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Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências e Letras Departamento de Economia Grupo de Estudos em Economia Industrial Relatório Parcial de Atividades: A inserção das filiais brasileiras na rede corporativa mundial: uma análise das estratégias adotadas pelas empresas industriais globalizadas a partir da gama de produtos, das etapas produtivas e das funções corporativas* Bolsista: Carolina A. A. de Andrade Orientador: Prof° Dr. João Furtado Agosto de 2001 * Este projeto insere-se no âmbito do GEEIN – Grupo de Estudos em Economia Industrial que contou com o Auxílio 98/15115-6. 2 Índice A. Descrição das atividades ....................................................................................................3 B. Resultados: os históricos das empresas ........................................................................ 13 1. Alcatel ....................................................................................………...................14 2. Cisco Systems Incorporation .................................................................................21 3. Coca-Cola Company .............................................................................................26 4. Compaq Computer Company ...............................................................................30 5. Danone ................................................................................................................. 35 6. Electrolux AB ……….............................................................................................42 7. Ericsson AG ……..................................................................................................49 8. Hewlett-Packard Company ....................................................................................59 9. Intel Corporation ………………...........................................................................65 10. Motorola Incorporation ........................................................................................70 11. Nestlé S.A. .…………...........................................................................................78 12. PepsiCo Incorporation …………………...............................................................87 13. Raytheon Company ……………….......................................................................91 14. Toshiba Corporation ..............................................................................................99 15. Whirlpool Corporation .........................................................................................106 C. Análise preliminar dos resultados ...............................................................................113 D. Cronograma para as próximas atividades ...................................................................126 3 A. Descrição das Atividades Este relatório parcial de Iniciação Científica tem por objetivo apresentar as atividades desenvolvidas pela bolsista durante o primeiro semestre de auxílio para o projeto “A inserção das filiais brasileiras na rede corporativa mundial: uma análise das estratégias adotadas pelas empresas industriais globalizadas a partir da gama de produtos, das etapas produtivas e das funções corporativas”, cujo objetivo principal é determinar o papel reservado à filial brasileira dentro do contexto das estratégias globais de uma grande empresa ou grupo industrial através, como mostra o título, da análise de estratégias referentes aos produtos, às etapas produtivas e às funções corporativas. As atividades se desenvolveram no âmbito do GEEIN – Grupo de Estudos em Economia Industrial – permitindo que as atividades individuais fossem complementadas pelas coletivas. As atividades coletivas, das quais a bolsista vem participando desde janeiro de 2000, inicialmente em caráter voluntário, referem-se à realização de duas reuniões semanais com os integrantes do grupo, assim como com o seu coordenador. Nelas se fazem apresentações do andamento de pesquisas individuais e de seus resultados, além de discussões de textos e artigos relevantes para o tema Economia Industrial e subtemas específicos relacionados com a pesquisa da Fapesp (AP 98/15115-6) e com os projetos de iniciação científica dos bolsistas1. Atualmente, o grupo faz acompanhamento e catalogação de reportagens de quatro jornais – Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Gazeta Mercantil e Valor Econômico – com intuito de sistematizar informações pertinentes dos temas de pesquisa. As atividades individuais da bolsista dizem respeito ao desenvolvimento do cronograma proposto inicialmente para a realização da pesquisa, conforme quadro abaixo, e cujo detalhamento é feito a seguir. 1 Processos 99/09208-4, 00/06295-2 e 00/06294-6. 4 Quadro 1: Cronograma proposto Atividades Meses/Horas 1 2 3 4 5 6 X X X X X X X X X X X X X X X 1. Bibliografia selecionada 2. Estudo de software estatístico 3. Coleta de informações sobre a distribuição global das atividades das empresas da amostra referentes à gama de produtos e análise preliminar 4. Coleta de informações sobre a distribuição global das atividades X X X das empresas da amostra referentes às etapas produtivas e análise preliminar 5. Coleta de informações sobre a distribuição global das atividades X X X das empresas da amostra referentes às funções corporativas e análise preliminar 6. Caracterização nacional das atividades empresariais X 7. Preparação de seminário de pesquisa X 8. Participação em seminário de pesquisa 9. Elaboração de relatório de atividades X X X X X X X X X X X X Uma atividade que acompanhou e forneceu embasamento para o trabalho foi a leitura de bibliografia selecionada, que pode ser separada em dois blocos. O primeiro corresponde a artigos que apresentam e analisam a realidade brasileira sob abertura comercial e estabilização. A escolha dos artigos procurou, sobretudo, abranger tanto visões otimistas quanto críticas sobre o processo. São eles: BARROS, J.R.M. e GOLDENSTEIN, L. Avaliação do Processo de Reestruturação Industrial Brasileiro. Revista de Economia Política, vol. 17, nº 2, 1997, p. 11-31. BELLUZZO, L.G. e COUTINHO, L. Desenvolvimento e inserção externa nos anos 90: uma crítica à visão de Gustavo Franco, Texto preparado para o IEDI, novembro de 1996. CASTRO, A. B. A capacidade de crescer como problema, in: VELLOSO, J. P. dos R. O Real, o crescimento e as reformas, José Olympio, RJ, 1996, p. 76-93. FRANCO, G. H. B. A inserção externa e o desenvolvimento. Revista de Economia Política. vol. 18, nº 3 (71), julho-setembro/1998, p. 121 a 147. NETTO, A. D. O Plano Real e a armadilha do crescimento econômico, in: MERCADANTE, A. (org.). O Brasil pós-Real: a política econômica em debate, Campinas, São Paulo: UNICAMP. IE, 1998, p. 89-100. 5 SAYAD, J. Observações sobre o Plano Real, in: MERCADANTE, A. (org.). O Brasil pósReal: a política econômica em debate, Campinas, São Paulo: UNICAMP. IE, 1998, p. 71-88. TAVARES, M.C. A economia política do Real. in: MERCADANTE, A. (org.). O Brasil pósReal: a política econômica em debate, Campinas, São Paulo: UNICAMP. IE, 1998, p. 101129. O segundo bloco de textos procurou abarcar questões mais específicas do tema pesquisado. Assim, as leituras permitiram aprofundar o modelo proposto por Sturgeon – no qual uma porção significante de firmas está se adaptando às condições dos mercados, crescentemente competitivos, através do fornecimento externo de funções produtivas, enquanto confirmam o controle sobre as funções de definição, desenho e marketing do produto, conservadas in-house – contextualizando a importância da Função Produção e fornecendo base teórica para a sua recente subcontratação. Entre eles, um artigo da área de Engenharia de Produção apresentou a maneira como a questão aparece pelo lado das subsidiárias brasileiras. Desse bloco, fazem parte os seguintes textos: FLEURY, A. Estratégias, Organização e Gestão de Empresas em Mercados Globalizados: a experiência recente do Brasil, in: Revista Gestão&Produção, nº 3, vol. 4, dez/1997, p. 264277. IETTO–GILLIES, G. Different conceptual frameworks for the assessment of the degree of internationalization: an empirical analysis of various indices for the top 100 transnational corporations, in: Transnational Corporations – United Nations Conference on Trade and Development Division on Investment, Technology and Enterprise Development, nº 1, vol. 4, abril/1998, p. 17-39. SLACK, N. Vantagem Competitiva em Manufatura: atingindo competitividade nas operações industriais, São Paulo, Atlas, 1993. STURGEON, T. Turnkey Production Networks: A New American Model of Industrial Organization? Working Paper 92A, Berkeley Roundtable on the International Economy (BRIE), August 1997. Ao mesmo tempo em que se realizavam as leituras, buscando a fundamentação teórica, foi feita a coleta de dados, no sentido de situar a filial brasileira da grande empresa 6 multinacional no contexto mais amplo do conjunto de atividades que são desenvolvidas globalmente. O primeiro passo para a realização desta atividade foi a composição de uma amostra de empresas – 15 apresentadas neste relatório – conforme parâmetros definidos no projeto. No início do ano 2000, foi feita a consolidação de três listas de classificação empresarial de 1998, divulgadas pelo sítio internético do Financial Times. Cada lista correspondia às 500 maiores empresas, por faturamento, de três regiões: América, Europa e Ásia. Deste total de 1500 empresas, foi retirado, num segundo momento, aquelas que integravam o setor serviços (conforme classificação própria do periódico digital), restando, então, 781 empresas. Das 100 primeiras empresas dessa lista, serão retiradas as 25 que constituem o objeto dessa pesquisa. Para este primeiro relatório, foram feitos históricos de 15 empresas e analisadas 10 delas. O critério de escolha para a amostra foi a existência de fonte de dados que permitissem o mapeamento de suas atividades, além de se escolherem diferentes setores, de forma que, ao final, apesar das particularidades de cada um, fosse possível a visualização de uma tendência, geral com matizes de natureza setorial. O quadro abaixo, apresenta as empresas e seus respectivos países de origem, setores, data de fundação e início das atividades no Brasil. As empresas que foram analisadas neste trabalho estão destacadas em cinza: Quadro 2: A amostra Empresa País de Origem Setor Alcatel Cisco Systems Coca-Cola Compaq Danone Electrolux Ericsson Hewlett-Packard Intel Motorola Nestlé PepsiCo Raytheon Toshiba Whirlpool França Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos França Suécia Suécia Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos Suíça Estados Unidos Estados Unidos Japão Estados Unidos Equipamentos de comunicações Equipamentos de comunicações Bebidas/Refrigerantes Computadores Processamento de alimentos Eletrodomésticos duráveis Equipamentos de comunicações Computadores Eletrônica Eletrônica Processamento de alimentos Bebidas/Refrigerantes Aeroespacial/Defesa Eletrônica Eletrodomésticos duráveis Data de Atividades fundação Brasil 1898 1981 1984 n.d. 1886 1963 1982 1992 1966 1970 1901 1926 1876 1924 1939 1967 1968 n.d. 1928 1971 1866 1920 1898 1988 1922 n.d. 1895 1939 1911 1945 7 Constituída, então, a amostra, dois tipos de dados foram coletados. O primeiro deles consistiu na montagem de históricos das empresas. Para isso foi utilizado o Relatório Anual da empresa2, seu sítio internético, sítios especializados como o profiles.wisi e a base internacional de dados Info-Trac. Para os dados sobre patentes foi utilizado o banco de dados digital Delphion. Nessa fase, houve dois grandes esforços: o primeiro, de separar quais as informações relevantes para a caracterização almejada e, o segundo, o de padronizá-las para todas as empresas, de forma a ser possível uma análise relativamente homogênea para todas as empresas. O grande número de informações de algumas empresas, por um lado, e a dificuldade em encontrá-las em todos os casos, por outro lado, foram os principais obstáculos dessa fase de coleta. Nos históricos apresenta-se também outra atividade constante do cronograma proposto, a caracterização nacional das atividades empresariais. Num primeiro momento foram coletadas informações nos Relatórios Anuais das empresas, em seus sítios internéticos, e também no sítio profiles.wisi. A idéia era apresentar as atividades das empresas da amostra no Brasil, seus principais valores financeiros e, quando disponível, informações de como a matriz encara as atividades da sua filial no país. Assim, ao final de cada histórico, procurouse montar um quadro com textos encontrados nas fontes já citadas que revelavam essa visão. O segundo tipo de dados coletados foram os referentes ao comércio exterior brasileiro. Os dados são provenientes da SECEX, Secretaria de Comércio Exterior, fornecendo informações sobre valores de importações e exportações para os anos de 1989 e 1997, assim como a origem das importações e o destino das exportações. Escolheu-se estes anos com o objetivo de abarcar o efeito da abertura comercial. Esses dados foram manipulados através de um software estatístico, conforme explicado nos itens referentes aos produtos e etapas produtivas. Os históricos permearam toda a análise dos elementos propostos, a saber: produtos, etapas produtivas e funções corporativas. Sua maior contribuição foi fornecer um panorama geral das atividades das empresas, além de permitir conhecer suas especificidades, mais explícitas ainda quando comparadas com uma de mesmo setor ou semelhante. Já os dados de comércio permitiram uma análise mais pontual, mas tiveram o mesmo grau de contribuição no que diz respeito a traçar tendências. A apresentação da metodologia adotada para cada um dos três elementos analisados, com objetivo de identificar a distribuição global das atividades da empresa, é descrita a seguir 2 O GEEIN conta, atualmente, com um acervo de aproximadamente 750 relatórios. 8 em forma de itens. Para efeitos de análise preliminar foram estudadas 10 empresas. 1. Coleta de informações sobre a distribuição global das atividades das empresas da amostra referentes aos produtos e análise preliminar A distribuição das atividades referentes aos produtos foi acompanhada, complementarmente, através dos dados de comércio. Através do software estatístico, separouse os produtos de cada uma das 10 empresas (conforme Nomenclatura Comum do Mercosul), os seus valores importados e exportados para os dois anos analisados e o respectivo valor médio. Este valor é definido pela razão entre o valor da transação em dólares correntes FOB e seu peso em quilogramas, feito com dados de 1998. Assim, admite-se que não houve grandes variações em termos de valor em comparação aos anos estudados, uma hipótese que pode ter efeitos negativos em outros estudos mas neste serve principalmente para associar os produtos a patamares de valor. Foi adotada para análise a hipótese de que produtos com maior conteúdo tecnológico possuem valor médio mais elevado. As tabelas 1 e 2 abaixo resumem os dados analisados neste item: Tabela 1: Valor médio das Importações, 1989/1997 Produto Importação 1989 Importação 1997 Valor Médio Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base nos dados da SECEX, 1989 e 1997. Tabela 2: Valor médio das Exportações, 1989/1997 Produto Exportação 1989 Exportação 1997 Valor Médio Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base nos dados da SECEX, 1989 e 1997. 2. Coleta de informações sobre a distribuição global das atividades das empresas da amostra referentes às etapas produtivas e análise preliminar Neste trabalho, destacam-se três etapas produtivas: produção, fabricação e montagem. Conforme apresentado no projeto de pesquisa, não se trata, necessariamente, de três elos do 9 processo produtivo que se complementam seqüencialmente. Cada etapa pode ser a única dentro de todo o processo, tornando mais clara a hierarquia dos países dentro da atividade global da empresa. Portanto, o histórico da empresa foi fundamental para a análise deste item, pois permitiu conhecer o que a empresa fazia e onde, orientando a análise dos dados de comércio. Os dados de comércio foram tratados de forma a se conhecer, tanto na origem das importações, quanto no destino das exportações, o conteúdo tecnológico comercializado. O ponto de partida foi a nomenclatura CTP – Commodity Trade Pattern – uma classificação que abarca todos os setores econômicos e os agrupa segundo suas características principais. Essa nomenclatura divide os produtos em 12 classes, a saber: CTP – classificação por tipo de produtos3 1. Primários Agrícolas 2. Primários Minerais 3. Primários Energéticos 4. Manufaturados Agroalimentares 5. Manufaturados Intensivos em Outros Recursos Agrícolas 6. Manufaturados Intensivos em Recursos Minerais 7. Manufaturados Intensivos em Recursos Energéticos 8. Manufaturados Intensivos em Trabalho 9. Manufaturados Intensivos em Escala 10. Manufaturados Produzidos por Fornecedores Especializados 11. Manufaturados Intensivos em P & D 12. Não Classificados Um estudo recente sobre Balanço de Pagamentos Tecnológico, desenvolvido no âmbito do Projeto de Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapesp, classificou os produtos da pauta de comércio internacional do Brasil por características de similaridade 3 Um agradecimento especial deve ser feito aos colegas Célio Hiratuka e Rodrigo Sabbatini, do NEIT/UNICAMP, pelo auxílio na classificação das informações de base, originárias da SECEX – Secretaria de Comércio Exterior, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, agradecimento que deve ser estendido ao coordenador daquele Núcleo de Economia da Indústria e da Tecnologia, Prof. Dr. Mariano Laplane. 10 setorial e tipo de produção, condensando a pauta brasileira em doze categorias distintas, baseadas na CTP apresentada acima. Foram essas doze utilizadas neste trabalho: Classificação do Padrão de Comércio de Mercadorias I.I.P.D. – Industriais Intensivos em P&D F.E. – Fornecedores Especializados I.I.T. – Industriais Intensivos em Trabalho I.I.R.M. – Industriais Intensivos em Recursos Minerais I.I.E. – Industriais Intensivos em Escala P.P.A. – Produtos Primários Agrícolas I.A. – Industriais Agroalimentares I.I.O.R.A. – Industriais Intensivos em Outros Recursos Agrícolas I.I.R.E. – Industrias Intensivos em Recursos Energéticos P.P.E. – Produtos Primários Energéticos P.P.M. – Produtos Primários Minerais Assim, a tabela 3 e 4 apresentam o tipo de informações conseguidas para 10 empresas da amostra, utilizadas na análise das suas etapas produtivas: Tabela 3: Origem das Importações, 1989/1997, por Categoria de Produto Países Categorias Total X89 X97 X89 X97 X89 X97 X89 Total X97 X89 Part. (%) X97 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base nos dados da SECEX, 1989 e 1997. Legenda: X = exportação Part. (%) 11 Tabela 4: Destino das Exportações, 1989/1997, por Categoria de Produto Países Categorias Total Part. (%) X89 X97 X89 X97 X89 X97 X89 Total X97 X89 Part. (%) X97 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base nos dados da SECEX, 1989 e 1997. Legenda: M = importação Para os objetivos desta pesquisa, interessa menos o conteúdo tecnológico em si e mais o que cada categoria implica em termos de etapas produtivas. A etapa produção foi definida como mais ligada à gênese do produto e, por isso, mais próxima de atividades como pesquisa e desenvolvimento de engenharia. Assim, considerou-se que a participação brasileira nas exportações dos itens Industriais Intensivos em P&D (I.I.P.D.) e Fornecedores Especializados (F.E.) representa a presença da etapa produção no país. Da mesma forma, através de dados sobre a origem das importações desses itens, consegue-se a distribuição mundial dessa etapa. No caso das indústrias do setor Processamento de Alimentos, foi considerado produção a participação comercial também do item Industriais Agroalimentar (I.A.). Pelo fato de a etapa de fabricação estar diretamente relacionada com o processo de transformação de recursos, e não muito ligada ao desenvolvimento do produto, considera-se ser uma atividade mais contínua ao longo do tempo e, dessa forma, a participação de comércio no item Industriais Intensivos em Escala (I.I.E.) explicita a sua presença. A montagem aparece no item (I.I.T.) e, da mesma forma que as outras etapas, a participação nas exportações representa a sua realização no país e, através dos dados sobre a origem de suas importações, obtém-se os outros países onde ela também é realizada. Como análise preliminar, esses foram os principais itens utilizados. As outras categorias não foram, por ora, consideradas. 12 3. Coleta de informações sobre a distribuição global das atividades das empresas da amostra referentes às funções corporativas e análise preliminar A fonte básica de informações deste item foram os históricos das empresas. Isso porque o que se buscava era a distribuição geográfica das atividades da empresa referentes às suas funções corporativas, ou seja, informações primordialmente qualitativas. Para grande parte das empresas, conseguiu-se mapear essa distribuição que pôde, depois, ser complementada com o item específico do histórico referente às patentes. Enquanto os investimentos em P&D refletem o esforço da empresa em desenvolvimento de novos produtos e inovação, o número de patentes depositadas é reflexo do real desempenho da empresa nesta atividade. Entretanto, o número de depósitos também pode indicar que, no país em que houve o registro, a empresa quer ter exclusividade de produção. Assim, com o intuito de separar os dois efeitos, buscou-se, além do número total de registros feitos no país sede da empresa e no Brasil, a origem dos registros brasileiros. Considerou-se, então, que registros brasileiros originários do próprio país traduziriam algum tipo de atividade de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil. A tabela abaixo, apresentada nos históricos das empresas, sintetiza as informações coletadas: Tabela 5a: Patentes Total de Depósitos País Sede Brasil Total de Depósitos no Brasil Origem: País Sede Origem: Brasil Total de Depósitos no País Sede Origem: Brasil Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no banco de dados da base Delphion, 2001. No decorrer da pesquisa, a bolsista participou de pequenos seminários realizados nas próprias reuniões de grupo, em que apresentou textos lidos e a metodologia de montagem de históricos. Em maio foi enviado resumo para apresentação oral no Congresso da Unesp realizado em outubro deste ano, ora em fase de avaliação. Foi também preparado um painel com os primeiros resultados encontrados para apresentação no II Seminário de Economia Industrial, promovido pelo GEEIN, na segunda semana de agosto. A próxima parte do relatório apresenta os históricos feitos para as 15 empresas da amostra. Em seguida é feito uma análise preliminar dos dados referentes aos produtos, às etapas produtivas e às funções corporativas para 10 empresas. 13 B. Resultados: os históricos das empresas Os históricos de 15 empresas, feitos segundo a metodologia citada acima, são agora apresentados. Procurou-se mapear o máximo de atividades possíveis das empresas, na busca de evidências dos objetivos propostos neste trabalho, sendo as discussões com o grupo sobre a padronização das informações muito úteis. Acredita-se que os próximos 10 históricos, de forma a completarem as 25 empresas propostas inicialmente, serão feitos com menor dificuldade, visto já se conhecer melhor as fontes utilizadas e ter-se alcançado um padrão para a sistematização das informações. Numa última parte é apresentado o cronograma para as próximas atividades da pesquisa. 14 1. Alcatel 1.1. Principais Características Matriz: Alcatel Localização: Paris, França Ano de fundação: 1898 Internet: www.alcatel.com Faturamento (2000): US$ 26.900 mi Empregados (2000): 131.598 1.1.a. Atividades principais – manufatura de telecomunicações, sistemas de rede, comunicações móveis, sistemas de transmissão de rádio, sistemas espaciais e de defesa, cabos de telecomunicações e de energia, automação de transporte e outros serviços. São seis as suas divisões: Rede de trabalho – switching fixos e móveis, infraestrutura móvel, redes de trabalho e concepção. Transporte e acesso – transmissão terrestre e sub-marina, sistemas de acesso de telefonia, satélites. Empresas e Consumidores – PBX, redes de trabalho corporativas, terminais. Componentes de telecomunicações – cabos de rede e de dados, componentes móveis, sistemas de energia e componentes mecânicos para sistemas de telecomunicações. Cabos de Energia – cabos de energia e fios esmaltados. Outros – incluem negócios fora das atividades principais da empresa, como automação postal (vendida para a Mannesmann, em 1998), atividades de defesa (vendida para a Thomson_CSF em 1998), aquisições corporativas, atividades bancárias e seguros. 1.1.b. Origem e desenvolvimento – o engenheiro francês Pierre Azaria montou, em 1898, a Compagnie Générale d’Electricité (CGE), com a intenção de ser uma empresa como a AEG, a Siemens e a General Electric. Em 1966, a CGE absorve a Societé Alsacienne de Constructions Atomiques, de Télécommunications et d’Electronique (Alcatel). Em 1982, a empresa pública de telecomunicações Thomson Télécommunications e suas operações de comunicação de negócios são fundidas em uma companhia holding, Thomson Télécommunications, controlada pelo grupo CGE. Em 1985, a fusão entre a CIT-Alcatel e a 15 Thomson Télécommunications formou uma nova entidade com o nome de Alcatel. Em 1988, um acordo entre a CGE e a General Electric montou a CGE Alsthom. Em 1990 a CGE adquiriu as operações norte-americanas de cabo da Ericsson. No mesmo ano a CGE mudou seu nome para Alcatel Alsthom. Em 1995 ela foi renomeada para Alcatel. 1.1.c. Reestruturação recente – em 1995 a companhia começou sua reestruturação com foco em telecomunicações. Em 1998 adquiriu a American DSC, que tem uma sólida posição no mercado de acesso norte-americano. Nos próximos anos suas aquisições são feitas de forma a focar no ramo das telecomunicações. Em 2.000 suas atividades de Cabos se tornaram subsidiárias e foram renomeadas Nexans. Tabela 5: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados dos das Vendas (%) Empregados (%) 1991 20.902 11.1 213.100 98.085 1992 21.110 1.0 203.000 -4.7 103.991 1993 20.413 -3.3 196.500 -3.2 103.881 1994 21.889 7.2 196.900 0.2 111.169 1995 20.946 -4.3 191.830 -2.6 109.188 1996 21.166 1.1 196.900 2.6 107.494 1997 24.269 14.7 189.549 -3.7 128.034 1998 18.208 -25.0 118.272 -37.6 153.950 1999 19.719 8.3 2000 26.900 36.4 131.598 204.414 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2000, e no Relatório Anual da empresa, 1998. Ano Vendas (US$ mi) Tabela 6: Vendas por segmento de negócios Segmento 1998 (US$ mi) % do total Empregados % do total Redes de trabalho 4.760 26.1 36.670 29.3 Transporte 5.317 29.2 27.414 23.2 Empresas e 2.685 14.7 15.320 13.0 Consumidores Componentes de 2.582 14.2 23.815 20.1 telecomunicações Cabos de Energia 2.533 13.9 11.638 9.8 Outros 330 1.8 5.415 4.6 Total 18.208 100.0 118.272 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa de 1998. 16 Segundo a empresa, o segmento de Redes de trabalho foi afetado negativamente pela crise asiática simultaneamente a um alto gasto com Pesquisa e Desenvolvimento. Contudo, a China continua sendo um mercado dinâmico para comunicações móveis e as expectativas são de que vai continuar sendo. O resultado do segmento Transporte e Acesso representa um aumento de 41.5% em relação ao ano anterior, movimento explicado pelo aumento substancial do volume do tráfico internético. Tabela 7: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1995 66.066 8.3 1996 97.205 10.6 1997 155.330 11.3 1998 258.879 16.0 1999 264.421 14.8 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1999 . Os valores estão expressos em dólares canadenses. Segundo a empresa, os gastos com P&D consistem primordialmente em gastos em engenharia de software e hardware, custos associados com equipamentos e unidades produtivas, e custos com pesquisa e desenvolvimento subcontratados. Os crescentes e contínuos gastos com este item em 1998 e 1999 refletem o desenvolvimento de alta e baixa capacidade de switches ATM e interfaces, desenvolvimento de switches, forwarding engines, e redes de gerenciamento e serviços de software. Grande parte do aumento é resultado do aumento dos salários com a equipe de engenheiros e o aumento da amortização associada com o capital empregado em P&D. Tabela 8: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem:França Origem: Brasil Origem: Brasil 6.007 125 63 4 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no bando de dados da base Delphion, 2001. 0 17 1.2. A Alcatel no Mundo Tabela 9: Vendas por Área Geográfica Vendas (US$ mi) % do total Área Subsidiária Mercado Subsidiária Mercado França 7.026 3.153 38.6 17.3 Alemanha 2.086 1.783 11.5 9.8 Resto da Europa 5.343 5.802 29.3 31.9 Ásia 627 1.767 3.4 9.7 América do Norte 2.601 2.944 14.3 16.2 Resto do mundo 526 2.760 2.9 15.2 Total 18.208 18.208 100.0 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. Abaixo, países nos quais a empresa tem atividades: Tabela 10: Distribuição Geográfica Américas Centro Canadá Estados Unidos Periferia Argentina Belize Bermudas Bolívia Brasil Chile Colômbia Costa Rica Equador Paraguai Peru Venezuela Europa Ásia/Oceania Alemanha Áustria Bélgica Dinamarca Espanha França Grécia Holanda Irlanda Itália Luxemburgo Noruega Portugal Suécia Suíça Austrália Coréia Hong Kong Japão Bósnia Herzegovina Bulgária Croácia Eslováquia Hungria Letônia Polônia República Czarina Romênia Rússia Turquia Bangladesh Cazaquistão China Cingapura Filipinas Índia Indonésia Malásia Tailândia Taiwan África Israel Albânia Arábia Saudita Argélia Cambodia Egito Emirados Árabes Etiópia Irã Iraque Marrocos Nigéria Palestina Paquistão Serra Leoa Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. 18 Na tabela abaixo, a empresa no mundo segundo as atividades desenvolvidas: Tabela 11: Segmento de Telecomunicações Américas Brasil Estados Unidos México Europa Ásia/Oceania África Alemanha Austrália Áustria Taiwan Bélgica Espanha França (7) Holanda (2) Itália Noruega Polônia Portugal Reino Unido (2) Suíça Turquia Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. Tabela 12: Segmento de Cabos e Componentes Américas Canadá Estados Unidos Europa Ásia/Oceania África Alemanha (2) Marrocos Bélgica França (4) Itália Noruega Suíça Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. Em ambos os segmentos, percebe-se a ausência de atividades da empresa na África. O segmento de Holding Financeiro e Serviços Financeiros são realizados pela matriz da empresa na França. As unidades de Energia e Transporte e o segmento Nuclear estão localizados no país-sede da companhia. 19 1.3. A Alcatel no Brasil O Grupo Alcatel possui quatro unidades no Brasil, conforme descrição abaixo. Empresa: Alcatel Telecomunicações Localização: São Paulo, SP, Brasil Ano de fundação: 1981 Faturamento (1999): US$ 262,5 mi Empregados (1999): 2.000 Vendas/Empregado: 131.250 1.3.a. Atividades principais – manufatura de equipamentos de telecomunicações, comunicação móvel, sistemas de redes e acessos. O desenvolvimento e a produção local abrangem sistemas de comutação, transmissão de rádio, redes de acesso telefônico e sistemas de comunicação corporativa. A maior parte dos funcionários trabalham com P&D. 1.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 1.3.c. Reestruturação recente – n.d. Empresa: Alcatel Cabos Brasil S.A. Localização: São Paulo, SP, Brasil (diretoria e centro operacional de vendas) Santana de Parnaiba (indústria) Ano de fundação: n.d. Faturamento (1999): n.d. Empregados (1999): n.d. 1.3.a. Atividades principais – produção de fibras ópticas, cabos ópticos telefônicos, cabos LAN para informática, fios e cabos metálicos. 1.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 20 Empresa: Alcatel Data Cable S.A. Localização: n.d. Ano de fundação: n.d. Faturamento (1999): n.d. Empregados (1999): n.d. 1.3.a. Atividades principais – manufatura e integração de produtos de cabeamento LAN e WAN. 1.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 1.3.c. Reestruturação recente – n.d. Empresa: Saft-Nife Localização: São Paulo, SP, Brasil Ano de fundação: 1935 1.3.a. Atividades principais – produção de retificadores, inversores, conversores e fontes de energia, baterias ventiladas de chumbo e baterias com gel technology para telecomunicações e outras aplicações. 1.3.b. Origem e desenvolvimento – a empresa foi fundada no Rio de Janeiro e transferida para São Paulo em 1948 como produtora de baterias para fins industriais e de telecomunicações. Em 1972 começou a produzir retificadores para telecomunicações. 1.3.c. Reestruturação recente – n.d. Quadro 3: A Alcatel brasileira na ótica da matriz n.d. 21 2. Cisco Systems Incorporation 2.1. Principais Características Matriz: Cisco Systems Inc. Localização: São José, Califórnia, Estados Unidos Ano de fundação: 1984 Internet: www.cisco.com Faturamento (2000): US$ 18.928 mi Empregados (2000): 34.000 2.1.a. Atividades principais – concepção, desenvolvimento, produção e fornecimento de suporte técnico de produtos e serviços de redes (networkings). Entre os principais clientes da companhia estão corporações, agências governamentais, serviços industriais de utilidade pública, instituições educacionais e outros. Entre os produtos da empresa estão routers, LAN e ATM switches, dialup access servers e software de gerenciamento de rede. Abaixo, a participação desses produtos no total do faturamento da empresa: Router – 37% Switches – 37% Access – 12% Outros – 14% 2.1.b. Origem e desenvolvimento – a empresa foi fundada por um casal, Leonard Bosack e Sandra Lerner, da equipe da Universidade de Stanford. Bosack era o diretor do laboratório do departamento de Ciência da Computação, e Lerner supervisionava os computadores na graduação da escola. Em Stanford, Bosack inventou um modo de conectar as duas redes locais de trabalhos nos respectivos departamentos onde ele e sua mulher trabalhavam. Inicialmente, o casal tentou vender a tecnologia, sem sucesso. Então decidiram começar seu próprio negócio. Em 1988, buscando suporte financeiro, o casal precisou recorrer a um capitalista especulador, Donald Valentine, que passou a comandar a empresa. Em 1990, o casal vendeu toda sua parte na empresa. A partir de 1993, as vendas internacionais se tornaram parte importante dos negócios da Cisco, e subsidiárias foram estabelecidas no Japão, Austrália, Bélgica e Hong Kong. 22 2.1.c. Reestruturação recente – a empresa fez várias aquisições na década de 90. No final de 1993, a empresa fez sua primeira aquisição, a Crescendo Communication, principalmente pelo seu desenvolvimento da tecnologia ATM. Em 1996, adquiriu a Granite Systems e a Grand Junction Networks, produtoras de tecnologias Gigabit Ethernet. Adquiriu, no ano seguinte, a Ardent Communications e o Global Internet Software Group. Em 1999 a empresa fez sua maior aquisição, a Cerent Corp., produtora de equipamento de fibra-ótica para redes de trabalho. No mesmo ano, a Cisco adquiriu a unidade de sistemas óticos da Pirelli, na Itália, em um acordo que inclui 10% das ações das operações de componentes óticos e cabos submarinos da empresa italiana. Em 2000, a empresa adquiriu a ArrowPoint Communication, produtora de network switch. Tabela 13: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados dos das Vendas Empregados (%) (%) 1991 0.183 162.5 505 362.741 1992 0.340 85.4 882 74.7 385.060 1993 0.649 91.1 1.451 64.5 447.302 1994 1.243 91.5 2.443 68.4 508.790 1995 1.979 59.2 4.086 67.3 484.316 1996 4.096 107.0 8.782 114.9 466.409 1997 6.440 57.2 11.000 25.3 585.470 1998 8.459 31.3 15.000 36.4 563.918 1999 12.154 43.7 21.000 40.0 578.762 2000 18.928 55.7 34.000 61.9 556.706 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001, e no Relatório Anual da empresa, 1999. Ano Vendas (US$ mi) Percebe-se uma elevação significativa tanto das vendas da empresa quanto do número de seus empregados. Em 1996, a empresa faz duas aquisições, a Granite e a Grand Junction, possuindo, com isso, unidades produtivas próprias do sistema Ethernet. O aumento do faturamento de 98 para 99, segundo a empresa, é resultado, principalmente, de um aumento das vendas de produtos com a tecnologia LAN. 23 Tabela 14:Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1997 702 10.9 1998 1,026 12.1 1999 1,594 13.1 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1999 . Segundo a empresa, uma parte do aumento de seus gastos com P&D de 98 para 99 decorre das aquisições da American Internet Corporation, Summa Four Inc., Clarity Wireless Corp., Selsius Systems Inc., PipeLinks Inc. e Amtteva Technologies Inc. Os esforços em desenvolver a tecnologia adquirida em produtos viáveis comercialmente consistem principalmente no planejamento, concepção e testes necessários para determinar se o produto pode satisfazer as expectativas do mercado. O fracasso em trazer os produtos ao mercado rapidamente pode resultar em perdas de fatias de mercado. Nesse sentido, a empresa conclui que os resultados foram consistentes com as expectativas quando feitas as aquisições. Tabela 15: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: EUA Origem: Brasil Origem: Brasil 58 0 0 0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no banco de dados da base Delphion, 2001. 0 2.2. A Cisco Systems no Mundo Tabela 16: Vendas por Área Geográfica Área 1999 (US$ mi) % do total 1998 (US$ mi) % do total Crescimento (%) Américas 8.069 66.4 5.731 67.5 40.8 Oriente Médio e 3.216 26.5 2.114 24.9 52.1 África Ásia/Pacífico 825 6.8 535 6.3 54.2 Japão 566 4.7 459 5.4 23.3 Ajustes corporativos (522) (4.3) (351) (4.1) Total 12.154 100.0 8.488 100.0 43.2 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 24 Tabela 17: Vendas por Área Geográfica Área 1999 (US$ mi) % do total Estados Unidos 7.435 61.2 Internacional 5.241 43.1 Ajustes corporativos (522) (4.3) Total 12.154 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. Além de haver uma grande proporção das vendas nos Estados Unidos, país-sede da empresa, percebe-se, confrontando esses dados com os da tabela anterior, que esse país participa de 92.1% das vendas das Américas. Grande parte das vendas internacionais da Cisco são realizadas através de distribuidores, enquanto nos Estados Unidos a maioria das vendas são feitas diretamente por consumidores finais. O escritório-sede da empresa está na Califórnia, EUA, assim como o seu escritório sede das operações das Américas. Na Europa, seu escritório central está em Paris, França e na Ásia, em Tóquio, Japão. 25 A empresa tem mais de 200 escritórios distribuídos no mundo resumidos na tabela abaixo: Tabela 18: Distribuição Geográfica Américas Centro Canadá Estados Unidos Europa Alemanha Bélgica Dinamarca Espanha Finlândia França Grécia Holanda Irlanda Itália Luxemburgo Noruega Portugal Reino Unido Suécia Suíça Periferia Argentina Brasil Chile Colômbia Costa Rica México Peru Porto Rico Venezuela Ásia/Oceania Austrália Coréia Hong Kong Japão Nova Zelândia África Israel Croácia China África do Sul Eslováquia Filipinas Arábia Saudita Eslovênia Ïndia Cingapura Hungria Indonésia Tailândia Polônia Malásia Taiwan República Czarina Romênia Rússia Turquia Ucrânia Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 2.3. A Cisco Systems no Brasil n.d. 26 3. Coca-Cola Company 3.1.Principais Características Matriz: Coca-Cola Company Localização: Atlanta, Geórgia, Estados Unidos Ano de fundação: 1886 Internet: www.cocacola.com Faturamento (2000): US$ 20.458 mi Empregados (2000): 36.900 3.1.a. Atividades principais – produção, venda e distribuição de bebidas concentradas nãoalcoólicas, xaropes, refrigerantes e sucos. 3.1.b. Origem e desenvolvimento – em 1886, dr. John Styth Pemberton criou uma fórmula para dor-de-cabeça que depois se tornou a Coca-Cola. Pemberton passou a comercializar o xarope como remédio e como refrigerante e a Coca-Cola, como marca registrada, foi desenvolvida. Em 1892, A. G. Candler, seu irmão e mais três associados compraram dois terços do negócio e abriram a Coca-Cola Co. na Geórgia. Em 1893 a Coca-Cola foi registrada como marca patenteada pela primeira vez. Em 1919, Ernest Woodruff comprou a companhia. A Coca-Cola foi introduzida no mercado internacional, em 1943, quando plantas foram construídas no Norte da África e na Europa. Em 1979 a Coca-Cola entrou no mercado egípcio e chinês. A Coca-Cola é introduzida na ex-União Soviética em 1985, e em 1994 a companhia abriu, oficialmente, uma unidade produtiva de refrigerantes em Moscou. 3.1.c. Reestruturação recente – em janeiro de 2000 a empresa anunciou um rearranjo organizacional que reduziu 5200 postos de trabalho em todo o mundo e transferiu responsabilidades para o escritório central. 27 Tabela 19: Vendas e Empregados Ano Vendas (US$ mi) Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados das Vendas dos (%) Empregados (%) 1991 11.572 13.0 28,900 400,402 1992 13.074 13.0 31,000 7.3 421,737 1993 13.957 6.8 34,000 9.7 410,500 1994 16.172 15.9 33,000 -2.0 490,061 1995 18.018 11.4 32,000 -3.0 563,063 1996 18.546 2.9 26,000 -18.8 713,308 1997 18.868 1.7 29,500 13.5 639,593 1998 18.813 -0.3 n.d. n.d. 1999 19.805 5.3 28,600 692,483 2000 20.458 3.3 36,900 29.0 554,417 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001, e no Relatório Anual da empresa, 1999. Tabela 20: Gastos com Publicidade Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1997 1,576 8.4 1998 1,597 8.5 1999 1,699 8.6 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1999 . Tabela 21: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: EUA Origem: Brasil Origem: Brasil 469 158 106 5 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no bando de dados da base Delphion, 2001. 0 3.2. A Coca-Cola no Mundo Segundo a empresa, em países desenvolvidos os seus gastos se direcionam à comercialização de suas marcas. Nos países em desenvolvimento, o objetivo é de aumentar a penetração de seus produtos, sendo os investimentos direcionados a aumentar sua infraestrutura, como unidades produtivas, redes de distribuição, equipamentos de venda e 28 tecnologia. Esses investimentos, ainda segundo a companhia, são feitos através de alianças estratégicas com os chamados bottlers – empresas que compram o concentrado da CocaCola, o convertem em produtos finais embalados e fazem a venda aos consumidores – combinando o conhecimento local com a experiência e os recursos da empresa. Tabela 22: Vendas por Área Geográfica Região 1999 (US$ mi) % do total América do Norte 7.149 38 Corporação 3.001 16 Europa 4.327 23 América Latina 1.881 10 Oriente Médio e Extremo Oriente 4.891 26 África 564 3 Total 18.813 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. O faturamento da empresa por região deriva da produção e venda da bebida concentrada e xarope, com exceção da matriz, cujo faturamento se refere ao licenciamento de suas marcas e merchandise. 3.3. A Coca-Cola no Brasil Empresa: Coca-Cola Indústrias Ltda. Localização: Rio de Janeiro, RJ, Brasil Ano de fundação: 1963 Internet: www.cocacola.com.br Faturamento: n.d. Empregados: n.d. 3.3.a. Atividades principais – produção e distribuição de refrigerantes enlatados e engarrafados. 3.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 3.3.c. Reestruturação recente – n.d. 29 Quadro 4: A Coca-Cola brasileira na ótica da matriz A Coca-Cola no Brasil ocupa o segundo lugar em vendas no conjunto da América Latina, e esta corresponde ao segundo bloco que mais vende produtos do grupo, precedido pela América do Norte. Em relação ao crescimento anual, o caso do Brasil mostra que a indústria cresceu mais que e empresa em si. Sinal este desfavorável para o grupo e que reforça o interesse do grupo de fazer rearranjos ao redor do mundo para aumentar lucros. Foi verificado um forte crescimento de 7% nas vendas no Brasil, fortalecido pela difusão de novos produtos tal como a água Bonaqua. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 30 4. Compaq Computer Corporation 4.1. Principais Características Matriz: Compaq Computer Corporation Localização: Houston, Texas, Estados Unidos Ano de fundação: 1982 Internet: www.compaq.com Faturamento (2000): US$ 42.383 mi Empregados (2000): 94.600 4.1.a. Atividades principais – a empresa fornece sistemas de computação. Concebe, produz e comercializa hardware, software, soluções e serviços para a Internet. Entre seus produtos estão servidores, monitores, produtos de armazenagem, computadores pessoais e produtos relacionados. São quatro as suas divisões: Soluções e Serviços Empresariais – servidores de missão-crítica, servidores padrão para indústria, produtos para armazenagem e serviços profissionais e de consumo. Computadores Pessoais Comerciais – computadores com base padrão com ênfase em acesso à Internet, desktops, portáteis, monitores e equipamentos para acesso à Internet. Bens de consumo – alvo em usuários domésticos: computadores pessoais com Internet, portáteis, impressoras e produtos relacionados, acesso à Internet e e-services. Outros – abrange a AltaVista e a Compaq Financial Services. 4.1.b. Origem e desenvolvimento – a Compaq foi fundada em 1982 por Rod Cânion, Jim Harris e Bill Murto, três gerentes que deixaram a Texas Instruments e investiram em sua própria companhia. Seu primeiro produto foi um computador pessoal portátil capaz de usar qualquer software. Os fundadores apresentaram a idéia para Bem Rosen, presidente de uma high-tech venture capital firm, que se impressionou com a inovação e concordou em fundar a nova companhia, se tornando seu presidente. Em 1983 introduziu seus computadores na Europa e em 1986 abriu uma unidade de montagem de printed circuit board (printed circuit board assembly) em Cingapura. No mesmo ano, abriu uma unidade produtiva na Escócia. Em 1988 adquiriu uma unidade da Wang, também na Escócia, para operações de serviços. No ano seguinte abriu um escritório em Berlim e anunciou planos de construir um centro de distribuição na Holanda. Em 1990 entrou no mercado japonês. Estabeleceu um centro de 31 treinamento de computação na China em 1991. No final de 1992 cessou os negócios de impressora. Em 1993 abriu uma unidade produtiva no Brasil e, no ano seguinte, uma na China. 4.1.c. Reestruturação recente – em 1996, a empresa estabeleceu a Compaq Capital, uma companhia financeira para financiamento ao consumidor, entre outros serviços. No mesmo ano abriu uma companhia com os mesmo objetivos na Europa. Em 1997 adquiriu a Digital Equipment Corporation, a maior aquisição da história da indústria de computadores. Também em 1997 adquiriu direitos sobre o nome AltaVista, criando a AltaVista Company em 1998. Adquriu, em 1998, a Shopping.com, que se tornou uma divisão da AltaVista. No início de 2000, a Compaq e a Yahoo! Anunciaram aliança de marketing e comercialização global. Em março do mesmo ano proveu infraestrutura para o Centro de Tecnologia da Microsoft no Vale do Silício. Atualmente, a estratégia da Compaq está totalmente orientada à Internet. Tabela 23: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados dos das Vendas Empregados (%) (%) 1991 3.271 -9.1 10.000 327,137 1992 4.100 25.3 9.500 -5.0 431,553 1993 7.191 75.4 10.541 11.0 682,193 1994 10.866 51.1 21.137 100.5 514,075 1995 14.755 35.8 23.884 13.0 617,778 1996 18.109 22.7 18.863 -21.0 960,028 1997 24.584 35.8 32.565 72.6 754,921 1998 31.169 26.8 71.000 118.0 439,000 1999 38.525 23.6 n/a n/a 2000 42.383 10.0 94.600 448,023 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001. Ano Vendas (US$ mi) Em 1993 a companhia introduziu seu primeiro sub-notebook, o Compaq Aero e também anunciou o lançamento de seu primeiro servidor. No mesmo ano realizou investimentos na sua unidade produtiva em Hounston e em Cingapura. O ano de 1998 foi marcado por um maior esforço no ramo de negócios na Internet. 32 Tabela 24: Vendas por segmento de negócios Segmento 1999 (US$ mi) % do total Soluções e Serviços Empresariais 20.136 52.3 Computadores Pessoais Comerciais 12.185 31.6 Bens para consumo 5.994 15.6 Outros 210 0.5 Total 38.525 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa de 1999. Tabela 25: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1996 695 3.8 1997 817 3.3 1998 1,353 4.3 1999 1,660 4.3 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1999. Tabela 26: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: EUA Origem: Brasil Origem: Brasil 1.384 10 7 0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no bando de dados da base Delphion, 2001. 0 4.2. A Compaq no Mundo As principais unidades produtivas da empresa estão localizadas nos Estados Unidos, Canadá, Escócia, Brasil, Austrália e Cingapura. Na tabela abaixo estão os países onde a Compaq tem presença. 33 Tabela 27:Distribuição Geográfica Américas Centro Canadá Estados Unidos Periferia Argentina Bolívia Brasil Chile Colômbia Equador México Paraguai Peru Porto Rico Uruguai Venezuela Europa Ásia/Oceania África Alemanha Áustria Bélgica Dinamarca Espanha Finlândia França Grécia Holanda Irlanda Itália Luxemburgo Noruega Portugal Reino Unido Suécia Suíça Austrália Coréia Hong Kong Japão Israel Eslováquia Hungria Polônia República Czarina Rússia Bangladesh China Cingapura Índia Malásia Taiwan África do Sul Angola Arábia Súdita Argélia Bahrain Botswana Burundi Butão Chipre Congo Egito Emirados Árabes Etiopía Gabão Ilhas Maurício Jordânia Kuwait Líbano Malawi Moçambique Namíbia Oman Qatar Quênia República Dominicana Rwanda 34 Tanzânia Uganda Yemen Zambia Zimbabwe Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. 4.3. A Compaq no Brasil Empresa: n.d. Localização: n.d. Ano de fundação: 1992 Internet: www.compaq.com.br Faturamento: n.d. Empregados: n.d. 4.3.a. Atividades principais – n.d. 4.3.b. Origem e desenvolvimento – a empresa criou sua subsidiária brasileira em 1992, iniciando dois anos depois as atividades industriais no país, com a unidade de manufatura e logística situada em Jaguariúna, que atualmente atende com sua produção o mercado latino-americano. 4.3.c. Reestruturação recente – n.d. Quadro 5: A Compaq do Brasil na ótica da matriz A Compaq está crescendo a passos rápidos no Brasil e a tendência é crescer ainda mais. O desempenho da companhia no país é reflexo da estratégia da Compaq baseada em três fatores: inovação no desenvolvimento de produtos, integração desses produtos em soluções sob medida para os clientes e uma forte atuação global. Em 2000, a Compaq foi considerada a melhor subsidiária na região da América Latina e Caribe. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio brasileiro da empresa, 2001. 35 5. Danone 5.1. Principais Características Matriz: Groupe Danone Localização: Paris, França Ano de fundação: 1966 Internet: www.danonegroup.com Faturamento (2000): US$ 12.717 mi Empregados (2000): 86.657 5.1.a. Atividades principais – produção de laticínios, biscoitos, água mineral engarrafada e recipiente de vidro. São quatro as suas divisões: Laticínios – produção de iogurtes, queijos frescos, sobremesas e produtos de baixa caloria. Bebidas – produção de água engarrafada e cerveja. Biscoitos – produção de bolachas e biscoitos de baixa caloria. Outros Produtos Alimentícios – produção de molhos e condimentos, massas e “baby foods”. Recipientes de vidro – produtor de garrafas e jarras. 5.1.b. Origem e desenvolvimento – em 1966, a francesa Souchon-Neuvesel, empresa familiar produtora de garrafas de vidro, funde-se com a também francesa Glaces de Boussois, produtora de vidro fino, em uma nova empresa chamada Boussois-Souchon-Neuvesel (BSN). Em 1968, a empresa se diversificou entrando no ramo de processamento de alimentos. Adquiriu a cervejaria francesa Brasseries Kronenbourg em 1970, além da Societé des Eaux mineral d’ Evian, produtora de água mineral e a Societé Europeenne de Brasseries, produtora de cerveja. Em 1973 a BSN fundiu-se com a Gervaise-Danone, produtora francesa de iogurtes, queijos e massas, passando a se chamar BSN-Gervaise Danone. Em 1978 a empresa adquiriu ações de cervejarias na Bélgica, Itália e Espanha. Devido ao aumento de custos e diminuição de lucros, a empresa vende suas operações de vidro, concentrando seus esforços na indústria de alimento e bebida. Em 1981, a BSN adquiriu a Dannon Co., produtora de iogurte nos Estados Unidos. Em 1989 adquiriu as subsidiárias da RJR Nabisco na França, Itália e Reino Unido. Em 1991 a empresa adquiriu a Amoy, produtora de óleo de soja em Hong Kong. Em 1992 fez aquisições e joint-ventures na Tchecoslováquia, Hungria, Espanha, China, Tailândia e Moscou. Em 1994 a empresa decidiu se renomear para Groupe Danone – 36 Danone era a marca de um iogurte da BSN desde 1991. Em 1995, a empresa adquiriu o controle da Aymoré, produtora brasileira de biscoitos e da Clover S.A. na África do Sul. 5.1.c. Reestruturação recente – a empresa fez uma série de aquisições importantes em 1996. Adquiriu uma produtora de água engarrafada nos Estados Unidos, 70% de uma cervejaria na China, adquiriu o controle de uma produtora de água mineral na Argentina e entrou no mercado de bebidas à base de leite na China. Ainda no mesmo ano, a Coca-Cola e a Danone fizeram uma joint-venture para produzir, distribuir e vender os sucos Minute Maid Danone. Em 1999, a empresa vendeu seus negócios de comida pronta (convenience food). Tabela 28: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados das Vendas dos Empregados (%) (%) 1991 8.966 24.9 59.158 151,553 1992 9.613 7.2 58.063 -1.9 165,561 1993 9.514 -1.0 56.419 -2.8 168,625 1994 10.424 9.6 68.181 20.8 152,894 1995 10.781 3.4 73.823 8.3 146,043 1996 11.391 5.7 81.579 10.5 139,627 1997 12.006 5.4 80.631 -1.2 148,903 1998 11.514 -4.1 78.945 -2.1 145,847 1999 11.833 2.8 75.965 -3.8 155,769 2000 12.717 7.5 86.657 14.1 146,755 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001. Ano Vendas (US$ mi) Em 1991, o grande aumento das vendas coincidiu com o início da produção de iogurtes com a marca Danone. No mesmo ano, a ainda BSN adquiriu uma empresa em Hong Kong e vendeu suas ações em empresas de champanhe. Em 1994 alguns movimentos podem explicar o aumento do número de empregados, como a produtora canadense de água mineral, Aquaterra; o acordo com a Seagull chinesa, formando a Shangai Amoy-Seagull Foods, produtora de óleo de soja e a aliança com a Euralim, membro do grupo São Luís, que criou a Panzalim, produtora de congelados e comidas prontas. 37 Tabela 29: Vendas e Empregados por segmento de negócios Segmento 1999 (US$ mi) % das vendas Empregados % no total Laticínios 5.139 45.0 22.023 30.0 Bebidas 3.063 26.8 27.846 36.7 Biscoitos 2.425 21.2 23.031 30.3 3.065 4.0 Outros Produtos 453 4.0 Alimentícios Recipientes de vidro 430 3.8 Vendas intra-grupo (88) (0.8) Total 11.422 100.0 75.965 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa de 1999. Tabela 30: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1998 103,1 0.93 1999 104,8 0.87 2000 107,4 0.87 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio da empresa, 2000. Tabela 31: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem:França Origem: Brasil Origem: Brasil 176 14 5 8 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no bando de dados da base Delphion, 2001. 0 5.2. A Danone no Mundo Tabela 32: Vendas e Empregados por Área Geográfica Região França Restante União Européia Pacífico Asiático Restante do Mundo Américas Desinvestimentos Total 1999 (US$ mi) 4.264 4.368 % das Vendas 37.3 38.2 963 3.402 (1.575) 11.422 8.4 29.8 (13.8) 100.0 Empregados % do Total 15.801 20.8 25.068 33.0 24.309 10.787 75.965 32.0 14.2 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 38 Tabela 33: Empregados por Área Geográfica Região 1996 1997 1998 1999 2000 União Européia 50.770 44.863 42.170 33.764 28.023 Participação no total 62.2 55.6 53.4 44.4 32.3 Resto do Mundo 30.809 35.768 36.775 42.201 58.634 Participação no total 37.8 44.4 46.6 55.6 67.7 Total 81.579 80.631 78.945 75.965 86.657 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 2000. Na tabela abaixo se apresenta a distribuição geográfica das atividades do Grupo Danone: Tabela 34: Distribuição Geográfica Américas Centro Canadá Estados Unidos Periferia Argentina Brasil (1970) Colômbia México (1974) Europa Alemanha Áustria Bélgica Dinamarca Espanha Finlândia França Grécia Holanda Irlanda Itália Portugal Reino Unido Suécia Ásia/Oceania Hong Kong Japão Nova Zelândia África Israel Bulgária China África do Sul Croácia Cingapura Marrocos Hungria Índia Tunísia Letônia Indonésia Polônia Malásia República Czarina Paquistão Romênia Tailândia Rússia Turquia Ucrânia Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. 39 Tabela 35: Unidades Exportadoras Américas Centro Canadá Estados Unidos Europa França Portugal Suécia Ásia/Oceania África Austrália Japão Periferia México China Cingapura Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. Tabela 36: Holdings Financeiras Américas Centro Estados Unidos Europa Ásia/Oceania África França Alemanha Bélgica Holanda Itália Luxemburgo Portugal Reino Unido Periferia México China Cingapura Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. 5.3. A Danone no Brasil Empresa: Danone S.A. DG Serviços Localização: São Paulo, SP Ano de fundação: n.d. Internet: n.d. Faturamento: n.d. Empregados: n.d. 5.3.a. Atividades principais – Recursos Humanos 5.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 40 5.3.c. Reestruturação recente – n.d. Empresa: Danone S.A. Localização: São Paulo, SP Ano de fundação: 1970 Internet: n.d. Faturamento: n.d. Empregados: n.d. 5.3.a. Atividades principais – Produção de Laticínios. 5.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 5.3.c. Reestruturação recente – n.d. Empresa: Danone S.A. Localização: São Paulo, SP Ano de fundação: 1994 Internet: n.d. Faturamento: n.d. Empregados: n.d. 5.3.a. Atividades principais – Produção de Biscoitos. 5.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 5.3.c. Reestruturação recente – n.d. Empresa: Aymoré Produtos Alimentícios Localização: Contagem, Minas Gerais Ano de fundação: 1958 41 Ano de Entrada do Grupo: 1996 Faturamento (2000): US$ 57.200 mil Empregados (2000): 3.184 5.3.a. Atividades principais – Produção de Biscoitos. 5.3.b. Origem e desenvolvimento – o Grupo Danone se inseriu no mercado de leite fresco no Brasil em 1970. Neste mesmo ano comprou uma parte da LPC do Brasil, que em 1981 se tornou um dos principais produtores de leite fresco no país. Em 1994 a Danone se incorpora no mercado de biscoitos no país através da Campineira, segunda maior produtora de biscoitos no Brasil. 5.3.c. Reestruturação recente – n.d. Quadro 6: A Danone brasileira na ótica da matriz No segmento de laticínios, as vendas no Brasil aumentaram 6% , devendo-se levar em consideração o ritmo perdido no mercado com a desvalorização do real. A Danone empenhase, nesta área de negócios, em uma política de marketing baseada em lançamentos múltiplos e em relançamentos. Contudo, a forte competição do setor limita o espaço para preços inferiores. Mesmo sob tendências econômicas não favoráveis, a demanda por biscoitos permaneceu sem alterações em 1999, após cinco anos de forte crescimento. Ao mesmo tempo, o sucesso da nova escala da Danone permitiu que o grupo aumentasse sua fatia de mercado, com vendas acima de 10%. A desvalorização do real aumentou os custos dos bens vendidos. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. 42 6. Electrolux AB 6.1. Principais Características Matriz: Electrolux AB Localização: Estocolmo, Suécia Ano de fundação: 1901 Internet: www.electrolux.com Faturamento (2000): US$ 11.537 mi Empregados (2000): 86.270 6.1.a. Atividades principais – concepção, produção, desenvolvimento e distribuição de bens duráveis e produtos profissionais. São três as suas divisões: Bens Duráveis: linha branca, equipamento para jardim e motosserras elétricas. Produtos Profissionais Indoor: equipamentos de alimentação para hotéis, restaurantes e instituições, equipamento de lavanderia, compressores e motores, entre outros. Produtos Profissionais Outdoor: motoserras de alta-performance, cortadeiras elétricas, ferramentas de diamante e equipamentos relacionados para cortar cimento e pedra. 6.1.b. Origem e desenvolvimento – em 1901 foi fundada a Lux AB, produtora de lâmpadas de querosene. Em 1910 foi formada a Elekromekaniska AB para produzir motores para aspirador de pó. No mesmo ano o presidente da Lux propôs uma joint-venture com o presidente da Elekro para produzir e comercializar um aspirador de pó elétrico. Em 1919 a Lux AB e a Elekro se fundiram e formaram a AB Electrolux, e em 1924 ela estabeleceu companhias de venda na Europa e nos Estados Unidos. Em 1925 a empresa adquiriu uma produtora de refrigeradores e no ano seguinte já vendia na Austrália e na América do Sul, além de abrir sua primeira unidade produtiva estrangeira na Alemanha, e em seguida na Inglaterra e na França. Em 1945 ela abriu operadoras na Austrália, Venezuela e Colômbia. Em 1974 a companhia adquiriu a Eureka, uma das companhias mais antigas de aspiradores de pó nos Estados Unidos. Em 1978 adquiriu a Husqvarna, da área de refrigeradores comerciais e produção de equipamentos florestais. Em 1989 a companhia fez um acordo com a Sharp para distribuir seus produtos no Japão. 43 6.1.c. Reestruturação recente – em 1996 a empresa adquiriu a Refripar, fabricante brasileira de produtos de linha branca, que logo se tornou a Electrolux do Brasil. Em 1997 a empresa anunciou um programa de reestruturação, com objetivos de aumentar a utilização da capacidade e cortar custos. No total, 11.000 empregados foram cortados e 21 plantas e 45 armazéns fechados. Na Europa, o processo de reestruturação envolveu a integração de atividades como administração, desenvolvimento de produtos, marketing, posicionamento de marcas, produção e logística em uma base pan-européia, gerenciada por uma nova companhia, a Electrolux Home Products, em Bruxelas, na Bélgica. Em 1999 a empresa descontinuou suas operações de vending machines e de equipamentos de refrigeração. O seu core business passou a consistir, a partir de 1998, utensílios domésticos, utensílios profissionais e produtos outdoor. Em 1999 formou uma aliança com a Toshiba Corp. para desenvolvimento e distribuição de produtos e estabeleceu uma joint-venture com a Ericsson, para desenvolver e comercializar produtos e serviços para uma networked home. Tabela 37: Vendas e Empregados Ano Vendas (US$ mi) Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados das Vendas dos (%) Empregados (%) 1991 7.323 -4.1 130.300 56,204 1992 7.454 1.8 119.163 -8.5 62,553 1993 9.278 24.5 109.400 -8.2 84,810 1994 10.009 7.9 114.103 4.3 87,717 1995 10.731 7.2 111.015 -2.7 96,664 1996 10.194 -5.0 110.200 -0.7 92,502 1997 10.472 2.7 103.000 -6.5 101,667 1998 10.891 4.0 93.864 -8.9 116,029 1999 11.079 1.7 92.916 -1.0 119,236 2000 11.537 4.1 86.270 -7.2 133,729 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001, e no Relatório Anual da empresa, 1999. 44 Tabela 38: Vendas e Empregados por segmento de negócios Segmento 1999 (US$ mi) % do total Empregados % do total Eletrodomésticos 8.828,41 72.8 74.034 79.7 Utensílios profissionais 1.112,40 9.2 7.761 8.4 Produtos “outdoor” 2.164,42 17.8 10.237 11.1 Outros 28,723 0.2 884 1.0 Total 12.134 100.0 92.916 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa, 1999. Tabela 39: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1999 157.742 1.3 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1999 . Tabela 40: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: Suécia Origem: Brasil Origem: Brasil 2.615 111 51 43 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no bando de dados da base Delphion, 2001. 0 6.2. A Electrolux no Mundo Tabela 41: Vendas e Empregados, por país América do Norte 1999 (US$ mi) % do total Empregados % do total Estados Unidos 4.441,41 36.6 21.955 94.7 Canadá 397,46 3.3 1.219 5.3 Total 4.838,87 39.9 23.174 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 45 Tabela 42: Vendas e Empregados por país Europa Alemanha Reino Unido Itália França Suécia Espanha Holanda Dinamarca Finlândia Áustria Bélgica Irlanda Grécia Portugal Luxemburgo Total Resto da Europa Suíça Noruega Polônia República Tcheca Hungria Rússia Turquia Estados Bálticos Romênia Eslováquia Eslovênia Bulgária Outros Total Total Europa 1999 (US$ mi) % do total Empregados % do total 1.396 699,52 692,92 626,13 448,82 299,21 207,76 203,09 176,80 137,63 125,34 60,18 48,41 45,06 12,58 5.179,90 11.5 5.8 5.7 5.2 3.7 2.5 1.7 1.7 1.5 1.1 1.0 0.5 0.4 0.4 0.1 42.7 7.713 3.059 12.959 2.470 8.881 3.273 737 2.661 362 847 237 136 89 61 196 43.681 14.8 5.9 24.9 4.7 17.1 6.3 1.4 5.1 0.7 1.6 0.5 0.3 0.2 0.1 0.4 84.0 220,65 192,03 98,25 76,63 51.8577,56 1.8 1.6 0.8 0.6 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.2 0.2 0.0 0.3 7.5 50.2 1.140 618 202 250 3.957 79 142 116 1.507 260 27 20 33 8.351 52.032 2.2 1.2 0.4 0.5 7.6 0.2 0.3 0.2 2.9 0.5 0.1 0.04 0.1 16.0 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 46 Tabela 43: Vendas e Empregados por país América Latina 1999 (US$ mi) % do total Empregados % do total Brasil 261,66 2.2 3.383 51.7 México 62,52 0.5 1.442 22.0 Argentina 46,58 0.4 108 1.6 Venezuela 13,09 0.1 146 2.2 Paraguai 8,73 0.1 334 5.1 Colômbia 6,70 0.1 324 4.9 Equador 5,68 0.0 235 3.6 Chile 5,38 0.0 76 1.2 Peru 4,77 0.0 434 6.6 Uruguai 2,64 0.0 Outros 48,01 0.4 66 1.0 Total 465,77 3.8 6.548 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa, 1999. Tabela 44: Vendas e Empregados por país Extremo Oriente Japão China Índia Tailândia Hong Kong Indonésia Coréia do Sul Malásia Cingapura Taiwan Vietnã Filipinas Outros Total Oriente Médio Arábia Saudita Emirados Árabes Irã Líbano Kuwait Outros Total Total Ásia 1999 (US$ mi) 104,64 101,80 96,72 30,14 21,11 19,28 15,12 14,10 13,29 10,04 4,56 4,06 17,35 452,29 % do total 0.9 0.8 0.8 0.2 0.2 0.2 0.1 0.1 0.1 0.1 0.0 0.0 0.1 3.7 Empregados 646 2.696 3.108 1.460 109 712 51 895 272 161 33 227 10.370 19,08 11,87 9,33 8,32 8,12 18,77 75,51 527,78 0.2 0.1 0.1 0.1 0.1 0.2 0.6 4.3 10.370 % do total Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 6.2 26.0 30.0 14.1 1.1 6.9 0.5 8.6 2.6 1.6 0.3 2.2 100.0 100.0 47 Tabela 45: Vendas e Empregados por país África 1999 (US$ mi) % do total Empregados % do total Egito 30,75 0.3 África do Sul 24,56 0.2 359 90.9 Argélia 11,97 0.1 Tunísia 10,96 0.1 36 9.1 Outros 26,99 0.2 Total 105,25 0.9 395 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa, 1999. Tabela 46: Vendas e Empregados por país Oceania 1999 (US$ mi) % do total Empregados % do total Austrália 81,50 0.7 315 30.9 Nova Zelândia 19,89 0.2 82 8.1 Outros 3,45 0.0 61.0 Total 104,48 0.9 1.018 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 6.3. A Electrolux no Brasil Empresa: Electrolux do Brasil S.A. Localização: São Paulo, SP Ano de fundação: 1926 Internet: www.electrolux.com.br Faturamento (1999): US$ 265.2 mi Empregados (1999): 431 6.3.a. Atividades principais – produção e comercialização de eletrodomésticos como refrigeradores, fornos microondas, fogões e aparelhos de ar-condicionado. A companhia também produz produtos de jardinagem industrial, assim como partes e componentes. 6.3.b. Origem e desenvolvimento – em 1926 foi fundada a Electrolux no Brasil, em São Paulo, com venda direta. Em 1949 foi fundada a Refripar, em Curitiba. Em 1993, a unidade brasileira da Electrolux inaugurou uma nova unidade fabril, em Guarulhos, pólo mundial de fabricação de enceradeiras do Grupo Electrolux. Em 1996, a empresa adquiriu o controle acionário da Refripar, mudando o nome da empresa, no ano seguinte, para Electrolux do 48 Brasil S.A. A Refripar era uma empresa familiar, com faturamento de US$ 860 milhões anuais e 5000 funcionários. 6.3.c. Reestruturação recente – em 2000 a empresa inaugurou uma fábrica de motores para aspiradores de pó em Curitiba e uma fábrica de motosserras em São Carlos. Tabela 47: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados dos das Vendas (%) Empregados (%) 1991 0,019 278.5 3.201 6 1992 0,390 1.944 3.531 10.3 111 1993 12,698 3.152 3.776 6.9 3,363 1994 164,791 1.197 4.150 9.9 39,709 1995 264,272 60.4 4.974 19.9 53,131 1996 345,775 30.8 5.193 4.4 66,585 1997 340,039 -1.7 n.d. n.d. 1998 268,347 -21.1 n.d. n.d. 1999 252,317 -6.0 n.d. n.d. 2000 307,165 21.7 n.d. n.d. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001. Ano Vendas (US$ mi) A tabela abaixo apresenta a localização das unidades da empresa no país: Tabela 48: Distribuição Geográfica por atividade Localização Atividade desenvolvida Unidade Administrativa São Paulo, SP Administração Unidades Fabris Guabirotuba, Curitiba, PR Refrigeradores e freezers CIC, Curitiba, PR Aspiradores de pó e lavadoras de alta pressão São Carlos, SP Lavadoras de roupa e refrigeradores Distrito Industrial, Manaus, AM Condicionadores de ar e fornos microondas Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base nos dados do sítio da empresa, 2001. Quadro 7: A Electrolux do Brasil na ótica da matriz n.d. 49 7. Ericsson AG 7.1. Principais Características Matriz: Ericsson AG Localização: Estocolmo, Suécia Ano de fundação: 1876 Internet: www.ericsson.com Faturamento (2000): US$ 26.676 mi Empregados (2000): 105.129 7.1.a. Atividades principais – fornecimento de sistemas e equipamentos de telecomunicações, incluindo estações base de rádio e telefones móveis. São três suas divisões: Operações de rede e fornecimento de serviços – desenvolvimento e comercialização de soluções de sistemas, trocas de circuito, redes de dados e telecomunicações, sistemas de telefones móveis e fornecimento de serviços públicos de telecomunicações. Produtos para consumidores – produção e venda de telefones móveis para consumidores privados via distribuidores. Soluções empresariais – soluções completas de telecomunicações para clientes empresariais. A empresa contrata serviços de fornecimento e também de manufatura de eletrônicos. Isso implica em fornecedores reconhecidos pelo conhecimento em tecnologias especiais, como sistemas de hardware e software, componentes e equipamentos de teste e medição. 7.1.b. Origem e desenvolvimento – a companhia leva o sobrenome do engenheiro que fundou uma oficina para reparos em telégrafos, em 1876, em Estocolmo. Começou a produzir telefones em 1878. Em 1881, seus negócios internacionais eram pequenos e limitados a outros países nórdicos, mas no final da década a empresa entrou na Europa Ocidental, Grã-Bretanha e Rússia. Em 1890 a companhia começou a vender telefones na Austrália e Nova Zelândia e no final da década, na África do Sul. Em 1953, Marcus Wallenberg Jr., do banco Stockholms Enskilda Bank, se tornou presidente da empresa, e agregou a Ericsson nos negócios da família. Em toda a sua história, a empresa se caracteriza por ter um pequeno mercado doméstico, e grande parte de suas vendas advirem de suas exportações. 50 7.1.c. Reestruturação recente – em 1988, a empresa vendeu suas operações de computadores e terminais para a Nokia Corp.. Em 1989, entrou na era digital. Em 1990, a Nippon, empresa japonesa de telecomunicações, escolhe a Ericsson, a Motorola e a AT&T para serem parceiras no desenvolvimento de sistemas digitais de telefones móveis – o que dá à empresa acesso ao mercado japonês de telefones móveis. Tabela 49: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados dos das Vendas (%) Empregados (%) 1991 4.465 0.2 71,247 62,673 1992 4.585 2.7 66,232 -7.0 69,225 1993 6.139 33.9 69,597 5.1 88,203 1994 9.4 8.050 31.1 76,144 105,719 1995 11.0 9.632 19.7 84,513 113,971 1996 11.2 12.117 25.8 93,949 128,976 1997 7.3 16.356 35.0 100,774 162,307 1998 2.9 17.985 10.0 103,667 173,484 1999 -0.4 21.004 16.8 103.290 203.350 2000 1.8 26.676 27.0 105,129 253,743 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001, e no Relatório Anual da empresa, 1998. Ano Vendas (US$ mi) Tabela 50: Vendas e Empregados por segmento de negócios Segmentos 1998 (US$ mi) % do total Empregados % do total Operações de rede e Fornecimento 12.013 67.0 68.645 66.2 de serviços Produtos para consumidores 4.407 25.0 14.193 13.7 Soluções Empresariais 1.570 9.0 10.486 10.1 Outras operações 1.336 7.4 10.343 10.0 Vendas duplicadas (1.341) (7.5) Total 17.985 100.0 103.667 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. 51 Tabela 51: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1997 2.468 12.5 1998 2.974 13.7 1999 3.815 15.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1998 e 1999. De 1997 a 1999, a Ericsson elevou seus investimentos em P&D a fim de manter-se competitiva em um período marcado pela convergência tecnológica. A empresa anunciou, em 1999, que seus investimentos em pesquisa estariam focalizados em sistemas de comunicação móvel baseados na internet, o chamado celular de terceira geração. Em 1998 foi criada a Ericsson Research, responsável pelos avanços recentes de pesquisa. Principalmente pesquisa em sistemas móveis e telefonia móvel. Fora dessa área principal, a companhia direciona joint-ventures com a HP, a Intel, a Sun Microsystems e a Texas Instruments. No mesmo ano, a Ericsson, a Nokia e a britânica Psion formaram um joint-venture, a Symbian, para desenvolver e comercializar o sistema operacional EPOC para telefones móveis. Tabela 52: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: EUA Origem: Brasil Origem: Brasil 8.361 1.568 362 42 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no bando de dados da base Delphion, 2001. 0 A empresa dá grande ênfase na proteção de suas invenções, e isso se reflete no fato dela ter submetido 1.200 aplicações para novas patentes em 1998. Como resultado de seu trabalho de desenvolvimento durante a década de 80, a Ericsson tem também patentes novas que são necessárias na conexão com a aplicação da tecnologia CDMA. 7.2. A Ericsson no Mundo A empresa possui 40 companhias locais de P&D, 60 unidades produtivas no mundo, e 4 referentes aos seus produtos principais. Além disso, há uma unidade de pesquisa central, a Ericsson Research. 52 Tabela 53: Vendas e Empregados por Área Geográfica Área 1998 (US$ mi) % do Empregados total 52.8 74.900 % do Vendas/Em total pregado 72.3 126,875 Europa*, Oriente Médio, 9.502 África Am. do Norte 1.809 10.1 9.800 9.5 184,672 Am. Latina 2.490 13.8 7.800 7.5 319,245 Pacífico Asiático 4.181 23.3 7.800 7.5 536,118 Total 17.985 100.0 103.700 100.0 173,433 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. * incluindo Suécia Tabela 54: Empregados e Salários por Área Geográfica , 1998 Grupo Ericsson Matriz Empregados Salários Empregados Salários (US$ mi) (US$ mi) Europa, Oriente Médio, África 74.900 2.303,9 6.529 219,8 Suécia 41.554 1.297,0 5.910 209,9 América do Norte 9.800 468,6 América Latina 7.800 160,1 Pacífico Asiático 7.800 209,7 Total 103.700 3.142,4 12.439 429,7 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. Área Tabela 55: Vendas, Gasto com P&D e Empregados, Internacional e País Sede Região 1998 (US$ mi) P&D (US$ mi) Empregados Internacional 17.985 2.974 103.667 Suécia 1.641 616,65* 44.979 % do total 9.1 20.7 43.4 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. * P&D mais outros custos técnicos Importante ressaltar que, pelos dados acima, 79.3% dos gastos com pesquisa e desenvolvimento da empresa estão fora de sua matriz. 53 Tabela 56: Vendas dos maiores mercados da empresa País 1998 (US$ mi) % do total Europa, Oriente Médio, África Grã-Bretanha 1.351,00 6.4 Itália 1.119,00 5.3 Suécia 829,71 4.0 Espanha 681,89 3.2 Alemanha 573,65 2.7 América do Norte Estados Unidos 1.657,67 7.9 Canadá 152,12 0.7 Pacífico Asiático China 2.181,49 10.4 Japão 469,12 2.2 Austrália 418,03 2.0 Taiwan 302,48 1.4 Cingapura 199,41 0.9 América Latina Brasil 1.159,98 5.5 México 312,52 1.5 Chile 264,74 1.3 Argentina 209,35 1.0 Colômbia 138,95 0.7 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. 54 Tabela 57: Distribuição Geográfica Américas Centro Periferia Argentina Antilhas Belize Bolívia Brasil Chile Colômbia Costa Rica El Salvador Equador Guatemala Honduras México Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico Uruguai Venezuela Europa Ásia/Oceania Áustria Alemanha Bélgica Dinamarca Espanha Finlândia França Grécia Holanda Irlanda Islândia Itália Luxemburgo Noruega Portugal Reino Unido Suécia Suíça Austrália Coréia Hong Kong Japão Nova Zelândia Bósnia Herzegovinia Bulgária Croácia Eslováquia Eslovênia Estônia Hungria Iugoslávia Letônia Lituânia Malta Moldávia Polônia República Czarina Romênia Rússia Turquia Ucrânia Bangladesh Cazaquistão China Cingapura Filipinas Índia Indonésia Kyrqyzstan Macao Malásia Papua Nova Guiné Paquistão Sri Lanka Tailândia Taiwan Uzbekistan Vietnã África Argélia África do Sul Arábia Saudita Bahrain Botswana Chipre Costa do Marfim Egito Emirados Árabes Etiópia Gana Irã Jordânia Kwuait Líbano Libéria Líbia Malawi Marrocos Nigéria Oman Quênia Síria Tunísia Yemen Zambia 55 Zimbabwe Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. Abaixo, a distribuição geográfica de algumas empresas – entre subsidiárias e companhias associadas – separadas por tipo de atividade que desenvolvem. Tabela 58: Companhias manufatureiras e distribuidoras Américas Centro Canadá Estados Unidos (2) Europa Suécia (11) Áustria Dinamarca Finlândia Noruega Suíça Alemanha França Irlanda Itália Holanda Espanha (3) Reino Unido (2) Ásia/Oceania África Austrália Japão Periferia Argentina México (2) Brasil China (2) Índia Malásia (2) Cingapura Taiwan Tailândia Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. Tabela 59: Companhias Holding Américas Centro Estados Unidos Europa Suécia (4) França Itália Reino Unido Holanda Ásia/Oceania África Austrália Periferia Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. 56 Tabela 50: Companhias de Desenvolvimento Américas Centro Europa Ásia/Oceania África Reino Unido Suécia Periferia Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. Tabela 51: Companhias Financeiras Américas Centro Europa Ásia/Oceania África Irlanda Suécia (3) Periferia Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. 7.3.A Ericsson no Brasil Empresa: Ericsson Telecomunicações S.A. Localização: São Paulo, SP, Brasil Ano de fundação: 1924 Internet: www.ericsson.com.br Faturamento (2000): US$ 1.693 mi Empregados (1997): 2.415 7.3.a. Atividades principais – manufatura, comercializa, instala e faz manutenção de equipamentos de telecomunicações, produtos e sistemas para telefones móveis. Fornece também serviços como comunicações por rádio, tecnologia digital AXE, equipamento de transmissão para redes de comunicação, redes inteligentes e outras atividades relacionadas. 57 7.3.b. Origem e desenvolvimento – data de 1891 a instalação do primeiro equipamento Ericsson no Brasil. Em 1955 é a inauguração, em São José dos Campos, da fábrica de equipamentos de telecomunicações da empresa. A sua “nacionalização”4 ocorre em 1979, com a maioria do capital votante sendo controlado pela Holding Matel S.A., integrada pelos grupos Monteiro Aranha S.A. e Bradesco. Em 1997, a companhia inaugura sua primeira fábrica de telefones celulares no Brasil, em São José dos Campos, São Paulo. 7.3.c. Reestruturação recente – em 1993, a empresa encerra suas atividades de produção de telefones públicos na Amazônia. Em 1996 há a transferência do controle acionário de Matel S.A. para Ericsson Holding International B.V., e em 1998 a LM Ericsson adquire quase a totalidade das ações da empresa no Brasil. Em 2000, a companhia anuncia investimento de R$ 116 milhões em P&D no Brasil, com a criação de dois centros: Indaiatuba e Fortaleza. Tabela 52: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados dos das Vendas Empregados (%) (%) 1991 438.1 3.576 7 1992 1.450,8 1994 0.121 2.101 57.382 1995 0.188 56.2 2.045 -2.67 92.066 1996 0.351 86.4 2.330 13.94 150.640 1997 0.594 69.2 2.415 3.65 245.910 1998 0.771 29.8 1999 1.317 70.8 2000 1.693 28.6 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2000. Ano Vendas (US$ mi) Propriedades: 4 - Escritório Central: São Paulo, SP - Escritório Brasília: Brasília, DF - Centro de Treinamento: São Paulo, SP - Fábrica São José dos Campos: São José dos Campos, SP - Fábrica São Bernardo do Campo: São Bernardo do Campo, SP A Lei de Informática dificultava o controle de empresas fabricantes de equipamentos de telecomunicações por capital estrangeiro. “Empresas de fachada” foram criadas para contornar a restrição. 58 Quadro 8: As atividades da Ericsson no Brasil na ótica da matriz Em pouco tempo o Brasil tornou-se o 4º maior mercado da empresa, com 47% do total de vendas da empresa na América Latina. A empresa tem mais de 40% do mercado dentre as novas operadoras no setor móvel do Brasil e recebeu vários contratos que a empresa reporta como estratégicos em 1998. Durante esse ano a empresa comprou a maioria das ações de sua subsidiária Ericsson Telecomunicações S.A. A aquisição foi feita com base na visão positiva para o mercado brasileiro de telecomunicações. Com o investimento em P&D feito pela empresa no Brasil em 2000, a empresa coloca o país entre os 5 maiores complexos mundiais de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Ericsson. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998, e de seu sítio, 2001. 59 8. Hewlett-Packard Company 8.1. Principais Características Matriz: Hewlett-Packard Company Localização: Palo Alto, Califórnia, Estados Unidos Ano de fundação: 1939 Internet: www.hp.com Faturamento (2000): US$ 48.782 mi Empregados (2000): 88.500 8.1.a. Atividades principais – a companhia concebe, produz e presta serviços de sistemas e equipamentos para medição, computação e comunicações. São seis suas divisões: Sistemas de Impressão e Imagem – impressoras laser e jato de tinta, copiadoras, scanners, faxes, softwares de gerenciamento e produtos de fotografia digital Sistemas de Computação – servidores PC, computadores e laptops, soluções de software e armazenagem para mercados empresariais, comerciais e de consumo e software para computadores pessoais Serviços IT – serviços de consultoria, educação, concepção e instalação, além de suporte e manutenção Teste & Medição – produção de sistemas que são usados em funções de teste e medição em eletrônicos e nas análises médica e química Análises e serviços químicos – utensílios usados na análise química, sistemas de instrumento biocientíficos, sistemas de gerenciamento de dados e informações laboratoriais, serviços de suporte e manutenção Componentes Eletrônicos – a produção de componentes eletrônicos consiste principalmente em semi-condutores de microondas, dispositivos de fibra ótica e optoeletrônicos. Primordialmente, esses produtos são vendidos para outros produtores para serem usados em seus produtos eletrônicos, mas muito de seus produtos são usados pela própria HP 8.1.b. Origem e desenvolvimento – apesar da empresa ser fundada em 1939, seu primeiro produto data de 1938 – o HP200A, um instrumento eletrônico utilizado para testar equipamentos de som. A Walt Disney encomendou oito osciladores HP200B para a produção de “Fantasia”. Em 1966 é estabelecida a primeira unidade central de pesquisa da empresa. A internacionalização da companhia teve seu primeiro momento importante em 1959, quando 60 abre uma unidade produtiva na Itália e sua sede na Europa, em Genebra, na Suíça. Em 1985 a empresa “entra” na China, formando a primeira joint-venture de alta tecnologia no país. 1.c. Reestruturação recente – em 1996, a empresa pára a manufatura de mecanismos de disk-drive, cessando operações de sua Disk Memory Division em Idaho e na Malásia. Em 1997, A Celestica Colorado Inc. adquire suas operações de montagem de circuito. No mesmo ano, junto com a Celestica, a empresa adquire a HP Exeter, operando pela Celestica New England Inc. Em 1998, a Lucent Technologies adquire uma unidade de negócios da HP. Atualmente, sua estratégia principal são os e-services. A empresa está trabalhando com a Cisco Systems, uma fornecedora de redes de negócio (networking), com a EMC Corporation, de sistemas de armazenagem e com a Oracle Corp., que atua no mercado de banco de dados. Tabela 53: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados das Vendas dos Empregados (%) (%) 1991 14.494 9.5 89,000 162,854 1992 16.410 13.2 92,600 4.0 177,214 1993 20.317 23.8 96,200 3.9 211,195 1994 24.991 23.0 98,400 2.3 253,974 1995 31.519 26.1 102,300 4.0 308,104 1996 38.420 21.9 112,000 9.5 343,036 1997 42.895 11.6 121,900 8.8 351,887 1998 47.061 9.7 124,600 2.2 377,697 1999 42.370 -10.0 84,400 -32.3 502,014 2000 48.782 15.1 88,500 4.9 551,209 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001, e no Relatório Anual da empresa, 1999. Ano Vendas (US$ mi) Há vários movimentos de desinvestimento da empresa entre 1998 e 1999, que talvez expliquem tanto a queda nas vendas quanto no número de empregados . Em 98 há a venda de uma unidade de negócios para a Lucent e a venda de uma unidade produtiva, a LaserJet Solutions Group Formatter Manufacturing Organization para a Jabil Circuit Inc. 61 Tabela 54: Vendas por segmento de negócios Segmento 1998 (US$ mi) % do total Produtos, serviços e suporte para computadores 39.466 83.9 Produtos e serviços de teste e mensuração 4.169 8.9 Equipamentos e serviços de eletrônica médica 1.408 3.0 Componentes eletrônicos 1.052 2.2 Análises químicas e serviços 966 2.1 Total 47.061 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa de 1998. A partir dos dados acima, percebe-se a concentração das vendas no segmento referente a computadores, que responde por mais de 80% da receita da empresa. Tabela 55: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1996 3,355 7.1 1997 3,078 7.2 1998 2,718 7.1 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1998 . Segundo a empresa, a evolução dos gastos em P&D refletem seus investimentos continuados em novas arquiteturas de microchip e concepção e desenvolvimento de hardware, assim como novas tecnologias de impressão e imagem. Além disso, como os ciclos de vida do produto são curtos e a empresa busca sempre permanecer competitiva, ela deve desenvolver novos produtos periodicamente. Tabela 56: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: EUA Origem: Brasil Origem: Brasil 7.028 39 34 1 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no banco de dados da base Delphion, 2001. 0 62 8.2. A Hewlett-Packard no Mundo Em 1998, as operações de marketing da empresa ocupavam aproximadamente 13.1 milhões pés quadrados, dos quais 5.5 milhões (42%) estão dentro dos Estados Unidos. No mesmo ano, as unidades produtivas, unidades de pesquisa e desenvolvimento e unidades de depósito e administração ocupam 40 milhões pés quadrados, sendo 27.3 milhões (68,2%) dentro do país-sede da empresa. Tabela 57: Vendas por Área Geográfica Região 1998 (US$ mi) % das Vendas Estados Unidos 21.489 Internacional 25.572 Europa 16.090 Japão & Outros 6.612 América Latina & Canadá 2.870 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1998 . 46 64 40 16 7 Os principais escritórios de operação da empresa estão em Cupertino, nos Estados Unidos, Genebra, na Suíça e Hong Kong. As localizações das principais unidades produtivas e de desenvolvimento de produtos estão como se segue: Tabela 58: Distribuição Geográfica Américas Centro Canadá Estados Unidos (30) Periferia Brasil México Europa Alemanha Espanha França Holanda Itália Irlanda Reino Unido Ásia/Oceania África Austrália Coréia Japão China Índia Malásia Taiwan Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. 63 Ainda segundo a empresa, uma porção da manufatura de produtos e componentes da companhia, além de fornecedores chaves, estão localizados fora dos Estados Unidos. A empresa emprega aproximadamente 800 pessoas em seus seis laboratórios de pesquisa. A maior parte das atividades estão na Califórnia, nos Estados Unidos, onde estão 450 destas pessoas. Das 800, cerca de dois terços são pesquisadores. Reino Unido, Bristol – é o segundo maior local de pesquisa depois da Califórnia, com cerca de 250 empregados. Suas pesquisas estão focadas em e-services, e-publishing e tecnologias para a próxima geração em imagens digitais. Estados Unidos, Cambridge – operam os pequenos laboratórios, especializados em tecnologias que estão na margem da arquitetura de CPUs e suas ferramentas. França, Grenoble – a Corporate Research Laboratory foi criada em 1999, e seu trabalho é focado em áreas tradicionais como matemática, física, força nuclear, materiais, eletrônicos, computação ou magnetismo, ciência da vida e biologia estrutural. Israel, Mount Carmel – localizado no campus de Technion, Instituto de Tecnologia de Israel. O laboratório conduz pesquisa em áreas seletas da Ciência da Computação e Teoria da Informação. O escopo da pesquisa inclui desenvolvimento de ferramentas fundamentais e universais. Estados Unidos, Califórnia – pesquisadores estão avançando em campos como e-services, infraestrutura para Internet, utensílios de informação e sistemas de computação. Japão, Tóquio – fundada em 1990, emprega cerca de 40 pesquisadores. O Hewlett-Packard Laboratories Japan está situado em uma área que vem atraindo laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de muitas companhias. Para a HP o local é desejável por causa de sua proximidade tanto com os mercados emergentes da região Ásia-Pacífico como pelo conhecimento local em campos como linguagens e tecnologias asiáticas para mercados domésticos e consumidores. 64 Tabela 59: Distribuição dos Empregados nos Laboratórios Laboratório Número de Empregados 250 % do total Reino Unido, Bristol 31.3 Estados Unidos, Cambridge França, Grenoble 60* 7.5 Israel, Mount Carmel Estados Unidos, Califórnia 450 56.3 Japão, Tóquio 40 5.0 Total 800 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. * por resíduo 8.3. A Hewlett-Packard no Brasil Empresa: Hewlett-Packard do Brasil S.A. Localização: Barueri, SP Ano de fundação: 1967 Internet: www.hp.com.br Faturamento (1999): US$ 534,953 mi Empregados: 741 8.3.a. Atividades principais – produção de equipamentos eletrônicos incluindo calculadoras, computadores, equipamentos médicos eletrônicos e impressoras. 8.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 8.3.c. Reestruturação recente – n.d. Quadro 9: A Hewlett-Packard do Brasil na ótica da matriz n.d. 65 9. Intel Corporation 9.1. Principais Características Matriz: Intel Corporation Localização: Santa Clara, Califórnia, Estados Unidos Ano de fundação: 1968 Internet: www.intel.com Faturamento (2000): US$ 33.726 mi Empregados (2000): 86.100 9.1.a. Atividades principais – concepção, desenvolvimento, manufatura e comercialização de computadores, redes de trabalho e produtos de comunicação de vários níveis de integração. A Intel é fornecedora de produtos para indústrias de computadores e comunicação. A companhia está organizada em cinco segmentos: Grupo Intel Arquitetura – seus produtos incluem microprocessadores, produtos relacionados e chips. Grupo Circuitos de Comunicação e Computação – entre seus produtos estão componentes de hardware para celular digital, memória de flash e processadores de baixa potência. Grupo Produtos de Comunicação – construção de plataformas para centro de dados para Internet e redes de trabalho. Grupo Redes de Comunicação – entre seus produtos estão componentes de silicone para comunicação, como processadores de rede de trabalho. Grupo Novos Negócios – fornece serviços de banco de dados para comércio eletrônico assim como periféricos de conexão. Os produtos da Intel, em todos os grupos, são vendidos diretamente para fabricantes de equipamentos originais através de distribuidores industriais e varejistas. 9.1.b. Origem e desenvolvimento – em 1968, a NM Electronics foi incorporada por Robert Noyce e Gordon Moore, logo mudando seu nome para Intel, das primeiras sílabas de “eletrônicos integrados” (integrated electronics). Para obter o capital inicial do negócio, Noyce e Moore se aproximaram de Arthur Rock, um capitalista de negócios emergentes, com uma carta de intenções de desenvolver circuitos integrados em larga escala. Rock forneceu o 66 capital. Em 1982 a IBM comprou 12% das ações da Intel, vendidas em 1987. Em 1998 houve uma investigação federal antitruste sobre o domínio da Intel no mercado de chips para computadores pessoais, e a empresa perdeu 50% de sua fatia de mercado neste segmento industrial. Em resposta, começou a se mover para outros setores, como fotografia digital, vídeo, equipamentos de comunicação e mercados eletrônicos na internet, produzindo chips especiais. 9.1.c. Reestruturação recente – no início de 1998 a Intel adquiriu a rival Chips and Technologies Inc., sua aquisição mais cara historicamente, com o objetivo de abastecer a venda de computadores pessoais fornecendo gráficos e animações mais reais. Em 1999 ela se expandiu para o mercado de processamento de redes de trabalho, oferecendo componentes de processamento para esse setor. No mesmo ano, adquiriu 12 companhias, incluindo a Dialogic Corp., a Level One Communication Inc., a BSP Communications Inc., a IPivot Inc. e a Parity Software Development Corp. Em 2000 a empresa anunciou planos de expandir sua unidade produtiva do México e de construir uma planta de produção na Irlanda. Tabela 60: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados das Vendas dos (%) Empregados (%) 1991 4.779 21.9 24.600 194,253 1992 5.844 22.3 25.800 4.9 226,511 1993 8.782 50.3 29.500 14.3 297,695 1994 11.521 31.2 32.600 10.5 353,405 1995 16.202 40.6 41.600 27.6 389,471 1996 20.847 28.7 48.500 16.6 429,835 1997 25.070 20.3 63.700 31.3 393,564 1998 26.273 4.8 64.500 1.3 407,333 1999 29.389 11.9 n.d. n.d. 2000 33.726 14.8 n.d. n.d. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001. Ano Vendas (US$ mi) 67 Tabela 61: Vendas por segmento de negócios Segmento 1999 (US$ mi) % do total Grupo Intel Arquitetura 25.459 86.6 Todos os outros 3.930 13.4 Total 29.389 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa de 2000. Tabela 62: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1997 2,347 9.4 1998 2,509 9.5 1999 3,111 10.6 2000 3,897 11.6 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1999 . Tabela 63: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: EUA Origem: Brasil Origem: Brasil 4.478 60 32 3 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no banco de dados da base Delphion, 2001. 0 9.2. A Intel no Mundo A tabela abaixo mostra, em dólares, como estão divididos os ativos físicos da empresa. Tabela 64: Propriedade, Plantas e Equipamentos, por país Região Ativos (US$ mil) % do Total Estados Unidos 8.127 69.4 Irlanda 1.312 11.2 Outros países 2.276 19.4 Total 11.715 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. Há uma concentração de ativos físicos no país sede da empresa, provavelmente indicando uma concentração da produção nos Estados Unidos. 68 Tabela 65: Vendas por Área Geográfica Região 1999 (US$ mi) % do total Estados Unidos 12.740 43.3 Pacífico Asiático 6.704 22.8 Europa 7.798 26.5 Japão 2.147 7.3 Total 29.389 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. Há uma nítida concentração das vendas da empresa em seu país-sede, Estados Unidos. Grande parte das vendas é proveniente do Pacífico Asiático que, ao incluir o Japão, tem participação maior que a da Europa. Abaixo, a distribuição dos escritórios da empresa no mundo: Tabela 66: Distribuição Geográfica Américas Centro Canadá Estados Unidos Periferia Argentina Brasil Colômbia Costa Rica México Porto Rico Europa Alemanha Dinamarca Espanha França Holanda Irlanda Itália Reino Unido Suécia Polônia República Czarina Rússia Turquia Ásia/Oceania Austrália Coréia Hong Kong Japão Nova Zelândia África Israel China África do Sul Cingapura Emirados Árabes Filipinas Índia Indonésia Malásia Tailândia Taiwan Vietnã Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. 69 9.3. A Intel no Brasil Empresa: Intel Semicondutores do Brasil Localização: São Paulo, SP Ano de fundação: n.d. Internet: www.intel.com.br Faturamento: n.d. Empregados: n.d. 9.3.a. Atividades principais – n.d. 9.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 9.3.c. Reestruturação recente – n.d. Quadro 10: A Intel brasileira na ótica da matriz n.d. 70 10. Motorola Incorporation 10.1. Principais Características Matriz: Motorola Incorporation Localização: Illinois, Estados Unidos Ano de fundação: 1928 Internet: www.motorola.com Faturamento (2000): US$ 37.580 mi Empregados (2000): 147.000 10.1.a. Atividades principais – produção de equipamentos para telefonia sem fio, radiocomunicação bidirecional, produtos e sistemas de mensagens e comunicação por satélite, produtos para redes e acesso à internet, sistemas eletrônicos integrados e soluções em semicondutores. São quatro suas divisões: Comunicação Pessoal Semicondutores Sistema Industrial, Governamental e Comercial 10.1.b. Origem e desenvolvimento – em 1921, Paul Galvin e um amigo fundam em Chicago uma companhia produtora de baterias, que termina sendo fechada dois anos depois por falta de pagamento de impostos. Em 1924, os dois sócios inauguram uma nova companhia no mesmo ramo de produção e criam um eliminador de bateria que permitia conectar rádios diretamente à energia. Galvin e um irmão adquiriram a participação do amigo e iniciam o abastecimento de grandes distribuidores. Em 1928, os dois irmãos fundam a Galvin Manufactoring Corporation, produtora de eliminadores de bateria. Diante das profundas restrições advindas da Grande Depressão, a empresa desenvolveu um novo produto para um mercado praticamente inexplorado: receptores de rádio para carros. A comercialização do novo produto é iniciada em 1930 sob o nome de Motorola – combinação de “motor”e “vitrola”. No mesmo ano, a empresa estruturou a sua primeira rede de distribuição. Em 1947, o nome da empresa é oficialmente mudado para Motorola, e a empresa ingressa na produção de aparelhos de televisão. No ano seguinte, a descoberta de transistores pelos laboratórios Bells marcou uma profunda mudança na Motorola, até então concentrada na manufatura de bens de consumo. Em 1947, foi inaugurada, então, uma unidade de P& D nesta nova área, e a 71 Motorola tornou-se líder no mercado de semicondutores, posição que a colocou na incômoda situação de fornecedora de transistores para seus concorrentes na área de eletrônicos de consumo. Durante os anos 60 e 70, a empresa adotou uma política de expansão da empresa além das fronteiras dos EUA – abriu uma fábrica no México e iniciou a comercialização de produtos em oito diferentes países. Em 1961, a Motorola abriu um escritório no Japão. A internacionalização da companhia ganhou ênfase ainda no ano de 1992 quando a Motorola anunciou planos para instalar duas fábricas na República Popular da China e um laboratório de engenharias de software na Índia. Em 1998 a empresa expandiu suas operações na Europa que passou a contar com 18 laboratórios de P&D e 14 unidades produtivas. 10.1.c. Reestruturação recente – durante os anos 60 e 70, a empresa adotou uma política de ajustamento e definições de novos segmentos a serem explorados. Uma de suas estratégias foi, então, dar prioridade aos componentes eletrônicos de alta tecnologia. Assim, em 1974, a empresa vendeu os negócios de aparelhos de televisão e fez uma série de aquisições, nos anos seguintes, em setores como comunicação de dados, computadores, terminais e telefones celulares. Os microchips da Motorola estavam embarcados em produtos da Apple Computer, da Hewlett-Packard, da Sun Microsystems, entre outros. Nos anos 90, a empresa deixou de priorizar o lado de fornecedora especializada para comercializar produtos de massa, como pagers coloridos. Tabela 67: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados das Vendas dos (%) Empregados (%) 1991 11.341 4.2 102.000 111.186 1992 13.303 17.3 107.000 4.9 124.327 1993 16.963 27.5 120.000 12.1 141.358 1994 22.245 31.1 132.000 10.0 168.523 1995 27.037 21.5 142.000 7.6 190.401 1996 27.973 3.5 139.000 -2.1 201.245 1997 29.794 6.5 150.000 7.9 198.627 1998 29.398 -1.3 133.000 -11.3 221.038 1999 30.931 5.2 121.000 -9.0 255.628 2000 37.580 21.5 147.000 21.5 255.646 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2000, e no Relatório Anual da empresa, 1999. Ano Vendas (US$ mi) 72 Tabela 68: Vendas por segmento de negócios Segmento 1999 (US$ mi) % do total Comunicação pessoal 11.392 38.6 Sistemas de rede 6.544 21.2 Semicondutores 7.370 23.8 Sistema Industrial, Governamental e Comercial 4.068 13.2 Outros produtos 3.736 12.1 Vendas cruzadas (2.719) (8.8) Total 30.391 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa de 1999. Segundo a empresa, os segmentos Comunicação pessoal e Sistemas de rede sofreram perda de competitividade, apesar de registrarem elevadíssimas taxas de expansão. As vendas no segmento de Semicondutores declinaram quando comparadas com os outros anos (1997, US$ 7.314 milhões e 1998 US$ 8.003 milhões) em decorrência da queda nos preços do produto e do declínio da demanda no mercado internacional. Tabela 69: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto P&D (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1995 2.197 8.1 1996 2.394 8.6 1997 2.748 9.2 1998 2.893 9.8 1999 3.438 11.1 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1999. Apesar das taxas de crescimento positivas para gastos em Pesquisa e Desenvolvimento, a proporção em relação às vendas tem se mantido abaixo daqueles praticados, por exemplo, pela rival Lucent. A elevação em termos de volume segue a tendência das multinacionais de telecomunicações, que continuadamente precisam colocar novos produtos e soluções no mercado para manter a competitividade e o faturamento. Importante destacar que os anos de 1997 a 1999 foram marcados por mudanças tecnológicas no setor, sobretudo no mercado de telefonia móvel. 73 Tabela 70: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: EUA Origem: Brasil Origem: Brasil 14.019 879 585 6 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no bando de dados da base Delphion, 2001. 0 10.2. A Motorola no Mundo Tabela 71: Vendas por Área Geográfica, subsidiárias Região 1999 (US$ mi) % do total 1998 (US$ mi) % do total Estados Unidos 19.956 64.5 20.397 69.4 Reino Unido 6.221 20.1 5.709 19.4 Outros países 20.686 66.9 12.812 43.6 Ajustes e eliminações (15.932) (51.5) (9.520) (32.4) Total 30.931 100.0 29.398 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. Tabela 72: Vendas por Área Geográfica, mercado Área Fatia de mercado (%) Estados Unidos 37 Europa 21 China 10 Pacífico Asiático 10 América Latina 8 Japão 7 Outros 7 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. Considerando o item ajustes e eliminações da primeira tabela como fluxos de comércio intra-grupo (pelo menos parte dele), é plausível supor que a Motorola mantenha uma relação com o país sede muito mais forte que os sugeridos pela empresa. Contrapondo as informações das duas tabelas, tem-se que o faturamento da Motorola estadunidense corresponde a 64.5% do total do faturamento da empresa, enquanto que o mercado estadunidense absorve 37% das vendas da empresa. As vendas do grupo estão concentradas no país de origem, apesar de uma aparente tendência de crescente internacionalização da empresa. Esta internacionalização parece estar fortemente direcionada para a Ásia, 74 especialmente para a China, segundo maior mercado estrangeiro da empresa e com maior potencial de crescimento no mundo. Abaixo, a distribuição dos escritórios da empresa no mundo: Tabela 73: Distribuição Geográfica Américas Centro Canadá Estados Unidos Periferia Argentina Brasil Chile Colômbia Costa Rica Guatemala México Peru Porto Rico República Dominicana Uruguai Venezuela Europa Áustria Alemanha Bélgica Dinamarca Espanha Finlândia França Grécia Holanda Irlanda Itália Noruega Portugal Reino Unido Suécia Suíça Ásia/Oceania Austrália Hong Kong Japão Nova Zelândia África Israel Eslováquia Hungria Letônia Lituânia República Czarina Romênia Rússia Turquia Ucrânia Bangladesh África do Sul Cazaquistão Arábia Saudita Cingapura Egito China Emirados Árabes Filipinas Kwait Índia Marrocos Indonésia Malásia Paquistão Sri Lanka Tailândia Taiwan Uzbekistan Vietnã Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. A China é um mercado importante para a Motorola e com características particulares. Os chineses representam 72% da mão-de-obra do quadro da empresa e 65% dos produtos negociados pela filial chinesa foram produzidos domesticamente. Além de se manter líder no mercado local de telefonia celular, o centro de pesquisa em softwares tornou-se o terceiro na 75 hierarquia corporativa, atrás dos Estados Unidos e Índia. Este centro desenvolve, produz, comercializa localmente e exporta um produto que integra telefonia sem fio e internet. Incluídas os empreendimentos conjuntos, a Motorola da China exportou US$ 2,5 bilhões em 2000, contabilizando um superávit comercial de US$ 865 milhões, o que a torna a maior exportadora estrangeira no país. Para efeitos comparativos, a Motorola Malásia, radicada há 28 anos na região, conta com aproximadamente 8.000 funcionários e um centro de P&D com 40 patentes registradas. 10.3. A Motorola no Brasil Empresa: Motorola do Brasil Localização: São Paulo, SP, Brasil Ano de fundação: 1992 Internet: www.motorola.com.br Faturamento (1999): US$ 950 mi Empregados (1999): 3.200 10.3.1. Produtos principais – celulares, estações de rádio-base para infra-estrutura celular, semicondutores para indústria eletrônica, rádios bidirecionais, terminas iDEN, produtos para acesso em banda larga na transmissão e recepção de dados, equipamentos para networking, cabos de modem e serviços e soluções integradas para clientes corporativos. Unidade no Campus Industrial e Tecnológico de Jaguariúna: linhas de produção para celulares, infra-estrutura de celular, iDEN, rádios bidirecionais. O Campus ainda possui um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de terminais celulares em hardware, software, mecânica e desenho industrial e também um Centro de Tecnologia de Semicondutores. 10.3.2. Origem e desenvolvimento – em 1971 a companhia iniciou suas operações no Brasil, com escritório de vendas de semicondutores e representantes na área de comunicação. Em 1992 foi criada a Motorola do Brasil, em São Paulo. Dois anos depois foram inaugurados o escritório em Brasília. Em 1996 foi construída e inaugurada a fábrica de celular em Jaguariúna e definido também o projeto Campus Industrial de Jaguariúna. No ano seguinte, a Motorola do Brasil inaugurou, em Jaguariúna, a primeira fábrica de estações rádio base para 76 celular no país e, em Campinas, o Centro de Tecnologia de Semicondutores, o primeiro da América Latina. 10.3.3. Reestruturação recente – n.d. Informações gerais – A Motorola do Brasil importa mais de 90% dos itens utilizados na fabricação de semicondutores, enquanto os componentes plásticos são adquiridos nacionalmente em percentagem em torno de 60%. No final de 2000, a companhia contava com apenas 27 fornecedores locais. Porém, a necessidade de reduzir os custos de logística e o tempo de fornecimento está atrelada à sua política global para fornecedores, e a Motorola tenta atrair seus fornecedores mundiais para os mercados regionais. A norte-americana Intesys, por exemplo, que exportava peças à Motorola, se associou à brasileira Metagal que passou a prover o abastecimento localmente. Recentemente a brasileira PWM, que vinha desenvolvendo produtos para a filial brasileira, foi obrigada a se associar com uma empresa coreana fornecedora global do grupo para manter-se em atividade. O Brasil é a base dos negócios da Motorola na América do Sul. Entre 1995 e 1998 a empresa investiu US$ 150 milhões na instalação de fábricas de celulares, pagers, etc. No final de 1999 a empresa investiu mais de US$ 60 milhões para ampliação da capacidade de produção de celulares. A planta é considerada de tecnologia mundial e centraliza a produção de estações rádio-base que são exportados para operadoras celulares dos Estados Unidos e América Latina. As exportações, que cresceram mais de 100% entre 1998 e 1999, representam 30% da produção da unidade de Jaguariúna. 77 Quadro 11: A Motorola do Brasil na ótica da matriz No Brasil, a Lei de Informática obriga as empresas a investir 5% do faturamento em P&D. Para a Motorola, estes recursos, segundo seu presidente, “permitem criar soluções baratas para as características do mercado brasileiro, que não se repetem em nenhum lugar do mundo”. Foi por esta condição que a empresa desenvolveu no Brasil o atual padrão dos telefones sem fio hoje fabricados na China e vendidos no mundo todo. Em meados de 2000, a cidade de Porto Alegre foi escolhida para receber as instalações do Centro de Excelência Ibero-Americano em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), com o objetivo de fabricar e testar protótipos de chips. Segundo a direção da empresa não se trata de um centro para a Motorola, mas de um pólo tecnológico na área da microeletrônica e que centros deste gênero só existem na Alemanha, Estados Unidos, China e na Austrália. O investimento total é de US$ 25 milhões com cerca de metade dos recursos da Motorola. O restante dos custos serão divididos entre a iniciativa privada, o poder público e universidades. No Brasil, a Motorola iniciou-se na área de pesquisa em 1996, procurando soluções locais devido a defasagem tecnológica em relação aos Estados Unidos. Atualmente, o centro de P&D da Motorola no país conta com 150 pesquisadores de telefonia celular e 65 de semicondutores. Segundo a empresa, o centro de Jaguariúna desenvolve tecnologias para outras unidades da empresa. Entre elas, soluções de softwares para mensagens pelo telefone, de telefone sem fio e de banda simples. No início deste ano a empresa anunciou a intenção de ampliar este centro. Em maio de 2001 a empresa anunciou a intenção de inaugurar um centro de operações de redes na América Latina, hoje existentes apenas no Estados Unidos e no Reino Unido. O centro orçado em US$ 500 milhões estará localizado em um país a ser selecionado entre México, Brasil e Argentina. Este centro se caracterizará pelo emprego de pequena quantidade de mão-de-obra. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em Gazeta Mercantil, vários números. 78 11. Nestlé S.A. 11.1. Principais Características Matriz: Nestlé S.A. Localização: Vevey, Suíça Ano de fundação: 1866 Internet: www.nestle.com Faturamento (2000): US$ 47.092 mi Empregados (1999): 230.929 11.1.a. Atividades principais – processamento de alimentos. São cinco as suas divisões, com seus respectivos produtos: Bebidas – café instantâneo, café torrado, chocolate, bebidas à base de malte e água mineral. Derivados de leite, alimentos e sorvetes – leite longa vida e enriquecido, nutrição infantil, alimentos dietéticos, iogurtes, cereais, sobremesas e sorvetes. Chocolate e Confeitaria – tabletes de chocolate e especialidades infantis e de adultos. Pratos preparados, condimentos e outros – produtos congelados, sopas, caldos, molhos, massas, talharins e comida para animais. Produtos farmacêuticos – drogas terapêuticas oftalmológicas, soluções para lentes de contato, equipamentos e instrumentos cirúrgicos, lentes de contato e produtos usados durante cirurgias e de uso dermatológico. 11.1.b. Origem e desenvolvimento – em 1866 Charles Page estabeleceu a Anglo-Swiss Condensed Milk Co. na Suíça. Em 1867, Henri Nestle começou a comercializar a Farinha Láctea para bebês que recusavam leite materno. A Nestlé expandiu para a Inglaterra em 1872. Em 1875, Nestle se aposentou e vendeu a companhia para Jules Monnerat. Em 1881, a AngloSwiss abriu sua primeira unidade produtiva nos Estados Unidos. Entre 1898 e 1900 a Nestlé adquiriu uma companhia norueguesa e abriu unidades produtivas nos Estados Unidos, GrãBretanha, Alemanha e Espanha. Em 1904 a Nestlé entrou no segmento de chocolates e no ano seguinte ela e a Anglo-Swiss se fundiram. Em 1906 a nova companhia iniciou produção na Austrália. Em 1920 inicou-se produção na América Latina. Em 1930, subsidiárias foram estabelecidas na Argentina e em Cuba, além de centros de produção em Copenhagen, Morávia e Tchecoslováquia. Em 1936, a Nestlé e a Anglo-Swiss se tornaram uma companhia holding. 79 A Nestlé se fundiu com a Alimentana S.A., produtora de condimentos da marca Maggi em 1947, e a holding muda seu nome para Nestlé Alimentana Co. Em 1974 a Nestlé se tornou a acionária majoritária da Loreal, companhia de cosméticos e em 1977 a Alcon Laboratories, companhia farmacêutica, juntou-se à holding. Em 1979, Nestlé S.A. é adotado como nome oficial da companhia. 11.1.c. Reestruturação recente – em 1991 a Nestlé se juntou com a Coca-Cola para comercializar concentrados de suas bebidas – café, chá e chocolate. Em 1997 adquiriu a companhia italiana de água mineral San Pellegrino. Em 2000, a Nestlé se juntou ao Grupo Danone, à SAP AG e à Henkel para lançar a CPGmarket.com, primeiro mercado eletrônico europeu para companhias de bens de consumo. Tabela 74: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados dos das Vendas Empregados (%) (%) 1991 29.200 8.9 201.139 145,171 1992 31.521 8.0 218.005 8.4 144,589 1993 33.248 5.5 209.755 -3.8 158,510 1994 32.906 -1.0 212.687 1.4 154,715 1995 32.669 -0.7 220.172 3.5 148,378 1996 34.986 7.1 221.144 0.4 158,203 1997 40.485 15.7 225.808 2.1 179,288 1998 41.496 2.5 231.881 2.7 178,955 1999 43.181 4.1 230.929 -0.4 186,988 2000 47.092 9.1 224.541 -2.8 209,726 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001. Ano Vendas (US$ mi) O crescimento de 15.7% das vendas em 1997 coincide com a aquisição da italiana San Pellegrino, produtora de água mineral. 80 Tabela 75: Vendas por segmento de negócios Segmento 1999 (US$ mi) % do total Bebidas 12.065 27.9 Derivados de leite 11.227 26.0 Pratos preparados 11.675 27.0 Chocolate 5.897 13.7 Produtos farmacêuticos 2.317 5.4 Total 43.181 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa de 1999. Tabela 76: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1997 445,368 1.1 1998 466,769 1.1 1999 516,511 1.2 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1999 . Tabela 77: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: Suíça Origem: Brasil Origem: Brasil 312 437 9 93 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no bando de dados da base Delphion, 2001. 0 11.2. A Nestlé no Mundo A Nestlé possui 509 unidades produtivas em 83 países. Destas, 68 são plantas de água engarrafada e 17 de produtos farmacêuticos e dermatológicos. 81 Tabela 78: Vendas por Área Geográfica Região 1999 (US$ mi) % do total Alimentos Europa 15.672 36.3 Américas 12.751 29.5 África, Ásia e Oceania 7.872 18.2 Outras atividades 6.886 16.0 Total 43.181 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. Tabela 79: Empregados por Área Geográfica Região 1999 % do total Europa 96.528 41.8 Suíça 6.375 (2.8) Américas 76.207 33.0 África, Ásia e Oceania 58.194 25.2 Total 230.929 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. A tabela acima mostra que, apesar de grande parte dos empregados estarem na Europa, apenas 2.8% deles estão na Suíça, uma indicação de que lá estão atividades pouco intensivas em mão-de-obra. Tabela 80: Empregados por Atividade Atividade 1999 % do total Unidades produtivas 138.191 59.8 Administração e Venda 97.738 42.3 Pesquisa e Desenvolvimento 3.500 1.5 Total 230.929 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. A tabela abaixo apresenta a atividade de cada país, segundo a seguinte legenda: P&I = Produz e Importa P = Produz simplesmente I = Importa simplesmente 82 Tabela 81: Atividade por país País Américas Canadá EUA Argentina Brasil Chile Colômbia Costa Rica Cuba El Salvador Equador Guatemala Jamaica México Nicarágua Panamá Peru Porto Rico República Dominicana Trinidad e Tobago Uruguai Venezuela Europa Alemanha Aústria Bélgica Bulgária Dinamarca Eslováquia Espanha Finlândia França Grécia Holanda Hungria Itália Noruega Polônia Portugal Reino Unido República da Irlanda República Theca Romênia Rússia Bebidas P&I P&I P&I P&I P&I P&I I P P P&I P&I P&I P&I Produtos de Pratos Chocolates e Farmacêuticos Fábricas Leite e preparados e Confeitaria sorvetes biscoitos P&I P&I I P P P&I I I I P&I P P&I P I P&I P&I I P&I P&I P&I P&I P P P&I P P&I P&I I P&I P&I P&I P P P P&I P&I I I P&I P&I P&I P P&I P&I P&I P P&I I P&I I I P&I P&I I P&I I I I I I I I I P&I I I I P&I I 11 59 6 23 7 3 2 2 1 4 1 2 16 1 3 2 1 3 P&I P&I P&I I I 1 P&I P&I I P&I I P&I I P&I I I 1 4 P&I P&I P&I I I I P&I I P&I P&I I P&I P&I P&I P&I P&I P&I I P&I I P&I I P I P&I P P&I P&I P&I I P&I P P&I P&I P&I I P&I P&I P&I I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I I I P&I I I P&I I P&I P&I P&I P&I P&I I P&I I P&I P&I I I P&I I I I P&I I P&I I I I I I I I I I 29 1 3 1 2 1 23 3 39 5 8 2 28 4 5 6 26 3 P&I I I P&I I 5 P&I I I 1 6 P&I P&I P&I P&I I P&I I P&I 83 Suécia Suíça Turquia Ucrânia Ásia/Oceania Austrália Bangladesh Camboja Rep. Pop. China Coréia Filipinas Ilhas do Pacíficos Índia Indonésia Japão Malásia Nova Zelândia Singapura Sri Lanka Tailândia Taiwan Vietnã África África do Sul Arábia Saudita Camarrões Costa do Marfim Egito Emirados Arábes Gana Guiné Israel Jordânia Líbano Marrocos Nigéria Paquistão Quênia Senegal Síria Tunísia Zimbabue P&I P&I P&I I P P&I P&I I P&I P&I P I I P&I P P&I I I I I 6 9 3 1 P&I I I P& I P P&I P&I P& I P&I P&I I P& I I P& I I I I P& I 13 1 1 18 P&I P&I P&I P P&I P&I P&I P&I P&I I P&I P&I I I I 1 8 4 P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P P&I P&I P&I P P&I P&I P&I P&I P&I P P&I P&I P&I P&I P&I P P&I P&I I P P&I P&I P&I P&I I I I I I I I I I I I 7 5 4 7 4 1 2 8 1 3 P&I I I P&I P&I P&I I P&I P&I P P P P I I I I I 14 1 1 2 P&I I P&I P&I P I I I I I 4 1 P&I I P&I P&I P&I P&I P&D P&I P&I I P&I P&I P&I P&I I P&I I I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P&I P P I I P&I P P P&I P&I P&I I P&I I I I I I I I I I I I I I I 1 1 12 1 1 1 1 2 1 1 1 P&I I P&I I I I P&I I I I 1 84 Abaixo, a distribuição geográfica das filiais da companhia: Tabela 82: Distribuição Geográfica Américas Centro Canadá Estados Unidos Periferia Argentina Bolívia Brasil Chile Colômbia Costa Rica Cuba El Salvador Equador Guatemala Honduras Jamaica México Nicarágua Panamá Paraguai República Dominicana Trinidad e Tobago Uruguai Venezuela Europa Ásia/Oceania Alemanha Áustria Bélgica Dinamarca Espanha Finlândia França Grécia Holanda Irlanda Itália Noruega Portugal Reino Unido Suécia Suíça Austrália Coréia Israel Japão Nova Zelândia Bulgária Eslováquia Hungria Polônia República Czarina Rússia Turquia Ucrânia Arábia Saudita Bangladesh Cambodia China Cingapura Emirados Árabes Fiji Filipinas Índia Indonésia Jordânia Kuwait Líbano Malásia Nova Caledônia Papua Nova Guiné Polinésia Francesa África África do Sul Camarões Costa do Marfim Egito Gabão Gana Guinea Ilhas Maurício Marrocos Nigéria Quênia Senegal Tunísia Zimbabwe Síria Sri Lanka Tailândia Taiwan Vietnã Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 85 A Nestlé possui uma companhia de P&D e Assistência Técnica, a Nestec Ltd., em Vevey, na Suíça, que oferece assistência técnica, científica, comercial e de negócios para a companhia. Suas unidades fornecem conhecimento e assistência permanente para que as companhias do Grupo operem dentro da estrutura de licenças e contratos. A tabela abaixo mostra a distribuição e o número de unidades envolvidas: Tabela 83: Unidades de P&D Américas Centro Estados Unidos (4) Europa Ásia/Oceania África Alemanha (1) Espanha (1) França (5) Itália (1) Reino Unido (1) Suécia (1) Suíça (4) Periferia Cingapura (1) Costa do Marfim (1) Malásia (1) Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 11.3. A Nestlé no Brasil Empresa: Nestlé Industrial e Comercial Ltda. Localização: São Paulo, SP Ano de fundação: 1920 Internet: www.nestle.com.br Faturamento (2000): US$ 1.421,5 mi Empregados (2000): 17.000 11.3.a. Atividades principais – manufatura de produtos a base de leite, café, chá, alimentos infantis e dietéticos, confeitaria, chocolate, sobremesas, sopas, condimentos e carnes semiprontas. 11.3.b. Origem e desenvolvimento – No Brasil, os produtos Nestlé são fabricados desde 1921, quando a empresa instalou sua primeira unidade industrial em Araras (SP). A empresa 86 começou a produzir chocolates no País em 1959, linha hoje concentrada na fábrica de Caçapava. A fábrica de biscoitos São Luiz foi fundada em 1931, em São Paulo, tendo sido adquirida pela Nestlé em 1967. Na década de 80, diante da necessidade de ampliar a produção, a Nestlé passou também a utilizar a unidade de Marília, no interior paulista, para a fabricação dos biscoitos São Luiz, que, além de atender ao mercado brasileiro, são também exportados. Já a história da Tostines, que foi adquirida pela Nestlé em 1993, remonta ao ano de 1927, quando foi fundada a fábrica de doces Carvalho & Lobo, em São Paulo. Em 1965, com a inauguração da unidade industrial no bairro do Pari, foi lançada a marca Tostines, que trazia uma inovação: era embalada em pacotes, o que só acontecia na Europa e na América do Norte. Nestlé em Caçapava foi inaugurada em 1971, sendo responsável pela fabricação de todos os chocolates Nestlé no País. 11.3.c. Reestruturação recente – n.d. Tabela 12: A filial brasileira na ótica da matriz A Nestlé em Caçapava é uma das mais modernas fábricas da Nestlé no mundo. Produz mais de 40 tipos de chocolate, além de caramelos, toffees e Mentex. Essa fábrica, que tem capacidade para 76 mil toneladas/ano, entrou para o mapa da produção mundial de chocolates. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 87 12. PepsiCo Incorporation 12.1. Principais Características Matriz: PepsiCo Inc. Localização: Nova Iorque, Estados Unidos Ano de fundação: 1898 Internet: www.pepsico.com Faturamento (2000): US$ 20.438 mi Empregados (2000): 124.000 12.1.a. Atividades principais – produção de refrigerantes, snacks e sucos. São três as suas divisões: Frito-Lay – produção, comercialização e distribuição de salty snacks. Pepsi-Cola – produção de concentrado de Pepsi-Cola, Pepsi Diet, Mountain Drew e outras marcas, engarrafamento e distribuição Tropicana – produção, comercialização, distribuição e venda de sucos. 12.1.b. Origem e desenvolvimento – em 1898, Caleb Bradham, um farmacêutico da Carolina do Norte, criou a bebida Pepsi-Cola, inventada para competir com a Coca-Cola e levando esse nome porque achava-se que curava dispepsia. Em 1902, Bradham abandonou sua farmácia e passou a produzir a bebida, que se tornou marca registrada em 1903. Em 1920 o preço do açúcar sobe, afetando os negócios de Bradham que pede, sem sucesso, ajuda a um banqueiro de Wall Street, Roy Megargel. A Pepsi-Cola faliu em 1923 e seus ativos foram vendidos. Megargel compra a marca registrada da companhia, recebendo direitos sobre a fórmula secreta da bebida. Em 1928, Megargel reorganizou a companhia sob o nome de National Pepsi-Cola Co. A companhia vai à falência em 1931. Charles Geeth, presidente da Loft Inc., uma “loja” de balas e sorvetes (candy and fountain store enterprise), assinou, no mesmo ano, um acordo com Megargel para reviver a Pepsi-Cola e adquiriu 80% das ações da nova empresa. Geeth modificou a fórmula da Pepsi e cancelou o contrato da Loft com a Coca-Cola. Em 1934 a Pepsi-Cola Co. do Canadá foi formada e no ano seguinte foi a vez da Compania Pepsi-Cola de Cuba. Em 1936, iniciou-se as operações da empresa em Londres. Em 1940 a Loft se fundiu com a sua subsidiária Pepsi, sob o nome de Pepsi-Cola Co. Em 1965 a PepsiCo Inc. foi fundada quando a Pepsi-Cola e a Frito-Lay se fundem. Em 1974 a Pepsi abriu uma 88 unidade na ex-União Soviética. Em 1977 ela adquiriu a Pizza Hut. Em 1982, ela abre uma operadora na China. 12.1.c. Reestruturação recente – em 1997 a PepsiCo anunciou planos de se desfazer de suas operações de restaurante: Taco Bell, Pizza Hut e Kentucky Fried Chicken. Em 1998 a companhia adquiriu a Tropicana. No ano seguinte, a PepsiCo spins off sua unidade Pepsi Bottling Group e volta a fazer e vender seus produtos, tanto refrigerantes quanto snacks. Assim, enquanto a maior parte das empresas contratam distribuidores terceirizados, os produtos da PepsiCo chegam ao mercado através de seu próprio sistema de distribuição direta, ou seus próprios engarrafadores (bottlers). Esse sistema dá à empresa o controle sobre seus negócios e fornece vantagens aos varejistas – já que a Pepsi leva seus produtos aos clientes em seus próprios caminhões e os coloca na prateleira. Em 2000, a PepsiCo e a Quaker Oats Company anunciaram sua fusão. Tabela 84: Vendas e Empregados Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados dos das Vendas Empregados (%) (%) 1991 19.608 10.1 338.000 58,012 1992 21.970 12.0 372.000 10.1 59,059 1993 25.021 13.9 423.000 13.7 59,151 1994 28.472 13.8 471.000 11.3 60,451 1995 30.421 6.8 480.000 1.9 63,377 1996 31.645 4.0 486.000 1.2 65,113 1997 20.917 -33.9 142.000 -70.8 147,303 1998 22.348 6.8 150.000 5.6 148,987 1999 20.367 -8.9 116.000 -22.7 175,577 2000 20.438 0.3 124.000 6.9 164,823 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001, e no Relatório Anual da empresa, 1999. Ano Vendas (US$ mi) Em 1997, tanto a queda nas vendas da empresa de 33% quanto dos empregados em 70% podem ser explicadas pela venda de suas operações de restaurantes. O mesmo movimento, dois anos depois, pode ser efeito da venda de sua unidade de distribuição. 89 Tabela 85: Vendas por segmento de negócios Segmento 1999 (US$ mi) % do total Frito-Lay 11.615 57.0 Pepsi-Cola 4.376 21.5 Tropicana 2.253 11.1 Operações de engarrafamento/Investimentos 2.123 10.4 Total 20.367 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa de 1999. Tabela 86: Gastos com Publicidade Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1997 1,800 8.6 1998 1,900 8.5 1999 1,800 8.8 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1999. Tabela 87: Patentes Total de Depósitos País Sede Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede Brasil Origem: EUA Origem: Brasil Origem: Brasil 3 1 1 0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no banco de dados da base Delphion, 2001. 0 12.2. A PepsiCo no Mundo Tabela 88: Vendas por Área Geográfica, segundo as Divisões Região 1999 (US$ mi) % do total Frito-Lay América do Norte 7.865 38.6 Internacional 3.750 18.4 Pepsi-Cola América do Norte 2.605 12.8 Internacional 1.771 8.7 Tropicana Total 2.253 11.1 Operações de engarrafamento/Investimentos 2.123 10.4 Total 20.367 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. 90 A Frito-Lay, na América do Norte, é responsável pela produção, comercialização e distribuição de salty snacks. Internacionalmente, o mesmo, tanto para salty quanto para sweet snacks. A Pepsi-Cola produz o concentrado de Pepsi-Cola, Pepsi Diet, Mountain Drew e outras marcas na América do Norte para vender aos engarrafadores franquiados. Internacionalmente, opera unidades de engarrafamento e distribuição. A Tropicana produz, comercializa, distribui e vende sucos internacionalmente. Tabela 89: Vendas por Área Geográfica Área 1999 (US$ mi) % do total Estados Unidos 11.772 57.8 Internacional 6.472 31.8 Operações de engarrafamento/Investimentos 2.123 10.4 Total 20.367 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1999. Para a Frito-Lay, os principais mercados mundiais incluem Austrália, Brasil, México, Holanda, África do Sul, Espanha e Reino Unido. Para a Pepsi-Cola, os principais são Argentina, Brasil, China, Índia, México, Filipinas, Arábia Saudita, Espanha, Tailândia e Reino Unido. Os principais mercados da Tropicana são Bélgica, Canadá, França e Reino Unido. 12.3. A PepsiCo no Brasil Empresa: PepsiCo do Brasil Ltda Localização: São Paulo, SP, Brasil Ano de fundação: 1988 Internet: www.pepsico.com.br Faturamento: n.d. Empregados: n.d. 12.3.a. Atividades principais – n.d. 12.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 12.3.c. Reestruturação recente – n.d. Quadro 13: A PepsiCo brasileira na ótica da matriz n.d. 91 13. Raytheon Company 13.1. Principais Características Matriz: Raytheon Company Localização: Lexington, Massachusetts, Estados Unidos Ano de fundação: 1922 Internet: www.raytheon.com Faturamento (2000): US$ 16.895 mi Empregados (2000): 93.700 13.1.a. Atividades principais – fornecimento de produtos e serviços nas áreas de eletrônicos comerciais e defensivos e negócios de aviação e aeronaves para missões especiais. A empresa é uma fornecedora para a indústria aeroespacial e de defesa. Seus produtos incluem sistemas aéreos de mísseis defensivos e radares, entre outros. São oito suas divisões: Sistemas eletrônicos – engloba o segmento de Sistemas de Defesa e o de Sistemas Eletrônicos e Sensores Sistemas de comando, controle, comunicação e informação – com serviços de controle de tráfico aéreo e o Sistema para Vigilância da Amazônia, SIVAM, entre outros Treinamento e Serviços Sistemas de integração de aeronaves Sistemas Limitados – incluindo serviços de inteligência, vigilância e reconhecimento, por exemplo Eletrônicos comerciais Companhia Aérea – com linhas regionais e para missões especiais Engenheiros & Construtores – ligados à parte de infraestrutura, operações e manutenção de unidades produtivas e projetos do governo Contrato de Manufatura de Eletrônicos: Entre suas atividades, a empresa apresenta o chamado Contract Electronics Manufacturing, uma unidade produtiva que oferece serviços de manufatura de eletrônicos através de contratos. A empresa desenvolve várias tecnologias de processo produtivo, e esse conjunto permite o uso de diferentes tecnologias para o mesmo produto. Esta vantagem proporciona à empresa a manufatura de produtos para uma ampla série de mercados: automotivo, industrial, de consumo, computadores, comunicações, e outros. A companhia também oferece outras atividades de suporte, complementando a 92 manufatura de eletrônicos. Entre elas estão: protótipos, aquisição e gerenciamento de componentes, distribuição para o consumidor final, suporte técnico de alta qualidade e serviço de vídeo conferência. 13.1.b. Origem e desenvolvimento – a Raytheon foi fundada em Cambridge, em 1922, como American Appliance Company, uma produtora comercial cujos clientes eram grandes empresas. Em 1925 foi adotado o nome Raytheon. Em 1964 a empresa passa a diversificar sua linha de produtos de defesa através de uma série de aquisições comerciais estratégicas, com o objetivo de harmonizar suas vendas entre grandes empresas e governo. Entre as suas aquisições no período dos anos 60 até anos 80 estão uma fornecedora de serviços para exploração de óleo e gás, uma companhia de softwares e uma produtora de equipamentos de telefone. 13.1.c. Reestruturação recente – nos anos 90, com o objetivo de se focar nos mercados em que é líder, eletrônicos comerciais e de defesa e aviação de negócios e aeronaves para missões especiais, a empresa se desfaz de vários negócios não focados nestas atividades, como seus negócios de utensílios domésticos e de aquecedores e aparelhos de ar-condicionado. Em julho de 2000, a empresa vende sua subsidiária Engenheiros & Construtores. Tabela 90: Vendas e Empregados Ano Vendas (US$ Crescimento Empregados Crescimento Vendas/ mi) das Vendas dos Empregados Empregados 1991 9.274 0.1 71.600 129,528 1992 9.058 -2.3 63.900 -10.8 141,756 1993 9.201 1.6 63.800 -0.2 144,219 1994 10.013 8.8 60.200 -5.6 166,326 1995 11.716 17.0 73.200 21.6 160,049 1996 12.331 5.2 75.300 2.9 163,752 1997 13.673 10.9 119.200 58.3 114,706 1998 19.530 42.8 108.200 -9.2 180,499 1999 19.856 1.7 105.300 -2.7 188,566 2000 16.895 -14.9 93.700 -11.0 180,309 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio profiles.wisi.com, 2001. 93 De 1996 para 1997, observa-se um crescimento significativo do número de empregados, um provável resultado das fusões com a Hughes Electronics Corporation e a Texas Instruments. Tabela 91: Vendas por segmento de negócios Segmento 1999 (US$ mi) 5.215 2.695 3.576 % do total 26.8 13.6 18.0 Sistemas de Defesa Sistemas Eletrônicos e Sensores Sistemas de Controle, Comando, Comunicação e Informação Sistemas de Integração de Aeronaves, Treinamento e 3.003 15.1 Serviços, Eletrônicos Comercias e Outros Total Eletrônicos 14.489 73.0 Engenheiros & Construtores 2.656 13.4 Aeronaves 2.696 13.6 Total 19.841 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa de 1999. Com base nos dados acima, percebe-se a concentração das vendas nos segmentos eletrônicos, principalmente em Sistemas de Defesa, atividade principal da empresa. Tabela 92: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto P&D (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1996 323 2.6 1997 415 3.1 1998 582 3.0 1999 508 2.6 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1999. A empresa justifica o aumento dos gastos com P&D de 1996 para 1997 devido principalmente à fusão com a Hughes Defense e à aquisição da Texas Instruments Defense. Já a diminuição dos gastos em relação às vendas de 1998 para 1999 acontece, ainda segundo a empresa, devido à eliminação das duplicações do P&D que ocorria antes da formação da Raytheon Systems Company. 94 Tabela 93: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: EUA Origem: Brasil Origem: Brasil 1.908 10 10 0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no bando de dados da base Delphion, 2001. 0 13.2. A Raytheon no Mundo A Raytheon tem operações em 42 estados dos Estados Unidos e escritórios em 34 países ao redor do mundo. Além disso, a companhia atende clientes em mais de 80 países no mundo. Tabela 94: Vendas por Área Geográfica Ano EUA (US$ mi) % do total Fora dos EUA * % do total Total (US$ mi) (US$ mi) 1996 11.570 93.8 761 6.2 12.331 1997 12.827 94.4 766 5.6 13.593 1998 18.417 94.8 1.002 5.2 19.419 1999 18.549 93.5 1.292 6.5 19.841 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa, 1998 e 1999. * principalmente Europa. Conforme se observa no quadro acima, para os quatro anos, há uma concentração das vendas da empresa nos Estados Unidos, país sede da Raytheon. A participação deste país nas vendas varia entre 93% e 94% sobre o total. Percebe-se também a importância dada às atividades na Europa. O quadro abaixo apresenta os países onde a empresa mantém seus escritórios, mais as operações nos Estados Unidos: 95 Tabela 95: Distribuição Geográfica Américas Centro Canadá Estados Unidos Europa Alemanha Bélgica Escócia Espanha França Grécia Holanda Itália Noruega Reino Unido República Tcheca Ásia/Oceania África Austrália Coréia Japão Periferia Argentina Brasil Chile Venezuela Arábia Saudita África do Sul China Egito Cingapura Emirados Árabes Filipinas Guam Índia Indonésia Kwait Malásia Tailândia Taiwan Turquia Turquia Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. Canadá e Estados Unidos – estabelecidas em 1952, as unidades desses países são fornecedoras de subsistemas de precisão óptica, especializada na concepção e manufatura de sistemas e sub-sistemas óptico-mecânicos e eletro-ópticos para os mercados médicos, industriais, automotivos, de defesa e lazer. Unidades produtivas localizadas em Midland, Ontário e Richardson, Texas, com 800 empregados no total. Antártica – sob contrato com a Fundação Nacional de Ciência, a Raytheon Polar Services é responsável pela ciência, operações e serviços de manutenção em três locais na Antártica: McMurdo Station, Amundsen-Scott South Pole Station e Palmer Station. Também tem estações em Christchurch, Nova Zelândia; Punta Arenas, Chile e Port Hueneme, Califórnia. Seu escritório de gerência está em Denver, Colorado, Estados Unidos. 96 Austrália – a Raytheon Austrália Pty Ltd atua nos negócios de defesa eletrônica e sistemas integrados. Baseia-se principalmente como contratada e integradora de sistemas, atuando em plataformas aeroespaciais e navais, sistemas eletrônicos e de comunicação e outras tecnologias que abastecem o mercado australiano. Possui capacidade necessária para assumir contratos de projetos de defesa. Alemanha – estabelecida em 1945, a Raytheon Marine Company teve um faturamento de 102.9 mi DM em 2000, com aproximadamente 460 empregados, atendendo clientes em 90 países. A empresa produz e distribui produtos eletrônicos marinhos, assim como equipamentos e serviços. Para expandir campo de produtos em comunicação, a Raytheon Marine adquiriu, em 1996, a sueca Standard Radio. Espanha – inaugurada em 1992 para servir o mercado automotivo e de eletrônicos industrial/comercial, a Raytheon Microelectronics España S.A. possui uma fábrica de alta capacidade que oferece completos serviços de contrato de manufatura de eletrônicos. A planta possui diferentes áreas de trabalho e equipamentos, de acordo com as atividades desenvolvidas. Atualmente, tem clientes nos mercados automotivo, industrial, de consumo, computadores, comunicação e identificação de freqüência de rádio. Reino Unido – com atividades lideradas pela Raytheon Systems Limited, há 40 anos a empresa atua no país. Concebe, desenvolve e produz ampla gama de produtos e sistemas eletrônicos defensivos e comerciais. 13.3. A Raytheon no Brasil Empresa: Raytheon do Brasil S.A. Localização: São Paulo, SP Ano de fundação: n.d. Internet: n.d. Faturamento: n.d. Empregados: n.d. 97 13.3.a. Atividades principais – produção de produtos elétricos incluindo máquinas de lavar comerciais e domésticas, tumble driers, fridges e freezers, radares meteorológicos e unidades de geração elétrica. 13.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 13.3.c. Reestruturação recente – n.d. Empresa: Raytheon Brasil Sistemas de Integração Ltda. Localização: Rio de Janeiro, RJ, Brasil Ano de fundação: n.d. Internet: n.d. Faturamento: n.d. Empregados: n.d. 13.3.a. Atividades principais – n.d. 13.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 13.3.c. Reestruturação recente – n.d. 98 Quadro 14: As atividades da Raytheon no Brasil: o Sivam na ótica da empresa A empresa é a principal fornecedora de equipamentos para o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). O SIVAM tem como objetivo ajudar o governo brasileiro a monitorar e proteger os recursos da Amazônia, através de uma rede integrada de informação ligando numerosos sensores a centros de coordenação regionais e nacionais com vistas ao desenvolvimento sustentável da região. O trabalho filantrópico da empresa no Brasil tem como foco, ainda, melhorar a educação primária local através do Programa de Educação da Amazônia, prevendo o treinamento de professores em serviço e a mensuração concreta de resultados. Pelo contrato do Sivam, a Raytheon é responsável pelos radares de controle do tráfico aéreo, monitores do meio-ambiente, radares e estações meteorológicas, equipamento de comunicações, aeronaves de inspeção e processamento de dados da região Amazônica. A Embraer, produtora de aviões brasileira, é responsável pelos sistemas de monitoramento aéreo e sensores aéreos remotos. A Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas (ATECH) servirá como integrador brasileiro do programa. Em junho de 2000, A Raytheon entregou a primeira aeronave-laboratório do SIVAM para a Força Aérea brasileira do Rio de Janeiro. A empresa entregou um Hawker 800XP modificado, aparelhado com equipamento eletrônico especial para ser usado na avaliação da performance dos sistemas de controle aéreo, sistemas de instrumentos de pouso e sistemas de comunicação entre ar e terra. Segundo o presidente da Raytheon Brasil, “a Raytheon e o governo do Brasil têm trabalhado juntos para garantir que esta aeronave represente o mais moderno e avançado sistema de inspeção de vôo na América do Sul”. A aeronave será operada pelo Grupo Força Aérea Brasileira de Inspeção de Vôo, responsável por comissionar e testar regularmente todo o equipamento ATC no Brasil. A nova aeronave irá beneficiar todos vôos brasileiros e internacionais na região amazônica e ajudar o governo brasileiro a executar as atividades de teste relacionadas com a implementação do SIVAM. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em informações do sítio internético da empresa, 2000, e reportagens da imprensa. 99 14. Toshiba Corporation 14.1. Principais Características Matriz: Toshiba Corporation Localização: Minato-Ku, Tóquio, Japão Ano de fundação: 1875 Internet: www.toshiba.co.jp Faturamento (2000): US$ 47.950 mi Empregados (2000): 190.870 14.1.a. Atividades principais – a empresa é voltada para pesquisa e desenvolvimento, produção e venda de produtos eletrônicos e de alta-tecnologia incluindo sistemas de informação e comunicação, aparelhos eletrônicos, aparelhos eletrônicos pesados para plantas industriais, eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e outros produtos de consumo. São cinco suas divisões: Sistemas de Informação e Comunicação – computadores pessoais, equipamentos de escritório como copiadoras, fax e impressoras, discos rígidos, DVDs, equipamentos para o setor de comunicações, satélites comerciais, sistemas de informação e imagem de equipamentos médicos. Aparelhos e materiais eletrônicos – semicondutores, memórias para computadores, visores de cristal líquido, tubos catódicos para televisor colorido, baterias. Sistemas Energéticos e Industriais – reatores, manutenção e construção de unidades energéticas, unidades de geração de energia térmica e unidades de energia hidrelétricas, aparelhos industriais elétricos e maquinaria, equipamento de transporte, elevadores. Produtos de consumo – produtos de televisão e vídeo, equipamentos de imagem digital, eletrodomésticos. Serviços e outros – serviços financeiros para consumidores, serviços de leasing, serviços de logística 14.1.b. Origem e desenvolvimento – a empresa foi formada em 1939 através da união de duas produtoras de equipamento elétrico, a Shibaura Seisakusho Works e a Tokyo Electric Company. A mais velha de todas, Shibaura, foi estabelecida em 1875, sendo a primeira oficina de equipamentos de telegrafia, Seizo-sha. O nome Shibaura foi adotado em 1893. A 100 Tokyo Electric foi fundada em 1890 como a primeira produtora de lâmpadas incandescentes do Japão. A fusão das duas, em 1939, criou a Tokyo Shibaura Electric Company, que logo mudou o nome para Toshiba. Em 1967 a empresa já controlava 63 subsidiárias, e produzia, entre outros, radares, televisores em preto e branco e computadores digitais. Em 1980 passou a investir mais em setores de informática e comunicação. Em 1987, quando uma subsidiária sua vendeu equipamento para um submarino da União Soviética, os Estados Unidos baniram as importações de produtos da Toshiba por dois anos. Para compensar a perda do mercado norte-americano, a companhia iniciou uma expansão em outros mercados. A joint-venture, em 1991, com a General Electric, representou esse esforço, ao desenvolver na Ásia negócios de eletrodomésticos. No mesmo ano a empresa constrói uma unidade produtiva de montagem de televisores a cor na Rússia. 14.1.c. Reestruturação recente – na década de 90, diante de um quadro de recessão global e valorização do iene, a companhia adotou algumas estratégias de reorganização, em que se destacam a preocupação em diminuir o ciclo de desenvolvimento dos produtos e em diversificar sua linha de produtos de consumo, na qual 50% consistia em televisores coloridos. A empresa passou a produzir produtos de alta-tecnologia como aparelhos celulares, multimídia e eletrônicos móveis. Em 1992 a empresa fez acordos de joint-venture com IBM e Siemens, e com IBM e Apple, para produção de equipamentos multimídia e software. Em 1995 a empresa construiu uma unidade produtiva de chips de computadores na Virgínia, Estados Unidos. 101 Tabela 96: Vendas e Empregados Ano Vendas (US$ mi) Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados das Vendas dos (%) Empregados (%) 1991 39.160 10.4 162.000 241.726 1992 39.385 0.6 168.000 3.7 234.433 1993 38.593 -2.0 173.000 3.0 223.083 1994 38.622 0.1 175.000 1.2 220.696 1995 39.955 3.5 190.000 8.6 210.289 1996 42.702 6.9 186.000 -2.1 229.578 1997 45.481 6.5 186.000 0.0 244.523 1998 45.524 0.1 186.000 0.0 244.752 1999 44.210 -2.9 198.000 6.5 223.280 2000 47.950 8.5 190.870 -3.6 251.217 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001, e no Relatório Anual da empresa, 1998. De 1994 para 1995 percebe-se, na trajetória da empresa, uma concentração de esforços no setor de computadores. Além da construção da unidade produtiva de chips de memória nos Estados Unidos, a empresa anunciou uma aliança com a Sun Microsystems para o desenvolvimento de projetos na internet e tecnologias interativas – a Sun forneceria a tecnologia, enquanto a Toshiba forneceria o hardware. O período coincide com um aumento das vendas e crescimento expressivo do número de empregados. Em 1999, a depressão no mercado de semicondutores leva a empresa à redução de custos – demissão de empregados e redução de salários. Isso pode ter refletido na queda do faturamento em 1999 e do número de empregados em 2000. 102 Tabela 97: Vendas por segmento de negócios Segmento 1998 (US$ mi) % do total Sistemas de Informação e Comunicação 16.546 40.0 Aparelhos de materiais eletrônicos 10.165 24.6 Sistemas Energéticos e Industriais 8.482 20.5 Produtos para consumidores 7.881 19.1 Serviços e outros 3.182 7.7 Eliminações (4.904) (11.9) Total 41.352 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa de 1998. Pelos dados acima, percebe-se uma concentração das vendas em sistemas de informação e comunicação, segmento cujos investimentos passaram a ser maiores somente na década de 80. Tabela 98: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1996 2,519 6.1 1997 2,446 6.0 1998 2,384 5.9 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1998 . Uma parte significativa dos gastos com P&D em 1998 foram aplicados a atividades relacionadas à multimídia, incluindo tecnologias de rede de nova-geração, computadores pessoais e DVDs, aquisição de melhorias na produção de semicondutores, entre outros. A estimativa da empresa era de que os gastos com P&D para o próximo ano iriam cair para US$ 2,348 milhões. Tabela 99: Patentes Total de Depósitos Total de Depósitos no Brasil Total de Depósitos no País Sede País Sede Brasil Origem: Japão Origem: Brasil Origem: Brasil 156.231 3 3 0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no bando de dados da base Delphion, 2001. 0 103 14.2. A Toshiba no Mundo Tabela 100: Vendas por Área Geográfica Região 1998 (US$ mi) % do total Japão 25.900 62.6 Internacional 15.452 37.4 América do Norte 6.017 14.6 Ásia 4.752 11.5 Europa 3.760 9.1 Outros 923 2.2 Total 41.352 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. Os dados acima permitem observar a concentração das vendas dentro do país-sede da empresa. Nota-se também que a Ásia é a segunda maior região de vendas da empresa, perdendo apenas para a América do Norte. A Europa tem uma baixa participação, representando apenas 9.1% do faturamento da empresa em 1998. Na tabela a seguir, tem-se a distribuição geográfica das subsidiárias e filiais da empresa: Tabela 101: Distribuição Geográfica Américas Centro Canadá Estados Unidos (15) Periferia Brasil (4) México (2) Venezuela Europa Alemanha (4) Áustria Bélgica Espanha (2) França (4) Holanda (2) Itália (2) Reino Unido (8) Suécia Suíça Ásia/Oceania África Austrália Coréia Hong Kong Cingapura (9) África do Sul China(15) Egito Filipinas Indonésia (3) Malásia (5) Tailândia (5) Taiwan Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. 104 Na tabela abaixo, a distribuição geográfica dos escritórios da empresa: Tabela 102: Distribuição Geográfica dos Escritórios Américas Centro Europa Áustria Periferia Argentina Brasil Colômbia Ásia/Oceania África Hong Kong Rússia Arábia Saudita África do Sul China (3) Egito Emirados Árabes Filipinas Índia Indonésia Irã Iraque Tailândia Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do Relatório Anual da empresa, 1998. 14.3. A Toshiba no Brasil A Toshiba possui três unidades no Brasil, conforme descrição abaixo. Empresa: Semp Toshiba S.A. Localização: São Paulo, SP, Brasil Ano de fundação: 1939 Internet: www.toshiba.com.br Faturamento (1999): US$ 3,5 mi Empregados (1999): 369 Vendas/Empregado: 9.485 14.3.a. Atividades principais – manufatura de equipamento elétrico e eletrodomésticos. 14.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 14.3.c. Reestruturação recente – n.d. 105 Empresa: Toshiba do Brasil S.A. Localização: São Bernardo do Campo, SP, Brasil Ano de fundação: 1945 Internet: www.toshiba.com.br Faturamento (1999): US$ 35,8 mi Empregados (1999): 450 Vendas/Empregado: 79.556 14.3.a. Atividades principais – venda de computadores, fotocopiadoras, máquinas de fax e outros equipamentos de escritório. 14.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 14.3.c. Reestruturação recente – n.d. Empresa: Semp Toshiba Amazonas S.A. Localização: Manaus, Brasil Ano de fundação: 1973 Internet: www.toshiba.com.br Faturamento (1999): US$ 158,5 mi Empregados (1999): 1.515 Vendas/Empregado: 104.620 14.3.a. Atividades principais – produção de componentes eletrônicos. 14.3.b. Origem e desenvolvimento – n.d. 14.3.c. Reestruturação recente – n.d. Quadro 15: A Toshiba brasileira na ótica da matriz n.d. 106 15. Whirlpool Corporation 15.1. Principais Características Matriz: Whirlpool Corporation Localização: Benton Harbor, Michigan, Estados Unidos Ano de fundação: 1911 Internet: www.whirlpoolcorp.com Faturamento (2000): US$ 10.325 mi Empregados (2000): 61.000 15.1.a. Atividades principais – a companhia manufatura e comercializa aparelhos domésticos e produtos relacionados. 15.1.b. Origem e desenvolvimento – em 1911, a Upton Machine Co., predecessora da Whirlpool, foi fundada em Michigan para produzir motor elétrico para máquinas de lavar. Em 1916 a Sears, Roebuck and Company faz um acordo com a Upton para fornecimento de máquinas de lavar e em 1925 lançou sua própria marca, evitando ficar dependente da Sears. Fundiu-se com a Nineteen Hundred Washer Company em 1929, mudando seu nome para Nineteen Hundred Corp. Em 1948 a Nineteen introduziu a marca Whirlpool, nome adotado em 1950. Em 1955, fundiu-se com Seeger Refrigerator Co., mudando seu nome para Whirlpool-Seeger Corp. e iniciando a produção de refrigeradores e ar-condicionados. Voltou a se chamar apenas Whirlpool em 1957, ano em que se fundiu com uma empresa produtora de aspitador-de-pó e iniciou investimentos no mercado brasileiro. Em 1969 entrou no mercado canadense em 1976 adicionou a Consul S.A. e a Embraco S.A. em sua holding brasileira. No ano seguinte começou a produzir seus próprios motores. Em 1986 entrou no mercado italiano, adquirindo a Aspera s.r.l., produtora de compressores. Em 1987 criou a TVS Whirlpool Limited, uma joint-venture na Índia. Formou a joint-venture Vitromatic S.A. de C.V. no México em 1988. Entrou no mercado holandês em 1989 e em 1991 formou uma joint-venture na Tchecoslováquia. 15.1.c. Reestruturação recente – em 1998 a empresa se desfez de sua unidade de financiamento de eletrodoméstico. No ano seguinte reorganizou suas operações norte- 107 americanas em duas divisões, gerenciamento de marcas e entrega de produtos. No ano de 2000 adquiriu as ações restantes de suas subsidiárias brasileiras, a Brasmotor S.A. e a Multibrás S.A. Tabela 103: Vendas e Empregados Ano Vendas (US$ mi) Crescimento Empregados Crescimento Vendas/Empregados dos das Vendas (%) Empregados (%) 1991 6.770 2.2 37,886 178,694 1992 7.301 7.8 38,520 1.7 189,538 1993 7.533 3.2 39,590 2.8 190,275 1994 8.104 7.6 39,016 -1.4 207,710 1995 8.347 3.0 45,435 16.5 183,713 1996 8.696 4.2 48,163 6.0 180,554 1997 8.617 -0.9 61,000 26.7 141,262 1998 10.323 19.8 59,000 -3.3 174,966 1999 10.511 1.8 60.000 1.7 174,966 2000 10.325 -1.8 61,000 1.7 169,262 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do sítio profiles.wisi.com, 2001. Tabela 104: Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento Ano Gasto (US$ mi) Proporção das Vendas (%) 1996 197 2,27 1997 181 2,10 1998 209 2,02 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com dados do Relatório Anual da empresa de 1998 . Tabela 105: Patentes n.d. 108 15.2. A Whirlpool no Mundo Tabela 106: Vendas e Empregados por região Região 1999 (US$ mi) % do total Empregados % no total América do Norte 6.2 58.9 29.000 48.3 Europa 2.5 23.7 12.000 20.0 América Latina 1.7 16.2 16.000 26.7 Ásia 375 3.5 7.000 11.7 Total 10.511 100.0 60.000 100.0 Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base nos dados do sítio da empresa, 2001, e no sítio profiles.wisi.com. A tabela abaixo apresenta a distribuição geográfica das unidades produtivas da Whirlpool. Tabela 107: Distribuição Geográfica Américas Europa Ásia/Oceania África Centro Canadá Alemanha Hong Kong Estados Unidos Áustria Bélgica Dinamarca Espanha Finlândia França Holanda Irlanda Itália Noruega Portugal Reino Unido Suécia Suíça Periferia Argentina Eslováquia Cingapura África do Sul Brasil Estônia China México Hungria Índia Polônia República Czarina Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. 109 Na tabela abaixo, apresenta-se a distribuição dos centros de tecnologia da Whirlpool com o número respectivo de unidades no local: Tabela 108: Centros de Tecnologia Américas Centro Estados Unidos (4) Europa Ásia/Oceania África Alemanha (2) Itália (1) Periferia Brasil (1) China (2) Índia (1) Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base nos dados do sítio da empresa, 2001. 15.3. W h i r l p o o l n o B r a s i l A Whirlpool Corporation é, atualmente, a acionista votante majoritária do Grupo Brasmotor, que tem como empresas associadas a Multibrás S.A. Eletrodomésticos e a Embraco S.A. Empresa: Brasmotor S.A. Localização: São Paulo, SP Ano de fundação: 1945 110 Faturamento (2000) : US$ 1.304 mi Empregados (2000): 40 15.3.a. Atividades principais – produção e fornecimento de eletrodomésticos, compressores de refrigeração e componentes plásticos. Matriz – holding do Grupo Brasmotor. Assessoramento às empresas associadas em atividades como Auditoria, Comunicação, Assuntos Jurídicos e Recursos Humanos. 15.3.b. Origem e Desenvolvimento – quando fundada, em 1945, a Companhia Distribuidora Geral Brasmotor inicialmente importava e distribuía veículos Chysler. Na década de 50 a empresa se concentrou no mercado de eletrodomésticos e, em seguida, de componentes, adquirindo os contornos apresentados atualmente. 15.3.c. Reestruturação recente – n.d. A seguir, a descrição das empresas do Grupo Brasmotor. Empresa: Embraco Localização: Joinville, Santa Catarina Ano de fundação: 1971 Faturamento (2000): US$ 670 mi Empregados (2000): 9.000 15.3.a. Atividades principais – produção de compressores herméticos para refrigeração, componentes elétricos e fundição. 15.3.b. Origem e desenvolvimento – em 1971, três empresas fabricantes de refrigeradores – Consul, Springer e Prosdócimo – fundaram a Empresa Brasileira de Compressores S.A. – EMBRACO. O objetivo era suprir a indústria brasileira de refrigeradores, então dependente da importação do principal componente responsável pela geração do frio. Em 1976 a empresa se associou ao grupo Brasmotor e no ano seguinte fez sua primeira exportação, para o Peru. Em 1978 iniciou exportações para os Estados Unidos e o Canadá. Em 1987 abriu um escritório comercial e de assistência técnica. Em 1990 instalou em Itaiópolis, Santa Catarina, unidade própria para a fabricação de componentes elétricos. No ano seguinte, abriu um 111 escritório comercial e de assistência técnica na Alemanha. Em 1995 constituiu a Beijing embraco Snowflake Compressor Company, joint-venture com sede na China. 15.3.c. Reestruturação recente – em 1999 a empresa inaugurou a Embraco Eslováquia e constituiu a Embraco Asia Trading Pte. Ltd., com sede em Cingapura. A tabela abaixo apresenta a localização das unidades da Embraco, suas respectivas atividades e número de empregados: 112 Tabela 109: Distribuição Geográfica por atividade e empregados Localização Atividade Atlanta, Geórgia, EUA Comercialização de compressores brasileiros e italianos, prestação de serviços de assistência técnica e fabricação de unidades condensadoras. Rio Claro, SP, Brasil Produção e processamento de fios elétricos, fornecendo para indústrias de eletrodomésticos, computação, automotiva e de telefonia. Joinville e Itaiópolis, Sede da empresa e duas fábricas de compressores SC, Brasil herméticos. Em Itaópolis são produzidos componentes elétricos. Beijing, China Produção de compressores herméticos para refrigeração doméstica. Spisská Nova Ves, Fabricação de unidades condensadoras e Eslováquia compressores para refrigeração comercial. Riva Presso Chieri, Fabricação de compressores herméticos para Itália refrigeração doméstica e comercial. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base no sítio da empresa, 2001. Empregados 27 618 5.002 1.039 350 2.330 Empresa: Multibrás S.A. Eletrodomésticos Localização: São Paulo, SP Ano de fundação: 1994 Faturamento (2000): n.d. Empregados (2000): 370 15.3.a. Atividades principais – fabricação de todos os produtos da linha branca: geladeiras, freezers, fogões, máquinas de lavar e de secar roupas, fornos de microondas, condicionadores de ar, depuradores de ar e lava-louças. 15.3.b. Origem e desenvolvimento – a empresa foi criada em 1994 como resultado da fusão e integração da Brastemp, Cônsul e Semer, empresas do Grupo Brasmotor. 15.3.c. Reestruturação recente – n.d. A próxima tabela apresenta a localização das unidades da Multibrás, as respectivas atividades desenvolvidas e o número de empregados: 113 Tabela 110: Distribuição Geográfica por atividade e empregados Localização Atividades Empregados Unidades Administrativas São Paulo, SP, Brasil Administração das marcas Brastemp e Cônsul, informática, logística, vendas e marketing. Buenos Aires, Argentina Administração, assistência ao consumidor, distribuição e logística, vendas, marketing e recursos humanos da operação Argentina. Unidades Fabris Joinville, SC, Brasil Produção de geladeiras, freezers, condicionadores de ar e secadoras. Manaus, AM, Brasil Fabricação de fornos microondas e condicionadores de ar. Rio Claro, SP, Brasil Produção de lavadoras de roupa e lava-louças. São Bernardo do Campo, Produção de geladeiras de duas portas e freezers SP, Brasil de grande porte. São Paulo, SP, Brasil Produção de fogões. São Luis, Argentina Produção de geladeiras, fogões e lavadoras com a marca Whirlpool e Eslabon de Lujo. Santiago, Chile n.d. Fonte: Elaboração própria, GEEIN, com base em dados do sítio da empresa, 2001. Quadro 16: A Whirlpool brasileira na ótica da matriz n.d. 370 226 3.752 1.081 671 1.115 1.184 292 60 114 C. Análise preliminar dos resultados Para efeito de análise preliminar, conforme proposto no cronograma inicial, optou-se por uma descrição dos dados encontrados, assim como dos indícios que eles apontam. A metodologia de análise adotada é a descrita no item A deste relatório. A idéia foi sempre apresentar o que a empresa adota como estratégia global – para produtos, etapas produtivas e funções corporativas – e o que a sua filial brasileira está fazendo. Acredita-se que, com o levantamento de informações para caracterização nacional das atividades, realizado em jornais como Gazeta Mercantil e Valor Econômico, a ter lugar na segunda etapa de pesquisa, a dimensão local ficará mais clara. Alcatel A Alcatel, empresa francesa de equipamentos de telecomunicações, foi fundada em 1868. Passou a focalizar seus negócios no segmento de comunicações em 1995 e em 1998 suas vendas estavam concentradas nos segmentos de rede de trabalho e transporte e acesso de telefonia, conforme a tabela 6. A tabela 9 mostra os dados do destino da produção das subsidiárias da empresa. Nela percebe-se que tanto na França quanto na Alemanha, a empresa atende o mercado do respectivo país e exporta o resto da produção – já que no caso da Alemanha, por exemplo, as vendas da subsidiária correspondem a 38,6% do faturamento da empresa enquanto apenas 17,3% destinam-se ao mercado alemão. Os dados sobre as outras áreas geográficas indicam que há necessidade de importação nessas regiões para atender o mercado. A empresa está no Brasil desde 1981, embora tenha comprado a Saft-Nife, fundada em 1935. Dividindo-se o valor total das importações brasileiras de 1997 da empresa pelo seu faturamento de 1999 (admitindo-se que não houve mudanças significativas de faturamento entre os dois anos) tem-se um indicador de que ela depende bastante das importações para atender sua demanda. A análise dos dados de comércio da Alcatel no Brasil mostra que ela já era deficitária (importava mais que exportava) em 1989, mantendo a situação em 1997. Em 1989 havia quase 200 produtos na pauta importadora, e apenas um era exportado, o que possivelmente traduz uma situação de montadora de componentes parcialmente produzidos e numerosamente importados. Em 1997 houve uma diminuição de itens importados (em torno de 140) e passaram a ser 5 os exportados. Isso pode indicar que, mesmo com a abertura 115 comercial, a empresa iniciou a produção no Brasil de produtos antes importados, e alguns desses produtos, embora minoria, não se destinavam apenas para o mercado interno. Há pouca diferença entre os valores médios das importações e exportações. Eles estão acima de 40, indicando que os produtos da empresa são de valor agregado e conteúdo tecnológico elevados – fato que possui alguma correspondência com os gastos com P&D, perto dos 15% do faturamento da empresa. Entretanto, as importações tem valor médio maior que as exportações. Ao se analisar os dados de exportação por CTP, percebe-se que nos dois anos o destino eram países da América Latina, com exceção de 1989, em que aparece Austrália e Estados Unidos. Neste ano, mais de 95% dos produtos exportados correspondiam à categoria I.I.P.D. e cerca de 4% à F.E., indicando a presença da etapa produção no país. A categoria I.I.T. tem uma participação ínfima em 1989. Em 1997 toda a exportação da empresa foi de produtos I.I.P.D.. As importações da empresa brasileira são oriundas principalmente de países desenvolvidos, com raríssimas exceções, dos quatro continentes, sendo quase 100% da categoria I.I.P.D. e F.E. Nos dois anos, as categorias presentes nas pautas são muito deficitárias. A análise do histórico da empresa indica que as suas atividades produtivas são relativamente dispersas mundialmente, com exceção da África, em que há poucas informações de atividades. Os dados sobre patentes mostram que, apesar de 125 serem registradas no Brasil, apenas 4 são originárias no país. Isso leva a crer que, como as informações da empresa são de que há atividades de pesquisa no Brasil, elas não dizem respeito ao desenvolvimento de produtos novos. Conclui-se, então, que a empresa tem produtos de alto valor agregado, concentra-se na etapa produção e dispersa suas atividades produtivas pelo mundo, não havendo dados sobre a dispersão da função de P&D. A empresa brasileira acompanha essa tendência geral, embora com as restrições citadas durante a análise. Coca-Cola A Coca-Cola, empresa estadunidense do setor de bebidas, foi fundada em 1886. A sua expansão internacional produtiva iniciou-se mais de quarenta anos depois, e mesmo assim a produção do xarope da Coca-Cola continua sendo exclusividade da matriz. A empresa declara, em seu Relatório anual, que seus gastos em países desenvolvidos se direcionam a 116 comercialização de suas marcas, enquanto que nos países em desenvolvimento o objetivo é aumentar a penetração de seus produtos. Nesse caso, os investimentos são feitos através das empresas locais que compram o xarope e o convertem em produtos finais, as chamadas bottlers. A Coca-Cola, como empresa, está no Brasil desde 1963. Os dados sobre os produtos exportados e importados são curiosos. Em 1989 havia 16 itens exportados, entre eles alguns derivados de cacau, suco de laranja e bolsas de couro. Em 1997 apenas um item foi exportado. O número de itens importados nos dois anos foi o mesmo, embora não haja nenhuma correspondência entre os dois anos. O saldo comercial da empresa era superavitário em 1989, mas apresenta um pequeno déficit em 1997. A análise dos valores médios indica que foram exportados produtos de alto valor agregado, valor médio perto de 30, enquanto o valor médio das importações é cerca de 5, isto é, produtos de média intensidade tecnológica. Não há dados sobre gastos com P&D para a empresa. Os dados de exportação por categoria de produto para 1989 mostram que as vendas da empresa brasileira se destinavam basicamente para países desenvolvidos, com destaque para a participação de 16% dos Estados Unidos, 30% da Holanda e 13% da Suíça – valores aproximados. Em 1989, cerca de 60% das exportações eram pertencentes à categoria I.I.R.M. e aproximadamente 25% a P.P.A. Em 1997 as exportações se destinavam apenas ao México, e correspondiam, em sua grande maioria, à categoria F.E. As importações da empresa brasileira em 1989 eram provenientes de países desenvolvidos, com destaque para a participação em mais de 50% do Reino Unido, e com mais de 90% dos produtos pertencentes à categoria I.I.P.D. Em 1997 as importações vieram apenas dos Estados Unidos, com participação de quase 60% da categoria I.I.T. O histórico da empresa deixa claro que cabe às suas subsidiárias manipular o xarope fornecido pela matriz, transformando-os em produtos finais e realizando a sua comercialização. Os dados sobre patentes mostram que, apesar de 158 serem registradas no Brasil, apenas 5 foram desenvolvidas no país. Da forma como aparecem os dados para análise dos produtos e das etapas produtivas, faz-se necessário recorrer a outras fontes, ou complementa-las com dados de outros anos, para uma conclusão conforme a metodologia aqui adotada. Entretanto, há indícios de que a empresa brasileira produz e comercializa produtos e que algum tipo de atividade de pesquisa é desenvolvida no país (5 patentes). 117 Danone A Danone, empresa francesa do setor de processamento de alimentos, foi fundada em 1966, inicialmente atuando como produtora de vidro, focalizando no setor em que é conhecida atualmente apenas dois anos mais tarde. Em 1999, 36% de suas vendas correspondiam ao segmento de bebidas, e menos de 4% a recipientes de vidro, conforme observado na tabela 29. Em seu histórico percebe-se, através da tabela 34, que entre 1996 e 2000, enquanto a participação do numero de empregados na Europa diminuía tanto em termos relativos quanto absolutos, o movimento inverso ocorria na categoria resto do mundo. As atividades da Danone no Brasil tiveram início em 1970 e a empresa adquiriu a Aymoré, empresa familiar mineira fundada em 1958, em 1996. A empresa tem um déficit comercial significativo nos dois anos estudados. O número de itens importados foi visivelmente maior que o número exportado e houve poucas correspondências qualitativas em ambos os casos, ou seja, os produtos importados e exportados em 1989 não foram os mesmos transacionados em 1997. O valor médios dos produtos importados é 7,1 – indicativo de produtos de alta tecnologia, enquanto o valor exportado correspondente é 2,7 – intensidade tecnológica média. Em 1989, a maioria dos produtos exportados estavam na categoria I.A., indicando que a etapa produção era realizada no Brasil. O destino dessas exportações foi primordialmente o Chile. Em 97 as exportações se dividiram entre as categorias I.A. e I.I.T. , destinando-se, na maioria, para a França. Isso dá indícios da continuidade da realização da produção no país, além da venda primordialmente de produtos finais. Os produtos importados em 1989 correspondiam em mais de 40% da categoria I.I.E. e em quase 30% I.I.P.D. , originários principalmente da Alemanha, França e Reino Unido. Em 1997 passaram a ter maior participação as categorias F.E. e I.A , originários da Espanha , França e Uruguai. O histórico da empresa não apresenta informações sobre as atividades de pesquisa e desenvolvimento da empresa, mas os dados sobre patentes indicam que elas estão concentradas em seu país-sede. Diferente do que ocorre nas outras empresas analisadas neste relatório, de 14 patentes depositadas no Brasil, 8 são originárias localmente, quase 60% delas. Conclui-se que a empresa brasileira produz bens de valor agregado médio enquanto importa produtos intensivos em tecnologia. Além da etapa produção ser realizada também no Brasil, a empresa desenvolve novos produtos localmente, como indicam os dados sobre patentes. 118 Electrolux A Electrolux, empresa sueca fundada em 1901, fusão entre uma produtora de lâmpadas e um empresa de motores para aspirador de pó, tem como principais produtos bens da linha branca e equipamentos de jardinagem. Sua expansão internacional teve início na década de 20. Conforme apresentado no item 6.1.b, o programa de reestruturação da empresa de 1997 envolveu, na Europa, a integração de funções corporativas consideradas nobres em uma única divisão, em Bruxelas. Este fato pode ser remetido, em certa medida, ao modelo apresentado por Sturgeon, embora não haja informações de subcontratação das funções produtivas. A Electrolux no Brasil foi fundada em 1926 e em 1996 a empresa adquiriu o controle acionário da Refripar, empresa curitibana fundada em 1949. A atividade brasileira é a produção e comercialização de eletrodomésticos, produtos de jardinagem industrial, partes e componentes. Tanto em 1989 quanto em 1997 a empresa foi muito superavitária comercialmente. Diferente das outras empresas aqui analisadas, ela passou de 42 itens importados em 1989 para nenhum em 1997. Comparando os dados de exportação dos dois anos, no primeiro havia 51 itens, passando a ser apenas 11 no ano seguinte, 1997, sendo indicativo que a produção é bastante voltada para atender o mercado interno. O valor médio das exportações é 11,5 aproximadamente, indicando a produção de bens com alto valor agregado no país. Os dados de comércio por categoria de produto indicam que, tanto em 1989 quanto em 1997, mais de 90% dos produtos exportados eram da categoria I.I.E., revelando, segundo a metodologia de análise adotada neste trabalho, a predominância local da etapa fabricação. As exportações se destinaram, em grande parte, a países da América Latina. Os dados de importação para 1989 revelam que consistiam, em sua maioria, em produtos da categoria F.E., originários basicamente do país-sede. Isso pode ser indicativo da presença da etapa produção dentro do processo produtivo da matriz. A análise do histórico da empresa não explicita a distribuição das atividades de pesquisa, mas dá indícios de que suas atividades produtivas são relativamente dispersas globalmente. Cerca de 40% das patentes depositadas no Brasil foram desenvolvidas no próprio país, revelando algum tipo de atividade de pesquisa local. Enfim, conclui-se que o Brasil fabrica produtos de alto valor agregado, enquanto a matriz realiza a etapa produtiva do processo. Como não há importações da empresa brasileira em 1997 pose-se dizer que a empresa brasileira fabrica seus próprios produtos e componentes, fato que possui alguma correspondência com o item 6.3.a e tabela 48 do histórico. 119 Ericsson A Ericsson, empresa sueca do setor de equipamentos de telecomunicações, foi fundada em 1868. Sua expansão internacional é logo iniciada, 1890, embora a empresa se caracterize por ter um mercado doméstico pequeno e grande parte de suas vendas advirem de exportações. Seu faturamento depende 67% do segmento de operações de rede e fornecimento de serviços. A empresa também contrata a manufatura de eletrônicos, segmento em que não trabalha diretamente, podendo-se remeter ao modelo proposto por Sturgeon. A tabela 54, que faz referência aos salários médios por área geográfica da empresa, indica que os maiores valores estão, por ordem, na América do Norte, Suécia, resto da Europa/Oriente Médio/África. A América Latina e o Pacífico Asiático têm baixos salários médios. A Ericsson está no Brasil desde 1924, embora apenas 31 anos depois ela tenha construído sua primeira fábrica de equipamentos de telecomunicações, em São José dos Campos/SP. Pela análise das pautas importadora e exportadora da Ericsson brasileira percebe-se que, para ambos os anos estudados, as importações foram muito mais diversificadas que as exportações. Mas enquanto o número de itens importados aumentou de 1989 para 1997, de 260 itens para 380, os itens exportados diminuíram de 65 para 34. Em ambos os anos a empresa tem um superávit significativo, maior em 1997. Os altos valores médios indicam que trata-se de uma empresa que trabalha com produtos de alto conteúdo tecnológico, justificando, de alguma forma, os gastos com P&D entre 13 e 15%. Entretanto, enquanto o valor médio das exportações fica em torne de 27, o valor das importações é próximo de 49. Isso implica que, apesar de a empresa ter atividades produtivas no país, assim como gastos com P&D declarados, ela ainda depende de tecnologia, através de produtos, importada. E os produtos brasileiros têm menor conteúdo tecnológico que os produzidos em outros países. Analisando os dados de exportação por categorias de produtos para 1989, a participação das categorias I.I.P.D. e F.E. somaram quase 100% e se destinaram, em sua maioria, para países da América Latina. Entretanto, mais de 40% das exportações brasileiras deste ano foram para a Suécia, principalmente da categoria F.E. Itália e Espanha também aparecem como destinos da pauta, embora com participação em torno de 5%. Em 1997 a pauta se resumia em produtos da categoria I.I.P.D., e o único país fora da América Latina que participa da pauta são os Estados Unidos. Os dados sobre importação, para ambos os anos, mostram que elas vieram basicamente de países desenvolvidos, com cerca de 70% de participação da Suécia. As categorias F.E. e I.I.P.D. também somaram 100% nos dois anos. Assim, há indícios, por parte das importações, que a empresa está mais concentrada na etapa 120 produção, o mesmo ocorrendo para a filial brasileira, mostrado nos dados de exportação. Todas as categorias apresentadas são deficitárias, pouco em 1989, mas de forma mais acentuada em 1997. A análise do histórico da empresa mostra que as atividades produtivas estão dispersas globalmente, conforme mostra a tabela 58, embora concentradas na Europa. Os centros financeiro e de pesquisa estão na Suécia, mas também na Irlanda e Reino Unido, respectivamente. Os dados sobre patentes mostram que, apesar de 1.568 serem registrados no Brasil, apenas 42 foram desenvolvidas no próprio país. Entretanto, comparando-se com os mesmos dados para a Alcatel, tanto o número de registros quanto os de desenvolvimento de patentes no Brasil são maiores. Deve-se levar em conta, ainda, que a empresa investiu R$ 116 milhões em P&D no Brasil em 2000, o que segundo ela coloca o país entre os cinco maiores complexos mundiais de P&D do Grupo Ericsson (Quadro 8 ). Pode-se concluir desta análise que a Ericsson tem produtos de alto valor agregado, concentra-se na etapa produção e dispersa suas atividades produtivas pelo mundo, com exceção do continente africano (como a Alcatel). As informações sobre a distribuição da função Pesquisa e Desenvolvimento indicam que há uma concentração no país-sede, embora não seja elevada. Além disso, há um esforço por parte do Grupo em desenvolvê-la no Brasil. A empresa brasileira, portanto, acompanha a tendência geral da matriz, com as limitações citadas. Intel A Intel, empresa estadunidense fundada em 1968, atua no setor de computadores, concentrando-se no segmento que denomina de Arquitetura. As informações do histórico da empresa levam a crer que a matriz é a principal responsável pela produção da empresa, seguida pela Irlanda, conforme tabela 64. Há indícios também de que não há subcontratação da função produção por parte da empresa (ver item 9.1.a.). Não há informações qualitativas disponíveis sobre as atividades da empresa no Brasil. Os dados de importação, por produto, revelam que em 1989 havia apenas 2 itens na pauta, passando para 28 itens em 1997. Nenhum produto da empresa no Brasil era exportado em 1989, e apenas um passou a ser em 1997. Conseqüentemente, a empresa tem um saldo deficitário em ambos os anos. Os valores médios, tanto para importação quanto para exportação, indicam produtos de valor agregado e conteúdo tecnológicos elevados, embora o valor médio exportado seja quase o dobro do 121 importado. Os gastos com P&D da empresa em torno de 10% possui certa correspondência com esses dados. Os dados sobre as exportações por CTP de 1997, visto que elas inexistem em 1989, mostram que elas correspondiam apenas à categoria F.E., divididos entre Argentina e México. Isso é indicativo, conforme a metodologia adotada nesta análise, da etapa produção no Brasil. As importações de 1989 se resumiam à categoria I.T.T., e eram provenientes basicamente dos Estados Unidos. Isso pode indicar de que, na época, a filial brasileira comprava produtos acabados da matriz e apenas os comercializava no país. Em 1997 as importações continuavam concentradas nos Estados Unidos, mas originavam-se também de países como China, Irlanda, México e Tailândia, basicamente produtos da categoria F.E. Esta categoria responde por cerca de 60% de toda a importação de 1997, seguida pela categoria I.I.P.D. A participação de produtos I.T.T. caiu para cerca de 16%. A análise do histórico da empresa tem poucas informações sobre a distribuição das suas atividades produtivas. Conforme já citado acima, a tabela 64 parece indicar que elas se concentram nos Estados Unidos e na Irlanda. Os dados sobre patentes mostram que deve haver pouco interesse de produção no Brasil, visto que apenas 60 patentes foram registradas no país, comparado às 4.478 depositadas nos Estados Unidos. Enfim, a análise preliminar das três categorias – produtos, etapas e funções – permite concluir que trata-se de uma empresa com produtos de alto valor agregado, embora no país eles tenham, relativamente, conteúdo tecnológico mais baixo. A empresa se concentra na etapa produção, o que é condizente com o setor em que atua, e migrou para essa etapa do processo produtivo no país de 1989 para 1997. A empresa concentra praticamente todas as suas funções corporativas na matriz, e não há informações qualitativas disponíveis suficientes para análise das atividades no Brasil. Nestlé A Nestlé é uma empresa do setor de processamento de alimentos, fundada em 1866, na Suíça. Sua expansão internacional produtiva teve início já em 1881. A empresa concentra suas vendas no segmento de bebidas (27,9%), atuando também em segmentos como chocolates, congelados e produtos farmacêuticos, sendo acionista majoritária da L’Oreal, companhia de cosméticos, e da Alcon Laboratórios. As suas atividades no Brasil começaram em 1920. 122 A pauta importadora da empresa é visivelmente maior que a exportadora. Em 1989, 189 itens foram importados, número que passou para 314 (quase o dobro) em 1997. O valor médio das importações é um pouco maior que 2. O numero de itens exportados aumentou 10 unidades de um ano para o outro, havendo também uma mudança qualitativa na pauta, visto que muitos itens deixaram de ser exportados e novos passaram a ser, comparando os dois anos. O valor médio das exportações é de 4,86. Os dados indicam que trata-se de uma empresa com produtos de intensidade tecnológica média, com aqueles produzidos localmente de valor agregado mais elevado. A empresa foi deficitário para os dois anos, embora o déficit em 1997 aumente consideravelmente. Nos dois anos analisados, mais de 97% dos produtos exportados estavam classificados na categoria I.A., indicando a realização da etapa produção no Brasil. Em 1989 o destino das exportações eram principalmente Estados Unidos, Hungria, Japão e a atual Rússia. Em 1997 passaram a ser Rússia e Ucrânia. Os dados sobre importações indicam concentração nas categorias F.E. e I.A., tendo a primeira aumentado a sua participação em 1997, ano em que a categoria I.I.T. passou a participar em torno de 5% das importações da empresa brasileira. Em 1989 as importações vieram basicamente da Suíça, país-sede da empresa, mas em 97 vieram principalmente da Argentina, EUA, França, Holanda e cerca de apenas 6% da Suíça. A análise do histórico da Nestlé permite dizer que a empresa distribui suas atividades produtivas no mundo mas concentra as de P&D em seu país-sede. Isso porque menos de 3% do total de seus empregados estão na Suíça, como mostra a tabela 04, e a maioria dos seus centros de P&D estão na Europa, 4 deles também na Suíça. Os dados sobre patentes indicam algum tipo de atividade de P&D local, já que 9 patentes foram desenvolvidas no Brasil, em um total de 118. Considerando-se o setor da empresa, é compreensível o seu esforço em se adequar aos gostos locais. Conclui-se que a Nestlé brasileira acompanha a estratégia adotada pela sua matriz referente aos produtos, etapas produtivas e funções corporativas, com as devidas limitações acima apresentadas. PepsiCo A PepsiCo, empresa estadunidense de bebidas, foi fundada em 1898, apesar do nome atual ter sido adotado apenas em 1965. Atua em três segmentos: a produção dos conhecidos “salgadinhos” (snacks), refrigerantes e sucos, concentrando suas vendas no primeiro (que 123 corresponde a 57% do total de vendas da empresa). Enfrentou diversas dificuldades até se consolidar no setor, como mostra o item 12.1.a.. Seus gastos recentes com Publicidade e Propaganda, tabela 86, correspondem à cerca de 8% do faturamento da empresa, equivalente aos gastos de sua principal concorrente, a Coca-Cola. A empresa está no Brasil desde 1988, segundo informações da base internacional de dados Info-Trac, embora inexistam informações sobre transações comerciais do Brasil em 1989. Analisando os dados de 1997, o déficit comercial apresentado é bastante significativo, tanto em termos de qualidade quanto de quantidade. O déficit ultrapassa os R$ 20 milhões e enquanto 114 itens eram importados, apenas um era exportado. Entretanto, o valor médio das exportações é mais que o triplo do valor médio das importações, indicando a exportação de produtos de intensidade tecnológica média e a importação de produtos de baixa intensidade tecnológica. As exportações, por categoria de produto, mostram que elas correspondem apenas a produtos F.E. e se destinam primordialmente aos Estados Unidos. Isso pode estar indicando a presença da etapa produção no país. No mesmo ano, cerca de 60% dos produtos importados eram da categoria I.I.T., provenientes em sua maioria dos Estados Unidos. Em segundo lugar, aproximadamente eram da categoria I.A., vindos em grande parte do México. Da categorias I.I.P.D. vieram mais de 10% dos produtos, basicamente dos Estados Unidos. Não há informações disponíveis sobre a distribuição das atividades da empresa, e nem o que ela faz no Brasil. Há apenas três patentes depositadas no seu país-sede e uma no Brasil, porém desenvolvida nos Estados Unidos. Conclui-se, diante desses dados, que os produtos da empresa estão entre as categorias média e baixa intensidade tecnológica, sendo a filial brasileira produtora dos primeiros. Ela também comercializava produtos finais, visto os 60% de importação de produtos intensivos em trabalho. Não há indícios de atividades de pesquisa no Brasil. Toshiba A Toshiba é uma empresa japonesa do setor eletrônico fundada em 1875. Em 1987 ela foi forçada a expandir suas atividades para além do Estados Unidos devido à proibição, por parte daquele país, da entrada das importações da empresa, pelo fato de ela ter mantido relações comerciais com a União Soviética. Os dados mostrados na tabela 96 mostram que a empresa não variou seus índices de produtividade na última década. A Toshiba iniciou suas 124 atividades no Brasil em 1939, possuindo atualmente 3 empresas no país. Uma delas está instalada em Manaus, onde se localiza a zona Franca de Manaus, sendo responsável pela produção de componentes eletrônicos. A análise dos dados de comércio brasileiro da empresa mostra que em ambos os anos, 1989 e 1997, ela tem saldo superavitário, aumentando significativamente este superávit de um ano para outro. Há um aumento do número de itens importados com a abertura comercial, e também percebe-se uma diversificação qualitativa na pauta – produtos que eram importados em 1989 o deixam de ser em 1997, assim como produtos que não eram importados naquele ano passam a ser. Os dados de exportação indicam que, embora em quantidade o número de itens vendidos tenham diminuído, em valor eles aumentaram de um ano para o outro. Os valores médios, tanto para importação quanto para exportação, estão em torno de 6, considerados de alta tecnologia. O valor médio importado é ligeiramente maior que o exportado. Os gastos da empresa com P&D giram em torno de 6%, mais baixo que suas empresas concorrentes. Os dados sobre o destino das exportações por categoria de produto C.T.P. para ambos os anos mostram uma concentração da categoria F.E., indicativo da etapa produção no país. Entre as participações dos países destaca-se, em 1989, 15% do Chile, 66% dos Estados Unidos e 9% do Japão, valores aproximados. As importações de 1989 eram principalmente das categorias F.E. e I.I.P.D. Em 1997 elas passaram a se concentrar na categoria F.E., cerca de 70% contra 40% em 1989, aproximadamente 16% da categoria I.E.E. e menos de 3% de produtos I.I.P.D. O histórico da empresa revela que suas filiais são distribuídas globalmente, embora suas vendas estejam concentradas na Ásia, principalmente no Japão – como mostra a tabela 100. Das suas três unidades brasileiras, duas são produtivas. Não há dados qualitativos disponíveis sobre a distribuição das atividades de P&D da empresa, mas os dados sobre suas patentes sugerem que elas estão concentradas no Japão, país-sede da Toshiba, visto que 156.231 patentes foram lá depositadas. Apenas 3 foram depositadas no Brasil, todas desenvolvidas no Japão. Pode-se concluir, então, que a empresa trabalha com produtos de alto valor agregado, produzindo-os também no Brasil. Trata-se de uma empresa centrada na etapa produção tanto mundial quanto localmente (Brasil), mas com alguma participação da etapa fabricação (não no caso Brasil). Os dados disponíveis apontam para a concentração de atividade de P&D no país-sede da empresa. 125 Whirlpool A Whirlpool, empresa do setor de eletrodomésticos fundada em 1911, é detentora das marcas Brastemp, Consul, Inglis e Laden, entre outras. Quase 60% das vendas se destinam a atender o mercado norte-americano, e aproximadamente 50% dos empregados também estão nessa região. A Whirpool é acionista majoritária do grupo brasileiro Brasmotor, fundado em 1945, que tem como empresas associadas a Multibrás e a Embraco, que desenvolvem tanto atividades nacionais quanto internacionais. Em 1989, 139 itens eram importados, passando para 328 em 1997. Em valor, as importações de 1997 representavam o dobro do ano de 89. O número de itens exportados aumenta um pouco de um ano para outro, havendo também uma ligeira mudança qualitativa na pauta, já que produtos que antes não eram exportados passam a sê-lo em 1997. Em valor, as exportações de 97 representaram mais de cinco vezes as de 89. Em ambos os anos, o saldo comercial teve um superávit significativo. Entretanto, enquanto o valor médio das exportações se aproxima de 3, o das importações é cerca de 4,7. Esses dados indicam que trata-se de uma empresa de produtos com média intensidade tecnológica, na qual os gastos com P&D estão em torno de 2% do seu faturamento total. Em 1989, mais de 80% dos produtos exportados eram da categoria I.I.E, e menos de 20% da categoria F.E. Em 1997, a participação da primeira categoria caiu para aproximadamente 11% e a segunda aumenta para mais de 85%. Isso pode estar indicando uma migração, no Brasil, da etapa fabricação para a produção, de um ano para o outro. Em ambos os anos a categoria I.I.P.D. tem participação menor que 1%. As exportações se destinavam a países da América Latina, prioritariamente, com exceção da participação de mais de 20% dos Estados Unidos em 1989, que cai para menos de 5% em 1997. Não houve grandes mudanças nas categorias importadas de 1989 para 1997, com cerca de 56% oriundas da categoria F.E. e mais de 35% da I.I.E.. Assim, a empresa pode estar se concentrando nas duas etapas, produção e fabricação. Entre os países dos quais o Brasil importou, no caso desta empresa, estão Alemanha, Argentina, Itália e Estados Unidos. A análise do histórico da empresa mostra uma certa distribuição global das atividades de pesquisa da empresa, com centros tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, na Alemanha, China e Índia – como mostra a tabela 108. No Brasil, as empresas são unidades produtivas que produzem os próprios eletrodomésticos. Não há dados disponíveis sobre as patentes da empresa. 126 Pode-se concluir, então, que os produtos da empresa são de intensidade tecnológica média, mas os produzidos no Brasil tem menor intensidade, relativamente. A empresa realiza o processo produtivo principalmente nas etapas produção e fabricação, sendo notado que no Brasil centrou-se na primeira etapa, em 1997. A empresa realiza, no país, tanto atividades produtivas quanto de pesquisa e desenvolvimento. 127 D. Cronograma para as próximas atividades O quadro abaixo apresenta o plano de trabalho para os próximos cinco meses de vigor da bolsa. Acredita-se poder cumprir as atividades propostas inicialmente no projeto de pesquisa, visto que a padronização das informações das empresas já foi feita, tornando mais rápido o mapeamento e análise das demais 10 empresas constituintes da amostra. Quadro 17: Cronograma proposto Atividades 1. Bibliografia selecionada 2. Coleta de informações sobre a distribuição global das atividades das empresas da amostra referentes à gama de produtos e análise preliminar 3. Coleta de informações sobre a distribuição global das atividades das empresas da amostra referentes às etapas produtivas e análise preliminar 4. Coleta de informações sobre a distribuição global das atividades das empresas da amostra referentes às funções corporativas e análise preliminar 5. Caracterização nacional das atividades empresariais 6. Confronto entre dimensão global e dimensão nacional das atividades das empresas e proposição de uma tipologia de comportamento 7. Preparação de seminário de pesquisa 8. Participação em seminário de pesquisa 9. Elaboração de relatório de atividades 10. Participação em Congresso de Iniciação Científica da Unesp Meses/Horas 1 2 3 4 5 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X