21. Noruega [2] - Centro Norueguês para as TIC na Educação
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21. Noruega [2] - Centro Norueguês para as TIC na Educação
NORUEGA (2) - 2012 CENTRO NORUEGUÊS PARA AS TIC NA EDUCAÇÃO A. INFORMAÇÃO BÁSICA País : : Calendário (data de início e fim) Título da iniciativa : Gesundheit & Verbraucher Noruega [NO] Senter [PT] Centro for IKT i utdanningen Norueguês para as TIC na Educação Coordenador(a)/ Organização : Direção-Geral de Educação Contacto: Ola Berge, +4785419056 Competências essenciais abordadas : (na língua original e em inglês, se possível) [NO] Digital kompetanse; [PT] Competência digital Tipo de iniciativa e canais de implementação usados (designadamente, reforma curricular introduzida por lei, etc.) Continuidade do currículo nacional de 2006 (Promoção do Conhecimento) Parceiros : Não foi prestada informação. Âmbito : (alunos/professores/escola; nível local/regional/nacional) Estudantes Nacional Contexto de aprendizagem : (formal ou não formal) Formal Nível(is) de ensino : (ensino primário, ensino secundário inferior ou superior) Ensino primário e secundário inferior e superior Grupos-alvo : Alunos, professores e decisores políticos Calendário : (data de início e fim) 2010 - em curso Ligações relevantes : ∙∙ C entro Norueguês para as TIC na Educação: https://iktsenteret.no/english ∙∙ Portal Nacional da Educação: www.utdanning.no Health & Consumers Santé & Consommateurs B. INFORMAÇÕES DETALHADAS Fundamentação/contexto/motivação para lançar a iniciativa/reforma : A fundamentação do programa é o currículo nacional norueguês (2006) que determina que a capacidade de utilizar ferramentas digitais é uma das cinco áreas de competência básica que atravessam todo o currículo (sendo as outras a leitura, a escrita, a numeracia e as competências orais). Para além do novo currículo nacional, o Ministério da Educação e Investigação introduziu o “Programa para a Competência Digital 2004-2008”, coordenado pela Direção-Geral de Educação. Quando o programa terminou, foi decidido criar um novo centro nacional para dar seguimento a diferentes aspetos da competência digital, combinando diversas unidades dedicadas às TIC na educação a nível nacional. Foi assim criado, em 2010, o “Centro Norueguês para as TIC na Educação” com a missão nacional de dar seguimento à implementação da competência digital a todos os níveis nas escolas norueguesas e ainda de visar a formação de formadores. O programa está também ligado a uma estratégia nacional global em matéria de TIC nas seguintes áreas: ∙∙ e-Government; ∙∙ infraestruturas e conetividade em banda larga; ∙∙ e-Learning; ∙∙ TIC nas escolas; ∙∙ segurança nas TIC (designadamente, proteção dos utilizadores, segurança eletrónica, etc.) ∙∙ inclusão digital; ∙∙ literacia nos meios digitais; ∙∙ desenvolvimento de competências digitais. Objetivos : O objetivo do Centro Norueguês para as TIC na Educação é contribuir para a implementação e desenvolvimento da política em TIC, sobretudo a inclusão da competência digital nas escolas norueguesas, como definido no currículo nacional. Além disso, empreenderá colaborações com instituições públicas e privadas relevantes. O centro participará ainda em ações de cooperação internacional. Os principais objetivos consistem em reforçar a qualidade da educação e melhorar os resultados de aprendizagem e a aprendizagem das crianças, alunos e estudantes através do uso das TIC na educação. http://keyconet.eun.org 2 Dimensões visadas pela iniciativa/reforma (designadamente, currículo, avaliação dos alunos, formação dos professores em serviço, autonomia escolar, etc.) : As dimensões visadas por esta iniciativa, enquanto centro nacional, são: ∙∙ g arantir que as TIC contribuem para uma melhor qualidade, uma aprendizagem reforçada e melhores estratégias de aprendizagem entre os alunos, aprendentes e estudantes noruegueses. Uma importante tarefa será contribuir para o reforço das competências digitais destes grupos, independentemente das suas origens sociais e local de residência. Um ponto de partida seria melhorar a implementação das TIC na educação e o seu uso aplicado às disciplinas, com base nos currículos e outros documentos regulamentares, e ajudar a garantir que as TIC sejam um motor da inovação educativa. ∙∙ d esenvolver e disseminar conhecimentos baseados na investigação sobre o uso das TIC na educação. O potencial educativo representado pelas novas tecnologias e pelos meios digitais será analisado, incluindo o potencial futuro. O centro promoverá o discernimento digital no setor e dará seguimento ao trabalho sobre uma conceção universal das TIC na educação. O centro promoverá o desenvolvimento das TIC na formação de formadores, de professores do ensino pré-escolar e de outros educadores infantis. ∙∙ d esenvolver e assegurar a qualidade das soluções de aprendizagem tecnológica e das soluções dos serviços profissionais para o setor e garantir o desenvolvimento de infraestruturas para as TIC no ensino básico. O centro dará seguimento ao trabalho de gestão de uma identidade nacional para a educação, baseada na FEIDE (Identidade Eletrónica Federada) e participará no trabalho de gestão de identidade no setor público. ∙∙ c oligir e disponibilizar informação sobre a educação e as profissões e prestar apoio na escolha de estudos e carreiras. O portal nacional da educação (http://utdanning.no/) será reforçado para desenvolver serviços inovadores. Estes serviços deverão alinhar-se com o compromisso do governo relativo à primeira escolha digital, o que significa que os serviços serão prioritariamente digitais e que os utilizadores deverão escolher ativamente outros métodos, como o papel ou o telefone, se assim preferirem. Abordagem geral (designadamente, holística - existência de uma estratégia abrangente ou de uma abordagem direcionada, centrada numa dimensão específica, etc.) : O centro utiliza uma abordagem holística a nível nacional. O centro dá seguimento a iniciativas e estratégias nacionais anteriores do Ministério da Educação e Investigação. Uma vez que a competência digital é explicitamente mencionada no currículo nacional, a principal abordagem do centro é dar continuidade a diferentes aspetos da competência digital, como sejam o uso de tecnologias digitais orientado para disciplinas, as questões de infraestrutura, a liderança e a formação de formadores. http://keyconet.eun.org 3 Explicação detalhada da(s) competência(s) essencial(is) em questão : Foi implementado um novo quadro nacional (janeiro de 2012), o qual explica em pormenor cada uma das competências básicas, incluindo a competência digital. Define competência digital de acordo com determinadas categorias, com cinco níveis de complexidade para cada categoria. O centro tem estado ativamente envolvido na definição de competência digital e das diferentes áreas que esta cobre, tais como competências no uso da tecnologia, capacidade para criar e reutilizar conteúdos e de comunicar e avaliar (discernir) informações. Em seguida, estes aspetos são ainda mais desenvolvidos por grupos de especialistas orientados para disciplinas que explicam e implementam a competência digital no âmbito de diferentes áreas disciplinares e a diferentes níveis, desde o primeiro ano do ensino primário (6 anos) ao último ano do ensino secundário (18 anos). Disciplinas específicas implicadas ou abordagem transcurricular : A competência digital e o uso das TIC são referidos nos documentos orientadores centrais respeitantes ao ensino primário e secundário geral. Ao nível primário, os documentos orientadores não prescrevem o ensino das TIC como uma disciplina separada; contudo, recomendam o seu uso como ferramenta geral e/ou para tarefas específicas em diversas disciplinas curriculares (língua materna, matemática, línguas estrangeiras, ciências naturais, ciências sociais e artes). O uso das TIC é recomendado para professores e alunos nas aulas e, além disso, recomenda-se que os alunos usem as TIC em atividades complementares, como o trabalho de casa ou o trabalho de projeto. Além disso, as TIC são ensinadas como uma disciplina à parte em Tecnologia da Informação, a nível do ensino secundário superior, em programas de especialização. A tecnologia da informação compreende duas disciplinas programáticas: Tecnologia da Informação 1 e Tecnologia da Informação 2. No Currículo de Promoção do Conhecimento, a capacidade para utilizar ferramentas digitais é uma das cinco competências básicas que são integradas e adaptadas em todas as disciplinas curriculares na generalidade do ensino primário e secundário. Deste modo, a sua abordagem é acentuadamente transcurricular. De que modo a iniciativa/reforma está a ser implementada (designadamente, processo adotado, empenhamento político, consulta dos parceiros e respetivos papéis, incentivos aos parceiros, financiamento específico, materiais didáticos, definição de metas e modelos, mecanismos de avaliação, impacto sobre a formação de formadores/desenvolvimento profissional e práticas escolares/ liderança, intensificação da abordagem com base na pesquisa/factos, etc.) : O Centro Norueguês para as TIC na Educação está a trabalhar sobre diferentes iniciativas relativas à implementação da competência digital. Esta iniciativa funciona como mediadora entre níveis políticos, comunidades de investigação e o nível prático das escolas. As iniciativas são financiadas pelo Ministério da Educação e Investigação e recebem verbas para trabalhar nas áreas selecionadas para a implementação, ao longo do tempo, da competência digital nas escolas norueguesas. http://keyconet.eun.org 4 Etapa/fase atual de implementação : Foi publicado em janeiro de 2012 um quadro de referência das cinco competências essenciais. Este define e descreve o desenvolvimento das competências a cinco níveis e em quatro áreas de competências. Nas TIC, as áreas de competências são assim definidas: ∙∙ recolher e tratar informação digital ∙∙ criar e processar informação digital ∙∙ comunicação digital ∙∙ discernimento digital Estas áreas estão atualmente a ser incorporadas no currículo reformado em cinco disciplinas: Norueguês, Matemática, Ciências, Línguas Estrangeiras (Inglês) e Estudos Sociais/Geografia/História. Estas alterações entrarão em vigor a partir de agosto de 2013. O centro tem vindo a crescer desde a sua criação no início de 2010 e está hoje envolvido em diversos projetos e atividades, tanto a nível nacional, como europeu. O centro envolve muitas escolas, professores e alunos nas suas tarefas de pesquisa e desenvolvimento, como parte das suas estratégias de intervenção com vista a alterar as práticas nas escolas quanto ao uso das tecnologias digitais. Questões pedagógicas (questões relacionadas com a forma como as competências essenciais estão a ser ensinadas aos alunos e como os professores estão a ser preparados para ensiná-las) : Desde que se tornou uma área essencial do currículo nacional em 2006, a competência digital tem sido implementada de formas e a níveis diferentes. Esta implementação centra-se em maneiras de melhorar a aprendizagem, no contexto de determinados tópicos em diferentes disciplinas, e em maneiras de aprender a manipular e avaliar o uso das tecnologias na escola e na vida quotidiana. Os professores recebem alguma formação, através do seu programa de formação de formadores inicial, e existem várias iniciativas que oferecem cursos de desenvolvimento profissional para professores nas escolas, algumas delas organizadas pelo centro. http://keyconet.eun.org 5 Aspetos positivos (para identificar facilitadores) : ∙∙ O apoio através do currículo nacional para a promoção da competência digital tem sido importante para o envolvimento dos professores, gestores escolares e municípios, de modo a colocar a ênfase especificamente na competência digital. ∙∙ P ara o centro, um programa específico de orientação registou grande sucesso, tendo visado os gestores escolares para lhes prestar apoio em termos de estratégias de desenvolvimento escolar usando tecnologias digitais. Neste caso, a ênfase põe-se numa perspetiva holística de desenvolvimento escolar, recorrendo a tecnologias digitais. ∙∙ A lgumas iniciativas e projetos relacionados com as escolas tiveram muito sucesso e suscitaram interesse, como o projeto iTEC na sala de aula do futuro, atualmente a ser implementado em 100 salas de aula, e a participação no eTwinning com escolas norueguesas, coordenada pelo centro, que envolveu muitos alunos. ∙∙ U ma outra área que registou aspetos positivos tem sido o processo de desenvolvimento de um sistema nacional de gestão de identidade para a educação, baseado na FEIDE (Identidade Eletrónica Federada) e de participação no trabalho de gestão de identidade no setor público. Desafios e de que modo estão a ser abordados (para identificar obstáculos e soluções) : Os desafios, nos últimos dois anos, foram principalmente dois: ∙∙ O primeiro diz respeito às instituições de formação de formadores e ao modo como implementam a competência digital como uma área essencial. A formação de formadores tem registado atrasos em relação ao setor escolar na implementação e focalização na competência digital, como uma área de competência essencial, e os planos nacionais recentes para a formação de formadores enfermam de uma ausência de ênfase na competência digital. Este problema está agora a ser solucionado pelo centro através de iniciativas políticas. Além disso, apesar de o acesso a computadores e à Internet não constituir um problema nas escolas norueguesas, muitas escolas queixam-se de que o equipamento é obsoleto e apresentam pedidos para a sua renovação. ∙∙ O segundo desafio diz respeito aos recursos de aprendizagem digital que constituem, há já vários anos, uma dificuldade contínua. Sendo a Noruega um pequeno país, tem sido difícil, em virtude dos custos, desenvolver uma estratégia nacional envolvendo os setores público e privado no desenvolvimento de recursos digitais para as escolas. Existem atualmente algumas iniciativas, designadamente a NDLA (Arena Nacional para a Aprendizagem Digital), mas existem mais desafios relativamente ao modo como este campo pode ser desenvolvido em maior profundidade. http://keyconet.eun.org 6 Gesundheit & Verbraucher Monitorização e avaliação realizadas/planeadas e que métodos estão a ser usados (designadamente, controlo de qualidade interna/externa, inspeção, avaliações nacionais, testes internacionais, autoavaliação, avaliações formativas ou sumativas) : Com respeito a todas as competências no currículo nacional, o princípio fundamental é que as escolas devem prestar aos alunos o apoio necessário para alcançar os objetivos definidos. As escolas decidem que tipo de apoio adicional deve ser disponibilizado e de que modo deve ser prestado. O centro implementou várias estratégias de acompanhamento e avaliação. Uma delas é um estudo longitudinal chamado Monitor, realizado a nível nacional, de dois em dois anos, desde 2003. Este estudo monitoriza desenvolvimentos infraestruturais e em termos do uso das TIC. O Centro para a Educação em TIC é atualmente responsável por este estudo. Uma outra estratégia é uma avaliação nacional da competência digital. Até à data, esta foi testada em duas cidades e será usada como um teste, a nível nacional, para todos os alunos do 4º ano, na primavera de 2013. Impacto (designadamente, eventual avaliação do impacto prevista) : A competência digital é mencionada como um resultado de aprendizagem nos documentos orientadores centrais para o ensino primário e secundário geral. Outros objetivos específicos de aprendizagem das TIC, incluídos nos documentos orientadores centrais, são limitados e apenas dizem respeito ao nível secundário; incluem o uso de aplicações do Office e a pesquisa de informação. Não existe qualquer recomendação central para a avaliação da competência digital. No entanto, existem recomendações centrais para a avaliação dos estudantes no ensino primário e secundário geral, com vista à avaliação contínua interativa e em ecrã dos alunos, assim como ao uso das TIC enquanto ferramenta de informação. Está a ser implementado um teste de seleção nacional das competências digitais para alunos do 4º ano, com a finalidade de identificar necessidades de aprendizagem individuais. Este teste voluntário estandardizado será conduzido pela primeira vez em 2013. Comunicação da iniciativa/disseminação dos resultados e atividades : A comunicação relativa ao centro é maioritariamente realizada através do sítio web (https://iktsenteret. no/english). Além disso, as pessoas do centro participam ativamente em conferências nacionais e internacionais para promover atividades e iniciativas no centro. O centro publica ainda um jornal académico, Jornal Nórdico sobre a Literacia Digital, que foca a pesquisa atual sobre a competência digital. Próximos passos/seguimento : O centro passou por uma fase de instalação e lançou vários projetos e atividades sobre competência digital. A próxima fase centrar-se-á no seguimento destas iniciativas e na continuação do desenvolvimento de estratégias nacionais nesta área. The KEYCONET project has been funded with support from the Lifelong Learning Programme of the European Commission. Responsibility for this publication lies solely with the author, and the Commission is not responsible for any use which may be made of the information contained therein. Health & Consumers Santé & Consommateurs C. RESUMO O objetivo do Centro Norueguês para as TIC na Educação é contribuir para a implementação e desenvolvimento da política em TIC, sobretudo a inclusão da competência digital nas escolas norueguesas, como definido no currículo nacional. O centro colaborará igualmente com instituições públicas e privadas e participará em atividades de cooperação internacional. Os principais objetivos consistem em reforçar a qualidade da educação e melhorar os resultados de aprendizagem e a aprendizagem das crianças, alunos e estudantes através do uso das TIC na educação. O centro tem desempenhado um papel importante no acompanhamento da aplicação do currículo nacional de 2006, que enfatiza a competência digital. Este trabalho é, em parte, realizado através de iniciativas políticas, projetos de pesquisa e desenvolvimento e colaboração com as escolas. O centro tem ainda desenvolvido diversas ferramentas para monitorizar, apoiar e avaliar as escolas, os professores e os alunos quanto ao seu empenhamento nas tecnologias digitais na aprendizagem. http://keyconet.eun.org 8