Coisa de maluco - Sindicato dos Bancários da Bahia
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O BANCÁRIO Edição Diária 5246 | Salvador, segunda-feira, 12.11.2012 Filiado à Presidente Euclides Fagundes Neves SAÚDE Pressão por metas e assédio têm levado bancários a problemas mentais Empregados querem que Caixa cumpra acordo Página 3 Coisa de maluco O resultado do assédio moral e da pressão por metas não é nada bom, como todos sabem. Aliás, é muito negativo e chega a comprometer a sanidade mental. Este, inclusive, é um dos principais problemas enfrentados pela categoria. Entre os sintomas mais comuns, depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico, além de tonturas, irritações frequentes, pesadelos, palpitações e falta de ar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. Página 4 João Ubaldo Na Caixa, os empregados esperam que as discussões na mesa específica seja cumprido pela direção da instituição financeira www.b an car i os b ah i a.org .b r SISTEMA FINANCEIRO A cada 15 segundos, um consumidor sofre uma tentativa Brasileiro é vítima fácil de fraudes A cada 15 segundos, um consumidor brasileiro sofre uma tentativa de ter o cartão de crédito clonado ou empréstimos solicitados por golpistas. A afirmação é do Indicador da Serasa Experian, que contabilizou 1,56 milhão de tentativas de fraudes, de janeiro a setembro deste ano, alta de 5,9% em relação ao ano passado. Na comparação com 2010, o aumento é de 13,7%. Quem lidera a lista é o setor de serviços, com 36% do total de tentativas de fraudes. A telefonia ocupa a segunda posição, com 33%. Seguidos dos bancos e financeiras (18%), varejo (11%) e outros (2%). Diante dos perigos, os clientes devem prestar atenção e evitar informar o número da identidade ou CPF em cadastros de compras na internet, ou mostrar os documentos para terceiros. Nunca se sabe quem tem o controle sobre os dados pessoais. Ana Beatriz Leal Santander desconta nota falsa O abuso dos bancos não tem limites. O Santander descontou do salário de uma funcionária que trabalhava como caixa, entre R$ 300,00 e R$ 500,00 anuais, por ter recebido notas falsas sem saber. Agora, a organização financeira terá de devolver todo o valor. A decisão inicial foi do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), sendo mantida, por unanimidade, pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho). Ou seja, o banco não tem para onde correr e terá de reembolsar a funcionária. O Santander tentou a todo custo comprovar que os descontos eram legalizados perante a Justiça e ainda alegou que pagava gratificação justamente para compensar eventuais valores decorrentes de diferenças de caixa e que os descontos estavam previstos em instrumentos coletivos. Um verdadeiro absurdo que agora será corrigido. Calor toma conta do Itaú Cidadela De janeiro a setembro, o número de fraudes cresceu 5,9% em relação ao ano passado EDITAL DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA O Sindicato dos Bancários da Bahia, inscrito no CNPJ/MF sob o n° 15.245.095/000180, por seu presidente abaixo assinado, convoca todos os empregados da Poupex - Associação de Poupança e Empréstimo, sócios e não sócios, da base territorial, para assembléia geral extraordinária, que se realizará no dia 12 de novembro de 2012, às 18h, em primeira convocação e às 18h30, em segunda convocação, com qualquer número de pessoas presentes, na rua Território do Amapá, nº 455, Pituba, Salvador, Bahia, CEP 41.830-540, para discussão e deliberação acerca da proposta apresentada para celebração do Acordo Coletivo de Trabalho, 2012/2013, dos empregados da Poupex. Salvador, 8 de novembro de 2012 Euclides Fagundes Neves - Presidente O BANCÁRIO Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 2 O Bancário Fundado em 4 de fevereiro de 1933 Os clientes que precisam fazer alguma operação bancária no Itaú Cidadela têm passado por maus bocados. É que o sistema de ar-condicionado da agência está quebrado há dias, causando muitos transtornos para os funcionários e a população. O pior é que ainda não tem prazo para consertar o aparelho. Segundo informações, uma empresa já foi verificar o equipamento, mas até agora nenhuma medida foi tomada. O Sindicato dos Bancários da Bahia está ciente do problema e vai tomar todas as medidas necessárias. Até porque não tem justificativa uma agência do maior banco privado em atividade no país, que em nove meses lucrou R$ 10,102 bilhões, ficar sem ar-condicionado. Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Euclides Fagundes Neves. Diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade. Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] Jornalista responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTE 879 DRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose Lima. Repórter: Maiana Brito - Reg. MTE 2.829 DRT-BA. Estagiários em jornalismo: Ana Beatriz Leal, Alexandre Veloso e Márcia Athayde. Projeto gráfico: Danilo Lima. Diagramação: Tiago Lima. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. www.bancariosbahia.org.br • Salvador, segunda-feira, 12.11.2012 Fenae O vice-presidente do SBBA, Augusto Vasconcelos, participou da reunião específica com a direção com da Caixa CAMPANHA SALARIAL Em pauta, sobrecarga de trabalho, extrapolação da jornada e a falta de infraestrutura nas agências Empregados cobram melhorias na Caixa As precárias condições de trabalho em algumas agências da Caixa, os problemas enfrentados pelos tesoureiros e a necessidade de ampliação do quadro de funcionários foram alguns dos assuntos tratados pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção da empresa, em negociação permanente, na quinta-feira. A CEE, logo no início, apresentou um extenso levantamento com os problemas que acontecem em centenas de unidades bancárias. Destaque para as questões relativas à climatização, sobrecarga de trabalho, extrapolação da jornada e a falta de infraestrutura nas agências. O vice-presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, aproveitou a oportunidade e citou o caso da unidade do Iguatemi, em Salvador. A agência está há meses em reforma, deteriorando o ambiente de trabalho e ainda deixando vários empregados doentes. Sobre os tesoureiros, a comissão reivindicou a instalação de corredores para evitar a exposição do funcionário no momento do abastecimento dos caixas eletrônicos em todas as agências. A Caixa, no entanto, alegou que o problema só existe em 22 unidades, número contestado pelo movimento sindical. Mas, depois de um longo debate, a direção da empresa informou que resolveria a questão até 31 de dezembro próximo. O banco também informou que fez a alteração do RH 183, reduzindo de 180 para 90 dias, o tempo necessário para que o empregado possa assumir a função de caixa executivo. De acordo com a empresa, hoje 5.302 trabalhadores estão aptos a exercerem a função de tesoureiro e todos vão passar por curso de formação entre fevereiro e agosto de 2013. Ainda ficou acertado que a partir de janeiro o funcionário que substituir o tesoureiro nos intervalos de almoço ou em outras ocasiões será remunerado. Atualmente, o substituto só recebe quando o titular está em licença saúde ou férias. Com relação as novas contratações, a direção da Caixa disse que irá cumprir o prazo estipulado no acordo coletivo. Ou seja, chegar a 92 mil empregados em dezembro próximo e a 99 mil em dezembro de 2013. Até o dia 6 passado, a empresa tinha 90.960 bancários. A CEE cobrou ainda o cumprimento da Súmula 124 do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que altera o cálculo das horas extras. O banco informou que está em fase de estudos jurídicos. Sobre o Universidade Caixa, a instituição financeira disse que vai editar um comunicado orientando os gestores a disponibilizarem 6 horas da jornada por mês para que os cursos sejam realizados. Também será analisada a possibilidade de implantação, a partir de janeiro, do item AV Caixa, que avalia o número de horas realizadas pela equipe na Universidade Corporativa. Os empregados denunciaram ainda a resposta fornecida pela CEAT de que iria cortar o salário por conta das horas não trabalhadas no período da greve. No entanto, a empresa afirmou que vai cumprir a Convenção Coletiva. Outro assunto de destaque foi a Cipa e ficou decidido que os sindicatos vão participar da elaboração do conteúdo do curso de formação. A negociação ainda tratou de Funcef, promoção por mérito e carreira profissional. O Bancário Salvador, segunda-feira, 12.11.2012 • www.bancariosbahia.org.br 3 SAÚDE Entre os principais sintomas, tonturas, depressão, transtorno bipolar, palpitações, falta de ar entre outros Doenças mentais assolam os bancários Pressão por metas e a competitividade imposta pelos superiores nas agências têm prejudicado a saúde dos bancários, principalmente com as doenças mentais. Entre os principais sintomas que acometem os funcionários, tonturas, irritações frequentes, pesadelos, palpitações, falta de ar e outros sintomas que parecem isolados. A categoria é uma das que mais adoece no país e os transtornos mentais estão entre os mais frequentes. Depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico e outras doenças mentais acometem os trabalhadores. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. Psicólogos apontam que o assédio organizacional, prática de gestão voltada para a produtividade que abre espaço para o assédio moral, é o motivador do adoecimento dos empregados. Os bancos demonstram que, com a política de pressão, o funcionalismo não tem valor e muito menos a saúde do trabalhador. Outro motivador levantado para o adoecimento dentro da categoria bancária é a fusão entre as organizações finan- ceiras. Com os processos de junções, os funcionários dos privados são obrigados a intensificar a luta para bater as metas e não perder o emprego. Nos públicos, a ameaça é para não perder comissões e cargos. Os banqueiros colocam os empregados em uma verdadeira guerra de todos contra todos. DEMOCRACIA Do ex-ministro José Dirceu, sobre mais uma decisão meramente midiática do relator do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, cada vez mais parecido um ator global, de exigir que os réus entreguem imediatamente os passaportes, antes mesmo do fim do julgamento. “Criticar uma decisão não significa desrespeitar o Poder Judiciário. Vivemos em um país livre, numa democracia, onde a liberdade de expressão é a regra e faz parte do Estado Democrático de Direito”. Ele considera a atitude de Barbosa como uma tentativa de “constranger e censurar os réus”. TECNICISMO O recurso do Ministério Público de São Paulo pedindo a substituição da expressão “lesões e maus-tratos sofridos nas dependências do 2º Exército” pelo termo “morte violenta de causa desconhecida”, no atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar em 1975, é considerado por juristas e advogados como “excesso de tecnicismo”. A versão oficial, que perdurou por mais de 35 anos, era de que ele havia cometido suicídio, portanto no documento de morte aparecia como causa “asfixia mecânica”. Somente neste ano, a Justiça reconheceu finalmente que Herzog não se suicidou. Agora, com o recurso do MP, a correção vai demorar ainda mais. CHANTAGEM Muito ridícula a chantagem feita pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), de que a distribuição dos royalties do petróleo com todos os municípios e estados, independentemente de serem produtores ou não, vai inviabilizar a realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A decisão do Congresso Nacional coroa uma antiga reivindicação de toda a sociedade. A fantástica riqueza gerada no subsolo, principalmente agora com o pré-sal, deve servir para ajudar a superar a pobreza, vencer as desigualdades sociais, estimular o desenvolvimento das regiões mais carentes, e não para aprofundar a concentração da riqueza. DESCOMPROMISSO O fato reafirma o completo descompromisso social de parte do Judiciário. As principais entidades represen- tantes dos juízes federais e trabalhistas fizeram questão de divulgar que o objetivo da greve de dois dias da categoria está exatamente em “boicotar” a semana de conciliação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), cujo maior beneficiado é a população, pois agiliza a resolução de processos que demorariam anos em tramitação para se chegar ao resultado final. Quer dizer, a intenção é prejudicar deliberadamente a sociedade. Detalhe: os juízes têm salário inicial de R$ 21,8 mil e querem um aumento de 28,86%. 4 O Bancário www.bancariosbahia.org.br • Salvador, segunda-feira, 12.11.2012
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