Fazer
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N.º 1 Faz bem à Saúde. TENDÊNCIAS O que é fashion para ela e para ele JANEIRO/MARÇO 2011 . Trimestral PORTO Nº1 JANEIRO/MARÇO 2011 Trimestral ¤ 3.00 A pousada do Freixo na rota de uma cidade sempre nova Rede Médis PAÍS DE GALES Tradição e modernidade Entrevista Daniel Serrão SAÚDE & BEM-ESTAR sumário EDITORIAL SUMÁRIO 4 NOTAS SOLTAS A não perder e para ficar a saber. 8 GRANDE ENTREVISTA Professor Daniel Serrão. 13 SIGHTSEEING (Re)descobrir Lisboa no eléctrico 28. 16 MUNDO MÉDIS Centro Clínico da Amadora e Clínica Parque dos Poetas. 21 ASSISTENTE REDE MÉDIS Raquel Santos, controller da Medicil Lisboa. 22 MUNDO MÉDIS Pedro Correia, director da Rede Médis em entrevista. 25 HITECH Um GPS à medida do golf e. 26 GLOBETTROTER Por terras do sul de Gales. 31 GOURMET Um clássico da Quinta dos Carvalhais. 32 WEEKEND Palácio do Freixo nas rotas do “novo” Porto. 34 MUNDO MÉDIS Eventos e iniciativas apoiadas pela Médis. 39 MUNDO MÉDIS Estudo Nielsen mostra a notoriedade da Médis. 41 MUNDO MÉDIS Desfrutar das Termas da Curia com a Rede Médis. 44 TENDÊNCIAS MODA Sugestões para ela e para ele. 48 PRAZERES Relógios que fazem a diferença. 50 MUNDO MÉDIS Saiba tudo sobre as redes complementares da Médis. 53 MUNDO MÉDIS Vintage, uma proposta para quem tem mais de 55 anos. 56 ON THE ROAD Honda CR-Z. 58 ÚLTIMA PÁGINA Sabia que...? Gustavo Barreto DIRECTOR DE MARKETING O N.º1 na capa desta edição marca a refundação da revista da Médis, uma publicação com mais de dez anos e originalmente destinada em exclusivo aos prestadores da Rede Médis, os quais, desde sempre, se revêem na revista. Mais Médis diz muito sobre este novo conceito de revista: – mais informação sobre a actividade da Médis, sobre os prestadores da rede, as iniciativas de comunicação, a inovação de produto, a marca e as vivências do universo Médis; – mais conteúdos, que incluem temas de interesse geral, da moda às viagens, da ciência à cultura, do lazer à saúde e ao bem-estar; – mais público, passando a atrair mais pessoas para a sua leitura, por mais tempo (quem sabe, tornar-se mesmo num objecto de culto); – mais páginas, mais cor, Mais Médis. A Mais Médis marca também o início de um novo ciclo, concluído o que se iniciou há cinco anos, com a renovação integral da oferta de produtos Médis, o alargamento de canais de distribuição, o reposicionamento da marca, o novo sítio da Médis na internet. Em cinco anos, a Médis obteve cinco prémios de marca (Superbrands e Marca de Confiança), reforçou o seu estatuto de marca líder e de prestígio, conquistou novos clientes, que trouxeram à Médis a dimensão que tinha em 2004, antes do movimento de mercado de todos já conhecido, e apresentou consistentemente resultados positivos, o que permitiu manter sempre uma oferta de qualidade a preços atractivos e sustentados. A Mais Médis espelha, pois, a Médis do futuro, ainda mais jovem, mais abrangente e mais dinâmica, inovadora e tecnologicamente avançada, com uma oferta distintiva e, sobretudo, orientada para as pessoas, os seus clientes e os seus prestadores, os que, com a nossa equipa dinâmica e motivada, fazem da Médis uma marca líder em Portugal. Mais Médis, mais do que nunca. Médis. Faz bem à saúde. Director: Gustavo Barreto. Direcção Editorial: Rui Faria ([email protected]). Textos: Cofina Media. Fotografia: Nuno Alexandre, Getty Images e C ofina Media. Pesquisa de Imagem: Diana Bastos. Copy-Desk: Carla Sacadura Cabral. Direcção de Arte: Sofia Lucas. Design Gráfico: Maria Papoula. Paginação: Maria Papoula e Patricia Santos. Produção: Cofina Media. Pré-impressão: Graphexperts, Lda., Av. Infante Santo, 42 - A/B, 1350-179 Lisboa. Impressão: Lisgráfica SA, Estrada Consigliéri Pedroso, 90, Casal de Sª Leopoldina, 2745-553 Queluz de Baixo. Propriedade: Médis – Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde S.A., Av. José Malhoa, 27, 1070-157 Lisboa. ([email protected]) Linha Médis:21 845 8888.Redacção: Cofina Media, Av. João Crisóstomo, 72 – 1069-043 Lisboa. Depósito Legal: 319892/10. Registo na ERCcom o nº 125985. Tiragem: 11.000 exemplares. Periodicidade: Trimestral. Médis - Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde, SA. Capital Social: 12.000.000 Euros. NIPC: 503 496 944. Sede Av. José Malhoa, 27 – 1070-157 Lisboa A Médis não subscreve, necessariamente, as opiniões veiculadas nesta revista. NOTAS soltas André Kertész O museu Jeu de Paume, em Paris, mostra, até ao dia 6 de Fevereiro de 2011, uma exposição monográfica da obra do fotógrafo húngaro André Kertész (1894-1985), reunindo trabalhos originais que espelham a sua longa carreira, revisitando temas como o espaço doméstico, os edifícios, as chaminés, as distorções e a solidão. DEOLINDA Os Deolinda são um caso sério em t ermos de popularidade e a sua música já ultr apassou fronteiras. Alegres e bem dispostos como sempre, vão subir aos palcos dos coliseus do Porto (22 de Janeiro) e de Lisboa (26 de Janeiro). STEVE LEHMAN OCTET AMAZÓNIA EXPEDIÇÃO A nova formação de Steve Lehman já foi considerada como uma das maiores surpresas do jazz nova-iorquino. O CD Travail Transformation and Flow trepou ao topo das listas de vendas, tendo sido aplaudido como um dos melhores trabalhos de 2010, podendo ser apreciado num concerto agendado para dia 25 de Janeiro na Casa da Música, no Port o. 4 JANEIRO/MARÇO 2011 Fotografia: Getty Images. D.R. Em 1783, uma expedição liderada por Alexandre Rodrigues Ferreira partiu de Lisboa com o objectivo de inventariar o património natural e etnográfico da Amazónia. Esta missão, muito ambiciosa para aquela época, é o tema de uma exposição que est ará patente ao público até ao próximo dia 13 de Janeiro no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações em Lisboa. ESCULTURAS MONUMENTAIS A exposição Dez Monumentais Esculturas Britânicas apresenta um conjunto de dez peças da denominada no va escultura inglesa produzidas entre 1987 e 2006. A mostra está patente ao público no museu arqueológico do Cerro da Vila, em Vilamoura, e integra algumas obras recentemente adquiridas pela Colecção Berardo que podem ser vist as até Setembro de 2011. LA DOLCE VITA A Gucci, em parceria com a Film Foundation (www.film-foundation.org), de Martin Scorsese, participa, pelo quinto ano consecutivo, na recuperação de um filme que faz parte da história do cinema. Desta f eita, a obra escolhida foi o La Dolce Vita, de 1960, que muitos consideram ser um dos melhores trabalhos de Federico Fellini. Mário Zambujal Dama de Espadas . Crónica dos Loucos Amantes é o mais recente romance de Mário Zambujal, publicado pela nova editora Clube de Autor. O estilo bem-humorado que tantos leitores conquistou leva-nos ao encontro de Eva, uma menina de onze anos, e de Filipe, um rapaz de dezoito, que se cruzam, anos mais tar de, na sempre romântica Vila de Sintra. SKUNK ANANSIE Apontados como uma das melhores bandas ao vivo, os Skunk Anansie estão de volta aos palcos portugueses para duas noites de puro rock. Depois do sucesso registado no Optimus Alive! 2010, a banda de Skin vai estar, a 7 de F evereiro, no Coliseu do Porto e, no dia seguinte, a 8, no Coliseu de Lisboa. JANEIRO/MARÇO 2011 5 NOTAS soltas A LUA ESTÁ MAIS PEQUENA O estudo dos dados recolhidos pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), que está na órbita da Lua desde Junho de 2009, permitiram concluir que o diâmetro do satélite da Terra está a reduzir-se “por efeito do arrefecimento do interior do planeta”, como admitiu Thomas Watters, um cientista do Smithsonian Institute de Washington. A contracção da crosta lunar levou à criação de montanhas que mais parecem rugas e que se estendem ao longo da sua superfície, algo que também já foi detectado em planetas como Marte e Mercúrio. É um processo que se iniciou há um milhão de anos, tendo sido na base de uma destas “rugas” que , em 1972, alunaram os tripulantes da missão da Apolo 17, os últimos astronautas que pisaram o solo lunar. PINK FLOYD FORA DO MERCADO Os álbuns que os Pink Flo yd gravaram depois do The Dark Side of the Moon deixaram de estar disponíveis no mercado. Com o fim do contrato com a Emi, apenas podem ser reproduzidos trabalhos anteriores. Deixa de poder ser feita qualquer reedição, até que a banda encontre um interessado em adquirir esses direitos. Resta saber quem irá chegar aos números exigidos por uma banda que desde 1991 vendeu, só nos EUA, 36,2 milhões de cópias, às quais se dev em acrescentar 6,5 milhões de downloads pagos. Um valor incrível para um grupo que não grava desde 1994. A Harley Davidson está decidida a manter vivo o mito que a tornou num ícone americano. A marca de Milwaukee já anunciou as novidades que vai lançar em 2011, com destaque para um novo modelo na série Sportster. Denominado SuperLow, tem uma nova geometria da suspensão dianteira, jantes mais modernas, um novo banco. Mais fácil de conduzir, é capaz de atrair uma clientela menos experiente. Para além disso, o construtor operou um face lift em todos os modelos da gama. O SEGREDO DOS TIBETANOS Viver em altitudes onde o ar é r arefeito é difícil para a maioria de nós, c ontudo é o habitat dos tibetanos. Um estudo da universidade de Berkeley, publicado na revista Science, conclui que não é só o ar pur o e uma vida calma que aumentam a esperança de vida. Essas populações são geneticamente diferentes e o seu organismo sofreu alterações biológicas que lhes permitem sobreviver em condições extremas, com concentrações de oxigénio inferiores a 40% das verificadas ao nível do mar. A equipa do professor Rasmus Nielsen estudou uma população que vive a altitudes superiores a 3.500 metros, que classificou como uma “humanidade paralela” e que poderá contar com cerca de 13 milhões de pessoas. 6 JANEIRO/MARÇO 2011 Fotografia: Getty Images. D.R. HARLEY DAVIDSON NÃO PÁRA Ao longo de dez anos, 360 in vestigadores realizaram o Census of Marine Life em 25 áreas marinhas, nos locais mais remotos do planeta. O tr abalho foi coordenado pela venezuelana Patricia Miloslavich, tendo concluído a existência de 230 mil espécies, das quais apenas um décimo estavam catalogadas, embora se admita a existência de muitas outr as ainda desconhecidas. As regiões da Austrália e do Japão (33 mil espécies), e a China e o Medit errâneo foram as áreas onde foi detectada uma maior biodiversidade. Os crustáceos são o maior grupo, representando um quinto da população, seguidos pelos moluscos (17%) e pelos peixes (12%). As algas e os organismos unicelulares representam 10%. HÁ 230 MIL ESPÉCIES NO MAR O LEGO VAI SER VIRTUAL GOOGLE ATACA SKYPE A Google lançou novos serviços de voz e de Gmail que permitem fazer chamadas telefónicas fixas ou móveis, entrando em concorrência com o Skype. Numa fase inicial, esta possibilidade está limitada ao território dos EUA, onde passa a ser possível fazer chamadas nacionais a custo zero e a um preço atractivo para outros países. Telefonar dos EUA para Inglaterra custa dois cêntimos de dó lar por minuto e os preços também são atractivos nas chamadas entre a redes fixas e móvel, já que uma chamada de um telefone em Nova Iorque para um telemóvel em Paris custa apenas 15 cêntimos de dólar por minuto. A Mercedes desenvolveu uma versão de competição com base no SLS AMG. Os potenciais clientes são privados interessadas em competir em provas de Grande Turismo ou em corridas como Le Mans, mas também milionários e coleccionadores de veículos exclusivos. O SLS AMG GT3 é impressionante no aspecto, nos 580 cv do motor 6,3 V6 biturbo, que é capaz de ultrapassar os 320 km/h e passar de 0 a 100 km /h em meros 3,8 segundos, mas sobretudo no preço anunciado: 334 mil euros, sem impostos. O Lego é o brinquedo mais marcante do século XX, mas as construções modulares estão prontas para ir mais longe. A empresa dinamarquesa que produz os Lego anunciou que está a desenvolver uma versão on-line das construções que marcaram a infância de gerações de crianças. O projecto, assumido por Jorgen Vig Knudstorp, o administrador delegado da Lego, chama-se Avant Gardens e aponta para a possibilidade de acesso às construções virtuais via Internet por apenas 9,99 dólares. “Os novos jogos em rede vão ampliar a experiência lúdica a níveis físico e psíquico”, considerou Mats Hansen, responsável pela Lego Universe. LOUCURA MILIONÁRIA JANEIRO/MARÇO 2011 7 GRANDE entrevista DANIEL SERRÃO O ESTADO DA SAÚDE EM PORTUGAL Com quase seis décadas de vida profissional, qual é o seu diagnóstico do estado da saúde em Portugal? Posso considerar que o estado da saúde no nosso país é bom. Os aspectos mais positivos passam pela grande capacidade técnica e científica dos nossos médicos, pelo que posso dizer que, hoje, o doente pode ser tratado em Portugal da mesma forma que pode ser tr atado em qualquer par te do Mundo, quando falamos em termos de competências médica, cirúrgica e terapêutica, o que é muito bom.O nosso principal defeito, a exemplo do que acontece em muitas outras actividades da vida portuguesa, passa pela falta de capacidade de organização. Como é que se faz sentir esse problema organizacional? Temos um serviço nacional de saúde [SNS], que nasceu a seguir ao 25 de Abril, apoiado no que existia à época e o que existia na altura não era bom. O SNS foi ocupar um espaço onde estava a Caixa de Previdência e já nessa altura se falava de uma “medicina caixista” , com má qualidade e sem respeito pela autonomia e pela liberdade dos cidadãos, que não tinham liberdade de escolha. Era uma coisa que er a dada e, como diz o nosso povo, ao que é dado, nós agradecemos e pronto. Ao herdar esta estrutura, o SNS também herdou alguns dos defeitos que a estrutura em questão tinha. São os erros do pecado original, como eu costumo dizer. Se tivesse havido um pouco mais de ponderação e de tempo, pois não havia nenhuma urgência, pelo que poderíamos ter esperado dois ou três anos, como fez a Inglaterra, tinha-se criado um novo serviço de medicina de raiz, esque8 JANEIRO/MARÇO 2011 cendo os métodos e as estruturas de vinculação do pessoal que vinham de trás. Quais as principais dificuldades que surgem no presente? A prestação de cuidados de saúde tem encarecido em todo o Mundo e não só em Portugal, sendo expectável que vá continuar a encarecer porque as tecnologias evoluem muito, o mesmo acontecendo com os tratamentos. E isso faz com que os custos sejam cada vez mais elevados. Eu costumo dizer que, antigamente, uma úlcera duodenal tratava-se com caminha, um mês a leite e uns comprimiditos baratos, e, ao fim do mês, a úlcera estava cicatrizada. Hoje, são necessárias radiografias, endoscopias, biopsias, e uma simples situação duodenal custa um dinheirão, mesmo sem falar na medicação. Olhando para o lado mais positivo, a qualidade dos cuidados de saúde, podemos concluir que houve uma grande evolução no trabalho das faculdades de Medicina. As nossas faculdades acompanharam muito bem essa evolução. Pode dizer-se que, a partir do Programa Ciência, surgiu o dinheiro vindo da União Europeia, o que permitiu criar grandes centros de investigação, como é o caso do IPATIMUP, o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, que ainda foi criado no meu serviço e que contou com o meu envolvimento, apesar de estar, desde o início, entregue a um cientista de grande qualidade, como o é o prof essor Sobrinho Simões, ou o caso do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa. Temos, hoje, grandes estruturas de investigação na área da Biologia Médica e da Medicina que se tor- naram viáveis graças aos fundos comunitários e do governo português, e que permitiram criar uma estrutura de investigação de qualidade, onde tem de ser igualmente enquadrado o Instituto Gulbenkian de Ciência. A e volução das faculdades de Medicina foi muito grande, quer as clássicas, quer as no vas. P osso afir mar que a Universidade do Minho tem, hoje, uma posição de relevo na investigação biológica que se faz no nosso país, tendo já grande reputação a nível internacional. Como é que a evolução no campo da investigação chegou aos serviços médicos? A possibilidade de ha ver inv estigação médica melhorou o exercício profissional. Os clínicos, aqueles que estão no terreno a tratar os doentes, beneficiaram muito das unidades de inv estigação de Anatomia Patológica, tanto mais que muitos dos resultados de toda essa investigação foram rapidamente transferidos para os próprios clínicos. Foi uma transferência transversal, que permitiu que os serviços e os doentes pudessem ter sido muito beneficiados. É por isso que posso reafirmar que, seja em termos de investigação, seja a nível da prática médica, a saúde está bem em P ortugal. Apesar do optimismo face ao trabalho de investigação que se faz em Portugal, afirmou, numa entrevista ao jornal Notícias Médicas, que “o português faz uma flor e, depois, desinteressa-se. Faz uma tese de doutoramento f ormidável e , depois, nunca mais estuda aquele assunto”. Essa afirmação é verdadeira, mas, actualmente, a situação é um pouco dif erente. Quando disse isso, talv ez estiv esse a recordar a minha própria experiência e a experiência Fotografia: Mariline Alves. Aos 82 anos de idade, o professor Daniel Serrão, presidente do Conselho Médico da Médis, alia a experiência de uma vida dedicada à Medicina, quer na ár ea clínica, quer no campo do ensino, c om a visão esclarecida de um observador atento de todas as áreas da saúde. Por Rui Faria. JANEIRO/MARÇO 2011 9 GRANDE entrevista de alguns dos meus colaboradores, porque era costume pegar-se num tema que era aprofundado até onde era possível, ao longo de cinco ou seis anos, defendia-se a tese e parecia que fica vam satur ados daquele assunto. Foi por isso que eu insisti sempre com os meus colabor adores e com as pessoas que acompanhei no doutoramento, dizendo-lhes que, se aprofundaram um tema, então agarrem-se a ele e nunca mais o larguem. Tanto mais que era isso que eu via fazer no estrangeiro. Até que ponto essa situação se alterou? As pessoas que passaram pelo meu serviço e, hoje, são investigadores no IPATIMUP permanecem agarradas aos mesmos temas, continuando a descobrir sempre coisas mais avançadas. Não faz nenhum sentido andar a saltitar, porque, dessa forma, não to faz com que apareçam espaços novos e especialidades novas, e as previsões são difíceis. Para além disso, há uma estrutura etária do médico. Houve ondas de formação de médicos e, em determinada altura, surgiram muitos, todos com idades muito próximas, os quais, hoje, estão próximos da idade da reforma, pelo que, nesta altura, são necessários muitos médicos jovens. Nos anos 70,houve um estudo,que até nem é muito difícil do ponto de vista matemático, que calculava o número de médicos que estavam em f ormação, os que saíam da faculdade e os que saíam por limite de idade, e já nessa altura concluíram que, no ano 2000, iria haver falta de médicos. No entanto, a situação era muito complicada porque o SNS dava emprego imediato ao médico. Todos os médicos que se forma- e, hoje, é exac tamente o contr ário. Há desemprego na enfermagem e só encontram emprego em Espanha, enquanto que, há quinze ou vinte anos, era o contrário, havia excesso de enfermeiros por lá e eles vinham trabalhar em Portugal. Recordo que, no Hospital da Feira, quase todos os enfermeiros chegaram a ser da Galiza. Como vê as alterações que têm surgido ao nível da política da saúde no nosso país? Em 1998, a então ministra da saúde, Maria de Belém Roseira, criou um conselho, do qual fiz par te, par a realizar um estudo sobre a ref orma da saúde em P ortugal. Trabalhámos durante três anos e entregámos as conclusões dentro do prazo estipulado. Politicamente, não foi muito bom, porque coincidiu com o fim da legislatura, e o governo do engenheiro Guterres, “Não há forma de gerir uma questão que envolve milhões de consultas diárias. É fundamental contar com uma intranet da saúde.” se chega a resultado nenhum. Os investigadores actuais já sabem que é assim,porque só desta f orma ganham capacidade para publicar nas revistas de melhor qualidade, pois passam a ser reconhecidos nas suas áreas. Foi o que aconteceu com o trabalho que se fez no IPATIMUP ao nível do helicobacter pylori, onde foi esmiuçado, desfibrando totalmente os problemas que levam à presença de uma bactéria daquelas na parede do estômago, o que conduziu a que o grupo fosse reconhecido internacionalmente como o que mais tem vaançado no conhecimento da interacção entre o helicobacter e a parede gástrica, inclusivamente para a gastrite e o carcinoma. Se, em termos de investigação, os resultados falam por si, em termos de prática clínica, a falta de médicos está na ordem do dia. Qual a origem deste problema? Esse é um problema complicado. É muito difícil calcular o número de médicos necessários num país, porque o desenvolvimen10 JANEIRO/MARÇO 2011 vam, faziam a especialidade e estavam dentro do serviço. Eram funcionários públicos e, daí em diante, a maioria nunca mais saía, embora surgissem situações complicadas, como a escolha das especialidades. Se alguém escolhesse Pediatria, por exemplo, mesmo que houvesse excesso de pediatras, eles esta vam dentro do sistema e er am pediatras mesmo, quer houvesse necessidade deles ou não. Para além disso, a abertura do internato médico nunca foi criteriosa. Nunca se disse que só vamos abrir dez vagas para cardiologistas porque já temos cinco mil e não necessitamos de mais. Nunca houve números ou meios,nem informação, par a se tomarem estas decisões a nível da gestão dos pessoais médico e de enfermagem. Também já tivemos problemas com o pessoal de enfermagem e todos reconheciam que falta vam enf ermeiros. Começaram a surgir várias escolas porque os rapazes e as raparigas sabiam que tiravam aquele curso e tinham logo emprego que veio a seguir, afirmou que nessa legislatura a saúde seria a prioridade.No entanto, saiu ao fim de dois anos e as coisas acabaram por não correr muito bem.Contudo, muitas das medidas que preconizámos foram sendo implementadas devagarinho, sobretudo no tempo do ministro Correia de Campos, que percebeu que er a um estudo completo, exaustivo e bem feito. O que aconteceu a esse estudo? Esse estudo tem trezentas páginas e, por isso, ninguém o leu. Em Portugal, ninguém lê e nem os ministros lêem trezentas páginas. Mas a génese e a identificação dos problemas estão lá. Nunca vi outro trabalho e mesmo este, feito pelo professor Jorge Simões, sobre a sustentabilidade do sistema financeiro, não vai tão fundo como nós fomos na análise que fizemos.A nossa base é muito simples: sem inf ormatizar totalmente as prestações do serviço de saúde, não há forma de gerir uma questão tão complexa, que envolve milhões de consultas diárias, pelo que é fundamental contar com uma intranet da saúde, capaz de cobrir tudo, incluindo a actividade privada, pois só assim pode delinear-se com segurança uma política de saúde eficaz. Deste modo, cada ministro da saúde, quando lá chega, vê que não tem dinheiro para pagar as despesas e só tem duas soluções: ou arranja mais dinheiro ou diminui a oferta. Podem fazer o que quiserem, não há mais nenhuma alternativa. Cabe ao Estado saber se de ve comprar submarinos ou dar mais dinheiro à saúde. Se não houver mais dinheiro, será necessário ficar a dever aos fornecedores, às farmácias, aos médicos e a toda a gente. É por isso que o Estado é um caloteiro crónico, o que é uma vergonha para o país. O que o ministro Correia de Campos ez f foi reduzir a oferta. Fechou tudo aquilo que considerou que não era essencial. O que outros países fizeram foi criar aquilo a que chamam pacote de cuidados de saúde necessários, que são os únicos que são garantidos de forma gratuita. Não estaremos a olhar para a saúde numa perspectiva meramente economicista? Claro que estamos, mas não há outra alternativa, porque a saúde é caríssima. A perspectiva económica tem de ser vista por toda a gente, a começar pelo médico quando pega na caneta, porque, quando prescreve uma receita, está a criar uma despesa,quando manda fazer uma análise,uma radiografia, uma tomografia, etc., é a mesma coisa. Muitos médicos talvez devessem pensar: “Se calhar, eu resolvo isto tudo com uma boa ecografia e só é isso que peço. ” Cheguei a ver listas de pedidos de exames que er am completamente absurdas, onde coisas se anulavam ou eram contraditórias entre si. Paralelamente a esta situação do SNS, como vê o crescimento da oferta em termos dos seguros de saúde? O SNS não nasceu muito bem e,em muitas áreas, não funciona bem, como pode verse pelas listas de espera, uma coisa terrível para as pessoas e que, do ponto de vista ético, é condenável. Se uma pessoa está doente, tem de ser tratada. No caso de um doente em que se verifica que tem diabetes, ele não pode ficar seis meses à espera de uma consulta, porque a diabetes está lá todos os dias e não fica à esper a que o doente possa ter uma consulta. Situações deste tipo criaram um espaço na área da prestação dos cuidados de saúde para prestadores capazes de serem mais eficientes do que o SNS. Embora não nos possamos esquecer que, num caso, as coisas podem ser assim-assim, mas é de graça e, no outro, havendo qualidade, ela tem de ser paga. No entanto, a doença é um acidente.É como um acidente de viação. Quem sofre esse acidente, necessita de quem cubra a despesa. E é o que acontece com os serviços privados de saúde, os quais, com a sua actividade, também contribuíram para melhorar o SNS, já que muitos dos cuidados médicos são adquiridos no SNS e a seguradora exige determinado tipo de qualidade. Como se explica o aumento das notícias sobre erros médicos? Não é um fenómeno novo, mas, antigamente, o erro médico era aceite. As pes- soas até diziam que, “desta vez, o médico acertou” ou que“este médico é muito bom, acerta muitas vezes”, pelo que estava estabelecido que, frequentemente, o médico não acertava, o que até se compreende porque a Medicina não é uma ciência de rigor, como a Física ou a Matemática.Com o progresso científico, criou-se a sensação de que o médico não podia errar nunca, o que é uma ilusão. Quando um médico comete um erro, o erro pode acontecer por desconhecimento ou por falta de condições. Em Anatomia Patológica, eu costumava dizer que ninguém podia fazer o diagnóstico de uma doença que não conhecesse. Esses são os erros que considero desculpáveis. O que já não acontece quando o médico sabe o que deve fazer e é negligente. E, nesse caso, o médico é culpado e deve ser responsabilizado por isso. Contudo, se um médico está num serviço de ur gência onde só há uma máquina à qual está ligado um doente e chega outro, o médico não tem culpa nenhuma. É um caso de falta de meios. Eu cheguei muitas a vezes a aconselhar os chefes de equipa do serviço de urgência a verificarem, à chegada ao hospital, tudo o que tinham ao seu dispor e a fazerem uma declar ação imediata dessas condições, par a e vitar virem a ser responsabilizados por qualquer problema que pudesse vir a ocorrer. E o caso de erros de diagnóstico? O erro de diagnóstico pode sempre ocorrer porque chega-se a um diagnóstico por fases. Um doente chega ao hospital com icterícia. Toda a gente vê que ele está amarelo, mas a icterícia pode ter quatro ou cinco causas, pelo que é necessário que nos vamos aproximando até chegar a uma conclusão. “A perspectiva económica tem de ser vista por toda a gente, a começar pelo médico quando pega na caneta, porque, quando prescreve uma receita, está a criar uma despesa.” JANEIRO/MARÇO 2011 11 GRANDE entrevista No entanto, se, nesse percurso, houver um pequeno desvio, o médico nunca mais vai acertar com o diagnóstico. Não tenho dúvida de que os médicos se esforçam por evitar esses erros e que talvez fosse necessário haver mais cursos de formação. Porque, em alguns países, os patologistas são obrigados a frequentar esses cursos de cinco em cinco anos. Isso é muito impor tante, pois vão surgindo doenças novas. Eu, por exemplo, tenho a certeza de que errei numa autópsia de um doente brasileiro que morreu com sida. Hoje, sei que era sida, mas, na altura, nem eu nem ninguém emortugal P conhecia essa doença. O que difere a ética da deontologia? Faz-se permanentemente uma grande confusão sobre ética e deontologia. A deontologia é um código de de veres que o médico deve cumprir no ex ercício da sua profissão em situações que estão tipificadas no código, onde está a situação e a decisão. É a cristalização em lei,embora seja uma lei da Ordem dos Médicos,de decisões médicas em situações concretas. A ética antecede a deontologia.É uma análise das condições e dos valores que de vem ser invocados numa determinada situação para serem ponderados para ser encontrada uma solução. Quando é apresentada uma situação, os eticistas, a partir dessa apresentação, prescrevem um determinado comportamento. Essas decisões éticas acabam por ser reconhecidas pelos médicos como sendo as boas, e, nessa altura, passam do nível ético para o nível deontológico. Como encar a o c onfronto entr e a ética e a investigação científica? As reservas que a Bioética le vantou em algumas situações da investigação científica contribuíram, em muitos casos, para o progresso científico, embora seja comum ouvir as pessoas dizerem o contr ário. Refiro, muito em concreto,o caso das células estaminais de origem embrionária com valor terapêutico. A ética disse que não parece muito correcto que se sacrifique um ser humano, que é o embrião, que é inquestiona velmente um ser viv o da espécie humana, para benefício de outro. Do ponto de vista ético, é uma opção inaceitável. Em muitos países, esta conclusão foi tida como boa, o que levou a que os investigadores procurassem outra fonte de células estaminais com valor terapêutico que não fosse o embrião humano e que desse os mesmos resultados. E, em meia dúzia de anos, encontrou-se uma possibilidade de transformar as células normais, da pele, da medula óssea, em células estaminais com o mesmo valor terapêutico. Se isso não tivesse sido feito, teriam continuado a trabalhar com embriões humanos e hoje sabe-se, através de trabalhos publicados em todo o Mundo,que as células estaminais provenientes do indivíduo adulto, essas células do seu próprio corpo, têm vantagem do ponto de vista imunológico, porque não há rejeição. CURRICULUM VITAE Daniel dos Santos Pinto Serrão, o presidente do Conselho Médico da Médis, é um tr ansmontano, nascido a 1 de Março de 19 28, em Vila Real. Aos 23 anos, terminou o curso na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e, em 1959, concluiu o doutoramento com 19 valores. Com 43 anos de idade, foi aprovado, por unanimidade, como professor catedrático, assumindo a direcção do Serviço Académico e Hospitalar de Anatomia Patológica. Entre 1975 e 2002, dirigiu um laboratório privado de Anatomia Patológica, tendo sido responsável pela realização de cerca de um 1 .600.000 exames para clientes públicos e privados. Professor de Anatomia Patológica, Medicina Legal, Bioética e Ética Médica, f oi jubilado em 1998. Representante de Portugal e membro do Bureau do Comité Director de Bioética, presidente do Working Party on the Protection of The Human Embryo and Foetus, membro do Conselho Científico das Ciências da Saúde do Institut o Nacional de Investigação Científica (até à sua extinção, em 1992), presidente da Comissão de Fomento da Investigação em Cuidados de Saúde do Ministério da Saúde de 1991 a 2008 e pr esidente do Conselho de Ética da Saúde do Hospital da Or dem da Trindade, Daniel Serrão foi também orientador de dezassete dissertações de mestrado em Bioética dos cursos da F aculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa – Braga e uma da Universidade Católica Portuguesa – Lisboa, para além de professor nos mestrados de Bioética da Universidade Católica Portuguesa. 12 JANEIRO/MARÇO 2011 sight SEEING Fotografia: Nuno Alexandre O AMARELO DA CARRIS... O eléctrico 28 vai dos Prazeres até ao Martim Moniz. Cruza os velhos bairros de Lisboa numa viagem que permit e (re)descobrir recantos de uma cidade que a maioria já esqueceu ou nunca viu com olhos de ver. Por Rui Faria. JANEIRO/MARÇO 2011 13 SIGHT seeing A e o operariado aliaram-se no fervor revolucionário que esteve na origem da implantação da República. O espírito bairrista continua vivo por aquelas bandas, onde o chamado comércio tradicional continua a marcar posição e as pessoas ainda se conhecem umas às outras. Vale a pena conhecer a Garrafeira de Campo de Ourique (Rua Tomás da Anunciação, 29-A), cheirar os odores da Oli & V inegar (Rua 4 de Infantaria, 29-D) e saborear os petiscos da Tasca da Esquina, do chef Vítor Sobral (Rua Domingos Sequeira, 41-C), para não falar em ex-libris como o Melhor Bolo de Chocolate do Mundo ou o restaur ante Coelho da Rocha, vizinhos na Rua Coelho da Rocha. A carreira 28 segue, depois, em direcção à Estrela, detendo-se junto da Basílica que D.ª Maria I mandou construir após CAMPO DE OURIQUE ESTRELA SÃO BENTO CHIADO RUA AUGUSTA SÉ/CASTELO o nascimento do herdeiro da coroa. No entanto, D. José acabou por morrer de varíola dois anos antes do final da construção (1790). O jardim fronteiro é um local tão belo como apr azível, sendo curioso o coreto em f erro, que para ali se mudou quando o Passeio Público deu lugar à construção da actual Avenida da Liberdade. O eléctrico prossegue em direcção a São Bento, onde surge o edifício da Assembleia da República, que foi o Palácio da Cortes nos últimos anos da Monarquia, embora tivesse sido construído no século XVI como convento beneditino. Logo à frente, surge a Rua do Poço dos Negros, um nome que, segundo o olisipólogo Gustavo de Matos Sequeira, pode ter a ver com o facto de o convento ter sido conhecido como São Bento dos Frades Negros, devido à cor PRAZERES o mesmo tempo que aumenta o número de estrangeiros que invade as zonas históricas de Lisboa, a memória dos lisboetas esquece a cidade que o v elho eléctrico 28 continua a cruzar, indiferente ao tempo que passa, percorrendo bairros com história, ruas curiosas e vielas escondidas do sol. Uma das mais interessantes viagens pela cidade pode começar nos Pr azeres, uma freguesia que cresceu numa encosta ventosa que, progressivamente, foi ocupada pelos operários das fábricas que surgiram na Alcântara do século XVIII. Mais tarde, nos tempos do Liber alismo, ganhou um novo vizinho, o bairro de Campo de Ourique, nascido após a extinção dos conventos que por ali existiram. No novo xadrez urbano criado por Fontes Pereira de Melo, a burguesia 1 2 3 4 5 6 7 5 4 4 3 2 O MELHOR BOLO DE CHOCOLATE Um passeio por Campo de Ourique permite descobrir o comercio tradicional no seu melhor e uma passagem pelo Melhor Bolo de Chocolate do Mundo é obrigatória. 14 JANEIRO/MARÇO 2011 O JARDIM DA ESTRELA É UM ÓASIS O Jardim da Estrela é um refúgio de calma, onde vale a pena desfrutar de uma sombra. O coreto (na foto) que veio do “Passeio Público” é apenas mais uma curiosidade de um espaço único na cidade. O CONVENTO VIROU ASSEMBLEIA O Palácio de São Bento é a residência oficial do primeiro-ministro. Está ligado ao edifício da Assembleia da República, onde funciona um museu. LARGO DE CAMÕES E CHIADO O Largo de Camões e o Chiado são, há muito, locais de culto da Lisboa cosmopolita. A velha Brasileira é um ícone que resiste à passagem de tempos e vontades, mantendo o seu glamour. 6 O MUDE ANIMA A BAIXA Os lisboetas viraram as costas à Baixa pombalina. No entanto, vale a pena passear por ali e, sobretudo, conhecer o MUDE, um museu que, graças à sua colecção e às exposições, colocou a cidade no mapa do design europeu. ESCOLAS GERAIS SÃO VICENTE GRAÇA MARTIM MONIZ suas esplanadas. O eléctrico segue pela Rua das Escolas Gerais, onde D. Dinis instalou a primeir a universidade portuguesa, passando por uma rua estreita, onde o sol nunca entr a, antes de subir em direcção à Igreja de São Vicente de Fora, um dos mais belos monumentos de Lisboa, que deve o seu nome ao facto de ter sido construído no século XII, fora das muralhas da cidade. A passagem pelo miradouro do Bairro da Graça, sobranceiro à Mouraria, pode servir de aperitivo para uma visita ao Botequim (Largo da Graça, 79), um bar restaurante, recentemente restaurado, que foi ponto de encontro de tertúlias literárias lideradas por Natália Correia. É um local ex celente para terminar a viagem, embora o incansável 28 ainda siga na direcção de Sapadores, passando pelos Anjos, antes de chegar ao Largo do Martim Moniz... PORTAS DO SOL mandada construir por D. Afonso Henriques após a tomada de Lisboa. A imponente igreja românica está acompanhada pela Igreja de Santo António, que se ergue no local onde se diz que o santo ter á vivido. Apesar do espírito do santo, o pecado da gula mor a ao lado, no restaurante Santo António de Alfama, propriedade do actor José P edro Vasconcelos. Daí, nem vale a pena esper ar por outro eléctrico. Basta seguir os carris e passar à porta do Aljube, uma das prisões políticas do Estado Novo. Logo à frente, as opções são duas: subir ao Castelo de São Jor ge ou ir bisbilhotar o Mir adouro de Santa Luzia e as Portas do Sol, com a sua vista deslumbrante sobre Alfama e o Tejo, onde vale a pena conhecer o museu da Fundação Ricardo Espírito Santo, num local onde a noite ganha outr a vida nas SANTA LUZIA dos seus hábitos, aventando a hipótese de por ali ter existido um poço nas hortas conventuais. Subindo a Calçada do Combro, vale a pena parar e visitar o Mir adouro de Santa Catarina e passar algum tempo na sua esplanada, descer o Elevador da Bica até à Rua de São P aulo, passear pelas ruas do Bairro Alto ou seguir até ao Lar go de Camões e beber um caf é na Brasileira do Chiado, com a estátua de F ernando Pessoa como companhia. Havendo tempo, o Museu de Arte Moderna está ali ao lado e vale a pena ser melhor conhecido. De regresso ao eléctrico – ele está sempre a passar –, a viagem cruza o geometrismo das ruas da Baixa e, na Rua Augusta, bem perto do arco, surge o Museu do Design e da Moda, o MUDE, outro local a não perder. Poucas paragens à frente, surge a Sé, 8 9 10 11 12 13 7 DA SÉ AO CASTELO Quem sobe em direcção à Graça, não pode ficar indiferente à Sé de Lisboa. Visitar a catedral pode ser um bom ponto de partida para um passeio até ao Castelo de São Jorge. 8 9 OLHAR ALFAMA O Miradouro de Santa Luzia oferece uma das mais belas vistas sobre o Tejo, ao mesmo tempo que permite descobrir as ruas labirínticas do velho bairro de Alfama, que merecem uma visita mais atenta. AS PORTAS DO SOL SÃO ANIMADAS As Portas do Sol são mais do que um miradouro. Durante o dia, vale a pena conhecer o Museu da Fundação Ricardo Espírito Santo e, durante a noite, a animação estende-se até altas horas, num bairro que sempre foi boémio. 10 11 SÃO VICENTE DE FORA O Mosteiro de São Vicente de Fora é um dos mais curiosos monumentos da cidade. Nasceu após a conquista e, ao longo da história, foi sempre sendo renovado. A visita é uma viagem no tempo. DA GRAÇA AO MARTIM MONIZ Se a viagem terminar na Graça, vale a pena olhar a cidade do miradouro que surge ao lado da igreja. Daí, é possível ver o Martim Moniz, o final da carreira para quem começou viagem nos Prazeres. JANEIRO/MARÇO 2011 15 MUNDO médis CLÍNICA A Clínica Parque dos Poetas está localizada numa das zonas mais modernas de Oeiras, junto do parque com o mesmo nome. Integrada na Rede Médis, oferece um serviço de excelência a todos quantos vivem na sua área de influência. C om excelentes acessibilidades para quem se desloque de comboio, de autocarro ou de automóvel (quer pela A5, quer pelo IC19), a Clínica Parque dos Poetas propõe um conjunto completo de cuidados de saúde ambulatórios num mesmo local à população que reside no eix o LisboaCascais-Sintra. Esta unidade do Grupo Espírito Santo Saúde disponibiliza consultas de diversas especialidades, análises clínicas, um centro de Imagiologia (onde pode ser realizada uma gama vasta de exames), um hospital de dia cirúr gico com uma unidade de exames especiais de Gastroenterologia e uma unidade de cirurgia ambulatória ou de internamentos curtos. Inaugurada em Maio de 2007,a Clínica Parque dos Poetas “foi construída de raiz, de acordo com uma aposta do Grupo Espírito Santo Saúde na área do ambula- 16 JANEIRO/MARÇO 2011 PARQUE DOS POETAS tiu Pedro Mateus. Por isso, foi desenvolvida “uma of erta integr ada com todas as especialidades médicas, com cirurgia de ambulatório e com exames especiais onde as pessoas podem resolver entre 95 e 98 por cento dos seus problemas de saúde”. UMA ZONA NOBRE A Espírito Santo Saúde escolheu uma loca- Os restantes dois por cento “são as cirurlização “na zona nobre de crescimento de gias de urgência, situações agudas que exiOeiras, junto de diversos parques empre- gem inter namento ou tr atamento muito sariais”, com boas acessibilidades e numa diferenciado”. Tal como acontece com o Hospital da Luz área de forte cresciCentro Clínico da mento populacional, Amadora, também seguindo padrões esta unidade do que têm presidido à Grupo Espírito Santo abertura das suas uniSaúde “conta com o dades de saúde, backup do Hospital da como “óptimas infraLuz”. O Hospital da estruturas e tecnoloLuz Centro Clínico da gia de ponta, um Amadora “funciona corpo clínico de em especial ar ticulaexcelência, neste ção com a Clínica caso, partilhado entre Parque dos Poetas em o Hospital da Luz, o Pedro Mateus termos de consultas e Hospital da Luz de of erta das mais Centro Clínico da diversas especialidaAmadora e a Clínica do Parque dos Poetas. O conceito é sem- des médicas, já que, em Oeiras, estão mais pre igual, colocando o cliente no centro centradas as cirurgias de ambulatório e os de tudo” , explicou-nos P edro Mateus. exames especiais”. O crescimento tem sido Desde que foi equacionada a construção sustentado pelo que, “em Maio de 2009, da clínica em Oeiras que o grande objecti- instalámos uma ressonância magnética vo do Grupo Espírito Santo Saúde foi o da para satisfazer as necessidade da procura “criação de um centro de saúde do século crescente que a Clínica Parque dos Poetas XXI” no eixo Lisboa-Cascais, como admi- foi tendo”. tório”, recordou-nos Pedro Mateus, director-geral. A opção visou “colmatar a lacuna de uma unidade de saúde com umaerof ta ambulatória integrada na região”. Fotografia: Nuno Alexandre. “Oferta integrada com todas as especialidades médicas, com cirurgia de ambulatório e exames especiais.” ANÁLISES CLÍNICAS COM MARCAÇÃO PRÉVIA A Clínica Parque dos Poetas permite realizar colheitas para análises clínicas com marcação prévia para o horário compreendido entre as 8h30 às 10h50. Estas marcações podem ser realizadas por e-mail ([email protected]), por fax (21 710 48 24) ou presencialmente na recepção do atendimento médico permanente, indicando nome, data de nascimento e telefone de contacto do paciente. A prescrição médica deve acompanhar as marcações realizadas por correio electrónico e por fax; no caso das mar cações presenciais, esta deve ser apresentada. ASSISTÊNCIA PERMANENTE Apesar de estar vocacionada para a cirurgia de ambulatório, a Clínica Parque dos Poetas também conta com um serviço de atendimento permanente “que funciona entre as 9 e as 22 horas, 365 dias por ano, com Patologia Clínica de apoio (análises) e Radiologia de apoio, par a além da Cirurgia Geral e Ortopedia, para a resolução de pequenos problemas. Caso seja necessária uma cirurgia de urgência, é utilizado o Hospital da Luz como backup”. A Clínica Parque dos Poetas conta com serviços das diversas especialidades médicocirúrgicas incluindo Cirur gia Ger al, JANEIRO/MARÇO 2011 17 MUNDO médis Ortopedia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Plástica e R econstrutiva, Estética, Cirur gia Vascular, e a aposta passa sempre pelo ambulatório. “Já realizámos cirurgias de ambulatório bastante inovadoras. Fizemos a única colectomia laparoscópica em ambulatório realizada em Portugal.” PEDRO MATEUS DIRECTOR GERAL DA CLÍNICA PARQUE DOS POETAS CONSULTAS E ESPECIALIDADES “A parceria com a Médis começou em 2000, desde logo através do Hospital da Arrábida e da Cliria – Hospital Privado de Aveiro, os primeiros hospitais adquiridos pelo Grupo Espírito Santo Saúde”, recordou-nos Pedro Mateus. “A Médis teve um papel fundamental no desenvolvimento do mercado de saúde privada em Portugal e, para o Grupo Espírito Santo Saúde, esta ligação seria sempre incontornável.” Uma ligação de parceria com dez anos que “foi sempre marcada por uma relação de grande proximidade com vista a melhorar a qualidade da oferta e dos níveis de serviço aos clientes, que são clientes das duas 18 JANEIRO/MARÇO 2011 entidades”. Para Pedro Mateus, o principal indicador de sucesso desta parceria “é o facto de todos os hospitais do Grupo Espírito Santo Saúde estarem integrados na Rede Médis”. A parceria assenta “numa relação de confiança mútua. A Médis está na génese do crescimento do managed care em Portugal e sempre foi uma seguradora com uma oferta muito inovadora para os seus clientes, sendo uma entidade reputada a que importa estar associado”. Surge, assim, uma associação com vantagens mútuas, tanto mais que “os seguros da Médis têm uma cobertura muito interessante em termos de serviços ao cliente, que vai ao encontro de uma oferta muito ampla, como as ofertas que são propostas pelo Grupo Espírito Santo Saúde”, como reconheceu Pedro Mateus. No caso específico da Clínica Parque dos Poetas e do Hospital da Luz Centro Clínico da Amadora, a parceria “garante aos clientes Médis que residam no eixo Sintra-Lisboa mais uma unidade de saúde com um corpo clínico de excelência, bem como um acesso mais rápido a um serviço de atendimento permanente com todas as especialidades médicas e que é garantido pelo Hospital da Luz e por um serviço totalmente diferenciador”. EXAMES DE DIAGNÓSTICO No campo da Imagiologia estão disponíveis: Densitometria Óssea, Ecografia, Mamografia, Ortopantomografia, Radiologia Geral, Ressonância Magnética (RM) e Tomografia Axial Computorizada (TAC), Angiologia e Cirurgia Vascular. Estão igualmente disponíveis exames de especialidades nas seguintes áreas: Angiologia e Cirurgia Vascular, Cardiologia, Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Ginecologia-Obstetrícia, Neurorradiologia e Oftalmologia. Fotografia: Getty Images. UMA PARCERIA DE SUCESSO A Clínica Parque dos Poetas conta com um leque alargado de especialidades e de linhas assistenciais, incluindo: Anestesiologia, Cardiologia, Cardiologia Pediátrica, Cirurgia Geral, Cirurgia Maxilofacial, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Estética, Cirurgia Vascular, Dermatologia, Ortopedia, Oftalmologia, Urologia, Cirurgia Vascular, Pediatria, Medicina Geral e Familiar, Endocrinologia, Gastrenterologia e Ginecologia-Obstetrícia. HOSPITAL DA LUZ CENTRO CLÍNICO DA AMADORA O Hospital da Luz Centro Clínico da Amadora “abriu em Outubro de 2009, depois de o Grupo Espírito Santo Saúde ter identificado a necessidade da prestação de cuidados primários com uma oferta alargada e integrada naquela zona”, diz Pedro Mateus, administrador da clínica.“Estamos a falar de uma população alvo que oscila entre as 450 e as 600 mil pessoas e não havia uma clínica privada com este tipo de oferta naquele local, havendo escassez de serviços integrados de saúde, pelo que decidimos criar uma clínica de cuidados primários com alguns factores distintivos.” Por outro lado, o local escolhido para o centro“tem uma boa acessibilidade para todos quantos se desloquem a pé, mas também para quem se desloque de automóvel”, estando situado numa zona central da cidade da Amadora, onde “foi possível construir um parque subterrâneo com cerca de 480 lugares e com preços especiais para os clientes do centro clíni- O Hospital da Luz Centro Clínico da Amadora funciona em rede com o Hospital da Luz, em Lisboa, servindo uma região que, durante demasiado tempo, esteve carenciada em termos de cuidados de saúde privados. Integrado na Rede Médis, o centro serve a população que vive no eixo Lisboa-Sintra. co”. Para além da localização e da acessibilidade, foram seguidos outros padrões das unidades de saúde do Grupo Espírito Santo Saúde, como “a qualidade de construção, a tecnologia de ponta e um corpo clínico de elevada reputação”, o que permitiu criar uma oferta de serviços “que ou não estavam disponíveis na zona, ou cujas marcações eram muito demoradas”. tas vezes, há listas de espera”. Deste modo, o Hospital da Luz Centro Clínico da BALANÇO POSITIVO Amadora foi “ao encontro das necessidaAo fim de um ano de actividade, Pedro des das pessoas”, o que justifica um cresciMateus faz um balanço muito positivo, “já mento “na ordem dos 35% ao mês desde que, comparativamente a outras unidades a abertura”. Para isso também contribui“um do Grupo Espírito Santo Saúde, tem estado factor distintivo, que é o facto de termos a crescer mais ar pidamente”, havendo espe- o único centro de atendimento médico percialidades que registam uma grande pro- manente privado, que funciona das 9 às 22 cura, como são os casos “da Alergologia, horas”, na região da Amador a, “onde da Endocrinologia ou da Cirurgia Vascular, a maioria dos centros de atendimento perum ser viço que não está disponív el no manente públicos encerr a às 20 hor as, Hospital Amadora-Sintra, o que obrigava havendo apenas um aberto rotativamente as pessoas a deslocarem-se ao Hospital de até às 22 hor as sem disponibilidade de Santa Maria para uma consulta onde, mui- meios complementares de diagnóstico” . JANEIRO/MARÇO 2011 19 MUNDO médis Formação profissional O investimento contínuo em novas tecnologias faz parte da aposta do Grupo Espírito Santo Saúde, o mesmo acontecendo com a formação de todos os colaboradores, mesmo a nível administrativo. “Quando abrimos uma unidade nova, como foi o caso do Hospital da Luz C entro Clínico da Amadora, todo o pessoal administrativo recebeu formação em termos comportamentais, gestão de conflitos e comunicação com os clientes, porque gerir a saúde também é gerir as emoções das pessoas”, acrescenta Pedro Mateus. Os profissionais de saúde têm “a sua formação específica, havendo períodos estipulados para esse efeito que variam de caso para caso”. Há casos em que “são enviados médicos para fora para terem determinado tipo de formação”. Estes cuidados na formação são igualmente extensíveis ao corpo de enfermagem. O serviço de atendimento permanente do Hospital da Luz Centro Clínico da Amadora conta com P atologia Clínica de apoio (análises clínicas), Radiologia, Cirur gia Geral e Ortopedia, o que é claramente inovador numa zona que esta va profundamente carenciada. Outro aspecto diferenciador passa pelo facto de “funcionarmos em rede e, se entr ar no serviço uma situação aguda, como já aconteceu, como um enfarte de miocárdio, a nossa equipa clínica está preparada para estabilizar o doente. Temos um SO [ser viço de observação] e fazemos toda a preparação do doente com uma ficha clínica digital par tilhada que per mite ao doente, se assim o entender, optar por ser transportado numa ambulância medicalizada, acompanhado por um médico nosso, que o entrega ao colega no Hospital Amadora-Sintra, ou permanecer no serviço privado. Se isso acontecer, é transportado para o Hospital da Luz, mas já não passa pela urgência, entrando directamente no Hospital do Coração, onde um cardiologista estará à sua espera”. tenha de deslocar-se a Lisboa, já que conseguimos reunir um grupo de médicos que permitiu disponibilizar uma oferta privada até aí limitada ou inexistente na região”. Ao funcionar em rede, se, por exemplo, RESOLVER PROBLEMAS “um doente que vá a uma consulta de O Hospital da Luz Centro Clínico da Endocrinologia e necessite de um exame Amadora tem capacidade para resolver a de Genética Médica, a própria unidade da maioria dos proble- Amadora vai articular-se com o Hospital mas que surgem no da Luz e o doente terá uma resposta”. dia-a-dia. Porém, diz A oferta integrada de serviços permite dar Pedro Mateus, “não resposta a muitas situações específicas. resolve, por ex em- “Temos especialidades como Radiologia plo, problemas agu- Pediátrica, Gastroenterologia P ediátrica dos que exigem e Medicina Dentária Pediátrica. Temos um uma cirur gia. No médico que faz desvitalização de dentes caso de uma apen- a crianças de seis anos, o que faz a diferença para essa criança poder manter o dicite aguda, o doente vai à urgên- dente por mais dois ou três anos até ele cia, é diagnosticado, cair”, diz o mesmo responsável. Como os o cirurgião faz toda recursos humanos são fundamentais para a garantia de um serviço de excelência, o a ter apêutica préa operatória no local Hospital da Luz Centro Clínico da Amador conta “com cerca de 130 médicos,20 enfere acompanha o doente para efectuar o seu internamento meiros e 25 técnicos de diagnóstico”, referiu-nos Pedro Mateus. São profissionais de no Hospital da Luz”. saúde “afectos à prestação de cuidados O Hospital da Luz Centro Clínico da Amadora pode, assim, garantir uma oferta médicos, complementados por cerca de muito completa a todos quantos recorrem mais sessenta pessoas no back office de aos seus serviços, evitando “que o doente apoio”. 20 JANEIRO/MARÇO 2011 Fotografia: Nuno Alexandre. O Centro Clínico da Amadora conta “com cerca de 130 médicos, 20 enfermeiros e perto de 25 técnicos de diagnóstico”. assistente REDE MÉDIS RAQUEL SANTOS CONTROLLER DA MEDICIL LISBOA Raquel Santos é controller da Medicil Lisboa, fazendo a ponte entre o instituto fundado pelo professor Machado Caetano e os seus clientes, entre os quais se incluem os da Médis. Fotografia: Nuno Alexandre. A Medicil representa um conceito inovador de acompanhamento da saúde familiar ao longo de todas as etapas da vida. Tudo começou em 1988, com a criação do ICIL – Instituto Clínico, pelo professor Machado Caetano, que é “o accionista maioritário e o director clínico da Medicil”, referiu-nos Raquel Santos, a controller da Medicil Lisboa, “uma operacional”, como se ela própria se define, embora o seu trabalho também passe “pelo apoio à área financeira”. O ICIL – Instituto Clínico, que deu origem à Medicil (ver caixa), surgiu quando o professor Machado Caetano, especialista de Medicina Interna, “sentiu a necessidade de oferecer aos seus clientes deter minadas especialidades médicas, juntando um grupo médico capaz de dar resposta integrada no campo da saúde”. A Medicil faz parte da Rede Médis desde 2008, “oferecendo várias especialidades médicas, diversos meios complementares de diagnóstico e exames específicos,como acontece no caso da Neurologia, em que realizamos electromiografias e electroencefalogramas”, recordou Raquel Santos, ao mesmo tempo que destacou que, “no campo das especialidades médicas, temos Clínica Geral, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Ortopedia, Neurologia e Cardiologia”. A Medicil Lisboa conta, hoje, com “cerca de vinte médicos”, alguns dos quais asseguram a realização dos check-ups durante a manhã e, à tarde, temos a maioria das consultas de especialidade”. Os check-ups são uma área em que a Medicil tem vindo a crescer e a sua proposta passa“tanto por check-ups individuais, como para empresas, tendo ha vido uma gr ande procur a, tanto mais que muitos deles são realizados no quadro da Medicina no trabalho”. A procura pela Medicil tem sido crescente, “especialmente no ano de 2009, embora, este ano, talvez por causa da crise, tenhamos sentido uma ligeira quebra na procura, não só relativamente aos clientes da Médis, mas também por parte de todas as marcas de seguros de saúde com as quais trabalhamos e mesmo por parte dos clientes particulares”, considerou Raquel Santos. O CLIENTE ESTÁ NO CENTRO Apesar da div ersidade na procur a, par a a controller da Medicil Lisboa, “o cliente está no centro de tudo e tentamos garantir um serviço de excelência, tanto para os privados como para os clientes das seguradoras, como a Médis, tanto mais que a satisfação do cliente é nossa maior preocupação” . Na sua actividade diária, Raquel Santos nota que, em termos de procedimentos, a Médis é aquela que nos dá menos trabalho, uma vez que apenas é necessário introduzir os dados no computador, clicar o botão e a facturação está feita”. Quando surge algum problema com um cliente, “tento resolvêlo dentro das minhas possibilidades” , admitiu Raquel Santos, ao mesmo tempo que reconhece que a sua tarefa acaba por estar simplificada graças “à grande facilidade em estabelecer uma ligação telefónica com a Médis”. DO ICIL – INSTITUTO CLÍNICO À MEDICIL O ICIL – Instituto Clínico iniciou a sua actividade em Lisboa em 1988, assumindo-se c omo uma unidade de cuidados de saúde ambulatórios in tegrados, incluindo uma clínica médica, um laboratório de análises clínicas e uma unidade de Imagiologia. A integração permitiu a oferta de propostas de valor diferenciadas aos segmentos alvo cliente institucional (privado e convenções) e cliente institucional (bancos/seguradoras e empresas). A procura crescente de serviços de check-up e de segurança, higiene e saúde no trabalho levou à criação das unidades do Port o, em 1996, e de C oimbra, em 2002, e à Rede ICIL em 2000 (cerca de 45 clínicas no c ontinente e nas regiões autónomas, e 24 postos). Em 2005, o ICIL – Institut o Clínico ficou totalmente vocacionado para a gestão das unidades de saúde e negócio de check-up, tendo sido consequentemente criada uma nova marca, a Medicil, que representa um conceito inovador de acompanhamento da saúde das famílias, em todas as fases da vida, atr avés da prestação de um serviço que alia uma qualidade técnica de excelência à qualidade de serviço. F oi também criada a marca MedicilCorporate, que se aplica à relação com clientes institucionais no que se r efere à prestação de serviços de check-up. Estas mudanças coincidiram com a abertura da nova unidade do Porto. OUTUBRO/NOVEMBRO 2010 21 MUNDO médis PEDRO CORREIA Fotografia: Nuno Alexandre. Há um ano que Pedro Correia lidera a direcção da Rede da Médis. No seu curriculum, destacam-se dezoito anos de actividade em empresas do mesmo grupo segurador. É um gestor de equilíbrios, que aposta num crescimento selectivo de uma empresa líder e cujo grande objectivo é ser sempre a melhor. Em poucas palavras, como é que está a Médis? Em poucas palavras, está bem e recomenda-se. Queria aqui sublinhar que, no contexto da sua per gunta, quando falo da Médis, não falo apenas da empresa.Refiro-me ao conjunto dos seus stakeholders: clientes, prestadores da Rede Médis, distribuidores, fornecedores, colaboradores e, naturalmente, accionistas. As palavras de optimismo com que resumi o “como está a Médis”, parecem-me, nesta perspectiva global, inteiramente justificadas, porque assentam em realidades objectivas e verificáveis. Tomando 2005 como ref erência, crescemos, em número de clientes,bastante acima do mercado, o que significa que a nossa proposta de valor é atr activa e fidelizadora; os prestadores da R ede Médis, que, em regra, não trabalham connosco em exclusivo, sublinhe-se, recomendam-nos mais do que a qualquer outra marca, como indicam os estudos f eitos pela Nielsen, o que traduz a forte ligação que mantêm connosco; crescemos em número de distribuidores, sejam outr as segur adoras, sejam agentes e corretores, o que só é possível com uma oferta ajustada e uma marca forte e independente como é a Médis; mantemos um conjunto estável de fornecedores, com quem temos relações de parceria e não apenas de negócio; temos um quadro de colaboradores jovem, estável e motivado, que faz a diferença todos os dias; e, por fim, entregamos resultados consistentemente positivos aos nossos accionistas, o que é simultaneamente causa e consequência do que de positivo trazemos aos restantes stakeholders. Podia referir-lhe mais, como o reconhecimento ímpar da marca Médis ou o empenho que temos numa política consistente de responsabilidade social. Mas pediu-me poucas palavras... Lidera a direcção da Rede Médis há aproximadamente um ano... Há exactamente doze meses, depois de dezoito anos em empresas no mesmo grupo segurador, que inclui, actualmente, na esf era da Millenniumbcp Ageas, as seguradoras Ocidental Seguros e Ocidental Vida, e a PensõesGere, sociedade gestora de fundos de pensões. O que é exactamente uma direcção de rede? A direcção de rede é,digamos assim, simultaneamente a voz dosstakeholders da Médis perante a rede de prestadores e a voz dos prestadores perante os restantes stakeholders. Prestadores são médicos, hospitais, clínicas, centros de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, e a rede de saúde e bem-estar. Parece complicado explicar, mas é simples de entender e é um desafio enorme para gerir. É pela direcção de rede que passam as funções de contratação e de monitorização da actividade dos prestadores da Rede Médis. Criamos e ajustamos, a todo o momento, de uma forma justa e equilibrada, um conjunto de recursos que, sendo escassos, exigem metodologias de trabalho que os tornem cada vez mais eficazes e alinhados com as melhores práticas no financiamento e na prestação de cuidados de saúde. A direcção de rede é a voz dos clientes, colaboradores e accionistas da Médis perante a rede de prestadores, porque é com a rede de prestadores que ajusta as condições mais adequadas à promessa de valor da Médis, promessa de valor essa que é, em grande parte, consubstanciada no dia-a-dia pela acção desses mesmos prestadores. Mas é também a voz dos prestadores perante esses stakeholders, porque cabe à direcção de rede assegurar que toda a Rede Médis recebe um tratamento de excelência no que respeita ao serviço que prestamos e às condições materiais que proporcionamos, que queremos que sejam, a todo o momento, distintivas, justas e equilibradas. Falou sempre de condições “adequadas, justas, equilibradas”. É um eufemismo para “contenção de custos”? Não. A adjectivação que usei é par a ser entendida em sentido literal. E a prática demonstra-o. Não negará que há pressão para baixar custos... Há uma pressão constante para que se utilizem os recursos disponíveis com racionalidade, equilíbrio, moderação e justeza. Se não o fizéssemos, alguém teria, inevitaJANEIRO/MARÇO 2011 23 MUNDO médis velmente, de pagar a factura. Ou os clientes, a quem teríamos de exigir prémios mais elevados, ou os accionistas, a quem teríamos de pedir maior esforço financeiro, ou fornecedores e colaboradores, que teriam de suportar sacrifícios adicionais, ou os prestadores, a quem ser viríamos menos bem. Trata-se, portanto, de gerir os recursos em proveito de todos os stakeholders. Repito: com racionalidade, equilíbrio, moderação e justeza. Mas os custos com a saúde têm tendência a subir... Sim. Seja por via da evolução tecnológica, seja por efeito do aumento da oferta, seja por via da procur a, que aumenta com a oferta, com a melhoria ger acional das condições económicas e com o envelhecimento da população. É um f enómeno global, tanto nos países desenv olvidos, como nos países em rápido crescimento económico, e afecta os sistemas públicos, onde os há, e a oferta privada. E c omo é que se ger e o equilíbrio necessário entr e a nec essidade de conter custos e a tendência de subida desses mesmos custos? É exactamente como refere. Com o equilíbrio necessário, estimulando relações de parceria com os nossos prestadores. A saúde não tem preço,mas tem certamente um custo. O equilíbrio necessário é o que 24 JANEIRO/MARÇO 2011 permite que a saúde, para quem necessita de cuidados, continue a não ter preço, mas que permite também que, para quem tem a responsabilidade de financiar esses cuidados de saúde, tenha custos sustentáveis. No curto, no médio e no longo prazos. O que refere aplica-se também aos cuidados de saúde públicos e não apenas aos privados. Aplica-se a toda a utilização, prestação e financiamento dos cuidados de saúde. Seja qual for a forma de que se revistam ou a geografia em que ocorram. Em que medida é que a crise económica se reflecte nos cuidados de saúde? A procur a de cuidados de saúde, na sua globalidade e independentemente do regime de prestação, tende a crescer independentemente do ciclo económico. Já do lado da of erta, seja na prestação, seja no financiamento, a sensibilidade às condições económicas é muito mais ele vada. A r acionalidade necessária na utilização dos recursos, humanos, materiais e financeiros, que deve estar sempre presente,torna-se mais efectiva em tempos de crise. Não é mau que assim seja. Voltando à Rede Médis. Está estável, em expansão ou em contracção? A Rede Médis conta actualmente com aproximadamente 10 mil pontos de contacto com os clientes. Entendemos que a dimensão e a capilaridade da rede acompanha permanentemente, com equilíbrio, as necessidades dos clientes. A tendência genérica é de estabilização. Crescerá apenas onde for necessário, assim haja procura ou necessidade de redimensionamento e assim as condições da of erta sejam ajustadas. O cr escimento da Rede Médis está mais selectivo portanto? Está tão selectivo como desde a constituição da Médis. É nossa ambição termos os melhores prestadores connosco, sempre e desde sempre. E esper amos que par a sempre. É para isso que damos o melhor de nós todos os dias. Porque é isso que se exige a uma empresa líder como é a Médis.Algo tão simples como apenas e sempre o melhor. “Actualmente a Rede Médis conta com cerca de 10 mil pontos de contacto com os clientes.” high TECH UM CADDIE DE BOLSO Ninguém duvida que, por trás de um grande jogador de golfe, está sempre um grande caddie. Para quem não tem o privilégio de contar com esse tipo de ajuda, pode agora recorrer ao Garmin Approach. Por Rui Faria. O s sistemas de navegação tomaram conta dos nossos automóveis, são auxiliares importantes para quem se desloca nas cidades e fora delas em actividades profissionais ou lúdicas, mas as suas variantes não param de nos surpreender. A última evolução dos GPS portáteis chegou a um dos desportos com mais praticantes a nível mundial, o golfe, através de uma proposta da Garmin, que se encontra já no mercado nacional. Chama-se Approach e está disponível em duas versões – G3 e G5 – capazes de dar todas as informações de que o jogador necessita durante uma partida, fazendo o papel de um caddie experiente na altura de escolher o club mais adequado à jogada seguinte. A grande diferença entre as duas versões – G3 e G5 – passa pelas funcionalidades de cada aparelho e, claro está, pelo preço. No entanto, o acréscimo de cem euros do G3 & G5 O GARMIN APPROACH está disponível em Portugal com preços de ¤ 279 para a versão G3 e de ¤ 379 para a versão G5. G5 está mais que justificado por aquilo que oferece. Enquanto o G3 é capaz de mostrar, no seu ecrã de 2,6’’, o mapa dos buracos e as informações sobre as distâncias precisas até aos obstáculos (bunkers, lagos, etc.) e ao green, o G5 vai mais longe. Conta com um ecrã de 3’’ e permite ao jogador registar ainda todos os dados estatísticos de cada partida, número de pancadas, putts e fairways atingidos in regulation, para além de medir a distância de uma tacada, relacionando-a com club o utilizado. Se estas são as boas notícias sobre o lançamento deste modelo da Garmin, a má tem a ver com o facto de a sua utilização não ser autorizada nos torneios nacionais (há países que já o permitem), mas a sua utilidade é inquestionável nas partidas amigáveis, sendo uma forma excelente de fazer uma auto-análise capaz de contribuir para a evolução do jogo de cada um. JANEIRO/MARÇO 2011 25 GLOBE trotter Sul de Gales NAS TERRAS A cultura celta, feita de lendas tão famosas c omo a do Rei Artur, faz parte do património de Gales, uma terra de grande beleza natural que vive esquecida entre a Inglaterra e a Escócia. Por Rui Faria. T odos recordam a vida trágica da Princesa Diana de Gales,conhecem o Príncipe de Gales e até são capazes de reconhecer o padrão xadrez dos seus tecidos, que estão sempre na moda. No entanto, o País de Gales é um território injustamente desconhecido, talvez por estar encerrado entre a Inglaterra e a Escócia, escondido pelas serranias e virado para o mar. Este ano, Gales saiu do anonimato com a realização da Ryder Cup, o grande torneio 26 JANEIRO/MARÇO 2011 de golfe que opõe os melhores jogadores profissionais da Europa e dos Estados Unidos, uma competição que, a nív el mediático, só é suplantada pelos Jogos Olímpicos e pelo campeonato do Mundo de futebol. O golfe é um dos despor tos predilectos dos galeses, embora o râguebi seja o desporto-rei da velha nação celta, ciosa de uma cultura onde não faltam druidas, os ritmos da sua música muito característica e uma língua própria,feita de consoantes sibilantes. No sul do País de Gales, as montanhas dão lugar a planícies pintadas de verde, que se estendem até ao mar , dando origem a praias incrustadas numa costa alcantilada, onde o mar, muitas vezes, mostra toda a sua violência. É aí que surge Cardiff, uma cidade velha na sua longa história e moderna na arquitectura, que nasceu na zona das velhas docas, a qual, até há alguns anos, era um pardieiro habitado por toda a espécie de marginais. Em 1913, Cardiff ainda era o maior porto mundial para a exportação do carvão recolhido nas minas galesas. Era uma cidade próspera e austera, como a sua arquitectura neoclássica faz recordar. Uma cidade que contrasta, hoje, com o moder nismo do Millenium Stadium, a gr ande catedral do râguebi, construído a dois passos do castelo, que se assume como ex-libris o de Cardiff. Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro. DO REI ARTUR TERRA DE CONTRASTES O País de Gales vive o presente nas belas praias junto à costa (à esquerda), mas tem orgulho nas tradições históricas evocadas em monumentos como o Castelo de Cardiff. GLOBE trotter O CASTELO DE CARDIFF O APELO DO MAR A norte de Cardiff surge a Península de Grower, onde cresceu Swansea. O centro da segunda maior cidade de Galesoif destruído durante a II Guerra Mundial pelos bombardeamentos da Luftwaffe, que visavam os grandes depósitos de combustível que ali se concentravam. A reconstrução em nada alterou o car ácter desta cidade portuária virada para o Mar do Norte, que foi, durante séculos, um porto seguro para o comércio com os países escandinavos. No novo Maritime Quartier, que cresceu na zona das antigas docas,há lojas e bares que atraem muita gente. Um dos locais mais curiosos é a joalharia de Nicole Paltermann e Mari Thomas, duas jovens designers que abriram o espaço no edifício de uma antiga igreja construída há séculos por marinheiros noruegueses que costumavam ali aportar. 28 JANEIRO/MARÇO 2011 PASSADO E PRESENTE Nas velhas docas de Cardiff (em cima), surgiu um pólo de modernidade assumido pelo Wales Millenium Centre (ao alto, na página da direita.) As praias são muito bonitas e, se as águas do Mar do Norte são arrepiantes para um português, já a beleza da costa atraiu inúmeras figuras do jet set, artistas da televisão, do teatro e da música, que construíram casas de férias sobre os promontórios. Quem deixar Cardiff em direcção a sul,vai descobrir Newpor t, que se estende ao longo do estuário do Rio Svern. A cidade não ter á o apelo de Cardiff ou de Swansea, mas vale a pena conhecer a Tradegar House, uma mansão do século XVII, com interiores de grande riqueza, ou a curiosa T ransporter Bridge, uma estrutur a onde uma plataf orma suspensa por cabos suportados em altas torres de ferro é movida electricamente para assegur ar a tr avessia de v eículos. Existem apenas mais duas pontes deste tipo no R eino Unido e sete em todo o Mundo. quantos vibr am com o jogo), o The Montgomery e o Roman Road, cujo nome nos remete para a antiga estrada romana que ligava a Carleon e que, juntamente com York e Chester, foi uma das maiores fortificações das legiões romanas que ali se instalaram em 74 d.C. Da grande cidade fortaleza, que chegou a albergar 5.000 romanos da Segunda Legião de César Augusto, ainda é possível ver o anfiteatro, as ter mas e os vestígios de 64 filas de casernas, as únicas memórias arqueológicas deste tipo conhecidas na Europa. Os romanos ocuparam Gales, mas nunca subjugaram os galeses,acabando mesmo por assimilar muito da cultur a celta, da mesma forma que os nor mandos, vindos de Inglaterra, dominaram, mas nunca subjugaram verdadeiramente a população, controlada a partir dos muitos castelos que construíram. No século XIII, o filho de Eduardo I de Inglaterra nasceu em Gales e foi ali coroado Príncipe de Gales, um título que ainda hoje pertence ao herdeiro da coroa britânica. O gr ande Castelo de Chepsto wn, que ocupa um estratégico promontório sobre o Rio Wye, é um testemunho desses tem- A movida de Cardiff deslocou-se para a zona das antigas docas, onde, os bares e restaurantes ficam apinhados ao fim da tarde. LOCAIS COM HISTÓRIA A dois passos de Newport, quem seguir o Rio Usk, descobre um grande vale onde surge o Celtic Manor, um dos mais emblemáticos resorts de Gales, que integra três campos de golfe: o Twenty-Ten, que recebeu a Ryder Cup (um desafio para todos Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro. A fortificação resistiu aos séculos e é um testemunho vivo da história do P aís de Gales. As muralhas exteriores foram construídas sobre os muros erguidos durante a ocupação pelas legiões romanas (e que ainda são perceptíveis) e a torre de menagem data do século XII, uma época de revolta dos galeses contra os ocupantes normandos. Em 1766, o castelo em ruínas passou para a posse do conde de Bute, cujo neto, o terceiro conde de Bute, foi considerado, na sua época, o homem mais rico do Mundo, quando Gales florescia com a riqueza mineira. Em 1866-1868, o arquitecto William Burges, a quem chamavam o “génio excêntrico”, reconstruiu o palácio a estilo neogótico,criando um interior recheado de imagens medievais, tão ao gosto do período romântico. A cidade conta com enormes espaços verdes, atr aindo multidões que procur am momentos de convívio, que praticam desporto ou que pura e simplesmente desfrutam dos raios de sol. No entanto, o epicentro da movida de Cardiff deslocou-se para a zona das antigas docas, onde, ao lado da modernidade de edifícios como o Parlamento (com paredes de vidro) ou do Wales Millenium Centre (um arrojado espaço cultural com as paredes cobertas em folha de cobre, que brilham ao sol), cresceram bares e restaurantes, quase sempre apinhados ao fim da tarde. Curiosamente, não há muitos espaços comerciais na zona das docas, pelo que o shopping está reservado para os centros comerciais, uma forma mais moderna das antigas galerias vitorianas que ainda surgem no interior de elhos v edifícios que resistem na zona histórica em torno do castelo. A TRADIÇÃO DOS PUBS No País de Gales, os pubs são muito mais do que locais para beber cerveja. Quase todos funcionam como restaurantes. CATELLI LUCIDE FERMENTET Octavius. Fragilis oratori imputat catelli, ut agricolae PARA VER E COMPRAR A Tintern Abbey é um belo ex emplo da arquitectura cisterciense (em baixo) e as galerias victorianas de Cardiff, um apelo ao consumo. pos de conflitos e da importância de uma região onde surgiram inúmeros mosteiros abandonados no século X VI, quando Henrique VIII ordenou a expulsão dos monges. Vale a pena v er as ruínas da imponente Tintern Abbey, um excelente exemplo da arquitectura cisterciense, vizinha da abadia beneditina de onde Geoffrey of Mounmouth disseminou a lenda do R ei Artur e dos Ca valeiros da Távola Redonda. ço, gerido por Mike Morgan, um conversador nato e um apaixonado pelo golfe, capaz de indicar cada um dos dez campos que surgem à volta da propriedade. O hotel também é um ponto de par tida para descobrir o P arque Natur al de Brecon Beacons. Perto do hotel, os canais Monmouthshire e Brecon, construídos no século XIX para assegurar o transporte do carvão extraído das Montanhas Negras para Newport, são, hoje, locais ideais, os amantes de uma boa caminhada ou para passear num dos barcos que podem ser alugados para umas férias bem diferentes (www.beaconparkboats.com). O caminho-de-ferro, com as suas máquinas a vapor, assegurava o transporte do carvão das minas para os Vizinha de Tintern Abbey, surge a abadia beneditina de onde Geoffrey of Mounmouth disseminou a lenda do Rei Artur. FÉRIAS DIFERENTES Abergavenny é uma cidade que, no tempo das legiões romanas, distava um dia de marcha de Carleon. Hoje, está bem perto de Newport, e quem joga golfe ou quem apenas procura um local para descansar, tem, no Llansantffraed Court Coutry House, um refúgio de eleição. Trata-se de uma mansão do século XVIII que se ergue no meio do verde. O estilo sóbrio e fleumático contrasta com a informalidade do espa- barcos. O seu percurso é actualmente uma linha turística (www.breaconmoutianrailway.co.uk) que permite conhecer paisagens de rara beleza. A pequena cidade de Blaenafon, património mundial da UNESCO, remete-nos para os tempos difíceis da vida nas minas. A fundição da mina de ferro pode ser visitada, bem como os edifícios que serviam de alojamento aos mineiros, onde pode observar-se a recriação dos seus alojamentos e uma loja estilo “venda”, onde havia de tudo. Os trabalhadores eram obrigados a comprar ali o que necessitavam, pagando com os vales que o patrão incluía no salário. Bem per to, junto da estação do comboio a vapor , os mais a ventureiros podem descer às profundezas para visitar uma mina abandonada, acompanhados por velhos mineiros que gostam de puxar pelas histórias que guardam na memória. A cidade está a ser restaurada e, em alguns dos velhos edifícios, estão abertas pequeJANEIRO/MARÇO 2011 29 GLOBE trotter GRANDES REFÚGIOS O Llansantffraed Court Country House, em Abergavenny, é um refúgio que convida ao descanso (na foto). Nos antigos canais abertos para transportar o carvão das minas, há barcos que servem de hoteis (à esquerda). restaurante, e muitos destes locais,por mais pequenos que sejam, acabam por ter um chef à frente da cozinha. Num parque tão vasto, onde a paz e a calma parecem feitas à medida de quem procura o descanso e a obser vação de pássaros parece ser uma actividade radical, no secretismo das montanhas mais remotas, sur ge o centro de treino das British Special Forces (SAS), a força de elite do ex ército, mas também um dos principais aquartelamentos dos Gurkas, as tropas especiais recrutadas no Nepal, que fazem parte das forças armadas britânicas desde o século XIX. As Dan-yr-Ogof Caves são um local bem curioso, onde é possível passear no coração da montanha, visitando grutas escavadas pela força das águas. Esta atracção geológica tem adjacente um parque temático, algo kitsch, que recorda os animais pré-históricos. Bem perto, vale a pena fazer uma paragem em Penderyn, uma pequena aldeia que dá o nome à única destilaria PUBS COM ESTILO de whisky que funciona em Gales, produJunto das mar gens de pequenos rios e canais, surgem aldeias onde o tempo passa zindo whiskies de malte, alguns dos quais f devagar e os antigos pubs são o ponto de envelhecidos em antigos cascos que oram encontro. Em Gales, os pubs são bem dife- utilizados no vinho da Madeira. rentes dos que se encontram em Inglaterra. O sul do País de Gales é tudo isto e muito A cer veja está sempre presente, mas as mais, que cada um pode descobrir numa refeições estão muito mais pró ximas do viagem que cer tamente ser á difícil de que estamos habituados a encontrar num esquecer... COMO IR A Easy Jet ( www.easyjet.com) tem três voos semanais para e de Bristol, às segundas-feiras, às quintas e aos domingos. As tarifas são v ariáveis, mas, em média, podem rondar os 190 euros ida e volta. Se o dia escolhido for uma quinta-feira, é melhor contar com 250 euros. A companhia também voa diariamente a partir do aeroporto de Faro, mas as tarifas são mais ele vadas. De Bristol a Newport, distam cinquenta quilómetros, que podem facilmente fazer-se de automóvel, e Cardiff fica a setenta quilómetros. Outra alternativa é voar para Londres e apanhar o comboio que liga Paddington a Newport ou à estação central de Cardiff. O bilhete custa cerca de 40 euros. 30 JANEIRO/MARÇO 2011 Onde ficar Um requintado hotel de cinco estrelas e um paraíso para quem joga golfe ou para quem procura o relax num dos seus spas. Em Outubro, será a sede da Ryder Cup 2010. Preços para quarto de casal a partir de 200 eur os. Para os jogadores de golfe, o resort tem uma promoção especial para uma noite de hotel e jogos no Montegomery Course e Roman Bridge Course, com preços entre os 120 e os 200 eur os. O green fee para jogar o Twenty-Ten Course custa 180 euros, mas não é fácil garantir um tee time. Coldra Woods, The Usk Valley, Newport NP 18 1 HQ. Tel. +44 (0)1633 413 000. www.celtic-manor.com LLANSANTFFRAED COURT COUNTRY HOUSE HOTEL AND RESTAURANT É uma ilha no meio da paisagem verde em redor de Abergavenny, um refúgio para descansar, namorar ou jogar golfe num dos muitos campos que surgem em redor. Preços para quarto de casal a partir de 120, 150 euros. Old Raglan Rd, Clytha, Llanvihangel Gobion, Abergavenny NP7 9BA. Tel. +44 (0) 1873 840 6 78. www.llch.co.uk ST. DAVID´S HOTEL AND SPA A modernidade da forma do edifício e a informalidade dos seus interiores têm tudo a ver com o arrojo arquitectónico da nova cidade de Cardiff, nascida nas velhas docas do porto. Preços para quarto de casal a partir de 120, 150 euros. Havannah Street, Cardiff. Tel. +44 (0) 2920 454 045. www.thestdavidshotel.com Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro. nas lojas, algumas capazes de surpreender-nos, como acontece na Broad Street, onde é fácil encontrar um espaço gourmet, que produz queijos Cheddar ar tesanais, muitos dos quais com misturas de ervas e frutos, ou a Killick-Chocks, que produz grandes guloseimas, para além de servir um café que pode considerar-se decente para os padrões regionais. As escórias poluentes, que estiveram abandonadas dur ante demasiado tempo, têm vindo a ser totalmente retiradas em nome das preocupações ambientais do P arque Natural de Brecon Beacons, que se estende ao longo de 1.345 km2 de montanhas, vales, charnecas e até antigos lagos glaciares. É uma região rural, onde os rebanhos de ovelhas proliferam. No meio do nada, velhas casas rur ais e até v elhos celeiros f oram remodelados para servirem de refúgio para gente com dinheiro, muitos dos quais vedetas das equipas de râguebi galesas. gourmet VINHOS REAFIRMAÇÃO DE UM CLÁSSICO A região do Dão tem tudo para ser um dos vértices da produção vinícola de qualidade no nosso país, afirmando-se como uma alternativa ao Douro e ao Alentejo. A Quinta dos Carvalhais é prova desta afirmação... O vinho Quinta dos Carvalhais Colheita de 2008 está a chegar ao mercado. É a última expressão de uma produção que espelha todas as qualidades que são reconhecidas aos vinhos da Região Demarcada do Dão, um vinho que já pode apelidar-se de clássico, embora a quinta só tenha sido adquirida pela Sogrape em 1989. Desde essa altura, os cuidados colocados na viticultura e na enologia foram verdadeiros catalisadores para a reafirmação do Dão vinhateiro, uma região que, apesar oferecer condições ímpares para a produ- ção de grandes vinhos, atravessou momentos muito difíceis num passado ainda recente, alguns dos quais ainda não foram ultrapassados por pequenos produtores e até pelas adegas cooperativas. A Região Demarcada do Dão estende-se ao longo de 376 mil hectares de terreno acidentado, marcado por zonas montanhosas e vales com ondulações suaves, onde os Invernos são frios e chuvosos, e os Verões, quentes e secos. Estas condições são ideais para a produção de grandes vinhos, que, nas últimas duas décadas (a idade da Quinta dos Carvalhais), estão a devolver ao Dão o prestígio a que tem direito. COLHEITA DE 2008 O vinho tinto Colheita de 2008 surge na linha de qualidade que marca a produção da Quinta dos Carvalhais, localizada no Concelho de Mangualde. Foi produzido com base na casta Touriga Nacional, contando ainda com um toque de Tinta Roriz de Alfrocheiro. Após a fermentação, estagiou doze meses em barricas usadas, com um e dois anos. O resultado impressiona pela cor profunda, com laivos de violeta. O olfacto é cativado pela fruta e os aromas remetem-nos para frutos vermelhos, a par de notas de especiarias e alguma baunilha, oriundas da madeira, que surge muito bem casada. O final é fino e prolongado. Ainda se nota a sua juventude, mas não há dúvida: de que é um excelente vinho e que irá ainda evoluir em garrafa, pelo que, se já é agradável para ser bebido imediatamente, o melhor ainda está para vir... O Quinta dos Carvalhais Colheita de 2008 (preço recomendado ¤8,99) é um tinto muito gastronómico, ideal para acompanhar pratos suculentos, como uma perna de cabrito, ou delícias, como o queijo da serra. Como curiosidade, refira-se que a própria Quinta dos Carvalhais conta com um prado onde vive um rebanho cujo leite é utilizado para a produção do bem característico queijo da serra. JANEIRO/MARÇO 2011 31 WEEK end PORTO SENTIDO Junto às águas do Douro, o velho Palácio do Freixo é uma elegante pousada de charme que mais parece um resort urbano. É o local ideal para todos quantos queiram desfrutar do Porto. Por Rui Faria. A cidade do Porto é feita de contrastes. As tradições convivem lado a lado com a modernidade de uma urbe que sempre f ez questão de estar na ribalta nos campos da arte e da cultura, sem receio de trilhar caminhos mais ou menos alternativos. Cioso de padrões de vida muito próprios, o Porto nunca pára. O Palácio do Freixo tem tudo a ver com o requinte do século XVIII. Fruto do bom gosto de David Sinclair, tem, ao seu lado, a antiga unidade fabril de moagem que assegurou a prosperidade da família. Este antigo conjunto arquitectónico f oi recuperado sob a direcção do arquitecto Fernando Távora, acolhendo, hoje, uma pousada. No palácio, funcionam as áreas comuns, num espaço onde se saúda a qualidade do restauro dos frescos que nos remetem para o passado faustoso,contrastando com a moder nidade elegante da decoração, onde sobressaem as telas do mestre Júlio Resende e a beleza do mobiliário. Na antiga fábrica, surgiram 87 quartos e suites, a maioria dos quais com uma vista maravilhosa sobre o Rio Douro. A pousada do Palácio do Freixo é um daqueles locais que convidam ao descanso, seja num qualquer recanto onde apetece deixar passar o tempo com um livro na mão ou, pura e simplesmente, dando liberdade ao olhar que facilmente se perde nas águas do rio que parecem coladas à piscina. Contudo, lá fora, o dia e a noite do Porto têm tantas propostas que se tor na difícil resistir ao seu apelo. Para quem gosta de andar sem destino aparente, vale a pena ir à descoberta do Parque da Cidade, onde se 32 JANEIRO/MARÇO 2011 instalou o Pavilhão da Água, que surgiu na Expo 98; mas passear também pode ser ir às compras e, para quem optar por elas, as alternativas são mais do que muitas. O centro histórico merecia melhores cuidados, mas é sempre apetecível passear pelas vielas, que, por ali, têm o nome de quelhas. Quem gosta de antiguidades, não pode deixar de passar pela Rua Mouzinho da Silveira e visitar as Galerias Vandoma; da mesma forma que a música é como que uma chamada ao antigo Mercado Ferreira Borges, que renasceu para receber o Hard Club, onde funcionam estúdios de gravação, livrarias, lojas de discos e um restaurante. gatório voltar. Passar pela Livraria Lello, um local de culto que sobrevive numa zona onde o comércio tr adicional já conheceu melhores dias, é tão aliciante como descobrir algumas lojas diferentes que por ali têm surgido. É o caso de A Vida P ortuguesa, que Catarina P ortas abriu na esquina do cruzamento da Rua Galeria de Paris com a Carmelitas, ou o espaço que o estilista Gio R odrigues explora, na Rua 31 de Janeiro. Não muito longe dos jardins do Palácio de Cristal, no quar teirão da Miguel Bombarda (onde se deve incluir a Rua do Rosário), encontr a-se um epicentro de Arte e de design. É uma espécie de Soho à moda do Porto, onde pontificam lojas como a Mudda (Artes, Sabores & Design) DA BAIXA À CEDOFEITA A Baixa é outro local onde é sempre obri- e espaços como a Ar tes em Pares, que PALÁCIO DO FREIXO No antigo palácio (à esquerda), surgem as zonas comuns (à direita) de uma pousada, Os quartos ficaram no edifício onde funcionou a fábrica de moagem (em cima). funciona num antigo edifício do início do século XIX e reúne várias lojas interessantes, entre as quais oatelier de Nuno Gama. Igualmente curioso é o Centro Comercial Bombarda, cujos responsáveis fazem questão de sublinhar que se trata de “um centro comercial e não de um shopping”. Ali, surgem várias lojas alternativas que reflectem o vanguardismo estético da cidade, merecendo destaque a Piurra (mobiliário de design) e a Adorna Corações, o espaço de ourivesaria de Estefânia de Almeida, onde podem ser adquiridas peças realizadas com matérias pouco convencionais e que podem igualmente ser encontradas na loja do MoMA, em Nova Iorque. Relativamente per to está concentrada a maioria das galerias de Arte da cidade, que, num curioso associativismo, agendam as inaugurações das novas exposições para o mesmo dia, o que torna ainda mais interessante a deslocação. Para quem se interessa pelas Belas Artes, a passagem pelas galerias só pode servir para abrir o apetite a uma visita à Fundação de Serralves ou para um espectáculo na Casa da Música. ir ao Abadia, perto do Ateneu, comer umas tripas, ou visitar o Aleixo, onde os “filetes de polvo com arroz do mesmo” esperam, em frente à Estação de Campanhã. Mas se a tradição ainda é o que era nestes velhos locais de culto, hoje, é obrigatório experimentar as propostas do chef Rui Paula, o culpado por Folgosa do Douro ter passado a figurar nos itinerários gastronómicos nacionais, tudo graças ao sucesso do seu D.O.C.. O chef passou a contar também com um espaço na castiça Ribeira. Chama-se D.O.P. e tem as portas abertas no reno- da Pinguim, na Rua de Belmonte, ou qualquer tipo de infusões na Rota do Chá, na Rua Miguel Bombarda, para já não falar numa cerveja, bebida ao início da noite,ao balcão do Piolho, na Praça Parada Leitão. Para quem as delícias são mais os bolos, importa provar os éclairs da Leiteira Quinta do P aço, na Pr aça Guilher me Gomes Fernandes, a tarte de maçã da Casa de Ló, na Travessa de Cedofeita, ou os palmiers da Alicantina, na Rua do Campo Alegre. No Porto, o dia prolonga-se noiteora, f numa cidade que não é muito fiel nos seus locais de diversão nocturna, sendo ávida pelas novidades. A renovação da Baixa permitiu a abertura de espaços que estão na moda. É o caso do Armazém do Chá, na Rua José Falcão, onde funciona o Café Lusitano, e o Plano B, que se instalou na Rua Cândido dos Reis, bem como o Três C Café Clube, vizinho do Twin’s. Para quem a noite só acaba com a luz do dia,o destino passa pela Rua Passos Manuel, onde se situam o Maus Hábitos, o Passos Manuel e o Pitch. Este pode ser um Porto diferente daquele que costuma surgir nos roteiros. No entanto, é um Porto bem sentido por todos quantos por lá vivem e um convite à descoberta de uma cidade que se reno va constantemente, mantendo sempre todo o seu apelo... Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro, Rotas&Destinos. O antigo Mercado Ferreira Borges renasceu para receber o Hard Club, que promete vir a marcar a vida cultural da cidade. TRIUNFO DA GASTRONOMIA Por falar em apetite, não podemos esquecer que o Porto sempre foi uma terra de boa comida. É certo que muitos não dispensam as especialidades mais tradicionais, pelo que vale sempre a pena regressar ao Buf ete Fase, na Rua de Santa Catarina, para saborear uma francesinha, vado Palácio das Artes, onde propõe a sua cozinha de autor sem experimentalismos aberrantes, mas com todo o sabor que é capaz de tor nar uma refeição em algo de memorável. Fora das horas das refeições, vale sempre a pena fazer uma pausa no passeio pela cidade e saborear o chocolate quente LOCAIS DE INTERESSE O Porto está repleto de propostas gastronómicas (em cima). O Três C Clube (à direita) é um local de encontro e a loja de Est efânia de Almeida (ao lado) merece uma visita. JANEIRO/MARÇO 2011 33 MUNDO médis MÉDIS COPA IBÉRICA A Médis é, pelo terceiro ano consecutivo, a patrocinadora oficial da Médis Copa Ibérica, o mais antigo circuito internacional de ténis para veteranos a realizar-se em Portugal e em Espanha. A Médis Copa Ibérica é uma competição tão antiga como prestigiada. A sua história tem trinta anos e, pela terceira vez, a Médis surge associada ao evento promovido pela Lagos Sports, que, nas últimas edições,tem reunido os maiores valores do ténis com idades superiores a 35 anos. O calendário da Médis Copa Ibérica de 2010 contou com três jornadas, realizadas no Clube deTénis do Estoril, na Ciudad de la Raqueta, em Madrid e no Clube deTénis de Vilamoura. Qualquer dos torneios foi bem disputado, aliando o interesse desportivo ao convívio que faz par te integrante do sucesso deste tipo de provas em que ninguém gosta de perder, mas todos gostam de conviver. 34 JANEIRO/MARÇO 2011 BERNARDO MOTA EM FOCO O Clube de Ténis do Estoril recebeu, em Março, a primeira jornada da 31.ª edição da Médis Copa Ibérica, que reuniu 170 inscritos de dezoito nacionalidades. Bernardo Mota f oi a gr ande figur a num fim-de-semana muito competitivo. O ex-bicampeão nacional, que integrou o top 200 do ranking da F ederação Internacional de Ténis, demonstrou todo o talento que se lhe reconhece e revalidou a vitória que já garantira em 2009 na categoria reser vada aos maiores de 35 anos. Derrotado na final,João Roque mostrou-se impressionado pelo jogo de Bernardo Mota. “Nunca o vi a servir tão bem, nem mesmo quando ele era joga- dor profissional e competia no circuito internacional”, referiu o segundo classificado. No escalão dos 40 anos,Vasco Graça derrotou Paulo Brás, num aguerrido duelo, enquanto que, entre os jogadores de mais de 45 anos, o triunfo sorriu ao espanhol Pablo Benavides. Nas restantes categorias, as vitórias couberam ao ex-secretário de Estado João Mira Gomes (na categoria de mais de 50 anos), ao brasileiro Sérgio Aragão (na categoria de mais de 55 anos), ao belga Frank van Lerven (na categoria de mais de 60 anos), ao espanhol Francisco Moraver (na categoria de mais de 65 anos) e ao italiano Giuseppe Losego, que venceu entre os superveteranos. Entre as senhoras, a “legião estrangeira” monopolizou as vitórias, embora tenham sido disputadas as finais onde a espanhola Letízia Almirall bateu Luísa Gouveia na categoria de mais de 40 anos, enquanto que, no escalão dos 50 anos, foi notável a recuperação da norte-americana Veronica de Angelis face à por tuguesa Isabel Cunha d’Eça. Nas restantes categorias, as vitórias f oram arrebatadas pela belga Fátima Lopes esteve no Estoril Fátima Lopes, a popular figura de televisão, marcou presença na primeira etapa da Médis Copa Ibérica. O rosto que tem surgido nas campanhas publicitárias da Médis esteve presente no Clube de Ténis do Estoril para apadrinhar uma clínica que reuniu muitas crianças que tomaram contacto com a modalidade ao longo da tar de de sábado. Médis marcou presença Para além de ser a gr ande patrocinadora da Médis Copa Ibérica, a Médis tem marcado presença com um stand onde recebeu tanto participantes na competição, como clientes e todos quantos quiseram conhecer melhor os produtos. No stand da Médis, para além das respostas às perguntas de todos quantos queriam informar-se, enfermeiros avaliaram alguns indicadores de forma física, como a tensão arterial e o índice massa corporal dos muitos presentes que passaram pelo espaço Médis. Vicky Mikoljczak (na categoria de mais de Luís Filipe Silva, Nuno Allegro e António 60 anos) e pela polaca Iwona Domanska Trindade venceram nos escalões etários (na categoria de mais de 35 anos). dos maiores de 50, 55, 65 e 70 anos, respectivamente, enquanto que Luísa Gouv eia LUÍSA GOUVEIA RESISTIU (mais de 40 anos) foi a única senhora porA segunda jornada da Médis Copa Ibérica tuguesa a triunfar. foi disputada nas fantásticas instalações da Do lado espanhol, as vitórias sorrir am a Ciudad de la Raqueta, em Madrid, e Luísa Fernando Almameda, José Villuendas-Ortiz Gouveia foi a única representante portu- e Buenaventura Velazques nas categorias guesa a intrometer -se num nunca visto dos maiores de 40, 45 e 60 anos respectivadomínio espanhol, que monopolizou doze mente, sendo o quarto triunfo rubricado por dos quinze títulos em jogo. A tenista por- Carmen Lang-Verdugo, que venceu entre as tuguesa impôs-se, quebrando a hegemo- senhoras com mais de 50 anos. Entre as nia das irmãs espanholas Letízia e Cristina senhoras maiores de 60 anos, a vitória perAlmirall, cimentando a sua 11.ª posição no tenceu à belga Birgit Bocken-Jacob. ranking de maiores de 45 anos. Nas no ve finais individuais masculinas, AQUI HÁ GATO... António Trindade foi o único representan- Na variante de Pares, Tiago Dores (na foto te luso a atingir o derr adeiro encontro. Perto à esquerda), que f ormou equipa com de completar os 77 anos, o actual 75.º do Nuno Luís Rodrigues, atraiu as atenções ranking mundial de maiores de 75 anos, com o seu desempenho,mas também com perdeu a final dos “70” com Félix Candela, a popularidade a que um dos “Gatos um adversário seis anos mais novo. Fedorentos” não pode fugir. No entanto, A terceira etapa da Médis Copa Ibéria teve esta dupla acabou por ser derrotada na lugar no Clube de Ténis de Vilamoura e os final por Rui Jesus/João Zilhão. portugueses redimir am-se, gar antindo Na próxima edição v oltaremos à Médis cinco títulos individuais face a quatro aver- Copa Ibérica com a repor tagem do bados pelos espanhóis. Manuel Coimbra, Masters, a última prova da temporada. JANEIRO/MARÇO 2011 35 MUNDO médis Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro/ Getty Images. A terceira edição do Vimeiro Matchplay 1808 voltou a reunir, com o apoio da Médis, um número alargado de jogadores que disputam o troféu no sempre agradável campo de golfe do Vimeiro. MÉDIS VIMEIRO MATCHPLAY 1808 M ais do que um simples tor neio de golfe, o V imeiro Matchplay 1808 afirmou-se pela grande adesão que encontrou desde a primeira edição, tendo contado com o apoio da Médis como title sponsor. A competição nasceu de uma ideia lançada em Novembro de 2007, visando associar o golfe à celebração dos duzentos anos da Batalha do Vimeiro, onde o exército luso-britânico defrontou as forças napoleónicas. A primeir a edição disputou-se em 2008, adoptando o formato de matchplay, onde cada partida é disputada buraco a buraco, como que se de dezoito jogos se tratasse, o que exige tanto do 36 JANEIRO/MARÇO 2011 talento dos jogadores como da sua capacidade estratégica, pelo que o lema escolhido para este torneio comemorativo do segundo centenário da Batalha do Vimeiro, “um match, uma batalha”, não poderia ser mais adequado. Porque “nem todos os duelos são violentos”, como pode ler-se no cartaz criado para divulgar a terceira edição do Vimeiro Match Play 1808, o convívio tem marcado uma competição onde Óscar Garcia, o vencedor da edição de 2007, surgiu para defender o título, sendo mais um dos muitos participantes que começaram a discutir as eliminatórias, cuja primeira fase terminou no dia 2 de Maio. NA RECTA FINAL As eliminatórias têm vindo a dec orrer com grande animação. O torneio esta a caminhar par a a sua fase final. O campo de golfe do Vimeiro vai receber a grande final, bem como o jogo que decide o t erceiro e o quarto classificados. Será o ponto alto desta edição do Médis Vimeiro Matchplay 1808 e, como já se tornou habitual, a Médis voltará a marcar presença com um stand onde os interessados podem verificar a sua tensão arterial e medir a massa muscular, pequenos cuidados que são muito importantes para manter níveis de vida saudável e que tantas vezes são descurados. MÉDIS SALTA NO VIMEIRO Os concursos de saltos do Vimeiro, promovidos pelo Centro Hípico do Hotel Golf Mar e apoiados pela Médis, são uma referência, tanto no panorama equestre nacional, como em termos internacionais. A região do Vimeiro é, hoje, muito sionamento do centro foi feito ao pormenor, Hípico do Vimeiro e dando assim início mais do que uma estância termal, tendo exigido a criação de espaços de esta- a uma parceria de sucesso. um destino de golfe ou uma praia. cionamento para praticantes, concorrentes e Em termos de branding, a ligação entre Nos últimos anos, esta aprazível para o público em geral, edifícios de apoio a Médis e o Centro Hípico do Vimeiro tem região do Oeste, muito procurada por todos e zonas de aquecimento exigíveis por todos passado pela participação nos Concursos quantos procuram fugir ao stress urbano, quantos vão entrar em competição. de Saltos, onde tem presença regular afirmou-se como uma ref erência par a o Surgiu, assim, um complex o despor tivo o “salto Médis”, e o naming dado a uma hipismo, um desporto com grandes tradi- ímpar, que acolheu, em 2007, uma prova das provas. Graças a esta associação,criouções no nosso país e que tem vindo a conhe- do concurso do circuito internacional de se uma relação muito próxima entre todos cer um grande incremento nos últimos anos. veteranos, a qual veio a ser eleita como a quantos acompanham um desporto que O Centro Hípico do Vimeiro foi o catalisa- melhor do cer tame nesse ano. A Médis faz parte do calendário olímpico e a actidor desta afir mação regional, que passou associou-se a esta organização de excelên- vidade quotidiana de uma empresa que pela criação das condições necessárias para cia, tendo passado a marcar presença regu- aposta na ex celência dos cuidados de a realização de grandes concursos interna- lar no calendário das pro vas do Centro saúde e do bem-estar. cionais, exigindo uma profunda remodelação da área adjacente ao Hotel Golf Mar. Os trabalhos realizados permitiram criar um centro hípico moderno e funcional, de acordo Como já se tornou habitual, a Médis marca sempre a sua presença nas iniciativas a que com as exigências colocadas pelas instânestá ligada, pelo que, nas provas organizadas pelo Centro Hípico do Vimeiro, o seu stand cias internacionais que gerem a modalidaestá sempre de portas abertas. É c erto que os cavaleiros são atletas de alta c ompetição de. Foi necessário realizar grandes terraplae, talvez por isso, são os primeir os a tomar em linha de conta todos os cuidados inerentes nagens para adequar o espaço à necessidaà saúde e à sua boa f orma física. Por isso, ninguém pode estr anhar que muitos deles de da construção das boxes permanentes, passem pelo stand da Médis para verificar a sua tensão arterial e medir a sua massa bem como daquelas que são exigidas para muscular. Estes pequenos, mas importantes, testes realizados por profissionais de saúde experientes estão igualmente à disposição do público que acorre sempre em grande receber temporariamente os cavalos que pasnúmero aos concursos de saltos promovidos pelo Centro Hípico do Vimeiro. saram a participar nos concursos que têm vindo a realizar-se no Vimeiro. O redimen- A MÉDIS RECEBEU MUITOS VISITANTES JANEIRO/MARÇO 2011 37 MUNDO médis A KidZania é um parque temático à escala nacional. É a Cidade das Crianças, integrada no espaço do Centro Comercial Dolce Vita Tejo, que permite aos mais novos experimentar a vivência do quotidiano. ESPAÇO MÉDIS A NA KIDZANIA KidZania é uma experiência inovadora ao nível da ocupação dos tempos lúdicos dos mais jovens. Está integrada no meio da confusão tradicional de um megacentro comercial, surgindo como um pequeno refúgio onde as crianças encontr am uma cidade à sua medida, capaz de lhes permitir viver as experiências que marcam o dia-a-dia dos adultos. Mais do que um amplo espaço de brincadeira, é uma zona de aprendizagem que possibilita todo o tipo de vivências e de experiências únicas. É um teste para vocações numa idade em que muitos sonham em ser polícias ou bombeiros, mas outros já estão mais sintonizados para as exigências da vida,poden- www.mediskids.pt 38 JANEIRO/MARÇO 2011 do aqui recorrer a produtos e serviços que a sua tenra idade poderia apenas projectar para um futuro longínquo. E é nesta óptica que surge o espaço Médis que integra a Cidade das Crianças, onde se procura alertar os mais novos para as necessidades que virão a sentir na sua vida adulta. A agitação da vida moderna, vivida a um ritmo medido pelo stress que a todos aflige, não deixa tempo para a necessidade de programar os cuidados de saúde e de bem-estar. Por isso, o espaço Médis na KidZania prepara os mais pequenos para este fenómeno, efectuando, de uma forma ligeira, alguns testes de diagnóstico médicos que podem passar pela visão, pelo peso e pela medição da altura e também da tensão ar terial. Estes resultados, tão importantes para a qualidade de vida em todas as idades, são aqui mais uma forma de brincar, permitindo sensibilizar as crianças para a importância da visita regular ao médico. A Médis oferece um incentivo para os cidadãos da KidZania que visitem o posto Médis: a possibilidade de conduzir um F1 ou de fazer uma escalada com desconto de cinco kidZos. Com esta iniciativa, a Médis procura incutir hábitos de prevenção e estilos de vida saudáveis junto de um universo etário que vai dos quatro aos do ze anos de idade, entrando num mundo de brincadeira que acaba por ter tudo a ver com a realidade do mundo dos adultos. A Médis criou um site lúdico e didáctico, virado para crianças com idades compreendidas entre os quatro e os doze anos, aliando o ac esso ao mundo da informática com a aprendizagem de conceitos básicos de saúde. Bem-disposta, a página tem protagonistas bons e maus. O Super -Médis é o herói, que “trata da saúde dos maus”, sendo c oadjuvado por João Globulão, o rechonchudo glóbulo branco, pelos globitos, os alegres glóbulos vermelhos, e pelo Zé Formax, elemento da força especial dos anticorpos. Os “maus da fita” são F red Fungo, o parasita que gosta de enfrentar organismos, o Ben e a Bina Bactéria, r esponsáveis por muitas doenças, e o Vic Vírus, que está sempr e à espera de uma oportunidade para infectar-nos. Os bons e os maus são pr otagonistas da área “a tua saúde”, que abor da vários temas didácticos, mas também são protagonistas de diversas aventuras que surgem em imagens animadas e em alguns jogos div ertidos, alertando para os cuidados a ter com a saúde. Veja tudo em www.mediskids.pt Apelo da Marca Médis ESTUDO NIELSEN A Nielsen realizou o estudo de monitorização Médis 2010, concluindo que a marca Médis lidera em termos de notoriedade, preço, qualidade e prestígio percebidos, para além de ser a marca mais apetecível para a aquisição de um seguro de saúde e aquela que maior grau de satisfação proporciona aos seus clientes. O estudo realizado pela Nielsen, uma das mais reputadas empresas multinacionais que trabalha área de estudos de marketing de consumo e de medição de audiências, conclui que há um aumento de notoriedade em todas as marcas que operam no campo dos seguros de saúde, mas a Médis continua a lider ar o top of mind e atinge os cem por cento da notoriedade total. Junto dos potenciais possuidores de seguros de saúde, a liderança da Médis em top of mind e em notoriedade espontânea é ainda mais acentuada. Noventa e sete por cento dos inquiridos afirmou-se satisfeito ou muito satisf eito com a Médis. Outra conclusão aponta para o facto de o principal concorrente ser percebido pelos potenciais clientes de seguros de saúde, como o seguro de saúde mais caro e o Médis, o mais barato. O estudo da Nielsen conclui ainda que a Médis tem a melhor avaliação em todos os atributos de qualidade e de prestígio considerados, sendo apontado como o seguro de saúde com melhor assistência médica e com melhores clínicas e hospitais. Outra conclusão refere que as coberturas adicionais de bem-estar são mais referidas do que nos outros seguros de saúde, para além de apontar como o seguro de saúde ideal em Portugal. PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DO SEGURO DE SAÚDE POTENCIAIS POSSUIDORES DE SEGURO DE SAÚDE Seguro de saúde que tem melhor assistência médica Junto dos potenciais clientes que têm preferência por uma marca, a Médis é aquela que se mostra mais atractiva para 59% dos inquiridos, um valor muito substancial face aos 29% do segundo mais bem classificado. Outra importante conclusão refere que os clientes Médis estão satisfeitos como o seu seguro. “Há mais de 5 anos que ac ompanho a trajectória da Médis através de Estudos ao Consumidor. É uma empresa claramente orientada para a excelência e é por isso que apr esenta o grau de prestígio e de satisfação de Client es que os estudos apontam.” Seguro de saúde que tem melhores clínicas e hospitais UNIVERSO DO ESTUDO As conclusões do estudo de monitorização Médis 2010 o f ram obtidas graças a três estudos com objectivos articulados. Um qualitativo, feito com base em focus group, realizado em Lisboa e no Porto; e dois quantitativos, um a clientes Médis, que envolveu 430 entrevistas telefónicas a clientes GRAÇA PINA E MELO Consultora em Marketing da Nielsen Company JANEIRO/MARÇO 2011 39 MUNDO médis directos e 71 entrevistas telefónicas a clientes dos parceiros Médis (Liber ty, C A Seguros e Zurich), e o segundo a potenciais clientes de seguros de saúde,no qual foram realizadas 250 entrevistas telefónicas a possuidores de seguros de saúde e 250 entre vistas telef ónicas a potenciais possuidores de seguros de saúde. No estudo quantitativo a clientes Médis, a amostra foi segmentada segundo o distrito, o tipo de produto possuído (individual ou empresa), a antiguidade em carteira e a frequência de utilização do seguro de saúde, enquanto que o estudo realizado junto de potenciais clientes foi f eito nas regiões da Grande Lisboa, do Grande Porto e do Litoral Norte e Centro. A amostra foi seg- mentada segundo sexo, idade e distritos. O perfil da amostra – estudo da população das 250 entrevistas telefónicas – contou com cinquenta por cento de possuidores de seguros de saúde privados e cinquenta por cento de não possuidores de seguros de saúde privados.Em termos geográficos, 35% é do Litoral Norte e Centro; 25%, do Grande Porto; e 40%, da Grande Lisboa, sendo 55% do sexo feminino e 45% do sexo masculino. Em termos etários, 32% dos inquiridos integra o grupo dos 31 aos 40 anos e dos 25 aos 30 anos; 29% tem idades compreendidas entre os 41 e os 55 anos, e 6% entre os 20 e os 24 anos. Por fim, 66% é oriundo da Classe C1, 30% da Classe A/B e 3% da Classe C2. PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE SEGURO DE SAÚDE PERCEPÇÃO DE PREÇO DE SEGURO POTENCIAIS POSSUIDORES DE SEGURO DE SAÚDE POTENCIAIS POSSUIDORES DE SEGURO DE SAÚDE Seguro de saúde que oferece coberturas adicionais de bem-estar Seguro de saúde mais caro PERCEPÇÃO DE PRESTÍGIO DO SEGURO DE SAÚDE POTENCIAIS POSSUIDORES DE SEGURO DE SAÚDE Seguro de saúde ideal 40 JANEIRO/MARÇO 2011 Melhor seguro de saúde em Portugal GRAU DE SATISFAÇÃO COM O SEGURO DE SAÚDE MÉDIS ATÉ QUE PONTO ESTÁ SATISFEITO COM O SEU SEGURO DE SAÚDE MÉDIS? Prestígio e experiência DA NIELSEN A Nielsen foi criada nos Estados Unidos, em 1923, por Arthur C. Nielsen Sr, um dos fundadores da indústria moderna de estudos de marketing. Entre as muitas inovações na área de estudos de marketing de consumo e de medição de audiências, Nielsen foi responsável pela criação de uma técnica única de medição de retalho, que permitiu que os clientes obtivessem as primeiras informações fiáveis e objectivas sobre o desempenho e a competitividade das suas marcas e sobre o impacto dos seus programas de marketing e vendas nas receitas e nos lucros. A informação Nielsen deu um sentido prático ao conceito de quota de mercado, tornando-o numa das medições fundamentais do desempenho das empresas. O primeiro escritório internacional da Nielsen foi inaugurado em 1939 no Reino Unido e, depois da Segunda Guerra Mundial, foi expandindo as suas operações para a Europa ocidental, a Austrália e o Japão. A actividade da Nielsen em Portugal remonta a 1967. Em 2001, a passou a fazer parte da VNU, um líder mundial em informações de marketing, informação e medição de audiências. Em 2003, a VNU anunciou uma no va estrutura organizacional para a VNU Marketing Information (MI), o seu maior grupo de negócios, com o objectivo de dar resposta à evolução das necessidades dos clientes. Em 2006, a VNU foi adquirida por um consórcio de seis firmas de private equity e, no ano seguinte, alterou a sua designação para The Nielsen Company. Esta nova identidade salienta a marca com maior reconhecimento e sublinha o compromisso na criação de uma organização global e integrada. mundo MÉDIS TERMAS Fotografia: Nuno Alexandre. DA CURIA As termas da Curia são um local de calma, f eito à medida de todos quantos procuram o bem-estar. Os tratamentos termais ajudam a restabelecer a saúde e o spa oferece cuidados de beleza e de relax. Vale a pena desfrutar e aproveitar os descontos oferecidos pelo cartão Medis. JANEIRO/MARÇO 2011 41 MUNDO médis ONDE FICAR A reputação das termas da Curia é muito antiga. Destino mundano nos anos frenéticos da Belle Époque, quando os chás dançantes, os jantares formais e as partidas de ténis marcavam o ritmo do turismo termal numa sociedade cosmopolita que gostava de viv er ao estilo fr ancês, seguindo as modas e as tendências impor tadas de Paris, tornou-se local de romagem par a todos quantos começaram a “ir a águas” para debelar problemas de saúde já nos anos 20 do século passado. Esse tempo de fausto e de glamour já passou e, se bem que as memórias das fotografias a preto-e-branco expostas no hotel do resort o recordem, a vida moderna é muito diferente. No entanto, e tal como no passado,as propriedades das águas minero-medicinais da Curia conservam as suas qualidades ter apêuticas. Graças à sua natureza sulfatada, cálcica e magnésica, estas águas são indicadas par a tratamentos de problemas como gota,pedra nos rins, infecções urinárias, hiper tensão ar terial, reumatismo, de coluna e ar trite, entre outros, pelo que o estabelecimento termal continua a manter as suas portas abertas a todos quantos o procuram. No entanto, para além dos tratamentos termais clássicos, as termas da Curia souberam adaptar-se às exigências actuais e contam agora com um moderno spa, que propõe os mais diversos programas, criados à medida das mais dif erentes exigências. Esses progr amas podem ocupar meio dia, como acontece no caso do Relax-Day Spa, que inclui uma sessão de ginásio, hidromassagem, duche massagem de Vichy, duche escocês e duche de vapor, ou prolongarse por duas semanas, como acontece com o programa Dê Saúde à Sua Saúde, que inclui duas consultas médicas, ingestão de água mineral natural e até três tratamentos diários. Para quem procura o relax, entre várias opções, o cliente pode optar pelo programa Spa Health Club , que pode incluir hidromassagem, duche escocês/duche de leque, piscina termal (36º C), massagem de tonificação muscular, massagem geotermal, ginásio e duche massagem de Vichy, ou o programa Spa Estética Termal, que inclui pressoterapia com massagem de drenagem linfática e diversos tipos de depilação, e que pode ainda incluir tratamentos de rosto, esfoliação e hidratação. Para além dos tratamentos termais clássicos, as termas contam agora com um moderno spa. 42 JANEIRO/MARÇO 2011 HOTEL DAS TERMAS DA CURIA *** Integrado no luxuriante parque onde se situam as termas, o hotel faz parte integrante do resort. Perto da saída da Mealhada, na auto-estrada Lisboa-Porto, está a 94 quilómetros do Porto, 24 Coimbra e 245 de Lisboa. Termas da Curia Spa Resort, 3780-514 Tamengos, Anadia Tel. 231 519 800 Reservas e [email protected] Informações detalhadas em www.termasdacuria.com Para visitar Descobrir a região da Bairrada, conhecer a sua rota dos vinhos e visitar as adegas, pode ser um passeio interessante, o mesmo acontecendo com a visita à Mata Nacional do Buçaco, um local mágico feito da verdura exuberante da floresta e do jardim botânico. A Serra do Buçaco foi um refúgio dos carmelitas, que ali construíram uma casa que foi murada para assegurar o seu isolamento. Os frades traçaram caminhos de contemplação, ergueram capelas e plantaram árvores, muitas delas vindas de destinos longínquos, trazidas pelos marinheiros portugueses, o que ajuda a explicar as c erca de setecentas espécies diferentes que surgem no jardim botânico adjacente ao Curia Palace Hotel, Spa & Golf, que, entretanto, foi construído após o convento encerrar, em 1834. Tanto o jardim como a floresta que o circundam, onde sempre se sentiu a paz, a qual só foi perturbada em 1810, quando as tropas luso-britânicas combateram o invasor francês, numa batalha que foi recordada pelo seu segundo centenário há bem pouco tempo. REFÚGIO PARA DESCANSAR O complex o ter mal está integr ado num vasto parque que se estende ao longo de catorze hectares, onde a arborização luxuriante convida a passear por trilhos que serpenteiam ao longo de inúmeros lagos. É como um jardim que parece não acabar e onde é possível descobrir diversos recantos que convidam a fazer uma pausa, indiferente à passagem do tempo. Sendo um excelente local para fugir ao ritmo alucinante do dia-a-dia, também oferece um percurso de manutenção para quem procure as ter mas da Curia com o objec tivo de melhorar a sua compleição física. Aqueles que apreciam uma boa partida de golfe, vão encontrar um campo de nove buracos, desenhado por Jorge Santana da Silva. O percurso, de 2.457 metros, desenvolve-se ao longo do Rio Cértima e conta com dois par 5 e outros tantos par 3 . O terreno é bastante plano, mas é necessário ter atenção aos dois lagos e aosbun- kers, que são desafios interessantes. O progr ama Relax Termas Golfe é uma excelente opção para qualquer jogador. Inclui, para além dos green fees, duas noites em regime de meia-pensão, controlo médico, sessão de ginásio, duche massagem de Vichy, massagem de relaxamento, duche escocês, sauna e duche de vapor. Para além destes exemplos, as propostas das termas da Curia são ainda mais vastas, pelo que os interessados podem encontrar todos os progr amas detalhados em www.termasdacuria.com Quem fique na Cúria, muito dificilmente poderá resistir ao apelo da gastronomia. Os leitões da Mealhada são um ícone da Bairrada. Contudo, igualmente perto das termas, na Malaposta, fica o restaurante Pedro dos Frangos, instalado numa antiga casa de muda, onde, no século XIX, os viajan tes descansavam enquanto os cocheiros trocavam os cavalos das carruagens que asseguravam a ligação entre Lisboa e Porto. Há cerca de três décadas, o frango assado e a enorme costeleta de boi são as especialidades da casa. Descontos Médis Os clientes Médis têm condições especiais no resort das termas da Curia, beneficiando de desc ontos de 10% nos tratamentos termais (excepto nas consultas médicas e na taxa de inscrição ), 15% sobre o preço de balcão no Hotel das Termas da Curia e 5% sobre a carta de restaurante. JANEIRO/MARÇO 2011 43 MODA tendências BRINCOS Em forma de coração, Louis Vuitton. PONCHO Em lã, Stefanel. CASACO Em lã, Hoss Intropia. BOTINS Em pele, Hermès. VESTIDO Em cetim de seda, Karen Millen. VERMELHO Conjugar várias tonalidades de uma mesma cor é uma tendência. CASACO Em lã, Karen Millen. CHAPÉU Em feltro, Nuno Baltazar. PERFUME Hypnotic Poison Eau Sensuelle, Dior. SANDÁLIAS Em camurça, Karen Millen. MALA Em vinil, com laço, Weill. 44 JANEIRO/MARÇO 2011 BRINCOS Em prata com diamantes, Stephen Webster na Fashion Clinic. CASACO Em lã, Stefanel. SOMBRAS Silver Screen, Dior. SAIA Com botões, Nuno Baltazar VESTIDO Drapeado com colete, Hoss Intropia. CINZENTO SANDÁLIAS Com pêlo, Hermés A simplicidade das peças e das c ores é um dos lemas desta estação. Por Joyce Doret. CALÇAS Com riscas, Hoss Intropia. COLETE Em denim, Levi’s Red Tab. SAPATOS J. Marskrey, Melissa Couture. MALA Em pêlo, Louis Vuitton. ÓCULOS Em massa, Alexander McQueen. JANEIRO/MARÇO 2011 45 MODA tendências CAMISOLA Em lã, Decenio. CAMISA Em algodão, Sacoor. CINTO Em pele, com logótipo, Louis Vuitton. SOBRETUDO Em lã, Sacoor. PERFUME Bleu de Chanel , Chanel. WORK COOL A opção por peças mais inf ormais não condiciona a elegância. COLETE Em lã, H.E. BOTINS Em pele, Aldo. ÉCHARPE Louis Vuitton. ÓCULOS Em armação metálica, Carrera. 46 JANEIRO/MARÇO 2011 FATO Cinzento, Decenio. GRAVATA Cinzento, Sacoor. CAMISOLA Em lã, com gola alta, Hilfiger Denim. SAPATOS Em pele envernizada, Louis Vuitton. CLASSIC WORK STYLE Cores sóbrias e discretas marcam nesta estação. O espampanante deve ser evitado. SOBRETUDO Cinzento, Sacoor. Por Joyce Doret. ÓCULOS Aviator, Ray Ban. CAMISA Em algodão, Sisley. PASTA Em pele, Furla. JANEIRO/MARÇO 2011 47 PRAZERES relógios HORA Um relógio pode ser um presente que faz perdurar memórias felizes, mas também é um ditador que nos conta o tempo no dia-a-dia. CARTIER O Pasha Seatimer Lady Watch, da Cartier, tem uma caixa em aço e uma coroa em ouro rosa escovado de dezoito K e vidro de safira (33 mm de diâmetro). A bracelete é em borracha, com fecho duplo, em aço. Movimento de quartzo Cartier calibre 688, com calendário. Resistente à água até cem metros. Preço sob consulta. JAEGER FOSSIL SEIKO LOUIS REVERSO Original e elegante nas cores, branca da caixa em aço, com 40 mm de diâmetro, e com o mostrador em madrepérola, o Fossil Ceramic tem movimento de quartzo. Resistente à água até cem metros. Preço: ¤ 200. Relógio com tecnologia Kinetic, capaz de transformar o movimento do corpo em energia eléctrica para o movimento de quartzo. Caixa em aço e bracelete em aço inoxidável; mostrador em madrepérola. Preço: ¤ 370. VUITTON O Reverso é um ícone da Jagger–LeCoulture. O Squadra Lady Automatic tem uma caixa em aço e a bracelete, em pele de crocodilo. Movimento automático com 42 horas de reserva de marcha. Preço: ¤ 5.200. 48 JANEIRO/MARÇO 2011 O requinte e a elegância da Louis Vuitton num relógio com caixa e ponteiros em ouro rosa, vidro em safira e mostrador em branco lacado. Uma autêntica jóia. Movimento de quartzo. Preço: a partir de ¤ 10. 300. CERTA Seja como for, os relógios fazem parte da nossa vida, sendo acessórios de moda no feminino ou verdadeiros objectos de culto para muitos homens, que os cobiçam como jóias raras. BREITLING Para além da sua ligação à a viação, os oceanos fazem par te do ADN da Breitling e o Superocean é a sua mais recente proposta para quem gosta de mer gulho. Estanque até aos 1.500 metros, tem uma caixa em aço e um vidro de safir a anti-reflexo. Movimento automático de alta frequência. Preço: € 2.350. PORCHE DESIGN O P6930 chronograph, da Porsche Design, tem caixa em titânio, vidro em safira e pulseira em borracha. Movimento automático. O lançamento está agendado para o final do ano. Preço: sob consulta. CHRONOSWISS OMEGA TAG HEUER O Timemaster Chronograph GMT tem movimento automático. É um relógio para viajantes. O ponteiro GMT oferece um segundo fuso horário, para além da janela com data. Estanque até 100 metros. Preço: ¤ 5.920. No Salão de Basileia, a Omega apresentou o exclusivo Skeleton Central Tourbillon Co-Axial Platinium Limited Edition. Apenas serão produzidos dezoito exemplares, pelo que se trata de um sonho para apreciadores. O Aquacer 500 M Caliber 16 é um cronógrafo de movimento automático, com caixa em aço e vidro de safira anti-reflexo, resistente até 300 metros, que vai chegar em breve ao mercado. Preço: ¤ 2.750. JANEIRO/MARÇO 2011 49 MUNDO médis Rede de Saúde & Bem-estar PARA UMA Porque viver saudável não é apenas estar livr e de doenças, a Médis desenvolveu uma rede de serviços complementares que garantem o bem-estar dos seus clientes. J á lá vai o tempo em que as nossas preocupações de saúde se limitavam ao tr atamento eficaz das doenças. Ter uma resposta à altura num momento de aflição continua a ser , evidentemente, a prioridade dos doentes, que exigem aos prestadores de serviços de saúde a segurança de um diagnóstico rápido e rigoroso, e de um tratamento efi50 JANEIRO/MARÇO 2011 caz. Mas num mundo cada vez mais rápido, onde, todos os dias,acumulamos stress e preocupações, o próprio conceito de saúde está em mudança.Hoje em dia,uma vida saudá vel não depende apenas da nossa capacidade de tratar eficazmente as doenças quando elas sur gem. Trata-se, antes do mais, de prevenir a sua ocorrência e, adoptar estilos de vida – através da alimentação, do exercício físico e dos nossos comportamentos quotidianos – que nos garantam um maior equilíbrio naorma f como vivemos, uma maior tranquilidade e uma maior capacidade de encarar as pressões que nos surgem pelo caminho todos os dias. O que, cada vez mais, todos procuramos hoje resume-se numa pala vra: bem-estar. Por isso mesmo, as exigências que se colocam aos sistemas de saúde são cada vez maiores. Mais do que acesso a consultas, serviços de urgência e meios de diagnóstico, actualmente, os utentes querem soluções preventivas e ofertas capazes de dar-lhes acesso a experiências de bem-estar, Fotografia: Getty Images. VIDA MELHOR a serviços que promovam estilos de vida mais saudáveis e atractivos. Ginásios, SPAS e termas são bons exemplos de estabelecimentos que entraram na vida dos portugueses nos últimos anos, integr ando-se nas suas rotinas quotidianas ou, no mínimo, nas suas experiências de érias. f O chamado turismo de saúde (que tem, em Portugal, uma oferta cada vez mais rica) é apenas um sintoma de uma nova atitude dos portugueses perante a saúde. QUALIDADE DE VIDA Atenta a esta e volução, a Médis tomou a iniciativa de alar gar progressivamente a sua oferta de saúde, abarcando cada vez mais ser viços capazes de responder às necessidades dos clientes. Mais do que dar respostas em situações de doença, trata-se de garantir ofertas capazes de promover estilos de vida saudáveis e equilibrados a todos os que queiram prevenir maleitas e levar mais a sério a sua qualidade de vida. Para isso, a Médis criou,logo a partir do ano de 2001, uma panóplia de serviços complementares (que tem vindo a alargar-se desde então), onde os clientes encontram todo o tipo de respostas para todas as necessidades, desde serviços de apoio domiciliário a termas, SPAS e consultas de medicinas alternativas. O nome diz tudo.A Rede de Saúde & Bem-estar da Médis pretende precisamente dar “Pretendemos que o cliente tenha uma oferta mais alargada, que vai além da assistência à saúde”, justifica Paula Galvão, da Médis. Assim, a rede abre as portas a um mundo de opções. Uma questão de bem-estar A Rede de Saúde & Bem-estar da Médis está espalhada por todo o país e inclui todo o tipo de serviços. C om 787 prestadores protocolados em todos os distritos, o sistema constitui uma rede nacional de cuidados complementares, apetrechada para dar respostas aos clientes em todas as fases da sua vida, em qualquer r egião de Portugal. Desde aulas de preparação para o parto e serviços criopreservação das células estaminais até ao apoio domiciliário e assistência especializada de enfermagem, passando por consultas de Psicologia Clínica, medicinas alternativas e acesso a equipamentos de desporto e de lazer (como health clubs ou estâncias termais), a rede Médis oferece descontos e preços convencionados para todo o tipo de serviços de saúde. Para mais informações, consulte o sítio da Médis (www.medis.pt) ou telefone para as linhas telefónicas de apoio (Lisboa: 21 845 88 88; Port o: 22 207 88 88; telemóvel: 91 935 88 88 | 96 599 88 88 | 93 522 88 88). JANEIRO/MARÇO 2011 51 MUNDO médis diversificada”, aponta Paula Galvão. E porque facilitar a vida aos utentes é exactamente o que se procura, o acesso a esta rede não podia ser mais fácil: para usufruir destes cuidados complementares, os clientes precisam apenas de mostrar o Para usufruir destes cuidados complementares, os clientes precisam apenas de mostrar o seu cartão Médis. seu cartão Médis, que lhes dá entrada imediata nesta gama de of ertas, onde têm acesso a ser viços especiais com descontos importantes ou gozando dos preços Médis. Sem complicações, até porque o objectivo é precisamente melhorar a disponibilidade de cuidados especiais que podem fazer uma grande diferença no nosso bem-estar. Para a seguradora, trata-se apenas de dar resposta às solicitações dos próprios clientes. “Há muita procura deste tipo de serviços”, nota a responsável da Médis. “A tendência, hoje, é para as pessoas procurarem serviços multifacetados, ofertas multifacetadas.” E é isso mesmo que esta rede oferece: um conjunto de opções, agrupadas num sistema completo e coerente de cuidados de saúde e de bem-estar, com a marca de confiança da Médis. Em 2001, os ser viços de apoio de enf ermagem ao domicílio, muito procur ados por pacientes em situações pós-oper atórias, foram os primeiros a integrar o sistema, a par dos serviços de ambulâncias. Com o tempo, a diversidade tomou conta da rede, que foi progressivamente integranum maior leque de opções aos clientes, parto e até criopreservação de células esta- do um leque cada vez maior de opções. abrindo-lhes as por tas, em condições minais. Há de tudo para todos os gostos Entre elas, as termas são um bom exemmuito favoráveis, a um conjunto de servi- e necessidades. “Queremos que o cliente plo de serviços que vêm registando um ços inovadores. “Pretendemos que o clien- veja nesta opção um sistema integr al”, crescimento assinalável. “Há uma tendênte tenha uma oferta mais alargada, que vai explica Paula Galvão. “Por um lado, tem cia para procurar-se aquilo a que se chama além da assistência à saúde”, justifica Paula assistência na doença e, por outro lado, serviços de lifestyle”, regista Paula Galvão. É compreensível. Assoberbados pelo peso Galvão, da Médis. Assim, a rede abre tem também, se quiser , assistência as portas a um mundo de opções, desde na saúde, onde pode usufruir destes ser- de uma vida cada vez mais exigente e cansativa (sobretudo agor a, que os tempos sessões de acupunctura, osteopatia ou ioga viços.” nos prometem ainda mais pressões e difiaté consultas de estética, psicologia clíniculdades), é nos pequenos escapes e nos ca ou tratamento da obesidade. Estâncias RESPOSTAS DE CONFIANÇA termais, spas e clubes de fitness estão tam- Para já, a Rede de Saúde & Bem-estar conta pequenos “mimos” que reencontr amos bém integrados nesta rede inovadora, que com 787 prestadores de serviços protoco- o nosso equilíbrio e a nossa tranquilidainclui ainda ser viços especializados de lados com a Médis nas várias áreas de espe- de. Ter um seguro de saúde do nosso lado, enfermagem, apoio domiciliário, ambulân- cialidade e espalhados de Norte a Sul do a abrir as portas para o bem-estar, é ter um cias privadas, aulas de preparação para o país. “Esforçamo-nos por ter uma oferta parceiro para uma vida melhor. 52 JANEIRO/MARÇO 2011 Fotografia: Getty Images. A Rede Médis abre as portas a um mundo de opções, desde sessões de acupunctura, osteopatia ou ioga até consultas de estética, psicologia clínica ou tratamento da obesidade. PUBLICIDADE mundo MÉDIS Médis Vintage SAÚDE E BEM-ESTAR Fotografia: Getty Images. DEPOIS DOS 55 ANOS Porque há muita vida para além dos 55 anos de idade , a Médis volta a inovar no campo da proposta de planos de saúde com o programa Médis Vintage, uma solução diferenciadora para o segmento sénior. Destinada a clientes com idades compreendidas entre os 55 e os 75 anos, é um verdadeiro seguro de saúde que garante uma protecção eficaz a um preço acessível, sem ter limite de permanência. JANEIRO/MARÇO 2011 53 MUNDO médis VIDA NOVA A PARTIR DOS 55 ANOS mas de saúde Opção Viva e Opção Viva +, a permite financiar cuidados de saúde (o presesperança de vida tem aumentado Médis decidiu ir mais além na resposta às tador da rede factura directamente à Médis), necessidades dos seus clientes e o Médis ficando a cargo do cliente o co-pagamento nas últimas décadas e, com o avançar da idade, começa a ser Vintage surgiu para dar uma resposta ade- de 50%, representando, deste modo, bom viver sem as pressas do quo- quada, completa e com preços a partir dos 30 um esforço financeiro consideravelmentidiano que marcam o ritmo de vida nas cida- euros/mês. te menor para o cliente para fazer face às desdes, aproveitando o tempo. No entanto, tampesas de saúde. bém é fundamental sentir que os nossos cui- TODAS A oferta é modelada às dados de saúde estão bem entregues. Foi AS VANTAGENS necessidades do segnesta óptica que a Médis criou um plano de MÉDIS mento sénior, alargansaúde diferenciador para o segmento sénior, O Médis Vintage é um do-se à cobertura de dirigido a clientes com idades entre os 55 e verdadeiro seguro de assistência, que inclui, os 75 anos. O programa de saúde Médis saúde e não mais um por exemplo, serviços Vintage vem, assim, colmatar uma lacuna cartão de descontos, de enfermagem. que se fazia sentir. oferecendo todas as A subscrição do plano A sua grande diferença começa pela identi- vantagens da Médis, de saúde Médis Vintaficação de uma realidade em que os segura- desde o acesso ge pode ser feita até dores têm vindo a optar por comercializar, na à Rede Médis de presaos 75 anos de idade, maioria das situações, cartões de desconto, tadores de cuidados não existe limite de os quais não dão a resposta ideal às reais de saúde, passando idade de permanência necessidades do segmento sénior, que até pelo médico assistene o preço é constante tem mostrado uma tendência de crescimento te Médis e pela linha Médis. Para além das ao longo de todo o contrato, o que permite devido ao reconhecido envelhecimento da coberturas de hospitalização e de ambulató- ao cliente saber, à partida, quanto vai pagar população portuguesa. Deste modo, e ape- rio, inclui uma cobertura de doenças graves ao longo dos anos. sar de já contar com propostas para o seg- até um milhão de euros, na opção mais com- "Não dispensa a leitura da informação contratual mento sénior, como acontece com os progra- pleta. Assente no conceito demanaged care, e pré-contratual legalmente exigida" A O Médis Vintage surgiu para dar uma resposta adequada, completa e com preços a partir dos € 30/mês. 54 JANEIRO/MARÇO 2011 MÉDIS VINTAGE GARANTE SERVIÇOS E BENEFÍCIOS Médico assistente Médis: um médico especialista em Medicina Geral e Familiar ou Medicina Interna, que está disponível para fazer o acompanhamento pessoal ou por telemóvel. Linha Médis: atendimento telefónico especializado, disponível 24 horas por dia, 365 dias por ano, com enfermeiros que prestam um serviço permanente de informação, aconselhamento e encaminhamento em cuidados de saúde, de modo simples e acessível, sob supervisão médica. Rede Médis: mais de seiscentos médicos de todas as especialidades, noventa hospitais, seiscentas clínicas, cinquenta serviços de urgência ou de atendimento permanente e 1.500 centros de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, capazes de dar-lhe resposta onde quer que esteja. Cartão Médis: um cartão personalizado que o identifica e lhe dá acesso aos profissionais e aos serviços de saúde que compõem a Rede Médis, a preços especiais acordados com a Médis. Permite aos profissionais de saúde facturarem directamente Médis, ficando a seu cargo os co-pagamentos ou as franquias. Assistência personalizada: nos hospitais CUF Infante Santo, CUF Descobertas e no Hospital da Luz, todos em Lisboa, pode contar com uma assistente personalizada, assegurada por uma equipa da Médis, instalada num espaço físico próprio, pronta para prestar um acompanhamento eficaz. Assistência ao domicílio: num estado de dependência, após uma situação de internamento, a Médis garante diferentes serviços de assistência, desde fisioterapia e enfermagem a serviços de alimentação, limpeza e higiene pessoal. E, se tiver crianças menores de treze anos a seu cargo (por exemplo, netos), serviços de babysitter e de transporte especializado serão muito úteis. Rede de saúde e bem-estar Com o CARTÃO MÉDIS, beneficia de DESCONTOS em diversas entidades que têm acordos com a Médis, como health & fitness clubs , termas, ópticas, prestadores de cuidados domiciliários, entre outros. JANEIRO/MARÇO 2011 55 ON THE road Honda CR-Z DESPORTIVO SEM PECADO Com o CR-Z, a Honda provou que é possível produzir automóveis desportivos com motores de baixa cilindrada, consumos reduzidos e pouco poluentes. Por isso, o prazer da condução está assegurado num Mundo que se pretende mais verde. Por Rui Faria. O Honda CR-Z assume-se como um coupé – o estilo de carroçaria que foi sempre visto como a sublimação da elegância automóvel e um sinónimo do carácter desportivo. A grande diferença face ao que era habitual encontrar neste tipo de automóveis começa pela sua dimensão compacta (apenas 4,08 metros de comprimento) e, sobretudo, pelo facto de ter sido equipado com uma motorização híbrida, onde coexistem um pequeno motor a gasolina com 1.497 cc de cilindrada com 114 cv e um motor eléctrico que garante 14 cv. Até aqui, os coupés seguiam um dogma enunciado por Henry Ford, um dos pionei56 JANEIRO/MARÇO 2011 ros da indústria automóvel, que, um dia, afirmou: “Melhor do que muita cilindrada, só mais cilindrada.” Foi assim durante muitos anos de gasolina barata e poucas preocupações com as emissões de CO 2, que contrastam com o aumento do custo dos combustíveis e com o aquecimento global do planeta. Para procurar inverter os erros de um passado ainda demasiado recente, passou a ser urgente produzir veículos com baixo consumo e ainda menores emissões de poluentes. A indústria automóvel vive, hoje, numa encruzilhada de propostas, mas as motorizações híbridas são, para já, o caminho mais rápido para atingir os objectivos eco- nómicos e ambientais cada vez mais prementes. DOIS MUNDOS Se ninguém contestasse tal necessidade, o prazer da condução parecia condenado à extinção. Contudo, o CR-Z mostra que um automóvel também pode encerrar o melhor de dois mundos, sendo, ao mesmo tempo, emocionante na condução e pouco poluente. Na rua, é fácil ver as cabeças voltarem-se para trás à passagem deste modelo da Honda, mas o apelo da forma acaba por ser algo frustrado pela frieza dos números: apenas 124 cv (valor da combinação do motor a gasolina e do eléctrico). É um valor muito baixo quando comparado com a potência de pequenos diesel familiares. No entanto, o CR-Z é capaz de surpreender-nos com a sua elasticidade a baixo regime, sobretudo numa utilização urbana. Neste caso, mais importante do que a potência é o binário e, por si só, o motor eléctrico é capaz de garantir 78 Nm logo a partir das 1.000 rpm, garantindo a grande agilidade do coupé, que parece ter muito mais músculo do que aquele que os valores da potência máxima indicam. É certo que, em auto-estrada, e, sobretudo, nas estradas sinuosas, a resposta não é tão rápida quando o motor é levado a regimes mais elevados, tanto mais que a caixa manual de seis velocidades tem um escalo- namento que privilegia a contenção do consumo, embora seja rápida e fácil de manejar como se exige num automóvel desportivo. A grande vantagem destecoupé passa pela HONDA CR-Z GT TOP MOTOR A GASOLINA Tipo Cilindrada (cc) Potência máxima (cv/rpm) Binário máximo (Nm/rpm) 4 cilindros em linha, longitudinal anterior 1.497 114 (combinada 124)/6.100 145 (combinado 174)/4.800 MOTOR ELÉCTRICO Tipo Potência máxima cv/rpm) Binário máximo (Nm/rpm) Síncrono de íman permanente 14 78,4/1.000 PERFORMANCES Velocidade máxima (km/h) 0 a 100 km/h (s) Consumo (l/100 km) Urbano/Extra-urbano/Combinado Emissões C02 (g/km) 200 9,9 6,1/4,4/5,0 117 DIMENSÕES Comprimento/Largura/Altura (mm) Entre-eixos (mm) Vias frente/trás (mm) Jantes Pneus Peso (kg) Capacidade do depósito (l) Capacidade da bagageira (l) PREÇO (¤) 4.080/1.740/1.395 2435 1.520/1.500 6Jx16 195/55R16 1.198 40 de 214 a 401 desde 26.220 possibilidade que é dada ao condutor de recorrer a um botão colocado na consola central e desligar o modo Econ, abdicando da prioridade que o programa dá ao consumo, restringindo a sensibilidade do acelerador e até a potência do ar condicionado, optando pelo modo Sport, para entrar noutra dimensão. A diferença é imediata. O painel de instrumentos ganha uma tonalidade vermelha, o motor torna-se mais solícito à mínima pressão no acelerador e até a direcção se torna mais directa e incisiva, permitindo desfrutar de todo o prazer da condução. Nestas condições, há que elogiar o bom desempenho do chassis e a eficácia da suspensão, mesmo nas zonas sinuosas, em que há constantes mudanças de apoio. O CR-Z é capaz de garantir todas as emoções que podem esperar-se de um automóvel de carácter desportivo, mas, como em tudo na vida, os prazeres custam dinheiro. O consumo aumenta drasticamente ao ritmo de cada redução com caixa de velocidades na inserção em curva e até parece que o indicador do nível da gasolina está ligado directamente ao acelerador. É fácil ultrapassar os 8 litros/100 km, o que contrasta com os 6,3 litros/100 km que registámos em modo Econ, no meio do pára/arranca do trânsito de Lisboa. DESFRUTAR A DOIS Como qualquer coupé do tipo 2+2, o Honda CR-Z é um automóvel para ser desfrutado a dois. Com pouco mais de quatro metros de comprimento e apenas 2,43 metros de distância entre eixos, não há muito espaço para além daquele que é necessário para os ocupantes dos bancos dianteiros. Os bancos traseiros são simbólicos, o que pode ser uma excelente desculpa para deixar a sogra em casa. E podem ser rebatidos para aumentar o volume da bagageira, que não vai além dos 214 litros. Tal como é típico nas marcas japonesas, o habitáculo é sóbrio e funcional, estando bem organizado em termos de ergonomia. A posição de condução é agradável, sendo apenas de lamentar a ausência de regulação do apoio lombar. A versão GT Top (que custa mais € 3.380 do que o modelo base) está bem equipada e o seu preço acaba por ser competitivo face a modelos concorrentes com características semelhantes. JANEIRO/MARÇO 2011 57 ÚLTIMA página BLOODY MARY O bloody Mary é um dos mais famosos cocktails do Mundo. E ninguém renegaria a autoria de uma receita cujos ingredientes são um terço de vodka, dois terços de sumo de tomate, umas gotas de molho Worcestershire, Tabasco a gosto e umas gotas de limão ... No entanto, há muitas histórias à volta do seu autor, embora tudo indique que o culpado tenha sido “Pete” Petroit, que o popularizou nos anos 20 do século passado no Harry’s Ne w 58 JANEIRO/MARÇO 2011 York Bar, em Paris – o bar ainda exist e, no número 5 da rue Daunou, perto da Ópera de Paris. Contudo, há também quem defenda que tudo começou no Bucket of Blood Club, um bar de Detroit, onde trabalhava uma escultural Mary; ou mesmo quem queira intelectualizar a questão, associando o vermelho à Rainha Maria I de Inglaterra, que ficou conhecida pelo cognome de The Bloody Mary, por ter sido a responsável pela condenação à morte de milhares de protestantes. No entanto, numa história onde entrem bebidas, Ernest Hemingway não poderia ficar de fora. Conta-se que, em Paris, o escritor terá pedido a “Pete” um cocktail cujo cheiro a álcool não fosse detectado no seu hálito. Não se sabe quantos terá bebido, mas, ao chegar a casa, t elefonou ao barman a agradecer porque a então sua mulher – a Bloody Mary, como lhe chamou – não tinha dado por nada... Uma Marca da Daimler Para nós, perfeito é imperfeito “The best or nothing” é o compromisso da Mercedes-Benz desde há 125 anos, quando Gottlieb Daimler se propôs a reinventar o automóvel. O lema do nosso fundador é a exigência constante pela qualidade do que construímos e pelo serviço que prestamos aos nossos Clientes. Levou-nos a inovações como o Cinto de Segurança, o Airbag, o ABS ou o ESP®. Na Mercedes-Benz, inspirados pela nossa história, tornaremos o futuro de todos mais seguro, confortável e sustentável. Acompanhe-nos nesta jornada a bordo de um Mercedes-Benz. Consumo (combinado l/100 Km): 13,2. Emissões CO2: 308 g/Km. www.mercedes-benz.pt