Cresce oferta de seguros específicos para pequenas e
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Cresce oferta de seguros específicos para pequenas e
Jornal do Comércio - Porto Alegre Segunda-feira, 30 de março de 2015 3 serviços Cresce oferta de seguros específicos para pequenas e médias empresas STOCKPHOTO//DIVULGAÇ ÇÃO//JC Diferentemeente das grandes corporaçõess, os pequenos e médios neg gócios em geral não possueem departamentos jurídicos ou u de manutenção. Quando surgem problemas, os custos e o tempo para resolvvê-los podem atrapalhaar ou até mesmo levar à falência O que acontece se, durantee o banho e a tosa de um gato, o pet shop acidentalm mente ferir o animal? A dep pender da gravidade do prooblema, é possível que o proprietário do estabeleccimento seja processado na Justiça e condenado a paggar uma indenização. No caso de pequenos negócios, processos do tipo podem seer fatais. Departamentos jurídicoss ou de manutenção não são comuns nos pequenos e médios negócios em geral, diferentemente das grandes empresas, que normalm mente contam com esses recursos. Desta forma, os cursos para resolver possíveis problemas podem comprometer o caixa ou até mesmo falir a empresa. A limitação foi vista como uma oportunidade pelas seguradoras, que investem em coberturas específicas para o segmentodas PMEs. É também uma aposta em um mercado com alto potencial de expansão: segundo pesquisa da RSA Group, quase 70% das pequenas e médias empresas brasileiras não têm nenhum tipo de seguro. Para cerca de um terço dos entrevistados, o seguro não é importante, além de ser caro. “Além de o brasileiro não ter uma cultura tão forte de seguros como o americano, há um desconhecimento dos valores”, avalia Mauro Pimenta, da Otimize Seguros. “Quando contratamos o seguro, nós ficamos pensando ‘estamos jogando dinheiro fora’. Mas e se acontecer um imprevisto?”, diz Maíra Fontana, 34, dona da empresa de tecnologia Sales Talent. Fontana contratou um seguro para a frota de carros que leva os consultores até os clientes pouco depois de fundar a empresa, há três anos. A preocupação dela mostra que a visão sobre os seguros começa a mudar entre empresas mais novas. “Os empreendedores que atuam em novos negócios estão preocupados em se resguardarem, justamente por estarem na área do pioneirismo”, diz Pedro Monteiro, 28, sócio da Compartibike. A empresa, fundada em 2010, contratou o seguro quando iniciou sua operação de aluguel Falta coberta para food truck, dizem donos O risco associado a investir em novos modelos de negócio pode ser ainda maior quando não há seguros que correspondam aos perigos aos quais eles estão expostos. Donos de food trucks (pequenos caminhões para venda de comida) reclamam da falta de um seguro adequado para o que é um “restaurante itinerante”. A única opção hoje é o veicular, que cobre o lado “carro” do negócio, mas não o “cozinha”. Ou seja, o truck é protegido contra roubo do veículo, mas não contra incêndio na cozinha – parte de maior valor, que custa até R$ 350 mil. “Nós estamos sujeitos a incêndios porque trabalhamos com gás, e também a batidas, porque estamos na rua”, diz Zeca Amaral, chef do truck Cozinhando com Z. A preocupação de Amaral não é paranoia. No final de janeiro, o botijão de um food truck de comida oriental explodiu em Perdizes, na zona Oeste de São Paulo. Um homem se feriu no acidente. “Nós temos vários itens de segurança, mas acaba sendo uma cozinha. Existe a falha técnica, mas existe também a humana”, diz Guilherme Ribeiro, do truck 4Brothers. Ribeiro conta que foi a cinco seguradoras, mas a maioria nem sabia GILMAR LUÍS/JC de bicicletas. “Nós tínhamos muito claro que precisaríamos de um seguro de responsabilidade civil, porque nós acompanhamos o que acontece no exterior e vemos que acontecem acidentes e até mortes.” Não existia, porém, nenhum seguro adequado para o ramo. A empresa, em parceria com o Grupo Berkley e a TRR Securitas, desenvolveu a primeira cobertura no Brasil direcionada para aluguel de bicicletas. O principal diferencial é cobertura por indenização, caso um cliente sofra um acidente com uma bike alugada. “Nós não temos tamanho para tomar um processo de milhões por uma morte”, afirma Monteiro. “O sinistro deve ser sempre algo imprevisto e acidental. Mas a questão é que, quando ele acontece, ele pode acabar com um negócio”, diz Rudge. Para negócios mais comuns, como pet shops e salões de beleza, as seguradoras já possuem um catálogo de proteções adaptadas. Na Porto Seguro e na SulAmérica, por exemplo, há linhas específicas voltadas para pequenas e médias empresas. Além da proteção básica contra incêndio, salões podem contratar cobertura contra danos corporais causados por queimadura por uso de chapinha, e escolas, contra problemas causados por alimentos vendidos na cantina. Jarbas Medeiros, da Porto Seguro, afirma que a faixa de preço dos seguros para as PMEs gira em torno de R$ 1.500,00 anuais. Mas há apólices a partir de R$ 500,00 anuais, segundo a Otimize. Algumas das apólices oferecidas Farmácias e drogarias Deterioração dos remédios quando armazenadas em ambiente frigorificado, roubos ou furtos de mercadorias e objetos, danos causados em caso de erro na interpretação de uma receita médica Lojas de roupas Roubo ou furto qualificado de valores (inclusive do cliente) no interior do estabelecimento, danos decorrentes de pequenas obras, como reformas e ampliações, e roubo de aparelhos portáteis da loja Salão de beleza Danos a bens de clientes em guarda-volume, roubo de aparelhos portáteis (como secadores e chapinhas), despesas extraordinárias com salários de temporários, danos corporais causados aos clientes por queimaduras e cortes de tesoura Academia Arrastão, danos a clientes e funcionários por uso dos equipamentos de exercício Pet shops Deterioração de vacinas em ambiente frigorificado, quebra de vidros, dano ao animal durante banho e tosa sob guarda do pet shop Proteção é contra roubo do veículo, mas não inclui incêndio na cozinha, o que era um food truck. E, depois de entenderem o modelo, afirmavam que não era possível segurá-lo como restaurante por não existir um endereço fixo. A TRR Securitas identificou a oportunidade e desenvolveu um seguro híbrido para o segmento, que inclui cobertura do veículo e do restaurante. O produto, porém, ainda não foi lançado porque aguarda aprovação da Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. Segundo a seguradora, o valor da apólice deve ficar na faixa de R$ 500,00 a R$ 1.500,00 por ano. O valor varia de acordo com o porte do negócio e as coberturas opcionais. Escolas Roubo de aparelhos portáteis como computadores e datashow, danos morais e responsabilidade civil em caso de acidentes ocorridos com alunos dentro das dependências da escola, tumultos e greves Bares e restaurantes Dano a louças de uso exclusivo e regular, dano a mesas e cadeiras, danos aos clientes por ingestão de alimentos (como por intoxicação alimentar) Faixa de valor R$ 1.500 anuais, a depender do tamanho do negócio, localização e coberturas opcionais Fontes: sulAméRicA seguRos, PoRto seguRo, tRR secuRitAs
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