Revista

Transcrição

Revista
associação brasileira das locadoras de automóveis
ANO VI - Nº 36
setembro / outubro 2010
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS
LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS
E MAIS: Entrevista com Cledorvino Belini,
presidente da Anfavea; Salão do Automóvel e turismo em MG
Esta revista tem suas emissões compensadas
por restauro florestal em mata ciliar
E
Conselho Gestor Paulo Gaba Jr.,
Paulo Nemer, Alberto de Camargo Vidigal,
José Adriano Donzelli, Saulo Fróes,
Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino Júnior,
Alberto Faria, Roberto Portugal, Erozalto
Nascimento (in memorian), Luiz Mendonça
e Marcello Simonsen. Conselho Gestor
(suplentes) Carlos Teixeira, João Carlos de
Abreu Silveira, Eládio Paniágua , Luiz Carlos
Lang, Cássio Lemmertz, Paulo Miguel,
Alberto Nemer Neto, Reynaldo Tedesco,
Valmor E. Weiss, Marcelo Fernandes, Carlos
Faustino, Nelma Cavalcanti. Conselho
Fiscal Antonio Pimentel, Eduardo
Corrêa, Paulo Bonilha Jr., Flavio Gerdulo,
Raimundo Teixeira, Jacqueline Moraes de
Mello. Conselho Fiscal (suplentes)
Joades Alves de Souza, Felix Peter, José
Zuquim Militerno, João José Regueira de
Souza, Marco Antonio Lemos e Emerson
Ciotto. Comissão Editorial Marco
Antonio Gomes, Marcio Gonçalves, Nelma
Cavalcanti Sobral e Saulo Fróes.
Presidente Executivo
João Claudio Bourg.
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pelas opiniões emitidas nos artigos
assinados. Permitida a reprodução das
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editorial
ABLA
Futuro ‘verde’
Ainda saboreando os efeitos do sucesso alcançado na nossa VI Convenção
Nacional Abla, já nos debruçamos sobre os temas marcantes do presente e futuro e
sobre os próximos e importantes eventos que envolvem o setor: futuro ‘verde’.
Um novo mercado consumidor, preocupado com o meio ambiente, vem
se formando em todo o mundo. São pessoas que pesquisam muito antes de
concretizar suas compras e serviços. Verificam, além dos preços, a qualidade e
querem boas políticas sócio-ambientais. Com o objetivo de cada vez mais seduzir
esses clientes, o XX Congresso Fenabrave reuniu um time de “feras” internacionais:
o sul-africano Paddy O’Brien (CEO do Sewells) com 28 anos de experiência
no setor automotivo; o norte-americano Kyle Treadway (presidente da
American Truck Dealers); e o italiano Sergio Marchionne (CEO do
Grupo Fiat), entre outros.
A preocupação “verde” também será um dos destaques
do 26° SALÃO INTERNACIONAL DO AUTOMÓVEL, em São Paulo.
Para o evento, todas montadoras capricharam nos lançamentos
híbridos e flex.
João Claudio Bourg
Bem-vindo ao futuro!
6
VI C
12 ABLA
20 B
30 HU
E ntrevista com C ledorvino
B elini , presidente da anfavea
onvenção
N acional
mobiliza o setor
rasil é o
4º
do mundo em
vendas de veículos
C idades
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m roteiro pelas
istóricas de
setembro
2010
outubro
índice
expediente
3
cLEDORVINO bELINI
Cenário de oportunidades
H
á seis anos o mercado nacional
de automóveis está em curva
ascendente, com uma média de
crescimento de 13% ao ano. Para
Cledorvino Belini, presidente da
Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores (Anfavea) e
presidente do Grupo Fiat para América
Latina, o potencial do mercado
consumidor automotivo é ainda
bem amplo e vai se tornar cada vez
mais competitivo.
Como principal dirigente da
entidade que reúne as montadoras,
como o senhor analisa o atual
crescimento do mercado
de automóveis?
A indústria automobilística brasileira é a
6ª maior do mundo e o mercado interno
brasileiro avança este ano como o 4°
mercado automotivo mundial. Indústria
e mercado evoluíram muito nos últimos
anos, em produtos e diversidade. Hoje
já são ofertados ao consumidor mais de
500 produtos, em suas marcas, modelos
e versões. Desde 2004 o mercado vem
em crescimento, passamos de 1,42
milhão de automóveis comercializados
em 2003 para uma projeção de cerca
de 3,4 milhões neste ano de 2010. Ou
seja, no período, o mercado brasileiro de
automóveis, comerciais leves, caminhões e
ônibus terá crescido 140%, uma média de
mais de 13% ao ano. Somos, sem dúvida,
um respeitável mercado. Essa expansão
está sustentada pelos fundamentos
macroeconômicos, aumento de emprego,
setembro
2010
outubro
“Somos, sem
dúvida, um
respeitável
mercado
“
“O Brasil está
na vanguarda
do carro verde
e em termos
de energia
veicular
alternativa”
da renda, do poder de compra e da
confiança do consumidor, aliados à
disponibilidade de crédito.
Qual é a previsão para os
próximos anos?
Nossa expectativa é de que o Brasil
continuará a demandar produtos
automotivos de forma crescente, exigindo
cada vez mais variedade, qualidade e
melhores relações de custo-benefício.
O potencial de expansão do mercado
consumidor é amplo e tende a tornar-se
mais disputado e competitivo. Temos
perspectivas de crescimento expressivo
de nosso mercado nesta década. Temos
ainda baixo índice de motorização no País,
com 1 veículo para cada 6,9 habitantes,
muito longe, portanto, do nível de
estabilização da frota. Reunimos condições
de almejar uma meta de mercado interno
de 6 milhões de veículos anuais em
futuro de médio prazo. Tudo isso, claro,
a depender da própria evolução do País,
das oportunidades de uma economia
estabilizada, com emprego, renda, poder
de compra e crédito
acessível possibilitando a inclusão de
novos contingentes de consumidores
no mercado.
É possível crescer ainda mais. O
que é preciso?
O futuro nos oferece oportunidades, mas
também nos exige aceitar desafios. Da
parte da cadeia industrial automotiva
requer-se investir continuamente em
capacidade de produção, em processos,
tecnologias e produtos, provendo a
necessária e permanente inovação
tecnológica e a competitividade do setor.
O fortalecimento de nossa capacidade
competitiva, aliás, é um desafio prioritário.
Tanto assim, que no momento iniciamos
um amplo estudo da cadeia automotiva
tendo em vista fortalecê-la como um
todo, por meio de propostas de políticas
estruturais para o setor.
Qual é a previsão de investimentos
das montadoras no País nos
próximos anos?
Ao longo de sua história a indústria
automobilística investiu perto de US$ 50
bilhões no País. Para os próximos três
anos, de 2010 a 2012, estão previstos
novos investimentos de US$ 11,2
bilhões somente pelas montadoras, em
capacidade de produção em processos e
entrevista
E
7ABLA
cLEDORVINO bELINI
“O fortalecimento
de nossa
capacidade
competitiva é um
desafio prioritário
tecnologias e em novos produtos. A
cadeia supridora de peças e partes
também realizará investimentos de peso,
para acompanhar as necessidades da
produção veicular.
Os chineses estão, pouco a pouco,
chegando ao mercado brasileiro
com preços competitivos. O que
isso representa para a indústria
instalada no País?
É claro que o mercado vai se tornar mais
competitivo. Novos concorrentes sempre
são bem-vindos para o consumidor e
melhor para o País, principalmente se
for para produzir aqui as novas marcas,
dentro dos parâmetros da legislação e
da livre comercialização e com conteúdo
majoritariamente nacional.
Carro elétrico, híbrido, com
energias alternativas... O mundo
está trabalhando nessa direção.
Em quanto tempo as montadoras
colocarão à venda um carro
“ecologicamente correto”?
O Brasil está na vanguarda desse processo
em termos de energia veicular alternativa.
Temos uma pioneira solução, que é o
veículo flex movido a etanol que, aliás,
já ultrapassa 11 milhões de unidades
rodando no País. Temos também o
biodiesel dando seus passos iniciais,
com adição de 5% ao diesel, mas que
certamente terá importância como energia
veicular alternativa do etanol. Quanto às
demais tecnologias, elétrico puro e híbrido,
também estamos atentos e aguardamos a
definição pelo governo se a eletricidade vai
compor efetivamente a matriz energética
veicular, em proporção e custo. Com essa
definição, não tenha dúvida de que a
indústria automobilística brasileira saberá
responder com qualidade.
O Salão Internacional do
Automóvel comemorará 50 anos.
O que mudou nessas últimas
cinco décadas?
O Salão é um retrato fiel das profundas
alterações do mercado e da indústria
automobilística no País. Há menos
de duas décadas eram ofertadas ao
mercado apenas algumas dezenas
de veículos e hoje são mais de cinco
centenas. Avançamos e continuaremos
permanentemente a avançar em carros
compactos, em motorizações de menor
consumo e de maior eficiência, em
combustíveis alternativos, em menores
emissões, em design atento ao gosto
do consumidor, em equipamentos de
segurança e em maior reciclabilidade
no descarte
“
posse do conselho
Jantar
de gala
E
m grande estilo, foram empossados
os novos diretores regionais da ABLA
para o biênio 2010/2011, bem como
os membros do Conselho Nacional e do
Conselho Fiscal para o mesmo período. O
evento aconteceu no dia 18 de agosto no
Buffet Mansão França, em Higienópolis.
Conselho Nacional: Paulo Gaba Jr.
(presidente); Paulo Roberto do Val Nemer
(vice-presidente); e membros: Alberto de
Camargo Vidigal, Alberto Faria da Silva,
Alberto Nemer Neto, Carlos Benedito Adão
Teixeira, Carlos César Rigolino Jr., Carlos
Roberto Pinto Faustino, Cássio Lemmertz,
Eládio Paniagua Jr., Erozalto Nascimento (in
memorian), João Carlos de Abreu Silveira,
José Adriano Donzelli, Luiz Carlos Lang, Luiz
Lopes Mendonça Filho, Marcello Wallace
Simonsen, Marcelo Ribeiro Fernandes,
Nelma Cavalcanti Sobral, Nildo Pedrosa,
Paulo Miguel Jr., Reynaldo Tedesco Petrone,
Roberto Bacelar Portugal Filho, Saulo Tomaz
Fróes e Valmor Emilio Weiss.
Diretores Regionais: Alberto
Jorge Alves de Queiroz (PE),
Aleksander Rodrigues Rangel (CE/PI),
Alvani Manoel Laurindo (MT), Antonio
Cesar de Araujo Freitas (MA), Antonio
da Silva (RO/AC), Antonio Pimentel
(PE), Célio Fonseca (RR), Eládio
Paniagua Jr. (SP), Fábio Bertozzi (TO),
Félix Peter (RS), Flavio Gerdulo (SP),
Gustavo do Carmo Azevedo (RJ),
João Bosco da Silva (RN), Joades
Alves de Souza (GO), José Emílio
Houat (PA/AP), Leonardo Soares
Nogueira Silva (MG), Lusirlei Albertini
(AL), Marcelo Ribeiro Fernandes (SP
- Interior), Marcio Castelo Branco
Gonçalves (ES), Marco Antonio de
Almeida Lemos (MS), Marco Antonio
Ramos Gomes (SC), Marconi José de
M. Dutra (BA), Mauro Roberto Alves
Ribeiro (MG), Olavo Bilac Cruz Neto
(PB), Otávio Meira Lins Neto (SE),
Rodrigo Flávio Sá Roriz (DF), Simone
Pino (BA), Valdir Laurindo (MA),
Valmor Weiss (PR), Victor Simões da
Silva (AM).
Conselho Fiscal: Antonio Pimentel, Eduardo
Corrêa da Silva, Emerson Ciotto, Félix Peter,
Flavio Gerdulo, Jacqueline Moraes de Mello,
Joades Alves de Souza, João José Regueira
de Souza Filho, José Zuquim Militerno, Marco
Antonio de Almeida Lemos, Paulo Hermas
Bonilha Jr., Raimundo Nonato de Castro Teixeira.
t
Homenagem a
EROZALTO NASCIMENTO
Cinquenta e sete anos bem
vividos. Trinta e cinco de atuação no
mercado de locação de carros.
Centenas de automóveis. Uma rede
com mais de 80 franquias.
São ótimos números, mas
não é possível traduzir Erozalto
Nascimento em números,
porque sua maior marca são seus
inúmeros amigos.
Casado com Margareth,
Nascimento foi um homem de
opinião. Sem medo de defendê-la,
e com uma argumentação lógica e
nunca simplória, transformava sua
visão das coisas em algo
contundentemente simples.
Pai de Rafael e Daniel,
Nascimento foi também um
homem de ação. Muitas vezes o
mentor e incentivador de grandes
mudanças que impactavam não só
o seu negócio, mas também todo
setor de atuação. Nascimento se
destacou muito por estas ações, mas
especialmente por suas motivações.
O nascimento da Yes, do
Sindiloc-SC, da Fenaloc, da ABLA,
foi um homem de muitas ideias,
mas acima disto foi um homem de
grandes ideais.
Nascimento nos deixou
dia 22 de agosto em São Roque,
interior de São Paulo, vítima de
um enfarte.
Vive agora na memória
daqueles que tiveram a alegria
de conhecê-lo
TRIBUTO
d
DIRETORIA
11 ABLA
ABERTURA
1
2
Reunião
4
de
líderes
S
3
ão Roque foi o palco da VI Convenção
Nacional ABLA, entre 19 e 21 de
agosto. Em clima de muita cordialidade,
foram discutidos os principais desafios
para a continuidade do crescimento da
locação de automóveis no Brasil, em 14
ricas apresentações.
Graças à participação de
lideranças nacionais e regionais,
importantes questões dos associados
foram colocadas em discussão, segundo
vários temas que afetam as locadoras:
legislação, crédito, qualidade e padrões
contábeis, entre outras. Também entraram
na pauta dos trabalhos do primeiro dia as
oportunidades para inserir os regionais
nos Conselhos Estaduais e Municipais
de Turismo e participação nas feiras de
negócios no Brasil e exterior.
5
C
CONVENÇão
ABLA
1313
6
7
1 - Abertura da VI Convenção
2 - João Claudio Bourg mostra o anuário
3 - Luiz Eduardo Pacheco da Volkswagen
4 - Paulo Gaba Jr. explica as ações no escritório de Brasília
5 - Maysa Higa da GM
6 - Receptivo em São Roque
7 - Adriano Donzelli destaca o PQA
setembro
2010
outubro
palestras
1
3
FOCO
NO
FUTURO
s
ucesso empresarial foi o mote dos
debates no segundo dia da VI Convenção
Nacional ABLA.
A primeira apresentação da manhã
foi ministrada pelo jornalista Olívio Pucci, da
RAF Comunicações, que exemplificou de
maneira muito prática as melhores maneiras
de se falar com a imprensa. Em seguida,
Weber Mesquita detalhou os trabalhos
desenvolvidos pelo escritório ABLA em
Brasília. Também destacou o
processo de mobilização do Prêmio
ABLA para universitários.
A área financeira, sobretudo o
uso de cartões de crédito; benefícios; e
os desafios da sucessão nas empresas
familiares foram abordados durante à tarde,
que foi encerrada com uma dinâmica de
grupo conduzida por Paulo Gaba Jr.
2
4
5
C
CONVENÇão
15 ABLA
6
8
6
7
1 - Luiz Eduardo Pacheco e equipe da Volkswagen
2 - Cecília Lodi em palestra sobre sucessão
3 - Cibele Cambui fala sobre PQA
4 - Luis Manuel fala sobre cartões de crédito
5 - Cecília Casanova explica novo padrão contábil
6 - Wagner Andrade do SEST-SENAT
7 - Apresentação da Mercedes-Benz
8 - Mediatrainning com o jornalista Olívio Pucci
setembro
2010
outubro
geral
1
2
3
4
5
1 - Dupla Anna Lu e Renata Fausti
2 - João Carlos Silvera e sua esposa Elenice
3 - Reynaldo Petrone, Marcelo Fernandes e
Alberto Faria (esq-dir)
4 - Almoço de confraternização
5 - Leonardo Soares Nogueira, Emerson Ciotto e
Mauro Ribeiro (esq-dir)
6 - Saulo Froés e João Claudio Bourg
7 - Paulo Gaba Jr., Marco Antônio Lemos e
6
Aleksander Rangel
7
C
11 ABLA
CONVENÇão
patrocinadores
1
2
4
3
CLIMA
DE
FESTA
s
5
6
7
“Agradecemos a todos
que contribuíram para
este grandioso evento”
ensacional show de stand-up
com a comediante Carol Zoccoli
e apresentação da dupla Anna Lu e
Renata Fausti temperaram as noites da
Convenção Nacional no Villa Rossa.
Na manhã de sábado,
houve test-drive com modelos de três
marcas: Volkswagen, General Motors
e Mercedes-Benz. Após o almoço, a
reunião do Conselho Gestor encerrou
as atividades.
As mulheres dos conselheiros
participaram de programação com
workshops de etiqueta, moda
e gastronomia
Paulo Gaba Jr.
presidente do Conselho Nacional da ABLA
1 - Test-drive da GM
2 - Aula com a chef Morena Leite (Capim Santo)
3 - Test-drive do Smart
4 - Aula de etiqueta com Claudia Matarazzo
5 - Stand-Up com Carol Zoccoli
6 - Valdir Marques de Souza da Mitsubishi
7 - New Beetle da VW
setembro
2010
outubro
ECONOMIA
Aumento do poder aquisitivo da
população faz País subir uma
posição no ranking mundial
Brasil, um mercado
em expansão
Fechamos julho com 1,882 milhão de veículos vendidos e
ultrapassamos a Alemanha, com 1,859 milhão
O
Brasil recuperou, no acumulado dos sete
meses do ano, a quarta posição mundial
em vendas de veículos. O posto era da
Alemanha. A disputa entre os dois países é
acirrada. A diferença de consumo entre brasileiros
e alemães é de apenas 23 mil unidades. China
está em primeiro com 10,2 mi, seguida por
EUA (6,6 mi) e Japão (3,1mi). “Isso mostra um
novo patamar alcançado, é o mercado interno
basicamente que determina esta posição
brasileira, o avanço da produção nos últimos dois
anos, 2008 e 2009, e essa posição pode ser
ainda mais ampliada”, explica o pesquisador Silvio
Sales, do Instituto Brasileiro de Economia (IBE) da
Fundação Getúlio Vargas.
Para o próximo ano, a expectativa
também é de crescimento. “Todas as projeções
são boas, mostra uma evolução bastante
consistente da renda do brasileiro, da massa real
de rendimentos e do crédito também”, afirma
Rogério César de Souza, economista-chefe do
Instituto de Estudos para o Desenvolvimento
Industrial (Iedi). Além do mercado interno, o
externo deve aumentar também, com mais
vendas para o Mercosul. “Exportamos muito para
a América Latina, diferentemente dos outros
países do bloco, o que fortalece ainda mais
as perspectivas de crescimento de vendas de
veículos”, conta.
Souza acrescenta que para o mercado
de locação de veículos o panorama também
é de céu de brigadeiro nos próximos anos.
“Como integrante do setor automotivo, que
compra grandes quantidades de veículos, ele
também tende a crescer, principalmente com a
aproximação da Olimpíada e da Copa do Mundo,
ambos no Brasil, esses eventos naturalmente já
demandam mais serviços de locação.”
O pesquisador do IBE explica que
o crescimento é reflexo direto da inflação sob
controle, da oferta de crédito em níveis elevados,
que têm estimulado a aquisição do carro zeroquilômetro. E na esteira desse mercado aquecido
há um impacto positivo no setor de siderurgia,
autopeças e na locação. “O crescimento das
vendas de carros tem um impacto interessante
no setor de locação, que gira o estoque dos
veículos novos e seminovos, que reflete no
turismo de negócios e no convencional.”
M
ABLA
3,18 milhões
produção total de veículos em 2009
3,39 milhões
projeção para 2010
475 mil
unidades exportadas em 2009
498 mil
unidades exportadas até agosto de 2010
“Essa
posição
pode ser
ainda mais
ampliada”
Silvio Sales, pesquisador do
Instituto Brasileiro de Economia
da Fundação Getúlio Vargas
setembro
2010
outubro
O possível entrave desse crescimento
seria o custo Brasil: falta de infraestrutura,
desvalorização do câmbio e alto preço da mão
de obra, que faria o País perder competitividade.
“Mas a perspectiva é bem positiva mesmo, o
governo federal fez um relatório onde mostra um
potencial de consumo de 6 milhões de veículos
por ano, em 15 anos, hoje são 3,2 milhões, se
chegarmos a 5 milhões já será um crescimento
bastante forte”, avalia o economista-chefe do Iedi.
O resultado da próxima eleição
presidencial pouco afetará o setor, segundo
os especialistas. “A discussão do programa
econômico não tem ocorrido nas campanhas,
mas acredito no estímulo do mercado interno de
médio prazo e que haja perspectiva de expansão,
principalmente no campo das exportações, na
medida que o cenário econômico pós-crise
mundial vá ficando mais claro”, destaca o
pesquisador da FGV
mercado
21
avaliação
Valente em
todo terreno
Por João Claudio Bourg
A
nova picape da Volkswagen, a Amarok,
vem da Argentina. Ela tem cabine dupla,
é equipada com o moderno motor 2.0 TDI
biturbo e roda com sistema de tração integral
não permanente 4Motion. Seus principais
concorrentes são fortes rivais: Toyota Hilux,
Mitsubishi L200 Triton e Nissan Frontier.
A primeira coisa que se sente ao
começar a rodar com a Amarok, é que é
possível reunir, em uma caminhonete média, os
atributos dos utilitários esportivos e dos carros de
passeio: ela é bastante macia. Além do interior
bem acabado e espaçoso, a picape da Volks é
silenciosa: o motor diesel de 2.0 litros, de quatro
cilindros em linha, bi-turboalimentado, gera 163
cv e quase não transmite seus ruídos para dentro
do habitáculo.
O câmbio também é responsável pelo
conforto da Amarok. Manual de seis velocidades,
com relações alongadas e as duas últimas
marchas atuando como “overdrive”, ele ajuda o
motor a trabalhar em baixas rotações, reduzindo
ainda mais o ruído interno e contribuindo para
um menor consumo de combustível. Os engates
precisos e o curso curto da alavanca reforçam
mais o ar de carro de passeio.
A picape é oferecida com tração 4x4
selecionável (4Motion), que proporciona excelente
desempenho em qualquer condição de piso,
principalmente fora da estrada. O modo 4X4 é
selecionado facilmente, através de um botão.
O conjunto de equipamentos é um
dos maiores atrativos da Amarok, que traz de
série 4 airbags, ar-condicionado digital, sistema
de som de alta potência com MP3 e Bluetooth,
um moderno computador de bordo com tela
LCD localizada no centro do painel, além de
freios com ABS, controle de estabilidade (ESP),
bloqueio eletrônico do diferencial traseiro EDL e
ainda um sistema de assistência em descidas
(Hill Descent Assist).
O conforto interno também é um
dos destaques da nova picape média, que
traz bancos dianteiros com ajustes de altura e
revestimento em tecido na cor cinza. Seguindo
essa linha de acabamento, os painéis de porta
com porta-objetos receberam aplicações em
tecido. O modelo traz ainda alças de apoio nas
colunas A e B, descansa-braço central com
porta-objetos, maçanetas cromadas e quadro de
instrumentos com aros cromados.
Externamente, os diferenciais estéticos
estão na monocromia. Quase tudo tem a cor do
veículo: as capas dos retrovisores, maçanetas,
molduras da caixa de roda e para-choques
Motor Diesel:
2.0 litros biturbo
que gera 163 cv.
A
ABLA
Avaliação
25
dianteiros. Os frisos são cromados e os parachoques traseiros misturam preto e a cor do
veículo. Os pneus são 245/65 com rodas de liga
leve aro 17.
Resultado: inovadora, a Amarok
oferece o que há de melhor no seu segmento,
em tecnologia, espaço interno e conforto. A
Amarok Trendline tem preço sugerido a partir de
R$ 119.490,00.
NÃO PRECISA ESPERAR
A TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA
Realmente a caixa mecânica de 6
velocidades surpreende positivamente, quer
seja pelos engates precisos ou pelo excelente
escalonamento (perfeita combinação do número
de dentes de cada engrenagem, que não permite
a existência de “buracos” entre as marchas). O
cliente pode adquirir este modelo já!!!!!
setembro
2010
outubro
PASSOU NO SEVERO TESTE
Levamos a Amarok para um
passeio na Serra da Canastra (MG), reduto
que contempla os trilheiros com caminhos
que remetem ao solo lunar, ao redor de 162
cachoeiras e a nascente do velho “Chico”.
São diversos tipos de trilha, chão
batido, vegetação rasteira, pequenos rios
formados pelas cachoeiras, trilha de pedra,
porém em verdadeiras montanhas com seus
aclives e declives acentuados.
Decidimos ultrapassar obstáculos
destinados a um bom jeep 4X4, embora esta
picape não tenha sido projetada para esta
finalidade. Sabemos que no mercado de locação,
nas regiões nordestinas por exemplo, este
veículo é amplamente utilizado para acessar
belíssimas praias do nosso litoral.
A Amarok venceu com tranquilidade,
algumas vezes utilizando somente o recurso
tração nas quatro-rodas, outras também reduzida
e bloqueio do diferencial traseiro. Mas o maior
destaque foi descer verdadeiras “montanhas de
pedras”, ora soltas, ora com grandes desníveis
entre uma e outra, com a alavanca do câmbio
na posição “ponto morto”. Independente do
percentual de rampa, a pick-up “escolhia” o
momento correto para acionar o freio e/ou liberálo em uma perfeita sintonia com o sistema ABS.
Podemos afirmar que um motorista
menos habilidoso na prática do “off-road” não
terá qualquer problema na condução deste
excelente veículo/projeto.
Valeu a pena esperar o ingresso da
VW neste segmento
ENERGIA
O Salão do Automóvel de
São Paulo já está entre os
seis maiores do mundo
Vêm aí os híbridos
A
utomóveis elétricos, híbridos e modelos
futuristas já têm presença garantida no
Salão do Automóvel, que faz 50 anos de idade.
A preocupação com o meio ambiente é notada
no volume de lançamentos híbridos e dos carrosconceito, que emitem menos poluentes. A Ford, por
exemplo, vai lançar o Fusion híbrido no Anhembi.
Segundo Juan Pablo De Vera,
presidente da Reed Exhibitions Alcântara
Machado, 40% dos modelos apresentados nesse
evento internacional são inéditos. “O Salão é a
oportunidade para se examinar os avanços e as
tendências futuras da indústria de automóveis
quanto a tecnologia, design e carros-conceito, tão
ansiosamente aguardados pelo público.”
A versão mexicana do Ford Fusion
híbrido que será lançado no Salão mescla
motores elétrico e à combustão. “A partir de
nossas plataformas globais, podemos oferecer
uma gama variada de soluções para atender as
necessidades de diversos tipos de consumidores,
com uma linha de produtos forte”, disse Derrick
Kuzak, vice-presidente de Desenvolvimento de
Produto Global da Ford. Ainda este ano, a linha
de híbridos da Ford será ampliada com o novo
Lincoln MKZ Hybrid.
Na área internacional do Salão, a
Ford terá o esportivo Mustang Shelby GT500
ford fusion híbrido
2010, além de outras atrações, como a picape
F-250 Super Duty, e carros-conceito, um deles
futurista para as megacidades. “O Mustang é
um automóvel admirado que atrai os visitantes
e estará representado pela lendária versão
Shelby GT 500. Para o salão, estamos guardando
também duas surpresas para o público, dentro
da linha de conceitos”, explica o executivo.
A Stuttgart Sportcar, importador
oficial Porsche, já definiu as principais atrações
do estande da marca alemã: são os modelos
Cayenne S Hybrid e o esportivo 911 GT2 RS.
A chegada da versão híbrida faz parte do
conceito “Porsche Intelligent Performance”
(Desempenho Inteligente Porsche), que enfatiza
o histórico de eficiência energética dos carros
da marca, sem prejuízo do desempenho e da
esportividade. A propulsão do Cayenne S Hybrid
é provida pela combinação de dois motores: um
V6 a combustão, com 2.995 cm³ e 333 cv de
potência, e um elétrico sincrônico alimentado
por uma bateria de 288 V, que desenvolve 47 cv.
E o Porsche 911 GT2 RS é o carro de rua mais
rápido e potente já construído pela Porsche. Seu
motor biturbo de 6 cilindros em linha com 3,6
litros desenvolve nada menos que 620 cv e torna
o carro capaz de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos
(de 0 a 200 km/h, são 9,8 segundos).
O Fiat Concept Car III da Fiat promete
ser a grande sensação da feira.
O modelo conceito já
outros destaques do Salão
Ford Mustang Shelby gt500
Mini countryman
Nissan March
L
ABLA
começa a colecionar importantes prêmios
de design. Em agosto ele venceu o Prêmio
IDEA/Brasil na categoria Ouro/Transporte,
promovido pela Associação Objeto Brasil, o
prêmio é a instância local do International
Design Excellence Awards (IDEA), a principal
premiação de design dos EUA e uma das
mais importantes do mundo. No final do ano
passado ele já faturou o Brazil Design Awards,
premiação organizada pela Abedesign.
Entre as novidades da Volkswagen
está o novíssimo Jetta 2011, recém lançado
no mercado mundial. Já a Nissan trará
o March, hatch lançado há seis meses
na Tailândia que superou a marca de 54
mil pedidos de compra pelo mundo. As
exportações do compacto para países
europeus, produzidos na planta Chennai, na
Índia, começarão em outubro.
Mais uma marca chinesa chegará
ao Brasil. É a Haima, cujos modelos serão
trazidos pela Districar (a mesma distribuidora
de SsangYong e Chana). A marca vai expor
quatro veículos no Anhembi. Um hatch
compacto, um hatch médio, um sedã médio
e um utilitário esportivo médio. O modelo
de entrada, o hatch compacto,
custará cerca de R$ 34 mil.
Apesar de
não ter sido lançado
oficialmente nem
ter preço definido
no País, as
concessionárias Mini
no Brasil já vendem o
Countryman. As versões S
do Mini tem o mesmo bloco, porém
com turbo. Desta maneira a potência dos
Countryman S será de cerca de 180 cv. O novo
modelo da Mini também estará no Salão.
Além do Camaro, a Chevrolet vai
trazer ao salão um ícone, o sedan Malibu.
Quarenta e seis anos e sete gerações
depois, ele chegou ao Brasil em julho,
trazendo na bagagem os mesmos valores
que fizeram dele um sucesso de vendas no
mercado norte-americano: design atraente,
excelente espaço interno, equipamentos
exclusivos para o segmento – como um
câmbio de seis marchas com comandos no
volante - e muita tecnologia. No mercado
brasileiro, o Malibu LTZ – topo de linha –,
custa R$ 89.900,00.
Associado a um mercado
automotivo em expansão, o Salão deste ano
Porsche Cayenne s hybrid
setembro
2010
outubro
LANÇAMENTOS
27
fiat fccIII
espera receber 600 mil visitantes, que
terão a oportunidade de ver de perto
42 diferentes marcas, entre nacionais e
importadas, quantidade superior às 36
apresentadas na edição de 2008. Ao
todo, estarão expostos no evento 450
modelos de veículos, ante os 400 do
Salão anterior. O evento estará aberto ao
visitante durante 12 dias, transformando
os 85 mil metros quadrados de área
num grande acontecimento
Objeto de desejo
Com várias
rodas, mas
ainda moto
C
om certeza você já viu ou ouviu falar
em triciclos e quadriciclos, mas essas
são totalmente diferentes: o máximo em
tecnologia. Elas estão ganhando cada dia
mais adeptos por aumentar a segurança
sem perder o prazer de dirigir
Piaggio
MP3 400
A Piaggio MP3 é pura diversão. Fácil de manobrar,
transmite muita segurança e tem uma ciclística
incrível. Pelas estreitas ruas de Firense, ela foi
rápida e ágil como um scooter. As duas rodas
dianteiras inclinam-se nas curvas e fazem o
contorno suavemente. É incrível. Um brinquedo
para toda hora...
O
ABLA
objeto de desejo
29
can-am
Spyder Roadster
Três rodas – duas na frente:
é um pouco carro, um
pouco moto. Carro pelo
conforto e segurança. Moto
pela agilidade. Esse novo
conceito chegou ao Brasil
recentemente e chama-se
Can-Am Spyder Roadster.
Tesseract
Pasmem. Ela tem quatro rodas, mas é uma moto;
econômica, mas híbrida – além de utilizar gasolina,
possui um motor elétrico. A Yamaha Tesseract é o
máximo da tecnologia.
setembro
2010
outubro
turismo
De
volta
ao
passado
V
oltar no tempo. É bem isso que
acontece quando se visita as
belezas das sete principais cidades
históricas de Minas Gerais: Ouro
Preto, Mariana, Congonhas, São
João Del Rei, Tiradentes, Sabará
e Diamantina. Um universo que
revela pouco a pouco o nosso
surpreendente passado.
Hoje essas cidades
patrimônios são o que existe de
mais vivo e mais preservado do
nosso tesouro cultural. São locais
marcados por uma época em que
o sofrimento da escravidão convivia
com a forte doutrina da fé e a
desonrosa exploração portuguesa.
Marcas que ainda estão lá, ao
alcance de seus visitantes.
Ouro Preto
Cidade mais famosa do roteiro histórico de Minas.
As igrejas de Ouro Preto, Nossa Senhora do
Pilar e de São Francisco de Assis, são exemplos
impecáveis do que o barroco já produziu. A Rosário
dos Pretos, por sua vez, tem entrada grátis e projeto
arquitetônico curioso. Para as outras dezenas de
capelas, pratique o discernimento: a maioria cobra
ingresso e nem todas valem a pena. Não perca o
Museu da Inconfidência, com boa amostra da arte sacra
dos séculos 18 e 19. Entre as compras mais pitorescas
estão as esculturas em pedra sabão e as panelas de pedra.
Lição de história:
durante o período de
1700 a 1800, a época
dourada do Brasil, foram
extraídas na região das
minas 1.200 toneladas
de ouro e três
milhões de quilates
de diamantes.
Mariana
Primeira capital mineira, Mariana se destaca por
seus casarões, igrejas e praças. A Rua Dom Silvério
é morada de alguns dos principais entalhadores de
santos barrocos do País e sede das igrejas de São
Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo,
com obras de Aleijadinho e mestre Ataíde. As
apresentações de órgão, às sextas e aos domingos,
na Catedral Basílica da Sé, atrai gente de todo o
lugar. Antes de seguir em frente, desça 120 metros
abaixo da terra para conhecer
a antiga Mina de Ouro
da Passagem.
Congonhas
A Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, é considerada o maior tesouro de
arte barroca. Leva-se pelo menos três horas para conhecer o seu interior, dos 12
profetas em pedra-sabão até as seis cúpulas que abrigam os passos da Paixão de
Cristo. Conhecer tudo de perto e com calma é fundamental para compreender a
arte de Aleijadinho. Na Semana Santa, acontece a encenação da Paixão de Cristo,
acompanhada de procissões.
31
T
ABLA
turismo
São João Del Rei
Em São João Del Rei fica a importante Igreja
de São Francisco de Assis. Até quem não é
católico se emociona com as missas do lugar:
no domingo pela manhã, o ritual é embalado
por música barroca. Na Catedral do Pilar, as
missas de quarta e sexta à noite recebem uma
orquestra inteira. Um passeio pelas ruas do centrinho
histórico leva a lojas que vendem peças de estanho,
como canecas, taças e jarras. Outra atração imperdível é o
passeio de Maria Fumaça até a vizinha Tiradentes, admirando
a bela paisagem da Serra de São José.
Tiradentes
É o melhor ponto do circuito para quem gosta de comer bem: Tiradentes só perde
para a capital, Belo Horizonte, em número de restaurantes estrelados no Guia Quatro
Rodas Brasil 2009. No centro histórico, por onde ainda se passeia em charrete, há
também bares badalados. Tiradentes é a maior produtora das peças do Divino Espírito
Santo e de galinhas-d’angola entalhadas em madeira - no município de Bichinho, a 8
km da cidade, elas são vendidas pelos próprios artesãos.
Sabará
O teatro mais famoso de Minas Gerais, a Casa da Ópera foi
construída em 1770. Outro dos patrimônios de Sabará é a
Igreja Matriz da Nossa Senhora de Conceição uma grande
joia do barroco brasileiro (sua construção data de 1701).
A Capela Nossa Senhora do Ó impressiona pelos ricos
detalhes esculpidos em madeira. Um passeio pela estreitas
ruas da cidade revela lembranças de um passado cheio
de história e cultura. Sabará realiza importantes eventos
anuais como o Festival da Jabuticaba, a Festa da
Cachaça, o Festival de Ora-pro-nobis, o
Festival de Teatro de Palco e Rua
e a Festa Junina.
Diamantina
Ela tem riqueza até no nome, Diamantina fica a cerca de 300 km de Belo Horizonte,
no coração do sertão de Minas Gerais. Terra de Chica da Silva e do presidente
Juscelino Kubitscheck, a cidade possui um dos mais expressivos acervos históricos
do País. Detentora de um belíssimo conjunto arquitetônico e igrejas que retratam
fielmente a riqueza da arte barroca, a cidade também é tombada como Patrimônio
Histórico da Humanidade. A Catedral de Santo
Antônio é seu principal monumento histórico
– um museu que funciona ao lado da
igreja registra a incrível história da
mineração de diamantes na região.
Outra visita obrigatória é a Igreja
de Nossa Senhora do Rosário
dos Pretos, localizada no
Largo do Rosário – é a mais
antiga igreja de Diamantina:
foi construída por escravos
em 1733
NOTAS
Nasce nossa Federação
N
o final de março em Salvador (BA), foi
criada a Federação Nacional das Empresas
Locadoras de Veículos (Fenaloc) durante o
13º Encontro dos Sindiloc´s. A criação dessa
federação, que será um braço importante para
o setor, foi resultado de um debate maduro e
aprovada por unanimidade.
“É um órgão aglutinador das
empresas de locações de veículos que vai
preservar a identidade no nosso negócio”,
explica José Adriano Donzelli, membro do
Conselho Nacional da ABLA e agora o primeiro
presidente da Fenaloc. “Com a federação
vamos preservar nossa essência.”
A ideia da sua criação surgiu do
amadurecimento dos sindicatos. Para Valmor
Weiss, “é uma conquista mais que histórica,
é prática”. Com ela, benefícios como dos 15%
destinados às federações vão ficar na Fenaloc.
O advogado Adriano Castro, do Sindloc-MG,
lembra que uma federação como a Fenaloc
contribuirá para a desburocratização de
algumas ações judiciais. “Ela
dará mais respaldo para discussões deste
campo”, diz.
Segundo Donzelli, a ABLA é a mãe
do setor e a Fenaloc assume a paternidade,
“aquilo que nos dá identidade e que vai brigar
por nossos problemas”. A ABLA e Fenaloc
são convergentes e juntas vão lutar em prol
do crescimento do setor da locação no Brasil.
“Precisamos de uma federação e precisamos
de uma ABLA”, afirma Donzelli
FENALOC
José Adriano Donzelli – presidente
Valmor Weiss – vice-presidente
Saulo Tomaz Fróes – diretor administrativo
Paulo Roberto Nemer – diretor financeiro
Nildo Pedrosa – diretor de
relações institucionais
“
Precisamos de
uma federação
e precisamos de
uma ABLA
José Adriano Donzelli – presidente
“
XX Congresso Fenabrave
Movimento Chega de Acidentes!
que busca a implantação de um
Plano Nacional de Segurança Viária,
completou um ano em setembro,
durante a Semana Nacional de
Trânsito e ganhou um novo portal
(www.chegadeacidentes.com.br).
No site, um relógio virtual estima a
evolução da quantidade de vítimas
fatais e não fatais no País, e o
impacto econômico dos acidentes.
Após um ano da campanha, o relógio
estimou que o trânsito provocou a
morte de mais de 37.867 pessoas. E
o impacto econômico corresponde a
cerca de R$ 33,7 bilhões.
Em clima de confraternização, quase três mil dealers
compareceram ao XX Congresso Fenabrave, entre 9 e 11 de
setembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. A abertura
oficial ficou por conta do CEO do Grupo Fiat, Sergio Marchionne, que
fez excelente palestra sobre o cenário mundial do setor automotivo
e ressaltou a importância do Brasil no mercado. Sobre a aquisição
da Chrysler, ele confirmou que os modelos dessa marca vão ser
comercializados aqui, via EUA, assim como os da Alfa Romeo.
maio
2010
junho
NOTAS
N
ABLA
Chega de Acidentes!
33
a
ART IGO
artigo
Uma fortuna esquecida
Por Adriano Augusto Pereira de Castro
Como reduzir em quase 10,0% o custo do
aluguel sem reduzir preços
R
esponda, leitor: como reduzir em 9,25% o custo do
aluguel de veículos para o seu cliente sem reduzir
um centavo de seu preço? A resposta é o uso de
conhecimento jurídico especializado à indústria de locação
de veículos.
PIS e COFINS conjuntamente representam
tributação de até 9,25% do faturamento das empresas. A
despeito de sua relevância é raro encontrar uma locadora que
saiba como utilizar as peculiaridades destes tributos como
meio de agregar valor ao processo de venda e fidelizar clientes.
O tema já foi apresentado ao setor pelo Dr. Ricardo Gomes
Lourenço no IX Fórum Nacional da Indústria de Aluguel de
Automóveis promovido pela ABLA em agosto de 2009, mas é
pertinente retornar ao assunto para o público desta Revista.
O PROBLEMA
O problema reside no fato que muitas locadoras
se preocupam apenas com a própria carga tributária e não
transmitem aos seus clientes todo o conjunto de informações
necessário para proporcionar o máximo de benefícios com
a locação.
PIS e COFINS são tributos que não despertavam
maiores controvérsias até há pouco mais de uma década. A
partir de 1998, principalmente pela necessidade de se aumentar
rapidamente a arrecadação da União se procederam a diversas
“reformas” que os tornaram incrivelmente complexos e sempre
mais gravosos. Hoje se chamam de “PIS/COFINS” pelo menos
quatro tributos diferentes que pouco têm em comum exceto o
nome: PIS/COFINS cumulativos, PIS/COFINS não cumulativos,
PIS/COFINS na importação e PIS/COFINS embutidos na alíquota
única do Simples Nacional.
Neste artigo nos interessa o regime não
cumulativo da PIS/COFINS. No sistema não cumulativo a
PIS/COFINS a pagar é apurada pela aplicação da alíquotas
de 1,65% (PIS) e 7,60% (COFINS) sobre o faturamento bruto
do contribuinte MENOS os créditos obtidos na compra de
mercadorias, serviços e outros insumos necessários ao regular
exercício de sua atividade econômica.
O Direito ao Crédito de PIS/COFINS
A locação de veículos é um insumo produtivo
comprado pelas empresas locatárias para o regular exercício
de suas atividades econômicas e, como tal, dão direito ao
creditamento da PIS/COFINS. Entretanto, poucos locatários
fazem esse creditamento.
Para adotar o regime não cumulativo da PIS/
COFINS o contribuinte também deve apurar o imposto de renda
pelo regime do lucro real. Cerca de 93,0% dos contribuintes de
PIS/COFINS adotam os regimes tributários do lucro presumido,
arbitrado ou Simples Nacional e, portanto, estão impossibilitados
de aproveitar os créditos da locação de veículos.
Os 7,0% dos contribuintes brasileiros que adotam
o regime do lucro real, por sua vez, representam quase 80%
da arrecadação de tributos federais. Esses mesmos 7,0% de
contribuintes são muitos dos principais clientes de terceirização
de frota e os potenciais beneficiários do creditamento.
Muitos locatários não se creditam da PIS/COFINS na locação
de veículos por medo, desconfiança, ignorância ou erro. Medo
dos recônditos escuros da legislação tributária. Desconfiança
do mau funcionamento do aparelho fiscal e de suas multas
medievais. Ignorância sobre o funcionamento da PIS e COFINS
não cumulativas. Erro quanto à técnica de escrituração fiscal
desses créditos.
A informação é o remédio a essas patologias que
tão mal fazem ao bolso dos contribuintes locatários.
Como Fazer
O primeiro passo é identificar o regime tributário
do locatário. Uma simples ligação telefônica resolve o problema:
basta lhe perguntar se recolhe o imposto de renda pelo
regime do lucro real ou pelo lucro presumido. Esta informação
geralmente é fornecida de pronto. Se o regime do locatário é
o lucro real, procede-se à etapa seguinte, que é exatamente
perguntar se ele aproveita os créditos de PIS/COFINS na locação
de veículos. Essa informação muitas vezes demanda uma
conferência com o contador da empresa locatária, mas em curto
prazo a informação também estará disponível. A experiência
profissional revela a desconcertante frequência na qual as
locatárias não aproveitam os créditos na locação de veículos.
Os argumentos das locatárias para não aproveitar
o crédito são vários e os principais são concisamente resumidos
e refutados a seguir:
• É necessária nota fiscal para se aproveitar
o crédito. Falso. Parte da complexidade do regime não
cumulativo da PIS/COFINS reside exatamente no fato desses
tributos adotarem outra mecânica de débito e crédito diferente
do ICMS. Enquanto o ICMS adota um sistema escritural, isto é,
para haver créditos há de haver uma nota fiscal com o imposto
destacado, na PIS/COFINS é a lei quem indica o que gera ou não
crédito. A locação de veículos não é atividade sujeita à emissão
de nota fiscal mas gera crédito de PIS/COFINS.
• A lei só autoriza o creditamento de locação
de imóveis. Falso. A lei permite expressamente créditos de
“aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a
pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa”. A locação
de veículos é um aluguel de máquina ou equipamento pago pela
locatária e, portanto, gera crédito.
• A locadora de veículo não adota também
o regime do lucro real. Irrelevante o regime tributário
da locadora de veículos. Como se disse, a mecânica de
creditamento da PIS/COFINS é diferente daquela adotada pelo
ICMS. O crédito advém da própria lei tributária e não de registros
escriturais em livro de entrada e saída, como ocorre no ICMS.
• O creditamento significaria redução da
carga tributária. Em termos. Quando foi criado o regime não
cumulativo a alíquota combinada da PIS/COFINS
aumentou de 3,65% para 9,25%, e esse foi um
espetacular aumento da carga tributária. O governo
disse na época que o aumento das alíquotas
era para compensar exatamente a possibilidade
de creditamento de PIS/COFINS, mas para essa
informação é inverídica. Há estudos indicando que
mesmo se aproveitando ao máximo os créditos
permitidos pela legislação tributária ainda assim
houve substancial aumento da carga tributária de PIS/
COFINS.
São estas as principais questões
levantadas pelos locatários e, como se espera ter
demonstrado, têm respostas bastantes diretas.
A etapa final depende mais do perfil
do locatário. Alguns passam a aproveitar os créditos
imediatamente, outros ficam temerosos. Alguns
aproveitam os créditos retroativamente, outros
ignoram os créditos passados e se creditam só para
o futuro. Há todos os perfis de contribuintes, do mais
preocupado com o lucro no final do mês àquele com
elevado grau de aversão a qualquer possibilidade
(real ou imaginária) de litígio com o Fisco.
Independentemente do perfil do
locatário há soluções bastante seguras e a baixo
custo. Pode-se fazer consulta à Secretaria da Receita
Federal do Brasil sobre a interpretação da legislação
tributária para se confirmar a possibilidade de
creditamento da PIS/COFINS no aluguel de veículos,
bem como ao creditamento retroativo nos créditos
passados. Pode-se também impetrar mandado de
segurança para se obter declaração judicial do direito
ao creditamento, com ou sem depósito judicial dos
valores discutidos.
Em qualquer caso, mesmo aqueles
mais conservadores no trato com o Fisco têm meios
eficazes e seguros para proteger o seu direito.
Conclusão
Há uma verdadeira fortuna em créditos
de PIS/COFINS esquecida nos balanços de inúmeros
locatários contribuintes da PIS/COFINS. A locadora de
veículos que auxiliar seus clientes a recuperar estes
créditos passados e a reduzir com segurança sua
carga tributária futura conseguirá erigir importante
relação de confiança. Isso fideliza o cliente, reduz
custos, protege o aluguel e efetivamente agrega valor
à locação
Adriano Augusto Pereira de Castro
Advogado (OAB/MG 94.959)
Assessor Jurídico do SINDLOC/MG (31) 3224-1292
Professor de Direito Empresarial da
Faculdade de Direito Promove
Mestrando em Direito Empresarial pela
Faculdade de Direito Milton Campos
Diretor-Secretário da Associação Mineira de
Direito e Economia

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