeito da sua escola de vôlei.
Divulgação
Vôlei: um caminho para o cidadão
Por Tiago Machado
“Todos os alunos são
incentivados a serem
“craques” no esporte
e na escola”
De uma coisa todos nós concordamos
e sentimos orgulho. O vôlei nacional é reconhecido no mundo inteiro como o mais
competente e vitorioso. Imagine agora a
união dessa comissão técnica vencedora,
em um projeto ambicioso, voltado para os
jovens estudantes de escolas particulares
do ensino básico brasileiro Nossos jovens
estudantes ganhariam muito nas suas vidas e relações sociais, aprendendo valores
como disciplina, cooperação, responsabilidade e integração.
A Escola de Vôlei Bernardinho (EVB)
pretende oferecer aos estudantes de 7 a 13
anos a oportunidade de praticar o MiniVôlei. Para isso, reuniram-se profissionais
capacitados, com experiência na formação
de atletas e treinadores. A equipe completa
conta com o preparador físico José Inácio
Salles, além dos auxiliares técnicos Ricardo
Tabach e Hélio Griner.
Com quais propósitos foi formada a
Escola de Vôlei Bernardinho?
Com objetivo de facilitar o aprendizado
de maneira lúdica através de uma metodologia de ensino e proporcionar condição
de sucesso uma vez que as quadras são
menores, as bolas são mais leves e macias e
as redes mais baixas, atendendo uma faixa
etária entre 7 e 13 anos. Assim, incentivamos a prática do esporte.
Quais são os valores apregoados
pela EVB?
Ao longo da história da Escola de Vôlei
Bernardinho, tivemos a oportunidade de
10
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
trabalhar com uma grande diversidade de
crianças com distintos comportamentos
e diferentes atitudes. Entendendo a importância do aspecto comportamental,
desenvolvemos no nosso trabalho valores
educacionais, como disciplina, cooperação, responsabilidade e superação. São
valores inerentes ao esporte, à sociedade
e à formação do ser humano, por isso têm
importância especial para as crianças.
Como é desenvolvido o aprendizado
do vôlei?
Nossa metodologia preconiza o aprendizado de uma maneira lúdica e dinâmica. As categorias minivôlei, I e II, e 4 x 4
seguem a mesma metodologia de ensino,
com cada aula dividida em três momentos:
aquecimento e aperfeiçoamento da técnica individual; desenvolvimento da tática
de jogo; e o jogo propriamente dito. Através das sequências de jogo é proporcionado ao aluno maior interatividade, o que se
torna fundamental no aprendizado.
Qual é a relação entre o aprendizado
dessa modalidade esportiva e a formação geral da criança?
A prática esportiva tem relações diretas
e indiretas com a criação de valores de um
cidadão. Valores de convivência em grupo
e valores pessoais, os quais são mais relacionados com o desenvolvimento pessoal,
precisam ser amplamente estimulados para
que tenhamos cidadãos capazes de exercer
seus direitos e realizar seus deveres. Percebemos o quanto o esporte pode se trans-
formar em uma poderosa ferramenta de
auxílio para formação e desenvolvimento
do indivíduo, contribuindo cada vez mais
com a sua inserção na sociedade. O vôlei
por sua condição de coletividade é a ferramenta utilizada no desenvolvimento da
formação geral da criança.
Há alguma relação entre a participação na EVB e desempenho escolar?
Todos os alunos são incentivados a serem “craques” no esporte e na escola.
Existe algum vínculo entre esse trabalho de base no vôlei e o esporte de
alto rendimento?
No desenvolvimento das aulas alguns
alunos se sobressaem. Havendo interesse,
eles são encaminhados aos clubes, porém,
a Escola de Vôlei Bernardinho não trabalha com essa expectativa. Nossa maior
preocupação está relacionada ao aprendizado do vôlei, por meio de um formato
dinâmico e lúdico, e à formação do indivíduo.
Como as escolas podem conseguir
adquirir os serviços da Escola de Vôlei
Bernardinho?
Basta entrar em contato pelo e-mail:
[email protected] ou pelo fone 4063-1847.
FEDEESP
2 mil estudantes participaram da
8ª Se Liga Zona Norte, disputando
quatro modalidades de quadra.
M
ais de 40 escolas e dois mil
estudantes
participaram
dos jogos deste ano da Liga
Zona Norte. As disputas aconteceram
nas modalidades de vôlei, basquete,
handebol e futsal. A competição foi
até a primeira quinzena de novembro e cumpriu com os objetivos que
justificaram a sua criação: estimular e
desenvolver a prática saudável do esporte entre a juventude estudantil; e
promover intercâmbio social e esportivo entre os participantes.
O tradicional campeonato, que reúne as escolas particulares do ensino
básico da Região Norte da cidade de
São Paulo, está em sua oitava versão e
recebeu um reforço: “Esse ano, contamos com o patrocínio do Shopping
Santana Parque e da Faculdade Cantareira. Isso trouxe um benefício à competição”, disse Eduardo Felix Lopez,
professor de educação física, diretor
da Federação do Desporto Escolar do
Estado de São Paulo e um dos responsáveis pela organização do campeonato. Eduardo acredita que as próximas
versões serão ainda melhores.
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Unesporte Escolar, edição especial - 2010
Davi Francisco
Esporte saudável
entre estudantes
Davi Francisco
Muita empolgação
nas finais da Liga
A
Handebol
As partidas finais do handebol aconteceram com muita vibração e respeito entre os adversários. O equilíbrio
técnico foi grande. Na modalidade
feminina, nas categorias Cadete e Mirim, a grande campeã foi a equipe do
Cataguases.
Davi Francisco
time foi grande. Eles estavam entusiasmados por participar desse campeonato”,
afirmou Fábio, professor e técnico da
equipe sub18 do Colégio Rainha da Paz,
que conquistou o primeiro lugar nessa
categoria.
Empolgação e vibração estiveram pre-
Davi Francisco
Davi Francisco
s finais da modalidade futsal
apresentaram um bom nível técnico e as partidas foram bastante
disputadas. Os estudantes se empenharam muito, mostrando determinação
em busca da vitória.
“A empolgação dos jogadores do nosso
sentes em todos os jogos finais.
O professor Fernando Nogueira Junior, técnico da equipe do
Colégio João Bosco, campeã da
categoria sub14, destacou outro
aspecto. Para ele, diante do alto
nível técnico da competição, é
necessário a união entre os integrantes de uma equipe, para
manter um bom desempenho
durante toda a disputa. “Os jogadores da equipe de futsal do
João Bosco são amigos, respeitam-se; isso ajudou no desempenho e na conquista do campeonato”, afirmou Fernando.
Sagraram-se campeãs as seguintes equipes: na categoria sub8,
Cataguases; sub10, Cataguases;
sub12, Cataguases; na sub14,
Dom Bosco; na sub16, Mazzarello; e na sub18, Rainha da Paz.
Os estudantes já aguardam com
ansiedade a 9ª Se Liga Zona
Norte 2011.
Vôlei
O torneio de vôlei da Liga está se organizando. Aos poucos a participação irá aumentar e a melhoria do nível técnico será
consequência dessa nova situação. Na categoria Infantil da modalidade feminina,
Mazzarello sagrou-se campeão. As outras
finais acontecerão ainda em novembro.
Basquete
As finais do basquete masculino foram
emocionantes. Na categoria Infantil, a
equipe do Sagrado conquistou o título,
após uma acirrada disputa com o time
do Cataguases. Na categoria mirim, novamente Cataguases esteve na final; só
que desta vez foi o campeão.
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
13
Davi Francisco
TÔ NO
Time
disputas, festas e intercâmbio cultural
Divulgação
Brasil ficou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas em competição
escolar internacional realizada em Juiz de Fora.
O
1º Pan-Americano Escolar
realizado em Juiz de Fora,
Minas Gerais, foi um sucesso. A competição internacional foi
organizada sob a coordenação da
Federação Internacional (ISF) e da
Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE). Aconteceram 41
partidas, nas modalidades de vôlei,
basquete, handebol e futebol, e 52
provas individuais, nas modalidades
de natação e atletismo. Participaram
500 atletas representando Colômbia,
Guatemala, Paraguai, Porto Rico,
República Dominicana e Brasil. Havia uma segunda delegação brasileira
(Brasil II), que era formada por atletas da cidade-sede do evento.
O Brasil foi o primeiro colocado
da competição, conquistando 30 medalhas de ouro, 23 de prata e 11 de
bronze. Da delegação de São Paulo,
conquistaram a medalha de ouro os
seguintes estudantes: na natação, pro-
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Unesporte Escolar, edição especial - 2010
va 100m costas, Diogo Fassina, do
Colégio Ábaco; no atletismo, na prova 3.000 rasos masculino, Laurindo
Nunes Neto, da EE Ensino Médio
Irmão Leo; no salto em altura, Talita Vidal Barbosa Brasil (feminino),
da EE Oswaldo Aranha, e Vinícius
Micall Correa da Silva (masculino),
da EE Maria Iracema Munhoz; no
salto em distância feminino, Ingrid
Rodrigues Lira, do Instituto Coração de Jesus; no salto triplo feminino, Esthefânia Ribeiro Costa, da EE
Trugilo Torlone; no lançamento de
disco masculino, José Flávio Arantes, do Colégio Purri Donus Viverde; no Arremesso de peso feminino,
Esthefânia Ribeiro Costa, da EE Trugilo Torlone; nos 100 metros rasos
feminino, Mônica da Cruz Jimenez,
do Colégio Purri Donus Viverde;
nos 800m rasos masculino, Maicon
Santos, do Colégio Purri Donus Viverde; nos 1.500 rasos masculinos,
Rafael Soares Santerano, da EE Emilia de Paiva Meira.
Além da disputa esportiva
O evento foi mais do que uma
disputa esportiva. Foi um momento
de confraternização, de intercâmbio
cultural e de novas oportunidades
de comércio e de conhecimento
profissional. Durante os Jogos, em
frente ao Cine Theatro Central de
Juiz de Fora, artesões da cidade e
de municípios vizinhos expuseram
objetos artísticos fabricados a partir de cerâmica e de outras matérias
primas naturais. Os participantes da
competição puderam levar para casa
um pouco da tradição mineira.
Tabela de Classificação Geral
do 1ª Pan-Americano
1º - BRASIL I 30 ouros, 23 pratas,
11 bronzes – 64 medalhas
2º - COLÔMBIA 15 ouros,
18 pratas, 17 bronzes – 50 medalhas
3º - PARAGUAI 7 ouros, 5 pratas,
13 bronzes – 25 medalhas
4º - GUATEMALA 3 ouros,
2 pratas, 4 bronzes – 9 medalhas
5º - BRASIL II 2 ouros, 9 pratas,
6 bronzes – 17 medalhas
6º - PORTO RICO 1 ouro
e 1 prata – 2 medalhas
7º - REP. DOMINICANA 1 prata
e 2 bronzes – 3 medalhas
ANUNCIO
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
15
Davi Francisco
TÔ NO
Time
Disputa acirrada na
fase final do torneio
O
campeonato de futebol de
campo da JUP 2010 entrou
na sua fase final e a disputa
está cada vez mais intensa. Os jogos
estão ficando “pegados” e o nível
técnico das partidas também está
melhorando. Há muita expectativa
em torno dos jogos das semifinais
e do da final, cujas datas e locais
ainda não estão definidos.
“A primeira fase foi forte, competimos com adversários de bom
nível técnico, passamos para as
quartas e agora buscamos avançar”,
afirmou Leonardo Rocha, alunoatleta do Mackenzie. Agora, oito
equipes participarão das semifinais.
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Unesporte Escolar, edição especial - 2010
Na série ouro, jogarão Rui Barbosa – EEFE USP X Aurora Albanese
– Tecno Mack e Visconde de Cairu
– Fea USP X Comunicação e Artes – Mack; na série prata, Eugenio
Gudin – Econ Mack X Getúlio Vargas e Mary A. Chamberlain – Lep
Mack X Uniban – CL.
Para Marcel Vergueiro, um dos
organizadores da competição, “o
campeonato está melhorando a
cada versão”. O técnico da Politécnica-USP, Lucas Pereira, concorda
com essa avaliação, mas faz uma
ressalva: “É necessário avançar em
relação ao campo, que não apresenta condições de desempenho satis-
Ricardo Melani
Os Jogos Universitários Paulistanos (JUP) 2010 estão na sua terceira edição. É um
evento promovido pela Federação do Desporto Escolar do Estado de São Paulo,
organizado pela Associação Brasileira do Desporto Estudantil e têm o apoio da
Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação da cidade de São Paulo. Este ano,
mais de 4.600 estudantes disputam nas modalidades de Atletismo, Futebol de
Campo, Basquete, Futsal, Handebol, Judô, Natação, Skate, Tênis de Mesa e Vôlei.
fatório.” Lucas se refere ao campo
do CEDEPRT, onde são realizados
os jogos.
Provavelmente os finalistas não
terão problema com o campo. Cogita-se que a final poderá ser disputada no estádio do Pacaembu. De
qualquer maneira, seja onde for, o
campeonato vai pegar fogo na sua
reta final.
Tiago Machado
TÔ NO
Time
Os atletas universitários realizaram disputas simultâneas, nas oito mesas disponibilizadas pelo JUP, no evento de tênis de mesa.
Chuva de bolas na capital
Evento realizado no bairro da Saúde reuniu as principais feras do tênis
de mesa universitário da capital paulista.
Por Tiago Machado
O
torneio de Tênis de
Mesa dos Jogos Universitários Paulistanos
(JUP) deste ano aconteceu na
ADR Keiko, no bairro da Saúde, dia 26 de setembro, das 8h
às 15h45. O evento contou com
a participação de 105 atletas,
representando doze universidades de São Paulo: PUC, Getúlio
Vargas, Unisant’Anna, USP, Medicina Jundiaí, Mackenzie, Unitau, Uniban, Medicina Mogi,
FMU, Uninove e Unisa.
Foi realmente um domingo
perfeito para os amantes das raquetinhas. Os atletas compareceram em peso e simplesmente
gastaram as bolinhas. Duelos
equilibrados, cortadas e bolas
marotas carregadas de efeito
muitas vezes levaram o público ao delírio. O nível técnico
do torneio foi alto. Atletas de
destaque nessa modalidade esportiva participaram da dispu-
ta, como Ricardo Kojima, campeão do Campeonato Brasileiro
Ranking A, em 2009. Para levar
a medalha oferecida pelo JUP, os
participantes tiveram de superar
seus próprios limites técnicos e
físicos.
“Os meninos e meninas estão
dando um show. A organização
também está muito boa e todos
os atletas em disputa estão mostrando uma felicidade enorme
por estarem aqui”, disse Cristina
Aparecida de Oliveira, representante do JUP no evento. Realmente, a alegria e a camaradagem foram a tônica do torneio.
A cada partida encerrada, vencedores e perdedores se abraçavam.
Reinou um espírito de amizade
e de confraternização durante
todo o dia do evento.
A competição encerrou-se no
fim da tarde. Na categoria masculina, pela série A, Ricardo
Kojima (Mackenzie) não deu
chances para seus adversários e faturou o bicampeonato; na série B,
o vencedor foi Mauro Massaharu
Thaira (Mackenzie). Na categoria feminina, na série A, Renata
Tiemy Arakaki (Mackenzie) ficou
com a medalha de ouro; e Aline
Kinjo (Unisant’Anna), na série B,
também subiu no posto mais alto
do pódio, tornando-se bicampeã
do torneio.
Ação social: doação de
alimentos
Para participar do torneio,
cada atleta doou um quilo de
leite em pó. Segundo Cristina,
cabe á organização da JUP definir o que será feito: “Os leites
doados ficarão na sede da JUP;
posteriormente uma comissão
vai definir o destino do alimento, encaminhando para alguma
instituição”, explicou Cristina.
A doação de alimentos já é uma
tradição dos Jogos Paulistanos.
TÔ NO
Time
Tiago Machado
Aprendendo um pouco
mais sobre o Judô
Universitários duelam no
tatame pelo posto mais alto
Evento de Judô do JUP uniu diversos atletas universitários
para uma sadia disputa na quadra da Uniban Maria Cândida.
Por Tiago Machado
A
final Judô dos Jogos Universitários Paulistanos (JUP) 2010,
torneio organizado pelo diretor da FEDEESP, o medalhista olímpico Douglas Vieira, foi realizada
dia 23/10 na quadra poliesportiva
da Uniban Maria Cândida. O evento contou com a participação de 18
atletas masculinos e 6 femininos, representando 5 universidades.
Não faltou emoção para os amantes do tatame nessas finais. Os atletas
estavam motivados e concentrados
para ganhar a competição. O torneio
teve ótimo nível técnico. Nenhum
dos combates foi decidido por pontos. Os participantes desenvolveram
estratégias apuradas e mativeram alto
grau de concentração para conseguir
vencer as lutas. Eles abusaram de golpes como Ippons, Wazaris, Yukos e
Kokas (veja box nesta página).
Desenvolver uma estratégia firme e
manter-se centrado na luta são dois
aspectos cruciais para conseguir a vi-
18
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
tória. O aluno do Mackenzie Felipe
Kazuo, 20 anos, conta como escolhe
a melhor estratégia para procurar
levar vantagem contra seu oponente. “Primeiramente eu estudo o adversário, para ver se ele é canhoto
ou destro e identificar quais golpes
ele pretende usar na luta. Sabendo
desses detalhes eu faço o meu jogo e
procuro entrar na guarda dele visando finalizar o combate”.
A essência do judô vai muito além
de apenas formar atletas de alto rendimento. O esporte oriental enaltece
a disciplina e a obediência como suas
principais doutrinas, que são seguidas a risca por todos os participantes
da modalidade. Vira uma concepção
de vida que influencia o dia a dia do
atleta. “A doutrina do judô é praticada dentro e fora do tatame, o judoca
na sua essência tem que ser um exemplo para a sociedade, não se envolver
em brigas, nem em confusões”, afirma Matheus Hidalgo, 21 anos, aluno
da Poli USP e participante das finais.
O Judô é praticado em um tatame de formato quadrado (de
14 a 16 metros de lado). Cada
combate dura até 5 minutos. O
vencedor é declarado ao conquistar o Ippon primeiro. Se
ao final da luta nenhum judoca
conseguir o Ippon, vence aquele
que tiver mais vantagens.
Em busca do golpe perfeito
Ippon: O Ippon é o golpe perfeito da modalidade. Ao acertálo o combate se encerra automaticamente. O golpe se concretiza
quando um judoca consegue
derrubar o adversário, desde
que este fique com as costas por
completo no tatame.
Existem outros golpes na
modalidade que é acumulativa
de vantagens. Vence o combate
quem obtiver o maior número
delas. São elas:
Wazari: O Wazari é um Ippon
que foi aplicado de forma incompleta, ou seja, o adversário
cai sem ficar com os dois ombros no tatame. Vale lembrar
que o acúmulo de dois Wazaris
vale um Ippon.
Yuko: Quando o adversário
vai ao solo de lado. Cada Yuko
vale um terço de ponto.
Koka: menor pontuação do
judô. Vale um quarto de ponto.
Ocorre quando o adversário cai
sentado. Quatro kokas não geram o final da luta, embora ele
seja cumulativo.
Davi Francisco
TÔ NO
Time
A FAMA, Fanfarra Municipal de Atibaia, abriu a festa
esportiva no dia 9 de outubro
com uma apresentação contagiante. O público se empolgou
com o que viu. Estiveram presentes autoridades da cidade e
do Estado de São Paulo. Entre
elas, Dr. José Bernardo Dening,
prefeito de Atibaia; Ricardo dos
Santos Antônio, vice-prefeito;
José Ricardo Teixeira Ribeiro,
Secretário de Esportes e Lazer;
José Carlos Nista, Inspetor Regional; Nélson Gil de Oliveira,
Coordenador de Esporte e Lazer do Estado de São Paulo; e o
vereador Wanderley Silva, presidente da Câmara de Atibaia.
Jogos Escolares: foi
bonita a festa
Por Davi Francisco
São Paulo na competição em nível
nacional. Claúdio destacou um dos
objetivos centrais do evento: a disseminação esportiva. Para que o Brasil se torne uma potência esportiva,
é fundamental o desenvolvimento
do esporte escolar.
Representação de São Paulo
As equipes vitoriosas dessa competição irão representar o Estado
de São Paulo nas Olimpíadas Escolares Brasileiras, que se realizarão
em Goiânia, entre os dias 3 e 12 de
dezembro de 2010. Nas modalidades coletivas, os campeões foram:
Colégio Técnico – CETEC, de Barretos (basquete feminino); Colégio
Pessoa, de Franca (basquete masculino); Colégio Alvorada, de São Paulo
(futsal feminino); Colégio Amorim,
de São Paulo (futsal masculino);
Colégio Drummond, de São Paulo
(handebol feminino); Marquês de
Monte Alegre, de São Paulo (handebol masculino); Colégio Monteiro
Lobato, de Franca (Voleibol feminino); e Colégio Campos Sales, de São
Paulo (voleibol masculino).
A equipe de natação que irá
representar o Estado de São
Paulo nas Olimpíadas Escolares Brasileiras foi formada pelos atletas que conseguiram as
melhores marcas nos Jeesp. A
equipe será comandada tecnicamente pela professora Fabiana
Uyvary, do Colégio Ábaco (na
foto, à esquerda, com agasalho
azul).
Davi Francisco
E
ntre os dias 9 e 16 de outubro, Atibaia sediou uma
grande festa esportiva. A cidade abrigou a Olimpíada Colegial
e os Jogos Escolares do Estado de
São Paulo (Ocesp/Jeesp). Setecentos e trinta e cinco estudantes entre
15 e 17 anos disputaram as finais
nas modalidades esportivas de atletismo, basquetebol, damas, futsal,
handebol, tênis de mesa, voleibol
e xadrez. Ao todo, entre estudantes, comissões técnicas e dirigentes,
1.168 pessoas estiveram envolvidas
diretamente nessa etapa da competição, representando várias escolas
municipais do ensino fundamental
e do médio da rede pública e da
particular do Estado de São Paulo.
“É necessário desenvolver um
trabalho de massificação esportiva na escola. É dessa massificação
que vamos conseguir qualidade”,
disse Cláudio Roberto dos Santos,
Gestor Estadual da Olimpíada Colegial e dos Jogos Escolares e responsável pela formação da delegação que irá representar o Estado de
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
19
Divulgação
TÔ NO
Time
Festival Esportivo e Cultural de
Surdos reuniu 2.600 estudantes
param das competições. Basquete,
handebol, futsal, xadrez, atletismo,
queimada, oficinas e brincadeiras
foram as atividades desenvolvidas.
Seis escolas municipais de educação
especial, três do ensino fundamental, além de escolas particulares e
entidades filantrópicas, participaram do evento.
O festival sempre é realizado no
mesmo período para coincidir com
o Dia Nacional do Surdo, 26 de
setembro, e tem como objetivo am-
rESSALTANDO A
CULTURA SURDA
Encontro de Dois é uma peça do grupo
de teatro Quase9, sob a direção de Mariana
Muniz. O grupo se caracteriza por desenvolver pesquisas sobre a comunicação corporal como forma principal de expressão.
O espetáculo explora o gesto, a dança e a
Língua Brasileira de Sinais, ressaltando a
cultura surda e as possibilidades de comunicação entre grupos sociais.
20
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
pliar as oportunidades de socialização. Os participantes conheceram
outras pessoas e interagiram por
meio da Língua Brasileira de Sinais
(Libras). Segundo seus organizadores, o festival também visa a promover a aquisição de hábitos saudáveis
e favorecer o surgimento de novos
talentos no esporte e na cultura.
No encerramento, o grupo Quase9 apresentou o espetáculo Encontro de Dois, obra que combina teatro e dança com Libras.
Divulgação
O
V Festival Esportivo e Cultural de Alunos Surdos
aconteceu no final de setembro deste ano. O evento foi promovido pela Secretaria Municipal
de Educação e realizado conjuntamente pelo Grupo Fenix, pela Diretoria de Orientação Técnica da
Secretaria (DOT) e pela FEDEESP.
O festival realizou-se no SESC Interlagos e foi encerrado no SESC
Vila Mariana.
Mais de 2.600 estudantes partici-
ANUNCIO
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
21
Davi Francisco
TÔ NO
Time
Projeto CEU e Água nas
Olimpíadas de 2016
Milena Lima de Araújo, a luna do CEU Spopemba, é pré-convocada
para os jogos que se realizarão no Brasil.
Rodrigo Facundes - ECPinheiros
Trabalho de base e massificação
da prática esportiva
N
a primeira versão
do Projeto CEU e
Água, dez crianças,
estudantes de Centros Educacionais Unificados (CEUs)
da cidade de São Paulo, foram selecionadas para treinar
natação no Esporte Clube
Pinheiros (ECP). Entre essas
crianças, estava Milena Lima
de Araújo, 11 anos, aluna do
CEU Sapopemba.
Recentemente a Confederação de Desportos Aquáticos
22
conferiu a Milena diploma de
pré-convocação para os Jogos
Olímpicos de 2016, que se realizarão no Brasil, por causa de seu
brilhante desempenho técnico.
O Projeto CEU e Água foi criado pela Federação do Desporto
do Estado de São Paulo (FEDEESP), sob a coordenação técnica
dos professores Tiago Aquino (Paçoca) e Kaoê Gonçalves; e sua primeira versão foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal
da Educação, a Sabesp e o ECP.
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
Neste ano a FEDEESP busca repetir e ampliar a dose. Ela aguarda
aprovação do projeto da segunda
versão do CEU e Água. Segundo
seus idealizadores, a ideia é massificar a prática da natação entre
crianças de 10 e 14 anos, por meio
de atividades, aulas e seletivas que
serão desenvolvidas nos 45 CEUs
da capital paulista.
As atividades serão organizadas
a partir da capacitação dos professores que irão ministrar aulas de
natação para quase 5 mil crianças
dos CEUs. Também haverá competições regulares, que serão utilizadas como avaliação qualitativa
do aprimoramento do nado.
Os quarenta estudantes que mais
se destacarem nas competições
participarão dos treinamentos do
Centro Olímpico, da Secretaria
Municipal de Esportes, Lazer e
Recreação, destinado ao aperfeiçoamento de atletas das categorias de base. Além do apoio da
Secretaria de Esporte, o projeto
será realizado em parceria com a
Secretaria da Educação.
IV Olimpíadas
is 201
t
n
a
d
0
u
t
s
E
A IV Olimpíadas Estudantis 2010 confirmou todas as expectativas positivas. Participaram ou ainda participam das competições mais de 75 mil alunos, representando 350 escolas da rede municipal do ensino de São Paulo. A competição teve início em maio e irá
até a primeira quinzena de dezembro.Os jogos estão sendo realizados em três categorias
- pré-mirim, mirim e infantil.
As disputas acontecem em 11 modalidades esportivas: Basquete, Vôlei, Futsal, Handebol,
Atletismo, Ginástica Rítmica, Ginástica Artística, Judô, Natação, Tênis de Campo e Tênis
de Mesa. O evento é promovido pela Secretaria Municipal de Educação e organizado pela
Federação do Desporto do Estado de São Paulo (FEDEESP).
O propósito central da competição, segundo seus organizadores, é promover vivências
esportivas e colaborar na formação dos participantes. É exatamente o que está acontecendo: uma verdadeira festa esportiva.
TÔ NO Alta técnica e muita garra no Judô
Time
Estudantes dos Centros Unificados de Educação também
Por Renata Baboni
participaram das Olimpíadas Estudantis.
Renata Baboni
N
o dia 23 de outubro, a Uniban
Maria Cândida sediou o campeonato de Judô das Olimpíadas Estudantis 2010 organizado pela
FEDEESP. A competição teve início
às 9 horas e contou com a participação de 215 estudantes distribuídos nas
categorias sub10, pré-mirim, mirim e
infantil. O evento foi realizado em
uma etapa única, e a final aconteceu
às 15h30 do mesmo dia. A novidade
deste ano foi a participação dos Centros Unificados de Educação (CEUs).
Outro ponto marcante foi o alto nível técnico apresentado pelos participantes da competição. Para se ter uma
ideia, uma das campeãs da categoria
infantil, Bruna da Silva, representante do judô Tucuruvi, aos 13 anos já
é dona de um invejável currículo:
conquistou os bicampeonatos Paulis-
Os participantes não pouparam esforços para vencer suas lutas na competição de judô.
ta, Brasileiro, Pan-Americano e SulAmericano. A coleção dos títulos lhe
rendeu o ingresso e a permanência
na seleção brasileira de judô sub15.
“Escolhi o judô porque é um esporte muito evoluído e esse evento é
mais uma oportunidade e lição que
estou tendo. O meu objetivo é ser
campeã das Olimpíadas e depois do
Mundial. Quero chegar até o fim!”,
afirmou Bruna, com a mesma garra
demonstrada em suas lutas.
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
23
Tiago Machado
TÔ NO
Time
A coreografia realizada por todas as atletas participantes era similar para todas as equipes.
Ginástica presente nas
Olimpíadas Estudantis
Com grande número de participantes, competição de ginástica rítmica e
artística chega a sua última eliminatória antes da grande final.
Por Tiago Machado e Renata Baboni
Renata Baboni
A
24
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
fase polo II, última eliminatória
regional da Olimpíada de Ginástica antes das finais, aconteceu
dia 7 de outubro, na quadra poliesportiva
do CEU Azul da Cor do Mar, em Itaquera.
Cerca de 1.400 estudantes de 25 escolas da
rede municipal de ensino participaram do
evento nas classes: Sub 10, Pré-Mirim, Mirim e Infantil. A grande final está marcada
para o dia 4 de dezembro. Essa competição
integra as Olimpíadas Estudantis, evento organizado pela Federação do Desporto Escolar do Estado de São Paulo (FEDEESP).
A quadra poliesportiva do CEU Azul da
Cor do Mar transformou-se em um completo caldeirão. Milhares de alunos-atletas,
professores, organizadores e familiares não
poupavam aplausos e gritos de incentivo
para todas as apresentações dos pequenos
esportistas. A felicidade, mesmo quando
Renata Baboni
Ao fim da premiação, as alunas da professora Cida partiram para a comemoração ao lado da querida professora.
O papel do professor
O barulho voltou a ficar alto na premiação. Diferentemente de palmas e gritos de
incentivo ecoados na quadra, desta vez foi
possível ouvir fortemente: “Cida, Cida,
Cida!” Um grande número de crianças
gritava o nome da professora de educação física da escola Ricardo Vitiello, Cida
Costa. A cena de carinho e amor foi emocionante. Cerca de 90 alunos de 10 a 14
anos prestaram uma grande homenagem
a sua querida instrutora. “Eu acho que os
alunos gostam do meu jeito. Eles sabem
que eu os trato com muito respeito. Eu
chamo atenção, corrijo quando é necessário, mas com muito respeito e, ao mesmo
tempo, eu brinco, não deixo de brincar.
Mas eles sabem que eu vibro junto, eu
fico lá na torcida: ‘vai, legal, arrasa!’”,
diz a emocionada professora. A docente conta que o principal segredo para a
união completa de sua equipe é o reconhecimento dos esforços de cada um.
“Eu falo assim: Olha gente, se eu não
chamo a atenção, se eu não ligo, quer
dizer que é como se eu não me importasse, mas eu me importo muito com
vocês. Olha, não tem problema se errar,
se a bola cair fora, se uma esquecer o
que tem de fazer, não tem problema,
vai lá e dê o seu melhor que já estou
agradecida”, finaliza. A ação de Cida
exemplifica a importância do professor
na prática do esporte escolar.
Tiago Machado
os erros aconteciam, evidenciava a
grande satisfação de todos os presentes em competir.
Organizar um evento como esse é tão
importante que, além de divulgar a ginástica nas escolas, influencia diretamente
na participação de novos competidores.
“Eu tive interesse pela ginástica quando vi
minha irmã fazendo. Ela já participou do
campeonato passado e do retrasado aqui e
aí me interessei. Acho que a ginástica é
uma forma de se expressar com o corpo.
Gosto muito de praticar ginástica artística e rítmica”, conta Tauany Carvalho,
13 anos, estudante da 6a série.
Exemplos como o da pequena Tauany
são o principal estímulo para a Fedeesp continuar melhorando o evento
a cada ano. “Os professores tiveram
cursos de capacitação para passar o
melhor para as crianças, para eles conseguirem desenvolver o melhor trabalho na ginástica rítmica e nesses polos
mostrar o trabalho desenvolvido”, diz
Fabiana Neves Rubin, 34 anos, responsável da FEDEESP na Olimpíada de
ginástica. O evento tem dado tão certo,
que a cada edição duplica o número de
inscritos na competição, o que faz dos
professores grandes responsáveis pela
beleza e competitividade do evento.
“Conseguimos passar isso para os professores, eles estão muito empenhados em
desenvolver o trabalho nas escolas da rede
municipal”, comemora Fabiana.
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
25
Davi Francisco
TÔ NO
Time
Quando a prática esportiva e
a cidadania andam juntas
O torneio de atletismo da IV Olimpíadas Estudantis chega a sua fase final com a
participação de mais de 2 mil atletas-estudantes da Rede Municipal de Ensino.
N
os últimos dias 29 e 30
de setembro, aconteceram as finais municipais
de atletismo da IV Olimpíadas Estudantis, maior competição dessa
modalidade em nível escolar do
Brasil. O evento foi realizado
na pista do Centro Olímpico de
Treinamento e Pesquisa (COTP).
A Olimpíada contou com a participação de 14 mil estudantes no
seu início, que se enfrentaram em
21 fases regionais eliminatórias.
Com esse filtro, cerca de 2.300
atletas de 10 a 17 anos participaram da disputa da grande final.
“O atletismo é a minha vida!
As Olimpíadas podem contribuir de uma forma brilhante
para a minha carreira”, disse Matheus Silva Santos, atleta de 14
anos, campeão da corrida de 75
26
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
metros. O depoimento do jovem
Matheus não foi uma exceção.
Era comum ver o brilho no olhar
de praticamente todos os atletas,
que não estavam ali apenas para
uma disputa qualquer. Estavam
preparados para dar o seu melhor na busca por uma vitória.
Fato que ficou evidente quando
a atleta Cintia Lima da Silva, 17
anos, disputou a prova de 800
metros com os homens por falta
de competidoras da sua categoria.
“Como hoje não tinha outras
equipes do feminino, eles me colocaram para correr junto com os
meninos nos 800m. Ganhei em
primeiro! Só de ter concorrido
com eles e ganhado, já estou feliz”, concluiu a atleta. Em alguns
casos, a disputa era o início de um
sonho. “Dou duro desde pequena
Davi Francisco
Por Tiago Machado e Renata Baboni
Competição de salto em distância animou o público.
para chegar aos meus objetivos. Venho
buscando as vitórias nas competições e
quero, no futuro, fazer parte da equipe
de atletismo e representar o Brasil nas
competições”, afirmou a atleta de 13
anos e vencedora da corrida de 250m,
Jaqueline de Oliveira.
O evento, organizado pela Federação do Desporto Escolar do Estado
de São Paulo (FEDEESP), em parceria com a Prefeitura de São Paulo,
por meio da Secretaria Municipal de
Educação e da Secretaria de Esportes,
foi um grande sucesso de organização
e estrutura. Maria Alice, coodernadora da FEDEESP no evento, lembrou
das dificuldades técnicas na primeira
edição dos jogos. “Na primeira edição, eu mesma passava o som, com
um microfone ligado direto em uma
caixa acústica, que carregava embaixo
dos braços. Olha hoje a infraestrutura
que temos e veja como evoluímos”,
comentou, satisfeita. Maria também
lembrou da grande reforma na pista
de atletismo, que hoje conta com o
mesmo piso do Estádio Olímpico de
Berlim, na Alemanha. O custo total
da obra foi de aproximadamente de
4,3 milhões de reais e recebeu a classe
1, maior classificação concedida pela
Associação Internacional das Fede-
rações de Atletismo. “É maravilhoso
um espaço de alto rendimento como
esse. Antes não tínhamos, e a cidade
de São Paulo merecia isso”, exclamou.
Para garantir a organização do evento,
a Fedeesp disponibilizou 110 profissionais que foram distribuídos pelo
centro e ficaram à disposição de atletas
e professores.
O maior objetivo dos jogos não é
formar grandes atletas para o Brasil
no futuro, mas sim formar cidadãos
conscientes para uma vida responsável,
além de disseminar o atletismo nas escolas. “Todos os participantes aqui hoje
são vencedores. Nossa maior intenção
é transformar nossas crianças em verdadeiros cidadãos. Claro que se aparecer
um atleta que participe das próximas
olimpíadas, estaremos contentes em
dobro”, finaliza Maria. Para Débora
de Souza Araújo, professora de educação física do CEU Professora Cândida
Dora Pinto Pretini, o atletismo, assim
como todos os esportes, tira as crianças
das ruas, afastando-as da marginalidade.
Débora insiste nos benefícios da prática
esportiva: “Primeiramente o importante é desenvolver o caráter e a responsabilidade das crianças e jovens com os
outros. Eu faço trabalho em comunidade e posso afirmar com toda a certeza
que o esporte ajuda o jovem a procurar
algo diferente do mundo do crime e
das drogas. É fundamental termos incentivo para eventos como esse.”
Daniele Tavares
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
27
Divulgação
Davi Francisco
radical
vixe
Bicicleta: O melhor meio
de transporte para
curta distância
Por Tiago Machado
V
ocê sabia que existe um meio
de transporte acessível, de fácil
manuseio, dinâmica como uma
motocicleta, econômica para o bolso
e que não agride o meio ambiente?
Interessou-se, não é mesmo? Estamos
falando da bicicleta!
A bicicleta é o melhor meio de transporte para curtas distâncias existente
no mundo hoje. Com o seu uso, ajudamos o planeta ao não queimar combustíveis fósseis desnecessários, pois ela
não tem motor, ou seja, não usa combustível para funcionar, melhoramos o
desempenho do nosso corpo praticando exercícios físicos ao pedalar, e ainda
28
por cima damos um salto em qualidade
de vida e autoestima. Isso é que é chegar
com tudo para um dia de trabalho!
Ainda não ficou convencido dos benefícios de pedalar pela cidade? Saiba que
alguns estudos comprovam os benefícios
do uso da bicicleta: redução de 50% no
risco de desenvolver doenças cardíacas coronárias, diabetes e obesidade; redução de
30% no risco de desenvolver hipertensão;
diminuição da pressão sanguínea; redução
da osteoporose; alívio dos sintomas de depressão e ansiedade; estímulo aos músculos das vértebras dorsais (costas), coxas e
glúteos; e diminuição do mau colesterol
e da obesidade. Além disso, a prática cola-
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
bora para diminuir o estresse, a ansiedade
e para aumentar a força da musculatura
das pernas.
Como você pode ver, andar de bicicleta
realmente é um “andar na saúde”.
Pedalar para ir ao trabalho, à escola ou
apenas por diversão rende muito. Uma
pessoa, em um percurso de 10 km, queima 588 kcal, economiza R$ 3,25 e ainda
colabora na redução de 2.75 kg de poluentes, que seriam emitidos pela queima de
combustível, caso o transporte utilizado
fosse um carro. Imagine se o uso de bicicleta como meio de transporte fosse
difundido entre a população. Quantos
benefícios para todos!
Pedalar com segurança
O uso da bicicleta deve ser realizado com toda a segurança. Veja as dicas de um pedalar seguro.
que facilitem
Use roupas claras,
clista.
a visualização do ci
locidade.
Evite excesso de ve
pés desNão pedale com os
os que
calços; e evite calçad
cicleta.
bi
possam prender na
guidão
Não tire as mãos do
ras perigosas
nem realize manob
do trânsito,
Pedale no sentido
ão, de prefenunca na contram
rência à direita.
uma pesTransporte somente
bicicleta.
soa por vez em cada
a sinalizaConheça e respeite
ção do trânsito.
s de ouvido.
Evite o uso de fone
dicas; fique
Faça revisões perió
o das coratento à manutençã
e calibre os
rentes e dos freios;
cia.
pneus com frequên
izadores e
Use capacetes, sinal
retrovisores.
O BMX, arte radical em andar de bike,
surgiu oficialmente nos Estados Unidos nos
anos de 1960 e chegou com tudo no Brasil
em 1978. Hoje em dia está entre os maiores
esportes de ação do mundo.
A modalidade radical é dividida em duas
categorias: O estilo racing (corrida) e o freestyle (Estilo Livre) que também é dividido em
modalidades, as quais se diferenciam pelo
local praticado e pela forma como são executadas as manobras. São elas:
Vert
Vert ou vertical é praticado em uma rampa
com formato de “U”, denominada “HalfPipe”, com manobras nas bordas e nos chamados aéreos (vôos para fora da rampa), nos
quais os atletas buscam executar manobras
de alto grau de dificuldade. É uma modalidade com um belo visual para espectadores.
Dirt Jumping
É praticado em rampas de terra, com alturas e distâncias variadas. Podem ser rampas
únicas, doubles, ou sequências chamadas de
trails. As manobras são uma mistura das manobras vistas no vert com os grandes saltos
do bicicross.
Divulgação
Bike e Arte radical
Flatland
É praticado em áreas planas e sem obstáculos, as manobras são um desafio de equilíbrio, criatividade e agilidade que podem
ser estáticas (usando travões) ou com muito
movimento. Os atletas ou artistas buscam
executar varias combinações e variações seguidamente sem interrupção de movimento
entre uma manobra e outra.
Street
É praticado nas ruas. Tudo o que aparecer
pela frente vira obstáculo para as manobras,
desde escadas, corrimãos, paredes, bancos,
monumentos etc. As manobras combinam
o dirt , o vert e o flatland, e são executadas
ao se transpor algum obstáculo. O que vale
é a criatividade.
Park
É praticado em percursos fechados (skateparks ou bikeparks) onde se encontram obstáculos que, inicialmente, procuravam simular os obstáculos das ruas, mas atualmente
já possui um desenho próprio, com rampas
para aéreos e para saltos, bancadas, muros e
paredes, escadas e corrimão.
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
29
Renata Baboni
CADA VEZ
MELHOR
Professores aprenderam na prática como lidar melhor com o aluno especial.
Esporte adaptado:
a começar pela
inclusão profissional
FEDEESP e Sesc oferecem capacitação a profissionais da saúde
voltados ao trabalho de educação especial no esporte.
Por Renata Baboni
A
Secretaria Municipal de Educação,
em parceria com o Sesc e a Federação do Desporto Escolar do Estado
de São Paulo (FEDEESP), realizou o curso
sobre inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais no esporte. O evento
ocorreu nas unidades do Sesc Pompeia e
Consolação, nos dias 18 e 25 de setembro.
O público foi composto por professores,
diretores e coordenadores pedagógicos.
Hoje existem aproximadamente 14 mil
estudantes com necessidades educacionais
especiais matriculados em escolas municipais. Pensando nesse público, um dos
destaques das Olimpíadas Estudantis 2010
30
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
da Rede Municipal de Ensino será a primeira
edição das Paraolimpíadas Estudantis, em novembro, que incluirá duas modalidades: atletismo e tênis de mesa.
Com o foco nas Paraolimpíadas Estudantis,
o curso abordou técnicas, adaptações pedagógicas e práticas para o treinamento do atletismo e do tênis de mesa. Além disso, foi destacada uma modalidade de esporte adaptado, o
goalball.
Os palestrantes foram os professores Paulo
Henrique Verardi e Rosineide Soares Rogério.
Verardi, especialista em educação física adaptada e mestre em educação especial, afirmou
que as maiores dificuldades encontradas pelos
Renata Baboni
Renata Baboni
CURIOSIDADE
profissionais envolvidos com o processo de
inclusão e esporte adaptado estão relacionadas às precariedades estruturais e à falta de
investimentos governamentais.
Alguns participantes do curso compartilham dessa mesma opinião. “A maior barreira é a falta de equipe e de infra-estrutura
adequadas, isso desanima o profissional”,
disse Alessandra Andrea de Almeida Vaz,
profissional de educação física. Marília Daniela Tessarin, professora de educação física
da Rede Municipal de Ensino de São Paulo,
apontou a mesma crítica: “O professor não
recebe capacitação profissional, estrutural e
auxílio do governo suficientes para aprender
a lidar com alunos deficientes.”
Tal situação evidencia a importância da realização do curso.
É um esporte fundamentado em
percepções táteis e auditivas, portanto,
o silêncio no ginásio é preponderante
durante a partida. A utilização da venda permite que os atletas possam competir na mesma classe, inclusive os que
apresentam níveis de acuidade visual
diferentes.
Atualmente, o goalball é praticado em
112 países. No Brasil, é normatizado
pela Confederação Brasileira de Des-
portos para Cegos. “Hoje é um esporte
bem difundido no nosso país e praticado por pessoas com e sem deficiência.
Um dos eventos consagrados na área
é o campeonato universitário de goalball, entre alunos sem deficiência, da
Unicamp”, ressaltou a palestrante Rosineide Soares Rogério, fisioterapeuta, especialista em educação física adaptada
e mestre em reabilitação do equilíbrio
corporal e em inclusão social.
Renata Baboni
O goalball é um esporte coletivo paraolímpico, criado exclusivamente para
pessoas com deficiência visual, cujo objetivo é marcar gols no adversário, por
meio do arremesso rasteiro de uma bola
sonora. Cada time é composto por três
jogadores titulares e três reservas, sendo
que todos atacam e defendem ao mesmo
tempo, usando vendas nos olhos. A quadra apresenta as mesmas dimensões da de
vôlei (9 m de largura por 18 m de comprimento). A partida tem duração de 20
minutos (2 tempos de 10 minutos).
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
31
Logomarca exalta
esporte e crescimento
A
Federação do Desporto
Escolar do Estado de São
Paulo tem uma nova logomarca. Ela sintetiza os valores desenvolvidos pela entidade durante
seus 10 anos de existência, organizando e desenvolvendo atividades
esportivas no âmbito escolar.
Como pode ser visto, o novo
símbolo está fortemente associado
ao esporte. O desenho da marca
representa movimento e crescimento. Essas duas ideias estão
presentes em todas as competições e os eventos coordenados
pela FEDEESP.
Outros conceitos veiculados
pela nova identidade visual da
federação são força, seriedade
e positividade. As cores fazem
referência à bandeira do Estado
de São Paulo, base de atuação da
FEDEESP, e denotam energia e
vitalidade.
A nova marca é moderna e arrojada. Se, por um lado, ela sintetiza
o que foi feito pelo esporte escolar, por outro, ela aponta para o
futuro, para as possibilidades que
virão, para os próximos 10 anos.
Davi Francisco
Formada a Associação Nacional de
Árbitros do Desporto Educacional
N
o início de setembro
deste ano, foi fundada a
Associação de Árbitros
do Desporto Educacional (Anade).
O objetivo da entidade é capacitar
árbitros para atuar em atividades
esportivas educacionais.
A iniciativa da formação dessa
associação foi da FEDEESP e visa
32
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
sobretudo suprir uma necessidade do esporte escolar e formar
um grupo fixo de árbitros especializados.
O árbitro que atua nessa categoria esportiva deve, além de ter
conhecimento técnico das regras
esportivas, orientar o praticante
de maneira pedagógica, pois o
participante da atividade é um jovem que está em fase de desenvolvimento escolar, aprendendo um
conjunto de conceitos e de normas
de conduta.
Dito de outra maneira, o árbitro
na quadra é também um agente educador; e deve ser qualificado para
exercer plenamente as suas funções.
ANUNCIO
Fórum de Educação Física mira
Escola e Políticas Públicas
Por Ricardo Melani
D
ia 22 de outubro, na Câmara Municipal de São
Paulo, aconteceu o encerramento do I Fórum Paulista de
Sustentabilidade da Educação Física e do Esporte na Escola, evento
idealizado pelo Conselho Regional
de Educação Física do Estado de
São Paulo e apoiado pela Secretaria
de Esporte, Lazer e Turismo e pela
Secretaria Municipal de Esportes.
O fórum foi realizado em doze
municípios do Estado de São Paulo - Franca, Campinas, Rio Claro,
Guarujá, Ribeirão Preto, São José
dos Campos, Santos, Catanduva,
Suzano, Presidente Prudente, Sorocaba e na capital.
O evento, cujo encerramento
contou com a presença de inúmeras
personalidades e autoridades, teve
como objetivo estimular reflexões
sobre a importância da Educação
Física Escolar, o papel do professor
de educação física e o direito da
criança a uma educação plena.
“A intenção do Conselho Regional de Educação Física de São Paulo
com essa atividade foi coletar dados
que servissem de subsídios para a
elaboração de um documento que
será encaminhado às entidades e
34
aos órgãos competentes, como ministérios e secretarias de educação e de esporte”, afirmou o professor Hudson Ventura
Teixeira, conselheiro do CREF de São Paulo e coordenador do fórum.
“O tema da educação física na escola
está necessitando de um debate mais vigoroso. O Ministério da Educação está em
dívida com a educação física escolar. Não
há iniciativas específicas para a educação
física, ela acaba sendo apropriada pelo
Ministério de Esporte; e se faz novamente a identificação de educação física com
o esporte, quando educação física não é
só esporte. São necessários fóruns como
este, que alcançam espaços além do acadêmico”, disse professor Mauro Betti, que
ministrou a palestra de encerramento do
fórum sob o título: Educação Física Escolar: perspectivas e desafios para a segunda
década do século XXI.
A relação entre educação física e esporte também foi lembrada pelo presidente
do CREF de São Paulo em exercício, Vlademir Fernandes, com uma ressalva: “O
papel principal da Educação Física não é
revelar atletas, mas formar pessoas; a participação em esporte de alto rendimento é
uma consequência.”
Como disse Hudson, o documento
resultante das reflexões realizadas nos
encontros poderá subsidiar autoridades
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
Homenagem espontânea
Em determinado momento do
fórum, quando o professor Hudson Ventura Teixeira expunha relato sobre a sua vivência profissional
com a educação física, o plenário
espontaneamente começou a aplaudi-lo. A manifestação de apreço
durou aproximadamente 1 minuto. Professor Hudson é conhecido
no meio esportivo e da educação
como um abnegado que dedicou a
sua vida à melhoria da educação física escolar. A homenagem foi mais
do que merecida.
Davi Francisco
Ricardo Melani
e órgãos governamentais relacionados à
educação e ao esporte na elaboração de
políticas públicas. A necessidade da renovação da educação física e da interferência
em políticas públicas foi consenso entre
os participantes do fórum. Betti sintetizou essa preocupação: “É preciso renovar
a educação física e desenvolver políticas
públicas em interação com a saúde, o
lazer e a educação, para que essa área de
ensino se sustente”.
ASSINATURA
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
35
OLHANDO
Escolhendo
o Futuro
Divulgação
PaRA FRENTE
A vida é feita de escolhas e a nossa trajetória é, em certa medida, a somatória
de decisões. A escola que possibilita uma boa formação básica, a faculdade que nos
desenvolve adequadamente em uma determinada área de conhecimento, o estágio
que garante os primeiros passos da vida profissional são escolhas que devem ser feitas
cuidadosamente. O acerto ou o erro podem ter consequências para o resto da vida.
Por Ricardo Melani
Escolhendo a escola
O que se deve ter em mente quando
se escolhe uma escola do ensino fundamental? Em primeiro lugar, a formação
que se pretende para a pessoa que vai
frequentar a escola. Estamos falando de
um indivíduo que está no início da sua
trajetória de vida. A sua personalidade
está em formação, assim como os seus
valores também estão sendo construídos
a partir da sua experiência de vida e da
dos que estão à sua volta. O indivíduo
está aprendendo a lidar com as pessoas
e com as coisas do mundo; e ao mesmo
tempo ele está se firmando como um ser
que tem identidade.
Nessa medida, é importante estar atento à linha pedagógica da escola. Verificar
se ela é apropriada. Se ela é compatível
com os princípios éticos, morais e educacionais desenvolvidos em casa, pela família. Um segundo aspecto diz respeito ao
conteúdo ensinado. O que é ensinado e
qual é a qualidade desse ensino. A escola
é bem-avaliada no sistema de ensino?
Outro aspecto tão importante quanto
os anteriores é a capacidade técnica dos
36
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
envolvidos no processo educacional.
Como é a formação dos docentes da escola? Há estímulo contínuo da instituição do ensino em relação à formação dos
próprios professores? Eles recebem um
salário condizente com as responsabilidades de um capacitado educador? Além
disso, a instituição tem uma equipe multidisciplinar de apoio ao aprendizado,
com psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista, pedagogo e médico?
A estrutura também deve ser alvo de
análise. As instalações e os equipamentos
da escola devem possibilitar um seguro e
eficaz desenvolvimento das atividades e
dos conteúdos planejados. Isso significa
locais e materiais próprios para aprender
e estudar (salas de aula), para brincadeira e lazer (parque e salas especiais), para
esporte (quadra), para ler (bibliotecas),
para comer (restaurantes); além de banheiros amplos e limpos.
Não esqueça: a educação é um dos bens
mais importantes de um indivíduo e de
uma sociedade. A escola deve estar à altura das responsabilidades educacionais.
Divulgação
Calouros participam de animado trote universitário, ao iniciar o curso de medicina.
Escolhendo a faculdade e a profissão
estudar ou atuar na área profissional
escolhida. Dito de outra maneira, a
busca de felicidade não pode ser negligenciada. Ela deve ser um dos fatores
decisivos na hora da escolha. Não há
nada melhor do que viver e sobreviver
fazendo algo de que se gosta.
S. Paulo destacou 10 cursos recémcriados que tentam satisfazer demandas de empresas que buscam profissionais especializados. Nanotecnologia,
engenharia de petróleo, jogos digitais,
produção musical, educomunicação e
gerontologia são algumas das novas
carreiras. Mesmo as carreiras mais tradicionais não param no tempo.
Pelo que foi dito, a carreira mais
promissora é aquela cuja principal atividade é feita com prazer. Nesse sentido, não faltam boas possibilidades
em qualquer campo de estudo. O estudante vai encontrar perspectivas nas
áreas de humanas, exatas e biológicas.
Para se ter um exemplo, recentemente
no Guia das Profissões da Folha de
Divulgação
Carreiras promissoras
Divulgação
A escolha de uma faculdade é um
momento delicado. Toda pessoa tem
em potência tendências, habilidades e
gostos múltiplos. Reduzir essa multiplicidade a uma determinada área de
ensino e de futura profissão não é nada
fácil. A situação é ainda mais complicada porque a decisão deve ser feita
em geral por um jovem no final da
adolescência. Quando o mundo ainda
está por ser descoberto pelo indivíduo,
impõe-se a ele uma escolha tão importante para a sequência de sua vida.
Por causa disso, é preciso encarar
essa decisão como importante, mas
não como absolutamente definitiva.
Mudanças de áreas de estudo e de profissões são comuns. Trata-se de ajustes
e adaptações que todos passam no
transcurso de sua existência. Em relação à escolha propriamente dita, é preciso relativizar as pressões sociais e de
mercado. A decisão de seguir essa ou
aquela carreira não pode ser baseada
única e exclusivamente nas possibilidades do mercado, no status social ou na
perspectiva salarial que determinada
profissão pode propiciar. Esses fatores
contam, mas eles devem estar associados ao entusiasmo e ao prazer de
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
37
OLHANDO
Divulgação
PRA FRENTE
Escolhendo o estágio
Elas vão se reciclando de acordo com as mudanças da sociedade.
Por exemplo, hoje o direito ambiental é um campo amplo de trabalho.
Há cursos e carreiras para todos
os gostos e tendências; mas, antes
de decidir por um deles, é preciso
estudar a futura profissão. Quais
são as principais ações, funções
e ocupações do profissional. Conhecer um pouco da história e da
perspectiva futura da profissão.
Pesquisar a grade curricular e as
matérias que compõem o curso; e
quais são as principais faculdades
e universidades que o oferecem.
38
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
No último período, ano a ano
tem crescido o descontentamento dos empresários em relação
aos estagiários e destes em relação às empresas. Os primeiros
reclamam principalmente da falta de compromisso dos futuros
profissionais e do baixo desempenho. Por sua vez, os estagiários acham que as empresas têm
diretrizes atrasadas que frustram
suas expectativas. Esse conflito
latente acontece em um momento de expansão do número de vagas de emprego e de estágio.
Uma das possibilidades de se
atenuar o choque de interesses
e de gerações está nas mãos do
candidato a um programa de
estágio. Ele deve procurar uma
empresa que esteja de acordo
com a sua perspectiva de desenvolvimento profissional, que
tenha um ambiente de trabalho
atraente para ele e que acrescente ao
seu conhecimento e à sua qualidade
de vida.
Ou seja, o candidato deve procurar a vaga a qual vai se candidatar. Isso significa estudar o
mercado e as empresas que oferecem vagas na área pretendida.
Prestar atenção na bolsa e nos
benefícios oferecidos pela empresa; bem como o período do
estágio, o ambiente de trabalho, as exigências em relação
às atividades que serão desenvolvidas e o perfil esperado do
estagiário.
Evitar erros em processos
seletivos
Como a empresa dos sonhos
geralmente tem filas de candidatos a vagas de estágio, procurar por essa empresa significa
também buscar se qualificar e
evitar erros comuns em processos seletivos. O primeiro deles
é exatamente não conhecer a
empresa. Portanto, não saber
se a empresa combina com seu
perfil; nem saber dados básicos
sobre ela, como quem é o presidente, quantos funcionários
tem, qual é a área de atuação
ou em quais países opera. Outro erro recorrente é exagerar
e mesmo mentir no currículo,
tentando-se passar por algo que
não se é. Em geral, isso é facilmente detectado e pode provocar desastres quando a qualidade proclamada pelo candidato
for cobrada. Por exemplo, o inglês fluente alardeado dá lugar
a uma frágil capacidade de se
comunicar nessa língua. Falar
muito e mostrar-se superior na
entrevista também não são bons
sinais para o entrevistador. Muitas vezes, eles são interpretados
como sintomas de ansiedade
e de petulância, características
que o empregador quer evitar
ou diminuir na empresa.
As mais cobiçadas
Quais são as empresas mais cobiçadas
pelos jovens brasileiros? Segundo uma
pesquisa da Universum, empresa de
consultoria, estão no topo da lista:
Petrobras (www. Petrobras.com.br/pt/
quem-somos/carreiras/estágios), Google
(www.google.com.br/jobs), Unilever
(www.unilever.com.br/careers), Vale
(www.vale.com/pt-br/carreiras/paginas/
default.aspx), Nestlé (www.nestrle.com.
br/site/anestle/trabalhe_na_nestle.
aspx), Ambev (www.estagioambev.com.
br), Itaú Unibanco (www.itau.com.br/
programas), Coca-Cola (www.cocacolabrasil.com.br), Banco do Brasil (www.
bb.com.br) e Bradesco (www.brtadesco.
com.br/html/content/oportunidade/
index.shtm). Mãos à obra.
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
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PRÁTICA
SAUDÁVEL
A busca pelo corpo
ideal pode
comprometer a saúde
Por Renata Baboni
A prática esportiva exagerada
Na área das atividades físicas e da prática esportiva, é comum que a busca pelo
corpo ideal leve a treinamentos excessivos
e prejudiciais. Pessoas de diversas idades,
em especial jovens, estão mais preocupados em atingir padrões de beleza do que
em cuidar da própria saúde.
Quando o estresse provocado pelo exercício supera os limites do corpo, ultrapassando sua capacidade de adaptação, o
treinamento pode se tornar excessivo. Um
treinamento excessivo pode ocasionar um
estado crônico de fadiga e queda do rendi-
40
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
Divulgação
N
a sociedade atual a oferta de serviços para moldar a aparência
conforme os padrões efêmeros
de beleza cresce assustadoramente. Academias de ginástica, produtos de beleza inovadores, dicas da mídia para manter a boa
forma, cirurgia plástica, salões de beleza
são cada vez mais procurados. O que esses
locais e produtos prometem? Saúde e beleza. Porém, muitas vezes as ações realizadas para alcançar padrões sociais de beleza
podem trazer consequências negativas ao
corpo e prejudicar a saúde.
Hoje a busca pelo corpo ideal é um
imperativo. Não é raro que essa busca ultrapasse o limite do saudável e gere transtornos patológicos. A luta de cada pessoa
para se transformar em algo que não é
pode desencadear uma série de expressões
doentias como a depressão, a síndrome do
pânico e outras doenças psicossomáticas.
mento por incapacidade de recuperação.
Tal quadro é conhecido como overtraining ou Síndrome do Supertreinamento.
Nesse caso, há um declínio do desempenho, perda do desejo competitivo e de
entusiasmo pelo treinamento.
Além dessas, outras práticas prejudiciais
à saúde na área esportiva são recorrentes,
na perspectiva de idealização do corpo,
como o uso de anabolizantes e das dietas
radicais. A busca desenfreada por um modelo ideal de corpo gera consequências
negativas. Para que as atividades esportivas sejam saudáveis, antes de tudo, devese respeitar o corpo, os seus limites e as
suas possibilidades; e não o tratar como
objeto. O corpo não é uma máquina, ele
é a nossa possibilidade de desenvolver a
experiência humana.
ANUNCIO
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
41
PRÁTICA
SAUDÁVEL
Boa
alimentação:
a base
da saúde
M
42
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
Divulgação
ales súbitos, indisposição, dores de cabeça, fraqueza, gastrite, baixa resistência,
esses podem ser alguns dos sintomas provenientes de uma alimentação inadequada. A persistência em um quadro de má nutrição diária pode
levar ao desequilíbrio orgânico e ao desenvolvimento de doenças, como diabetes, hipertensão, osteoporose e graves problemas cardiovasculares.
A alimentação equilibrada, seguida de práticas saudáveis, pode ser determinante para uma boa qualidade de vida. Os motivos são óbvios. Para as tarefas
do dia a dia, um indivíduo precisa de nutrientes
que possibilitam o funcionamento orgânico. Precisa
desses nutrientes em quantidades adequadas. A escassez ou a superabundância deles são prejudiciais.
O carboidrato, a proteína, a gordura, a vitamina, o
mineral, a água e a fibra, cada elemento nutriente
tem sua função no organismo.
Os carboidratos, presentes nos pães, cereais, biscoitos, massas e frutas, são fontes de energia. As proteínas, que estão nas carnes, nos ovos, no leite ou no
feijão, na lentilha e no grão de bico, são essenciais
na produção de anticorpos, na contração muscular
e na regulação da pressão arterial e da circulação
sanguínea. As gorduras animais e os óleos vegetais,
embora devam ser consumidos moderadamente,
também são importante fonte de energia, além de
favorecer a assimilação de algumas vitaminas. As
vitaminas e os minerais, que se encontram nas verduras, nos legumes e nas frutas, interferem na digestão, no sistema imunológico, na circulação sanguínea e em diversos processos metabólicos. A água é
elemento fundamental para a circulação sanguínea,
a digestão, a absorção de nutrientes e para outras
funções do organismo.
ANUNCIO
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
43
Divulgação
Alimentação Saudável
1. Evite ficar muito tempo sem comer.
Isso prejudica o metabolismo corporal, provoca gastrite e estimula a comer mais na próxima
refeição. O ideal é realizar três refeições e dois
lanches por dia. Não pular as refeições e não
“beliscar” entre elas.
2. Escolha com cuidado os alimentos que
você vai ingerir. Preste atenção à necessidade
nutricional, à higiene e à forma de preparo.
Evite consumo excessivo de sal, gordura, açúcar, refrigerantes, frituras e alimentos industrializados. Eles aumentam o risco de doenças.
3. Coma devagar, mastigando e apreciando
bem os alimentos. Isso ajuda na digestão e
ameniza a ansiedade compulsiva de comer
muito.
Procure comer uma fruta de sua preferência logo após as refeições.
nosso organismo, mas que estão
à mão. Porcarias, pratos rápidos
e frituras, que podem saciar momentaneamente a nossa fome, mas
não nos alimentam como precisamos. Resultado: nosso desempenho no estudo, no trabalho ou em
qualquer outra atividade é inferior
ao que poderia ser; não vivemos
bem; e estamos sujeitos a desenvolver doenças que poderiam ser
facilmente evitadas. Não há vida
saudável sem boa alimentação.
Divulgação
A saúde começa pela organização da nossa vida. O nosso
cotidiano deve possibilitar uma
alimentação que inclua esse conjunto de nutrientes na medida certa. Estabelecer um hábito saudável
nem sempre é fácil, por causa da
nossa estressante vida de trabalho
ou de estudo, e por causa das inúmeras solicitações que nos bombardeiam. Com a pressa, ficamos
muito tempo sem comer ou comemos alimentos que prejudicam
4. Os alimentos com carboidratos, como pães,
massas, arroz, milho, batata e mandioca devem
ser o principal componente das nossas refeições. Distribua seis porções desses alimentos
entre todas as refeições.
5. Frutas, verduras e legumes devem estar presentes na nossa alimentação diária. Distribua
três porções de frutas e três porções de verduras e legumes entre as refeições.
6. Carnes, aves, peixes e ovos são fontes importantes de proteínas, vitaminas e minerais.
Inclua na sua alimentação três porções diárias
desses alimentos. Procure retirar a gordura em
excesso da carne vermelha e as peles das aves.
Cuidado especial com os peixes, que devem
ser frescos.
7. Consuma uma porção diária de azeite de
oliva. Utilize-o para temperar saladas. Evite
cozinhá-lo, pois o azeite perde sua qualidade
nutricional.
8. Evite refrigerantes e produtos industrializados. Prefira sucos naturais e alimentos
naturais.
Exemplo de um prato com equilíbrio
de nutrientes, para o almoço:
Uma hortaliça crua: alface, agrião ou rúcula.
Uma hortaliça cozida: cenoura, beterraba
ou espinafre.
Um cereal: arroz, batata ou massa.
Uma leguminosa: feijão, soja ou grão de bico.
Uma carne: ave, peixe ou vaca.
Equilibre sua alimentação com verduras, legumes, fibras, grãos, carnes e frutas, para uma refeição balanceada e saudável
44
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
Uma fruta: maçã, banana ou pêra.
ANUNCIO
Divulgação
HISTÓRIA
DO ESPORTE
Da luta pela
sobrevivência aos
jogos olímpicos
Por Tiago Machado
O
O começo das competições
deuses. Os atletas daquela época
se transformavam em verdadeiros
heróis, que eram reverenciados por
quatro anos até que os novos jogos fossem iniciados. Um detalhe
curioso é que as mulheres não podiam participar ou sequer assistir
os jogos. Era um esporte restrito
ao público masculino. Para elas,
era realizado um evento esportivo,
de quatro em quatro anos, em homenagem a Hera, esposa de Zeus.
Os jogos permaneceram assim
até que o imperador romano Theodósius I, entre os anos de 393 e
394, determinou que todas as referências pagãs da antiguidade deveriam ser interrompidas, e assim
a tocha olímpica se apagou por
1.400 anos.
O saltar, o correr e o arremessar pesos só se transformaram
em esporte realmente graças aos
Gregos. Por volta de 1200 antes
de Cristo, no Monte Olímpicus,
foi construído um palco onde os
homens exibiam suas forças e habilidades físicas. Eles faziam isso
para homenagear Zeus, deus da
mitologia grega. Nasciam ali os
Jogos Olímpicos. Os vencedores
eram glorificados, sua imagem era
levantada à altura dos próprios
“O principal objetivo da vida
não é a vitória, mas a luta; o essencial não é vencer, mas lutar. Vamos exportar nossos atletas para
promover a paz. Esse é o mercado
livre do futuro.”
Com essas palavras o francês
Pierre de Fredy, Barão de Coubertin definiu o caráter dos jogos
olímpicos da Era Moderna. Ele
foi o principal responsável pelo
retorno do mais importante even-
homem é um atleta nato.
Desde época primitiva
aprendeu que arremessando paus e pedras poderia
caçar e se alimentar. Ao mesmo
tempo, utilizando suas habilidades físicas e correndo, podia
se esquivar e fugir de seus principais predadores carnívoros. O
melhor uso do seu corpo estava
diretamente ligado à sua sobrevivência. Na luta pela vida, sem
querer, acabou desenvolvendo os
princípios básicos do atletismo,
que nada mais são do que os movimentos de correr, de pular e de
arremessar. Entretanto, tudo no
início não passava de uma mera
questão de sobrevivência.
46
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
A era moderna
to esportivo do planeta. Em 23 de
junho de 1894, Coubertin organizou um congresso internacional,
em Paris. Neste evento foi criado
o Comitê Olímpico Internacional
(COI). Dois anos mais tarde, em
Athenas na Grécia, foi realizada
a primeira Olimpíada moderna,
com a participação de 285 atletas
de 13 países. A Tocha Olímpica
foi reacendida com a finalidade
de promover a paz entre as nações e unir os povos pelo esporte.
O barão se tornou presidente honorário do COI, e assim permaneceu até sua morte, em 1937, em Genebra, na Suíça. Em homenagem,
seu corpo foi enterrado na sede do
comitê, em Lausanne, e seu coração foi sepultado separadamente,
em um monumento perto das ruínas da antiga Olímpia.
Atualmente, os Jogos Olímpicos
são realizados de quatro em quatro
anos, em países e cidades diferentes. Segundo o Comitê Olímpico
Internacional, participaram da
última Olimpíada, em Pequim,
10.942 atletas, representando mais
de 200 países e por volta de 100 mil
voluntários. O atletismo continua
sendo a atração principal. São 26
provas masculinas e 23 femininas.
ANUNCIO
HISTÓRIA
DO ESPORTE
Vanderlei
“Espírito Olímpico” de Lima
O
sonho de qualquer maratonista de elite, com
certeza, é se preparar
para alcançar uma das vagas disponíveis para o seu país nos Jogos
Olímpicos. A maratona é a prova nobre do atletismo, na qual o
atleta “passeia em alta velocidade” pela cidade sede. O evento
é acompanhado por milhões de
pessoas, que se unem, criando
um grande cordão de incentivo
humano, para motivar os participantes. Nessa hora, não existe
separação por classes sociais, cor
ou religião, todos aproveitam o
mesmo espaço nas ruas.
Em 2004, nos Jogos de Atenas,
o franzino maratonista brasileiro
Vanderlei Cordeiro de Lima conquistou sua merecida vaga para
disputar a maratona. Natural da
cidade paranaense de Cruzeiro
do Oeste e morador da vizinha
Maringá, Vanderlei começou sua
carreira no atletismo disputando
os jogos escolares do Paraná aos
16 anos, e o seu maior sonho era
o de participar de uma Olimpíada e representar o Brasil. Dificilmente poderia imaginar que se
tornaria um dos maiores ícones
da história do esporte brasileiro,
48
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
Divulgação
Por Tiago Machado
e por que não, mundial, antes de
sua participação na prova.
Tudo parecia normal na largada
da maratona. Nosso maratonista
se mantinha no pelotão da frente,
correndo forte e com o coração
aberto. Vanderlei sequer estava entre os favoritos para receber a maior
condecoração do esporte, na terra
onde a Olimpíada começou.
E Vanderlei correu... A cada metro, o brasileiro se distanciava dos
competentes africanos e europeus.
O tímido sonho do maratonista,
em apenas participar dos jogos, ganhava traços heróicos e a emoção
de uma possível vitória arrepiava
cada brasileiro ligado pela televisão. Folgado na liderança, Vanderlei mantinha o forte passo e se
hidratava sempre que possível. A
vitória era certa... Era.
Antes mesmo de se aproximar do
magnífico Panatináico, o Estádio
de Mármore, em Atenas, Vanderlei foi agarrado por um maníaco
completamente fora da realidade,
o ex-padre irlandês Cornelius Horan. O fato chocou o mundo. Até
argentinos devem ter se solidarizado com o brasileiro.
Ao tentar se desvencilhar do
maníaco Irlandês, perdeu ritmo e
segundos importantes que o afastaram da vitória. De uma forma
surpreendente, envolto de alegria e
contagiado pelo espírito olímpico,
Vanderlei continuou a corrida, não
mais como um maratonista , mas
sim como um fora de série do esporte, aquele capaz de influenciar
multidões. Volta para a prova sem
se queixar.
O brasileiro, talvez sem querer, prega uma grande lição de
paz e competitividade para a
humanidade. Entra sorrindo,
feliz e fazendo aviãozinho pelo
estádio Panatináico. O terceiro lugar conquistado, que lhe
rendeu a medalha olímpica,
não tem cor, não é designado
pela matéria prima ouro, prata,
bronze, latão ou papelão. É a
medalha mais pesada de toda a
história dos jogos, a medalha
completamente forjada com o
verdadeiro espírito olímpico.
Vanderlei virou exemplo de
superação, garra e humildade.
O atleta deixou de ser maratonista para se tornar um ícone.
Com sua atitude, o franzino
brasileiro se transformou em
um gigante herói mundial.
ANUNCIO
Ricardo Melani
Ricardo Melani
KULT
RBM City, instalação da artista chinesa Cao Fei.
29ª Bienal é marcada pela
pluralidade artística
159 artistas das mais diferentes tendências participam
da tradicional mostra de arte de São Paulo.
O jogo harmonioso entre o
verde, o branco e a luz
O pavilhão de 33 mil metros quadrados e de três andares que a cada dois
anos abriga a Bienal de São Paulo foi
inaugurado em 1954. Ele faz parte, juntamente com mais dois pavilhões e extensa marquise que os une, de um conjunto arquitetado por Oscar Niemeyer.
Pintados de branco esses três pavilhões se destacam do “mar verde” que
os cerca. São uma espécie de enclave
humano em meio a natureza do Parque
Ibirapuera. Burle Marx criou o projeto
paisagístico do local.
Quem for a exposição pode se encantar também com esse jogo harmonioso entre o verde, o branco e a luz.
Aliás, um dos méritos da Bienal deste
ano é a disposição das obras da mostra,
que favoreceu também o olhar para o
parque e a percepção da luz externa ao
pavilhão.
50
“
Há sempre um copo de mar
para um homem navegar.”
Essa curiosa e bela frase do
poeta Jorge de Lima, retirada do poema “A
Invenção de Orfeu”, dá nome à mostra. A
riqueza do verso sugere múltiplas interpretações. Entre elas, está presente a ideia
do poder da arte. A criação artística pode
revelar, por meio de seu olhar estranho às
convenções sociais ou ao senso comum, o
inusitado e, de alguma maneira, reorientar
nossas vivências ou a nossa compreensão
sobre o mundo. Nessa medida, a dimensão utópica da arte também é a dimensão
crítica; e arte e política se aproximam.
O que é a arte? Qual é sua função no
mundo? Direta ou indiretamente, 159 artistas nacionais e internacionais respondem
a essas perguntas, expondo suas obras na
Bienal desde ano. São as mais variadas manifestações e tendências artísticas. Vídeos,
fotografias, instalações, pinturas, desenhos
e obras que misturam suportes e meios expressivos diferentes estão espalhados pelo
pavilhão do Ibirapuera. A exposição, de
mais de 800 obras - a maioria é inédita -
Unesporte Escolar, edição especial - 2010
A obra de Gil Vicente registra insatisfação em relação à política
vigente e aos políticos tradicionais.
Por Ricardo Melani
possibilita uma pequena visão do universo
plural da atual produção artística.
Ampliando o evento
Além da exposição no pavilhão, outras
ações foram ou serão desenvolvidas, ampliando o alcance do evento. Desde fevereiro deste ano, a equipe do Programa
Educativo da Bienal tem visitado unidades do Centro Educacional Unificado
(CEU) e comunidades carentes, para realizar palestras com professores do ensino
fundamental sobre os artistas e as obras
da Bienal. Esse procedimento estendeu-se,
em parceria com a Secretaria da Educação
do Estado de São Paulo, para professores
da rede estadual de ensino.
Outra ação importante está programada para acontecer em 2011, mas depende
da aprovação do Ministério da Cultura.
Trata-se de um projeto de itinerâncias pelo
Brasil. Algumas cidades do interior do Estado de São Paulo e as capitais do Rio, de
Belo Horizonte, de Brasília, de Salvador
e de Porto Alegre poderão receber parte
(recortes) da mostra da Bienal 2010.
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