Fazer

Transcrição

Fazer
N.º 1
Faz bem à Saúde.
TENDÊNCIAS
O que é fashion
para ela e para ele
JANEIRO/MARÇO 2011 . Trimestral
PORTO
Nº1
JANEIRO/MARÇO 2011
Trimestral
¤ 3.00
A pousada do Freixo
na rota de uma
cidade sempre nova
Rede Médis
PAÍS
DE GALES
Tradição e
modernidade
Entrevista
Daniel
Serrão
SAÚDE & BEM-ESTAR
sumário EDITORIAL
SUMÁRIO
4
NOTAS SOLTAS
A não perder e para ficar a saber.
8
GRANDE ENTREVISTA
Professor Daniel Serrão.
13
SIGHTSEEING
(Re)descobrir Lisboa no eléctrico 28.
16
MUNDO MÉDIS
Centro Clínico da Amadora e Clínica
Parque dos Poetas.
21
ASSISTENTE REDE MÉDIS
Raquel Santos, controller da Medicil
Lisboa.
22
MUNDO MÉDIS
Pedro Correia, director da Rede Médis
em entrevista.
25
HITECH
Um GPS à medida do golf e.
26
GLOBETTROTER
Por terras do sul de Gales.
31
GOURMET
Um clássico da Quinta dos Carvalhais.
32
WEEKEND
Palácio do Freixo nas rotas do “novo”
Porto.
34
MUNDO MÉDIS
Eventos e iniciativas apoiadas pela
Médis.
39
MUNDO MÉDIS
Estudo Nielsen mostra a notoriedade
da Médis.
41
MUNDO MÉDIS
Desfrutar das Termas da Curia com
a Rede Médis.
44
TENDÊNCIAS MODA
Sugestões para ela e para ele.
48
PRAZERES
Relógios que fazem a diferença.
50
MUNDO MÉDIS
Saiba tudo sobre as redes
complementares da Médis.
53
MUNDO MÉDIS
Vintage, uma proposta para quem
tem mais de 55 anos.
56
ON THE ROAD
Honda CR-Z.
58
ÚLTIMA PÁGINA
Sabia que...?
Gustavo Barreto
DIRECTOR DE MARKETING
O N.º1 na capa desta edição marca a refundação da revista da Médis,
uma publicação com mais de dez anos e originalmente destinada
em exclusivo aos prestadores da Rede Médis, os quais, desde
sempre, se revêem na revista.
Mais Médis diz muito sobre este novo conceito de revista:
– mais informação sobre a actividade da Médis, sobre os
prestadores da rede, as iniciativas de comunicação, a inovação de
produto, a marca e as vivências do universo Médis;
– mais conteúdos, que incluem temas de interesse geral, da moda
às viagens, da ciência à cultura, do lazer à saúde e ao bem-estar;
– mais público, passando a atrair mais pessoas para a sua leitura, por
mais tempo (quem sabe, tornar-se mesmo num objecto de culto);
– mais páginas, mais cor, Mais Médis.
A Mais Médis marca também o início de um novo ciclo, concluído
o que se iniciou há cinco anos, com a renovação integral da oferta
de produtos Médis, o alargamento de canais de distribuição, o
reposicionamento da marca, o novo sítio da Médis na internet.
Em cinco anos, a Médis obteve cinco prémios de marca
(Superbrands e Marca de Confiança), reforçou o seu estatuto
de marca líder e de prestígio, conquistou novos clientes, que
trouxeram à Médis a dimensão que tinha em 2004, antes
do movimento de mercado de todos já conhecido, e apresentou
consistentemente resultados positivos, o que permitiu manter
sempre uma oferta de qualidade a preços atractivos e sustentados.
A Mais Médis espelha, pois, a Médis do futuro, ainda mais jovem,
mais abrangente e mais dinâmica, inovadora e tecnologicamente
avançada, com uma oferta distintiva e, sobretudo, orientada para
as pessoas, os seus clientes e os seus prestadores, os que, com
a nossa equipa dinâmica e motivada, fazem da Médis uma marca
líder em Portugal.
Mais Médis, mais do que nunca.
Médis. Faz bem à saúde.
Director: Gustavo Barreto. Direcção Editorial: Rui Faria ([email protected]). Textos: Cofina Media. Fotografia: Nuno Alexandre, Getty Images e C ofina Media.
Pesquisa de Imagem: Diana Bastos. Copy-Desk: Carla Sacadura Cabral. Direcção de Arte: Sofia Lucas. Design Gráfico: Maria Papoula. Paginação: Maria Papoula e Patricia Santos.
Produção: Cofina Media. Pré-impressão: Graphexperts, Lda., Av. Infante Santo, 42 - A/B, 1350-179 Lisboa. Impressão: Lisgráfica SA, Estrada Consigliéri Pedroso, 90, Casal de Sª
Leopoldina, 2745-553 Queluz de Baixo. Propriedade: Médis – Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde S.A., Av. José Malhoa, 27, 1070-157 Lisboa. ([email protected])
Linha Médis:21 845 8888.Redacção: Cofina Media, Av. João Crisóstomo, 72 – 1069-043 Lisboa. Depósito Legal: 319892/10. Registo na ERCcom o nº 125985. Tiragem: 11.000 exemplares. Periodicidade: Trimestral.
Médis - Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde, SA. Capital Social: 12.000.000 Euros. NIPC: 503 496 944. Sede Av. José Malhoa, 27 – 1070-157 Lisboa
A Médis não subscreve, necessariamente, as opiniões veiculadas nesta revista.
NOTAS soltas
André Kertész
O museu Jeu de Paume, em Paris, mostra, até ao dia
6 de Fevereiro de 2011, uma exposição monográfica
da obra do fotógrafo húngaro André Kertész
(1894-1985), reunindo trabalhos originais que
espelham a sua longa carreira, revisitando
temas como o espaço doméstico, os edifícios,
as chaminés, as distorções e a solidão.
DEOLINDA
Os Deolinda são um caso sério em t ermos de popularidade
e a sua música já ultr apassou fronteiras. Alegres e bem dispostos
como sempre, vão subir aos palcos dos coliseus do Porto (22 de
Janeiro) e de Lisboa (26 de Janeiro).
STEVE LEHMAN OCTET
AMAZÓNIA EXPEDIÇÃO
A nova formação de Steve Lehman
já foi considerada como uma
das maiores surpresas do jazz nova-iorquino. O CD Travail Transformation
and Flow trepou ao topo das listas
de vendas, tendo sido aplaudido como
um dos melhores trabalhos de 2010,
podendo ser apreciado num concerto
agendado para dia 25 de Janeiro
na Casa da Música, no Port o.
4 JANEIRO/MARÇO 2011
Fotografia: Getty Images. D.R.
Em 1783, uma expedição liderada por Alexandre Rodrigues Ferreira
partiu de Lisboa com o objectivo de inventariar o património natural
e etnográfico da Amazónia. Esta missão, muito ambiciosa para aquela
época, é o tema de uma exposição que est ará patente ao público
até ao próximo dia 13 de Janeiro no Pavilhão do Conhecimento,
no Parque das Nações em Lisboa.
ESCULTURAS
MONUMENTAIS
A exposição Dez Monumentais Esculturas Britânicas apresenta
um conjunto de dez peças da denominada no va escultura
inglesa produzidas entre 1987 e 2006. A mostra está patente ao
público no museu arqueológico do Cerro da Vila, em Vilamoura,
e integra algumas obras recentemente adquiridas pela Colecção
Berardo que podem ser vist as até Setembro de 2011.
LA DOLCE VITA
A Gucci, em parceria com a Film Foundation
(www.film-foundation.org), de Martin
Scorsese, participa, pelo quinto ano
consecutivo, na recuperação de um filme que
faz parte da história do cinema. Desta f eita,
a obra escolhida foi o La Dolce Vita, de 1960,
que muitos consideram ser um dos melhores
trabalhos de Federico Fellini.
Mário Zambujal
Dama de Espadas . Crónica dos Loucos Amantes
é o mais recente romance de Mário Zambujal,
publicado pela nova editora Clube de Autor.
O estilo bem-humorado que tantos leitores
conquistou leva-nos ao encontro de Eva, uma
menina de onze anos, e de Filipe, um rapaz
de dezoito, que se cruzam, anos mais tar de,
na sempre romântica Vila de Sintra.
SKUNK
ANANSIE
Apontados como uma das melhores bandas ao vivo, os Skunk
Anansie estão de volta aos palcos portugueses para duas
noites de puro rock. Depois do sucesso registado no Optimus
Alive! 2010, a banda de Skin vai estar, a 7 de F evereiro, no
Coliseu do Porto e, no dia seguinte, a 8, no Coliseu de Lisboa.
JANEIRO/MARÇO 2011 5
NOTAS soltas
A LUA ESTÁ
MAIS PEQUENA
O estudo dos dados recolhidos pela sonda Lunar
Reconnaissance Orbiter (LRO), que está na órbita da Lua
desde Junho de 2009, permitiram concluir que
o diâmetro do satélite da Terra está a reduzir-se “por
efeito do arrefecimento do interior do planeta”, como
admitiu Thomas Watters, um cientista do Smithsonian
Institute de Washington. A contracção da crosta lunar
levou à criação de montanhas que mais parecem rugas
e que se estendem ao longo da sua superfície, algo
que também já foi detectado em planetas como Marte
e Mercúrio. É um processo que se iniciou há um milhão
de anos, tendo sido na base de uma destas “rugas” que ,
em 1972, alunaram os tripulantes da missão da Apolo 17,
os últimos astronautas que pisaram o solo lunar.
PINK FLOYD FORA DO MERCADO
Os álbuns que os Pink Flo yd gravaram depois do
The Dark Side of the Moon deixaram de estar disponíveis
no mercado. Com o fim do contrato com a Emi,
apenas podem ser reproduzidos trabalhos anteriores.
Deixa de poder ser feita qualquer reedição, até que
a banda encontre um interessado em adquirir esses
direitos. Resta saber quem irá chegar aos números
exigidos por uma banda que desde 1991 vendeu, só
nos EUA, 36,2 milhões de cópias, às quais se dev em
acrescentar 6,5 milhões de downloads pagos. Um valor
incrível para um grupo que não grava desde 1994.
A Harley Davidson está decidida a manter vivo o mito que
a tornou num ícone americano. A marca de Milwaukee
já anunciou as novidades que vai lançar em 2011,
com destaque para um novo modelo na série Sportster.
Denominado SuperLow, tem uma nova geometria da
suspensão dianteira, jantes mais modernas, um novo
banco. Mais fácil de conduzir, é capaz de atrair uma
clientela menos experiente. Para além disso, o construtor
operou um face lift em todos os modelos da gama.
O SEGREDO
DOS TIBETANOS
Viver em altitudes onde o ar é r arefeito é difícil
para a maioria de nós, c ontudo é o habitat
dos tibetanos. Um estudo da universidade de
Berkeley, publicado na revista Science, conclui
que não é só o ar pur o e uma vida calma que
aumentam a esperança de vida. Essas
populações são geneticamente diferentes
e o seu organismo sofreu alterações biológicas
que lhes permitem sobreviver em condições
extremas, com concentrações de oxigénio
inferiores a 40% das verificadas ao nível do mar.
A equipa do professor Rasmus Nielsen estudou
uma população que vive a altitudes superiores
a 3.500 metros, que classificou como uma
“humanidade paralela” e que poderá contar
com cerca de 13 milhões de pessoas.
6 JANEIRO/MARÇO 2011
Fotografia: Getty Images. D.R.
HARLEY DAVIDSON
NÃO PÁRA
Ao longo de dez anos, 360 in vestigadores realizaram
o Census of Marine Life em 25 áreas marinhas, nos
locais mais remotos do planeta. O tr abalho foi
coordenado pela venezuelana Patricia Miloslavich,
tendo concluído a existência de 230 mil espécies,
das quais apenas um décimo estavam catalogadas,
embora se admita a existência de muitas outr as
ainda desconhecidas. As regiões da Austrália e do
Japão (33 mil espécies), e a China e o Medit errâneo
foram as áreas onde foi detectada uma maior
biodiversidade. Os crustáceos são o maior grupo,
representando um quinto da população, seguidos
pelos moluscos (17%) e pelos peixes (12%). As algas
e os organismos unicelulares representam 10%.
HÁ 230 MIL
ESPÉCIES NO MAR
O LEGO VAI SER VIRTUAL
GOOGLE ATACA SKYPE
A Google lançou novos serviços de voz e de Gmail
que permitem fazer chamadas telefónicas fixas ou
móveis, entrando em concorrência com o Skype.
Numa fase inicial, esta possibilidade está limitada ao
território dos EUA, onde passa a ser possível fazer
chamadas nacionais a custo zero e a um preço
atractivo para outros países. Telefonar dos EUA para
Inglaterra custa dois cêntimos de dó lar por minuto
e os preços também são atractivos nas chamadas
entre a redes fixas e móvel, já que uma chamada de
um telefone em Nova Iorque para um telemóvel em
Paris custa apenas 15 cêntimos de dólar por minuto.
A Mercedes desenvolveu uma
versão de competição com
base no SLS AMG. Os potenciais
clientes são privados
interessadas em competir em
provas de Grande Turismo ou
em corridas como Le Mans,
mas também milionários
e coleccionadores de veículos
exclusivos. O SLS AMG GT3
é impressionante no aspecto,
nos 580 cv do motor 6,3 V6 biturbo, que é capaz de
ultrapassar os 320 km/h
e passar de 0 a 100 km /h em
meros 3,8 segundos, mas
sobretudo no preço anunciado:
334 mil euros, sem impostos.
O Lego é o brinquedo mais
marcante do século XX, mas
as construções modulares
estão prontas para ir mais
longe. A empresa
dinamarquesa que produz
os Lego anunciou que está
a desenvolver uma versão
on-line das construções que
marcaram a infância
de gerações de crianças.
O projecto, assumido por
Jorgen Vig Knudstorp,
o administrador delegado da
Lego, chama-se Avant Gardens
e aponta para a possibilidade
de acesso às construções
virtuais via Internet por apenas
9,99 dólares. “Os novos jogos
em rede vão ampliar
a experiência lúdica a níveis
físico e psíquico”, considerou
Mats Hansen, responsável
pela Lego Universe.
LOUCURA
MILIONÁRIA
JANEIRO/MARÇO 2011 7
GRANDE entrevista
DANIEL SERRÃO
O ESTADO DA SAÚDE
EM PORTUGAL
Com quase seis décadas de vida profissional, qual é o seu diagnóstico do estado da
saúde em Portugal?
Posso considerar que o estado da saúde no
nosso país é bom. Os aspectos mais positivos passam pela grande capacidade técnica
e científica dos nossos médicos, pelo que
posso dizer que, hoje, o doente pode ser
tratado em Portugal da mesma forma que
pode ser tr atado em qualquer par te do
Mundo, quando falamos em termos de competências médica, cirúrgica e terapêutica,
o que é muito bom.O nosso principal defeito, a exemplo do que acontece em muitas
outras actividades da vida portuguesa, passa
pela falta de capacidade de organização.
Como é que se faz sentir esse problema
organizacional?
Temos um serviço nacional de saúde [SNS],
que nasceu a seguir ao 25 de Abril, apoiado no que existia à época e o que existia
na altura não era bom. O SNS foi ocupar
um espaço onde estava a Caixa de Previdência e já nessa altura se falava de uma
“medicina caixista” , com má qualidade
e sem respeito pela autonomia e pela liberdade dos cidadãos, que não tinham liberdade de escolha. Era uma coisa que er a
dada e, como diz o nosso povo, ao que é
dado, nós agradecemos e pronto. Ao herdar esta estrutura, o SNS também herdou
alguns dos defeitos que a estrutura em questão tinha. São os erros do pecado original,
como eu costumo dizer. Se tivesse havido
um pouco mais de ponderação e de tempo,
pois não havia nenhuma urgência, pelo que
poderíamos ter esperado dois ou três anos,
como fez a Inglaterra, tinha-se criado um
novo serviço de medicina de raiz, esque8 JANEIRO/MARÇO 2011
cendo os métodos e as estruturas de vinculação do pessoal que vinham de trás.
Quais as principais dificuldades que surgem no presente?
A prestação de cuidados de saúde tem
encarecido em todo o Mundo e não só em
Portugal, sendo expectável que vá continuar a encarecer porque as tecnologias
evoluem muito, o mesmo acontecendo
com os tratamentos. E isso faz com que
os custos sejam cada vez mais elevados.
Eu costumo dizer que, antigamente, uma
úlcera duodenal tratava-se com caminha,
um mês a leite e uns comprimiditos baratos, e, ao fim do mês, a úlcera estava cicatrizada. Hoje, são necessárias radiografias,
endoscopias, biopsias, e uma simples situação duodenal custa um dinheirão, mesmo
sem falar na medicação.
Olhando para o lado mais positivo, a qualidade dos cuidados de saúde, podemos
concluir que houve uma grande evolução
no trabalho das faculdades de Medicina.
As nossas faculdades acompanharam muito
bem essa evolução. Pode dizer-se que, a
partir do Programa Ciência, surgiu o dinheiro vindo da União Europeia, o que permitiu criar grandes centros de investigação,
como é o caso do IPATIMUP, o Instituto de
Patologia e Imunologia Molecular da
Universidade do Porto, que ainda foi criado no meu serviço e que contou com o meu
envolvimento, apesar de estar, desde o início, entregue a um cientista de grande qualidade, como o é o prof essor Sobrinho
Simões, ou o caso do Instituto de Medicina
Molecular, em Lisboa. Temos, hoje, grandes estruturas de investigação na área da
Biologia Médica e da Medicina que se tor-
naram viáveis graças aos fundos comunitários e do governo português, e que permitiram criar uma estrutura de investigação
de qualidade, onde tem de ser igualmente
enquadrado o Instituto Gulbenkian de
Ciência. A e volução das faculdades de
Medicina foi muito grande, quer as clássicas, quer as no vas. P osso afir mar que
a Universidade do Minho tem, hoje, uma
posição de relevo na investigação biológica que se faz no nosso país, tendo já grande reputação a nível internacional.
Como é que a evolução no campo da investigação chegou aos serviços médicos?
A possibilidade de ha ver inv estigação
médica melhorou o exercício profissional.
Os clínicos, aqueles que estão no terreno
a tratar os doentes, beneficiaram muito das
unidades de inv estigação de Anatomia
Patológica, tanto mais que muitos dos resultados de toda essa investigação foram
rapidamente transferidos para os próprios
clínicos. Foi uma transferência transversal,
que permitiu que os serviços e os doentes
pudessem ter sido muito beneficiados. É
por isso que posso reafirmar que, seja em
termos de investigação, seja a nível da prática médica, a saúde está bem em P
ortugal.
Apesar do optimismo face ao trabalho de
investigação que se faz em Portugal, afirmou, numa entrevista ao jornal Notícias
Médicas, que “o português faz uma flor e,
depois, desinteressa-se. Faz uma tese de
doutoramento f ormidável e , depois,
nunca mais estuda aquele assunto”.
Essa afirmação é verdadeira, mas, actualmente, a situação é um pouco dif
erente. Quando
disse isso, talv ez estiv esse a recordar a
minha própria experiência e a experiência
Fotografia: Mariline Alves.
Aos 82 anos de idade, o professor Daniel
Serrão, presidente do Conselho Médico
da Médis, alia a experiência de uma vida
dedicada à Medicina, quer na ár ea clínica,
quer no campo do ensino, c om a visão
esclarecida de um observador atento
de todas as áreas da saúde. Por Rui Faria.
JANEIRO/MARÇO 2011 9
GRANDE entrevista
de alguns dos meus colaboradores, porque era costume pegar-se num tema que
era aprofundado até onde era possível, ao
longo de cinco ou seis anos, defendia-se
a tese e parecia que fica vam satur ados
daquele assunto. Foi por isso que eu insisti sempre com os meus colabor adores
e com as pessoas que acompanhei no doutoramento, dizendo-lhes que, se aprofundaram um tema, então agarrem-se a ele
e nunca mais o larguem. Tanto mais que
era isso que eu via fazer no estrangeiro.
Até que ponto essa situação se alterou?
As pessoas que passaram pelo meu serviço e, hoje, são investigadores no IPATIMUP
permanecem agarradas aos mesmos temas,
continuando a descobrir sempre coisas
mais avançadas. Não faz nenhum sentido
andar a saltitar, porque, dessa forma, não
to faz com que apareçam espaços novos
e especialidades novas, e as previsões são
difíceis. Para além disso, há uma estrutura
etária do médico. Houve ondas de formação de médicos e, em determinada altura,
surgiram muitos, todos com idades muito
próximas, os quais, hoje, estão próximos
da idade da reforma, pelo que, nesta altura, são necessários muitos médicos jovens.
Nos anos 70,houve um estudo,que até nem
é muito difícil do ponto de vista matemático, que calculava o número de médicos que
estavam em f ormação, os que saíam da
faculdade e os que saíam por limite de
idade, e já nessa altura concluíram que, no
ano 2000, iria haver falta de médicos. No
entanto, a situação era muito complicada
porque o SNS dava emprego imediato ao
médico. Todos os médicos que se forma-
e, hoje, é exac tamente o contr ário. Há
desemprego na enfermagem e só encontram emprego em Espanha, enquanto que,
há quinze ou vinte anos, era o contrário,
havia excesso de enfermeiros por lá e eles
vinham trabalhar em Portugal. Recordo que,
no Hospital da Feira, quase todos os enfermeiros chegaram a ser da Galiza.
Como vê as alterações que têm surgido ao
nível da política da saúde no nosso país?
Em 1998, a então ministra da saúde, Maria
de Belém Roseira, criou um conselho, do
qual fiz par te, par a realizar um estudo
sobre a ref orma da saúde em P ortugal.
Trabalhámos durante três anos e entregámos as conclusões dentro do prazo estipulado. Politicamente, não foi muito bom,
porque coincidiu com o fim da legislatura, e o governo do engenheiro Guterres,
“Não há forma de
gerir uma questão
que envolve milhões
de consultas diárias.
É fundamental
contar com uma
intranet da saúde.”
se chega a resultado nenhum. Os investigadores actuais já sabem que é assim,porque só desta f orma ganham capacidade
para publicar nas revistas de melhor qualidade, pois passam a ser reconhecidos nas
suas áreas. Foi o que aconteceu com o trabalho que se fez no IPATIMUP ao nível do
helicobacter pylori, onde foi esmiuçado,
desfibrando totalmente os problemas que
levam à presença de uma bactéria daquelas na parede do estômago, o que conduziu a que o grupo fosse reconhecido internacionalmente como o que mais tem vaançado no conhecimento da interacção entre
o helicobacter e a parede gástrica, inclusivamente para a gastrite e o carcinoma.
Se, em termos de investigação, os resultados falam por si, em termos de prática
clínica, a falta de médicos está na ordem
do dia. Qual a origem deste problema?
Esse é um problema complicado. É muito
difícil calcular o número de médicos necessários num país, porque o desenvolvimen10 JANEIRO/MARÇO 2011
vam, faziam a especialidade e estavam dentro do serviço. Eram funcionários públicos
e, daí em diante, a maioria nunca mais saía,
embora surgissem situações complicadas,
como a escolha das especialidades. Se
alguém escolhesse Pediatria, por exemplo,
mesmo que houvesse excesso de pediatras,
eles esta vam dentro do sistema e er am
pediatras mesmo, quer houvesse necessidade deles ou não. Para além disso, a abertura do internato médico nunca foi criteriosa. Nunca se disse que só vamos abrir dez
vagas para cardiologistas porque já temos
cinco mil e não necessitamos de mais.
Nunca houve números ou meios,nem informação, par a se tomarem estas decisões
a nível da gestão dos pessoais médico e de
enfermagem. Também já tivemos problemas com o pessoal de enfermagem e todos
reconheciam que falta vam enf ermeiros.
Começaram a surgir várias escolas porque
os rapazes e as raparigas sabiam que tiravam aquele curso e tinham logo emprego
que veio a seguir, afirmou que nessa legislatura a saúde seria a prioridade.No entanto, saiu ao fim de dois anos e as coisas acabaram por não correr muito bem.Contudo,
muitas das medidas que preconizámos
foram sendo implementadas devagarinho,
sobretudo no tempo do ministro Correia
de Campos, que percebeu que er
a um estudo completo, exaustivo e bem feito.
O que aconteceu a esse estudo?
Esse estudo tem trezentas páginas e, por
isso, ninguém o leu. Em Portugal, ninguém
lê e nem os ministros lêem trezentas páginas. Mas a génese e a identificação dos problemas estão lá. Nunca vi outro trabalho
e mesmo este, feito pelo professor Jorge
Simões, sobre a sustentabilidade do sistema financeiro, não vai tão fundo como nós
fomos na análise que fizemos.A nossa base
é muito simples: sem inf
ormatizar totalmente as prestações do serviço de saúde, não
há forma de gerir uma questão tão complexa, que envolve milhões de consultas diárias, pelo que é fundamental contar com
uma intranet da saúde, capaz de cobrir
tudo, incluindo a actividade privada, pois
só assim pode delinear-se com segurança
uma política de saúde eficaz. Deste modo,
cada ministro da saúde, quando lá chega,
vê que não tem dinheiro para pagar as despesas e só tem duas soluções: ou arranja
mais dinheiro ou diminui a oferta. Podem
fazer o que quiserem, não há mais nenhuma alternativa. Cabe ao Estado saber se de
ve
comprar submarinos ou dar mais dinheiro
à saúde. Se não houver mais dinheiro, será
necessário ficar a dever aos fornecedores,
às farmácias, aos médicos e a toda a gente.
É por isso que o Estado é um caloteiro crónico, o que é uma vergonha para o país.
O que o ministro Correia de Campos ez
f foi
reduzir a oferta. Fechou tudo aquilo que
considerou que não era essencial. O que
outros países fizeram foi criar aquilo a que
chamam pacote de cuidados de saúde
necessários, que são os únicos que são
garantidos de forma gratuita.
Não estaremos a olhar para a saúde numa
perspectiva meramente economicista?
Claro que estamos, mas não há outra alternativa, porque a saúde é caríssima. A perspectiva económica tem de ser vista por toda
a gente, a começar pelo médico quando
pega na caneta, porque, quando prescreve
uma receita, está a criar uma despesa,quando manda fazer uma análise,uma radiografia, uma tomografia, etc., é a mesma coisa.
Muitos médicos talvez devessem pensar:
“Se calhar, eu resolvo isto tudo com uma
boa ecografia e só é isso que peço.
” Cheguei
a ver listas de pedidos de exames que er
am
completamente absurdas, onde coisas se
anulavam ou eram contraditórias entre si.
Paralelamente a esta situação do SNS,
como vê o crescimento da oferta em termos dos seguros de saúde?
O SNS não nasceu muito bem e,em muitas
áreas, não funciona bem, como pode verse pelas listas de espera, uma coisa terrível
para as pessoas e que, do ponto de vista
ético, é condenável. Se uma pessoa está
doente, tem de ser tratada. No caso de um
doente em que se verifica que tem diabetes, ele não pode ficar seis meses à espera
de uma consulta, porque a diabetes está lá
todos os dias e não fica à esper
a que o doente possa ter uma consulta. Situações deste
tipo criaram um espaço na área da prestação dos cuidados de saúde para prestadores capazes de serem mais eficientes do que
o SNS. Embora não nos possamos esquecer que, num caso, as coisas podem ser
assim-assim, mas é de graça e, no outro,
havendo qualidade, ela tem de ser paga.
No entanto, a doença é um acidente.É como
um acidente de viação. Quem sofre esse
acidente, necessita de quem cubra a despesa. E é o que acontece com os serviços
privados de saúde, os quais, com a sua actividade, também contribuíram para melhorar o SNS, já que muitos dos cuidados médicos são adquiridos no SNS e a seguradora
exige determinado tipo de qualidade.
Como se explica o aumento das notícias
sobre erros médicos?
Não é um fenómeno novo, mas, antigamente, o erro médico era aceite. As pes-
soas até diziam que, “desta vez, o médico
acertou” ou que“este médico é muito bom,
acerta muitas vezes”, pelo que estava estabelecido que, frequentemente, o médico
não acertava, o que até se compreende
porque a Medicina não é uma ciência de
rigor, como a Física ou a Matemática.Com
o progresso científico, criou-se a sensação
de que o médico não podia errar nunca,
o que é uma ilusão. Quando um médico
comete um erro, o erro pode acontecer
por desconhecimento ou por falta de condições. Em Anatomia Patológica, eu costumava dizer que ninguém podia fazer
o diagnóstico de uma doença que não
conhecesse. Esses são os erros que considero desculpáveis. O que já não acontece
quando o médico sabe o que deve fazer e
é negligente. E, nesse caso, o médico é culpado e deve ser responsabilizado por isso.
Contudo, se um médico está num serviço
de ur gência onde só há uma máquina
à qual está ligado um doente e chega outro,
o médico não tem culpa nenhuma. É um
caso de falta de meios. Eu cheguei muitas
a vezes a aconselhar os chefes de equipa
do serviço de urgência a verificarem, à chegada ao hospital, tudo o que tinham ao
seu dispor e a fazerem uma declar ação
imediata dessas condições, par a e vitar
virem a ser responsabilizados por qualquer problema que pudesse vir a ocorrer.
E o caso de erros de diagnóstico?
O erro de diagnóstico pode sempre ocorrer
porque chega-se a um diagnóstico por fases.
Um doente chega ao hospital com icterícia.
Toda a gente vê que ele está amarelo, mas
a icterícia pode ter quatro ou cinco causas,
pelo que é necessário que nos vamos aproximando até chegar a uma conclusão.
“A perspectiva
económica
tem de ser
vista por toda
a gente,
a começar
pelo médico
quando pega
na caneta,
porque,
quando
prescreve uma
receita, está
a criar uma
despesa.”
JANEIRO/MARÇO 2011 11
GRANDE entrevista
No entanto, se, nesse percurso, houver um
pequeno desvio, o médico nunca mais vai
acertar com o diagnóstico. Não tenho dúvida de que os médicos se esforçam por evitar esses erros e que talvez fosse necessário haver mais cursos de formação. Porque,
em alguns países, os patologistas são obrigados a frequentar esses cursos de cinco
em cinco anos. Isso é muito impor tante,
pois vão surgindo doenças novas. Eu, por
exemplo, tenho a certeza de que errei numa
autópsia de um doente brasileiro que morreu com sida. Hoje, sei que era sida, mas,
na altura, nem eu nem ninguém emortugal
P
conhecia essa doença.
O que difere a ética da deontologia?
Faz-se permanentemente uma grande confusão sobre ética e deontologia. A deontologia é um código de de veres que
o médico deve cumprir no ex ercício da
sua profissão em situações que estão tipificadas no código, onde está a situação
e a decisão. É a cristalização em lei,embora seja uma lei da Ordem dos Médicos,de
decisões médicas em situações concretas.
A ética antecede a deontologia.É uma análise das condições e dos valores que de
vem
ser invocados numa determinada situação
para serem ponderados para ser encontrada uma solução. Quando é apresentada
uma situação, os eticistas, a partir dessa
apresentação, prescrevem um determinado comportamento. Essas decisões éticas
acabam por ser reconhecidas pelos médicos como sendo as boas, e, nessa altura,
passam do nível ético para o nível deontológico.
Como encar a o c onfronto entr e a ética
e a investigação científica?
As reservas que a Bioética le vantou em
algumas situações da investigação científica contribuíram, em muitos casos, para o
progresso científico, embora seja comum
ouvir as pessoas dizerem o contr ário.
Refiro, muito em concreto,o caso das células estaminais de origem embrionária com
valor terapêutico. A ética disse que não
parece muito correcto que se sacrifique
um ser humano, que é o embrião, que
é inquestiona velmente um ser viv o da
espécie humana, para benefício de outro.
Do ponto de vista ético, é uma opção inaceitável. Em muitos países, esta conclusão
foi tida como boa, o que levou a que os
investigadores procurassem outra fonte de
células estaminais com valor terapêutico
que não fosse o embrião humano e que
desse os mesmos resultados. E, em meia
dúzia de anos, encontrou-se uma possibilidade de transformar as células normais,
da pele, da medula óssea, em células estaminais com o mesmo valor terapêutico. Se
isso não tivesse sido feito, teriam continuado a trabalhar com embriões humanos e
hoje sabe-se, através de trabalhos publicados em todo o Mundo,que as células estaminais provenientes do indivíduo adulto,
essas células do seu próprio corpo, têm
vantagem do ponto de vista imunológico,
porque não há rejeição.
CURRICULUM VITAE
Daniel dos Santos Pinto Serrão, o presidente do Conselho Médico da Médis, é um tr ansmontano, nascido a 1 de Março de 19 28, em Vila Real.
Aos 23 anos, terminou o curso na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e, em 1959, concluiu o doutoramento com 19 valores.
Com 43 anos de idade, foi aprovado, por unanimidade, como professor catedrático, assumindo a direcção do Serviço Académico e Hospitalar
de Anatomia Patológica. Entre 1975 e 2002, dirigiu um laboratório privado de Anatomia Patológica, tendo sido responsável pela realização
de cerca de um 1 .600.000 exames para clientes públicos e privados.
Professor de Anatomia Patológica, Medicina Legal, Bioética e Ética Médica, f oi jubilado em 1998.
Representante de Portugal e membro do Bureau do Comité Director de Bioética, presidente do Working Party on the Protection of The Human
Embryo and Foetus, membro do Conselho Científico das Ciências da Saúde do Institut o Nacional de Investigação Científica (até à sua extinção,
em 1992), presidente da Comissão de Fomento da Investigação em Cuidados de Saúde do Ministério da Saúde de 1991 a 2008 e pr esidente
do Conselho de Ética da Saúde do Hospital da Or dem da Trindade, Daniel Serrão foi também orientador de dezassete dissertações de
mestrado em Bioética dos cursos da F aculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa – Braga e uma da Universidade Católica
Portuguesa – Lisboa, para além de professor nos mestrados de Bioética da Universidade Católica Portuguesa.
12 JANEIRO/MARÇO 2011
sight SEEING
Fotografia: Nuno Alexandre
O AMARELO
DA CARRIS...
O eléctrico 28 vai dos Prazeres até ao Martim Moniz. Cruza
os velhos bairros de Lisboa numa viagem que permit e
(re)descobrir recantos de uma cidade que a maioria já
esqueceu ou nunca viu com olhos de ver. Por Rui Faria.
JANEIRO/MARÇO 2011 13
SIGHT seeing
A
e o operariado aliaram-se no fervor
revolucionário que esteve na origem
da implantação da República.
O espírito bairrista continua vivo
por aquelas bandas, onde o chamado
comércio tradicional continua a marcar
posição e as pessoas ainda se conhecem
umas às outras. Vale a pena conhecer
a Garrafeira de Campo de Ourique (Rua
Tomás da Anunciação, 29-A), cheirar
os odores da Oli & V inegar (Rua 4 de
Infantaria, 29-D) e saborear os petiscos
da Tasca da Esquina, do chef Vítor Sobral
(Rua Domingos Sequeira, 41-C), para
não falar em ex-libris como o Melhor Bolo
de Chocolate do Mundo ou o restaur ante
Coelho da Rocha, vizinhos na Rua Coelho
da Rocha.
A carreira 28 segue, depois, em direcção
à Estrela, detendo-se junto da Basílica
que D.ª Maria I mandou construir após
CAMPO DE OURIQUE
ESTRELA
SÃO BENTO
CHIADO
RUA AUGUSTA
SÉ/CASTELO
o nascimento do herdeiro da coroa.
No entanto, D. José acabou por morrer
de varíola dois anos antes do final
da construção (1790). O jardim fronteiro
é um local tão belo como apr azível,
sendo curioso o coreto em f erro,
que para ali se mudou quando
o Passeio Público deu lugar à construção
da actual Avenida da Liberdade.
O eléctrico prossegue em direcção
a São Bento, onde surge o edifício
da Assembleia da República, que foi
o Palácio da Cortes nos últimos anos
da Monarquia, embora tivesse sido
construído no século XVI como convento
beneditino. Logo à frente, surge a Rua
do Poço dos Negros, um nome que,
segundo o olisipólogo Gustavo de Matos
Sequeira, pode ter a ver com o facto de
o convento ter sido conhecido como São
Bento dos Frades Negros, devido à cor
PRAZERES
o mesmo tempo que aumenta
o número de estrangeiros que
invade as zonas históricas de
Lisboa, a memória dos lisboetas
esquece a cidade que o v elho eléctrico
28 continua a cruzar, indiferente ao tempo
que passa, percorrendo bairros com
história, ruas curiosas e vielas escondidas
do sol.
Uma das mais interessantes viagens
pela cidade pode começar nos Pr azeres,
uma freguesia que cresceu numa encosta
ventosa que, progressivamente, foi
ocupada pelos operários das fábricas que
surgiram na Alcântara do século XVIII.
Mais tarde, nos tempos do Liber alismo,
ganhou um novo vizinho, o bairro
de Campo de Ourique, nascido após
a extinção dos conventos que por ali
existiram. No novo xadrez urbano criado
por Fontes Pereira de Melo, a burguesia
1
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7
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4
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2
O MELHOR BOLO
DE CHOCOLATE
Um passeio por
Campo de Ourique
permite descobrir
o comercio
tradicional no seu
melhor e uma
passagem pelo
Melhor Bolo
de Chocolate
do Mundo
é obrigatória.
14 JANEIRO/MARÇO 2011
O JARDIM DA ESTRELA
É UM ÓASIS
O Jardim da Estrela
é um refúgio de
calma, onde vale
a pena desfrutar
de uma sombra.
O coreto (na foto)
que veio do
“Passeio Público”
é apenas mais uma
curiosidade de
um espaço único
na cidade.
O CONVENTO VIROU
ASSEMBLEIA
O Palácio de
São Bento é a
residência oficial
do primeiro-ministro. Está
ligado ao edifício
da Assembleia
da República,
onde funciona
um museu.
LARGO DE CAMÕES
E CHIADO
O Largo de Camões
e o Chiado são,
há muito, locais
de culto da Lisboa
cosmopolita.
A velha Brasileira
é um ícone que
resiste à passagem
de tempos
e vontades,
mantendo
o seu glamour.
6
O MUDE ANIMA
A BAIXA
Os lisboetas
viraram as costas
à Baixa pombalina.
No entanto, vale
a pena passear por
ali e, sobretudo,
conhecer o MUDE,
um museu que,
graças à sua
colecção e às
exposições,
colocou a cidade
no mapa do design
europeu.
ESCOLAS GERAIS
SÃO VICENTE
GRAÇA
MARTIM MONIZ
suas esplanadas.
O eléctrico segue pela Rua das Escolas
Gerais, onde D. Dinis instalou a primeir a
universidade portuguesa, passando por
uma rua estreita, onde o sol nunca entr a,
antes de subir em direcção à Igreja de
São Vicente de Fora, um dos mais belos
monumentos de Lisboa, que deve o seu
nome ao facto de ter sido construído no
século XII, fora das muralhas da cidade.
A passagem pelo miradouro do Bairro da
Graça, sobranceiro à Mouraria, pode servir
de aperitivo para uma visita ao Botequim
(Largo da Graça, 79), um bar restaurante,
recentemente restaurado, que foi ponto
de encontro de tertúlias literárias lideradas
por Natália Correia. É um local ex celente
para terminar a viagem, embora
o incansável 28 ainda siga na direcção
de Sapadores, passando pelos Anjos, antes
de chegar ao Largo do Martim Moniz...
PORTAS DO SOL
mandada construir por D. Afonso
Henriques após a tomada de Lisboa.
A imponente igreja românica está
acompanhada pela Igreja de Santo
António, que se ergue no local onde se
diz que o santo ter á vivido. Apesar do
espírito do santo, o pecado da gula mor a
ao lado, no restaurante Santo António de
Alfama, propriedade do actor José P edro
Vasconcelos.
Daí, nem vale a pena esper ar por outro
eléctrico. Basta seguir os carris e passar à
porta do Aljube, uma das prisões políticas
do Estado Novo. Logo à frente, as opções
são duas: subir ao Castelo de São Jor ge
ou ir bisbilhotar o Mir adouro de Santa
Luzia e as Portas do Sol, com a sua vista
deslumbrante sobre Alfama e o Tejo, onde
vale a pena conhecer o museu da
Fundação Ricardo Espírito Santo, num
local onde a noite ganha outr a vida nas
SANTA LUZIA
dos seus hábitos, aventando a hipótese
de por ali ter existido um poço
nas hortas conventuais.
Subindo a Calçada do Combro, vale
a pena parar e visitar o Mir adouro de
Santa Catarina e passar algum tempo na
sua esplanada, descer o Elevador da Bica
até à Rua de São P aulo, passear pelas ruas
do Bairro Alto ou seguir até ao Lar go
de Camões e beber um caf é na Brasileira
do Chiado, com a estátua de F ernando
Pessoa como companhia. Havendo tempo,
o Museu de Arte Moderna está ali ao lado
e vale a pena ser melhor conhecido.
De regresso ao eléctrico – ele está sempre
a passar –, a viagem cruza o geometrismo
das ruas da Baixa e, na Rua Augusta, bem
perto do arco, surge o Museu do Design
e da Moda, o MUDE, outro local a não
perder.
Poucas paragens à frente, surge a Sé,
8
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7
DA SÉ
AO CASTELO
Quem sobe em
direcção à Graça,
não pode ficar
indiferente à Sé
de Lisboa. Visitar
a catedral pode
ser um bom ponto
de partida para
um passeio até
ao Castelo
de São Jorge.
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OLHAR
ALFAMA
O Miradouro de
Santa Luzia oferece
uma das mais belas
vistas sobre o Tejo,
ao mesmo tempo
que permite
descobrir as ruas
labirínticas do velho
bairro de Alfama,
que merecem uma
visita mais atenta.
AS PORTAS DO SOL
SÃO ANIMADAS
As Portas do Sol
são mais do que
um miradouro.
Durante o dia, vale
a pena conhecer o
Museu da Fundação
Ricardo Espírito
Santo e, durante
a noite, a animação
estende-se até
altas horas, num
bairro que sempre
foi boémio.
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SÃO VICENTE
DE FORA
O Mosteiro de São
Vicente de Fora
é um dos mais
curiosos
monumentos
da cidade. Nasceu
após a conquista
e, ao longo da
história, foi sempre
sendo renovado.
A visita é uma
viagem no tempo.
DA GRAÇA
AO MARTIM MONIZ
Se a viagem
terminar na Graça,
vale a pena olhar
a cidade do
miradouro que
surge ao lado
da igreja. Daí,
é possível ver
o Martim Moniz,
o final da carreira
para quem
começou viagem
nos Prazeres.
JANEIRO/MARÇO 2011 15
MUNDO médis
CLÍNICA
A Clínica Parque dos Poetas
está localizada numa das
zonas mais modernas de
Oeiras, junto do parque com
o mesmo nome. Integrada
na Rede Médis, oferece um
serviço de excelência a todos
quantos vivem na sua área
de influência.
C
om excelentes acessibilidades
para quem se desloque de comboio, de autocarro ou de automóvel (quer pela A5, quer pelo
IC19), a Clínica Parque dos Poetas propõe
um conjunto completo de cuidados de
saúde ambulatórios num mesmo local à
população que reside no eix o LisboaCascais-Sintra. Esta unidade do Grupo
Espírito Santo Saúde disponibiliza consultas de diversas especialidades, análises clínicas, um centro de Imagiologia (onde
pode ser realizada uma gama vasta de exames), um hospital de dia cirúr gico com
uma unidade de exames especiais de
Gastroenterologia e uma unidade de cirurgia ambulatória ou de internamentos curtos. Inaugurada em Maio de 2007,a Clínica
Parque dos Poetas “foi construída de raiz,
de acordo com uma aposta do Grupo
Espírito Santo Saúde na área do ambula-
16 JANEIRO/MARÇO 2011
PARQUE DOS POETAS
tiu Pedro Mateus. Por isso, foi desenvolvida “uma of erta integr ada com todas as
especialidades médicas, com cirurgia de
ambulatório e com exames especiais onde
as pessoas podem resolver entre 95 e 98
por cento dos seus problemas de saúde”.
UMA ZONA NOBRE
A Espírito Santo Saúde escolheu uma loca- Os restantes dois por cento “são as cirurlização “na zona nobre de crescimento de gias de urgência, situações agudas que exiOeiras, junto de diversos parques empre- gem inter namento ou tr atamento muito
sariais”, com boas acessibilidades e numa diferenciado”. Tal como acontece com o
Hospital da Luz
área de forte cresciCentro Clínico da
mento populacional,
Amadora, também
seguindo padrões
esta unidade do
que têm presidido à
Grupo Espírito Santo
abertura das suas uniSaúde “conta com o
dades de saúde,
backup do Hospital da
como “óptimas infraLuz”. O Hospital da
estruturas e tecnoloLuz Centro Clínico da
gia de ponta, um
Amadora “funciona
corpo clínico de
em especial ar ticulaexcelência, neste
ção com a Clínica
caso, partilhado entre
Parque dos Poetas em
o Hospital da Luz, o
Pedro Mateus
termos de consultas e
Hospital da Luz
de of erta das mais
Centro Clínico da
diversas especialidaAmadora e a Clínica
do Parque dos Poetas. O conceito é sem- des médicas, já que, em Oeiras, estão mais
pre igual, colocando o cliente no centro centradas as cirurgias de ambulatório e os
de tudo” , explicou-nos P edro Mateus. exames especiais”. O crescimento tem sido
Desde que foi equacionada a construção sustentado pelo que, “em Maio de 2009,
da clínica em Oeiras que o grande objecti- instalámos uma ressonância magnética
vo do Grupo Espírito Santo Saúde foi o da para satisfazer as necessidade da procura
“criação de um centro de saúde do século crescente que a Clínica Parque dos Poetas
XXI” no eixo Lisboa-Cascais, como admi- foi tendo”.
tório”, recordou-nos Pedro Mateus, director-geral. A opção visou “colmatar a lacuna de uma unidade de saúde com umaerof
ta ambulatória integrada na região”.
Fotografia: Nuno Alexandre.
“Oferta integrada
com todas as
especialidades
médicas, com
cirurgia de
ambulatório e
exames especiais.”
ANÁLISES CLÍNICAS
COM MARCAÇÃO PRÉVIA
A Clínica Parque dos Poetas permite realizar
colheitas para análises clínicas com
marcação prévia para o horário
compreendido entre as 8h30 às 10h50.
Estas marcações podem ser realizadas por
e-mail ([email protected]), por fax (21 710
48 24) ou presencialmente na recepção
do atendimento médico permanente,
indicando nome, data de nascimento
e telefone de contacto do paciente.
A prescrição médica deve acompanhar
as marcações realizadas por correio
electrónico e por fax; no caso das mar cações
presenciais, esta deve ser apresentada.
ASSISTÊNCIA PERMANENTE
Apesar de estar vocacionada para a cirurgia de ambulatório, a Clínica Parque dos
Poetas também conta com um serviço de
atendimento permanente “que funciona
entre as 9 e as 22 horas, 365 dias por ano,
com Patologia Clínica de apoio (análises)
e Radiologia de apoio, par a além da
Cirurgia Geral e Ortopedia, para a resolução de pequenos problemas. Caso seja
necessária uma cirurgia de urgência, é utilizado o Hospital da Luz como backup”.
A Clínica Parque dos Poetas conta com serviços das diversas especialidades médicocirúrgicas incluindo Cirur gia Ger al,
JANEIRO/MARÇO 2011 17
MUNDO médis
Ortopedia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Plástica e R econstrutiva, Estética, Cirur gia
Vascular, e a aposta passa sempre pelo
ambulatório. “Já realizámos cirurgias de
ambulatório bastante inovadoras. Fizemos
a única colectomia laparoscópica em
ambulatório realizada em Portugal.”
PEDRO
MATEUS
DIRECTOR GERAL
DA CLÍNICA PARQUE
DOS POETAS
CONSULTAS E ESPECIALIDADES
“A parceria com a Médis
começou em 2000, desde
logo através do Hospital da
Arrábida e da Cliria –
Hospital Privado de Aveiro,
os primeiros hospitais
adquiridos pelo Grupo
Espírito Santo Saúde”,
recordou-nos Pedro Mateus.
“A Médis teve um papel
fundamental no
desenvolvimento do
mercado de saúde privada
em Portugal e, para o
Grupo Espírito Santo Saúde,
esta ligação seria sempre
incontornável.” Uma ligação
de parceria com dez anos
que “foi sempre marcada
por uma relação de grande
proximidade com vista
a melhorar a qualidade
da oferta e dos níveis
de serviço aos clientes, que
são clientes das duas
18 JANEIRO/MARÇO 2011
entidades”.
Para Pedro Mateus,
o principal indicador
de sucesso desta parceria
“é o facto de todos
os hospitais do Grupo
Espírito Santo Saúde
estarem integrados na Rede
Médis”. A parceria assenta
“numa relação de confiança
mútua. A Médis está na
génese do crescimento
do managed care em
Portugal e sempre foi uma
seguradora com uma oferta
muito inovadora para
os seus clientes, sendo uma
entidade reputada a que
importa estar associado”.
Surge, assim, uma
associação com vantagens
mútuas, tanto mais que
“os seguros da Médis têm
uma cobertura muito
interessante em termos de
serviços ao cliente, que vai
ao encontro de uma oferta
muito ampla, como as
ofertas que são propostas
pelo Grupo Espírito Santo
Saúde”, como reconheceu
Pedro Mateus. No caso
específico da Clínica Parque
dos Poetas e do Hospital da
Luz Centro Clínico da
Amadora, a parceria
“garante aos clientes Médis
que residam no eixo
Sintra-Lisboa mais uma
unidade de saúde com um
corpo clínico de excelência,
bem como um acesso
mais rápido a um serviço
de atendimento
permanente com todas
as especialidades médicas
e que é garantido pelo
Hospital da Luz e por um
serviço totalmente
diferenciador”.
EXAMES DE DIAGNÓSTICO
No campo da Imagiologia estão disponíveis:
Densitometria Óssea, Ecografia, Mamografia,
Ortopantomografia, Radiologia Geral,
Ressonância Magnética (RM) e Tomografia
Axial Computorizada (TAC), Angiologia
e Cirurgia Vascular.
Estão igualmente disponíveis exames
de especialidades nas seguintes áreas:
Angiologia e Cirurgia Vascular, Cardiologia,
Dermatologia, Endocrinologia,
Gastroenterologia, Ginecologia-Obstetrícia,
Neurorradiologia e Oftalmologia.
Fotografia: Getty Images.
UMA PARCERIA DE SUCESSO
A Clínica Parque dos Poetas conta com
um leque alargado de especialidades
e de linhas assistenciais, incluindo:
Anestesiologia, Cardiologia, Cardiologia
Pediátrica, Cirurgia Geral, Cirurgia
Maxilofacial, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia
Plástica e Reconstrutiva, Estética, Cirurgia
Vascular, Dermatologia, Ortopedia,
Oftalmologia, Urologia, Cirurgia Vascular,
Pediatria, Medicina Geral e Familiar,
Endocrinologia, Gastrenterologia
e Ginecologia-Obstetrícia.
HOSPITAL DA LUZ
CENTRO CLÍNICO
DA AMADORA
O
Hospital da Luz Centro Clínico
da Amadora “abriu em Outubro
de 2009, depois de o Grupo
Espírito Santo Saúde ter identificado a necessidade da prestação de cuidados primários com uma oferta alargada
e integrada naquela zona”, diz Pedro Mateus,
administrador da clínica.“Estamos a falar de
uma população alvo que oscila entre as 450
e as 600 mil pessoas e não havia uma clínica privada com este tipo de oferta naquele
local, havendo escassez de serviços integrados de saúde, pelo que decidimos criar uma
clínica de cuidados primários com alguns
factores distintivos.” Por outro lado, o local
escolhido para o centro“tem uma boa acessibilidade para todos quantos se desloquem
a pé, mas também para quem se desloque
de automóvel”, estando situado numa zona
central da cidade da Amadora, onde “foi
possível construir um parque subterrâneo
com cerca de 480 lugares e com preços
especiais para os clientes do centro clíni-
O Hospital da Luz Centro
Clínico da Amadora
funciona em rede com
o Hospital da Luz, em
Lisboa, servindo uma
região que, durante
demasiado tempo, esteve
carenciada em termos de
cuidados de saúde
privados. Integrado na
Rede Médis, o centro serve
a população que vive no
eixo Lisboa-Sintra.
co”. Para além da localização e da acessibilidade, foram seguidos outros padrões das
unidades de saúde do Grupo Espírito Santo
Saúde, como “a qualidade de construção,
a tecnologia de ponta e um corpo clínico
de elevada reputação”, o que permitiu criar
uma oferta de serviços “que ou não estavam disponíveis na zona, ou cujas marcações eram muito demoradas”.
tas vezes, há listas de espera”. Deste modo,
o Hospital da Luz Centro Clínico da
BALANÇO POSITIVO
Amadora foi “ao encontro das necessidaAo fim de um ano de actividade, Pedro des das pessoas”, o que justifica um cresciMateus faz um balanço muito positivo, “já mento “na ordem dos 35% ao mês desde
que, comparativamente a outras unidades a abertura”. Para isso também contribui“um
do Grupo Espírito Santo Saúde, tem estado factor distintivo, que é o facto de termos
a crescer mais ar pidamente”, havendo espe- o único centro de atendimento médico percialidades que registam uma grande pro- manente privado, que funciona das 9 às 22
cura, como são os casos “da Alergologia, horas”, na região da Amador a, “onde
da Endocrinologia ou da Cirurgia Vascular, a maioria dos centros de atendimento perum ser viço que não está disponív el no
manente públicos encerr a às 20 hor as,
Hospital Amadora-Sintra, o que obrigava havendo apenas um aberto rotativamente
as pessoas a deslocarem-se ao Hospital de até às 22 hor as sem disponibilidade de
Santa Maria para uma consulta onde, mui- meios complementares de diagnóstico” .
JANEIRO/MARÇO 2011 19
MUNDO médis
Formação
profissional
O investimento contínuo em novas
tecnologias faz parte da aposta do
Grupo Espírito Santo Saúde, o mesmo
acontecendo com a formação de
todos os colaboradores, mesmo
a nível administrativo. “Quando
abrimos uma unidade nova, como foi
o caso do Hospital da Luz C entro
Clínico da Amadora, todo o pessoal
administrativo recebeu formação em
termos comportamentais, gestão de
conflitos e comunicação com os
clientes, porque gerir a saúde
também é gerir as emoções das
pessoas”, acrescenta Pedro Mateus.
Os profissionais de saúde têm “a sua
formação específica, havendo
períodos estipulados para esse efeito
que variam de caso para caso”. Há
casos em que “são enviados médicos
para fora para terem determinado
tipo de formação”. Estes cuidados na
formação são igualmente extensíveis
ao corpo de enfermagem.
O serviço de atendimento permanente do
Hospital da Luz Centro Clínico da Amadora
conta com P atologia Clínica de apoio
(análises clínicas), Radiologia, Cirur gia
Geral e Ortopedia, o que é claramente inovador numa zona que esta
va profundamente carenciada. Outro aspecto diferenciador
passa pelo facto de “funcionarmos em rede e, se entr ar no
serviço uma situação aguda, como já
aconteceu, como
um enfarte de miocárdio, a nossa equipa clínica está preparada para estabilizar o doente. Temos
um SO [ser viço de
observação] e fazemos toda a preparação do doente com
uma ficha clínica
digital par tilhada
que per mite ao
doente, se assim o entender, optar por ser
transportado numa ambulância medicalizada, acompanhado por um médico nosso,
que o entrega ao colega no Hospital
Amadora-Sintra, ou permanecer no serviço
privado. Se isso acontecer, é transportado
para o Hospital da Luz, mas já não passa
pela urgência, entrando directamente no
Hospital do Coração, onde um cardiologista estará à sua espera”.
tenha de deslocar-se a Lisboa, já que conseguimos reunir um grupo de médicos que
permitiu disponibilizar uma oferta privada
até aí limitada ou inexistente na região”.
Ao funcionar em rede, se, por exemplo,
RESOLVER PROBLEMAS
“um doente que vá a uma consulta de
O Hospital da Luz Centro Clínico da
Endocrinologia e necessite de um exame
Amadora tem capacidade para resolver a de Genética Médica, a própria unidade da
maioria dos proble- Amadora vai articular-se com o Hospital
mas que surgem no da Luz e o doente terá uma resposta”.
dia-a-dia. Porém, diz A oferta integrada de serviços permite dar
Pedro Mateus, “não resposta a muitas situações específicas.
resolve, por ex em- “Temos especialidades como Radiologia
plo, problemas agu- Pediátrica, Gastroenterologia P ediátrica
dos que exigem
e Medicina Dentária Pediátrica. Temos um
uma cirur gia. No
médico que faz desvitalização de dentes
caso de uma apen- a crianças de seis anos, o que faz a diferença para essa criança poder manter o
dicite aguda, o
doente vai à urgên- dente por mais dois ou três anos até ele
cia, é diagnosticado, cair”, diz o mesmo responsável. Como os
o cirurgião faz toda recursos humanos são fundamentais para
a garantia de um serviço de excelência, o
a ter apêutica préa
operatória no local Hospital da Luz Centro Clínico da Amador
conta “com cerca de 130 médicos,20 enfere acompanha o
doente para efectuar o seu internamento meiros e 25 técnicos de diagnóstico”, referiu-nos Pedro Mateus. São profissionais de
no Hospital da Luz”.
saúde “afectos à prestação de cuidados
O Hospital da Luz Centro Clínico da
Amadora pode, assim, garantir uma oferta médicos, complementados por cerca de
muito completa a todos quantos recorrem mais sessenta pessoas no back office de
aos seus serviços, evitando “que o doente apoio”.
20 JANEIRO/MARÇO 2011
Fotografia: Nuno Alexandre.
O Centro Clínico
da Amadora conta
“com cerca de 130
médicos, 20
enfermeiros e perto
de 25 técnicos
de diagnóstico”.
assistente REDE MÉDIS
RAQUEL
SANTOS
CONTROLLER
DA MEDICIL
LISBOA
Raquel Santos é controller da Medicil
Lisboa, fazendo a ponte entre o instituto
fundado pelo professor Machado
Caetano e os seus clientes, entre os quais
se incluem os da Médis.
Fotografia: Nuno Alexandre.
A
Medicil representa um conceito
inovador de acompanhamento
da saúde familiar ao longo de
todas as etapas da vida. Tudo
começou em 1988, com a criação do ICIL
– Instituto Clínico, pelo professor Machado
Caetano, que é “o accionista maioritário
e o director clínico da Medicil”, referiu-nos
Raquel Santos, a controller da Medicil Lisboa, “uma operacional”, como se ela própria se define, embora o seu trabalho também passe “pelo apoio à área financeira”.
O ICIL – Instituto Clínico, que deu origem
à Medicil (ver caixa), surgiu quando o professor Machado Caetano, especialista de
Medicina Interna, “sentiu a necessidade de
oferecer aos seus clientes deter minadas
especialidades médicas, juntando um
grupo médico capaz de dar resposta integrada no campo da saúde”.
A Medicil faz parte da Rede Médis desde
2008, “oferecendo várias especialidades
médicas, diversos meios complementares
de diagnóstico e exames específicos,como
acontece no caso da Neurologia, em que
realizamos electromiografias e electroencefalogramas”, recordou Raquel Santos, ao
mesmo tempo que destacou que,
“no
campo das especialidades médicas, temos
Clínica Geral, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Ortopedia, Neurologia
e Cardiologia”.
A Medicil Lisboa conta, hoje, com “cerca
de vinte médicos”, alguns dos quais asseguram a realização dos check-ups durante
a manhã e, à tarde, temos a maioria das
consultas de especialidade”. Os check-ups
são uma área em que a Medicil tem vindo
a crescer e a sua proposta passa“tanto por
check-ups individuais, como para empresas, tendo ha vido uma gr ande procur a,
tanto mais que muitos deles são realizados
no quadro da Medicina no trabalho”.
A procura pela Medicil tem sido crescente,
“especialmente no ano de 2009, embora,
este ano, talvez por causa da crise, tenhamos sentido uma ligeira quebra na procura, não só relativamente aos clientes da
Médis, mas também por parte de todas as
marcas de seguros de saúde com as quais
trabalhamos e mesmo por parte dos clientes particulares”, considerou Raquel Santos.
O CLIENTE ESTÁ NO CENTRO
Apesar da div ersidade na procur a, par a
a controller da Medicil Lisboa, “o cliente
está no centro de tudo e tentamos garantir
um serviço de excelência, tanto para os privados como para os clientes das seguradoras, como a Médis, tanto mais que a satisfação do cliente é nossa maior preocupação”
.
Na sua actividade diária, Raquel Santos nota
que, em termos de procedimentos, a Médis
é aquela que nos dá menos trabalho, uma
vez que apenas é necessário introduzir os
dados no computador, clicar o botão e a
facturação está feita”. Quando surge algum
problema com um cliente, “tento resolvêlo dentro das minhas possibilidades”
, admitiu Raquel Santos, ao mesmo tempo que
reconhece que a sua tarefa acaba por estar
simplificada graças “à grande facilidade em
estabelecer uma ligação telefónica com a
Médis”.
DO ICIL – INSTITUTO CLÍNICO À MEDICIL
O ICIL – Instituto Clínico iniciou a sua actividade em Lisboa em 1988, assumindo-se c omo
uma unidade de cuidados de saúde ambulatórios in tegrados, incluindo uma clínica médica,
um laboratório de análises clínicas e uma unidade de Imagiologia.
A integração permitiu a oferta de propostas de valor diferenciadas aos segmentos alvo
cliente institucional (privado e convenções) e cliente institucional (bancos/seguradoras
e empresas). A procura crescente de serviços de check-up e de segurança, higiene e saúde no
trabalho levou à criação das unidades do Port o, em 1996, e de C oimbra, em 2002, e à Rede
ICIL em 2000 (cerca de 45 clínicas no c ontinente e nas regiões autónomas, e 24 postos).
Em 2005, o ICIL – Institut o Clínico ficou totalmente vocacionado para a gestão das unidades
de saúde e negócio de check-up, tendo sido consequentemente criada uma nova marca,
a Medicil, que representa um conceito inovador de acompanhamento da saúde das famílias,
em todas as fases da vida, atr avés da prestação de um serviço que alia uma qualidade
técnica de excelência à qualidade de serviço. F oi também criada a marca MedicilCorporate,
que se aplica à relação com clientes institucionais no que se r efere à prestação de serviços
de check-up. Estas mudanças coincidiram com a abertura da nova unidade do Porto.
OUTUBRO/NOVEMBRO 2010 21
MUNDO médis
PEDRO
CORREIA
Fotografia: Nuno Alexandre.
Há um ano que Pedro Correia lidera
a direcção da Rede da Médis. No seu
curriculum, destacam-se dezoito
anos de actividade em empresas do
mesmo grupo segurador. É um
gestor de equilíbrios, que aposta
num crescimento selectivo de uma
empresa líder e cujo grande
objectivo é ser sempre a melhor.
Em poucas palavras, como é que está
a Médis?
Em poucas palavras, está bem e recomenda-se. Queria aqui sublinhar que, no contexto da sua per gunta, quando falo da
Médis, não falo apenas da empresa.Refiro-me ao conjunto dos seus stakeholders:
clientes, prestadores da Rede Médis, distribuidores, fornecedores, colaboradores e,
naturalmente, accionistas. As palavras de
optimismo com que resumi o “como está
a Médis”, parecem-me, nesta perspectiva
global, inteiramente justificadas, porque
assentam em realidades objectivas e verificáveis. Tomando 2005 como ref erência,
crescemos, em número de clientes,bastante acima do mercado, o que significa que
a nossa proposta de valor é atr
activa e fidelizadora; os prestadores da R ede Médis,
que, em regra, não trabalham connosco em
exclusivo, sublinhe-se, recomendam-nos
mais do que a qualquer outra marca, como
indicam os estudos f eitos pela Nielsen,
o que traduz a forte ligação que mantêm
connosco; crescemos em número de distribuidores, sejam outr as segur adoras,
sejam agentes e corretores, o que só é possível com uma oferta ajustada e uma marca
forte e independente como é a Médis; mantemos um conjunto estável de fornecedores, com quem temos relações de parceria
e não apenas de negócio; temos um quadro de colaboradores jovem, estável e motivado, que faz a diferença todos os dias; e,
por fim, entregamos resultados consistentemente positivos aos nossos accionistas, o
que é simultaneamente causa e consequência do que de positivo trazemos aos restantes stakeholders. Podia referir-lhe mais,
como o reconhecimento ímpar da marca
Médis ou o empenho que temos numa política consistente de responsabilidade social.
Mas pediu-me poucas palavras...
Lidera a direcção da Rede Médis há
aproximadamente um ano...
Há exactamente doze meses, depois de
dezoito anos em empresas no mesmo
grupo segurador, que inclui, actualmente,
na esf era da Millenniumbcp Ageas, as
seguradoras Ocidental Seguros e Ocidental
Vida, e a PensõesGere, sociedade gestora
de fundos de pensões.
O que é exactamente uma direcção
de rede?
A direcção de rede é,digamos assim, simultaneamente a voz dosstakeholders da Médis
perante a rede de prestadores e a voz dos
prestadores perante os restantes stakeholders. Prestadores são médicos, hospitais,
clínicas, centros de meios complementares
de diagnóstico e terapêutica, e a rede de
saúde e bem-estar. Parece complicado explicar, mas é simples de entender e é um
desafio enorme para gerir. É pela direcção
de rede que passam as funções de contratação e de monitorização da actividade dos
prestadores da Rede Médis. Criamos e ajustamos, a todo o momento, de uma forma
justa e equilibrada, um conjunto de recursos que, sendo escassos, exigem metodologias de trabalho que os tornem cada vez
mais eficazes e alinhados com as melhores
práticas no financiamento e na prestação
de cuidados de saúde. A direcção de rede
é a voz dos clientes, colaboradores e accionistas da Médis perante a rede de prestadores, porque é com a rede de prestadores
que ajusta as condições mais adequadas
à promessa de valor da Médis, promessa
de valor essa que é, em grande parte, consubstanciada no dia-a-dia pela acção desses mesmos prestadores. Mas é também
a voz dos prestadores perante esses stakeholders, porque cabe à direcção de rede
assegurar que toda a Rede Médis recebe
um tratamento de excelência no que respeita ao serviço que prestamos e às condições materiais que proporcionamos, que
queremos que sejam, a todo o momento,
distintivas, justas e equilibradas.
Falou sempre de condições “adequadas, justas, equilibradas”. É um eufemismo para “contenção de custos”?
Não. A adjectivação que usei é par a ser
entendida em sentido literal. E a prática
demonstra-o.
Não negará que há pressão para baixar custos...
Há uma pressão constante para que se utilizem os recursos disponíveis com racionalidade, equilíbrio, moderação e justeza.
Se não o fizéssemos, alguém teria, inevitaJANEIRO/MARÇO 2011 23
MUNDO médis
velmente, de pagar a factura. Ou os clientes, a quem teríamos de exigir prémios
mais elevados, ou os accionistas, a quem
teríamos de pedir maior esforço financeiro, ou fornecedores e colaboradores, que
teriam de suportar sacrifícios adicionais,
ou os prestadores, a quem ser viríamos
menos bem. Trata-se, portanto, de gerir
os recursos em proveito de todos os stakeholders. Repito: com racionalidade, equilíbrio, moderação e justeza.
Mas os custos com a saúde têm tendência a subir...
Sim. Seja por via da evolução tecnológica,
seja por efeito do aumento da oferta, seja
por via da procur a, que aumenta com
a oferta, com a melhoria ger acional das
condições económicas e com o envelhecimento da população. É um f enómeno
global, tanto nos países desenv olvidos,
como nos países em rápido crescimento
económico, e afecta os sistemas públicos,
onde os há, e a oferta privada.
E c omo é que se ger e o equilíbrio
necessário entr e a nec essidade de
conter custos e a tendência de subida
desses mesmos custos?
É exactamente como refere. Com o equilíbrio necessário, estimulando relações de
parceria com os nossos prestadores.
A saúde não tem preço,mas tem certamente um custo. O equilíbrio necessário é o que
24 JANEIRO/MARÇO 2011
permite que a saúde, para quem necessita
de cuidados, continue a não ter preço, mas
que permite também que, para quem tem
a responsabilidade de financiar esses cuidados de saúde, tenha custos sustentáveis.
No curto, no médio e no longo prazos.
O que refere aplica-se também aos
cuidados de saúde
públicos e não apenas aos privados.
Aplica-se a toda a utilização, prestação e financiamento dos cuidados de saúde. Seja
qual for a forma de que
se revistam ou a geografia em que ocorram.
Em que medida é
que a crise económica se reflecte nos
cuidados de saúde?
A procur a de cuidados de saúde, na sua globalidade e independentemente do regime de prestação,
tende a crescer independentemente do
ciclo económico. Já do lado da of
erta, seja
na prestação, seja no financiamento, a
sensibilidade às condições económicas é
muito mais ele vada. A r acionalidade
necessária na utilização dos recursos,
humanos, materiais e financeiros, que
deve estar sempre presente,torna-se mais
efectiva em tempos de crise. Não é mau
que assim seja.
Voltando à Rede Médis. Está estável,
em expansão ou em contracção?
A Rede Médis conta actualmente com aproximadamente 10 mil pontos de contacto
com os clientes. Entendemos que a dimensão e a capilaridade da
rede acompanha permanentemente, com
equilíbrio, as necessidades dos clientes.
A tendência genérica
é de estabilização.
Crescerá apenas onde
for necessário, assim
haja procura ou necessidade de redimensionamento e assim as
condições da of erta
sejam ajustadas.
O cr escimento da
Rede Médis está mais selectivo portanto?
Está tão selectivo como desde a constituição
da Médis. É nossa ambição termos os melhores prestadores connosco, sempre e desde
sempre. E esper amos que par a sempre.
É para isso que damos o melhor de nós todos
os dias. Porque é isso que se exige a uma
empresa líder como é a Médis.Algo tão simples como apenas e sempre o melhor.
“Actualmente
a Rede Médis
conta com
cerca de 10 mil
pontos de
contacto com
os clientes.”
high TECH
UM CADDIE
DE BOLSO
Ninguém duvida que, por trás de um grande jogador de golfe, está sempre
um grande caddie. Para quem não tem o privilégio de contar com esse tipo de ajuda,
pode agora recorrer ao Garmin Approach. Por Rui Faria.
O
s sistemas de navegação
tomaram conta dos nossos
automóveis, são auxiliares
importantes para quem se
desloca nas cidades e fora
delas em actividades profissionais ou lúdicas, mas as suas variantes não param de nos
surpreender. A última evolução dos GPS
portáteis chegou a um dos desportos com
mais praticantes a nível mundial, o golfe,
através de uma proposta da Garmin, que se
encontra já no mercado nacional. Chama-se
Approach e está disponível em duas versões – G3 e G5 – capazes de dar todas as
informações de que o jogador necessita
durante uma partida, fazendo o papel de
um caddie experiente na altura de escolher
o club mais adequado à jogada seguinte.
A grande diferença entre as duas versões
– G3 e G5 – passa pelas funcionalidades
de cada aparelho e, claro está, pelo preço.
No entanto, o acréscimo de cem euros do
G3 & G5
O GARMIN APPROACH
está disponível em Portugal
com preços de ¤ 279
para a versão G3 e de ¤ 379
para a versão G5.
G5 está mais que justificado por aquilo
que oferece. Enquanto o G3 é capaz de
mostrar, no seu ecrã de 2,6’’, o mapa dos
buracos e as informações sobre as distâncias precisas até aos obstáculos (bunkers,
lagos, etc.) e ao green, o G5 vai mais
longe. Conta com um ecrã de 3’’ e permite
ao jogador registar ainda todos os dados
estatísticos de cada partida, número de
pancadas, putts e fairways atingidos in
regulation, para além de medir a distância
de uma tacada, relacionando-a com club
o
utilizado.
Se estas são as boas notícias sobre o lançamento deste modelo da Garmin, a má tem
a ver com o facto de a sua utilização não ser
autorizada nos torneios nacionais (há países
que já o permitem), mas a sua utilidade é
inquestionável nas partidas amigáveis,
sendo uma forma excelente de fazer uma
auto-análise capaz de contribuir para a evolução do jogo de cada um.
JANEIRO/MARÇO 2011 25
GLOBE trotter
Sul de Gales
NAS TERRAS
A cultura celta, feita de lendas tão famosas c omo
a do Rei Artur, faz parte do património de Gales, uma
terra de grande beleza natural que vive esquecida
entre a Inglaterra e a Escócia. Por Rui Faria.
T
odos recordam a vida trágica da
Princesa Diana de Gales,conhecem o Príncipe de Gales e até
são capazes de reconhecer o
padrão xadrez dos seus tecidos, que estão
sempre na moda. No entanto, o País de
Gales é um território injustamente desconhecido, talvez por estar encerrado entre
a Inglaterra e a Escócia, escondido pelas
serranias e virado para o mar.
Este ano, Gales saiu do anonimato com a
realização da Ryder Cup, o grande torneio
26 JANEIRO/MARÇO 2011
de golfe que opõe os melhores jogadores
profissionais da Europa e dos Estados
Unidos, uma competição que, a nív el
mediático, só é suplantada pelos Jogos
Olímpicos e pelo campeonato do Mundo
de futebol. O golfe é um dos despor tos
predilectos dos galeses, embora o râguebi
seja o desporto-rei da velha nação celta,
ciosa de uma cultura onde não faltam druidas, os ritmos da sua música muito característica e uma língua própria,feita de consoantes sibilantes.
No sul do País de Gales, as montanhas dão
lugar a planícies pintadas de verde, que se
estendem até ao mar , dando origem a
praias incrustadas numa costa alcantilada,
onde o mar, muitas vezes, mostra toda a
sua violência. É aí que surge Cardiff, uma
cidade velha na sua longa história e moderna na arquitectura, que nasceu na zona
das velhas docas, a qual, até há alguns
anos, era um pardieiro habitado por toda
a espécie de marginais.
Em 1913, Cardiff ainda era o maior porto
mundial para a exportação do carvão recolhido nas minas galesas. Era uma cidade
próspera e austera, como a sua arquitectura
neoclássica faz recordar. Uma cidade que
contrasta, hoje, com o moder nismo do
Millenium Stadium, a gr ande catedral do
râguebi, construído a dois passos do castelo, que se assume como ex-libris
o
de Cardiff.
Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro.
DO REI ARTUR
TERRA DE CONTRASTES
O País de Gales vive o presente
nas belas praias junto à costa
(à esquerda), mas tem orgulho
nas tradições históricas
evocadas em monumentos
como o Castelo de Cardiff.
GLOBE trotter
O CASTELO DE CARDIFF
O APELO DO MAR
A norte de Cardiff surge a Península de
Grower, onde cresceu Swansea. O centro
da segunda maior cidade de Galesoif destruído durante a II Guerra Mundial pelos
bombardeamentos da Luftwaffe, que visavam os grandes depósitos de combustível que ali se concentravam. A reconstrução em nada alterou o car
ácter desta cidade portuária virada para o Mar do Norte,
que foi, durante séculos, um porto seguro para o comércio com os países escandinavos.
No novo Maritime Quartier, que cresceu
na zona das antigas docas,há lojas e bares
que atraem muita gente. Um dos locais
mais curiosos é a joalharia de Nicole
Paltermann e Mari Thomas, duas jovens
designers que abriram o espaço no edifício de uma antiga igreja construída há
séculos por marinheiros noruegueses que
costumavam ali aportar.
28 JANEIRO/MARÇO 2011
PASSADO E PRESENTE
Nas velhas docas de Cardiff (em cima),
surgiu um pólo de modernidade
assumido pelo Wales Millenium Centre
(ao alto, na página da direita.)
As praias são muito bonitas e, se as águas
do Mar do Norte são arrepiantes para um
português, já a beleza da costa atraiu inúmeras figuras do jet set, artistas da televisão, do teatro e da música, que construíram casas de férias sobre os promontórios.
Quem deixar Cardiff em direcção a sul,vai
descobrir Newpor t, que se estende ao
longo do estuário do Rio Svern. A cidade
não ter á o apelo de
Cardiff ou de Swansea,
mas vale a pena conhecer a Tradegar House,
uma mansão do século
XVII, com interiores de
grande riqueza, ou a
curiosa T ransporter
Bridge, uma estrutur a
onde uma plataf orma
suspensa por cabos
suportados em altas
torres de ferro é movida electricamente
para assegur ar a tr avessia de v eículos.
Existem apenas mais duas pontes deste
tipo no R eino Unido e sete em todo o
Mundo.
quantos vibr am com o jogo), o The
Montgomery e o Roman Road, cujo nome
nos remete para a antiga estrada romana
que ligava a Carleon e que, juntamente
com York e Chester, foi uma das maiores
fortificações das legiões romanas que ali
se instalaram em 74 d.C.
Da grande cidade fortaleza, que chegou a
albergar 5.000 romanos da Segunda Legião
de César Augusto, ainda é possível ver o anfiteatro, as ter mas e os
vestígios de 64 filas de
casernas, as únicas memórias arqueológicas
deste tipo conhecidas
na Europa.
Os romanos ocuparam
Gales, mas nunca subjugaram os galeses,acabando mesmo por assimilar muito da cultur a celta, da mesma
forma que os nor mandos, vindos de
Inglaterra, dominaram, mas nunca subjugaram verdadeiramente a população, controlada a partir dos muitos castelos que
construíram. No século XIII, o filho de
Eduardo I de Inglaterra nasceu em Gales
e foi ali coroado Príncipe de Gales, um
título que ainda hoje pertence ao herdeiro
da coroa britânica.
O gr ande Castelo de Chepsto wn, que
ocupa um estratégico promontório sobre
o Rio Wye, é um testemunho desses tem-
A movida de Cardiff
deslocou-se para
a zona das antigas
docas, onde, os
bares e restaurantes
ficam apinhados
ao fim da tarde.
LOCAIS COM HISTÓRIA
A dois passos de Newport, quem seguir o
Rio Usk, descobre um grande vale onde
surge o Celtic Manor, um dos mais emblemáticos resorts de Gales, que integra três
campos de golfe: o Twenty-Ten, que recebeu a Ryder Cup (um desafio para todos
Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro.
A fortificação resistiu aos séculos e é um
testemunho vivo da história do P aís de
Gales. As muralhas exteriores foram construídas sobre os muros erguidos durante a
ocupação pelas legiões romanas (e que
ainda são perceptíveis) e a torre de menagem data do século XII, uma época de
revolta dos galeses contra os ocupantes
normandos. Em 1766, o castelo em ruínas
passou para a posse do conde de Bute,
cujo neto, o terceiro conde de Bute, foi
considerado, na sua época, o homem mais
rico do Mundo, quando Gales florescia
com a riqueza mineira. Em 1866-1868, o
arquitecto William Burges, a quem chamavam o “génio excêntrico”, reconstruiu o
palácio a estilo neogótico,criando um interior recheado de imagens medievais, tão
ao gosto do período romântico.
A cidade conta com enormes espaços verdes, atr aindo multidões que procur am
momentos de convívio, que praticam desporto ou que pura e simplesmente desfrutam dos raios de sol. No entanto, o epicentro da movida de Cardiff deslocou-se
para a zona das antigas docas, onde, ao
lado da modernidade de edifícios como o
Parlamento (com paredes de vidro) ou do
Wales Millenium Centre (um arrojado espaço cultural com as paredes cobertas em
folha de cobre, que brilham ao sol), cresceram bares e restaurantes, quase sempre
apinhados ao fim da tarde.
Curiosamente, não há muitos espaços
comerciais na zona das docas, pelo que o
shopping está reservado para os centros
comerciais, uma forma mais moderna das
antigas galerias vitorianas que ainda surgem no interior de elhos
v
edifícios que resistem na zona histórica em torno do castelo.
A TRADIÇÃO DOS PUBS
No País de Gales, os pubs são muito mais do que
locais para beber cerveja. Quase todos funcionam
como restaurantes.
CATELLI LUCIDE FERMENTET
Octavius. Fragilis oratori
imputat catelli, ut agricolae
PARA VER E COMPRAR
A Tintern Abbey é um belo ex emplo da arquitectura
cisterciense (em baixo) e as galerias victorianas
de Cardiff, um apelo ao consumo.
pos de conflitos e da importância de uma
região onde surgiram inúmeros mosteiros
abandonados no século X VI, quando
Henrique VIII ordenou a expulsão dos
monges. Vale a pena v er as ruínas da
imponente Tintern Abbey, um excelente
exemplo da arquitectura cisterciense, vizinha da abadia beneditina de onde
Geoffrey of Mounmouth disseminou a
lenda do R ei Artur e dos Ca valeiros da
Távola Redonda.
ço, gerido por Mike Morgan, um conversador nato e um apaixonado pelo golfe,
capaz de indicar cada um dos dez campos
que surgem à volta da propriedade.
O hotel também é um ponto de par
tida para
descobrir o P arque Natur al de Brecon
Beacons. Perto do hotel, os canais Monmouthshire e Brecon, construídos no século XIX para assegurar o transporte do carvão extraído das Montanhas Negras para
Newport, são, hoje, locais ideais, os amantes de uma boa caminhada ou para passear
num dos barcos que podem ser alugados
para umas férias bem diferentes (www.beaconparkboats.com). O caminho-de-ferro,
com as suas máquinas a vapor, assegurava
o transporte do carvão das minas para os
Vizinha de Tintern
Abbey, surge a abadia
beneditina de onde
Geoffrey of Mounmouth
disseminou a lenda
do Rei Artur.
FÉRIAS DIFERENTES
Abergavenny é uma cidade que, no tempo
das legiões romanas, distava um dia de
marcha de Carleon. Hoje, está bem perto
de Newport, e quem joga golfe ou quem
apenas procura um local para descansar,
tem, no Llansantffraed Court Coutry House,
um refúgio de eleição. Trata-se de uma
mansão do século XVIII que se ergue no
meio do verde. O estilo sóbrio e fleumático contrasta com a informalidade do espa-
barcos. O seu percurso é actualmente uma
linha turística (www.breaconmoutianrailway.co.uk) que permite conhecer paisagens
de rara beleza.
A pequena cidade de Blaenafon, património mundial da UNESCO, remete-nos para
os tempos difíceis da vida nas minas. A
fundição da mina de ferro pode ser visitada, bem como os edifícios que serviam de
alojamento aos mineiros, onde pode
observar-se a recriação dos seus alojamentos e uma loja estilo “venda”, onde havia
de tudo. Os trabalhadores eram obrigados
a comprar ali o que necessitavam, pagando com os vales que o patrão incluía no
salário. Bem per to, junto da estação do
comboio a vapor , os mais a ventureiros
podem descer às profundezas para visitar
uma mina abandonada, acompanhados
por velhos mineiros que gostam de puxar
pelas histórias que guardam na memória.
A cidade está a ser restaurada e, em alguns
dos velhos edifícios, estão abertas pequeJANEIRO/MARÇO 2011 29
GLOBE trotter
GRANDES REFÚGIOS
O Llansantffraed Court Country House,
em Abergavenny, é um refúgio que convida
ao descanso (na foto). Nos antigos canais
abertos para transportar o carvão das minas,
há barcos que servem de hoteis (à esquerda).
restaurante, e muitos destes locais,por mais
pequenos que sejam, acabam por ter um
chef à frente da cozinha.
Num parque tão vasto, onde a paz e a
calma parecem feitas à medida de quem
procura o descanso e a obser vação de
pássaros parece ser uma actividade radical, no secretismo das montanhas mais
remotas, sur ge o centro de treino das
British Special Forces (SAS), a força de
elite do ex ército, mas também um dos
principais aquartelamentos dos Gurkas,
as tropas especiais recrutadas no Nepal,
que fazem parte das forças armadas britânicas desde o século XIX.
As Dan-yr-Ogof Caves são um local bem
curioso, onde é possível passear no coração da montanha, visitando grutas escavadas pela força das águas. Esta atracção geológica tem adjacente um parque temático,
algo kitsch, que recorda os animais pré-históricos. Bem perto, vale a pena fazer
uma paragem em Penderyn, uma pequena aldeia que dá o nome à única destilaria
PUBS COM ESTILO
de whisky que funciona em Gales, produJunto das mar gens de pequenos rios e
canais, surgem aldeias onde o tempo passa zindo whiskies de malte, alguns dos quais
f
devagar e os antigos pubs são o ponto de envelhecidos em antigos cascos que oram
encontro. Em Gales, os pubs são bem dife- utilizados no vinho da Madeira.
rentes dos que se encontram em Inglaterra. O sul do País de Gales é tudo isto e muito
A cer veja está sempre presente, mas as mais, que cada um pode descobrir numa
refeições estão muito mais pró ximas do viagem que cer tamente ser á difícil de
que estamos habituados a encontrar num esquecer...
COMO IR
A Easy Jet ( www.easyjet.com) tem três voos semanais para e de Bristol, às segundas-feiras, às quintas e aos domingos. As tarifas são v ariáveis, mas, em média, podem
rondar os 190 euros ida e volta. Se o dia escolhido for uma quinta-feira, é melhor contar
com 250 euros. A companhia também voa diariamente a partir do aeroporto de Faro,
mas as tarifas são mais ele vadas. De Bristol a Newport, distam cinquenta quilómetros,
que podem facilmente fazer-se de automóvel, e Cardiff fica a setenta quilómetros.
Outra alternativa é voar para Londres e apanhar o comboio que liga Paddington
a Newport ou à estação central de Cardiff. O bilhete custa cerca de 40 euros.
30 JANEIRO/MARÇO 2011
Onde ficar
Um requintado hotel de cinco estrelas
e um paraíso para quem joga golfe ou
para quem procura o relax num dos
seus spas. Em Outubro, será a sede da
Ryder Cup 2010. Preços para quarto de
casal a partir de 200 eur os. Para os
jogadores de golfe, o resort tem uma
promoção especial para uma noite de
hotel e jogos no Montegomery Course
e Roman Bridge Course, com preços
entre os 120 e os 200 eur os. O green
fee para jogar o Twenty-Ten Course
custa 180 euros, mas não é fácil
garantir um tee time. Coldra Woods,
The Usk Valley, Newport NP 18 1 HQ.
Tel. +44 (0)1633 413 000.
www.celtic-manor.com
LLANSANTFFRAED COURT COUNTRY
HOUSE HOTEL AND RESTAURANT
É uma ilha no meio da paisagem
verde em redor de Abergavenny, um
refúgio para descansar, namorar ou
jogar golfe num dos muitos campos
que surgem em redor. Preços para
quarto de casal a partir de 120, 150
euros. Old Raglan Rd, Clytha,
Llanvihangel Gobion, Abergavenny
NP7 9BA. Tel. +44 (0) 1873 840 6 78.
www.llch.co.uk
ST. DAVID´S HOTEL AND SPA
A modernidade da forma
do edifício e a informalidade dos seus
interiores têm tudo a ver com o arrojo
arquitectónico da nova cidade de
Cardiff, nascida nas velhas docas do
porto. Preços para quarto de casal
a partir de 120, 150 euros. Havannah
Street, Cardiff. Tel. +44 (0) 2920 454
045. www.thestdavidshotel.com
Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro.
nas lojas, algumas capazes de surpreender-nos, como acontece na Broad Street,
onde é fácil encontrar um espaço gourmet,
que produz queijos Cheddar ar tesanais,
muitos dos quais com misturas de ervas e
frutos, ou a Killick-Chocks, que produz
grandes guloseimas, para além de servir
um café que pode considerar-se decente
para os padrões regionais.
As escórias poluentes, que estiveram abandonadas dur ante demasiado tempo, têm
vindo a ser totalmente retiradas em nome
das preocupações ambientais do P arque
Natural de Brecon Beacons, que se estende
ao longo de 1.345 km2 de montanhas, vales,
charnecas e até antigos lagos glaciares. É
uma região rural, onde os rebanhos de ovelhas proliferam. No meio do nada, velhas
casas rur ais e até v elhos celeiros f oram
remodelados para servirem de refúgio para
gente com dinheiro, muitos dos quais vedetas das equipas de râguebi galesas.
gourmet VINHOS
REAFIRMAÇÃO DE UM
CLÁSSICO
A região do Dão tem tudo para ser um dos vértices da
produção vinícola de qualidade no nosso país, afirmando-se
como uma alternativa ao Douro e ao Alentejo. A Quinta
dos Carvalhais é prova desta afirmação...
O
vinho Quinta dos Carvalhais
Colheita de 2008 está a chegar ao mercado. É a última
expressão de uma produção
que espelha todas as qualidades que são reconhecidas aos vinhos da
Região Demarcada do Dão, um vinho que
já pode apelidar-se de clássico, embora a
quinta só tenha sido adquirida pela
Sogrape em 1989.
Desde essa altura, os cuidados colocados
na viticultura e na enologia foram verdadeiros catalisadores para a reafirmação do
Dão vinhateiro, uma região que, apesar
oferecer condições ímpares para a produ-
ção de grandes vinhos, atravessou momentos muito difíceis num passado ainda
recente, alguns dos quais ainda não foram
ultrapassados por pequenos produtores e
até pelas adegas cooperativas.
A Região Demarcada do Dão estende-se ao
longo de 376 mil hectares de terreno acidentado, marcado por zonas montanhosas
e vales com ondulações suaves, onde os
Invernos são frios e chuvosos, e os Verões,
quentes e secos. Estas condições são ideais
para a produção de grandes vinhos, que,
nas últimas duas décadas (a idade da
Quinta dos Carvalhais), estão a devolver ao
Dão o prestígio a que tem direito.
COLHEITA DE 2008
O vinho tinto Colheita de 2008
surge na linha de qualidade
que marca a produção
da Quinta dos Carvalhais,
localizada no Concelho de
Mangualde. Foi produzido com
base na casta Touriga Nacional,
contando ainda com um toque
de Tinta Roriz de Alfrocheiro.
Após a fermentação, estagiou
doze meses em barricas
usadas, com um e dois anos.
O resultado impressiona pela
cor profunda, com laivos de
violeta. O olfacto é cativado
pela fruta e os aromas
remetem-nos para frutos
vermelhos, a par de notas
de especiarias e alguma
baunilha, oriundas da madeira,
que surge muito bem casada.
O final é fino e prolongado.
Ainda se nota a sua juventude,
mas não há dúvida: de que é
um excelente vinho e que irá
ainda evoluir em garrafa, pelo
que, se já é agradável para ser
bebido imediatamente, o
melhor ainda está para vir...
O Quinta dos Carvalhais
Colheita de 2008 (preço
recomendado ¤8,99) é um
tinto muito gastronómico,
ideal para acompanhar
pratos suculentos, como uma
perna de cabrito, ou delícias,
como o queijo da serra.
Como curiosidade, refira-se
que a própria Quinta dos
Carvalhais conta com um
prado onde vive um rebanho
cujo leite é utilizado para
a produção do bem
característico queijo da serra.
JANEIRO/MARÇO 2011 31
WEEK end
PORTO
SENTIDO
Junto às águas do Douro,
o velho Palácio do Freixo
é uma elegante pousada
de charme que mais
parece um resort urbano.
É o local ideal para
todos quantos queiram
desfrutar do Porto.
Por Rui Faria.
A
cidade do Porto é feita de contrastes. As tradições convivem
lado a lado com a modernidade
de uma urbe que sempre f ez
questão de estar na ribalta nos campos da
arte e da cultura, sem receio de trilhar caminhos mais ou menos alternativos. Cioso de
padrões de vida muito próprios, o Porto
nunca pára.
O Palácio do Freixo tem tudo a ver com o
requinte do século XVIII. Fruto do bom
gosto de David Sinclair, tem, ao seu lado,
a antiga unidade fabril de moagem que
assegurou a prosperidade da família.
Este antigo conjunto arquitectónico f oi
recuperado sob a direcção do arquitecto
Fernando Távora, acolhendo, hoje, uma
pousada. No palácio, funcionam as áreas
comuns, num espaço onde se saúda a qualidade do restauro dos frescos que nos
remetem para o passado faustoso,contrastando com a moder nidade elegante da
decoração, onde sobressaem as telas do
mestre Júlio Resende e a beleza do mobiliário. Na antiga fábrica, surgiram 87 quartos e suites, a maioria dos quais com uma
vista maravilhosa sobre o Rio Douro.
A pousada do Palácio do Freixo é um daqueles locais que convidam ao descanso, seja
num qualquer recanto onde apetece deixar
passar o tempo com um livro na mão ou,
pura e simplesmente, dando liberdade ao
olhar que facilmente se perde nas águas do
rio que parecem coladas à piscina.
Contudo, lá fora, o dia e a noite do Porto
têm tantas propostas que se tor na difícil
resistir ao seu apelo. Para quem gosta de
andar sem destino aparente, vale a pena ir
à descoberta do Parque da Cidade, onde se
32 JANEIRO/MARÇO 2011
instalou o Pavilhão da Água, que surgiu
na Expo 98; mas passear também pode ser
ir às compras e, para quem optar por elas,
as alternativas são mais do que muitas.
O centro histórico merecia melhores cuidados, mas é sempre apetecível passear
pelas vielas, que, por ali, têm o nome de
quelhas. Quem gosta de antiguidades,
não pode deixar de passar pela Rua
Mouzinho da Silveira e visitar as Galerias
Vandoma; da mesma forma que a música é como que uma chamada ao antigo
Mercado Ferreira Borges, que renasceu
para receber o Hard Club, onde funcionam estúdios de gravação, livrarias, lojas
de discos e um restaurante.
gatório voltar. Passar pela Livraria Lello,
um local de culto que sobrevive numa
zona onde o comércio tr adicional já
conheceu melhores dias, é tão aliciante
como descobrir algumas lojas diferentes
que por ali têm surgido. É o caso de A
Vida P ortuguesa, que Catarina P ortas
abriu na esquina do cruzamento da Rua
Galeria de Paris com a Carmelitas, ou o
espaço que o estilista Gio R odrigues
explora, na Rua 31 de Janeiro.
Não muito longe dos jardins do Palácio
de Cristal, no quar teirão da Miguel
Bombarda (onde se deve incluir a Rua do
Rosário), encontr a-se um epicentro de
Arte e de design. É uma espécie de Soho
à moda do Porto, onde pontificam lojas
como a Mudda (Artes, Sabores & Design)
DA BAIXA À CEDOFEITA
A Baixa é outro local onde é sempre obri- e espaços como a Ar tes em Pares, que
PALÁCIO DO FREIXO
No antigo palácio (à esquerda), surgem
as zonas comuns (à direita) de uma pousada,
Os quartos ficaram no edifício onde
funcionou a fábrica de moagem (em cima).
funciona num antigo edifício do início do
século XIX e reúne várias lojas interessantes, entre as quais oatelier de Nuno Gama.
Igualmente curioso é o Centro Comercial
Bombarda, cujos responsáveis fazem questão de sublinhar que se trata de “um centro
comercial e não de um shopping”. Ali, surgem várias lojas alternativas que reflectem o
vanguardismo estético da cidade, merecendo destaque a Piurra (mobiliário de design)
e a Adorna Corações, o espaço de ourivesaria de Estefânia de Almeida, onde podem
ser adquiridas peças realizadas com matérias pouco convencionais e
que podem igualmente ser
encontradas na loja do
MoMA, em Nova Iorque.
Relativamente per to está
concentrada a maioria das
galerias de Arte da cidade,
que, num curioso associativismo, agendam as inaugurações das novas exposições para o mesmo dia,
o que torna ainda mais interessante a deslocação. Para quem se interessa pelas Belas Artes, a passagem pelas
galerias só pode servir para abrir o apetite a
uma visita à Fundação de Serralves ou para
um espectáculo na Casa da Música.
ir ao Abadia, perto do Ateneu, comer umas
tripas, ou visitar o Aleixo, onde os “filetes
de polvo com arroz do mesmo” esperam,
em frente à Estação de Campanhã.
Mas se a tradição ainda é o que era nestes
velhos locais de culto, hoje, é obrigatório
experimentar as propostas do chef Rui
Paula, o culpado por Folgosa do Douro ter
passado a figurar nos itinerários gastronómicos nacionais, tudo graças ao sucesso do
seu D.O.C.. O chef passou a contar também
com um espaço na castiça Ribeira. Chama-se D.O.P. e tem as portas abertas no reno-
da Pinguim, na Rua de Belmonte, ou qualquer tipo de infusões na Rota do Chá, na
Rua Miguel Bombarda, para já não falar
numa cerveja, bebida ao início da noite,ao
balcão do Piolho, na Praça Parada Leitão.
Para quem as delícias são mais os bolos,
importa provar os éclairs da Leiteira Quinta
do P aço, na Pr aça Guilher me Gomes
Fernandes, a tarte de maçã da Casa de Ló,
na Travessa de Cedofeita, ou os palmiers
da Alicantina, na Rua do Campo Alegre.
No Porto, o dia prolonga-se noiteora,
f numa
cidade que não é muito fiel nos seus locais
de diversão nocturna, sendo ávida pelas
novidades. A renovação da Baixa permitiu
a abertura de espaços que estão na moda.
É o caso do Armazém do Chá, na Rua José
Falcão, onde funciona o Café Lusitano, e o
Plano B, que se instalou na Rua Cândido
dos Reis, bem como o Três C Café Clube,
vizinho do Twin’s. Para quem a noite só
acaba com a luz do dia,o destino passa pela
Rua Passos Manuel, onde se situam o Maus
Hábitos, o Passos Manuel e o Pitch.
Este pode ser um Porto diferente daquele
que costuma surgir nos roteiros. No entanto, é um Porto bem sentido por todos quantos por lá vivem e um convite à descoberta
de uma cidade que se reno
va constantemente, mantendo sempre todo o seu apelo...
Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro, Rotas&Destinos.
O antigo Mercado
Ferreira Borges
renasceu para
receber o Hard
Club, que promete
vir a marcar a vida
cultural da cidade.
TRIUNFO DA GASTRONOMIA
Por falar em apetite, não podemos esquecer que o Porto sempre foi uma terra de
boa comida. É certo que muitos não dispensam as especialidades mais tradicionais, pelo que vale sempre a pena regressar ao Buf ete Fase, na Rua de Santa
Catarina, para saborear uma francesinha,
vado Palácio das Artes,
onde propõe a sua
cozinha de autor sem
experimentalismos
aberrantes, mas com
todo o sabor que é
capaz de tor nar uma
refeição em algo de
memorável.
Fora das horas das refeições, vale sempre a pena
fazer uma pausa no passeio pela cidade e saborear o chocolate quente
LOCAIS DE INTERESSE
O Porto está repleto de propostas gastronómicas
(em cima). O Três C Clube (à direita) é um local
de encontro e a loja de Est efânia de Almeida
(ao lado) merece uma visita.
JANEIRO/MARÇO 2011 33
MUNDO médis
MÉDIS
COPA IBÉRICA
A Médis é, pelo terceiro ano consecutivo, a patrocinadora
oficial da Médis Copa Ibérica, o mais antigo circuito
internacional de ténis para veteranos a realizar-se em
Portugal e em Espanha.
A
Médis Copa Ibérica é uma competição tão antiga como prestigiada. A sua história tem trinta
anos e, pela terceira vez, a Médis
surge associada ao evento promovido pela
Lagos Sports, que, nas últimas edições,tem
reunido os maiores valores do ténis com
idades superiores a 35 anos. O calendário
da Médis Copa Ibérica de 2010 contou com
três jornadas, realizadas no Clube deTénis
do Estoril, na Ciudad de la Raqueta, em
Madrid e no Clube deTénis de Vilamoura.
Qualquer dos torneios foi bem disputado,
aliando o interesse desportivo ao convívio que faz par te integrante do sucesso
deste tipo de provas em que ninguém gosta
de perder, mas todos gostam de conviver.
34 JANEIRO/MARÇO 2011
BERNARDO MOTA EM FOCO
O Clube de Ténis do Estoril recebeu, em
Março, a primeira jornada da 31.ª edição
da Médis Copa Ibérica,
que reuniu
170 inscritos de dezoito nacionalidades.
Bernardo Mota f oi a gr ande figur a
num fim-de-semana muito competitivo.
O ex-bicampeão nacional, que integrou
o top 200 do ranking da F ederação
Internacional de Ténis, demonstrou todo
o talento que se lhe reconhece e revalidou a vitória que já garantira em 2009 na
categoria reser vada aos maiores de 35
anos. Derrotado na final,João Roque mostrou-se impressionado pelo jogo de
Bernardo Mota. “Nunca o vi a servir tão
bem, nem mesmo quando ele era joga-
dor profissional e competia no circuito
internacional”, referiu o segundo classificado.
No escalão dos 40 anos,Vasco Graça derrotou Paulo Brás, num aguerrido duelo,
enquanto que, entre os jogadores de mais
de 45 anos, o triunfo sorriu ao espanhol
Pablo Benavides. Nas restantes categorias, as vitórias couberam ao ex-secretário de Estado João Mira Gomes (na categoria de mais de 50 anos), ao brasileiro
Sérgio Aragão (na categoria de mais de
55 anos), ao belga Frank van Lerven (na
categoria de mais de 60 anos), ao espanhol Francisco Moraver (na categoria de
mais de 65 anos) e ao italiano Giuseppe
Losego, que venceu entre os superveteranos.
Entre as senhoras, a “legião estrangeira”
monopolizou as vitórias, embora tenham
sido disputadas as finais onde a espanhola Letízia Almirall bateu Luísa Gouveia na
categoria de mais de 40 anos, enquanto
que, no escalão dos 50 anos, foi notável
a recuperação da norte-americana Veronica de Angelis face à por tuguesa Isabel
Cunha d’Eça. Nas restantes categorias, as
vitórias f oram arrebatadas pela belga
Fátima Lopes
esteve no Estoril
Fátima Lopes, a popular figura de televisão, marcou
presença na primeira etapa da Médis Copa Ibérica.
O rosto que tem surgido nas campanhas
publicitárias da Médis esteve presente no Clube de
Ténis do Estoril para apadrinhar uma clínica que
reuniu muitas crianças que tomaram contacto com
a modalidade ao longo da tar de de sábado.
Médis
marcou presença
Para além de ser a gr ande patrocinadora da Médis
Copa Ibérica, a Médis tem marcado presença com
um stand onde recebeu tanto participantes na
competição, como clientes e todos quantos
quiseram conhecer melhor os produtos. No stand
da Médis, para além das respostas às perguntas
de todos quantos queriam informar-se,
enfermeiros avaliaram alguns indicadores de
forma física, como a tensão arterial e o índice
massa corporal dos muitos presentes que
passaram pelo espaço Médis.
Vicky Mikoljczak (na categoria de mais de Luís Filipe Silva, Nuno Allegro e António
60 anos) e pela polaca Iwona Domanska Trindade venceram nos escalões etários
(na categoria de mais de 35 anos).
dos maiores de 50, 55, 65 e 70 anos, respectivamente, enquanto que Luísa Gouv
eia
LUÍSA GOUVEIA RESISTIU
(mais de 40 anos) foi a única senhora porA segunda jornada da Médis Copa Ibérica tuguesa a triunfar.
foi disputada nas fantásticas instalações da Do lado espanhol, as vitórias sorrir am a
Ciudad de la Raqueta, em Madrid, e Luísa Fernando Almameda, José Villuendas-Ortiz
Gouveia foi a única representante portu- e Buenaventura Velazques nas categorias
guesa a intrometer -se num nunca visto
dos maiores de 40, 45 e 60 anos respectivadomínio espanhol, que monopolizou doze mente, sendo o quarto triunfo rubricado por
dos quinze títulos em jogo. A tenista por- Carmen Lang-Verdugo, que venceu entre as
tuguesa impôs-se, quebrando a hegemo- senhoras com mais de 50 anos. Entre as
nia das irmãs espanholas Letízia e Cristina senhoras maiores de 60 anos, a vitória perAlmirall, cimentando a sua 11.ª posição no tenceu à belga Birgit Bocken-Jacob.
ranking de maiores de 45 anos.
Nas no ve finais individuais masculinas,
AQUI HÁ GATO...
António Trindade foi o único representan- Na variante de Pares, Tiago Dores (na foto
te luso a atingir o derr
adeiro encontro. Perto à esquerda), que f ormou equipa com
de completar os 77 anos, o actual 75.º do Nuno Luís Rodrigues, atraiu as atenções
ranking mundial de maiores de 75 anos, com o seu desempenho,mas também com
perdeu a final dos “70” com Félix Candela, a popularidade a que um dos
“Gatos
um adversário seis anos mais novo.
Fedorentos” não pode fugir. No entanto,
A terceira etapa da Médis Copa Ibéria teve esta dupla acabou por ser derrotada na
lugar no Clube de Ténis de Vilamoura e os final por Rui Jesus/João Zilhão.
portugueses redimir am-se, gar antindo Na próxima edição v oltaremos à Médis
cinco títulos individuais face a quatro aver- Copa Ibérica com a repor
tagem do
bados pelos espanhóis. Manuel Coimbra, Masters, a última prova da temporada.
JANEIRO/MARÇO 2011 35
MUNDO médis
Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro/ Getty Images.
A terceira edição do Vimeiro Matchplay
1808 voltou a reunir, com o apoio da
Médis, um número alargado de jogadores
que disputam o troféu no sempre
agradável campo de golfe do Vimeiro.
MÉDIS VIMEIRO
MATCHPLAY 1808
M
ais do que um simples tor neio de
golfe, o V imeiro
Matchplay 1808
afirmou-se pela grande adesão
que encontrou desde a primeira
edição, tendo contado com o
apoio da Médis como title sponsor. A competição nasceu de uma
ideia lançada em Novembro de
2007, visando associar o golfe à
celebração dos duzentos anos da
Batalha do Vimeiro, onde o exército luso-britânico defrontou as
forças napoleónicas.
A primeir a edição disputou-se
em 2008, adoptando o formato
de matchplay, onde cada partida é disputada buraco a buraco,
como que se de dezoito jogos se
tratasse, o que exige tanto do
36 JANEIRO/MARÇO 2011
talento dos jogadores como da
sua capacidade estratégica, pelo
que o lema escolhido para este
torneio comemorativo do segundo centenário da Batalha do
Vimeiro, “um match, uma batalha”, não poderia ser mais adequado.
Porque “nem todos os duelos são
violentos”, como pode ler-se no
cartaz criado para divulgar a terceira edição do Vimeiro Match
Play 1808, o convívio tem marcado uma competição onde
Óscar Garcia, o vencedor da edição de 2007, surgiu para defender o título, sendo mais um dos
muitos participantes que começaram a discutir as eliminatórias,
cuja primeira fase terminou no
dia 2 de Maio.
NA RECTA FINAL
As eliminatórias têm vindo a dec orrer com grande
animação. O torneio esta a caminhar par a a sua fase
final. O campo de golfe do Vimeiro vai receber a grande
final, bem como o jogo que decide o t erceiro e o quarto
classificados. Será o ponto alto desta edição do Médis
Vimeiro Matchplay 1808 e, como já se tornou habitual,
a Médis voltará a marcar
presença com um stand
onde os interessados
podem verificar a sua
tensão arterial e medir
a massa muscular,
pequenos cuidados que
são muito importantes
para manter níveis de
vida saudável e que
tantas vezes são
descurados.
MÉDIS SALTA
NO VIMEIRO
Os concursos de saltos
do Vimeiro,
promovidos pelo
Centro Hípico do Hotel
Golf Mar e apoiados
pela Médis, são uma
referência, tanto no
panorama equestre
nacional, como em
termos internacionais.
A
região do Vimeiro é, hoje, muito sionamento do centro foi feito ao pormenor, Hípico do Vimeiro e dando assim início
mais do que uma estância termal, tendo exigido a criação de espaços de esta- a uma parceria de sucesso.
um destino de golfe ou uma praia. cionamento para praticantes, concorrentes e Em termos de branding, a ligação entre
Nos últimos anos, esta aprazível para o público em geral, edifícios de apoio a Médis e o Centro Hípico do Vimeiro tem
região do Oeste, muito procurada por todos e zonas de aquecimento exigíveis por todos passado pela participação nos Concursos
quantos procuram fugir ao stress urbano, quantos vão entrar em competição.
de Saltos, onde tem presença regular
afirmou-se como uma ref erência par a o Surgiu, assim, um complex o despor tivo o “salto Médis”, e o naming dado a uma
hipismo, um desporto com grandes tradi- ímpar, que acolheu, em 2007, uma prova das provas. Graças a esta associação,criouções no nosso país e que tem vindo a conhe- do concurso do circuito internacional de se uma relação muito próxima entre todos
cer um grande incremento nos últimos anos. veteranos, a qual veio a ser eleita como a quantos acompanham um desporto que
O Centro Hípico do Vimeiro foi o catalisa- melhor do cer tame nesse ano. A Médis
faz parte do calendário olímpico e a actidor desta afir mação regional, que passou associou-se a esta organização de excelên- vidade quotidiana de uma empresa que
pela criação das condições necessárias para cia, tendo passado a marcar presença regu- aposta na ex celência dos cuidados de
a realização de grandes concursos interna- lar no calendário das pro vas do Centro
saúde e do bem-estar.
cionais, exigindo uma profunda remodelação da área adjacente ao Hotel Golf Mar. Os
trabalhos realizados permitiram criar um centro hípico moderno e funcional, de acordo
Como já se tornou habitual, a Médis marca sempre a sua presença nas iniciativas a que
com as exigências colocadas pelas instânestá ligada, pelo que, nas provas organizadas pelo Centro Hípico do Vimeiro, o seu stand
cias internacionais que gerem a modalidaestá sempre de portas abertas. É c erto que os cavaleiros são atletas de alta c ompetição
de. Foi necessário realizar grandes terraplae, talvez por isso, são os primeir os a tomar em linha de conta todos os cuidados inerentes
nagens para adequar o espaço à necessidaà saúde e à sua boa f orma física. Por isso, ninguém pode estr anhar que muitos deles
de da construção das boxes permanentes,
passem pelo stand da Médis para verificar a sua tensão arterial e medir a sua massa
bem como daquelas que são exigidas para
muscular. Estes pequenos, mas importantes, testes realizados por profissionais de saúde
experientes estão igualmente à disposição do público que acorre sempre em grande
receber temporariamente os cavalos que pasnúmero aos concursos de saltos promovidos pelo Centro Hípico do Vimeiro.
saram a participar nos concursos que têm
vindo a realizar-se no Vimeiro. O redimen-
A MÉDIS RECEBEU MUITOS VISITANTES
JANEIRO/MARÇO 2011 37
MUNDO médis
A KidZania é um parque temático
à escala nacional. É a Cidade das
Crianças, integrada no espaço do
Centro Comercial Dolce Vita Tejo, que
permite aos mais novos experimentar
a vivência do quotidiano.
ESPAÇO MÉDIS
A
NA KIDZANIA
KidZania é uma experiência
inovadora ao nível da ocupação
dos tempos lúdicos dos mais
jovens. Está integrada no meio
da confusão tradicional de um megacentro comercial, surgindo como um pequeno refúgio onde as crianças encontr am
uma cidade à sua medida, capaz de lhes
permitir viver as experiências que marcam
o dia-a-dia dos adultos. Mais do que um
amplo espaço de brincadeira, é uma zona
de aprendizagem que possibilita todo o
tipo de vivências e de experiências únicas.
É um teste para vocações numa idade em
que muitos sonham em ser polícias ou
bombeiros, mas outros já estão mais sintonizados para as exigências da vida,poden-
www.mediskids.pt
38 JANEIRO/MARÇO 2011
do aqui recorrer a produtos e serviços que
a sua tenra idade poderia apenas projectar
para um futuro longínquo. E é nesta óptica que surge o espaço Médis que integra a
Cidade das Crianças, onde se procura alertar os mais novos para as necessidades que
virão a sentir na sua vida adulta.
A agitação da vida moderna, vivida a um
ritmo medido pelo stress que a todos aflige, não deixa tempo para a necessidade
de programar os cuidados de saúde e de
bem-estar. Por isso, o espaço Médis na
KidZania prepara os mais pequenos para
este fenómeno, efectuando, de uma forma
ligeira, alguns testes de diagnóstico médicos que podem passar pela visão, pelo
peso e pela medição da altura e também
da tensão ar terial. Estes resultados, tão
importantes para a qualidade de vida em
todas as idades, são aqui mais uma forma
de brincar, permitindo sensibilizar as crianças para a importância da visita regular ao
médico. A Médis oferece um incentivo para
os cidadãos da KidZania que visitem
o posto Médis: a possibilidade de conduzir um F1 ou de fazer uma escalada com
desconto de cinco kidZos.
Com esta iniciativa, a Médis procura incutir hábitos de prevenção e estilos de vida
saudáveis junto de um universo etário que
vai dos quatro aos do ze anos de idade,
entrando num mundo de brincadeira que
acaba por ter tudo a ver com a realidade
do mundo dos adultos.
A Médis criou um site lúdico e didáctico, virado para crianças com idades
compreendidas entre os quatro e os doze anos, aliando o ac esso ao mundo
da informática com a aprendizagem de conceitos básicos de saúde.
Bem-disposta, a página tem protagonistas bons e maus. O Super -Médis
é o herói, que “trata da saúde dos maus”, sendo c oadjuvado por João
Globulão, o rechonchudo glóbulo branco, pelos globitos, os alegres glóbulos
vermelhos, e pelo Zé Formax, elemento da força especial dos anticorpos.
Os “maus da fita” são F red Fungo, o parasita que gosta de enfrentar
organismos, o Ben e a Bina Bactéria, r esponsáveis por muitas doenças,
e o Vic Vírus, que está sempr e à espera de uma oportunidade para infectar-nos.
Os bons e os maus são pr otagonistas da área “a tua saúde”, que abor da
vários temas didácticos, mas também são protagonistas de diversas
aventuras que surgem em imagens animadas e em alguns jogos div ertidos,
alertando para os cuidados a ter com a saúde.
Veja tudo em www.mediskids.pt
Apelo da Marca Médis
ESTUDO NIELSEN
A Nielsen realizou o estudo de monitorização Médis 2010, concluindo que a marca Médis
lidera em termos de notoriedade, preço, qualidade e prestígio percebidos, para além de
ser a marca mais apetecível para a aquisição de um seguro de saúde e aquela que
maior grau de satisfação proporciona aos seus clientes.
O
estudo realizado pela Nielsen,
uma das mais reputadas empresas multinacionais que trabalha área de estudos de marketing de consumo e de medição de
audiências, conclui que há um aumento
de notoriedade em todas as marcas que
operam no campo dos seguros de saúde,
mas a Médis continua a lider ar o top of
mind e atinge os cem por cento da notoriedade total. Junto dos potenciais possuidores de seguros de saúde, a liderança da
Médis em top of mind e em notoriedade
espontânea é ainda mais acentuada.
Noventa e sete por cento dos inquiridos
afirmou-se satisfeito ou muito satisf eito
com a Médis.
Outra conclusão aponta para o facto de
o principal concorrente ser percebido
pelos potenciais clientes de seguros de
saúde, como o seguro de saúde mais caro
e o Médis, o mais barato.
O estudo da Nielsen conclui ainda que a
Médis tem a melhor avaliação em todos os
atributos de qualidade e de prestígio considerados, sendo apontado como o seguro de saúde com melhor assistência médica e com melhores clínicas e hospitais.
Outra conclusão refere que as coberturas
adicionais de bem-estar são mais referidas
do que nos outros seguros de saúde, para
além de apontar como o seguro de saúde
ideal em Portugal.
PERCEPÇÃO DE QUALIDADE
DO SEGURO DE SAÚDE
POTENCIAIS POSSUIDORES DE SEGURO DE SAÚDE
Seguro de saúde
que tem melhor
assistência médica
Junto dos potenciais clientes que têm preferência por uma marca, a Médis é aquela que
se mostra mais atractiva para 59% dos inquiridos, um valor muito substancial face aos
29% do segundo mais bem classificado.
Outra importante conclusão refere que os
clientes Médis estão satisfeitos como o seu
seguro.
“Há mais de 5 anos que ac ompanho
a trajectória da Médis através de Estudos
ao Consumidor. É uma empresa
claramente orientada para a excelência
e é por isso que apr esenta o grau
de prestígio e de satisfação de Client es
que os estudos apontam.”
Seguro de saúde
que tem melhores
clínicas e hospitais
UNIVERSO DO ESTUDO
As conclusões do estudo de monitorização
Médis 2010 o
f ram obtidas graças a três estudos com objectivos articulados. Um qualitativo, feito com base em focus group, realizado em Lisboa e no Porto; e dois quantitativos, um a clientes Médis, que envolveu 430 entrevistas telefónicas a clientes
GRAÇA PINA
E MELO
Consultora
em Marketing
da Nielsen
Company
JANEIRO/MARÇO 2011 39
MUNDO médis
directos e 71 entrevistas telefónicas a clientes dos parceiros Médis (Liber ty, C A
Seguros e Zurich), e o segundo a potenciais clientes de seguros de saúde,no qual
foram realizadas 250 entrevistas telefónicas a possuidores de seguros de saúde e
250 entre vistas telef ónicas a potenciais
possuidores de seguros de saúde.
No estudo quantitativo a clientes Médis, a
amostra foi segmentada segundo o distrito,
o tipo de produto possuído (individual ou
empresa), a antiguidade em carteira e a frequência de utilização do seguro de saúde,
enquanto que o estudo realizado junto de
potenciais clientes foi f eito nas regiões
da Grande Lisboa, do Grande Porto e do
Litoral Norte e Centro. A amostra foi seg-
mentada segundo sexo, idade e distritos.
O perfil da amostra – estudo da população das 250 entrevistas telefónicas – contou com cinquenta por cento de possuidores de seguros de saúde privados e cinquenta por cento de não possuidores de
seguros de saúde privados.Em termos geográficos, 35% é do Litoral Norte e Centro;
25%, do Grande Porto; e 40%, da Grande
Lisboa, sendo 55% do sexo feminino e 45%
do sexo masculino. Em termos etários, 32%
dos inquiridos integra o grupo dos 31 aos
40 anos e dos 25 aos 30 anos; 29% tem idades compreendidas entre os 41 e os 55
anos, e 6% entre os 20 e os 24 anos. Por
fim, 66% é oriundo da Classe C1, 30% da
Classe A/B e 3% da Classe C2.
PERCEPÇÃO DE
QUALIDADE DE
SEGURO DE SAÚDE
PERCEPÇÃO
DE PREÇO
DE SEGURO
POTENCIAIS POSSUIDORES
DE SEGURO DE SAÚDE
POTENCIAIS POSSUIDORES
DE SEGURO DE SAÚDE
Seguro de saúde
que oferece coberturas
adicionais de bem-estar
Seguro de saúde
mais caro
PERCEPÇÃO DE PRESTÍGIO
DO SEGURO DE SAÚDE
POTENCIAIS POSSUIDORES DE SEGURO DE SAÚDE
Seguro de saúde
ideal
40 JANEIRO/MARÇO 2011
Melhor seguro de saúde
em Portugal
GRAU DE SATISFAÇÃO
COM O SEGURO
DE SAÚDE MÉDIS
ATÉ QUE PONTO ESTÁ
SATISFEITO COM O SEU
SEGURO DE SAÚDE MÉDIS?
Prestígio
e experiência
DA NIELSEN
A Nielsen foi criada nos Estados Unidos,
em 1923, por Arthur C. Nielsen Sr, um dos
fundadores da indústria moderna de
estudos de marketing. Entre as muitas
inovações na área de estudos de
marketing de consumo e de medição de
audiências, Nielsen foi responsável pela
criação de uma técnica única de medição
de retalho, que permitiu que os clientes
obtivessem as primeiras informações
fiáveis e objectivas sobre o desempenho
e a competitividade das suas marcas
e sobre o impacto dos seus programas
de marketing e vendas nas receitas
e nos lucros. A informação Nielsen deu
um sentido prático ao conceito de quota
de mercado, tornando-o numa das
medições fundamentais do desempenho
das empresas. O primeiro escritório
internacional da Nielsen foi inaugurado
em 1939 no Reino Unido e, depois da
Segunda Guerra Mundial, foi expandindo
as suas operações para a Europa
ocidental, a Austrália e o Japão.
A actividade da Nielsen em Portugal
remonta a 1967.
Em 2001, a passou a fazer parte da VNU,
um líder mundial em informações
de marketing, informação e medição
de audiências.
Em 2003, a VNU anunciou uma no va
estrutura organizacional para a VNU
Marketing Information (MI), o seu maior
grupo de negócios, com o objectivo de dar
resposta à evolução das necessidades dos
clientes. Em 2006, a VNU foi adquirida por
um consórcio de seis firmas de private
equity e, no ano seguinte, alterou a sua
designação para The Nielsen Company.
Esta nova identidade salienta a marca
com maior reconhecimento e sublinha
o compromisso na criação de uma
organização global e integrada.
mundo MÉDIS
TERMAS
Fotografia: Nuno Alexandre.
DA CURIA
As termas da Curia são um local de calma, f eito à medida
de todos quantos procuram o bem-estar. Os tratamentos
termais ajudam a restabelecer a saúde e o spa oferece
cuidados de beleza e de relax. Vale a pena desfrutar
e aproveitar os descontos oferecidos pelo cartão Medis.
JANEIRO/MARÇO 2011 41
MUNDO médis
ONDE FICAR
A
reputação das termas da Curia
é muito antiga. Destino mundano nos anos frenéticos da Belle
Époque, quando os chás dançantes, os jantares formais e as partidas de
ténis marcavam o ritmo do turismo termal
numa sociedade cosmopolita que gostava
de viv er ao estilo fr ancês, seguindo as
modas e as tendências impor
tadas de Paris,
tornou-se local de romagem par a todos
quantos começaram a
“ir a águas” para debelar problemas de
saúde já nos anos 20
do século passado.
Esse tempo de fausto
e de glamour já passou e, se bem que as
memórias das fotografias a preto-e-branco
expostas no hotel do
resort o recordem, a
vida moderna é muito
diferente. No entanto,
e tal como no passado,as propriedades das
águas minero-medicinais da Curia conservam as suas qualidades ter
apêuticas. Graças
à sua natureza sulfatada, cálcica e magnésica, estas águas são indicadas par
a tratamentos de problemas como gota,pedra nos rins,
infecções urinárias, hiper tensão ar terial,
reumatismo, de coluna e ar trite, entre
outros, pelo que o estabelecimento termal
continua a manter as suas portas abertas a
todos quantos o procuram.
No entanto, para além dos tratamentos
termais clássicos, as termas da Curia souberam adaptar-se às exigências actuais e
contam agora com um moderno spa, que
propõe os mais diversos programas, criados à medida das mais dif
erentes exigências. Esses progr amas podem ocupar
meio dia, como acontece no caso do
Relax-Day Spa, que inclui uma sessão de
ginásio, hidromassagem, duche massagem de Vichy, duche
escocês e duche de
vapor, ou prolongarse por duas semanas,
como acontece com
o programa Dê Saúde à Sua Saúde, que
inclui duas consultas
médicas, ingestão de
água mineral natural
e até três tratamentos
diários.
Para quem procura o
relax, entre várias
opções, o cliente pode optar pelo programa Spa Health Club , que pode incluir
hidromassagem, duche escocês/duche de
leque, piscina termal (36º C), massagem
de tonificação muscular, massagem geotermal, ginásio e duche massagem de
Vichy, ou o programa Spa Estética Termal,
que inclui pressoterapia com massagem
de drenagem linfática e diversos tipos de
depilação, e que pode ainda incluir tratamentos de rosto, esfoliação e hidratação.
Para além dos
tratamentos
termais clássicos,
as termas
contam agora
com um
moderno spa.
42 JANEIRO/MARÇO 2011
HOTEL DAS TERMAS DA CURIA ***
Integrado no luxuriante parque onde se
situam as termas, o hotel faz parte
integrante do resort. Perto da saída da
Mealhada, na auto-estrada Lisboa-Porto, está a 94 quilómetros do Porto,
24 Coimbra e 245 de Lisboa.
Termas da Curia Spa Resort,
3780-514 Tamengos, Anadia
Tel. 231 519 800
Reservas e [email protected]
Informações detalhadas em
www.termasdacuria.com
Para visitar
Descobrir a região da Bairrada,
conhecer a sua rota dos vinhos e visitar
as adegas, pode ser um passeio
interessante, o mesmo acontecendo
com a visita à Mata Nacional do Buçaco,
um local mágico feito da verdura
exuberante da floresta e do jardim
botânico.
A Serra do Buçaco foi um refúgio dos
carmelitas, que ali construíram uma
casa que foi murada para assegurar
o seu isolamento. Os frades traçaram
caminhos de contemplação, ergueram
capelas e plantaram árvores, muitas
delas vindas de destinos longínquos,
trazidas pelos marinheiros portugueses,
o que ajuda a explicar as c erca de
setecentas espécies diferentes que
surgem no jardim botânico adjacente
ao Curia Palace Hotel, Spa & Golf, que,
entretanto, foi construído após
o convento encerrar, em 1834.
Tanto o jardim como a floresta que
o circundam, onde sempre se sentiu
a paz, a qual só foi perturbada em 1810,
quando as tropas luso-britânicas
combateram o invasor francês, numa
batalha que foi recordada pelo
seu segundo centenário há bem
pouco tempo.
REFÚGIO PARA DESCANSAR
O complex o ter mal está integr ado num
vasto parque que se estende ao longo de
catorze hectares, onde a arborização luxuriante convida a passear por trilhos que serpenteiam ao longo de inúmeros lagos.
É como um jardim que parece não acabar
e onde é possível descobrir diversos recantos que convidam a fazer uma pausa, indiferente à passagem do tempo. Sendo um
excelente local para fugir ao ritmo alucinante do dia-a-dia, também oferece um percurso de manutenção para quem procure
as ter mas da Curia com o objec tivo de
melhorar a sua compleição física.
Aqueles que apreciam uma boa partida de
golfe, vão encontrar um campo de nove
buracos, desenhado por Jorge Santana da
Silva. O percurso, de 2.457 metros, desenvolve-se ao longo do Rio Cértima e conta
com dois par 5 e outros tantos par 3 .
O terreno é bastante plano, mas é necessário ter atenção aos dois lagos e aosbun-
kers, que são desafios interessantes.
O progr ama Relax Termas Golfe é uma
excelente opção para qualquer jogador.
Inclui, para além dos green fees, duas noites em regime de meia-pensão, controlo
médico, sessão de ginásio, duche massagem de Vichy, massagem de relaxamento,
duche escocês, sauna e duche de vapor.
Para além destes exemplos, as propostas
das termas da Curia são ainda mais vastas,
pelo que os interessados podem encontrar todos os progr amas detalhados em
www.termasdacuria.com
Quem fique na Cúria, muito
dificilmente poderá resistir ao apelo
da gastronomia. Os leitões da
Mealhada são um ícone da Bairrada.
Contudo, igualmente perto das
termas, na Malaposta, fica o
restaurante Pedro dos Frangos,
instalado numa antiga casa de muda,
onde, no século XIX, os viajan tes
descansavam enquanto os cocheiros
trocavam os cavalos das carruagens
que asseguravam a ligação entre
Lisboa e Porto. Há cerca de três
décadas, o frango assado e a enorme
costeleta de boi são as
especialidades da casa.
Descontos Médis
Os clientes Médis têm condições especiais no resort
das termas da Curia, beneficiando de desc ontos
de 10% nos tratamentos termais (excepto
nas consultas médicas e na taxa de inscrição ),
15% sobre o preço de balcão no Hotel das Termas
da Curia e 5% sobre a carta de restaurante.
JANEIRO/MARÇO 2011 43
MODA tendências
BRINCOS
Em forma de coração,
Louis Vuitton.
PONCHO
Em lã, Stefanel.
CASACO
Em lã, Hoss
Intropia.
BOTINS
Em pele, Hermès.
VESTIDO
Em cetim de seda,
Karen Millen.
VERMELHO
Conjugar várias tonalidades de uma
mesma cor é uma tendência.
CASACO
Em lã, Karen
Millen.
CHAPÉU
Em feltro,
Nuno
Baltazar.
PERFUME
Hypnotic Poison Eau
Sensuelle, Dior.
SANDÁLIAS
Em camurça, Karen Millen.
MALA
Em vinil, com
laço, Weill.
44 JANEIRO/MARÇO 2011
BRINCOS
Em prata com diamantes,
Stephen Webster na
Fashion Clinic.
CASACO
Em lã,
Stefanel.
SOMBRAS
Silver Screen, Dior.
SAIA
Com botões,
Nuno Baltazar
VESTIDO
Drapeado com colete,
Hoss Intropia.
CINZENTO
SANDÁLIAS
Com pêlo, Hermés
A simplicidade das peças e das c ores
é um dos lemas desta estação.
Por Joyce Doret.
CALÇAS
Com riscas,
Hoss Intropia.
COLETE
Em denim, Levi’s
Red Tab.
SAPATOS
J. Marskrey,
Melissa Couture.
MALA
Em pêlo,
Louis Vuitton.
ÓCULOS
Em massa,
Alexander
McQueen.
JANEIRO/MARÇO 2011 45
MODA tendências
CAMISOLA
Em lã, Decenio.
CAMISA
Em algodão, Sacoor.
CINTO
Em pele, com
logótipo,
Louis Vuitton.
SOBRETUDO
Em lã, Sacoor.
PERFUME
Bleu de Chanel ,
Chanel.
WORK COOL
A opção por peças mais inf ormais
não condiciona a elegância.
COLETE
Em lã, H.E.
BOTINS
Em pele, Aldo.
ÉCHARPE
Louis Vuitton.
ÓCULOS
Em armação
metálica, Carrera.
46 JANEIRO/MARÇO 2011
FATO
Cinzento,
Decenio.
GRAVATA
Cinzento, Sacoor.
CAMISOLA
Em lã, com gola
alta, Hilfiger Denim.
SAPATOS
Em pele envernizada,
Louis Vuitton.
CLASSIC
WORK STYLE
Cores sóbrias e discretas marcam nesta estação.
O espampanante deve ser evitado.
SOBRETUDO
Cinzento,
Sacoor.
Por Joyce Doret.
ÓCULOS
Aviator, Ray Ban.
CAMISA
Em algodão,
Sisley.
PASTA
Em pele, Furla.
JANEIRO/MARÇO 2011 47
PRAZERES relógios
HORA
Um relógio pode ser um presente
que faz perdurar memórias felizes,
mas também é um ditador que
nos conta o tempo no dia-a-dia.
CARTIER
O Pasha Seatimer Lady Watch, da Cartier, tem uma caixa em aço
e uma coroa em ouro rosa escovado de dezoito K e vidro de safira (33 mm de diâmetro). A bracelete é em borracha, com fecho
duplo, em aço. Movimento de quartzo Cartier calibre 688, com
calendário. Resistente à água até cem metros. Preço sob consulta.
JAEGER
FOSSIL
SEIKO
LOUIS
REVERSO
Original e elegante
nas cores, branca da caixa
em aço, com 40 mm
de diâmetro, e com o
mostrador em
madrepérola, o Fossil
Ceramic tem movimento de
quartzo. Resistente à água
até cem metros.
Preço: ¤ 200.
Relógio com tecnologia
Kinetic, capaz de
transformar o movimento
do corpo em energia
eléctrica para o
movimento de quartzo.
Caixa em aço e bracelete
em aço inoxidável;
mostrador em
madrepérola. Preço: ¤ 370.
VUITTON
O Reverso é um ícone da
Jagger–LeCoulture. O Squadra
Lady Automatic tem uma
caixa em aço e a bracelete, em
pele de crocodilo. Movimento
automático com 42 horas
de reserva de marcha.
Preço: ¤ 5.200.
48 JANEIRO/MARÇO 2011
O requinte e a elegância da
Louis Vuitton num relógio
com caixa e ponteiros em
ouro rosa, vidro em safira
e mostrador em branco
lacado. Uma autêntica jóia.
Movimento de quartzo.
Preço: a partir de ¤ 10. 300.
CERTA
Seja como for, os relógios fazem parte da nossa
vida, sendo acessórios de moda no feminino
ou verdadeiros objectos de culto para muitos
homens, que os cobiçam como jóias raras.
BREITLING
Para além da sua ligação à a viação, os oceanos fazem par te
do ADN da Breitling e o Superocean é a sua mais recente
proposta para quem gosta de mer gulho. Estanque até aos 1.500
metros, tem uma caixa em aço e um vidro de safir a anti-reflexo.
Movimento automático de alta frequência. Preço: € 2.350.
PORCHE
DESIGN
O P6930 chronograph,
da Porsche Design,
tem caixa em titânio, vidro
em safira e pulseira
em borracha. Movimento
automático. O lançamento
está agendado para o final
do ano. Preço: sob consulta.
CHRONOSWISS
OMEGA
TAG HEUER
O Timemaster
Chronograph GMT
tem movimento automático.
É um relógio para viajantes.
O ponteiro GMT oferece
um segundo fuso horário,
para além da janela
com data. Estanque
até 100 metros.
Preço: ¤ 5.920.
No Salão de Basileia,
a Omega apresentou
o exclusivo Skeleton
Central Tourbillon
Co-Axial Platinium Limited
Edition. Apenas
serão produzidos
dezoito exemplares, pelo
que se trata de um sonho
para apreciadores.
O Aquacer 500 M
Caliber 16 é um cronógrafo
de movimento
automático, com caixa
em aço e vidro de safira
anti-reflexo, resistente
até 300 metros,
que vai chegar
em breve ao mercado.
Preço: ¤ 2.750.
JANEIRO/MARÇO 2011 49
MUNDO médis
Rede de Saúde & Bem-estar
PARA UMA
Porque viver saudável não é apenas estar livr e de
doenças, a Médis desenvolveu uma rede de serviços
complementares que garantem o bem-estar dos
seus clientes.
J
á lá vai o tempo em que as nossas
preocupações de saúde se limitavam ao tr atamento eficaz das
doenças. Ter uma resposta à altura num momento de aflição continua a ser
,
evidentemente, a prioridade dos doentes,
que exigem aos prestadores de serviços
de saúde a segurança de um diagnóstico
rápido e rigoroso, e de um tratamento efi50 JANEIRO/MARÇO 2011
caz. Mas num mundo cada vez mais rápido, onde, todos os dias,acumulamos stress
e preocupações, o próprio conceito de
saúde está em mudança.Hoje em dia,uma
vida saudá vel não depende apenas da
nossa capacidade de tratar eficazmente as
doenças quando elas sur gem. Trata-se,
antes do mais, de prevenir a sua ocorrência e, adoptar estilos de vida – através da
alimentação, do exercício físico e dos nossos comportamentos quotidianos – que
nos garantam um maior equilíbrio naorma
f
como vivemos, uma maior tranquilidade e
uma maior capacidade de encarar as pressões que nos surgem pelo caminho todos
os dias. O que, cada vez mais, todos procuramos hoje resume-se numa pala vra:
bem-estar.
Por isso mesmo, as exigências que se colocam aos sistemas de saúde são cada vez
maiores. Mais do que acesso a consultas,
serviços de urgência e meios de diagnóstico, actualmente, os utentes querem soluções preventivas e ofertas capazes de dar-lhes acesso a experiências de bem-estar,
Fotografia: Getty Images.
VIDA MELHOR
a serviços que promovam estilos de vida
mais saudáveis e atractivos. Ginásios, SPAS
e termas são bons exemplos de estabelecimentos que entraram na vida dos portugueses nos últimos anos, integr ando-se
nas suas rotinas quotidianas ou, no mínimo, nas suas experiências de érias.
f
O chamado turismo de saúde (que tem, em
Portugal, uma oferta cada vez mais rica)
é apenas um sintoma de uma nova atitude dos portugueses perante a saúde.
QUALIDADE DE VIDA
Atenta a esta e volução, a Médis tomou
a iniciativa de alar gar progressivamente
a sua oferta de saúde, abarcando cada vez
mais ser viços capazes de responder
às necessidades dos clientes. Mais do que
dar respostas em situações de doença,
trata-se de garantir ofertas capazes de promover estilos de vida saudáveis e equilibrados a todos os que queiram prevenir
maleitas e levar mais a sério a sua qualidade de vida. Para isso, a Médis criou,logo
a partir do ano de 2001, uma panóplia de
serviços complementares (que tem vindo
a alargar-se desde então), onde os clientes encontram todo o tipo de respostas
para todas as necessidades, desde serviços de apoio domiciliário a termas, SPAS
e consultas de medicinas alternativas.
O nome diz tudo.A Rede de Saúde & Bem-estar da Médis pretende precisamente dar
“Pretendemos que o cliente
tenha uma oferta mais
alargada, que vai além
da assistência à saúde”,
justifica Paula Galvão, da Médis.
Assim, a rede abre as portas
a um mundo de opções.
Uma questão
de bem-estar
A Rede de Saúde & Bem-estar da Médis
está espalhada por todo o país e inclui
todo o tipo de serviços. C om 787
prestadores protocolados em todos
os distritos, o sistema constitui uma
rede nacional de cuidados
complementares, apetrechada para dar
respostas aos clientes em todas as fases
da sua vida, em qualquer r egião de
Portugal. Desde aulas de preparação
para o parto e serviços criopreservação
das células estaminais até ao apoio
domiciliário e assistência especializada
de enfermagem, passando por consultas
de Psicologia Clínica, medicinas
alternativas e acesso a equipamentos
de desporto e de lazer (como health
clubs ou estâncias termais), a rede
Médis oferece descontos e preços
convencionados para todo o tipo
de serviços de saúde. Para mais
informações, consulte o sítio da Médis
(www.medis.pt) ou telefone para as
linhas telefónicas de apoio
(Lisboa: 21 845 88 88; Port o: 22 207 88 88;
telemóvel: 91 935 88 88 | 96 599 88 88 |
93 522 88 88).
JANEIRO/MARÇO 2011 51
MUNDO médis
diversificada”, aponta Paula Galvão. E porque facilitar a vida aos utentes é exactamente o que se procura, o acesso a esta
rede não podia ser mais fácil: para usufruir destes cuidados complementares,
os clientes precisam apenas de mostrar o
Para usufruir
destes cuidados
complementares,
os clientes
precisam apenas
de mostrar o seu
cartão Médis.
seu cartão Médis, que lhes dá entrada imediata nesta gama de of
ertas, onde têm acesso a ser viços especiais com descontos
importantes ou gozando dos preços Médis.
Sem complicações, até porque o objectivo
é precisamente melhorar a disponibilidade de cuidados especiais que podem fazer
uma grande diferença no nosso bem-estar.
Para a seguradora, trata-se apenas de dar
resposta às solicitações dos próprios clientes. “Há muita procura deste tipo de serviços”, nota a responsável da Médis. “A tendência, hoje, é para as pessoas procurarem serviços multifacetados, ofertas multifacetadas.” E é isso mesmo que esta rede
oferece: um conjunto de opções, agrupadas num sistema completo e coerente de
cuidados de saúde e de bem-estar, com
a marca de confiança da Médis. Em 2001,
os ser viços de apoio de enf ermagem
ao domicílio, muito procur ados por
pacientes em situações pós-oper atórias,
foram os primeiros a integrar o sistema,
a par dos serviços de ambulâncias. Com
o tempo, a diversidade tomou conta da
rede, que foi progressivamente integranum maior leque de opções aos clientes, parto e até criopreservação de células esta- do um leque cada vez maior de opções.
abrindo-lhes as por tas, em condições
minais. Há de tudo para todos os gostos Entre elas, as termas são um bom exemmuito favoráveis, a um conjunto de servi- e necessidades. “Queremos que o cliente plo de serviços que vêm registando um
ços inovadores. “Pretendemos que o clien- veja nesta opção um sistema integr al”, crescimento assinalável. “Há uma tendênte tenha uma oferta mais alargada, que vai explica Paula Galvão. “Por um lado, tem cia para procurar-se aquilo a que se chama
além da assistência à saúde”, justifica Paula assistência na doença e, por outro lado, serviços de lifestyle”, regista Paula Galvão.
É compreensível. Assoberbados pelo peso
Galvão, da Médis. Assim, a rede abre
tem também, se quiser , assistência
as portas a um mundo de opções, desde na saúde, onde pode usufruir destes ser- de uma vida cada vez mais exigente e cansativa (sobretudo agor a, que os tempos
sessões de acupunctura, osteopatia ou ioga viços.”
nos prometem ainda mais pressões e difiaté consultas de estética, psicologia clíniculdades), é nos pequenos escapes e nos
ca ou tratamento da obesidade. Estâncias RESPOSTAS DE CONFIANÇA
termais, spas e clubes de fitness estão tam- Para já, a Rede de Saúde & Bem-estar conta pequenos “mimos” que reencontr amos
bém integrados nesta rede inovadora, que com 787 prestadores de serviços protoco- o nosso equilíbrio e a nossa tranquilidainclui ainda ser viços especializados de
lados com a Médis nas várias áreas de espe- de. Ter um seguro de saúde do nosso lado,
enfermagem, apoio domiciliário, ambulân- cialidade e espalhados de Norte a Sul do a abrir as portas para o bem-estar, é ter um
cias privadas, aulas de preparação para o país. “Esforçamo-nos por ter uma oferta parceiro para uma vida melhor.
52 JANEIRO/MARÇO 2011
Fotografia: Getty Images.
A Rede Médis abre as portas a um mundo de
opções, desde sessões de acupunctura,
osteopatia ou ioga até consultas de estética,
psicologia clínica ou tratamento da obesidade.
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mundo MÉDIS
Médis Vintage
SAÚDE E BEM-ESTAR
Fotografia: Getty Images.
DEPOIS
DOS 55 ANOS
Porque há muita vida para além dos 55 anos de idade , a Médis volta
a inovar no campo da proposta de planos de saúde com o programa
Médis Vintage, uma solução diferenciadora para o segmento sénior.
Destinada a clientes com idades compreendidas entre os 55 e os 75 anos,
é um verdadeiro seguro de saúde que garante uma protecção eficaz
a um preço acessível, sem ter limite de permanência.
JANEIRO/MARÇO 2011 53
MUNDO médis
VIDA NOVA A PARTIR DOS 55 ANOS
mas de saúde Opção Viva e Opção Viva +, a permite financiar cuidados de saúde (o presesperança de vida tem aumentado Médis decidiu ir mais além na resposta às tador da rede factura directamente à Médis),
necessidades dos seus clientes e o Médis ficando a cargo do cliente o co-pagamento
nas últimas décadas e, com
o avançar da idade, começa a ser Vintage surgiu para dar uma resposta ade- de 50%, representando, deste modo,
bom viver sem as pressas do quo- quada, completa e com preços a partir dos 30 um esforço financeiro consideravelmentidiano que marcam o ritmo de vida nas cida- euros/mês.
te menor para o cliente para fazer face às desdes, aproveitando o tempo. No entanto, tampesas de saúde.
bém é fundamental sentir que os nossos cui- TODAS
A oferta é modelada às
dados de saúde estão bem entregues. Foi AS VANTAGENS
necessidades do segnesta óptica que a Médis criou um plano de MÉDIS
mento sénior, alargansaúde diferenciador para o segmento sénior, O Médis Vintage é um
do-se à cobertura de
dirigido a clientes com idades entre os 55 e verdadeiro seguro de
assistência, que inclui,
os 75 anos. O programa de saúde Médis
saúde e não mais um
por exemplo, serviços
Vintage vem, assim, colmatar uma lacuna cartão de descontos,
de enfermagem.
que se fazia sentir.
oferecendo todas as
A subscrição do plano
A sua grande diferença começa pela identi- vantagens da Médis,
de saúde Médis Vintaficação de uma realidade em que os segura- desde o acesso
ge pode ser feita até
dores têm vindo a optar por comercializar, na à Rede Médis de presaos 75 anos de idade,
maioria das situações, cartões de desconto, tadores de cuidados
não existe limite de
os quais não dão a resposta ideal às reais de saúde, passando
idade de permanência
necessidades do segmento sénior, que até pelo médico assistene o preço é constante
tem mostrado uma tendência de crescimento te Médis e pela linha Médis. Para além das ao longo de todo o contrato, o que permite
devido ao reconhecido envelhecimento da coberturas de hospitalização e de ambulató- ao cliente saber, à partida, quanto vai pagar
população portuguesa. Deste modo, e ape- rio, inclui uma cobertura de doenças graves ao longo dos anos.
sar de já contar com propostas para o seg- até um milhão de euros, na opção mais com- "Não dispensa a leitura da informação contratual
mento sénior, como acontece com os progra- pleta. Assente no conceito demanaged care, e pré-contratual legalmente exigida"
A
O Médis Vintage
surgiu para dar
uma resposta
adequada,
completa e com
preços a partir
dos € 30/mês.
54 JANEIRO/MARÇO 2011
MÉDIS VINTAGE GARANTE SERVIÇOS E BENEFÍCIOS
Médico assistente Médis: um
médico especialista em Medicina
Geral e Familiar ou Medicina
Interna, que está disponível para
fazer o acompanhamento
pessoal ou por telemóvel.
Linha Médis: atendimento
telefónico especializado,
disponível 24 horas por dia, 365
dias por ano, com enfermeiros
que prestam um serviço
permanente de informação,
aconselhamento
e encaminhamento em
cuidados de saúde, de modo
simples e acessível, sob
supervisão médica.
Rede Médis: mais de seiscentos
médicos de todas
as especialidades, noventa
hospitais, seiscentas clínicas,
cinquenta serviços de urgência
ou de atendimento permanente
e 1.500 centros de meios
complementares de diagnóstico
e terapêutica, capazes de dar-lhe
resposta onde quer que esteja.
Cartão Médis: um cartão
personalizado que o identifica
e lhe dá acesso aos profissionais
e aos serviços de saúde
que compõem a Rede Médis,
a preços especiais acordados
com a Médis. Permite
aos profissionais de saúde
facturarem directamente
Médis, ficando a seu cargo
os co-pagamentos
ou as franquias.
Assistência personalizada: nos
hospitais CUF Infante Santo, CUF
Descobertas e no Hospital da
Luz, todos em Lisboa, pode
contar com uma assistente
personalizada, assegurada por
uma equipa da Médis, instalada
num espaço físico próprio,
pronta para prestar um
acompanhamento eficaz.
Assistência ao domicílio:
num estado de dependência,
após uma situação
de internamento, a Médis
garante diferentes serviços
de assistência, desde
fisioterapia e enfermagem
a serviços de alimentação,
limpeza e higiene pessoal.
E, se tiver crianças menores
de treze anos a seu
cargo (por exemplo,
netos), serviços de
babysitter e de transporte
especializado serão
muito úteis.
Rede de saúde e bem-estar
Com o CARTÃO MÉDIS, beneficia de DESCONTOS em diversas
entidades que têm acordos com a Médis, como health &
fitness clubs , termas, ópticas, prestadores de cuidados
domiciliários, entre outros.
JANEIRO/MARÇO 2011 55
ON THE road
Honda CR-Z
DESPORTIVO
SEM PECADO
Com o CR-Z, a Honda provou que é possível produzir automóveis desportivos com motores
de baixa cilindrada, consumos reduzidos e pouco poluentes. Por isso, o prazer
da condução está assegurado num Mundo que se pretende mais verde. Por Rui Faria.
O
Honda CR-Z assume-se como
um coupé – o estilo de carroçaria que foi sempre visto como
a sublimação da elegância
automóvel e um sinónimo do carácter desportivo. A grande diferença face ao que era
habitual encontrar neste tipo de automóveis começa pela sua dimensão compacta
(apenas 4,08 metros de comprimento) e,
sobretudo, pelo facto de ter sido equipado
com uma motorização híbrida, onde coexistem um pequeno motor a gasolina com
1.497 cc de cilindrada com 114 cv e um
motor eléctrico que garante 14 cv.
Até aqui, os coupés seguiam um dogma
enunciado por Henry Ford, um dos pionei56 JANEIRO/MARÇO 2011
ros da indústria automóvel, que, um dia,
afirmou: “Melhor do que muita cilindrada,
só mais cilindrada.” Foi assim durante muitos anos de gasolina barata e poucas preocupações com as emissões de CO 2, que
contrastam com o aumento do custo dos
combustíveis e com o aquecimento global
do planeta.
Para procurar inverter os erros de um passado ainda demasiado recente, passou a ser
urgente produzir veículos com baixo consumo e ainda menores emissões de poluentes. A indústria automóvel vive, hoje, numa
encruzilhada de propostas, mas as motorizações híbridas são, para já, o caminho
mais rápido para atingir os objectivos eco-
nómicos e ambientais cada vez mais prementes.
DOIS MUNDOS
Se ninguém contestasse tal necessidade, o
prazer da condução parecia condenado à
extinção. Contudo, o CR-Z mostra que um
automóvel também pode encerrar o
melhor de dois mundos, sendo, ao mesmo
tempo, emocionante na condução e pouco
poluente. Na rua, é fácil ver as cabeças voltarem-se para trás à passagem deste modelo da Honda, mas o apelo da forma acaba
por ser algo frustrado pela frieza dos números: apenas 124 cv (valor da combinação
do motor a gasolina e do eléctrico). É um
valor muito baixo quando comparado com
a potência de pequenos diesel familiares.
No entanto, o CR-Z é capaz de surpreender-nos com a sua elasticidade a baixo regime, sobretudo numa utilização urbana.
Neste caso, mais importante do que a
potência é o binário e, por si só, o motor
eléctrico é capaz de garantir 78 Nm logo a
partir das 1.000 rpm, garantindo a grande
agilidade do coupé, que parece ter muito
mais músculo do que aquele que os valores
da potência máxima indicam.
É certo que, em auto-estrada, e, sobretudo,
nas estradas sinuosas, a resposta não é tão
rápida quando o motor é levado a regimes
mais elevados, tanto mais que a caixa
manual de seis velocidades tem um escalo-
namento que privilegia a contenção do
consumo, embora seja rápida e fácil de
manejar como se exige num automóvel
desportivo.
A grande vantagem destecoupé passa pela
HONDA CR-Z GT TOP
MOTOR A GASOLINA
Tipo
Cilindrada (cc)
Potência máxima (cv/rpm)
Binário máximo (Nm/rpm)
4 cilindros em linha, longitudinal anterior
1.497
114 (combinada 124)/6.100
145 (combinado 174)/4.800
MOTOR ELÉCTRICO
Tipo
Potência máxima cv/rpm)
Binário máximo (Nm/rpm)
Síncrono de íman permanente
14
78,4/1.000
PERFORMANCES
Velocidade máxima (km/h)
0 a 100 km/h (s)
Consumo (l/100 km)
Urbano/Extra-urbano/Combinado
Emissões C02 (g/km)
200
9,9
6,1/4,4/5,0
117
DIMENSÕES
Comprimento/Largura/Altura (mm)
Entre-eixos (mm)
Vias frente/trás (mm)
Jantes
Pneus
Peso (kg)
Capacidade do depósito (l)
Capacidade da bagageira (l)
PREÇO (¤)
4.080/1.740/1.395
2435
1.520/1.500
6Jx16
195/55R16
1.198
40
de 214 a 401
desde 26.220
possibilidade que é dada ao condutor de
recorrer a um botão colocado na consola
central e desligar o modo Econ, abdicando
da prioridade que o programa dá ao consumo, restringindo a sensibilidade do acelerador e até a potência do ar condicionado,
optando pelo modo Sport, para entrar noutra dimensão. A diferença é imediata. O painel de instrumentos ganha uma tonalidade
vermelha, o motor torna-se mais solícito à
mínima pressão no acelerador e até a direcção se torna mais directa e incisiva, permitindo desfrutar de todo o prazer da condução. Nestas condições, há que elogiar o
bom desempenho do chassis e a eficácia da
suspensão, mesmo nas zonas sinuosas, em
que há constantes mudanças de apoio.
O CR-Z é capaz de garantir todas as emoções que podem esperar-se de um automóvel de carácter desportivo, mas, como em
tudo na vida, os prazeres custam dinheiro.
O consumo aumenta drasticamente ao
ritmo de cada redução com caixa de velocidades na inserção em curva e até parece
que o indicador do nível da gasolina está
ligado directamente ao acelerador. É fácil
ultrapassar os 8 litros/100 km, o que contrasta com os 6,3 litros/100 km que registámos em modo Econ, no meio do
pára/arranca do trânsito de Lisboa.
DESFRUTAR A DOIS
Como qualquer coupé do tipo 2+2, o
Honda CR-Z é um automóvel para ser desfrutado a dois. Com pouco mais de quatro
metros de comprimento e apenas 2,43
metros de distância entre eixos, não há
muito espaço para além daquele que é
necessário para os ocupantes dos bancos
dianteiros. Os bancos traseiros são simbólicos, o que pode ser uma excelente desculpa para deixar a sogra em casa. E podem
ser rebatidos para aumentar o volume da
bagageira, que não vai além dos 214 litros.
Tal como é típico nas marcas japonesas, o
habitáculo é sóbrio e funcional, estando
bem organizado em termos de ergonomia.
A posição de condução é agradável, sendo
apenas de lamentar a ausência de regulação do apoio lombar. A versão GT Top
(que custa mais € 3.380 do que o modelo
base) está bem equipada e o seu preço
acaba por ser competitivo face a modelos
concorrentes com características semelhantes.
JANEIRO/MARÇO 2011 57
ÚLTIMA página
BLOODY MARY
O bloody Mary é um dos mais famosos
cocktails do Mundo. E ninguém renegaria
a autoria de uma receita cujos ingredientes são
um terço de vodka, dois terços de sumo de
tomate, umas gotas de molho Worcestershire,
Tabasco a gosto e umas gotas de limão ...
No entanto, há muitas histórias à volta do seu
autor, embora tudo indique que o culpado
tenha sido “Pete” Petroit, que o popularizou
nos anos 20 do século passado no Harry’s Ne w
58 JANEIRO/MARÇO 2011
York Bar, em Paris – o bar ainda exist e, no
número 5 da rue Daunou, perto da Ópera de
Paris. Contudo, há também quem defenda que
tudo começou no Bucket of Blood Club, um bar
de Detroit, onde trabalhava uma escultural
Mary; ou mesmo quem queira intelectualizar
a questão, associando o vermelho à Rainha
Maria I de Inglaterra, que ficou conhecida pelo
cognome de The Bloody Mary, por ter sido
a responsável pela condenação à morte de
milhares de protestantes. No entanto,
numa história onde entrem bebidas, Ernest
Hemingway não poderia ficar de fora. Conta-se
que, em Paris, o escritor terá pedido a “Pete”
um cocktail cujo cheiro a álcool não fosse
detectado no seu hálito. Não se sabe quantos
terá bebido, mas, ao chegar a casa, t elefonou
ao barman a agradecer porque a então sua
mulher – a Bloody Mary, como lhe chamou –
não tinha dado por nada...
Uma Marca da Daimler
Para nós,
perfeito é imperfeito
“The best or nothing” é o compromisso da Mercedes-Benz desde há 125 anos, quando Gottlieb Daimler
se propôs a reinventar o automóvel. O lema do nosso fundador é a exigência constante pela qualidade do que construímos
e pelo serviço que prestamos aos nossos Clientes. Levou-nos a inovações como o Cinto de Segurança, o Airbag, o ABS ou o ESP®.
Na Mercedes-Benz, inspirados pela nossa história, tornaremos o futuro de todos mais seguro, confortável e sustentável.
Acompanhe-nos nesta jornada a bordo de um Mercedes-Benz. Consumo (combinado l/100 Km): 13,2. Emissões CO2: 308 g/Km.
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