REGIÃO ganha mais de 600 mil árvores
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REGIÃO ganha mais de 600 mil árvores
Foto: Flavia Rocha | 360 Foto: Renato Stokler Paola _ chocolate inesquecível. E sem pôr a mão na massa. Só no bolso! _ não perca a coluna de Fabio Feldmann sobre Meio Ambiente P.6 • _ na luta contra a Dengue arte: Sabato Visconti | 360 Pingo André Santos fala das diferenças culturais que descobriu na Inglaterra foto: acervo André A. Santos •P.16 só aqui_ Fabio Bibancos e Angemerli Teodoro. Colegas de faculdade e agora parceiros no trabalho diário de cuidar dos dentes de muitos brasileiros. E de graça! •P.15 •P.10 REGIÃO ganha mais de 600 mil árvores março|2010 Numa ação que envolveu iniciativa (da promotoria pública) e boa vontade (da Usina São Luis) região terá reflorestamento de mata nativa abrangendo 80 espécies e mais de 600 mil mudas. Foto: Flavia Rocha | 360 novo Foto: Flavia Rocha | 360 •P.7 49 Conheça a história e no que se transformou a inquietude de um cidadão em relação às necessidades odontológicas do brasileiro. E conheça gente da região que já participa da Turma do Bem, que literalmente está fazendo muitos adolescentes sorrirem livremente, com orgulho, satisfação e crença no próximo, o que é muito importante. E com belos dentes, claro! is át gr Nesta edição: ar pl em ex TURMA do Bem Rodovia SP 327, entre Santa Cruz e Ourinhos: árvores plantadas pela USL, num total de 1500 mudas entre Mini Flaboyants, Acácias e outras, mudaram a paisagem e o conforto da viagem •P.4 ruis_ estreia no 360 humor: O Bobo agora no 360, todo mês Veja o 360 na internet: www.caderno360.com.br news p.8 Humanidade. Outro dia uma pessoa que eu entrevistava me perguntou se eu tinha filhos. Respondi que não, e fui veementemente orientada a tê-los, sob o argumento de experimentar a relação de doação que o filho impõe aos pais. Amar um filho, segundo meu interlocutor, é aprender a doar-se de maneira única. É com iniciativa e ação voluntária que podemos melhorar o mundo para todos Entendi e admirei a análise, mas acabei por discordar da necessidade de ser mãe, pelo menos no meu caso. Explico: vim ao mundo com um espírito que, a julgar pela visão do meu entrevistado, já é mesmo materno, tão naturalmente intensa é minha alegria com as conquistas alheias, meu agir diante das agruras do mundo – que me fazem muitas vezes ser intrometida e constantemente incompreendida – e minha facilidade em abrir mão do meu bel prazer pelo prazer do outro. Caso fosse possível sentir o meu coração, ele entenderia que no meu caso a maternindade não precisa se revelar através do parto ou da adoção (algo até considerável). Ela já reside em mim, creio que por herança genética, influência materna. Não falo isso para me gabar. Mães se gabam é dos filhos. E no meu caso, não é diferente. A começar pelo 360. É ele que me move, mesmo hoje teclando com as duas mãos enfiadas em formas ortopédicas (não deveriam ser “ortomãodicas”?). Esse espírito, que agora chamarei “materno” me faz vibrar, qual toda mãe (judia ou cristã, já que tenho as duas), com as conquistas alheias, especialmente com as novas experiências de nosso colunista André Andrade Santos, que comparece aqui com sua segunda crônica sobre a vida além mar, no caso na Inglaterra. Confira em PAPO CABEÇA. O mesmo espírito me levou a São Paulo (e depois a Ourinhos)para conhecer a Turma do Bem e me deixou atônita e aflita quando vi o tamanho do buraco na boca do povo brasileiro. Uma questão crônica, que governos não se mostram Ora,Ação! Mateus, 17 vs 20 “Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’, e ela irá. Nada vos será impossível.” 2:°Editorial _°OraAção 3: °Ponto de Vista capazes resolver e que está sendo incrivelmente bem tratada graças à iniciativa de um cidadão, o Dr. Fabio Bibancos, e à ação voluntária de mais de sete mil dentistas de todo o Brasil, inclusive da região, como aparece em CIDADANIA. 4:°Meio Ambiente Índice Iniciativa e atitude também deixaram este coração de mãe nas alturas quando fomos atrás de uma das melhores notícias já apuradas por este periódico: o plantio – voluntário – de mais de 600 mil mudas de espécies nativas na região, como mostramos em MEIO AMBIENTE. Para completar nosso foco na importância de se preservar a natureza, temos a primeira coluna do ambientalista Fabio Feldmann, que eleva de maneira especial a qualidade de conteúdo do 360. Afinal tratase de um dos principais conhecedores, estudiosos e mobilizadores do país quando o assunto é Meio Ambiente. E quem por ventura ainda não o conhece, vale pesquisar para conferir de quem se trata e saber que ele é o responsável pelo capítulo de Meio Ambiente da Constituição Brasileira, entre outros feitos. Por falar em colaboradores, a edição traz novos pontos de vista de nossos colunistas, e abre espaço para um cartunista de mão cheia, Marcelo Ruis, que nos autorizou a publicar seu Diário da Corte, em tiras cômicas e irônicas. Confira também em CULTURA o início da temporada anual do Circuito Cultural Paulista, que traz ótimos espetáculos para a região. E de graça, o que é muito bom e democrático. Por essas e outras, conseguimos aumentar um pouco a tiragem, saltando para 10 mil exemplares nesta a edição, talvez a mais trabalhosa e tumultuada! Mas por nossos leitores, todo esforço e sacrifício valem a pena. Esperamos que ela traga um momento de satisfação para você, que é nossa razão de existir. Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin | editora 360 e xpediente 7: °Gastronomia 10:°Cidadania 13:°Cultura 14:°Bacana ‹classificados› 15:°Papo cabeça 16:°Meninada c artas Foto: Flavia Rocha | 360 2 |editorial Flávia, Sempre acreditei em seu talento e inteligência para o jornalismo. Acabo de receber o seu jornal e como sempre, trato de lê-lo na hora. Esta edição me tocou de maneira especial, pois a reportagem sobre o Colégio Camões ficou maravilhosa. Você conseguiu colocar no papel toda a essência da escola de uma maneira clara e gostosa de ler. Parabéns. Kátia C.Dias Catalano Nardo | Sta. Cruz/SP Flávia, Tenho ficado muito contente de receber o jornal e quero parabenizá-la pela excelente qualidade das matérias e a forma positiva com que os assuntos em geral são abordados. Tenho certeza de que cada vez mais você vai ter sucesso. José Luiz Acar Pedro | Alphaville/SP À redação: Por que razão o jornal tem tantos erros em quase todos os números? Mario Eugênio Ferreira | Ourinhos/SP NOTA DA REDAÇÃO: Sr. Eugênio, Uma das razões é nossa precária estrutura editorial em termos de programas, sistemas e prazos. Também atribuímos a uma oculta e intensa proliferação de erros de digitação. “Igual a coelhos”, como costumamos dizer, pois saiba que mesmo quando conseguimos revisar várias vezes e com auxílio de mais olhos, eles aparecem. Peço que compreenda e tenha ciência de que os perseguimos com afinco. 360 é publicação mensal da eComunicação.. Todos os direitos reservados. Tiragem desta edição: 10 mil exemplares Circulação: Sta. Cruz do Rio Pardo, Ourinhos, Avaré, Piraju, Chavantes, Bernardino de Campos, São Pedro do Turvo, Ipaussu, Espírito Sto. do Turvo, Timburi, Águas de Sta Bárbara, Manduri, Fartura, Cerqueira César, Óleo e postos das rodovias Castello Branco, Raposo Tavares, Eng. João Baptista C. Rennó e Orlando Quagliato. Redação e Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, Lucila Scudeler ‹revisão›, Odette Rocha Manfrin ‹separação, receitas›, Paola Pegorer Manfrin ‹repórter especial›, André Andrade Santos ‹correspondente›, Edna Corral ‹administração e distribuição›, Glória Maria de Almeida ‹auxiliar de produção e arte›, Eric Gonzaga de Oliveira ‹auxiliar de produção e conteúdo›. Colunistas: Guca Domenico, José Mario Rocha de Andrade, Fernanda Lira, Tiago Cachoni e Fabio Feldmann Ilustradores: Franco Catalano Nardo, Rodrigo Biancão, Wellington Ciardulo, Marcelo Ruis Vargas Martinelli e Sabato Visconti Impressão: Gráfica JS. ARTIGOS ASSINADOS NÃO EXPRESSAM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DESTA PUBLICAÇÃO.. Endereço: Praça. Dep. Leônidas Camarinha, 54 CEP 18900-000 – Sta. Cruz do Rio Pardo/ SP • F: 14 3372.3548 • Redação e Cartas: [email protected] • Publicidade e Assinaturas: [email protected] •março/2010 • Edição On Line: www.caderno360.com.br EQUAÇÃO do bem viver *Guca Domenico l an oN ar do | 0 36 É uma questão matemática, economia de escala, essas coisas: quanto mais você melhora, mais o mundo fica ruim. É difícil de entender? Tentarei explicar. Arte: Franco C a ta Imagine que você é ladrão. Não faltarão colegas, alguns em postos respeitáveis, exercendo mandato político oferecido por um grande número de pessoas. Agora imagine que você é um santo. Conversa com quem? Quantas pessoas estão no seu nível e compreenderão quando você diz que não vai passar ninguém para trás porque tem princípios? Continue imaginando. Agora você é drogado ou beberrão. Parceiros para as baladas são encontrados facilmente. E se você gosta de ler e estudar? Além de te chamarem de chato (nunca vi leitores chatos, geralmente são bons de papo e assunto é o que não falta), talvez insinuem que você não gosta de sexo. Ah, também é possível que duvidem de sua sexualidade ou da integridade moral do (a) parceiro (a). O problema que não é problema – ao contrário – é que você sente na própria alma os benefícios de viver assim e, fazendo a conta do ônus e do bônus, considera mais importante viver dentro de princípios, mesmo sem levar vantagem. Aparentes vantagens, diga-se, porque os tesouros que o homem justo amealha não sofrem ação do tempo, não desvalorizam. É o famoso dilema hamletiano: ser ou não ser – eis a questão. Ou seja, quem “é” não precisa ter porque o ser tem valor indizível. Vale a pena qualquer sacrifício. Quando se trabalha honestamente, não há possibilidade de injustiça, dia virá em que o prêmio lhe será entregue. É perseverar para ver. Não se deixar abalar por resultados aparentemente vantajosos de quem faz a coisa errada. O bandido sempre perde no final. O vilão das novelas vai bem até o penúltimo capítulo para garantir a audiência do conflito. Na vida real também é assim. Demorou uma eternidade até que eu aprendesse a viver sem reclamar de tudo. Não é aprendizado fácil. Foi fruto de trabalho interno, meditação e um tanto de oração para ter força para vencer o mal que insistia em morar no meu coração. Finalmente, consegui desalojá-lo. Pensa que ele foi de vez? Que nada! Vez em quando ele bate à porta, quer entrar, sentar e colocar o pé no sofá. Dá trabalho esse danado. Pensa comigo: se nosso pai terrestre faz o impossível por nós, se nos ama incondicionalmente, apesar de nossas malcriações e ingratidões, imagine o que está no céu! Sou uma criança, estou aprendendo a confiar. Segurar na mão e ir... sempre em frente e para o alto. *Músico e escritor santa-cruzense que vive em São Paulo | [email protected] | www.gucadomenico.com.br ABSURDOS na escola *Fernanda Lira Em que ano você está? Com cara de interrogação, a criança já olha pra mãe, que trata de cumprir com a tarefa de explicar. E muitas vezes fica confusa, ainda mais se tem dois ou mais filhos. Segunda série do primeiro ano. Ou será primeiro ano da 3ª série? Caramba, isso é melhorar a qualidade de ensino? Demonstrando que os responsáveis por isso – instituições de ensino, educadores e gestores da educação – não são capazes de, se é o caso, estabelecer mudanças, fazê-las com coragem? “Estou no primeiro ano”, deveria responder, segura, a criança. Ou, “estou na oitava”, deveria dizer o carinha, seguro que o perguntador é quem deveria saber que são nove anos no ensino fundamental atual. É de uma incompetência tremenda não haver alguém no mundo da educação que resolva – ou trate de fazer resolverem – isso. E o professor? Que diremos de professores que não sabem escrever corretamente a nossa língua? Por que os professores se sentem tão confortáveis falando errado? Acham exagero? Façamos um teste. Professor: corrija a frase abaixo. A correção sairá aqui, na próxima edição. Num momento em que a sociedade aceitou, como sempre pacivamente (somo mesmo um rebanho a merce dos intereces e espertesas de uns e outros), a mudança da ortografia, quem tinha livros ficou com um monte de material com ERROS. Isso é que é estímulo a leitura e a aquisissão de livros –, inclusive o mercado editoriau, um forte setor, não mostrou-se capaiz de ajudar a evitar esse desastre. Agora, quem tinha uma justificativa para não comprar livros, ficou ainda mais inceguro. Há 100 anos atrás o livro era mais valorizado do que hoge em dia. Uma pena que sejamos a escessão da humanidade, que evoluiu, mais não valorisa o saber. Derepente isso muda, mais quando será que vamo acordar para essa questão? *Jornalista de São Paulo que adora o interior | [email protected] arte: Rodrigo Biancão | 360 3 | ponto de vista 4 | meio ambiente_agronegócio ÁRVORES nativas ganham (muito) espaço na região Flávia Manfrin _ editora 360 Rodovia SP 237, próxima à entrada da USL: mudas plantadas crescem e mostram a capacidade da natureza emproporcionar conforto, harmonia e beleza, além da importância para a qualidade e preservação da vida Foto: Facervo USL Bons ventos andam soprando na região e a notícia é das melhores: um reflorestamento de mata ciliar, envolvendo cerca de 80 espécies de árvores nativas, num total de mais de 600 mil mudas, começa a ser realizado e deverá recuperar cerca de 360 hectares de área de preservação espalhados por 70 propriedades rurais, pertencentes a quatro municípios: Santa Cruz do Rio Pardo, Chavantes, Ipaussu e Ourinhos. O feito é fruto da iniciativa dos promotores de justiça responsáveis pelo meio ambiente das quatro cidades e do apoio do grupo Irmãos Quagliato, maior Mudas de espécies nativas já estão sendo plantadas na região proprietário de terras da região e dono da Usina São Luiz. Eles foram procurados por Wladmir Brega Filho, promotor de Santa Cruz, e Marcelo Saliba, promotor de Chavantes, que levaram a ideia do proejto. Com o Foto: Flavia Rocha | 360 Projeto elaborado pelo Ministério Público de quatro municípios ganha adesão do maior grupo agroindustrial da região, que irá plantar mais de 600 mil mudas de árvores nativas em áreas de preservação sinal positivo da empresa, outros dois promotores foram incluídos ao time, Marcos da Silva Brandini, de Ourinhos, e Maurício Azevedo Ferreira, que atua em Ipaussu. Após seis meses de estruturação, o projeto já sendo posto em prática e vai exigir um investimento de R$ 1 milhão num período de 10 anos, tudo bancado pelo Grupo Quagliato, que abraçou a ideia e fez dela a principal ação de sua política ambiental, intitulada “o meio am- biente começa no meio da gente”. Recuperação – O ponto alto do projeto é seu caráter de recuperação, pois ele prevê não só a não utilização da área de preservação permanente (a APP, constituída de beiras de rios, lagoas, represas e nascentes) como também um renascimento dessas áreas, através do reflorestamento. “Existem algumas áreas que não são utilizadas, mas que não foram reflo- Foto: Facervo USL Partindo da equerda, Wladmir Brega Filho, Marcos da Silva Brandini, Manoel Andrade, Antonio Lima Sartori Marcelo Saliba, Maurício Azevedo Ferreira, Roque Quagliato e Neco Quagliato na reunião de assinatura do acordo de reflorestamento restadas, como uma nascente, que está aberta. Isso faz com que haja assoreamento e uma série de problemas. Com o reflorestamento, a tendência é que essas áreas se recuperem ainda mais. Além disso, as nascentes e rios são interligados, facilitando a migração de animais e aumentando seu habitat”, explica Brega. Voluntariado – O promotor destaca o caráter voluntário do projeto, que foi feito na base da conversa, sem qualquer ação judicial. “Acho que o mais importante é a voluntariedade. A Usina São Luis percebeu a importância de proteger o meio ambiente e fazer um investimento alto, que vai lhe dar retorno no campo ambiental, no social e de marketing. E há até ganhos no Ministério Público, já que sentimos o resultado das nossas ações”, afirma o promotor. Na Usina São Luiz, o projeto começa a ser posto em prática depois de passar pelo trabalho conjunto de promotores, técnicos agrícolas e da área jurídica da empresa. “Achei muito interessante os promotores nos procurarem, pois o projeto atende à necessidade de proteger o meio ambiente e a proteção ambietal faz parte da política de qualidade da empresa”, explica o diretor da área agrícola, Neco Quagliato. Nova cultura – Questionado sobre a mudança de atitude numa empresa de mais de 50 anos (a Usina São Luiz foi fundada em 1951), Neco explica que é preciso acompanhar a evolução do mundo e ir se conscientizando. “A única coisa que nos deixa um pouco chateados é que não fomos nós quem desmatamos, e agora somos nós que vamos pagar a conta desse reflorestamento. Acho que devia ter uma AÇÕES verdes da USL A política ambiental da Usina São Luiz, batizada “O meio ambiente começa no meio da gente” inclui várias ações de conscientização e preservação ambiental. Entre elas, vale a pena destacar: Lixo patrocina saúde_ Iniciada em 2002, a campanha de coleta e separação de lixo na empresa e em moradias de funcionários já rendeu 560 toneladas de lixo. Com a venda da coleta, ganham os funcionários. “O dinheiro é revertido aos funcionários. Se um deles precisa de uma prótese ou de uma cirurgia que o governo não cobre, esse dinheiro é gasto com isso”, explica Neco Quagliato, diretor da empresa. Lixo vira dinheiro_ A coleta de lixo também promove um bazar anual. Para fazer compras ali, é preciso entregar lixo reciclável e trocá-los por pontos, que valem como moeda de compra no bazar. Alameda verde_ Idealizada pelo presidente da empresa, Fernando Luiz Quagliato, incluiu o plantio de 1500 mudas de mini flamboyants e acácias cercando os canaviais dos dois lados da pista da rodovia de acesso à empresa, a SP 327, além de palmeiras imperiais e árvores frutíferas na vicinal que passa pela entrada da usina. “Hoje somos referência no percurso da rodovia. Muitas pessoas param para tirar fotografias”, conta Neco. iniciativa do governo para financiar ou bancar esse custo, que é elevado”, pondera. Apesar de não haver incentivo de qualquer natureza, a empresa comemora a ação. “Acho que todo mundo ficou contente e estão todos empenhados e animados para isso”, garante o empresário. Efeito Cascata – Entre vários aspectos, o acordo firmado entre a Usina São Luiz e o Ministério Público estabelece as áreas a serem reflorestadas e o cronograma de multas. Isso significa que proprietários rurais que vendem cana para a USL não podem ser autuados a partir da data da celebração do acordo, sob pena de não poderem vender seu produto para a empresa. “Acreditamos que isso também é um aspecto positivo, porque quem quiser vender cana para a Usina saberá que não pode ter autuação ambiental. E se no momento atual não puder, pensará em proteger o meio ambiente para reverter a situação num outro momento”, explica Brega. Sobre essa questão, o diretor da USL destaca: “Vamos fazer um trabalho de conscientização dos nossos parceiros, para que tenham esse tipo de atitude também. Acho que isso é uma coisa que não tem volta, então é importante.” Plantio e Fiscalização – O valor do projeto será aplicado no custo das mudas, no plantio e na manutenção. “Depois que se planta, temos que manter as áreas por dois anos com mão-de-obra trabalhando, para ter o efeito desejado”, explica o diretor agrícola da USL. A escolha das mudas, de acordo com Brega, segue a resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que estabelece quais serão as espécies. “A ideia, naturalmente, é buscar a maior biodiversidade possível”, ressalta o promotor. Para certificar-se de que o acordo está sendo cumprido, o Ministério Público contará com relatórios periódicos detalhados, contendo dados de cronograma, fotos, notas das mudas compradas, lugares de plantio, entre outros. E terá a liberdade de averiguar, em caso de alguma dúvida. arte: © 3dts | Dreamstime.com SINAL *Fabio Feldmann Não poderia deixar de iniciar minha participação neste espaço sem dizer que será um imenso prazer colaborar com o jornal Caderno 360 e poder dividir minha experiência com seus leitores. Como muitos devem saber, estou envolvido com as questões ambientais há 30 anos. VERDE anas, tem prestado mais atenção aos produtos que consome, nos bens que adquire, visando uma prática de consumo mais consciente, o que também influencia a ponta da cadeia produtiva a ser mais sustentável; a mídia também tem seu papel fundamental ao passo em que dissemina o tema e leva informação às pessoas, gerando conhecimento e, por fim, o governo tem o papel importantíssimo de traduzir toda essa discussão em políticas públicas em prol do Desenvolvimento Sustentável. Uma das coisas que mais aprendi durante minha carreira profissional é que o conhecimento só é válido quando compartilhado. Por essa razão, acredito que essa coluna tem como função primordial estabelecer um canal de conversa com os leitores, especialmente no que tange aos temas importantes de nosso cotidiano que versam sobre o meio ambiente. Para começarmos nossa conversa, acho importante falar um pouco sobre alguns conceitos que sempre ouvimos falar quando o assunto é meio ambiente, como, por exemplo, “Desenvolvimento Sustentável”. Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) da Organização das Nações Unidas – ONU, Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer a poss ibilidade de que as futuras gerações satisfaçam suas próprias necessidades. A ideia deriva do conceito de ecodesenvolvimento, proposto nos anos 70, por Maurice Strong e Ignacy Sachs, durante a Primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em Estocolmo, em 1972. Em 1987, foi criada a Comissão Brundtland, com o objetivo de avaliar os 15 anos pós Estocolmo. Esta Comissão lançou o Relatório “Nosso Futuro Comum”, cunhando o conceito de Desenvolvimento Sustentável, que foi definitivamente incorporado como um princípio durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: a Cúpula da Terra de 1992, no Rio de Janeiro. O aquecimento global está em curso numa velocidade maior do que se imaginava. São diversos os relatórios com dados alarmantes sobre as mudanças climáticas, biodiversidade ameaçada, aumento do nível do mar, dentre outros. Nesse contexto, devemos exercer o que chamo de “cidadania planetária”, ou seja, nos preocupar não só com o lugar em que vivemos, mas com o planeta como um todo, agindo localmente e pensando globalmente. Acredito muito no poder de ação das pessoas. A sustentabilidade está intimamente ligada à conscientização de cada um de nós sobre o seu importante papel na luta pela conservação do planeta e pela garantia de condições mais justas de vida para a população. Como vocês podem perceber, o tema do meio ambiente evoca diversas outras questões, evidenciando a sua complexidade. Com certeza, teremos aqui o espaço e canal necessário para refletir e abordar todos os nossos questionamentos. Em outras palavras, o Desenvolvimento Sustentável busca o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental, sendo estes três pilares interdependentes. A criação deste novo paradigma requer que a sociedade, de maneira geral, incorpore esse novo significado. Nesse sentido, o setor empresarial tem buscado incorporar a dimensão ambiental em seus negócios, garantindo sua própria sobrevivência; o cidadão, em suas ações cotidi- vo Iogurte Fa zend o a Botelho. N ural. Experimente! Polpa d e Fruta Nat Versão 900 ml *Ambientalista desde a época de estudante, foi o criador e participante de várias organizações não governamentais (ONGs), como a Fundação SOS Mata Atlântica. Foi também deputado federal (1986 a 1998), Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (1992 a 1995) e criador do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (2000) e do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade (2005). Atualmente, dirige um escritório de consultoria ambiental, que busca promover os princípios do desenvolvimento sustentável nos diversos setores da economia. ffconsultores.com.br | [email protected] •agenda eco HORA do planeta A Hora do Planeta é uma iniciativa global da Rede WWF para enfrentar as mudanças climáticas (www.horadoplaneta.org.br). No sábado, dia 27 de março de 2010, às 20h30, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes por uma hora para mostrar seu apoio no combate ao aquecimento global. Na 1ª edição (2007, na Austrália), 2 milhões de pessoas desligaram suas luzes. Em 2008, mais de 50 milhões de pessoas de todo o globo aderiram à ação. Em 2009, quando o WWF-Brasil realizou a Hora do Planeta no Brasil pela 1ª vez, quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo apagaram suas luzes. Participe! •drops verde BOA notícia do mês Em 2010, 70% da colheita da Usina São Luiz (Ourinhos) será de cana crua, que é a cana sem queimar. Isso será possível com a mecanização da colheita de cerca de 7 mil alqueires. TELHADO verde Na verdade é branca a cor aplicada no telhado do Supermercado São Sebastião, em Sta. Cruz. A medida deixa a temperatura da loja mais amena e gera economia de energia também! 7 | gastronomia _ imperdível PÁSCOA solidária •:360 indica Nesta época do ano, todo mundo se prepara para cair de boca numa das mais deiciosas invenções da humanidade, o chocolate. Sua origem, na América Central, entre Maias ou Astecas, é incerta, mas sua capacidade de deliciar os mais diversos paladares é mais que certa. E se qualquer data é motivo para incluí-lo na lsita dsse presentes, na Páscoa, ele reina absoluto, na tradicional forma do ovo que é entregue (na moita) pelo coelho, ou nas mais criativas embalagens, sabores e composições. Em Santa Cruz, o chocolate, principalmente nessa época, tem um sabor a mais, incomparável e inconfundível: o da solidariedade. É por isso que mais e mais gente, além de muitas empresas, tratam de fazer suas encomendas na Chocolataria do Frei Chico, criada pela entidade que atende menores e tem o mesmo nome Para quem é de longe e não sabe dessa história, foi através do confeito de ovos de páscoa, de forma artesanal, que as voluntárias que sempre ajudaram o padre a juntar recursos para cuidar das crianças que moram na Casa do Menor e das que frequentam a Creche São José, mais de 300 pessoas entre zero a 18 anos. depois de 22 anos, a chocolataria, que tem um show room bem arrumado e uma capacidade de produção elevada, é mantida com a ajuda de muitos voluntários. E o resultado, além de melhorar a vida das crianças, é de dar água na boca. Em tempo: não é só na Páscoa que eles produzem deliciosos chocolates. A produção é feita durante todo o ano, inclusive para grandes volumes e atendimento às empresas. Chocolataria Frei Chico: 14 3373.2244 Novo Iogurte Fazenda Bote lho. Fotos: Églea de Britto Foto: Flavia Rocha | 360 Flavia Manfrin_editora 360 No alto, garotas do Centro Social São José ajudam a produzir os deliciosos chocolates, que são delicadamente embalados pelas voluntárias, senhoras de Sta. Cruz (foto news INFORMATIVO DA SPECIAL DOG Toda a linha Special Dog tem qualidade premium atestada Dois importantes selos de qualidade conquistados pela linha Special Dog comprovam as vantagens que ela oferece ao consumidor A Special Dog, sem a necessidade de realizar grandes transformações para se adequar ao selo, conseguiu cumprir todos os requisitos da cer*ficação ISO 9001, conforme foi verificado por auditorias externas, procedimentos que vão con*nuar a acontecer periodicamente a fim de confirmar a manutenção dos padrões que garan*ram o cer*ficado, como ocorre com o sistema ISO. Esta conquista significa que a Special Dog está cada vez mais atenta a agir de acordo com padrões de comportamento que visam ao bem estar cole*vo. Uma conquista celebrada por todos os colaboradores e que traz uma grande vantagem para o consumidor, que não paga mais por isso. A qualidade do produto – Além da conquista do cer*ficado ISO, de qualidade da empresa, toda a linha Special Dog agora tem o selo PIQPET, que O selo Iso 9001/2008 também vai aparecer nas embalagens de toda a linha Special Dog garante a qualidade do produto. Para se obtê-lo, também é preciso cumprir uma série de exigências, apresentadas no Programa PIQPET, criado pela ANFALPET (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Es*mação). Também é através de auditorias que a ANFALPET avalia os produtos. E o resultado da Special Dog não poderia ser melhor: todos os produtos alcançaram o padrão “premium” do PIQPET. Outro fator importante desta conquista de qualidade de produto é que poucas empresas já alcançaram o padrão PIQPET de qualidade. Dentre as cerca de 120 fábricas de alimentos para cães e gatos existentes no país, a Special Dog é a 5ª a obter o selo. De olho na gôndola – Progressiva- INFORME PUBLICITÁRIO mente, os selos ISO 9001 e PIQPET estarão estampados em todas as embalagens dos produtos da linha Special Dog. Mas o consumidor já pode ser avisado: seja para cães ou gatos, os produtos da marca têm qualidade premium e são fabricados segundo padrões internacionais de qualidade. Uma conquista para o consumidor. E também para o país, que tem mais uma empresa a adotar sistemas rigorosos de conduta, com o obje*vo de ser um agente responsável da nossa sociedade. Está a todo vapor a campanha que a Special Dog criou para lembrar a todos os que trabalham com os produtos da empresa sobre a importância da atitude de cada um em benefício da satisfação do consumidor em relação à alimentação de seu pet. Entre as ações, uma vez por mês colaboradores, representantes e comerciantes vestem a camisa da campanha destacando a responsabilidade diária para que o consumidor tenha momentos felizes com seu animal de estimação. foto: © Ankevanwyk | Dreamstime.com A linha Special Dog começou o ano de 2010 somando muitas conquitas. E todas ligadas à qualidade dos produtos que fabrica. A primeira foi o cer*ficado ISO 9001, versão 2008, que atesta que a empresa produz alimentos para cães e gatos seguindo padrões rigorosos em cada item de sua ro*na: tratamento e treinamento de colaboradores, respeito ambiental, compra e uso de matérias-primas, infra-estrutura, entre outros. Animal de estimação A palavra pet, talvez a mais usada em todo o mundo para designar o animal que escolhemos para fazer parte da nossa vida, não deve ofuscar o belo significado da tradução brasileira: animal de es#mação. E o que é isso? É escolher um animal que você passa a cuidar e, como o próprio significado diz, es#mar. Todos os produtos da linha Special Dog ganharam o selo P I Q P E T de qualidade na categoria “Premium” Esse sen#mento é fácil de se iden#ficar, afinal está presente em muitas das nossas relações de afeto. E significa respeitar e querer o bem. Então, tratar bem o pet é conduta básica de qualquer pessoa que seja responsável por ele, ou apenas faça parte da sua convivência. Es#mar um bichinho que, por maior ou mais feroz que seja, é indefeso diante do homem, significa, entre outros cuidados, garan#r que ele não seja alvo de brincadeiras que possam machucá-lo, Um dos mais renomados tanto sica, como psicologicamente. tosadores de pets de As crianças, às vezes por ainda não terem Ourinhos, Flavio Francisco noção do quanto possam estar Campos aceitou testar a prejudicando o animal, devem nova Dog Gold, mas escolheu um cão de ser sempre orientadas sobre 16 anos que só isso, inclusive para evitar come um $po de ração, que eles se tornem agrescom aroma específico, inclusive. sivos com elas, afinal se eles Mesmo tendo chegado já alimentado se ao Centro Esté$co, o animal aceitou sen#rem incomodados, a Dog Gold na hora. “Foi algo fora naturalmente irão reagir. do comum”, disse Flavio, que foto: acervo Special News MUNDO CÃO ]mantém seu atendimento na loja Arruda Agropecuária. Flavio, do Centro de Estética Animal São Francisco, há 6 anos atendendo a região de Ourinhos. Para agendar horário é só ligar no (14) 3326.7362 O teste comprova um dos principais itens de qualidade da nova Dog Gold: a alta palatabilidade. Ou seja quanto ela é agradável ao paladar do pet. Uma dica é sempre conversar com a criança. Outra é examinar o pet com frequência, para ver se não há algum machucado feito na base da brincadeira. Aliás, mantê-lo sempre aliviado de qualquer #po de lesão, mesmo as que surgem por outras causas, faz parte da conduta de quem escolheu um bichinho para es#mar! INFORME PUBLICITÁRIO foto: © Crystalcraig | Dreamstime.com EU E MEU PET 10 | cidadania Foto: acervo Angelermi Teodoro Criada por um dentista preocupado com a situação bucal de jovens brasileiros, a Turma do Bem é um grande sucesso de ação voluntária e resultados efetivos. E está presente em todo lugar Foto: Flavia Rocha | 360 VONTADE de fazer o bem Flávia Manfrin _ editora 360 Inquietude social – Pergunto a um entu- siasmado cidadão, que me recebe em sua sala, por que razão deciciu criar o movimento, já que podia dedicar-se a desfrutar dos prazeres que o êxito – explícito – profissional lhe garante. “Essa é uma pergunta difícil de se responder”, começa, pensativo. E continua: “Nós somos um conjunto de coisas. Minha família é toda muito ligada, sempre dando auxílio às pessoas, nunca olhando só pro seu umbigo. Nunca seguimos um padrão careta de se viver. Meu pai e minha mãe sempre estiveram à frente do seu tempo, fazendo coisas que ninguém fazia, então é uma mistura de crítica com visão social. Também estudei em colégio jesuíta e os padres eram mais progressistas, nos levavam às favelas e lá víamos qual era a realidade. Fazíamos cadastramento das famílias em Heliópolis e ficávamos todos indignados por aquelas pessoas morarem ali, éramos da classe média e aquilo não era nossa realidade. Eu tenho uma profissão muito elitista, então é preciso desfocar esse olhar”, revela Bibancos. Como fazer bem – A Turma do Bem é uma organização não governamental que já ganhou prêmios, tem apoio de grandes empresas, conta com profissionais muito envolvidos em sua infra-estrutura e já congrega mais de sete mil dentistas que À esquerda, Bibancos supervisiona o trabalho da equipe da Turma do bem. À direita, Angemerli em dia de recrutamento. Eles põem a mão na massa atendem de graça, em seus consultórios, jovens com os mais sérios problemas bucais, que são resolvidos, muitas vezes, com o atendimento de mais de um profissional, de acordo com a especialidade necessária para o tratamento. Os números, tanto de profissionais que se tornam Dentistas do Bem, quanto de pessoas atendidas – mais de 12 mil jovens –, assim como os desdobramentos do projeto surpreendem, mas Bibancos explica que a equação é simples. “O fato de dar certo é porque sou obsessivo em fazer tudo direito. Essa é a diferença. Eu me comprometo a fazer as coisas assim. Mas Fotos: acervo Turma do Bem Querer é poder. Quantas vezes ouvimos isso na vida? E quanto nos frustramos ao ver nossos sonhos e desejos não realizados? Não é o caso, definitivamente, do dentista Fabio Bibancos, que parece não fazer a menor questão de ser chamado de “doutor” em sua sofisticada clínica que funciona num dos tradicionais bairros de São Paulo, a Vila Mariana. E por que razão o 360 foi à capital para falar com o dentista que atende pencas de gente famosa e importante? Porque ali, com a mesma atmosfera de um mundo de alta produtividade e sucesso, funciona a sede da Turma do Bem, que Bibancos criou há sete anos e dedica-se a cuidar dos dentes de crianças e adolescentes com o mesmo empenho e atendimento feito aos clientes endinheirados: com hora marcada e a qualidade referendada por quem quer – e pode – ter um sorriso perfeito. Antes e depois: a dificuldade de ser alegre e sentir-se igual passa quando se tem dentes bem tratados, Foto: Flavia Rocha | 360 Angemerli Teodoro e Luciano Palácios Paes, a satisfação e o compromisso de ser Dentistas do Bem todos os dias essa é uma análise muito rasa, há outras questões como: coincidência, sincronicidade, conhecer as pessoas, curiosidade, leitura. Enfim, é uma soma”, explica mostrando toda a sua transparência. Contágio do bem – Bastam cinco minutos ao lado de Bibancos para sentir vontade de agir em benefício das pessoas menos favorecidas. E essa vontade, que ele transforma em realidade, muda a vida de muita gente, entre pacientes e voluntários. Com seu espírito empreendedor e determinação em fazer as coisas bem feitas, ele conseguiu apoio financeiro de empresas de grande porte, como a PDP (de energia, de Portugal), Trident, Kavo (de materiais odontológicos) e mineradora Vale do Rio Doce. Reconhecimento – Também na região onde o 360 circula de maneira mais pulverizada (aumentamos nossa circulação para mais cidades), já há profissionais que se dedicam a realizar em suas cidades o trabalho que Bibancos coroa a cada ano com um evento de premiação repleto de informação e presença de gente famosa. Isso significa premiar muita gente. Dentistas que fazem atendimento, coordenadores que fazem triagem nas escolas e mobilizam colegas, parceiros que ajudam nas diveresas atividades da ONG e, claro, os jovens que comparecem e provam a importância da saúde bucal para todas as pessoas. Casos de sucesso – Entre os diversos voluntários que merecem ser conhecidos, está Wagner Rodrigues, dentista do setor público em Avaré e Itaí. Ele não atende em consultório. Mas participa, como coordenador. E com afinco. Recém ingresso na ONG, já conseguiu a adesão de todos os dentistas de Itaí e agora parte em busca de voluntários em Avaré. Já a ortodontista Angemerli Teodoro, colega de faculdade de Bibancos, assumiu tarefa dupla, atuando como coordenadora e fazendo atendimentos ortodônticos. Profissional de Ourinhos, ela conseguiu a adesão de 30 dos 137 dentistas da cidade. Apesar da agenda atribulada, ela consegue se dedicar muito. A ponto de, em poucos meses, ficar entre os 10 finalistas da premiação. “É muito gratificante. Você não adota só a boca da criança, mas a criança. Se precisa de otorrino, você vai atrás, se precisa de um remédio, também”, conta com um sorriso no rosto. Angemerli destaca o lado do paciente e da sua família quando avalia a satisfação de ser uma Dentista do Bem. “E se eu precisasse disso um dia? Se fosse a minha filha? Eu tenho meu consultório, ganho dinheiro… e se, de repente, viesse um tsunami? Ninguém para para pensar nisso”, reflete. Documentário – A penosa realidade brasileria no atendimento público e a ação da Turma do Bem foram documentadas no ótimo filme Boca a Boca, dirigido por Márcio Werneck, outro cidadão que não mede esforços para fazer o bem. Vale a pena ir atrás do DVD e assistir ao filme, que já esteve em cartaz na capital e pode ser apresentado no cinema da sua cidade. Basta procurar a Turma do Bem. Info: www.turmadobem.org.br No vo Iogurte Fazenda Botelho. Sabor d nte! e ireto a . m E i r x e p d da fazen Versão 500 ml PING pong com Dr. Bibancos Quando você criou a Turma do Bem, imaginava que o projeto iria se transformar nesse grande movimento, com resultados tão grandiosos? Não. O projeto é muito grande e eu não tinha preparo para isso. Nunca imaginei ganhar o prêmio de Empreendedor Social e ir para Davos (na Suíça, onde participou do Fórum Ecônomico Mundial) e falar com Bill Gates. Nunca projetei minha carreira para isso, e acho que nem para minha própria clínica. Para onde vai a Turma do Bem? A Turma do Bem não vai, é levada (risos). E está chegando a Portugal para iniciar o projeto português, visando ir para a África. Então, se eu te disser um lugar para o qual nós vamos, é a África. Trace um paralelo entre ser uma pessoa bem-sucedida e a satisfação que você alcança fazendo esse trabalho. Acho que é meio assim: já fiz o meu kit-felicidade da classe média. Comprei casa própria, tenho meu carro, uma casa na praia, tenho sapato, roupa, meu filho numa escola legal, com boas notas… e aí, que mais? Você parte para aquela bestialização da vida (eu entendo assim), se torna milionário e compra o que quiser, ou reflete e vê que está bom e agora pode dividir. Nosso jornal circula em cidades pequenas do interior. Qual o recado da Turma do Bem para os dentistas dessas cidades? Entrem na nossa rede, ajudem a nos desenvolver. É simples, fácil, ajuda você como pessoa, ajuda na sua carreira e você muda uma realidade. POR dentro da Dentistas do Bem_ Abriga o trabalho voluntário dos dentistas, incluindo treinamento de coorde- Foto: acervo tdb nadores e todas as demais ações de tratamento de jovens entre 11 a 17 anos em 2002. A triagem é feita em escolas públicas e os critérios de seleção são proximidade do primeiro emprego, gravidade do problema bucal e perfil sócio-econômico. Quem for mais velho, estiver em piores condições e for menos favorecido, tem preferência. Importante: os coordenadores visitam as escolas e fazem a avaliação, mas a seleção é feita em São PauCasos como lo, por uma psicóloga, o que evita pediesse são dos de favorecimentos aos voluntários. rotina na triagem feita pelos Dentistas do Bem Foto: Guto Arouca - tdb É umd esafio contar em tão pouco espaço a infinidade de ações que a Turma do Bem promove e realiza. Para saber mais, visite www.turmadobem.org.br Sorriso do Bem_ É um evento anual que premia os melhores do ano, entre dentistas e empresas que atuam voluntariamente na Turma do Bem, prestando serviços, por exemplo. Realizado em São Paulo, em sua 5ª edição, em 2009, trouxe 200 profissionais, os melhores do ano, para dois dias de imersão nos conceitos e métodos da Turma do Bem. E acabou numa grande festa (fotos à direita) Fotos: Kátia Arantes - tdb Dentista verde_ Um projeto piloto está sendo implantado em São Paulo, prevendo a conscientização do dentistas a respeito dos impactos ambientais que ele pode causar em seu consultório. E estimulando a coleta seletiva. Eles compram o kit para recolher escovas de dentes e tubos de creme dental e recebem uma cartilha com orientações cotidianas. O material recolhido vai virar uma obra de arte. Assistentes do Bem_ Curso de capacitação profissional para jovens que já receberam o atendimento. Tem duração de seis meses, é gratuito e vai permitir a inclusão no mercado de trabalho. Informações: 14 3372.1470 www.icaicara. c o m. b r icaicara@ icaicara.com.br • Sta.C. R. Pardo Depois de perder os dentes da frente numa queda, Maria Rita sentia muita dor e vergonha de sorrir. Mas isso é passado, graças ao atendimento da Turma do Bem. Ela esteve no evento que premiou os melhores do ano e foi recebida pelo ator Rodrigo Lombardi 13 | cultura GRÁTIS Circuito CIRCUITO cultural Cultural Paulista foto: divulgação volta à cena no interior Um dos melhores programas de disseminação da cultura volta a acontecer no interior de São Paulo. O Circuito Cultural, que traz espetáculos de diversas vertentes da arte, como teatro, música, circo, dança, entre outros, já está sendo realizado desde o início de março em muitas cidades paulistas. Um dos destaques da programação é Piraju, que parece ter conseguido se destacar como cidade anfitriã do projeto. Ali, o Circuito acontece há dois anos e meio. E já traz desdobramentos, como um festival de teatro de bonecos, previsto para abril. Segundo Paulo Henrique da Silva, diretor de cultura da cidade, conhecido como Paulo Viggu ,que saiu em busca de projetos que pudessem acontecer na cidade desde que assumiu o cargo, há cinco anos, o tra- balho em Piraju envolve dois fatores básicos. O primeiro é a divulgação. Ele e sua equipe se esmeram em divulgar os espetáculos em colégios, lugares onde se concentram pessoas, entre conhecidos que gostam de eventos culturais e podem trazer mais gente. E dá certo. O público comparece, aproveitando da melhor maneira possível o alto padrão de qualidade da programação, que é gratuita, vale dizer. O segundo aspecto, segundo Viggu, é o receptivo aos espetáculos, tanto do público, quanto dos artistas. A equipe, incluindo ele, está sempre prestes a resolver qualquer questão. Esse aconchego confere certa preferência à cidade, como é o caso do festival de bonecos que vai acontecer em breve. Por ter participado do Circuito em 2009, o diretor decidiu realizar na cidade seu festival. Ourinhos: 25/03_20h_14 anosh: • Teatro_ Só os Doentes do Coração deveriam ser Atores. Antonio Petrin encarna ator às vésperas de reestrear Ricardo III, de Shakespeare. Teatro Miguel Cury • Info: 14 3302.3344 e 3302.1400 Piraju: • 17/03_16h00_Livre: Circo_ Cidade Dos Sonhos - Nau de Ícaros. Uma “ópera buffa” circense, poética e gastronômica. Praça Ataliba Leonel • 27/03_20h30_ Livre: Teatro_ Gandhi, Um Líder Servidor. As bailarinas movem o palco, o corpo e o espaço, possibilitando interação com a platéia. Cinemax Piraju • Info: 14 3351.3622 Assis: 27/03_20h30_Livre: • Dan-ça Infantil_A Fada Dos Espelhos Uma Reflexão Mágica Pela Dan-ça_ Viagem pelo tempo e pela his-tória da dança através de lembranças da Fada Miroir.| Teatro Mun. Pe. Enzo Ticinelli •Info: 18 3322.2677 Programação www.cultura.sp.gov.br Outro ponto que contribui para que a população, inclusive de cidades vizinhas, aproveite o Circuito Cultural são as parcerias que a secretaria de cultura da cidade firma com a iniciativa privada local. Tanto que o Cinemax, mistura de teatro e cinema da cidade, e o Iate Clube, são locais cativos para a realização dos espetáculos que requerem ambiente fechado. Reconhecimento – Com boas avaliações dos artistas que comparecem à cidade, e um público crescente aproveitando os espetáculos, Piraju foi uma das três cidades convidadas a contar sua experiência na reunião que deu início à temporada anual, realizada na Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, na capital. E também somou uma boa pedida na sua programação anual: a realização de oficinas, com uma delas programada para o mês de abril. CLASSIFIC lazer S O AD automóveis 3372.2070 saúde e beleza casa 15 |papo cabeça APAIXONADOS pelas bruxas Não gosto de tudo o que você é, não quero tudo o que você quer, mas quero tudo o que você é, do jeito que você gosta. Não fosse assim, de quem é que eu estaria gostando e a quem estaria querendo? Quando eu era ainda estudante, muito tempo antes do botox e dessas cirurgias plásticas maravilhosas, um professor costumava dizer: “a beleza é a mais efêmera das virtudes”. Hoje a beleza caminha através das décadas desafiando a sabedoria do professor. Há muitos anos, assistindo ao “Saia justa” na TV, ouvi a Rita Lee dizer algo que eu guardei e meu cérebro certamente adaptou: “eu olho para uma mulher de 60 anos e me encanto. Quanta sabedoria há ali, quanta experiên- POUCA vogal Esta é uma coluna sem muito timing, culpa exclusiva do preconceito que por vezes teima em manifestarse neste que vos escreve. Quando li sobre o novo projeto de Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii) com Luca Leindecker (Cidadão Quem), há mais de um ano, o Pouca Vogal, logo pensei: presepada. E passei batido. Ledo engano. Antes, só pra situar: em 2007, o Engenheiros lançou seu último disco (o acústico Novos Horizontes), saiu em turnê e depois resolveu dar um tempo. No mesmo ano foi lançado o mais recente (o sétimo) disco dos também gaúchos do Cidadão Quem, banda veterana (quase vinte anos de carreira) e cultuada no sul, mas de pouca projeção nacional. Em 2008, os líderes das duas bandas, amigos e parceiros, resolveram unir-se neste projeto paralelo, que já nasceu com oito músicas lançadas em seu site oficial, e saíram em turnê. Após vários shows Brasil afora, lançaram no finalzinho do ano passado o CD e DVD “Ao Vivo em Porto Alegre”. Não há nada de novo e surpreendente neste disco, apenas belas canções pop com ótimos arranjos folk, prontas para agradarem qualquer ouvinte de FM país afora. O cia vivida, lição aprendida, sua fala não é a de uma jovem que fala sobre o que acredita, mas sobre o que viveu, experimentou. Eu acho muito estranho essa sabedoria toda num corpo jovem, ou que pretenda parecer jovem, numa pele que não mostra sinais dos anos vividos vestindo essa mulher bruxa, essa mulher sábia que mete medo no homem vulgar que se apavora com sua magia". Fico pensando nesse nosso mundo que gira, dá voltas, resgata coisas perdidas, gostos em desuso, receptivo a gostos novos. Quem sabe um dia (será?), haverá uma legião de apaixonados pelas bruxas? * Tiago Cachoni problema nisso? Nenhum. Esta é a função da música pop, e também a intenção dos músicos envolvidos neste projeto. Meio a sério, meio na brincadeira, e sem grandes pretensões, Gessinger e Leindecker revisitaram grandes hits de suas bandas de origem, além das músicas originais do projeto, no formato voz, violão, viola, gaita e outros badulaques pontuais, e cria-ram um álbum delicioso de se ouvir. As canções compostas pela dupla são boas, eficientes e com boas letras, mas as releituras são os pontos altos do álbum. “Até o Fim”, do Engenheiros, ganhou um belo arranjo com gaita e violão dedilhado, talvez superior à versão original. “Somos Quem Podemos Ser”, “Refrão de Bolero” e “A Montanha” também merecem destaque. Mas estas já estamos mais do que acostumados a escutar. O que o grande público precisa descobrir são as ótimas canções do Cidadão Quem presentes no álbum, como “Girassóis”, “Pinhal”, “Ao Fim de Tudo” e “Dia Especial”, de longe a melhor delas. Contrariando a letra de “Além da Máscara”, de onde menos eu esperava é que veio um disco que me atingiu em cheio. *Vocalista da banda Landau69 que há anos tenta conciliar o vício pela música, cinema e literatura com os estudos jurídicos CONEXÃO * André A. Santos *Médico santa-cruzense que vive em Campinas | [email protected] arte: © Davidundderriese| Dreamstime.com *José Mário Rocha de Andrade 360 Uma das primeiras constatações que fiz quando cheguei à Inglaterra foi o comportamento do britânico. Diferentemente dos brasileiros, as pessoas aqui não apertam as mãos quando se conhecem, não dão beijinho no rosto, não se abraçam frequentemente. Essas demonstrações de afeto só acontecem quando existe uma proximidade e um afeto grande entre as pessoas. Foi o primeiro baque que levei aqui: ausência de contato. E estranho, mas acho que já me acostumei a não cumprimentar britânicos como costumo. Ah, mas quando estamos entre brasileiros, o jogo muda totalmente! Na minha escola (St. Giles Highgate), pode-se perceber de longe quem é brasileiro. Falamos alto, animados, entretendo nossos ouvintes. Rimos, discutimos calorosamente, totalmente diferente do resto do mundo (diga-se de passagem). Sim, italianos e portugueses são como nós, mas comparando com Ásia e outros cantos deste planeta, somos enérgicos. Uma coreana da minha sala, durante uma brincadeira para empregar adjetivos em inglês, disse que o que ela mais acha curioso nos brasileiros é o modo como falamos, cheios de simpatia, energia, querendo contagiar. Fiquei lisonjeado. Uma das muitas vezes em que senti muito orgulho de ser brasileiro e estar defendendo minha bandeira aqui na Europa. Outro ponto importante em minhas cons- tatações é o modo como a Europa fala do Brasil. Um importante jornal diário daqui lançou suplementos sobre idiomas... e qual a surpresa quando me deparo, durante o café da manhã, com o manual de BRAZILIAN PORTUGUESE (Português Brasileiro)... A descrição do editor? "Portugal deve muito ao Brasil... O que seria do idioma português se nao fosse o Brasil". Dei várias risadas, e continuei lendo. Somos tidos como um país forte, uma nação em desenvolvimento, de moeda forte, e MUITA gente, durante os quase constantes debates sobre politica que vejo por aqui (o britânico é um cidadão muito informado), diz "Brasil, Índia e China vão dominar o mundo". Mas mais impressionante, é como sabemos tanto sobre o mundo, e o mundo sabe tão pouco sobre nós. O mais novo dos filhos do casal que está me hospedando não acreditava que São Paulo era uma das maiores cidades do mundo. Se não fosse a internet, não teria como convencê-lo de que estava certo. Outro ponto muito importante está no quesito cultura... mas isso é assunto para outro artigo. Continuarei minha saga, desbravando a terra da Rainha... CHEERS! André narra sua 1ª experiência de estudos no exterior. Ele viaja através da CI (Central de Intercâmbio) e da Facamp (Faculdade de Campinas), realizadora da Olimpíada de Atualidades, da qual foi o primeiro colocado. PINGO, o 16 I meninada arte:Sabato Visconti | 360 Mata 7000 Pingo, quem é que colocou em você esse boné escrito Mata Sete? Se vamos combater nosso inimigo, precisamos conhecê-lo primeiro. Descobri que só a aedes egypti fêmea pica e cada uma delas põe de 250 a 400 ovos. Você matou 7. Se você evitar que 20 delas nasçam, se cada uma delas puser 350 ovos, você terá eliminado 7.000 mosquitos. Pingo, esses mosquitos nascem em água parada, acumulada em pneus velhos, garrafas deixadas por aí, vasos de planta com poças d'água, lixo fora da lixeira. Pingo, você pode se tornar o MATA SETE MIL. À luta. Só há um jeito de combater a Dengue e o jeito é não deixar os mosquitos nascerem. Você vai ter companhia, Pingo, todo mundo vai ser um MATA SETE MIL. vegetari ano co me arte: Wellington Ciardulo | 360 arte do mosquito: Sabato Visconti | 360 ACHE os 7 Erros e ajude a evitar a Dengue SEM DENGUE ? COM DENGUE Respostas: 7 Erros: moita no murinho, madeira do portão, calota do carro, olho do Pingo, garrafas na caixa, garrafa Alvinho, água no pneu. O que é: a batata da perna, a planta do pé e a palma da mão O que é o que é Q u e é... canibal P I N G O Você encontra em Sta. Cruz, Ourinhos, Ipaussu, Chavantes, Canitar, Bernardino de Campos e Espírito Santo do Turvo