estudos biblicos david wilkerson
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2007 ____ O Céu - 30 de abril de 2007 (Heaven)t Por David Wilkerson 30 de abril de 2007 __________ Não ouvimos muitos sermões sobre o céu atualmente. Isso pode parecer estranho, já que a alegria de todo cristão é refletir sobre estar com o Senhor por toda a eternidade. A promessa do céu está no núcleo maior do evangelho que pregamos. Mas há uma razão pela qual não ouvimos muito sobre esse assunto jubiloso. O fato é que a Bíblia não diz muito sobre como o céu é. Jesus nunca se assentou com os discípulos e explicou a glória e a majestade dos céus. Ele realmente disse ao ladrão sobre a cruz, "Hoje estarás comigo no paraíso", mas não disse como seria. O apóstolo Paulo se refere aos céus quando fala de ter sido levado ao paraíso. Ele diz que viu e ouviu coisas que abalaram tanto a sua mente, que ele não tinha linguagem para as descrever. A idéia que se tem da descrição de Paulo é a de que, mesmo se ele pudesse explicar o que viu, as nossas mentes humanas não conseguiriam compreender. Seja o Quê For Que Paulo Tenha Testemunhado no Céu Isso O Impactou de Tal Maneira, Que Para o Resto da Vida Ele Quis Ardentemente Estar Lá Paulo era grato por sua vida, por seu chamado, seu ministério. Creio que ele amava o povo de Deus com paixão. Mas ao longo dos seus anos de ministério, o contínuo desejo de Paulo era ir para o lar celestial e estar com o Senhor. O seu coração simplesmente ansiava estar lá. Então, onde é o céu? Não sabemos. Efetivamente sabemos que há um novo céu chegando, assim como uma nova terra. E esse novo planeta não será simplesmente a velha terra refinada pelo fogo, mas algo inteiramente novo. E o seu centro será a capital, a Nova Jerusalém. Efetivamente também sabemos que o trono de Deus está no céu. Igualmente Jesus está lá, como estão os anjos do Senhor, em multidões incontáveis. Ainda mais, Paulo diz que uma vez estando lá, contemplaremos Jesus "face a face" (I Coríntios 13:12). Em resumo, teremos acesso pessoal imediato ao Senhor por toda a eternidade. (Amado, se isso apenas fosse todo o céu, seria o suficiente para mim!) Evidentemente, aprenderemos coisas que simplesmente não podem ser contidas pela mente humana aqui na terra. Teremos acesso à mente do próprio Cristo, que é ilimitada. E eu creio que Ele vai nos ensinar a respeito todas as coisas eternas. As Escrituras Não Será Só Para Além de Ter Igreja Sugerem Relaxar e que Não o Fazer Céu Nada A Bíblia diz que no céu os santos governarão com o Senhor como "reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra" (Apocalipse 5:10). Agiremos como Seus servos lá - os santos "o servirão" (22:3). Isso me diz que receberemos estimulantes e abençoadas missões nesse novo mundo que virá. As escrituras falam repetidas vezes do papel que os anjos têm desempenhado por toda a história, ministrando até a Jesus. Seja qual for o nosso excitante trabalho, podemos saber que continuará pela eternidade, porque os mundos de Deus não têm fim. Considere por um momento o infinito aparente que vemos no espaço. Considera-se que o nosso próprio sistema solar deva ter ao menos cerca de dez bilhões de quilômetros de diâmetro, e é apenas um ponto no universo. Descobertas científicas mostram que há sistema após sistema após sistema, aparentemente sem fim. Isso é tão tremendo para a mente. Assim como o nosso sistema solar corre através do espaço, girando em torno do sol, inúmeros outros sistemas estão se movendo um sobre o outro igualmente. E está tudo tendo lugar segundo a divina ordem de Deus. Por essa razão creio que no céu iremos receber tarefas que são agora incompreensíveis às nossas mentes humanas. Quando Paulo se Refere à Ele Fala de Ter Estado no “Terceiro Céu” Sua Experiência no Paraíso, Os estudiosos no tempo de Paulo ensinavam que havia três camadas de céus: primeiro, a atmosfera física na qual habitamos; a seguir o segundo céu, onde as estrelas estão; e, finalmente, o terceiro céu onde Deus e o paraíso estão. Tudo o que eu posso dizer sobre esse assunto com segurança é que Jesus ascendeu ao “céu acima de todos os céus”. E nos disse que está lá agora preparando um lugar para o Seu povo. Também disse, “Voltarei outra vez, e lhes levarei para lá. Onde Eu morar, vocês morarão”. Em resumo, amado, não dá para eu dizer como o céu é. E não sei muito sobre o que está acontecendo lá. Não tenho nova revelação a oferecer, não tenho uma versão como a de Paulo. Mas dá para dizer como o céu não é, e o que não está lá, pois isso é o quê as escrituras oferecem. E, como você verá, o que isso revela nos dá motivos para nos alegrarmos! Começamos com a Visão do Apóstolo João em Apocalipse 21 João conta que não encontraremos as seguintes coisas no céu: 1. Não existirão mais mares. "Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe" (Ap. 21:1). Ele está declarando que não haverão mais ameaças vindas dos grandes blocos de água: não haverá mais ciclones, furacões ou tsunamis assassinos. Na verdade, a única água que é mencionada quanto à essa nova terra será um rio de júbilo que corre através das ruas da Nova Jerusalém. João fala o seguinte dele: "Me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro" (22:1). 2. Não haverá lenços no céu. Não teremos nenhuma necessidade dessas coisas, pois os textos das escrituras implicam em que nem precisaremos de glândulas lacrimais. "(Deus) lhes enxugará dos olhos toda lágrima" (21:4). Segundo João, as lágrimas simplesmente não existirão no céu. Igualmente, não haverá mais funerárias, caixões de defuntos ou cemitérios. Por que? Porque "A morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto" (21:4). Pense nisso: não ficaremos mais ao lado dos caixões, chorando a perda dos queridos. Não haverá mais choro ou luto, porque no céu nunca iremos morrer. Uma vez tendo sido ressuscitados do sepulcro terreno pelo poder da ressurreição de Cristo, nunca poderemos morrer outra vez. 3. Não haverá mais farmácias, hospitais, médicos, enfermeiras, ambulâncias, analgésicos ou receitas. João diz, "Já não haverá...dor" (21:4). Sou lembrado de uma mãe e de sua filha deficiente que visitaram a nossa igreja. O filho dessa senhora havia cometido suicídio após sete anos suportando uma dor excruciante que médico algum conseguia diagnosticar. Durante esse tempo, ele tinha de tomar narcóticos fortes pois só assim conseguia suportar mais um dia. A origem dessa dor nunca foi encontrada. Agora a filha está mostrando os mesmos sintomas. Trata-se de uma bailarina talentosa e estudante brilhante, que ganhou prêmios e bolsas de estudo. Mas a situação dela se deteriorou tanto, que agora enfrenta dor torturante e contínua. Como o irmão, essa jovem vive com um grau tão elevado de dor que "numa escala de zero a dez, sua dor chega a catorze", segundo os médicos. Foi dito que os narcóticos dos quais ela precisaria para a dor seriam tão fortes, que a matariam em poucos meses. Nunca Me Esquecerei de Nossa Preciosa Netinha, Tiffany dos Últimos Dias na Terra A dor de minha neta devido ao tumor cerebral ficou tão intensa que os seus membros se agitavam violentamente. Ela sofria terríveis convulsões, e eu tinha de ajudar seu pai a segurar os braços e as pernas de Tiffany nessas horas de dor. A dor era simplesmente demais para ela, e na verdade era demais para os seus avós, também. Finalmente, Tiffany disse à mãe que o Senhor havia falado ao seu coração, dizendo "Quero que você venha para o lar celestial. Comigo, não haverá mais dor". O versículo de João tem um significado especial para mim: "Já não haverá...dor" (21:4). Como avô de Tiffany, eu descanso no conhecimento de que é aí que a minha netinha está nesse exato momento: com Jesus, onde não há mais dor. 4. Não haverá mais medo, não haverá mais incredulidade, não haverá mais coisas abomináveis, assassinatos, mentiras ou feitiçaria. A Bíblia diz que todos os que praticam tais coisas serão lançados no lago de fogo: "Quanto...aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras, e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre" (Ap. 21:8). Os jornais noticiaram há algum tempo que um casal de idosos foi encontrado morto em seu apartamento. Eles ficaram com tanto medo de serem roubados ou atacados, que sempre trancavam as portas de casa e vedavam todas as janelas. Estavam tão aterrorizados de medo que faziam isso mesmo durante as terríveis ondas de calor do verão, e acabaram se sufocando. Não haverá mais esse medo no céu. Nem haverá mais qualquer violência ou assassinato. Há pouco, um homem que atacava crianças admitiu ter molestado mais de duzentas delas. Graças a Deus, no céu não haverá mais tais abominações. 5. Não haverá mais motivos para se mudar no céu. A minha mulher e eu já nos mudamos de uma casa para outra inúmeras vezes em nossa vida adulta. Sou grato porque quando chegarmos ao céu, nunca mais teremos de nos mudar. Como eu sei disso? Jesus diz: “Não se turbe o vosso coração...Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu volo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar” (João 14:1-2). Há pouco li sobre uma senhora cristã que perguntava, “Se haverá multidões no céu que não podem ser contadas, como seria possível Deus fazer habitação para todos? Como poderia haver lugar suficiente para tantos moradores?”. Vejamos as Palavras “Vou Preparar-vos Lugar” de Jesus Sobre Esse Assunto: Tais palavras devem ter um significado para nós. Alguns estudiosos da Bíblia interpretam Jesus aqui como “muitas habitações”. Isso pode ou não estar correto. Tudo o que eu sei é o seguinte: se Cristo está construindo, podemos ficar seguros de que é algo glorioso. Ao pensarmos no lugar que o nosso Senhor está construindo para nós, não devemos imaginar uma casa de tijolos ou algo assim. Pelo contrário, as moradas dEle no geral são de uma outra dimensão ou esfera. Como humanos, não conseguimos imaginar um mundo no qual o corpo passe livremente através de substâncias materiais. (Jesus fez isso após a ressurreição, e diz que no céu os nossos corpos de glória serão como o dEle.) Esse é um domínio que cientista nenhum descobriu, algo enormemente diverso de tudo que possamos compreender. O importante que Jesus traz sobre o céu é, “Esse é o lar celestial. Vocês vão viver eternamente onde Eu vivo”. “E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo. 14:3). Em termos simples, há um lar na eternidade para cada um de nós. E Jesus diz basicamente, “Quando esse dia chegar – quando vocês estiverem aqui comigo – Eu pessoalmente mostrarei o que construí para vocês”. 6. Não há inválidos no céu, nem cegos, surdos, ou corpos em declínio. A Bíblia diz que teremos novos corpos no céu. Claro, essa é uma doutrina bem conhecida dos cristãos, e Paulo tinha muito a falar sobre ela. Ele escreve, “Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?” (I Cor. 15:35). Em outras palavras, as pessoas podem se perguntar, “Que tipo de corpo ressuscitará dos mortos?”. Paulo Responde que Não é o Corpo Que Sairá Dela o Corpo Que Entra na Sepultura “Quando semeias, não semeias o corpo que há de ser...Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve” (I Cor. 15:37-38). Em outras palavras, “Os corpos que habitaremos no céu serão à Sua semelhança. Serão celestiais e não terrenos”. De acordo com Paulo, o nosso corpo físico é “semeado na corrupção” mas “ressuscitado na incorrupção”. Simplificando, quando o nosso corpo é “semeado” – ou, enterrado, ele é um corpo natural, terrestre. Mas quando formos ressuscitados, será como um corpo celestial, do céu. O corpo que teremos então será “glorificado” pelo poder de ressurreição de Cristo. As escrituras nunca dizem que Deus vai procurar partes perdidas do corpo como membros, um por um dos dentes, cada poeira de nosso corpo natural, e dar um jeito de juntá-los. Pelo contrário, Paulo ensina, “A carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus”. A seguir acrescenta, “Num momento, num abrir e fechar d’olhos, ao ressoar da última trombeta... A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (15:50,52). Os Nossos Serão à Exata Semelhança de Cristo Corpos de Glória Naquele dia extraordinário, os túmulos se abrirão. E em Seu tremendo poder, o Senhor criará corpos novos e eternos. Esses corpos serão a imagem do santo e do justo, e nunca se corromperão. E quando isso acontecer, nós falaremos uma língua - uma nova língua que todos iremos compreender. Na verdade, todas as coisas serão feitas novas. Mais eletrizante para mim é o que acontecerá para as milhões de crianças mortas ou morrendo - - de todas as eras. Em um instante, essas preciosidades serão levantadas com novos corpos. Penso nas crianças cujos corpos foram para a cova devido à doença, ou cujas carnes foram trucidadas em genocídios, cujos corpos foram estilhaçados por bombas. Também penso em homens e mulheres cujos corpos foram desfeitos e destruídos pela doença; penso também nos corpos que foram enterrados em caixões vedados. Penso nos mártires de todas as épocas, nos que morreram por meio da tortura, foram mutilados, serrados ao meio, decapitados, queimados em fogueiras. Todos estes sairão dos túmulos com novos corpos, para nunca mais verem a corrupção ou a dor. A minha mente tem dificuldades em registrar essas coisas – contudo o meu coração se alegra com elas! 7. Não haverá relógios no céu, pois o tempo não existirá mais. João escreve que um anjo apareceu diante dele de pé sobre o mar e a terra. O anjo então levanta a mão para o céu e, segundo João, “Jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora” (Apocalipse 10:6). Este é um dos Conceitos Mais Difíceis Para eu Pôr em Minha Mente Chegará um momento quando o próprio tempo será deixado de lado. Imagine isso: nada de anos, nada de meses ou semanas, nada de mais dias, horas, minutos ou mesmo segundos. Não haverá nada para marcar o tempo, nem a noite nem a luz do dia, pois Cristo será a luz no paraíso. Um pastor Puritano tentou descrever à sua igreja a ausência de limite da eternidade. Disse para que eles não tentassem entender, que a eternidade sempre foi e sempre será; sem começo ou fim. Deu-lhes essa ilustração: “Visualize a terra como uma bola de areia, quase 50.000 quilômetros de circunferência. A cada mil anos, um passarinho voa sobre ela e retira um grão de areia. Quando ele remover o último grão, então a eternidade acabou de se iniciar”. Em outras palavras, na grande trama da eternidade, o “tempo” está nesse momento fazendo apenas uma breve aparição. Dia virá em que o tempo terá totalmente servido ao seu propósito e será abolido. É tudo surpreendente demais para eu avaliar. Paulo Resume Com Uma Admoestação a Todo o Povo de Deus Isso Paulo exulta: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Coríntios 15:57). Muitos cristãos citam esse versículo diariamente, aplicando-o à suas lutas e tribulações. Mas o contexto no qual Paulo o diz sugere um significado mais profundo. Só dois versos antes, Paulo declara, “Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (15:54-55). Paulo estava falando eloqüentemente sobre o seu ardente desejo pelos céus. Ele escreve, “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial” (2 Coríntios 5:1-2). O apóstolo então acrescenta, “Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (5:8). De acordo com Paulo, o céu – o estar na presença do Senhor por toda a eternidade – é uma coisa que devemos desejar de todo o nosso coração. Ao Ponderar Sobre Estas Coisas que as Escrituras Dizem que o Céu Não Será, Um Quadro Glorioso Começa a se Formar Primeiro, imagino a descrição que Jesus fez de um gigantesco encontro, quando os anjos “reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mateus 24:31). Quando todas estas multidões estiverem reunidas, visualizo uma grande marcha da vitória acontecendo nos céus. Quase todo mundo conhece a música “When the Saints go Marching In” (quando os santos entrarem marchando). Tente imaginar essa música sendo tocada literalmente no céu, com milhões de crianças glorificadas cantando hosanas ao Senhor, do jeito que as crianças cantaram uma vez no templo. Que som de vitória e de louvor será: multidões de órfãos gritando, “Pai!”. Dá para eu ver direitinho o brilho da felicidade no rosto de Jesus. “Pois dos tais é o reino dos céus”, declarou. Então vêm todos os mártires. Esses que já clamaram por justiça na terra agora gritam, “Santo, santo, santo!”. Imagino os decapitados tocando suas cabeças e dizendo, “Estou inteiro de novo”. Os que foram serrados ao meio buscam as marcas da agonia sobre seus corpos mas não acham nem uma. Os que foram queimados agora têm corpos inteiros, sem nenhum traço ou cheiro de fumaça. Todos estes estarão dançando com alegria, gritando, “Vitória, vitória em Jesus!”. Então vem um poderoso bramido, um som nunca ouvido antes. É a igreja de Jesus Cristo, com multidões de toda nação e tribo. Esse grupo inclui os que foram viciados ou alcoólatras... que eram cegos ou enfermos... que eram pobres, enviuvados ou forçados a mendigar. Visualizo entre eles a empobrecida viúva que fielmente entregou sua moeda no culto, quando não tinha mais nada. Talvez Tudo Isso Soe Distante Mas o Próprio Paulo Testifica Sobre Isso ou Forçado Para Você, Quando o fiel apóstolo foi arrebatado ao céu, “ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir” (2 Coríntios 12:4). Paulo diz que ficou espantado com o que ouviu lá. Creio que estes foram exatamente os sons que ouviu: ele teve um vislumbre do canto e do louvor a Deus pelos que estarão se rejubilando em Sua presença, com seus corpos já inteiros, suas almas cheias da alegria e paz. Foi um som tão glorioso que Paulo pôde ouvilo mas não conseguia repeti-lo. Amado santo, torne o céu o seu desejo mais sincero. Jesus está voltando para os que desejem ardentemente estar com Ele lá! --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. 2006 ____ Orando em Secreto - 23 de outubro de 2006 (Praying in the Closet ) Por David Wilkerson 23 de outubro de 2006 __________ Tenho uma pergunta para você: o que o povo cristão pode fazer em períodos de julgamento iminente da parte de Deus, para mover o coração do Senhor? Estamos vendo calamidades naturais numa escala como nunca houve antes: ondas marítimas gigantescas, furacões, incêndios, inundações, secas. Penso nas devastações que abalaram todo o mundo, perpetradas pelo tsunami, pelo furacão Katrina, por terremotos na Índia e no Paquistão. Penso também no medo e no desespero causados por calamidades produzidas pelo homem: os eventos de 11 de setembro de 2001, o conflito entre Israel e o Líbano, armas nucleares nas mãos de homens insanos. Até os comentaristas mais céticos dizem que já estamos vendo os inícios da 3ª guerra mundial. Agora mesmo, muçulmanos em inúmeros países ameaçam destruir o cristianismo. Quando estive em Londres há pouco, ouvi dois jovens muçulmanos dizendo numa entrevista no rádio: "A nossa religião não é como o cristianismo. Não viramos a outra face. Decapitamos a cabeça do outro". Eu lhe pergunto: em tempos difíceis como esse, a igreja estaria sem poder para fazer algo? Devemos ficar sentados e esperar que Cristo volte? Ou, somos chamados a tomar ação drástica de algum tipo? Quando em torno de nós o mundo inteiro treme, e o coração dos homens entra em falência por causa do medo, somos chamados para erguer armas espirituais e guerrearmos o adversário? Por todo o globo, há uma sensação de que é inútil tentar resolver os problemas que se acumulam. Muitos sentem que o mundo atingiu o zênite da desesperança. O alcoolismo aumenta no mundo todo, e mais jovens do que nunca entram em bebedeiras. Vejo uma tendência igualmente perturbadora na igreja, à medida que cristãos se voltam para o materialismo. A mensagem que suas vidas pregam é: "Acabou a esperança. Deus desistiu". Diga-me, seria esse o papel do povo de Deus em tempos negros? Será que os seguidores de Cristo devem cair um após o outro com o resto do mundo, e pegar à força uma fatia do bolo? Não, nunca! O Profeta Joel Viu um Dia Semelhante Se Aproximando de Israel, Um Dia de "Sombra de Morte e Escuridão" Segundo Joel, o dia de escuridão que estava se aproximando de Israel seria um dia como nunca houvera em sua história. O profeta brada, "Ah! Que dia! Porque o Dia do Senhor está perto e vem como assolação do Todopoderoso" (Joel 1:15). Qual foi o conselho de Joel a Israel naquela hora negra? Ele trouxe a seguinte palavra: "Assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal. Quem sabe se se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção...?" (2:12-14). Lendo essa passagem, o que me atinge muito são duas palavras: “Agora mesmo”. Em meio à tremenda escuridão que caiu sobre Israel, Deus apela ao Seu povo: “Agora mesmo, na hora da Minha vingança - quando vocês Me puseram para fora da sociedade, quando a misericórdia parece impossível, quando a humanidade zomba das Minhas advertências, quando o medo e as trevas cobrem a terra - agora mesmo, Eu insisto para que voltem para Mim. Sou tardio em irar-Me, e sou conhecido por reter Minha, como fiz com Josias. O Meu povo pode orar e propiciar a Minha misericórdia. Mas o mundo não chegará ao arrependimento caso vocês disserem que não há misericórdia”. Você está vendo a mensagem de Deus para nós? Como povo dEle, podemos suplicar em oração - e Ele nos ouvirá. Podemos propiciá-Lo e saber que Ele ouvirá as preces sinceras, eficazes e ferventes dos Seus santos. Tenho uma palavra de aviso à igreja nesse momento: cuidado! Satanás vem especificamente à essa hora de trevas quando o desastre nuclear se forma sobre a terra, quando a impiedade ruge e aterroriza as nações. O Diabo sabe que estamos vulneráveis, e lança a mentira: “Que tipo de bem você pode fazer? Por que tentar evangelizar os muçulmanos, quando eles querem te matar? Não dá pra mudar nada. É melhor você desistir desse mundo saturado pelo pecado. Não vai adiantar orar por um derramamento do Espírito. Todo esse seu arrependimento se torna fútil”. Mas Deus vem a nós com essa palavra de Joel: “Há esperança e misericórdia, agora mesmo. Sou de grande bondade, tardio em Me irar. E agora é a hora de você se voltar para Mim em oração. Eu posso retirar o Meu julgamento e mesmo trazer bênçãos para ti”. Agora mesmo - nesses dias de assassino extremismo islâmico, quando o nosso país perdeu o rumo moral, quando os tribunais jurídicos estão banindo Deus para fora de nossa sociedade, quando o medo prende o mundo inteiro - é a hora de se voltar para o Senhor em oração. Mesmo que a Sua condenação esteja chegando por todos os lados, com taças de ira sendo derramadas, o Espírito Santo ainda busca trazer para Si a humanidade chamando-a até o último minuto do dia final. Para o Quê Exatamente Devemos Orar Em Dias Como os Atuais ? Eis a receita de Joel a Israel naquele dia de amarguras e trevas: "Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, reuni os filhinhos...Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus?" (Joel 2:15-17). Eis o chamado à igreja: "Não se desencoraje nem se entregue ao desespero. Você não deve acreditar nas mentiras do Diabo de que inexista esperança para despertamento". Pelo contrário, de acordo com Joel, o clamor do povo deve ser, "Senhor, pare a repreensão em Teu nome. Não deixe que a Tua igreja seja mais zombada. Faça com que o ímpio pare de nos governar com arrogância, de nos provocar e perguntar, 'Onde está o teu Deus?'". A gente pode pensar, "O que Deus promete aqui é só uma possibilidade. Ele diz que 'poderia' deter Seu julgamento. Isso é nada mais do que um 'talvez', um 'pode ser'. Tudo que Ele requer do Seu povo pode ser em vão". Não acredito que Deus suplicie Sua igreja. E Ele não enviará o Seu povo numa missão boba. Quando Abraão orou a Deus para que Sodoma (onde seu sobrinho Ló vivia) fosse poupada, o coração do Senhor foi movido para salvar a cidade mesmo se apenas dez justos vivessem lá. E Abraão orou assim quando anjos exterminadores estavam entrando na cidade. Estou convencido de que o povo de Deus atualmente deve propiciar o Senhor do mesmo jeito. Zacarias Nos Diz Que Deus Designou Onde o Seu Povo Deve Lhe Fazer Petições em Oração Três Lugares Segundo Zacarias, há três lugares onde a oração deve ser feita: 1) na casa de Deus (a igreja), 2) em todo lar, e 3) no lugar secreto. O Senhor diz a Zacarias: ""Sobre a casa de Davi... derramarei o espírito da graça e de súplicas...A terra pranteará, cada família à parte; a família da casa de Davi à parte (significando a igreja)...a família da casa de Levi à parte (a família ou lar), e suas mulheres à parte (indivíduos)" (Zacarias 12:10; 12-13). Quando Zacarias disse isso, Israel estava cercado por inimigos dispostos a destruí-lo. Havia grande tremor e temor - mas em meio a isso veio essa maravilhosa palavra: "Deus está chegando para tratar desses poderes do mal que estão contra vocês. Então, comecem a orar ardentemente no santuário. Comecem a orar em seus lares e casas. E orem em seu lugar secreto. O Espírito Santo vem, e lhes concederá o espírito de súplicas e graça, capacitando-os a orar". Você está vendo a mensagem de Deus a nós nesta passagem? Ele está dizendo à igreja de todos os tempos, "Nos momentos de terror e medo, quero derramar sobre vocês o Meu Espírito. Mas preciso de um povo em oração sobre o qual O derramarei". 1. A Oração Começa na Casa de Deus Todos os profetas do Velho Testamento chamaram o povo de Deus para a oração em comum, conjunta. O próprio Jesus declara, "Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração" (Mateus 21:13). O fato é que a história do mundo foi modelada pelas preces da igreja de Cristo. Pense no seguinte: o Espírito Santo foi inicialmente dado na casa de Deus, no cenáculo. Lá os discípulos "perseveram unânimes em oração" (Atos 1:14). Lemos que Pedro foi liberto da prisão por um anjo, enquanto "muitas pessoas estavam congregadas e oravam" (12:12). A oração conjunta estava continuamente sendo feita pela libertação de Pedro. Claramente, Deus libera muito poder devido às preces da Sua igreja. Assim, o chamado a esse tipo de oração não pode ser subestimado. Sabemos que a igreja foi comissionada a ganhar almas, praticar a caridade, a servir como local de reunião para a palavra de Deus ser pregada. Mas primeiro e antes de tudo, a igreja deve ser um lugar de oração. Esse é o seu chamamento primeiro, pois todos estes outros aspectos da vida da igreja nascem da oração. Contudo a oração em comum é limitada. É limitada à programação de horários, e aos tipos de oração aos quais Deus nos chama a orar. Por exemplo, a igreja não é o lugar para o choro de nossas preces de queda e de angústia, quando citamos nossas cobiças e lascívias diante do Senhor e nos arrependemos delas. Algumas vezes a oração em conjunto pode se tornar uma desculpa para evitar esse tipo de oração privativa, quando ocorre um exame do coração. Alguns podem dizer, "Acabei de chegar de uma reunião de oração de duas horas", ou, "Jejuei com a minha igreja por três dias". Mas esse não é o único tipo de oração que o Senhor deseja de nós. 2. Os Nossos Lares Também Devem Ser Um Lugar de Oração! "Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer cousa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus" (Mateus 18:19). Alguns cristãos chamam isso de "oração do acordo". Você é profundamente abençoado se tem um irmão ou irmã consagrado para orar em companhia dele. Na verdade, os intercessores mais poderosos que conheci vieram em dois ou três. Se de algum modo Deus me abençoou nessa vida - se me usou para a Sua glória - sei que é devido a uns tantos intercessores de poder que oram por mim diariamente. O lugar onde esse tipo de oração tem lugar com mais poder é o lar. A minha mulher Gwen, e eu oramos juntos todos os dias, e creio que isso mantém nossa família junta. Oramos por cada um de nossos filhos durante seus anos de crescimento, para que nenhum se perdesse. Oramos por suas amizades e relacionamentos, que Deus mandasse embora namorados ou namoradas se houvessem sido enviados como armadilhas. Também pedimos por seus futuros companheiros, e agora estamos fazendo o mesmo por nossos netos. É triste, mas poucas famílias cristãs gastam tempo para orar no lar. Pessoalmente posso testificar que estou no ministério hoje por causa do poder da oração em família. Todo dia, não importa onde meus irmãos e eu estivéssemos brincando, no quintal ou na rua, a minha mãe nos chamava da porta de casa, "David, Jerry, Juanita, Ruth - está na hora da oração!". (o meu irmão mais novo, Don, ainda não havia nascido.) A vizinhança inteira sabia da hora de oração da nossa família. Eu às vezes odiava ouvir essa chamada, reclamava e me queixava. Mas alguma coisa claramente acontecia naquelas horas de oração, com o Espírito se movendo em meio à nossa família, e tocando as almas. Talvez você não se veja tendo uma oração em família. Talvez tenha um cônjuge que não coopere, ou um filho rebelde. Amado, não importa quem escolhe não se envolver. Você ainda pode chegar à mesa, abaixar a cabeça e orar. Isso servirá como a hora de oração do seu lar, e todos os membros da família saberão disso. 3. O Terceiro Lugar de Oração é Aquele Que Jesus Praticava E Recomendava aos Discípulos: O Lugar Secreto de Oração Oração em secreto acontece quando estamos a sós, em secreto. "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará" (Mateus 6:6). Ultimamente, o Espírito Santo tem me falado sobre esse tipo de oração. No passado eu ensinava que devido às exigências da vida, possamos ter um "lugar secreto de oração" em qualquer lugar: no carro, no ônibus, num intervalo do trabalho. Até certo ponto, isso é verdade. Mas há mais. A palavra em grego para "secreto" nesse versículo quer dizer "quarto particular, um lugar secreto". Isso era claro aos seguidores de Jesus, pois as casas em sua cultura tinham um cômodo interno que servia como um tipo de despensa. A ordem de Jesus era para entrar nesse lugar secreto e fechar a porta. E é uma ordem individual, não do tipo que possa ocorrer na igreja ou com um parceiro de oração. Jesus estabeleceu o exemplo para isso, ao se dirigir a lugar privativos para orar. Várias vezes as escrituras nos contam que Ele "retirou-se à parte" para orar. Ninguém era mais ocupado, sendo constantemente pressionado pelas necessidades dos que O cercavam, com tão pouco tempo para Si próprio. Ainda assim, lemos, "Tendo se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava" (Marcos 1:35). "E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só" (Mateus 14:23). Veja a ordem dada a Saulo em Atos. Quando Cristo tomou esse perseguidor da igreja, Saulo não foi enviado à uma reunião conjunta da igreja, ou para Ananias, o grande guerreiro de oração. Não, Saulo deveria passar três dias sozinho e à parte, orando e conhecendo a Jesus. Todos temos desculpas quanto a porque não oramos em secreto, num lugar especial a sós. Dizemos que não temos um lugar sozinho assim, ou tempo para fazê-lo. Thomas Manton, um piedoso escritor Puritano, diz o seguinte sobre esse assunto: "Dizemos que não temos tempo para orar em secreto. Contudo temos tempo para tudo mais: tempo para comer, para beber, para os filhos, mas não há tempo para o quê sustenta todo o resto. Dizemos que não temos um lugar em particular, mas Jesus encontrou um monte. Pedro, um telhado (eirado), os profetas um deserto. Se você ama alguém, encontrará um lugar para ficar a sós". Segundo as Escrituras, Deus Freqüentemente Para nos Levar de Volta ao Lugar de Oração Nos Aflige Davi testifica, “Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra” (Salmo 119:67). Ele está reconhecendo que quando tudo está calmo e sereno, e com poucos problemas, temos a tendência a nos esfriar ou a ficarmos mornos quanto à oração. Dizemos que amamos Deus, mas em nossos bons momentos podemos na verdade apostatar, negligenciando a comunhão com o Senhor. Então, às vezes, Deus permite afiadas flechas de aflição para nos acordar. Muitos piedosos pais da igreja comentaram sobre esse assunto. João Calvino diz que nunca oferecemos obediência a Deus enquanto não formos compelidos a fazê-lo devido à Sua correção. E C.S. Lewis escreve, “Deus cochicha em nossos prazeres, mas grita em nossa dor. É o megafone dEle despertando um mundo surdo. A dor remove o véu”. Às vezes consideramos a oração como algo muito casual. Mas na hora dos problemas nos vemos lutando com o Senhor todos os dias, até assegurarmos em nosso espírito que Ele tem tudo sob controle. Quanto mais queremos ser lembrados desta segurança, mais vamos ao nosso lugar de oração. A verdade é que Deus nunca permite aflição em nossas vidas exceto como ato de amor. Vemos isso ilustrado na tribo de Efraim em Israel. O povo havia caído em grande aflição, e clamou ao Senhor em agonia. Ele respondeu, “Bem ouvi que Efraim se queixava” (Jeremias 31:18). Como Davi, Efraim testifica, “Castigaste-me, e fui castigado como novilho ainda não domado; converte-me, e serei convertido, porque tu és o Senhor, meu Deus” (31:18). Em outras palavras, “Senhor, Tu nos castigaste por algum motivo. Éramos como um touro jovem, sem aprendizado, cheio de energia, mas Tu nos castigaste a fim de nos domar para o Teu serviço. Trouxeste controle à nossa fúria”. Veja, Deus tinha grande planos para Efraim, de frutos e satisfação. Mas primeiro teriam de ser instruídos e treinados. Assim, Efraim declara, “arrependi-me; depois que fui instruído” (31:19). Na verdade disseram, “No passado, quando Deus nos tinha na sala de aula preparando-nos para o Seu serviço, não podíamos receber correção. Fugíamos, gritando ‘É muito difícil’. Éramos teimosos, sempre saindo do jugo que Ele colocava. Então Deus pôs sobre nós um jugo mais apertado, e usou Sua vara do amor para quebrar nossa teimosa vontade. Agora, nos submetemos ao Seu jugo”. Nós também somos como Efraim: touros jovens e egoístas que não querem jugo. Evitamos a disciplina do arado, evitamos vivenciar a dor, aceitar o cajado e vara. E esperamos ter tudo agora - vitória, bênção, frutos meramente reivindicando as promessas de Deus, ou “as tomando pela fé”. Nos irritamos por sermos treinados no lugar secreto, pela luta com Deus até que as Suas promessas sejam cumpridas em nossas vidas. Aí, quando chega a aflição, achamos “Somos o povo escolhido de Deus. Por que isso está acontecendo?”. O lugar de oração é a nossa sala de aula. E se não tivermos esse “tempo a sós” com Jesus - se formos liberados da intimidade com Ele - não estaremos preparados quando a inundação chegar. Nem Toda Aflição em Nossa Vida É Correção de Deus Há outras razões para nossas aflições que estão muito além de nossa compreensão. Mesmo assim, sabemos que o Seu amor está sempre agindo em nossas aflições. Deus nos diz, "Em meio a todo o teu sofrimento, tenho você em Minha mente. Você é Meu precioso filho. Sinto a sua dor, e certamente terei misericórdia de Ti". Mais importante, em nossa pior aflição Ele nos envia o Consolador: "O Consolador, o Espírito Santo... vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou" (João 14:26-27). Como o Senhor traz consolação e paz em nossa aflição? Ele nos leva ao lugar secreto de intimidade com Ele. É lá - Jesus nos lembra - que o Pai nos toca pessoalmente: "Quando orar, entre em teu lugar secreto e tranque a porta. Ore ao teu Pai, que te vê em secreto. E Ele lhe recompensará" (Mateus 6:6, paráfrase minha). Recentemente, um querido amigo meu - bispo do movimento Pentecostal na Hungria - morreu tragicamente em um acidente estranho. Sua grelha de assar pegou fogo e ele se queimou gravemente. Ele foi tratado e achou estar bem, mas poucos dias após morreu subitamente devido a coágulos sangüíneos que se formaram. Amigos de todo o mundo estão junto à sua viúva em termos de oração e sustentação. Ainda assim a real consolação para ela virá do alto. Nenhum psicólogo pode ajudá-la em sua dor tão profunda. O Consolador é fiel para encontrá-la no lugar secreto. Conheço um precioso ministro e sua esposa que dirigem um orfanato na América Central. Há poucos anos atrás acolheram um bebê que estava virtualmente meio morto. Esse precioso menino se tornou o amado "pequeno príncipe" do orfanato. Então recentemente, num acidente estranho, o câmbio de um carro se deslocou numa van estacionada e o pequeno garoto foi atropelado e morto. O casal está em tremendo desespero pela perda. As outras crianças do orfanato que viram o acidente acontecer, também estão inconsoláveis. O quê pode ser dito a eles para tocar a profunda dor? Nada dos meus cinqüenta anos de ministério pode tocar esse lugar dos meus queridos amigos. Eles têm braços de amor em torno deles, mas a consolação real virá do Pai, que vê sua dor em secreto. Compreendo que não posso alcançar os milhares de crentes que estão sofrendo agora e nos escrevem. Recebemos uma carta de uma esposa grávida, casada com um pastor. Ela acabou de descobrir que o marido é um pedófilo. Ela escreve, "Não sei o que fazer. Creio que tenho de me divorciar de meu marido. Não o quero molestando nosso filho". Há algo que todo irmão e toda irmã que esteja sofrendo pode fazer: leve tudo a Jesus, tranque-se com Ele e ache consolo em Sua presença. O Senhor diz, "Porque satisfiz a alma cansada, e toda a alma entristecida saciei" (Jeremias 31:25). Como Deus faz isso? Ele os encontra no lugar secreto: "Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará" (Salmo 91:1). Você vê a importância de determinar no coração orar num lugar secreto? Não se trata de legalismo ou escravidão, mas trata-se de amor. Trata-se da bondade de Deus para conosco. Ele vê o que vem à frente e sabe que necessitamos de tremendos recursos, de sermos novamente preenchidos e renovados. Tudo isso é encontrado no lugar secreto com Ele. Podemos achar que não sabemos como orar. Mas podemos começar simplesmente louvando-O. O que importa é que você está lá pela fé, pelo amor obediente, e o Pai o verá lá. Ele irá lhe revelar Seu amor em secreto, e o recompensará com o fruto do Seu reino. O Espírito Santo irá orar através de você e lhe dar expressão. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Amigo de Pecadores - 12 de junho de 2006 (A Friend of Sinners) Por David Wilkerson 12 de junho de 2006 __________ "Veio o Filho do homem...amigo de publicanos e pecadores!" (Mateus 11:19). Em Lucas 7 lemos a história de um fariseu chamado Simão, que convida Jesus à sua casa para uma refeição. Esse pio homem também convida um seleto grupo de líderes religiosos como ele para se ajuntarem à mesa. O mais provável é que esses convidados fossem também fariseus. Era claramente uma reunião muito religiosa. Simão e seus companheiros fariseus observavam e guardavam a lei, davam os dízimos meticulosamente e iam à casa de Deus todos os dias. Eram escrupulosamente retos a seus próprios olhos, e se imaginavam ser os homens mais santos de sua geração. Não tenho muita certeza quanto a porque um fariseu convidaria Jesus para jantar, mais ainda quanto a trazer outros homens estritamente religiosos para comer com Ele. Uma razão possível para o convite seria que Simão e seus amigos queriam determinar se Jesus era profeta ou, na verdade, descartá-Lo como tal. A passagem deixa claro que Simão conhecia a reputação que Jesus tinha como profeta (v. Lucas 7:39). Naquela cultura, era costume saudar todo convidado com uma bacia de água e um pano, para lavar o pó dos pés da visita. (Não havia estradas pavimentadas na época, e assim os pés das pessoas estavam sempre empoeirados de suas viagens.) O convidado também era saudado com um beijo de cada lado do rosto. A seguir recebia um ungüento oleoso para passar nos cabelos, pois estes geralmente estariam necessitando se hidratar. Ao ler esta passagem, parece que Simão havia arranjado de jeito que os outros convidados se assentariam antes de Jesus chegar. E, quase certo, esses outros convidados seriam refrescados segundo o costume. Afinal, nenhum fariseu queria ter a reputação de não ser hospitaleiro dentre os companheiros. No entanto a passagem deixa evidente que Jesus não recebeu tal hospitalidade. A única coisa que recebeu quando chegou foi condescendência. Não houve água para lavar a poeira de Seus pés, nem beijo de cortesia na face, nem ungüento para a cabeça (v. Lucas 7:44-46). Em vez disso, foi levado à uma mesa reclinada como um visitante menor, e teve de se reclinar em meio aos demais com os pés ainda empoeirados. As escrituras não dizem o que esse grupo discutia em torno da mesa da ceia, mas podemos assumir que tinha a ver com teologia. Os fariseus se especializavam nesse assunto, e haviam tentado pegar Jesus em outras ocasiões com perguntas fantasiosas. Mas Cristo sabia o quê estava no coração destes homens, e isso logo ficou claro. A próxima coisa que lemos é que uma mulher das ruas, "pecadora", quebrou a cena. De algum jeito essa mulher, já conhecida no meio, passou dentre os empregados da casa e subiu até a mesa onde os religiosos jantavam. Lá ela chegou aos pés de Jesus, agarrada a um vaso de alabastro com perfume, e chorando. Simão e seus amigos devem ter ficado muito abalados para agir; em verdade, provavelmente ficaram paralisados pelo choque. Eles reconheceram a mulher como sendo uma grande pecadora na cidade. (Ela pode ter sido prostituta.) Posso imaginar o que esses religiosos começaram a pensar: "Que coisa embaraçosa, uma pecadora destas invadindo a 'reunião de Jesus'. Estávamos conversando aqui sobre teologia, e de repente essa mulher de rua irrompe desse jeito". A mulher pecadora se ajoelha, envolve os pés empoeirados de Jesus com as mãos, e começa a banhá-los com suas lágrimas. Diante disso, os fariseus devem ter respirado fundo, dizendo "Oh não. Como Jesus pode permitir que essa mulher O toque? É contra a lei ter contato com qualquer pessoa impura. Ele não deveria nem deixá-la tocar Suas roupas. Mesmo assim está permitindo que uma prostituta pegue os Seus pés". Nesse momento, ela faz algo impensável: ela solta os cabelos. Nenhuma mulher judia decente faria um ato destes em público. Mas essa mulher de má reputação usou os cabelos para deixar os pés de Jesus limpos. Finalmente, ela abre o vaso de alabastro e derrama perfume sobre os pés de Cristo. Os fariseus agora ficam indignados, pensando: "Que vergonha! Isso é erotismo. Jesus não pode ser profeta. Se Ele fosse realmente enviado de Deus, saberia que essa mulher é má e pararia essa exibição de carnalidade agora mesmo". Em verdade, as escrituras dizem que foi exatamente isso que Simão pensou (v. Lucas 7:39). Mas Jesus leu a mente do anfitrião e anunciou: "Simão, uma cousa tenho a dizer-te" (7:40). Quero fazer uma pausa aqui para avaliar as palavras de Jesus a Simão. Na verdade, o fato é que após ler essa história várias vezes, fui parado pelo Espírito Santo e O ouvi cochichando a mim: "David, uma coisa tenho a dizer-te nessa história". Em realidade, creio que o Senhor tem algo a dizer a todos nós aqui. Me senti estimulado a me colocar nessa história, e a examinar a mim mesmo à luz da sua verdade. Imediatamente, vi que há dois tipos de espíritos agindo nessa passagem: o espírito do farisaísmo, e o espírito perdoador e restaurador de Cristo. Os fariseus deixam fluir um espírito condenatório, do tipo "sou mais santo do que você", e estavam julgando tanto a conhecida mulher quanto Jesus. Mas Cristo manifestou o espírito de perdão e de restauração, e disse a Simão que tinha algo a lhe dizer. Confesso que ao me colocar dentro desta cena, o meu primeiro pensamento foi: "Claro, tenho o espírito de Jesus. Sou amigo dos pecadores. Passei anos ministrando a viciados, alcoólatras, prostitutas, aos piores dos pecadores. Não tenho farisaísmo algum em mim". Ou assim pensava eu. Na verdade, a maioria de nós pensa assim, "Não sou esse tipo de crente. Eu não julgo as pessoas". Mas é o espírito do farisaísmo que argumenta: "Não sou como os outros. Sou mais justo, mais santo". Às vezes a maioria de nós permite que a inveja, o ciúme ou a raiva dêem cor à nossa opinião sobre os outros. Para mim, a melhor definição de fariseu é "aquele que monitora os pecados dos outros, enquanto justifica a si próprio". Jesus ilustra isso apontando para a oração do fariseu no templo: "Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros...jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho" (Lucas 18:11-12). Simplificando, o espírito farisaico diz: "Todos os demais estão no erro. Por toda volta, vejo apenas pecado e pessoas fazendo concessões. Mas eu faço certo. Sou um defensor da verdade". O que Jesus Tinha a Dizer para Simão? Cristo contou a Simão uma parábola sobre dois homens que deviam dinheiro a um credor: "Um lhe devia quinhentos denários, e o outro cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?" (Lucas 7:41-42). Simão parece que entendeu a mensagem. O versículo seguinte diz: "Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou" (7:43). Qual foi exatamente a mensagem de Cristo a esse fariseu? Resumindo, Ele estava dizendo a Simão: "É você que precisa perdão". Veja, quando Jesus de início disse a ele, "Uma coisa tenho a dizer-te", quis dizer, "Quero mostrar o quê está em teu coração. Esse momento em torno da mesa não tem a ver com essa mulher que aqui chegou. Tem a ver contigo, Simão. Tem a ver com o espírito que há em ti, com o teu orgulho religioso, a tua arrogância, o teu espírito condenatório, a tua falta de compaixão". Creio que Jesus estava dizendo ao orgulhoso fariseu, basicamente: "Essa mulher assim chamada 'ímpia' conhece as profundidades da depravação. Ela sabe que merece condenação. Ela admite a desesperança e vê a si própria como a pior das pecadoras. A razão crucial para ela ter vindo aqui e fazer isso, é por estar tão agradecida pela misericórdia e pela purificação". "Essa mulher vê o teu desdém por ela, Simão. Ela ouve os cochichos entre vocês todos, e sente a tua ira condenando-a. Mas por sua vez, ela não te julga. Não, ela te ama a despeito disso. Isso porque ela conhece do quê foi perdoada. Ela é capaz de amar a todos, por ter sido tão amada apesar dos seus pecados. Agora ela sente que não tem o direito de julgar os outros." "Mas você, Simão, não vê a depravação do teu próprio coração. Você confortavelmente condena essa mulher, que se mostra partida - mas não vê que precisa tanto ou mais dessa misericórdia. Você está pensando que ela necessita de muito perdão e você de pouco. Mas não é assim." Avalie o que Jesus havia previamente dito aos fariseus: "O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem" (Marcos 7:20-23). Em meus cinqüenta anos de ministério, vi tanta tolice, tanta coisa falsa, tanto mercantilismo do evangelho e falsas doutrinas. E sei que isso tudo feriu o Senhor. Jesus expulsou os cambistas em Seus dias e mostrou o que era falso. Mas reservou suas denúncias mais incisivas para o farisaísmo. Os registros dos evangelhos me convencem de que não havia nada que Cristo odiasse mais. A Minha Oração nas Últimas Semanas Tem Para que o Senhor Mostre o Farisaísmo em Meu Próprio Coração Sido Tenho orado: "Jesus, antes de eu pregar outro sermão sobre a situação da Tua igreja -- antes de eu falar uma palavra sobre os defeitos de outros ministérios -- por favor, mostre-me o meu próprio coração. Santo Espírito, poderoso cirurgião, corte fundo o meu câncer e radiografe o meu coração. Mostre-me o orgulho e a dureza do meu próprio coração". Li recentemente que há 3.700 denominações pentecostais nos Estados Unidos e cerca de 27.000 pelo mundo. Além destas, há milhares de grupos carismáticos e pequenas denominações. No Brasil, Argentina, Nigéria e outros países africanos há centenas destas. Os batistas não estão muito aquém no número de vários grupos. Muitas destas denominações são doutrinariamente boas, fazem um grande trabalho, e estão levantando igrejas espirituais. Estão poderosamente pregando o evangelho e ganhando um grande número de almas. Mas há também muita coisa que é blasfema, muitos falsos profetas, e muito pedido de dinheiro dos pobres. Assim também era nos dias de Cristo. Havia tantos tipos de fariseus, tantos ramos de saduceus, tantos sacerdotes se debatendo. As falsas doutrinas abundavam, viúvas eram roubadas e os idosos tinham suas casas roubadas, tudo por motivos "religiosos". Jesus deixa claro que um dia os perpetradores destes atos tão pecaminosos serão todos julgados. Irá cada um ficar diante dEle naquele dia, e dar contas pelo que fez. Mesmo assim enquanto ministrava na terra, Ele se recusava a gastar tempo monitorando os negócios dessas pessoas. Ele ainda não estava assentado sobre o Seu trono de Juiz; pelo contrário, Ele colocava a concentração seriamente na obra do reino. Nos próximos dias veremos um crescimento nas tolices e na falsidade dentro da igreja como nunca antes houve. Anjos de luz irão surgir - serão pastores e evangelistas possuídos por demônios, com um discurso cheio de lábia, enfático e sedutor.Tais homens terão força com sua presença, e suavidade na pregação de uma palavra totalmente inspirada pelo Diabo. Há não muito tempo vi um evangelista destes na televisão apresentando um trabalho de levantamento de fundos. Contou uma história louca sobre uma mulher que deu 100 dólares para o seu ministério, e dentro de semanas recebeu uma herança de mais de 800.000 dólares. Fiquei preso na cadeira em choque, ao assistir essa sedução caminhando. Logo fui me esquentando com raiva, e gritei aos céus, "Vou desmascarar este homem!". Mas, a próxima coisa que entendi foi o Senhor cochichando ao meu coração: "Não, você não vai. Você vai deixá-lo em paz. Um cego guia outro cego, e todos acabam caindo no barranco". Acredito, de verdade, que o meu desejo era defender o evangelho, mas eu estava reagindo na carne. O fato é: Jesus já fez uma declaração sobre esse mesmíssimo assunto. Os discípulos vieram até Ele um dia dizendo, "Mestre, Tu estás ofendendo os fariseus com o Teu ensino". Jesus lhes respondeu: "Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco" (Mateus 15:14). Fui compelido a trazer muitas palavras fortes durante meus anos de ministério, palavras fortes contra o falso e as tolices. Eu não estou recuando diante do que disse, apesar de saber que algumas vezes me orientei mal em meu zelo. Mas as coisas vão ficar tão ruins, com tantas coisas ofendendo o Senhor, que poderíamos facilmente ficar o tempo todo tentando apagar estes incêndios. Cristo nos diz que não é nisso que temos de nos concentrar. Pelo contrário, Ele nos dá uma palavra clara sobre qual deve ser o nosso propósito nestes últimos dias. Somos Chamados a Restaurar os Caídos Preste atenção no outro espírito que estava manifesto na casa do fariseu Simão aquela noite: o espírito de perdão e de restauração. As escrituras nos dizem: "E, voltando-se para a mulher" (Lucas 7:44). Aqui eu vejo Jesus mostrando onde o nosso foco deve estar: não na falsa religião, não nos falsos mestres, mas nos pecadores. Desviando o olhar de Simão e seus convidados, Jesus se volta para a mulher e diz: "Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muito pecados, porque ela muito amou...A tua fé te salvou; vai-te em paz" (7:47,50). Jesus estava revelando aqui porque Ele veio: para favorecer e restaurar os que caíram, os sem amigos, os derrubados pelo pecado. E está nos dizendo hoje: "Esse é o Meu ministério". Igualmente, diz o apóstolo Paulo, é aí que devemos nos concentrar. Não devemos julgar os que caíram, mas buscar restaurá-los e remover deles as repreensões e censuras. O fato é que ele fez disso o teste da verdadeira espiritualidade: a prontidão para restaurar aquele que caiu. "Se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado" (Gálatas 6:1). Quando Paulo usa a frase "olhando por ti mesmo", está pedindo aos gálatas para recordarem-se da própria necessidade que tiveram de misericórdia no passado. Em outras palavras: "O quê Cristo perdoou em vós? Qual acusação em teu passado a misericórdia removeu? Deus cobriu esses pecados? Agora veja todos os atos e pensamentos maus em sua vida diária, e a sua própria necessidade da graça e do perdão contínuos de Cristo". O teólogo João Calvino diz, basicamente: o cristão que julga o pecado dos outros, sendo ele mesmo culpado, é como um criminoso condenado o qual ascende à cadeira do juiz para condenar um outro. Daí a advertência de Paulo: "Olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado". Paulo então rapidamente acrescenta essa instrução sobre o caminhar com Cristo: "Levais as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo" (6:2). Qual é a lei de Cristo? É o amor: "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros" (João 13:34). A verdade é que o pecado é a carga mais pesada do homem. Não podemos simplesmente fazer vistas grossas ou deixar passar o pecado nos outros. Mas há um modo de ajudar a sustentar os outros em suas cargas, e é a correção branda e amorosa. Devemos restaurar os irmãos arrependidos com brandura e amor. Paulo escreve a Timóteo sobre como tratar com os que estão nos "laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele, para cumprirem a sua vontade" (2 Timóteo 2:26). É Importante que Compreendamos O que Paulo Está Dizendo Nesse Versículo Totalmente Quando lemos as instruções de Paulo "levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo", temos de nos perguntar: "Eu quero realmente viver agradando ao Senhor, cumprindo Sua palavra?". Oh, as muitas, muitas maneiras pelas quais tenho tentado agradar a Deus. Tenho orado, "Oh Senhor, prostra-me diante de Tua presença. Que eu chore quebrantado. Torna-me contrito, desnude o meu espírito, não deixe que mornidão alguma me infecte. Dê-me uma paixão maior pela Tua palavra". Todas estas coisas são boas, são bíblicas, e fazendo-as nos sentimos bem, pois estamos fazendo coisas que agradam a Deus. Mas Paulo diz, "Eis aqui o quê o Senhor mais quer de nós. Aqui está a Sua palavra sobre como cumprir a lei de Cristo: leve as cargas dos outros. Restaure os que caíram". Não consigo tirar de mim essas palavras de Paulo. Elas me deixam perguntando: "Senhor, como exatamente levo a carga de alguém? Não dá para eu levar o pecado do outro; isso é obra unicamente de Cristo. Mas Senhor, Lhe ouço dizer que é isso que desejas. Portanto isso deve ser algo que eu deveria saber o quê é, mas não sei. Qual é a orientação?". Eis o que ouço do Espírito Santo: devo pedir que Ele descubra todo o meu orgulho, a minha inveja, todo o meu ciúme, o meu hábito de julgar os outros, e o meu zelo enganoso. E devo pedir que me dê o Seu espírito de perdão, de contenção e autodomínio. Em resumo, devo buscar o espírito que Jesus teve na casa de Simão. Quando temos esse espírito em nós, isso age como uma força magnética que atrai os que precisam da misericórdia de Deus. É o que atraiu aquela conhecida mulher ao espírito de compaixão de Jesus. Sabemos ser obra do Espírito Santo ganhar e atrair os pecadores a Cristo. Mas por que o Espírito Santo enviaria para nós uma pessoa necessitada de perdão, se não temos o espírito perdoador? O grande evangelista George Whitefield e João Wesley foram dois dos maiores evangelistas da história. Eram homens que pregaram a milhares de pessoas em cultos ao ar livre, nas ruas, parques e prisões, e através de seus ministérios muitos foram levados a Cristo. Mas uma disputa doutrinária surgiu entre eles quanto a como uma pessoa é santificada. Ambos os lados doutrinários defenderam suas posições intensamente, e algumas palavras fortes foram trocadas, com seguidores de ambos os lados discutindo de um jeito inadequado. Um seguidor de Whitefield foi até ele um dia e perguntou: "Nós vamos ver João Wesley no céu?". Ele na verdade estava perguntando, "Como João Wesley pode ser salvo se prega um erro desses?". Whitefield respondeu, "Não, não veremos João Wesley no céu. Ele estará tão nas alturas junto ao trono de Cristo, tão perto do Senhor, que não teremos capacidade de vê-lo". Paulo chama esse tipo de espírito de "alargamento do coração". E ele o possuía em si mesmo ao escrever ao coríntios, uma igreja na qual alguns o haviam acusado de dureza, e desdenhado seu ministério. Paulo lhes assegura, "Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alargase o nosso coração" (2 Coríntios 6:11). Quando Deus alarga o seu coração, subitamente tantos limites e barreiras são removidos. Você deixa de enxergar através de lentes estreitas. Pelo contrário, você se vê sendo dirigido pelo Espírito Santo aos que sofrem. E os que sofrem são atraídos ao seu espírito de compaixão por meio da tração magnética do Espírito Santo. Então - você possui suavidade de coração quando vê pessoas que sofrem? Quando vê um irmão ou irmã que tropeçou no pecado...que está tendo problemas...que possa estar a caminho de um divórcio...você é tentado a lhe dizer no que está errado? Eles não precisam que alguém lhes diga isso, pois muito provavelmente eles já o sabem. O quê Paulo diz que tais pessoas que estão em sofrimento necessitam, é serem restauradas em um espírito de mansidão e delicadeza. Eles precisam de um encontro com o espírito que Jesus demonstrou na casa de Simão. Eis o clamor do meu coração para os dias que me restam: "Deus, remova toda a estreiteza do meu coração. Quero o Teu espírito de compaixão pelos que sofrem...o Teu espírito perdoador quando vejo alguém que caiu...o Teu espírito de restauração, para afastar deles as acusações. Carregue esse exclusivismo do meu coração, e alargue minha capacidade de amar meus inimigos. Quando me aproximar de alguém que esteja em pecado, que eu não vá julgando. Pelo contrário, permita que as fontes de água que brotam em mim sejam um rio do amor divino para com eles. E que o amor que lhes é mostrado faça acender dentro deles o amor pelos outros". --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. O Ministério de Assistência Aos Outros - 1 de Maio de 2006 (The Ministry of Refreshing Others) Por David Wilkerson 01 de maio de 2006 __________ Alguns cristãos tendem a pensar no apóstolo Paulo como se ele fosse sobre-humano por causa dos escritos poderosos e de seu maravilhoso ministério. Mas se Paulo não fosse feito da mesma carne e do mesmo sangue que nós - se não fosse sujeito às mesmas tentações e tribulações então ele não teria nada a dizer à igreja; todas as suas epístolas teriam sido escritas em vão. A verdade é que Paulo escreveu muitas de suas cartas durante os períodos mais difíceis de sua vida. Ele abertamente confessa à igreja de Corinto que vivenciou tribulações e angústia mental profundas: "Atribulados: lutas por fora, temores por dentro" (2 Coríntios 7:5). Ao escrever isso, o grande apóstolo estava na Macedônia para onde havia ido sentindo-se deslocado, ineficiente e totalmente rejeitado pela igreja. Como Paulo chegou a esse ponto? Vejamos o que havia por trás da situação. Paulo havia acabado de escrever a primeira epístola aos coríntios, uma repreensão severa com objetivo de corrigir uma situação de imoralidade na igreja. Apesar de conter uma mensagem difícil, Paulo a havia escrito em meio à angústia e lágrimas. A razão para essa carta foi um vergonhoso ato de fornicação para o qual estavam sendo feitas vistas grossas. Paulo escreve aos coríntios algo assim: "Vocês estão cheios de si e orgulhosos, se recusando a chorar por esse pecado feito abertamente em seu meio. Vocês não julgaram a situação corretamente. Deveriam ter tirado de sua comunhão aquele que perpretou isso, até que vissem nele arrependimento genuíno". Paulo então os instrui para que tal seja "entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]" (I Coríntios 5:5). Foi uma mensagem forte e dura. E após um tempo, Paulo se lamenta tê-la enviado (v. 2 Coríntios 7:8). Em verdade, a partir daquele dia Paulo sofria, se preocupando sobre como os coríntios reagiriam a tal. Será que eles não compreenderiam bem os seus motivos? Ou saberiam que ele a havia escrito em amor, com interesse profundo quanto aos caminhos da igreja? Ele mais tarde lhes escreve dizendo, "Não falo para vos condenar" (7:3). Sei como Paulo se sentiu. Ao longo dos anos tive de trazer aquilo que alguns poderiam chamar mensagens duras por instrução do Senhor, através de Sua palavra. Após isso, me prostrava com o rosto em terra, orando, "Deus, será que fui longe demais? A Tua palavra manda que não repreendamos o justo e nem abençoemos o ímpio. Diga-me, eu feri os Teus justos com essa mensagem?". Paulo também soubera que falsos profetas haviam se infiltrado na igreja de Corinto, fazendo com que "desprezassem" os seus sofrimentos. Na verdade, tais pessoas diziam o seguinte sobre ele: "Se Deus está de verdade com esse homem, então por que tantas acusações vergonhosas estão se acumulando contra ele? Por que Paulo está sendo jogado na prisão? E como um homem de Deus pode dizer que está 'desesperançado da vida'? Não dá para entender como que um homem de oração pode ser tão atacado e diminuído. Se Paulo tivesse realmente fé, ele não estaria vivendo esses problemas". Acusações como essas ainda são lançadas hoje contra servos consagrados que enfrentam sofrimento e críticas. Quantas vezes você já ouviu um cristão falando assim de outro cristão, "Alguma coisa de errado deve ter na vida dele para enfrentar tanto sofrimento". No caso de Paulo, o ponto era seus críticos querendo quebrar a sua autoridade espiritual. No entanto Paulo diz que não se arrependeu por ter enviado a carta aos coríntios. Antes, ele instrui seu filho espiritual Tito para ir a Corinto, e explicar qual o propósito que havia na carta: "Diga a eles que os amo, e não quero que nada de mal lhes aconteça, mas que essa situação tem de ser tratada. Depois, me encontre em Trôade e diga que tipo de efeito a carta teve". Quando Paulo Escreveu a Segunda Carta Havia Ainda Mais Razões Para Ele se Agitar no Espírito aos Coríntios, Após enviar Tito nessa missão, Paulo parte para Trôade, parando em Éfeso. Deus move-se poderosamente lá através de Paulo, e suas pregações de unção movem multidões. Muitos que ouviram a sua mensagem correm à casa para pegar seus livros de ocultismo, e a seguir se reúnem no centro da cidade para os queimar em enorme fogueira. Isso mexeu com os ferreiros de Éfeso, que tiravam a maior parte de sua renda da venda de ídolos da deusa Diana. De repente, vêem seu sustento virando fumaça na frente deles. Eles então se levantam irados contra Paulo, acusando-o de fanatismo religioso e dizendo que ele queria destruir sua adoração. As acusações promovem uma agitação em massa, e Paulo por pouco perde a vida. Quando mais tarde ele escreve que se "desesperou da vida", ele estava comentando sobre esse incidente, "Achei que iriam me matar". Não podemos ter certeza sobre o quê mais aconteceu em Éfeso, pois Paulo não nos conta. Só o que sabemos é que a sua experiência o fez sentirse atribulado "acima de nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida" (2 Coríntios 1:8). Realmente, fala das perseguições, de sua perplexidade, de seu espírito abatido. Agora, indo para Trôade, ele deseja ardentemente ver seu piedoso filho em Cristo, Tito - o qual poderia reerguer o seu espírito. Paulo poderia descarregar o coração sobre Tito, e saber qual havia sido o impacto de sua carta. Mas quando Paulo chega a Trôade, Tito não está lá. Ele espera que seu filho espiritual chegue, mas Tito não aparece. Nesse ínterim, portas para o ministério se abrem para Paulo em Trôade, mas à essa altura o coração do apóstolo já estava esgotado. Paulo fala de sua experiência: "Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor, não tive, contudo, tranqüilidade no meu espírito, porque não encontrei o meu irmão Tito; por isso, despedindo-me deles, parti para a Macedônia" (2 Cor. 2:12-13). Paulo fez algo que nunca havia feito na vida, algo que era o contrário de tudo que pregara. Em vez de ministrar quando as portas lhe foram abertas, Paulo foi embora. Sim, se deslocou inquieto para a Macedônia. Que imagem a deste ferido soldado da cruz: o grande apóstolo estava abatido, fragilizado e impotente, desfalecendo diante de uma crise da mente, do corpo e do espírito. Por que? O quê levou Paulo a esse ponto? O próprio apóstolo explica: "Não tive paz de espírito pois não encontrei meu irmão Tito". Estava só, e precisava desesperadamente do conforto de alguém. Conheço algo do quê Paulo passou, a partir de minhas próprias experiências e de outros que enfrentaram as mesmas situações. Satanás sempre vem nos atacar quando estamos esgotados e cansados pelas batalhas. É nessa hora que estamos mais vulneráveis às suas mentiras, e creio que o inimigo esmurrou Paulo com duas terríveis delas. Primeiro, acho que lhe disse, "Tito não veio porque te rejeita". E aí veio essa mentira: "Tito não está aqui porque você deixou de ser eficiente, Paulo. Você feriu muito os crentes de Corinto e os afastou.O teu ministério simplesmente não dá frutos". Só Imagino Que Satanás Lançou Sobre Paulo as Outras Mentiras Ouço o Diabo cochichando, "Deus não está mais contigo, Paulo. Todo mundo te rejeitou na Ásia. Ninguém mais está contigo. Até o teu filho espiritual Tito foi contaminado com dúvidas pelos teus oponentes em Corinto". "Enfrente a coisa, Paulo - você perdeu a unção. Veja só Apolo, cujas pregações atraem enormes multidões. Todo mundo alardeia a eficiência do ministério dele, enquanto você só tem números pequenos. Você acabou gerando levantes onde pregou, e os avivamentos que promove acabam se fechando, exatamente como em Éfeso. Você não é amado, Paulo - e ninguém mais precisa de ti. Está claro que você está sendo castigado por Deus. De algum modo você ofendeu o Espírito Santo, e o Senhor retirou a mão de ti". Se você já andou com o Senhor com intimidade, sabe muito bem o quê Paulo estava enfrentando. Satanás é o pai da mentira, e em verdade nesse exato momento ele pode estar lhe enviando as mesmas mentiras que lançou sobre Paulo: "Você foi rejeitado por todos. Você não tem ministério, não tem lugar na obra do reino de Deus. Só está ocupando espaço". Isso vem das profundezas do inferno. Davi sabia o que é ser sufocado pelas mentiras demoníacas. No Salmo 140 ele cita estar "no dia da batalha" tanto física quanto espiritualmente. Este piedoso homem ora ao Senhor dizendo do "homem violento, cujo coração maquina iniqüidades e vive forjando contendas. Aguçam a língua como a serpente; sob os lábios têm veneno de áspide...estenderam-me uma rede à beira do caminho" (Salmo 140:1-5). Ainda assim, a despeito da situação, Davi exulta, "Ó Senhor, tu me protegeste a cabeça no dia da batalha" (140:7). Eis basicamente o testemunho de Davi: "Deus, Tu fostes escudo para a minha mente, protegendo-me das mentiras demoníacas. Poderes do inferno aguçaram a língua contra mim. Mas tu protegeste os meus pensamentos para que as mentiras de Satanás não destruíssem as minhas idas e vindas". Como Deus Leva Na Hora do Abatimento Consolo e Renovação Ao Seu Povo Como o Espírito Santo trouxe consolação a Paulo? O próprio apóstolo nos conta: "Porém Deus, que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito" (2 Cor. 7:6). Tito chega à Macedônia com espírito de renovação, e subitamente o coração de Paulo se eleva. Com a comunhão entre os dois, a alegria flui pelo corpo, pela mente e espírito de Paulo, e o apóstolo escreve, "sinto-me grandemente confortado e transbordante de júbilo em toda a nossa tribulação" (2 Cor. 7:4). Paulo estava declarando, "Continuo enfrentando problemas, mas o Senhor me deu o que preciso para a batalha. Ele me renovou através de Tito". Ao longo de todos os meus anos de ministério, tenho visto homens e mulheres de Deus chegando ao limite da resistência, abatidos e totalmente perdidos. Tenho me angustiado por esses queridos irmãos e irmãs em suas dores, perguntando ao Senhor, "Pai, como esses Teus servos vão conseguir sair desse abismo de sofrimento? Onde está o poder que vai tirá-los de lá? O quê eu posso dizer ou fazer para ajudá-los?". Creio que a resposta está bem aqui, no testemunho de Paulo. Cá está um homem que chega a um esgotamento tão profundo, que deixa de ser ele próprio. Paulo estava no momento mais negro de seu ministério, afundado como nunca. Contudo poucas horas após, ele havia saído totalmente daquela fossa negra e se rejubilava em alegria e gozo. Uma vez mais, o amado apóstolo sentia-se amado e útil. Como tudo isso aconteceu? Primeiro, vamos ver o quê aconteceu em Corinto. Quando Tito chegou lá para encontrar os líderes da igreja, ele recebeu o seu próprio refrigério glorioso. Um despertamento estava tendo lugar na igreja pois haviam seguido a instrução de Paulo, e agora Deus os estava abençoando poderosamente. Se apenas o Senhor tirasse a cortina naquela hora, e mostrasse a Paulo o quê estava acontecendo! Ele teria visto as mentiras de Satanás sendo expostas, e lembrado que os pensamentos de Deus quanto a ele eram pensamentos de bem, e que tudo isso fora parte do Seu plano. Agora Tito chega à Macedônia com notícias encorajadoras: "Paulo, os irmãos de Corinto enviam seu carinho e amor! Eles removeram o pecado que estava em seu meio e trataram com os falsos profetas. Eles não desprezam mais os teus sofrimentos, mas se rejubilam em teu testemunho". Essa palavra de refrigério, trazida por um querido irmão em Cristo, imediatamente levantou Paulo daquela cova de abatimento: "Deus que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito" (2 Coríntios 7:6). Você está vendo o exemplo aqui? Deus usa pessoas para o refrigério do Seu povo. Ele não enviou um anjo para renovar Paulo. O conforto recebido por esse homem veio através da renovação do espírito de Tito, que por sua vez levou refrigério ao de Paulo. O Exemplo de Paulo Ilustra Um Formato Que Aparece por Todas as Escrituras e Tito Em Atos 27, Paulo estava em um barco indo para Roma quando a nave fez uma parada em Sidom. Paulo pede permissão ao centurião para visitar alguns amigos na cidade, e "Júlio... permitiu-lhe ir ver os amigos e obter assistência" (Atos 27:3). Aqui está um outro exemplo de Deus usando crentes para o refrigério de outros crentes. Vemos isso também em 2 Timóteo, quando Paulo comenta sobre um certo crente, "Conceda o Senhor misericórdia à casa de Onesíforo, porque, muitas vezes, me deu ânimo e nunca se envergonhou das minhas algemas; antes, tendo ele chegado a Roma, me procurou solicitamente até me encontrar...E... quantos serviços me prestou" (2 Timóteo 1:16-18). Onesíforo era também um dos filhos espirituais de Paulo, e amava Paulo de modo tão profundo e incondicional, que foi procurá-lo nos sofrimentos deste. Uma vez, quando Paulo estava preso, Onesíforo saiu pela cidade procurando por ele até achá-lo. A sua motivação simplesmente era: "O meu irmão sofre. Ele passou pelo terror do naufrágio, e agora está sendo esbofeteado por Satanás. Preciso encorajá-lo". O ministério da assistência inclui claramente procurar os que sofrem. Hoje se ouve muito na igreja sobre poder: poder para curar os enfermos, poder para ganhar os perdidos, poder para vencer o pecado. Mas digo que há um grande e curativo poder que flui de uma pessoa revigorada e renovada. Depressão, angústia mental ou um espírito perturbado podem causar todos os tipos de doenças físicas, mas um espírito que esteja revigorado e encorajado - um espírito que faça com que as pessoas sintamse aceitas, amadas e úteis - é o bálsamo curativo do qual mais se necessita. Encontramos esse ministério de refrigério no Velho Testamento também. Quando Davi estava sendo perseguido pelo rei Saul, ele chegou à exaustão e à dor, forçado a fugir dia e noite. Durante esse período sentiu-se rejeitado pelos líderes e pelo povo de Deus. Então, em um momento crucial, Jônatas, o amigo de Davi vai até ele: "Se levantou Jônatas, filho de Saul, e foi para Davi...e lhe fortaleceu a confiança em Deus, e lhe disse: Não temas, porque a mão de Saul, meu pai, não te achará; porém tu reinarás sobre Israel, e eu serei contigo" (I Samuel 23:16-17). Essa palavra de refrigério não poderia ter sido mais oportuna para Davi. Ele tinha acabado de sofrer uma horrenda rejeição após ter agido de modo abnegado e com bondade. Davi e os seus homens haviam arriscado suas vidas para salvar a aldeia de Queila - e por um certo tempo encontraram refúgio lá. Porém mais tarde, quando Saul estava atrás dele, Davi orou: "Senhor, será que estas pessoas vão me entregar a Saul?". Deus respondeu para ele, "Sim, eles te rejeitarão. Saia da cidade agora". Os Salmos mostram exatamente o quanto Davi sentia-se por baixo na época. A sua alma se via derrubada, e ele clamava continuamente, "Deus, onde estás?". Leve em consideração também a dolorosa provação de Jônatas em relação ao seu maligno e possuído pai. Mesmo assim este piedoso amigo "lhe fortaleceu a confiança em Deus", dizendo-lhe, "O Senhor está contigo, Davi, e tu ainda és amado em Israel. Você pode não estar sentindo isso agora, mas serás rei. A tua obra apenas começou". Isso era tudo que Davi precisava ouvir - "Deus ainda está contigo" - e imediatamente o seu espírito foi renovado para prosseguir. Vemos exemplos assim um após o outro nas escrituras: Deus não envia um anjo ou uma visão, mas um outro crente para o refrigério de Seus queridos". Paulo Nos Ensina Há um Propósito Glorioso em Nossas Tantas Tribulações Que É possível em meio às tribulações nos vermos dentro de um vácuo de falta de fé, sem esperanças e desistindo de tudo. Isso acontecendo, acabamos amargos e de corações endurecidos - a menos que enfrentemos a situação com a verdade. O fato é que jamais sairemos desses tempos de confusão e de sentimentos de rejeição, a menos que compreendamos porque Deus permite tais problemas em nossas vidas. Estou convencido de que para muitos leitores, essa é a palavra de cura para eles, da parte de Deus. Quando Paulo se assentou para escrever a segunda carta aos coríntios, ele via diante dele uma multidão que enfrentava os mesmos tipos de sofrimento que ele. Ele lhes diz, "Quero que saibam que as aflições que tenho vivido são do mesmo tipo das que vocês têm passado em seus períodos de tribulação". "Se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto" (2 Cor.1:6). Paulo estava dizendo, "Deus está usando as minhas tribulações para me ensinar as maneiras de confortar. Então, quando vocês estiverem enfrentando as suas aflições, saberão que as minhas palavras para vocês têm poder, pois eu também passei por elas". Foi uma maravilhosa revelação do Espírito Santo. Paulo se conscientizou, "Foi por isso que Deus permitiu todo este esbofeteamento. O Espírito Santo vai aquietar a minha alma e me curar através disso, para que eu possa consolar e renovar outros em suas lutas. "É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus" (2 Cor. 1:4). Hoje há uma avalanche de livros, tapes e vídeos sobre "como superar tal coisa". É uma mensagem seriamente necessária, e muitos materiais fazem bem quando ensinados por ministros sinceros e retos. Mas creio que Paulo esteja tentando nos dizer: "As únicas palavras que trazem refrigério real e cura duradoura vêm do que é aprendido em nossas tantas aflições e tribulações". Você Acha Que Não Ou Que Não Tem Utilidade no Reino de Deus ? Tem Ministério Há não muito tempo recebi uma carta de uma ex-freira que hoje é ministra ordenada. Essa mulher tem cinqüenta e nove anos, e após sofrer um derrame recentemente, caiu em depressão profunda. Fazendo uma reavaliação de sua vida, ela decidiu planejar o seu funeral e escreveu o seguinte obituário para si própria: "Esposa de ninguém. Mãe de ninguém. Afastada da família pela salvação. Realizou nada de importância na vida. Viveu em pobreza. Morreu uma verdadeira derrotada". O meu coração se partiu ao ler isso, ao refletir sobre a triste idéia de chegar até o meu Senhor com nada. Mas um pastor deu à essa mulher uma cópia de minha mensagem "Eu Trabalhei em Vão", e ela me escreveu: "Irmão David, as tuas palavras me encorajaram e renovaram". Não se engane: Deus usa pessoas para o refrigério de outras pessoas. Ele ama de tal maneira este tipo de ministério que levou o profeta Malaquias a falar disso como sendo a obra mais necessária nos últimos dias. Malaquias descreve como, nos seus dias, o povo de Deus se fortaleceu reciprocamente através de edificação um a um: "Os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros" (Malaquias 3:16). Quando isso aconteceu exatamente? A palavra de Malaquias veio durante um tempo de impiedade avassaladora, quando o "devorador" havia destruído muito fruto da terra. O povo de Deus tinha se desanimado e começou a duvidar se andar com o Senhor valia a pena. Começaram a pensar "A gente aprendeu que compensa servir ao Senhor, obedecer a Sua palavra e nos interessarmos por Suas coisas. Mas a gente vê os orgulhosos, e os que fazem concessões - e são eles que parecem felizes. Eles aspiram a prosperidade, uma vida despreocupada, curtir a vida ao máximo". O Espírito Santo começou a se mover em Israel, e logo o temor do Senhor veio sobre um povo faminto por Deus. De repente todos em Israel, jovens e velhos, se tornaram missionários um a um. Pelo estímulo do Espírito Santo, as pessoas abriram-se umas para as outras, fortalecendo, edificandose reciprocamente - e confortando os que as rodeavam. Estou convencido de que a palavra de Malaquias sobre esse ministério é uma imagem espelho dos dias atuais. O Senhor tem nos dado um retrato de um derramamento do Espírito Santo nos últimos dias, à medida que o povo de Deus para de fazer fofocas e de reclamar, e em vez disso ministra assistência. Está acontecendo por telefone, por carta, e-mail, e boca à boca. E Deus está tão satisfeito com esse ministério, que está registrando tudo isso conforme aprendemos. Toda palavra de bondade que é proferida, todo telefonema, toda carta que é escrita, todo esforço para confortar os abatidos é registrado no (livro) "memorial". E a Bíblia diz que cada um de nós cujos atos são registrados, será precioso para Ele: "Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos" (Malaquias 3:17). Possa Deus ajudar os que se queixam de não ter um chamado, ou de não ter portas abertas para o ministério. Digo a eles: tire os olhos da sua situação, e pare de se preocupar quanto a ser molestado. Pare de tentar agradar a Deus planejando uma obra grande e sacrificial. Em vez disso, levante-se, procure e revigore um irmão ou uma irmã que sofre. Seja um Tito com alguém que esteja abatido no espírito. Ore para ter o espírito de Onesíforo, que saiu em busca dos que sofriam para lhes trazer cura. Pense no seguinte: foi-lhe dado todo o poder do céu para renovar um crente em dores, alguém que precisa da consolação que Deus deu unicamente a você. Sim, há pessoas que precisam de você, e o Senhor pretende que as consolações do seu passado tragam refrigério a elas. Ligue à essa pessoa ou busque esse alguém hoje e diga, "Irmão, irmã, quero orar por ti, e te encorajar. Tenho uma boa palavra para ti". --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Mantendo a Constância em Cristo - 20 de março de 2006 (Standing Steadfast in Christ) Por David Wilkerson 20 de março de 2006 __________ A mensagem que estou lhe escrevendo agora é do Espírito Santo para mim. Em verdade, considero-a o meu próprio chamado pessoal para o despertamento. Entendo que muitos leitores podem não precisar ser mexidos como eu. Mas as mexidas do Espírito têm me tocado de modo tão profundo, que quero conservar estas notas à frente em minha mesa, para lê-las repetidamente daqui para frente. Veja, há uma coisa que eu temo acima das outras: é a idéia de que eu possa me distanciar de Cristo. Eu estremeço diante da possibilidade de ir me tornando indolente, negligente espiritualmente, de ir diminuindo na oração, e passar dias sem buscar a palavra de Deus. Viajando pelo mundo nos últimos quatro anos, testemunhei um "tsunami espiritual" mundial de distanciamento do Senhor. As ondas deste tsunami inundaram denominações inteiras, deixando no rastro ruínas de apatia. No mundo todo está acontecendo de igrejas e denominações que no passado eram fortes, estarem se distanciando dos caminhos piedosos dos antigos fundadores. A Bíblia previne claramente que é possível o crente consagrado ser levado a distanciar-se de Cristo. E oferece fortes avisos quanto se guardar de cair no sono à hora da meia noite. "Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?" (Hebreus 2:13). Há exemplos bíblicos de igrejas anteriormente fortes que acabaram se desviando. No Apocalipse, lemos da igreja de Éfeso que consterna Cristo por abandonar o seu primeiro amor. Igualmente, a igreja de Laodicéia se desvia para a mornidão, e a igreja de Sardis se desvia para a morte espiritual. Paulo diz à igreja da Galácia que eles se distanciaram da vitória da cruz de Cristo, e voltaram às obras da carne. Paulo diz: "Vede prudentemente como andais...remindo o tempo, porque os dias são maus" (Efésios 5:15-16). Paulo também insiste, "Já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos" (Rom. 13:11). Ele acrescenta que algumas crentes "se tornam levianas contra Cristo...já algumas se desviaram, seguindo a Satanás" (I Tim. 5:11, 15). Nenhuma destas passagens é dirigida aos não crentes, mas aos cristãos cheios do Espírito. E a mensagem é clara: "Acorde do sono. Avive o teu dom!". Mas devo declarar aqui que a minha preocupação maior não é quanto ao distanciamento que vejo na igreja, ou em seus ministérios. Não, antes de TUDO a minha preocupação é quanto ao meu próprio caminhar com Cristo. E tenho de perguntar, "Como fugir das conseqüências se eu negligenciar Jesus e for levado a me distanciar dEle?". Paulo diz que devemos ver o exemplo de Israel, que se atolou na lama da preguiça: "O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se...Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia" (I Coríntios 10:7,12). Não entenda mal: Paulo não está falando aqui de se cair em Cristo. Está falando da falta de cuidado, de aplicação. Pedro adverte igualmente: "Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza" (2 Pe. 3:17). É por isso que Paulo diz, "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (I Coríntios 9:27). A vida toda de Paulo foi de produção de frutos. E ele fala aqui do temor quanto à simples idéia de se distanciar da firmeza e da constância. Como Paulo, estou seguro quanto à minha salvação. Mas tenho de guardar essas advertências do Senhor e dos grandes homens de Deus. A Lei da Natureza Ilustra a Lei do Espírito Fazemos bem em observar as leis da natureza. Todas as plantas e animais são criados por Deus, e seus ciclos de vida e seus cuidados refletem as leis universais dEle quanto à natureza. Paulo escreveu: "O que de Deus se pode conhecer é manifesto...por meio das cousas que foram criadas" (Romanos 1:19-20). Realmente, Jesus nos diz para olharmos para plantas, pássaros, para o gado, ovelhas, formigas, sementes, pois encontramos lições nelas. Eis aqui algumas verdades espirituais que encontrei ilustradas na natureza: 1. A negligência causa deterioração. Ganhei essa percepção quando li a respeito da espécie de um minúsculo animal encontrada nas Cavernas Mammoth nos Estados Unidos. Trata-se de um pequeno caramujo com cabeça totalmente clara, e dois pontos negros que parecem olhos. Quando os biólogos dissecaram esses pontos negros contudo, descobriram que esses "olhos" são falsos, incapazes de funcionar. Externamente, os pontos em tudo aparentavam ser olhos, com aspecto superficial perfeito. Mas por dentro, só ruína. O nervo ótico era atrofiado, se degenerando num fio inútil. Simplificando, o animal, que era um molusco, possuía olhos, mas não conseguia enxergar. O que aconteceu? Essa espécie no passado era multicolorida, e tinha olhos que funcionavam normalmente. Mas preferiu ficar nos subterrâneos escuros e frios, ao invés de ficar na luz. Ocultando-se assim, as cores brilhantes do molusco com o tempo se tornaram branco e preto. O animal não precisava de olhos, então a natureza se acomodou. A espécie perdeu totalmente a função da visão pelo fato de negligenciar, de descuidar continuamente da luz. Eis uma lição poderosa quanto ao nosso caminhar espiritual: o quê não se usa, a gente perde. Tradução: é preciso constantemente exercitar suas faculdades espirituais se você espera ter vida espiritual. Não dá para simplesmente se ir à igreja no domingo, e achar que dá para sugar vida o suficiente no culto para enfrentar a semana à frente. É preciso que você tenha o seu próprio caminhar diário com Deus. 2. A negligência pode ser provocada pelo desgaste das lutas do caminhar cristão. Nesse exato momento, quantas almas preciosas estão simplesmente cansadas? Elas se esgotaram devido às batalhas físicas e espirituais, enfrentando tempestades de problemas e dores. E estão abandonando não Jesus, mas a luta. Estão cansadas do stress, esgotadas pela luta, e não querem mais ser tão intensas no seu caminhar. Só querem fugir. Recentemente um pastor escreveu assim para mim: "Em todos os meus anos de ministério nunca vi uma intensidade tão tremenda de dificuldades, desencorajamento, de problemas de relacionamento e financeiros em minha igreja como nestes últimos anos. E mais, quanto mais eu orava e buscava a Deus quanto a esses problemas da igreja, mais eles aumentavam. Eu finalmente cheguei a ponto de pensar em abandonar o ministério. Eu jamais deixaria Cristo, mas as coisas que estou enfrentando em nossa igreja todos os dias são demais para a gente agüentar". Davi, o autor de tantos Salmos ficou desgastado pelas lutas. Ficou tão esgotado na alma, foi tão atingido pelos problemas, que tudo que queria era sumir para um lugar de paz e segurança: "Estremece-me no peito o coração, terrores de morte me salteiam; temor e tremor me sobrevêm, e o horror se apodera de mim. Então, disse eu: quem me dera asas como de pomba! Voaria e acharia pouso. Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto" (Salmo 55:4-8). Creio que nesse momento o corpo de Cristo esteja em meio à uma "tempestade perfeita". O inferno irrompeu, e Satanás promove um ataque total sobre a igreja triunfante. Muitos crentes recuaram, abandonando totalmente a luta. Eles resolveram que "pra mim chega. Deixar Jesus eu não deixo, mas vou achar um jeito mais fácil". Tenho uma Verdade Encontramos o Poder ANTES DE Em Meio à Tempestade Para e Contar a a Glória QUALQUER Todo de Crente: Cristo COISA Jesus se manifesta quando o barco parece estar afundando. Assim como fez com os discípulos, Ele aparece em meio à nossa tempestade, caminhando sobre as ondas. Ele vem até nós quando estamos dentro da fornalha ardente, como fez com os jovens hebreus. E está conosco quando somos lançados na cova dos leões, como esteve com Daniel. Na verdade a Sua força nos é dada mais em nossas horas de fraqueza. Paulo testifica: "Ele me disse: A minha graça te basta, porque o (Meu) poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12:9). Como Davi, muitos de nós anseiam por fugir na hora do medo e da fadiga. Queremos sair para um lugar longe de todos, dos problemas, das lutas - para onde haja sossego e calma. E então alguns se tornam introspectivos, ou se intoxicam assistindo TV, vivendo em constante desencorajamento, prestes a desistirem da confiança em Deus para lhes cuidar. Mas é precisamente na hora da batalha que encontramos a seguinte lei da natureza: 3. A negligência bloqueia todo crescimento espiritual. Se você negligencia o cuidado com as plantas e animais, deixando-os sem água e nutrientes, começa a morte. Passe por alguns bairros, e verá belos quintais, jardins, áreas verdes, flores e plantas cheias de cor. Nos fins de semana especialmente, poderá ver os moradores aguando as plantas, podando, arrumando e colocando fertilizantes. Mas então você chega à uma casa diferente, que estraga a paisagem. Tudo lá é ruim: o mato cresceu, as plantas murcharam, ervas daninhas brotam por todo lado sufocando a vida. Tudo reflete a morte, e o quadro todo berra, "Preguiça! Indolência! Falta de cuidado!". Salomão descreve exatamente esse quadro: "Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento; eis que tudo estava cheio de espinhos, a sua superfície, coberta de urtigas, e o seu muro de pedra, em ruínas. Tendo-o visto, considerei; vi e recebi a instrução. Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado" (Provérbios 24:30-34). Salomão está dizendo: "Tudo havia se estragado por puro descaso. Vi por experiência própria o que acontece quando ocorre o ócio, e aprendi". Essa lição igualmente se aplica quando descuidamos da palavra de Deus e da oração. Se você se torna displicente quanto à doce comunhão com o Senhor, e a um tempo precioso em Sua palavra, logo será atraído pela tração gravitacional promovida pela carne. E a tração da displicência é para baixo. Nada é mais difícil de ser despertado que um cristão morno que está sendo tracionado abaixo pela negligência. Estou lembrando de uma ilustração do meu próprio quintal. Uma árvore que plantei na sombra começou a morrer. Resolvi replantá-la no sol, e com cuidado a aguava todos os dias, misturando água com uma colher de um fertilizante chamado Crescimento Milagroso. Toda vez que eu deixava de aguar um dia, as folhas começavam a se baixar. Mas se aguasse com o Crescimento Milagroso, se elevavam. Prezado santo, a Bíblia é Crescimento Milagroso puro. Se você é displicente com ela, encontrará sua alma murchando. Mas se cuida de sua alma regularmente com esse "alimento milagroso", virá cheio de poder e de vida. Quero deixar claro mais uma vez a quem essa mensagem do Espírito Santo é dirigida. Ela não é para os pecadores, mas para os crentes vitoriosos: para você e para mim. Ouço o Espírito dizendo: "David, apaixonado por Cristo, pregador da Bíblia -- você fala aos outros de como a sua vida e ministério foram transformados pela oração. Mas você descuidou da Minha palavra? Se você não levar a sério o quê tenho a lhe dizer, e ignorar os destroços dos displicentes que te cercam, você viverá a lenta tração para a indolência. Um torpor imperceptível e gravitacional em teu espírito começará, e o levará à mornidão". Não se engane: essa mensagem não é a respeito do legalismo mas sobre responsabilidade pessoal. Paulo fala a Timóteo exatamente sobre esse ponto, instruindo o jovem: "Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino. Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a inspiração das mãos do presbitério. Medita estas cousas e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nesses deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes" (I Timóteo 4:13-16). Paulo está falando aqui, claro, da leitura da palavra de Deus. E está dizendo a Timóteo, "Dê atenção à ela, medite nela, ofereça-se inteiro à ela". A Natureza Mostra as Ruinosas Conseqüências Vindas da Desistência do Combate Espiritual, e do Distanciamento Resultante da Falta de Fé Ainda outra lição da natureza revela o que acontece quando trocamos o bom combate por um caminho mais fácil, e saímos da luta. Há pouco li o estudo de um biólogo sobre os caranguejos, animais que vivem em um ambiente rústico e perigoso na fenda das rochas. Eles são lançados longe diariamente pelas ondas, e atacados de todos os lados por seres vindos das águas profundas. Eles batalham continuamente para se proteger, e com o tempo desenvolvem forte carapaça, e fortes instintos de sobrevivência. É surpreendente, mas alguns da família dos caranguejos desistem da luta pela vida. Em busca de um espaço seguro, passam a morar nas conchas abandonadas por outros animais. Esses caranguejos são conhecidos como eremitas. Se fixando na segurança, distanciam-se da batalha e fogem para casas de segunda mão já prontas. Mas as "casas seguras" dos caranguejos eremitas se mostram caras e ruinosas. Pela falta de luta, partes essenciais de seus corpos se deterioram. Até seus órgãos involuem devido à falta de uso. Com o tempo o caranguejo eremita perde toda força para se mover, bem como partes vitais necessárias para fugir. Tais membros simplesmente caem, deixando o animal fora de perigo, mas inútil para fazer qualquer coisa senão existir. Enquanto isso, os caranguejos que continuaram lutando crescem e florescem. Seus cinco pares de pernas se tornam carnudos e fortes por resistirem às fortes ondas. E aprendem a se esconder dos predadores se infiltrando com muita esperteza nos espaços sob as rochas. Essa lei da natureza, também, ilustra a lei do Espírito. Como crentes, somos jogados longe e golpeados por uma onda atrás da outra, nos trazendo dificuldades. Enfrentamos malignos predadores entre as potestades e poderes de Satanás. Mas ao lutarmos, nos fortalecemos. E começamos a reconhecer os engodos do diabo quando os usa contra nós. Descobrimos o real refúgio, "a fenda na penha", pela confiança em Jesus. Só então estaremos verdadeiramente seguros em meio à batalha. O cristão que vai atrás de "paz e segurança a qualquer preço" e apenas se agarra à salvação, paga um preço espiritual alto. Então, como podemos nos guardar de sermos levados ao distanciamento de Cristo negligenciando "tão grande salvação"? O escritor mostra como: "Apeguemonos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos" (Hebreus 2:1). Deus não está interessado em sermos capazes de "leitura dinâmica" de Sua palavra. Ler muitos capítulos por dia ou tentar atravessar a Bíblia rapidamente pode nos dar um bom sentido de realização. Mas o mais importante é que "ouçamos" com ouvidos espirituais aquilo que lemos, e meditemos sobre o conteúdo para que seja "ouvido" em nosso coração. Ficar firme na palavra de Deus não é um assunto menor nas escrituras. Em amor somos advertidos, "Importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos" (Hebreus 2:1). Paulo também diz: "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados" (2 Coríntios 13:5). Paulo não está sugerindo a estes crentes que eles estejam reprovados. Antes, ele insiste: "Como apaixonados por Cristo, testem a si próprios. Faça um levantamento espiritual. Você conhece o suficiente em relação ao teu caminhar com Jesus para saber que é amado por Ele, que Ele não lhe virou as costas, que você é remido. Mas se pergunte: como está a sua comunhão com Cristo? Você a está guardando com todo amor e zelo? Está dependendo dEle em seus momentos difíceis?". "Nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos" (Hebreus 3:14). Você Reconhece um Distanciamento em Seu Caminhar Cristão? Talvez você admita, "Vejo um pouco de distanciamento em minha vida, uma tendência à sonolência. Sei que estou orando cada vez menos. O meu caminhar com Deus não é como deveria ser". Quando pedi ao Espírito Santo para mostrar como me guardar contra a displicência, Ele me levou a avaliar o distanciamento de Pedro e sua posterior renovação. Era um homem que negou Cristo, ofendeu, dizendo aos acusadores, "Não O conheço". O quê tinha acontecido? O quê havia levado Pedro até aquele ponto? Foi o orgulho, resultado da jactância da autojustificação. O discípulo havia dito a si mesmo e aos outros, "O meu amor por Jesus jamais esfriará. Cheguei a um ponto na fé em que não preciso admoestação. Os outros podem se afastar, mas eu morro pelo Senhor". Mas Pedro foi o primeiro entre os discípulos a desistir de lutar. Ele deixou o chamado e voltou à antiga profissão, dizendo aos outros, "Vou pescar". O quê ele realmente estava dizendo era: "Eu não agüento. Achei que não fosse fracassar, mas ninguém jamais fracassou com Deus mais do que eu. Simplesmente não dá mais pra eu enfrentar a luta". À essa altura, Pedro havia se arrependido da negação de Jesus. E havia sido restaurado no amor do Senhor, quando Cristo apareceu aos seguidores em uma sala fechada, e "soprou" sobre todos eles para receberem o Espírito Santo. Pedro foi perdoado, curado de seu distanciamento e sobre ele veio o sopro do Espírito. Mas por dentro ele ainda se corroia. Ora, enquanto Jesus esperava que os discípulos voltassem à praia, uma questão permanecia não resolvida na vida de Pedro. Não era suficiente ser restaurado, assegurar-se da salvação. Não era suficiente jejuar e orar, como todo crente consagrado faria. Não, o ponto que Cristo queria focalizar na vida de Pedro era o descuido e a falta de aplicação em outra forma. Eu explico. Sentados na praia em torno do fogo, comendo e em comunhão, Jesus pergunta a Pedro três vezes: "Você me ama mais do que esses outros?". A cada vez Pedro responde, "Sim, Senhor, Tu sabes que O amo", e Cristo por Sua vez diz, "Apascenta as Minhas ovelhas". Note que Jesus, dessa vez, não o lembra para vigiar e orar, ou ser zeloso na leitura da palavra de Deus. Cristo presume que tais coisas já haviam sido ensinadas. Não, a instrução que dá a Pedro agora é, "Apascenta as Minhas ovelhas". Eu creio que nessa frase simples, Jesus estava instruindo Pedro sobre como se guardar contra o descuido e o desleixo. Ele estava dizendo basicamente: "Quero que você esqueça o seu fracasso, esqueça que se desviou. Você voltou a Mim agora, e lhe perdoei e restaurei. Então está na hora de você parar de se concentrar em suas dúvidas, falhas e problemas. E a maneira para se fazer isso é não ser displicente com o Meu povo, e ministrar às suas necessidades. Assim como o Pai Me enviou, eu o envio". O fato é que, posso me dar inteiro à oração, ser um ávido estudioso da Bíblia, trazer o corpo em sujeição, evitar a aparência do mal, jejuar muito e amar a Cristo com paixão. Contudo mesmo fazendo essas coisas, ainda é possível eu negligenciar a grande salvação que me é dada. Como? Me fechando à necessidade humana. Se eu fizer todas essas coisas e ainda permanecer desinteressado quanto aos perdidos e necessitados, ou se ignorar os que sofrem dentro do corpo de Cristo, me tornei como o caranguejo eremita, me concentrando só em minhas próprias necessidades e segurança. Tristes, alguns pastores muitas vezes me dizem, "Agora não consigo mais achar cooperadores ou voluntários para nada. Depois da igreja, as pessoas correm para o carro, e nunca param se oferecendo para ajudar em algum dos ministérios". Que quadro triste o desta igreja: cheia de pessoas antes fortes espiritualmente, agora fracas, que tomaram o caminho do caranguejo eremita. O livro de Atos oferece uma ilustração do chamamento para que nos concentremos nas necessidades dos outros, ao invés de em nós mesmos. Após o derramamento (do Espírito) no Pentecostes, "perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (Atos 2:42). Era bom que os apóstolos estivessem ajudando os outros a permanecerem na palavra e na oração. Então Pedro e João subiram "ao templo" para orar, onde viram um coxo que lhes pediu esmolas. Fica claro que os discípulos tinham visto esse homem antes, pois já haviam estado no templo em outras ocasiões, e ele era visto lá esmolando sempre. Dessa vez Pedro viu o mendigo à vista das palavras que Jesus lhe havia dito: "Apascenta as minhas ovelhas". E o discípulo respondeu. As escrituras dizem que "fitando-o" (3:4), dessa vez Pedro não negligenciou o seu chamado. Ele decidiu, "Tenho de fazer algo", e começou tomando as mãos do homem e levantando-o. Você conhece o resto da história: o coxo acabou dando saltos e louvando a Deus, totalmente curado. Com freqüência os nossos olhos são como os daquela rara espécie de animal que mencionei acima: eles parecem funcionar mas na verdade "não enxergam". E a verdade é a seguinte: há necessidades que Jesus gostaria que atendêssemos e que estão sempre diante de nós. Só precisamos de olhos espirituais para vê-las. Se você é persistente na oração e na palavra de Deus, isso prosperará a sua alma. Mas agora é hora de também pedir ao Espírito Santo que abra os seus olhos às necessidades dos que estão à soleira da sua porta. Ele será fiel para lhe guiar à oportunidades para ministrar, para lhe mostrar uma necessidade diante da qual você passou muitas vezes mas nunca "enxergou" antes. Se você responder à essa orientação, jamais será levado a se distanciar. Esta é a salvaguarda, o muro de proteção: "apascenta as Minhas ovelhas". --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 06 __________ A Seriedade da Falta de Fé - 6 de fevereiro de 2006 (The Seriousness of Unbelief) David de fevereiro de Poucos, dentre os cristãos sérios, acham ter falta de fé. Já há anos fico embaraçado diante de algo que Jesus disse: "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achara fé na terra?" (Lucas 18:8). A pergunta implica em falta de fé não simplesmente sobre a terra, mas entre o povo de Deus. Por que Jesus disse isso? Fé é um dos assuntos sobre os quais mais se fala na igreja. Piedosos pregadores a enfatizam, e há uma enxurrada de livros sobre o assunto. Grandes empreendimentos estão sendo feitos, gigantescos projetos sendo desenvolvidos, tudo em nome da fé. Então, o que Wilkerson 2006 Jesus está nos dizendo quando pergunta: "Quando a trombeta finalmente soar, será que encontrarei alguma fé?". Encontramos uma pista na sóbria advertência de Hebreus 3:12: "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo". Este verso diz que devemos reconhecer incredulidade em nós mesmos toda vez que nos "afastarmos do Deus vivo". Mas, o que significa se afastar de Deus? Isso acontece por meio de nossas dúvidas quanto à fidelidade de Deus. Se permitirmos que mesmo pequenas sementes de incredulidade cresçam em nossos corações, vamos acabar em uma situação triste. Essa passagem adverte: "Fique alerta, e não deixe que incredulidade alguma crie raízes. Às vezes o Senhor pode parecer estar distante de ti. Mas não deixe que o seu coração fuja da realidade da Sua fidelidade". Um pastor de uma outra cidade se aproximou de mim há pouco tempo atrás, após um de nossos cultos na igreja. Ele falava, e sua cabeça se curvava em desencorajamento. Disse que por um tempo havia se reunido mensalmente com um grupo de pastores de várias denominações em sua cidade. "Mas irmão David", disse, "as nossas reuniões estavam ficando deprimentes. Os números estão baixando porque mais e mais pastores estão deixando o ministério. Nunca mais ouvimos uma palavra de Deus. E muitos tocam o ministério sentindo-se fracos. Perderam a alegria. Agora suas esposas estão fartas e insistem para que eles desistam. Isso deprime porque amo estes homens. Estou faminto para que ouçamos do Senhor outra vez". Vejo algo semelhante acontecendo em muitas faculdades bíblicas e seminários. Algumas destas instituições na verdade se tornaram estufas de incredulidade. Os alunos entram convencidos da inerrância das escrituras, do dom divino para a operação de milagres, de um céu e inferno literais. Mas se expressarem suas crenças durante as aulas, um professor pode ridicularizálos. Ele chama essas crenças de "velha escola", e zomba, considerando-os iletrados e inseguros. Muitos jovens sinceros se graduam sem fé alguma, pois lhes foi roubada toda a confiança em Deus. Mas a Bíblia nos diz sem usar termos duvidosos: "Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6). Quero lhe mostrar a seriedade com a qual Deus vê o nosso pecado de falta de fé. 1. Incredulidade é o Pecado que Exaspera e Irrita a Deus Em Êxodo 17, Israel chega a um deserto chamado Sim. Não havia água potável à vista, e o povo nervoso condenava Moisés: "Dá-nos água para beber" (Êxodo 17:2). Tratavam o ungido de Deus como se ele fosse seu operador particular de milagres. Mas nenhum deles se voltou a Deus em oração. Ninguém disse, "Vejam, Deus tem-nos operado muitos milagres relacionados com a água. Ele abriu o mar Vermelho para nos livrar do faraó; adoçou as águas amargas de Mara. Certamente proverá água potável para nós aqui". Você conhece o resto da história. Deus instruiu Moisés para chegar até uma rocha e bater nela. Ao fazê-lo, rios de água fluíram, mais que o necessário para cuidar da sede do povo. Mas o Senhor pôs o nome de incredulidade nesse episódio. Chamou o lugar de Massa, que quer dizer provocação, assim como também exasperado, áspero, irritado. Deus estava dizendo a Israel: "Vocês me deixaram extremamente irritado com essa incredulidade". Por favor entenda, o Senhor não ficou só ligeiramente machucado aqui; Ele se exasperou a ponto de chegar à cólera. Mas Ele não foi provocado simplesmente pelas reclamações do povo. Foi muito pior do que isso: eles O haviam acusado de havê-los abandonado na hora do sofrimento. Disseram a Moisés: "Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos rebanhos?... Está o Senhor no meio de nós ou não?" (17:3,7). A inferência e conclusão deles foi, "Se Deus está conosco, onde está Ele agora? Não vemos nenhum sinal da Sua presença ou do Seu poder. O Senhor está vivo ou morto? Como se vai crer num Deus que permite estas coisas tão terríveis?". A gente pode pensar, "Pobre Israel. Eles só estavam querendo dar água para os filhos que choravam. Qualquer um se desespera sem água. Quem não vai reclamar?". Mas a questão aqui não era falta da água. Nem era que Deus estivesse retendo bênçãos para o povo. Ele tinha acabado de dar toda a água que Israel precisava, tirada da rocha. Não, Deus estava irritado por uma causa muito boa. Encontramos a razão disso mais tarde nas escrituras, quando Moisés relembra o episódio de Massa. Ele diz: "Rebeldes fostes ao mandado do Senhor, vosso Deus, e não o crestes, e não obedecestes à sua voz. Rebeldes fostes contra o Senhor, desde o dia em que vos conheci" (Deuteronómio 9:23-24). Moisés estava dizendo a Israel: "Desde o dia em que lhes conheci, vocês têm sido rebeldes. Vocês nunca obedeceram ou creram na palavra de Deus". Então, qual foi o ponto real? Segundo Moisés, foi que Israel nunca verdadeiramente teve fé. Nunca se comprometeram inteiramente a confiar no Senhor. Na verdade, esses israelitas abrigavam ídolos o tempo todo. Guardavam pequenos deuses escondidos nas tendas, para voltarem a eles caso Deus falhasse. O Senhor diz: "Me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto...e acaso não levantastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que fizestes para as adorar?" (Atos 7:42-43). Dá para você imaginar a exasperação de Deus com o povo agora? Eles O estavam culpando pela falta de água, reivindicando, "Por que o Senhor não respondeu às orações?". Ainda assim, se voltavam a deuses estranhos para livrá-los. A zanga de Deus aqui não era um teste quanto à fé de Israel; era um chamado trovejante ao arrependimento. De modo algum Ele havia retido Seu favorecimento para com eles. Um jovem pastor há pouco me escreveu contando de uma experiência como a de Israel. Ele diz: "Quando fui ao Senhor, não abandonei as minhas músicas do mundo. Eu não me preocupava quanto à possibilidade de os músicos trazerem algo de mal. Era a minha música, e pastor algum iria me persuadir a deixa-la. Até cheguei a apresentá-la aos grupos de mocidade que eu dirigia. Eu queria atrair multidões de garotos dando-lhes a música que queriam. Usávamos hard rock, punk, rap, mosh pits. Mas aí o grupo da mocidade começou a morrer espiritualmente. Pararam de ouvir a palavra de Deus e os meus ensinos, e todos os tipos de imoralidade irromperam. Foi morte total." "Eu orei e orei para que Deus de algum modo os despertasse, mas nada aconteceu. Um dia, o Espírito Santo me respondeu de um modo muito duro: 'Você trouxe seu ídolo estranho para dentro da Minha casa. Trata-se da sua música pagã, a qual você sabe que Eu detesto. E agora você corrompeu todo o seu rebanho com ela. Remova esse ídolo do seu coração, e tire-o destes jovens. Aí então Me moverei em seu meio'." "Imediatamente me livrei da música. E no lugar dela trouxe música de louvor. Tornei minhas mensagens simples e diretas, direto das escrituras. E logo o Espírito Santo estava se movendo de novo. Agora os meus jovens estão tendo jeito espiritual." Isso é exatamente o que Deus queria fazer em Israel. Ele estava dizendo ao povo: "Não estou retendo de vocês as coisas boas. Quando me pediram para cuidar de sua sede, Me movi instantaneamente, trazendo água da rocha. Agora estou só tentando chamar a sua atenção. Quero lhes falar a respeito das coisas escondidas de suas vidas". Você Acha que Deus Vê as Suas Coisas Ocultas ? Você acha que o Senhor abençoa os cristãos que tentam servi-Lo enquanto presos à cobiça favorita? Esse é o real crime da incredulidade: abrigar algo em secreto e não levá-lo à luz de Deus para livramento. Uma coisa é estar amarrado à uma cobiça habitual e odiar isso. Tal pessoa despreza seu pecado secreto e luta fortemente contra ele. Ele clama a Deus por libertação e busca o conselho piedoso de outros. Esse servo pode estar seguro de que o Senhor será paciente com ele em meio da sua luta. Pense bem: os israelitas ainda estavam carregando seus ídolos em Massa. Isso quer dizer que tinham se agarrado a eles através das ondas que se abriam a eles no mar Vermelho. Ficaram agarrados a eles até mesmo quando o exército do faraó os fustigava. E os ocultaram mesmo depois de Deus adoçar as amargas águas em Mara. Agora, em Massa, Deus livra-os novamente sem condenação, enchendo suas barrigas com água fresca. Em verdade, o tempo todo Deus havia abençoado Israel a despeito de sua idolatria. Contudo o povo prosseguiu escondendo o pecado. Eles louvavam ao Senhor, desfrutando de Sua proteção sob a nuvem de dia, e sob a coluna de fogo à noite. Por que prosseguiram assim? Porque "visto como se não executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal" (Eclesiastes 8:11). A falta de fé de Israel nada teve a ver com o poder de Deus para livrálos. Eles haviam-nO visto operando milagres para eles inúmeras vezes. Não, essas pessoas simplesmente não levavam os mandamentos de Deus a sério. Se acomodaram ao pecado, porque o Senhor não julgou-os logo por ele. Eles não temiam as consequências; afinal, nenhum de seus filhos havia morrido, e ainda tinham mana e carne do céu. Em resumo, os israelitas haviam perdido o temor de Deus. Secretamente eles pensavam: "É nestas alturas que nós deveríamos ter sido consumidos pelo fogo, por não crermos na ira de Deus. Mas Ele nunca trouxe condenação pelos nossos pecados. Então, vamos poder continuar nosso culto (aos deuses)". Eles tomaram como certo a declaração de Jeremias: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim" (Lamentações 3:22). 2. A Incredulidade Impede Qualquer Livramento do Poder e do Domínio de Satanás Estou convencido de que todo pecado não dominado é causado pela incredulidade. E agora mesmo, multidões de cristãos estão lutando uma batalha perdida contra o pecado. O fato é que muitos deles até já desistiram da luta. Estão convencidos de que algum espírito demoníaco forte construiu uma fortaleza dentro deles, e não pode ser expulso. Então vivem em desventura, amarrados por um pecado que os assedia. Paulo expressa o grito destes corações: "Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Romanos 7:24). Mas Paulo responde à sua própria pergunta no versículo seguinte: "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor" (7:25). Em outras palavras, "Jesus Cristo me liberta do poder e do domínio do pecado". Como acontece isso? Seria isso apenas uma verdade teológica que devemos aceitar? Ou será que há algo mais de prático a se fazer? Como é que Cristo verdadeiramente nos liberta? A resposta é tão simples, que muitas vezes não a entendemos. É tão simples para os hindus, que a rejeitam em favor de obras. Preferem rastejar quilómetros tentando pacificar Deus por seus pecados. Os judeus também rejeitam essa verdade, preferindo guardar mais de 630 regras e regulamentações, na esperança de equilibrar os livros, por seus pecados. Os muçulmanos preferem se prostrar e praticar bons atos tentando apaziguar Alá por seus desvios. Mesmo muitos cristãos vão preferir acrescentar alguma regra de autodependência, para seus livramentos. Fazem promessas a Deus e tentam derrotar todos os desejos da carne em sua própria força. Mas cá está o evangelho simples e descomplicado: toda vez que há genuíno arrependimento, há perdão instantâneo. E há purificação instantânea, bem como contínua abertura para o trono de Deus. Se cremos nessas verdades, nos tornamos livres. O Pecado Faz Nos Esconder da Presença de Deus Com Que Queiramos Cá está a essência da falta de fé entre os cristãos: quando pecamos, falhando com Deus, tendemos a fugir de Sua presença. Achamos que Ele está muito zangado para querer comunhão conosco. Como poderia Ele de algum modo compartilhar de intimidade conosco, tendo nós pecado de modo tão grave? Então paramos de orar. Em nossa vergonha, pensamos: "Não posso voltar para Deus desse jeito". E começamos a tentar produzir nossa volta às boas graças dEle. Ficamos convencidos de que precisamos só de tempo para nos limpar. Se conseguirmos ficar puros durante algumas semanas, evitando o nosso hábito pecaminoso, achamos que provaremos a nós mesmos sermos dignos de nos aproximarmos do Seu trono novamente. Isso é incredulidade maligna, e um crime aos olhos de Deus. Quando confessamos nosso pecado, incluindo os hábitos que nos assediam, Deus não nos interroga. Ele não exige prova de arrependimento, perguntando "Você se arrependeu de verdade? Não estou vendo nenhuma lágrima. Você promete nunca mais cometer esse pecado? Agora vá, jejue dois dias por semana, e ore uma hora por dia. Se você conseguir isso todo este tempo sem cair, teremos comunhão de novo". Que isso nunca ocorra. Quando Jesus nos reconciliou com o Pai na cruz, foi para sempre. Isso quer dizer que se eu pecar, não tenho de ser reconciliado com o Pai tudo de novo; não estou cortado do Senhor, subitamente irreconciliado. Não, o véu de separação foi rasgado permanentemente na cruz, e eu para sempre tenho acesso ao trono de Deus, através do sangue de Cristo. A porta nunca está fechada para mim: "Pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele" (Efésios 3:12). A Bíblia declara claramente que se qualquer um de nós pecar, temos um advogado com o Pai em Jesus Cristo. Podemos ficar fora da sala do trono nos sentindo péssimos e impuros à porta. Mas se permanecemos lá, nos recusando a entrar, não estamos sendo humildes; estamos agindo em incredulidade. "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hebreus 4:16). Quando é a nossa "ocasião oportuna"? É toda vez que falhamos em relação ao nosso bendito Senhor. No momento que pecamos, estamos necessitando graça e misericórdia. E Deus nos convida a irmos então ousadamente ao Seu trono, com confiança, para recebermos tudo de que necessitamos. Não devemos ir até ele só quando nos sentimos justos ou santos; devemos ir toda vez que precisarmos. E mais, não temos de esperar que nossas almas sejam limpas. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I João 1:9). João diz que para sermos purificados, não temos de trabalhar por horas, dias ou semanas. Acontece instantaneamente, assim que vamos ao Senhor. Então, você tem a fé para crer no perdão instantâneo de Deus? Você consegue aceitar a comunhão instantânea e ininterrupta com o Pai? É exatamente isso que as escrituras insistem que façamos. Veja, a mesma fé que nos salva e perdoa é também a fé que nos guarda. Pedro diz que somos "guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo" (I Pedro 1:5). Que verdade incrível. No entanto, a nossa falta de fé nos impede de acessar o poder guardador de Deus. E com o passar do tempo, à medida que enfrentamos o ataque contínuo do pecado, podemos começar a nos desesperar. Amado, isso simplesmente não deveria ocorrer. Deus nos deu maravilhosas promessas da Nova Aliança. Mas elas não têm nenhum valor a menos que creiamos e nos apropriemos delas. O nosso Senhor se comprometeu a pôr a Sua lei em nossos corações, ser Deus para nós, não nos deixar cair, implantar o Seu temor em nós, nos dar poder para obedecer, nos levar a andar em Seus caminhos. Mas temos de crer inteiramente nisso. 3. Inclui um dos da Seriedade da Falta de Fé Lucas Casos Mais 3 Reveladores Você se lembra do piedoso Zacarias, pai de João Batista. Zacarias era um sacerdote consagrado que sofreu devido a um único episódio de incredulidade. A sua história ilustra simplesmente a seriedade com a qual Deus vê esse pecado. As escrituras dizem que Zacarias era justo "diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor" (Lucas 1:6). Eis um homem pio que vestia as túnicas de sua respeitada posição. Ele ministrava diante do altar de incenso, o quê representava prece e súplica, atos de pura adoração. Em resumo, Zacarias era fiel e obediente, um servo que ansiava pela vinda do Messias. Um dia, enquanto Zacarias ministrava, Deus enviou o anjo Gabriel lhe dizer que sua esposa iria ter um filho. Gabriel diz que o nascimento do filho seria motivo de júbilo para muitos em Israel, e deu a Zacarias instruções detalhadas sobre como educar o menino. Mas, enquanto o anjo falava, Zacarias tremeu de medo. De repente, a mente deste consagrado homem se encheu de dúvidas, e ele cedeu à terrível falta de fé. Ele pergunta ao anjo, "Como saberei isto? Pois eu sou velho, e minha mulher, avançada em dias" (v. 1:18). Deus não recebeu de bom grado a dúvida de Zacarias, e passou essa sentença para o sacerdote: "Todavia, ficarás mudo e não poderás falar até ao dia em que estas cousas venham a realizar-se; porquanto não acreditaste nas minhas palavras" (1:20). O que esse episódio nos diz? Diz que a falta de fé bloqueia os nossos ouvidos para Deus, mesmo quando Ele está falando claramente a nós. Ela trava o recebimento de revelações novas. E nos afasta da comunhão íntima com o Senhor. De repente, por termos deixado de ouvir de Deus, nada temos para pregar ou testificar. Não importa o quanto somos fiéis ou diligentes. Como Zacarias, trazemos a nós mesmos uma paralisia tanto dos ouvidos quanto da língua. Finalmente, somos confrontados por esse versículo em Hebreus: "Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade" (Hebreus 3:19). Só um pecado deixou Israel fora da terra prometida: a incredulidade. Por que as pessoas perderam a fé? Canaã representa um lugar de repouso, paz, frutos, segurança, plenitude, satisfação, tudo que um crente verdadeiro anseia. É também quando o Senhor fala claramente ao Seu povo, orientando-o: "Esse é o caminho, caminhe por ele". Mas Israel não pôde entrar na terra prometida por causa de um pecado. Esse pecado não foi adultério (e as escrituras chamam esses israelitas de geração adúltera). Não foi o divórcio desenfreado. (Jesus disse que Moisés concedeu divórcio a essa geração devido à dureza de seus corações.) Não foi a ira, a inveja ou revanchismo. Não foi nem mesmo a idolatria secreta. Todos estes pecados foram resultado da incredulidade. Não, foi esse pecado, a falta de fé, que impediu o povo de Deus de entrar em Canaã. Assim, Hebreus nos encoraja hoje, "Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, seguindo o mesmo exemplo de desobediência" (Heb. 4:11). Conheci muitos cristãos que decidiram levar a sério o seu caminhar com o Senhor. Se determinaram a ser mais estudiosos da palavra, e jejuaram e oraram com renovada convicção. Dispuseram seus corações a apegaremse ao Senhor em meio a todas as situações da vida. Observando suas vidas, a minha ideia é, "Certamente toda essa consagração produzirá um brilho de alegria. Eles não conseguem deixar de refletir a paz e o descanso de Deus". Mas muitas vezes, o oposto ocorreu. Muitos nunca entraram efetivamente no prometido descanso de Deus. Ainda estavam inseguros, inquietos, questionando a direção de Deus, preocupados com o futuro. Por quê? Porque possuíam um fermento habitual de incredulidade. Toda a sua devoção e atividade haviam se tornado inúteis por isso. O servo que crê apega-se à promessa divina da Nova Aliança: "Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis" (Ezequiel 36:27). Ele também se apega a essa palavra: "Fá-lo-ei aproximar, e ele se chegara a mim...guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão" (Jeremias 30:21; 31:9). Finalmente, Hebreus declara: "Resta entrarem alguns nele" (Hebreus 4:6). O escritor está dizendo basicamente: "Alguém tem de entrar nessa incrível promessa". Eu lhe pergunto: por que não você, crente? Por que não eu? Se a nossa falta de fé está nos deixando de fora, devemos orar, "Senhor, ajude-me em minha incredulidade. Cure a minha falta de fé. Me dá abundância de fé". O nosso Deus nos fez incríveis promessas. Então, apropriemo-nos de Sua maravilhosa palavra. Que cada um de nós possa entrar em Seu prometido descanso. Então nossas vidas serão um testemunho irradiante a essa geração. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Você Realmente Acredita em Milagres? - 16 de janeiro de 2006 (Do You Really Believe in Miracles?) Por David Wilkerson 16 de Janeiro de 2006 __________ Em Mateus 14, encontramos Jesus entrando num barco para se dirigir "a um lugar deserto" onde poderia ficar a sós. Ele tinha acabado de ser informado de que João Batista fora decapitado e enterrado. E agora estava tão emocionado por essa notícia que achou necessário ficar sozinho e orar. Porém, quando as multidões ouviram que Jesus estava partindo, "vieram das cidades seguindo-o por terra" (Mateus 14:13). Imagine Cristo elevando o olhar e vendo milhares de pessoas vindo em direcção a Ele de todas as direcções, com todos os tipos de estado físico. Os enfermos estavam sendo levados em macas ou sobre rodas em direcção a Ele; cegos sendo guiados em meio à multidão, e os coxos mancavam sobre bengalas e muletas improvisadas. Todos estavam desesperados para chegar perto, em busca do toque curativo da única pessoa que poderia fazê-lo. Qual foi a reação de Cristo a essa incrível cena? "Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos" (14:14). Se você estivesse lá naquele dia observando das encostas, ficaria assombrado com os acontecimentos que se desdobravam à frente. Mãos retorcidas eram corrigidas, pernas tortas se alinhavam, ouvidos surdos eram abertos, línguas mudas subitamente gritavam louvores a Deus. Ver e ouvir tudo isso seria algo impressionante. Ainda assim, ao fim desse dia incrível, depois de realizar todos esses milagres de cura, Jesus decidiu alimentar as multidões. Lemos que se tratava de uma multidão de cinco mil pessoas, sem incluir as mulheres e as crianças presentes. E para alimentar todos, Jesus pegou cinco pães e dois peixes secos, orou sobre eles, e começou a parti-los em pedaços para serem servidos às pessoas. Cestos e mais cestos foram cheios com alimento que rapidamente se multiplicava. E de algum modo, à medida que os discípulos o distribuíam à multidão, a comida simplesmente continuava aumentando. Ao fim dessa refeição em massa, todos no grupo haviam comido até ficarem cheios, e os discípulos acabaram trazendo doze cestos de pedaços que foram deixados. Coloque-se Como Parte da Multidão Daquele Dia na Cena, Tente imaginar: você acaba de testemunhar cura após cura, milagre após milagre, maravilhas incríveis uma após a outra. Você não acha que depois de um dia desses, você estaria de joelhos louvando a Deus? Não estaria dizendo para si próprio: "Nunca mais duvidarei do poder curativo e milagroso de Cristo"? E então, após testemunhar todas essas maravilhas, você teria assistido a milagrosa alimentação de mais de cinco mil pessoas. Você estaria inteiramente abismado, maravilhado, pensando, "O que o Senhor fez hoje é inacreditável. Isso fortaleceu a minha fé. Daqui pra frente, vou praticar uma fé inabalável". Mais tarde, depois dos acontecimentos impressionantes desse dia, você vê Jesus "compelindo" os discípulos a entrarem rapidamente no barco, dizendo, "vamos com o barco até o outro lado" (v. Mateus 14:22). Em grego a palavra para "compelindo" aqui quer dizer "incitando, seja pedindo, forçando ou persuadindo". Jesus insistiu com os discípulos usando dos termos mais fortes, "Irmãos, entrem já no barco. Agora". Ele dispensaria a multidão e encontraria os discípulos mais tarde. Ora, o tempo todo Jesus estava lendo o pensamento dos discípulos. Sabia que eles não estavam entendendo o que acontecia aquele dia. A mensagem dos milagres ainda não se gravara em seus corações e mentes, e as dúvidas ainda os importunava. Ao zarparem da praia, me pergunto se Jesus não meneou a cabeça espantado, ferido pela fragilidade da fé destes que a tudo haviam assistido. O Que Jesus Teria Para Levar Seus Discípulos a uma Fé Inabalável? de Fazer Jesus realmente teria de caminhar sobre as aguas para acordar os discípulos? Claro, foi exatamente o que Cristo fez. Irrompeu a tempestade, o barco em agitação, e "foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar" (14:25). Quando Seus discípulos O viram, não acreditaram nos próprios olhos. Em verdade, acharam que era um fantasma. "Pensaram tratar-se de um fantasma e gritaram. Pois todos ficaram aterrados à vista dele" (Marcos 6:4950). Mas Jesus diz para não se amedrontarem. "E subiu para o barco para estar com eles, e o vento cessou. Ficaram entre si atónitos" (6:51). Só nesse ponto vemos alguma semelhança de fé crescendo nos discípulos: "E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus" (Mateus 14:33). Ao ler isso, suspiramos de alívio achando: "Finalmente eles entenderam. Crêem no poder que Cristo tinha em operar milagres. Os milagres finalmente começaram a se gravar, e um alicerce de fé esta sendo edificado neles. Agora estão preparados para enfrentarem qualquer provação com fé inabalável". Mas não era o caso. Marcos sugere que esse não foi um momento definido de fé para todos eles: "Ficaram entre si atónitos, porque não haviam compreendido o milagre dos pães; antes, o seu coração estava endurecido" (Marcos 6:52). Em grego a palavra "endurecido" aqui significa pele grossa e calejada. Segundo Marcos, os discípulos perderam totalmente o significado da mensagem dos pães e peixes. Essa é uma afirmação muito significativa, pois tem tudo a ver com a confiança em Deus. Lembre-se, esses eram homens que amavam profundamente o Senhor e prontamente criam que Ele poderia operar milagres para os outros. Não tinham o menor problema em aceitar as maravilhas que Jesus promovia para a multidão. Mas não podiam crer que Cristo faria o mesmo por eles. Quando chegou a hora de crerem nEle para operação de milagres em sua própria crise, algo importante estava faltando. É Possível Dizer: "Creio que Deus Pode Fazer o Impossível", E Ainda Assim Ser Tão Endurecido (Calejado), Que o Senhor Não Consegue Transpor Podemos nos tornar tão calejados com dúvidas, que a verdade deixa de ser gravada por nós. Por exemplo, com o passar dos anos podemos nos tornar endurecidos pelas provações, sofrimentos, medos, dúvidas, e desapontamentos em grandes quantidades. Em Mateus 15, lemos de um outro ajuntamento de pessoas, quando mais foram milagrosamente curados e alimentados. Dessa vez, a multidão chegava a quatro mil pessoas, mais mulheres e crianças. Uma vez mais, Jesus operou milagres de cura e então maravilhosamente alimentou as massas a partir de só sete pães e uns poucos peixes. Então, todos comeram, ficaram cheios, e os discípulos trouxeram de volta sete cestos cheios de comida que sobrou. No fim do dia, Jesus outra vez entrou num bote com os discípulos, dessa vez para rumar a Magadc. Durante o trajeto, os discípulos discutiram entre si, perguntando: "Quem esqueceu de trazer o pão?". Evidente que eles tinham um só pão para si (v. Marcos 8:14). Imagine só: Pedro, Tiago, João e os outros estavam preocupados quanto ao pão, tendo acabado de chegar da maior distribuição de pães da história! Quando Jesus os ouviu, não acreditou. Ele os reprovou dizendo "Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de quantos cestos tomastes? Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos cestos tomastes? Como não compreendeis?" (Mateus 16:9-11). E então perguntou: "Não vos lembrais de quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam eles: Doze! E de quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam: Sete! Ao que lhes disse Jesus: Não compreendeis ainda?" (Marcos 8;18-21). Jesus estava dizendo, em outras palavras, "Como pode acontecer isso? Estou tentando edificar um alicerce de fé em vocês. Como esses milagres não se gravaram em suas mentes?". Eu lhe pergunto: por que Jesus aqui relacionou a fé débil e hesitante dos discípulos aos milagres dos pães e dos peixes? Por que atribuiu as dúvidas e o endurecimento de seus corações à não compreensão do significado de tais maravilhosas multiplicações? Por que Ele simplesmente não os recordou do milagre da transformação de agua em vinho? Ou do leproso que ficou curado instantaneamente? E o homem paralítico e preso à cama que foi baixado até Ele através do teto, curado por Cristo, e imediatamente pegou sua esteira de palha e saiu andando? E os espíritos imundos que viram Jesus e se dobraram diante dEle, gritando, "Tu és o Filho de Deus"? Todos estes acontecimentos incríveis ocorreram antes de Cristo ter alimentado as multidões. Mas Jesus duas vezes traz os discípulos à lembrança desses dois milagres. Por que? Voltemos ao Ato de Alimentar os Para Ver se Podemos Compreender o Significado Espiritual Quatro Mil "E, chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo caminho" (Mateus 15:32). Creio que Cristo estava fazendo uma declaração aos Seus discípulos aqui. Estava dizendo, basicamente: "Farei mais pelo povo do que cura-los. Me certificarei de que tenham pão suficiente para comerem. Preocupo-me com tudo que afete as suas vidas. Vocês têm de ver que Eu sou muito mais do que apenas poder. Também sou compaixão. Se me virem só como alguém que cura, um poderoso operador de milagres, terão temor de Mim. Mas se também me virem todo compaixão, irão Me amar e confiar em Mim". "Acabei de lhes mostrar diante de diferentes multidões de 5.000 e de 4.000 pessoas que me preocupo pelo Meu povo. Vocês homens são os pilares da minha igreja, mas seus corações estão ainda endurecidos nessa área. Vocês têm de crer que tenho compaixão pelo Meu povo todo o tempo, em todas as crises que enfrentam." Por que o coração dos discípulos estava tão calejado a essa verdade? Não duvidavam que Jesus podia curar multidões com um toque ou uma palavra. Não tinham dúvidas quanto à Sua compaixão pelas massas humanas fragilizadas. O fato é que se maravilhavam e O glorificavam quando operava milagres para o povo. Mas mais tarde, quando sós no barco, afastados das grandes congregações, ficavam preocupados quanto às próprias necessidades. Não tinham confiança em que Jesus proveria milagres para eles ou suas famílias. Estou escrevendo essa mensagem a todos que estão à beira da exaustão, prestes a caírem, oprimidos pela situação atual. Você tem sido servo fiel, alimentando os outros, confiante que Deus pode fazer o impossível por Seu povo. Mesmo assim algumas dúvidas persistem em você quanto à disposição dEle em intervir na sua luta. O Espírito Santo esta nos chamando, por meio dessas passagens das escrituras, para nos lembrarmos dos pães, dos peixes, da abundância. Somos chamados a nos apoiar sobre a compaixão de Jesus por nossas próprias necessidades físicas, sabendo que Ele não quer que nenhum de nós soçobre. Quero saber: quantos leitores desta mensagem têm dito palavras de fé e esperança aos que enfrentam situações duras, aparentemente insolúveis? Você insiste com eles, "Fique firme! O Senhor é capaz. Ele é um Deus operador de milagres, e Suas promessas são reais. Então, não perca a esperança. Tenha coragem, pois Ele vai responder teu clamor"?. "Você realmente acredita em milagres?" Eis a pergunta que o Espírito Santo me fez. Minha resposta foi, "Sim, claro, Senhor. Creio em todos os milagres dos quais li nas escrituras". Mas essa resposta não é boa o suficiente. A pergunta do Senhor a cada um de nós é realmente: "Você acredita que posso operar um milagre para você"? E não só um milagre, mas um milagre para todas as crises, para cada situação que enfrentamos. Necessitamos mais do que os milagres do Velho Testamento, dos milagres do Novo Testamento, dos passados milagres da história, mas de milagres atuais e pessoais destinados só para nós e nossa situação. Pense no problema que você esta enfrentando agora mesmo, naquilo que você mais necessita, em sua maior dificuldade. Há tanto tempo você ora por isso. Você realmente acredita que o Senhor pode e resolverá isso, por meios que você não pode imaginar? Esse tipo de fé ordena que o coração pare de ter medo, ou de fazer perguntas. Lhe diz para repousar nos cuidados do Pai, confiando nEle para fazer tudo à Sua maneira e a Seu tempo. Há Dois o Instantâneo e o Progressivo Tipos de Milagres: Já mencionei algumas das maravilhas que Jesus realizou no Novo Testamento. Igualmente, o Velho Testamento está cheio do poder que opera milagres e vem de Deus, desde a abertura do mar Vermelho - ou Deus falando a Moisés da sarça ardente. Pela fé, Elias faz cair fogo do céu. E mais tarde, quando Deus lhe falou na caverna, houve vento, trovões, imagens e sons incríveis. Todos estes foram milagres instantâneos. As pessoas envolvidas puderam vê-los acontecendo, senti-los e vibrar com eles. E são o tipo de milagre que todos queremos ver hoje, provocando espanto e maravilha. Queremos que Deus rasgue os céus, desça até ao nosso problema e resolva as coisas numa explosão súbita de poder celestial. Mas muito do poder divino que produz maravilhas na vida do Seu povo chega por meio daquilo que chamamos "milagres progressivos". São milagres dificilmente discernireis pelos olhos. Não são acompanhados de trovões, relâmpagos ou qualquer movimento ou mudança visíveis. Antes, milagres progressivos começam em silêncio, sem fanfarra, e evoluem lentamente mas com segurança, um passo de cada vez. Ambos os tipos de milagres - instantâneo e progressivo - foram testemunhados em ambas as vezes em que Cristo alimentou as multidões. As curas que realizou foram imediatas, visíveis, facilmente discernireis pelos que estavam presentes naqueles dias. Penso no aleijado com o corpo retorcido, que subitamente teve uma transformação exterior física tal, que saltou e correu. Eis um milagre que tinha de assombrar e tocar todos que o viram. No entanto as multiplicações dos pães que Cristo fez foram milagres progressivos. Jesus ofereceu aos céus uma simples oração de bênção, sem fogo, trovão ou terramoto. Ele simplesmente partiu os pães e os peixes, sem nenhum sinal ou som de que um milagre estava tendo lugar. Contudo, para alimentar aquela quantidade de gente, teria de se partir pão e peixes milhares de vezes, por todo o dia. E cada pedaço de pão ou peixe seria parte do milagre. É exatamente assim que Jesus realiza muitos dos milagres na vida do Seu povo atualmente. Oramos por maravilhas instantâneas e visíveis, mas muitas vezes o nosso Senhor esta silenciosamente em ação, formando um milagre para nós pedaço a pedaço, pouco a pouco. Podemos não ser capazes de ouvir ou tocar isso, mas Ele esta em ação, dando forma ao nosso livramento além do que possamos ver. E é isso que Jesus queria que os discípulos vissem. Ele queria tanto que eles soubessem que durante todo o tempo Ele estava agindo a favor deles: enviando flechas contra o inimigo, silenciando espíritos enganadores, guardando e protegendo fielmente cada preciosidade que o Pai houvera Lhe dado. Você Pode Estar em Meio E Simplesmente Não o Estar Vendo a um Milagre Agora Mesmo Talvez nesse momento você possa estar esperando por seu milagre. Você está desencorajado pois as coisas parecem estar paradas. Não se vê nenhum sinal da ação sobrenatural de Deus em seu favor. Veja o que Davi disse no Salmo 18: "Na minha angústia, invoquei o Senhor, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos. Então, a terra se abalou e tremeu, vacilaram também os fundamentos dos montes e se estremeceram... Das suas narinas subiu fumaça, e fogo devorador, da sua boca... Baixou ele os céus, e desceu...Trovejou, então, o Senhor, nos céus; o Altíssimo levantou a voz...Despediu as suas setas...multiplicou os seus raios..." (Salmo 18:6-9, 13-14). Davi compreendeu a verdade fundamental de tudo isso: "Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque ele se agradou de mim" (18:19). Davi declara: "Eu sei porque o Senhor está fazendo tudo isso em meu favor. É porque se agrada de mim". Verdadeiramente creio em milagres instantâneos. Deus ainda está operando maravilhas gloriosas e instantâneas hoje em dia. Porém nessas passagens dos evangelhos, Jesus pede que nos lembremos e anotemos Seus milagres progressivos, e seu papel em nossas próprias vidas atualmente. Fui Grandemente Abençoado Por Algo Que Li no Relato de João Quanto à Multiplicação dos Cinco Mil "Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer? Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que estava para fazer" (João 6:5-6). Jesus levou Filipe para o lado, pôs o braço em torno dele e disse: "Irmão Filipe, dê uma olhada nas milhares de pessoas que estão aqui. Estão todas com fome. Me diga, onde vamos comprar pão suficiente para as alimentar? O que você acha que devemos fazer?". Como essa atitude de Cristo é amorosa! O tempo todo Jesus sabia o que iria fazer; o verso acima diz isso - mas o Senhor estava tentando ensinar algo a Filipe, e a lição que transmitia a ele se aplica a cada um de nós hoje. Pense: quantos dentre o corpo de Cristo passam a noite em claro tentando resolver os problemas? A gente pensa assim: "Talvez tal coisa funcione... Não, não... Talvez essa outra resolva. Não..." Vejo Filipe cogando a cabeça, respondendo, "Senhor, eu andei conversando com André, Pedro, Tiago e João, e somando tudo temos pouquíssimo dinheiro. É totalmente insuficiente para essa necessidade que surgiu. Estamos com um problema crítico em relação ao pão". Contudo Filipe e os apóstolos não tinham só um problema de pão. Eles tinham um problema de padaria...e um problema de dinheiro...e um problema de distribuição...e um problema de transporte...e um problema de tempo. Somando tudo, tinham problemas que não dava nem para imaginarem. A situação era totalmente terrível. Mas o tempo todo Jesus sabia exatamente o que iria fazer. Ele tinha um plano. E o mesmo é verdade em relação aos seus problemas e dificuldades hoje. Há um problema, mas Jesus conhece toda a sua situação. E vai até você, perguntando, "O que vamos fazer quanto a isso?". A correta resposta de Filipe teria sido, "Jesus, Tu és Deus. Nada é impossível contigo. Assim, estou entregando tal problema para Ti. Ele não é mais meu, mas Teu". É exatamente isso que precisamos dizer ao nosso Senhor hoje, em meio da nossa crise: "Senhor, Tu és o operador de milagres. E estou submetendo todas as minhas dúvidas e temores a Ti. Em confiança transfiro toda essa situação, toda a minha vida, para os Seus cuidados. Sei que não permitirás que eu desfaleça. Na verdade, Tu já sabes o que farás em relação ao meu problema. Confio no Teu poder". --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. 2005 ____ Eu Trabalhei em Vão - 19 de dezembro de 2005 (I Have Labored in Vain) Por David Wilkerson 19 de dezembro de 2005 __________ Essa é uma mensagem para todos os que estejam vivendo embaixo de um peso de desencorajamento. Você olha para a sua vida e se deprime com as expectativas que falharam. Você sente que não realizou muito na vida, e à medida que o tempo se esvái vê que muitas promessas não foram cumpridas. Durante anos você orou e orou, mas as coisas que acredita Deus ter lhe falado não se realizaram. Outros que lhe cercam parecem ter tudo, desfrutando do cumprimento de muitas promessas - mas você carrega uma sensação de fracasso. Olhando ao passado, você se lembra de todos os momentos difíceis. Você conheceu rejeição, sensação de total incapacidade e de fraqueza. Você amou tanto o Senhor, entregando corpo e alma para agradá-Lo, fazendo tudo que sabia. Mesmo assim, finalmente chegou um momento quando se convenceu: "Trabalhei em vão; me esforcei por nada. Foi tudo futilidade". E agora uma coisa irritante entra na cabeça, e cochicha, "Você errou o alvo; não chegou nem perto. A sua vida é prova de que não fez diferença alguma no mundo". Se você está passando por essa sensação de fracasso, então está em boa companhia. Em verdade, está entre gigantes espirituais. Muitos Grandes Servos de Deus Acharam Ter Falhado em Seu Chamado ao Longo da História O profeta Elias olhou sua vida e gemeu: "Senhor, leve-me. Não sou melhor do que os meus pais, e todos eles falharam contigo. Por favor, tire a minha vida. Tudo foi em vão" (parafraseado). E o rei Davi? Ele ficou tão desanimado quanto àquilo que achava ser unção desperdiçada em sua vida, que queria bater asas como um pássaro em direção a um lugar isolado. "Quem me dera asas como de pomba! Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto" (Salmo 55:6-7). Até mesmo o grande apóstolo Paulo tremeu de medo ao pensar ter vivido uma vida como obreiro inútil, "Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco" (Gálatas 4:11). João Calvino, um dos pais da Reforma, teve a mesma terrível experiência. Na hora da morte disse, "Tudo que eu fiz não teve valor algum...os ímpios alegremente atacarão essa palavra. Mas repito tudo de novo: tudo que fiz não teve valor algum". São Bernardo também suportou esse terrível desânimo. Em seus últimos dias ele escreve, "Falhei em meus propósitos...As minhas palavras e meus escritos foram um fracasso". David Livingstone foi um dos missionários mais usados no mundo seus feitos reconhecidos até mesmo pelo mundo secular. Livingstone abriu o continente africano para o evangelho, plantando muitas sementes e sendo usado por Deus para despertar a Inglaterra às missões. Deu corpo e alma, seguindo uma vida sacrificial para Cristo. No entanto, durante o vigésimo terceiro ano no campo missionário, Livingstone expressou as mesmas dúvidas terríveis destes outros grandes servos. Ele também achou que seu ministério todo teria sido em vão. O seu biógrafo o cita em seu desânimo: "Tudo que eu fiz apenas serviu para que se abrisse o comércio de escravos africanos. As sociedades missionárias não mostram fruto após vinte e três anos de trabalho. Todo o trabalho parece ter sido em vão...eu trabalhei em vão". Um dos grandes missionários que impactaram a minha vida foi George Bowen. A sua vida foi um exemplo poderoso, e seu livro, "Love Revealed" (amor revelado), é um dos maiores livros que já li sobre Cristo. Solteiro, Bowen se afastou da riqueza e da fama para ser missionário em Bombaim, na Índia, no meio do século 19. Quando viu os missionários lá vivendo bem acima do nível das pessoas às quais ministravam, Bowen deixou o sustento da missão e escolheu viver em meio às mais pobres delas. Se vestia como os indianos, e abraçou a pobreza, vivendo numa habitação humilde, e subsistindo às vezes só com pão e água. Ele pregava nas ruas sob calor sufocante, distribuindo literatura do evangelho e chorando pelos perdidos. Esse homem tremendamente consagrado havia ido à Índia com altas esperanças pelo ministério do evangelho. E havia dado tudo que tinha com essa finalidade, o seu coração, a mente, corpo e espírito. Mesmo assim, em seus mais de quarenta anos de ministério na Índia, Bowen não teve nenhum convertido. Foi só após a sua morte que as missões descobriram que ele era um dos mais amados missionários do país. Até mesmo os adoradores de ídolos viam Bowen como exemplo do que é um cristão. Hoje, a vida humilde de Bowen e suas palavras de poder ainda incendeiam a minha alma, e a alma de outros pelo mundo. Contudo tal como muitos antes dele, Bowen suportou uma terrível sensação de fracasso. Ele escreve: "Sou o ser mais inútil da igreja. Deus me fere e esmaga com desapontamentos. Ele me edifica, e então permite que eu caia de novo ao nada. Eu gostaria da companhia de Jó, e simpatizo com Elias. Todo o meu trabalho é em vão". Alguns leitores podem dizer, "Os grandes homens de Deus não deveriam usar uma linguagem dessas. Eles não deveriam nem ter esse tipo de sentimentos. Isso soa como medo e incredulidade". No entanto essa é a linguagem de muitos gigantes da fé, grandes homens e mulheres que consideramos exemplos fiéis. Todos eles tiveram o mesmo horrível sentimento de que "Não consegui chegar àquilo que Deus me chamou. Eu fracassei". Conheço o terrível som dessa linguagem em meu próprio coração. Você Ficaria Chocado que Jesus Experimentou Essa de Ter Realizado Pouco? Se Mesma Soubesse Sensação Em Isaías 49:4 lemos essas palavras: "Eu mesmo disse: debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças...". Note que essas não são palavras de Isaías, que foi chamado por Deus em idade matura. Não, elas são palavras do próprio Cristo, proferidas por Alguém que diz "O Senhor me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe...o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele" (49:1,5). Quando cheguei à essa passagem, a qual eu já havia lido muitas vezes antes, o meu coração se maravilhou. Eu mal podia acreditar no que estava lendo. As palavras de Jesus aqui quanto a "trabalho inútil" foi uma resposta ao Pai, que havia acabado de declarar "Tu és o meu servo... por quem hei de ser glorificado" (49:3). Lemos as surpreendentes palavras de Jesus respondendo no verso seguinte: "Debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças" (49:4). Após ler isso, me levantei em meu escritório e disse, "Que maravilha! Mal posso acreditar que Jesus fosse tão vulnerável, confessando ao Pai que estava experimentando aquilo que nós humanos enfrentamos. Em Sua humanidade, experimentou o mesmo desencorajamento, o mesmo desânimo, as mesmas feridas. Ele estava tendo os mesmos pensamentos que já tive em relação à minha própria vida: 'Não é isso que eu entendi estava me sendo prometido. Desperdicei o meu esforço. Foi tudo em vão"'. Ler aquelas palavras fizeram com que eu amasse Jesus ainda mais. Me conscientizei de que Hebreus 4:15 não é só um cliché: o nosso Salvador verdadeiramente é tocado pelo que sentimos em nossas enfermidades, e foi tentado em todas as maneiras como nós somos - contudo sem pecar. Ele conheceu essa mesma tentação de Satanás, e ouviu a mesma voz acusadora: "Você não cumpriu a missão. A tua vida é um fracasso. Você não tem o quê apresentar como resultado do trabalho". Qual foi exatamente a missão de Cristo? Segundo Isaías, foi trazer Israel de volta para Deus, tirar as tribos de Jacó da corrupção e da idolatria: tornar "a trazer os remanescentes ("os guardados") de Israel" (49:6). O historiador Josephus fala sobre a situação de Israel nos dias de Jesus: "A nação judaica havia se tornado tão má e corrupta no tempo de Cristo, que se os romanos não a houvesse destruído, Deus teria feito cair fogo dos céus, como no passado, para os consumir". Em resumo, Cristo foi enviado como judeu entre os judeus, para livrar o povo de Deus do poder do pecado, e libertar todos os cativos. Jesus testifica, "(O Senhor) fez-me como uma flecha polida, e me guardou na sua aljava" (49:2). O Pai O havia preparado desde a fundação do mundo. E o mandado dado a Cristo foi claro: "Fez a minha boca como uma espada aguda" (49:2). Jesus deveria pregar uma palavra como espada de dois gumes para penetrar no mais duro dos corações. Então Cristo veio ao mundo para cumprir a vontade de Deus e promover reavivamento em Israel. E fez exatamente como lhe foi ordenado, sem proferir sequer uma palavra e sem realizar um único ato senão o que Lhe foi orientado pelo Pai. Jesus ficou exatamente no centro da vontade de Deus, recebendo autoridade total e a mais poderosa das mensagens. Mas Israel O rejeitou: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (João 1:11). Pense nisso: Jesus pregou à uma geração que viu milagres incríveis olhos cegos se abrindo, surdos ouvindo, os aleijados podendo andar. Contudo os milagres de Cristo foram repudiados ou minimizados, e Suas palavras ignoradas, incapazes de penetrar o coração endurecido das pessoas. Em verdade, a pregação dEle só enfureceu as seitas religiosas. Os próprios seguidores decidiram que a Sua palavra era dura demais e se afastaram dEle (v. João 6:66). No fim, até os discípulos mais chegados, os doze escolhidos, O abandonaram. E a nação que Jesus veio para levar de volta ao Pai gritava: "Crucifica-O". Diante de qualquer olhar humano, Cristo falhou totalmente em Sua missão. O encontramos perto do fim do Seu ministério, junto a Jerusalém, lamentando a rejeição de Israel, chorando pelo Seu aparente fracasso em reuni-los, e com esperanças aparentemente frustradas. "Jerusalém, Jerusalém...Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta" (Mateus 23:37-38). Imagine a dor que Cristo deve ter sentido ao proferir tais palavras. Posso apenas especular, mas creio que esse foi o momento quando Jesus se lamentou, "Trabalhei em vão". Imagino Satanás cochichando a Ele nesse momento, "Essa é a casa que fostes chamado a salvar, e a deixastes desolada e deserta". Por um curto período, o Pai permitiu que Cristo experimentasse esse desespero humano da sensação de fracasso na vida: "Me entreguei inteiro, dei a minha força, o meu trabalho, a minha obediência. O quê mais eu poderia fazer para salvar esse povo? Todo o meu trabalho foi em vão". Ele sentiu o quê todo grande guerreiro de Deus ao longo das eras já experimentou: a tentação de se acusar de fracasso, quando um mandado claro de Deus parece não ter sido cumprido. Por Que Jesus, ou Qualquer Homem ou Mulher de Deus Haveria de Dizer Essas Palavras em Desespero: "Eu Trabalhei em Vão" ? Como poderia o próprio Filho de Deus fazer uma declaração destas? E por que gerações de crentes fiéis têm sido reduzidas à palavras tão enganosas? É tudo resultado de se comparar resultados pequenos com altas expectativas. Pode-se pensar: "Esta mensagem parece que se aplica só a ministros, ou àqueles chamados para realizar uma grande obra para Deus. Percebo que ela é dirigida a missionários ou a profetas da Bíblia. Mas o que ela tem a ver comigo?". A verdade é que todos nós somos chamados a um grande propósito em comum, e a um ministério: ou seja, sermos como Jesus. Somos chamados a crescer em Sua semelhança, a sermos transformados em Sua imagem. Você simplesmente não pode ser um cristão a menos que esse seja o seu chamado, esse seja o seu único alvo na vida: "Quero me tornar mais e mais como Cristo. Quero ser liberto de todo egoísmo, de toda ambição humana, de toda inveja, impaciência, ira, e da atitude de pensar mal dos outros. Quero ser tudo aquilo que Paulo diz que eu devo ser - para andar em fé e em amor. Senhor, o meu coração anseia ser como Tu". Que expectativas elevadas! E você tem todas as promessas de Deus para lhe sustentar. Você segura nas mãos a espada de dois gumes, e seu coração se propõe a ser como Jesus. Então você começa a agir para se tornar como Ele. Em pouco tempo, algumas mudanças maravilhosas começam a acontecer. Você fica mais paciente. Cada reação carnal que surge dentro de si, você rejeita, dizendo: "Isso não é ser igual a Jesus". A sua família, amigos, vizinhos e companheiros de trabalho percebem que você se torna melhor. Toda noite, você pode curtir a vitória daquele dia, e se parabeniza dizendo: "Consegui! Fui mais bondoso hoje. Hoje foi um dia bom, semelhante a Jesus". Há alguns meses atrás, escrevi uma mensagem entitulada "Chamados para a semelhança de Cristo". Nela digo que a semelhança com Cristo começa em sermos como Jesus junto àqueles que estão pertos de nós. Verdadeiramente creio nisso. Logo, se você é casado, essa pessoa mais perto é o seu cônjuge. Então me dispus a me tornar o esposo mais semelhante a Cristo que um homem pode ser. E trabalhei nisso, me esforçando para ser mais paciente, compreensivo e atencioso. Na primeira semana, batalhei para rejeitar toda e qualquer irritação. Fiquei o tempo todo recordando: "Jesus não iria fazer isso. Ele não iria dizer o quê quero dizer. Então não vou dizer. Vou ser como Ele". No fim da semana, perguntei à minha esposa Gwen, "Você tem visto mais de Jesus em mim?". Ela respondeu, "Sim, eu vejo". Fiquei encorajado. Eu pensei, "É isso aí. Finalmente, após todos estes anos, descobri o quê é preciso fazer para ficar mais como Jesus". Então a semana ruim chegou. Perdi a minha semelhança com Cristo pelo jeito a cada movimento. No fim da semana, perguntei a Gwen, "O quê você acha de mim agora?". Ela disse, "Mais parecido com Paulo". Eu gostaria de dizer que a cada dia, sob todos os aspectos, estou me tornando mais como Jesus. Mas a minha luta humana na carne para ser tal como Cristo simplesmente não funcionou. E o fato é que nunca funcionará. Eu continuo lutando com pensamentos, palavras e sentimentos diferentes dos de Cristo. A minha carne não possui a habilidade de lançar fora a carne. Tal trabalho é feito unicamente pelo Espírito Santo: "Se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis" (Romanos 8:13). Em resumo, render-se à obra do Espírito Santo é a única maneira de se tornar verdadeiramente como Cristo. É em meio à essa guerra contra a carne que muitas vezes caímos no engano. Somos tentados a pensar que fomos chamados, ungidos, e que aprendemos de mestres piedosos - e assim sendo, por que então continuamos a pensar em coisas da carne. Às vezes sucumbimos diante dos mesmos pensamentos que ressoaram ao longo das eras entre o povo de Deus: "Trabalhei em vão. Desperdicei o meu tempo e a minha força. Jamais vi acontecendo aquilo que Deus me prometeu. Não consegui realizar os planos e atos". Pergunte a Qualquer Jovem Que Esteja se Afastando de Cristo Por Que Esfriou com Ele Se você perguntasse a um jovem ou à uma jovem, "Por que você voltou ao que era antes?", encontrará a mesma mentira demoníaca plantada no coração deles: "Eu fiz o possível. Orei, li a Bíblia. Fui à igreja, e testemunhei para os meus amigos na escola. Me esforcei ao máximo para viver de modo reto. Mas nunca recebi o milagre que eu precisava. As minhas orações não eram respondidas, e não era liberto. Depois de tudo isso, acabei derrotado. Eu não conseguia tirar da minha cabeça a coisa de que não adiantava, que a minha carne não iria mudar nunca. E que era perda de tempo. Eu sentia que tudo que fizera fora em vão". E os pais e as mães retos, que tão diligentemente oraram pelos filhos que estavam esfriando? Deus lhes deu promessas e eles se agarraram à elas, clamando a Ele em fé. Mas o tempo passou e o filho nunca reagiu. E agora estes consagrados santos suportam a mesma terrível mentira: "Você falhou, trabalhou em vão. Perdeu tempo estes anos todos. Essa luta só serviu para te esgotar. Não adiantou nada". Muitos que lêem esta mensagem estão desanimados porquê não experimentaram a promessa que Deus lhes fez. Eles não invejam as bênçãos que o Senhor dá aos outros. Eles não se comparam com alguém que pareça estar desfrutando de um milagre. Não, no momento estão olhando para as suas próprias vidas. E estão comparando o que crêem Deus lhes prometeu com o quê parece estar acontecendo nesse momento. Para eles, suas vidas parecem um fracasso absoluto. Examinando o seu caminhar com toda a honestidade e sinceridade, eles parecem ver pouco progresso. Fizeram tudo que Deus lhes disse para fazer, sem jamais hesitar diante de Sua palavra e mandamentos. Mas o tempo passa, e eles vêem apenas o fracasso. E agora estão aniquilados, com o espírito ferido. Eles pensam, "Senhor, será que tudo foi em vão? Será que ouvi a voz errada? Será que fui enganado? Será que a minha missão terminou em ruínas?". Há Duas Coisas Com Essa Mensagem Que Eu Quero Colocar em Sua Mente Primeiro de tudo, você agora sabe a partir de Isaías 49 que o Senhor conhece a sua batalha. Ele a lutou antes de você. E não é pecado ter pensamentos assim, ou ver-se deslocado com um sentimento de fracasso diante de experiências que lhe despedaçam. Jesus mesmo experimentou isso e era sem pecado. Segundo, é muito perigoso permitir que essas mentiras do inferno infectem e incendeiem a sua alma. Jesus nos mostrou como sair desse desânimo com a seguinte declaração: "Debalde tenho trabalhado...todavia o meu direito está perante o Senhor, a minha recompensa, perante o meu Deus" (Isaías 49:4). Em hebraico a palavra direito aqui é "veredicto". Cristo está dizendo em verdade, "O veredicto final está com o meu Pai. Somente Ele julga tudo que fiz, e se fui eficiente ou não". Através dessa passagem Deus está reforçando o seguinte para nós: "Pare de emitir veredictos em relaçao ao teu trabalho para Mim. Não é da sua conta julgar se foi eficiente ou não. Você ainda não sabe o tipo de influência que teve. Você simplesmente não tem a visão para conhecer as bênçãos que lhe estão chegando". Na verdade, não conheceremos muitas destas coisas enquanto não estivermos diante dEle na eternidade. Em Isaías 49, Jesus ouve o Pai dizendo com todas as letras: "Sim, Israel ainda não foi reunido. Sim, eu lhe chamei para reunir as tribos, e isso não aconteceu do jeito que o imaginavas. Mas esse chamado é uma coisa pequena comparado com o quê lhe deverá vir. Não se compara com o que tenho preparado. Eu agora vou lhe tornar em luz para o mundo todo. Israel será finalmente reunido; essa promessa será cumprida. Mas tu te tornarás uma luz não apenas para os judeus, mas para os gentios. Tu trarás salvação para o mundo inteiro". "Israel não se deixou ajuntar; contudo aos olhos do Senhor serei glorificado, e o meu Deus será a minha força. Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra" (Isaías 49:5-6). Prezado santo, enquanto o Diabo está mentindo, dizendo que tudo que você fez foi em vão, que nunca verá cumpridas as suas expectativas, Deus em Sua glória está preparando uma bênção maior. Ele tem coisas melhores preparadas, acima de qualquer coisa que você possa imaginar ou pedir. Não devemos mais ouvir as mentiras do inimigo. Pelo contrário, devemos descansar no Espírito Santo, crendo que Ele cumprirá a obra de tornar-nos mais como Cristo. E devemos nos erguer da desesperação e nos sustentar sobre essa palavra: "Sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" (I Coríntios 15:58). Chegou a hora da abundância em seus trabalhos. O Senhor está lhe dizendo basicamente: "Esqueça e abandone essa 'idéia de fracasso'. Está na hora de voltar para a obra. Nada foi em vão! Há muita coisa chegando para ti - então pare com esse abatimento e alegre-se. EU não deixei você pra trás. Proverei abundâncias maiores do que você possa imaginar ou pedir!". --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 28 __________ A Reação do Cristão Diante das Calamidades - 28 de novembro de 2005 (A Christian's Response to Calamities) David de novembro de Wilkerson 2005 Um programa nacional de rádio que usa o telefone para diálogo com os ouvintes, passou duas horas recentemente concentrando-se no livro do Apocalipse. O locutor trouxe as seguintes perguntas no ar: "Você acha que todas essas recentes calamidades são o juízo de Deus pelos pecados do país? Você acha que o livro do Apocalipse está sendo cumprido? Você acha que estamos no fim dos tempos?". O surpreendente é que esse é um programa secular de rádio. E a maioria das ligações respondeu sim, eles achavam que a sociedade tinha se tornado tão corrupta e imoral, que Deus teria de intervir com atos. Os ouvintes estavam convencidos de que Deus está avisando a nossa sociedade por meio de todas essas recentes tempestades e calamidades. Por onde se vá parece que ouvimos conversas sobre o Apocalipse e profecias. As pessoas estão dizendo, "Definitivamente alguma coisa está acontecendo. Será que Deus está falando através de tudo isso? Será que essas calamidades significam que Ele esteja julgando as nações?". Pense nas inúmeras tragédias que têm ocorrido nos últimos anos: - O continente americano foi atacado pela primeira vez na história, com Nova York e Washington sendo os alvos do terrorismo. - Furacões maciços atingiram a Florida causando estragos de mais de 20 bilhões de dólares, e deixando multidões sem teto. - Tsunami atingindo a Ásia, matando centenas de milhares de pessoas, deixando milhões delas sem teto. - Os furacões Katrina e Rita destruíram uma das maiores cidades americanas, inundando Nova Orleans e causando incrível destruição ao longo da costa do Golfo, deixando milhares de pessoas sem casa. - Um terremoto intenso atingiu o Paquistão, registrando incríveis 7,6 na escala Richter. Foi o terremoto mais mortífero da idade moderna, matando mais de 70.000 pessoas, e mandando ondas de choque por toda a Índia. Meio milhão de pessoas foram deixadas sem recursos, e outro milhão ficou sem casa. - Organizações internacionais de saúde estão alertando quanto a uma pandemia gripal, de uma cepa letal de gripe aviaria. Se espalhou da China para o leste em direção à Rússia, Romênia e Turquia. Se houver mutação, poderia matar 2 milhões de pessoas só nos EUA, e incontáveis milhões pelo mundo. - A fome está irrompendo furiosamente no Zimbabue. O arquibispo católico da região informa que 200.000 pessoas podem morrer nos próximos quatro meses. Já há 700 pessoas morrendo por dia de AIDS, e 700.000 estão ao relento. - Enquanto escrevo isso, o furacão Wilma ja está espalhando destruição na península do Yucatan no México. Os especialistas do centro nacional de furacões dizem que os computadores, que os meteorologistas usam para avaliar a expansão das tempestades e sua direção, entraram em colapso total, tornando as previsões difíceis. - Em quarenta países em torno do mundo, células terroristas estão crescendo e ameaçando as nações que as rodeiam. Lembre-se, não são os cristãos que estão lançando essas previsões sombrias. Elas vêem de cientistas, economistas, especialistas e escritores seculares. Então, quero lhe perguntar: como cristão, o que você acha de todas estas coisas que estão vindo sobre a terra? Isso seria aquilo ao qual Jesus se referiu quando avisou, "haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que sobrevirão ao mundo"? Se Cremos que a Bíblia é a Eterna Palavra de Deus, Então Temos de Crer no Que Pedro Disse Se cremos que a Bíblia é a eterna palavra de Deus, então temos de crer no que Pedro disse: "Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo; e não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de ímpios; e, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente" (2 Pe. 2:4-6). Deus derramou fogo sobre Sodoma e Gomorra, destruindo estas cidades. E enviou o dilúvio para destruir a sociedade ímpia e vil dos dias de Noé. Realmente, têm ocorrido terremotos, fomes e pestes ao longo de toda a história. Ainda assim, me pergunto: será que todas estas coisas aconteciam com a mesma intensidade e repetição que vemos hoje? Por toda uma geração recente, tem havido muitos profetas avisando quanto a tais calamidades. O interesse aumentou tanto em relação a estes assuntos, que há alguns anos atrás vários livros populares sobre o arrebatamento e os últimos tempos se tornaram bestsellers internacionais. Mesmo assim, para muitas pessoas esse assunto é só mais uma história de horror. Nos últimos vinte e cinco anos, fui só uma pequena voz em meio a muitas que repetidamente alertaram quanto a um abalo mundial que viria. Mas acredito que a maior parte destas mensagens, incluindo as minhas, praticamente não provocou impacto algum na sociedade secular. Os crentes foram levados a orar e a se preparar, mas os pecadores parece que deram de ombros. Pense no seguinte: houve alguma menção a Deus na reação dos líderes mundiais diante destas calamidades? Nem pensar que alguém no Congresso chegasse a sugerir que o Senhor possa estar envolvido no abalo de todas as coisas; nem pensar que o Senhor possa estar dizendo algo quanto ao pecado de nossa sociedade. A despeito de todos os claros avisos e abalos, Deus foi deixado totalmente fora da equação. Os Ímpios Simplesmente Não Ouvem Na devastada cidade de Nova Orleans, o prefeito declarou que quer transformar as áreas inundadas em um sólido bairro semelhante a Las Vegas com gigantescos casinos, e palácios do prazer. Segundo informação recente, as comissões estão agora planejando um dos maiores Carnavais de todos os tempos na cidade. Estão convidando pessoas de todo o mundo a virem e a ajudarem a celebrar. Tenha certeza de que Nova Orleans voltará. E será mais ativa e pecaminosa do que nunca. Porém tudo isso está acontecendo a despeito das advertências e apelos dos vigilantes de Deus. Dou graças a Deus porque quando os crentes se juntaram nas áreas afetadas para ajudar os refugiados, um bom número de pessoas se voltou para o Senhor. Mas mesmo em meio a tragédia, a multidão secular se recusou a admitir a realidade de Deus e até mesmo a mencionar o Seu nome. No Apocalipse lemos de calamidades tão devastadoras que "os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles" (Apocalipse 9:6). Lemos de Deus derramando o "vinho da (Sua) cólera" (14:10), seguindo-se desastres ecológicos, calor abrasador, epidemias. Tudo isso depois de Deus já haver enviado vozes e trombetas de aviso. Vêm depois de Cristo se manifestar para avisar e despertar a Sua igreja. É incrível, mas a Bíblia diz que os "homens, aqueles que não foram mortos por estes flagelos, não se arrependeram...(não) deixando de adorar os demónios e os ídolos de ouro, de prata... nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos" (9:20-21). "Os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para lhe darem glória...os homens mordiam a língua por causa da dor que sentiam e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras" (16:9-11). Que passagens incríveis. As pessoas prefeririam morder a língua e amaldiçoar a Deus a se arrepender, mesmo quando tal convite lhes era disponível. Amado, se o mundo secular não é tocado por mensagens proféticas, então por que avisá-lo? Por que dizer ao ímpio, "Deus está falando através destas coisas"? Se, depois de todas estas devastações estarem vindo sobre a terra os pecadores ainda levantam os punhos contra Deus, por que falarmos? A Bíblia nos responde assim: "Certamente, o Senhor Deus não fará cousa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas" (Amós 3:7). Simplificando, Deus é fiel em avisar, essa é a Sua justiça e a Sua misericórdia. Ele pode usar cientistas e outras vozes seculares para lançar avisos, mas não importa os meios, os países e as pessoas ímpias devem ser alertados. Qual é a Mensagem da Igreja de Jesus Cristo Numa Hora Destas? Jesus disse que quando começássemos a ver tais coisas acontecendo, deveríamos olhar para o alto e nos alegrar, por nossa redenção estar próxima . Mas isso é bem diferente de se alegrar pelas calamidades. Se tudo que podemos dizer a um mundo pecaminoso for, "O fim está próximo, o juízo está começando, nós dissemos que isso iria ocorrer", então não estamos oferecendo a eles esperança alguma. Já vimos que com o aumento das calamidades, quando o mundo parece girar no caos, a desesperança cresce e os corações se tornam endurecidos. Se inexiste uma mensagem de esperança ou redenção, o pecador conclui: "Se isso é a ira de Deus, se isso é o fim e todos nós vamos para o inferno, então vamos partir para a bagunça e nos dopar". Há mais de trinta anos atrás, escrevi um livro profético chamado "A Visco", no qual previno quanto às dramáticas mudanças de clima que atacariam as nossas costas. Seriam calamidades tão fenomenais, que os especialistas diriam, "Isso está acima da compreensão. São tragédias de proporções bíblicas". Quando escrevi um livro sobre um futuro holocausto financeiro, busquei a Deus quanto à mensagem que me dera. Fiquei profundamente abatido pensando: "É só isso que existe? Só coisa negativa? Senhor, essa é realmente a palavra que Tu queres que eu traga? Será que vou passar a vida toda só avisando?". O Espírito Santo me fez uma promessa naquela ocasião. Ele colocou em meu coração, "Quando os abalos piorarem, quando vir tais coisas se sucedendo, você estará entre os que pregarão esperança. Enquanto os outros estarão preocupados e nervosos, Eu te ungirei com uma mensagem de misericórdia, graça e redenção. Num momento em que abunda a desesperança, a tua mensagem abundará com esperança". O que escrevo a você agora é uma destas mensagens prometidas. Quando Digo Que a Igreja Agora Precisa Pregar Esperança e Expectativa Santa, Não Estou Falando Só Sobre o Céu A mensagem de esperança à qual somos chamados a trazer não pode simplesmente ser uma tentativa de convencer os pecadores quanto às maravilhas do céu no porvir. Não lhes falamos do arrependimento só para que assim possam escapar do caos atual; e ir para o paraíso sem sofrimento. É claro que creio no céu. Na verdade, é um assunto sobre o qual amo pregar. Fico extasiado contemplando a ideia de estar no paraíso com Cristo pela eternidade. Mas se essa é a única esperança que pregamos ao pecador - ou seja, paz e repouso algum dia, fora deste mundo - ele terá uma reação mais ou menos assim: "Olhe, no momento não estou pensando em eternidade. Não estou preocupado com 'um dia no céu'. Quando você fala de Deus, me diz que em algum lugar, algum dia, vou ter alívio. Isso soa muito bem, mas no momento tenho de descobrir algo para me sustentar mais um dia. Estou apavorado, com uma crise atrás da outra. E estou precisando de esperança ou de um milagre, não amanhã mas hoje". No momento, o mundo está ansioso, perplexo, descontrolado e com medo. Então, como pregamos esperança aos que vivem em desespero? Honestamente, fiquei cansado de dizer, "Vou te mostrar do que o mundo está precisando", ou, "Eis o que a igreja precisa fazer". Estou muito velho para iniciar um movimento de "nova esperança", com aparições na TV, publicação de livros, e "convenções da esperança". Eu simplesmente não tenho mais respostas apropriadas. Penso em todos os livros e tapes de sermões que hoje circulam sobre como achar paz, sobre como superar o stress, sobre esperança. Tão poucos deles chegaram a ter impacto sobre o mundo secular. A única coisa que posso fazer é lhe contar como o Espírito Santo está tratando comigo. Estou Convencido de Que as Pessoas Perdem a Esperança Porque Perderam a Fé Por que as pessoas perderam a fé? É porque não conseguiram encontrar nenhuma prova dela no único lugar onde achavam que podiam encontra-la: na igreja de Jesus Cristo. Os pecadores chegam à igreja buscando alguém que persevere em meio às lutas e provações; que, quando tudo está afundando em torno, tenha uma fé sólida, ancorada. O mundo ouviu muitos sermões sobre fé na televisão e no rádio. Os não crentes ouviram as doutrinas da fé, até leram as doutrinas da fé que nós pastores publicamos. E ouviram cristãos e mais cristãos se jactando de possuírem fé. Mas para todos os lugares para onde olham agora, vêem exemplos de fé naufragando. Cristãos que no passado a sustentaram, agora estão desistindo da confiança em Deus em meio às dificuldades. Há pouco ouvi um noticiário dizendo, "Estamos vivendo numa sociedade nervosa". Os nova yorkinos estão nervosos com ataques de terrorismo nos metros. E milhões e milhões de pessoas estão preocupadas com toda essa agitação que as cerca. Então, onde as pessoas vão buscar esperança? Onde encontram exemplos de fé inabalável? O Espírito trouxe uma palavra clara a mim: "Você precisa ancorar tua fé, David. Determine em teu coração confiar em Deus em todas as coisas, em todo o tempo. Assegure-se que tua fé não oscile". "Determinar" nossa fé quer dizer "estabilizar, tornar inabalável, criar raízes, pôr pilares por baixo, dispor alicerces". As escrituras dizem que fazer isso está dentro de nossa capacidade. Tiago registra: "O que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa" (Tiago 1:6,7). Nessa passagem, o Senhor deixa toda a responsabilidade sobre o crente. Deus está dizendo basicamente: "Quando o mundo olha para o Meu povo nestes dias de medo e ansiedade, tem de ver fé. Enquanto tudo está sendo abalado, a fé é o que precisa-se manter sólida e inabalável. Então, você, crente, ancore a sua fé. Você, cristão, assuma uma postura rígida. E nunca desista desta posição". Estou convencido de que o mundo não precisa de mais sermões sobre fé. Eles precisam ver um sermão ilustrado: a vida de um homem ou de uma mulher que esteja vivendo sua fé diante do mundo. Precisam ver servos de Deus atravessando as mesmas calamidades que eles mesmos enfrentam, mas não são abalados por elas. Só então os pecadores estarão face a face com o testemunho poderoso da fé que não duvida. Davi descreve isso quando fala dos "que em ti confiam na presença dos filhos dos homens" (Salmo 31:19). Ele estava falando dos crentes cuja sólida fé e cujas vidas fiéis são raios de esperança aos das trevas. Quando Você Determinar Tua Fé Trazendo Toda a Carga e Provação a Cristo, Deixando Tudo Aos Seus Pés e Descansando em Fé, Você Será Seriamente Testado Uma vez, quando eu estava no processo de determinar uma fé persistente, quando verdadeiramente deixei minhas cargas sobre o Senhor, recebi um telefonema com notícias que me abalaram. Por um curto momento, uma onda de medo me invadiu. Mas o Espírito Santo suavemente me cochichou, "Mantenha a posição de tua fé, David. Não desista. Tenho tudo sob controle. Simplesmente fique firme. Você não deve nunca, jamais, abrir mão de tua postura de fé e confiança. Deixe tudo comigo". Nunca me esquecerei da paz que me atravessou naquele momento. E ao fim do dia, o meu coração ficou cheio de júbilo ao reconhecer, "Oh, Senhor, confiei em Ti. Não duvidei. Obrigado". No Salmo 78, lemos sobre Efraim, a maior tribo de Israel. Efraim era a tribo mais favorecida dentre todas: numerosa, poderosa, hábil no uso de armas, e bem equipada para a batalha. Mesmo assim, quando Efraim saiu para encontrar o inimigo, lemos isso: "Os filhos de Efraim, embora armados de arco, bateram em retirada no dia do combate" (Salmo 78:9). Essa forte tribo tinha marchado mais bem armada e poderosa que o inimigo. Mas por alguma razão, quando Efraim viu a oposição, a tribo desistiu e recuou. Eles haviam resolvido lutar e vencer, mas assim que ficaram cara a cara com sua crise, desistiram. Efraim nessa passagem representa os inúmeros crentes que foram abençoados e favorecidos pelo Senhor. Aprenderam muito, são equipados com um testemunho de fé e estão armados contra qualquer batalha que possa vir. Mas assim que o inimigo aparece e começa a ameaçá-los -- na hora que as lutas e os problemas vão se sucedendo e parecem muito grandes e impossíveis de se resolver -- eles recuam, desistem, e deixam a fé de lado. As escrituras dizem que Efraim questionou a fidelidade de Deus: "Falaram contra Deus, dizendo: Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto? Com efeito, feriu ele a rocha, e dela manaram águas, transbordaram caudais. Pode ele dar-nos pão também? Ou fornecer carne para o seu povo?" (Salmo 78:19-20). "Não creram nas suas maravilhas...nem foram fiéis à sua aliança" (78:32,37). Finalmente, eis o resultado: "(Eles) duvidaram do Santo de Israel" (78:41). A falta de fé e a covardia de Efraim abalaram as outras tribos de Israel. Imagine o efeito negativo quando os outros viram o que aconteceu: "Essas pessoas tão capacitadas não conseguiram aguentar. Se os que dizem vestir a armadura de Deus e empunhar a espada da Palavra de repente se quebram na hora dos problemas, que esperança temos nós?". Amado, não ousemos condenar Efraim, porque podemos ser mais culpados do que eles. Pense no seguinte: nós recebemos mais luz. Temos o exemplo deles para nos prevenir. Temos o Espírito Santo habitando em nós. E temos a Bíblia, a palavra de Deus inteiramente revelada, com maiores promessas. Quanto a mim sou culpado de um dos pecados de Efraim. No passado, eu avançava totalmente armado, determinando, "Dessa vez o meu coração vai estar preparado. E não vou ter medo. Não vou ouvir as dúvidas e os temores da carne. Não vou duvidar, e nem recuar. Não vou fazer cara feia, nem ter medo e nem ter prazer na auto comiseração". Ainda assim, tantas vezes, a incredulidade me roubou a vitória. Ainda hoje não posso me jactar. Tenho tanto ainda para aprender quanto a "determinar a minha fé". Mas experimentei o sabor da vitória que vem quando confio no Senhor em todas as coisas, quando de forma resoluta lanço todas as minhas cargas em Cristo e prossigo descansado. Em "Pela fé, (Hebreus 11:2) os antigos Hebreus obtiveram bom Lemos: testemunho" Em grego a palavra "obtiveram" aqui significa "testemunharam, se tornaram um testemunho". Os nossos ancestrais no Senhor tinham uma fé determinada, sem oscilação, ancorada, e ela se tornou um testemunho da fidelidade de Deus nos períodos difíceis. Primeiro, eles possuíam um testemunho interior de que Deus se agradava deles. Haviam confiado nEle nas inundações, nas zombarias, nas algemas, nas cadeias, torturas, combates, nas covas dos leões, no fogo. E após tudo isso, sabiam da alegria do Senhor lhes sorrindo e dizendo: "Muito bem! Você creu e confiou em Mim". "Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (Heb. 11:6). Toda vez que sustentamos nossa postura de fé em meio às dificuldades, temos a mesma afirmação do Espírito Santo: "Muito bem. Você é um testemunho de Deus". Quando posso descansar no meio das tempestades, quando lanço todo o peso sobre Cristo e sustento minha postura de fé, então obtenho "boa nota". E estou me tornando um farol de esperança aos que me cercam. Os que observam a minha vida em casa, no trabalho, e no quarteirão podem não reagir abertamente. Mas saberão que há esperança e redenção disponíveis a eles. Eles podem me olhar em minha hora de crise e dizer: "Há esperança! Ele é uma pessoa que não perdeu a fé em Deus. Há um batalhador que não desiste. Ele confia em Deus". --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Buscando a Face (Seeking the Face of God) Por 07 __________ de de Deus David novembro - 7 de novembro de 2005 de No Salmo 27, Davi suplica a Deus com urgente e ardente oração. Ele clama no verso 7, "Ouve, Senhor, a minha voz; eu clamo; compadece-te de mim e responde-me". Sua oração focaliza um desejo, uma ambição, algo que o estava consumindo totalmente: "Uma coisa peço ao Senhor e a buscarei" (27:4). Davi está testificando, "Tenho uma oração, Senhor, um pedido; é o meu único e mais importante objetivo na vida, é a minha oração constante - a única coisa que desejo. E buscarei isto de todo o meu coração. Isto me consome como objetivo contínuo". O que era esta coisa que Davi desejava acima de tudo - a coisa que ele fixou no coração como conquista? Ele nos diz: "Que eu posso habitar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a sua beleza, e para meditar no seu templo" (27:4). Não se engane: Davi não era um asceta, evitando o mundo lá fora; não era um eremita, procurando se esconder solitário em um lugar deserto. Não, Davi era um homem apaixonado pela ação. Era um grande guerreiro, com imensas multidões cantando suas vitórias em batalha. Era também apaixonado em sua oração e devoção, com um coração que anelava por Deus. E o Senhor o tinha abençoado com muitos desejos de seu coração. De fato, Davi experimentou tudo o que um homem gostaria de ter na vida. Ele conheceu riquezas e opulência, poder e autoridade. Havia recebido o respeito, louvores e adulação dos homens. Deus tinha lhe dado Jerusalém como capital do reino. E Davi era cercado por homens dedicados que estavam dispostos a morrer por ele. Mais do que tudo, Davi era um adorador. Era um homem de louvor que agradecia a Deus por todas as Suas bênçãos. Ele testifica dizendo: "O Senhor Deus tem me abençoado a cada dia". Ainda assim, ao mesmo tempo Davi era um homem de guerra. Ele encarou inimigos e problemas por toda a sua vida. Todo o inferno estava engajado em destruir este bom homem. Na realidade, Davi agora enfrentava um exército inteiro acampado ao seu redor, inimigos ímpios que tinham jurado "destruí-lo" (27:2). Mas Davi não estava com medo. No primeiríssimo verso deste Salmo, ele declara, "A quem temerei?" (v. 27:1). Ele estava confiante na graça e na misericórdia de Deus, e sabia que o Senhor lhe daria força: "O Senhor é a força da minha vida" (27:1) É claro que Davi continuaria como sempre, vivendo sua vida com paixão. Contudo, a despeito de todas as bênçãos que tinha experimentado, algo ainda estava faltando. Olhando para trás, Davi viu Wilkerson 2005 uma necessidade na alma que ainda não havia sido atendida. Toda a sua vida convergia para este único ponto, e ele clama a Deus sobre isto. Davi disse, em efeito, "Há um modo de vida que eu agora procuro " uma posição estabelecida no Senhor, pela qual minha alma anseia. Eu quero uma intimidade espiritual sem interrupções com o meu Deus". Isto é o que Davi quis dizer quando orou. "Que eu posso habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar sua beleza e meditar no seu templo" (27:4). Davi não estava falando aqui de deixar o trono a fim de morar fisicamente no templo de Deus. Não, seu coração anelava por algo que ele viu no espírito. Para Davi, tinha de haver algo mais do que o culto de adoração no dia de descanso. Ele sentia que havia algo do Senhor que ele ainda não tinha obtido, e não iria descansar até encontrar. Ele diz, em resumo, "Há uma beleza, uma glória, um entusiasmo em relação ao Senhor que eu ainda não vi em minha vida. Quero conhecer como é ter uma comunhão ininterrupta com o meu Deus. Eu conheci vitórias, fui livrado tantas vezes, vi Sua mão realizar milagres " ainda assim eu anseio por algo inabalável. Eu quero que a minha vida seja uma oração viva. Somente isto me satisfará pelo resto dos meus dias". Creio que Estava Enjoado do Ritualismo Religioso Sem Vida Davi Este piedoso homem estava cansado das cerimónias vazias, assistindo sacerdotes e adoradores em meio a formas de religião sem vida. Davi via nos rituais somente uma forma de religião, uma forma sem poder. Seu coração clama, "Está tudo errado. Esta é a razão pela qual o povo abandona a adoração e se volta para os ídolos. Não há beleza nisso, nenhuma paixão. Eu amo a casa de Deus, mas onde foi parar a vida? A lei é ainda ensinada, mas se tornou apenas conhecimento morto. Hoje em dia eu deixo o templo com a alma entristecida". Davi queria conhecer vida, a realidade existente atrás dos rituais religiosos. Quem era o cordeiro do sacrifício? Qual era a realidade por trás do incenso, dos candelabros? O coração de Davi ansiava saber, e ele tomou uma decisão: "Chega não posso continuar assim. Simplesmente não estou satisfeito. Eu não vou gastar o resto da vida com esses meus desejos espirituais sem ser atendidos. De agora em diante, tenho um objetivo, um alvo na vida. Eu vou habitar na presença do Senhor e inquiri-Lo até obter o que o meu coração deseja". Eu acredito que há milhões de bons cristãos hoje que amam o Senhor, mas percebem que há algo faltando em suas vidas. Uma grande multidão de leitores escreve que suas igrejas estão vazias de vida. "Os sermões de nossos pastores são tão mortos. Ele prega algo que tirou de algum livro, não da busca ao Senhor. Eu termino me questionando após cada culto. "Acabei de sair da igreja. Por que minha alma sente-se vazia?". Davi não foi aos seus pastores, Abiatar e Zadoque, para falar sobre o problema. Ainda assim ele não abandonou a igreja. De fato, ele nunca parou de ir à casa de Deus. Em lugar disso, determinou, "Se a casa de Deus é uma casa de oração e se a igreja está onde a Sua presença é manifesta então eu farei de minha sala de oração um tabernáculo. Resolvi em meu coração procurar a Sua beleza até que eu consiga conhecê-Lo. Vou prender meus olhos nEle até eu ver algo que me atraia a ponto de eu saber que me satisfará até ao fim". Então Davi foi para a sua própria casa e orou, "Ouve, Senhor, a minha voz; eu clamo; compadece-te de mim e responde-me" (Salmo 27:7). Em outras palavras: "Senhor, eu quero ter um relacionamento ininterrupto contigo. Por favor, o que preciso para alcançar o meu desejo?". Deus respondeu com estas simples palavras: "Buscai a minha presença" (27:8). Como Davi respondeu a isto? Ele replicou, "Senhor, quando disseste, "Buscai a minha presença", o meu coração reagiu dando saltos". "Meu coração disse para ti. Buscarei, pois, Senhor, a tua presença." (27:8). O Que Significa Buscar a Presença de Deus? A presença de Deus é à Sua semelhança, o Seu reflexo. Respondendo como fez, o Senhor revelou a Davi como satisfazer seus desejos: refletindo Deus na sua própria vida. Ele estava instruindo Davi, "Aprenda de Mim. Busque a Minha palavra e ore por entendimento através do Espírito, então você poderá ser como Eu. Quero que a tua vida reflita a Minha beleza para o mundo". Isto não era meramente um chamado à oração; Davi já orava sete vezes por dia. De fato, foram as orações de Davi que criaram nele esta paixão em conhecer o Senhor. Não, este chamado de Deus era para ter fome de um estilo de vida que refletisse totalmente quem é Jesus. Veja, no Calvário, Deus assumiu um rosto humano. Jesus veio à terra como homem, Deus encarnado. E fez isso para que pudesse sentir a nossa dor, ser tentado e provado como nós somos, e nos mostrar o Pai. As escrituras chamam Jesus de a expressão exata (isto é, a exata semelhança) de Deus. Ele é a mesma essência e substância de Deus Pai (v. Hebreus 1:3), o mesmo "entalhe". Resumindo, Ele É "tal como" o Pai em todos os sentidos. Ainda até hoje, Jesus Cristo é a face, ou a própria semelhança de Deus na terra. E por causa dEle, nós temos ininterrupta comunhão com o Pai. Através da cruz, temos o privilégio de "ver a Sua face", de tocá-Lo. Nós podemos até viver como Ele, testificando, "Nada faço senão o que vejo e ouço do Senhor". Hoje, quando Deus diz, "Busque a Minha presença", Suas palavras têm mais implicações do que em qualquer outro período da história. Por que? Porque a questão que está sendo perguntada pela multidão hoje é, "Qual Jesus?". Cristo alertou que muitos impostores viriam se apresentando como Ele. E estes falsos cristos apareceriam exatamente antes da Sua vinda, no fim do mundo. Os discípulos de Jesus haviam lhe perguntado, "Que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?". E Ele lhes respondeu: "Virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos" (Mateus 24:3-5). Jesus então dá a eles instruções claras: "Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis" (24:23). Não acredito que Jesus esteja falando de pessoas perturbadas com técnicas brancas e barbas desgrenhadas, clamando, "Eu sou o Filho de Deus". Não, Ele está descrevendo ministros enganadores que pregam um evangelho diferente e um cristo diferente. Paulo adverte quanto a homens que "pregam um outro Jesus, que nós não temos pregado... outro evangelho" (2 Coríntios 11:4). Dá mesma forma, Jesus advertiu, "surgirão falsos cristos e falsos profetas... para enganar, se possível, os próprios eleitos" (Marcos 13:22). Estas palavras de Jesus sempre me intrigaram. Eu me perguntava, "Como seria possível os eleitos serem enganados por alguém que ostente ser Cristo? Tal pessoa seria dispensada como piada". Mas Jesus e Paulo não estão falando somente de pessoas que declaram ter poderes divinos. Estão se referindo também a conceitos que invocam a semelhança de Cristo, inclusive novos "Movimentos de Jesus". Isto acontece quando as pessoas dizem, "Aqui está a presença de Jesus. Ele é assim. Descobrimos o verdadeiro Cristo - então vamos lhe mostrar como Ele é". Tais movimentos serão conduzidos não por malucos, mas por pessoas instruídas que conhecem como alcançar as multidões. Tais mestres bem relacionados abandonam a autoridade da escrituras, e não acreditam mais no poder da oração. Antes, posam como anjos de luz para introduzir conceitos novos e "iluminados" que dizem refletir Jesus. Eles irão atrair especialmente os jovens, que estão enfadados com a religiosidade morta que têm experimentado na igreja. Paulo nos adverte de forma clara sobre tais ministros, que terão a mente "corrompida..." e se apartarão "da simplicidade e pureza devidas a Cristo...falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo" (2 Coríntios 11:3,13). Há um Novo Movimento Hoje Chamado "Igreja Emergente" Este novo movimento se diz estar "repensando a cristandade". Ele começou há cerca de 10 anos atrás com um pequeno grupo de crentes desiludidos com o movimento "amigável com os pecadores" das megaigrejas. Um jornalista chama este movimento de "mega combustão completa", montado por jovens cansados do evangelho superficial da auto realização. Uma pesquisa do grupo Barna descobriu que de 10 a 12 milhões de cristãos "nascidos de novo" pararam de ir às igrejas nos Estados Unidos, muitos vindos da geração baby boom. Eles dizem que buscavam e procuravam uma igreja que lhes concedesse um abrigo da cultura dos iPods, TéVês, Xboxes, competição e grandeza. Mas dizem que a igreja os enganou. Não era de jeito algum abrigo para o mundo, mas era como uma Disney World, com skatistas, ligas esportivas, cafés, sala de jogos " tudo aquilo de que estavam tentando fugir. Um escritor declara, "Nos disseram que todas estas coisas na igreja tinham a intenção de "atrair os que buscam." Mas perguntamos, "Atraí-los para o quê?" Nós buscamos nas escrituras, e nada encontramos nestas igrejas que se pareça com a igreja do livro de Atos". A verdade é que a maioria dos que buscam são os que genuinamente "buscam a face de Cristo". Eles procuram em todo lugar por uma igreja onde a presença de Jesus " o Cristo da palavra de Deus " seja sentida. Buscam pastores cuja única ambição é ser como Cristo e que vivam como Jesus, não homens astutos que ofereçam um evangelho misturado. Eles querem uma igreja fundamentada na realidade " não conferências sobre como alcançar seu potencial, mas mensagens convincentes vindas do coração de Deus, que exponham o pecado e quebrem seu poder sobre as vidas. Muitos dos que se desiludiram estão agora se movendo para o movimento da igreja emergente. Um jornal caracterizou o movimento desta forma: "Muitas igrejas emergentes entrelaçam elementos de diferentes tradições religiosas, especialmente Catolicismo e Ortodoxia oriental. Algumas estão renovando práticas místicas medievais como o "caminhando pelo labirinto". É uma abordagem do tipo "você-mesmo-escolhe", "misture-ecombine-como-quiser" que enfatiza trabalho comunitário e justiça social. O inferno é rejeitado "porque faz Deus parecer um torturador". Tais igrejas usam imagens, velas, incenso e outras coisas na adoração. Muitas destas igrejas se conectam através de blogs na Internet, e o movimento está fazendo incursões nas denominações já estabelecidas. A reivindicação em comum delas é: "Estamos tentando nos reconectar a Jesus " ao Jesus radical". "Queremos colocar uma face mais humana em Cristo". "Vamos conversar e tentar compreender Jesus juntos". Não! Eles estão colocando suas próprias faces em Cristo, e não é o Cristo das escrituras. Toda a teologia, todos os conceitos de Jesus são negociáveis para eles. Eles encorajam "empregar a imaginação sobre o que Jesus estava dizendo". Um de seus principais porta-vozes declara, "A clareza é boa, mas às vezes a intriga (o mistério) pode ser até mais preciosa". Pense no que está sendo dito. Clareza é o fundamento do cristianismo bíblico. Nada pode ser mais claro do que a revelação de Paulo sobre o verdadeiro Cristo das escrituras. Ele admoesta: "Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema...". "Se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema... Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo" (Gálatas 1: 612). Pense agora no que a igreja emergente está dizendo quando valoriza a intriga acima da clareza. "Intriga" significa "trama secreta, dissimulada", ou "esforço obscuro para despertar interesse". Paulo chama isto de perversão do evangelho de Cristo. Somente a revelação de Jesus revelada nas escrituras é aceitável a Deus. E Paulo adverte sem incertezas: "Não importa se um anjo do céu pregue um novo evangelho " é um evangelho falso, vindo diretamente do inferno. Seja anátema quem prega este evangelho". Tenho também uma solene advertência para todo jovem pastor e toda pessoa que busca a verdade surfando na Internet, ou folheia paginas de livrarias. Você verá livros, artigos e blogs sobre novos modelos de cristianismo que são muito articulados, muito bem escritos, muito bem apresentados. Mas cuidado: o gancho usado é Jesus e é um outro Jesus. A não ser que você conheça o Cristo da palavra de Deus, você será enganado. Em mais de 50 anos de ministério, tenho visto todo tipo possível de onda ou de vento de doutrina falsa. Eles sempre juntam seguidores, e em poucos anos desaparecem, deixando a fé de muitos arruinada. E tudo isso antes do advento da internet. Agora uma doutrina de demónios pode se propagar pela terra em algumas horas. O movimento da igreja emergente não se ira. Ele continuará se desenvolvendo em diferentes formas, até que tudo o que Jesus profetizou aconteça. O que me entristece é que milhares de ministros serão transformados por estas "vozes instruídas". Muitos serão enganados e começarão a pregar um Jesus de sua própria imaginação, porque desistiram de buscar Deus e tiveram sua atenção chamada por novas teologias de radicalismo. No lugar da palavra de Deus, irão pregar um Jesus radical que é contra a guerra, que derrubara o "stablishment", que irá acabar com a pobreza. Qualquer um que lê os evangelhos sabe o que Jesus já falou sobre todos os problemas humanos. Sim, nosso Salvador amou os pobres e ordenou sua igreja a cuidar das viúvas e dos órfãos. Devemos espelhar o amor de Deus para o mundo através de nossas próprias vidas de sacrifício e consagração. Mas a igreja emergente tem coberto este espelho com uma lona. Ela diz que podemos pintar Jesus com qualquer rosto que vier à nossa imaginação. Isso é um ataque direto à divindade de Cristo, tencionando trazêLo para nada mais do que um nível humano. Eu vejo isto como o último ataque do inimigo contra a igreja antes da volta de Jesus. Qual é a Resposta de Deus a Tudo Isto? O que faremos sendo nós apaixonados por aquele Cristo manchado de sangue no calvário? Deus nos dá a mesma resposta que deu a Davi, quando este piedoso homem se viu cercado por um bando de idólatras: "Busque a minha presença". Este deve ser o nosso único e consumidor desejo na vida. Nossa única missão é estar em contínua, ininterrupta comunhão com o Cristo da glória " buscar e indagar em Sua palavra quanto à beleza de Jesus, até que O conheçamos e Ele se torne a nossa satisfação plena. E fazemos tudo isto com um único propósito: que possamos ser como Ele! Que nos tornemos Sua expressão exata, tal que os que buscam o verdadeiro Cristo O vejam em nós. Todo o evangelismo, toda a colheita de almas, todo o trabalho de missões será em vão, a menos que contemplemos a face de Jesus e sejamos continuamente transformados em Sua imagem. Nenhuma alma poderá ser tocada exceto por tais cristãos. E Jesus nos chamou para refletir Sua presença a um mundo perdido, que está confuso sobre quem Ele é. Enquanto estava estudando recentemente, eu clamei, "Oh, olhe o que estão fazendo com o nosso precioso Senhor Jesus". Mas o Espírito sussurrou para mim, "Não se preocupe. Você sabe como isto tudo vai acabar. Os céus serão abertos, e o Rei dos reis e Senhor dos senhores aparecerá em um cavalo branco. Ele virá para governar com o cetro de ferro; alcançará todo falso profeta, e destruirá com a Sua espada tudo que for do anticristo". Todo joelho se dobrará naquele dia, quando contemplarmos a Sua face! --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 17 Nem Todo Sofrimento é Uma Prova (A Diferença Entre Ser Provado e Treinado) 17 de outubro de 2005 (Not Every Trial is a Test) David de outubro de __________ Deus não se deleita com as provações de Seus filhos. A Bíblia diz que Cristo é compassivo conosco em todas as nossas provas, sendo tocado pelos sentimentos de nossas enfermidades. Em Apocalipse 2:9 Ele diz à igreja, "Conheço a tua tribulação, a tua pobreza...". Ele está dizendo essencialmente, "Sei o que você está atravessando. Você pode não entender, mas estou sabendo de tudo". É essencial que compreendamos esta verdade, porque o Senhor efetivamente testa e prova o Seu povo. As escrituras dizem, "Tu, ó Deus, nos provaste; tu nos afinaste como se afina a prata" (Salmo 66:10). "Vossa fé ... é provada pelo fogo" (1 Pedro 1:7). "O Senhor prova o justo" (Salmos 11:5). De fato, todo aquele que segue a Jesus enfrentará aflições. O salmista escreve, "Muitas são as aflições do justo" (Salmo 34:19). Paulo revela ter "Muita tribulação e angústia do coração ... com muitas lágrimas" (2 Coríntios 2:4). E Hebreus descreve os santos que são, "desamparados, afligidos e maltratados", "suportando grande combate de aflições" (Hebreus 11:37, 10:32). O fato é que a Bíblia fala muito sobre o sofrimento, tribulações e problemas na vida dos crentes. De acordo com o salmista, "A minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura" (Salmos 88:3). Igualmente Davi diz suportar, "muitos males e angústias" (71:20). Não vejo um único seguidor de Jesus que não tenha suportado todas estas coisas mencionadas nas escrituras: provações, tribulações, problemas, aflições, angústia. Sei que posso dizer com Davi, "Tenho suportado muita dor, grandes problemas e provações". E sei que muitos outros que estão Wilkerson 2005 lendo esta mensagem podem dizer, "Esse é o resumo de minha vida neste momento. Estou enfrentando provas e aflições angustiantes". Por esta razão, todo cristão deve saber e aceitar que Deus tem um propósito em todo o nosso sofrimento. Nenhuma prova entra em nossas vidas sem a Sua permissão. E um dos propósitos de Deus por trás de nossas provações é produzir em nós uma fé inabalável. Pedro escreve, "Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo" (1 Pedro 1:7). Pedro chama a estas experiências "prova(s) de fogo" (4:12). Paulo testifica ser afligido com provações já na fase de término da carreira - havendo vencido a prova da fé. Ele escreve "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" (2 Timóteo 4:7). Naturalmente, Paulo sabia que ainda tinha muito por fazer. Havia grandes provas e sofrimentos pela frente. Porém podia honestamente dizer: "Eu posso não ter compreendido Cristo como queria e nem ter sido aperfeiçoado. Mas quando se trata de fé, e confiando em Deus em meio à toda provação, sei em quem tenho crido e estou convencido. Quando o inimigo vem como inundação, sei que o Senhor levantará uma bandeira contra ele. E tenho aprendido tudo isto na fornalha da aflição". Compartilho este testemunho com Paulo. Pela graça de Deus, o Espírito Santo tem me permitido atravessar inúmeras provas em anos recentes, sendo a mais difícil o falecimento de nossa neta de doze anos, Tiffany. O Senhor deu força e fé em meio àquela dolorosa provação, e saí da mesma dizendo, "Sei em quem tenho crido e sei que Ele tem um plano. Deus não permitiria este tipo de profunda dor sobre mim ou minha família sem um propósito por trás de tudo. Oh, Senhor, entrego-Te isto pela fé". Pense em sua própria provação ou no sofrimento presente. Tem tido dúvida, temor ou raiva ao suportá-lo? Tem acusado Deus de pôr muita carga sobre você, de colocar-lhe à prova desnecessariamente? Está a ponto de se dar por vencido, pensando, "Tenho sido fiel ao orar, ler a Bíblia, ir à igreja, porém nada funciona"? Ou ainda pode olhar para o céu e dizer, "Eu sei que o Senhor é bom. E vou confiar nEle em meio a isto. Não viverei em dúvida, Ele vai me tirar dessa - para a Sua glória". Se isto o descreve, então sua fé suportou o fogo. Porém se não, tenho que lhe perguntar: quantas provas e aflições mais você suportará antes de poder dizer, "Minha fé prevaleceu"? Uma Prova Nem Sempre é o Propósito de Deus por Trás do Nosso Sofrimento A verdade é que nem tudo que sofremos é prova de fé. Freqüentemente, o Senhor está atrás de algo mais quando estamos na fornalha da aflição. De fato, quanto mais próximo você caminha com Cristo, e quanto mais profundas são as provas, mais Ele está agindo em você para promover algo diferente de fé. Porém, não interprete mal: sempre que nossa fé vacila, provas de fé virão. Nunca estaremos completamente acima desses testes. Mas eis outro propósito de Deus neles: o Pai está preparando uma noiva para o Seu Filho. E quer mais de nós em nossas provações, do que uma fé maior. Esta noiva será provada grandemente, e seu amor pelo Noivo passará pelo fogo. Sua confiança nEle será refinada através do fogo, dilúvios e aflições. No entanto, estas dores não são para testar o amor dela e sua devoção. Ao contrário, são para refinar um amor que já está totalmente comprometido. Eu explico. Acredito que muitos dos que estão lendo esta mensagem estejam totalmente comprometidos com Cristo. Jesus é o grande amor de suas vidas e a fé nEle está prosperando. Certamente, ainda há momentos quando essa confiança é testada. Entretanto, Deus está procurando outra coisa em você, algo mais. A preparação que o Senhor faz da noiva requer que Ele realize uma obra sobrenatural em você. Esta noiva - a eleita amada de Jesus - deve ser consumida pelo desejo ardente de estar com seu Noivo. Deve ficar livre de todas as outras atrações. Deve ficar obcecada pelo desejo de estar sempre em Sua presença corporal. Paulo se refere a este desejo ardente quando escreve sobre o seu próprio desejo de "deixar o corpo e habitar com o Senhor" (2 Coríntios 5:8). "Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (Filipenses 1:21). Isto não era fixação mórbida por morte da parte de Paulo. O apóstolo claramente vivia uma vida plena e útil. Mas disse, "Algo em mim anseia estar com o Senhor, onde Ele está. Anseio estar com Ele face a face". Para fazer tal reivindicação, Paulo teria que estar completamente desacostumado deste mundo e suas atrações. Neste momento, Deus está preparando um novo mundo - um novo céu e uma nova terra - para o Seu povo. E esta nova criação englobará uma Nova Jerusalém, incluindo um lar para a noiva de Cristo. Isaías viu este novo mundo que Deus está criando, e o panorama deve tê-lo deixado sem ação. Deus diz através deste profeta, "Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das cousas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria, e para o seu povo regozijo" (Isaías 65:17-18). Deus está dando aqui uma poderosa declaração à noiva de Cristo. Na realidade, está dizendo, "No meio da provação que você vive nesse instante, fixe esta verdade em tua mente: o mundo presente não é o teu lar. Tudo o que você vê passará - a terra, a lua, o sol e as estrelas. Estou criando um novo mundo, onde não há incêndios, inundações, demônios, sofrimentos nem aflições". Percebe a mensagem? Suas lutas vão acabar, e os problemas passarão. Portanto fixe os olhos em Cristo, e ponha o seu afeto em passar a eternidade com Ele no novo mundo. De acordo com Jesus, o mundo no qual lutamos agora com toda dor e tristeza, não será lembrado quando esse dia chegar; ele nem entrará em nossas mentes! (ver 65:17). Amado, isto me diz que o sofrimento que muitos estão suportando agora não é prova - é treinamento, ensino. Estamos sendo preparados para um mundo onde não haverá mais dor. E esse mundo vai ser povoado com novos corpos. Paulo nos diz que o corpo que baixa à sepultura não é o mesmo que sairá de lá. Teremos um novo corpo, um corpo com o DNA do próprio Cristo. Abraão é um exemplo de alguém focalizado no mundo por vir. A Bíblia diz dele, "Pela fé, habitou... como (estrangeiro) em terra alheia... porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus" (Hebreus 11 :9-10). Abraão passou por uma grande prova de fé quando em obediência a Deus, ofereceu seu filho Isaque como sacrifício. No entanto, mais que sua fé provada, Abraão tinha perdido o interesse por esta terra - um fato comprovado quando ofereceu seu filho. Ele tinha fé que havia um propósito maior do que ele podia ver. Eis um homem que verdadeiramente estava no mundo, mas não fazia parte dele, vendo sua cidadania em um outro mundo. Agora considere o que Hebreus diz de Cristo "(Ele)...sofreu fora da porta" (13:12). Jesus sofreu como estrangeiro - sempre fora da religião formal, fora da sociedade aceita. No entanto, Cristo também estava "fora" no sentido de não ter lugar aqui na terra, nem sequer para reclinar a cabeça. Em tudo que Jesus fez, sempre olhou para o céu. Como o nosso Salvador, e como o nosso antepassado Abraão, "Não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir" (13:14). Vivemos e trabalhamos nesta terra, porém somos estrangeiros aqui; nossa verdadeira pátria está na Nova Jerusalém. Portanto, Hebreus urge, "Saiamos, pois, a ele, fora do arraial, levando seu vitupério" (13:13). Enquanto não estivermos também "fora" do arraial - fora das cobiças e materialismos deste mundo - não estaremos onde nosso Noivo está. Vivo numa casa boa e dirijo um bom carro. Porém continuamente vigio para que as coisas materiais não tomem as rédeas do meu coração. O fato é que você pode ter uma fé poderosa e, todavia não desejar ardentemente a Cristo. "Ainda que eu tenha tamanha fé a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei" (1 Coríntios 13:3). Tristemente, quando olho ao redor, vejo multidões de crentes que têm fé vencedora, porém não têm um desejo veemente de estar com Cristo. Em vez disso, têm os olhos fixos nas coisas deste mundo e em como obtê-las. Acho que tais pessoas não querem ouvir a respeito de como se fixar no céu ou afastar-se desse mundo. Para elas, tal mensagem significa uma interrupção da "boa vida" que desfrutam aqui. Graças a Deus, que Ele tem uma maneira maravilhosa de nos empurrar para fora da porta. Ele nos diz, em essência, "Se vou te entregar o Meu Filho em matrimônio, não pode haver outra atração em tua vida. Quero estar seguro de que não estás cobiçando algo ou alguém que não seja Cristo. O teu sonho mais excitante, o que atrai mais fundo no teu coração, tem que ser o desejo de estar com Cristo". Amado, isto explica muitos dos profundos sofrimentos de retos santos que andam em fé. Pense: como Deus tirou os filhos de Israel do Egito? Ele tinha que colocá-los numa fornalha do sofrimento, para levá-los a ponto de gritarem: "Basta! Não quero mais ficar aqui". Então, quando chegou o momento de Deus dizer "Vão," estavam preparados para desarraigar-se e moverem-se para a Sua Terra Prometida. Que Deus ajude a nos desengajarmos do espírito materialista destes tempos, e a transferir todo nosso afeto à Nova Jerusalém. Isaías Profetizou que o Mundo que Deus é um Lugar de Louvor Onde os Habitantes se Regozijam Estava Criando "Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria, e para o seu povo regozijo" (Isaías 65:18). A palavra hebraica para "crio" neste versículo significa "trago à existência". Vê o que Isaías está dizendo? Deus está criando não só um novo mundo, mas também um povo especial. Está trazendo à existência uma noiva que não apenas foi apartada deste mundo, mas aprendeu a regozijar-se em meio ao sofrimento. O fato é que os nossos sofrimentos presentes constituem-se numa escola de adoração. E todas as maneiras pelas quais estamos aprendendo a louvar a Jesus, especialmente em nossos sofrimentos, são treinamentos para aquele glorioso dia. Que quer dizer isto para os cristãos que vivem com medo e preocupação constantes? Esses que vivem como se Deus estivesse morto, como podem eles repentinamente, saber como - por meio do louvor enfrentar a provação? É muito importante como reagimos em nossa tribulação presente. Quando Israel esteve em sua hora de grande sofrimento, perdeu a esperança. Decidiram que não podiam agüentar mais, então simplesmente sentaram-se no pó. Cá estava o povo de Deus, com promessas sólidas como rocha; no entanto sentaram-se ali com uma corrente ao redor do pescoço. Igualmente hoje, alguns cristãos desistem neste ponto. Eles não abandonam a fé, porém deixam de seguir a Jesus de todo coração, pensando "Não agüento viver sob tanta pressão. Parece que quanto mais me aproximo de Cristo, mais sofro". Perguntam-se como Paulo podia dizer: "Me regozijo nos meus sofrimentos" (Colossenses 1:23-24). Eis aqui exatamente porque Paulo podia fazer tal afirmação: ele havia sido arrebatado ao céu, e viu a glória que nos aguarda. Devido ao que viu, Paulo pôde abraçar suas lutas e aflições nesta vida, aprendendo a louvar a Deus em cada experiência difícil. Estava determinado a aprender a ter alegria de coração não importando a situação, e começou a praticar o louvor em preparação para o mundo por vir. "Se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8:17-18). À luz da glória que espera Paulo, o que é a prova em comparação à ela? Igualmente, ele quer que desviemos os olhos do sofrimento presente e os fixemos no que virá, e isso mudará tudo. Um minuto dentro de nossa nova habitação, diz Paulo, e não nos recordaremos do que veio antes. A idéia dele é começar a louvar agora, regozijando-nos pelo gozo que nos espera. "Portanto, ofereçamos sempre, por ele (Jesus), a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" (Hebreus 13:15). Aos Escolhidos Deus Diz: "Eis que te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição" (Isaías 48:10). O povo a quem Isaías ofereceu sua visão de um mundo novo acabara de suportar a ira de um inimigo furioso. Agora estavam enrolados na tribulação, atados pelo temor e pelo cansaço. Pensavam que Deus os havia abandonado, e tinham medo do futuro que os aguardava. Assim, que palavra Deus enviou para eles? A mesma palavra que concede ao Seu povo hoje: "Despertem-se! Vocês não estão arruinados como pensam. O Senhor, sua força, ainda está com vocês. Então, levantem-se do pó do desalento, e assentem-se nos lugares celestiais que lhes prometi. Vocês não perderam sua retidão, portanto vistam-se com suas roupagens. Sacudam-se, falem consigo mesmos, dêem-se um sermão. E digam à carne e ao Diabo, 'Sou mais que vencedor por meio daquele que me salvou.'" (Isaías 52:1-3, parafraseado). Considere o poderoso exemplo dos três jovens hebreus a quem o rei Nabucodonosor atirou dentro da fornalha de fogo. Estes homens não estavam sendo provados por sua fé; na verdade, foi a sua fé que os pôs ali. O Senhor claramente estava atrás de outra coisa. Pense nisso: os pagãos babilônios não foram influenciados por suas orações ou pregações. Não ficaram impressionados por sua sabedoria ou conhecimento, nem por suas vidas santas. Não, o impacto em Babilônia veio quando o povo olhou para dentro da fornalha e viu estes três homens regozijando-se e louvando a Deus em sua hora mais difícil. Jesus apareceu naquela fornalha, e creio que Suas primeiras palavras aos jovens hebreus foram, "Irmãos, levantem-se agora, pois suas amarras foram afrouxadas. Deixem que este governo pagão e sua gente ímpia vejam vosso regozijo e o vosso louvor a Deus em sua hora de aflição". Os rapazes fizeram justamente isso, e as escrituras dizem que Nabucodonosor ficou "espantado" com o que via. Levantou-se apressadamente, clamando: "O que se passa aqui? Lançamos nós três homens dentro do fogo, porém, vejo quatro e não estão mais atados! Vejam, eles estão cantando e louvando a esse quarto homem". Esse é o impacto que nossos louvores trazem durante nossas lutas. Então - como você tem reagido nas horas de aflição? Você está bebendo da taça do tremor, sentindo-se débil, sem poder para resistir ao inimigo? É hora de sacudir as amarras pesadas e levantar mãos santas em louvor ao seu Redentor. Você está livre, não importa qual seja a prova - então se alegre e se regozije, sabendo que o quarto homem está na fornalha consigo. Cristo se revelará em seu sofrimento, e o fogo queimará todas essas cordas que lhe atam. Muito provavelmente você não está sendo provado mas treinado! --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Andando no (Walking in the Spirit) Por 4 __________ de Espírito - 4 David julho de julho de 2005 de "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gálatas 5:25). Aqui está uma instrução muito simples vinda do apóstolo Paulo. Ele está nos dizendo em termos simples: "Se o Espírito Santo está vivendo em você, deixe que Ele tenha o controle total sobre a sua vida. Todos devemos ser guiados pelo Espírito". O Espírito Santo foi enviado para ser o nosso guia constante e infalível, e Ele habita todos os que confessam Cristo como Senhor e Salvador. O Espírito reivindica nossos corpos como Sua moradia, reinando e habitando nossos corações. A maioria dos cristãos não tem problema em aceitar que o Espírito Santo nos guia a Jesus. E não temos problema algum em crer que o Espírito está continuamente operando em nós, a cada momento. Muitos de nós já apelamos a Ele incontáveis vezes em busca de consolação em nossos momentos de crises. Damos honra ao Espírito, pregamos sobre Ele, ensinamos sobre os Seus dons e frutos. Oramos para Ele, O buscamos, suplicamos que Ele rasgue os céus e reavive Sua igreja. E muitos cristãos têm experimentado genuínas manifestações do Espírito. Mas me parece que conhecemos muito pouco sobre o que significa andar no Espírito. Se eu lhe perguntasse o que significa andar no Espírito, você poderia descrever o que é? Você poderia explicar claramente a qualquer um que lhe perguntasse? Compreender a verdade sobre andar no Espírito poderia livrar muitos da confusão, de contendas, da angústia, da indecisão, inclusive dos desejos da carne. Então, o que é a verdade? Paulo resumiu-a claramente: "Andemos também no Espírito" (Gálatas 5:25). Carne vs. Espírito Há somente duas formas de um cristão andar: na carne, ou no Espírito. A carne tem sua própria vontade teimosa, e age conforme lhe convém. Faz tudo que escolhe fazer, e então pede que Deus abençoe essas escolhas. Ela chega e diz, "O Senhor me deu juízo perfeito, e posso fazer escolhas inteligentes. Não tenho de esperar nEle por orientação. 'Faça a sua parte e eu te ajudarei'". Mas andar no Espírito é justamente o oposto. Rendemos a nossa vontade ao Espírito Santo, e confiamos em Sua voz tranqüila e suave para nos dirigir em todas as coisas. De fato, o Espírito Santo foi enviado para instalar o completo governo de Cristo em nossas vidas. A Bíblia nos diz, "O Senhor firma os passos do homem bom" (Salmos 37:23), e o Espírito faz este ordenamento. Ele deseja guiar e dirigir cada mover nosso. Wilkerson 2005 Submissão ao Espírito Santo Simplificando, devemos andar em total submissão ao Espírito Santo, assim como Cristo andou em constante e absoluta submissão ao Pai. Jesus testificou, "O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho semelhantemente o faz" (João 5:19). "Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou" (5:30). "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim à vontade daquele que me enviou... eu vivo pelo Pai" (6:38, 57). Como seria possível achar que não temos de depender do Pai em todas as coisas, quando Cristo mesmo disse que Ele o fazia? Como enamorados por Jesus e seguidores dEle, deveríamos ousar pensar que conseguiríamos fazer o que o nosso Salvador e Senhor não fez? Jesus esperava no Pai, sempre buscando ter a mente de Deus. Se formos honestos, iremos admitir que o céu é freqüentemente o último lugar que buscamos quando buscamos orientação. Na maioria das vezes, corremos atrás de conselheiros, ou gastamos horas no telefone com amigos, buscando conselhos: "O que você acha? Será que é uma boa idéia fazer deste jeito? Você acha que eu devo fazer isto?". É triste dizer, mas recorremos ao Espírito Santo como última opção, se é que chegamos a tanto. Um Sinal da Presença de Deus Em Números 9, lemos de uma nuvem que veio e cobriu o tabernáculo no deserto. Esta nuvem representava a constante presença de Deus sobre o Seu povo. E para nós hoje, a nuvem apresenta-se como um tipo da operação do Espírito Santo em nossas vidas. De noite, a nuvem sobre o tabernáculo no deserto se tornava uma coluna de fogo, um brilhar de calor em meio às trevas: "Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo" (Números 9:16). Os filhos de Israel sempre seguiam esta nuvem sobrenatural, segundo os dirigisse. Quando ela se levantava de sobre o tabernáculo, as pessoas arrancavam as estacas e a seguiam. E onde a nuvem parava, o povo também parava e levantava suas tendas. Eles se moviam ou paravam de acordo com este claro direcionamento dela. "Segundo o mandado do Senhor, os filhos de Israel partiam e, segundo o mandado do Senhor, se acampavam; por todo o tempo em que a nuvem pairava sobre o tabernáculo, permaneciam acampados. Quando a nuvem se detinha muitos dias sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel cumpriam a ordem do Senhor e não partiam" (9:18-19). Os israelitas eram cuidadosos em se mover apenas se a nuvem se movesse, porque sabiam que isto era provisão de Deus para direção. Ela poderia se mover todo dia, ou toda semana, e então não se mover por meses. Mesmo assim, dia ou noite, o povo sempre se movia conforme ela os direcionava. "Se a nuvem se detinha sobre o tabernáculo por dois dias, ou um mês, ou por mais tempo, enquanto pairava sobre ele, os filhos de Israel permaneciam acampados e não se punham em marcha; mas, erguendo-se ela, partiam. Segundo o mandado do Senhor, se acampavam e, segundo o mandado do Senhor, se punham em marcha; cumpriam o seu dever para com o Senhor" (9:22-23). O Sinal no Novo Testamento Aquela nuvem no tempo do Velho Testamento foi, enfim elevada ao céu. Mas outra nuvem desceu do céu séculos depois, no Cenáculo em Jerusalém. O Espírito Santo - o mesmo Espírito que tinha pairado sobre o tabernáculo do deserto - veio e pairou sobre cerca de 120 adoradores que tinham se reunido em um Cenáculo após a morte de Jesus. Esta nuvem desceu ainda mais dentro daquela sala onde eles estavam assentados, e pousou sobre suas cabeças repartindo línguas como de fogo. A palavra grega para "repartir" significa "totalmente distribuído". Em resumo, esta nuvem de fogo foi repartida e pousou em cada pessoa no Cenáculo. Então as chamas possuíram o corpo das pessoas. Naquele ponto, os seguidores de Jesus estavam "no Espírito", com o Espírito Santo vivendo neles. Mas uma coisa é ter o Espírito habitando em você, outra coisa é estar vivendo inteiramente em total submissão ao Espírito. Você pode ser cheio com o Espírito Santo, mas isto não significa que você está andando em obediência à Sua liderança e permitindo ser governado por Ele. Aplicação Prática para Hoje Nós que amamos Jesus hoje também temos uma nuvem para seguir. Nós podemos ser cheios com o Espírito Santo - orando e cantando no Espírito, ou experimentando manifestações do Espírito - mas nós ainda devemos nos comprometer a executar as ordens dEle. Se nós não esperamos por sua direção em todas as coisas, nós simplesmente não estamos andando no Espírito. As instruções de Paulo fazem esta distinção de forma clara: "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gálatas 5:25). Pedi ao Senhor que me abrisse o significado desta frase de Paulo, "andemos também no Espírito". Ao abordar este assunto, orei, "Senhor, faça isto ficar claro e compreensível para mim". Eis como acredito que o Espírito me respondeu: a chave de ouro para compreender nosso andar no Espírito não é complicada. Não requer nenhum curso teológico. De fato, é tão simples que muitos de nós não conseguimos ver. Logo, se formos capazes de compreender esta verdade única, poderemos ingressar numa vida livre da angústia, plena de orientação garantida, e marcada por um descanso perfeito. O Espírito me impressionou com estas três palavras simples: "Apenas diga sim!". Apenas Diga Sim! Tão logo esta frase reluziu em minha consciência, eu repliquei, "Senhor, isso é realmente simples. Mas o quê significa?". Isso nos leva de volta para o versículo que Paulo escreveu aos Gálatas. O apóstolo ousadamente declara, "Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio" (2 Coríntios1:20). De acordo com Paulo, o andar no Espírito começa quando damos um confiante e teimoso "sim divino" para todas as promessas de Deus. Isto significa ter a confiança inabalável de que Deus irá cumprir todas as promessas que há em Seu livro para nós. Diz, "Pai, eu tenho lido Tuas promessas, e digo sim à cada uma delas. Eu creio na Tua palavra para mim". Considere a admoestação de Tiago: "Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa" (Tiago 1:6-7). Agora nós sabemos o que é um "sim divino". Então, o que Paulo quis dizer com "Amém" no mesmo verso? A palavra significa, literalmente, "Que assim seja. Você pode confiar nisto". No contexto da passagem, "Amém" quer dizer, "Eu creio na Tua palavra para mim, Senhor. Que assim seja em minha vida". As Promessas de Deus Avalie estas promessas que Deus tem feito para nós, e veja se a sua resposta para elas e "Sim e Amém". 1. O Senhor lhe confirmou, lhe selou, lhe encheu e ungiu com o Seu Espírito Santo. "Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo, nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração" (2 Coríntios 1:21-22). Você não pode andar no Espírito até que creia que está cheio do Espírito. E a verdade é, o Espírito Santo está conosco o tempo todo, mesmo quando caímos no pecado. Na verdade, precisamos dEle tanto quando erramos quanto quando fazemos o certo. Eu lhe pergunto: são as promessas nesta passagem um resolvido "sim e amém" para você? Não há a possibilidade de um "talvez" em sua mente? Se todas as promessas do Senhor são sim e amém, então elas devem ser assim em nossas vidas. Precisamos determinar e definir: "Sim, o Espírito Santo vive em mim. Eu sou o Seu templo santo. Portanto, não importa como eu posso me sentir no dia-a-dia. O Santo Espírito veio sobre mim, encheu-me e ungiu-me". 2. Jesus prometeu que o Espírito Santo habitaria "convosco para sempre, a saber, o Espírito da verdade... esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito" (João 14:16-17,26). Em resumo, o Espírito enche a nossas mentes com a verdade e nos guia por essa verdade. Então, você tem dado um divino "sim" para estas promessas? Você é capaz de dizer, "Amém, Senhor, que assim seja em minha vida"? 3. Jesus prometeu que o Espírito seria a voz interior para nos guiar, para glorificar Cristo em nós, e para nos mostrar coisas que estariam para vir. "Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade... e vos anunciará as coisas vindouras" (16:13). Você aindahesita quanto à uma tão grande promessa poder ser verdadeira? Será que lhe parece ser bom demais que o Espírito queira dirigi-lo em cada passo da sua vida? Ou você pode dizer, "Sim, Senhor, que assim seja"? 4. Deus prometeu proporcionar direção a você em todos os seus caminhos. "Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" (Provérbios 3:6). Você tem aceitado Sua direção para as suas idas e vindas - literalmente, cada passo na sua semana, no seu dia, e neste momento? Você está inteiramente comprometido à forma de caminhar? Isto é sim e amém para você? Protegido Pelo Espírito Você pode se perguntar como eu: "Alguma proteção em relação à esta minha caminhada? Como eu posso ter certeza de estar ouvindo a voz do Espírito, e não outra?". Primeiramente, o Espírito Santo não pode - e não irá - governar qualquer crente que não esteja totalmente submisso à Sua vontade. O Espírito fala para aqueles que estão preparados para obedecer a Sua voz. E outra coisa preocupou-me enquanto eu estava cuidando deste vasto tema sobre andar no Espírito. Se este andar envolve total confiança em ouvir Sua voz e ser guiado por ela, como podemos estar protegidos contra sermos enganados? Como podemos saber se estamos ouvindo a voz do Espírito, e não a nossa própria, ou a do Diabo? Estou convencido de que multidões de cristãos têm desenvolvido dúvidas sobre ouvir o Espírito devido à más experiências no passado. Eles questionam-se, "Como posso saber se desta vez é o Espírito que está falando comigo? Eu pensei que O tinha ouvido claramente da última vez, mas acabou não sendo Ele de forma alguma. Eu me senti sendo enganado". Outros acabaram desviando-se devido às bizarras farsas destes que saem dizendo, "Deus falou comigo". Este importante assunto requer de nós outro poderoso "Amém" para crer nas promessas de proteção de Deus. A Promessa de Deus em Favor de Nossa Proteção Paulo aponta que tal confiança demanda um ato de fé: "Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno" (Efésios 6:16). Esta é uma promessa vinda do Senhor de que Ele irá nos escudar contra o engano e o erro. A voz de Satanás constantemente grita todo o tipo de acusação contra nós. E a única maneira de impedir estes dardos inflamados é nos voltarmos para a promessa que Deus nos deu: que nenhuma arma forjada contra nós prosperará. As armas de Satanás incluem condenação e mentiras, e o Espírito Santo é fiel para expor todas elas a nós. A voz do inimigo lhe encoraja a agir impulsivamente, sem verificar a palavra de Deus. Mas cada palavra do Espírito será confirmada pela Bíblia. Então vejamos a respeito da voz da nossa carne. Como o inimigo de nossas almas, a carne clama por ser ouvida. Está sempre insistindo em afirmar que está tudo bem satisfazer os seus desejos de vez em quando, que tudo de que precisamos é um amigo para concordar conosco, e Deus irá abençoar nossas decisões. Mas o Senhor nos concede outra grande e preciosa promessa aqui. As escrituras dizem que o Espírito luta dentro de nós contra tudo que é da carne: "Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si" (Gálatas 5:17). Paulo está dizendo que a batalha contra a carne não é para ser travada por nós. Somente o Espírito Santo pode mortificar a nossa carne. A voz do Espírito Santo irá encorajar você a levar a Sua palavra em oração, e a confirmá-la na palavra de Deus. A nós foram dadas todas estas promessas de proteção, para toda e qualquer situação. E elas nos estão disponíveis a cada conflito que aparecer, não importando quão pequeno ou grande. A qualquer hora que a carne ou o Diabo vierem como enchente, o Espírito Santo é sempre fiel a elevar-se e esmagar o ataque, se nós confiarmos nEle. Uma Geração Sem Confiança Hoje, toda uma geração de cristãos está tomando decisões sem consultar o Espírito Santo. Muitos crentes estão agindo com medo e desespero, sem fé nas promessas de Deus. Eles simplesmente decidem o que fazer por conta própria, baseados no que pensam ser o melhor. Qual é a conseqüência para tais crentes? O que acontece quando os servos de Deus operam fora do completo governo do Espírito Santo - quando planejam seus próprios planos, recusando render-se à liderança e direção do Espírito Santo? Eles agitam um enxame de abelhas espiritual, trazendo não descanso, mas sofrimento, dor e confusão. A Voz Mansa e Suave Houve muitas vezes em que não escutei a voz do Espírito. De fato, eu poderia escrever um livro sobre todas as vezes que eu decidi fazer a minha própria vontade, seguindo minha própria direção, e as coisas acabaram terrivelmente mal. Apesar disso, tenho aprendido ao longo dos anos a ouvir a voz mansa e suave do Espírito. E me decidi a dizer "sim e amém" para o Seu absoluto governo na minha vida. Sei que Ele me guiará à toda verdade, que me guiará para onde queira que eu vá, e irá me mostrar coisas que virão as quais deseja que eu conheça. Sim, eu posso testificar que tal vida é possível. E, assim como Ele me ensinou, eu apenas digo sim. Você também? --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 15 __________ Ele Não Esmagará a Cana Quebrada - 15 de junho de 2005 (He Will Not Break a Bruised Reed) David de junho de "Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios. Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade, promulgará o seu direito. Não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o direito; e as terras do mar aguardarão a sua doutrina" (Isaías 42:1-4). Essa passagem trata de Jesus. O Espírito Santo se move sobre o profeta Isaías para trazer a revelação de como seria Cristo quando viesse. E as palavras iniciais de Isaías aqui, "Eis aqui", sinaliza aos leitores: "Preparese para uma nova revelação sobre o Messias". A imagem que entra em foco nestes quatro versículos é clara: Cristo não viria para forçar as pessoas a ouvirem-nO. Não viria com altos ruídos ou clamores. Viria como um Senhor terno e amoroso. Vemos o cumprimento da profecia de Isaías em Mateus 12. Os fariseus tinham acabado de promover um concílio planejando como poderiam matar Jesus, tudo porque Ele havia curado um homem de mão ressequida no sábado. Mateus conta que "Jesus, sabendo disto, afastou-se" (12:15). Cristo não reagiu com raiva. Não O vemos se zangando com os que planejavam Sua morte. Ele não era como os discípulos, que queriam invocar fogo sobre os oponentes, mesmo Cristo podendo fazer isso. Ele poderia ter convocado uma legião de anjos para tratar com os inimigos. Mas Jesus não estava disposto a se vingar. Foi esse espírito terno, diz Mateus, que revela o cumprimento da profecia de Isaías: "Não contenderá, nem gritará, nem alguém ouvirá nas praças a sua voz" (Mateus 12:19). Isaías estava dizendo basicamente, "O Salvador não virá para forçar alguém a entrar em Seu reino. Não virá como uma personalidade barulhenta, exaltada, dominadora. Não, Sua voz será ouvida mansa, suave – no homem interior". Wilkerson 2005 Então, o que Jesus fez após ter se afastado silenciosamente de Jerusalém? Mateus diz que Ele imediatamente saiu da cidade e continuou a curar todos que se agrupavam em torno dEle: "Muitos o seguiram, e a todos ele curou" (12:15). Pesquisando os registros dos evangelhos, vemos que é marcante o número de vezes que Jesus operou milagres mas instruiu as pessoas assim: "Não conte isso para ninguém. Isso não pode espalhar". Após curar dois cegos, Cristo diz a eles para guardarem o segredo para si próprios: "Jesus...os advertiu severamente, dizendo: Acautelai-vos de que ninguém o saiba" (9:30). Após ter alimentado uma multidão de 5.000 pessoas, e de as pessoas tentarem forçá-Lo a ser rei, "Retirou-se novamente, sozinho, para o monte" (Jo. 6:14-15). Veja, Jesus não queria que as pessoas O seguissem devido aos milagres. Ele queria a devoção delas por Suas palavras haverem capturado seus corações. Ele queria que a humanidade toda, incluindo cada uma das futuras gerações, soubesse que Ele veio ao mundo não como juiz, mas como Salvador: "Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele" (Jo. 3:17). Avalie Agora a Ternura de Jesus em Duas Áreas: Em Relação ao Nosso País e a Um Mundo de Pecado, E Em Relação ao Seu Próprio Povo Ouço hoje uma pergunta feita por muitos crentes: "Por que Deus não levou o nosso país à condenação? Por que não trata conosco segundo os nossos pecados? Ele deu 120 anos de advertências à geração de Noé, mas após isso Ele disse: 'Chega', e trouxe o dilúvio. Deus tem sofrido os pecados desse país já por muito tempo, então por que não vemos Seu justo julgamento sobre nós?". Amo esse país, e por nada quero ver a condenação final de Deus sobre nossa nação. Eu de longe preferiria desfrutar da longanimidade do Senhor. Não quero ver lágrimas nos olhos de meus filhos e netos por tudo que virá sobre uma sociedade como a nossa. Mas, como muitos cristãos, estou totalmente surpreso pelo julgamento de Deus ter sido adiado. Efetivamente creio que estamos vendo inícios de condenação. Vejo terríveis calamidades tendo lugar no mundo como avisos. Ainda assim, pelo fato de a economia de nosso país ainda não haver entrado em colapso, e por ter sido capaz de funcionar como funciona, parecemos desmoronar de crise em crise, mas recebendo chance ou oportunidade após oportunidade. Estou convencido de que há apenas uma resposta à essa perplexidade: é devido ao carinho e à longanimidade de nosso Salvador. Vemos prova na profecia de Isaías: "Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega" (Isaías 42:3). O nosso país se tornou um país de canas quebradas! A cana é uma haste alta, ou uma planta com caule oco, geralmente encontrada em área alagadiça ou junto a manancial de água. É uma planta flexível, então pode se dobrar facilmente quando atacada por ventos altos ou água corrente. Mas a cana só se dobra até um certo ponto, após o qual finalmente se quebra e é levada pela correnteza. Como uma cana em clima tranqüilo, os Estados Unidos no passado se mantinham orgulhosos e elevados, plenos de propósitos e promessas. A sociedade toda honrava Deus, e a Bíblia se mantinha como o padrão das nossas leis e de nosso sistema judicial. Até mesmo no meu tempo, os livros de escola consistiam de lições e histórias da Bíblia. Jesus era entendido como o Filho de Deus, Aquele que concedia favores e incontáveis bênçãos ao nosso país. Contudo, em nossa prosperidade, nos tornamos como o antigo Israel, orgulhosos e ingratos. E caímos muito em pouco tempo. Deus foi afastado dos nossos tribunais de justiça, de nossas escolas; Seu nome zombado e ridicularizado. Em Nova York, um professor pode pôr uma cópia do Alcorão ou mesmo a revista Playboy sobre a mesa, mas se trouxer uma Bíblia para a classe, poderá perder o emprego. A nossa sociedade perdeu inteiramente seu referencial moral. Como resultado, esse país que no passado se destacava, agora se mostra inválido, como uma cana quebrada. Até o americano mais endurecido e ímpio de hoje sabe que esse país se torna mais corrupto à cada hora. Todos sabem que estamos fazendo hora extra em termos de tempo a mais que nos foi concedido. Quanto tempo ainda irá durar um império que mata seus recém nascidos...onde pais estupram as próprias filhas, mães molestam os filhos, o abuso de crianças se torna uma desgraça nacional...onde policiais cometem suicídio devido ao medo e ao desespero (onde oito deles morreram recentemente, só em Nova York)...onde tantos adolescentes se barbarizam... onde tudo que reflita Deus e Cristo não só é ignorado, como também é vítima de cruel zombaria? Quanto tempo pode continuar durando violência, assassinato, assédio? Se recebêssemos o que merecemos, os Estados Unidos já estariam reduzidos à ruínas, devastados pela anarquia. Mas Isaías diz que nosso amoroso Senhor não esmagaria a cana quebrada. E mesmo estando o nosso país derrubado em total confusão, dobrado e quebrado por nossos tantos pecados, nós ainda não fomos esmagados. Em Sua ternura, o nosso Senhor ainda não deixou que isso acontecesse. O Próprio Jesus Nasceu Dentro de Uma Sociedade Quebrada Quando Jesus veio ao mundo, Israel vivia sob o opressivo governo de Roma. Os judeus suportavam terríveis cargas de impostos e das leis romanas. Enquanto isso, sacerdotes vorazes se aproveitavam financeiramente das viúvas e órfãos. Os humildes eram zombados e ridicularizados, e o povo ficava cego pela corrupção. É por isso tudo que muitos profetas disseram que Cristo viria em uma hora de escuridão, trazendo grande luz. Jesus veio à uma sociedade possuída pela hipocrisia e pelo pecado desenfreado. Contemplando a situação do país, Ele chora sobre Jerusalém, profetizando que a casa de Israel seria desolada. Ainda assim Ele deu à essa sociedade mais setenta anos de pregação do evangelho. E seriam anos cheios de testemunhas ungidas pelo Espírito andando pelas ruas, operando milagres, pregando esperança e arrependimento, e entregando um poderoso chamado para o reino. Jesus simplesmente não esmagaria a vara quebrada, na qual Israel se tornara. No momento atual, eis o retrato do nosso país: uma sociedade totalmente quebrada em sua moralidade. Somos também uma nação com depressão, distúrbios, com pessoas vivendo em temor e em agonia mental. Há mais psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e conselheiros do que nunca, contudo não conseguem atender todos que pedem pelo menos uma só hora de ajuda. Até mesmo na igreja isso é real: os conselheiros cristãos por todo lado estão sobrecarregados pela pressão das pessoas buscando auxílio em seus problemas. As nossas crianças estão sendo quebradas por famílias que se destroçam, pelo abuso, por assédio. Os adolescentes sendo quebrados pela imoralidade, pelo materialismo, pelo desligamento. Satanás lançou um dilúvio do mal sobre a terra, e deixou no rastro um povo arqueado e quebrado. Boa parte da própria igreja tem esse mesmo espírito quebrado. Lendo cartas e mais cartas, vejo cristãos morrendo em mega-igrejas onde não se prega mais sobre o pecado e a justiça. Eles sentem-se perdidos, e se perguntam: "Onde posso achar adoração verdadeira? Aqui não há um senso da presença de Cristo. Não há quebrantamento". Os pastores também escrevem: "Irmão David, eu me desviei". O jornal New York Times há pouco trouxe uma história sobre uma igreja Pentecostal de 10.000 membros cuja mensagem é, "Estamos aqui para lhe deixar feliz". Mas é uma mensagem que traz falsa esperança e só alívio temporário. "Nem apagará a (cana) torcida que fumega" (Isaías 42:3). Em algum lugar desse país, Deus vê pavios ardendo lentamente. São pavios que no passado estavam em chamas e fervor por Seus propósitos e interesses. Mas agora mal fumegam. Será Que ao Olhar para o Nosso Deus Vê Só Uma Pequena Fagulha de Devoção Restando ? País, Será que ainda há um povo que se lembra do Senhor, e esteja disposto a se colocar em favor do Seu nome? Haveria ainda um pequeno remanescente que lutará para reacender a chama da justiça de Deus? O Senhor diz: "Se Eu vir um pavio queimando lentamente não o apagarei. A chama pode estar ausente, sem aparência de fogo, mas se Eu ainda vir cinzas brilhando, não permitirei que cessem. Enquanto ouvir até mesmo um débil clamor da parte de servos fiéis em alguma parte, não permitirei que a cana quebrada seja esmagada". Deus ainda não desistiu de nós. Mas o fato é: vivemos num tempo de terna misericórdia. Vejo isso por todos os lugares por onde viajo, especialmente na Europa. Esse continente é muito mais secular que os Estados Unidos - uma terra que por escolha própria se tornou totalmente herege. Caminhando pelas ruas em alguns países, você sente um espírito do anticristo, uma arrogância contra Deus. A Suécia é agora um dos países de maior afluxo na Europa, e quanto mais rica fica, mais apóstata se torna. Ao mesmo tempo, a igreja evangélica lá corre o perigo de se tornar apática em seu caminhar com Cristo. A Irlanda, um país que durante décadas sofreu com uma pobreza atroz, agora está se tornando mais próspera. Porém o clima espiritual lá também é de apatia, com o secularismo se infiltrando. A impressão é a de que a atitude na Europa é, "E daí se vier o juízo? Deixe isso pra lá; comamos, bebamos e vamos curtir". Inexiste senso de urgência, de necessidade de Deus. Creio que nesse momento o Senhor está trazendo uma clara mensagem para o mundo todo. Ele tem poder para deter qualquer ataque terrorista na hora que quiser; Ele pode simplesmente proferir uma palavra, e anjos anulariam todo o poder do mal. Porém escolheu enviar ou permitir calamidades internacionais, e todas sinalizam que estamos dentro de Seu tempo de terna misericórdia. Entenda o Carinho do Senhor Por Seu Povo Vimos o que Jesus fez quando saiu de Jerusalém: "Muitos o seguiram, e a todos ele curou" (Mateus 12:15). Nesse curto versículo, vemos o cumprimento da profecia de Isaías, "Não esmagará a cana quebrada" (Isaías 42:3). A palavra "quebrada" tem inúmeras definições. Significa machucada, moída, triturada por mágoas, amassada devido à expectativas não realizadas. Em meu espírito, sinto que há muitos dentre o povo de Deus que necessitam de uma palavra quanto às ternas misericórdias de nosso Salvador, pois eles próprios se transformaram em canas quebradas. Toda semana, cristãos sinceros e consagrados vão à igreja para elevarem suas vozes e suas mãos em adoração ao Senhor. Contudo muitas destas mesmas pessoas foram profundamente quebradas, e estão à beira da ruptura. O fogo em seus corações chegou a um declínio tamanho, que a única coisa que lhes sobra é uma mínima fumaça. Um casal muito dedicado e que há pouco voltou do campo missionário me escreveu, relatando o quanto foram quebrados. Anos atrás, eles deixaram tudo que tinham para passar sete anos no exterior, ministrando e entregandose inteiros. Quando retornaram, nada tinham, tendo deixado toda sua substância na terra à qual foram chamados. Agora, procurando emprego, todas as portas lhes foram fechadas. Tanto o marido quanto a mulher eram formados, e muito competentes. Toda vez que enviavam seus currículos eram colocados nas alturas. Mas mesmo sendo tão talentosos, eram rejeitados sempre, acabando como segunda ou terceira escolha. Finalmente, uma companhia cristã chamou o marido para entrevista, à uma função para a qual estava bem qualificado. A companhia ficou adulandoo o dia todo, e garantiram que a vaga era dele. Mas uma vez mais, o emprego foi para outra pessoa. O casal está agora com o coração e o espírito tremendamente quebrados. E se perguntam: "Fielmente entregamos nossas vidas para o campo missionário. Nada há em nosso viver que poderia entrar em controvérsia com Deus. Temos orado, e crido. Então, por que chegamos a esse ponto?". Se você quer ver um exemplo bíblico de alguém profundamente quebrado em corpo e espírito, veja o profeta Elias. Esse homem chegou a um ponto de ruptura integral. Elias conhecia Deus e havia ouvido a Sua voz como poucos o fizeram. Suas orações abriam e fechavam os céus. Possuía tanta autoridade espiritual que destemidamente se confrontou com 400 sacerdotes idólatras de Baal, e os matou com as mãos. Estava tão cheio do Espírito de Deus que foi mais rápido do que uma carruagem por cerca de trinta quilômetros. Porém, após todas estas façanhas, Elias é informado que a rainha Jezabel o persegue para matá-lo. O medo cai sobre o poderoso profeta, e a próxima vez que o vemos, ele está assentado em exaustão sob um arbusto de zimbro, afundado e sem coragem. O poderoso profeta de Deus havia sido quebrado mental e fisicamente. Elias deve ter pensado, "Por que isso está acontecendo comigo? Por todos estes anos a mão de Deus esteve sobre mim, e O vi operando milagre após milagre. Mas agora estou nessa situação desesperadora, e sendo provado além da minha capacidade humana". O mesmo homem, que no passado se levantava contra os poderes do inferno e invocava o fogo de Deus, agora chora em angústia: "Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais" (I Reis 19:4). Elias explode, gritando: "Deus, não agüento mais". Algumas Pessoas Em Baixo do Desgastados Demais Para Orar Estão Zimbro Nesse de Momento Elias, Talvez você tenha chegado a esse ponto de quebradura, a um momento definitivo de ruptura. Você tem vivido como servo fiel, orado com diligência, e conhece a voz de Deus. Teve vitórias no passado, e ama profundamente o Senhor. Mas agora se quebrou em profundidade, e está ferido como nunca antes na vida, e não consegue sequer orar. E você pensa, "Busquei a Deus fielmente, me aprofundei na Palavra, orei com fervor. Mesmo assim essa provação caiu sobre mim sem nenhum motivo, e agora a minha alma está abatida como nunca vi igual na vida". E nesse momento nem tem mais lágrimas. Sua aparência e sua sensação são de desgaste, desencorajamento, de rejeição e solidão. Como Elias, você se curvou sob uma árvore de zimbro; está inerte e sofrido, se agarrando à vida. Amado, o caminhar cristão é combate. Significa batalhas, desgastes, ferimentos, e um inimigo feroz disposto a nos destruir. Quando você está deprimido e roto como Elias estava, se torna lento e sonolento. E é exatamente quando se torna mais vulnerável a pensamentos condenatórios. A sua frágil consciência lhe diz: "Você não está orando como antes. Você não estuda a Palavra mais. Está seco, morno, o fogo acabou, e você simplesmente não dá bom testemunho. Agora deixou que Satanás lhe roubasse a paz dada por Deus. Você não tem mais jeito. Pensando bem, a tua natureza carnal não muda mesmo". Após isso, a Palavra de Deus lhe tentará. É exatamente o acontecido com José (do Egito): lemos que até que chegasse o tempo certo, a Palavra do Senhor o tentou. E isso agora estava acontecendo com Elias também. Igualmente, quando chega a nossa hora de sermos moídos, quando chega o momento de ruptura total, acontecerá conosco também. A nossa consciência nos surrará com a Palavra que escondemos no coração. Pense no seguinte. Por toda as escrituras lemos: "Não tenha preguiça. Ore com fervor e seriedade, buscando a Deus enquanto se pode achar. Entregue-se à oração e à Palavra. Remindo o tempo. Cuide-se da preguiça das virgens loucas. Deus diz que o Seu povo O esqueceu há tempos sem fim". Todas estas passagens e princípios chegam correndo à nossas mentes nos momentos de quebradura. E achamos: "Desapontei ao Senhor. Não obedeci a Palavra". Sua hesitante fé é o pavio ardendo, e o diabo está ansioso por vê-lo apagado. Como Elias, ficamos tão cansados e sem coragem, que tudo que queremos é dormir. As escrituras dizem que foi exatamente o que esse piedoso homem fez: "Deitou-se e dormiu" (I Reis 19:5). Ele simplesmente não agüentava mais levar aquela carga. Mas o Senhor não repreendeu Elias por isso. Deus sabia que Seu servo tinha chegado ao ponto de ruptura. Vejo nosso precioso Pai comentando sobre Elias: "Olhe esse homem fiel, quebrado e sofrido. Ele chegou ao fim da linha, e não consegue mais explicar a ninguém a sua dor. Eu lhe prometi: 'Não esmagarei a cana quebrada'". Então, o que aconteceu? "O anjo do Senhor, tocou-o (Elias) e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo" (19:7). Cá está uma incrível palavra para toda cana quebrada que estiver lendo essa mensagem. Não importa o quanto está quebrado, o quanto se dobrou diante do dilúvio de provações. Deus lhe fez uma promessa: "Você não será esmagado. Não permitirei que tua chama se apague. A tua fé não será apagada". Prezado santo, essa mensagem lhe veio dos céus. Você está sendo tocado por uma palavra que lhe chama: "Levante-se agora. Deus não está bravo contigo. E Ele não te desapontará. Ele sabe que essa situação é grande demais para você resolver. Ele lhe concederá força sobrenatural. Ele vai dar o quê você necessita para prosseguir". Em quarenta dias e noites, Elias foi lentamente sendo restaurado. Dia após dia, ele ainda labutava, com força suficiente apenas para cada dia. Finalmente, chega o dia em que o Senhor diz: "O que você está fazendo escondido nessa caverna, Elias? Não posso deixar você se entregar a esse tipo de desespero, e vê-lo dominando a sua vida. Eu te restaurei com Minha amorosa paciência. E agora vou lhe dar Minha orientação". Que Palavra Para Lhe Tirar de Sua Caverna? Você Precisa Ouvir Você espera ouvir uma palavra áspera em meio à essa sua situação de quebra? As escrituras dizem que durante o tempo que Elias estava na caverna, "um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do Senhor, porém o Senhor não estava no vento" (I Reis 19:11). Deus não estava nessa mensagem. Você espera que a sua alma seja chacoalhada por um grito para despertar? "Depois do vento, um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto" (19:11). Você espera ouvir uma palavra flamejante? "Depois do terremoto, um fogo, mas o Senhor não estava no fogo" (19:12). Deus conhece exatamente o tipo de palavra que você necessita quando está quebrado. E não é uma palavra de condenação, não é uma palavra dura, não é um sermão fervendo. Eu creio que nessa passagem o Senhor está dizendo: "Quando você está aniquilado pelas provações, não te tratarei com dureza". Não, Elias necessitava uma palavra suave e de bondade. "Depois do fogo (veio) uma voz mansa e delicada" (19:12). Alguns manuscritos traduzem essa frase como "um cicio tranqüilo", significando, "uma brisa suave, refrescante". Essa mesma voz delicada, mansa e suave vem a nós hoje, do coração do Pai. E a sua mensagem é a mesma: "Vistes que...o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo" (Tiago 5:11). "O Senhor é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno. Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem...Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem" (Salmo 103:8-11,13). Eis a sua palavra de libertação: levante-se e confie! Chegou a hora de crer que Jesus está com você em sua tempestade. Ele lhe dará força para suportá-la. Não acredite na mentira de que você vai ser esmagado. O diabo não terá a palavra final. O Senhor diz: "Não importa o quão quebrado se sinta, não permitirei que você seja esmagado. Não permitirei que o fogo se apague. O Meu Espírito soprará sobre as cinzas, e as tuas chamas por Mim voltarão". --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Está na Hora (It´s Harvest Time) Por 02 __________ de da Colheita David maio - 05 de maio de 2005 de "Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são Wilkerson 2005 poucos. Rogai, pois, ao senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara" (Mateus 9:36-38). Jesus declara, "Os campos estão maduros, e a colheita é abundante. Está na hora de começar a colheita". Naquele momento, a grande e última colheita espiritual começou. Começou como colheita dentre os judeus e gentios da geração de Jesus. E essa mesma colheita vai durar até a volta de Cristo. Quando leio essa passagem me pergunto: o quê Jesus viu naquele tempo que O levou a dizer, "A colheita está pronta, está na hora de colher"? Será que Ele viu um despertamento espiritual em Israel? Estaria havendo um avivamento nas sinagogas? Os sacerdotes estavam se voltando a Deus? Os escribas e fariseus estariam se vendo convencidos de culpa diante de Deus? Que prova havia de que a colheita estava madura? Os evangelhos não revelam muitas evidências de algum mover espiritual em direção a Deus. Se é que revelam algo, mostram o oposto. Jesus era zombado nas sinagogas; os líderes espirituais do país O rejeitavam, questionando Sua integridade e divindade; uma multidão religiosa tentou lançá-Lo sobre um penhasco. E o próprio Cristo repreendeu as cidades de Israel por não se arrependerem diante de Sua mensagem: "Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida, Tiro, Sidom! Ai de ti, Cafarnaum!". Já as multidões, estavam confusas em caótico desespero. As escrituras nos dizem, "Quando as viu... estavam aflitas e abatidas, como ovelhas sem pastor". Era uma sociedade cheia de medo, opressão, depressão; as pessoas corriam de um lado para o outro como um rebanho disperso, procurando ajuda em qualquer lugar onde pudessem ir. Ainda assim foi nesse tempo de grande aflição que Cristo declarou, "Os campos estão maduros, e a colheita é farta". Você acha que as palavras de Jesus quanto a uma ceifa madura se aplicam hoje? Onde vemos evidências de os campos estarem brancos e prontos para serem colhidos? As nações estão se arrependendo? Está havendo um grande mover em nossa sociedade? E a igreja organizada está despertando? Os líderes religiosos estão famintos por avivamento, buscando novamente Cristo? Há um grito por santidade nessa geração? Com poucas exceções, não vejo nada disso acontecendo. Contudo, não foi nenhuma dessas coisas que tocou Jesus em Seu tempo. Antes, Ele foi tocado pela triste situação que via por todo lado. Para todo lado que olhava, as pessoas estavam batidas pela agonia. Em verdade, ao olhar sobre Jerusalém, Ele chora. Suas lágrimas foram pela dureza e pela cegueira espiritual que viu lá. Lá estava um povo a caminho do juízo, sem paz, só com temor e depressão. E Ele profetizou em cima desta cena, "A sua casa será assolada". Jesus na verdade nos dá um quadro de como seriam os últimos dias. Ora, esse período começa na Sua ascensão, e acaba somente quando Ele volta. Estamos muito perto disso agora. E Jesus o descreve aos discípulos quando Lhe perguntam quais sinais deveriam buscar. Eles queriam saber a situação das coisas ao se aproximarem aqueles que seriam definitivamente os últimos dias. Cristo respondeu falando de fomes, terremotos, tribulações, nações divididas. Falsos profetas e falsos cristos enganariam a muitos e levariam multidões a se apostatarem. Os crentes seriam odiados apenas por mencionarem o nome de Cristo. E o amor de muitos esfriaria, com alguns se desviando devido ao ousado crescimento do pecado e da corrupção. "Haverá...angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que sobreviverão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados" (Lucas 21:25-26). Resumindo, Jesus está descrevendo aqui o período mais cheio de ansiedade, depressão e pressões de todos os tempos. Então, estarão Suas profecias acontecendo agora mesmo, diante de nossos olhos? Pense nisso: esta geração está cheia de ansiedade e preocupações. Multidões se atemorizam observando desastres incríveis ocorrendo: furacões, terremotos, tsunamis, desmoronamentos. Nações inteiras tremem de medo diante da ameaça do terrorismo. E a síncope cardíaca é o assassino número um no mundo atualmente. Falsas religiões, falsos profetas, falsos cristos estão desviando a muitos. Milhões de pessoas estão se voltando para o Islamismo, e nação após nação sendo infiltrada pelos muçulmanos. Alguém teria de estar em total negativismo se não visse que tudo que pode ser abalado nesse momento, está sendo abalado. Em meio à essa reviravolta e agitação, ouço as palavras de Jesus: "Os campos estão brancos. A colheita é abundante". Estou convencido de que Ele está dizendo à igreja: "As pessoas estão prontas para ouvir. Essa é a hora de crer para a colheita. Chegou o momento de você começar a colher". Cristo é o Senhor da colheita. E se Ele declara que a ceifa está preparada, temos de acreditar. Não importa o quão corrupta esta geração se torne. Não importa o quão poderoso Satanás pareça ter se tornado. O nosso Senhor está nos dizendo: "Pare de se concentrar nas dificuldades ao redor. Pelo contrário, levante os olhos. Chegou a hora de você ver que a colheita é chegada". Jesus Compreendeu o Coração do Homem, Sabendo que Nos Esquecemos de Deus em Tempos de Prosperidade Cristo sabia que em tempos de pressão e calamidades, as pessoas são forçadas a enfrentar a eternidade. Sofrimento, medo e períodos difíceis amadurecem o povo para ouvir e receber o evangelho. Veja o contexto de Suas palavras: "Vendo ele as multidões...porque estavam aflitas ...E então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande" (Mateus 9:36-37, sublinhado meu). Essa verdade tem sido demonstrada ao longo de toda a história do povo de Deus. Moisés repreendeu sua geração dizendo, "Deus guiou vocês. Aumentou os seus números. E grandemente os abençoou, lhes dando campos verdejantes, mel, manteiga, leite, ovelhas, óleo, frutas. Mas vocês se enriqueceram e se rebelaram. Vocês subestimaram a Rocha da sua salvação, e A desprezaram". "Mas, engordando-se o meu amado, deu coices; engordouse...abandonou a Deus, que o fez, desprezou a Rocha da sua salvação" (Deuteronômio 32:15). As escrituras nos dizem que Israel foi rebaixado após isso. Contudo, na tribulação, eles invocaram o Senhor, e Ele os livrou: "Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (Salmo 107:6, sublinhado meu). Veja também o testemunho de Davi: "Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror. Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam. Na minha angústia, invoquei o Senhor, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos" (Salmo 18:4-6, sublinhado meu). Problemas, angústias e perplexidade sempre geraram gritos de socorro. Esse tem sido o padrão ao longo dos séculos. Você se lembra o que aconteceu após a queda das torres gêmeas em Nova York: as igrejas ficaram abarrotadas. Reuniões de oração foram promovidas no Estádio Yankee. Líderes do Congresso se reuniram nos degraus do Capitólio em Washington, orando e cantando, "Deus Salve a América". Por uma temporada, Deus foi o assunto do país. O medo e a pressão fizeram as pessoas pensar em encontrar a verdade. E isso resume a lei da colheita: QUANTO MAIS NEGROS OS DIAS, MAIS BRANCA É A COLHEITA. Na Indonésia e no Sri Lanka, muçulmanos radicais tinham se recusado a permitir que qualquer estranho entrasse no território. Mas após a tragédia do tsunami, muitos abriram as portas para obreiros cristãos de apoio. Por que? Porque Deus viu campos que estavam brancos e prontos para a ceifa. O fato é: país algum está fechado para Cristo. E povo algum é inalcançável. Poder religioso algum sobre a terra pode parar a colheita. É por isso que Jesus diz para não temermos, mesmo que os montes caiam no mar. Pense nos cataclismos ocorridos na história mundial recente. Os comunistas na Rússia acharam que tinham livrado seu país de Deus. Mas Jesus teria lhes dito, "Vocês apenas conseguiram ajudar a colheita". Cristo está vivíssimo e operante hoje na Rússia. A China também tentou proibir Deus, apenas para amadurecer uma colheita de milhões de crentes. Recentemente, a Ucrânia saiu de mãos corruptas, e está sendo dirigida por um homem que fala de Cristo. O jornal New York Times agora chama a Bielorússia de o país mais dominado por comunistas de toda a terra, contudo os cristãos de lá estão orando para que essa nação seja a próxima. Deus viu todos estes campos como brancos para a ceifa! Esse Mesmo Princípio ao Longo de Toda História de Israel Foi Verdadeiro Quando Moisés disse ao faraó, "Deixe ir o meu povo", foi porque Deus havia anunciado tempo de colheita. Tinha chegado a hora de Israel se libertar do cativeiro. Mas o faraó respondeu, "Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir a Israel" (Êxodo 5:2).O faraó representa o sistema demoníaco de Satanás, incluindo as falsas religiões e a opressão que prende o povo em cativeiro. Antes que Israel pudesse ser liberto, os poderes das trevas teriam de ser abalados. Então Deus atacou o Egito com nove calamidades naturais. Mas essas nove tragédias apenas endureceram o coração do faraó. Finalmente, veio uma calamidade tão devastadora, que todos no Egito desde o governo até os cidadãos comuns - souberam que não se tratava apenas de a natureza fora de controle. Era Deus falando. O Senhor havia enviado um anjo da morte. E uma noite, o filho mais velho de toda família egípcia morreu. O filho do faraó foi incluído entre eles. Bem no dia seguinte, Israel desfilou saindo do Egito. Cá estava a ceifa vinda imediatamente antes do juízo. Séculos depois, quando Jesus anunciou a colheita madura em Jerusalém, Ele sabia que o juízo estava preste a vir. Alguns anos após, o general Tito e seu exército invadiriam a cidade, e 1.200.000 pessoas seriam mortas. Muitos seriam presos à cruzes, e a própria cidade seria queimada. É por isso que Jesus advertiu Sua geração: "Vocês dizem que faltam quatro meses para a ceifa. Mas lhes digo, a colheita tem de começar agora. Vocês precisam estar na vontade de Deus, pois a maior calamidade está às portas. Eu os estou comissionando para terminarem a Minha obra. O tempo de começar a colheita é hoje". Como Jesus descreveu a calamidade que viria? "Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais" (Mateus 24:21). Porém, antes dessa calamidade chegar, haveria a hora da colheita. O Conceito de "Colheita" Para o Movimento de Crescimento da Igreja dos Anos 80 Foi Básico Há mais de duas décadas, os especialistas em crescimento da igreja começaram a se concentrar em novos métodos para produzir a colheita. Declararam, "A igreja deixou de ser relevante para a sociedade moderna. Está muito tradicional, inatingível, e precisa ser atualizada. Temos de nos tornar mais contemporâneos. Não podemos mais nos dar ao luxo de pensar pequeno". Então os anos 80 foram proclamados como sendo "A Década da Colheita". E a partir daí nasceu o movimento "sensibilidade com aqueles que procuram", das mega-igrejas. Quase da noite para o dia, igrejas enormes começaram a brotar por todo o país. Muitas destas igrejas de repente tinham membros aos milhares ou dezenas de milhares. Algumas construíram dependências lembrando shopping centers, incluindo restaurantes e outras conveniências. O que era chamado de "pensar pequeno" foi substituído pelo raciocínio corporativo. Os princípios morais das pessoas não deveriam mais ser desafiados. Pelo contrário, a igreja deveria se tornar "centrada nas necessidades", ministrando às necessidades das pessoas segundo estas indicavam em pesquisas. Os cultos de adoração incorporaram as tecnologias mais recentes, "modernizando" a música e oferecendo produções teatrais. Os pastores ilustravam os sermões com clips dos filmes mais recentes, alguns destes filmes com restrições a menores de 17 anos segundo a lei americana. Parecia que a grande colheita estava a caminho. Mas a "Década da Colheita" provou estar sendo construída sobre o alicerce errado. Um pastor chamado William Chadwick dirigia uma igreja que teve sucesso com esses princípios. Mas com o tempo, começou a sentir-se culpado por estar tão concentrado em números. Ele escreveu um livro chamado "Stealing Sheep" (roubando ovelhas), no qual cita estatísticas alarmantes. O aspecto mais notável foi que, em dez anos, não houve crescimento apreciável entre as igrejas evangélicas. Pelo contrário, as mega-igrejas foram constituídas, em sua maioria de transferências de igrejas menores. As pessoas iam a busca da nova adoração estimulante e moderna, e da programação alimentar para os bebês. Muitos destes que "mudaram" eram pentecostais. Pior, o movimento das mega-igrejas teve um efeito terrível sobre as igrejas menores. Estas não tinham os recursos para competir com igrejas gigantescas, que ofereciam todos os tipos de avanços e rebuscamento com sua programação centrada nas necessidades. Lentamente, o número das igrejas menores foi diminuindo, e muitas acabaram fechando as portas. Um recente estudo feito pelo respeitado Grupo de Pesquisas Barna mostra que a igreja não só está estagnada, como está piorando. Um fato alarmante é que o número de jovens que freqüenta a igreja agora é menor do que antes. Simplificando, o movimento de crescimento da igreja acabou indo para trás em vez de para frente. Finalmente, há uma estatística que me assusta mais do que qualquer outra. Ou seja, só um número diminuto de cristãos alguma vez ganhou uma alma para Cristo. Isso atualiza as palavras de Jesus de que "os trabalhadores são poucos". Em toda cidade por onde viajo atualmente, os pastores me perguntam como construir uma igreja forte, que cresça. Olho essas cidades, e vejo vizinhanças pobres, assustadas com as pessoas oprimidas pelo pecado. Sei que Deus promete nos capacitar como ministros, se simplesmente entrarmos nesses campos de colheita que estão por perto, para colher almas. Pode-se construir uma grande igreja com estes pobres e fracos que estão sendo libertos do cativeiro de Satanás. Alguns anos atrás, encontrei a colheita madura no gueto. Aconteceu quando fui às redondezas onde viviam os líderes das gangues, os viciados, as viúvas pobres, os alcoólatras e as prostitutas. Agora, alguns dos mais fortes ganhadores de almas que conheço são antigos membros de gangues como Nicky Cruz (http://www.nickycruz.org). Por todo o mundo, eles estão ganhando multidões para Cristo. Imagine a Cena No Último Dia que Jesus Passou na Terra Suponhamos que um pouco antes da ascensão de Jesus - ao antever a igreja e a colheita antes de Sua volta - Ele previsse uma queda. Sua alma então sofre, pois vê a apostasia crescente. Em vez da ceifa dos campos brancos, o Seu povo gasta o tempo e a energia procurando o sucesso do mundo e coisas materiais. Então Jesus diz ao Pai, "Eles não vão fazer a colheita. Os campos brancos permanecem adormecidos. Enviarei um exército de anjos para fazer a ceifa". O Pai concorda, e subitamente milhares de seres celestiais aparecem na terra, irradiando um brilho sobrenatural. A cena seria tremenda: entes de um outro mundo vestidos de glória, pregando nas igrejas e em público. São vistos sendo entrevistados pelos repórteres dos jornais, do rádio e da TV. Falam da cruz, da ressurreição, da ascensão, do amor de Cristo, e do juízo final que virá. E falam com tanta eloqüência e convicção que todos ficam encantados. Eles são como muitos Jonas buscando e prevenindo o mundo. Agora suponha que em pouco tempo, estes mesmos anjos radiantes fiquem cativados pelo mundo que os rodeia. Fiquem ligados em alimentos finos, bens materiais, riqueza e segurança. E logo comecem a aspirar e a se esforçar por sucesso, fama e fortuna. Em pouco tempo, ficam com inveja um do outro, mostrando raiva, orgulho, cobiça. Em outras palavras, ficam iguaizinhos à igreja de hoje! Pergunto, que influência eles teriam no mundo? Como poderiam produzir uma colheita, estando tão presos ao mundanismo? O testemunho deles seria tornado nulo. E seriam esvaziados de todo poder espiritual, e vagariam desencorajados, com medo e dúvidas. Diga, por que alguém haveria de querer o meu evangelho me vendo nesse estado, estressado e sem alegria? Por que iriam crer na mensagem de que "Jesus é suficiente, o meu tudo, o meu sustentador", se sempre estou temeroso, preocupado, sem paz? Ninguém iria ouvir uma palavra minha. Antes, se perguntariam, "Que diferença produz o teu Cristo? Ele não parece ser um bom médico, se você está sempre desse jeito". Amado, o nosso semblante conta. Ouça o que Cristo diz de Sua noiva, em Cantares: "Pomba minha...mostra-me o teu rosto, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e o teu rosto, amável" (Cantares 2:14). Cristo está nos dizendo basicamente, "Quero ver o teu sorriso". Essa é a descrição da tua fisionomia? Não é Necessário Fazer Quanto ao Porque Não Vivenciarmos Uma Grande Colheita de Almas Suposições de Jesus pôs a coisa de maneira simples: "A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos". Mas, por que há tão poucos trabalhadores? As igrejas agora estão empanturradas de crentes que dizem ser Cristo a razão de suas vidas. Milhões de dólares são gastos na construção de centros de adoração por todo lado. A verdade é, se não somos capazes de colher almas - se as nossas vidas não refletem o poder transformador do evangelho que pregamos então já anulamos a nós mesmos como trabalhadores. O nosso caminhar com Cristo deveria oferecer prova ao mundo de que as promessas de Deus são verdadeiras. Como obreiros, somos os instrumentos de ceifa nas mãos do Senhor. Nos dias de Cristo, esse instrumento era uma foice - uma lâmina comprida, curva, e com um cabo longo. Era forjada pelo ferreiro, que a punha no fogo, e a seguir sobre a bigorna onde a golpeava e moldava sua forma. Então todo o processo era repetido várias vezes, até que a lâmina cortante estivesse afiada e dura. O paralelo é claro. Deus está forjando trabalhadores. Ele não está simplesmente golpeando o pecado. E esse processo de forja explica porque os trabalhadores são poucos. A maioria dos freqüentadores de igreja são como os milhares que foram voluntários a ir com Gideão no Velho Testamento. Deus viu o medo em muitos deles, sabendo que não suportariam o fogo, os golpes, a dureza. E dentre os milhares que seguiram Gideão, só trezentos foram escolhidos. O mesmo acontece hoje. Os que são verdadeiramente chamados à colheita são chamados a suportar o refinamento, os fogos usados para dar a forma, e o martelar contínuo. Mas não muitos o conseguem. Os Discípulos Foram Capacitados Por Deus em Sua Missão Onde os discípulos começaram o ministério? Segundo essa passagem, Jesus os enviou aos oprimidos, aos pobres, aos dobrados sob o pecado e o cativeiro, sob hábitos que controlavam suas vidas. Penso no ministério Desafio Jovem para recuperação das drogas e do álcool, com seus 500 centros pelo mundo. E penso nos números de outros ceifeiros que foram para outros países, e têm visto milagres de salvação ao ministrar junto aos mais necessitados, aos mais pobres, às pessoas mais presas ao diabo. Eles estão começando a ceifar exatamente onde Jesus iniciou Sua colheita: entre as ovelhas perdidas, entre os cativos, os de coração partido, os prisioneiros, os leprosos, os cegos, os pobres, os que choram, os de coração pesado, os oprimidos, os transtornados. Veja as palavras de Paulo: "Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as cousas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as cousas fracas do mundo para envergonhar os fortes; e Deus escolheu as cousas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são...a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus" (I Coríntios 1:26-29). Prezado santo, Jesus sabia o quê iríamos enfrentar nesses últimos dias: uma geração impregnada de pecado mais do que qualquer outra...estresse e solidão como nunca antes vividos pelo homem...tragédias financeiras, divórcio desenfreado, homossexualismo militante, imoralidade que provocaria rubor até no pior dos pecadores há só trinta anos atrás. É por isso que Cristo busca trabalhadores que tenham se submetido aos fogos e tenham sido forjados. Ele quer um povo que se levante diante do mundo e proclame: "Deus está comigo! Satanás não pode me deter. Dê só uma olhada para a minha vida; passei por um fogo após outro, moído inúmeras vezes. Mas em tudo isso fui mais do que vencedor através de Cristo, que vive em mim. O que tenho pregado funcionou para mim. Sou uma prova viva de que Jesus é totalmente suficiente!". --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 25 __________ Por Que o Mundo Odeia os Cristãos - 25 de fevereiro de 2005 (Why the World Hates Christians) David de fevereiro de Jesus disse aos discípulos, "Eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto". E então rapidamente acrescenta essas palavras solenes: "E o vosso fruto permaneça" (João 15:16). As palavras de Cristo aqui se aplicam a todos os Seus discípulos, em todas as eras. Ele está nos dizendo essencialmente: "Assegure-se de que o teu fruto se manterá até o dia do Juízo". A palavra "fruto" quer dizer realizar a obra e o ministério de Cristo aqui na terra. Como crente, fui escolhido e ordenado a ir por todo o mundo e pregar o evangelho de Cristo. E mais, como ministro desse evangelho, sou chamado a fazer e a treinar discípulos reais. Ora, existe algo que é a falsa conversão. Jesus adverte os fariseus: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!" (Mateus 23:15). Essas palavras são fortes, mas vêm do próprio Senhor. E Jesus endereça tais palavras a judeus zelosos, que promoviam o proselitismo. Eram estudiosos da Bíblia, homens que conheciam as escrituras. Pode-se perguntar: "Como isso que Jesus diz aqui pode ser possível? Como alguém que busque converter os outros, pode fazer com que os perdidos sejam colocados numa situação ainda pior?". Jesus responde isso. Quando Ele grita, "Hipocrisia!", está afirmando aos fariseus, "O teu fruto é mal". E os previne, "Sofrereis juízo muito mais severo!" (23:14). Os fariseus aos quais Jesus se dirigia estavam mais interessados em números, do que em ver uma obra real de conversão acontecendo no coração das pessoas. Jesus lhes dizia, na verdade: "Vocês estão fechando os céus para os seus assim chamados 'convertidos'. E isso acontece porque vocês não têm uma palavra de Deus em suas próprias vidas. Vocês chegam a esforços extremos ao planejar Wilkerson 2005 fazerem convertidos. Porém, em verdade, estão fechando os céus às pessoas que alcançam". Cristo Desprezou a Hipocrisia Que Estavam Mais Interessados do Que em Conversões Reais dos em Líderes de Igreja Contar Cabeças Tragicamente, vemos o mesmo espírito conduzindo muitas pessoas na igreja hoje. Me pergunto se Jesus diria algo similar a muitos dos pastores encarregados da casa de Deus: "Vocês percorrem céus e terras atrás de novos conceitos, idéias, programas. E tudo para trazer gente às suas igrejas. Vocês foram picados pela hipocrisia dos números. Medem o sucesso pela quantidade de corpos sentados nos bancos". Posso lhe dizer que nem todo aquele em nossa igreja em Times Square que chama a si próprio de cristão é realmente um crente convertido e salvo. Ao mesmo tempo, posso assegurar que se tais indivíduos chegarem aqui e acabarem sendo duas vezes mais filhos do inferno, não será por causa do que ouviram do púlpito. Não será devido a uma mensagem incompleta do evangelho. Não - será porque rejeitaram a verdade vinda do Espírito Santo, produtora de convencimento. Onde Estão os Joãos Batistas de Hoje ? Eu pergunto: onde estão os pastores que não aceitarão abrandar a mensagem em favor do Altíssimo? Onde estão os pregadores tão profundamente entregues a Cristo, que por isso pregam aos reis a mesma mensagem que pregam aos pobres e desprezados? Tremo em pensar que é possível que eu, ou qualquer outro pregador do evangelho, bloqueie os céus e leve os "convertidos" a se tornarem filhos do inferno duas vezes mais. Mas isso está acontecendo hoje, tudo devido à necessidade que alguns ministros têm de serem amados e louvados pelos outros. Eles comprometem a verdade a fim de serem aceitos pelo mundo. Jesus se referiu a isso. Ele reuniu os discípulos, e "na presença" de todas as pessoas, fez uma repreensão mordaz aos escribas religiosos: "Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes talares e muito apreciam as saudações nas praças, as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes" (Lucas 20:46). Resumidamente, Ele estava dizendo ao povo: "Cuidado com os pastores que adoram os louvores e elogios dos homens. Atenção com os que andam com suas Bíblias e amam a afeição e o aplauso das pessoas. Guardem-se dos líderes religiosos que querem a aprovação da sociedade". Uma igreja que seja aceita e aprovada pelo mundo é um oxímoro, uma contradição. É uma impossibilidade. De acordo com Jesus, toda igreja que é amada pelo mundo é do mundo, e não de Cristo: "Se vós fosseis do mundo, o mundo amararia o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia" (João 15:19). A minha vida foi muito influenciada pelos escritos de George Bowen, um missionário presbiteriano que trabalhou na Índia de 1838 a 1879. Bowen abriu mão de todo sustento missionário para viver em cortiços e favelas como os moradores locais. Teve uma existência muito frugal, quase em pobreza. Contudo devido a essa escolha, deixou um testemunho do real poder de se viver em Cristo. Esse piedoso homem advertiu quanto à chegada de um espírito de anticristo. Ele identificou esse espírito de anticristo como sendo "o espírito da sociedade moderna". Segundo Bowen, esse espírito de anticristo iria se infiltrar na igreja Protestante com a mentalidade, os métodos e a ética e moral da sociedade maior. O espírito de anticristo iria continuar com sua influência até que a sociedade e a igreja não pudessem mais ser diferenciadas. Com o passar do tempo, o mundo iria perder o ódio pela igreja de Cristo e pelos crentes. Iria parar a perseguição, e a igreja seria amada e aceita pelo mundo. Uma vez isso ocorrido, diz Bowen, esse espírito de anticristo teria assumido o trono. Vários meses atrás, quando as portas do Iraque estavam prestes a serem abertas às organizações cristãs de ajuda, o jornal New York Times trouxe um artigo derrogatório. Isso se pode esperar da imprensa liberal e secular. Eles poderiam aplaudir a distribuição de alimentos no Iraque, mas certamente não a pregação de Cristo. Mas o artigo citava um intelectual evangélico que criticava todo o empreendimento. Ele censurava inteiramente o projeto, dizendo que a igreja devia cuidar da própria vida. Esse homem da Bíblia estava na realidade embaraçado porque a igreja estaria evangelizando. Essa é a mentalidade mundana! Quanto Mais Perto Chegarmos da Missão de Cristo de Pregar o Evangelho que Ele Ordenou Mais Seremos Odiados e Espezinhados Pelo Mundo. Vamos encontrar inimigos em todos os lugares - pessoas que se oporão em nosso trabalho, na vizinhança, até em algumas igrejas - por que estamos cumprindo a missão de Cristo. Mais uma vez Jesus avisa: "Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas" (Lucas 6:26). Quero lhe perguntar: o mundo está louvando você? Você é o grande amado por toda a cidade? Todos lhe louvam nos eventos seculares? Você é politicamente correto em suas interações? Os prefeitos, os dignitários e os famosos ficam à vontade em sua presença? Então ouça as palavras de Jesus para você: "Tem alguma coisa de falso em seu testemunho". O próprio Jesus deixa claro: se alguma igreja estiver se movendo no poder do Espírito Santo e cumprindo a missão como Ele ordenou, então essa igreja será odiada e perseguida pelo mundo. Como Paulo, o pastor será considerado escória do mundo. E a igreja será odiada pelos políticos e líderes ímpios da sociedade. Também será espezinhada pelos homossexuais, pornográficos, e mais do que tudo pelos líderes religiosos apóstatas que estão espiritualmente mortos. Mas Jesus diz a essa igreja: "Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vós" (Mateus 5:10-12). Por a os e Membros ? Que o Igreja Seus Mundo Odeia Verdadeira, Pastores Um cristão de verdade é amoroso, pacífico, perdoador e atencioso. Os obedientes às palavras de Jesus são abnegados, mansos e bons. Agora, a sabedoria comum diz que não é natural odiar quem lhe ama, bendiz, e ora por você. Pelo contrário, as pessoas odeiam quem as agride, rouba e xinga. Então, por que os cristãos são tão odiados? Jesus diz simplesmente: "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim...Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros" (João 15:18,20). Por quê é assim? A igreja, e todo ministro e crente dela são odiados devido à sua missão. Veja, a nossa missão é muito mais do que dizer aos perdidos, "Jesus te ama". É mais do que tentar acomodar e apaziguar pessoas. Você pode se surpreender quando eu lhe lembrar qual é a nossa missão. Em termos simples, a nossa missão enquanto cristãos é remover dos ímpios aquilo que lhes é mais precioso: a autojustificação. É lhes trasladar a uma liberdade que eles julgam ser escravidão. É separá-los dos pecados malditos, uma bênção que vêem como tédio e tristeza. A coisa mais preciosa a uma pessoa do mundo é a sua autojustificação. Pense nisso: ela passou a vida toda formando uma opinião boa sobre si mesma. Construiu um ídolo em honra às suas boas obras. Ela elogia a si mesma por realmente ter um coração tão benigno, e ser boa para com os outros. Simplificando, construiu sua própria Torre de Babel, um monumento à própria bondade. Está certa de que é suficientemente boa para o céu, e boa demais para o inferno. Esse ímpio passou anos golpeando a consciência, e minimizando-a. Ensinou a si próprio a silenciar qualquer tipo de voz que possa lhe convencer de algo. E agora desfruta de uma paz falsa. Ficou tão iludido, que realmente crê que Deus o admira! E então, bem quando ele bloqueou a voz da consciência, você, um cristão, chega. E a verdade que você traz, fala mais alto que a consciência morta dele: "Se você não nascer de novo, não entrará no reino dos céus". De repente, você é uma ameaça na mente desse homem; você é alguém que quer privá-lo da segurança de que tudo está bem com a alma dele. Todo esse tempo ele achou que estava ótimo. Mas agora você está lhe dizendo que todas as boas obras dele são como trapos de imundície. Posso lhe dizer que esse homem não o vê como alguém trazendo boas notícias. Não, aos olhos dele você é um tormento, alguém que veio para lhe tirar o sono. Há Milhões e Muitas Estão Todos os Domingos de Enchendo Pessoas Desse os Bancos das Tipo, Igrejas Tais pessoas acham que estão nas boas graças de Deus simplesmente por aparecerem na igreja. Ainda assim criaram seu próprio conceito de quem Cristo é. O seu cristo é alguém igual a eles. E esse cristo não é formado pela palavra de Deus, mas por sua própria cegueira. Agora você chega e diz que sem arrependimento e sem uma real mudança de vida eles são rebeldes.Você diz que a integridade que eles mesmos produziram é abominação a Deus. E, ao invés de estar sob o favor de Deus, estarão sob a Sua ira se continuarem no pecado. Você chega pregando o sangue de Cristo, o novo nascimento, separação do mundo, um andar de submissão e obediência. Mas está dizendo tudo isso a pessoas convencidas de que não precisam de nada. Eles não podem conceber como essas transformações podem de alguma maneira trazer paz e felicidade. Para eles, isso soa como um deserto árido e vazio. Alguns pastores lendo isso podem objetar, "Essa não é a minha missão de jeito algum. Eu jamais iria provocar uma confrontação assim". Outros podem dizer, "Fui chamado para trazer o evangelho do amor e da graça. Assim, prego uma mensagem que não traz controvérsias". Não posso falar por outros pastores; só posso dizer o que sei. E por cinqüenta anos tenho pregado aos pecadores mais endurecidos e corrompidos do mundo: viciados, alcoólatras, prostitutas. Contudo, lhe digo, tais pecadores são muito menos resistentes à verdade do evangelho que muitos que se sentam nos bancos de igreja, e estão cegos em relação à sua situação. Milhares de assim chamados crentes por todo o país são mais endurecidos que qualquer pessoa das ruas. E não tem evangelho suave, macio, dividido, que consiga romper as muralhas dessa impiedade. Saulo de Tarso era um destes homens religiosos endurecidos. Um fariseu dentre os fariseus, uma imagem de correção dentro de uma sociedade altamente religiosa, Saulo era tudo isso. E então? Será que Jesus chegou até esse homem fazendo pesquisa, perguntando o que ele gostaria de assistir num culto da sinagoga? Não! Saulo foi lançado ao solo por uma luz que o cegou, uma explosão total da presença de Cristo. Foi um encontro penetrante e de confrontação que expôs o coração de Paulo, apontando em detalhes o seu pecado. Como ministro do evangelho de Cristo, devo fazer igual. É meu ofício convencer homens e mulheres do pecado. Devo alertá-los quanto ao perigo que os espera se continuarem em seus caminhos. E nenhum elogio, sutileza, tenuidade, ou fazer com que gostem de mim, lhes mudará a situação. Em termos simples, sou chamado a levar as pessoas a largarem tudo para seguirem um Cristo que eles acham não atraente. Só o Espírito Santo em mim pode conseguir isso. Não entenda mal o que estou dizendo aqui. Prego a misericórdia, a graça e o amor de Cristo a todas as pessoas. E o faço com lágrimas. Mas a única coisa que penetrará as muralhas levantadas por pessoas endurecidas é uma explosão da presença de Jesus. E isso tem de vir da boca de pastores e leigos contritos, homens e mulheres de oração. Jesus Diz: "Dele (do mundo) vos escolhi" (João 15:19) Esse versículo atinge exatamente o coração do motivo pela qual somos odiados. Quando fomos salvos, saímos "do mundo". E aceitamos nossa missão de insistir em que outros "saiam do mundo". "Não sois do mundo...por isso, o mundo vos odeia" (João 15:19). Cristo está dizendo basicamente, "O mundo os odeia porque tirei vocês da situação em que estavam. E isso significa que tirei vocês da comunhão com ele. Porém, eu não os tirei apenas dele. Em seguida os enviei para que convocassem todos para saírem dele". O espírito Protestante de anticristo opera para impedir esta separação dos cristãos em relação ao mundo. Faz com que pareça ser possível os crentes permanecerem no mundo, e mesmo assim verem-se a si mesmos como cristãos. Pode-se perguntar: "O quê Jesus quer dizer exatamente quando diz 'o mundo'?". Ele não está só falando da luxúria ímpia, do desespero por prazeres, da pornografia ou do adultério. Não, "o mundo" ao qual Cristo se refere não é uma lista de práticas más. Isso é só uma parte. Muitos muçulmanos "saíram" de todas estas coisas por pura força de vontade e medo de destruição. "O mundo" do qual Jesus fala é a falta de disposição para se render ao Seu senhorio. Em resumo, mundanismo é toda tentativa de se mesclar Cristo com vontade própria. Veja, quando nos submetemos ao senhorio de Cristo, nos apegamos a Jesus. E somos levados pelo Espírito Santo, passo a passo, a um caminhar de pureza e retidão. Começamos a valorizar a repreensão piedosa. Ninguém Pode se Submeter ao Enquanto Não Enfrentar as Exigências da Cruz. Senhorio de Cristo Me conscientizo dessa verdade toda vez que me levanto para pregar. Ao olhar do púlpito à platéia, dispersos entre crentes fiéis enfrento a cada semana pessoas não crentes que vieram pela primeira vez. Alguns são vitoriosos homens de negócios, que se fizeram por si próprios, cheios de ímpeto. Outros vêm de todos os caminhos da vida. Contudo todos estão oprimidos com pecados secretos. São pessoas que vivem como querem, sob nenhuma autoridade espiritual. Mas estão vazios e desiludidos. Se enjoaram da busca de prazeres que nunca satisfazem. Eu poderia pregar a eles todo tipo de sermão sobre princípios e regras de comportamento, ou como lidar com stress, ou como tratar com o medo e a culpa. Mas nenhuma pregação dessas tira alguém "do mundo". Não muda o coração de ninguém. Eu simplesmente tenho de dizer ao não crente que sua vontade própria, sua auto-suficiência, e sua teimosa luta para fazer tudo do jeito dele, irão destruí-lo. E no fim, leva-lo-ão ao tormento eterno. Se eu não lhe trouxer essa mensagem, então para sempre terei bloqueado os céus para ele. E o terei feito duas vezes membro do inferno. A situação dele será pior do que antes de entrar por nossas portas. Tenho de levar esse homem face a face à mensagem de ser crucificado à sua independência. Tenho de lhe mostrar que tem de sair do enganoso mundo da autobondade. Tenho de lhe dizer que inexiste maneira de haver paz em sua vida a não ser através da rendição total ao Rei Jesus. Se agir de outra maneira, estarei enganando esse homem. E terei cometido o terrível pecado do pior tipo de orgulho: o terei contado entre os "convertidos" para eu ficar bem. Que isso nunca aconteça! Como ministro do evangelho de Jesus Cristo, sou obrigado a dizer a Sua verdade a todo aquele que verdadeiramente se arrependa: "Você será odiado e perseguido a partir de agora". Jesus Uma Vez se Dirigiu Aos Ligados a Ele Aqui Na Terra e Disse: "Não Pode o Mundo Odiar-vos" (João 7:7) Com essas terríveis palavras, Jesus nos dá o teste do tornassol (que determina a acidez ou alcalinidade de uma solução química- NT) da igreja e do discípulo genuínos. Me pergunto a quantas igrejas e a quantos cristãos essas palavras poderiam ser aplicadas hoje: "Não pode o mundo odiar-vos". Cristo está dizendo na essência: "Vocês trouxeram o mundo de tal maneira para dentro da igreja - vocês diluíram tanto o meu evangelho - que o mundo abraça vocês. Vocês se tornaram amigos para o mundo". Tiago nos dá advertência em sua epístola: "A amizade do mundo é inimiga de Deus...Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tiago 4:4). É claro que Jesus era amigo dos políticos e pecadores. Mas também está escrito que era "separado dos pecadores" (Hebreus 7:26). Ele ministrou a eles, mesmo como submissão ao Pai. Como Ele, somos chamados a estarmos no mundo, mas não a sermos dele. "Lembrai-vos da palavra que vos disse...Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros" (João 15:20). Você não precisa procurar a perseguição. Ela não virá devido à sua performance profissional, ou devido à sua raça, ou aparência. Não, ela virá simplesmente porque você tornou Cristo o seu Senhor. Que Deus tenha misericórdia do cristão a quem o mundo não odeia. E que Deus ajude o político que se declare por Cristo; o mundo irá odiá-lo e satanizá-lo. Agora quero lhe dar uma palavra de encorajamento. Ainda que o mundo odeie e persiga os reais discípulos de Cristo, encontramos um amor crescente e uma afeição piedosa entre os membros de Sua igreja. Em verdade, aquilo que faz com que o mundo nos odeie, leva nossos retos irmãos e irmãs a nos abraçarem muito mais. Nos dias que virão, o amor na casa de Deus se tornará mais valioso. Seremos odiados pelo mundo todo, zombados pela mídia, ridicularizados pelo cinema, escarnecidos por companheiros, objetos de riso por parte da sociedade. Mas ao entrarmos na casa de Deus, estaremos entrando num lugar de amor incrível, amando-nos uns aos outros como Cristo nos ama. Não importará que perseguição enfrentamos. Seremos recebidos com essas palavras: "Bem vindo, irmão; bem vinda, irmã. Aqui você é amado". Teremos uma retaguarda para prosseguirmos segundo o comando do Senhor, com o evangelho genuíno. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 17 __________ O Que Acontece à Igreja Quando os Pastores Deixam de Pregar Contra o Pecado 17 de janeiro de 2005 (What Happens to the Church When Preachers No Longer Preach Against Sin) David de janeiro de Você provavelmente está familiarizado com a história do rei Davi e o adultério que houve com Bate-Seba. O incidente resultou na gravidez de Bate-Seba. E assim que descobriu a situação, ela envia uma nota a Davi dizendo, "Espero uma criança". Quando Davi lê a nota, entra em pânico. Sua reputação como homem piedoso, justo - estava em risco. Cá estava um homem que havia escrito mais de 3.000 Salmos e cânticos espirituais. Havia sido o instrumento de Deus para matar os inimigos de Israel. E tinha ilustrado para o mundo o que significava ter um grande coração para Deus. Wilkerson 2005 Mas agora, em pânico, Davi pensa não só na própria reputação, mas na reputação do Senhor. Se o seu pecado fosse mostrado, isso seria vinculado ao nome de Deus. Imagens de um escândalo enorme inundaram sua mente. Então Davi concebe um plano para esconder seu caso com BateSeba. E o pôs em ação enviando uma mensagem a Joabe, general do seu exército. A mensagem dizia, "Manda-me Urias, o heteu" (2 Samuel 11:6). Ora, Urias era o marido de Bate-Seba, e pertencia à Infantaria do exército de Israel. É evidente que Urias era parte de um grupo de elite de soldados, pois as escrituras o citam como um dos trinta e sete homens mais fortes de Davi (v. 23:39). Quando recebeu a mensagem de Davi, Joabe deve ter começado a suspeitar de algo. Ele conhecia o coração de Davi, inclusive suas tendências lascivas. Ainda assim, o general instruiu Urias a ir a Jerusalém, para ver o quê Davi tinha para dizer. Quando Urias chega, Davi o recebe na residência real e imediatamente o envolve em conversa militar. Pergunta, "Como está a guerra? E como está indo o seu general? Os soldados estão progredindo?". Urias deve ter se perguntado, "Do que se trata? Sou apenas um soldado da Infantaria. Não fiz nada para merecer esse tipo de atenção". Ou, também poderia desconfiar. Ele poderia ter ouvido algum comentário sobre o caso (apesar de que as escrituras não declaram que o caso era de conhecimento público). A verdade é que Urias estava sendo enganado por Davi. O rei achou que o problema seria resolvido se apenas conseguisse pôr Urias no leito de Bate-Seba uma noite. Então Urias pensaria que ele havia provocado a gravidez da esposa. Davi lhe diz: "Você guerreou uma batalha longa, e deve estar cansado. Vá pra casa e descanse essa noite. Mandarei manjares especiais para você aproveitar". Mas quando Urias saiu, não foi para casa. Pelo contrário, dormiu na casa dos guardas fora do palácio. Quando Davi soube disso no dia seguinte, chamou Urias de volta e perguntou: "Por que você não ficou com sua esposa ontem à noite?". Urias responde: "Joabe, meu senhor, e os servos de meu senhor estão acampados ao ar livre; e hei eu de entrar na minha casa, para comer e beber e para me deitar com minha mulher? Tão certo como tu vives e como vive a tua alma, não farei tal cousa" (2 Samuel 11:11). Urias só conseguia pensar em seus companheiros soldados. A sua lealdade deve ter fervido a cabeça de Davi. Agora o pânico do rei cresce. Ele rapidamente ordena que Urias permaneça em Jerusalém mais uma noite. E põe em ação outro plano. Essa noite, ele iria convidar Urias para jantar, enchê-lo de muito vinho e deixá-lo bêbado. Se Urias perdesse a noção das coisas, se esqueceria dos outros soldados e iria querer dormir com a esposa. Dá para você imaginar esse piedoso rei, um pregador da retidão, tentando deixar bêbado um de seus fiéis soldados? Foi exatamente que Davi fez. E o plano funcionou: Urias ficou bêbado. Davi instruiu os guardas do palácio, "Levem esse homem para casa, e o ponham na cama". Mas outra vez, as escrituras dizem, "À tarde, saiu Urias a deitar-se na sua cama, com os servos de seu senhor; porém não desceu a sua casa" (11:13). A essa altura, o pânico de Davi saiu de controle. Ele sabia que tinha de fazer algo drástico. Então escreve uma carta a Joabe, ordenando que colocasse Urias na linha de frente em meio à pior das batalhas. Então, quando o exército inimigo ondulasse à frente, Joabe deveria recuar todas as tropas exceto Urias. Resumindo, Davi queria Urias morto. Davi entrega uma carta selada nas mãos de Urias, com instruções para que fosse dada a Joabe. O leal Urias não sabia, mas o rei tinha acabado de lhe entregar a garantia da própria morte. Quando Joabe leu a carta, entendeu a idéia de Davi. Mas obedeceu a ordem do rei mesmo assim. Enviou Urias numa missão suicida. E, exatamente como Davi tinha planejado, o soldado foi morto em batalha. É difícil conceber que um homem piedoso e justo como Davi pudesse cair num pecado tão terrível. Mesmo hoje, com todas as notícias sobre estupro, violência e morte, a história de Davi se destaca como uma das piores quedas já sofrida por um líder. Por que? Porque aconteceu com um homem de Deus, uma pessoa apaixonada pela justiça. Provavelmente você se lembra do que aconteceu a seguir: Bate-Seba chorou a morte do marido por sete dias, segundo a lei. Aí Davi a trouxe para o palácio, onde se juntou ao seu harém de esposas (ele já tinha cinco). Posteriormente, Bate-Seba deu à luz o filho de Davi. E durante todo um ano após o assassinato, Davi não mostrou nenhum sinal de arrependimento por seus atos. Na verdade, justificou a morte de Urias junto a Joabe, dizendo que Urias tinha morrido devido aos infortúnios da guerra: "A espada devora tanto este como aquele" (11:25). Davi pode ter visto o seu pecado com leviandade, mas Deus não. As escrituras dizem: "Porém isto que Davi fizera foi mal aos olhos do Senhor" (11:27). Graças a Deus, Davi Tinha um Pastor Que Não Temia o Homem Natã o profeta era o pastor de Davi. E não tinha medo de expor o pecado do seu rebanho, inclusive o pecado do próprio rei. Vejo Natã como um tipo de pastor piedoso que chora em cima do pecado da sua igreja. Deve ter lhe ferido profundamente que Davi, um homem a quem todo mundo olhava como piedoso e reto, estivesse encobrindo pecado. Natã sabia tudo que Davi havia feito, pois o Espírito Santo lhe havia revelado. O rei supostamente justo tinha quebrado três mandamentos santos: havia cobiçado a mulher de outro homem e a roubado dele; havia cometido adultério com ela; e havia cometido assassinato para esconder tudo. Como Natã fez para cuidar da situação? Como esse pregador da santidade repreendeu uma pessoa que estava encobrindo um pecado terrível? Muitos jovens pastores me têm feito perguntas similares: "Como devo tratar com o pecado na minha igreja? Tantos casais estão se divorciando, e outros estão vivendo em adultério. Sei que tenho a responsabilidade de pregar a santidade de Deus a eles. Mas tampouco quero tirar alguém da igreja". A minha resposta a esses jovens pastores é sempre a mesma: "A igreja ouvirá qualquer coisa que você tenha a dizer, se o disser em meio a lágrimas. A sua mensagem não pode ir alem do entendimento da congregação. Eles têm de saber que o teu coração está partido. Tente leválos ao arrependimento através da pregação da palavra de Deus. Sim, a palavra dEle é uma espada de dois gumes. Mas você tem de utilizá-la vestindo luvas de veludo". É claro que essa não é a atitude de todos os pastores. Com regularidade recebo cartas de cristãos dizendo, "Você tem de ouvir o Reverendo Fulano de Tal pregar. Ele ataca pesado o pecado". Porém, muitas destas vezes, os tapes dos sermões são apenas tiradas zangadas contra coisas exteriores. Suas mensagens raramente incluem a misericórdia e a graça de Deus. Antes, lançam pesadas cargas sobre as ovelhas, sem nunca levantar um dedo para aliviá-las. Creio que Natã nos fornece um exemplo maravilhoso de como um ministro piedoso mostra o pecado. Ele não tomou de assalto a presença de Davi, com os braços agitando o ar e com voz trovejante. Ele não apontou com alegria um dedo ossudo na cara de Davi gritando: "Você é o culpado!". Não, ele levou a impressionante mensagem de Deus reveladora do pecado com grande sabedoria, poder de persuasão e terna misericórdia. E usou uma parábola para fazê-lo. Natã disse a Davi: "Um pobre homem tinha só uma ovelha. Era o bichinho de estimação da família, e amada como um membro da família. Ela se deitava no colo das pessoas, esperando ser acarinhada. Então o homem a criou e alimentou como faria com um filho. Ora, o pobre homem tinha um vizinho rico possuidor de muitos rebanhos. Um dia, o homem rico estava recebendo uma visita. Na hora do jantar, ele mandou um servo matar uma ovelha. Contudo mandou que o servo não tomasse uma cordeira de seus vastos rebanhos, mas que roubasse a ovelha do vizinho, a matasse, a temperasse e servisse ao visitante". Quando ouviu isso, Davi ficou irado. Disse a Natã: "Esse homem rico deveria morrer!". "Tão certo como vive o Senhor, o homem que fez isso deve ser morto. E pela cordeirinha restituirá quatro vezes, porque fez tal cousa e porque não se compadeceu" (2 Samuel 12:5-6). Nessa hora, Natã deve ter tido lágrimas nos olhos. Tremendo, ele diz a Davi, "Tu és o homem... desprezaste a palavra do Senhor... A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua mulher tomaste por mulher" (12:7,9). Natã estava dizendo: "Davi, você não entende? O quê estou contando é a tua história. Você tem cinco esposas e mesmo assim roubou a mulher de outro homem. Você não teve pena; o mandou à guerra para ser morto, e assim ter a cordeira dele. Você se tornou adúltero, assassino, um ladrão. Você foi leviano com a palavra de Deus". Natã expôs cada detalhe do pecado de Davi. Mas não o fez com fúria. Antes, simplesmente falou ao rei: "Então, disse Natã a Davi" (12: 7, ênfase minha). Foi nesse momento que Davi foi atingido, e se arrebentou. Quando lemos os escritos de Davi dessa época, vemos o choro de um coração partido: "Os meus ossos estão fracos. Não consigo dormir. Toda noite cubro meu travesseiro com lágrimas". O Espírito Santo perseguia Davi, falando ao seu coração, agindo para que ele se arrependesse. Ele não conseguia fugir da misericordiosa perseguição de Deus. Ao Ler e Reler esse Relato, o Espírito Santo Não Me Deixou Prosseguir Enquanto Não Me Mostrou uma Verdade Poderosa Após estudar esta passagem por inteiro, comecei a clamar a Deus: "Oh, Senhor, Tu vais ser misericordioso comigo como foi com Davi? Tu vais me mandar uma palavra poderosa, expondo o pecado, como fez com ele? Por favor, Senhor, se algum dia eu escorregar e fizer concessões, ponha-me sob repreensão piedosa de um profeta que não tenha medo de expor o pecado". Eu creio que um dos maiores dons misericordiosos de Deus à igreja são os Seus ministros fiéis, que amorosamente nos repreendem por nossos pecados. Agradeço a Deus por esses "pastores do tipo de Natã", pessoas que não têm medo de ofender presbíteros, diáconos ou os membros ricos da igreja. Ficam face a face com qualquer um, para expor suas iniqüidades com carinho e amor. Claro, não é todo mundo que quer uma repreensão assim. Algumas pessoas de nossa lista de correspondência nos dizem: "Não gosto de abrir suas cartas. Sempre me sinto desconfortável quando as leio. São muito enervantes". "Não posso servir um Deus como o teu, que está sempre apalpando a minha alma para expor coisas". "Você precisa amaciar a mensagem. Não dá pra mim". Sei que como pastor amoroso, tenho de ser cuidadoso com o meu tom. Mas não posso me desculpar por pregar verdade condenatória. Eu pergunto, o que acontece à igreja quando os pastores não mostram mais as iniqüidades? Onde Davi teria acabado, se não tivesse Natã para mostrar sua iniqüidade? Você tem de entender que Natã estava bem consciente de que o poderoso rei poderia mandar matá-lo a qualquer hora. Ele tinha visto Davi perdendo as estribeiras várias vezes. Então, por que Natã não disse, "Vou ser apenas amigo de Davi. Vou orar por ele e estarei presente se precisar de mim. Tenho de confiar que o Espírito Santo irá convencê-lo". O que teria acontecido? Creio que Sem a Palavra Condenatória Davi Teria Caído sob o Pior Julgamento Visto pela Humanidade de Natã, O pior julgamento possível é Deus devolver você ao pecado, deter toda a ação do Espírito Santo em sua vida. No entanto, é exatamente isso que está acontecendo com muitos cristãos hoje. Eles escolhem ouvir apenas pregações leves, que reafirmam a carne. Onde inexiste uma Palavra que condene, não pode haver o pesar piedoso pelo pecado. E onde inexiste pesar piedoso pelo pecado, não pode haver arrependimento. E onde inexiste arrependimento, há só dureza de coração. O apóstolo Paulo escreve à igreja de Corinto: "Me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados segundo Deus... Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento" (2 Coríntios 7:9-10). Paulo diz que seu clamor contra o pecado dos coríntios produziu neles contristamento piedoso que os levou ao arrependimento. Por sua vez, isso produziu neles ódio pelo pecado, temor santo de Deus e desejo de vida reta. Porém isso nunca teria acontecido se ele não houvesse pregado uma palavra aguda, penetrante, condenatória. O motivo de Paulo falar com tanta força aos coríntios foi, "para que a vossa solicitude a nosso favor fosse manifesta entre vós, diante de Deus" (7:12). Em outras palavras: "Eu não estava tentando lhes enervar ou condenar. Eu expus o seu pecado para que vissem o quanto eu os amo e me preocupo por vocês. Quando o Espírito Santo bate à porta do teu coração, às vezes soa como pancada dura. Mas é na verdade Deus mostrando Seu terno amor". Sem uma palavra assim, Davi certamente iria cair sob tremendo julgamento. Ele já tinha passado um ano todo em seus negócios, sem alguma vez ter enfrentado o que tinha feito. Ele não ouviu nenhuma palavra de repreensão ou de correção. Então a cada dia que passava, o pecado se tornava mais fácil de tirar da mente. Mais, o seu exército estava ainda tendo vitórias decisivas. Por fora, tudo parecia estar indo bem para ele. Mas tenho certeza que Davi tinha dificuldade para dormir à noite. Ele provavelmente levantava todo dia com uma nuvem negra pairando sobre si. O fato é que ninguém que seja íntimo do Senhor pode permanecer confortável enquanto vive em pecado. Vou lhe dar um exemplo: eu aconselhei um querido cristão irmão nosso que eu suspeitava estar tendo um caso. Quando perguntei isso, ele negou veementemente. Aí, um mês depois, ele pede para falar comigo tarde da noite. Quando o encontrei, ele estava chorando e arrasado. E confessou, "Pastor, há semanas que estou vivendo um inferno. Eu menti a ti e a Deus. Tenho vivido em adultério. Tenho sentido a repetição de todas as mensagens que já ouvi do púlpito, de cada palavra de exortação. E não consegui silenciar a Palavra de Deus". O Espírito Santo continuamente recordava a esse homem todas as pregações expositoras de pecado que ele tinha ouvido; e foi levado ao arrependimento pela lembrança desta Palavra pregada. E agora vou lhe dar um exemplo diferente. Uma irmã em Cristo me escreveu dizendo: "Irmão David, estou casada com meu marido há vinte anos. Eu o amo, mas agora provavelmente vou ter de deixá-lo, apesar de não querer isso. Eu não conseguia entender porque esse homem de Deus, que vai sempre comigo à igreja, iria começar a deteriorar tanto no caráter. Ele se tornou desonesto comigo, e uma grande muralha cresceu entre nós. Logo se tornou um estranho para toda a nossa família. Eu não podia tocar no assunto. Eu orei e fiz tudo que pude para tentar entender o porquê de ele estar se afastando. E então eu descobri o porquê: ele estava preso à pornografia desde que nos casamos, e algum tempo antes disso. Ele ainda se declara ser cristão e vai à igreja comigo. Mas se recusa a deixar isso". Esse homem está prestes a perder a família e o lar. Diz ser nascido de novo e que vai para o céu. Você acha que ele precisa um tapinha nas costas e de uma palavra de certeza? Será que precisa ouvir um pastor dizendo, "Está tudo bem contigo, Jesus te ama"? Não, nunca! Ele precisa de um Natã, de alguém que lhe diga, "Você é o culpado!". Ele precisa ser desperto, ter o fogo do Espírito Santo ardendo sob si. Caso contrário, será entregue ao pecado, e finalmente destruído. Se Não Tivesse Havido um Natã - Se Não Houvesse uma Palavra Penetrante, Profética Davi Poderia Ter Acabado Como Saul: Morto Espiritualmente, Sem a Direção do Espírito, Perdendo Toda Intimidade com Deus Ao ouvir a abrasadora palavra de Natã, ainda que amorosa, Davi se lembrou da vez em que um outro rei, anterior, fora avisado por um profeta. Davi tinha ouvido do aviso de Samuel ao rei Saul. E tinha ouvido a respeito da reação dividida de Saul, confessando: "Eu pequei". (Não creio que Saul tenha gritado do interior da alma, como Davi, "Pequei contra o Senhor!") Davi viu por experiência própria as ruinosas mudanças que sobrevieram a Saul. Este rei - piedoso e guiado pelo Espírito - passa depois a rejeitar continuamente as palavras reprovadoras do Espírito, trazidas por um santo profeta. Logo Saul começou a andar segundo vontade própria, em amargura e rebeldia. Finalmente, o Espírito Santo se afasta dele: "Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei" (I Samuel 15:23). "O Senhor...se tinha retirado de Saul" (18:12). Saul acabou buscando uma feiticeira em busca de orientação. Ele confessa a ela, "Deus se desviou de mim e já não me responde, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso, te chamei para que me reveles o que devo fazer" (28:15). Davi lembrou-se de toda loucura, do medonho terror cercando esse homem que impediu a entrada da palavra de Deus. De repente, a verdade penetrou o seu próprio coração: "Deus não é respeitador de pessoas. Eu pequei, como Saul. E agora cá está um outro profeta, num outro momento, me dando a palavra de Deus, como Samuel deu a Saul. Oh, Senhor, eu pequei contra Ti! Por favor não retire de mim o teu Santo Espírito, como fez com Saul". Davi escreve, "Eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos... Purifica-me... Cria em mim...um coração puro...Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito" (Salmo 51:3-11). Um comentarista sugere que a despeito do arrependimento de Davi, ele nunca teria se recuperado da queda. Ele aponta que a Bíblia diz muito pouco sobre qualquer vitória de Davi após esse tempo. Antes, sugere ele, Davi meramente foi se esvaecendo até a morte. É verdade que Davi pagou sérias conseqüências por seu pecado. Na verdade, profetizou julgamento sobre si próprio! Ele diz a Natã que o homem rico que roubara a cordeira do homem pobre deveria restaurar quatro vezes. E foi exatamente isso que aconteceu com a vida de Davi: a criança à qual Bate-Seba deu à luz morreu em poucos dias. E três outros filhos de Davi Amnom, Absalão e Adonias - todos tiveram mortes trágicas e fora de hora. Assim, Davi pagou seu pecado, com quatro de seus próprios cordeiros. Mas a Bíblia claramente mostra que toda vez que retornamos para o Senhor em arrependimento genuíno, de coração, Deus responde trazendo reconciliação e restauração absolutas. Não temos de acabar como Saul, descendo à loucura e ao terror. Nem temos de "esvaecer" da vida, aguardando o passar do tempo em quieta vergonha até que o Senhor nos leve. Pelo contrário, o profeta Joel nos assegura que Deus se envolve imediatamente assim que voltamos para Ele: "Rasgai o vosso coração...e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal" (Joel 2:13). Surpreendentemente, Deus então nos dá essa incrível promessa: "Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto...Comereis abundantemente, e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor, vosso Deus, que se houve maravilhosamente convosco; e o meu povo jamais será envergonhado" (Joel 2:25-26). O Senhor promete restaurar tudo. É preciso entender: quando essa profecia foi dada, Deus já havia pronunciado julgamento sobre Israel. Mas o povo se arrependeu, e Deus diz, "Agora farei coisas maravilhosas para vocês. Vou restaurar tudo que o Diabo roubou". Amado, a terna misericórdia de Deus permite até ao pior dos pecadores dizer , "Não sou um viciado em drogas. Não sou um alcoólatra. Não sou um adúltero. Sou um filho do Deus vivo, com todos os direitos do céu para a minha alma. Não vivo mais sob condenação, pois o meu passado ficou totalmente para trás. E não preciso pagar por qualquer pecado passado, porque Jesus pagou o preço para mim. E mais, Ele diz que restaurará tudo para mim". Aqui está a verdade quanto ao que aconteceu com Davi. Ele ouviu a palavra de Deus por meio de Natã, se arrependeu e obedeceu, e, como resultado, passou o resto da vida crescendo no conhecimento de Deus. O Senhor trouxe grande paz à vida de Davi. E com o tempo, todos os seus inimigos foram silenciados. No entanto a prova mais clara da restauração de Deus na vida de Davi é o seu próprio testemunho. Leia o que Davi escreveu nos dias próximos à sua morte: "O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu Libertador...o meu rochedo em que meu refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte e o meu refúgio" (2 Samuel 22:2-3). Isso não é o testemunho de alguém que tenha se esvaecido. "Clamei a meu Deus...ele...ouviu a minha voz...me tomou; tirou-me das muitas águas... Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque ele se agradou de mim" (22: 7,17,20). Acabamos de estudar tudo que Davi fez para desagradar ao Senhor. Contudo, mesmo depois de tudo isso, Davi foi capaz de dizer, "O Senhor se agrada de mim". Eis porque Davi para sempre será conhecido como um homem "segundo o coração de Deus". É porque rápida e genuinamente ele se arrependia de seus pecados. Provérbios nos diz: "O que guarda a repreensão será honrado" (Provérbios 13:18). Deus irá lhe honrar, se você amar e obedecer à repreensão divina. "Desprezaram toda a minha repreensão. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento...Os néscios são mortos por seu desvio" (1:30-32). Se você ficar surdo à repreensão piedosa, isso acabará lhe destruindo. "As repreensões da disciplina são o caminho da vida" (6:23). Simplificando, a Palavra condenatória de Deus produz vida. Prezado santo, a verdade em relação à "pregação dura" - se pregada em meio à lagrimas - é que na verdade ela é a "pregação da graça". Se você está sendo sondado pela Palavra de Deus - se o Seu Espírito não está lhe deixando confortável em seu pecado - então está lhe sendo mostrada misericórdia. É o profundo amor de Deus agindo, atraindo-o para sair da morte e entrar na vida. Você vai responder a Ele como Davi fez? Se assim fizer, conhecerá restauração e reconciliação reais. E Deus irá lhe restaurar tudo que o inimigo roubou. Aleluia! --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. 2004 ____ Por 27 __________ Lembre dos Seus Livramentos - 27 de dezembro de 2004 (Remembering Your Deliveries) David de dezembro de Como esquecemos rapidamente os grandes livramentos operados por Deus em nossas vidas. Como é fácil a gente tomar como certo os milagres Wilkerson 2004 que Ele operou em nosso passado. Porém inúmeras vezes a Bíblia nos diz: "Lembre dos seus livramentos". Somos tão iguais aos discípulos. Eles não entenderam os milagres de Cristo quando Ele de modo sobrenatural alimentou milhares de pessoas com uns poucos pães e peixes. Jesus operou esse milagre duas vezes, alimentando 5.000 pessoas uma vez e uma multidão de 4.000 pessoas na outra. Contudo, poucos dias depois, os discípulos tinham removido esses acontecimentos da memória. Aconteceu quando Jesus os preveniu quanto ao fermento dos fariseus. Os discípulos acharam que Ele havia dito isso por terem se esquecido de trazer pão para a jornada. Mas Cristo lhes respondeu: "Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de quantos cestos tomastes? Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos cestos tomastes?" (Mateus 16:9-10). Segundo Marcos, Cristo ficou abismado com a rapidez com a qual os discípulos haviam esquecido Seus incríveis atos. Jesus disse: "Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais de quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes?" (Marcos 8:17-19). O quê essas passagens nos dizem? Está claro que nenhum dos discípulos parou para levar em conta o quê estava acontecendo quando estas milagrosas alimentações se operavam. Tente pintar um quadro desses homens andando em meio à multidão carregando cestos, passando os pães e peixes que se multiplicaram milagrosamente à frente dos seus olhos. Você poderia pensar que esses discípulos teriam caído de joelhos, gritando, "Como isso é possível? É simplesmente impressionante; está totalmente fora de uma explicação humana. Oh, Jesus, Tu és verdadeiramente Senhor!". Eu os imagino encorajando as pessoas às quais serviam: "Peguem aqui alimentem-se desse alimento milagroso, enviado da glória. Jesus providenciou isso. Contemplem o nosso Deus, e O adorem!". Os discípulos viram essas obras maravilhosas com seus próprios olhos. No entanto, a significação dos milagres não ficou registrada neles. E agora, pouco tempo após, eles estavam cheios de dúvidas e questionamentos quanto a "não ter pão". Jesus teve de mostrar-lhes, "Como esquecem depressa dos milagres que Deus teceu para vocês. Vocês não compreenderam os seus livramentos". Eu também me pergunto: por que essas multidões, que haviam sido alimentadas tão milagrosamente, não se levantaram para adorar Jesus? Por que não louvaram a Deus em altas vozes e com braços levantados? Evidentemente, elas tampouco compreenderam seus milagres. E foi pela mesma razão que você e eu rapidamente nos esquecemos dos milagres de Deus em nossas próprias vidas. Os livramentos de ontem são rapidamente esquecidos em meio às crises de hoje. Do Gênesis a Palavra Literalmente "Lembre-se! Lembre-se!" ao Nos Apocalipse, Berra: Ao longo dos dois Testamentos, lemos: "Lembre-se do poderoso braço do Senhor, para realizar milagres em teu favor. Lembre-se de todos os livramentos passados". Preste atenção à exortação de Moisés a Israel após o milagre do mar Vermelho: "Disse Moisés ao povo: Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte o Senhor vos tirou de lá...Quando teu filho amanhã te perguntar: Que é isso? Responder-lhe-ás: O Senhor com mão forte nos tirou da casa da servidão...E isto será como sinal na tua mão e por frontais entre os teus olhos; porque o Senhor com mão forte nos tirou do Egito" (Êxodo 13:3,14,16). Os fariseus interpretaram esse último versículo ao extremo. Fizeram filactérios, caixinhas contendo leis escritas, que enrolavam no braço ou prendiam à testa. Porém o que Moisés estava descrevendo aqui era uma metáfora, um ministério espiritual. Era uma ordem para que todo israelita indelevelmente selasse na mente todo o impressionante livramento que haviam visto. O Senhor estava lhes dizendo, basicamente: "Guarde isso na memória, e o deixe à mão. Conserve-o sempre fresco em sua mente. Toda vez que enfrentar uma crise, toda vez que enfrentar um gigante, toda vez que um inimigo agressivo lhe atacar, você deve se lembrar de todos os milagres que Eu te concedi. Jamais se esqueça do livramento que experimentou. Mantenha um diário mental deles, e lembre cada detalhe. E aí se assegure de contar tudo aos seus filhos. Continue falando dos seus milagres, de geração a geração. Isso edificará a tua fé, e a fé de toda geração que vier". Ninguém viu maiores milagres de libertação que a geração de Moisés. Começou com as impressionantes dez pragas que caíram sobre o Egito. Enxames de gafanhotos, invasões de rãs, rios se transformando em sangue, escuridão tão negra que podia ser apalpada - todas essas coisas trouxeram caos e confusão sobre os egípcios. Contudo durante todo esse tempo, Israel ficou seguro em seu acampamento, protegido de tudo. Estes mesmos israelitas viram uma nuvem de glória se colocar atrás deles, ocultando-os do exército do faraó que se aproximava. Viram o céu da noite se iluminar com uma coluna de fogo, aquecendo-os durante as noites frias do deserto. E viram um mar inteiro se abrindo à frente, formando altas muralhas de cada lado. Eles caminharam em meio a ondas que formavam paredes, em terra seca. E no dia seguinte, Israel viu o exército do faraó destruído de forma sobrenatural, quando essas mesmas muralhas de água tombaram sobre seus perseguidores, eliminando-os. Que livramentos impressionantes Israel conheceu! Contudo não compreenderam nenhum deles. Em verdade, logo os esqueceram. Como sabemos disso? Está registrado: "Nossos pais, no Egito, não atentaram às tuas maravilhas; não se lembraram da multidão das tuas misericórdias e foram rebeldes junto ao mar, o mar Vermelho" (Salmo 106:7). Como Israel foi rebelde a Deus no mar Vermelho? Ora, apenas três dias após o milagroso livramento, acusaram Deus de os ter levado ao deserto para que morressem de sede. "Tornaram a tentar a Deus, agravaram o Santo de Israel. Não se lembraram do poder dele, nem do dia em que os resgatou do adversário; de como no Egito operou ele os seus sinais e os seus prodígios...e converteu em sangue os rios deles, para que das suas correntes não bebessem" (Salmo 78:41-44). "Cedo, porém, se esqueceram das suas obras e não lhe aguardaram os desígnios...Esqueceram-se de Deus, seu Salvador, que, no Egito, fizera cousas portentosas, maravilhas na terra de Cam, tremendos feitos no mar Vermelho" (106:13,21-22). Exatamente aquilo que Moisés havia repreendido em Israel acabou acontecendo. Ele havia prevenido: "Tão-somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas cousas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos" (Deuteronômio 4:9). Vejo a mesma coisa acontecendo hoje na igreja de Jesus Cristo. Somos ordenados pela palavra de Deus a nos "vestirmos com os nossos livramentos". Devemos vesti-los todas as manhãs, assim como pomos nossas roupas. E devemos mantê-los à mão, sempre exibi-los diante dos olhos. E então lhe pergunto: quantas libertações milagrosas do passado você está vestindo agora mesmo? Você está mantendo vivos em sua mente os milagres que Deus lhe fez? Eles estão tão próximos, tão à mão que você poderia se levantar já e testificar de cada glorioso detalhe? Quando o Espírito Santo pôs esta questão em mim, fiquei atônito. Eu só consegui lembrar com alguns detalhes, de uns poucos livramentos. Esqueci tantos. E tomei já como certos e garantidos muitos outros. Pior, eu não havia me lembrado deles na hora mais importante: quando enfrentava outras crises. A lembrança dos meus livramentos poderia ter alimentado minha fé durante tais provações. Somos ordenados a contar aos nossos filhos e netos sobre todas as grandes coisas que Deus fez por nós. Até devemos ter isso escrito, um diário de nossos livramentos. Agora, por que esse mandamento de nos lembrarmos é tão importante? 1. Devemos nos Lembrar dos Livramentos Para Aumentar a Nossa Fé Diante das Lutas de Agora Passados É para o nosso próprio benefício que Deus nos manda recordar. A lembrança de nossos livramentos passados nos ajuda a aumentar a fé diante do que estamos enfrentando no momento. Você está enfrentando uma crise? Você tem diante de si a ameaça gigante de um problema no lar, no trabalho, na família? A única maneira de se enfrentar um gigante é fazer como Davi fez: lembre-se do leão e do urso. Foi assim que Davi pôde atacar Golias sem medo: lembrando-se da fidelidade de Deus para com ele, nas crises anteriores. Explico. Quando Davi foi voluntário para lutar contra Golias, "Saul disse a Davi: Contra o filisteu não poderás ir para pelejar com ele...Respondeu Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; quando veio um leão ou um urso e tomou um cordeiro do rebanho, eu saí após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca...O teu servo matou tanto o leão como o urso; este incircunciso filisteu será como um deles" (I Samuel 17:33-36). É possível que Davi tenha testificado a Saul: "Me lembro do tamanho do urso que me atacou. Eu protegi as mãos com um pano, lhe agarrei a boca, desloquei sua mandíbula. Depois peguei a pele dele. Fiz um abrigo com ela, e a dei ao meu pai, como testemunho do poder de Deus para me livrar". Davi sabia do perigo que enfrentava contra Golias naquela hora. Ele não era um principiante, um garoto ingênuo cheio de bravatas e procurando briga. Não, Davi estava simplesmente se lembrando dos livramentos passados. E agora ele olha o inimigo direto nos olhos e afirma: "O Senhor me livrou das garras do leão e das do urso; ele me livrará das mãos deste filisteu" (17:37). Multidões dentre o povo de Deus hoje enfrentam gigantes por todos os lados. Porém muitos se agacham com medo. Isso descreve você? Você já se esqueceu da vez em que esteve tão doente e próximo à morte, mas o Senhor o levantou? Lembra-se daquele desastre financeiro em que disse, "Acabou estou falido" - mas o Senhor lhe cuidou o tempo todo, e o guardou até o dia de hoje? Veja esses relatos de provação vindos de pessoas que escreveram ao nosso ministério: . Um casal de idosos sofre com o procedimento terrível de seu filho ministro. O jovem pastor deixa esposa e dois filhos, abandonando o ministério para adotar a vida gay. Seus pais ficam arrasados, pensando especialmente no efeito disso sobre os netos. . Um pastor e esposa se afligem com uma filha a qual foi tirada do leito de morte por orações deles. Após se curar, a jovem começou a usar drogas e acabou se casando com um homem que se tornou criminoso. Agora ele está na cadeia, e a garota em pânico está perdendo o controle, tendo pensamentos de suicídio. Nesse momento os pais lamentam a cura dela, imaginando até se não seria melhor ela não haver se curado. . Uma jovem mãe com três filhos se prostra sozinha em sua casa alugada. O marido morreu há pouco, deixando-a sem seguro ou sustento. Ela está só e sem um tostão. . Um negociante está sendo processado pelo sócio, pessoa que se chama de cristão. O sócio tenciona roubar o negócio que esse homem começou. O negociante quer apenas discutir o assunto com o sócio, mas este se recusa a falar com ele. Agora os tribunais estão tomando o partido do sócio, apesar de este negociante ter apenas feito o certo em relação a ele. . Um senhor de 55 anos foi dispensado de seu emprego rendoso. Agora ele se martiriza pensando: "Quem vai empregar um indivíduo de 55 anos?". Ele tem débitos e também estava auxiliando os filhos financeiramente. Agora chega o pânico, e ele sai todo dia, envergonhado de ficar parado em casa fazendo nada. Esses são apenas alguns dos gigantes que os crentes estão enfrentando. Muitos outros santos nos escrevem de seus sofrimentos cruciantes, dizendo, "Eu não entendo". São todos crentes fiéis que confiam na palavra de Deus e andam no Espírito. Como pastor do Senhor, o que vou dizer a eles? A verdade é a seguinte, há muitas coisas que não compreendemos, e simplesmente não as compreenderemos enquanto não estivermos no lar celestial com Jesus. Mas eu creio em termos absolutos que Deus pode curar, e que Ele tem saída para todas as situações. A pergunta para nós é, onde vamos encontrar a fé, a coragem, para nos levantarmos e ganhar vitória nEle? Ela só vem pela lembrança do leão e do urso. Vem quando você é capaz de relembrar a incrível fidelidade de Deus, e todas as vitórias passadas que Ele lhe deu. Olhe, você não pode enfrentar um gigante enquanto não for capaz de visualizar e compreender a majestade e a glória de Deus em sua vida. Para fazer isso, insisto para que volte bem para o início, no seu começo com o Senhor. Você se lembra como era antes de Jesus lhe salvar? Você realmente sabe o quão estava perto do inferno, alguns talvez perto do suicídio, outros prestes a se tornarem possuídos pelo demônio? Lembra-se do milagre, da transformação que ocorreu, do livramento que lhe retirou do abismo em que estava? Você se lembra de como ficou livre de tentações crescentes, de armadilhas que o diabo lhe armou? Você chegou perto de desistir de tudo? Será que quase jogou tudo para cima? Será que ficou tão desencorajado, tão aniquilado, que achou ser inútil prosseguir junto ao Senhor? Lembre-se: o Espírito de Deus veio sobre si. Você se arrependeu, e Ele o atraiu de volta para Si mesmo. O Senhor o desatou da armadilha do diabo, naquela ocasião e em muitas outras. Pergunte-se: quantas preces desesperadas o Senhor lhe respondeu? Vou Lhe Oferecer Uma Maneira Você Pode Transformar um Gigante Numa Formiga Pela Qual Se possível, pegue uma estrada interiorana à noite. Lá, olhe para a lua e para as milhões de estrelas. Então lembre do seu Criador Deus e de toda obra de Suas mãos. O astronauta Charlie Duke uma vez falou ao nosso grupo na Igreja de Times Square. Comentou como é estar numa cápsula minúscula a 448.000 quilômetros da terra, voando em direção à Lua. Quando a nave ficou de lado, alguém exclamou: "Olhem que vista incrível!". Era a terra, suspensa maravilhosamente no espaço negro. Lá estava, gigantesca, a esfera brilhante, sustentada por nada. Toda a tripulação ficou atônita com a visão. Eles sabiam que só um Deus Criador incrível poderia tecer isso. Em verdade, esse foi o mesmo plano que Deus usou para tirar Jó de sua dor. O Senhor fez com que aquele homem sofredor voltasse os seus olhos para os fundamentos da terra, e perguntou: "O quê está prendendo a terra, Jó? O que a segura no espaço?". Deus prosseguiu, dizendo, "Quem deteve os mares em suas margens? Quem diz ao oceano poderoso, 'Venha só até esse ponto, mas não o ultrapasse'? O quê impede que as ondas avancem sobre a terra? Por que você não está se afogando com a água subindo, Jó? E onde estão as nascentes de onde provêm os mares? Como a luz é separada da escuridão? Como são os ventos divididos e dispersos? Como nasce a chuva? O homem pode produzir relâmpagos, trovões, nuvens? Quem você acha que dispôs todas essas forças da natureza em seus lugares, Jó? Quem pôs a ferocidade e a bravura na natureza dos animais?". Deus literalmente levou Jó a assistir um "Curso de Poder", revelando Sua criação passada. Em meio a isso, foi dizendo a Jó: "Você se esqueceu quem Eu sou. Você me acusa de negligência. Você duvida do meu interesse por ti, e do meu poder para te livrar. No entanto estou lhe mostrando o quanto me preocupo por toda essa enorme criação minha" (v. Jó caps. 38-40). O Senhor prosseguiu, até que finalmente Jó se viu aniquilado diante de tudo isso. Então Jó olha para os seus problemas e diz: "Fui tolo. Os meus olhos estavam no lugar errado, em vez de estarem em Ti. Oh Senhor, eu havia me esquecido de todas essas coisas sobre Ti. Sei que Tu podes fazer tudo. E sei que nenhum pensamento pode ser retido de Ti" (v. Jó 42:2-3). 2. Devemos Lembrar Como uma Arma Contra o Medo de Nossos Livramentos Passados O medo não consegue sufocar o coração de alguém cujos olhos estejam cheios da visão da grandeza e da majestade de Deus. Neemias entendeu bem esse princípio. Ele ia de um lado para o outro sobre as muralhas de Jerusalém, enquanto um remanescente esgotado e cansado abaixo tentava reconstruir a cidade. Os israelitas estavam cercados por temíveis adversários, uma coalizão de três nações dirigida por Sambalá e o pérfido Tobias. Agora o medo estava começando a se infiltrar. Os muros da cidade não estavam acabados, e havia montes de entulho por todo lado. Os trabalhadores esgotados eram forçados a labutar com um martelo numa mão, e uma espada na outra. Como responder aos seus temores? Como prosseguir em vez de fugir? Então Neemias traz à lembrança deles o quão grande e tremendo o seu Deus é: "Inspecionei, dispus-me e disse aos nobres, aos magistrados e ao resto do povo: não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai" (Neemias 4:14). Prezado santo, você está com medo de sua situação? Será que o problema lhe atingiu, abalando sua confiança no Senhor? Se é assim, lembre o quão grande e temível o seu Deus é. Foi exatamente assim que Moisés tratou com o medo em seu grupo. Ele disse a Israel: "Se disseres no teu coração: Estas nações são mais numerosas do que eu; como poderei desapossá-las? Delas não tenhas temor; lembrar-te-ás do que o Senhor, teu Deus, fez a Faraó e a todo o Egito...Não te espantes diante deles, porque o Senhor, teu Deus, está no meio de ti, Deus grande e temível" (Deuteronômio 7:17-18, 21). Moisés estava dizendo: "Vocês enfrentarão tremendos inimigos muito mais poderosos que vocês. E se perguntarão como de algum modo conseguirão ter vitória tendo tão poucas chances. Mas a única coisa que deverão fazer é se lembrar de quão grande e forte é o teu Deus. Lembrem-se do quê Ele fez aos seus inimigos no passado, e como Ele foi fiel ao libertálos". Temos de Nos Lembrar de Quão Grande é Deus do Quê Ele Fez no Passado Para Nos Livrar E Invocar Esse Poder Majestoso Diante da Provação Desse Momento Moisés insta junto a Israel: "Ele fez tudo isso por vocês. E vocês devem se apropriar do poder dEle". "Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e temíveis cousas que os teus olhos têm visto" (Deuteronômio 10:21). Davi pergunta: "Quem há como o teu povo, como Israel, gente única na terra, a quem tu, ó Deus, foste resgatar para ser teu povo? E para fazer a ti mesmo um nome e fazer a teu povo estas grandes e tremendas cousas, para a tua terra, diante do teu povo, que tu resgataste do Egito, desterrando as nações e seus deuses?" (2 Samuel 7:23). Deus declara a nós: "Porque eu, o Senhor, não mudo" (Malaquias 3:6). E hoje Ele ainda procura mostrar a Sua grandeza a todos que crêem e se apropriam do Seu poder. "Quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele" (2 Crônicas 16:9). As palavras de Moisés ao morrer, dirigidas ao povo de Deus foram: "Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos atemorizeis diante deles, porque o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco; não vos deixará, nem vos desamparará" (Deuteronômio 31:6). Finalmente, ouvimos o apóstolo Paulo. Ele ora para que se abram os olhos de cada um dos santos, para verem a grandeza do poder de Deus para conosco: "Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder" (Efésios 1:17-19- itálicos meus). Dentre as coisas mais importantes que me lembro, a maior delas é a memória que compartilhamos toda semana à Santa Ceia. Nos recordamos da morte do Senhor, do maior de todos os milagres. O nosso Senhor Jesus Cristo conquistou a morte, e hoje se mostra vitorioso sobre qualquer provação que você enfrente. E ainda mais, Ele está com você em sua provação. Insisto consigo: erga os olhos da dor, e lembre das maravilhosas obras que Ele fez por você. Então terá uma visão da majestade e da glória do Deus que é o seu livramento. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 25 __________ Santo Espírito, Volte Para a Tua Igreja - 25 de outubro de 2004 (Holy Spirit, Come Back to Your Church) David de outubro de Quando Deus fez nascer a sua igreja, ele derramou o Espírito Santo sobre ela. Ele a batizou no Espírito Santo, encheu-a com o Espírito, e a ungiu com o Espírito. E em toda parte onde o Espírito de Deus estava presente, havia claras provas ou evidências. Contudo se estas evidências não eram vistas, então o Espírito Santo não estava presente. A minha pergunta é: a igreja moderna exibe essas evidências? A sua igreja faz isso? Ela está se movendo no poder do Espírito Santo? Mais ainda, a sua vida mostra essas evidências? Você está vivendo e andando na plenitude do Espírito? Joel profetizou que quando o Espírito viesse, uma evidência de sua presença seria o ensino profético. Joel descreve isso como sendo uma época excitante quando os crentes mais velhos teriam sonhos espirituais, e os jovens receberiam visões. O povo de Deus iria experimentar maravilhosos livramentos, e seguir-se-ia uma grande colheita de almas. O profeta Isaias também descreve o quê ocorre quando o Espírito Santo cai sobre o povo. Ele profetiza: "Até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em pomar, e o pomar será tido por bosque" (Isaías 32:15). Isaías está dizendo: "Quando o Espírito Santo vem, o que é deserto improdutivo se torna campo de colheita; um pedaço de chão morto de repente abunda com frutos. E não será uma colheita temporária - esse pomar se tornará em bosque. E será possível se colher frutos desse bosque ano após ano, e se edificar continuamente sobre essa multiplicação". Isaías acrescenta: "O juízo habitará no deserto, e a justiça morará no pomar" (32:16). De acordo com o profeta, o Espírito Santo também traz consigo uma mensagem de juízo contra o pecado. E essa mensagem produz retidão nas pessoas. Subitamente, a pregação do ministro muda. Ele deixa de se conformar com sermãos mortos ou áridos; pelo contrário, passa a pregar a pura palavra de Deus, e a mensagem é trazida flamejante e convincente. As pessoas sonolentas agora entendem que "Isso tem a unção do Espírito Santo. Posso Wilkerson 2004 trazer os meus amigos de fora aqui, sabendo que o Espírito vai falar aos seus corações". Ora, o Espírito Santo inicia o seu trabalho pelo púlpito. Se o juízo começa pela casa de Deus, é de se esperar que o Senhor inicie sua obra pelos pastores. Ele trata amorosamente com eles, convencendo-os em relação a todos os ídolos que estejam presentes, em relação a cada um dos desejos da carne, em relação a toda porção de ego que esteja sendo exaltada contra a sabedoria de Deus. Em verdade, essa é a obra do Espírito: convencer do pecado, da justiça e do juízo. Porém Isaías não está falando de um derramamento único do Espírito, o quê algumas pessoas consideram "reavivamento". Isaías está descrevendo algo que dura. Estudos feitos por sociólogos cristãos mostram que a maioria dos reavivamentos da atualidade dura uma média de cinco anos, e deixam em seu rastro muita confusão e dissensão. Conheço algumas igrejas onde assim chamados reavivamentos tiveram lugar, mas agora, poucos anos depois, não resta qualquer sinal do Espírito. São igrejas que estão mortas, áridas, vazias. Casas que antes abrigavam 1.000 pessoas agora são túmulos cavernosos, com só cinqüenta pessoas assistindo. No entanto sei também de igrejas onde o Espírito foi derramado há cinqüenta anos atrás, e ainda hoje Deus está poderosamente agindo. Essa é a obra do Espírito que Isaías está descrevendo. Uma Vez o Espírito Tendo Se Afastado Removido de Uma Igreja, Deixa de Haver Qualquer Restrição ou Deixa de haver um grito contra a carne e contra as estultícias que se infiltram na casa de Deus. Vemos isso em carta que recebi de um consagrado pastor que serve importante denominação protestante. Ele chora com o que ocorreu durante a Conferência Anual de sua denominação: "Votamos apoiando o aborto, apesar de o Congresso Federal ter votado contra. É triste quando o Congresso é mais piedoso do que a igreja." "O nosso novo moderador, que deverá ser o porta-voz da igreja pelos próximos dois anos, abertamente apóia a ordenação de gays e lésbicas, e é, na verdade, de uma igreja "mais light" (chamada assim porque crêem que têem 'mais luz' do que o resto de nós nessa questão da homossexualidade). Como ministro dessa denominação, agora sou autorizado a abençoar uniões do mesmo sexo. Como posso abençoar aquilo que Deus chama perversão?" "Votamos no sentido de anular ou não um artigo de nossos Estatutos que impede a ordenação de 'homossexuais assumidos e praticantes'. Felizmente, isso não passou, mas a votação foi 259 contra 255 - só quatro votos evitando a abominação total. As igrejas 'mais light' estão jubilosas porque crêem que na próxima assembléia - em 2006 - a votação para a ordenação de gays vai passar. Acho que elas estão certas." "É quase como se estivéssemos procurando maneiras de ofender o Todo-Poderoso. A denominação votou em junho censura a Israel, e ordenou a desinvestidura dos títulos e ações da igreja - cerca de 7 bilhões de dólares - de todas as companhias israelenses, e de todas as companhias que fazem negócios com Israel..." "Que Deus tenha piedade de nós!" Esse homem está sendo forçado a deixar a denominação, porque parece que o Espírito Santo foi removido. Não há mais uma força restringindo o pecado ou a carne, então vale tudo. E o inferno inteiro fica solto. Quando o Espírito Santo vem, o primeiro trabalho é limpar a sua igreja. Ele tira tudo que atrapalha o fluir do Espírito de Deus. E isso significa limpar individualmente as pessoas. Toda carnalidade é caçada e afugentada; mexericos e os que têm línguas amargas contra os piedosos são mostrados e expostos; os que mentem e acusam falsamente são isolados e levados a enfrentar a verdade. Logo os que causam dissensões estão vivendo sob uma nuvem negra feita por eles mesmos. Foi assim que tudo aconteceu no Pentecostes, quando o Espírito veio. As escrituras dizem que quando Pedro começou a pregar com a unção do Espírito, o coração das pessoas foi atingido como por uma pontada. Eles gritavam: "O que faremos para sermos salvos?". Milhares foram a Cristo naquele dia. Eles não tinham de ser convencidos através de recursos publicitários, truques, ou de entretenimento profissional. Não, eles reconheceram o pecado, e quiseram li berdade. E os que não quiseram admitir o pecado oculto, foram expostos. Na verdade, um casal - Ananias e Safira - pagou o embuste com a vida. Você pode ficar impune com pecado oculto em uma igreja morta e árida, mas não em uma igreja onde o Espírito Santo está presente. Veja, o Espírito Santo é também o administrador da paz de Cristo; ele concede as porções de paz tanto para o púlpito quanto à congregação. Porém não pode haver paz sem justiça. Isaías continua sua profecia: "O efeito da justiça será paz, e o fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre. O meu povo habitará em moradas de paz, e moradas bem seguras e em lugares quietos e tranqüilos" (Isaías 32:17-18). A paz vem porque a justiça está agindo; o Espírito está ocupado varrendo para longe toda inquietude, todo distúrbio e condenação. O que se segue é paz de espírito, paz no lar, e paz na casa de Deus. E quando o povo de Deus tem a paz de Cristo, não é facilmente afastado dela: "Ainda que haja saraivada, caia o bosque e seja a cidade inteiramente abatida. Bem aventurados vós, os que semeais junto a todas as águas e dais liberdade ao pé do boi e do jumento" (32:19-20). A profecia de Isaías sobre o Espírito Santo foi dirigida a Israel durante o reinado de Uzias. Porém também se aplica ao povo de Deus hoje. Isso é conhecido como profecia dual. O fato é que toda geração necessita de um derramamento do Espírito Santo. E creio que a igreja de hoje não viu nada comparado ao quê o Espírito deseja realizar. Isaías Nos Mostra Quando o Espírito Santo se Afasta o Quê Acontece Há também claras evidências quando o Espírito não está presente, ou sendo derramado. Isaías descreve essa horrenda situação: "Vireis a tremer...porque a vindima se acabará, e não haverá colheita. Tremei...turvaivos...Batei no peito por causa dos campos aprazíveis e por causa das vinhas frutíferas. Sobre a terra do meu povo virão espinheiros e abrolhos, como também sobre todas as casas onde há alegria, na cidade que exulta" (Isaías 32:10-13). Em outras palavras: "A sua vida não dará mais frutos. A sua família, a sua igreja, os seus relacionamentos vão estagnar espiritualmente. Acorde! Você precisa que o Espírito Santo volte". O que são os espinheiros e abrolhos que Isaías descreve aqui? Eles significam vazio, sequidão, desapontamento. Essas coisas muitas vezes ocorrem na forma de congregados ímpios que se levantam e criam estragos. Por todo o mundo, nas reuniões de nossos ministros, a minha equipe e eu encontramos centenas de pastores que testificam desses espinheiros. Referem terem sido afrontados no espírito por uma pessoa ou por um grupo restrito ("panelinha"), que se acredita ser a autoridade espiritual. Esses espinheiros são ingovernáveis, indisciplinados, e constantemente ficam promovendo o caos. Têm perseguido todos os pastores que passaram por sua igreja, atrapalhando-os e espalhando fofocas. Acham que o ministro precisa ser pobre, e trabalhar como um escravo. E acabam assustando o novo convertido. A igreja é obrigada a continuar pequena devido aos constantes distúrbios que promovem. Como resultado, muitos pastores estão prontos para desistir. Não vêem fruto no ministério, e agora estão cansados, esgotados, reduzidos a nada. Suas esposas têm visto o quanto estão desapontados, sem empenho. Então os encorajam: "Meu bem, por favor desista. Você não é obrigado a agüentar esse tipo de pressão. Até um trabalho secular seria melhor do que isso". Igrejas, às dúzias, já estão fechando todos os dias pelo mundo. Quando o nosso ministério esteve na Inglaterra no ano passado, doze templos majestosos foram "desconsagrados", significando que as portas foram fechadas para sempre. Outros foram vendidos para se tornarem nightclubs. Um até foi vendido a um grupo de ocultismo, para se transformar num museu do oculto. As pessoas espinhosas que contribuíram para essa tragédia são como os israelitas-pais que saíram do Egito. Esses homens ingovernáveis ficavam se levantando contra a autoridade de Moisés. E finalmente se tornaram incapazes de serem remidos, devido à sua desavergonhada murmuração e reclamação. Deus também adverte a Israel: "Se não desapossardes de diante de vós os moradores da terra, então, os que deixardes ficar-se-vos-ão como espinhos nos vossos olhos e como aguilhões nas vossas ilhargas e vos perturbarão na terra em que habitardes" (Números 33:55). A verdade é que você não consegue mudar gente assim. Eles vão viver e morrer num deserto de desespero e confusão, exatamente como foi com Israel. Seus corações simplesmente vão se endurecendo mais e mais, até se tornarem totalmente resistentes ao Espírito Santo. Nesse momento, creio que a igreja de Jesus Cristo precisa de uma limpeza da casa. E nenhum pastor ou evangelista tem poder para limpar a casa. Isso não pode ser feito pelo carisma, pela força ou habilidades. Não, a última coisa que a igreja precisa é de mais um truque produzido por homens, ou inventar mais livros do tipo "como aprender a...", ou listas de métodos para motivar uma congregação morta. Estas coisas cumprem o que os profetas referem como “ai dos que descem ao Egito em busca de socorro...confiando no braço da carne". Limpar a casa de Deus é obra unicamente do Espírito Santo. E quando ele vem, a sua obra é meticulosa e completa, de cima abaixo, do púlpito até os bancos da igreja. Não importa o quanto a igreja seja grande; pode ter milhares de membros. O fato é: se essa igreja não está cheia da justiça e da retidão do Espírito Santo - se não há um ministro cheio do Espírito no púlpito, se o pecado não está sendo exposto e abandonado, se inexiste um altar de arrependimento - haverá apenas o vazio. Tal igreja é a casa da morte. Como pastor, tenho de reconhecer que é possível a mim permitir que o Espírito Santo escoe de minha alma. Você pergunta: "Escoar?". Sim, o Espírito Santo habita em mim como um poço de águas vivas. E se o meu coração não está em repouso - se eu me torno desencorajado e perco minha paz, se me entrego a introspecções, se permito que sentimentos de fracasso persistam no meu espírito, se eu nutro idéias de abandonar o ministério devido às dificuldades - então sei que permiti que a águas vivas do Espírito se escoassem de mim. Às vezes, você pode se ver perguntando: "Por que minha alma está abatida? Por que estou tão desencorajado? Por que estou com tanto medo?". Você tem de saber, que é sempre uma questão do Espírito Santo. Como Isaías diz, quando o Espírito é derramado, o resultado é a paz. E se esse efeito não está presente - se ainda há agitação - então temos de olhar para os nossos próprios corações. Isaías mostra claramente que todos os problemas, a falta de frutos e o desespero são falta da apropriação do poder do Espírito Santo. Por Que o Espírito Não Estava Sendo Derramado Sobre o Seu Povo ? Santo Novamente, Isaías explica. Ele diz que o Espírito não era derramado devido ao desinteresse e à indiferença de Israel. Em resumo, o problema era preguiça espiritual. "Levantai-vos, mulheres que viveis despreocupadamente, e ouvi a minha voz; vós filhas, que estais confiantes..." (Isaías 32:9). A palavra "mulheres" na verdade refere-se a toda a congregação. A imagem retórica aparece por todas as escrituras: Cântares refere-se aos escolhidos de Deus como "filhas de Jerusalém". O Salmo 45:13 chama Israel de "filha do Rei". Em outra parte do Velho Testamento a expressão "filhas de Sião" é usada. E naturalmente, no Novo Testamento, a igreja é conhecida como "noiva de Cristo". Deus duas vezes aqui avisa Israel quanto à despreocupação. Primeiro lemos, "Levantai-vos, mulheres que viveis despreocupadamente...filhas, que estais confiantes". Então Isaías acrescenta: "Tremei, mulheres que viveis despreocupadamente; turbai-vos, vós que estais confiantes" (Isaías 32:11). A palavra em hebraico para confiantes aqui quer dizer "seguras de si". O que está sendo dito é, "Sáia desse desinteresse, ó crente. Você está tão seguro em seu pecado, tão confiante em si mesmo que se tornou preguiçoso espiritualmente. Acorde desse estado de indiferença!". Olhando em torno na igreja atual, vejo multidões de crentes deitados sobre as camas da autoconfiança. Eles desprezam as mensagens proféticas, e cerram os ouvidos a todos os chamados para despertar. São crentes que estão dormindo em plena hora da meia-noite. Amós escreve: "Ai dos que andam a vontade em Sião e dos que vivem sem receio no monte de Samaria...Vós que imaginais estar longe o dia mau e fazeis chegar o trono da violência; que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comeis...cantais...ao som da lira...que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo, mas não vos afligis com a ruína de José" (Amós 6:1, 3-6). Quando Isaías diz: "Tremei, mulheres que viveis despreocupadamente", a palavra para tremei quer dizer "estremecei de medo". Deus está falando às igrejas mortas aqui. Está avisando que elas perderam o Espírito. E por sua vez, se tornaram igrejas que se movem na carne, servindo às pessoas não o pão ou águas vivas, mas palha e restolho. Elas amam o entretenimento, e por isso não querem um profeta em seu meio. Estão mais interessadas em números que no arrependimento e na retidão. Amado, os avisos de Isaías nunca foram mais relevantes que agora. Sinto turbulência divina em meu coração, um estremecimento na alma, por causa do que vejo estar se aproximando. Uma única bomba terrorista é suficiente, matando dezenas ou talvez centenas de milhares. E em uma hora, o mundo inteiro estará em pânico. Nós não queremos ouvir sobre isso, mas até os líderes mundiais estão avisando quanto a essa probabilidade. Alguns especialistas dizem que a situação não é mais questão de "se" mas "quando". Breve, as palavras proféticas de Jesus serão cumpridas diante dos nossos olhos, com o coração dos homens desmaiando e entrando em falência por causa do medo. Quantos sofrerão ataques cardíacos com a queda das bolsas...quando as multidões inundarem as estradas, fugindo para as montanhas e os desertos...com os líderes mundiais tremendo e se escondendo em seus bunkers...com milhões de jovens enlouquecidos pelas ruas, totalmente sem restrição, por estarem convencidos de que morrerão no dia seguinte? Há algum tempo, muitos cristãos teriam protestado contra esse tipo de pregação, gritando: "Pare - não toleramos isso. É ruim demais. Traga uma mensagem positiva". Acredito que estes mesmos cristãos teriam gritado, "Impossível!" se eu me levantasse diante deles em agosto de 2001 e declarasse: "Em apenas uma hora, as Torres Gêmeas cairão, derrubadas por dois seqüestradores terroristas. Milhares de pessoas morrerão, e o mundo inteiro irá chorar". Eu teria sido acusado de "fomentar o medo". Está programado eu pregar na Espanha nesse mês. Se eu tivesse ido a este país há alguns anos atrás, e profetizasse que centenas de pessoas morreriam numa explosão de trem por causa de terroristas, poucos teriam me acreditado. Tento imaginar eu mesmo pregando na Rússia no ano passado, e dizendo que aquela nação iria chorar porque centenas de escolares seriam mortos por terroristas que os tornaram reféns. Uma mensagem assim teria soado inacreditável. A verdade é que já tivemos um vislumbre do que deverá vir, na Flórida e no sul do país durante os terríveis furacões. Todas as estradas para o sul foram fechadas, enquanto as pistas para o norte ficaram estranguladas com milhões de pessoas tentando fugir de uma natureza em fúria, e incontrolável. Os postos logo ficaram sem gasolina, e os hotéis super lotados. As pessoas acabaram simplesmente dirigindo o carro, sem ter para onde ir. Os estragos na região estão sendo estimados em bilhões de dólares. A profecia de Isaías avisa: "Ainda que haja saraivada, caia o bosque e seja a cidade inteiramente abatida" (Isaías 32:19). Resumindo, estas catástrofes atmosféricas são avisos de Deus. Ele governa e reina sobre as forças da natureza. E nunca na história ele trouxe juízo sobre um povo - sem antes enviar aviso após aviso, em amor. Como devemos nos preparar para os terríveis acontecimentos à frente? Com arrependimento, segundo Isaías: "Levantai-vos, mulheres que viveis despreocupadamente...tremei...turbai-vos, vós que estais confiantes" (32:9-12). Nesta Terrível de Ser Onde Estará a Igreja ? Hora em Abalado Que For Tudo Capaz Abalado, Onde vão estar os pastores que estiveram trancados a sós com Deus? Onde encontraremos os pastores em chamas com o Espírito Santo, homens que podem oferecer esperança e arrependimento? Onde as multidões em fuga serão capazes de encontrar igrejas que ofereçam um lugar de refúgio, onde o Espírito Santo as acalme com a verdade? Em igrejas assim, ninguém estará fofocando ou se concentrando nas coisas fúteis da vida. Ninguém estará despreocupado quanto ao seu caminhar com Jesus. Ninguém vai ficar falando de crescimento da igreja, ou irá a cinemas para se assentar com os zombadores e engolir imundície. Não, haverá só uma questão para cada pastor e cada leigo nessas igrejas: "Será que tenho suprimento do Espírito Santo em mim? Será que tenho o seu suprimento para ministrar àqueles em torno de mim que estão destroçados pelo medo?". Assim, como podemos nós ministros nos preparar? O que as igrejas devem fazer? Isaías nos diz que não haverá esperança, nem colheita futura, nem frutos "até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto" (Isaías 32:15). Toda igreja, todo ministro, todo pastor e todo crente precisa experimentar um derramamento do Espírito antes que o juízo próximo chegue. Quero lembrar as palavras de Isaías: "O meu povo habitará em moradas de paz, e moradas bem seguras e em lugares quietos e tranqüilos" (32:18). Em qualquer lugar onde o Espírito é derramado, há paz, quietude, segurança. Sim, deve vir um tempo de violência, terror, pânico, e de sofrimento das nações. Mas nessa hora, Deus terá pastores e um povo santo que o busca para receber um renovado suprimento do Espírito Santo. Estas pessoas já o estão adorando em verdade, e confiando nele para terem um Pentecostes pessoal. De suas vidas fluirão rios de água viva. Em verdade, à medida que vai ocorrendo a liberação das forças destrutivas da natureza, que os nossos lugares de orgulho e de comércio são humilhados - o Espírito é derramado do alto. Porém esse derramamento cai apenas sobre os que oram. Cai apenas sobre os que tremem diante da palavra de Deus, que despertaram do sono, que se esvaziaram da confiança na carne, e buscam receber um espírito quebrantado, e um coração contrito. Ainda mais, as escrituras nos dizem que o Espírito Santo é dado só aos que pedem em fé. Eu pergunto: você foi cheio com o Espírito Santo? Tem vivido, andado e se movido no Espírito? Não importa se a sua igreja é próspera ou não, ou o quanto a sua vida possa parecer um sucesso. Mesmo podendo responder sim a estas perguntas, o seu suprimento do Espírito Santo sempre precisa ser renovado. Paulo fala de sua "provisão do Espírito de Jesus Cristo" e pede a "vossa súplica" aos filipenses (Filipenses 1:19). Agradeço a Deus por todos os pastores e igrejas de hoje que não perderam o Espírito. Sou grato a todo homem e mulher que esteja inflamado com o Santo Espírito, por toda igreja em chamas que esteja fazendo nascer a vida. Porém, tragicamente, sobram tão poucas.O meu coração chora: "Ó Senhor, ó Santo Espírito, voltem para a tua igreja. Voltem e removam todas as nossas estultícias. Voltem e nos toquem com uma ardente paixão por Cristo. Voltem e limpem-nos de todos os esquemas e planos vindos de homens. Fechem toda TV e mídia religiosas que desonrem o teu nome". "E, Santo Espírito, aja sobre a minha alma. Atraia-me para o lugar secreto de oração contigo. Que não existam mais orações apressadas, para mim. Me discipline para eu esperar em ti, chorar para ti, e não desistir enquanto tu não me encheres ao máximo. E dê-me tua prometida paz de espírito. Conceda-me a tua quietude e tranqüilidade, e a segurança de que cuidarás de nós - venha o que vier". Isaías nos deixa com essas boas novas: "Agora, pois, ouve, ó Jacó, servo meu, ó Israel, a quem escolhi. Assim diz o Senhor, que te criou, e te formou desde o ventre, e que te ajuda: Não temas, ó Jacó, servo meu, ó amado a quem escolhi" (Isaías 44:1-2). Finalmente, Judas nos assegura: "Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões. São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito. Vós, porém, amados, edificandovos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo, guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna" (Judas 17-21). --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. A Volta de (The Coming of the Lord) Por 04 __________ de Cristo David outubro 04 de outubro de 2004 de Quando eu era criança, o grito da igreja era: "Cristo está voltando! Como o ladrão da noite, Ele voltará quando menos se esperar. Virá num piscar de olhos, ao soar da trombeta. Fique preparado o tempo todo". Por toda a minha adolescência, esse grito era ouvido todo culto de domingo. Todo evangelista que vinha pregar na igreja de meu pai tinha uma mensagem comovente sobre o breve retorno de Cristo. Seus gritos se perdem em minha memória. E a mensagem formava em mim um temor e expectativa santos. Aprendi a viver esperando o Senhor voltar a qualquer momento. Esse grito: "Cristo está voltando", raramente se ouve hoje na igreja. Não me lembro da última vez em que ouvi uma mensagem sobre a volta de Jesus. Como resultado, quando olho o corpo de Cristo, vejo pouca expectativa pela breve volta do Senhor. É triste, mas só uns poucos e fiéis servos parecem desejar e querer apressar a Sua manifestação. Na verdade, há uma nova mentalidade quanto a esse assunto entre muitos cristãos. A idéia é: "Jesus não está voltando. Ouvimos isso há anos. De todas as profecias que precisam se cumprir antes de Sua vinda, só poucas se realizaram. Por que devemos esperar a Sua volta? Tudo continua do jeito que sempre foi". A Bíblia previne quanto a essa mentalidade. Pedro diz que haveria escarnecedores nos últimos dias, zombando da mensagem quanto à vinda de Jesus: "Nós últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as cousas permanecem como desde o princípio da criação" (2 Pedro 3:3-4). Incrível, muitos temem a volta de Cristo. O fato de pensarem em suas vidas chegando ao fim, e terem de enfrentar o dia do Juízo é tão amedrontador, que eles tiram isso da mente. Como tal coisa poderia acontecer com crentes, você pergunta? Segundo Pedro, suas vidas são ditadas por desejos: "andando segundo as próprias paixões" (3:3). Pense no que Pedro está dizendo. Se você se prende a um pecado favorito, não vai querer nada com esta mensagem da volta de Cristo. A idéia de que Jesus virá e o julgará é o pensamento mais assustador que um pecador pode ter. Então é preciso zombar da idéia de ter de se comparecer diante de Deus em meio à suas cobiças devastadoras, e prestar contas. Wilkerson 2004 A mensagem de Pedro para nós é clara: "Eis o que está por trás de toda impertinência quanto à volta de Cristo: zombaria da lei de Deus. É o ódio pela Bíblia, o depreço pelos Dez Mandamentos, o descaso pelo evangelho. Esse é o motivo que está por trás de toda corrupção, de toda essa petulância do pecado, da impotência da igreja. Os escarnecedores estão pregando uma nova mensagem: 'Cristo não está voltando. Não tem isso de acerto de contas. Tudo continua do mesmo jeito há anos. A gente não precisa ter medo do dia do Juízo". Bem como Pedro profetizou, esses zombadores estão presentes hoje. E não estão zombando da lei terrena. Estão zombando das leis de Deus. Você vê isso na força feita para se romper a instituição do casamento entre um homem e uma mulher. Eles não se concentram na Constituição, mas na palavra de Deus. E tais escarnecedores estão em altos postos: no Congresso, em altas cortes, nas faculdades e escolas, até em seminários bíblicos. Por causa dessa licenciosidade desenfreada, as pessoas são atacadas por uma cegueira deliberada. Os escarnecedores podem ser ouvidos dizendo, "Tudo continua se mostrando de maneira ordenada. O sol amanhã se levantará na hora programada, as estações virão e se irão. Tudo aquilo que nos foi dito no passado ainda não aconteceu. Então, não deixe que nada lhe atrapalhe. Curta e desfrute das coisas. Faça tudo que te deixa feliz". Tenho de abanar a cabeça diante disso. Como alguém vivendo hoje poderia dizer que as coisas continuam como sempre foram? Pense no absurdo dessa declaração nesse tempo de terror. Terroristas destruíram as Torres Gêmeas em Nova York. Explodiram uma estação de trens na Espanha. E estão decapitando pessoas no Oriente Médio. Já foi dito que um genocídio em massa como o Holocausto nunca poderia acontecer em nossos dias. Contudo 700.000 ruandans inocentes foram mortos pelos próprios compatriotas em poucos meses. A AIDS está matando milhões de pessoas na África, na China, Índia em outros países. Países ameaçando uso da bomba de hidrogênio se põem na posição de manter o resto do mundo como refém. E há um crescimento de novas doenças mortais, como a SARS e Ebola, que consomem o corpo de uma pessoa em semanas. "Tudo continua como sempre"? Que ignorância teimosa. Deve estar claro até para os ímpios que o Senhor está abalando tudo que é possível ser abalado. E o que virá em futuro próximo é muito terrível até de se pensar. No entanto, à medida que tudo isso acontece, há uma força poderosa e invisível agindo na terra. É um poder do qual nenhum homem pode se esquivar, ou ignorar. Estou falando do poder do Espírito Santo. Ele é o administrador de Cristo na terra. Foi enviado para dar poder aos justos, e convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. O Espírito Santo sabe exatamente porque Jesus ainda não voltou. É porque o nosso Senhor é longânimo. É paciente com o pecador, desejando que nenhum pereça. Em Sua misericórdia, está esperando que o mais vil dos pecadores se arrependa. E por essa específica razão, o Espírito Santo não irá afrouxar Sua tarefa. Você pode zombar ou tentar se livrar dEle, mas o Espírito volta vez após outra, convencendo do pecado e revelando a verdade de Cristo. Apesar de Que os Escarnecedores as Escrituras Dizem que o Espírito Também Virá nos Últimos Dias, Se Derramando Sobre a Terra Virão, Santo Isso aconteceu, no Pentecostes. E agora, ao final dos tempos, o Espírito Santo está dando o grito final, da meia noite: "Cristo está voltando". Os muçulmanos e os hindus ouvirão esse grito. Todo pecador, todo santo, todo judeu ou gentio sobre a terra o ouvirão. Essa verdade será proclamada às nações. Pode-se perguntar, "De que tipo de 'volta de Cristo' você está falando? Está se referindo a um arrebatamento secreto? Está falando da volta pré, meio ou pós tribulacionista? Ou, você quer dizer que Cristo virá no extremo final dos tempos?". Alguns cristãos acreditam que Jesus subitamente evacuará o Seu povo da terra naquilo que é chamado de arrebatamento. Outros ensinam que Cristo virá na metade de um período conhecido como a grande tribulação. Esse período duraria sete anos, marcado por terror e caos de um modo nunca antes visto pelo mundo. Outros crêem que Jesus virá ao final desse período de sete anos de tribulação. Outros ainda ensinam que Cristo voltará ao final extremo de todas as coisas. Há respeitados estudiosos bíblicos em cada um desses campos. Porém há algo com o que todo cristão pode concordar: o próprio Jesus diz que ninguém sabe a hora de Sua vinda, nem mesmo os anjos. E para a pessoa verdadeiramente apaixonada por Cristo, a hora de Sua volta não é problema. Tais servos estão prontos para partirem a qualquer momento, seja por meio de um súbito arrebatamento ou em meio da tribulação. Não importa a eles que tenham de suportar tremendas provações e sofrimentos. Eles confiam que o mesmo Jesus que cuida deles agora a cada dia, cuidará deles em meio a tudo. Eles vivem em expectativa constante da Sua volta. Não, há aqui algo mais forte em ação. E isso é a idéia maligna que Satanás implantou em muitos que se dizem verdadeiros crentes. O diabo está cochichando uma mentira cruel nos ouvidos de multidões dentre o povo de Deus: "Cristo não tem previsão para voltar". Em Mateus 24, Jesus conta uma parábola quanto a se estar preparado: "Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens." "Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se, e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios, virá o senhor daquele servo em dia em que não espera e em hora que não sabe e castiga-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 24:44-51). Note aqui que Jesus está falando de servos, significando crentes.Um servo é chamado fiel e o outro mau. O que torna o último servo mau aos olhos de Deus? Segundo Jesus, é algo que ele diz "consigo mesmo" (24:48). Esse servo não o diz em voz alta, e não o prega. Mas pensa. Ele vendeu o coração à mentira demoníaca de que "Cristo não tem previsão de volta". Note que ele não diz, "O Senhor não vai voltar", mas "não tem previsão de volta". Em outras palavras: "Jesus não virá de repente, inesperado. Não voltará na minha geração". Esse "servo mau" é claramente um tipo de crente, talvez até mesmo um ministro. Ele recebeu a ordem de "vigiar" e ficar "preparado", "porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (Mateus 24:44). Porém tal homem acalma a consciência aceitando a mentira de Satanás. Jesus nos mostra o fruto desse tipo de raciocínio. Se um servo está convencido de que o Senhor não tem previsão de volta, então não vê necessidade de uma vida reta. Ele não é compelido a fazer as pazes com os demais servos. Não vê necessidade de preservar a unidade no lar, no trabalho, na igreja. Ele pode ferir o próximo, acusá-lo, guardar rancor, destruir a reputação desse próximo. Como Pedro diz, tal servo é movido por suas paixões. Ele quer viver em dois mundos, se entregando a uma vida no mal e ao mesmo tempo acreditando estar seguro diante de um julgamento de justiça. Alguns Dizem a Pregação de Que Para Não Agitar as Pessoas a que Paulo Preveniu Vinda do Senhor Está Contra Próxima, Paulo escreveu: "Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor" (2 Tess. 2:1-2). Os escarnecedores referem, "Veja, alguém na igreja primitiva agitou os crentes com a mensagem de que Cristo estava prestes a chegar. E Paulo lhes disse, 'Não, não se preocupem com isso. Não deixem que isso os incomode ou preocupe"'. Mas não é isso que o original grego revela. A raiz grega é "[não vos perturbeis]...supondo tendo chegado o Dia do Senhor". O que perturbou os tessalonicenses foi acharem que Cristo já teria vindo, havendo eles perdido esse acontecimento. Paulo lhes assegura no versículo seguinte, "Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição" (2:3). Paulo estava apenas dirigindo-se aos temores deles quando disse, "Não se preocupem, pois duas coisas precisam acontecer antes". Então, qual é a teologia primordial de Paulo quanto à volta de Cristo? Nós a encontramos em duas passagens: "E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia" (Romanos 13:11-12). "Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor" (Filipenses 4:5). Paulo está gritando: "Acordem! Já passou da meia-noite. A vinda do Senhor está próxima, então mexam-se. Não sejam indolentes. Jesus está voltando para os que O aguardam". Os céticos podem perguntar: "Mas e as palavras ditas pelo próprio Paulo? Ele realmente disse que duas coisas tinham de acontecer antes da volta de Cristo. Primeiro, o Senhor não virá enquanto uma grande apostasia não ocorrer. E segundo, o anticristo tem de levantar e se proclamar Deus. Teremos de ver o anticristo sentado no templo, exigindo que as pessoas o adorem, antes que Jesus volte". Primeiro de tudo, alguém precisa estar deliberadamente cego para não ver uma apostasia violenta agarrando o mundo. A incredulidade varre as nações, com crentes caindo por todo lado. A apostasia a qual Paulo se refere claramente já chegou. Note as palavras de Paulo aqui: "O mistério da iniqüidade já opera" (2 Tess. 2:7). O quê é esse mistério da iniqüidade? É a transgressão. É um espírito do caos, sem nenhum respeito pela lei de Deus. E é a razão específica pela qual Deus destruiu a terra pelo dilúvio, devido à violência e corrupção humanas. Se a transgressão que Paulo viu em seus dias apenas aumenta, não é de se admirar que hoje as pessoas decentes fiquem alarmadas e assustadas com o que vêem acontecer. Leis e instituições que durante séculos evitaram que a sociedade caísse no caos estão sendo rasgadas a torto e a direito. Paulo diz o seguinte sobre isso: "Aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém" (2:7). Ele está dizendo: "Há um poder de refreamento agindo, detendo o caos. Mas este que restringe está prestes a ser removido". O Espírito sempre estará aqui para cumprir Sua missão. Mas Seu ministério de restrição será "levado", ou içado, "afastado". Não consigo imaginar nenhum outro poder que seja capaz de restringir a corrupção, a transgressão, além do Espírito Santo. Pense no que acontece a uma sociedade quando o Espírito Santo remove o Seu poder de restrição. Todas as instituições, sejam as do governo até a da família, saem totalmente de controle. Não dá para imaginar como seria Nova York sem que o Refreador estivesse detendo a explosão do mal. Eu não gostaria de estar perto dessa cidade se o Santo Espírito não estivesse em ação. Mas vemos um espírito de transgressão agindo por todo o mundo. As forças do anticristo já estão se reunindo e revelando em altos níveis. Agora mesmo, a União Européia está estabelecendo uma Constituição que nega totalmente a Deus. Um ministro Pentecostal da Suécia está hoje na cadeia por ter pregado contra o homossexualismo. Isso é só um sinal de como o cenário está sendo preparado. Pode-se dizer: "Sim, mas Paulo diz claramente que Jesus não pode voltar enquanto o anticristo não estiver no poder". Mas atente ao que as escrituras dizem: "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho" (I João 2:22). Segundo João, o anticristo é qualquer um que negue o Pai e o Filho. E mais, diz ele, o aumento destes anticristos é prova de que estamos vivendo exatamente nos últimos dias. Além disso, virá um homem que irá incorporar o "nome do pecado". Em resumo, nada está detendo a volta de Cristo. Pense no terrorismo mundial, na deificação do ego, nos ataques grosseiros contra a instituição do casamento e valores piedosos. Pense na brutalidade islâmica, no homossexualismo militante, na vileza da TV e do cinema, no assédio freqüente contra crianças. Uma diocese católica nos EUA há pouco declarou falência, incapaz de pagar os milhões de dólares adjudicados a sessenta crianças vítimas de assédio sexual cometidos por um sacerdote. Leve em conta que tudo isso ocorreu estando ainda sob restrição. Eu lhe pergunto, o que acontecerá quando Deus disser Àquele que está detendo tais coisas: "Remova a Tua mão de contenção. Deixe que sigam o seu próprio curso até o ápice"? Paulo nos dá um quadro disso: "Aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém (o Refreador); então, será de fato, revelado o iníquo" (2 Tess. 2:7-8). O Espírito Santo sabe o quê deve breve acontecer, quando inexistirão mais restrições. Todo homem se entregará às suas paixões. Toda religião militante forçará seus deuses sobre as outras. Tudo que for santo será desprezado. Toda lei será quebrada livremente. E a igreja apóstata pregará as doutrinas mais corruptas e malditas do inferno. Tudo está ajustado para acontecer até mesmo agora. Uma grande apostasia cobriu a terra. O ego assumiu o trono do coração do homem. E em um tempo muito curto, quando o Refreador tiver partido, virá o que Paulo chama "operação do erro, para darem crédito à mentira" (2 Tess. 2:11). Que mentira é essa? Trata-se da aceitação cega de que qualquer pessoa que vier em nome de Jesus fala por Deus. Falsos mestres se levantarão, que aceitam Cristo como um bom homem mas não como Deus: "tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder" (2 Timóteo 3:5). Os que seguirem esses enganadores serão atraídos a um outro Jesus, a um outro evangelho. A cegueira será devastadora, arrebanhando multidões, inclusive os que antes estavam em chamas para o Senhor. Por que Deus vai parar o Refreador? Porque, diz Paulo, "não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça" ( 2 Tess. 2:12). Agora mesmo estamos vendo o refreamento do Espírito Santo sendo removido um pouquinho mais a cada dia. Isso Nos Leva ao Ponto Central da Mensagem: O Anseio no Coração do Homem ou da Mulher Que Está em Cristo No Apocalipse, Jesus anuncia: "Eis que venho sem demora. Bemaventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro" (Apocalipse 22:7). Cinco versículos adiante Cristo diz: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras" (22:12). Cá está o anseio do coração de todos os que aguardam com expectativa a volta de Jesus: "O Espírito e a noiva dizem: Vem!" (22:17). Isso se refere à noiva de Cristo, constituída de um corpo mundial de crentes sob o Seu senhorio. Todos esses servos são crentes nascidos de novo, e purificados pelo sangue. Você pode dizer: "Compreendo que este seja o anseio do coração do crente. Mas por que o Espírito também clama a Jesus, 'Vem'?". É porque esta é a última oração do Espírito Santo, sabendo que Sua obra sobre a terra está quase completada. Como Paulo ou Pedro, a quem Deus comunicou que seu tempo sobre a terra era curto, o Espírito igualmente clama: "Vem, Senhor Jesus". Então, onde ouvimos hoje esse clamor do Espírito? Ele vem através daqueles que estão assentados com Cristo nos lugares celestiais, que vivem e andam no Espírito, cujos corpos são templo do Espírito Santo. O Espírito clama neles e através deles, "Apressa-te Senhor, vem". Quero lhe perguntar: qual foi a última vez que você orou, "Senhor Jesus venha rápido, venha breve"? Pessoalmente, não me lembro de ter feito essa oração. O fato é que eu nunca achei que poderia apressar a volta de Cristo permitindo que o Espírito fizesse essa prece através de mim. Mas Pedro nos dá prova dessa incrível verdade: "Esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão" (2 Pedro 3:12). Em grego, a frase "apressando a vinda do Dia..." significa "acelerando, instigando". Pedro diz que nossas preces expectantes estão apressando, adiantando, insistindo junto ao Pai para rapidamente enviar de volta o Seu Filho. Só um ponto está detendo esse glorioso evento. Trata-se de uma única questão não resolvida: "Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9). A misericordiosa paciência do Senhor dita a hora de Sua volta. Então, isso quer dizer que não devemos orar para a Sua vinda? Nada disso. O próprio Cristo nos diz no evangelho de Marcos: "Porque aqueles dias serão de tamanha tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo, que Deus criou, até agora e nunca jamais haverá. Não tivesse o Senhor abreviado aqueles dias, e ninguém se salvaria; mas, por causa dos eleitos que ele escolheu, abreviou tais dias" (Marcos 13:19-20). Imagine o quê poderia acontecer se, por todo o mundo, a noiva de Cristo despertasse e orasse no Espírito, "Jesus, venha" ? Ainda, se creio que o mundo dispara em direção ao caos irrefreável, e que Cristo voltará breve, então o meu clamor deve ser dirigido em favor aos meus familiares e amigos que estejam despreparados. Seria hipocrisia eu orar para Jesus vir, e no entanto não interceder para que os meus queridos estejam preparados para aquele dia. A minha oração deve ser, "Venha, Senhor. Mas primeiro, dê a meus familiares e amigos que estejam perdidos, ouvidos para ouvir. Salve-os, salve os perdidos". Paulo escreveu a seu filho espiritual, Timóteo: "Sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia" (2 Timóteo 1:3). Você pode dizer com consciência pura que tem orado por seus queridos não salvos com tal intensidade? Eis o Âmago da Questão Por um instante, ponha de lado todas as doutrinas quanto à volta de Cristo. Atente para esse clamor do homem ou mulher que amam o Seu aparecimento: "Então, veremos face a face. O contemplaremos" (ver I Coríntios 13:12). A volta de Jesus não deve lhe perturbar. Ela deveria lhe entusiasmar. Se você realmente ama uma pessoa, então quer ficar perto dela. Dá para você imaginar como é Jesus chamando o seu nome? Imagine um casal recém casado, e o marido sendo convocado para se ausentar por um período longo, seja a negócios ou para o exército. Ele diz à noiva, "Eu voltarei, mas não sei quando. Eis o endereço onde você poderá me achar". Durante os primeiros anos, a noiva escreve sempre ao marido, lindas cartas de amor. Mas nunca diz, "Por favor - volte logo!". Dez anos se passam, depois vinte, e cada vez ela lhe escreve menos e menos. Ainda assim, nunca diz, "Volte rápido, eu te suplico. Preciso do teu abraço, preciso ver o teu rosto. Estou orando para que você volte logo". Esse é um retrato da igreja hoje. Como podemos dizer a Cristo que O amamos e temos saudades, se nunca oramos para que volte para nós? Como pode acontecer de nunca expressarmos que Ele deve voltar depressa e nos levar consigo, e assim estarmos em Sua companhia constante? Como pode acontecer de não dizermos, "Não dá mais para resolver sem que estejas aqui. Não quero ficar longe de Ti" ? Em meio ao nosso tempo, ouço Jesus dizendo, "Certamente, venho sem demora" (Apocalipse 22:20). E ouço a noiva de Cristo respondendo, "Vem, Senhor Jesus!" (22:20). --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Recebendo o Espírito (Receiving the Holy Spirit) Por 13 __________ de Santo David Setembro - 13 de setembro de 2004 de "Visto como, pelo seu divino poder, nos tem sido doadas todas as cousas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2 Pedro 1:3). Durante anos tenho me declarado estar cheio do Espírito Santo. Tenho testificado ter sido batizado no Espírito. Tenho pregado que o Espírito Santo Wilkerson 2004 me dá poder para testemunhar, e que me santifica. Tenho orado no Espírito, falado ao Espírito, andado no Espírito e ouvido Sua voz. Eu verdadeiramente creio que o Espírito Santo é o poder de Deus. Posso lhe levar ao lugar onde fui cheio do Espírito, com oito anos de idade. Ainda lembro de minhas lágrimas e do clamor do meu coração ao Senhor. Recordo a incrível visão de Cristo que recebi. E me lembro da paixão por Jesus que resultou desta experiência. O Espírito Santo tem sido meu amigo e íntimo consolo desde então. Li tudo que as escrituras dizem sobre o Espírito Santo, de Gênesis ao Apocalipse. Preguei sobre o Pentecostes, da necessidade de sermos cheios do Espírito, de nossos corpos serem templos do Espírito. E confio que o Espírito falou através de mim à Sua igreja. Contudo, ultimamente, me vi orando, "Senhor, será que verdadeiramente recebi teu Santo Espírito? Será que verdadeiramente conheço esse incrível poder que vive em mim? Ou será que o Espírito é só uma doutrina para mim? Estarei eu, de algum modo, ignorando-O? Será que deixei de pedir que Ele faça por mim, o que veio fazer? Estarei eu ainda carregando coisas, ainda fazendo tudo por mim mesmo - algo que Ele veio fazer por mim?" O fato é que se pode ter algo muito valioso e não saber disso. E você não pode desfrutar do que possui, porque não compreende o quão valioso é. Há a história de um fazendeiro que produziu em cima de sua fazenda a vida toda. Durante décadas trabalhou o solo rochoso, vivendo pobre e finalmente morrendo insatisfeito. Com sua morte, a fazenda foi passada ao filho. Um dia, arando a terra, o filho achou uma pepita dourada. Ele a levou para exame, e lhe foi dito que era ouro puro. O jovem logo descobriu que a fazenda estava cheia de ouro. Instantaneamente, se tornou um homem rico. Contudo essa riqueza escapou de seu pai, apesar de estar na terra toda a sua vida. Assim é com o Espírito Santo. Muitos de nós vivemos na ignorância do que possuímos, do poder que reside em nós. Alguns cristãos vivem toda a vida achando que têm o Espírito Santo, contudo não O receberam verdadeiramente em plenitude e poder. Ele não esta executando neles a obra eterna para a qual foi enviado. Agora, não estou falando sobre manifestações. Muitas vezes, alguns crentes buscam o Espírito só quando estão em dificuldades e querem que Ele se manifeste. Eles têm a esperança de que Ele desça e leve para longe seus problemas. Mas Pedro diz que essa não é a verdade sobre o Espírito. Segundo ele, temos o tesouro dentro de nós: "Pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as cousas que conduzem à vida e à piedade" (2 Pedro 1:3 - ênfase minha). No rio Jordão, João Batista disse aos fariseus: "Eu batizo com agua; mas, no meio de vós, esta quem vós não conheceis" (João 1:26). Aqueles líderes religiosos viam Jesus em carne, e O ouviam falando. Mas não tinham compreensão de quem Ele era. Não sabiam do Seu poder e glória. Igualmente, Jesus pergunta a seu próprio discípulo, "Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido?" (14:9). Desejo lhe fazer uma pergunta similar: há quanto tempo tem testificado ter sido cheio do Espírito Santo? Há a possibilidade de o Espírito lhe dizer, como o Senhor fez com Filipe, "Tenho estado contigo todos estes anos, mas na verdade tu não me conheces"? Às Vezes Me Pergunto se os Cristãos de Hoje Estão Correspondendo aos Crentes dos Dias de Paulo Algo parece estar faltando na igreja de hoje. Todos sabemos que os cristãos do primeiro século enfrentaram grandes aflições. Suportaram tremendas provações, tempos difíceis, perseguições de vida ou morte. Mas não sucumbiram à pressão. Paulo diz que a igreja em Tessalónica suportou a perda de suas casas e propriedades, tudo que possuíam. No entanto tais crentes não eram abalados pela experiência. Ele atribui a força deles ao poder do Espírito Santo: "Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção...vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo" (I Tess. 1:5-6). Paulo então descreve o testemunho vindo a partir desta jubilosa capacidade de suportar: "Vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedónia e na Acaia. Porque de vós repercutiu a palavra [o testemunho] do Senhor...[e] por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus [é falada por todos]" (1:7-8). Esses crentes haviam sido "muito atribulados", mas mesmo assim possuíam verdadeira alegria. Enfrentaram dificuldades e sofrimentos como nenhum outro grupo da época. Viveram em meio a pressões que você e eu não conseguimos avaliar. Certamente seus matrimónios foram testados durante estes tempos difíceis. O diabo deve ter atacado as famílias em seus pontos fracos, provocando problemas de todos os tipos. Mas os pastores e santos dessa igreja não iriam desistir. Não se queixavam das circunstâncias. E não questionavam as provações de Deus. Pelo contrário, havia júbilo em meio a esse corpo de crentes. E Paulo lhes diz: "No mundo todo falam de vocês! A alegria que têm mostrado em meio às lutas surpreendeu e tocou as outras pessoas, longe e perto". Aqueles cristãos haviam verdadeiramente recebido o Espírito Santo. Fico imaginando: o que eles conheciam sobre o poder do Espírito que tão poucos cristãos de hoje parecem conhecer? O que está faltando? Onde está a alegria do Espírito Santo em nossos dias de lutas e aflições? Nunca na História Tantos Crentes Se Tornaram Tão Desencorajados da Igreja Em todos os meus anos de ministério, nunca vi tantos crentes sofrendo tanta aflição. Nunca houve um período assim, com famílias enfrentando crises financeiras, suportando lutas conjugais, desespero diante da rebeldia dos filhos. Agora mesmo, pastores por todo o mundo estão se desiludindo. Estão exauridos pelo trabalho, e de coração pesado por verem tão poucos frutos. E suas esposas e famílias estão sendo esmagadas. Estes homens estão desistindo às centenas em todos os países. O líder de uma grande denominação Pentecostal há pouco me disse: "Os pastores estão abandonando a torto e a direito, e as igrejas estão fechando às dezenas" Eis uma carta típica que recebemos de ministros: "Pastoreio uma igreja de bom tamanho. Mas o meu trabalho é tão frustrante, desencorajador. Fico desesperado para ver algo acontecendo, algum tipo de avanço. Não sei porque estou tão ansioso, ou mesmo o que quero ver. Mas tem de haver algo além disso. O que estou deixando passar?". O meu filho Gary e eu viajamos o mundo dirigindo reuniões de pastores e suas esposas. Mas por todos os lugares que vamos, vemos um desespero pandêmico. A maioria dos pastores em países pobres têm de ter trabalho secular para se sustentarem. Há pouco ou nenhum dinheiro para suas famílias, ou mesmo para seus ministérios. E sua pobreza está piorando. Nos últimos meses a nossa equipe de avanço se reuniu com pastores em países muito pobres. Numa das reuniões, ministros vieram de varias denominações. Poucos minutos após o início de nossa apresentação de vídeo tape, estes homens começaram a chorar. A cena trouxe lágrimas aos olhos de nossa equipe. Estes pastores, em frangalhos, explicaram: "Estamos muito desencorajados. Trabalhamos tanto, mas vemos tão pouco resultado. E não temos finanças. Mesmo que o irmão David viesse ao nosso país para falar, não teríamos recursos para viajar e assistir às reuniões. Não conseguimos nem pagar as necessidades de nossas famílias. E o nosso trabalho é tão difícil, tão desgastante. Estamos vendo muitos suicídios, especialmente entre os jovens. Nos sentimos muito abandonados". O nosso ministério aluga ónibus para que estes ministros possam viajar para assistir nossas reuniões. Mas alguns são tão pobres, que não podem pagar pela hospedagem, então acampam em tendas. No ano passado, na América do Sul, um homem viajou dez horas para chegar aos nossos encontros. Ele não tinha dinheiro para a viagem de volta, então a nossa equipe orou e foi levada a lhe dar 1.000 dólares. Quando o pastor ouviu isso, chorou. "Isso é o salário de um ano", nos disse. Nos Estados Unidos, o grande problema é o stress. Há ansiedade generalizada quanto ao futuro, quanto à segurança no emprego. Algumas famílias estão à beira de perder tudo. Isso está produzindo stress no trabalho e no lar, e as pessoas estão sucumbindo ao desespero. Como pastor que sou, é de partir o coração ver tantos problemas enfrentando os cristãos. Pais e esposos estão desmoralizados porque não têm emprego, ou têm subsalario. Não têm possibilidade de sustentarem as famílias, e estão se afundando em dívidas. Multidões em dívidas. Multidões de idosos sofrem a tortura de não poderem pagar seus medicamentos. O governo não consegue resolver estes problemas. Os políticos apenas fazem promessas vazias. Ao visualizar todas essas necessidades, estas provações tremendas, somos levados a nos ajoelhar. Dia após dia, clamamos a Deus, "Senhor, que mensagem podemos oferecer? O que podemos pregar para trazer cura e encorajamento a esses crentes aflitos?". Sentimos a dor terrível, contudo sabemos que não podemos simplesmente oferecer superficialidades. Nos recusamos a trazer uma mensagem rasa de simpatia humana, dizendo, "Não se deprima. O sol logo vai brilhar" Não, mais é necessário do que pena ou conversa animada. A palavra de Deus precisa chegar, dando poder para opor-se a todo ataque das provações. Essa Não é a Mensagem Que Comecei a Preparar Ao refletir sobre as aflições, o desespero e o sofrimento, pensei: "Tudo isso é ataque satânico". Imediatamente, comecei a trabalhar numa mensagem chamada "Guerra aos Santos". No Apocalipse, encontramos Satanás dando poder a algo chamado "a besta". "Foi lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação" (Apoc. 13:7). Ao juntar as palavras - "poder para pelejar... contra os santos... e os vencesse" - comecei a raciocinar: "É isso. É por isso que o povo de Deus está sendo tão afligido nesse momento. É o poder da besta. É ela que está por trás de toda pobreza, de todos os problemas familiares e no casamento. Um dragão em fúria está dando força a um governo do mal. Os nossos líderes agora estão sendo manipulados por coligações malignas e grupos de interesse. O diabo está forçando sua programação sobre a nossa sociedade. "Isso é uma guerra aberta contra os eleitos de Deus. Trata-se de um inimigo irado derrubando a fé dos santos, levando-os a perder a confiança em Deus. Multidões de crentes estagnaram na fé. E outros já foram vencidos. Sua fé naufragou. Ficaram tão desencorajados, que acabaram desistindo. "Ao olhar o que esta acontecendo em nosso país, isso não pode ser negado. O diabo vomitou de sua boca torrentes de iniquidade. Produziu um dilúvio de aflições contra o povo de Deus. E muitos estão sendo levados nesse dilúvio". Jesus falou de uma "hora das trevas" que teria lugar em favor dos senhores das trevas. Ao ser levado do jardim, Ele disse aos captores, "Esta... é a vossa hora e o poder das trevas" (Lucas 22:53). Em grego a palavra para "hora" aqui quer dizer "curto período". Nessa hora das trevas, a besta iria dominar Pedro por um curto período. Cristo o havia prevenido, "Satanás vai te atacar, para te peneirar e provar". Mas eis a pergunta que Jesus na verdade estava fazendo: "Sim, uma hora de trevas virá, não só sobre Israel mas sobre todo o mundo. Eu não estarei aqui então, mas o meu Espírito estará. Eu estou enviando-O para lhe sustentar em meio a toda provação. Ele habitará o coração de todos os que crerem em mim. Então quando chegar esse período de trevas você crerá?". Estamos Agora da Última Hora de Poder de Satanás Vendo o Início Tanto em Daniel quanto no Apocalipse, somos prevenidos sobre essa última hora de trevas brutais, que cobrirão toda a terra. E por um curto período, será como se Satanás estivesse vencendo em todas as frentes. Agora mesmo, há sinais sinistros destas trevas. O nosso país parece ter se entregue ao caos. A televisão e a internet vomitam imundície para dentro dos lares. As instituições que sustentaram nossa sociedade parecem estar desmoronando e caindo. Pense na recente controvérsia quanto à instituição do casamento entre o homem e a mulher. O que parece é que o inferno venceu essa batalha, jogando longe todas as restrições morais. O mais trágico é que Satanás parece ter levado a igreja à derrota. Lançou um Espírito de morte sobre a casa de Deus, tal que multidões gritam, "Não consigo achar uma igreja onde o Espírito esteja agindo. Por todo lugar onde procuro, não há fogo, não há convencimento (da parte de Deus). Está morto". Você pode dizer, "Irmão David, você coloca isso de maneira tão fria. Parece tão desanimador". Mas a verdade é que a Satanas foi dado só um curto período. É por isso que ele esta trazendo o máximo possível do inferno. Porém Deus previu tudo isso. Ele não foi pego de surpresa por nenhuma dessas iniquidades que estamos vendo. Não, Ele sempre teve um plano para o Seu povo o tempo todo. Ele formulou esse plano antes da Criação. E é um plano não apenas para a nossa sobrevivência, mas para que vençamos. Só uma coisa conquista e dissipa as trevas, e isso é a luz. Isaías declara: "O povo que andava em trevas viu grande luz" (Isaías 9:2). Igualmente, João declara: "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela" (João 1:5). A luz representa compreensão. Quando dizemos, "Vejo a luz", estamos dizendo, "Agora compreendo". Você entende o que as escrituras estão dizendo? O Senhor está prestes a abrir nossos olhos, não para ver um diabo vitorioso mas para receber nova revelação. O nosso Deus nos enviou o seu Espírito Santo, cujo poder é maior do que todos os poderes do inferno: "Maior é aquele que esta em vós do que aquele que está no mundo" (I João 4:4). Agora, no Apocalipse lemos do inferno vomitando gafanhotos e escorpiões de grande poder. Lemos de um dragão, bestas, chifres, bem como de um anticristo que deverá vir. No entanto, não sabemos o significado de todas estas criaturas. O fato é que não precisamos saber. Não precisamos nos preocupar com o anticristo ou a marca da besta. Veja, vive em nós o Espírito do Deus Todo-Poderoso e do Seu Cristo. Paulo declara que o poder do Espírito Santo está operando em nós. Em outras palavras, o Santo Espírito está vivo em nós nesse exato momento. Então, como o Espírito age em nós em meio a estes tempos difíceis? O Seu poder é liberado só quando O recebemos como sustentador de nossos fardos. O Espírito Santo nos foi dado exatamente para isso, para carregar os nossos cuidados e preocupações. Assim, como dizer que O recebemos se não aconteceu termos transferido nossos fardos para Ele? Pense nisso: o Espírito Santo não está amordaçado lá na glória, mas está aqui, habitando em nós. E está querendo ansiosamente assumir o controle de toda situação de nossas vidas, incluindo nossas aflições. Assim, se continuamos com medo - em desespero, com questionamentos, nos afundando na ansiedade - então é porque não O recebemos como nosso consolador, ajudador, guia, resgatador e força. Pode-se objetar, "O Espírito Santo foi enviado para nos dar poder para sermos testemunhas de Cristo". É verdade, mas o que engloba o nosso testemunho? É meramente falar às pessoas sobre Jesus? É simplesmente citar a Bíblia? É só orar por elas? Todas essas coisas são parte do nosso testemunho - com toda certeza - mas não compreendem todo ele. Não, testemunha ao mundo é o cristão que lançou cada parte do seu fardo sobre o Espírito Santo. Como os tessalonicenses, esse crente vê problemas devastadores por todo lado, e ainda assim tem a alegria do Senhor. Ele confia no Espírito de Deus para a sua consolação e direção em meio à aflição. E possui um testemunho poderoso junto a um mundo perdido, porque incorpora alegria apesar de estar cercado por trevas. A sua vida diz ao mundo, "Essa pessoa viu a luz". Tal cristão verdadeiramente "recebeu" o Espírito Santo, porque permite que o Espírito lhe conceda tudo que precisa para vencer. Um crente abatido simplesmente não é um testemunho. Veja o exemplo da vida de Paulo. Este grande apóstolo fala de ter sobre si a "sentença de morte": "Já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós e sim no Deus que ressuscita os mortos" (2 Coríntios 1:9). Ele explica: "Fomos oprimidos, queimados, acima de nossas forças. Até nos desesperamos em relação à vida. Nos vimos totalmente derrubados, sem nenhuma saída". Ao ver a terrível situação - aflições, problemas, fome, perseguição, frio, nudez, prisão, espinho na carne, cuidados e ansiedade em relação às igrejas, complôs e tentativas contra a sua vida - a reação de Paulo foi: "É o fim. Não há saída. Humanamente falando, não há nada adiante de nós, senão a morte. A única saída para essa provação é morrer e estar com Jesus". Amado, Deus permitiu cada um dos sofrimentos de Paulo. E isso forçou o apóstolo a não depender de si mesmo, mas a confiar inteiramente no Espírito Santo para livra-lo. As escrituras dizem, "E, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis" (Efésios 6:13). O que lemos essencialmente é: "Você exauriu todo esforço humano; tentou resolver os problemas, e chegou ao fim da linha. Agora deixe Deus cuidar disso tudo. Ele realizará o teu livramento, pelo Espírito que habita em você". Paulo está falando de algo mais que um passivo suspiro do tipo, "Ah, vou confiar em Deus". Não, ele está falando de você tão fragilizado, tão resignado, que tem de depender de um "Deus que ressuscita os mortos" (2 Coríntios 1:9). A conclusão dele é: "Unicamente Deus é capaz de me tirar desta terrível situação de 'morte'. Somente o Seu Espírito pode ressuscitar um modo inteiramente novo de libertação". Paulo Confiou e Deus Fez o Livramento no Poder do Espírito, "O qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos" (2 Coríntios 1:10). Que tremenda afirmação. Paulo esta dizendo, "O Espírito me salvou de uma situação desesperadora. E está me salvando agora. E continuará a me salvar, em todas as minhas aflições". Vou totalizar tudo isso: receber o Espírito Santo não é evidenciado por alguma manifestação emocional. (Contudo, efetivamente creio que existam manifestações do Espírito.) Estou falando é de receber o Espírito através de um conhecimento calmo, crescente. Recebê-Lo significa ter uma luz progressiva em relação ao Seu poder libertador, à Sua sustentação de nossos fardos, à Sua provisão. Repito as palavras de Pedro: "Pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as cousas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2 Pedro 1:3). Segundo Pedro, o divino poder do Espírito não vem como uma manifestação. Ele vem primeiro "pelo conhecimento completo daquele que nos chamou". "Porque todos nós temos recebido da sua plenitude" (João 1:16). Além disso, o Espírito Santo não é totalmente recebido enquanto não estiver inteiramente no controle. Nós simplesmente ainda não O recebemos enquanto não cedermos a Ele o controle completo. Temos de nos lançar totalmente aos Seus cuidados. Quero dar um exemplo final, para ilustrar isso. Em Génesis 19, encontramos Ló e sua família em uma crise terrível. O julgamento de Deus estava prestes a cair sobre sua cidade, Sodoma, e então Deus enviou Seus anjos para livra-los. Ló abriu a porta a estes mensageiros do Senhor, e eles entraram. Eles tinham o poder dos céus para livrar toda a família. Mas os anjos não foram recebidos. Veja, a mulher de Ló não concebia mudar de vida. Ao ouvir os anjos insistindo com o marido para deixar Sodoma, ela deve ter pensado, "Não quero deixar minha bela casa, meus móveis, os meus amigos. Certamente isso não é a vontade de Deus. Vou orar para que Deus atrase o julgamento. Ele precisa operar um milagre para mim". No fim, os anjos tiveram de forçar a vontade deles sobre Ló e a família, arrastando-os de Sodoma. O tempo todo o plano de Deus era livrá-los pela fuga. Ele iria alimentá-los, vesti-los e cuidar deles. Mas, como todos sabemos, a mulher de Ló olhou para trás e morreu, se transformando numa coluna de sal. A mensagem dos anjos é clara: "Se você quer que Deus esteja no controle, então terá de abrir mão do seu reinado. Se você O busca para ser livrado, tem de abrir mão de seus planos e querer seguir o caminho dEle". Resumindo, o Espírito Santo não usa Seu poder para livrar os que duvidam. A incredulidade aborta a Sua obra. Temos de estar desejosos de deixa-Lo fazer mudanças em nossas vidas, caso esse seja o modo escolhido por Deus para nos livrar. Em minha opinião, hoje muitos crentes não experimentaram livramento porque estão se prendendo a seus próprios planos. Eu lhe pergunto: você quer deixar o Espírito Santo dirigi-lo e guiá-lo? Você não O recebeu a menos que tenha ido até Ele entregando cada um de seus fardos. Insisto, vá orar e cite cada uma das crises que esta enfrentando: "Está aqui, Santo Espírito. Passo a Ti esta situação. E confio que o Teu poder habita em mim. Eu não vou perder o sono com esse assunto. Eu o dou a Ti". E então confie! Você simplesmente tem de tirar os olhos da sua situação. Sim, há trevas em toda volta. Mas você viu a luz. Você quer confiar no Senhor para cuidar de você? Creia na palavra que Ele lhe deu: "O qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrarnos" (2 Coríntios 1:10). --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 2 __________ A Trilha Para o Trono - 2 de agosto de 2004 (The Path to the Throne) David de agosto de De acordo com Paulo, nós que cremos em Jesus fomos levantados da morte espiritual e assentados com Ele no reino espiritual. "Estando nós mortos em nossos delitos, (Deus) nos deu vida juntamente com Cristo...e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Efésios 2:5-6). Então, onde é esse lugar celestial onde estamos assentados com Jesus? É nenhum outro senão a própria sala do trono de Deus - o trono da graça, a habitação do Todo-Poderoso. Dois versículos adiante, lemos como fomos levados a esse lugar maravilhoso: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (2:28). Essa sala do trono é a moradia de todo poder e domínio. É de onde Deus governa sobre todos os principados e potestades, e reina nas coisas dos homens. Aqui da sala do trono, Ele monitora cada movimento de Satanás e examina todo pensamento do homem. E Cristo está assentado à destra do Pai. As escrituras nos dizem: “Todas as cousas foram feitas por intermédio dele” (João 1:13), e, “nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2:9). Em Jesus reside toda a sabedoria e paz, todo poder e toda energia, tudo que é Wilkerson 2004 necessário para viver uma vida vitoriosa e frutífera. E nos é concedido acesso à todas essas riquezas que estão em Cristo. Paulo está nos dizendo, “Tão certo quanto Cristo foi levantado dentre os mortos, nós fomos levantados com Ele pelo Pai. E, tão certo quanto foi levado para o trono de glória, fomos levados com Ele ao mesmo glorioso lugar. Porque estamos nEle, estamos também onde Ele está. Esse é o privilégio de todos os crentes. Quer dizer que estamos sentados com Ele no mesmo lugar celestial onde habita”. É claro que o mundo tem todo o direito de questionar esse conceito. Como um cristão poderia estar vivendo no espaço celestial, assim como na terra? Mesmo crentes admitem que não compreendem o ensinamento de Paulo aqui. E confessam não experimentar essa verdade em suas vidas diárias. Nem temos de olhar para o exemplo de uma igreja confusa e desesperada para vermos isso. Só temos de examinar o nosso próprio caminhar com Cristo. Multidões de cristãos estão derrubados e com medo; vão à igreja, cantam louvores a Deus, e testificam do poder vitorioso em suas vidas. Mas para muitos dentre estes mesmos cristãos, a vida é uma constante série de altos e baixos. Eles são aniquilados pelos cuidados e problemas do mundo; ao enfrentar provações são quebrados, e a fé some em um instante. Eu lhe pergunto: isso reflete a vida celestial que Paulo descreve? Essa é a idéia que você tem em relação à vida do trono? Lemos que o próprio Cristo nos levou à uma posição celestial com Ele. Mas se é assim, então muitos cristãos estão vivendo muito abaixo das promessas concedidas por Deus. Pense nisso: se estamos efetivamente vivendo em Cristo, assentados com Ele na sala do trono celeste, então como algum crente pode ainda estar escravizado à carne? Recebemos uma posição nEle com um objetivo. Mas muitos no corpo de Cristo não a reivindicaram ou não se apropriaram dela. Leia cuidadosamente as palavras de Paulo: “O qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as cousas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as cousas, o deu à Igreja” (Efésios 1:20-22). A maioria dos cristãos não tem nenhuma dificuldade em crer que Cristo está lá. A gente prega: “Jesus está agora no trono. Está acima de toda potestade e poder, muito acima do alcance de Satanás”. Contudo achamos difícil aceitar a verdade que se segue: “E, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (2:6). Podemos crer que Cristo já está nesta posição celestial, assentado com o Pai. Mas não conseguimos aceitar que nós também estamos assentados lá, na mesmíssima sala do trono. No entanto, o próprio Jesus já nos disse: “Vou preparar-vos lugar” (João 14:2), não apenas na glória, mas agora mesmo. Para muitos, isso soa como fantasia, uma ilusão teológica: “Você quer dizer que não tenho de viver uma vida quente e fria, um dia no alto, outro lá embaixo? Quer dizer que quando for abalado pela tribulação, não preciso hesitar? Que eu posso manter intacta a minha intimidade com Cristo?”. Sim, exatamente. Paulo declara, “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Efésios 1:3). Note onde Paulo diz é concedida toda bênção espiritual: na sala do trono. Todas as riquezas de Cristo estão à nossa disposição lá: firmeza, poder, descanso, paz crescente. Então, por que há tantos cristãos bem intencionados perdendo essas coisas? Seria porque não estamos ocupando a nossa posição no lugar celestial com Cristo? Será porque ouvimos tanta falação atualmente quanto à necessidade de avivamento? Seria porque multidões de crentes simplesmente não estão vivendo a vida ressurrecta? Paulo deixa claríssimo: para ter as bênçãos de Cristo fluindo através de nós, temos de estar assentados com o Senhor na sala do trono nos céus. Algo de Terrível Acontece Atualmente na Casa de Deus, Um Problema que Vejo Como "Queda de Força" Satanás está devastando a casa de Deus, e não está sendo desafiado. Pelo contrário, ele prossegue livre enganando muitos no corpo de Cristo, causando desespero e confusão, e trazendo ruína aos que serviram Deus por toda uma vida. Um sociólogo agnóstico escreveu um livro sobre a situação da igreja. Ele conclui o seguinte em relação aos cristãos: “Longe de viverem no ‘outro mundo’ (céu), os fiéis são notavelmente iguais ao mundo secular... Na prática, não são do jeito que deveriam ser em sua teologia... A cultura os atropelou... A conversa sobre inferno, condenação e mesmo pecado foi substituída pela linguagem não condenatória da compreensão e da empatia”. C. S. Lewis disse algo parecido há décadas atrás: “O maior inimigo da igreja é o ‘mundanismo satisfeito’”. Parece que a igreja desabou, cedendo aos problemas que estão em torno de nós. Em termos simples, deixamos de nos concentrar na vitória de Cristo ou em vivermos vida vitoriosa. Vejo sintoma disso na proliferação de conselheiros. Por que? Porque poucos cristãos crêem ser possível viver a vida celestial nesses tempos difíceis. Pelo contrário, correm atrás de aconselhamento, chorando, “Tive um dia terrível. Por favor, me dê algo que me ajude chegar até amanhã”. Nos deparamos com o mesmo foco em muitas das pregações modernas. A maioria dos sermões de hoje se concentra em atender às necessidades das pessoas, ao invés da vida vitoriosa que temos em Cristo. Os pastores oferecem três passos para sobrevivência para mais um dia, um plano do tipo “Como aprender a” - para simplesmente se ir levando. Essas mensagens negligenciam completamente a sala do trono, e o posicionamento celestial que nos foi dado em Cristo. A verdade é: esse mundo sempre foi complicado. Sempre esteve sob a ameaça de tragédias, à beira do colapso. Tal tem sido a mentalidade de piedosos pastores durante séculos. A minha biblioteca em casa contém poderosas mensagens pregadas por ministros Puritanos do século 17. Eles advertem quanto à bebedeira, à delinqüência juvenil, à fornicação, à bestialidade, à agitação política, aos transtornos familiares desenfreados. Resumindo, eles falaram há centenas de anos atrás sobre todas as coisas que vemos acontecendo hoje. E alguns deles achavam que Deus não teria como suportar tanta corrupção por outros cinqüenta anos. Em 1860, um pastor cheio do poder em Nova Jersey prevenia quanto à “amplidão das trevas” que estavam envolvendo o país. Ele pregava sermões flamejantes gritando contra a apatia e o mundanismo da igreja. Esse homem também escreveu um livro chamado “The Millenial Experience” onde descrevia doutrinas e cultos falsos que brotavam por todo lado. Ele, também, pregou sobre as mesmas coisas que vemos tendo lugar hoje. O povo de Deus sempre enfrentou um inimigo que ataca de todos os lados. As coisas hoje podem estar bem piores do que no tempo dos Puritanos, mas enfrentamos o mesmo diabo. E aqueles mesmos pastores ensinavam que toda bênção profetizada para o futuro estava disponível então ao povo de Deus. Não importa se vemos a corrupção aumentando em torno de nós. Segundo Paulo, a graça de Deus nos vem muito maior do que essa. Então, por que não crer em Deus visando hoje essas mesmas bênçãos espirituais? Por que deixamos de crer que Ele nos responde antes de pedirmos? Se estamos em Cristo - se Ele ao mesmo tempo está dentro de nós, e à destra do Pai - por que as nossas vidas não refletem isso? Há uma Necessid ade no Corpo de Cristo Daquilo que Denomino "Grande Desperta mento" O que quero dizer com grande despertamento? Estou falando a respeito do que Paulo descreve como revelação e iluminação: “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder” (Efésios 1:17-19). Paulo está dizendo aos efésios: “Oro para que Deus lhes dê uma renovada revelação, que abra os seus olhos para o chamado que lhes tem enviado. Peço que dê a vocês nova compreensão quanto à vossa herança, às riquezas de Cristo que lhes pertencem. Há um poder arrebatador que Deus deseja liberar em vocês. É o mesmo poder que estava em Jesus. Sim, o mesmo poder que está no Cristo celestial entronizado, está em vós agora mesmo”. Segundo Paulo, o tremendo poder de Deus “o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à Sua direita nos lugares celestiais”, corresponde à mesma “suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder” (1:20,19). Por essa razão, Paulo exorta: “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé” (2 Coríntios 13:5). Como devemos nos examinar? Fazemos isso medindo-nos em relação às impressionantes promessas de Deus. Devemos nos perguntar: “Eu recorro e valho-me dos recursos de Cristo para resistir ao diabo? Eu acesso o Seu poder para vencer o pecado? Eu vivo continuamente na alegria, na paz e no descanso que Jesus prometeu a todo crente sem exceção?”. Amado, a vida do trono não é fantasia. Não se trata de um ilusionismo teológico qualquer. É uma provisão tornada possível a nós através da cruz de Cristo. Logo, se algum crente não possuir essa vida do trono, ele só pode concluir uma coisa: “Eu ainda não me apropriei da posição celestial que me foi dada com Cristo. Se não posso ver Seu gigantesco poder em ação em mim, então não assumi o meu lugar nEle”. O seu “grande despertamento” pessoal chega no dia em que você olha para a sua vida e clama: “É preciso haver mais do que isso na vida em Cristo. Todos os planos que eu tinha foram desmanchados, os meus sonhos destruídos. Vivo como um escravo dos meus medos e dos desejos da carne. Mas não agüento mais isso”. “Sei que o Senhor me chamou para mais do que essa vida de derrota. E não serei hipócrita. Oh, Deus, há de verdade um jeito de Tu me concederes a força para eu viver em vitória? Tu estás verdadeiramente querendo me tornar mais do que vencedor em minhas provações? É mesmo verdade que Tu tens como me conceder perfeita paz em meio às batalhas?” “Seria realmente possível eu ter contínua intimidade contigo? Seria verdade eu não ter mais de escorregar para a apatia, ou ter de lutar para Lhe agradar? Será que há mesmo um lugar de descanso em Ti onde nunca mais precisarei de avivamento - pelo fato da minha fé estar constante e leal?” Você está preste a despertar quando admite: “Amo Jesus, mas não estou experimentando a vida do trono da qual Paulo fala”. Esse é o momento em que você está sendo direcionado à revelação e à iluminação. O próprio Deus o escolheu - não para viver uma vida sem alegria e em desespero sob a pressão do inimigo, mas para ter uma posição celestial. E chegou a hora de você olhar para o alto e reivindicar esse lugar em Cristo. H á S e n ã o U m a T r i l h a P a r a o T r o n o Não se chega a esse lugar celestial pelo choro. Não dá para entrar lá por meio do estudo ou de obras. Não, o único caminho em direção à vida do trono é por meio de um sacrifício vivo: “Apresentei os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rom. 12:1). Paulo está falando aqui por experiência própria. Eis aqui um homem que foi rejeitado, tentado, perseguido, surrado, aprisionado, vítima de naufrágio, apedrejado. Paulo também tinha sobre si todos os cuidados da igreja. Mesmo assim, testifica: “Em todas as situações vivo em contentamento”. Agora ele está nos dizendo: “Então, você quer saber como eu cheguei ao conhecimento desse caminhar celestial? Quer saber como cheguei ao contentamento seja qual for a situação na qual eu esteja, ou como consegui encontrar descanso verdadeiro em Cristo? Eis a trilha, eis o segredo para se apropriar de sua posição celestial: apresente o seu corpo como sacrifício vivo ao Senhor. Cheguei ao contentamento unicamente pelo sacrifício de minha própria vontade”. A raiz grega para “vivo” aqui sugere “por toda a vida”. Paulo está falando de um comprometimento de união, um sacrifício feito de uma vez por todas. Contudo, não se engane: esse não é um sacrifício que tenha a ver com a propiciação pelo pecado – o sacrifício de Cristo na cruz é a única propiciação válida: “Agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hebreus 9:26). Não, Paulo está falando de um tipo diferente de sacrifício. Mas ainda assim, não se engane: Deus não tem prazer no sacrifício fabricado pelo homem no Velho Testamento. Hebreus nos diz: “Não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado” (10:6). Por que tais sacrifícios não eram agradáveis ao Senhor? Colocando em termos simples: porque não exigiam coração. Mas o sacrifício que Paulo descreve é do tipo no qual Deus tem grande prazer, precisamente porque envolve o coração. Que sacrifício é esse? É o sacrifício da morte da nossa vontade, de pôr de lado a nossa auto-suficiência, e do abandono de nossas ambições. Quando Paulo exorta: “Apresentei os vossos corpos”, está dizendo basicamente, “Chegue-se ao Senhor”. Mas, o que isso significa exatamente? Significa nos aproximar de Deus com o propósito de ofertar-nos inteiros a Ele. Significa ir a Ele não em nossa própria suficiência, mas como filho ressurrecto, como santificado na retidão de Jesus, como aceito pelo Pai através de nossa posição em Cristo. O próprio Jesus ofereceu Sua vida como sacrifício vivo. Não estou falando do sacrifício que Ele fez por nossos pecados na cruz. Não, houve dois aspectos em relação ao sacrifício de Cristo. Primeiro, houve a Sua propiciação pelo pecado. E então houve o abandono de Sua vontade ao Pai. Para resumir, Jesus se deu não só como sacrifício por nossos pecados, mas como sacrifício vivo para ser usado como instrumento pelo Pai. Veja o Seu testemunho: “Eis aqui estou...para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hebreus 10:7). “Não vim porque eu, de mim mesmo, o quisesse, mas aquele que me enviou é verdadeiro” (João 7:28). “Nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai e ensinou. E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada” (8:28,29). “Eu falo das cousas que vi junto de meu Pai” (8:38). Todo crente é chamado a participar desse aspecto do sacrifício de Cristo. Devemos nos apresentar a Deus, submeter nossa vontade a Ele, e ingressarmos numa vida inteiramente dependente dEle. Devemos ir a Ele dizendo: “Senhor, renuncio à minha vontade em favor de Ti. Troco a minha vontade pela Tua. Estou me comprometendo a nunca mais dizer ou fazer qualquer coisa a menos que me dirijas a isso”. É claro que Jesus é o nosso exemplo nisso. Ele não agiu segundo a Sua vontade, mas falou e agiu apenas segundo o direcionamento do Pai. E fez tudo isso com um propósito: conduzir “muitos filhos à glória” (Hebreus 2:10). Em resumo, Cristo nos mostrou a trilha para o trono. Estava dizendo: "Siga-me, pondo de lado a tua vontade, teus planos, os teus sonhos. Comprometa-se com uma vida totalmente dependente do Pai. Então a tua vida trará glória para Ele". Quero Oferecer uma Definição de Glória: É a Plenitude de Deus em Cristo Eis aqui a glória à qual todo cristão é escolhido a cumprir. Veja, muitos são chamados como filhos do Pai, com todos os privilégios de filiação - mas nem todos caminham nessa glória, mesmo tendo nós sido destinados a apropriarmo-nos dela. Bem, uma incrível glória será manifesta quando Cristo voltar para levar Seus servos. Mas há também uma glória direcionada para ser manifesta na igreja de Deus aqui na terra. Estou falando da glória de estar em Cristo onde Ele está agora: "Eis aqui estou eu e os filhos que Deus me deu" (Hebreus 2:13). Essa glória espera o servo que vai ao altar para apresentar seu corpo como sacrifício vivo. Ele abandonou todos os seus planos e ambição, porque experimentou as terríveis conseqüências de caminhar segundo sua própria vontade. Ele está esgotado de tanto lutar para acertar seus problemas. E não agüenta mais ver planos fracassarem, sonhos ficarem travados. Então ele vai ao altar para resolver a questão de uma vez por todas: submeter-se inteiramente à vontade de Deus. Tal é o sacrifício que todo crente deve fazer se quiser conhecer a mente de Deus. O Senhor nunca compartilha Seus planos com os que se agarram aos próprios esquemas. Por que Ele irá direcionar alguém que esteja determinado a fazer o que já resolveu? Eu conheço um pouco os dois lados dessa trilha. Em várias ocasiões, segui minha própria vontade. Mas eu também conheço a liberdade que vem por se poder declarar, de uma vez por todas: “Nada tenho a fazer senão cumprir a vontade de Cristo. Não tenho necessidade de levantar um grande trabalho. E não preciso estar envolvido em coisas boas, a menos que Ele me leve a isso. Não tenho de provar nada a ninguém. Eu só quero é confiar em Jesus e depender inteiramente dEle”. Posso dizer por experiência própria: esse ponto de quebrantamento e confiança é que lhe leva a encontrar o despertamento e o iluminar do qual Paulo fala: “Todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rom. 8:28). Você desiste de enfrentar as durezas da vida com sua própria força. Você já teve o suficiente de hesitação na fé, de medo que não sai, de nunca ter certeza quanto ao quê fazer. Então você leva tudo ao altar – o seu ego, seu orgulho, seus planos – e vai a Jesus com espírito quebrantado e coração contrito. Você chegou ao ponto em que confia unicamente nEle para que tudo coopere para o bem. No momento que você renuncia à sua vontade para a dEle, o sacrifício foi feito. Acontece quando você simplesmente desiste de lutar para tentar agradar a Deus por si. Você não consegue ter méritos para Lhe agradar através de uma vida correta ou praticando boas obras. Não, você está compromissado simplesmente a confiar nEle. E quando apresenta seu sacrifício vivo a Jesus, eis a resposta dEle: “Sim, venha e arrazoemos. Se você sacrificou sua vontade, não é razoável você vir e assumir o seu lugar comigo pela fé?”. Na verdade, esse ato de fé é o “culto racional” ao qual Paulo se refere: “Apresentei os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rom. 12:1). Trata-se de confiar nEle com a nossa vontade, crendo que Ele concederá todas as bênçãos que necessitamos. Pense nisso: deixa de ser racional abrir mão de sua vontade - mas não crer que pode ingressar na plenitude de Cristo. Ele lhe chamou para tomar a vontade dEle, pela fé: “Se tu queres a Minha vontade – se queres viver uma vida na qual poderá sacar da Minha paz, do Meu descanso, da Minha sabedoria o tempo todo – então venha à sala do trono pela fé. Aqui, tu estás em Mim. Quando orar, será como se Eu estivesse orando através de ti. Tu estarás onde Eu estou”. Você Está Pronto Para Desistir de Tua Vida de Lutas --- de Medo do Futuro, de Altos e Baixos, de Nunca Achar que Está Agradando ao Senhor? Se você está cansado de lutar, está na hora de se perguntar: estou pronto para me oferecer no altar, como sacrifício vivo? Está pronto para dizer: “Não seja feita a minha vontade, Jesus, mas a Tua. Cansei de tentar dirigir minha própria vida. Eu a destrocei completamente. Agora estou pronto para confiar em Ti totalmente.Tu apenas possuis o poder, a autoridade, as orientações que preciso. Então, vou a Ti pela fé. E confio que falarás a mim fielmente, dizendo, ‘Eis o caminho, andai por ele’”. Se isso lhe descreve, então você está pronto para pegar seu lugar celestial com Cristo. Mas fique avisado: Satanás fará tudo que puder para tentar abalar sua postura de retidão. Os seus problemas e sofrimentos não vão acabar simplesmente porque está assentado com Cristo. Em verdade, podem aumentar. Mas agora possuirá os recursos interiores para enfrentar suas dores, porque o poder de Deus está operando em você. E você pode informar ao diabo: “Oh vil serpente, fique sabendo: eu não estou mais no endereço velho. Não moro mais na rua do Desespero. Eu assumi uma nova posição, na sala do trono de Deus. E estou residindo em um novo lugar, nas regiões celestiais com Cristo. Então, se você quiser me atingir, terá de fazê-lo aos cuidados do Deus Todo-Poderoso. Ah, eu também atendo por um nome novo. Agora você pode me chamar de ‘príncipe vencedor com Deus’”. Prezado santo, a sala do trono agora lhe está aberta. Aceite o que Cristo fez, e ousadamente assuma a sua posição com Ele, pela fé. Ele aceita a renúncia de sua vontade. Agora, peça que Ele abra os olhos do seu entendimento. E confesse, “Creio naquilo que o Senhor diz a respeito de mim: que sou um príncipe de conquistas. Também creio que estou onde Ele diz que estou: na sala do trono dos céus. Estou assentado com Ele num lugar de autoridade sobre toda obra de Satanás. Aleluia, Ele me mostrou o caminho para o Seu trono. E agora a minha habitação diária é nEle”. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 12 __________ Aqui Está Quem É Maior do Que Salomão - 12 de julho de 2004 (A Greater Than Solomon Is Here) David de Julho de Segundo Jesus, uma certa testemunha aparecerá no dia do Juízo oferecendo testemunho condenatório contra a geração atual. A rainha de Sabá subirá ao banco das testemunhas, e suas palavras condenarão: "A rainha do Sul se levantará no juízo com essa geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão" (Mateus 12:42). A rainha se dirigirá à nossa geração, a nós que vivemos exatamente nos últimos dias. E sua condenação será assim: ela vai descrever todo o esforço, toda a agonia e as dificuldades que suportou para obter sabedoria de Salomão. Veja, quando viva, essa mulher se desesperava em busca de uma verdade que a libertasse. E no juízo ela vai testificar: "Eu vim dos confins da terra, e viajei para ganhar a sabedoria de Salomão. Vocês, por outro lado, estão saciados pela verdade do evangelho. Vocês têm Alguém muito maior do que Salomão em seu meio; porém cerram os olhos e os ouvidos a Ele". Quem era exatamente essa Rainha de Sabá? E por que foi tão importante a ponto de aparecer no dia do Juízo? Os estudiosos dizem que ela era uma líder árabe, e que reinava sobre a região hoje conhecida como Iêmen. Era uma cultura que ao longo dos séculos se envolvia com enigmas e adivinhações. O perfil mental árabe constantemente levantava questões, sem dar respostas. Wilkerson 2004 Essa importante mulher poderia estar tendo conflito de alma pelo fato de todas as grandes questões da vida - sobre Deus, o futuro, a morte - não terem respostas. Ela queria sabedoria para ajudá-la a aprender a viver, a governar e ajudar os outros. Porém, riqueza nenhuma, ou fama ou conselhos podiam responder os gritos de sua alma. As carências mais profundas do seu ser continuavam não atendidas. Aí então ela ouviu a respeito do rei Salomão. Por todo o mundo, ele tinha reputação de possuir incrível sabedoria. As escrituras dizem de a rainha ter "ouvido a fama (dele)" (I Reis 10:1), talvez por meio de comerciantes ou navegadores que houvessem viajado até Jerusalém. Segundo seus informes, o rei de Israel compreendia a natureza humana como ninguém; era capaz de responder qualquer pergunta, e resolver todo problema, não importando a complexidade. A rainha deve ter raciocinado assim: "Quem é este homem que declara tanta sabedoria, e responde as perguntas difíceis da vida?”. Os próprios deuses dela não falavam, ouviam ou conversavam. Então ela resolveu: "Preciso chegar até Salomão a qualquer custo. Preciso resolver essas questões que ardem dentro de mim. Se ele pode resolver os enigmas da vida, então é capaz de responder aos meus anseios". Ela ordena que uma caravana a leve a Jerusalém, a cerca de 2.400 quilômetros. A viagem em si iria levar aproximadamente 75 dias - ou seja, 150 dias para locomoção de ida e volta - quase meio ano. E seria através de um deserto quentíssimo, capaz de assar uma pessoa ao sol. Enfrentariam saqueadores, terras improdutivas sem nenhum conforto. Teriam de passar por noites terrivelmente frias. No entanto nada podia impedir que a rainha conseguisse uma audiência com Salomão. Ela tinha de ter a companhia de soldados, oficiais, servos, cozinheiros e intérpretes. Os camelos teriam de ser carregados com alimentos, água, e presentes de jóias e especiarias. Juntando tudo, a caravana compreendia uma "mui grande comitiva" (10:2). Imagine o quadro desse grande conjunto chegando a Jerusalém, após meses de tempestades de areia, de calor atroz e tremendas dificuldades... Agora, ao se aproximar da capital, os serviçais de Salomão correm para se encontrar com a rainha, dizendo: "Que viagem difícil vocês tiveram. Por favor, refresquem-se. O rei lhes concedeu o uso de suas grandes salas de banho". Posteriormente, a rainha é apresentada à corte de Salomão. E ela não desperdiça tempo ao lhe fazer todas as perguntas que a confundiam. "Veio prová-lo com perguntas difíceis... compareceu perante Salomão e lhe expôs tudo quanto trazia em sua mente” (10:1,2). A rainha despeja tudo sobre ele. E ela não se desapontou. As escrituras dizem: "Salomão lhe deu resposta a todas as perguntas; e nada lhe houve profundo demais que não pudesse explicar" (10:3). Salomão generosamente lhe responde com verdades incríveis e iluminadoras. Ele não deixa um único ponto sem resposta. Eu visualizo o rosto da rainha se iluminando a cada resposta, e compreendendo: "Então, é assim que é". Imagine a paz que invadiu sua alma quando as perguntas de toda uma vida foram sendo resolvidas, uma a uma. Mais tarde, ela foi levada em passeio pelo reino de Salomão. Pessoalmente ela vê a ordem, a beleza e a prosperidade que a sabedoria de Salomão havia trazido à nação. Ela contempla "a casa que edificara, e a comida da sua mesa, e o lugar dos seus oficiais, e o serviço dos seus criados, e os trajes deles, e seus copeiros, e o holocausto que oferecia na Casa do Senhor" (10:4,5). Foi tão aterrador que, "ficou como fora de si". Ou seja - ela ficou sem fôlego. Após ter absorvido tudo isso, ela diz a Salomão: "Foi verdade a palavra que a teu respeito ouvi na minha terra e a respeito da tua sabedoria. Eu, contudo, não cria naquelas palavras, até que vim e vi com meus próprios olhos. Eis que não me contaram a metade: sobrepujas em sabedoria e prosperidade a fama que ouvi. Felizes os teus homens, felizes estes teus servos, que estão sempre diante de ti e que ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor, teu Deus...para te colocar no trono de Israel...para executares juízo e justiça" (10:6-9). Após o passeio, a rainha oferece a Salomão todos os presentes que havia trazido na caravana. Por sua vez, ele abre seus depósitos e armazéns a ela, que fica maravilhada com as vastas riquezas: "O rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo quanto ela desejou e pediu, afora tudo o que lhe deu por sua generosidade real" (10:13). Ao Se Referir a Ele Estava se Dirigindo aos Escribas e Fariseus Esta Rainha, Os líderes religiosos do tempo de Jesus estavam familiarizados com a história da rainha. Eles a haviam ensinado nas sinagogas, e sabiam tudo do desespero dela para encontrar Salomão. Agora Cristo usava a história dela para adverti-los: "Esta mesma rainha do sul lhes condenará diante do Pai. Ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis que alguém maior do que Salomão está na sua frente agora". Em verdade, aquela rainha perguntará aos fariseus: "Como puderam ser tão cegos? Vocês traziam todas as perguntas difíceis ao rei - até perguntas capciosas para fazê-lo tropeçar. Porém Jesus Cristo é o Deus onisciente encarnado, Aquele que deu sabedoria a Salomão. Ele esteve no meio de vocês e solicitou perguntas suas, insistindo em que Lhe abrissem o coração. Ele até morreu por vocês. Mas vocês fecharam a Ele os seus olhos, e cerraram os ouvidos à Sua verdade. Preferiram viver nas trevas, pois os seus atos eram maus". Eu me pergunto: será que essa rainha acusará a nossa geração do mesmo pecado? Será que dirá: "Vi e ouvi a sabedoria de um homem que viveu no meu tempo, e suas palavras mudaram a minha vida. Eu tive uma única conversa com ele, e ele respondeu tudo que havia no meu coração. Ele conheceu todas as perguntas e preocupações da minha vida, e a sua verdade curou o meu caos interior... ...Mas chegou a hora em que tive de sair da presença deste homem. Não foi assim com vocês. Vocês tiveram Alguém que vivia no seu meio, e tinham acesso à Sua sabedoria o tempo todo. Além disso, o Rei Jesus é infinitamente maior que Salomão. E Ele tem uma palavra para lhes falar a respeito de tudo em sua vida. Ele quer que essa palavra lhes traga abrandamento da dor, das buscas - e lhes forneça paz e alegria... ...Assim Ele continuamente os convida à Sua mesa de banquete. Vocês não têm de viajar 2.400 quilômetros para chegar lá. Ele vai até vocês, e não pede presentes e jóias. Tudo que lhes pede é que levem a Ele os seus fardos. Ele deseja ouvir as suas preocupações, assumir os seus interesses, responder às suas ansiedades. O único incenso que deseja de vocês é a oração e o louvor... ...Quando eu estava no palácio de Salomão, eu vi o quanto os seus servos eram felizes. Eles iam diariamente à mesa do rei, e alegremente absorviam sua sabedoria. Ouviam cuidadosamente cada palavra dele, com grande respeito. E ao irem ao templo para adoração, possuíam temor santo. Foi uma visão tão gloriosa, que perdi o fôlego. Eu havia ouvido grandes coisas sobre Salomão, mas nada me preparou para o quê experimentei em sua presença... ...Com a sua geração, é outra história. Vocês falam tanto sobre o Rei. Têm acesso à maravilhosa sabedoria dEle, à Sua justiça e santidade - mas O ignoram dia após dia. Como podem se satisfazer com essas vidas tão afundadas e amedrontadas? Vocês têm em seu meio a Fonte das respostas. Ele é muito maior do que Salomão!". Quero lhe perguntar o seguinte: quando foi a última vez que você teve uma experiência tremenda com Jesus? Quando foi que ficou tão encantado com Sua sabedoria fornecedora de paz - que ficou sem fôlego? Quando disse pela última vez: "Nada que foi ensinado sobre Jesus me preparou para essa experiência com Ele. Ele solucionou as minhas dúvidas, e me trouxe toda a alegria do mundo"? Jesus Está Nos Dizendo Nessa "Se Você Professa Ser Meu Então Precisa Fazer a Si Mesmo Uma Certa Pergunta" Passagem: Seguidor, Todos temos de responder a uma fundamental pergunta atualmente: "Se Alguém maior do que Salomão está no meu meio, haveria a possibilidade de Ele me deixar confuso? Se a sabedoria dEle está sempre à disposição, será que eu a busco tão apaixonadamente quanto a rainha buscou a sabedoria de Salomão?". Acho que a rainha está nos perguntando: "Se Salomão quis ouvir todas as minhas perguntas, será que o seu Rei estaria um pouquinho que seja, menos interessado em ouvir as suas? Se Salomão foi tão paciente em responder aos meus anseios, será que o seu onisciente Senhor não iria muito mais levar os teus fardos? Como poderia Jesus estar menos desejoso em falar contigo, lhe dar Sua sabedoria e orientação?". A verdade é que Deus ainda fala ao seu povo hoje. E fala tão claramente quanto no Velho Testamento, para os apóstolos, ou para a igreja primitiva. Contudo temos de entender uma coisa: Deus escolhe falar só com os que têm ouvidos para ouvir. Vou ilustrar. Marcos 4 diz que Cristo "lhes ensinava muitas cousas por parábolas" (4:2). Nessa passagem, Jesus conta a parábola do semeador, um homem que planta a semente no campo. Mas quando terminou a história, a multidão se viu perdida. Se perguntaram: "Quem é o semeador que Ele está descrevendo? E o quê a semente representa? E toda essa conversa de pássaros, diabos, solos com espinhos, solo bom - do que se trata?". Jesus não explicou à multidão. Antes, as escrituras registram: "E acrescentou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (4:9). Só os discípulos e um outro pequeno grupo remanescente queriam respostas. Então foram até Jesus mais tarde, e perguntaram o significado da parábola: "Quando Jesus ficou só, os que estavam junto dele com os doze o interrogaram a respeito das parábolas" (4:10). Então Cristo gastou um tempo para responder à todas as suas questões (v. 4:14-20). Você vê o quê está acontecendo nessa cena? Jesus havia trazido revelação da verdade à multidão, uma palavra vinda diretamente da boca de Deus, mas isso os intrigou. Você pode dizer: "Por que Jesus não explicou a parábola com mais clareza?". Achamos uma pista adiante no mesmo capítulo: "E sem parábolas não lhes falava" (Marcos 4:34). Eu creio que Jesus estava dizendo o seguinte: "Se vocês querem compreender a minha palavra, terão de ir ao meu encalço para obtê-la. E terão de vir como a rainha de Sabá: com fome pela verdade libertadora. Eu lhes darei toda a revelação que precisarem. Mas terão de vir a mim com ouvidos inquisitórios e atentos". Imagine o que aconteceu com a maioria da multidão depois que foram para casa. Vizinhos se juntaram em torno deles, ansiosos para saber o que Jesus tinha dito: "Que mensagem Ele trouxe? Diga tudo que você aprendeu?". Os que O haviam ouvido podem ter sido capazes de repetir Suas parábolas. Mas suas palavras teriam sido mortas, sem vida, sem poder de impacto ou de transformação de vidas. Eu acho que a mesma coisa acontece na igreja de Cristo hoje. A palavra que vem de alguns púlpitos é letra morta; vem sem revelação do Espírito Santo ou sem poder para livrar do pecado. Aí, quando as pessoas vão para casa, muitos meramente repetem a palavra que ouviram - sem a vida do Espírito. Que contraste com os discípulos famintos e outros que continuaram seguidores de Cristo nesse cenário. Essas pessoas representam todo aquele que tem fome pela palavra de Deus, e perseguirá Jesus a qualquer custo para obtê-la. Elas são a "Turma da Rainha de Sabá", servos que querem a revelação de Cristo - verdade que transforma vidas. O que Jesus responde aos que vão a Seu encalço? Ele diz, "A vós outros vos é dado conhecer o mistério do reino de Deus; mas, aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas" (4:11). A palavra em grego para mistério aqui significa segredo. Em resumo, Cristo revela os Seus segredos só para os que têm fome pela verdade transformadora de vida. Ele está dizendo: "Se você quer respostas para as tuas perguntas difíceis, venha atrás de mim. Gaste tempo comigo. Eu lhe revelarei a minha palavra, e mostrarei verdades que outros não vêem". Então, quem são os "de fora" (4:11)? Jesus está se referindo às multidões que não estão querendo esperar nEle. Pessoas que não vão desistir do conforto, e fazer o necessário para treinar os ouvidos para a Sua voz. Elas podem ir regularmente à igreja, e buscar o Senhor em favor de suas necessidades humanas - mas não estão interessadas em conhecer a voz de Deus no que vai além da capacidade dEle em lhes conceder coisas. A verdade libertadora que provém dEle lhes permanece frustrante e inútil, uma série de enigmas fechados. A Guerra de Satanás Contra o Povo de Deus Neste Momento Concentra-se Contra a Nossa Fé A ameaça atual do diabo contra a igreja vai além da torrente de imundície sendo lançada sobre a terra. Vai além do materialismo, dos vícios ou de intensas seduções. A nossa guerra é a guerra da fé. Quanto mais você dispõe o seu coração para buscar Jesus, mais tremendos se tornam os ataques de Satanás contra a sua fé. Nos últimos meses, tenho ouvido confissões de piedosos santos falando de horríveis ataques contra as suas mentes. Têm sido infestados de flechas de dúvidas e questões perturbadoras em relação à fidelidade de Deus. Eles ficam se perguntando se Deus chega a se preocupar com o ministério deles que está estagnado, com seus problemas conjugais, com o fato de seus filhos estarem se desviando. Muitos estão apenas se equilibrando, hesitantes na fé, e achando: “Eu não sei se vou agüentar”. Então li a carta de uma querida senhora de 81 anos, que nos escreveu. Ela diz: “O meu marido está sendo devorado pelo câncer ósseo. Enquanto isso, o meu filho está morrendo de AIDS. E eu lentamente estou me consumindo pela diabetes”. Lendo tudo que essa família está enfrentando, balancei a cabeça e me perguntei: “Como é possível ela se manter com essa alegria? É muita coisa para alguém agüentar. Certamente Deus irá levar isso em consideração caso ela hesite na fé. Mas aí li o parágrafo final da carta dela: “Apesar de tudo, Deus é fiel. Ele jamais falhou em qualquer palavra que nos tenha prometido. Deixamos nosso filho nas mãos de Jesus. E agora estamos esperando o dia de vermos nosso bendito Senhor face a face”. Sim, a batalha toda gira em torno da fé. Vemos isso ilustrado em Marcos 8, quando Jesus tinha acabado de alimentar 4.000 pessoas com sete pães e alguns peixes. Mais tarde, Ele entrou num bote com os discípulos e foi para o outro lado: “Ora, aconteceu que eles se esqueceram de levar pães e, no barco, não tinham consigo senão um só. Preveniu-os Jesus, dizendo: Vede, guardai- vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes. E eles discorriam entre si: É que não temos pão. Jesus, percebendo-o, lhes perguntou: Por que discorreis sobre o não terdes pão? Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais de quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam: Sete! Ao que lhes disse Jesus: Não compreendeis ainda?” (Marcos 8:14-21). Jesus estava lhes lembrando, “Vocês não estão se lembrando de quem sou? Vocês acabaram de me ver multiplicando uns tantos pães e peixes para alimentar multidões. Como podem ter esquecido de um milagre destes? Lhes disse que Um maior do que Salomão estava em seu meio. Quando vai entrar em suas cabeças que Deus está presente convosco em todas as horas, em toda crise? Vocês têm olhos, mas não vêem”. O quanto entristecemos o coração do Senhor quando esquecemos Suas vitórias passadas em nossas vidas, todos os Seus milagres de libertação. Ele nos chama amigos (v. João 15:15), contudo nas crises muitas vezes nos esquecemos de Sua amizade fiel. É por isso que Jesus preveniu os discípulos sobre o fermento dos fariseus. Ele lhes diz basicamente: “Se vocês me trazem perguntas difíceis, não esperem que eu responda caso tenham coração de incredulidade. Vocês devem vir até mim com confiança e fé, crendo que sou Alguém maior do que Salomão”. Em outra cena em Marcos 4, os discípulos estavam novamente atravessando um lago. Desta vez, “levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água” (Marcos 4:37). Uma torrente de ondas inunda o bote, e os discípulos agitados correm para jogar fora a água que sobe. Eram pescadores experientes, e logo viram que suas vidas corriam perigo. Então rapidamente acordam Jesus, que estava dormindo no fundo do barco, e gritam, “Mestre, estamos afundando!”. Ao ver Jesus sendo despertado, a minha carne deseja que Ele encoraje os discípulos assim: “Estou muito feliz por terem me acordado. A coisa é séria. Pobres irmãozinhos, sinto tê-los deixado enfrentando essa tempestade sozinhos tanto tempo. Perdão por eu não ter agido antes. Que bom que vocês não acharam que não me interesso por suas crises”. Não, a reação de Jesus foi exatamente o oposto. Ele repreendeu os discípulos! “Por que sois assim tímidos? Como é que não tendes fé?” (4:40). Imagine o quê aqueles homens pensaram na hora: “Será que Jesus está realmente esperando que a gente fique com a água subindo pela cintura, e não tenha medo? É a pior tempestade que já vimos; as ondas estão enchendo o barco, e estamos quase afundando. Será que a gente tem de praticar a fé numa situação tão desesperadora?”. A resposta é: sim, certamente! Jesus estava testando a fé deles. Ele queria saber: “Será que estes meus seguidores vão confiar em mim diante da morte? Eles se agarrarão à sua crença em mim?”. Humanamente, Cristo podia estar dormindo. Mas Ele também é Deus, e o Senhor nunca dorme: “É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel” (Salmo 121:4). Nesse momento, o seu barco pode estar sendo inundado, e inexiste qualquer esperança. A tempestade que se agita e lhe cerca o atemoriza como nunca na vida. Mas Ele ainda é Deus, e você tem Alguém maior do que Salomão presente consigo. Ele é Senhor sobre toda tempestade, e usará esta tempestade para testá-lo. Ele está permitindo sua crise para ver o que está em seu coração. Você pode pensar: “Mas e se o meu barco realmente afundar? O quê acontece?”. Veja o exemplo de Paulo em Atos. O seu barco afundou, e ele não perdeu a vida. Em verdade, ele se agarrou à palavra de Deus a ele no meio da tempestade: “O barco afundará, mas Eu lhe darei a vida de todos a bordo”. Quando a tempestade cessou, Deus foi glorificado por Sua fidelidade. E grandes milagres seguiram-se, acompanhados por um impressionante avivamento (v. Atos 28:1-10). Sim, o Senhor pode permitir que você experimente algo que lhe pareça absolutamente desastroso. Mas você sobreviverá – e também sua fé – se confiar nEle. O seu navio pode afundar, mas Deus lhe dará a força para nadar até a praia, como fez com Paulo. Tudo que poderá perder é o que é material, e Deus pode facilmente repor isso. Ele possui barcos maiores e melhores, e é capaz para lhe abençoar com mais de qualquer coisa que possa ter perdido. Tenho de admitir - ao ler a repreensão de Jesus aos discípulos, eu penso: “Senhor, isso não é justo. Recebo cartas de pessoas hoje que estão enfrentando os seus próprios desastres. Estão perdendo seus lares, seus empregos, seus queridos. Com certeza Tu não esperas que eles se mantenham plenos de fé”. Então o Espírito Santo me faz lembrar de alguns lugares atacados pela pobreza que visitei. Vi pessoas que vivem em barracos e dormem sobre terra batida, e contudo possuem uma alegria que nunca testemunhei em nenhum outro lugar. Elas se rejubilam na fidelidade diária de Deus para consigo, e isso faz com que sua fé abunde, a despeito de todas as lutas. Há Hoje Um Grande Distanciamento da Fé e da Confiança Naquele Que é Maior do Que Salomão Essa grande apostasia é profetizada nas escrituras. Paulo previne: “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isso não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia” (2 Tess. 2:3). No Velho Testamento, o Senhor nos dá um exemplo do que acontece com os que se distanciam da fé no poder de Deus, poder existente em favor deles. Em 2 Crônicas 14, o rei Asa enfrenta um exército de um milhão de etíopes. Mas o rei tinha muita fé: “Clamou Asa ao Senhor, seu Deus, e disse: Senhor, além de ti não há quem possa socorrer numa batalha entre o poderoso e o fraco; ajuda-nos, pois, Senhor, nosso Deus, porque em ti confiamos e no teu nome viemos contra essa multidão. Senhor, tu és o nosso Deus” (2 Cr. 14:11). O quê aconteceu então? “O Senhor feriu os etíopes diante de Asa” (14:12). Que enorme fé Asa possuía! Depois disso, por muitos anos “Não houve guerra até ao trigésimo quinto ano do reinado de Asa” (15:19). Por anos, Asa andou em fé diante do Senhor, e isso trouxe o favor de Deus a Judá. Uma grande paz caiu sobre toda a terra, e essa paz se tornou um testemunho para o mundo. Logo pessoas famintas das nações em torno encheram Judá, porque sabiam que Asa andava com Deus. Aí, no trigésimo sexto ano de seu reinado, Asa enfrentou outra crise. O rei de Israel se levantou contra Judá, capturando Ramá num esforço para bloquear todo comércio que ia ou provinha de Jerusalém. O plano era levar Judá à submissão pela fome. Asa foi deixado totalmente vulnerável, mas desta vez ele não dependeu do Senhor durante a crise. Em vez de orar em busca da direção e do conselho de Deus, ele se voltou para o rei da Síria. Em troca da ajuda da Síria, Asa descerrou o tesouro da nação, esvaziando todo o ouro e a prata do país. E então Judá foi livrada do inimigo, mas não pelo Senhor. Essa glória foi para o exército estrangeiro da Síria. E agora o testemunho de Judá diante do mundo se foi. Um justo profeta foi até Asa com uma palavra de censura: “...Confiaste no rei da Síria e não confiaste no Senhor, teu Deus...quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostra-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele; nisto procedeste loucamente; por isso, haverá guerras contra ti” (16:7,9). Estou convencido de que hoje muitos cristãos estão complicados pelo mesmo motivo de Asa. Eles têm guerra na alma, pois trocaram a fé pela autosuficiência. Mas o fato é o seguinte: não há como um seguidor de Jesus pôr a fé em qualquer outra fonte, e não ter problemas. O aviso de Cristo é simples e claro: Alguém maior do que Salomão está entre nós. E devemos crer nEle, confiar totalmente nEle, e nos entregar inteiramente aos Seus cuidados. Ele lutará nossas batalhas e tratará com os nossos inimigos. Então não haverá mais guerras, pois as resolverá para nós: “Ele põe termo à guerra” (Salmo 46:9). Um maior do que Salomão se mostrará forte a seu favor, se você confiar nEle. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 21 __________ Socorro Bem Presente Na Hora de Necessidade - 21 de junho de 2004 (Ever Present Help in Time of Need) David de junho de Preste atenção à uma das promessas mais poderosas de todas as da palavra de Deus: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto não temeremos ainda que a terra se transtorne, e os Wilkerson 2004 montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem, e na sua fúria os montes se estremeçam... Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela: jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã. Bramam nações, reinos se abalam; ele faz ouvir a sua voz e a terra se dissolve. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio... Ele põe termo à guerra" (Salmo 46: 1-7, 9). Que palavra maravilhosa. Eu já li essa passagem dezenas de vezes, e ainda fico abismado com ela. A palavra de Deus para nós é aqui tão poderosa, tão inabalável - e nos diz: "Você nunca mais precisará ter medo. Não importa que o mundo todo se agite. A terra pode tremer, os oceanos crescer, os montes se desmancharem no meio dos mares. As coisas podem estar num completo caos, tudo ao seu redor pode estar se arrebentando... mas por causa da Minha palavra, você terá paz como a de um riacho passando. Enquanto todas as nações se agitam em fúria, poderosas correntes de alegria fluirão para o Meu povo. Elas encherão os seus corações de alegria". Nesse exato momento, o mundo todo está com medo. Os países tremem por causa do terrorismo, sabendo que nenhuma região está imune às ameaças. Problemas pessoais e sofrimentos se acumulam. Contudo, em meio a tudo isso, o Salmo 46 faz soar a todo o mundo a voz de Deus: "Eu estou em seu meio. Estou consigo o tempo todo. O Meu povo não será destruído ou tocado. Serei um socorro bem presente para ajudar a Minha igreja". Você consegue alcançar o sentido do que o Senhor está nos dizendo nesse Salmo? O nosso Deus está à nossa disposição qualquer hora, dia e noite. Está continuamente à nossa destra, querendo nos falar e guiar. E Ele tornou isso possível nos dando o Espírito Santo, para habitar em nós. A Bíblia diz que o próprio Cristo está em nós, e nós nEle. No entanto duvido que algum cristão compreenda inteiramente essa verdade. Se formos honestos, vamos admitir que o conceito que temos quanto à Sua presença habitando em nós é inadequado. Muitos de nós visualizamos o Espírito Santo morando numa pequena capela que construiu em nosso coração. Então, quando precisamos dEle, corremos para essa capela e batemos à porta até que responda. Esse conceito não é bíblico de maneira alguma. Creio que o Senhor deseja desvendar isso para nós, através deste Salmo. Ele sabe que temos necessidades e problemas terríveis: todos nos deparamos com dificuldades, tentações, fases tremendas que nos agitam a alma. A Sua mensagem a nós aqui no Salmo 46 é programada exatamente para momentos como esses. Qual a mensagem? Simplesmente isso: se ficarmos derrubados e em desespero, estaremos vivendo de maneira totalmente contrária à realidade dEle em nossas vidas nesse momento. Pedro registra: "pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina" (2 Pedro 1:4). Paz sobrenatural é uma parte da natureza divina. E de todas as Suas maravilhosas promessas, o Salmo 46 é aquela palavra que necessitamos para obtermos a Sua paz como um rio. Quero compartilhar com você o que aprendi quanto a esse assunto. 1. Há um Mal Bem Presente Paulo atesta: "Quando quero fazer o bem, o mal está comigo" (Rom. 7:21). "Porque a nossa luta não é contra o sangue e carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios 6:12). Existe um inimigo muito real de nossas almas. E esse inimigo está em ação contra nós, dia e noite. Paulo quer se assegurar de que compreendamos isso. Caso contrário se ignorarmos do que se trata esta batalha, e quem estamos enfrentando certamente seremos derrotados. Desde os evangelhos, passando pelas epístolas e até o Apocalipse, o Novo Testamento inteiro nos adverte a não sermos ignorantes quanto aos artifícios de Satanás. Isso não quer dizer que devamos temer ou exagerar o poder do diabo. Mas Satanás ainda é o príncipe das potestades do ar (Efésios 2:2). E ele dirige um império maligno de poderes demoníacos. Estas potestades seguem continuamente as suas ordens, assediando continuamente o povo de Deus. É extremamente perigoso ficar cego aos estilos de Satanás. Simplesmente temos de aceitar que essa batalha não é humana. Não importa que tipo de luta enfrentamos, ou qual seja o tipo de pecado assediador que combatamos. Temos de nos conscientizar de que não se trata simplesmente de uma falha de nosso caráter. Não é um hábito com o qual tenhamos de trabalhar em nossa carne. O nosso conflito na verdade é nada menos do que uma guerra sobrenatural que está se desenvolvendo nas altas regiões celestiais. E o nosso adversário é um inimigo bem presente. Os poderes e principados de Satanás nunca dormem. Jamais deixam de mentir, promover conluios, e operar o mal contra nós. O seu objetivo é destruir a nossa fé, e nos levar à destruição. É por isso que Pedro nos encoraja: "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé" (I Pedro 5:8-9). Pedro vivenciou isso por experiência própria. Jesus havia lhe avisado: "Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo" (Lucas 22: 31). Cristo sabia que o diabo queria esse apóstolo. E Jesus deu a Pedro amplas advertências sobre o que aconteceria. Se Você Perder a Determinação em Favor de Uma Vida Cristã Real Se Deixou de Dar a Jesus o Seu Melhor Então Pode Esperar Ser Atacado Por Um Mal Bem Presente Se isso é uma descrição de sua vida, Satanás e seus líderes irão atrás de você com acusações, com obstáculos, mentiras que inundarão a sua mente. Você será tentado, perseguido, interrompido em suas orações. É preciso que você saiba que tudo isso é uma conspiração do mal, dirigida diretamente contra a sua fé. Anos atrás, convidei um consagrado profeta do Senhor para falar em um dos meus cultos. Eu sempre havia admirado tremendamente esse homem. Ele era uma das pessoas mais humildes que conhecia, um simples carpinteiro que raramente chegava a pregar. Contudo todas as vezes que falava, o Espírito de Deus caía tão poderosamente, que as pessoas eram tocadas numa profundidade que eu jamais havia experimentado antes. É exatamente isso que estava acontecendo na noite em que ele pregou em nosso culto. Então de repente, no meio da mensagem, ele parou; deu um passo atrás no púlpito e me chamou de lado. Com voz calma, mas tremendo, ele cochichou: "David, preciso que você ore por mim. Por favor, imponha suas mãos sobre mim agora mesmo. Maus pensamentos estão me rondando. Há anos que não passo por isso. Eles estão inundando a minha mente, e não consigo me livrar deles". O meu primeiro pensamento foi: "Talvez eu estivesse errado sobre esse homem. No entanto, em realidade, a verdade era o oposto. Cá estava um servo entregue a Jesus como poucos. E Satanás estava chegando a ele no momento menos esperado: em meio a um poderoso trabalho espiritual. Esse humilde homem me implora: "Você me conhece David; sabe que esses não são os meus pensamentos. Temos de exercer autoridade sobre eles, ou não conseguirei continuar". Nós oramos, e logo o ataque cessou. Com a continuação do culto, fui lembrado de quão bem presentes são os ataques do inimigo contra o povo de Deus. Paulo entendeu bem do que trata essa questão. Cada dia de sua vida, Satanás seguiu esse consagrado apóstolo com ataques perturbadores do inferno. Temos um registro destes ataques no livro de Atos, e nas próprias epístolas de Paulo. O vemos sendo esmurrado a cada movimento, no corpo, na mente e no espírito, até a ponto de morte física. A certa altura, Paulo afirma claramente: "Satanás no-lo impediu" (I Tess. 2:18). Mesmo assim, até o fim, Paulo diz que Deus lhe concedeu graça mais do que suficiente. Satanás não vai se preocupar em atrapalhar os seus próprios filhos; isso porque ele não tem nenhum problema com eles. Jesus diz o seguinte quanto a estas pessoas: "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai" (Jo. 8:44). Não, as armas do diabo são dirigidas contra umas poucas e selecionadas pessoas. Ele está atrás daqueles que em seus corações se determinaram a buscar a Cristo. Tais santos têm um amor apaixonado por Jesus, e se trancaram no lugar secreto de oração para O seguirem. Estão determinados a andar no Espírito, e a obedecer a cada palavra dEle. Se você é um crente destes, há algo de que precisa se conscientizar: você nunca estará livre dos ataques do diabo. Satanás tem uma coisa na mente, e isso é minar a sua fé. Ele quer que você duvide da fidelidade de Deus. Então ele vai lhe bombardear de problemas e lutas até que finalmente você se pergunte: "Como Deus poderia estar comigo no meio de tudo isso?". Muitos dos que serviram a Cristo por toda a vida agora estão começando a duvidar do Senhor, em meio aos seus problemas. Eles simplesmente não entendem o quê estão enfrentando. Conversei com vários pastores que passaram dias em jejum e oração, e saíram disso duvidando da existência de Deus. Tais santos não se conscientizam de que estão sob ataque espiritual. Não se engane: os ataques do inimigo serão ainda mais ferozes nestes últimos dias. Em minha opinião, a nossa geração necessita da direção de Deus mais do que qualquer outra. Porém, Satanás quer nos convencer de que quando mais desesperadamente precisamos de Jesus, o nosso Senhor nos abandona. Esses ataques simplesmente não vão cessar até que Cristo retorne. É claro que experimentamos períodos de graça devido ao nosso misericordioso Senhor. Mas a realidade é a seguinte: estamos em batalha constante. E precisamos reconhecê-la como tal. 2. Deus "Na Hora de na Hora de Enfrentar Um Mal Eu Serei o Seu Socorro Bem Presente" Nos Necessidade Persistente e Bem Promete: Presente A expressão "bem presente" quer dizer "sempre existente, sempre à disposição, de acesso ilimitado". Em resumo, a presença permanente do Senhor está sempre em nós. E se Ele está bem presente em nós, então deseja contínua conversação conosco. Ele deseja que falemos com Ele não importa onde estejamos: no trabalho, com a famlia, com amigos, mesmo com não crentes. Eu recuso-me a aceitar a mentira que Satanás tem forçado contra tantos dentre o povo de Deus hoje: que o Senhor tenha parado de falar ao Seu povo. O inimigo quer que pensemos que Deus permitiu que Satanás crescesse em poder e em influência, sem que tenha equipado o Seu povo com uma maior autoridade. Não, nunca! As escrituras dizem: "Vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira" (Isaías 59:19). Não importa o que o diabo traga contra nós, o poder de Deus no Seu povo será sempre maior do que os ataques de Satanás. Esse versículo de Isaías em realidade refere-se aos porta-bandeiras que marchavam à frente do exército de Israel. O Senhor sempre guiou o povo às batalhas, por trás de Seu poderoso estandarte. Igualmente hoje, Deus possui um glorioso exército das hostes celestiais que avançam sob Sua bandeira, e que está pronto para executar os planos de batalha a nosso favor. Pode-se perguntar: "Então, como Deus traz socorro em nossos problemas?". O Seu socorro vem no dom do Seu Santo Espírito, que habita em nós, e opera a vontade de Deus em nossas vidas. Paulo nos diz repetidamente que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo. Somos a habitação do Senhor sobre a terra. É claro, repetimos essa verdade sempre em nossos cultos e testemunhos - mas ainda assim, muitos de nós não a levamos a sério; simplesmente não entendemos o poder que reside nessa verdade. Se efetivamente ganhássemos a compreensão dessa realidade e confiássemos nela, nunca mais teríamos medos ou sustos. Eu certamente ainda não me apropriei plenamente desta lição. Mesmo depois de todos os meus anos de ministério, ainda sou tentado a achar que tenho de desenvolver alguma emoção para ouvir de Deus. Não - o Senhor está dizendo: "Você não precisa ficar horas Me esperando. Eu habito em você. Estou presente para você, dia e noite". Ouça o testemunho de Davi: "Bendigo o Senhor, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina. O Senhor, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita não serei abalado" (Salmo 16: 7-8). Davi está declarando: "Deus está sempre presente diante de mim. E estou determinado a mantê-Lo presente em meus pensamentos. Ele fielmente me guia dia e noite. Nunca preciso ficar confuso". Ouço alguns cristãos dizendo: "Deus nunca fala comigo. Nunca ouço a Sua voz". Porém eu questiono isso. Como podemos declarar que o Espírito de Deus vive e age em nós, e que não fala conosco? Se dizemos que vivemos e andamos no Espírito, se Ele está bem presente em nossos corações, sempre à nossa mão direita, pronto para dirigir as nossas vidas, então Ele deseja conversar conosco. Ele deseja diálogo, no qual estará ouvindo de nós e falando às nossas vidas. Alguns crentes temem dar ouvidos à "vozes interiores". Acham que vão acabar sendo enganados pela carne, ou pior, pelo inimigo. Fizeram isso antes, e acabaram complicados. Concordo em que essa seja uma preocupação válida a todo servo de Jesus. Afinal de contas, o diabo falou ao próprio Cristo. E fala até com os maiores santos dentre o povo de Deus hoje. Mas com muita freqüência, tal cuidado se transforma em medo paralisador. E esse medo impede muitos cristãos de deslancharem na fé confiando então no Espírito de Deus para fielmente guiar os seus passos. A verdade é: os que gastam tempo na presença de Deus aprendem a distinguir a Sua voz de todas as outras. Jesus disse referindo-se a Si próprio: "elas o (pastor) seguem porque lhe reconhecem a voz... As minhas ovelhas ouvem a minha voz... e elas me seguem" (João 10: 4, 27). Eis aqui a nossa salvaguarda: Jesus, o Bom Pastor, jamais deixará que Satanás engane qualquer santo que confie inteiramente em Sua permanente presença. Ele promete falar claramente com todos os que mantêm comunhão diária conSigo. Por outro lado, se não damos um passo de fé, se nos recusamos a confiar na presença guiadora do Senhor certamente cairemos no engano. Por que? Porque se não confiamos em Seu Espírito para nos falar, a única voz com a qual poderemos contar é a da nossa carne. Por Todo Lemos Disse-Lhe o Espírito... o Estas Novo Testamento, Palavras: Em todas as vezes que o Espírito falou, os que escutaram sabiam de modo claro que era a Sua voz. E o Espírito falou com instruções claras, precisas e detalhadas. Preste atenção às instruções do Espírito para o gentio Cornélio: "Envia homens a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro. Ele está com um certo Simão curtidor, que tem a sua casa junto do mar. Ele te dirá o que deves fazer" (Atos 10: 5-6). Isso é que é instrução detalhada. Enquanto isso, Deus dava instruções igualmente detalhadas para Pedro, dizendo que os homens de Cornélio estavam a caminho: "Disse-lhe o Espírito: Eis que três varões te buscam. Levanta-te pois, e desce, e vai com eles, não duvidando; porque eu os enviei (Atos 10: 19-20). O Espírito agiu desse jeito também na vida de Paulo. Em Atos 9, quando ainda era chamado Saulo, ficou sem visão por três dias em Damasco. Deus instruiu um homem chamado Ananias para ir até Paulo e orar por ele. Cá estão as detalhadas instruções: "E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando. E numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias, e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver" (9:11-12). Encontramos o Espírito Santo dando mais instruções específicas em Atos 27. Paulo estava em um barco que foi arrastado ao léu em uma tempestade durante dias. Bem na hora em que os marinheiros estavam prestes a desistir, Paulo foi levado a encorajá-los com essa detalhada mensagem: "... vos aconselho bom ânimo, porque nenhuma vida se perderá de entre vós, mas somente o navio. Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas; preciso que compareças perante César, e eis que Deus por sua graça te deu todos quantos navegam contigo (27: 22-24). Realmente, tudo aconteceu bem como Paulo disse. Diga-me, onde as escrituras dizem que o Espírito Santo parou de dar instruções detalhadas ao povo de Deus? Quando o Espírito parou de estar presente em nossas vidas? Quando a Sua presença abandonou a nossa mão direita? O diabo fala aos seus filhos. Por que o Senhor negligenciaria o Seu próprio povo? No entanto, temos de compreender isso: o tipo de caminhar de sensibilidade que nos permite ouvir a voz de Deus não vem da noite para o dia. O Espírito tem de nos ensinar a buscá-Lo em nossa vida diária. Só então estará Ele capacitado para dirigir os nossos passos. O salmista fala desse processo de aprendizado: "Qual o homem que teme ao Senhor? Ele o ensinará no caminho que deve escolher" (Salmo 25:12). Se reconhecermos a Deus em todos os nossos caminhos, Ele será fiel para falar. A Sua palavra promete: "Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" (Provérbios 3:6). Durante os meus mais de cinqüenta anos de ministério, tenho citado esse versículo com freqüência. Mesmo assim, às vezes, eu ainda não o mesclo à fé. Muitas vezes o Senhor tem me falado, dizendo: "Faça tal coisa, David... Não faça aquilo...". Em algumas poucas ocasiões, eu silenciei a Sua voz em minha mente, e fiz do jeito que eu queria. E em cada um desses casos, Deus me deixou entrar em uma tremenda confusão que me custou algo. Ele diz: "Eu sou o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar. Ah! se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos! então seria a tua paz como o rio, e a tua justiça como as ondas do mar" (Isaías 48: 17-18). O meu Pai amoroso continua me livrando das minhas falhas. E ainda estou aprendendo. Quero que a Sua paz sobrenatural flua como um rio em minha alma. 3. Há Apenas Uma Única Coisa Nos Impedindo de um Caminhar Íntimo no Espírito: o Bem Presente Problema da Incredulidade. Israel nunca realmente aprendeu a confiar no socorro bem presente de Deus. O Senhor o guiou pelo deserto com uma nuvem durante o dia e uma coluna de fogo à noite. Tais feitos sobrenaturais eram lembretes visíveis dirigidos ao povo de Deus, mostrando a Sua constante presença com eles. Ele lhes estava à mão direita cada hora do dia. E os carregou como um gentil pastor, que se importava com eles. Quando O obedeciam, ficavam em segurança e em paz, não importando quais os obstáculos que enfrentassem. Contudo, a despeito da direção amorosa de Deus, "não creram em Deus, nem confiaram na sua salvação. Nada obstante, ordenou às alturas, e abriu as portas dos céus... Por isso ele fez que os seus dias se dissipassem num sopro, e os seus anos em súbito terror (Salmo 78: 22-23, 33). Você enxerga o quê o salmista está dizendo aqui? Ele está associando a nuvem e a coluna de fogo sobrenaturais à salvação de Deus. Confiança nesses sinais literalmente teria salvado a vida dos israelitas. Mas porque não confiaram na obra de Deus em seu favor, acabaram perdidos, vagando confusos o resto dos seus dias. Agora quero voltar aonde começamos, com o salmo 46. Creio que este salmo é um retrato da terra prometida do Novo Testamento. Em verdade, o Salmo 46 representa o repouso divino referido em Hebreus: "Portanto resta ainda um repouso para o povo de Deus" (Hebreus 4:9). O Salmo 46 descreve esse repouso para o povo de Deus. Ele fala do Seu bem presente poder, do Seu socorro na hora da inquietação, da Sua paz em meio ao caos. A presença de Deus está conosco o tempo todo, e o Seu socorro sempre chega na hora. No entanto Israel rejeitou esse repouso: "Desprezaram a terra aprazível, e não deram crédito à sua palavra" (Salmo 106: 24). Lamentavelmente, a igreja de hoje é muito como Israel. A despeito das grandes promessas de Deus para nós, das Suas garantias de paz, ajuda e de nos suprir, não confiamos nEle inteiramente. Pelo contrário, nós reclamamos: "Onde estava Deus na hora da minha dor? Ele estava comigo ou não? Tem alguma prova da Sua presença? Por que Ele permite que todos esses sofrimentos se acumulem contra mim?". Como Ele reage à nossa incredulidade? Ele disse o seguinte em relação à murmuração de Israel: "Me indignei contra essa geração, e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos... E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade" (Hebreus 3: 10, 17-19). Hoje, ouço o Senhor perguntando à igreja: "Você crê que Eu ainda fale ao Meu povo? Você crê que Eu desejo lhe dar o Meu socorro e direção? Você realmente crê que quero lhe falar todo dia, toda hora, momento a momento?". A nossa resposta tem de ser como a de Davi. Esse piedoso homem abalou os infernos quando fez essa declaração sobre o Senhor: "Ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir" (Salmo 33:9). Aqui está a promessa de aliança da parte de Deus à toda geração que iria crer nessa palavra: "O conselho do Senhor dura para sempre, os desígnios do seu coração por todas as gerações" (33:11). O Criador do universo deseja compartilhar da intimidade de Seus pensamentos conosco! As escrituras deixam claro: o nosso Deus falou ao Seu povo no passado, está falando ao Seu povo agora, e continuará falando a nós até os fins dos tempos. Indo direto ao ponto, Deus quer lhe falar sobre o seu problema hoje. Ele pode fazer isso através da Sua palavra, através de um amigo piedoso, ou através da voz silenciosa e suave do Espírito, lhe cochichando: "Esse é o caminho, vá por ele". Não entanto, não importa qual o meio que Ele use, você reconhecerá a Sua voz. As ovelhas conhecem a voz do seu Pastor. E Ele é fiel porque "guarda a alma dos seus santos, livra-os da mão dos ímpios" (Salmo 97:10). --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Fogo Ardente (A Fire in my Bones) Por 31 __________ de nos Meus Ossos David Maio - 31 de maio de 2004 de Em Jeremias 19, Deus dá ao profeta uma palavra dirigida a Israel. A seguir o envia ao templo para profetizar. Jeremias diz essas palavras: "Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei sobre esta cidade e sobre todas as suas vilas, todo o mal que pronunciei contra ela, porque endureceram a sua cerviz, para não ouvirem as minhas palavras" (Jeremias 19:15). Pasur era o presidente do templo na época. E ficou enraivecido com as palavras de Jeremias; imediatamente se enfureceu atacando o profeta, e Wilkerson 2004 convocou os serviçais para o prenderem num tronco (tora de madeira). Eles o colocariam à porta da cidade, onde seria humilhado para ser visto por todos. O tronco era um instrumento de tortura. E Jeremias sofreria dor constante vinte e quatro horas inteiras. Primeiro, sua cabeça era aferrolhada e presa; a seguir o corpo era entortado, com os braços presos em transversal. Ele teria de permanecer nessa posição torturante por um dia e uma noite. Que cena terrível. Lembre-se - Jeremias era um profeta ungido do Senhor. Ele sabia desde a juventude que fora chamado para falar a palavra de Deus ao povo escolhido. Mas agora Jeremias estava amarrado e sendo torturado por estar fazendo exatamente isso. Mesmo assim, apesar do sofrimento, Jeremias nunca duvidou do seu chamado. Ele conhecia a palavra que havia recebido de Deus. E havia sido assim desde o início do seu ministério. O próprio Senhor havia testificado quanto ao Seu relacionamento com Jeremias: "Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e te constituí profeta às nações" (Jeremias 1:5). Deus basicamente estava dizendo: "Eu te conheci antes de a terra ser formada, Jeremias. Desde então Eu tinha um plano para a tua vida. Eu te criei para pregar a Minha palavra". No começo, Jeremias respondeu: "Ah! Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque não passo de uma criança". Mas Deus respondeu: "Não digas: Não passo de uma criança" (1:6-7). Em outras palavras: "Eu te chamei, Jeremias; então - não diga que não é capaz". E o Senhor acrescenta: "A todos a quem eu te enviar irás; e tudo quanto eu te mandar, falarás. Não temas diante deles; porque eu sou contigo para te livrar" (1: 7-8). Nesse ponto, Jeremias nos diz: "Estendeu o Senhor a mão, tocou-me na boca, e me disse: Eis que ponho na tua boca as minhas palavras" (1:9). Que momento incrível na vida de Jeremias. Como é maravilhoso saber que Deus estendeu as mãos sobre você, lhe revelou os Seus pensamentos, e o ungiu para falar por Ele. Eis aqui porquê Jeremias nunca duvidou das palavras que Deus lhe deu. Então o Senhor dá a Jeremias a ordem para marchar: "Cinge os teus lombos, e levanta-te, e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não desanimes diante deles, porque eu farei com que não temas na sua presença" (1:17). Finalmente, Deus declara essa poderosa palavra ao Seu servo: "Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro, e por muros de bronze, contra todo o país; contra os reis de Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar" (1: 18-19). Atente para a tremenda mensagem que Deus deu a esse homem. Ele está dizendo: “Jeremias, Eu planejei um ministério para ti na eternidade. E agora estou te enviando para arrancar a raiz de todas as mentiras de Satanás. Quero que você derrube todos os ídolos, e os destrua diante do Meu povo. E você também irá edificar a Minha igreja. Quero que você plante as sementes das boas novas. Não se preocupe, Eu lhe darei toda palavra de que necessitar, bem na hora em que precisar.“ “Mas nunca tenha medo do homem. Não tema caras feias ou ameaças. E jamais tema o fracasso. Lembre-se, enquanto você viver, estarei contigo. Nenhum demônio ou inimigo pode lhe tocar. Por isso, você não precisa ficar desencorajado. Então, levante-se em fé já, e faça como lhe ordenei. Você possui um propósito divino que é declarar o quê está em Minha mente. Não deixe que ninguém ou nada lhe derrube”. O Senhor então acrescenta essa palavra final: “Porque eu farei com que não temas na sua presença” (Jeremias 1:17). Amado, cá está a mensagem de Deus não apenas para Jeremias, mas para todo pastor e obreiro cristão que alguma vez tenha sido chamado por Ele. Ele está nos dizendo: “Não deixe que ninguém lhe derrube! Não há razão para você se desesperar. Não há motivo para que fique confuso diante dos homens. Eu lhe disse que estou consigo; Eu disse que és uma fortaleza inexpugnável. Então, não há razão para esgotamento, não há razão para desistir...” “... Se você não crer no que lhe disse - se duvidar da Minha fidelidade para consigo - então não há como evitar que você se apague. Você acabará amargo, batido - e irá desistir. E será perturbado por todo aquele que se opuser a ti. Mas isso será porque não confiou em Minha palavra para consigo...” “... Quero lhe dizer o seguinte: não importa quê dificuldades você enfrente. Não importa se as pessoas lhe tratem mal, ou lhe ofendam. Os seus amigos, a sua família, mesmo príncipes ou reis podem se virar contra ti. Mas eles jamais prevalecerão. Eu coloquei paredes de metal e fortes pilares lhe cercando. Eu estou contigo, para te livrar”. Esta Mensagem é Para Todo Como Foi Chamado Antes da Criação Para Servir a Cristo Aquele Que, Jeremias, O apóstolo Paulo diz o seguinte em relação a Deus: “Que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2 Timóteo 1:9). Simplificando, toda pessoa que está “em Cristo” é chamada pelo Senhor. E todos temos o mesmo mandato: ouvir a voz de Deus, proclamar a Sua palavra, nunca temer o homem, e confiar no Senhor diante de toda provação imaginável. Na verdade, o quê Deus prometeu a Jeremias se aplica a todos os Seus servos. Quer dizer, nós não temos de ter uma mensagem preparada para dizer diante do mundo. Ele se comprometeu a encher a nossa boca com a Sua palavra, no exato momento em que seja necessária. Mas isso acontecerá somente se confiarmos nEle. Paulo nos diz que muitos são designados como pregadores, mestres e apóstolos, e que todos eles irão sofrer por esse motivo. Ele se inclui entre esses: “para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre, e por isso estou sofrendo estas cousas” (2 Timóteo 1: 11-12). Ele está dizendo, em resumo: “Deus me deu uma obra santa para realizar. E porque eu tenho esse chamado, vou sofrer”. As escrituras mostram que Paulo foi testado como poucos ministros algum dia foram. Satanás tentou matá-lo vez após outra. Os assim chamados agrupamentos religiosos o rejeitavam e ridicularizavam. Por vezes, até mesmo os que o sustentavam o deixaram ofendido e abandonado. Mas Paulo nunca se perturbou diante dos homens. Ele nunca se apavorou ou se envergonhou diante do mundo. E Paulo nunca se apagou. A cada ocasião, ele tinha uma palavra ungida para falar de Deus, sempre que necessário. O fato é o seguinte: Paulo simplesmente nunca seria abalado. Ele jamais perdeu a confiança no Senhor. Antes, testifica: “Sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (2 Timóteo 1:12). Em termos simples: “Eu compromissei a minha vida inteira à fidelidade do Senhor. Vivo ou morto sou dEle”. E insiste com o jovem Timóteo para que faça o mesmo: “Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus” (1:13). Na semana passada dei o mesmo conselho a um pastor. Ele havia acabado de entregar a igreja; sentiu que havia falhado por não ter tido conversões, e nem levado o seu povo à maturidade como crentes. A sua esposa sofria vendo o marido caindo num desespero tão grande. Ela disse: “Ele é um homem de Deus dedicado, que ora fielmente pelo povo. Mas ficou desencorajado porque não estava gerando filhos espirituais. Ele prega com unção, mas as pessoas simplesmente não queriam ouvir. Ele achou que nada restava senão desistir”. Eu me assegurei de enviar a esse homem o encorajamento de Paulo. Insisti para que se mantivesse no padrão da fé, e à palavra que lhe fora dada. Deus seria fiel para operar tudo que prometera. Jeremias No Tronco Chegou ao Seu Ponto Fraco Não era só o corpo de Jeremias que estava sendo torcido - a sua alma estava sendo atacada. Foi uma noite negra e torturante para esse homem consagrado e dedicado. Finalmente, após vinte e quatro horas de dor e humilhação, Jeremias foi solto. Ele foi direto a Pasur, o homem que o havia prendido. E profetizou: “O Senhor tem um novo nome para ti, Pasur. Significa: ‘Você vai viver com medo e em terror constantes o resto dos teus dias’”. Veja, Jeremias sabia o quanto é perigoso para qualquer um tocar no ungido de Deus. Estremecido, Pasur simplesmente chamou o profeta de mentiroso. Àquela altura, Jeremias tinha chegado ao limite da resistência; e começou a usar a linguagem do servo acabado: “Iludiste-me, ó Senhor, e iludido fiquei, mais forte foste do que eu, e prevaleceste, sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim” (Jeremias 20:7). A palavra em hebraico para “iludiste” aqui quer dizer “me abri”. Jeremias estava dizendo, basicamente: “Senhor, Tu me expuseste a uma grande ilusão. Eu acabei como um ministro totalmente enganado”. Não podemos adoçar a pílula quanto ao que Jeremias está acusando Deus de fazer, aqui. Ele está dizendo: “Senhor, me chamaste para pregar a Tua palavra; me mandaste profetizar, derrubar e edificar. Puseste uma palavra dura e difícil em minha boca. Mas então, quando a proferi, Tu me abandonaste...”. “... Não entendo. Eu Te obedeci, Senhor. Fui fiel. Não pequei contra Ti. Na verdade, pus a minha cabeça a prêmio por Ti. E o quê ganhei? Desilusão, engano, abandono e ofensa.” Tente imaginar o quê passou pela cabeça deste homem durante aquelas vinte e quatro horas de tortura: “Preguei misericórdia a todas estas pessoas que estão passando. Mas agora a única coisa que fazem é me agredir. Senhor, falei a eles como Teu oráculo. Lhes supliquei que tornassem para Ti; lhes disse que Tu os curarias e abençoarias. Mas eles se voltaram contra mim com toda a maldade...” “... Chorei por esses homens e por essas mulheres durante dias. O meu coração se partiu por causa deles. Cheguei a sofrer por seus pecados. O meu interior se moveu de compaixão por eles. Eles me ridicularizam todo dia. Deus, Tu me puseste num inferno vivo. A própria palavra que Tu me deste se tornou repreensão para mim.” Você pode se perguntar: “Deus prometeu que Jeremias nunca seria envergonhado. Mas não é isso que está acontecendo aqui?”. Eu lhe asseguro: o servo de Deus não foi exposto à vergonha. Pelo contrário, o Senhor estava operando algo poderoso na terra, e isso só seria revelado ao tempo dEle. Ele iria mostrar à nação que Jeremias não foi envergonhado diante de homem algum. Pelo contrário, Jeremias seria um testemunho. E isso permaneceria assim pelos séculos. Recebo Cartas de Pastores Que Sentem o Mesmo que Jeremias Sentiu do Mundo Todo Um ministro me escreveu: “Me sinto derrotado. Eu era fiel em fazer tudo que Deus me mandava. Mas quando dei um passo a mais na fé, Ele me deixou lá exposto”. Tenho um jovem amigo missionário que acabou de deixar o seu posto. Ele ingressou no ministério com grande expectativa, mas agora o está abandonando arrasado. Ele carregava uma tremenda preocupação pelas almas, e batalhava com diligência. Mas após vários anos, ele ainda não havia visto resultados significativos. Ele nunca foi aceito pelas pessoas em cujo meio trabalhava; os seus filhos eram agredidos pelas crianças do local, e a esposa ficou cansada e sem coragem. Esse homem ama profundamente o Senhor, é um precioso servo de Jesus. Mas finalmente, não agüentou mais. E me disse: “Irmão David, me sinto um fracasso. Eu tinha tanta esperança; mas nada daquilo ocorreu”. Cada ano, um número crescente de missionários passa pela mesma coisa. Vão ficando sem coragem, desistindo e voltando para casa. Eles podem não falar de maneira tão precipitada como Jeremias, acusando Deus de os enganar; mas lá no fundo, carregam amargura contra o Senhor. Acham que Ele os guiou a uma certa direção, mas após isso os desapontou. Um outro precioso missionário escreveu ao nosso ministério em relação a deixar o seu posto. Ele explica: “Eu me senti como se Deus tivesse me levado a um deserto, e me deixado lá sozinho. Ele me expôs aos inimigos, e me abandonou. Deixei o ministério totalmente arrasado. E falhei tremendamente nesse teste devastador. Me tornei amargo...” "...Agora eu vejo qual foi o meu problema. Eu não aprofundei raízes de confiança durante a provação. Quando as lutas chegaram, não me apropriei daquilo que eu conhecia quanto à palavra de Deus e à Sua fidelidade. Me esqueci de Sua promessa: “Não te deixarei, nem te desampararei." Eu pessoalmente sei o quê é passar por esse tipo de provação. Há cerca de quinze anos atrás, quando a Igreja de Times Square estava apenas no começo, Satanás tentou arruinar o nosso ministério e destruí-la. Houve acusações incríveis de conflitos raciais, e ataques pessoais contra a minha família e a mim. A cabeça de muitos jovens foi envenenada pelos fuxicos que se fizeram. Alguns chegaram a mim depois do culto e perguntaram: "Você é falso mesmo, como disseram?". Até hoje, ainda dói ler os meus artigos daquela época. Eu comecei a detestar as manhãs de domingo, quando tinha de pregar. Muitas vezes me sentava em meu gabinete e chorava, até que minha esposa, Gwen, punha os braços em torno de mim e dizia, "David, está na hora". Chorei por semanas pela dor que sentia com tudo isso. Finalmente, disse a Gwen: "Eu não preciso disso. Por que não volto a escrever livros e a evangelizar?". E tudo que ela conseguia fazer era sacudir a cabeça e dizer: "Como alguns cristãos conseguem ser tão cruéis?". É claro que não desisti. E jamais desistirei. Por que? Pela mesma razão que Jeremias não desistiu. É a razão pela qual os outros ministros e obreiros cristãos não desistem: "Isso me foi no coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; já desfaleço de sofrer, e não posso mais [desistir]" (Jeremias 20:9). Deus Não Repreendeu Jeremias Por Sua Declaração Em Jeremias 20:14-18, o profeta desabafa com uma declaração que soa quase suicida: "Maldito o dia em que nasci; não seja bendito o dia em que me deu à luz minha mãe. Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho...Seja esse homem como as cidades que o Senhor, sem ter compaixão, destruiu...Por que não me matou Deus no ventre materno?...Por que saí do ventre materno tão somente para ver trabalho e tristeza, e para que se consumam de vergonha os meus dias?" Ouvi esse mesmo desespero na voz de um ministro que me telefonou recentemente. Ele disse: “David, entristeci profundamente o Senhor. Estou tão derrotado pelo meu fracasso, tão vazio - não sobrou nada. Parece que a vida não tem mais valor”. Tantos servos de Deus nas escrituras expressam o mesmo sentimento. Quando Jó se encontrava na mais profunda de suas trevas, uma voz insistiu com ele: “Desista de Deus, e morra”. Elias ouviu uma voz semelhante. E esse profeta, antes tão poderoso acabou pedindo: “Senhor, leve a minha vida. Sou um derrotado, como todos os que me antecederam”. Talvez nesse momento você se sinta como todos eles. Você foi torcido e retorcido pelo inimigo, com a cabeça presa ao tronco. E você diz “peço dia e noite, mas as orações não são respondidas. Não agüento mais isso. Eu não preciso disso em minha vida. As coisas eram mais fáceis quando eu estava no mundo, quando nem conhecia a Deus. Ele agora me deixou ao léu”. Bem, alguns cristãos podem responder: “Essa conversa toda vai contra Deus. Ela exige repreensão severa”. Mas a verdade é que conseguimos avaliar apenas o homem exterior. Deus vê o coração. E Ele conhecia o interior de Jeremias. E optou por não repreender o profeta em desespero. Por que? O Senhor sabia que o fogo ainda ardia nesse homem. É como se Deus dissesse: “Jeremias não vai desistir. Sim, ele perde impulso ao descarregar sua frustração; mas ainda crê na Minha palavra; ela queima em sua alma. E sairá desse incêndio com uma fé inabalável...”. “... Sei que o Meu servo não agüenta ficar sem pregar a Minha palavra. Eu imprimi isso em sua alma, no seu coração, em sua mente. E os melhores dias de sua vida estão à frente dele. Ele continua sendo Meu servo escolhido.” Jeremias realmente ganhou novo sopro. De repente, se encheu de vida nova. E se levantou como dizendo: “Espere aí, Satanás - você não me engana. Você não vai me tirar do ministério que Deus me deu. O Senhor me chamou, e sei que a Sua palavra é certa”. O profeta então testifica: “Ouvi a murmuração de muitos: Há terror por todos os lados!... Todos os meus íntimos amigos que aguardam de mim que eu tropece, dizem: Bem pode ser que se deixe persuadir; então prevaleceremos contra ele, e dele nos vingaremos. Mas o Senhor está comigo como um poderoso guerreiro; por isso tropeçarão os meus perseguidores, e não prevalecerão...Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor; pois livrou a alma do necessitado da mão dos malfeitores” (Jeremias 20: 10-11, 13). Talvez agora você ache que o seu fogo se apagou. Está certo de que não sobrou nem fagulha. Talvez tenha sido o pecado que afastou o fogo. Você foi fisgado, e pouco a pouco o seu fogo diminuiu. Tenho ouvido histórias trágicas de homens e mulheres de Deus que foram levados à ruína pela Internet. Para a maioria dos homens, a sedução foi pornografia. Para as mulheres, foi encontrar um homem numa sala de bate-papo e começar um caso. Lamentavelmente, boa parte do corpo de Cristo de hoje relembra um moderno vale dos ossos secos. É um deserto cheio de esqueletos de cristãos que caíram. Ministros e outros crentes consagrados se apagaram devido àquele pecado que os assedia. E agora estão cheios de vergonha, se escondendo em cavernas que eles mesmos cavaram. Tal como Jeremias, se convenceram de que “Não me lembrarei dele (do Senhor) e já não falarei no seu nome” (Jeremias 20: 9). Não deixe que o diabo lhe derrube! --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. O Evangelho de Jesus (The Gospel of Jesus Christ) Por 10 __________ de Cristo David maio - 10 de maio de 2004 de Qual é o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo? Até a maioria dos não-crentes sabe que a Bíblia contém o relato de quatro evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João. Então, qual é a essência destes evangelhos, ou as "boas novas"? Quando os cristãos falam do evangelho de Jesus Cristo, do quê estamos falando? As escrituras nos dão várias definições quanto a o quê é esse evangelho. E devemos usar essas definições bíblicas para determinar se o verdadeiro evangelho de Cristo está vivo na Sua igreja. Vejamos: 1. Jesus diz que a Sua igreja é uma igreja de autonegação e de cruz. O Senhor disse a Pedro: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" (Mateus 16:24). É claro, pertencer à igreja de Jesus significa mais do que meramente crer nEle. Muitos cristãos nos dias de hoje simplesmente "apóiam Jesus". Sua atitude é, "Eu votei em Cristo. Isso faz com que eu seja um membro do partido dEle". Mas assim que votam, se afastam e esquecem tudo que é relacionado ao Seu senhorio sobre suas vidas. Jesus diz que pertencer à Sua igreja é muito mais do que isso. Quer dizer compromisso de segui-Lo. E isso envolve viver uma vida de autonegação e tomar a cruz. "Quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim" (Mateus 10:38). O nosso Senhor deixa claro: "Se você está na minha igreja, então fique preparado para sofrer e ser perseguido por sua fé em Mim. Fique preparado para negar a fama, a aceitação e a procura dos prazeres do mundo. As pessoas vão te pregar numa cruz de ridicularização, numa cruz de condescendência, numa cruz de alienação. E vão fazer isso porque você tem fome e sede de Mim. Se você pertencer à minha igreja, uma cruz certamente se seguirá". Wilkerson 2004 O fato é o seguinte: a igreja de Cristo nunca foi aprovada ou aceita pelo mundo. E nunca será. Se você viver para Jesus, não terá de se separar da companhia dos outros, eles o farão por você. Tudo que terá de fazer é viver para Ele. De repente, você se verá acusado, rejeitado, chamado de indigno. Verá os homens "vos odiarem e...vos expulsarem da sua companhia, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como indigno, por causa do Filho do homem" (Lucas 6:22). Mas, Jesus acrescenta, esse é a rota que leva ao preenchimento real. "Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa acha-la-á" (Mateus 16:25). Em outras palavras, "A única maneira de se encontrar significado na vida é fazer a entrega total do seu tudo para Mim. Então você encontrará alegria, paz e satisfação reais". Cristo nos diz: "A minha igreja não tem mácula ou ruga. Assim, ao vir a Mim, você precisa querer deixar todos os seus pecados. Você precisa submeter tudo a Mim, morrer integralmente para o ego, a toda ambição ímpia; pela fé, você será sepultado comigo. Mas Eu o levantarei para uma nova vida". Pense no que significa não ter mácula ou ruga. Sabemos que uma mácula é uma mancha. Mas e a ruga? Você já ouviu a expressão, "uma ruga nova"? Significa acrescentar uma idéia nova a um conceito pré-existente. A ruga, dentro deste sentido, se aplica aos que tentam colocar um melhoramento no evangelho. Sugere um modo fácil de se alcançar o céu, sem total redenção a Cristo. Esse é o tipo de evangelho que está sendo pregado em várias igrejas atualmente. Os sermãos têm objetivo de apenas atender as necessidades das pessoas. Mas ao ler as palavras de Jesus, vejo que este tipo de pregação não funciona. Não atende à obra genuína do evangelho. Não entenda mal: não sou contra pregar consolação e força ao povo de Deus. Como pastor do Senhor, sou chamado a fazer exatamente isso. Mas se eu pregar só às necessidades das pessoas, e ignorar o chamado de Cristo para oferecermos nossas vidas, então as necessidades verdadeiras jamais serão atendidas. As palavras de Jesus são claras: as nossas necessidades são preenchidas unicamente se morrermos para nós mesmos, e tomarmos a Sua cruz. 2. A igreja de Jesus é onde os pecadores se arrependem dos pecados, com o coração e a boca. Jesus declara, "A minha igreja é o local de arrependimento sem acanhamento, aberto". Em verdade, Paulo atesta: "A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido" (Romanos 10:8-11). Simplificando, somos levados à salvação através de nossa aberta confissão de arrependimento. Jesus afirma: "Não vim chamar justos e sim pecadores [ao arrependimento]" (Mateus 9:13). E diz, o arrependimento é o modo pelo qual somos curados e restaurados: "Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar os justos, e sim pecadores ao arrependimento" (Lucas 5:31-32). Amado, essas são as boas novas. Jesus está nos dizendo: "Na minha igreja, todos são curados através do arrependimento. Não importa quem são - os alquebrados fisicamente, os emocionalmente enfermos, os doentes espirituais. Todos têm de vir a Mim do mesmo modo. E todos acham cura através do arrependimento". Eu lhe pergunto: quantas igrejas ainda abrem os altares para que os feridos no coração venham à frente e se arrependam? Quantos pastores pararam de fazer apelos para essa obra espiritual de tão suma-importância? E quantos crentes perderam todo o senso quanto à necessidade de confessar os pecados? Então, qual é a mensagem central do evangelho de Cristo? Ele a torna simples por todo Mateus, Marcos, Lucas e João. Nestes quatro evangelhos, nos diz, "Cá está o quê prego em minha igreja. Esta é a minha mensagem a todos os pecadores". Primeiro de tudo, "Foi Jesus...pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho" (Marcos 1:14-15). Ele pregou arrependimento. Para alguns cristãos, isso pode soar estranho. Eles podem responder, "Tudo bem, mas será que Jesus pregou arrependimento com intensidade?". Lucas responde isso em seu evangelho. Jesus diz aos Seus ouvintes, "Se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis" (Lucas 13:5). Bem vindo à igreja da consternação piedosa. Você pode achar que o evangelho do arrependimento proclamado por Cristo soa depressivo. Mas Paulo vê de outro jeito. O coração arrependido traz vida real: "A tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar" (2 Coríntios 7:10). O arrependimento estava também no coração do primeiríssimo sermão após a ressurreição de Cristo. Pedro diz às multidões reunidas no Pentecostes, "Jesus, o Nazareno...vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos" (Atos 2:22-23). Quando o povo ouviu isso, caiu sob poderoso convencimento (da parte de Deus- NT). A palavra pregada fulminou os corações, pois o Espírito Santo havia vindo em todo o Seu poder. E segundo Jesus, essa é a específica obra do Espírito. Ele diz que o Espírito Santo "convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (João 16:8). A multidão foi tocada de tal modo, que não conseguia se mexer. De repente, diante deles estavam os pontos cruciais da vida e da morte. Então gritam para Pedro, perguntando o que deveriam fazer. Ele responde: "Arrependeivos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados...Salvai-vos desta geração perversa" (Atos 2:38,40). Esta passagem ilustra o arrependimento no centro da mensagem de Jesus. Se inexistir convencimento na mensagem - se não há verdade quanto ao pecado e à culpa, se inexiste fustigação do coração - então o Espírito Santo simplesmente está ausente. Ele simplesmente não está presente nesta pregação. Penso em todos os pastores das pregações "sem convencimento do pecado", responsáveis pela alma de milhares e milhares de cristãos. Os membros da igreja ficam imersos no pecado, e suas iniqüidades crucificam Cristo novamente todos os dias. É tremendamente trágico. O que essas pessoas precisam é de uma mensagem vinda de um pastor que não tenha medo de dizer: "Você pecou contra Cristo". Mas ocorre exatamente o contrário. As pessoas são em realidade reafirmadas em seus pecados por pastores condescendentes. Ezequiel diz o seguinte sobre esses pastores: "Com falsidade entristecestes o coração do justo, não o havendo eu entristecido, e fortalecestes as mãos do perverso para que não se desviasse do seu mau caminho e vivesse" (Ezequiel 13:22). O profeta está dizendo: "Vocês entristeceram o justo com pregação frívola. E fortaleceram o sensual para pecar ainda mais - sem culpa. Vocês lhes deram mentiras sobre a vida eterna. Não! Vocês estão roubando a vida eterna destas pessoas. Vocês transformaram a graça de Deus em lascívia". Paulo diz que o dia do juízo logo virá. E por essa razão, devemos pregar o evangelho com ainda mais convicção, com o aproximar desse dia. Devemos reprovar e repreender, e fazê-lo com longanimidade e amor. Em verdade, chega o dia quando todo pastor estará diante do Senhor e dará contas de tudo que pregou. Teria ele entristecido o coração do justo? Fortaleceu a mão do perverso? Ou, será que trouxe uma palavra sem medo, convincente, sob unção santa? O fato é que Pedro não estava interessado em ofender a multidão no Pentecostes. Seu único propósito era mostrar-lhes a verdade. E quando o Espírito Santo revela a verdade, Ele convence. Ele vai ao fundo, e expõe a raiz de todas as áreas do coração. É triste, mas isso não está acontecendo em muitas igrejas nos dias de hoje. Não só não está presente o Espírito Santo nestas igrejas, como também não é bem-vindo. O nosso ministério recebe inúmeras cartas repetindo o mesmo refrão: "Há uns vizinhos aos quais dei meu testemunho a alguns meses. Ele está se divorciando... ela tem problema de bebida... ele está tendo um caso... Então os levo à igreja, com esperança de que possam ouvir uma palavra sobre sua situação, e a necessidade do Senhor. Mas o meu pastor nunca diz uma palavra sobre pecado. Nunca há uma palavra que traga convencimento, que explique a necessidade do poder purificador e libertador de Jesus. Então meus vizinhos saem da igreja ainda mais confortáveis em seus pecados". Que tragédia! Como deve ser doloroso a Deus o fato de que mais pessoas são reafirmadas em seus pecados dentro das igrejas do que fora delas. Outros nos escrevem dizendo: "Vou a uma igreja amistosa com o pecador, mas não agüento mais. Toda semana nos passam uma pesquisa, perguntando se gostamos do culto. Eles querem saber: 'O som estava muito alto? As ilustrações foram muito longas? O sermão foi inteligente?'. Pastor David, vou à igreja em busca de esperança em favor de meus parentes não salvos. Mas em vez disso me pedem para avaliar o entretenimento". Segundo Jesus, ninguém pode ser liberto do pecado - ninguém é confrontado com a verdade - sem a presença e o poder convincentes do Espírito Santo. 3. A igreja de Jesus é onde se pode ouvir uma mensagem dura e perturbadora. Imagine essa cena, com Jesus falando aos Seus seguidores: "Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer esse pão viverá eternamente. Estas cousas disse Jesus, quando ensinava na sinagoga...Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? Mas Jesus, sabendo por si mesmo que eles murmuravam a respeito de suas palavras, interpelou-os: Isso vos escandaliza?" (João 6:5861). Note que Cristo estava falando a crentes aqui. Qual foi o duro discurso ao qual reagiram? Foi: "Vocês precisam comer da minha carne e beber do meu sangue, caso contrário não terão vida em si. A minha carne é o pão, e o meu sangue é a bebida. E a vida eterna vem unicamente consumindo-os". Agora, o evangelho amistoso com os pecadores diz: "Você não pode pregar uma coisa assim. O pecador nunca vai entender isso. Beber sangue e comer carne? Eles vão pensar que somos bárbaros. Temos de mudar as palavras para torná-las mais palatáveis. Caso contrário, isso vai ofender as pessoas, especialmente os não-crentes". Na verdadeira igreja de Cristo haverá palavras ofensivas. Sim, nessa igreja você ouvirá uma mensagem de boas novas, um evangelho de amor, misericórdia, graça e longanimidade. Mas na igreja de Cristo há também mensagens que não se ousa falsificar. E estas mensagens incluem a pregação do sangue e da cruz de Cristo. Jesus viu que as pessoas se chocaram com Suas palavras. Então pergunta a elas, basicamente: "Eu ofendi o seu raciocínio? Vocês ficaram incomodados por lhes dizer a verdade?". E então afirma: "As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida" (Jo. 6:63). Ele deixa claríssimo: "Exatamente isso que os ofende é que traz vida". Como os Seus seguidores responderam? "À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele" (João 6:66). O quê Jesus está dizendo sobre o Seu evangelho aqui? Em termos simples, Ele está declarando que a mensagem do Seu sangue e da cruz é ofensiva. Contudo é o único evangelho que leva à vida eterna. Mesmo assim, alguns não o aceitarão. "Contudo, há descrentes entre vós" (6:64). As palavras de Jesus aqui estão sendo sustentadas em muitas igrejas hoje em dia. É incrível, mas algumas igrejas removeram qualquer referência ao sangue de Cristo nos cultos. Os pastores não o mencionam nos sermões. Os hinos sobre o sangue foram removidos da igreja. É tudo considerado muito ofensivo. Mas Jesus avisa, "Não importa o quanto as minhas palavras possam parecer ofensivas. Vocês não as podem mudar. As minhas palavras produzem vida. E vocês têm de consumi-las como alimento ou bebida, para torná-las a essência de cada fibra do seu ser. Portanto, não devem amaciar o que Eu disse. Se removerem o sangue e a cruz de minha pregação, estarão amputando a única esperança de vida eterna daqueles que a buscam. A mensagem de salvação pelo sangue só pode ser compreendida através do Espírito. Mas ela tem de ser pregada mesmo se for mal compreendida. Então, mantenham a ousadia e preguem o meu evangelho, não importa qual seja a receptividade que terão. É a única Palavra que salva". Vemos uma cena similar em Mateus. "Chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga... E escandalizavam-se nele" (Mateus 13:54, 57). Mesmo o círculo íntimo de discípulos de Jesus foi a Ele dizendo que Sua mensagem era ofensiva: "Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra, se escandalizaram?" (15:12). Nessa cena, não foi o povo que foi ofendido, foram os líderes religiosos. Aparentemente, as multidões recebiam o que Jesus dizia. Mas os pastores ficaram horrorizados. Se pertencemos à igreja de Cristo, vamos ouvir mensagens fortes de convencimento que ofenderão nossa carne. Se você está na igreja de Jesus, então mensagens duras estarão vindo do Espírito Santo. Por que? Porque o Espírito grita em nós contra tudo que pensamos, dizemos ou fazemos e que seja da carne. Jesus diz: "Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias" (Mateus 15:19). E, o sinal de qualquer verdadeiro seguidor de Jesus é que ele se rende a toda palavra de Cristo. Tal servo ama a repreensão por causa daquilo que ela produz em seu coração. Ele vê a transformação que ela traz, e sabe que é vida para ele. No fundo, é também por isso que o pecador vai à casa de Deus. Não é só para ser contado como um a mais num grande grupo. É para ser achado por Deus, porque no coração ele sabe que está perdido. Sua alma não descansa, e ele passou muitas longas noites em claro. Ele quer respostas, verdade, mudança real, pois sente que está destinado ao inferno. E não precisa que um crente ou um ministro diga que ele está bem. É claro que se esse pecador ouvir o evangelho de Cristo, poderá ser ofendido por ele. Pode ficar bravo, e sair batendo os pés. Mas não esquecerá o que ouviu. E o Espírito Santo usará isso para lhe revelar a verdade. Todos nós aprendemos que Cristo é a pedra fundamental da Sua igreja. Paulo diz que essa pedra é uma rocha de escândalo: "Como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço, e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido" (Romanos 9:33). Pedro também chama Jesus de rocha de ofensa: "...pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes" (I Pedro 2:7-8). Pedro poderia lhe dizer por experiência própria o que acontece quando se tenta abolir a mensagem da cruz. Ele se ofendeu quando Jesus previu Sua morte aos discípulos. Então, "Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá" (Mateus 16:22). Mas Jesus lhe responde com palavras agudas: "Mas Jesus, voltandose, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das cousas de Deus e sim das dos homens" (16:23). Cá está um exemplo claro de como Satanás pode induzir ao erro até mesmo um pastor piedoso que ame a Cristo. E se pode apostar que Pedro nunca esqueceu as palavras do Mestre. Igualmente hoje, todo ministro e todo crente deve guardar a advertência de Cristo: "A minha cruz e o meu sangue podem te ofender. Mas se você tem vergonha da minha mensagem, ou se tentar amaciá-la, então você é uma ofensa a mim. Você não representa a minha Palavra ou a minha igreja". 4. Como você acha que Jesus começaria uma igreja em sua cidade? A primeira coisa que Cristo faria seria ir chorando por toda a cidade. As escrituras dizem, "Quando ia chegando, vendo a cidade (Jerusalém), chorou e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos" (Lucas 19:41-41). O quê fez Jesus chorar? Começou com uma caminhada que fez pela cidade, e que lhe partiu o coração. Ele foi batido pela dor que sentiu vendo os assim chamados religiosos não tendo paz. Eram pessoas que rejeitaram a verdade em favor de fábulas. E agora seguiam uma forma morta de religião. Eram ovelhas sem pastores reais. Ora, não estou aqui para julgar pastor algum. Mas quero perguntar a todos que estão lendo essa mensagem: você consegue imaginar o seu pastor dirigindo o carro em meio à sua cidade e chorar por ela? Como é diferente a imagem que Jesus nos dá, em relação a tantos projetistas e planejadores construindo igrejas atualmente. Eles vão de porta em porta, pesquisando as pessoas, perguntando o quê querem numa igreja: "Quanto tempo deve durar o sermão em tua opinião? Quinze minutos? Dez?". Jesus testemunhou um esquema assim em Seus dias. Ao caminhar pelo templo, viu mesas de cambistas, ministros que mercantilizavam as coisas de Deus. Não havia oração real, não havia temor do Senhor. E Cristo chorou por tudo isso, clamando: "Está escrito: A minha casa será casa de oração. Mas vós a transformastes em covil de salteadores" (Lucas 19:46). Eu lhe pergunto: Jesus iria chorar pelo que vê em sua igreja hoje? Ele iria encontrar o seu pastor se angustiando pelas almas perdidas? Ou o encontraria lucrando com coisas que são santas aos olhos de Deus? Cristo iria encontrar o Seu povo orando? Ou os veria ocupados em negociações e programas, se concentrando nos próprios interesses? Uma vez concluído o andar choroso pela cidade, será que Ele iria elogiar o Seu povo? Ou iria trazer essa advertência: "Vocês estão cegos aos tempos. O juízo está às portas, mas vocês mais do que nunca se assemelham ao mundo. Por que não estão orando, Me buscando para terem força e sabedoria para remir o tempo?". Queira Deus que nós nunca amaciemos o Seu evangelho. Se você tem um pastor que prega o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo, eu insisto consigo: encoraje-o. E ore por ele. Agradeça ao Senhor porque o pastor que lhe foi designado não conta com pregadores personalistas para trazer multidões. E seja grato por ser permitida a presença do Espírito Santo operar Sua obra real no seu meio. Quando o evangelho de Jesus Cristo é pregado com convencimento, os céus se abrem e os demônios fogem. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Cristo, O Que Sonda o Coração dos Homens - 16 de fevereiro de 2004 (Christ, the Searcher of Men's Hearts) Por David 16 de fevereiro de 2004 Cristo ama a Sua igreja. Ele deu Sua vida por ela, e disse que as portas do inferno não prevalecerão contra ela. O próprio Jesus é a pedra angular desta igreja. E as escrituras nos dizem que a Sua glória e a Sua sabedoria habitam nela. No Pentecostes, enviou o Seu Santo Espírito para estabelecer a igreja. E lhe concedeu dons com servos ungidos - pastores, mestres, apóstolos, profetas e evangelistas - com o propósito de edificá-la. Está claro que o Senhor deseja abençoar a Sua igreja. Então, por que Apocalipse 2 apresenta um quadro tão assustador de Cristo quando Ele aparece para o Seu povo? João diz que Jesus se dirige à igreja com olhos flamejantes e voz trovejante: "E, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem...A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes" (Ap. 1:13-16). Ora, o Apocalipse é a somatória da palavra de Deus. Descreve o fim de todas as coisas. E cá está a primeira imagem de Cristo que vemos nesse livro. Por que Jesus aparece com tantos maus presságios aqui? E por que fala de modo tão penetrante à Sua igreja? João registra que as palavras de Cristo são afiadas como espada, cortando até a medula. Lembre-se, esse foi o apóstolo que inclinou a cabeça sobre o peito de Jesus. Mas agora ele se vê prostrado sobre o seu rosto: "Quando o vi, caí a seus pés como morto" (Apocalipse 1:17). O próprio Senhor explica a Sua aparência assustadora: "Todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um segundo as vossas obras" (2:23). O fato é o seguinte: Cristo ama a Sua igreja. E essa é a razão específica de Ele vir sondá-la. Ele vem para corrigir o Seu povo em amor, para purificá-lo. Primeiro de tudo, Jesus diz a João para não ter medo. "Ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último" (1:17). Então Cristo diz, basicamente: "Quero que cada um na Minha igreja saiba que vim para sondar o seu homem interior. E o faço com olhos de fogo e com Wilkerson um trovão que abala a alma. Vou falar sem rodeios - o que tiver de dizer servirá tanto para penetrar quanto para curar. Mas não permitirei que nenhum filho Meu continue em apatia, ou cego. Os Meus olhos e a Minha boca penetrarão qualquer fachada". Cristo viu algo na Sua igreja. E instruiu João a registrar as Suas palavras e enviá-las aos sete "anjos" das igrejas. Isso refere-se aos Seus ministros, aos quais chama estrelas em Suas mãos (v. 1:16). Ele está dizendo a João: "Amo esses servos. Eu os chamei e ungi. E agora você deve entregar Minhas palavras a eles". Sendo eu mesmo um pastor, tenho de me perguntar: como deve ter sido abrir uma carta dessas de João? "Ao pastor da igreja em Nova York: Assim diz o Senhor: quanto à vossa igreja...". Agora imagine o que aqueles sete ministros sentiram. Tome, por exemplo, o pastor em Éfeso. Ao ler a carta de João, ele vê Cristo se alegrando com a sua igreja. O Senhor elogia os efésios pelo seu tanto labor, por serem pacientes, e por seu discernimento. Eles detestam o mal, e se levantam em favor da causa de Cristo. E com o passar dos anos, jamais cessam de praticar boas obras. Esse pastor se maravilha com o que lê. E pensa: "Oba, o Senhor está satisfeito conosco. É uma carta de recomendação". Mas ao prosseguir a leitura, ele chega às seguintes palavras penetrantes: "Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor" (2:4). Jesus previne o pastor: "Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro" (2:25). O pastor efésio deve ter ficado agastado com isso. Ele pensa: "Arrepender-se? Ou Ele removerá o nosso testemunho? Que palavras chocantes. Como pode ser isso? Somos crentes da aliança. Estamos justificados pela fé. Temos sido caridosos, amorosos, dedicados. Agora devemos voltar, e ser como éramos no começo? O que quer dizer isso? Como isso pode ser Jesus falando? Como vou conseguir ler essa carta à minha igreja?". Guarde na mente: tais palavras são dirigidas à uma igreja piedosa; logo, esse assunto deve ser profundamente sério aos olhos do Senhor. Por qual outro motivo falaria Ele de modo tão averiguador a um exemplo tão brilhante de igreja? Ele está dizendo ao pastor: "O teu primeiro amor por Mim não é o que era. Tu negligenciastes a comunhão comigo. Agora, arrependete". Jesus deixa claro: tudo tem a ver com a Sua presença. Sim, os efésios haviam operado com diligência ao fazer boas obras. Mas haviam deixado de ser íntimos com o Senhor. No capítulo seguinte, Cristo resume Sua mensagem a todos os sete pastores e suas igrejas: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo" (Ap. 3:20). Mui freqüentemente, os cristãos não abrem a porta dos corações para Jesus. Quando Ele bate, eles nem estão em casa. Ao invés, há um aviso na porta dizendo: "Amado Senhor - saí para ministrar no hospital, e a seguir, na cadeia. Até mais tarde na igreja". Muitas igrejas atualmente fazem tantas coisas boas e caridosas em nome de Cristo. Elas têm programas praticamente para todas as necessidades humanas. E o grupo vive vidas limpas, corretas, cuidando para evitar o pecado. Mas algo mudou nelas. Antes, tais crentes se dedicavam à comunhão com Jesus. Não passavam um único dia sem gastar tempo a sós com Ele. Mas agora as coisas mudaram. A única coisa que fazem para Ele é uma breve saudação no caminho do trabalho. Isso é coisa séria aos olhos de Jesus? Cristo Leva Tão a Sério a Nossa Comunhão Que Remove o Único Elemento Que Alcança Nossa Alma: a Sua Presença Jesus está nos avisando: "Algo se perdeu na igreja: a Minha imponente e respeitosa presença. Vocês têm de voltar ao lugar secreto (de oração) - têm de voltar a cear comigo. Caso contrário, removerei a Minha presença de vocês. Todas as suas boas obras - a sua pregação, o seu evangelismo, as ofertas - devem fluir a partir do tempo que passamos juntos. Têm de provir da Minha mesa". A igreja de Éfeso havia perdido algo que possuia antes. Era a manifesta presença de Cristo em seu meio. Haviam tomado a presença de Cristo como certa, e isso estava afetando seu ministério. Tempos atrás, amavam e se interessavam uns pelos outros. Mas agora também tomavam como certo uns aos outros. E isso tinha um efeito desastroso em seus esforços para praticar boas obras. Estavam tão ocupados servindo as pessoas, que seus atos se tornaram o foco, não o amor de Cristo. Faltava a Sua poderosa presença. Agora Jesus os avisa: "Se vocês não mudarem - se não voltarem a ter fome por Mim - removerei o seu testemunho. Vocês deixarão de ter autoridade quando praticarem boas obras. Todas elas serão por nada". Vejo um paralelo no mundo de hoje. Algumas das pessoas mais endurecidas que conheço são as que já trabalharam na área do bem estar social. Isso é verdade especialmente nos que trabalharam em alas de assistência mental, ou de crianças que sofreram abuso. Eram pessoas sinceras, dedicadas. Mas era doloroso demais enfrentar o sofrimento que testemunhavam a cada dia. Com o tempo, algumas se endureceram. O mesmo pode acontecer com cristãos. Ministros e também leigos vêem tanta dor e pecado nas pessoas às quais ministram, que podem se endurecer. É exatamente isso que Jesus está dizendo ao Seu pastor em Éfeso: "Antigamente você era tão amoroso com os outros, você tinha tanto amor - e os ouvia. Mas agora se faz surdo; você senta-se com eles, mas se endureceu diante dos seus gritos. Você faz ministério como uma tarefa monótona e árdua, sem vida. Não tenho escolha senão remover a Minha presença de você". Estive em igrejas de onde o Senhor removeu a Sua presença por algum tempo. Há uma mortandade e uma sequidão quase palpáveis. Todos sentem. Deus está falando à essa igreja dizendo: "Vou deixar que as coisas se esfriem por algum tempo. Quero tirá-los desta letargia. Quero que saibam como é sem a Minha presença". É absolutamente horrível quando uma igreja chega a esse ponto. Inexiste convencimento por parte do Espírito Santo, nada para mover a congregação, nada para tocar os jovens. Outro efeito paralelo sério ocorre. Ou seja, pessoas com fome espiritual não permanecem onde a presença de Jesus não é evidente. Elas estão desesperadas para conhecerem Sua proximidade. E quando não a experimentam, vão a outro lugar para encontrá-la. Recebo muitas cartas com a mesma reclamação: "Não consigo encontrar uma igreja que esteja viva pela presença do Senhor". Tenho testemunhado a trágica apostasia de muitos cristãos que sentiam-se assim. Eles nunca acham uma igreja de verdade. Então acabam ficando sentados em casa assistindo pregadores na TV. Nunca recebem carne em sua alimentação espiritual. Tudo que ingerem são coisas leves. Com o tempo, uma frieza se instala. Logo abandonam a igreja também. Negligenciam a assembléia dos irmãos, contra o que Hebreus nos previne (v. Hebreus 10:25). E se tornam totalmente indiferentes a Cristo e à Sua presença. Quero lhe dizer o seguinte: Deus não vai ouvir desculpas dessa gente. Jesus pode ser o tudo para todos, quando se continua em comunhão pessoal com Ele. Não importa qual seja a situação de sua igreja - você deve ser diligente em dar a Ele o seu melhor tempo. Você necessita beber profundamente de Sua presença, se quiser que a Sua palavra se torne viva. À luz de Apocalipse 1-3, todo crente deve se perguntar: "Será que as minha boas obras - tais como meus estudos bíblicos e o meu serviço - estão roubando o meu tempo com Jesus? Ainda tenho a mesma fome que eu tinha por Ele? Ou será que perdi algo?". Cristo Sonda o Coração do Seu Povo Em Todas as Eras, Preocupado com a Cegueira Espiritual As igrejas às quais Jesus se dirige em Apocalipse 2-3 eram literalmente sete igrejas na Ásia. Alguns estudiosos bíblicos acham que tais igrejas representam sete eras dentro da história da igreja. Não pretendo discutir esse ponto teológico. Eu simplesmente creio que a mensagem aqui é para os cristãos de todas as gerações. Em suma, Jesus sonda o coração do Seu povo em todas as eras. Ele se preocupa com toda cegueira espiritual que possa se tornar uma praga na igreja. O Senhor tem uma controvérsia com cinco das sete igrejas nesta passagem. Vou me concentrar em apenas tres: Éfeso, Tiatira e Laodicéia. Já vimos que o problema em Éfeso era falta de intimidade com Cristo. O problema em Tiatira era diferente. Tratava-se de flerte com ministérios sedutores e diabólicos. Imagine a reação do pastor quando leu estas palavras: "Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: Estas cousas diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo" (Ap. 2:18). Jesus vê essa igreja através de flamejantes olhos de ira santa. Ainda assim a carta prossegue com um elogio: "Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras" (2:19). Mais uma vez, Cristo está dizendo: "Conheço os seus feitos. O seu amor, sua fé, seus serviços e perseverança são maiores agora do que quando iniciaram". E melhor do que tudo, o Senhor lhes diz: "Sei que Me amas". Ele não os repreende devido à perda de intimidade consigo. Mas então lemos essas penetrantes palavras: "Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetiza, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem cousas sacrificadas aos ídolos" (2:20). Quem, exatamente, é a Jezabel mencionada aqui? Jesus está falando dos falsos pastores. Está reprovando o pastor em Tiatira por tolerar ministros ambiciosos que seduzem o Seu povo: "Tu permites que ministros cheios de cobiça falem livremente do teu púlpito. Eles chegam como anjos de luz, e usam enganos malignos para seduzir o Meu povo". A referência a Jezabel aqui indica mais do simplesmente ministros ambiciosos. Tais falsos pastores na verdade inventam esquemas para concretizar e satisfazer seus desejos. Resumindo, o nome Jezabel é sinonímia de tudo que é mal e detestável aos olhos do Senhor. Essa imagem é de nos deixar perplexos. Cá está um povo que ama o Senhor, homens e mulheres consagrados a Deus. Eles perseveram, tão fielmente, e amam Jesus. Como poderiam crentes assim ser atraídos a falsos profetas? Como poderiam ser seduzidos por ministros corruptos a quem Deus despreza? Isso pode lhe chocar, mas vejo acontecer exatamente isso por todo lado. Lobos que saem para tosquiar o rebanho, agora falam em igrejas que antes eram conhecidas por sua mensagem de santidade. Quando perguntam ao pastor por que aceita isso, ele admite: "Esses pregadores atraem multidões. As pessoas vêm à igreja". Mas assim está permitindo que falsos profetas sirvam o alimento do próprio Satanás: um evangelho de cobiça, que se centraliza na própria pessoa. Você nota certa inconsistência aqui? Jesus chama o pastor de Tiatira de homem de amor e bondade. Contudo esse mesmo homem tolera ministros de abominável pecado, pastores que estimulam a carne das pessoas, e saciam suas cobiças. Eles trazem conceitos pervertidos que produzem uma sensação falsa de avivamento. E levam o povo à seduções demoníacas. Fundo no coração, o pastor sabe que o evangelho deles não é puro. Mas não quer parar a chegada das multidões. E agora Cristo está lhe dizendo: "Você tolera a sedução desses lobos; e está cego ao que ela está produzindo em seu povo. As pessoas estão se desviando em direção à reuniões destes pastores; e estão sendo levadas à destruição. Começaram a fornicar e a comer alimentos sacrificados aos ídolos. Mas você se recusa a avisá-los. Eu lhe chamei para ser pastor das Minha ovelhas, mas você não as está protegendo. Por que tolera esse mal? Por que não quer levantar a sua voz?". Uma das primeiras obrigações que todo pastor tem é conservar o púlpito puro. Ele não pode permitir que alguém o ocupe e traga uma falsa palavra. Isso pode lhe soar como sendo controle, mas é o que Deus pede. Veja, Cristo não está falando de fornicação sexual aqui. Ele está falando de um fermento mal, de uma comunhão sensual, da entrega de si próprio ao poder de um falso ministério. E a advertência de Jesus é clara: "Você está tendo um jantar sob excitação proveniente da carne. É um evangelho de agrado à cobiça. E sua vida espiritual está em risco". Lembre-se, Jesus não está se dirigindo a crentes desviados. Ele está falando a cristãos amorosos que dariam a você tudo o que possuem. Mas estão atraídos a um evangelho da carne. Eles dão ouvidos à voz sutil que cochicha: "Você tem de ouvir esse homem pregar". Ao longo dos evangelhos, Jesus avisa dos falsos pastores que vêm buscando devorar e enganar a muitos. Ainda assim fico chocado pela falta de discernimento de multidões que abrigam esse falso evangelho. Isso aconteceu com você? A sua alma se alimenta de algum evangelho de TV que na verdade é demoníaco? Você bebe de uma mensagem vinda de pregadores da prosperidade que atraem suas cobiças, e levam os últimos centavos dos idosos? Pode-se pensar: "Que mal há em assisti-los? Não vai me fazer mal lhes ouvir falando. Além disso, tudo parece ser do Senhor". Não! Se você se atém a pastores do mal, então você está na cama com demônios; está cometendo fornicação com o mal. Não me entenda mal: eu não estou falando de todo evangelista da TV. Mas os cristãos com discernimento sabem a diferença. Jesus fala dos santos bem fundamentados, que enxergam as motivações de pastores movidos pela carne: "Que não conheceram...as cousas profundas de Satanás" (Ap. 2:24). Cristo não faz rodeios ao falar destes ministros com ganância por dinheiro; Ele está dizendo: "Eles arrastam almas às profundezas do inferno". Sim, tais ministros pregam Cristo, mas não o Cristo da glória. Sim, pregam uma palavra, mas não é a palavra de Cristo. É um evangelho manchado com doutrinas de demônios. O Senhor diz o seguinte em relação a esses pastores do mal: "Dei-lhe (a Jezabel) tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se" (2:21). Ele está dizendo, em essência: "Fui paciente com esses falsos profetas e evangelistas. Lhes dei aviso após aviso. Tiveram tempo suficiente para deixarem a iniqüidade. Mas se recusaram". Então o Senhor pronuncia esse aviso a todo justo ministro da Sua palavra: "Eis que a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita. Matarei os seus filhos" (2:22-23). Jesus não está apenas falando de falsos profetas aqui. Ele está incluindo todos os que ouvem a eles, e os sustentam. Todos acabarão juntos em uma terrível situação de enfermidade e morte espiritual. Ezequiel diz que esses crentes cometem prostituição "a todo o que passava" (Ezequiel 16:15). Em outras palavras: "Você corre atrás destes falsos ministros; mas eles apenas lhe usam. Eles fazem você de merchandise, lhe deixando ferido e morto espiritualmente". Finalmente, Jesus admoesta aqueles que fielmente se mantiveram contra os ministros de Jezabel: "Tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha" (2:25). Está dizendo: "Vocês aprenderam discernimento real. Não se deixarão dobrar por todo vento e onda de doutrina. Então, por enquanto, simplesmente mantenham-se firmes. Não se permitam ser enganados. Isso é tudo que peço. Não colocarei qualquer outra carga sobre vocês, até que Eu volte" (v. 2:24). Eu Não Gostaria Que Abre a Carta de Jesus de Ser o Pastor de Laodicéia Jesus não faz um único elogio à igreja em Laodicéia. Antes, o pastor lê: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca" (Ap. 3:15-16). Que terríveis palavras do Senhor. A minha pergunta é: como uma igreja inteira pode cair numa mesma situação tão perigosa? Como pode todo mundo ser tão cego espiritualmente, a ponto de todos se tornarem mornos? Não há menção de um remanescente santo nesse corpo. Cristo o descreve como "infeliz...miserável, pobre, cego e nu" (3:17). Como pode ser isso? Como alguém pode ser miserável, pobre e nu, e não o saber? Isso aconteceu porque essas pessoas foram cegadas por uma horrível mentira. Os laodiceanos eram muito materialistas, ricos e prósperos. (Isso podia significar crescimento nos números e na influência, bem como no dinheiro.) E estavam inteiramente satisfeitos consigo próprios. Para cristãos sem discernimento, essa igreja estava florescendo. As pessoas a amavam, e eram atraídas por ela. Mas quando Cristo a sondou, ficou horrorizado com o que viu. Os laodiceanos estavam cegos por uma mentira. E a mentira era: "Estou ótimo. Estou onde eu deveria estar espiritualmente. Não mudei. Ainda sou o mesmo, um cristão consagrado. Sou um crente justo, em chamas". Jesus declara que eles se declaram "estou rico e abastado e não preciso de cousa alguma" (3:17). Para mim, esse grupo representa o frenesi capitalista da moderna igreja americana. Nosso país é uma sociedade capitalista, o que significa simplesmente: "crescimento contínuo". E o mundo dos negócios tem um lema: "Cresça ou morra". Tudo sempre tem de ser maior. Então, você precisa possuir o vigor para fazer com que as coisas sejam as maiores e as melhores. Para os negócios tudo bem. Mas essa mentalidade se infiltrou na igreja. O nosso país está testemunhando uma "cristandade capitalista". O objetivo não é mais crescimento espiritual, mas expansão em números, propriedades, finanças. E os ministros são levados pelo frenesi. O julgamento de Jesus em relação aos laodiceanos se aplica à muitas igrejas de hoje: "Você não está entendendo o que lhe aconteceu. A cegueira fez com que você se tornasse morno. E você nem vê isso. Você ainda acha que está quente para Mim". Em Éfeso, o pecado da igreja era falta de intimidade com Jesus. Em Tiatira, era falta de discernimento, e flerte com a fornicação espiritual. Agora, em Laodicéia, vemos o pior pecado de todos: a falta de necessidade de Cristo. Tudo acaba em nudez. Jesus acusa os laodiceanos por sua nudez: "A fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez" (3:18). Em grego a palavra para nudez aqui quer dizer "despido de todos os recursos". Veja, Deus reserva os Seus recursos para os que Lhe são dependentes, para os que dependem dEle na necessidade. Quais são os Seus recursos? São riquezas espirituais reais: a Sua força, o Seu poder para operar milagres, Sua direção divina, Sua manifesta presença. Cristo estava avisando essa igreja auto-suficiente: "Eu lhe despi de todos os Meus recursos. Mas você acha que não os necessita. Você se tornou completamente empobrecida, mas não reconhece sua condição". Visualize uma igreja sentada confortavelmente durante um culto de adoração por uma hora. Esses cristãos ouvem um curto sermão sobre como enfrentar os estresses da vida. E logo saem pela porta. Não sentem nenhuma necessidade de serem quebrantados ou contritos diante de Jesus. Não sentem a necessidade de serem mexidos ou convencidos por uma mensagem penetrante. Ninguém clama: "Senhor, venha me derreter, me quebrantar. Somente Tu podes saciar a minha fome". Onde está o zelo que possuiam antes? Esses crentes antes ficavam ansiosos por chegar à igreja, examinar minuciosamente a palavra de Deus, expor totalmente seus corações diante do farol investigativo do Espírito. Mas agora acham que já superaram tudo isso. Então restringiram o seu cristianismo aos domingos de manhã. É uma religião de mornidão. Jesus amou de tal maneira esse pastor laodiceano e a sua igreja, que lhes comunicou estar trazendo medidas drásticas. Ele lhes diz que criaria, dentro deles, a necessidade por Seus recursos. "Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te" (3:19). Sua mão amorosa iria discipliná-los. E o faria criando neles necessidade de invocar o Seu poder e socorro. Amado, Cristo hoje fala conosco usando as mesmas palavras. Ele está nos dizendo, como fez aos laodicenses: "Tudo tem a ver com ceiar comigo. Refere-se a atender a porta quando bato. E agora o estou desafiando a vir e ter comunhão. Tenho tudo que você precisa. E à medida que você gastar tempo de qualidade comigo, estará recebendo poder de posse. É assim que você obtém os Meus recursos. A sua comunhão comigo lhe dá o que necessita para continuar em ministério. Tudo tem de provir do tempo que passamos juntos". É assim que a igreja de Cristo manterá o seu testemunho nestes últimos dias. Amém! --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. O Milagroso Monte (God´s Miracle Mountain) Por 26 de janeiro de 2004 de Deus - 26 de janeiro de 2004 David Isaías 25 descreve uma incrível visão. Nela, o profeta Isaías é transportado para o futuro, exatamente para os últimos dias. Os comentaristas bíblicos concordam em que, nas escrituras, esse é um dos quadros mais claros no que se refere aos tempos do fim. Não é uma previsão mística, confusa. Isaías nos mostra precisamente o quê Deus pretende para as nações e para a Sua igreja, um pouco antes do fim. E agora mesmo, estamos vivendo bem na hora que Isaías descreve. Nos primeiros cinco versos, Isaías traz um esboço do quê Deus tem reservado para as nações. Primeiro, o profeta vê que Satanás edificou um império demoníaco, escravizando nações inteiras. O diabo tem esses povos cativos há séculos, com garras de ferro. Isaías descreve essa obra demoníaca em termos de uma cidade poderosa. Satanás construiu uma fortaleza alta e maciça com muralhas impenetráveis. É uma cidade de espíritos, cheia de habitações, palácios e mansões espirituais. E é habitada por principados e potestades demoníacos. Dessa cidade, Satanás controla todas as nações sob a sua autoridade. Ele aprisiona multidões de pessoas com espíritos de luxúria, cobiça, assassinato, e de todos os tipos de mal. E tem possuído os seus líderes, manipulando-os para afastar toda a influência do evangelho. Essas nações são um quadro do poder opressivo do inferno. Os pobres não têm força. Os necessitados enfrentam tremendas lutas. E violentas tempestades trazem terríveis destruições. Isaías descreve essas tempestades como grandes rajadas de calor intenso. Elas representam tentações impetuosas tais como a humanidade nunca antes experimentou. Tais tempestades diabólicas varrem nações inteiras com poder avassalador. Mas então Isaías contempla uma visão maravilhosa. Ele assiste admirado Deus prontamente agindo em relação à obra de Satanás. O profeta declara: "Porque da cidade fizeste um montão de pedras e da cidade forte, uma ruína; a fortaleza dos estranhos já não é cidade e jamais será reedificada. Pelo que povos fortes te glorificarão, e a cidade das nações opressoras te temerá" (Isaías 25:2-3). Em um instante, Deus reduz o império de Satanás a entulhos. E subitamente, as nações que jazem sob tirania demoníaca são libertas. Isaías rompe em jubiloso louvor diante da visão: "Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros" (Isaías 25:1). Ele está dizendo: "Senhor, Tu nunca és pego de surpresa. Tu fizestes grandes maravilhas no passado, e agora tens um plano para essa hora. Tu o ordenastes desde a fundação do mundo". À medida que Isaías assiste o plano de Deus sendo revelado, sua alma se exalta. Ele exclama às gerações que se seguirão: "Nos últimos dias, Wilkerson Deus vai esmagar e aniquilar o poder de Satanás. Tais palácios de estranhos seres diabólicos cairão em ruínas. E a cidade do diabo será reduzida à pilhas de pó". Agora começam a cair as amarras das multidões que estavam presas. Elas estavam sendo libertas das satânicas prisões do medo e do pecado. Isaías os chama de "povos fortes", significando "pessoas que antes estavam endurecidas pelo pecado". E ele nos diz que estas mesmas pessoas começam a glorificar a Deus. Durante anos foram terrorizadas por seu opressor, Satanás. Mas agora temem unicamente o Senhor, Aquele que os libertou. Naquela hora, o versículo 4 se cumprirá para que o mundo todo veja: "Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o calor; porque dos tiranos o bufo é como a tempestade contra o muro" (25:4). Vejo isso acontecendo agora para milhões de pessoas em todo o mundo. Os pobres de espírito estão se tornando fortes. Os necessitados estão sendo resgatados. E os sofridos estão encontrando abundância de paz. Cristo se tornou a sua proteção, o seu refúgio, o seu defensor, seu abrigo secreto. Quando rajadas de flamejantes tentações vêm, se chocam contra um muro santo que os cerca, e se desintegram. Os ataques de Satanás, antes tenebrosos, agora caem inofensivos sobre o chão. No verso 5, encontramos uma das mais gloriosas previsões. O original hebraico diz o seguinte: "Deus sujeitará o rugir dos estrangeiros...e silenciará o cânticos dos perversos". A versão Almeida Revista e Corrigida diz: "Tu abaterás o ímpeto dos estranhos...o cântico dos tiranos será humilhado". Isso está descrevendo terrorismo. Já lemos no verso 3: "a cidade das nações opressoras". O Senhor está prometendo abater os terroristas. Agraceço a Deus que os militares tenham prendido Saddam Hussein. Contudo, a verdade é: nem mesmo uma coalisão mundial liderada pelos EUA conseguiria impedir o terrorismo. É uma tarefa impossível para os humanos. Mas Isaías torna isso claríssimo: Deus agirá em favor do Seu povo. Prevendo o que ocorrerá com as nações, ele aconselha: "Não tenham medo. O Senhor tem um plano. E ele existe desde antes da criação. Ele vai parar a ameaça dos estranhos, os terroristas". Os noticiários mostraram terroristas dançando sobre os corpos de soldados dos EUA. Mas Deus anunciou: "O cântico deles está prestes a cessar. Eu submeterei os opressores". O islamismo radical não é ameaça. O Senhor prometeu o aniquilar. Ele tornará o cântico dos terroristas em lamentações. Em Nossos Próprios Vemos a Profecia de Isaías Cumprida Diante de Nossos Olhos Dias, Nesse momento, vivemos no período bíblico conhecido como o das "últimas chuvas" (chuva serôdia). E o plano de Deus já está em ação. Por todo o mundo, as altas muralhas de Satanás estão caindo. Pense no que aconteceu com o comunismo. Muros literais caíram na Alemanha, na Rússia e por toda o leste europeu. Agora a Cortina de Bambu está lentamente caindo também, na China e na Mongólia. Milhões de pessoas que viviam sob a tirania de Satanás estão sendo libertas. E muitos estão ouvindo a pregação do evangelho pela primeira vez. "Povos fortes", anteriormente endurecidos pelo pecado, agora estão louvando a Deus. Digo-lhe o seguinte: vivemos numa época especial. Nunca vi algo assim em mais de cinqüenta anos de ministério. No ano passado a nossa equipe fez uma cruzada na Nigéria, e 500.000 pessoas vieram em uma única noite. Tem havido uma fome por Deus sem precedentes. Tenho visto acontecer coisas que eu nunca sonharia ser possíveis. Uma destas maravilhas está acontecendo no Irã. Há várias décadas atrás, o meu livro A Cruz e o Punhal foi impresso lá secretamente. Cerca de 25.000 cópias têm circulado. Também, o filme Jesus foi mostrado secretamente a centenas de grupos. Agora centenas de milhares de iranianos estão sendo salvos através de mensagens evangélicas como essas. Há pouco recebi um tocante relatório sobre um programa contra drogas feito pelo Desafio Jovem em um país do Oriente Médio, país o qual não estou autorizado a revelar. Esse país muçulmano se vê complicado com o alcoolismo e o vício de drogas. Os oficiais do governo admitem que o problema é maior do que eles. Ainda assim, através do poder libertador de Jesus Cristo, esse programa do Desafio Jovem produziu centenas de formandos que foram salvos, livrados e libertos. Um formando é agora o supervisor de uma denominação pentecostal lá. Ele diz que o czar nacional das drogas há pouco assistiu a cerimônia de formatura do Desafio Jovem. O proeminente líder islâmico ouviu dezenas de jovens se levantando e testificando como Jesus os curou do vício. (O que o czar provavelmente não sabia é que mais de cem formandos partiram para iniciar igrejas naquele país) O governo agora reconhece o Desafio Jovem como sendo o programa anti-drogas de maior sucesso no país. Está ocorrendo em todo o mundo por maneiras incríveis: a cidade murada de Satanás está ruindo! Isaías a Seguir Profetiza Sobre o que Deus Tem Reservado Para o Seu Povo Nos Últimos Dias Agora Deus leva a atenção de Isaías para a igreja. Ele mostra ao profeta um banquete abundante e sobrenatural que acontece sobre um monte: "O Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de cousas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem clarificados" (Isaías 25:6). Você compreende o que Isaías está dizendo aqui? Esse banquete maravilhoso terá lugar um pouco antes do retorno de Jesus. Nessa ocasião, o povo de Deus não estará se lamentando, chorando com medo, oprimido ou derrotado. Não aparecerá com imagem frágil, esquelética, de fraqueza espiritual. Não, Cristo vai voltar para achar o Seu povo banqueteando-se com "pratos gordurosos com tutanos". O próprio Deus preparou esse banquete. E nesse momento, o banquete avança - nessa hora do fim. O Senhor está nos dizendo basicamente: "Guardei o melhor vinho para o fim. E agora o derramo em abundância para o Meu povo. Eles celebram coisas maravilhos diante da Minha presença". Vejo esse banquete incrível ocorrendo ao viajar por todo o mundo. Moços e moças de Deus estão famintos por um evangelho que os toque profundamente no espírito. Rejeitaram os evangelhos do falatório, das multidões e do profissionalismo. Buscam unicamente se trancar com Jesus, para receber revelações dEle. E voltam da oração com um fogo que mexe com todos que os cercam. Agora, o monte onde este banquete tem lugar é muito significativo. Representa um lugar santo, uma casa onde a presença de Cristo é manifesta. É um lugar onde o povo de Deus tem comunhão e ceia com Ele, adorando-O em espírito e em verdade. Esse monte da presença de Deus é um conceito importante para o Seu povo. Por que? Porque tudo que o Senhor está fazendo nesses últimos dias está intimamente ligado à Sua presença - e a Sua festividade de gordura e vinho só pode ter lugar onde a presença de Jesus é manifesta. Agora, quando falo da manifesta presença de Cristo, não estou falando a respeito de algo místico ou do outro mundo. Toda vez que Jesus torna a Sua presença conhecida, todos os presentes o sentem. O salmista diz que os montes se derretem como cera na presença do Senhor (v. Salmo 97:5). Em resumo, toda muralha espiritual ou todo bloqueio da carne se evapora quando Jesus se faz conhecido. A presença de Cristo é tão real quando manifesta, que quase se pode tocá-la. Sim, e a sua igreja? É a tangível, penetrante, e manifesta presença de Jesus evidente em seu meio? As pessoas se derretem diante dEle, chorando pelo pecado e se rejubilando pela tremenda paz que Ele traz? Elas ajoelham se consumindo em adoração a Ele? E elas partem carregando o brilho especial de terem estado na presença de Cristo? E no seu lar? As visitas sentem a presença de Jesus em sua casa? O aroma da santidade dEle permeia sua família, o seu matrimônio, os seus relacionamentos? Há lágrimas de intercessão em favor de membros da família, choro de quebrantamento, um desejo sincero de acertar tudo? Ou, quem manda é a carne? Acredite: há um monte espiritual elevado e santo. E é encontrado unicamente em seu lugar secreto de oração. Não importa se a sua igreja é grande ou pequena. A única coisa importante aos olhos de Deus é a manifesta realidade de Seu Filho. A presença de Cristo tem de ser plenamente aparente aos olhos, ao coração, a todos os sentidos. Se não for, então nenhuma das gloriosas obras que Isaías prevê tocará esse lugar. Nem irão tais obras alcançar um lar de onde a presença de Cristo se afastou. Elas nunca podem acontecer se a Sua presença não é desejada, buscada e cultivada. Um lar assim irá, pelo contrário, ser marcado por confusão e desespero. Todo lar cristão deveria ser um lugar elevado, um monte de separação do mundo e da carne, um salão santo de banquetes com o Senhor. Porém isso não acontece em muitos lares cristãos porque eles se contaminaram com a imundície. A obscenidade ímpia e vil é permitida entrar através da TV, cinema e Internet. O quanto os anjos devem se espantar ao testemunharem tanto mal dentro de lares que deveriam estar cultivando a presença de Jesus. Multidões de cristãos agora gastam seu tempo dedicando-se à pornografia da Internet, a vídeos de sexo, a beber a corrupção da TV. Depois vão ao cinema, e efetivamente pagam para ouvir o nome de Cristo sendo blasfemado. E se perguntam por que a palidez da morte espiritual paira sobre a sua casa. É tarefa do Espírito Santo trazer e manter a presença e o poder de Cristo em nossas igrejas, lares, em nossos corações. Mas multidões continuam entristecendo o Espírito com nossa idolatria. Eu lhe pergunto: como a visão de Isaías em relação à bênçãos e liberdade gloriosas - pode ter lugar em uma atmosfera de lasciva tolerância e indulgência? Que sentido faz orarmos pelos queridos não salvos - quando nossos lares estão corrompidos? Deus pretende operar uma surpreendente variedade de milagres que superará nossos corações e mentes. E Ele tem tudo isso planejado desde antes que o mundo existisse. Se Ele criou tal plano de aliança, então ele deve e irá acontecer. No entanto alguns não estarão à mesa do banquete. Os que se tornaram mornos, amantes do comodismo, as pessoas que se entregaram às loucuras do mundo - nenhum desses estará no banquete. Note a descrição que Isaías faz daqueles que estão presentes: "O Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de cousas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem clarificados" (Isaías 25:6). Isso fala de pessoas que não estão satisfeitas só com o leite da palavra de Deus. Esses servos amam a repreensão do Senhor. Eles têm fome de carne da verdade, uma palavra piedosa da parte de pastores provados, testados - uma mensagem em chamas pelo Espírito Santo. E buscam a palavra de Deus diariamente para si, sedentos por provarem o sabor de Seu vinho refinado e antigo. Agora Chegamos aos Milagres que Isaías Previu Para o Povo de Deus Nos Últimos Dias "Destruirá neste monte a coberta que envolve todos os povos e o véu que está posto sobre todas as nações" (Isaías 25:7). Aqui estão duas maravilhosas profecias. E a primeira envolve os judeus. O véu ao qual Isaías se refere aqui é a cegueira espiritual que tem coberto os corações dos judeus desde o tempo de Moisés. O apóstolo Paulo fala extensamente dessa cegueira: "Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado" (2 Coríntios 3:16). "Veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios...Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades" (Romanos 11:25-26). Paulo cria no que Isaías profetiza sobre Israel: que o Libertador arrancará o véu que cega. Um remanescente judeu se voltará para o Senhor e obterá a Sua misericórdia (v. 11:30). Amado, tal profecia está ocorrendo agora mesmo. Por todo o mundo, os olhos dos judeus estão se abrindo para Cristo. Uma revista secular registra que os judeus agora estão tendo um novo olhar em relação a Jesus. Eu digo "Aleluia!". É só isso que precisa - apenas um olhar. Mas a profecia de Isaías também tem um outro significado. Tem a ver com a sua família próxima, leitor. Aplica-se a todo cônjuge, filho, a qualquer membro da família que tenha um véu de cegueira espiritual lançado sobre ele por Satanás. Recebo muitas cartas de pais dizendo de seus filhos sendo cegados pelo inimigo. Eles criaram seus jovens em ambiente cristão - mas agora estão confusos e perplexos, dizendo: "Não entendo o que aconteceu. Eles simplesmente não crêem. Nada que eu diga chega até eles. Parece que não consigo alcançá-los". Paulo diz que o deus deste mundo cegou estes jovens. Eles perderam a fé porque o inimigo bloqueou a luz do evangelho para eles. Portanto, não adianta o pai tentar enxergar em profundidade buscando um motivo que esteja por trás. É tudo obra de Satanás. Ele quer manter esse jovem preso, confuso e em pecado. O problema vai além de aconselhamento, pregação ou estratégias dos pais. Será preciso um milagre, puro e simples. Lembre-se, a Bíblia diz que o inimigo busca a vida preciosa (v. Provérbios 6:26). Ele está procurando plantar sementes de amargura e de falta de perdão em seus corações e mentes. É assim que ele tranforma almas gentis e amorosas em escravos do pecado. E simplesmente não conseguimos alcançar ninguém que tenha um véu sobre o coração. Preleções só os endurecem. Não, a nossa batalha deve ter lugar no Espírito. Afinal de contas, estamos enfrentando um espírito do deus deste mundo. E esse espírito do mal é afetado unicamente por nosso banquete sobre o monte. Vai ser necessária a presença de Cristo em nossas vidas de um jeito que nunca antes a tenhamos experimentado. Somente a manifesta realidade de Jesus derreterá como cera a escravidão a Satanás, tornando-a impotente contra os nossos amados. Toda rebeldia, droga ou farra são véus de impedimento. Ainda mais, não pode haver mudança em seu filho enquanto ele não tiver vontade de perdoar. E isso requer um encontro com o poder de fusão existente na presença de Cristo. Está na hora de você se juntar a Jesus no banquete. Isaías diz que Deus devorará e porá de lado todos os véus demoníacos. Mas essa promessa melhora ainda mais. Todo traço de morte espiritual em sua família também será tragado: "Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos" (Isaías 25:8). Você pode perguntar: "Posso acreditar nisso mesmo? Cessarão as lágrimas pelos meus queridos? Vão acabar as garras da morte espiritual que agarram o meu filho? Não consigo imaginar isso; essa promessa não pode ser para os dias de hoje. Deve ser para quando Cristo reinar na eternidade". Não! O versículo seguinte é prova de que tal profecia é para hoje: "Naquele dia, se dirá" (25:9). Essa é uma profecia para "agora". Deus pretende cumpri-la durante a nossa vida, nessa hora presente. Nesses próximos dias, muitos virão para estar sob o poder e a presença de Cristo. Esses que voltarão totalmente para Ele - que se arrependerão, perdoarão, que irão à montanha para se banquetear com Ele verão todas as suas lágrimas transformadas em alegria. Por todo o mundo nesse momento, vastos rios de lágrimas fluem daqueles que já foram libertos. Após séculos de cativeiro satânico, as pessoas estão sendo soltas das correntes. E estão chorando lágrimas de arrependimento e de louvor ao Libertador. Isaías ficou tão entusiasmado com o que viu, que quase explodiu de contentamento. Ele profetiza que quando começarmos a ver as obras milagrosas de Deus em nosso meio, gritaremos: "Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará" (v. 25:9). "E tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo" (25:8). A palavra opróbrio aqui vem da raíz hebraica sugerindo "zanga, desgraça". Fala das potestades satânicas que zombam e se zangam contra os crentes consagrados. Tais ataques surgem especialmente quando estamos orando para que um querido nosso seja liberto das fortalezas demoníacas. Talvez você tenha ouvido esse opróbrio zangado do inferno. Eles lhe insultam, dizendo: "Você se vangloria de que Deus atende as orações. Bem, onde está a resposta? Há anos você jejua e ora pelo seu filho, mas ainda não conseguiu. Depois de todo esse tempo, nada mudou. Ele nunca será salvo". Aí você ouve essa acusação: "Você é o culpado. Você plantou as sementes de rebeldia nele. Foi você que endureceu o coração dele". Amado, essa é a primeiríssima reprimenda do diabo contra o povo de Deus. Nunca devemos ouvi-la. Pelo contrário, devemos nos sustentar na segura palavra de Deus para nós: "Tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo" (25:8). A Profecia Quase Inacreditável de Isaías Fecha Com Uma Previsão Fica ainda melhor. Isaías prevê a humilhação de Satanás. Ele também observa Deus arrasando todo o poder e o orgulho dos principados do mal. "Porque a mão do Senhor descansará neste monte; mas Moabe será trilhado no seu lugar, como se pisa a palha na água da cova da esterqueira" (Isaías 25:10). Isaías deixa claro: a humilhação de Satanás acontece no monte, no local de oração e adoração, onde a presença de Cristo é manifesta. Moabe aqui era um inimigo real de Israel. Mas tornou-se um símbolo representando tudo que era mal e satânico. Deus estava dizendo ao povo: "Vou lançar Satanás na fossa do esgoto. Vocês estão prestes a assistir seu zangado inimigo sendo derrotado". Ora, isso não se refere ao futuro acontecimento quando Deus prenderá o diabo e o lançará à prisão infernal. Não, essa humilhação será testemunhada durante a nossa vida. E será vista apenas por aqueles que esperam no Senhor, buscando-O no monte, e possuem a Sua presença manifesta neles. Satanás ainda reinará no mundo do mal. Mas um remanescente santo o verá humilhado em seus corações e lares. Deus o encerrará dentro de um lamaçal de esgoto. E o diabo freneticamente tentará nadar para fora: "no meio disso estenderá ele as mãos, como as estende o nadador para nadar" (25:11). Em hebraico, essa imagem sugere astúcia girando, se movendo. Simplificando, quando Satanás descobre que o seu ente querido começou a se voltar para Jesus, usará de toda astúcia para continuar prendendo-o com suas garras demoníacas. Mas não devemos nos preocupar: Deus o pisará sob Seus pés de novo. No fim, o Senhor derrubará todas as muralhas da cidadela de Satanás: "E abaixará as altas fortalezas dos seus muros; abatê-las-á e derribá-las-á por terra, até ao pó" (25:12). Você consegue imaginar isso? Talvez não. Você tem dificuldades em crer em algo tão incrível em sua vida? Eu lhe exorto a se sustentar na profecia de Isaías: "Crede nos seus profetas e prosperareis" (2 Crônicas 20:20). Pedro prega que a visão de Isaías já estava sendo cumprida na igreja em Jerusalém: "mas Deus, assim, cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos os profetas: que o seu Cristo havia de padecer. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério" (Atos 3:18-20). Pedro raciocina que se as profecias sobre Cristo haviam se cumprido ao pé da letra, então todas as outras profecias cumprir-se-iam. E isso inclui tempos de refrigério por estar na presença do Senhor. Isaías referiu-se a estes tempos de refrigério (v. Isaías 28:12). Estes são tempos que Deus escolhe para reavivar e curar. E Ele o faz não porque façamos por merecê-lo, mas para a glória de Seu próprio nome. Pedro viu isso cumprido no Pentecostes: a presença de Cristo foi manifesta, trazendo reavivamento e refrigério à uma multidão de milhares. Multidões foram libertadas, incluindo famílias inteiras. Vemos isso mais tarde quando Pedro trouxe a presença de Jesus à casa de Cornélio, e todo o lar foi salvo. Agora mesmo, creio que estamos exatamente no início do último reavivamento. Veremos famílias tiradas do cativeiro. Milhões de pessoas que se desviaram terão os seus véus removidos. E filhos e filhas desgarrados serão restaurados a seus pais. Qual é o nosso papel? Devemos fazer como Daniel fez quando leu a profecia de Jeremias e discerniu os tempos: "Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza" (Daniel 9:3). Daniel fez aquilo ao qual todos somos chamados a fazer: ir ao monte santo de Deus. Que todos os consagrados servos de Jesus Cristo nestes últimos dias possam se encontrar lá! --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. O Senhor Pelejará (The Lord Will Fight For You) Por 5 __________ de Por Ti David janeiro - 05 de janeiro de 2004 de Todo o livro de Deuteronômio consiste em um único discurso de Moisés, feito pouco antes de sua morte. Esse discurso faz uma revisão dos quarenta anos que Israel tinha passado vagando no deserto. E Moisés o faz dirigido à nova geração de israelitas. À época o povo estava colocado nos altos de Cades-Barnéia, um lugar importante em sua história. Estavam na fronteira de Canaã, a terra prometida. Era o mesmo local onde seus pais haviam estado trinta e oito anos antes. Era também o lugar onde Deus havia impedido a velha geração de entrar na terra prometida. O Senhor os enviou de volta ao deserto, para vagar até que toda a geração morresse, com exceção de Josué e Calebe. Agora Moisés relembrava à nova geração a história de seus pais. Ele queria que eles soubessem exatamente porque a geração precedente havia morrido - e fora considerada desesperadamente rebelde aos olhos de Deus. Moisés insistia em que aprendessem a partir dos erros trágicos dos pais, dizendo algo como: "Vocês conhecem a história de seus pais. Eram um povo chamado, escolhido e ungido por Deus. Mas perderam a visão. O Senhor os amou de tal maneira que os pegou nos braços, e os pôs no colo inúmeras vezes. Contudo, vez após vez, eles murmuraram e reclamaram dEle, entristecendoO." "Finalmente, a paciência de Deus chegou ao fim. Ele viu que eles tinham se comprometido com a incredulidade. E não havia nada que Ele poderia fazer para que mudassem de opinião; nenhum milagre que Ele realizasse conseguiria lhes persuadir totalmente quanto à Sua fidelidade e bondade. Seus corações eram como granito. Então Deus lhes disse: 'Nenhum de vocês entrará na terra prometida. Pelo contrário, agora mesmo vocês vão fazer a volta - e retornar ao deserto."' Que palavras poderosas. Mas Moisés não estava falando apenas à nova geração de israelitas. Ele também estava se dirigindo a cada uma das gerações de crentes que se seguiriam, incluindo nós hoje. Como todos os registros do Velho Testamento, esse foi escrito "para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (I Coríntios 10:11). Moisés está nos mostrando o perigo da incredulidade. E previne que a menos que levemos essa questão a sério, sofreremos as mesmas terríveis conseqüências daqueles que caíram antes de nós: "A fim de que ninguém caia, seguindo o mesmo exemplo de desobediência" (Hebreus 4:11). Ele está dizendo, basicamente: "Não importa que tipo de coisa impossível vocês estejam enfrentando, ou o quanto à situação pareça desesperadora. Vocês não devem cair no mesmo pecado de incredulidade. Caso contrário, irão acabar em um deserto terrível, como eles. E vagarão por ele pelo resto da vida". Wilkerson 2004 "Deus é fiel para lhes guiar. E Ele levou seus pais a crises por um motivo: para ensiná-los a confiar nEle. Ele queria um povo inabalável na fé. Eles deveriam sair do deserto com uma fé provada - pura como ouro. Ele queria que fossem um testemunho para o mundo da bondade dEle para com o Seu povo." Acredito que a nossa geração tem aceito o pecado da incredulidade de maneira muito leviana. E agora mesmo, estamos vendo os trágicos resultados. Vejo muitos crentes atualmente cheios de depressão e inquietude. Claro, alguns sofrem estas coisas por razões físicas. Mas muitos outros suportam tal sofrimento devido à situação espiritual. Em minha opinião, a depressão de tais pessoas é resultado do desagrado de Deus pela incredulidade contínua. O Senhor sempre usa linguagem forte ao se referir à incredulidade em meio ao Seu povo - termos como ira, cólera, abominação, tentar a Deus. Moisés levanta esse ponto ao lembrar os jovens israelitas quanto a isso: "Vistes que o Senhor, vosso Deus, nele (deserto) vos levou, como um homem leva a seu filho, por todo o caminho pelo qual andastes... Tendo, pois, ouvido o Senhor as vossas palavras (de incredulidade), indignou-se e jurou, dizendo: Certamente, nenhum dos homens desta maligna geração verá a boa terra que jurei dar a vossos pais" (Deuteronômio 1:31, 34-35). Moisés então descreve o trágico erro que os pais haviam cometido em Cades-Barnéia. Aconteceu pouco após a travessia do mar Vermelho. Deus havia ordenado que Israel avançasse ousadamente à Canaã. E havia lhes dado poderosas palavras de segurança: "Eis que o Senhor, teu Deus, te colocou essa terra diante de ti. Sobe, possui-a, como te falou o Senhor, Deus de teus pais: Não temas e não te assustes... Não vos espanteis, nem os temais. O Senhor, vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós, segundo tudo o que fez conosco, diante de vossos olhos, no Egito" (Deut. 1:21, 29-30). Que promessa incrível. Nenhum de seus inimigos conseguiria enfrentá-los (v. 7:24). Mas Israel vacilou diante da promessa de Deus. Ao invés de aceitá-Lo segundo a Sua palavra, insistiram em enviar espiões à Canaã. E esses espiões trouxeram "más notícias", cheias de incredulidade. Falaram de gigantes e de cidades cercadas por altas muralhas. E o povo acreditou nesse relatório que trouxeram: "Porém vós não quisestes subir, mas fostes rebeldes à ordem do Senhor, vosso Deus" (1:26). Agora Moisés diz à nova geração: "Eles deveriam ter se movido na mesma hora segundo a palavra de Deus. O Senhor havia dito que lutaria por eles. Mas eles se rebelaram". Dá para você ver o quê aconteceu com a velha geração? O envio daqueles espiões para Canaã foi um ato de incredulidade. E enquanto esses espiões estiveram lá, foram influenciados por Satanás. Ficaram sujeitos às mentiras do inimigo porque não haviam seguido a palavra de Deus. E assim voltaram ao acampamento como instrumentos do diabo. Após ouvir o relatório maldito, o povo agitou os punhos contra Deus acusando: "O Senhor nos abandonou, Deus. O Senhor nos trouxe aqui para morrer". Poucos meses antes, este mesmo povo havia sido separado por Deus, tornado especial aos Seus olhos, e milagrosamente salvo. Mas agora o acampamento todo se via confuso. Eles perguntavam entre si: "Será que Deus não está mais conosco?". Logo começaram a chorar pelos filhos: "Os nossos filhos vão morrer de fome neste deserto. Deus nos odeia!". Moisés lembra os jovens israelitas das acusações dos pais: "Murmurastes nas vossas tendas e dissestes: Tem o Senhor contra nós ódio; por isso, nos tirou da terra do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus e destruir-nos" (1:27). Cades-Barnéia é Onde Filhos Para o Teste Definitivo da Fé Deus Leva Todos os Seus Cades-Barnéia é o local da coisa assumidamente impossível. A própria palavra vem da raiz hebraica significando "fugitivo, vagabundo, vagante". Resumindo - se você tomar a decisão errada aqui, acabará vagando por um deserto o resto da vida. Muitos cristãos estão exatamente nesse ponto agora. Deus lhes deu Suas promessas de Aliança; lhes deu um passado histórico maravilhoso consigo, lhes concedendo milagre após milagre de libertação. Mas o diabo foi a eles com mentiras, dizendo que não conseguiriam acabar a carreira. Ele os convenceu de que não eram bons o suficiente, de que Deus ainda estava zangado com eles devido a pecados passados, e que nunca os perdoaria. Diga: você começou a aceitar estas mentiras? Você acha que Deus irá falhar quando a sua crise chegar? Se é assim, então em algum ponto de seu caminhar você deixou de aceitar a Deus segundo a palavra d'Ele. Você não agiu segundo o Seu comando. E o quê foi verdadeiro para Israel é também verdadeiro para você: o teste que você enfrenta em Cades-Barnéia irá determinar o curso de seus anos restantes. Como Israel, você tem sido carregado nos braços de Deus em meio a um terrível deserto. Ao olhar para trás, você pode recordar as tremendas provações que enfrentou, os dolorosos fracassos que suportou. Você passou por lutas que jamais pensou que iria superar. Mas Deus lhe foi fiel em cada uma delas. Toda vez, Ele misericordiosamente se inclinou e lhe levantou. E agora você pode dizer: "Deus nunca falhou comigo. Estou aqui hoje pela Sua graça. É verdade - Deus me pôs em Seus braços, do jeito que um pai pega o filho". E mais, Deus o trouxe para fora a fim de o colocar dentro. Há uma terra prometida à sua frente, da mesma maneira que havia para Israel: "Portanto, resta um repouso para o povo de Deus" (Hebreus 4:9). Deus o salvou para levá-lo a um lugar de repouso. O quê é esse repouso? É um lugar de fé e de confiança inabaláveis no Senhor. É um lugar de dependente confiabilidade em Suas promessas - de que elas cuidarão de você em meio a seus períodos mais difíceis. Mas para chegar a esse lugar de repouso, você primeiro precisa passar por Cades-Barnéia. Chegando lá, você estará face a face com uma batalha tão intensa, que superará tudo que já viveu. Há inimigos, gigantes, altas muralhas, coisas que lhe parecem totalmente insuperáveis. E você precisa submeter totalmente a sua confiança ao Senhor para prosseguir. Já vimos como os israelitas hesitaram em agir segundo a palavra de Deus em Cades-Barnéia. Como resultado, Satanás os colocou sob a influência de dez mentirosos inspirados pelo demônio. Qual o resultado? O resultado é que o povo acabou pensando que Deus estava resolvido a lhes destruir. E o mesmo se mantém verdade para nós hoje. Quando nos recusamos a agir rapidamente em cima das promessas de Deus, nos abrimos a espantosas mentiras demoníacas. E essas mentiras têm o objetivo de destruir a nossa fé. Satanás quer que pensemos que Deus nos deixou lutando sozinhos; nos diz que as muralhas à frente são altas demais, que não há como escalálas para a vitória. Diz que vamos fracassar, que todo o nosso caminhar com Jesus foi em vão. Ele cochicha que não adianta continuar, que é melhor desistir. Lhe digo o seguinte: é por isso que Deus sempre quer que ajamos rapidamente segundo a Sua palavra. Ele não quer que o diabo tenha chance de nos assaltar com mentiras. Alguém pode pensar: "Eu nunca iria acreditar que Deus me odeia. Como vou achar que o Senhor esteja a fim de me destruir?". Mesmo assim, se ouvirmos as mentiras de Satanás, é exatamente isso que acabaremos dizendo: "Deus me levou a uma situação impossível. Não há sinal de Ele estar arranjando uma saída para mim. No entanto, Ele diz que não permitiria que eu suportasse algo acima de minhas forças. E agora mesmo o que estou passando é mais do que posso suportar". Tais pensamentos são acusação direta contra Deus. Eles O acusam de não estar conosco em meio ao sofrimento. Vemos novamente esta incredulidade em Israel quando chegaram a Refidim. Este era o local mais seco do deserto, e outro lugar de crise. Logo o povo começou a agonizar de sede. E uma vez mais, perderam toda a confiança em Deus: "Está o Senhor no meio de nós ou não?" (Êxodo 17:7), querendo dizer: "Se Deus estivesse conosco, nós não estaríamos nessa crise. Desta vez é insuperável". No Fundo, o Motivo da Incredulidade é o Mesmo Motivo da Incredulidade da Igreja Hoje. de Israel, Simplificando: a palavra de Deus não foi suficiente para Israel. O Senhor lhes havia dado promessas incríveis; contudo em meio à crise, Israel nunca confiou em Sua palavra. A despeito de cada uma das promessas, de cada compromisso férreo de cuidar deles, eles entenderam Sua palavra como algo inútil. Como? Eles nunca a juntaram à fé: "A palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé" (Hebreus 4:2). Em vez disso, o povo sempre pediu uma nova palavra de Deus. Vemos isso em seu questionamento: "Deus está conosco, ou não?". Em outras palavras: "Temos de saber se Deus está conosco nessa crise, não na crise anterior. Precisamos de uma nova revelação dEle, para essa nova situação". Eu lhe pergunto: como alguém poderia esquecer tão rapidamente tudo que Deus havia feito por eles? Israel havia removido da lembrança todos os exemplos passados de libertações feitas por Deus. Eles jamais permitiram que Seus atos sobrenaturais passados edificassem sua fé nEle. Mesmo assim, a despeito das acusações contra Ele, Deus proferiu uma outra palavra para Israel. Ele instruiu Moisés a lhes dizer: "Não vos espanteis, nem os temais (os inimigos). O Senhor, vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós, segundo tudo o que fez conosco, diante de vossos olhos, no Egito" (Deut. 1: 29-30). Ora, essa promessa não era nova. Deus estava apenas reafirmando o que já havia dito ao Seu povo: "O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis" (Êxodo 14:14). Ele os estava lembrando: "Lhes disse no Egito que Eu iria à frente. Disse que habitaria em seu meio, e lutaria por vocês contra todos os inimigos". E Ele havia feito exatamente isto. Deus os havia livrado todas as vezes, à cada provação. Vez após vez Deus lhes havia dito: "Estou com vocês. Vou lutar por vocês. Agora então, apropriem-se desta promessa, e não a esqueçam". Mesmo assim, cá estavam eles em Cades-Barnéia, tremendo diante do inimigo, e se concentrando na própria fraqueza. Finalmente, raciocinaram assim: "Não estamos capacitados para irmos contra eles". Isso era duvidar escandalosamente - duvidar do chamado de Deus para as suas vidas, duvidar que Ele os havia enviado, duvidar de Sua presença em seu meio. Você pode achar que nunca iria reagir dessa maneira. Contudo muitos cristãos hoje dizem coisas similares: "Senhor, Tu estás realmente comigo? Sei o quê o Senhor me prometeu. Mas isso é verdade mesmo? Posso confiar no que o Senhor disse? Preciso novamente ouvir algo novo de Ti. Preciso de uma nova palavra. Por favor, me dê um pouco mais de segurança". Acabamos tremendo diante do inimigo de nossas almas. E tudo porque não cremos no que Deus nos prometeu. Agimos como se Ele nunca tenha dito uma palavra a nós. E é precisamente aí que O "tentamos". Mesmo que Ele já tenha se provado a nós inúmeras vezes, nós continuamente pedimos que outra vez nos prove a Sua fidelidade, que nos envie mais uma palavra para edificar a fé. Mas Deus dirá apenas uma palavra: "Creia no que Eu te disse". Você treme diante de um pecado que lhe assedia, e que cresce diante de si como uma cidade murada? Se é o caso, o que Deus lhe disse quanto a essa fortaleza inimiga? Por toda a Sua palavra, Ele promete: "Eu lutarei por ti. Você não precisa ter medo. Maior é o que está em ti, do que o que está no mundo. Não há pessoa ou inimigo que possa te arrancar da Minha mão. Eu te purificarei e santificarei, pelo Meu Espírito. Confie na Minha palavra revelada a ti". A Incredulidade é Até Novo Testamento do que no Velho Um Pecado Maior no Jesus veio como profeta e operador de milagres à Sua própria casa, Israel. No entanto somos informados de que "não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles" (Mateus 13:58). Que afirmação incrível. A incredulidade limitou até o poder de Cristo para operar. Vemos outros resultados trágicos da incredulidade por todo o Novo Testamento. Os discípulos não conseguiram expulsar um demônio de uma pequena criança devido à incredulidade. E Jesus os repreendeu por isso (v. Mateus 17:14-21). Após a ressurreição, Cristo ficou chocado novamente devido à incredulidade deles: "e censurou-lhes a incredulidade e dureza do coração" (Marcos 16:14). E também, Paulo diz o seguinte sobre os judeus: "Pela sua incredulidade, foram quebrados" (Romanos 11:20). Por que o julgamento de Deus quanto à incredulidade é tão severo no Novo Testamento? É porque os crentes de hoje receberam algo que os santos do Velho Testamento somente podiam sonhar. Deus nos abençoou com o dom do Seu Espírito Santo. Sob a Velha Aliança, os crentes eram visitados pelo Espírito de Deus só ocasionalmente. Eles tinham de ir ao templo para experimentar a presença do Senhor. Mas hoje Deus faz Sua habitação no Seu povo. Nós somos o Seu templo, e a Sua presença habita todo crente. No Velho Testamento, Abraão só ocasionalmente era visitado por um anjo, ou recebia uma palavra de Deus. E ele cria no que lhe era dito. Abraão confiava que Deus era capaz de cumprir tudo que prometia. Ele "não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus" (Romanos 4:20). Contudo hoje, Jesus está disponível a nós a qualquer hora do dia. Temos habilitação para apelar a Ele a nossa vida toda, e sabemos que Ele responderá. Ele nos convida a irmos ousadamente à Sua sala do trono, para tornarmos conhecidas as nossas petições. E nos dá consolação e direcionamento através do Espírito Santo. Mesmo assim, a despeito destas bênçãos, ainda duvidamos de Deus nas ocasiões de provações extremas. Jesus repreende essa incredulidade, dizendo: "Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do homem, achará, porventura, fé na terra?" (Lucas 18:7-8). Se Cristo fosse voltar hoje, Ele acharia fé em você? Aqui Estão as Conseqüências da Incredulidade "Também foi contra eles a mão do Senhor, para os destruir...até que toda aquela geração dos homens... se consumiu..." (Deuteronômio 2:15,14). Cá está uma das linguagens mais duras de toda a Bíblia em relação à incredulidade. Você pode achar: "Mas isso não é linguagem da graça. Deus não trata da incredulidade com essa severidade hoje em dia". Não é assim. A Bíblia diz que hoje, sob a graça, "Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6). Aqui estão algumas conseqüências da incredulidade: • A incredulidade contamina todas as áreas da vida. Esse pecado não pode ser reduzido a um ponto único em nossa vida. Ele derrama em cima de tudo, infectando todos os detalhes do nosso caminhar. A dúvida de Israel não se limitava à habilidade de Deus em matar os inimigos. A dúvida se derramava sobre a confiança deles quanto às provisões diárias. Eles duvidavam da habilidade de Deus quanto a proteger os filhos deles. Eles duvidavam quanto a Ele levá-los à terra prometida. Eles duvidavam até se Ele estava com eles. É por isso que Deus lhes disse: "Viraivos e parti para o deserto... não estou no meio de vós" (Deuteronômio 1:40,42). Se temos incredulidade numa área, isso se espalha como câncer a todas as outras, contaminando o nosso coração inteiro. Podemos confiar em Deus em alguns assuntos, tais como crer que Ele nos salva pela fé, que é todo-poderoso, que o Seu Espírito habita em nós. Mas confiamos nEle quanto ao nosso futuro? Cremos nEle para nos prover quanto à saúde e finanças, para nos dar vitória sobre o pecado? • A incredulidade leva ao pecado da presunção. Presunção é a ousadia de acharmos que sabemos o que é o certo. É uma arrogância que diz: "Sei o caminho", e age por si. Cá está ainda outro pecado que Israel cometeu em sua incredulidade. Quando Deus os mandou voltar ao deserto, eles não quiseram obedecer. Antes, foram até Moisés dizendo: "Ok, nós pecamos. Mas agora já resolvemos isso. Estamos prontos para obedecer à ordem de Deus para marcharmos contra o inimigo". E resolveram eles mesmos definir a situação. Aqui está aonde muitos crentes em dúvida cometem um engano trágico: quando fracassam em uma questão da fé, eles se voltam para a carne. Fazem o que acham que tem de ser feito, mas em sua própria sabedoria e capacidade. A fé, no entanto, sempre resiste a agir com medo. Ela espera que Deus aja. A fé nunca quer fazer alguma coisa acontecer indo à frente de Deus. Esse grupo de israelitas foi à frente de Deus organizando um pequeno exército. Planejaram uma estratégia e se puseram a caminho por vontade própria. Mas quando os inimigos os viram, perseguiram os soldados israelenses "como fazem as abelhas" e os destruíram (Deuteronômio 1:44). Vi casos terríveis de cristãos que jamais conseguiram entrar no repouso de Deus. O Senhor os levou a um ponto de tremendas provações crise familiar, problemas financeiros, problemas conjugais - mas eles não esperaram que Deus agisse. Pelo contrário, acusaram-nO de negligência, e tentaram eles mesmos resolver a situação. Hoje, tais crentes não têm repouso, não têm paz e o senso da presença de Deus. Antes, vivem em dúvida constante. E parecem ir de crise em crise. Só conseguem falar do último problema que tiveram. Contudo cada pedacinho dessa confusão é causado por uma coisa: incredulidade. O salmista diz: "Acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro" (Salmo 90:9). O salmista está falando do incrédulo. Qual é o título do seu conto? É: Viveram e Morreram em Vão. É a mesma história que ouvimos as pessoas contando sobre avós não crentes: "Viveram seus anos na dor e na amargura. A única coisa que faziam era murmurar e reclamar. E morreram sós e esquecidos". Esse é o horror da incredulidade. Ela amputa o seu histórico espiritual, tal que a única lembrança que têm de você é o de uma vida que se perdeu. Quando a geração jovem de Israel perguntava, "E o vovô e a vovó?", lhes respondiam: "Eles só murmuravam e reclamavam. Eles não tinham porquê viver - então ficaram sentados esperando a morte". Muitos Cristãos Ainda no Repouso que Deus Tem Para Eles Têm de Entrar "Resta entrarem alguns nele" (Hebreus 4:6). O crente verdadeiro está determinado a confiar em Deus mesmo se a sua oração não é respondida. Não importa se todos os seus bens são levados, ou mesmo se enfrenta a morte. Ele deseja entrar no repouso de Deus. Qual é a evidência de uma vida assim? Uma pessoa assim, "ele mesmo descansou de suas obras" (4:10). Não passam mais a noite em claro tentando resolver os problemas em sua própria sabedoria, ou com a sua própria habilidade. Antes, lançam tudo sobre Jesus. Não importa se ganham ou se perdem. Eles se concentram unicamente no fato de que Deus tem um plano, e que Ele está operando isso em suas vidas. Quero terminar com uma experiência que tive há pouco. Numa noite de sábado, desci até o cruzamento de Times Square em Nova York, em meio ao alvoroço de turistas e de outros fazendo as compras de fim de ano. Estima-se que nas horas de pico, quase 250.000 pessoas passam por aqui. Então, enquanto estava lá, eu orava observando as multidões passando. Certa hora o Espírito Santo cochichou para mim: "David, dê uma olhada nessa aglomeração. Multiplique-a várias vezes, e esse será o quanto de gente que morreu no deserto. Em toda essa multidão, só dois entraram no meu repouso, Josué e Calebe. Todos os outros morreram antes da hora, em desespero e em incredulidade". Esse pensamento me foi aterrador. Olhei mais de perto a massa de pessoas entrando nos teatros da Broadway, nos restaurantes, lojas. Vi gente rica, pessoas desabrigadas, gente da classe média, homossexuais, drag queens...e entendi que Deus provavelmente não estava no pensamento de nenhum deles. Pensei no estádio de futebol, nos ginásios de basquete e de hockey, e em todas as pessoas que os enchiam, com só uns poucos que verdadeiramente amam a Deus. Olhei em torno vendo todos os cinemas ali, e pensei nos milhares ali sentados, zombando de tudo que é santo. Observando toda essa gente, entendi que todos eles tiveram a mensagem do evangelho ao seu dispor alguma vez, através da televisão, do rádio, literatura, até de Bíblias gratuitas em quartos de hotéis. Se apenas eles quisessem saber, seriam informados de que o mesmo Deus que operou milagres para o antigo Israel, faz o mesmo para todos os que O amam hoje. Porém são pessoas que não O querem conhecer. Se vêem alguém entregando folhetos evangelísticos, eles se apressam e o rejeitam. Não têm nenhum deus além do prazer, do dinheiro e das posses. De repente, comecei a ver o valor de um crente único diante dos olhos de Deus. E ouço Jesus fazendo a mesma pergunta hoje: "Quando Eu voltar, encontrarei fé na terra?". Vejo Cristo, O que sonda o coração dos homens, esquadrinhando todos os bairros, e encontrando poucas pessoas, se tanto, que verdadeiramente O amam. Eu O vejo procurando nos campus universitários, perguntando: "Quem aqui vai crer em Mim?". Eu O vejo pesquisando na capital de nosso país, em busca de quem O aceitaria, e encontrando poucos. Eu O vejo buscando em países inteiros, e achando só um remanescente. Vejo-O buscando dentro da moderna igreja apóstata, e não encontrando fé, apenas mortandade. Finalmente, Ele pesquisa a Sua igreja, procurando servos com genuína fé. Porém, o que Ele vê parte o Seu coração, e O entristece profundamente. Ouço-O chorando como fez por Israel: "Jerusalém, Jerusalém... Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não quisestes!" (Mateus 23:37). Qual o motivo da angústia dEle? Deus enviou o Seu Filho para revelar o amor do Pai aos filhos amados. Enviou o Espírito Santo para confortar e guiá-los. Mesmo assim, multidões dentro da Sua casa não têm fé. Não crêem que Ele responda orações. Murmuram e reclamam, acusando-O de negligenciá-los. E ficam com medo e em desespero, como se Deus os tivesse abandonado. Como ministro do Senhor, carrego a carga do meu Pastor. E sinto a Sua dor. Nesse momento, ouço-O dizendo: "Mesmo em Minha casa, vejo tão poucos com fé. Muitos dos Meus próprios filhos, incluindo os Meus pastores, fraquejam na hora das lutas. Não confiam em Mim quanto às suas famílias, seus empregos, seus futuros. Em verdade, muitos fizeram a sua escolha". Então, e você? O Senhor vem a cada um de nós, perguntando: "Você crê em Mim? Você confia em Mim? Quando Eu vier, encontrarei fé em ti?". Como você responderá? --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. 2003 ____ Por 15 __________ Deus Está Fazendo Uma Coisa Nova Na Sua Igreja - 15 de dezembro de 2003 (God is Doing Something New in His Church) David de dezembro de Wilkerson 2003 Quantas vezes você já ouviu cristãos dizendo: "Deus está fazendo algo novo na igreja"? A "coisa nova" a que se referem pode ser um avivamento, um derramamento do Espírito, uma visitação, ou um mover de Deus. Entretanto, com muita freqüência esta "coisa nova" de Deus se apaga rapidamente. E uma vez apagada, não pode mais ser encontrada; dessa maneira, ela prova não ser um mover de Deus em absoluto. Na verdade, sociólogos cristãos já fizeram um estudo de muitas destas assim chamadas visitações. Descobriram que a duração média desses acontecimentos é de aproximadamente cinco anos. Pessoalmente, creio que Deus está fazendo uma coisa nova na igreja hoje. Contudo, esta grande obra do Espírito não se limita a um local em particular - está acontecendo por todo o mundo. E não se precisa viajar longe para contemplá-la - de fato, a "nova coisa" de Deus pode estar tão perto quanto a igreja mais próxima de sua casa. Há um princípio bíblico que governa todo genuíno mover de Deus. Encontramos este princípio em operação vez após vez, tanto no Velho quanto no Novo Testamento. E tem se provado real durante séculos de história da igreja. O princípio é este: Deus não começa uma coisa nova na sua igreja, enquanto não acabar com a anterior. Como disse Jesus, não dá para colocar vinho novo em odres velhos. Por que isto acontece? É porque Deus tem uma divergência com o antigo na sua igreja. Veja, a cada nova obra que ele levanta, basta passarem umas poucas gerações e já começam a se infiltrar a apatia e a hipocrisia. Logo o povo de Deus se torna idólatra, com corações se inclinando para a apostasia. E, com o tempo, Deus opta por deixar de lado a antiga obra em sua igreja. Ele a abandona inteiramente antes de introduzir a nova. Este princípio apareceu pela primeira vez em Siló. Durante o tempo dos juízes, Deus estabeleceu uma obra santa naquela cidade. Siló era o lugar onde ficava o santuário do Senhor, o centro de toda atividade religiosa em Israel. O próprio nome Siló quer dizer "o que pertence ao Senhor". Isso fala das coisas que representam Deus, e revelam a sua natureza e caráter. Era também onde Samuel ouviu a voz do Senhor, e onde o Senhor lhe revelou a sua vontade. No entanto, Eli era o sumo sacerdote em Siló, e seus dois filhos eram ministros no santuário. Eli e seus filhos eram preguiçosos e sensuais, totalmente consumidos por interesses próprios. Durante o seu ministério, permitiram que pecado grosseiro entrasse na casa de Deus. Com o passar do tempo, Siló se tornou corrompida. Logo o povo de Deus estava cheio de cobiça, adultério e hipocrisia. Finalmente, o Senhor parou de falar em Siló. Basicamente, disse a Samuel: "Siló ficou tão contaminada que não representa mais quem eu sou. Esta casa deixou de ser minha. Não vou mais tolerar isto. Este lugar está acabado para mim". Então o Senhor tirou sua presença do santuário. E escreveu "Icabod" por cima da porta, significando: "A glória do Senhor se afastou". Até que ponto um povo precisa chegar para que o Senhor retire dele a sua presença? Considere a cena em Siló: durante anos, ninguém havia se colocado na brecha em favor daquela sociedade. Ninguém se humilhou, clamando em arrependimento: "Senhor, não se aparta de nós!". Ao invés disso, Deus só via um povo endurecido em relação à verdade. Aqueles israelitas observavam todos os rituais religiosos e diziam todas as coisas certas, mas seus corações não participavam de nada daquilo. Todas as suas obras eram da carne. E o sacerdócio havia ido além do ponto de retorno. O sumo sacerdote Eli ficara totalmente cego à sua própria apostasia. Ele e seus filhos ímpios teriam de se ir. Então o Senhor removeu inteiramente o velho. E, mais uma vez, levantou algo novo. Depois disso, o templo em Jerusalém ficou conhecido como a "casa do Senhor". E durante um tempo, Deus falou ao seu povo ali. A casa se encheu de oração, a palavra de Deus era pregada, e o povo oferecia sacrifícios de acordo com os mandamentos de Deus. O templo em Jerusalém representava a natureza de Deus, e ele manifestava sua presença ali. De fato, em uma ocasião, sua glória encheu o templo de um modo tão poderoso, que os sacerdotes não puderam ministrar. Contudo, depois de um tempo, aquele ministério também caiu em decadência. A corrupção se instalou entre o povo outra vez. E o templo em Jerusalém não mais representava Deus. Este Ciclo Tem Marcado a História do Povo de Deus Passam-se poucas gerações até que uma nova obra de Deus caia em apatia e hipocrisia. Por que isto acontece? Quase sempre ocorre porque aqueles que estão no ministério passam a ser movidos pela carne. A paixão fervorosa que deu origem à obra começa a se apagar. E com o tempo, o ministério se torna uma instituição humana; uma rotina sem vida se estabelece; os líderes, que antes viviam em oração - agora dependem de organização e habilidades humanas para manter a obra em funcionamento. No início, estes mesmos líderes confiavam totalmente em Deus, e ele lhes falava. Mas, em algum momento, resolveram abandonar o espírito de servo e assumir um posicionamento político. E agora, ao invés de ministrar, competem entre si por poder, prestígio e números. Tragicamente, o ministério vira uma sombra remota daquilo que Deus antes fizera no meio deles, pelo seu poder e verdade. O Senhor confrontou este tipo de condescendência no tempo de Jeremias. Enviou o profeta à porta do templo para proclamar uma palavra devastadora: "Emendai os vossos caminhos e as vossas obras, e eu vos farei habitar neste lugar" (Jr 7.3). Ele estava dizendo em outras palavras: "Esta obra tornou-se corrupta, e agora a morte está às portas. Mas ainda há tempo para salvá-la. Não quero me afastar dela. Quero ficar aqui com vocês e agir em seu meio. Mas para que isto aconteça, vocês terão de se arrepender. Terão de voltar ao primeiro amor". Então o Senhor acrescenta: "Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este" (Jr 7.4). Deus ouvira o povo dizendo: "O Senhor não poderá destruir este templo. É sua casa eterna; é a nossa história, nossa tradição de gerações. Olhe para estes edifícios majestosos. Permanecem como testemunho de Deus a um mundo pagão. Ele nunca abandonará o que estabeleceu aqui". Mas o Senhor retrucou: "E quanto às suas contaminações? E o adultério desenfreado? Vocês juram falsamente. Encurvam-se diante dos ídolos. E transformaram minha casa em covil de salteadores. Enviei profetas para adverti-los, mas não me ouviram; falei com vocês, mas ninguém deu atenção. Clamei, mas ninguém respondeu". Agora Deus adverte: "Ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo de Israel" (Jr 7.12). Ele estava insistindo: "Vão todos pastores, ministros e sacerdotes. Abram suas bíblias e vejam vocês mesmos como é que eu trabalho. Vejam o que aconteceu na minha casa em Siló. Estabeleci aquela igreja e coloquei meu nome sobre ela; mas o povo recusou os meus profetas. Pelo contrário, confiaram em seus próprios caminhos. Então rejeitei totalmente o que era velho". "Agora estou prestes a fazer isso de novo. Vocês são iguaizinhos a Siló. Vocês permitiram pecado e corrupção na minha casa. Vocês se tornaram tão degenerados, que não representam mais a mim. Olhem em torno: quem se colocou na brecha? Quem está chorando com coração arrependido? Vejo apatia e contemporizações. A minha palavra declara claramente que eu retirei a minha presença de Siló. E agora vou deixar vocês. Estou removendo a minha glória do seu meio". "Farei também a esta casa, que se chama pelo meu nome, na qual confiais, e a este lugar, que vos dei a vós outros e a vossos pais, como fiz a Siló. Lançar-vos-ei da minha presença, como arrojei a todos os vossos irmãos, a toda a posteridade de Efraim" (Jeremias 7:14-15). Outra vez, Deus estava dizendo: "O antigo acabou, terminou. Vocês não me representam mais. Eu agora terei um povo que me representará diante do mundo do jeito que eu verdadeiramente sou. Tenho uma coisa totalmente nova em mente". O Senhor encerra com essa declaração: "Tu, pois, não intercedas por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te ouvirei" (Jr 7.16). Ele estava dizendo: "Não se dê ao trabalho de orar por esta obra condenada. Está morta e acabada, sem qualquer esperança de ser reavivada". Cristo Foi ao Templo Com Um Convite e uma Advertência Jesus foi ao último templo e convidou a todos para virem se abrigar sob suas misericordiosas asas de proteção. Convocou os cegos, os doentes, os leprosos, os pobres, os perdidos e a todos para que viessem e encontrassem cura e perdão. Mas a multidão religiosa recusou sua oferta. Então Cristo testificou a seu respeito: "Vós não o quisestes!" (Mt 23.37). Ao ler isso, uma pergunta surge: aqui no Novo Testamento, será que Deus iria dispor de uma obra velha do mesmo jeito que fez no Velho? Iria ele abandonar a coisa velha, e levantar uma nova? Iria ele afastar aquilo que rejeitou suas ofertas de graça, misericórdia e despertamento? Sim, ele iria. Jesus respondeu àqueles que o rejeitaram, dizendo: "Eis que a vossa casa vos ficará deserta" (Mt 23.38). Ele lhes disse: "Este templo agora é sua casa, não minha. Eu a estou deixando. Estou deixando aquilo que vocês desperdiçaram e abandonaram". Ele então acrescenta: "Declaro-vos, pois, que desde agora já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!" (23:39). Ele estava declarando: "A minha glória não está mais nessa casa. Rejeito essa casa agora; e o restante da sua vida religiosa será conduzido sem a presença de Deus. Eu também entrego essa velha obra à carne. Os seus ministros não serão homens espirituais, mas ministros da carne". Os discípulos não conseguiam acreditar nas palavras de Jesus. Insistiram com ele: "Mestre, olhe para a magnificência do templo, as estruturas impressionantes. Considere sua história, os séculos de tradição. Isto não pode, de forma alguma, cair em ruínas. O Senhor está dizendo que tudo acabou?". Jesus respondeu: "Sim, acabou. Esta obra velha está encerrada. Está morta e terminada aos meus olhos. Vou fazer uma coisa nova agora". Pense nisto: cá estava a misericórdia e a graça Encarnada, dizendo, "Esta coisa velha não é mais minha. Agora a deixo em total desolação. Não tem absolutamente nenhuma chance de ser renovada". Em seguida, caminha para o Pentecostes, para o início de uma nova coisa. Ele estava prestes a levantar uma nova igreja, não uma réplica da velha. E a faria novíssima desde os alicerces. Seria uma igreja formada de novos sacerdotes e novo povo, todos nascidos de novo nEle. Enquanto isso, a obra velha ainda se arrastaria. Multidões viriam ainda ao templo para observar seus rituais mortos. Pastores ainda roubariam os pobres, adúlteros continuariam pecando à vontade, e o povo se inclinaria à idolatria. Cada dia, a obra velha ficaria mais árida e fraca. Por que? alguém talvez pergunte. Porque a presença de Deus não estava mais nela. Agora chegamos à igreja dos nossos dias. Quero lhe perguntar: o que você vê acontecendo na igreja hoje representa aquilo que Jesus é? Pense em todas as denominações e movimentos, tudo que se associe ao nome de Cristo. O que estamos vendo é realmente a igreja triunfante, a noiva imaculada de Cristo? Revela ao mundo perdido a natureza própria de Deus? Isto é o melhor que o Espírito de Deus pode produzir nestes últimos dias? Ou, a igreja visível e moderna teria se tornado coisa velha? Será que se contaminou, está equilibrando-se perigosamente, e prestes a ser substituída por algo novo? Em síntese, será que Deus ainda fará uma última mudança antes da volta de Jesus? Será que irá abandonar o que se corrompeu, e levantará a igreja final e gloriosa? Sim, eu creio que ele fará isto. Isaías nos diz: "Eis que as primeiras coisas passaram e novas coisas eu vos anuncio; e, antes que venham à luz, vo-las faço ouvir" (Is 42.9). A Igreja de Hoje Começou Que Nenhuma Outra Geração Havia Visto Com Uma Glória A igreja, como a conhecemos hoje, começou com arrependimento. Quando Pedro pregou a Cruz no Pentecostes, milhares vieram a Cristo. Esta nova igreja se constituía de um só corpo feito de todas as raças, cheios de amor uns pelos outros. Sua vida coletiva era marcada por evangelismo, espírito de sacrifício, até por martírio. Este início maravilhoso reflete as palavras de Deus a Jeremias: "Eu mesmo te plantei como vide excelente, da semente mais pura" (Jr 2.21). Entretanto, as palavras seguintes descrevem o que freqüentemente acontece com tais obras: "Como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, como de vide brava?". Deus estava dizendo: "Eu plantei você certa. Você era minha, trazia meu nome e minha natureza. Mas agora se degenerou". O que causou esta degeneração na igreja? Sempre foi, e continuará sendo, a idolatria. Deus estava falando de idolatria quando diz a Jeremias: "O meu povo trocou a sua glória por aquilo que é de nenhum proveito" (Jr 2.11). Foi a idolatria que desolou Siló, que desolou o templo e tem contaminado a igreja de hoje. É sempre a raiz do motivo que leva Deus a abandonar uma coisa velha, a fim de iniciar algo novo. Em Ezequiel 14, alguns anciãos foram até o profeta para interrogar o Senhor. Eles queriam saber: "O quê Deus está dizendo ao povo atualmente?". Mas o Senhor disse a Ezequiel: "Estes homens levantaram os seus ídolos dentro em seu coração, tropeço para a iniqüidade que sempre têm eles diante de si; acaso permitirei que eles me interroguem?" (Ezequiel 14:3). Ele está dizendo em outras palavras: "Eles chegam aqui como se estivessem me buscando de verdade. Mas estão escondendo ídolos ímpios no coração. Por que deveria respondê-los?". A maioria dos ensinamentos bíblicos hoje identifica um ídolo como sendo qualquer coisa que se interpõe entre o povo de Deus, e o próprio Deus. É aquilo que nos afasta dele. Contudo, esta é apenas uma descrição parcial de idolatria. Afinal, os anciãos que se aproximaram de Ezequiel não foram mantidos à distância por seus ídolos. A idolatria tem a ver com uma questão de coração muito mais profunda. A verdade é: a idolatria pode correr solta na casa de Deus e, no entanto, permanecer totalmente invisível. É isto que o Senhor estava se referindo quando disse que aqueles anciãos tinham um "tropeço para a sua iniqüidade... diante de si" (Ez 14.3,7). O tropeço é qualquer doutrina que justifique um ídolo. Isto cega o povo de Deus para seus pecados. É exatamente o que tem acontecido na igreja hoje. O ídolo número um entre o povo de Deus não é adultério, pornografia ou álcool. É uma cobiça, um desejo muito mais forte. O que é este ídolo? É a ambição obcecante por sucesso. E tem até mesmo uma doutrina para a justificar. A idolatria do sucesso descreve muitos na casa de Deus hoje. São pessoas corretas, moralmente limpas, cheias de boas obras. Mas estabeleceram um ídolo de ambição no coração, e não permitem que seja removido. Tragicamente, é o mesmo espírito obsessivo que está por trás de Baal e Molech: prosperar e ter sucesso. E hoje este espírito tem poluído o evangelho de Jesus Cristo pelo mundo inteiro. Apresenta-se como um espírito de bênçãos, mas é uma perversão da bênção que Deus pretende para sua igreja. E está fazendo naufragar a fé de milhões de pessoas. Este espírito também é semelhante ao pós-modernismo. Um dos princípios do pós-modernismo, é que a comunidade concede a você aquilo que é o seu propósito e o seu valor. Em termos simples, o seu sucesso e aceitação são medidos pelos padrões do mundo. Como resultado, muitos cristãos medem seu valor pessoal por suas carreiras, posses, salários. Agora a teologia pós-modernista está se infiltrando dentro da liderança da igreja. Pastores e evangelistas estão comprando a mentira de que os seus pares são os que medem se eles têm sucesso, ou não. É por isto que sucesso no trabalho da igreja veio a ser freqüências gigantescas, edifícios enormes e orçamentos milionários. E é por isto que pastores são compelidos a pressionar a si mesmos e à suas igrejas para alcançar estas coisas. Posso lhe afirmar que esta não é a igreja que Jesus Cristo está voltando para receber como noiva. Esta instituição pós-modernista, materialista, e movida pela carne, envelheceu e se corrompeu. E, agora mesmo, está nos estertores da morte. Muitos jovens pastores em todo o mundo já o percebem. Estão fartos da coisa velha, com todas as brigas e conflitos internos da denominação. Não querem nenhum envolvimento com isto. Rejeitaram a pressão para se tornarem grandes e famosos. No lugar disso, estão voltando à centralidade de Cristo, voltando à posição de buscar a Deus, voltando à fome pela verdade. E sentem que há uma nova e recém-criada obra no ar. O Quê é A Coisa Nova Que Deus Está Fazendo na Igreja ? "Eis que as primeiras predições já se cumpriram e novas cousas eu vos anuncio; e, antes que sucedam, eu vo-las farei ouvir" (Isaías 42:9). Deus está prestes a fazer algo novo. E esta nova obra será tão gloriosa, que levará o seu povo a louvá-lo como nunca anteriormente. "Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor até às extremidades da terra, vós os que navegais pelo mar, e tudo quanto há nele, vós, terras do mar, e seus moradores" (42:10). Deus está dizendo: "Que o meu povo no mundo todo cante os meus louvores. Quero ouvir um cântico novo dos marinheiros no mar, dos povos de todas as nações, de todos os cantos da terra". Sabemos que nestes últimos dias, Satanás descerá à terra cheio de grande ira (ver Ap. 12.12). Ele está cheio de grande cólera porque sabe que pouco tempo lhe resta. E ele há de lançar sobre a igreja uma grande torrente de iniqüidade. Mas Deus declara: "Avise o meu povo que o Leão de Judá está descendo com todo o poder do céu. O Redentor virá a Sião!". Não pense por um minuto que Deus permitirá que Satanás tenha o controle de Sua igreja, e roube os seus filhos. As portas do inferno não prevalecerão contra o corpo de Cristo. E eu creio que o Senhor está a caminho de Sião agora mesmo para visitar o seu povo. Assim como fez com Sodoma, o Senhor vem para purgar. E essa purificação começará com a igreja. Nesse momento, o Senhor está começando a queimar a palha sem valor em sua casa. E ele vai fazer uma coisa nova. As escrituras dizem: "O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra; clamará, lançará forte grito de guerra, e mostrará sua força contra os seus inimigos" (Isaías 42:13). Por que Jesus virá com tamanho rugido? E o que clamará? Clamará em ciúme pelo seu povo. Veja, o nosso Senhor está sentindo forte ciúme da sua igreja agora. E aqui está o seu grito de ciúme: "Por muito tempo me calei; estive em silêncio, e me contive; mas agora darei gritos como a que está de parto, e a todos assolarei e juntamente devorarei" (Isaías 42.14). O que isto significa? Por que Jesus haveria de gritar como uma mulher em dores de parto? O Senhor está nos dizendo que está preste a dar à luz algo novo. Enquanto Satanás está enfurecido, enganando multidões, Deus está dizendo ao seu povo: "Uma coisa nova e santa está sendo gerada embaixo do focinho de Satanás. Esta é uma igreja que ele não conseguirá enganar. É a igreja que há de prevalecer, que não possui mancha ou ruga". Até agora, o Senhor permaneceu em silêncio. Reteve sua ira enquanto falsas doutrinas, falsos profetas e lobos vestidos de ovelhas levaram multidões do corpo de Cristo ao naufrágio. Mas agora Deus está manifestando a sua voz. Ele está dizendo: "Pastores têm transformado a minha casa em covil de iniqüidade. Contudo, mantive silêncio. Pregadores materialistas têm corrompido minha igreja no mundo inteiro com doutrinas abomináveis. Ainda assim, fiquei quieto. Fiquei calado enquanto mega igrejas retiravam a ofensa da Cruz dos seus freqüentadores. Eu me contive enquanto pastores complacentes permitiam que comediantes e apresentadores introduzissem atitudes levianas e frívolas dentro da minha santa casa." "Mas agora chega! Fui provocado. E estou descendo à minha casa para purificá-la, antes de voltar para minha noiva. Estejam avisados: estou descendo com ciúme santo. E hei de destruir todas estas falsas doutrinas. Vou levar à falência todo ladrão que usurpou os meus púlpitos; vou secar todas suas fontes e fazer com que seus rios de dinheiro fiquem vazios." "Os montes e outeiros devastarei, e toda a sua erva farei secar; tornarei os rios em terra firme, e secarei os lagos...Tornarão atrás e confundir-se-ão de vergonha os que confiam em imagens de escultura, e às imagens de fundição dizem: Vós sois nossos deuses" (Isaías 42:15,17). Amado, esta é a nova coisa que Deus está fazendo na igreja. Ele está dizendo: "Vou destruir e devorar todo ministério que for da carne, da autopromoção e do materialismo. E levantarei pastores segundo meu próprio coração, servos fiéis que me conhecem. Destruirei todo falso evangelho, e confundirei e envergonharei todo falso mestre". "Entretanto, não abandonarei as milhões de pessoas sinceras que foram iludidas pelas falsas doutrinas. Estas não sabiam discernir. Mas agora haverão de ouvir o meu evangelho puro. E quando ouvirem, se arrependerão e se envergonharão do evangelho raso e frívolo que as desviou. Guia-las-ei à verdade." "Guiarei os cegos por um caminho que não conhecem, fa-los-ei andar por veredas desconhecidas; tornarei as trevas em luz perante eles, e os caminhos escabrosos, planos. Esta coisa lhes farei, e jamais os desampararei" (Is 42.16). Que promessa incrível. Vemos agora porque Isaías profetiza: "Alcem a voz o deserto, as suas cidades, e as aldeias...exultem os que habitam nas rochas, e clamem do cume dos montes; dêem honra ao Senhor, e anunciem a sua glória nas terras do mar" (42:11,12). Caríssimo santo, Deus está fazendo uma coisa nova nesse instante. Ele está chamando o seu povo outra vez para abandonar todos os ídolos, e tornar a Rocha - Jesus Cristo - a sua habitação. Insisto com você - esteja pronto para obedecer ao seu grito: exultem os que habitam na Rocha! --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 25 __________ A Feitura de um Adorador (The Making of a Worshipper) David de 25 de novembro de 2003 novenbro Êxodo 14 descreve um incrível momento na história de Israel. Os israelitas tinham acabado de sair do Egito sob a direção sobrenatural de Deus; agora estavam sendo ferozmente perseguidos pelo exército do faraó. Eles tinham sido levados a um vale cercado em ambos os lados por montanhas íngremes, e à frente havia um mar bloqueando o caminho. Eles ainda não sabiam, mas estavam prestes a vivenciar a noite mais negra e tempestuosa de suas almas. Eles enfrentariam uma noite cheia de agonia, pânico e desespero que testaria até o extremo os seus limites. Tenho certeza que você conhece esse capítulo da história de Israel. A maioria dos cristãos sabe o quê aconteceu no mar Vermelho, e como Deus livrou milagrosamente o povo escolhido. Mas você pode se perguntar o que esse incidente tem a ver com o título da mensagem, "A Feitura de um Adorador". Eu creio que essa passagem tem tudo a ver com como Deus transforma o Seu povo em adoradores. Na verdade, nenhum outro capítulo da Bíblia demonstra isso de modo mais intenso. Veja, adoradores não são feitos durante avivamentos; não são feitos em dias cheios de sol, dias de vitória e de saúde; adoradores não são feitos quando se vê o inimigo fugindo em debandada. A verdade é a seguinte: os adoradores de Deus são feitos Wilkerson 2003 durante as noites negras de tempestades. E o modo pelo qual respondemos às nossas tempestades determina exatamente que tipo de adoradores nós somos. Hebreus 11 nos dá esta imagem de Jacó em idade avançada: "Pela fé, Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou" (Heb. 11:21). Por que Jacó é retratado dessa maneira nos dias de sua morte? Primeiro, precisamos notar que Hebreus 11 é o capítulo conhecido como a "Galeria da Fé" da Bíblia. Jacó é apenas uma das várias figuras listadas neste capítulo, como um exemplo de fé que devemos emular nestes últimos dias. Cá está um homem que havia atravessado tormenta após tormenta; ele e sua família viveram experiências dramáticas a cada passo. O próprio Jacó enfrentou pessoalmente muitas dores, sofrimentos e agonias em seus anos na terra. Agora Jacó sabia que sua vida estava para acabar. É por isso que o vemos dando sua bênção aos netos. E, o que Jacó faz ao rever os acontecimentos de sua vida? Ele é levado a adorar. Nenhuma palavra é proferida por esse homem. Mesmo assim, ao se apoiar sobre seu bordão, maravilhado pela vida que Deus lhe deu, ele "adorou" (11:21). Jacó adorou a Deus naquele momento porque a sua alma estava em descanso. Ele havia experimentado a fidelidade de Deus acima de qualquer possibilidade de dúvida, durante o curso de toda uma vida. Jacó provavelmente reviu na mente todas as vitórias que Deus lhe havia concedido a cada vez. E agora o patriarca concluía: "Não importava o tipo de guerra que eu estivesse enfrentando - em todas as tormentas Deus se provou fiel a mim. Houve vezes em que achei que não agüentaria por causa do pânico e do desespero; mas o Senhor me conduziu em cada uma das situações. Ele sempre foi fiel. Ó Senhor, Deus-Todo-Poderoso, eu Te adoro!". Estou escrevendo essa mensagem hoje para todo aquele que esteja enfrentando agora os piores momentos de sua vida. É dirigida às pessoas que descreveriam a sua luta de hoje como sendo uma noite negra e cheia de tempestades. Você está em meio a um período de provação tremenda. Na verdade, o seu sofrimento é tamanho, que requer uma intervenção milagrosa de Deus. Desejo lhe mostrar a partir das escrituras, que o Senhor quer que você caia dessa tempestade como um adorador. Ele lhe abriu um caminho em meio a essa noite de escuridão; e tem um plano para lhe retirar disso - para você se tornar um brilhante exemplo diante do mundo em relação à fidelidade que Ele tem para com o Seu povo. O Senhor Colocou Israel Diante de Uma Situação Impossível Por Duas Razões As escrituras nos dizem que o próprio Senhor orquestrou essa noite negra e tempestuosa para o Seu povo. Primeiro, foi Deus que os guiou ao vale junto ao mar: "Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel...vos acampareis junto ao mar" (Êxodo 14:1-2). Também foi Deus que endureceu o coração do faraó contra Israel: "Endurecerei o coração do Faraó, para que os persiga" (14:4). Por que Deus faria isso? Primeiro, o Senhor nos diz: "Serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército; e saberão os egípcios que eu sou o Senhor" (14:4). Segundo, Deus queria que o Seu povo entrasse no deserto que se aproximava - como adoradores. É por isso que lhes era importante que emergissem do mar Vermelho agora com adoração no coração. Deus queria não murmuradores e reclamações, mas verdadeiros louvadores. Ele havia chamado Israel de herança - o povo que personificava o Seu eterno propósito sobre a terra. Por isso, eles deveriam ser exemplos vivos de Sua fidelidade para com um povo em suas maiores provações. O cenário era o seguinte: Israel estava agora acampado junto ao mar. O povo havia erigido suas tendas e estava se alegrando na liberdade recém encontrada. Depois de quatrocentos anos de cativeiro, Deus os havia tirado da fornalha férrea do Egito. E agora festejavam ruidosamente ao provar o primeiro sabor da liberdade. Eles estavam cheios daquela esperança que a liberdade traz, cantando e gritando: "Acabaram as chibatadas, acabaram as perseguições. Finalmente estamos livres". Eles também estavam entusiasmados pelas promessas que Deus lhes havia dado. Ele lhes havia dito basicamente: "Há um novo dia à sua frente. Tenho uma terra prometida um pouco adiante, esperando que vocês entrem nela". Essa cena representa de modo pungente o cristão libertado por Deus do seu pecado. O crente se rejubila na liberdade que acabou de encontrar, liberto de todas as escravidões passadas. De repente, ele está vivendo algo maravilhoso de salvação e libertação. E possui um cântico santo no coração pois está vivendo nas promessas de Deus. Essa era a situação de Israel ao acampar junto ao mar. O povo havia se conscientizado de que Deus estava cumprindo todas as Suas palavras para com eles. Ele lhes havia escolhido para serem Sua herança, e agora os estava trazendo de volta para Si mesmo. Eles estavam prestes a se tornarem adoradores, cujo testemunho serviria como luz brilhante ao mundo. Contudo, na hora de sua maior paz, o inimigo buscou devorá-los. Exatamente no ápice da liberdade de Israel, na hora da esperança maior, o ataque veio. Os egípcios chegaram bramindo sobre eles como leões, sob o comando do faraó. E era um exército demoníaco claramente resolvido a leválos de volta à escravidão: "Perseguiram-nos os egípcios, todos os cavalos e carros do Faraó, e os seus cavalarianos, e o seu exército e os alcançaram acampados junto ao mar" (14:9). A informação chegou súbita e inesperada: "Os egípcios estão chegando! O exército do faraó está vindo com toda a força sobre nós". Isso enviou ondas de choque sobre o acampamento. Os líderes de Israel escalaram as colinas mais próximas, de onde viram grandes nuvens de pó se levantando pela gigantesca marcha. Centenas de cavalos e cavaleiros se aproximavam, seguidas por legiões da infantaria. A terra tremia com o troar de 900 carros de ferro. Que cena terrível. Ela tornou em pedaços qualquer esperança no acampamento: "Os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito" (14:10). Eu me pergunto: quantos cristãos já experimentaram esse tipo de terror, bem no máximo da sua paz? A minha família e eu certamente já o experimentamos. Lembro-me de um telefonema tremendo uma noite, quando minha esposa disse: "O seu irmão morreu. Foi um ataque do coração". Ou a ligação terrível sobre nossa preciosa netinha: "Tiffany tem um tumor cerebral". Lembro-me dos telefonemas chocantes recebidos por muitos membros de nossa igreja: "O caroço que você palpou é maligno. Venha ao consultório médico já, por favor". Esse foi o tipo de chamado súbito e assustador que Israel recebeu. As escrituras citam a reação das pessoas: "(elas) levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito" (14:10). O povo de Deus concentrou a atenção na terrível situação em que estavam. E o grito era: "Não há saída. Estamos encurralados. Vamos morrer". O que eles fizeram a seguir nos diz tudo quanto ao status de Israel como adoradores: "Os filhos de Israel clamaram ao Senhor" (14:10). Não se engane: não era clamor de adoração. O clamor do povo era: "Por que o Senhor permitiu isso, Deus? Depois de todos aqueles anos de escravidão o Senhor nos libertou; mas para quê? Pra morrermos nas mãos do faraó? Depois de tanta dor e sofrimento, é aqui que vamos acabar?... O Senhor nos encheu de promessas, nos libertou, nos deu grandes promessas. Mas mesmo assim, quando obedecemos a Tua palavra, o Senhor deixa que o inimigo caia sobre nós. Por que faz isso com a gente? Era melhor para nós no tempo do Egito. Se for assim que tudo vai acabar, então não vale a pena Te servir". Você já se sentiu assim? Foi isso que você disse naquela hora terrível? A amargura cresceu em você? Você chorou, como Israel, "O quê fiz para merecer isso? Eu escolhi Te amar, Deus; fiz o possível para seguir a Tua palavra, e Te servir. Por que está me tratando assim? Só vejo mais dor à frente". No Meio do Deus Envia ao Seu Povo Uma Mensagem de Três Pontos Sofrimento, Deus mandou Israel fazer três coisas em meio ao sofrimento: "Não tema. Se aquiete.Veja a salvação do Senhor". O Seu chamado a Israel foi: "Eu vou lutar por vocês. Simplesmente mantenham a paz. Apenas se aquietem e ponham tudo em Minhas mãos. Nesse momento estou realizando uma obra dentro da esfera espiritual; está tudo sob o Meu controle. Então, não entrem em pânico. Confiem em que estou combatendo o diabo. Essa batalha não é de vocês". Logo vieram as trevas sobre o acampamento. Era o início da negra e tempestuosa noite de Israel. Mas também era o começo da obra sobrenatural de Deus. Ele enviou um tremendo e poderoso anjo protetor para ficar entre o Seu povo e o inimigo. Eu creio que Deus ainda envia anjos protetores para se acampar ao redor daqueles que O amam e temem (v. Salmo 34:7). Mas não foi só isso. O Senhor também moveu a nuvem sobrenatural que havia dado a Israel para guiá-los. A nuvem de repente se deslocou da frente do acampamento para a retaguarda - e avultou como uma muralha negra como breu diante dos egípcios. O inimigo de Israel não conseguia enxergar um palmo adiante de si: "A nuvem era escuridade para aqueles" (Êx. 14:20). Contudo, do outro lado, a nuvem produzia luz sobrenatural, dando aos israelitas pura visibilidade a noite toda: "Para este esclarecia a noite de maneira que, em toda a noite, este e aqueles não puderam aproximar-se" (14:20). Prezado santo, se você é um filho de Deus, comprado pelo sangue, Ele colocou um anjo guerreiro entre você e o diabo. E Ele lhe comanda dizendo, como a Israel: "Não fique com medo. Tenha calma. Creia na Minha salvação". Satanás pode ir contra você respirando todo tipo de malignidade mas em nenhum momento, durante a sua noite negra e turbulenta, o inimigo será capaz de uma única vez sequer, lhe destruir. Apesar de o exército do faraó estar totalmente na escuridão, ele ainda podia elevar a voz. E a noite inteira vomitou ameaças e mentiras ao povo de Deus: "Assim que terminar a noite, será o fim de vocês, Israel. Amanhã vocês estarão derrubados. Vocês serão levados de volta à escravidão. E se tentarem resistir, nós os mataremos. O seu Deus não pode salvar. Vocês podem muito bem desistir agora". Você já ouviu essas vozes do outro lado das trevas? O inimigo de sua alma já ficou golpeando seu ouvido a noite toda com mentiras e ameaças? As tendas de Israel sacudiram com essas mentiras por toda a noite escura. Mas não importava o volume de som com o qual o inimigo os ameaçava. Um anjo estava a postos para protegê-los. E Deus havia feito uma promessa ao Seu povo. Ele já lhes havia dito que o traria a salvo. Eu Sei O Que É Ouvir Essas Vozes Ameaçando Há pouco viajei para o leste europeu, onde conduzimos trinta dias de conferências para ministros em vários países. Ao chegarmos ao nosso último encontro em Budapest, na Hungria, eu estava cansado. Assim que acabei de pregar aquela noite, o meu coração começou a ter palpitações. Subitamente, comecei a suar. Entendi que não conseguiria terminar de dirigir os trabalhos, e pedi ao meu filho Gary, para assumir. Ao descer do púlpito, ouvi uma voz buzinando no meu ouvido: "Você está morrendo, David. Você acabou de pregar o último sermão. Antes do fim do dia, o seu coração dará a batida final". Era uma voz vindo do outro lado da muralha negra. E estava cheia de mentiras, para produzirem medo em mim. Quando cheguei ao quarto do hotel, eu simplesmente não conseguia repousar. A voz continuava lá, ameaçando. Ela lembrava a mim outros ministros que eu conhecera, e que haviam morrido: "Eu derrubei aquele pastor amigo seu. E acabei com aquele evangelista que você conhece. Agora, o seu ministério também acabou". Aquilo sim, foi uma noite escura e de tormentas! As vozes do inferno vociferaram contra mim durantes horas. Finalmente, me ajoelhei e invoquei a Deus: "Senhor, o quê está acontecendo? Que tipo de coisa estou enfrentando? Me ajude - por favor". Então o Espírito Santo me cochichou: "David, você está sob ataque. Tudo porque você aborreceu o reino do diabo. Centenas de pastores foram renovados, e estão novamente em chamas. Me agradei do seu trabalho. Mas Satanás foi provocado e está zangado. Contudo, não tenha medo. Um poderoso anjo foi colocado entre você e o inimigo. Você não corre perigo. Apenas se aquiete e descanse em Mim". E então, no mês passado, eu vi novamente como Satanás fala do outro lado da muralha negra. A maioria dos leitores de minhas mensagens sabe que minha esposa Gwen sofreu várias operações de câncer durante anos. Ela também tem só um rim, pois o outro teve de ser removido. Toda vez que vamos a um novo médico, ele balança a cabeça impressionado com a longa história clínica de Gwen, e sua milagrosa sobrevivência. Recentemente, Gwen enfrentou uma infecção urinária. No consultório do urologista, o médico disse: "Estou com medo de prescrever remédios nesse caso, pois poderiam prejudicar o rim remanescente". Olhei para minha esposa, e vi lágrimas correndo dos olhos. E pude ouvir a voz dentro de sua cabeça naquela hora: "O seu único rim vai se complicar. É só uma questão de tempo até chegar outra infecção". Não! eu lembrei a mim mesmo. Como disse a Gwen mais tarde, "Querida, você tem um anjo entre você e o inimigo mentiroso. Deus é o responsável pelos seus anos. Não importa que batalha enfrente agora, Ele tem um plano para você. Você está no centro da vontade dEle, e na palma de Suas mãos. E Ele tem todo o poder para cuidar de você". Por Que Deus Permitiu que Israel Enfrentasse Uma Noite Inteira de Escuridão e TormentasQuando Poderia Ter Dito uma Simples Palavra e Acalmado os Elementos? Durante aquela longa noite no Egito, caiu um temporal. As escrituras dizem: "Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor, por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite..." (Êxodo 14:21). A palavra em hebraico para "vento" aqui quer dizer: "emanação ou exalação violenta". Em outras palavras, Deus exalou o Seu sopro a noite toda. As tendas de Israel devem ter tremido intensamente com as poderosas torrentes sendo sopradas por todo o acampamento. No momento em que escrevo isso, estamos vendo poderosos vendavais nos terríveis incêndios da Califórnia. Todos os dias, a mídia traz notícias de o quanto esses ventos imprevisíveis de Santa Ana têm espalhado os focos de chamas. E estas tempestades de ventos têm durado dias e até semanas. O prejuízo que têm produzido é incalculável. Esse é o tipo de força que deve ter soprado pelo acampamento de Israel. O vendaval que Deus produziu foi tão poderoso, que começou a separar as ondas do mar: "Um forte vento oriental...fez retirar o mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas" (14:21). Que tempestade deve ter sido. E como deve ter produzido temores em Israel. O vento terrível certamente piorou o medo deles, que já ouviam o inimigo chamando do outro lado da muralha negra: "Vocês já estão mortos. Se sobreviverem ao temporal, não sobreviverão a nós. Acabou. Vocês e seus filhos não sairão dessa". Eu lhe pergunto: o quê Deus tinha em mente aqui? Por que permitiria um vendaval tão terrível a noite toda? Por que Ele simplesmente não mandou Moisés tocar as águas com a manta, e separar as ondas de modo sobrenatural, como aconteceria mais tarde com Elias e Eliseu? Qual seria a possível razão de Deus permitir que uma noite terrível destas ocorresse? Há apenas uma única razão: o Senhor estava fazendo adoradores. Deus estava agindo o tempo todo, usando a terrível tempestade para formar um caminho visando tirar o Seu povo da crise. Porém, os israelitas não conseguiam enxergar isso na hora. Muitos se escondiam nas tendas, tremendo de medo e bravos com Deus. Mas os que saíram testemunharam um glorioso show de luzes. Eles também contemplaram a gloriosa imagem de ondas se acumulando, poderosas montanhas de água se elevando para formar um caminho seco através do mar. Quando o povo viu isso, deve ter gritado, "Veja, Deus usou o vento para abrir caminho para nós. Louvado seja o Senhor!". Eu creio que a luz sobrenatural produzida por aquela nuvem é um quadro da palavra de Deus. Nós podemos estar nos escondendo em meio à uma noite escura e turbulenta, questionando Deus. Mas Ele concede uma luz para que vejamos que Ele está abrindo um caminho diante de nós. Na verdade, a própria tempestade que está nos amedrontando é o caminho de Deus para formar um trajeto claro de libertação. E Ele usará este caminho para nos tirar da tempestade. Mas para vermos isso, temos de chegar à luz da Sua palavra, para nos maravilharmos diante dos Seus atos de libertação. Foi Lá, em Terra Seca no Meio do Que Deus Buscou Tornar o Seu Povo em Adoradores Mar Vermelho, Com a chegada da manhã, todo o acampamento viu a maravilha que a tempestade havia produzido: águas poderosas se acumulando alto de cada lado. E diante deles havia um caminho de terra seca, atravessando reto o mar Vermelho. Agora o Senhor ordena que marchem por essa rota seca, bem em meio ao mar. Você pode pensar: "Não precisava de muita fé para Israel obedecer. Afinal de contas, eles estavam em terra seca". Mas imagine ver aquelas altas muralhas de água; devia haver uma pressão do tipo foz do Iguaçu por trás delas. A pergunta agora era: as paredes de água vão agüentar? O povo provavelmente ficou pensando: "Senhor, Tu respondeste nossas preces até esse ponto; nos guiastes com segurança até agora. Mas ainda há perigo à frente. O Senhor vai nos guardar?". Nesse ponto, Deus queria que o povo visse que Ele tinha um plano em mente o tempo todo. Primeiro, queria que eles reconhecessem que Ele havia sido Deus para eles ao longo de todo o caminho. Queria que soubessem que jamais iria falhar com eles, que Ele possuía o mundo inteiro (incluindo seus inimigos) em Suas mãos todo-poderosas. Essas pessoas já haviam experimentado de Suas bênçãos. Haviam visto Suas promessas sendo cumpridas à cada uma das fases. Agora aqui estava o maior teste de todos. À frente deles estava o trajeto que os levaria à segurança. Nesse momento crucial, Deus queria que o povo olhasse àquelas paredes e cresse que Ele iria segurar as águas até que chegassem salvos ao outro lado. Em termos simples: Deus queria para o Seu povo uma fé que declarasse: "Aquele que iniciou esse milagre para nós o terminará. Ele já nos provou que é fiel... Olhando para trás, vemos que todos os nossos temores eram infundados. Não devíamos ter tido medo quando vimos os egípcios chegando; Deus pôs uma muralha sobrenatural de trevas para nos proteger deles. E não deveríamos ter tido medo de suas ameaças durante a noite; o tempo todo, Deus nos forneceu uma luz iluminadora, enquanto nossos inimigos ficaram cegos com a escuridão. Nós também desperdiçamos temores com aqueles ventos tenebrosos, estando Deus usando-os para abrir uma rota de fuga para nós... Vemos agora que Deus deseja apenas nos fazer o bem. Temos visto do Seu poder e glória em nosso favor. E agora estamos resolvidos a não mais viver com medo. Não importa para nós se as muralhas de água desabem. Vivamos ou morramos, somos do Senhor - e o tempo todo estamos nas Suas mãos. Então, que cheguem ondas à vontade; tal como o nosso pai Abraão, aguardamos uma cidade cujo arquiteto e edificador é Deus". Havia uma razão pela qual Deus queria esse tipo de fé para Israel àquela altura. Eles estavam prestes a enfrentar uma jornada através do deserto. Suportariam privações, perigo e sofrimento. Então disse: "Quero que o Meu povo saiba que lhes farei unicamente o bem. Não quero que tenham medo de morrer toda vez que enfrentarem o perigo. Quero pessoas que não tenham medo da morte, por saberem que sou digno de confiança em todas as coisas". Não haveria um instante em que Deus deixaria aquelas muralhas de água caírem. E Ele queria a confiança das pessoas agora, deste lado do mar. Desse jeito, quando chegassem salvos no outro lado, seria no Seu repouso. Ele queria adoradores de verdade, pessoas que O pudessem louvar o tempo todo, em qualquer situação. Veja, um verdadeiro adorador não é alguém que dança depois da vitória; não é a pessoa que canta os louvores de Deus após o inimigo ter sido vencido. Isso foi o que os israelitas fizeram; assim que chegaram ao outro lado, cantaram e dançaram, louvaram a Deus e exaltaram Sua grandeza. Contudo, três dias depois, esse mesmo povo murmurava amargamente contra o Senhor, em Mara. Não eram adoradores - mas vazios fazedores de barulho. Mostram que não haviam descoberto a natureza amorosa do Pai nas horas de dificuldade; não haviam tido alcance do amor do Pai Todo-Poderoso em meio à tempestade. O verdadeiro adorador é aquele que aprendeu a confiar em Deus na tempestade. A adoração dessa pessoa não está apenas em suas palavras, mas em seu modo de vida. A sua alma está em repouso em todo tempo, pois sua confiança na fidelidade de Deus é inabalável; ela não está com medo do futuro, porque não tem mais medo de morrer. Gwen minha esposa, e eu vimos essa fé inabalável em nossa netinha, Tiffany. Junto ao leito em seus dias finais, observamos nela uma paz que excede todo o entendimento. Ela disse: "Vovô, quero ir para o lar celestial. Eu vi Jesus, e Ele disse que quer que eu esteja lá. Simplesmente não quero mais ficar aqui". A nossa Tiffany de doze anos tinha perdido todo o medo da morte e da privação. Esse é o repouso que Deus quer para o Seu povo. É uma confiança que diz, como Paulo, e como Tiffany: "Vivendo ou morrendo, sou do Senhor". É isso que faz um verdadeiro adorador. Oro para que todos os que leiam essa mensagem possam dizer em meio à suas tempestades: "Sim, a economia pode desmoronar. Sim, eu ainda posso estar enfrentando uma noite tempestuosa e negra. Mas Deus tem se provado fiel a mim. Não importa o quê aconteça, descansarei em Seu amor por mim". --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Guerra no (War in Heaven) Por 03 __________ Céu - 03 de novembro de 2003 David de novenbro "Houve peleja no céu" (Apocalipse 17:7). Atualmente ouvimos muita conversa a respeito de guerra contra o terrorismo. Ouvimos de uma guerra chamada jihad, de guerra na Palestina, ameaças de guerra na Coréia do Norte. Nunca na história houve um período de tantas guerras assim por toda a terra.E tais conflitos são enormemente divulgados, por causa da comunicação instantânea que temos agora. Quase imediatamente, recebemos informes de explosões, emboscadas, número de mortos. Estou convencido de que estas são as guerras e os rumores dos quais Jesus falou. E exatamente como Jesus profetizou, o coração das pessoas não está agüentando o medo. As guerras que estamos vendo estão causando pavor por toda a terra. Contudo tais guerras são todas escaramuças e conflitos menores; são sintomas de uma guerra muito maior. Entenda, há na realidade apenas uma guerra se travando - e essa guerra que está acima de todas as demais, está tendo lugar no céu. É uma guerra entre Deus e o diabo. Wilkerson 2003 Essa peleja foi declarada há séculos e séculos atrás. Apocalipse diz: "Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos" (12:7). O dragão representa Satanás e todos os anjos caídos que ele enganou. Enquanto estava no céu, Lúcifer reuniu tais hordas de anjos para se levantarem contra Deus. Ele queria usurpar a autoridade de Deus e ocupar o Seu trono. Mas o diabo perdeu essa primeira batalha. "Todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles" (12:8). Deus disse a Satanás: "Não há mais lugar para você na minha presença". E Ele o lançou para fora do céu, junto com os anjos que haviam se rebelado com ele. Eles foram lançados a um mundo que a Bíblia diz era vazio e sem forma. Ora, Satanás já havia enganado os anjos que o seguiram; e quando Deus criou a humanidade, Satanás se determinou a enganá-la também. Se ele não podia ser Deus, se vingaria destruindo a semente de Deus; então iniciou essa guerra no jardim do Éden, contra os primeiríssimos homem e mulher. Satanás tentou Eva primeiro e depois Adão. E quando causou sua queda, parecia que havia conseguido uma grande vitória. O paraíso agora se tornara fechado para o homem. Satanás e suas hordas devem ter gozado de maldosa satisfação por essa vitória. E a batalha travada por eles foi uma declaração de guerra contra Deus e toda a Sua semente. Há ainda uma guerra acontecendo no céu. Mas Satanás não luta essa peleja a partir do céu, e nem do inferno. Não, Satanás caiu no vazio sem forma, do qual Deus criou a terra. E uma vez Deus tendo criado o homem para habitá-la, Satanás estabeleceu o seu assento de poder lá. As escrituras deixam tudo isso muito claro: "Nem mais se achou no céu o lugar deles" (12:8). "O dragão se viu atirado para a terra" (12:13). "Ai da terra e do mar, pois o diabo cresceu até vós, cheio de grande cólera" (12:12). A Rebelião de Satanás Não Pegou Deus de Surpresa Ainda antes da fundação do mundo, Deus arquitetou um plano de guerra para derrotar o diabo. O Senhor iria criar o homem segundo a Sua imagem; e permitiria que o homem tivesse livre arbítrio. Assim sendo, o homem seria testado e provado. Em verdade, seria colocado bem no meio de um campo de guerra, bem junto à estrutura de poder de Satanás. O homem caiu naquele primeiro teste, na batalha que Satanás venceu no Éden. E desse momento em diante, o diabo continuou a enganar o homem. Durante o tempo de Noé, Satanás conseguiu enganar o mundo todo. De toda a população da terra, só oito almas foram salvas. Isso prosseguiu durante séculos, com Satanás enganando nações inteiras. Ele manteve poder sobre o Egito antigo, sobre Sodoma e Gomorra, e por algum tempo, até sobre o povo escolhido por Deus, Israel. Em verdade, é desencorajador ler a história de Israel nessa guerra entre Deus e Satanás. No primeiro momento que Deus colocou a Sua mão sobre Israel, o diabo reconheceu isso. O Senhor realizou obras sobrenaturais para o Seu povo, libertou-o com milagres, deu lhe grandes revelações do Seu amor. Contudo, por quarenta anos após o Êxodo Satanás incitou a rebelião, a idolatria e a sensualidade em Israel. Ele trouxe para o seu meio prostitutas, homossexuais, profetas possuídos por demônios. Finalmente, quando chegou a hora de se entrar na Terra Prometida, só dois israelitas que haviam saído do Egito escaparam do engano, Josué e Calebe. Mais uma vez, Satanás deve ter curtido maligno prazer. Parecia que todas as batalhas aconteciam do jeito dele; e continuou tendo vitórias através de enganações insufladas por demônios. Ele possuiu todos os países em torno de Israel: os babilônios, os filisteus, moabitas, hititas, cananeus e os reinos do norte. Finalmente, Satanás lançou o seu olhar sobre os filhos de Israel que haviam sobrevivido. Esses israelitas tinham entrado em Canaã com Josué depois que seus pais morreram no deserto. Parecia o raiar de um novo dia para o povo de Deus. Mas Satanás foi atrás dessa geração através de enganos ainda maiores. Ele trouxe a idolatria, a fornicação e falsos profetas; introduziu a adoração demoníaca de Baal, Astaroth e Molech. As escrituras apresentam essa geração continuamente adorando ídolos "nos lugares altos". E continuamente rejeitando o Santo de Israel. Acho esse capítulo da história de Israel totalmente frustrante. Pense bem nisso: esse povo havia assistido seus pais morrendo sob condenação no deserto; tinham visto pais e avós sucumbindo a mortes terríveis. Na verdade por quarenta anos, essa geração mais jovem tinha ido de um funeral a outro, enterrando os mais velhos a torto e a direito. Porém, mesmo depois de testemunharem todas estas coisas, eles ainda se voltavam para a adoração demoníaca de ídolos. Nos séculos seguintes, Satanás gozou de vitória após outra sobre a semente de Deus. Ele possuiu os reis de Israel de Acabe até Jeroboão e Manassés - homens ímpios que derramaram sangue inocente livremente. Por fim, o último capítulo de Juízes revela até que ponto o povo de Deus caiu. Os últimos capítulos de Juízes é o relato horrível e doloroso de como uma turba enlouquecida de homossexuais sodomizou a concubina de um sacerdote, e a deixou semimorta. Quando o sacerdote a encontrou, decapitou o cadáver e enviou pedaços do corpo às doze tribos de Israel. O incidente termina em guerra civil no povo de Deus, em relação aos direitos homossexuais. Milhares de israelitas são mortos. O livro de Juízes termina com essas palavras terríveis, de arrepiar: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto" (Juízes 21:25). Digo-lhe o seguinte: esse é o desígnio de Satanás para todas as gerações. Ele conseguiu com sucesso derrubar toda adoração verdadeira em Israel. Ao final de Juízes, homens mulheres e crianças faziam o quê bem queriam. E isso é exatamente o quê Satanás está alcançando nesse momento, em nossa geração. Ele está tentando tornar proscrita a Bíblia, ou seja, suprimi-la através da lei, fazendo-a parecer totalmente irrelevante. Todo mundo é encorajado a interpretar a palavra de Deus à sua própria maneira. Trata-se de uma enganação trazida diretamente do inferno. A verdade é a seguinte: havia um rei em Israel no fim do livro de Juízes. Esse rei era Satanás. Ele governava não só o mundo pagão, mas também a nação escolhida por Deus. A essa altura, o diabo parecia ter vencido a batalha inteiramente. Ele e os seus demônios pareciam invisíveis em sua peleja contra o céu. Deus Foi Pois Tinha Um Plano de Conquista Completa Paciente, O Senhor não ficou preocupado com as vitórias de Satanás. Sim, Ele se entristeceu com a contínua degradação do Seu povo para o pecado e a morte. Mas Deus já tinha um plano de guerra em ação. Finalmente, na "plenitude dos tempos", Deus enviou o Seu Filho ao campo de batalha. Cá estava Deus encarnado, entrando pessoalmente no campo de batalha. O Senhor estava afirmando: "A batalha agora mudou. Eu estou assumindo o comando. Satanás não prevalecerá mais. Isto é o começo do fim da guerra no céu. E a vitória é minha". Deus então deixou o diabo informado, afirmando, "Levantarei um exército; e o meu Filho será o capitão deste exército. Ele terá uma igreja feita de uma noiva sem pecado, inculpável, imaculada e santa. E esta igreja será edificada sobre um alicerce: Jesus Cristo, o Filho de Deus". Quando ocorreu o nascimento de Jesus em Belém, isto enviou estremecimento por todo o acampamento de Satanás. Todos os demônios gritaram: "É o filho de Deus! Ele vai tirar todo o nosso poder e domínio; e governará e reinará como rei. Não conseguimos derrotar Deus no céu - como vamos vencer essa peleja contra o Seu Filho? Temos de matá-lo no berço". Oh, o quanto os emissários do diabo tentaram destruir Cristo criança. As escrituras dizem que toda criança do sexo masculino abaixo de certa idade por toda aquela região foi morta, tudo na tentativa de se matar Jesus. Mas essa era uma batalha que Satanás não poderia vencer. Deus iria prevalecer. No tempo escolhido por Ele, Deus plantou uma cruz bem no meio do campo de batalha. E sobre essa cruz Ele pôs Seu Filho. O sangue de Cristo caiu e se derramou sobre o campo de batalha. E gota a gota, ele iniciou um dilúvio poderoso e purificador, poderoso para lavar os pecados de toda a humanidade. Naquela hora, Jesus soltou um grito que trovejou por toda a criação: "Está consumado". Quando Satanás e seus demônios ouviram isso, eles tremeram e se agitaram; conscientizaram-se de que estava tudo acabado. Devem ter guinchado: "É o nosso fim! O Filho de Deus nos esmagou; nos expôs publicamente ao desprezo; roubou todo o poder que tínhamos sobre as pessoas. Não podemos mais ter ninguém que esteja sob o Seu sangue". Três dias mais tarde,outro grito poderoso foi ouvido: "Cristo ressuscitou!". Foi o momento mais negro da vida de Satanás. Em um instante, a guerra subitamente virou. Apocalipse descreve isso assim: "Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram" (Ap. 12:10-11). Qual foi o poder que Satanás perdeu naquele instante? Foi a habilitação para acusar qualquer pessoa que havia sido purificada pelo sangue de Jesus. O diabo não poderia mais prender um crente nas correntes da culpa, do medo ou da condenação. Foi lhe roubado todo o poder de enganar ou destruir os que vivem pela fé no sacrifício de Cristo. Ele deixou de ter domínio sobre todo aquele que confia em Jesus. Deus estava fazendo uma declaração legal a todos os que creriam em Seu Filho: "Você foi liberto. O poder do diabo não pode lhe prender se você confia no poder do sangue de Jesus Cristo. Inexiste poder sob os céus que possa lhe derrubar". Há Agora Dois Reinos Primeiro, havia o reino de Deus e de Seu Filho, Cristo. E segundo, havia o reino de Satanás e seus anjos caídos. Um reino era o reino da luz, o outro um reino de trevas. Já vimos como o diabo tentou roubar o reino dos céus ao longo da história; ele conseguiu vitórias durante os dias de Noé, durante os anos de Israel no deserto, e no tempo de Juízes. Mas Cristo prevaleceu sobre tudo isso. É aqui que voltamos para Apocalipse 12:12: "Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta". Esse "pouco tempo" se iniciou no Calvário. Desde então, Satanás tem ficado cada vez mais exasperado; e cada vez mais irado com a aproximação do seu julgamento. Alguns versículos adiante, uma mulher é mencionada: "A serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio" (12:15). Eu creio que essa mulher seja a noiva de Cristo, o remanescente vencedor. As escrituras dizem que este remanescente será constituído de uma poderosa hoste, cujos integrantes nenhum ser humano conseguirá contar. Incluirá todas as pessoas ao longo da história que tornaram Jesus seu Senhor. A seguir lemos: "Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (12:17). Sim, Satanás está enfurecido com todo crente. Mas se ousar tocar-nos, estará tocando a menina dos olhos de Deus. O quê vemos acontecendo no mundo bem agora é um esforço de última trincheira para destruir a noiva de Cristo. O diabo lançou um grito de tudo ou nada. E está liberando todo seu arsenal para tentar derrubar o eleito de Deus. As Escrituras Chamam o Ataque Uma Enchente Como Rio, Arrojada de Sua Boca de Satanás de: Essa enchente, é uma inundação de iniqüidade. E Satanás a leva contra a mulher, para tentar afastá-la da proteção do sangue de Cristo. Jesus preveniu que nos últimos dias a iniqüidade iria abundar. E por causa dessa inundação de iniqüidade, o amor de muitos crentes se esfriaria (v. Mateus 24:12). Vejo Satanás em seu centro de comando, latindo ordens: "Tomem conta da mídia! Encham a mente dos ímpios de luxúria. Façam com que seus desejos carnais os levem à pornografia. Depois enviem estes homens para molestar crianças". O resultado é uma rajada de impiedade que o mundo jamais viu. Mas especialmente dolorosa é a carnificina perpetrada contra crianças. Veja: . Filmes violentos têm entorpecido a mente de muitos cristãos que gostam deles. E agora atos sexuais nos filmes têm trazido perversão além do que se poderia crer. O nosso ministério recebe relatos sobre alunos do primeiro grau de só seis ou sete anos, que tentaram estuprar garotinhas de sua idade ou menos. Quando perguntados o porquê disso, responderam: "Vi isso num vídeo do papai e da mamãe". . Há agora mais de 300.000 sites pornográficos na Internet. Esses sites contêm as imagens mais vis e depravadas que a humanidade já viu. O pior é que criancinhas estão entrando neles até por acaso. Suas delicadas mentes estão sendo expostas a imagens que as prejudicarão durante anos. . Casamentos homossexuais estão prestes a se tornarem lugarcomum. Alguns jornais já mostram casais gays nas páginas de casamentos. Agora um número crescente de escolas de primeiro grau está se preparando para ministrar no currículo "Como viver o estilo de vida homossexual". Criancinhas estão prestes a serem doutrinadas dentro das especificidades da vida homossexual. . A militância homossexual tem forçado caminho, atingindo as camadas mais altas da igreja. A denominação Episcopal recentemente ordenou um homossexual confesso, como bispo. Quando a cerimônia acabou, o novo bispo se virou e segurou a mão do namorado. Satanás tem trazido o engano do homossexualismo cada vez mais para dentro da igreja, e as crianças mais uma vez são as vítimas. Mais e mais padres homossexuais estão sendo descobertos, e condenados por molestarem crianças sob seus cuidados. . O mundo da moda deixou de ser apenas malicioso, como também começou a exibir nudez. É uma tentativa de chocar,feita por uma indústria que se deu à sensualidade desavergonhada. Mas Satanás pretende que ela influencie o povo de Deus, especialmente os jovens crentes. Essa sutil tendência demoníaca objetiva o desgaste da resistência ao sensualismo. . Há um ressurgimento à bebedeira desenfreada entre os adolescentes. Até mesmo o Wheaton College, uma faculdade que durante décadas foi um padrão de santidade, agora permite o álcool. A razão? Querem atrair professores mais eruditos - quer dizer, que bebem. Mais faculdades cristãs claro que vão seguir o exemplo. Toda uma geração de jovens crentes vai sofrer, sendo incitados a uma iniqüidade que de outro modo não buscariam. Veja estes outros exemplos recentes do ataque final de Satanás: . A um astro de cinema que concorre ao cargo de governador da Califórnia, foi dito que venceria simplesmente se descobrissem algum tipo de escândalo lhe envolvendo. Foi lhe dito que ter um caso extraconjugal faria dele um herói aos olhos das pessoas; e aumentaria sua popularidade, ganhando mais votos. . Uma enchente de leis está sendo produzida num esforço final para remover para sempre o nome de Deus, da sociedade. Dois senadores americanos lançaram esse projeto de lei. Essa lei impediria o mandado de todo juiz que creia em Deus ou tenha qualquer tipo de fé. Você provavelmente leu sobre a famosa determinação de um juiz dos EUA. Ele ordenou a remoção de um entalhe em granito dos Dez Mandamentos das dependências de um edifício público no estado de Alabama. Enquanto isso, fez seus despachos de um prédio federal que tem uma estátua de Zeus na entrada. No começo eu achava que estas coisas feriam profundamente o coração de Deus. Mas agora creio que o Senhor ri desses insignificantes esforços do homem. Por que? Porque Deus está agindo no meio de milhões de jovens, escrevendo Sua lei em seus corações. E nenhum juiz da terra pode removê-la deles. Se Parece Espere Um Pouco a Você Que o Diabo Está Ganhando, Quero lhe mostrar o quê ainda vai acontecer nessa peleja no céu entre Cristo e Satanás. A Bíblia afirma: "O Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completando-a e abreviando-a" (Romanos 9:28). Deus está dizendo: "Vou acabar essa guerra breve. Farei um trabalho rápido". Você pode se perguntar: "Então, o quê Deus está esperando? Por que não agiu ainda? Está claro que chegamos a um ponto crítico. Cadê a poderosa mão de Deus?". Tiago nos dá a resposta: "Sede, pois, irmãos ,pacientes, até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas" (Tiago 5:7). Resumindo: Jesus está pacientemente esperando por almas. Ele está aguardando que a ultimíssima colheita seja recolhida. A maioria dos estudiosos bíblicos acha que "as primeiras chuvas" (ou "chuva temporã") às quais Tiago se refere seja o Pentecostes. Quanto às últimas chuvas (ou "chuva serôdia"), eu creio que as estamos vendo agora mesmo. O quê melhor descreve as últimas chuvas de Deus do que a florescente igreja subterrânea de milhões de pessoas na China Comunista? Esse corpo de crentes cresceu milagrosamente em poucas e rápidas décadas. Nos anos que cercaram a Segunda Guerra Mundial, quando os últimos missionários deixaram a China, a igreja lá era um movimento pequenino e agonizante. Então, unicamente pelo Espírito de Deus, de algum modo ela explodiu a partir de um punhado de bolsões isolados - se transformando numa obra poderosa da qual o mundo nunca soube. E a queda da Cortina de Ferro? Ninguém esperava ver o Comunismo acabar durante o nosso tempo de vida. No entanto, Deus produziu isso da noite para o dia. Exatamente no dia em que escrevo essa mensagem, o jornal New York Times informa que o governo da Rússia está agora se pronunciando contra o aborto em termos morais. Até países islâmicos linha-dura estão vendo estas últimas chuvas do evangelho. Satélites agora irradiam as boas novas sobre países muçulmanos através de mensagens do rádio e da TV. Quando um evangelista pregou no Paquistão o ano passado, mais de 50.000 pessoas assistiram. Sim, as últimas chuvas chegaram. O mundo todo está sendo cheio das boas novas de Jesus Cristo. Então, quando podemos esperar que o Senhor aja? O próprio Jesus nos diz: "Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados" (Mateus 24:22). Ele está dizendo: "Ninguém sabe o dia ou a hora da minha volta. Mas eu vou adiantar isso". Veja outra vez a afirmação de Paulo: "O Senhor executará a sua palavra sobre a terra" (Rom. 9:28). A raiz grega para "executará" aqui quer dizer "golpeará rápido". Deus está dizendo: "Será rápido. Vou esperar pacientemente que a colheita acabe; mas aí me moverei com rapidez para julgamento". De repente, da noite para o dia, testemunharemos julgamentos que nunca vimos antes. Irá acontecer numa hora em que densas trevas tiverem coberto a terra... quando ao islamismo for concedido grande poder e autoridade...quando o anticristo tiver se levantado para proferir grandes blasfêmias...quando parecer que Satanás sobrepujou tudo que é santo e justo...quando escarnecedores zombarem quanto ao dia da volta do Senhor ...quando a obsessão pelo prazer atingir o ápice, e os pecados do mundo elevarem-se aos céus. É nesse momento que ouviremos o Leão de Judá rugindo. Em apenas um momento, ele acabará com a guerra. Ele vai declarar: "Chega. Chega de desculpas para o pecado". João previu o dia quando o Senhor virá cabalmente executar sua obra na terra. Ele o descreve assim: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo. Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama Verbo de Deus; e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-poderoso. Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" (Apocalipse 19:11-16). Aqui em Nova York, as pessoas muitas vezes perguntam: "Onde você estava no 11 de setembro?". Ou, "Onde você estava quando acabou a luz, no grande apagão?". A minha pergunta para você é: "Onde você estará quando Jesus vier? Qual será a situação do seu coração quando o Rei dos reis executar Sua cabal obra de julgamento? O quê você estará fazendo quando Ele vier acabar a guerra?". Possamos todos nós ser achados sob o Seu precioso sangue, ocultos na fenda da Rocha. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 01 __________ Reivindicando o Poder Que Está em Cristo - 01 de setembro de 2003 (Claiming the Power That is in Christ) David de setembro de Ao passar as Suas últimas horas com os discípulos, Jesus lhes diz: "Em verdade, em verdade vos digo, se pedirdes alguma cousa ao Pai, ele vola concederá em meu nome" (João 16:23). E então acrescenta: "Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa" (16:24). Que declaração incrível. A cena se desenvolve e Cristo avisa Seus seguidores de que está partindo, e que não os veria por um curto tempo. Ainda assim, no mesmo esforço de voz lhes assegura que tinham acesso à toda bênção dos céus. Tudo que teriam de fazer era pedir em Seu nome. Ora, a maioria dos comentadores bíblicos diz que tal promessa não se aplicava aos discípulos ainda. Sustentam que os discípulos não podiam pedir nada no nome de Cristo enquanto Ele não deixasse a terra, e fosse estar na presença do Pai. Mas as escrituras sugerem diferente. O exemplo mais claro é o do desconhecido que operou obras poderosas no nome de Jesus. Os discípulos tentaram parar esse homem porque ele não era do seu círculo. João comunica a Jesus: "Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco" (Marcos 9:38). Como Jesus respondeu a isso? "Jesus respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós" (9:39-40). Cristo reconheceu o homem como sendo "comigo, do nosso lado". Wilkerson 2003 Tal pessoa não era do círculo íntimo de Jesus, contudo mesmo assim era capaz de realizar milagres em nome do Senhor. Ao fazê-lo, declarava que todo o poder estava no nome de Cristo. Que coisa impressionante. Esse homem não gozava de intimidade pessoal com Jesus, como os doze. E nem tinha as grandes revelações que os discípulos tinham. Ele provavelmente era apenas um dentre as multidões a quem Jesus ensinou do alto dos montes, ou junto ao mar. Mas tal homem obviamente era um apaixonado por Jesus. Por que? Porque se apropriou das promessas de Cristo, e agiu sobre elas. E milagres aconteceram. Ele também deveria ser um homem de oração e jejum. Afinal de contas, Jesus apontou que os demônios são expelidos só com oração e jejum. Nesse aspecto, esse homem desconhecido se põe em total contraste com os discípulos de Jesus. Os doze haviam aprendido pessoalmente com Jesus a bater (à porta), buscar, pedir as coisas de Deus. Aprenderam em primeira mão que todas as bênçãos do Pai - toda a graça, o poder e a força - são encontradas em Jesus. E tinham ouvido Jesus dizendo às multidões: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei" (João 14:12-14). Cá estava pelo menos um homem que seguiu as palavras de Jesus. Ele reivindicou a promessa de Jesus, e a sua fé foi honrada por Deus. Ele tinha a expectativa de o Senhor realizar milagres através dele, tudo em nome de Jesus Cristo. É por isso que Jesus agora diz a João e aos outros: "Até agora, vocês nada pediram em Meu nome. Então, peçam e receberão. E a sua alegria será completa" (v. 16:24). Ele estava dizendo: "Peçam já. Não fiquem esperando chegar uma outra hora. E não tentem esclarecer isso teologicamente. Entendam: o Meu nome tem poder sobre o diabo. E vocês têm esse poder, porque estão em Mim. Peçam, e o Pai o fará". Em Face de Todo o Poder e de Todos os Recursos Que Temos em Cristo, a Maioria dos Crentes Não Tem Pedido Quase Nada em Seu Nome As palavras de Cristo aos discípulos me convencem: "Nada tendes pedido em meu nome" (João 16:24). Quando leio isso, ouço o Senhor cochichando: "David, você não tem reivindicado o poder que lhe deixei disponível. Você simplesmente precisa pedir em Meu nome". Cá está o que creio entristeça mais o coração de Deus do que todos os pecados da carne juntos. O nosso Senhor é afligido pela crescente falta de fé em Suas promessas...pelas dúvidas cada vez maiores quanto a se Ele responde as orações ou não...e por um povo que reivindica cada vez menos o poder que está em Cristo. O mundo jamais conheceu uma época mais necessitada. Contudo há menos petições do que nunca em nome de Jesus. Com o passar do tempo, os cristãos estão pedindo cada vez menos do Senhor. Estão com medo de darem um passo à frente, geralmente devido à incredulidade. Por isso pedem pouco ou nada em Seu nome. Devo fazer a minha própria confissão. Tal como os discípulos, eu oro, jejuo, desfruto de intimidade com Cristo. Amo devorar a palavra de Deus, e me agarrar a Ele em oração. Mas me pergunto: qual o significado dessas coisas, se não produzirem fé em meu sublime Senhor? Eu me maravilho diante da majestade, da glória e do poder de Deus. Mas será que ajo em cima disso? Tenho íntima comunhão com o Senhor. Mas será que o meu tempo com Ele me fortalece da autoridade divina, me deixa ávido por reivindicar todo o poder em Seu nome? É impressionante o quão fielmente a igreja se refere ao nome de Cristo. Nós o louvamos, o bendizemos, cantamos do "poder que opera maravilhas no bendito nome do Senhor". Tememos esse nome, nos glorificamos nele, gostamos de ouvi-lo citado. Mas não nos apropriamos do poder que está em Seu nome. Não o reivindicamos, nem agimos a partir dele. E por que não? Por que todo crente não impõe as mãos sobre os doentes e reivindica o poder curador que está no nome de Cristo? Por que não intercedemos em Seu nome pelo despertamento espiritual de nossos filhos, familiares, amigos? Por que Satanás recebe tão pouca oposição de nós? Será que alguma vez foi da vontade de Deus permitir que o inimigo destruísse nossos lares e casamentos? A Bíblia diz que nestes últimos tempos, o diabo cairá sobre a humanidade "cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta" (Apocalipse 12:12). A minha pergunta é: esse diabo furioso encontrará uma igreja passiva, manquitolando? Será que encontrará um povo fiel que exalta o nome de Cristo, mas que não resiste ao inimigo pelo poder que está nesse nome? Encontrará ele um povo de Deus que desistirá facilmente, dizendo: "Cheguei ao máximo que eu podia chegar. Agora sou obrigado a ficar assim até que o Senhor volte"? Não, nunca! Não temos de aceitar o que o diabo está dando. Não temos de ceder a seus ataques, ter medo dele, ou temer o futuro. Nas últimas semanas tenho fervido por dentro com ira santa contra Satanás e os seus poderes. A leitura das palavras de Jesus incendiaram a minha alma me fazendo levantar e dizer: "Chega, diabo. Vou contra você com todo o poder em nome de Jesus. Estou lhe avisando. Você pode convocar as hordas do inferno, porque vou resistir a cada um de seus ataques. E a palavra de Deus diz que você fugirá". Satanás pode tentar trazer um dilúvio de aflições para dentro da minha vida. Ele pode atacar a minha família e os meus queridos. Mas cada dilúvio demoníaco será enfrentado por uma liberação do poder de Cristo. O inimigo pode mandar demônio atrás de demônio. Mas cada um deles se chocará contra a inabalável parede que é o todo-poderoso nome de Jesus Cristo. Temos de Remover Todos os Limites Que Colocamos em Deus Isso é ilustrado de maneira muito vívida em Atos 3. No versículo 1, Pedro e João iam para o templo orar. Isso era seu hábito diário. E todos os dias, eles passavam por um homem que se assentava à porta do templo mendigando. O homem era coxo de nascença. Mas esse dia seria diferente de todos os outros. Desta vez, quando os apóstolos viram o mendigo, uma raiva santa caiu sobre eles. Eles viram que Satanás permanecia sem ser desafiado na vida daquele homem por muito tempo. Estava na hora de homens de Deus cheios do Espírito se apropriarem do poder em nome de Cristo. "Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós...Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou" (Atos 3: 4,6). Pedro estava dizendo: "Possuímos algo muito melhor do que todo ouro e toda prata do mundo. O que nós temos é muito maior do que todos os médicos e remédios da terra. Estou falando do poder que está no nome de Jesus Cristo. Nós o temos, e o damos a você". E assim, Pedro diz: "Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou...de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus" (3: 6-8). A multidão vendo isso ficou assombrada. Perguntaram aos apóstolos o que estava acontecendo. Pedro explicou: "Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós" (3:16). Pedro estava basicamente dizendo: "Vocês conhecem esse homem há anos, e sabem que ele nasceu coxo. E agora querem saber como ele é capaz de pular e dançar. É por causa do nome de Jesus Cristo. É pelo poder no nome de Cristo que este homem foi curado, e por nenhum outro nome". Note a expressão que Pedro usa para descrever o novo estado do homem: "saúde perfeita". Não importa o quanto a nossa luta pareça terrível ou desesperadora. Deus nos forneceu "saúde perfeita" em meio à ela. E essa saúde perfeita - concedida através do nome de Jesus Cristo - vai repelir todo dardo do inimigo. Quando os oficiais do templo ouviram o que tinha acontecido, prenderam Pedro e João. E no dia seguinte, levaram os discípulos a julgamento. O sumo sacerdote exige que respondam "com que poder ou em nome de quem fizestes isto?" (4:7). Mais uma vez Pedro declara: "Tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós" (4:10). Eu lhe pergunto: como esses homens simples e humildes foram capazes de falar com tanta ousadia, com tanta confiança? Foi porque Pedro e João haviam removido todos os limites em Deus. Eles estavam dizendo em essência: "Não vamos limitar o Santo de Israel em nenhuma situação". Eles pronunciaram fé prevalecente em relação à vida do aleijado. E nunca poderiam ter feito isso a menos que verdadeiramente cressem nas palavras de Jesus: "Se pedirdes alguma cousa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome" (João 16:23). Os discípulos sabiam que quando Jesus disse "alguma cousa" Ele estava tornando a promessa ilimitada. Cristo estava dizendo, "Todas as coisas que pedirem ao Pai em Meu nome, Ele lhes dará". Devemos seguir o exemplo de Pedro e de João. Nós também devemos crer que todas as coisas são possíveis. E devemos remover todos os limites que colocamos em Deus para operar em nossas vidas. Reivindicar o Poder no Nome Não é Uma Verdade Teológica Complicada e Oculta de Cristo Em minha biblioteca há livros escritos unicamente sobre o assunto do nome de Jesus. Os autores os escreveram para ajudar os crentes a entender as profundas implicações ocultas no nome de Cristo. Porém a maioria destes livros é tão "profunda", que não alcança a mente dos leitores. Acredito que a verdade a ser conhecida sobre o nome de Jesus é tão simples, que uma criança poderia entendê-la. É simplesmente essa: quando fazemos nossas petições em nome de Jesus, devemos estar plenamente persuadidos de que é como se o próprio Jesus estivesse pedindo ao Pai. Como pode ser isso? pergunta-se. Explico. Sabemos que o Pai amou o Filho. Ele falou com Jesus e O ensinou durante Seu tempo na terra. E Deus não somente ouviu como também respondeu todo pedido que Seu Filho fez. Jesus testifica isso, dizendo, "Ele sempre me ouve". Encurtando, o Pai nunca negou pedido algum ao Filho. Hoje, todos os que crêem em Jesus estão revestidos de Sua filiação (ao Pai). E o Pai celestial nos recebe tão intimamente quanto recebe o Seu próprio Filho. Por que? É por causa de nossa união espiritual com Cristo. Através de Sua crucificação e ressurreição, Jesus nos tornou um com o Pai. "A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós...eu neles, e tu em mim" (João 17:21,23). Simplificando, agora somos uma família - um com o Pai, e um com o Filho. Fomos adotados, com os plenos direitos de herança que todo filho possui. Isso quer dizer que todo o poder e todos os recursos do céu se tornaram disponíveis a nós, através de Cristo. E, porque estamos revestidos da filiação de Cristo - herdeiros com Ele, coparticipantes de Sua herança - sabemos que os nossos pedidos também são ouvidos pelo Pai. E Ele responde nossos pedidos, assim como respondeu aos do Filho. Que autoridade inacreditável nós recebemos na oração. Como, exatamente, usamos essa autoridade? Através do nome do próprio Cristo. Veja, quando pusemos a nossa fé em Jesus, Ele nos deu o Seu nome. O Seu sacrifício nos capacita a dizer: "Sou de Cristo, estou n'Ele, sou um com Ele". Então, surpreendentemente, Jesus recebeu o nosso nome. Como nosso sumo sacerdote, Ele o escreveu na palma da Sua mão. E então o nosso nome está registrado no céu, sob o Seu glorioso nome. Você pode ver porque a expressão "em nome de Jesus" não é apenas uma fórmula impessoal. Antes, é uma posição literal que temos com Jesus. E esta posição é reconhecida pelo Pai. Jesus nos diz: "Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus" (João 6:26-27). Eis porque Jesus nos ordena a orar em Seu nome. Ele está dizendo: "Toda vez que você pede em Meu nome, o seu pedido tem a mesma força e efeito com o Pai quanto se Eu estivesse pedindo". Em outras palavras, é como se a nossa oração estivesse sendo pronunciada pelo próprio Jesus diante do trono de Deus. Igualmente, quando impomos as mãos sobre os enfermos e oramos, Deus nos vê como se Jesus estivesse impondo as mãos sobre esses doentes para levá-los à cura. É por isso também que devemos ir ousadamente ao trono da graça: para receber. Devemos orar confiantemente: "Pai, estou diante de Ti, escolhido em Cristo para ir e dar fruto. Agora faço amplamente a minha petição, para que a minha alegria possa ser completa". Ouço Muitos Cristãos dizendo: "Eu Pedi em Nome de Jesus, Mas Minhas Orações Não Foram Respondidas" Esses crentes declaram: "Tentei clamar o poder em nome de Jesus. Mas isso simplesmente não funcionou para mim". Há muitas razões pelas quais não recebemos respostas à nossas orações. Podemos ter permitido algum pecado em nossa vida, algo que contamina a nossa união com Cristo. Isso se torna um bloqueio que detém o fluxo de bênçãos da parte dEle. E Ele não responderá nossas orações enquanto não abandonarmos o pecado. Ou, talvez o bloqueio seja devido à mornidão, ou a um coração dividido em relação às coisas de Deus. Talvez estejamos sendo sufocados pela dúvida, que corta a nossa ligação com o poder em Cristo. Tiago previne: "Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma cousa" (Tiago 1:6,7). Recebi uma carta há pouco de uma viúva cuja filha adolescente está afundada em pecado. Essa mãe diz que a filha foi no passado uma crente fiel, mas agora está presa às drogas e morando com o namorado. Por que essa queda terrível? O pai da garota teve câncer, e ela orou "Deus, não deixe meu pai morrer". Quando o pai faleceu, a menina fugiu o mais longe que podia do Senhor. Ela disse à mãe: "Dei uma chance a Deus. Eu orei com fé, em nome de Jesus. Mas Ele deixou papai morrer". Uma vez sentei-me ao lado de uma senhora em um avião, e ela estava em lágrimas. Disse-lhe que era ministro, e perguntei se eu podia ajudar. Ela respondeu, "Acabei de enterrar o meu pai. Ele era um homem tão bom, a pessoa mais amorosa que já conheci. Orei pedindo que Deus o deixasse viver. Me diga, como que um Deus amoroso pode deixar que um homem bom como o meu pai morra? Não quero falar sobre Deus de jeito nenhum". O nosso ministério recebe dezenas de cartas contendo histórias iguais à essa. Vez após outra, lemos palavras nesse sentido: "Orei com fé, crendo em Deus. Mas Ele não me ouviu. Esperei e esperei, mas Ele nunca respondeu. Não dá pra dizer que a oração funciona. Como posso render minha vida a Deus se Ele não responde minha oração?". Talvez você se identifique com esses sentimentos. Você pode olhar para o passado numa situação quando orou com determinação e fidelidade - talvez pela cura de um ente querido, ou por um problema pessoal. Mas não veio resposta alguma. Você concluiu: "Deus não responde as orações. Se Ele chegou a ouvir a minha prece, eu não fiquei sabendo - porque Ele não fez o que pedi". Talvez você não esteja bravo com Deus. Mas perdeu a confiança. Alguma coisa faz com que você não submeta o seu coração inteiramente a Ele. E assim parou de orar. Você não goza mais da plenitude das Suas bênçãos. Tiago deixa claro: "O que tem dúvida não recebe nada de Deus". A palavra que Tiago usa para "o que duvida" significa não resolvido. A verdade é que quando essas pessoas fazem suas petições, elas põem Deus sob julgamento. No coração elas dizem: "Senhor, se me responder, vou Lhe servir. Lhe darei tudo se o Senhor responder pelo menos essa oração. Mas se não responder, vou viver minha própria vida". Mas Deus não será subornado. Ele conhece os nossos corações, e sabe quando não estamos resolvidos em nosso comprometimento com o Seu Filho. Ele reserva o poder que está em Cristo para aqueles que se submeteram a Jesus inteiramente. João 14 contém duas promessas grandiosas. Na primeira, Jesus declara: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei" (João 14:12-14). Jesus deixa a coisa simples no último versículo: "Peça qualquer coisa em Meu nome, e Eu o farei para você". Dois versos adiante, Jesus promete: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros" (14:16-18). Aqui Cristo está dizendo: "Vos darei o Espírito da Verdade. E o poder dEle habitará em vós". Essas promessas de Jesus são incríveis. Mas veja o versículo que está entre elas: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (14:15). Por essa declaração aparece aqui? Cristo está nos dizendo: "Há uma questão de obediência conectada à estas promessas". Resumindo, ambas as promessas têm a ver com a guarda e a obediência à palavra de Deus. Elas foram dadas para serem cumpridas, com nada nos impedindo de reivindicar o poder que está em Cristo. Estou Convencido de Que Pedir Pouco ou Nada em Nome de Jesus É Uma Reprimenda a Ele Ano após ano, muitos cristãos buscam cada vez menos. No fim, se fixam na salvação de Cristo apenas. Não têm nenhuma expectativa senão a de chegar ao céu algum dia. Eu lhe pergunto: você chegou ao fim do seu Cristo? Você espera alguma coisa além de ser salvo pelo Seu poder e Sua graça? O seu Cristo acaba assim que Ele lhe fornece a capacidade para agüentar mais um dia? Ele acaba para você naquele momento de uma paz ou alegria ocasional, numa vida vivida na maior parte sob o assédio de Satanás? Todas estas passagens da palavra de Deus me convencem de que o "meu" Jesus não é maior do que os meus pedidos. E, tristemente, muitos crentes fazem Cristo parecer insignificante e sem poder devido à sua incredulidade. Amado, não quero que o meu Cristo seja limitado. Pelo contrário, desejo que todos os demônios do inferno saibam o quanto o meu Deus é grande pela grandeza dos meus pedidos. Eu quero mais daquilo que provém do meu Cristo. Quero que Ele seja maior do que nunca em minha vida. Eis a fé real: ela leva em conta todos os problemas e dores do povo de Deus por todo o mundo, toda situação de desespero, todas as viúvas, órfãos e idosos crentes que lutam pela sobrevivência. A fé coloca todas estas coisas tristes numa balança, e a observa descer. Mas aí a fé coloca Cristo no outro lado da balança. E se rejubila ao ver como Ele sobrepuja todos os pecados e aflições deste mundo. Deus jamais pretendeu deixar que o diabo conquistasse os nossos corações e lares. Antes, Ele pretende que façamos uma declaração alto e bom som. Devemos tomar a nossa posição em Cristo, e gritar: "Em nome de Jesus Cristo!". Está na hora de todo crente se levantar e declarar: "Chega de viver todo este tempo com medo. Em nome de Jesus Cristo não vou mais ter medo da morte, do homem ou do diabo. Quero que o mundo veja a insuperável magnificência do meu Cristo, pela grandeza dos meus pedidos. O meu Deus manda que eu peça abundantemente, e eu pedirei. Não há nada que seja difícil demais para Ele!". Eu insisto: apodere-se da palavra de Deus, e creia que Jesus fez estas promessas para você. Elas são as armas da sua guerra, armas que são poderosas através dEle. E se tornarão poderosas em suas mãos quando você se apropriar delas e as reivindicar. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 11 __________ Quem prolongará os Seus dias? - 11 de agosto de 2003 (Uma Mensagem Sobre a Purificação da Boca, dos Ouvidos e dos Olhos) (Who shall prolong His days?) David de agosto de Quando irrompeu o reavivamento em Jerusalém, um anjo falou com o apóstolo Filipe. Instruiu-o para que fosse para o deserto de Gaza, e lá Filipe encontrou um diplomata etíope assentado em seu carro. O homem estava lendo em voz alta o livro de Isaías. Então Filipe perguntou ao oficial: "Compreendes o que vens lendo?" (Atos 8:30). Aparentemente, o diplomata estava preso à uma passagem que lhe deixava confuso. A passagem era Isaías 53:9-11: "Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que Wilkerson 2003 nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito". Até a esta passagem, o diplomata deve ter ficado entusiasmado lendo a profecia de Isaías. Ela descrevia um homem no futuro que devoraria a morte, enxugaria toda a lágrima, e removeria a reprimenda contra o Seu povo. Ele tiraria as trevas dos cegos, libertaria os cativos das prisões, e livraria as pessoas da cova e dos calabouços. Finalmente, este homem iria remir para Si um povo, guiando-os por um caminho que lhes era desconhecido. E Ele seria uma aliança para essas pessoas, levando-as à fontes de águas vivas. Segundo Isaías, esse homem que viria teria o governo sobre Seus ombros. E estabeleceria um reino eterno, que nunca passaria. Os reis O reverenciariam, e príncipes se levantariam para adorá-Lo. Ele seria luz para os gentios, trazendo salvação para todos os cantos do mundo. E seria um Salvador eterno. Tente imaginar o entusiasmo do etíope ao ler estas coisas maravilhosas. Evidentemente, esse diplomata estava com fome de Deus, ou não estaria lendo as escrituras. E agora a profecia de Isaías revelava a vinda de um rei eterno. Com tantas revelações, o pensamento do diplomata deve ter se formado: "Quem é esse homem maravilhoso?". Porém, tinha ele acabado exatamente de ler sobre a glória e a grandeza desse homem que viria, quando tropeçou nas palavras de Isaías que o confundiram: "De sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes" (53:8). "Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada" (Atos 8:33). Por fim, o diplomata lê um verso que parecia contradizer essas coisas: "Verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos" (Isaías 53:10). Tudo isso era tão confuso. O etíope volta-se para Filipe e pergunta: "Como poderei entender, se alguém não me explicar?" (Atos 8:31). Eis o que lhe estava confundindo: "Como um morto pode ver seus filhos? E como pode prolongar seus dias na terra? Isaías diz que tal homem será eliminado, morto e sepultado. Como ele poderia ter sobre si a boa vontade do Senhor nessas condições? Como seria sua descendência declarada ao mundo?". Talvez ajude perguntarmos o que quer dizer a frase "Quem lhe poderá descrever a geração?". Em grego o sentido vem da raíz que significa "canalizar um ato". Em outras palavras: "Quem irá inteiramente dizer respeito (como parente) a este homem e a todos os Seus atos? Quem demonstrará amplamente ao mundo tudo a que Ele se refere? Quem manterá Sua lembrança viva?". Nesse ponto, Filipe começa a abrir os olhos do etíope. Primeiro, "Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus" (Atos 8:35). Filipe explica ao diplomata: "O homem sobre o qual você está lendo já veio. O Seu nome é Jesus de Nazaré, e Ele é o Messias". A seguir, Filipe explica Isaías 53:11: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito". Filipe diz ao diplomata basicamente: "O penoso trabalho de Cristo foi a Crucificação. É quando Ele foi cortado dentre os viventes e sepultado. Mas o Pai levantou-O dentre os mortos. E agora Ele está vivo em glória. Todo aquele que confessa o Seu nome e crê nEle se torna Seu filho. Na verdade, a posteridade de Cristo vive em todas as nações. É assim que a Sua vida é prolongada, através do Espírito Santo em Seus filhos. Agora você também pode ser um filho Seu". Que novas incríveis aos ouvidos do etíope. Não é de se admirar que tenha ficado ansioso para pular do carro e ser batizado. "Respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco" (Atos 8:37-38). A Questão Para Nós Como a Vida de Cristo é Prolongada em Nossa Geração? é: Tenho de perguntar a mim mesmo: "Como prolongo a vida de Cristo? A minha própria vida é uma expressão plena de quem Ele é? Sou eu verdadeiramente um canal através do qual a vida de Jesus é desenvolvida? Será que o meu andar revela que Ele está vivo e ativo hoje?". Para responder essas perguntas, devo também perguntar: eu levo a sério a profecia de Isaías 53? Posso eu honestamente dizer que sou semente, descendência de Cristo, e que Ele está satisfeito pelo que vê em mim? Quando falamos sobre prolongar a vida de Cristo, estamos nos referindo ao fluir de Sua vida em nós. Como manter esse fluxo, tal que o testemunho de Jesus possa se estender através de nós? Atente para Provérbios 4:23: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida". Prego com intensidade sobre a necessidade de se orar, jejuar e estudar as escrituras. Também pleiteio de Deus o favor de eu ter mais fome de buscá-Lo, de caminhar mais perto dEle, de uma maior paixão por Jesus. Mas Provérbios diz que temos de avaliar ítens ainda mais profundos do que estes. Esse versículo fala de questões do coração, de coisas ocultas e secretas que determinam o fluxo vital que emana de nós. Veja, mesmo se eu orar durante mais horas, se jejuar com mais freqüência, e ler a Bíblia com mais diligência, ainda assim posso estar contaminado na mente. Pode haver bloqueios em meu coração que impedem o fluir da vida de Cristo em mim. E posso chegar a ser tão impuro a ponto de travar toda essa vida, com exceção de um pequeno gotejamento. Então estarei impedido de prolongar a Sua vida, de declarar plenamente a Sua geração. Jesus nos diz claramente o que contamina uma pessoa: "Ouvi, e entendei: O que contamina o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca, isto sim é o que contamina o homem" (Mateus 15:10-11). O que são estas questões do coração? Quais são os caminhos que poluem primeiro o nosso homem interior, e a seguir todo o nosso ser? A Bíblia aponta para três questões: uma boca impura, ouvidos impuros e olhos impuros. Como servos do Senhor, não podemos permitir que algo prejudique o fluir da vida de Cristo em nós. Se sou a Sua linhagem, a Sua semente - escolhido para proclamar a Sua geração, para canalizar a Sua vida ressurrecta através do meu caminhar - então tenho de governar o meu coração e as minhas ações pela Sua palavra. E se alguma parte do meu homem interior for contaminada - a minha boca, os meus ouvidos ou olhos então a minha vida exterior e o meu testemunho serão prejudicados. 1. Uma Boca Impura Mais uma vez, voltamos a Isaías 53 para um retrato de quem Jesus é, e daquilo que se relaciona com Ele. Esse capítulo diz o seguinte sobre Ele: "Nem dolo algum se achou em sua boca" (53:9). Como manifestamos Cristo nessa particular questão do coração? Esse ponto é referido nos dois Testamentos. Tiago adverte a igreja: "Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros do nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno" (Tiago 3:6). Lemos advertência semelhante em Isaías: "Então, clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso" (58:9). Em hebraico, injurioso aqui quer dizer rude, irreverente, desrespeitoso Isaías está fazendo uma declaração tremenda. A razão precisa pela qual oramos, jejuamos e estudamos a palavra de Deus é sermos ouvidos nos céus. Mas o Senhor inclui um enorme "se" a isso. Declara: "Se você quer que Eu o ouça das alturas, então terá de olhar para as suas questões do coração. Sim, Eu lhe ouvirei - se você parar de apontar o dedo para os outros, se parar de falar deles de maneira desrespeitosa". É um grande pecado aos olhos de Deus falarmos de uma maneira que suje a reputação de outro. Provérbios nos diz: "Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro". Uma boa reputação é um tesouro cuidadosamente construído com o tempo. Contudo, posso rapidamente destruir o tesouro de qualquer pessoa com uma única palavra de difamação da minha boca. Ora, não temos a ousadia de roubar o relógio de ouro de alguém, ou a sua conta bancária. Mesmo assim, Deus declara claramente que caluniar o nome de uma pessoa é um roubo da pior espécie. E podemos fazer isso através das maneiras mais sutis: apontando um dedo acusador, questionando o caráter, passando boatos e fofocas. Em verdade, três das palavras mais danosas que podemos dizer são "Você soube que?...". A simples sugestão da pergunta rouba da pessoa algo de valor. E contamina a nossa própria boca. Muitos dentro da casa de Deus não têm levado a Sua palavra a sério nesta área. O Salmo 50 explica detalhadamente tanto o pecado da contaminação da boca, quanto as suas conseqüências: "Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua trama enganos. Sentas-te para falar contra o teu irmão e difamas o filho de tua mãe. Tens feito estas cousas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual; mas eu te argüirei e porei tudo à tua vista. Considerai, pois, nisto, vós que vos esqueceis de Deus, para que não vos despedace, sem haver quem vos livre. O que me ofereceu sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus" (Salmo 50: 19-23). Então, por que fazemos isso? Por que não temos temor e reverência pela palavra de Deus neste assunto? Por que falamos com tanta facilidade dos outros com palavras vãs? Por que continuamos usando palavras sem nenhum cuidado, com uma língua descontrolada? Este Salmo nos diz o porque: "Pensavas que eu era teu igual". Para simplificar: fazemos Deus parecer conosco. Nós torcemos e amoldamos a Sua palavra para que reflita nossa própria tendência para julgar externamente uma pessoa. E ignoramos o hábito de Deus no considerar os pontos ocultos e profundos do coração de outrem. Ora, o Senhor está nos dizendo aqui no Salmo 50: "Vou te reprovar, porque quero que coloques esse assunto em ordem. Tens de enxergar a tua impureza da maneira que Eu a vejo: como maligna e perniciosa, como um sério perigo para a tua alma". Como ministro do Senhor, desejo que a vida de Cristo possa fluir de minhas pregações. E como marido, pai e avô, quero que ela flua de mim livremente à minha família. Então, a nascente da vida de Cristo em mim não pode ser contaminda. Não posso permitir nenhum envenenamento da fonte, e nenhum bloqueio que prejudique o seu livre fluxo em mim. Mas tenho de tornar isso uma decisão consciente da minha parte. Tenho de continuamente clamar ao Santo Espírito: "Senhor, convença-me toda vez que eu me contaminar". Davi assumiu esse tipo de determinação. Ele registra: "Iniqüidade nenhuma encontras em mim" (Salmo 17:3). "Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios" (141:3). Você pode se perguntar: "Será que é possível controlar realmente a língua, se dispor a não pecar com a boca?". Davi responde com esse testemunho: "Eu disse: Guardarei os meus caminhos para não delinquir com a minha língua; enfrearei a minha boca enquanto o ímpio estiver diante de mim" (39:1). Ele está dizendo basicamente: "Toda vez que monto um cavalo, tenho de pôr um freio em sua boca. E assim como faço com o cavalo, tenho de fazer com a minha língua". 2. Ouvidos Impuros Como proclamar a geração de Jesus em relação a este ponto? Como eu prolongo a Sua vida no tocante a guardar os meus ouvidos da impureza? Novamente, Isaías fala do exemplo de Cristo: "O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos. O Senhor Deus me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde, não me retraí" (Isaías 50: 4-5). Note o último versículo: Jesus era despertado cada manhã pelo Espírito Santo. E o Espírito sintonizava os ouvidos de Cristo para ouvir a palavra do Pai. Quando Jesus testifica "e eu não fui rebelde, não me retraí", está dizendo: "quando Eu estava na terra, aprendi o que deveria dizer, fazer e ouvir. E nunca me retraí quanto a isso". Segundo Paulo, Jesus aprendeu a obediência através dos sofrimentos. Agora Cristo está dizendo: "Tudo aquilo que o Pai me mandou fazer, Eu fiz. Aceitei a palavra dEle, não importando as conseqüências". Amado, eu preciso deste tipo de despertamento espiritual todos os dias. Tenho de ser lembrado pelo Espírito Santo: "David, feche teus ouvidos a todos os tipos de calúnia, mexericos e sujeira. Evite ser contaminado". Os próprios discípulos de Jesus tinham ouvidos impuros. Uma ocasião, Ele lhes disse: "Fixai nos vossos ouvidos as seguintes palavras: o Filho do homem está para ser entregue nas mãos dos homens" (Lucas 9:44). Ele estava dizendo, em outras palavras: "Prestem muita atenção, pois estou prestes a lhes dar uma importante revelação. Eu vou ser crucificado. Então, que isto penetre bem fundo em seus ouvidos. Trata-se de uma coisa que vocês precisam saber". Jesus nunca havia sido tão enfático com os discípulos. Ele nunca tinha dito: "Fixem em seus ouvidos essas palavras. Se vocês nunca ouviram nada que Eu disse, ouçam agora". Então, como eles reagiram a isso? As escrituras dizem: "Eles, porém, não entendiam isto" (9:45). Por que eles não conseguiam ouvir o que o Mestre estava lhes dizendo? Porque os seus ouvidos haviam se tornado impuros pelo interesse pessoal. Imediatamente lemos: "Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior" (9:46). Eis aqui prova positiva de que ouvidos impuros não conseguem receber as revelações profundas da palavra de Deus. Estes homens não podiam ouvir a voz de Jesus, mesmo estando Ele diante deles em carne e osso, falando-lhes normalmente. Pelo contrário, as escrituras dizem: "isto... foi-lhes encoberto para que o não compreendessem" (9:45). Tenho de perguntar: será que a experiência dos discípulos na Crucificação teria sido diferente se eles tivessem sido capazes de ouvir Jesus? Será que teriam fugido como fizeram? Ou teriam reagido diferente? A verdade é: qualquer um que esteja absorvido em seus próprios interesses não consegue enxergar o fato real em relação a si. E se conseguisse enxergar, não o admitiria. É por isso que os discípulos não conseguiam ouvir o quê Jesus estava lhes dizendo. Eles estavam tão centralizados em si mesmos, com tanta vontade de elogiarem a si próprios, que não conseguiriam ouvir a voz de Cristo, ou de qualquer pessoa piedosa. Eu não havia compreendido o quanto sou culpado deste terrível pecado até a recente série de pregações que fiz nas Ilhas Britânicas. Meu filho Gary, e eu, estávamos sendo levados de carro ao local de pregações por um pastor. Ele educadamente perguntou como estavam decorrendo os nossos cultos. Quando tentei responder, contudo, ele me interrompeu para falar de suas próprias pregações. Isso ocorreu várias vezes. À cada uma delas, ele me "passava na frente", com histórias de ter tido multidões maiores, e de ter visitado mais países do que eu. Finalmente, fiquei tão aborrecido que me calei e o deixei falar. Nessa hora, olhei para Gary e virei os olhos. Pensei: "Como ele gosta de se exibir. Esse pastor não pára de falar". Aí senti um cutucão do Espírito Santo. Ele me cochichou: "Pense por que você se aborreceu, David. É porque este homem não está lhe ouvindo. Você é quem queria estar falando. E agora, ouvindo as histórias dele, você quer se vangloriar do seu próprio ministério. Você pode ter parado de falar, mas tem um espírito de vanglória no coração". E mais, eu havia tornado a minha boca impura. Note que eu não havia dito nada terrível sobre aquele homem. Na verdade, eu não havia proferido uma única palavra sobre ele. Contudo, simplesmente virando os olhos, eu o havia caluniado para o meu filho. Posso pregar sobre santidade, posso mostrar os pecados da sociedade, posso ministrar sobre a vitória da Nova Aliança. Mas se permitir que meus ouvidos fiquem impuros - se eu bloquear outra pessoa concentrando-me em meus próprios interesses, se eu não conseguir ouvi-la com respeito - então a vida de Cristo não é prolongada em mim. Terei deixado de viver uma vida que satisfaça ao Senhor. E não estarei difundindo o fruto de Seu penoso trabalho. 3. Olhos Impuros Mais uma vez voltamos à profecia de Isaías sobre Cristo. E esta passagem revela que Jesus possuia olhos puros, não contaminados: "Deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos" (Isaías 11:3). A tradução literal aqui é: "Ele não julgará segundo a aparência diante dos Seus olhos; nem repreenderá segundo o que Seus ouvidos Lhe disserem". Resumindo, Cristo não vai julgar uma pessoa simplesmente olhando para ela, ou pelo que ouve sobre ela. Amado, Deus está chegando ao coração do assunto bem aqui. Naturalmente, sabemos que a pornografia torna os olhos impuros, assim como muitos filmes e programas de TV. Em verdade, poderíamos listar um enorme catálogo de coisas que contaminam os olhos. Mas há um ponto mais profundo e oculto, com o qual temos de tratar. E trata-se do "julgamento mental". Eu pergunto: por que não consideramos o julgamento mental que fazemos sobre os outros como sendo um pecado sério? Muitas vezes quando encontramos alguém, nós imediatamente "o medimos". Após breves olhadas e breve troca de palavras, achamos que conseguimos medir acuradamente esta pessoa. E imediatamente julgamos o seu caráter pelo pouco que vimos e ouvimos. Nem dá para eu dizer quantas vezes tenho feito isso com as pessoas. Encontro alguém e penso: "O meu espírito não está me dando um bom testemunho sobre tal pessoa. Ela não consegue me olhar nos olhos. Não dá para eu especificar já, mas alguma coisa não está certa com ela". E confio em meu julgamento interior com se fosse infalível. Pior, os nossos rápidos julgamentos sobre as pessoas estão muitas vezes contaminados por relatos malévolos da parte de outrem. Uma palavra desrespeitosa fica plantada em nossa mente, e ela traz a tonalidade de tudo que pensamos sobre alguém que ainda nem vimos. Então, quando ficamos na presença desta pessoa, a terrível palavra que ouvimos volta correndo à nossa mente. E "medimos" a pessoa segundo o que nos foi contado. Durante a minha visita à Grã-Bretanha, um pastor bem intencionado me puxou de lado e cochichou: "Você vai encontrar um homem muito rico no próximo culto. Quero previni-lo que ele se acha o dono da igreja porque dá muito dinheiro. Como resultado, ele afastou muita gente boa". Eu me permiti ser contaminado por essa palavra. E quando encontrei o homem rico, mal lhe dei atenção. Nem lhe dei chance, porque já lhe havia julgado pelo que tinha ouvido. Me arrependi disso. Mas ao longo dos anos tenho sido culpado por este pecado, vez após outra. Secretamente tenho julgado milhares de homens e mulheres a partir de opiniões mentais rápidas formadas sobre eles de imediato. Algumas vezes, até recusei ou rompi relações com pessoas devido a julgamentos rápidos. Julguei um ministro dessa maneira quando estive na Grã Bretanha. Assim que começou a adoração para o início do culto, o pastor pulou da cadeira e correu por entre os bancos rejubilando-se. O meu primeiro pensamento foi "Esse homem está querendo aparecer. Está agindo na carne". Então o pastor ajudante se inclinou e cochichou para mim: "Pastor David, o senhor sabe por que ele está fazendo isso? É porque ele tem uma consciência limpa. Ele é um homem feliz". Eu havia permitido que a minha visão literal prejudicasse a minha visão espiritual. E isso contaminou os meus olhos. Jesus adverte especificamente sobre esse pecado: "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça" (Jo. 7:24). Há pouco tempo encontrei um ministro que conheço há anos. Toda vez que o encontrava no passado eu comentava com minha esposa: "Esse homem é tão vazio, tão aparecido. Não sei como Deus pode abençoá-lo". Aí reencontrei esse mesmo homem após o Espírito Santo ter tratado comigo quanto ao julgamento mental em relação aos outros. Desta vez, o Espírito me disse: "Ame-o. Se aquiete e ouça-o. A seguir ore com ele". Obedeci. Amei aquele homem, ouvi-o falar, e após isso peguei sua mão e orei. Assim que nos separamos, uma coisa estranha aconteceu comigo: fui atingido pela dor. Um terror passou através de mim - o terror do que eu houvera feito a esse homem durante anos. Enxerguei a extrema pecaminosidade da minha impureza. Davi exorta: "Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Libertador meu" (Salmo 19:14). O apóstolo Paulo acrescenta essa perspectiva: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, conforme a necessidade, para que beneficie aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus" (Ef. 4:31-31; 29-30). Prezado santo, inexiste pessoa lendo esta mensagem que seja santa demais para não guardá-la e mudar. Quanto a mim, sinto a dor de Deus quanto à maneira pela qual mal julguei as pessoas em todos estes anos, de maneira consciente ou não. Insisto em que você clame junto com o meu coração: "Ó Senhor, por que eu não estava pronto para ouvir isso antes? Por que não tratei com isso antes? Desejo proclamar o Teu evangelho, declarar a Tua geração. Por favor Jesus, perdoa-me. Purifica a minha boca impura, os meus ouvidos e os meus olhos impuros. E me dê um coração renovado. Não quero que coisa alguma impeça a minha vida de ser uma manifestação plena de quem Tu és". Possa o Senhor ouvir o nosso clamor e se mover rapidamente para nos refazer. Ele nos dará força para que nos afastemos de falar o mal, ouvir o mal e de julgar pela mente. Então seremos mais capazes para prolongar os dias do nosso Senhor. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Um Outro Tipo (Men of Another Sort) Por 21 __________ de de Gente David julho - 21 de julho de 2003 de Quando leio da bravura de homens piedosos no Velho Testamento o meu coração arde. Esses servos carregavam tanto peso pela causa do nome de Deus, que chegaram a produzir obras que confundem a cabeça da maioria dos cristãos de hoje. Os santos daquele tempo eram como rochas em sua recusa a prosseguir na ausência de uma Palavra divina. E choravam e se lamentavam dias seguidos por causa da apostasia da casa de Deus. Eles recusavam-se a comer, beber ou a se lavar. Eles raspavam chumaços de cabelo da cabeça e da barba. O profeta Jeremias chegou a ficar deitado de lado nas ruas de Jerusalém por 365 dias, avisando continuamente quanto à chegada iminente de julgamento de Deus. Eu me pergunto: onde estes santos conseguiram a autoridade espiritual e o vigor para fazerem tudo o que fizeram? Eles eram um outro tipo de gente, servos de um tipo totalmente diferente daquele que vemos hoje na igreja. Eu simplesmente não consigo me ver relacionado a eles, e ao seu caminhar. Sei que não sou totalmente do tipo deles. E não conheço um único cristão que seja. . Há algo em relação a isso que me incomoda. A Bíblia diz que a bravura destes homens do Velho Testamento foi registrada como lição para nós: "Tudo isso lhes aconteceu como exemplos, e estas coisas estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos" (I Wilkerson 2003 Coríntios 10:11). Suas histórias têm o objetivo de nos servir como exemplos, para nos ensinar como mover o coração de Deus, ou a como levar um povo corrompido ao arrependimento. Então, será que esses santos eram uma geração especial? Será que eram súper-homens, com um destino predeterminado, dotados de poderes sobrenaturais desconhecidos à nossa geração? Não, de jeito nenhum. A Bíblia declara enfaticamente que os nossos piedosos antecessores eram pessoas exatamente como você e eu, sujeitos às mesmas paixões da carne (veja Tiago 5:17). O fato é o seguinte: os seus exemplos revelam um caminho que devemos seguir. Estes homens possuíam algo em seu caráter que levou Deus a colocar as Suas mãos sobre eles. É por isso que Ele os escolheu para cumprir Seus propósitos. E Ele está insistindo em que busquemos essa mesma qualidade de caráter atualmente. Me incomoda também outra diferença entre estes homens do passado e a maioria dos cristãos de hoje. Vivemos no período mais corrupto da história. A nossa geração atual é várias vezes pior que aquela de Nínive ou Sodoma. Temos a cerviz mais dura que o antigo Israel, somos mais violentos que os dos dias de Noé. Se há uma época em que o mundo precise de santos piedosos de intensa fé, é agora. E creio que Deus está procurando o mesmo tipo de servos devotos hoje. Ele está buscando homens e mulheres que se empenharão em conhecer o Seu coração, em realizar poderosos atos heróicos em Seu nome, e trazer sociedades inteiras de volta a Ele. Pense nisso: por que Deus iria levantar homens de profundo quebrantamento e propósitos santos no passado, e negligenciar fazer o mesmo hoje? Por que iria Ele arbitrariamente deixar a geração mais necessitada da história sem vozes santas? Sabemos que Deus não mudou. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (v. Hebreus 13:8). E servimos o mesmo Senhor das gerações passadas. Assim, onde estão os intensos servos hoje que carregarão a Sua responsabilidade, e falarão por Sua causa? Finalmente, o quê mais me incomoda é que possuímos algo que os piedosos homens do passado não tinham. Nestes últimos dias, o Senhor tem derramado sobre nós o dom do Seu Santo Espírito. Portanto, a nossa geração tem acesso a mais poder sustentador e a mais dons celestiais do que em qualquer época. Em resumo, foi nos dado tudo que é necessário para que nos levantemos em fé como outro tipo de gente. E Deus está convocando exatamente tais servos para dar um passo à frente e serem separados. A questão para nós é: por que Deus tocou e ungiu particularmente tais pessoas de maneira tão poderosa? Por que seus ministérios foram capazes de mudar o destino de nações inteiras? A Bíblia revela como esse "outro tipo de gente" ficou tão arrebatada com o Senhor e a Sua causa. E estabelece como a trajetória deles pode ser trilhada por qualquer servo de Deus. 1. Esdras Foi um Homem de Deus que Despertou Sua Nação Inteira As escrituras dizem que Esdras foi um homem que tinha a mão de Deus sobre si. Esdras testifica: "Visto que a boa mão do Senhor, meu Deus, estava sobre mim, animei-me" (Esdras 7:28). Em outras palavras, Deus estendeu a Sua mão, envolveu Esdras e o tornou um homem diferente. Por que Deus faria isso com Esdras? Havia centenas de escribas em Israel na época. Todos tinham o mesmo chamado para estudar e explicar a palavra de Deus ao povo. O que distinguiu Esdras dos outros? Qual foi a causa de o Senhor ter colocado Sua mão sobre este homem, e lhe dado a incumbência de junto a 50.000 pessoas reconstruir a cidade caída de Jerusalém? As escrituras nos dão a resposta: "Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor" (Esdras 7:10). É simples: Esdras fez uma decisão consciente. Ele se determinou acima de tudo a buscar a Palavra de Deus e a obedecê-la. E não se desviou desta decisão. Ele disse a si próprio: "Serei um estudioso da Palavra. E agirei em cima de tudo que ler". Esdras não teve uma experiência sobrenatural que lhe tenha dado amor pelas escrituras. Ele não foi agitado pelo Espírito de Deus durante a noite ouvindo "Você vai levar 50.000 ao arrependimento e a cumprir a Minha obra. E para realizar isso, vai precisar de poder, força, pureza, autoridade espiritual. Contudo, isso só vem conhecendo e obedecendo a Minha Palavra. Então, para que se cumpra o Meu plano para você, vou lhe dotar de amor pelas escrituras. Amanhã, você despertará com uma fome crescente por estudar e obedecer a Minha palavra". Não foi isso que ocorreu em absoluto. Muito antes de Deus pôr Suas mãos sobre Esdras, esse homem já era diligente em buscar as escrituras. Ele se permitia ser examinado por elas, purificado por elas, e lavado de toda imundície do corpo e do espírito. Como resultado, Deus viu em Esdras um homem saturado por Sua Palavra. Esdras tinha fome das escrituras e se alegrava nelas. Em resumo, ele permitia que elas preparassem o seu coração para qualquer obra que Deus escolhesse para ele realizar. É por isso que o Senhor pôs Suas mãos sobre Esdras e o ungiu. Sim, a unção de Deus é sobrenatural. Mas Ele impõe Suas mãos só sobre aqueles que se entregam inteiramente a conhecer e obedecer a Sua palavra. É aqui que se inicia toda unção. Ninguém pode esperar o toque de Deus em sua vida caso não esteja apaixonado pelas escrituras. Como Esdras, Davi era "um outro tipo de gente" que mudou o caminho de sua nação. E, como Esdras, Davi saturava seu coração com a Palavra de Deus. Ele escreveu o Salmo 119 que contém 176 versículos, quase todos eles exaltando a glória da Palavra de Deus: "Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti...recrear-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra...Oh! quanto amo a tua lei! é a minha meditação em todo o dia... Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho...A tua palavra é muito pura, por isso o teu servo a ama" (119:11,16,97,105,140). Esdras Também Determinou em Seu Coração Jejuar e Orar "Então, apregoei...um jejum...para nos humilharmos perante o nosso Deus, para lhe pedirmos jornada feliz para nós, para nossos filhos e para tudo o que era nosso" (Esdras 8:21). Nessa época Esdras estava guiando a congregação de volta para Jerusalém. A jornada seria perigosa, cheia de ladrões, assaltantes e assassinos. Então o rei da Pérsia ofereceu enviar uma milícia junto com eles. Mas Esdras não aceitou a oferta. Antes, testificou ao rei: "A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira, contra todos os que o abandonam" (8:22). A resposta de Esdras nos diz várias coisas em relação às determinações de "um outro tipo de gente". Primeiro, Esdras confirma mais uma vez que a mão de Deus não está apenas sobre uns poucos. O Senhor estende o Seu toque a todo aquele que se determina a buscá-Lo:"A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles" Segundo, Esdras diz ao rei: "a Sua (de Deus) ira (é), contra todos os que o abandonam". Ele estava dizendo basicamente: "Obrigado por sua oferta, rei, mas servimos a um Deus poderoso. Ele é capaz de nos preservar em todos os aspectos da obra à qual nos chamou a cumprir". Esdras estava tão seguro disso, que as escrituras dizem que ele teve "vergonha de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho" (8:22). Finalmente, Esdras convocou o povo a observar um jejum. Isso quer dizer que ele não estava simplesmente mandando o povo aceitar as promessas de Deus pela fé. Ele não disse simplesmente, "Temos de ficar firmes na Palavra de que Deus nos protegerá. Enquanto isso, vamos prosseguindo". Não, de acordo com Esdras, havia algo mais a ser feito. Ele estava dizendo: "Sim, cremos na Palavra de Deus para nós. Mas agora temos de jejuar e orar até que vejamos Sua palavra se cumprindo. E não daremos um passo à frente enquanto isso não ocorrer". Então, as escrituras dizem, "Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus, e ele nos atendeu...e a boa mão do nosso Deus estava sobre nós e livrou-nos das mãos dos inimigos e dos que nos armavam ciladas pelo caminho" (8:23,31). Esta mesma qualidade de caráter é encontrada por todo o Velho Testamento. Moisés, Josué, os anciãos e profetas - todos jejuavam e oravam. Eles não aceitavam simplesmente por uma casualidade a palavra de Deus pela fé. Eles agiam baseados nela em fé. E isso significava não simplesmente prosseguir por acaso, mas jejuar e orar primeiro, em plena confiança do cumprimento da Palavra de Deus. Este mesmo padrão bíblico é dirigido a nós hoje. O Exército da Salvação foi fundado pelo General Booth através de jejum e oração. Igualmente, o nosso próprio ministério do Desafio Jovem nasceu há mais de quarenta anos atrás a partir da oração e do jejum. O mesmo é verdade em relação a inúmeros ministérios que estão florescendo até hoje. O Senhor chama ao jejum e à oração todo aquele que põe seu coração na causa de Deus. Somando-se ao Estudo da Palavra de Deus e ao Jejum e à Oração, Deve Ocorrer Purificação a Partir de Sua Palavra Esdras e aqueles do mesmo tipo prantearam e se alegraram sob a mão de Deus. Mas, como esses homens consagrados chegaram até esse ponto? Como conseguiram compartilhar do sofrimento do coração de Deus pelos pecados de sua geração? Encontramos a resposta no ministério de Esdras. Assim que o povo chegou a Jerusalém, Esdras foi usado por Deus para produzir um arrependimento generalizado e amplo. "Esdras bendisse ao Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! -, levantando as mãos" (Neemias 8:6). Esdras então lê a palavra de Deus para o povo. E "todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei" (8:9). No entanto, assim que o povo se arrepende, Esdras insiste em que se alegre. "Não prateeis, nem choreis...não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força" (Neemias 8:910). Então "todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar porções e a regozijar-se grandemente, porque tinham entendido as palavras que lhe foram explicadas" (8:12). Eu lhe pergunto: por que houve o júbilo? Foi porque um homem já havia assumido a visão de compartilhar o pesar do coração de Deus pelos pecados do povo. Esdras já sabia das transgressões, e de como o povo havia se misturado aos pagãos e tolerado suas abominações. Qual foi a reação de Esdras a isso? "Ouvindo eu tal cousa, rasguei as minhas vestes e o meu manto, e arranquei os cabelos da cabeça e da barba, e me assentei atônito...me pus de joelhos, estendi as mãos para o Senhor, meu Deus, e disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a face, meu Deus, porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa cresceu até os céus...ninguém há que possa estar na tua presença por causa disto" (Esdras 9:3, 5-6, 15). Esdras foi sacudido até o âmago na hora em que enxergou a profundidade dos pecados do povo. Então, como ele soube o quão profundo eles haviam ferido o coração de Deus? Foi porque Esdras teve uma visão clara da ira divina. A palavra de Deus ficou martelando sua alma, levando-o a gritar: "Estou envergonhado. Fico vermelho de vergonha aos Teus olhos, por causa dos nossos pecados". Ninguém pode experimentar o tipo de quebrantamento que Esdras teve a menos que tenha sido martelado pela Palavra. A mesma coisa é verdade em relação a todo aquele que é apaixonado por Jesus atualmente. Se estamos saturados pela Sua Palavra, então conhecemos pessoalmente os efeitos do Seu martelar. Ele tritura e quebra toda rocha de orgulho e corrupção que há em nós. E nosso coração se quebranta diante da intensidade com que nosso pecado O fere. "Não é a minha palavra...martelo que esmiúça a penha?" (Jeremias 23:29). A seguir vem real alegria. 2. Jeremias Fala de se Empenhar o Coração Para Buscar o Senhor (v. Jeremias 30:21). Vemos esse mesmo padrão bíblico sendo uma realidade na vida de Jeremias. Este homem também aplicou seu coração em buscar o Senhor, e a palavra de Deus veio a ele. Inúmeras vezes lemos do profeta: "A palavra do Senhor veio a Jeremias". Muitos comentadores chamam Jeremias de profeta chorão, e isso certamente é verdade em relação a ele. Mas este homem também nos trouxe o evangelho mais feliz e digno de louvor de todo o Velho Testamento. Afinal de contas, ele prenunciou a glória vindoura da Nova Aliança: "Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem" (Jeremias 32:40). "Saciarei de gordura a alma dos sacerdotes, e o meu povo se fartará com a minha bondade, diz o Senhor" (31:14). "Purificá-los-ei de toda a sua iniqüidade" (33:8). Ora, essas são boas notícias. A Nova Aliança está cheia de misericórdia, graça, alegria, paz e bondade. Mas, veja, há aqui uma história pessoal por trás de cada palavra de Jeremias. E esta história inclui um quebrantamento muito além da capacidade do ser humano. Jeremias escreve: "Ah! Meu coração! Meu coração! Eu me contorço em dores. Oh! As paredes do meu coração! Meu coração se agita! Não posso calar-me, porque ouves, ó minha alma, o som da trombeta, o alarido de guerra" (4:19). "Prouvera a Deus a minha cabeça se tornasse em água, e os meus olhos, em fonte de lágrimas! Então, choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo" (9:1). Jeremias estava chorando com lágrimas santas que não eram suas. Na realidade, o profeta ouviu Deus dizendo de Sua própria dor, de Seu coração desolado. Primeiro, o Senhor previne Jeremias de que está enviando julgamento sobre Israel. E aí diz ao profeta, "Pelos montes levantarei choro e pranto e pelas pastagens do deserto, lamentação" (9:10). Em grego a palavra lamentação aqui quer dizer muitas lágrimas. O próprio Deus pranteva pelo julgamento que viria sobre o Seu povo. Quando ouviu isso, Jeremias compartilhou do peso do choro de Deus pelo povo. Eu também tenho conhecido crentes piedosos que têm carregado esse peso. A Irmã Basiléa Schlink, fundadora da Irmandade Evangélica Luterana de Maria na Alemanha, era uma consagrada serva de Cristo. Nos tornamos amigos com o passar dos anos, e essa dedicada mulher parecia saber por experiência própria o peso do choro contido no coração de Deus. Muitas vezes quando visitava o centro ministerial das irmãs, eu ia à capela e as encontrava chorando. Elas pranteavam por várias coisas, inclusive pelo papel de seu país no assassinato dos judeus por Hitler. Elas choravam durante horas devido à essas transgressões. No começo, eu não entendia porque crentes iriam ficar chorando durante horas seguidas. Então comecei a conhecer com a Irmã Basiléia as profundezas da mágoa de Deus por nossos pecados. Os muitos escritos dessa irmã são uma tocante expressão destas profundezas. Eu também senti algo deste pranto do Senhor durante recente série de pregações que fiz nas Ilhas Britânicas. Enquanto eu falava a respeito do declínio da igreja, um repórter britânico me perguntou: "O senhor não tem nada de bom para dizer sobre a religião?". A sua pergunta me fez pensar da terrível situação de tantos jovens lá. Vivem nas ruas, em bebedeiras, se drogando e alienando as mentes. Enquanto isso, a Igreja da Inglaterra está "des-consagrando" igreja após igreja - ou seja, fechando as portas à casas de adoração que ficaram abertas durante séculos. Ao falar na Capela Westminster, a igreja do grande pregador E.Stanley Jones, os jovens se apertavam nas galerias. Estavam famintos para ouvir alguma coisa, qualquer coisa, que falasse da esperança em Deus. Ao fazer o apelo no fim, eles correram para as salas de oração, chorando e pranteando suas vidas partidas, sem esperança. Uma jovem de dezoito anos apresentava olhar vidrado ao entrar na fila para a oração. Ela disse, "Sr. Wilkerson, não consigo chorar. A igreja retirou a minha fé. Não sinto nada". Por essa cena e muitas outras semelhantes, fui dominado por um contristamento que ia além da dor do meu coração. Era o choro do coração de Deus, me dizendo: "David, se alguma vez Eu necessitei de um profeta que pranteie pela Minha casa, é agora". Então, o que ocorre quando compartilhamos do peso do choro de Deus? Ocorre que o Senhor, por Sua vez, compartilha conosco a profundidade de Sua mente e de Seus pensamentos. Jeremias testifica disso. A ele foi dada sabedoria com capacidade para discernir o seu tempo, permitindo que visse o que estava por vir. "Porque o Senhor dos Exércitos, que te plantou, pronunciou contra ti o mal...O Senhor mo fez saber, e eu o soube; então, me fizeste ver as suas maquinações" (Jeremias 11:17-18). Todo santo quebrantado, saturado pela Palavra, receberá discernimento dos tempos. Na verdade, muitos na igreja não ficaram surpresos pelos ataques de 11 de setembro de 2001. Durante meses antes da tragédia, a Igreja de Times Square manteve cultos intercessórios onde irrompia o choro, sem se saber de onde procederia o julgamento. Mas nos tornamos cientes de que julgamento estava a caminho. Igualmente, creio que todo ministro piedoso que conheça o coração choroso de Deus também teve consciência de julgamento iminente. 3. Daniel Era Um Outro Tipo de Gente Que Voltou o Rosto Para o Senhor Daniel também foi "um outro tipo de gente" que fala de ser quebrantado: "Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza. Orei ao Senhor, meu Deus, confessei..." (Daniel 9:3-4). Por sua vez, Daniel foi capacitado para discernir os tempos, porque conhecia o coração de Deus. "Eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias...". Ainda mais, foi Daniel que interpretou a visão da pedra caindo da montanha para esmagar todos os reinos do mundo. Como Daniel chegou à essa rota de quebrantamento, conhecimento e discernimento? Começou com o seu estudo da Palavra de Deus. Daniel permitiu que as escrituras se apoderassem inteiramente dele. E ele as citava freqüente e extensamente, pois as havia escondido em seu coração: "Como está escrito na lei..." (9:13). No capítulo 10, esse piedoso profeta recebe uma visão de Cristo. "Levantei os olhos...e eis um homem vestido de linho, cujos ombros estavam cingidos de ouro puro de Ufaz...o seu rosto, como um relâmpago, os seus olhos, como tochas de fogo...e a voz das suas palavras era como o estrondo de muita gente" (10:5-6). Ora, havia outros homens com Daniel quando ele recebeu a visão. E estes homens tinham de ser crentes. No cativeiro, Daniel estabeleceu um padrão a si próprio de não se associar com o ímpio. Mesmo assim, esses crentes que estavam com ele agora não eram "um outro tipo de gente", como Daniel. Então quando veio a visão, estes homens fugiram. "Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram; não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam" (10:7). A presença santa de Deus havia feito estes homens fugirem de medo. E sabemos que só corações cheios de pecado escondido podem provocar tanto medo da presença do Senhor. Isso me leva à uma palavra final sobre a questão de ser um crente "de outro tipo". Ultimamente tenho pensado muito sobre o dia quando estarei diante de Cristo, que é homem e Deus. Como nós, Jesus andou pela terra, conversou com os outros, e foi tocado por todos os sentimentos humanos. E agora, ao comparecermos diante dEle, imediatamente veremos um prazeiroso piscar de Seus olhos, ou um olhar ferido. Penso nas palavras de Samuel para Saul: "Obraste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o Senhor teu Deus te ordenou; porque agora o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração" (I Samuel 13:13-14). Saul estará lá naquele dia, junto com todos nós. Me pergunto o que o Senhor dirá a ele então. Será que seria algo assim como se segue? "Saul, quero lhe mostrar o quê Eu tinha em mente para você. Você teria sido um pai amoroso para Davi. E a nação que governasse estaria de joelhos humildemente diante de Mim. Você teria ganho para Israel o respeito das nações em torno. E o Meu povo teria desfrutado de paz como um rio. Eu teria lhe dado a honra e um nome que mostraríam o selo do próprio Deus. Mas tudo foi diferente. Você abortou os Meus planos para si, porque não levou Minha palavra a sério. Em vez disso, permitiu que a inveja, a amargura e ausência de perdão lhe roubassem de tudo. Saul, veja o que você perdeu". É terrível pensar em Jesus me dizendo: "David, veja o quê poderia ter acontecido. Contemple o reservatório de divinas bênçãos que você perdeu, porque andou em orgulho. O seu ministério foi senão uma sombra do que Eu havia planejado. Sim, Eu lhe perdoei e remi, mas você viveu muito abaixo do que Eu desejava para si". Prezado santo, vivemos nesse momento um tempo de vida ou morte. E é hora de escolher entre o caminho para vida espiritual e obediência, ou o caminho para morte espiritual e hipocrisia. Atente às palavras de Moisés: "Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente" (Deuteronômio 30:19). Insisto com você, determine hoje em seu coração buscar Deus com toda diligência e determinação. Então vá à Sua Palavra com amor e vontade cada vez maiores. Ore em jejum por quebrantamento, para receber o peso que Deus sente. Finalmente, confesse e abandone tudo que impede o Espírito Santo de abrir as bênçãos dos céus para si. A vereda para "outro tipo de gente" está aberta a todos. Você quer andar nela? --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Como Salvar Sua Família da Ruína e da Destruição - 30 de junho de Por 30 __________ 2003 (How to Save Your Family from Ruin and Destruction) David de Junho de “Sede sóbrios e vigilantes! O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5:8). A Bíblia nos diz mui claramente que nestes últimos dias a igreja de Jesus Cristo enfrenta a ira de um diabo totalmente ensandecido. Satanás sabe que seu tempo está acabando, e está decidido a devorar o povo de Deus. “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Apocalipse 12:12). Contra quem o diabo direciona a sua ira? Seu alvo são as famílias tanto as salvas quanto as não salvas - no mundo inteiro. Ele está rugindo como leão esfomeado, atacando lares para devorá-los. Seu propósito infernal é destruir casamentos, distanciar filhos, pôr os membros das famílias uns contra os outros. O alvo é simples: ele procura levar ruína e destruição a todo lar que puder. Jesus referiu-se a esta obra demoníaca quando descreveu Satanás, dizendo: “Ele foi homicida desde o princípio” (João 8:44). De fato, vemos o plano destrutivo do inimigo contra a primeiríssima família da terra. Foi o diabo que entrou em Caim e o convenceu a matar o irmão, Abel. E esse homicida ainda está em ação. Estes últimos anos revelam isso através de maneiras terríveis. Há quatro anos atrás, o diabo se apoderou de dois garotos adolescentes no estado norte-americano do Colorado, e instigou-os a uma violentíssima destruição. Quando os dois garotos irromperam no Ginásio de Columbine com ímpeto homicida dos infernos, o mundo ficou atônito. Balearam uma adolescente cara a cara enquanto ela estava ajoelhada, orando; uma garota que conheciam e respeitavam. Quem, além do próprio Satanás os impulsionaria a fazer isto? Wilkerson 2003 Penso na ruína que tal fato causou tanto sobre as famílias das vítimas quanto dos homicidas. Houve suicídios, distúrbios mentais, divórcios, parentes traumatizados. A destruição causada por esse incidente ainda ecoa acima do imaginável. E os pais e amigos dos envolvidos chorarão por toda a vida. Um ano depois, Kathleen Hagen, uma pioneira no campo da urologia formada em Harvard, entrou sorrateiramente no quarto dos seus idosos pais enquanto dormiam, na cidade de Chatham, Nova Jérsey, e os asfixiou com um travesseiro. O pai tinha 92 anos e a mãe, 86. Ela, então, continuou morando na casa por vários dias, ignorando os cadáveres no quarto. Ao ser presa, parecia confusa e desgrenhada, porém sem qualquer remorso pelo que fizera. Os psicólogos não souberam como explicar por que uma mulher tão culta asfixiaria os pais, e depois continuaria a vida como se tudo fosse normal. Pense na devastação nunca mencionada nesta horrível história criminal. A dor dos membros da família, a angústia dos netos – que ruína e destruição horríveis. Quem além de Satanás, poderia ter levado uma mulher tão respeitada a matar seus pais, sem razão aparente? Há poucos anos, o jornal The New York Times publicou uma reportagem perturbadora: “Pais Cansados Entregam Seus Filhos”. O artigo falava sobre o número cada vez maior de pais frustrados que estavam levando os filhos a um tribunal para entregá-los voluntariamente à custódia do Estado, na corte de Manhattan, para adoção. Simplesmente eles não conseguiam mais controlá-los. Um pai não conseguia cuidar do filho adolescente, depois que a mãe do rapaz morreu. Um outro pai entregou a filha adolescente porque ela estava vivendo de um jeito muito louco, totalmente sem controle. Os funcionários do tribunal que escutaram estes casos estavam desnorteados. Um juiz perguntou à mãe que havia trazido a filha: “Você não a quer? Não gostaria de levá-la de volta para casa?” A mãe, esgotada, movimentou a cabeça sinalizando que não. A jovem então irrompeu em soluços incontroláveis. O artigo assinalava que as famílias estavam se desintegrando numa velocidade enorme. As Varas da Família de Nova York estavam sobrecarregadas com os casos. Muitos dos filhos deixados em lares para adoção logo ficavam piores. Alguns deles acabavam fugindo e vivendo nas ruas. Especialmente impressionante foi outra reportagem que relatava sobre uma nova raça de drogados. Na manchete se lia: “Filhos Usando Drogas Em Casa Com Os Pais”. Evidentemente, 30 por cento dos viciados de hoje dizem que se viciaram em casa através dos pais, os quais os introduziram as drogas. Como pode acontecer uma coisa destas? Estes pais tinham sido usuários de drogas na adolescência. Então, mais tarde, quando os filhos chegaram à adolescência, os pais pensaram: “Nós usamos drogas, mas sobrevivemos. E estamos ótimos hoje. É melhor que nossos filhos usem drogas em casa do que nas ruas. E é melhor que aprendam a usá-las conosco do que com amigos inexperientes”. Assim ensinaram os filhos como fumar maconha, cheirar cocaína e usar agulhas. Desta maneira, raciocinaram, eles poderiam controlar o uso de drogas dos filhos. Mas o resultado disso chegou. Os filhos se viciaram, e suas vidas saíram de controle. Muitos saíram de casa e estão vivendo nas ruas. Estão bravos com os pais, desiludidos por seu horrível conselho. E estão marginalizados pela sociedade, sem futuro. Agora os pais estão de coração partido, cheios de culpa, derramando lágrimas que chegaram tarde demais. Pergunto: como pode um pai tomar uma decisão tão insensata? Eles levaram ruína sobre sua própria família. Quem, além de Satanás, poderia ter cegado os seus olhos? As tragédias que atormentam famílias hoje são inacreditáveis. E os exemplos que mencionei são somente aqueles que estão acontecendo em nosso país. No resto do mundo um diabo enfurecido está fazendo estragos. E ele não vai parar enquanto não devorar toda família que estiver no seu caminho. Em Meio a Toda Satanás Não Deixou de Lado os Lares Cristãos Essa Destruição, Muitas famílias crentes foram arruinadas pelo caos, tristeza e dor. E a devastação demoníaca chegou de muitas formas: através do divórcio, de filhos rebeldes, de vícios de todas as espécies. Entretanto o resultado é sempre o mesmo: uma família antes feliz é desintegrada e devorada. Vi tudo isto por experiência própria por mais de quarenta anos, com a chegada de viciados e de alcoólatras aos centros de reabilitação de drogas do nosso ministério. Viciados em drogas e alcoólatras procuravam nossos centros de recuperação para receber ajuda. Era uma alegria ver aqueles homens e mulheres devastados sendo maravilhosamente salvos e libertos da escravidão. Jesus de maneira sobrenatural os transformava em novas criaturas. Um dos sinais mais seguros de uma genuína conversão era quando um jovem ou uma mulher olhava para o seu passado e começava a perceber o quê Satanás lhe havia roubado. Soluçavam enquanto apertavam uma foto toda amassada do cônjuge, dos filhos ou dos pais. Como viciados, não haviam se importado de perder a família; sua única preocupação era o álcool e as drogas. Mas agora choravam copiosamente pelo que haviam perdido. Apontavam a foto e diziam: “Pastor David, esta é minha esposa. Ela me amava e eu a ela. E este é o meu filhinho. Mas agora não sei onde estão. Veja o que perdi...”. Era trágico, devastador. Em tais momentos, você entende o poder destruidor de Satanás sobre estas famílias. Na verdade, a maior tragédia nunca era o mal que o vício fizera aos corpos devastados e abatidos, produzindo semblantes vazios. Pelo contrário, era o que fora roubado deles: um cônjuge, um filho, um futuro. Ainda pior era o que fora roubado dos filhos destas pessoas: uma chance de serem criados num lar piedoso, de conhecerem o amor de Jesus, de serem amados e alimentados por pais amorosos, de serem ensinados - através do exemplo - sobre como viver para o Senhor. Afortunadamente, muitos desses ex-viciados foram abençoados por Deus com a restauração de suas famílias. Ou em alguns casos, encontraram uma nova família em seus companheiros de ministério. Mas continuo sofrendo com eles pela destruição que vivenciaram. Agora volto ao título da mensagem: “Como salvar sua família da ruína e da destruição”. Eis o que o Espírito Santo tem me revelado sobre esse assunto. Em Qualquer Lar Alguém Tem Que se Agarrar a Jesus. com Problemas, Chega uma hora que as circunstâncias da vida vão além da esperança humana. Não há conselho, nem médico, remédio, ou qualquer outra coisa que possa ajudar. A situação torna-se impossível. E requer um milagre, senão tudo acabará em devastação. Em tais momentos, a única esperança que resta é que alguém se aproxime de Jesus. Alguém precisa ganhar o seu ouvido, sua atenção. Não importa quem seja - o pai, a mãe ou o filho. Esta pessoa precisa tomar a responsabilidade de se apropriar de Jesus. E precisa resolver que: “Não vou sair daqui enquanto não escutar a voz do Senhor. Ele precisa me dizer: ‘Está feito. Agora siga o seu caminho’”. No evangelho de João, encontramos uma família que estava com este tipo de crise. “Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum” (João 4:46). Esta era uma família distinta, talvez até nobre. Um espírito de morte pairava sobre o lar, enquanto os pais cuidavam do filho moribundo. Poderia haver outros membros da família na casa, talvez tias e tios, ou avós, ou outros filhos. As escrituras dizem que toda a casa creu, incluindo os empregados. “... e ele creu (o pai) com toda sua casa” (4:53). Alguém naquela casa infelicitada sabia quem era Jesus, e tinha ouvido sobre o seu poder milagroso. E de alguma forma chegou a notícia de que Cristo estava em Caná, a uns quarenta quilômetros de distância. Desesperado, o pai tomou sobre si o encargo de aproximar-se do Senhor. As escrituras dizem: “Tendo ouvido dizer que Jesus viera da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele...” (4:47). Através dos anos, dezenas de mães de nossa igreja têm me procurado chorando por suas famílias devastadas. Marido que abandonara a família, ou o filho que estava na prisão, ou a filha que se tornara prostituta para sustentar o vício de drogas. Muitas vezes, a mãe é a última esperança que a família tem para se aproximar de Jesus. Então ela assume a responsabilidade da intercessão. E se determina a orar até que o Senhor traga libertação. Ela conclama outros a orar com ela, dizendo: “Não há mais esperança. Precisamos de um milagre”. O nobre homem de João 4 tinha este tipo de determinação, e conseguiu aproximar-se de Jesus. A Bíblia diz que ele “lhe rogou que descesse para curar seu filho, que estava à morte” (4:47). Que quadro maravilhoso de intercessão. Este homem deixou tudo de lado, e buscou ao Senhor para que lhe desse uma palavra. No entanto Cristo lhe respondeu: “Se, porventura, não virdes sinais e prodígios, de modo nenhum crereis” (4:48). O que Jesus quis dizer com isto? Ele estava dizendo ao oficial que uma libertação milagrosa não era a sua necessidade mais premente. Na verdade, a questão número um era a fé deste homem. Pense sobre isto: Cristo poderia ter entrado na casa daquela família, imposto as mãos sobre o filho moribundo e o curado. Mas assim, tudo que a família saberia a respeito de Jesus era que operava milagres. Cristo desejava mais para este homem e sua família. Queria que cressem que Ele era Deus encarnado. Por isto, disse basicamente isso ao oficial: “Você crê que é para Deus que você está suplicando para resolver esta necessidade? Você crê que sou o Cristo, o Salvador do mundo?”. O oficial respondeu: “Senhor, desce, antes que meu filho morra” (4:49). Neste momento, Jesus deve ter visto fé neste homem. É como se Jesus dissesse: “Ele crê que sou Deus em forma humana”. Porque logo em seguida lemos: “Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive” (4:50). Infelizmente, muitos crentes seguem seu caminho antes de ouvirem Jesus. Mas este homem voltou à sua casa em fé. Qual foi a diferença? A diferença é que ele havia recebido uma palavra do Senhor. Buscara a Deus e esperara nEle em fé. E estava decidido a não ir embora até que recebesse uma promessa de vida. “O homem creu na palavra de Jesus e partiu” (4:50). Podemos Chorar E Ainda Assim Ignorar que Estão Morrendo no Pecado pelo os Mundo Membros da Inteiro Família A igreja de Jesus Cristo deve se ocupar de ganhar almas, e a maioria dos cristãos são fiéis em fazer isto. Oramos pelas nações perdidas, por avivamento em nossas cidades e por nossos vizinhos não convertidos. Dou graças a Deus porque o seu povo está cumprindo esta obra vital. Porém, eu pergunto: quem está orando fielmente por seu pai, mãe, irmã, irmão, primo, prima, ou pelos avós não salvos? Orar por nossos queridos deveria ser da maior importância em nossas vidas. Afinal, a responsabilidade por este tipo de oração recai sobre aqueles que têm acesso ao ouvido de Deus, que estão suficientemente próximos dEle para fazer um pedido. Agora, se este alguém não é você, então quem é? Quem há de orar fervorosamente pela salvação da sua família, se você não o faz? Talvez você pense: “Já tenho testemunhado à minha família há anos. Tenho vivido meu testemunho com fidelidade diante deles. Eles conhecem as minhas convicções. Agora só me resta entregá-los aos cuidados de Jesus”. É verdade que devemos entregar nossos queridos não salvos ao ministério de convencimento produzido pelo Espírito Santo. Mas confiar no Espírito não significa deixar de orar com insistência em favor de nossa família. Se pararmos de interceder por eles, estamos na verdade dizendo: “É um caso sem apelação”. Confiar no Senhor significa fazer exatamente o oposto. Se realmente confiamos nEle para a salvação e libertação de nossos queridos, clamaremos como aquele nobre: “Por favor, Jesus, venha já. Aja rápido, antes que meu ente querido se perca para sempre”. Somente oração agressiva e fervorosa pode combater os objetivos destrutivos de Satanás para arruinar nossa família. Orações feitas por pessoas cujos corações estão divididos não derrubarão as fortalezas dele. Precisamos ser chacoalhados das preocupações que temos conosco mesmos, e levar a oração a sério. E devemos ficar perto de Jesus até que a sua resposta venha. Quando Jesus estava na região de Tiro e Sidom, “uma mulher cananéia ... clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada” (Mt 15:22). Satanás havia invadido o lar desta mulher e possuído sua filha. A palavra “horrivelmente” é derivada da raiz gramatical que significa depravadamente. Resumindo, a garota era vil e corrompida, dominada por Satanás. Mas esta mulher não era uma mãe do mal. Embora gentia, cria. Afinal, se dirigiu a Jesus como “Senhor, Filho de Davi”. Na verdade, estava dizendo: “Tu és o Salvador, o Messias de Deus”. Neste ponto, surge uma pergunta: como Satanás tem acesso ao filho de um cristão? Como pode possuir filhos que vivem num lar piedoso? Talvez você seja um pai ou uma mãe cristão. Você criou seu filho na igreja e fez o melhor para mostrar-lhe o caminho certo. Mas agora, depois de anos freqüentando a Escola Dominical e ouvindo pregações ungidas na igreja, ele se tornou frio e indiferente às coisas de Deus. Ele não tem a mínima preocupação quanto a servir a Jesus. E você pergunta: “Senhor, como isto pode ter acontecido?”. Ao longo dos anos, tenho visto isto acontecer com filhos de muitos ministros. Multidões destes jovens entraram em nossos centros de recuperação de drogados do Desafio Jovem por terem sido atingidos por vícios. Foram criados em lares cristãos, mas por algum motivo não deram certo. Suas vidas passaram a ser dominadas por forças demoníacas. E se viciaram em drogas, álcool, pornografia, prostituição. Enquanto lê esta mensagem, você pode estar dando um suspiro de alívio dizendo: “Graças a Deus não é o caso do meu filho ou da minha filha. Tenho bons filhos. Tive muito empenho em criá-los no temor e no conhecimento do Senhor. Eles conhecem o caminho certo. Podem não estar pegando fogo por Jesus, mas pelo menos não estão usando drogas”. Pais assim estão certos em serem agradecidos. No entanto, não temem que seus filhos possam estar mornos em relação a Jesus. De acordo com o próprio Senhor, o estado de mornidão é tão terrível quanto o da opressão demoníaca. Quando Cristo advertiu: “Estou a ponto de vomitar-te da minha boca...”, Ele não estava falando com viciados em drogas. Estava se dirigindo a cristãos mornos da sua igreja. Jesus sabe que um espírito de mornidão pode deixar qualquer cristão vulnerável a tentações diabólicas enviadas diretamente do inferno. Seus filhos podem ser amáveis, educados, e bem-comportados. Podem fugir das companhias erradas, respeitar os mais velhos e ser moralmente íntegros. Mas se não têm seus corações inteiros de amor por Jesus – se estiverem apenas vagando espiritualmente – estão em perigo. Entenda isto: qualquer filho, criado num lar cristão, automaticamente se torna um alvo preferencial de Satanás. O diabo procura atacar as famílias que são mais fervorosas no seu amor por Jesus. Mas agora a frieza do seu filho torna a tarefa do inimigo mais fácil. Ele se deleitará ao ver quão fácil é enlaçar seu filho ou filha à escravidão do pecado. Até os cristãos mais dedicados – inclusive ministros e líderes – podem estar cegos para a armadilha que Satanás tem preparada para os seus filhos que sejam espiritualmente passivos. O inimigo está, constantemente, buscando formas de apagar a menor faísca de vida espiritual que perceber neles. Rogo a você, pai cristão: não permita que o diabo alcance seu filho. Prostre-se sobre sua face diariamente, e cerque o seu jovem com intercessão. Deus lhe deu o poder de sacudi-lo desse estado de mornidão. Quando meus filhos eram adolescentes, pensei que entrariam no reino de Deus pelo simples fato de que eu os amava. Falava comigo mesmo: “Sempre estarei presente para os meus filhos. Serei um amigo para eles. Só preciso lhes estar acessível, para que possam me comunicar suas necessidades”. Então um dia, meu filho mais velho Gary, chegou em casa da escola, aos prantos. Foi direto para o quarto e se jogou na cama. Quando lhe perguntei o que estava havendo, ele respondeu: “Pai, não acredito que Deus exista. É tudo um mito”. Eu soube naquele momento que todo o amor do mundo não resolveria este tipo de ataque demoníaco. E simplesmente ser capaz de me comunicar com meu filho não solucionaria o problema. Eu não podia me consolar, dizendo: “Esta é apenas uma fase ruim. Passará. Ele é um bom rapaz; e sabe que o amo”. Não, eu tive que enfrentar o que estava acontecendo diante dos meus olhos: Satanás estava tentando roubar do meu filho a sua fé genuína e fervorosa. Eu vira Gary entregar a vida a Jesus com cinco anos de idade e sabia que sua fé era preciosa. Agora o inimigo queria esta fé. E ele estava tentando usar a dúvida e a incredulidade para destruí-la. Na verdade, Satanás estava alvejando o centro nevrálgico da nossa família: a nossa confiança em Jesus. Eu sabia que só tinha uma opção. Entrei no meu lugar de oração, fechei a porta, prostrei-me com o rosto em terra, e me preparei para a batalha. Determinei, “Satanás, você não terá o meu filho!”. Daquele dia em diante, clamei ao Senhor em favor de Gary. Eu suplicava: “Senhor, guarde o meu filho do maligno”. A mudança que no fim se deu em Gary não ocorreu da noite para o dia, nem dentro de uma semana, ou mesmo em meses. Ele continuou lutando com a confusão interior; mas chegou a hora em que a confiança de Gary em Jesus foi restaurada. E se você tem lido as minhas mensagens há algum tempo, sabe que Gary desde a sua adolescência tem servido a Deus em ministério de tempo integral. Ele é um consagrado apaixonado por Jesus. E neste último ano, tive o privilégio de pregar ao lado dele em reuniões de líderes. Cada um dos meus outros três filhos teve a sua própria prova de fé. Mas assim como aconteceu com Gary, o Senhor foi fiel para dar a vitória a Debbie, Bonnie e Greg. Como o irmão, eles também se tornaram apaixonados por Jesus e servos no seu ministério. Entretanto, minha intercessão por minha família nunca cessou. Agora, minha esposa Gwen e eu nos unimos em oração com nossos filhos adultos para orar por nossos dez netos. Aparentemente, Jesus Nega o Pedido de Uma Mãe A mulher com a filha enferma persistiu em buscar a Jesus. Finalmente, os discípulos instaram com o Mestre: “Senhor, mande-a embora; livre-se dela. Ela não pára de nos perturbar”. Observe a reação de Jesus às súplicas da mulher: “Ele, porém, não lhe respondeu palavra” (Mt 15:23). Evidentemente, Ele estava ignorando toda a situação. Por que faria isto? Sabemos que nosso Senhor nunca se fez de surdo diante do clamor de qualquer pessoa que O buscasse com sinceridade. A verdade é que Jesus sabia que a história desta mulher seria contada às gerações futuras. E Ele queria revelar uma verdade a todos que viessem a ouvi-la. Por isso, testou a tenacidade da fé daquela mulher. Quando finalmente se dirigiu a ela, disse: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (15:24). Em outras palavras, estava dizendo: “Vim trazer salvação aos judeus. Por que deveria desperdiçar o evangelho deles com uma gentia?”. Para a maioria de nós, uma declaração como esta teria sido motivo suficiente para darmos meia volta e voltar para casa. Mas aquela mulher não se moveu; a situação da sua filha era uma questão de vida ou morte para ela. E ela não ia dar descanso a Jesus até que Ele lhe desse a resposta de que precisava. Pergunto-lhe: quantas vezes você já desistiu de orar? Quantas vezes se cansou e raciocinou: “Já busquei ao Senhor. Tenho orado e suplicado. Mas simplesmente não recebo respostas”? Bem, era uma questão de vida ou morte para você? Você realmente buscou ao Senhor com todo o seu coração, toda sua alma, seu entedimento e sua força, sabendo que não havia outra solução? Veja como esta mulher respondeu. Não foi com uma queixa ou um dedo de acusação, dizendo: “Por que estás me negando isso, Jesus?”. Não, as escrituras dizem exatamente o contrário: “Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!” (15:25). O que vem depois é difícil de entender. Uma vez mais, Jesus rechaçou a mulher. Só que desta vez sua resposta foi ainda mais ríspida. “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (15:26). É importante que se entenda que os judeus religiosos daquela época consideravam os gentios menos que cachorros aos olhos de Deus. É claro que Jesus não aceitava isto; Ele jamais daria uma conotação de inferioridade racial a qualquer das criaturas do Pai Criador. Mas Ele sabia que esta mulher estava consciente da atitude dos judeus em relação aos gentios. E, uma vez mais, Ele a estava provando. Agora a mãe lhe responde: “Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos” (15:27). Que resposta incrível! Esta mulher tão determinada não pretendia abandonar sua busca intensa por Jesus; e o Senhor a elogiou por isto. Ele lhe disse: “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã...” (15:28). Amado, não devemos nos contentar com migalhas. A promessa é que temos toda a graça e misericórdia de que precisamos para as nossas crises. E isto inclui as crises que envolvem nossas famílias, tanto as pessoas salvas como as não salvas. Somos convidados a chegar com ousadia ao trono de Cristo, com confiança. E devemos apresentar a Ele todas as necessidades, tanto as relativas a um pai incrédulo, quanto a um filho rebelde. Pode ser que não vejamos todos os nossos queridos acertarem-se com o Senhor, ou darem uma virada na vida. Mas podemos levantar grandes muralhas ao seu redor, a fim de interromper sua trajetória rumo ao inferno. Podemos orar para que haja convencimento (da parte de Deus) sobre eles, e pela oração levantar muros de proteção ao seu redor. Também podemos orar para que pessoas cheguem às suas vidas para testemunhar a eles. Contudo, há uma coisa que posso lhe assegurar: estas coisas nunca acontecerão se simplesmente nos resignarmos e deixá-los ao destino. Podemos tentar nos convencer dizendo: “Agora, só posso levar esse assunto pela fé”. Mas isso é desculpa falsa. Só serve para nos livrar de derramar o nosso suor espiritual, e de lutar em intercessão pela salvação da alma dos nossos queridos. Insisto – torne essa, a sua oração: “Senhor, se algum dos meus entes queridos se perder, não será porque não orei. Não será porque considerei já como certa e garantida a obra do Espírito Santo nas suas vidas. E não será porque deixei de chorar em seu favor. Custe o que custar, vou lutar em intercessão por eles - até que um de nós se dirija ao lar para estar contigo”. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. A Irracionalidade da (The Unreasonableness of Faith) Por 9 __________ de Fé David junho - 9 de junho de 2003 de Quando Deus diz à humanidade: "Creia", Ele pede algo que está totalmente além da razão. A fé é inteiramente ilógica. A sua própria definição tem a ver com algo irracional. Pense nisso: a carta de Hebreus diz que a fé é a substância de algo que se espera, a prova que se não vê. Somos informados, em resumo, de que "inexiste uma substância tangível. Inexiste prova absolutamente alguma". Mesmo assim somos orientados a crer. Dá para você pensar numa exigência mais irracional do que essa? Ela diz simplesmente: "Aceite isso sem provas. Confie no invisível". Está totalmente além da lógica. Estou focalizando esse assunto por uma razão importante. Nesse momento, por todo o mundo, multidões de crentes estão se dobrando ao desencorajamento. O povo de Deus está passando por provações, lutas, sofrimento, e todo tipo de caos. O fato é que todos continuaremos a enfrentar desencorajamentos nessa vida. Contudo, creio que se compreendermos a natureza da fé - a sua natureza ilógica e irracional, encontraremos a ajuda que precisamos para prosseguir. Veja a fé que foi exigida de Noé. Ele viveu numa geração que havia se desgovernado inteiramente. Não dá nem para começar a se imaginar a malignidade dos tempos em que esse homem viveu: violência e assassinatos crescentes. Gigantes geraram homens "valentes". Uma impiedade indescritível havia se disseminado com licenciosidade. A situação dos humanos ficou tão terrível, que Deus não suportou mais. Finalmente, disse: "Chega! O homem está destruindo a si próprio. Isso tem de parar". Ele disse a Noé: "Destruirei toda a carne. Mas preservarei a você e sua família. Então, quero que construa uma arca, Noé. E quero que você junte nela todas as espécies animais, em casais. Enquanto você estiver fazendo isso, darei aos habitantes da terra 120 anos de misericórdia. Aí então enviarei uma chuva que não parará por 40 dias e noites. Haverá um grande dilúvio, que eliminará todo ser vivente". Deus então prosseguiu dando a Noé as dimensões da grande arca - o comprimento, largura e profundidade - em grandes detalhes. Imagine o assombro de Noé ao tentar entender isso. Deus iria enviar um cataclisma, que destruiria toda a terra. Ainda assim, tudo que foi dito para Noé em relação a tal assunto foram estas breves palavras dos céus. Ele simplesmente deveria aceitar isso pela fé, sem receber mais nenhuma orientação por 120 anos. Pense no quê a fé estava exigindo de Noé. Ele recebeu a tarefa gigantesca de construir uma enorme arca. E enquanto isso, teria de viver num mundo violento e perigoso. Ele estava cercado de gigantes, criminosos, céticos, todos observando cada passo dele. Tenho certeza de que zombaram Wilkerson 2003 de Noé enquanto ele enfadonhamente trabalhava na arca ao longo dos anos. E, endurecidos pela violência, provavelmente ameaçaram matá-lo. Porém a fé exigia que Noé conservasse seu coração "temente a Deus" (v. Hebreus 11:7). Ele tinha de continuar crendo, enquanto o mundo todo ao redor dele dançava, farreava e mergulhava na sensualidade. Basicamente, Deus havia dito a ele: "Você deve crer na Minha Palavra, Noé. Estou pedindo que Me obedeça, sem desculpas. Se em algum momento começar a duvidar, ou tiver vontade de desistir, você terá de confiar no que lhe disse. Não lhe darei nenhuma prova, apenas a Minha promessa. Você deve agir baseado unicamente nisso". Um quadro totalmente ilógico. Certamente às vezes Noé se frustrava, tanto externa como interiormente. Quantos dias ficou desencorajado? De quanto em quanto tempo se perguntou "Isso é uma besteira. Como posso saber que era a voz de Deus?". Mas Noé fez como Deus mandou. Continuou confiando na palavra que recebeu, por mais de um século. E por sua obediência, dizem as escrituras, Noé "se tornou herdeiro da justiça que vem da fé" (v. Hebreus 11:7). Veja Abraão. Deus disse a esse homem: "Levante-se, saia, e deixe a sua terra". Certamente ele ficou imaginando: "Mas para onde, Senhor?". Deus respondeu simplesmente: "Não vou dizer. Apenas vá". Isso não era lógico. Era uma exigência totalmente não razoável para qualquer ser pensante. Vou ilustrar perguntando à qualquer esposa cristã: o que aconteceria se o seu marido chegasse em casa um dia, e dissesse: "Arrume as malas, amor - nós vamos mudar". É claro, você iria querer saber por que, ou para onde, ou como. Mas a única resposta que ele lhe dá é: "Não sei. Eu só sei que Deus mandou fazer isso". Inexiste correspondência racional a esse tipo de exigência. Ela simplesmente não é lógica. Contudo essa foi exatamente a direção ilógica que Abraão seguiu. "Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia" (Hebreus 11:8). Abraão fez as malas da família e saiu, sem saber onde acabaria a viagem. A única coisa que sabia era a breve palavra que Deus havia lhe dado: " Vá, Abraão, e Eu estarei contigo. Nenhum mal chegará a ti". A fé exigia que Abraão agisse baseado em nada além desta promessa. Em uma noite estrelada, Deus diz a Abraão: "Olhe para o céu. Está vendo as inúmeras estrelas? Conte-as se puder. Essa será a quantidade de descendentes que você terá" (v. Gênesis 15:5). Abraão deve ter abanado a cabeça diante disso. Ele era velho então, bem como sua esposa, Sara. Há muito havia passado o tempo da possibilidade de terem um filho. Contudo aqui ele recebe a promessa de que se tornaria o pai de muitas nações. E a única evidência que possuía para prosseguir era uma palavra dos céus: " Eu sou o Senhor" (Gênesis 15:7). Mas Abraão obedeceu. E a Bíblia diz o mesmo em relação a ele que diz de Noé: "Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça" (15:6). De novo, vemos uma cena ilógica. Mesmo assim a fé de um homemé traduzida para justiça. Veja os filhos de Israel. Pense nas situações de provação às quais foram levados por Deus. Ele os livrou das garras do faraó no Egito só para se verem encurralados no mar Vermelho. Os israelitas ficaram cercados pelas montanhas por dois lados, com o exército do faraó rapidamente caindo sobre eles por trás. Era uma situação desesperadora, sem nenhuma saída humana. O coração do povo deve ter se agitado ao ouvir o ribombar dos carros do faraó, e vendo o pó levantado pelos cavalos. Mesmo conhecendo o desdobramento desta cena, a minha carne quer argumentar com Deus: "Não parece justo, Senhor. Que tremendo trauma para as famílias e seus filhos. Eles ficaram presos lá, sem barcos ou jangadas, se perguntando o que fazer. Deus, uma noite o Senhor matou todos os primogênitos do Egito. Por que não matou todos esses soldados no deserto? É irracional, com todas aquelas crianças chorando, e os homens e mulheres tremendo de medo. Eles tinham Lhe obedecido - mesmo assim o Senhor permitiu que isso lhes sobreviesse. Por que levá-los a passar por isso?". Não há como escapar deste fato: Deus os levou à essa situação. E a cena inteira é totalmente ilógica, completamente irracional. Deus simplesmente esperava que eles cressem na palavra que já havia lhes dado: "Vou pegá-los em meus braços e carregá-los através do deserto. Nenhum inimigo prosperará contra vocês, pois estarei consigo. Vocês simplesmente se aquietem e vejam a salvação do Senhor". Eu lhe pergunto: quantos de nós hoje não ficaríamos lá com medo e chorando, como os israelitas fizeram? Se formos honestos, sabemos que é exatamente assim que reagimos agora, na maioria de nossas crises. A situação dos nossos corações não é similar a deles? Simplificando, a fé é muito exigente. Ela exige que uma vez tendo ouvido a Palavra de Deus, a obedeçamos, sem nenhuma outra evidência ou prova para nos dirigir. Não importa o quão grandes os nossos obstáculos possam ser, o quanto as nossas circunstâncias sejam impossíveis. Devemos crer em Sua Palavra e agir baseados nela, sem nenhuma outra prova para ir em frente. Deus diz: "A única coisa que você necessita é da Minha promessa". Creio Que Nada Desde o Tempo em Que Estes Patriarcas Viveram Mudou Tal como cada uma das gerações que nos antecederam, também nos perguntamos: "Senhor, por que estou enfrentando este teste? Está além da minha compreensão. O Senhor permitiu tantas coisas em minha vida que não fazem sentido. Por que não há explicação para o que estou enfrentando? Por que a minha alma está tão angustiada, cheia de provações tão grandes?". Ouça-me mais uma vez: as exigências da fé são totalmente irracionaisà humanidade. Assim, como o Senhor responde aos nossos gritos? Ele envia a Sua Palavra, lembrando-nos de Suas promessas. E Ele diz: "Simplesmente Me obedeça. Confie na Minha Palavra para você". Ele não aceita nenhuma desculpa, nenhuma desobediência - não importa o quão impossível possam parecer as nossas circunstâncias. Por favor não me entenda mal. O nosso Deus é um Pai amoroso. E não permite que o Seu povo sofra indiscriminadamente, sem nenhuma razão. Sabemos que Ele tem ao Seu dispor o poder e a disposição para fazer com que todos os problemas e as dores sejam removidos. Ele pode simplesmente pronunciar uma palavra, e nos livrar de toda prova e luta. Contudo, o fato é o seguinte: Deus não vai nos mostrar como ou quando irá cumprir as Suas promessas para conosco. Por que? Porque Ele não nos deve nenhuma explicação, uma vez já tendo nos dado a resposta. Ele nos deu tudo o que precisamos para vida e piedade em Seu Filho, Jesus Cristo. Ele é a única coisa que necessitamos para toda situação que a vida nos lança. E Deus vai se manter na Palavra que já revelou: "Você tem a Minha Palavra ao seu alcance. As Minhas promessas são sim e amém para todos os que crêem. Então, descanse na Minha palavra. Creia nela e a obedeça". A Bíblia nos diz que Israel "provocou" a Deus dez vezes no deserto. O quê foram essas provocações? Foram dez situações quando os israelitas enfrentaram grandes provações. Vez após outra o povo foi colocado em circunstâncias que pareciam impossíveis. Talvez você às vezes tenha se perguntado, como eu, "Senhor, por que tantos testes?". Em cada exemplo, Deus estava buscando promover em Seu povo um vislumbre de fé; estava procurando só uma pequena medida sobre a qual Ele pudesse edificar. Veja, o Senhor queria dar ao mundo um testemunho de Sua fidelidade ao Seu povo. E Israel era para ser esse testemunho. Deus estava dizendo, basicamente: "Quando levo o Meu povo à situações difíceis, espero que eles ajam baseados nas Minhas promessas para com eles. A Minha Palavra é vida a todo que crê. E quero essa mensagem pregada e demonstrada a um mundo perdido e que está à morte". Essa Palavra já estava disponível a Israel. Deus lhes havia dito: "Vou lhes tirar da aflição, para uma terra onde jorra leite e mel. Ninguém conseguirá lhes enfrentar. O EU SOU estará com vocês. E nenhuma promessa Minha falhará". O mesmo se aplica ao povo de Deus hoje. Enquanto a terra existir, as Suas promessas permanecem as mesmas: "Eu lhes tirarei das aflições. Confiem no grande EU SOU". É por isso que o Deus de extrema paciência não tem paciência com a incredulidade de Seus filhos. Hebreus diz: "Havendo-a alguns ouvido, o provocaram" (Heb. 3:16). O quê ouviram? Eles tinham ouvido a Palavra de Deus: promessas de proteção, orientação e bondade. Mas ao invés de confiarem nessa Palavra, se concentraram nas situações desesperadoras. E permitiram que a incredulidade se apossasse de seus corações. Deus respondeu dizendo: "Jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso" (Heb. 3:11). Essas pessoas queriam algo racional. Queriam se firmar em algo que pudessem ver, sentir e tocar. Queriam que Deus lhes detalhasse o trajeto que as aguardava à frente. Mas isso não é fé. Fé significa dizer: "Deus me fez uma promessa. E vou viver e morrer por essa promessa. Não importa o que será necessário para me apropriar dela. Estou arriscando tudo, toda a minha vida - por Sua Palavra para mim". Hebreus pergunta: "Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade" (Heb. 3:17-19). O fato é que todas as provações de Israel passaram. E Deus fielmente livrou-os de cada uma delas. Ainda assim os mesmos israelitas que experiementaram a bondade de Deus acabaram mortos no deserto. Por que? Toda vez que vinha uma luta, eles murmuravam reclamando - e se endureciam, recusando a crer. E você? Você nesse instante está numa situação de terror como Israel estava? Você está sem esperança, vazio, despojado de tudo? A todos os que estiverem enfrentando uma luta angustiante, eu digo: as suas provações também passarão. Então, o que Deus espera de você agora, em meio a tudo que está acontecendo? Talvez você esteja sofrendo, se angustiando com uma situação que parece não ter fim. Você está cabisbaixo, mais desencorajado do que jamais esteve na vida. Os seus amigos podem estar dizendo: "Não chore e não se lastime. Isso não é mostrar fé". Mas não é assim. A verdade é que se você tem fé, será capaz de chorar. Não dá para evitar a dor. Em verdade, há poder de cura em suas lágrimas. O seu lamento não tem nada a ver com ter ou não confiança na Palavra de Deus. Às vezes, você pode se perguntar: "Senhor, o quê fiz de errado? Que pecado cometi? Será que isso é o Teu julgamento sobre mim?". Você pode até sentir vontade de confrontá-Lo, dizendo: "Por que o Senhor deixou isso acontecer? O que fiz para que o Senhor permitisse isso?". Posso lhe dizer: Deus lhe dá tempo para estes questionamentos. Ele permite que a sua carne tenha os seus acessos de raiva. Aí, finalmente, o Senhor chega até você e diz: "Você teve o direito de sentir todas essas emoções. Mas não tem razão em Me acusar ou em duvidar de Mim. Eu lhe dei uma promessa. Na verdade, lhe dei tudo de que necessita. E você deve se apropriar dessa promessa agora. Se o fizer, a Minha Palavra se transformará em vida para você. Lhe trará cura maior do que a de qualquer remédio, mais poderosa do que qualquer mar de lágrimas". Por Toda a Encontramos Homens e Mulheres de Que Atravessaram Profundos Tremores na Alma e no Espírito Bíblia, Deus Vez após outra o salmista inquire: "Por que a minha alma está abatida? Me sinto inútil e abandonado. Há tanta inquietação dentro de mim. Por que, Senhor? Por que me sinto tão fraco na aflição?". Estas perguntas falam em nome de multidões de pessoas que têm amado e servido a Deus. Veja o piedoso Elias, por exemplo. O vemos embaixo de uma árvore de zimbro, suplicando que Deus o mate. Ele está tão deprimido, que chega ao ponto de querer desistir da própria vida. Também encontramos o justo Jeremias afundado no desespero. O profeta grita: "Deus, o Senhor me enganou. Me mandou profetizar todas essas coisas, mas nenhuma delas aconteceu. Nada fiz toda a minha vida senão buscá-Lo. E é assim que o Senhor me paga? A partir de agora não mencionarei mais o Seu nome". Cada um destes servos sofreu um ataque temporário de incredulidade. Mas o Senhor entendeu a sua condição nas horas de confusão e dúvida. E após um período, sempre lhes indicou uma saída. Em meio às suas aflições, o Espírito Santo acendeu luz para eles. E as escrituras registram as suas experiências para nós. Veja o testemunho de Jeremias sobre como ele saiu do buraco: "Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração" (Jeremias 15:16). Também Davi testifica: " Guardei a tua palavra". E Elias diz: "Veio a mim a tua palavra". Certa hora, todos esses servos recordaram-se da Palavra do Senhor. E ela se transformou na alegria e no júbilo de suas vidas, puxando-os para fora do abismo.e me coloquei no lugar do servo. A verdade é que durante todo o tempo que estas pessoas estavam lutando, o Senhor estava sentado ao lado, aguardando. Ele ouviu o seu choro, a dor, suas angústias. E após ter passado um certo tempo, lhes disse: " Você já chorou. Já experimentou o sofrimento e a dúvida. Agora quero que confie em Mim. Poderia você voltar para a Minha Palavra? Poderia se apropriar da promessa que fiz para você? Se fizer isso, a Minha Palavra irá tomar conta de você". Não importa como chegamos à nossa terrível situação. Algumas vezesé obra do Senhor, levando-nos ao nosso limite. Às vezes é o inimigo nos atacando, como fez com Jó. Às vezes é a nossa carne, seja através de tentação, ou por meio de sofrimento mental ou físico. O fato é que não importa como foi que chegamos àquela situação. O que importa é como saímos dela. E inexiste outro caminho senão pela Palavra de Deus. O Espírito Santo é fiel em nos falar. Ele faz com que saibamos quando chega a hora de deixarmos de lado as nossas dúvidas e questionamentos. Se não fizermos isso - se nos recusarmos a voltar a confiar na Palavra de Deus, permitindo que as Suas promessas se tornem mais uma vez a alegria de nossas vidas - a incredulidade se instalará. E se solidificará como concreto. Chegando a esse ponto, cairemos num abismo do qual poderemos nunca sair. Então, cada um de nossos pensamentos em relação a Deus será de dureza e acusação, ao invés de confiança. E a Sua ira é contra todo aquele que abandona a confiança em Sua Palavra. No Novo Testamento, Encontramos o Que Deve Exigência Mais Irracional da Fé Que Deus Já Fez à Humanidade Ser a Por séculos, os judeus haviam procurado o Messias que viria. Acreditavam que o Salvador de Israel seria um rei em majestade e poder para governar em Jerusalém. Seria um libertador poderoso, comandando um exército invencível. E romperia o jugo que Roma havia colocado sobre Israel. E então superaria qualquer outro poder sobre a face da terra. Dá para imaginar a expectativa que todo judeu tinha para a vinda deste Salvador? Ele iria acabar com todas as enfermidades, remover toda a dor, libertar os pobres da pobreza, e dar às pessoas tudo o que os seus corações desejavam. Ele tornaria Israel um grande povo e uma próspera nação. E faria tudo isso com incrível demonstração de força. E então? Foi assim que o Messias chegou? Não, sabemos que não. Ele nasceu num estábulo, em meio a tantos lugares onde poderia ter nascido. E a história do Seu nascimento é o aspecto mais ilógico e irracional de todos. Esse Messias não teve pai terreno; foi concebido imaculadamente pelo Espírito Santo, e carregado no ventre de uma virgem. A Sua chegada não foi anunciada por trombetas poderosas, mas por um velho sacerdote e uma profetiza anciã. Eles simplesmente declararam: "Ele é o esperado de Israel. Creiam nEle, pois Ele é Deus". De quem estavam falando, exatamente? De um humilde nazareno, um carpinteiro. Quando Jesus entrou em cena, as pessoas disseram: "Espere aí. Nós conhecemos os pais dEle". Alguém até poderia ter dito: "José uma vez O trouxe à nossa casa para ajudar a consertar a mesa". Como se poderia esperar que alguém cresse que um homem desses era o Messias? Isso seria totalmente irracional. Jesus não anunciou o Seu senhorio com um poderoso exército. Ele apareceu só com doze discípulos iletrados, da classe trabalhadora. Estes não eram estudados na grande teologia. Eram pescadores, trabalhadores avulsos, gente do comércio. E Jesus não era diferente. Então, como alguém poderia aceitar que Ele fosse uma autoridade na palavra de Deus? Todos sabiam que os reais líderes de Israel assentavam-se aos pés de Gamaliel, prendendo com o mais proeminente intelectual da época . Enquanto isso, esse filho de carpinteiro ensinava nos desertos e à beira do mar. A Sua platéia era feita de viúvas, leprosos, prostitutas. E Ele dizia a todos eles: "Sou Deus na forma humana. Creiam em Mim". Imagine a reação que todo líder religioso deve ter tido: " Esse homem chega às sinagogas declarando que é o Messias. Diz que foi enviado por Deus. Mas não tem nascimento e nem linhagem real. Não tem nem onde reclinar a cabeça. Invade o templo e expulsa todos os nossos comerciantes. E chama o templo de 'casa do Meu Pai'. Mas Ele não explica de onde recebe essa autoridade. Em verdade, sustenta que Ele é o templo de Deus. Diz que existia antes de Abraão." "Ele diz que é a água viva, que é o pão dos céus, homem e Deus a mesmo tempo. E aí usa uma linguagem esquisita, dizendo para comermos do Seu corpo, e bebermos do Seu sangue. Diz que se O vemos, vemos o Pai. Mas que se não cremos nEle, então não cremos em Deus. Mas, que autoridade tem para sustentar tudo isso? É apenas a palavra dEle. Ele simplesmente chega e fala: 'Confiem em Mim'". Imagine esses líderes ouvindo Jesus dizer: "Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna" (Jo. 5:24). Eles protestaram, dizendo a Cristo: "Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro" (8:13). Jesus responde a eles com ainda uma outra explicação não razoável: "Está...escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou" (5:17-18). Finalmente, Jesus coloca todo o assunto sob uma perspectiva. Ele lhes diz: "Por que não entendeis a minha linguagem? por não poderdes ouvir a minha palavra" (8:43). Ele estava dizendo: "Vocês não conseguem me compreender porque não ouvem a Minha Palavra". O mesmo é verdade em relação a todo crente de hoje. Tudo se resume a um ponto: confiar na Palavra de Deus. Unicamente a Sua Palavra é a nossa vida e esperança. Até o Dia de Deus Está Impaciente Com a Incredulidade do Seu Povo Hoje Vivemos no perído da maior revelação do evangelho na história. Há mais pregadores, mais livros, mais saturação evangélica pela mídia do que nunca. Contudo nunca houve mais angústia, aflição e perturbação mental entre o povo de Deus. Os pastores de hoje programam os sermões só para pegar as pessoas, e ajudá-las a tratar do desespero. Pregam sobre o amor e a paciência de Deus. Lembram-nos que Ele compreende os nossos tempos de desencorajamento. Ouvimos: "Fique firme, forte. Até Jesus sentiu-se abandonado pelo Pai". Não há nada errado nisso. Eu mesmo prego essas verdades. Contudo creio que existe ainda uma razão pela qual vemos tão pouca vitória e libertação: incredulidade. O fato é que Deus tem falado com grande clareza nestes últimos dias. E é isso o que tem dito: "Já lhes dei uma Palavra. Está terminada e completa. Agora, baseiem-se nela". Que ninguém lhe diga que estamos experimentando fome da Palavra de Deus. A verdade é: estamos experimentando fome de ouvir a Palavra de Deus, e de obedecê-la. Por que? Fé é tão irracional. E a fé nunca nos vem pela lógica ou pela razão. Paulo declara simplesmente: "A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rom. 10:17). Essa é a única maneira pela qual a verdadeira fé algum dia se elevará no coração de qualquer crente. Ela vem pelo ouvir - ou seja, crer, confiar e agir baseado em - a Palavra de Deus. Quero encerrar com uma conversa imaginária entre o Senhor e um cristão desencorajado: -O cristão: "Deus, estou afundado e sem coragem. O Senhor prometeu que não permitiria que eu carregasse qualquer carga que fosse pesada demais sem que me permitisse um escape. Mas nesse exato momento estou aniquilado. Que pelo menos o Senhor pudesse me dizer do que se trata tudo isso". -O Senhor: "Eu te dou a Minha palavra". "Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas...Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento. Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho" (Salmo 32:6-8). -O cristão: "Senhor, me sinto tão fraco. A minha força está quase no fim; a minha mente está inundada de medo e dúvidas. Não vejo saída. O futuro me parece sem chance". -O Senhor: "Eu te dou a Minha palavra". "Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, para livrar-lhes a alma da morte, e, no tempo da fome, convervar-lhes a vida. Nossa alma espera no Senhor, nosso auxílio e escudo" (Salmo 33:18-20). -O cristão: "Senhor, às vezes sinto que devo Lhe ter ofendido. Essa provação de agora seria então um tipo de julgamento? Será que algum dia isso vai acabar?". -O Senhor: "Eu te dou a Minha palavra". "Clamou este aflito, e o Senhor o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações. O anjo acampa-se ao redor dos que o temem e os livra. Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia..." "Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor... Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações... Mutas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas os livra...O Senhor resgata a alma dos seus servos, e dos que nele confiam nenhum será condenado" (Salmo 34:6-8,15,17,19,22). Em apenas três Salmos, recebemos o suficiente da Palavra de Deus para expulsar toda incredulidade. Insisto com você agora: ouça-a, confie nela, obedeça-a. E finalmente, repouse nela. Esse será o nosso testemunho do nosso fiel Deus, em meio à toda provação e aflição. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 19 __________ A Grande Responsabilidade dos Que São Perdoados - 19 de maio de 2003 (The Great Responsability of Those Who Are Forgiven) David de maio de Em Mateus 18, Jesus usa uma parábola para ensinar aos discípulos como é o reino dos céus. Como em muitas das parábolas, tudo no relato se relaciona a Cristo e Sua igreja. Jesus começa descrevendo um rei que chama seus servos para prestarem contas. As escrituras registram: "E (o rei), passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos" (Mateus 18:24). Cá estava um servo com uma tremenda dívida. Ele devia ao rei o equivalente a centenas de milhões de dólares, quantia que nunca poderia pagar. Jesus não conta como esse homem caiu numa dívida tão incrível. Algumas versões da parábola dizem que ele era um escravo, e que a dívida Wilkerson 2003 era um empréstimo não pago. Contudo, tudo que sabemos do evangelho de Mateus é que ele teve acesso a grandes recursos, e os esbanjara. Quero mostrar duas coisas importantes relacionadas a esta parábola. Primeiro, os servos representam crentes, os que trabalham no reino de Deus; assim o servo endividado aqui não era estranho ao trabalho do rei. Segundo, descobrimos mais adiante (em Mateus 25) que o propósito de Deus ao dar talentos ao Seu povo é produzir frutos. Todos os que recebem talentos do Pai são ordenados a investi-los. Deus não dá talentos simplesmente de modo indiscriminado. Ele espera colher fruto dos investimentos que faz no Seu povo. Evidentemente, o rei em Mateus 18 estava tratando com servos que haviam sido denunciados por haverem cometido crimes. E o servo com grande dívida foi um dos primeiros ofensores a serem levados até ele. Esse servo provavelmente era um homem muito talentoso, do qual muito se esperava. (Caso contrário, não teria tido acesso a tudo que esbanjou.) Porém quando foi chamado a prestar contas, viu-se que ele não tinha "porém, com que pagar" (Mateus 18:25). Então "ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga" (18:25). Esse homem não tinha nada de valor que pudesse usar para seu débito criminal; não tinha dinheiro, bens, nada de mérito a oferecer. Então, o quê fez? Ele "prostrando-se reverente rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei" (18:26). É importante saber o significado de "reverente" aqui. Em grego quer dizer "bajulando ou curvando-se servilmente; beijando como o cão lambendo as mãos do dono". Esse homem não estava ajoelhado se arrependendo; ele estava bajulando, tentando adular o senhor; não estava pedindo perdão ao rei, mas paciência. Ele queria outra chance, rogando: "Me dê um pouco de tempo. Posso compensar pelo meu pecado, e satisfazer todas as suas exigências". A verdade é: não havia possibilidade de o servo pagar pelo crime. Ele jamais iria conseguir o necessário para repor os fundos que havia usado mal, ou esbanjado. Eu assemelho a atitude dele à do cristão que é pego em adultério. Quando o seu pecado é mostrado, a primeira reação é a de uma dor falsa, bajuladora. Ele chora: "Ó Deus, não deixe que eu perca o meu casamento, a minha família. Não acabe com a minha carreira; não me leve à falência. Tenha paciência comigo. Preciso só de mais uma oportunidade". Aí ele suplica ao cônjuge: "Por favor, me dê apenas uma chance". Porém em realidade, esse homem nunca poderá compensar pelo que fez. É simplesmente impossível. O Servo da Parábola Foi Perdoado da Baseado Unicamente na Compaixão e na Misericórdia Grande Dívida Jesus continua a parábola: "E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida" (Mat. 18:27). Por que o rei iria se compadecer por um bajulador? O servo não estava arrependido. Em verdade, não tinha noção da extensão de sua pecaminosidade. Descobrimos isso mais adiante na parábola, quando se revela que o coração dele é duro e sem compaixão. Esse homem era um ator, sem intenção de mudar. E certamente o rei discerniu isso; afinal, ele aqui representa o próprio Cristo. Ele tinha de saber que o servo estava tentando trabalhar com as emoções, provocar dó. No entanto, a despeito disso, o rei se compadeceu dele. Por que? Não foi por causa das lágrimas falsas. E não foi porque o servo suplicou por paciência e mais tempo. Não, o rei se compadeceu por causa da terrível enfermidade que grassava no coração e na mente daquele homem. Veja, só um terrível delírio poderia levar este servo a acreditar que poderia realmente pagar a dívida ao senhor. A atitude dele refletiu o quão insignificante ele achava ter sido o seu pecado. Para ele, era apenas um pequeno engano que precisava de tempo para ser resolvido; estava convencido de que se trabalhasse o suficiente, poderia usar suas habilidades para equilibrar os balanços financeiros. Mas o rei entendia de outra forma: nenhuma quantidade de mérito ou de força de vontade poderia resolver o enorme débito no qual esse homem havia incorrido. Você está entendendo a mensagem? Segundo Jesus, não estamos realmente arrependidos enquanto não nos conscientizarmos da impossibilidade de nós mesmos realizarmos a expiação de nossos próprios pecados. Jamais poderemos reembolsar ou restituir a Deus por nossas transgressões - seja pela oração, consagração ou boas intenções. A Nova Aliança deixa isso claro. No Velho Testamento, o adultério foi declarado como pecado a ser punido severamente. Contudo Jesus viu o pecado do adultério de modo ainda mais sério. Ele diz que se uma pessoa sequer olhar à outra com cobiça, já cometeu adultério. Em resumo, sob a Nova Aliança, as exigências de Deus quanto à santidade se tornam maiores. Ora, o rei na parábola de Jesus sabia o quanto eram graves as conseqüências dos pecados do servo. E podia ver que se entregasse aquele homem a tais conseqüências, este estaria perdido para sempre. Afinal, tal homem já estava cego aos horrores do seu pecado. E se não fosse perdoado, se tornaria ainda mais endurecido. Iria se aprofundar progressivamente na desesperança, se tornando mais duro para o resto da vida. Então o rei decidiu perdoá-lo. Ele declarou o homem livre e limpo, liberando-o de qualquer dívida. Quero dizer uma breve palavra aqui sobre arrependimento. Esse conceito é geralmente definido como uma "conversão". Fala de uma meiavolta, de um retorno de 180 graus do caminhar de uma pessoa. Diz-se também que o arrependimento é acompanhado por uma dor piedosa. Porém, mais uma vez, a Nova Aliança torna um conceito do Velho Testamento ainda mais amplo. Arrependimento é muito mais do que meramente se afastar dos pecados da carne. Ele envolve mais do que a dor pelo passado, e a tristeza por haver entristecido ao Senhor. De acordo com a parábola de Jesus, arrependimento se relaciona ao afastamento da doença mental que nos permite achar podermos, de algum modo, compensar pelos nossos pecados. Essa doença afeta milhões de crentes. Toda vez que esses cristãos caem em pecado, eles pensam: "Posso acertas as coisas com Deus. Vou trazer-Lhe lágrimas sinceras, mais oração séria, mais leitura da Bíblia. Resolvi que vou compensá-Lo pelo que fiz". Mas isso é impossível. Esse tipo de raciocínio leva à seguinte posição: desespero profundo. Essas pessoas ficam para sempre lutando e sempre caindo. E acabam se estabilizando em uma falsa paz. Elas possuem uma falsa santificação feita por elas mesmas, convencendo-se a si próprias de uma mentira. É por isso que Jesus nos deu essa parábola. Ele está exibindo a nós o exemplo de um homem de confiança e de talentos, que de repente se revela o maior dos devedores. Eis alguém sem méritos, cheio de motivações erradas, indigno de qualquer compaixão. Contudo o senhor o perdoa graciosamente - assim como Jesus fez com você e comigo. Diga-me, o quê salvou você? Foram as suas lágrimas, e suas sinceras súplicas? A profunda dor por entristecer a Deus? Sua sincera decisão de sair do pecado? Não, não foi nenhuma destas coisas. Foi somente a graça que o salvou. E como o servo na parábola, você não a mereceu. O fato é que você ainda não é digno dela, não importa o quão piedoso seja o seu caminhar. Eis uma definição simples para arrependimento real. Quer dizer: "Deixo de lado, de uma vez por todas, qualquer idéia de que eu possa algum dia restituir a Deus pelo que devo. Jamais poderei fazer algo para conseguir de Sua boa graça. Logo, nenhum esforço ou boa obra de minha parte pode pagar pelo meu pecado. Eu simplesmente tenho de aceitar a Sua misericórdia. É o único caminho para a salvação e a liberdade". Ao Ser Perdoado Unicamente O Servo Recebeu uma Grande Responsabilidade pela Graça, O rei subestimou o pecado do servo? Ele fez vista grossa à dívida dele, e simplesmente a desculpou? Não, em absoluto. O fato é o seguinte: ao perdoá-lo, o rei pôs sobre este homem uma pesada responsabilidade. E essa responsabilidade foi ainda maior que o peso da dívida. Em verdade, o servo agora devia ao senhor mais do que nunca. Como? Ele seria responsável para perdoar e amar os outros, assim como o rei havia feito com ele. Que tremenda responsabilidade é essa. E ela não pode ser separada de outros ensinamentos de Cristo sobre o reino. Afinal, Jesus disse: "Se... não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mat. 6:15). O ponto é claro: "Se você não perdoar os outros, não o perdoarei". Essa palavra não é opcional, é uma ordem. Jesus está nos dizendo basicamente: "Fui paciente contigo; te tratei com amor e misericórdia. E o perdoei unicamente por minha bondade e misericórdia. Igualmente, você deve ser amoroso e misericordioso com seus irmãos e irmãs. Você deve perdoá-los graciosamente, exatamente como te perdoei. Você deve ir para o seu lar, sua igreja, seu trabalho, às ruas, e mostrar para todos a graça e o amor que lhe mostrei". Paulo se refere à ordem de Jesus, dizendo: "Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós" (Colossenses 3:13). Ele então expõe como prosseguir na obediência a essa ordem: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem... acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição" (3:12-14). Então, o que quer dizer suportar? Em grego significa: "tolerar". Isso sugere suportar coisas que não gostamos. É nos dito que devemos tolerar os defeitos dos outros, agüentar modos que não entendemos. Então, como o servo perdoado respondeu à graça e ao perdão do senhor? A primeira coisa que fez foi atacar outro servo que lhe devia dinheiro. Ele agarrou o homem, prendeu-o pelo pescoço, e exigiu ser pago imediatamente. É incrível - a quantia era uma ninharia, menos que a paga de três dias de trabalho. Mesmo assim o servo ameaçou o devedor, gritando "Quero o pagamento já!". O homem nada tinha, então se prostrou, suplicando paciência. Mas o servo responde: "O seu tempo acabou". Digo-lhe o seguinte: esse é um dos pecados mais abomináveis da Bíblia. Primeiro, é perpetrado por um servo de Deus. Diga-me, que tipo de pessoa iria agir assim tão sem piedade? Que coração poderia ser tão ingrato, tão desprovido de um pingo da misericórdia que lhe havia sido mostrada? Está nos sendo dado um vislumbre das trevas que, o tempo todo, estavam no coração deste servo. Em Romanos 2, Paulo descreve essas trevas: "Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias cousas que condenas...Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais cousas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus? Ou desprezas a riqueza da sua bondade, a tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" (Romanos 2:1, 3-4). O que Paulo quer dizer quando diz que tal pessoa despreza a riqueza da bondade de Cristo? A palavra "despreza" aqui significa: "Ela não acha ser possível". Em outras palavras, esse crente diz: "Tamanha graça e misericórdia são impossíveis. Não dá para se aprofundar nisso". Tal não se ajusta à teologia dele. Então, ao invés de aceitar essa riqueza, dispõe sua mente contra ela. Por que o servo ingrato não pôde aceitar a graça do rei? Há uma razão: ele não levou a sério a enormidade do seu pecado. Ele estava muito resolvido, convencido de que poderia sobrepujar o seu débito. Porém o rei já havia dito: "Você está livre. Inexiste mais culpa, cobranças, liberdade condicional ou cumprimento de tarefas. Daqui para frente, você só precisa se concentrar na bondade e na tolerância as quais lhe mostrei". Tragicamente, uma pessoa que não aceita amor não é capaz de amar outra. Antes, se torna condenatória quanto aos outros. É isso que aconteceu com esse servo. Ele não conseguiu atinar com a misericórdia do rei por ele. Veja, a tolerância e o perdão imerecido da parte de Deus têm um único objetivo: nos levar ao arrependimento. Paulo diz: ignoras "que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?" (Rom. 2:4). Paulo sabia disso por experiência própria, tendo se declarado o maior de todos os pecadores. Está claro a partir da parábola que essa é a razão de o senhor perdoar o servo. Ele queria que esse homem, o qual fora digno de confiança, se afastasse de suas obras na carne para repousar na incrível bondade do rei. Este repouso iria lhe liberar, por sua vez, para amar e perdoar os outros. Mas em vez de se arrepender, o servo foi embora duvidando da bondade do senhor. Ele não conseguia tirar da cabeça a idéia de que o rei poderia mudar de opinião. Então, resolveu ter um plano de contingência. E, desprezando as misericórdias do rei, tratou os demais com atitude condenatória. Dá para você imaginar a torturada mente dessa pessoa? Este homem deixou uma situação de perdão, onde experimentou a bondade e a graça do senhor, e ao invés de se alegrar, desprezou a idéia de uma liberdade tão farta. Digo-lhe o seguinte: todo crente que acha que a bondade de Deus é impossível, se abre a qualquer mentira de Satanás. Sua alma não descansa; a mente se agita o tempo todo. E ele fica continuamente com medo do juízo. Fico imaginando: quantos cristãos vivem hoje essa existência torturante? Será por isso que há tanta contenda, tantas divisões no corpo de Cristo? É por isso que tantos ministros estão em divergências, que tantas denominações se recusam a ter comunhão com as outras? O espírito de julgamento dentro da igreja é muito pior do que qualquer julgamento que ocorra no mundo. E isso é um tapa na frase de Jesus: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35). Eu lhe pergunto: há alguma possibilidade de o mundo reconhecer o povo de Deus por esse padrão? Será que os não-crentes dizem: "Essas pessoas realmente são discípulas dEle. Eu nunca as vejo brigando. Elas realmente se amam" ? Tenho ficado totalmente chocado com as profundas divisões que tenho testemunhado na igreja. Vi isso pessoalmente em uma conferência de pastores num país estrangeiro. Quando cheguei, vários ministros proeminentes me avisaram: "Não coopere com o Reverendo Fulano. Ele tem toda aquela coisa esquisita de adoração, e todo tipo de bobagem carismática. Acho que você não deve dar a ele nenhuma função importante nos cultos". Até os companheiros pentecostais desse homem me disseram para evitá-lo. Mas quando encontrei o pastor e o conheci, eu vi Cristo nele. Uma ocasião alguém me cochichou: "Este homem é um dos maiores homens de oração do país; ele passa dois dias inteiros por semana só orando". Em verdade, achei o pastor bondoso, gentil e amoroso - exatamente os frutos que Jesus disse que todos devemos ter. Ao pregar, convidei esse ministro ao púlpito comigo, junto com outros. Isso ofendeu a muitos, e depois vários pastores zombaram de mim. A única coisa que eu podia pensar foi: "Esses homens sabem o quê quer dizer ser perdoado de uma grande dívida. Contudo, entre todos, tais líderes da igreja de Deus se recusam a tolerar um colega pastor a quem nem conhecem". Em uma outra conferência, testemunhei várias denominações cooperando alegremente. Havia um maravilhoso senso de unidade entre batistas, pentecostais, luteranos e episcopais. A cada noite, o líder de uma denominação diferente dirigia a reunião. Uma noite, um bispo pentecostal fez a abertura do culto; foi seguido por um grupo pentecostal de louvor. Os jovens do grupo estavam cheios de alegria, batendo palmas ao dirigir a jubilosa adoração. Mais tarde soube que alguns deles haviam sido libertos do vício das drogas, e estavam gratos simplesmente por poderem estar presentes. Mas quando olhei para o bispo, o seu rosto estava ficando vermelho. Ele estava fechando a cara e começando a ferver. Entendi então que a sua denominação não acreditava em adoração impetuosa. E eu havia aderido livremente. Depois do culto, o bispo veio com passos largos até mim e declarou: "Aquilo foi uma vergonha, totalmente da carne. Como você permitiu isso? Vou deixar a conferência, e estou levando todos os 200 pastores comigo". Eu fiquei estarrecido, sem fala. Eu tinha passado semanas ajoelhado em oração, preparando-me para essas reuniões. Mas agora me perguntava o quê havia feito de errado. A verdade é que eu estava sendo sufocado pela raiva daquele homem. Era como a cena da parábola: ele havia me pegado pela garganta, e me fazia cobranças com raiva. Felizmente, o bispo mudou seu coração e não abandonou a conferência. Mas o quê possuiria de tal modo um ministro de Deus, a ponto de se recusar a tolerar um companheiro servo de Cristo? Não houve paciência, nem misericórdia, nem amor por outros possuidores de igual preciosa fé. Durante anos, o bispo de uma certa denominação me convidou ao seu país para dirigir reuniões. Ele dizia: "Esse país precisa ouvir o quê Deus tem lhe falado". Finalmente, o Senhor me liberou para ir, mas só sob a condição de todas as denominações terem permissão de tomar parte nos cultos. Quando o bispo ouviu isso, se recusou a participar. E proibiu todos os seus ministros de comparecerem. Eles tinham se separado das outras denominações há anos. Um associado deste bispo me ligou explodindo, e disse "Que vergonha! Como um homem de Deus pode cooperar com essa gente?". Quem, exatamente, eram as pessoas de quem ele estava falando? Como descobri, eram: um bispo luterano que estava pleno de Jesus...um grupo de humildes bispos pentecostais...e um bispo batista que ficara preso sob o comunismo, onde havia lido uma versão copiada à mão do meu livro, A Cruz e o Punhal. Todos estes líderes estavam ansiosos para adorarem juntos, como um em Cristo. Você poderia imaginar qualquer outro líder cristão se recusando a ter comunhão com um grupo destes? O que há por trás desta rivalidade condenatória? Por que servos de Deus, a quem tanto foi perdoado pessoalmente, tratam mal seus irmãos e se recusam a ter comunhão com eles? Remontando às origens chega-se ao mais doloroso dos pecados: desprezo pela bondade de Deus. Eu só cheguei a essa conclusão pesquisando o meu próprio coração em busca de uma resposta. Recordei a minha própria luta para aceitar a misericórdia e a bondade de Deus por mim. Por anos, eu havia vivido e pregado sob uma escravidão legalista. Eu me esforçava para corresponder aos padrões que eu acreditava levavam à santificação. Mas eram em sua maioria apenas uma lista dizendo: faça isso, não faça aquilo. A verdade é que eu me sentia mais confortável no monte Sinai, na companhia de profetas trovejantes, do que na cruz onde a minha necessidade se expunha nua. Eu pregava a paz, mas eu nunca a experimentara plenamente. Por que? Porque eu estava inseguro do amor do Senhor, e de Sua paciência com minhas falhas. Eu me via tão fraco e mal, que me tornava indigno do amor de Deus. Em resumo, eu tornava os meus pecados maiores que a Sua graça. E porque eu não sentia o amor de Deus por mim, eu julgava todo mundo. Eu enxergava os outros do mesmo modo que eu percebia a mim mesmo: como transigentes. Isso afetou a minha pregação. Eu me irava contra o mal presente nos outros, ao senti-lo crescer em meu próprio coração. Tal como o servo ingrato, eu não havia crido na bondade de Deus por mim. E por não ter me apropriado de Sua amorosa paciência comigo, eu não a tinha pelos demais. Finalmente, a pergunta real ficou clara para mim. Deixou de ser: "Por que há tantos cristãos duros e não perdoadores?". Agora eu perguntava: "Como conseguir cumprir o mandamento de Cristo para amar os outros como Ele me amou, se não estou convencido de que Ele me ama?". Volto agora a pensar no bispo que ficou bravo com a adoração impetuosa. Eu creio que aquele homem agiu sob o medo. Ele viu a unção de Deus sobre aqueles cantores, ele ouviu o meu sermão, que ele sabia ser do trono de Deus - e isso ameaçou as suas tradições. Ele estava agarrado a uma doutrina mais do que ao amor de Cristo. E essa doutrina havia se tornado uma parede que o alienava de seus irmãos e irmãs em Cristo. Paulo admoesta: "Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou" (Efésios 4:31-32). Jesus Termina a Parábola Com Uma Terrível Advertência Precisamos levar a sério essa palavra da parábola de Cristo: "Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda... não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?" (Mateus 18: 32,33). Ninguém foi mais perdoado de pecados do que eu. Sou um daqueles que foi purificado de pecados "que se elevam acima de minha cabeça", iniqüidades da carne e do espírito muito numerosas para serem contadas. Fui desobediente à palavra de Deus, limitei a Sua obra em minha vida, fui impaciente em relação às pessoas, julguei aos outros sendo eu mesmo culpado. E o Senhor me perdoou de tudo isso. A pergunta para mim agora - e na verdade, para todo cristão - é essa: "Será que eu tenho paciência com os irmãos? Será que os suporto? Eu efetivamente tolero as suas diferenças?". Se me recusar a amá-los e perdoálos, como fui perdoado, Jesus me chama de "servo malvado". Não entenda mal: isso não quer dizer que devamos fazer concessões. Paulo pregou ousadamente a graça, mas instruiu Timóteo: "Corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina" (2 Timóteo 4:2). Devemos ser ousados guardiões da sã doutrina. Contudo não devemos usar as doutrinas para construir paredes entre nós. Esse foi o pecado dos fariseus. A lei dizia: "Santifique o sábado". Mas o mandamento em si não era suficiente para a carne deles. Eles acrescentaram suas próprias salva-guardas, múltiplas regras e regulamentos que permitiam o mínimo possível de movimentos no sábado. A lei também dizia: "Não tome o nome de Deus em vão". Mas os fariseus construíram ainda mais paredes dizendo: "Nem sequer mencionaremos o nome de Deus. Assim não poderemos tomá-lo em vão". Em algumas seitas judaicas, essas paredes ainda estão em vigor hoje. Mas são paredes de feitura do homem, não de Deus. Logo, é uma escravidão. Hoje, o Senhor nos diz: "Sede santos, porque eu sou santo" (I Pedro 1:16). Mas os homens pegaram esse mandamento e o usaram para edificar paredes. Eles redigiram códigos quanto a vestimentas, códigos que restringem comportamentos e atividades, padrões impossíveis que nem eles conseguem cumprir. Tais paredes têm levantado fortalezas invisíveis, e só os que estão dentro delas são considerados santos. Todos os que estão fora das paredes estão condenados e devem ser evitados. Digo-lhe o seguinte: isso é corrupção do pior tipo. A parábola de Jesus deixa isso claro. Tais pessoas estão agarrando os outros pela garganta e exigindo: "Vai ter de ser do meu jeito, e só". Mas nenhum dos mandamentos do Senhor foi feito para ser transformado em parede de alienação. Qual foi a resposta do rei à ingratidão do servo na parábola de Jesus? As escrituras dizem: "Indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida" (Mateus 18:34). Em grego a tradução é: "levado até o fundo para ser atormentado". Não consigo deixar de pensar que Jesus aqui está falando do inferno. Então, o quê essa parábola nos diz? Como Jesus resumiu a mensagem aos discípulos, Seus companheiros mais íntimos? "Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão" (18:35). Eu estremeço ao ler essa parábola. Ela faz eu querer me dobrar sobre minha face, e pedir a Jesus um batismo de amor para com os demais servos como eu. Eis a minha prece; eu encorajo-o a torná-la a sua oração: "Deus, me perdoe. Eu com tanta facilidade me sinto provocado pelos outros, e tantas vezes reajo com raiva. No entanto, não sei onde estaria a minha própria vida sem a Tua graça e a Tua paciência. Fico perplexo com o Teu amor. Por favor, me ajude a entender e aceitar o Teu amor por mim inteiramente. Essa será a única maneira pela qual algum dia serei capaz de cumprir o Teu mandamento para amar. Então serei capaz de ter paciência e tolerância com os meus irmãos, em Teu espírito de amor e misericórdia". Amém. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 28 __________ A Preciosidade de Se Possuir Cristo - 28 de abril de 2003 (The Costliness of Possessing Christ) David de Abril de Mateus nos diz que Jesus falou às multidões através de parábolas: "Tudo isto disse Jesus por parábolas à multidão, e nada lhes falava sem parábolas; para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a fundacão do mundo" (Mateus 13: 34-35). Para vários cristãos de hoje em dia, as parábolas soam muito simples. Contudo, segundo Cristo, cada parábola contém um incrível segredo. Há uma verdade relacionada ao reino que está oculta em toda parábola que Jesus contou. E esta verdade é descoberta unicamente por aqueles que diligentemente a buscam. Muitos crentes folheiam rapidamente as parábolas. Aí, acham que vêem uma licão óbvia e rapidamente passam adiante. Ou, descartam o significado de uma parábola como se não se aplicasse a eles. E voltam-se para os escritos de Paulo, procurando "verdades mais profundas". Querem uma teologia que lhes seja claramente colocada em ordem, e exposta em detalhes. Mas penso em duas parábolas que Jesus contou aos discípulos. Em minha opinião, tais parábolas contêm talvez algumas das verdades mais profundas das quais qualquer crente pode se apropriar: "O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra0" (Mateus 13:4446). Alguém pode dizer: "O que há de tão oculto nestas verdades? Todos sabem que Jesus é a pérola de grande valor, o tesouro enterrado no campo. Isso não é nenhum segredo". Quero lhe dizer o seguinte: há maná escondido nestas duas parábolas. E só um punhado de crentes o descobriu. Por que? Porque os demais nunca quiseram gastar tempo cavoucando como o homem desta parábola fez. Na verdade, a imagem desesperada destes dois homens - o que cava o chão, e o negociante obstinado - deixa claro o significado que Jesus quer trazer: os segredos de Deus devem ser desejados mais do que tudo mais na vida. A Bíblia afirma claramente que há segredos no Senhor: "Com os sinceros está o seu segredo" (Prov. 3:32). Tais segredos têm estado desconhecidos desde a fundacão do mundo. Mas Mateus diz que estão embutidos ou enterrados nas parábolas de Jesus. Tais verdades ocultas têm Wilkerson 2003 poder para libertar verdadeiramente os cristãos. Mesmo assim, poucos estão dispostos a pagar o alto custo de descobri-las. Ora, todos sabemos que o dom da salvacão é gratuito. Jesus pagou o preço total de nossa salvação, para toda a eternidade. "Sendo justificados gratuitamente, por sua graça" (Rom. 3:24). Ainda mais - Ele nos convida a beber de Sua sempre fluente fonte de graça: "Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida" (Apocalipse 22:17). Testemunhei a alegria que esta graça traz quando preguei na Itália recentemente. Milhares foram à frente para aceitar Jesus nestes cultos. São pessoas que não recitaram simplesmente uma oracão de pecador, mas oraram em profundidade, chorando, confessando, invocando o Senhor. Estavam sendo salvos e libertos gratuitamente pelo poder do Espírito Santo. No entanto, na parábola do semeador, Jesus adverte que nem todo aquele que O confessa prosseguirá na fé. Segundo a parábola, umas sementes (o evangelho) cairão sobre solo bom. Estas sementes formarão raíz, crescerão e produzirão frutos. Mas outras sementes cairão em solo pedregoso e secarão antes de formarem raízes. E outras sementes cairão sobre terreno cheio de espinhos, e Satanás rapidamente as roubará. Creio que Está Ocorrendo o Grande Declínio que Jesus Profetizou Uma terrível apostasia está aniquilando massas e massas de crentes, especialmente nos círculos carismáticos. Muitos estão se afastando das pregações que produzem convencimento (da parte de Deus) e que mexem na alma, para buscar mestres que agradem a carne. Foram enganados por aquilo que Paulo chama "um outro evangelho, um outro Jesus". Seus ouvidos coçam para ouvir pregadores da prosperidade que se concentram em dinheiro. Vimos isso acontecendo durante as nossas cruzadas na Europa. Cristãos italianos nos contaram de evangelistas americanos que esvaziaram o bolso das pessoas, pularam para seus jatos particulares e disseram: "Ciao, bye-bye!". Mas Jesus previu tudo isso. Ele o lançou Seu olhar ao longo da História até os nossos dias, e previu tudo que viria: a rejeição da repreensão piedosa, o surgimento do evangelho atenuado, o ensino raso dos aduladores da carne, a queda das multidões. Em verdade, Ele preveniu que nos últimos dias, o amor de muitos crentes se reduziria. Servos que no passado eram zelosos se tornariam mornos, ou mesmo frios. E transformariam a preciosa graça de Cristo em lascívia. Que pregariam do Seu perdão e bênçãos, tudo sem custo a ninguém. As pessoas seriam postas à vontade com seus pecados. E isso entristeceria tanto o Senhor, que Ele os vomitaria da Sua boca. É por isso que Jesus convocou uma sessão particular com o seu círculo particular de discípulos. As escrituras dizem: "Então, despedindo as multidões, foi Jesus para casa. E, chegando-se a ele os deus discípulos, disseram: Explica-nos a parábola do joio do trigo" (Mateus 13:36). Jesus quis abrir os olhos de Seus seguidores para os significados mais profundos das parábolas. Ele sabia que eles necessitariam da verdade que os sustentaria durante os tempos de grande sedução. Nessa reunião fechada, Cristo disse as duas parábolas que mencionei antes, sobre o tesouro no campo e a pérola de grande preço. Estas duas parábolas pegam só tres versículos da Bíblia. Contudo, embutidos nelas estão os segredos do Senhor, os quais Ele disse estavam ocultos desde a fundacão do mundo. E elas contém Seus eternos propósitos, a serem revelados a servos consagrados. Mesmo num estudo rápido, usando comentários bíblicos, é possível garimpar pepitas da verdade nessas parábolas. Mas isso não é tudo que as escrituras dizem que devemos fazer. Jesus descreve um homem que cava desesperadamente. E se as verdades do reino de Deus estão profundamente enterradas nas parábolas de Cristo, nós também precisamos cavoucar diligentemente para encontrar a revelação. Eu pergunto: quem está disposto a trabalhar arduamente para descobrir esses segredos? Quem esperará pacientemente que o Senhor lhes revele os Seus segredos? Quem se demorará com o Espírito Santo o tempo suficiente para se apropriar de Suas verdades doadoras de vida? Creio que me demorei nessas duas parábolas o tempo suficiente para ter uma noção sobre a verdade encerrada nelas: elas tratam da preciosidade de se possuir Cristo. Muitos cristãos passam pela vida satisfeitos com uma fé apenas suficiente para prosseguir. Desejam apenas o suficiente de Jesus para chegar aos céus. Eles podem garimpar algumas verdades práticas das parábolas, mas jamais acham a verdade produtora de vida que está enterrada profundamente nelas. Em comparação, estas duas parábolas nos dizem que a preciosa verdade de Cristo é encontrada só por cristãos famintos e consagrados.Os que O seguem de todo coração terão os olhos abertos totalmente aos segredos da vida abundante. Jesus inicia essas duas parábolas dizendo: "Vou lhes dizer como é o reino dos céus" (v. Mateus 13:44). Cristo não está falando aqui do céu como pensamos dele, da dimensão em glória com o Pai. Não, Ele está se referindo ao reino dos céus na terra. Está dizendo, basicamente: "Eis como se pode possuir a plenitude dos céus em teu coração, agora mesmo. Mas primeiro quero dizer o quanto te custará obtê-la". Como obtemos os céus na terra? As duas parábolas deixam claro: possuindo Cristo em toda a Sua plenitude. E isso exige um empenho de alto custo. 1. A Primeira Parábola é a Respeito do Tesouro no Campo "O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo" (Mateus 13:44). Primeiro, quero perguntar: o quê o campo representa aqui? Ele significa o mundo cristianizado. É toda área onde o evangelho foi pregado e recebido. Naturalmente, a igreja é uma parte deste campo. Há um campo missionário doméstico e um campo missionário externo. E os homem trabalhando no campo representa todo aquele que serve Jesus. Este homem soube de fonte confiável que há um tesouro enterrado em algum lugar daquele campo.[Igualmente hoje, somos informados: "Cristo, em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Colos. 2:3)] Enquanto os outros obreiros do campo trabalham friamente, esse homem começa a cavar com fúria. Ele passa horas, dias, semanas obstinadamente procurando o tesouro. Quem é esse homem? Ele representa todo servo consagrado que ouviu o que os profetas disseram a respeito de Jesus: "Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei cousas ocultas desde a criação [do mundo]" (Mateus 13:35). Esse homem não se preocupa com o que os outros acham dele. Ele determinou em seu coração revelar o tesouro oculto de Deus; e sabe que a única maneira para o achar é se empenhando ao máximo. Ele então cava e cava, se encurvando para localizá-lo. O que é o tesouro que ele procura? É a incrível descoberta de que Cristo é tudo aquilo de que ele necessita. O seu tesouro é saber que toda a alegria, toda a orientação e propósito - e em verdade, as próprias riquezas dos céus - são dele em Jesus. Não importa quais lutas e provações são lançadas contra ele. Ele sabe que em Cristo, lhe foram concedidos todos os recursos. Jesus para ele é tudo em todos os sentidos. Quando esse homem finalmente acha o tesouro, faz algo curioso: ele imediatamente o esconde. "O qual certo homem, tendo-o achado, escondeu" (Mateus 13:44). O que ele está fazendo aqui? Por que esconderia essa maravilhosa riqueza recém descoberta? Encontramos uma pista no testemunho de Paulo. O apóstolo nos diz: "Quando, porém, ao que me separou...e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, nao consultei carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia"(Gal. 1:1517). Paulo havia recebido uma incrível revelação de Cristo. Então, por que resolveu guardá-la em segredo? É porque esse tesouro era absolutamente precioso para ele, mais caro que qualquer outra coisa. Veja, Paulo havia jejuado por essa verdade, orado por ela, buscado-a diligentemente. Ele havia servido a Deus com zelo, como fariseu, mas sem o conhecimento da verdade (v. Romanos 10:2). E agora que ele havia achado a verdade que era Cristo, isso não lhe seria roubado. Então Paulo foi para os desertos da Arábia para esconder o seu tesouro. Paulo estava declarando: "Não quero que ninguém ou nada me desvie dessa grande verdade que encontrei em Cristo. Não quero ouvir a opinião de mais ninguém nesse momento. Tenho de agarrar essa verdade para mim. E só vou compartilhá-la com os outros depois que eu entender totalmente a magnificência do que descobri". Visualizo o camponês desta parábola se maravilhando com o tesouro que achou. Assim que abre a arca do tesouro, êle o levanta, examina, se rejubila. E mesmo estando assim extasiado, sente que só segurar e o admirar não é o suficiente. Ele diz para si: "Quero isso para mim; quero isso inteiro para mim. Se o conseguir, isso resolverá os meus problemas até o fim da vida". Quando Jesus diz que o trabalhador do campo "vende" tudo que tinha, o significado em grego é negociar ou permutar. Isso significa uma troca de mercadorias ou serviços sem a passagem de dinheiro. Em outras palavras, seja o que for que esteja sendo passado - não pode ser comprado. Isso amplia o significado da parábola ainda mais. Jesus está dizendo: "Não se pode comprar coisas espirituais com coisas materiais". Paulo vivenciou essa verdade. Ele não possuía senão a roupa do corpo, e talvez algumas ferramentas para confeccionar tendas. Mesmo assim eis o quanto custou a Paulo abrir mão do seu tesouro: "Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo...considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as cousas e as considero como refugo, para conseguir Cristo" (Filipenses 3:7-8). Quem Enterrou o Tesouro no Campo ? Nosso Pai Criador possui todas as coisas. E Ele possuía o campo onde o tesouro foi enterrado. Isso significa que foi Ele que o enterrou lá. Ora, Ele sabia que o homem cavando no campo era pobre. Afinal de contas, os ricos não precisam ter trabalho braçal. Assim, esse trabalhador do campo tinha de vir até o proprietário e negociar para fazer a aquisição. Sabemos que não podemos adquirir coisas espirituais com dinheiro. Então, como é possível comprar algo de nosso Pai bendito? Isaías responde: "Vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite" (Isaías 55:1). Em outras palavras, Deus está dizendo: "O que tem valor para você? Não pense em termos de dinheiro, contudo. Fale comigo em termos de mercadorias e serviços". Ao longo dos séculos, os ricos têm tentado ganhar a vida eterna cedendo suas riquezas. Deixaram castelos, terras, riquezas, vastos rebanhos, jóias e roupas finas, tudo no esforço de ganhar a Cristo. Se tornaram pobres, se alimentando mal e vestindo peles de animais. Mas Jesus nunca foi encontrado dessa maneira por ninguém. Creio que Paulo passou os seus meses na Arábia negociando trocas com o Pai. Vejo-o perguntando: "Senhor, como posso possuir as riquezas plenas de Cristo? Quanto vai custar?" O Pai responde: "Eu te digo, Paulo. Dê-Me toda a tua auto-justificação. Então te darei a justificação de Cristo. Dê-Me todas as tuas boas obras, os teus esforços e empenho para Me agradar. E te darei a santidade de Cristo unicamente pela fé. Renuncie diante de Mim a todos os teus objetivos, ambições, planos, esperanças. Eu te darei o próprio Cristo para que viva em ti, e através de ti. Os desejos dEle se tornarão os teus. E conhecerás alegria e felicidade que realização alguma jamais te poderia dar. Dê a Mim o melhor do teu tempo. Me dê toda a tua confiança, todos os teus interesses. Então ganharás a Cristo. Terás possuído a sabedoria e a intimidade dEle, tudo sem dinheiro. Diga-me Paulo - ganhar a Cristo valeria tudo isso para ti?" Paulo ganhou a Cristo efetivamente. Ele saiu do deserto em posse plena do seu tesouro. Agora ele testifica: "O velho Paulo morreu. E Cristo está vivo em mim. Todas as minhas ambições se foram. Tudo que eu queria fazer ou ser antes, deixei para trás no deserto. Descobri o tesouro da minha vida, e Ele é todo suficiente para mim. Jesus é tudo aquilo de que necessito". Pode-se perguntar: "Onde está o mistério oculto nessa parábola do tesouro? Que segredo está enterrado aqui?" Paulo nos dá a resposta: "O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória" (Col. 1:26-27). Em resumo, o mistério é o próprio Cristo em você. O próprio tesouro dos céus está vivendo dentro de você, possuído por você. 2. A Segunda Parábola é a Respeito da Pérola de Grande Valor "O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra" (Mateus 13:45-46). Quem é o negociante nessa parábola? A raíz em grego explica que é um comerciante ambulante atacadista. Era também um avaliador, que testava o material. Em outras palavras, ele se sustentava avaliando pérolas caras, segundo a qualidade e o valor. Ora, sabemos que Jesus é a pérola de grande valor que o negociante acha. Ele é caríssimo, de valor incalculável, pois o negociante vende todas as suas posses para ganhá-Lo. A minha pergunta é a seguinte: quem era o proprietário original desta pérola de grande valor? E por que estaria ele querendo se desfazer dela? Creio que encontramos o sentido da pérola nos propósitos eternos de Deus. Obviamente, a pérola pertencia ao Pai. Ele possuía Cristo assim como qualquer pai possui o próprio filho. Em verdade, Jesus é a posse mais valiosa e rica do Pai. Só uma coisa levaria o Pai a abrir mão desta pérola de grande valor. Ele o fez por amor. Ele e o Filho haviam feito um acordo antes da criação do mundo. E nesse acordo, o Pai concordou em se desfazer do Filho. Ele O deu como sacrifício, com o propósito de remir a humanidade. O apóstolo Pedro se refere ao alto preço dessa preciosa doação. Fala do caríssimo preço do sangue de Cristo, a nossa pérola de grande valor. No entanto, quando os principais dos sacerdotes examinaram essa pérola, O avaliaram por meras trinta moedas de prata: "Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram" (Mateus 27:9). Pense nisso: o Deus do universo havia tornado a Sua preciosa pérola acessível a todos. Contudo tais homens colocaram pouco ou nenhum valor nEle. Alguns até chamaram-No de falso, de imitação. Digo-lhe o seguinte - o Senhor deve sofrer hoje em ver o quanto o Seu povo desvaloriza essa pérola sem preço. A alguns, Cristo não é nada mais que uma peça de museu; Ele está colocado em baixo de um vidro, indisponível para ser tocado, manuseado. As pessoas O visitam uma vez por semana para admirá-Lo ou louvá-Lo. Elas olham Sua cruz e se maravilham com Seu sacrifício, dizendo: "Que beleza. Que glória". Mas nunca possuem a pérola. Não negociam com o proprietário, determinadas a possuirem-na a qualquer custo. Amado, Deus planeja que a Sua pérola seja achada por aqueles que estejam obcecados por possuí-Lo. É como se estivesse dizendo: "A Minha pérola está disponível unicamente àqueles que colocam grande valor nEle". Assim, o negociante nessa parábola representa uma porção muito pequena de crentes de hoje. Tais servos encontraram em Jesus a resposta para todas as necessidades e clamores do coração. Ele se tornou o foco central de suas vidas. Tais pessoas se determinaram a buscar esse prêmio com tudo que está ao seu alcance. E vão se apropriar dEle - a qualquer custo. Quanto Custou ao Negociante Obter a Pérola ? Lembre-se, essa pérola não tinha preço. Não poderia ser comprada por dinheiro algum. Simplesmente não havia ouro ou prata suficientes na terra para bancar o seu valor. E o negociante sabia disso. Ele compreendeu que poderia gastar a vida inteira acumulando dinheiro para obtê-la, mas esse esforço seria em vão. Vejo o negociante conversando com o proprietário: "Veja, tenho de ter essa pérola. Eu alegremente troco contigo tudo o que ganhei a minha vida inteira. Tudo que me pedires, eu farei. Eu só quero ter a pérola". O Pai amorosamente lhe responde: "Dê-me o teu coração. Esse é o preço". A seguir lemos: "Tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra" (Mateus 13:46). Esse mercador vendeu a própria alma pela pérola. Custou a ele a mente, corpo e espírito, "tudo o que possui". E o proprietário diz que o mercador ganharia isso em retorno: "Sim, você será Meu servo. Mas será muito mais do que isso para Mim. Veja, ao dar-Me o seu coração, estará permitindo que Eu o adote. Estou lhe fazendo parte da Minha família. Então você será herdeiro Meu. Isso quer dizer que possuirá a pérola comigo. Ela será Minha e sua". Quero Lhe Dizer o Significam Para Mim Pessoalmente que Estas Duas Parábolas Cristo é a arca do tesouro no campo. E nEle, encontrei tudo de que preciso. Para mim, isso quer dizer o seguinte: Nada de tentar achar propósito no ministério. Nada de procurar preenchimento na família ou amigos. Nada de precisar construir algo para Deus, ou ser um sucesso, ou me sentir útil. Nada de ficar numa boa com a multidão, ou de tentar provar algo. Nada de procurar maneiras de agradar as pessoas. Nada de tentar pensar ou raciocinar para achar saída para as dificuldades. Achei o que procurava. O meu tesouro, a minha pérola, é Cristo. E a única coisa que o Proprietário pede de mim é: "David, eu te amo. Quero te adotar. Já assinei os papéis com o sangue de Meu próprio Filho. Tu agora és herdeiro com Ele de tudo que possuo". Ainda estou no processo de vender tudo que tenho. Ainda estou dando ao Pai o meu tempo, meus pensamentos, a minha vontade, meus planos. Mesmo assim sei que estou entregando tudo isso pelo tesouro. Negocio isso para comprar água viva, o pão da vida, o leite e o mel de alegria e paz. E estou fazendo tudo isso sem dinheiro. O custo para mim é o meu amor, minha confiança, a minha fé em Sua palavra. Que pechincha. Abro mão dos meus trapos de imundície da autosuficiência e das boas obras; deixo de lado meus sapatos velhos dos esforços; deixo para trás as noites sem sono nas ruas da dúvida e do medo. E em troca, sou adotado por um Rei. Amado santo, é isso que acontece quando se busca a pérola, o tesouro, até que O ache. Jesus lhe oferece tudo que Ele é. Ele lhe traz alegria, paz, propósito, santidade. E se torna o seu tudo: o seu despertar, o seu dormir, a sua manhã, tarde e noite. Então, quanto Ele vale para você? Para ganhá-Lo, o preço talvez seja maior do que você queira pagar. Insisto consigo: comece a cavoucar hoje. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. O Implacável Amor (The Unrelenting Love of God) Por 7 de abril de 2003 de Deus - 7 de abril de 2003 David __________ Quero lhe falar a respeito da palavra implacável. Significa: não diminuido em intensidade ou empenho - sem concessões, indefectível, imperecível, incapaz de ser mudado ou persuadido por argumentos. Ser implacável é estar fixado em um determinado curso. Que maravilhosa descrição do amor de Deus. O amor de nosso Senhor é absolutamente implacável. Nada pode impedir ou diminuir sua amorosa perseguição em busca tanto de pecadores, quanto dos santos. Davi, o salmista, o expressa dessa maneira: "Tu me cercas por trás e por diante...Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também" (Salmo 139: 5,7-8). Wilkerson Davi está falando dos grandes altos e baixos que enfrentamos na vida. Está dizendo: "Há épocas em que sou tão abençoado, que me sinto nas alturas com tanta alegria. Outras vezes, parece que estou dentro do inferno, condenado e indigno. Mas não importa onde eu esteja, ó Senhor - não importa o quão abençoado me sinta, ou qual seja a minha situação - Tu lá estás. E não consigo fugir do Teu implacável amor. E não consigo afastá-lo. Tu nunca aceitas os meus argumentos relacionados à minha indignidade. Até mesmo quando desobedeço - pecando contra a Tua verdade, assumindo que Tua graça já me é garantida - Tu nunca cessas Teu amor por mim. O Teu amor por mim é implacável!". Num momento em que sentia-se derrubado, Davi ora: "Senhor, Tu assentastes minha alma em lugares celestiais. Me destes luz para compreender Tua palavra. Tu a tornastes lâmpada para os meus pés. Mas caí tanto, que não vejo como me recuperar. Fiz minha cama no inferno. E mereço ira, punição. És demasiadamente alto e santo para me amar na situação que estou". Davi havia pecado seriamente. Este é o mesmo homem que desfrutava da retaguarda espiritual dada por conselheiros piedosos; era monitorado por homens justos da parte de Deus; era ministrado pelo Espírito Santo. Ele recebia revelações da palavra de Deus. Mesmo assim, a despeito de tantas bênçãos e de sua vida consagrada, Davi desobedeceu completamente a lei de Deus. Tenho certeza que você conhece a história do pecado de Davi. Ele cobiçou a esposa de um homem, e a engravidou. A seguir tentou cobrir seu pecado embriagando o esposo, na esperança de que este iria dormir com a esposa grávida. Quando isso não deu certo, Davi assassinou o marido. Combinou enviar este homem à uma batalha perdida, sabendo que este morreria. As escrituras dizem: "isto que Davi fizera foi mal aos olhos do Senhor" (2 Samuel 11:27). Deus chamou os atos de Davi de "grande mal". E enviou o profeta Natã para lhe dizer: "deste motivo a que blasfemassem os inimigos do Senhor" (12:14). O Senhor então disciplinou Davi, dizendo que ele sofreria graves conseqüências. Natã profetiza: "também o filho que te nasceu morrerá" (12:14). Davi orou dia e noite pela saúde de seu bebê. Mas a criança morreu, e Davi sofreu profundamente pelas terríveis coisas que havia causado. No entanto, a despeito do pecado de Davi, Deus manteve-se perseguindo-o em amor. Enquanto o mundo zombava da fé deste homem caído, Deus deu a Davi um sinal de Seu implacável amor. Bate-Seba agora era esposa de Davi, e ela deu à luz outra criança. Davi "deu o nome de Salomão; e o Senhor o amou" (12:24). O nascimento e a vida de Salomão foram uma bênção para Davi, algo totalmente imerecido. Mas o amor de Deus por Davi jamais se reduziu, até mesmo na hora de sua maior vergonha. Ele buscou Davi implacavelmente. Considere também o testemunho do apóstolo Paulo. Quando lemos a vida de Paulo, vemos um homem disposto a destruir a igreja de Deus. Paulo era como um louco em seu ódio pelos cristãos. Ele respirava ameaças de morte contra todos os que seguissem Jesus. Ele buscou autorização do sumo sacerdote para caçar os crentes, poder atacar suas casas, e arrastá-los à prisão. Após se converter, Paulo testifica que mesmo durante aqueles anos cheios de ódio - enquanto estava cheio de preconceitos, matando cegamente os discípulos de Cristo - Deus o amava. O apóstolo registra: "Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8). Ele diz basicamente: "Mesmo eu não tendo consciência disso, Deus estava me buscando. Ele continuou me perseguindo em amor, até o dia em que literalmente me fez cair do cavalo. Esse é o implacável amor de Deus". Ao longo dos anos, Paulo foi se tornando cada vez mais convencido de que Deus o amaria fervorosamente até o fim, em meio a todos seus altos e baixos. Ele declara: "Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as cousas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (8:38-39). Ele estava declarando: "Agora que estou em Deus, nada pode me separar do Seu amor. Nenhum diabo, nenhum demônio, nenhum principado, nenhum homem, nenhum anjo - nada pode fazer Deus parar de me amar". A maioria dos crentes lê esta passagem vez após outra. Ouviram-na sendo pregada há anos. Contudo acredito que a maioria dos cristãos acha que as palavras de Paulo são impossíveis de serem cridas. Toda vez que a maioria de nós peca e falha com Deus, perdemos todo o senso da verdade do Seu amor por nós. Então, quando algo de mal nos acontece, pensamos: "Deus está me chicoteando". Acabamos pondo a culpa em Deus por qualquer problema, luta, doença e dificuldade. Na realidade, estamos dizendo que "Deus parou de me amar, porque falhei com Ele. Eu O desagradei, e Ele está zangado comigo". De repente nós paramos de compreender o implacável amor de Deus por nós. Esquecemos que Ele está continuamente indo em busca de nós o tempo todo, não importanto qual seja a nossa condição. Contudo, a verdade é que não podemos enfrentar a vida com todos os seus terrores e sofrimentos, sem nos agarramos à essa verdade. Temos de estar convencidos do amor de Deus por nós. Conheço muitos ministros que falam muito do amor de Deus, e livremente o oferecem aos outros. Mas quando o inimigo chega bramindo como uma inundação para dentro de suas próprias vidas, eles são levados. Caem numa poça de desespero, incapazes de confiar na palavra de Deus. Eles não conseguem acreditar que Deus ainda os aceite, por estarem convencidos de que Ele desistiu deles. Paulo chega a esse assunto crucial a todos nós, através de um único versículo. Ele havia escrito duas cartas aos coríntios. E escolheu terminar a última com essa prece: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2 Coríntios 13:14). Talvez você reconheça esse versículo. Ele é muitas vezes usado nos cultos da igreja como bênção. Geralmente é dito como hábito pelo pastor, e poucos ouvintes alcançam o seu enorme significado. No entanto esse verso não é só uma bênção. É o resumo de tudo que Paulo ensina aos coríntios quanto ao amor de Deus. Esse versículo trata com três questões divinas: a graça de Cristo, o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo. Paulo estava orando para que os coríntios se apossassem destas verdades. Creio que se nós também compreendermos estas três questões, nunca mais duvidaremos do implacável amor de Deus por nós: 1. Primeiro, Paulo Considera a Graça de Jesus Cristo O quê exatamente é graça? Quanto a isso sabemos o seguinte: seja a graça o quê for, Paulo diz que ela nos educa para que, "renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente" (Tito 2:12). Como chegar a esse ponto, onde poderemos ser ensinados pela graça? E qual o ensino que a graça oferece? De acordo com Paulo, a graça nos educa a renegar a impiedade e as paixões mundanas, e a ter vidas puras e santas. Se é assim, então necessitamos que o Espírito Santo faça brilhar em nossas almas a verdade fundamental desta doutrina. Encontramos o segredo da declaração de Paulo quanto à graça em 2 Coríntios 8:9. Ele afirma: "Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos". Paulo não está falando de riqueza material aqui, mas de riquezas espirituais. (Inúmeras passagens provam isso. Em todas as suas cartas, Paulo fala das riquezas da glória de Cristo, riquezas de sabedoria, riquezas de graça, de ser rico em misericórdia, fé e boas obras. Igualmente, o Novo Testamento se refere à riquezas espirituais como opostas à enganosa riqueza do mundo.) Paulo está nos dizendo: "Aqui está tudo que você precisa saber quanto ao significado da graça. Chega a nós através do exemplo do Senhor. Em termos simples, Jesus veio abençoar e edificar os outros às Suas próprias custas. Essa é a graça de Cristo. Apesar de ser rico - em nosso favor se tornou pobre, para que através de Sua pobreza nos pudéssemos tornar ricos". Jesus não veio para se mostrar grande ou para trazer glória para Si mesmo. Ele abriu mão de todos os direitos em relação à palavra "eu", objetivando toda ênfase sobre "os meus". Cristo deixou passar todas as oportunidades para ser o maior dentre os homens do Seu tempo. Pense nisso: Ele nunca orou pedindo bênçãos para Si próprio, para que fosse conhecido ou aceito pelos outros. Ele não ficou mostrando o Seu peso divino para ganhar poder ou reconhecimento. Ele não se exaltou às custas dos pobres, ou dos menos capazes. E não se glorificou em Seu próprio poder, habilidade ou resultados. Não, Jesus veio para edificar o corpo. E provou isso glorificando-se nas bênçãos de Deus para com os outros. Quando Cristo andou pela terra, Ele não competia com ninguém. Certamente ouvia Seus discípulos glorificando os Seus poderosos feitos. No entanto, em toda humildade, Jesus respondia: "Voces farão mais do que Eu. Acreditem: vocês realizarão obras maiores do que as Minhas". Posteriormente, quando Lhe chegaram notícias de que os discípulos estavam operando exatamente estas obras, expulsando demônios e curando pessoas, Ele dançou de alegria. Quantos de nós podem declarar tal tipo de graça? Segundo vejo, isso dolorosamente falta em muito da igreja. Poucos cristãos verdadeiramente se rejubilam quando vêem seus irmãos ou irmãs sendo abençoados por Deus. Isso é especialmente verdadeiro quanto a pastores. Quando vêem um outro ministro colhendo as bênçãos de Deus, eles pensam unicamente na situação deles mesmos. Eles dizem: "Há anos que luto em oração. Mas agora esse pastor jovem chega na cidade, e Deus começa a derramar bênçãos sobre ele. E eu?". Cá esta o implacável amor de Deus: alegrar-se ao ver outros abençoados mais do que nós mesmos. Paulo escreve: "O amor seja sem hipocrisia (dissimulação)...Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros" (Rom. 12: 9-10). Eis uma graça que deseja se conservar humilde, mesmo quando se alegra nas bençãos dos outros. Na Primeira Carta de Paulo aos Ele Descreve Ter Visto Muito Pouco Desse Tipo de Graça Coríntios, Paulo encontrou os cristãos coríntios em competição entre si. A igreja estava cheia de auto-exaltação, auto-promoção. Homens e mulheres se glorificavam em seus dons espirituais, se chocando em busca de status e posições. Eles competiam ate à mesa de comunhão. Crentes importantes desfilavam seus alimentos exóticos, enquanto os pobres não tinham o que trazer. Outros eram tão orgulhosos, que não achavam nada de mais processar judicialmente o outro para resolver as disputas. Tudo isso era contrário à graça que Paulo pregava. Esses coríntios tinham um imenso "Eu" carimbado sobre si. Com eles a coisa era ganhar e pegar, em vez de dar. Ainda hoje a palavra "coríntio" traz a conotação da carnalidade e do mundanismo deles. Paulo diz a estes crentes: "Eu, porém, irmãos, nao vos pude falar como a espirituais e sim como a carnais, como a crianças em Cristo...não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?" (I Coríntios 3:1,3). Pense no que Paulo está dizendo. Crianças buscam satisfazer unicamente as suas necessidades. Eles choram para se trocar as fraldas. E os coríntios eram infantis exatamente assim. Eram pessoas tolerantes com o pecado, alguns se entregando a fornicação e até ao incesto. Ao pensarmos nestes crentes, a palavra "santamente" não nos vem a mente. Contudo, apesar de toda carnalidade, Deus direcionou Paulo a escrever à essas pessoas como "igreja de Deus...aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos...graças a vos outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (1:2.3). Isso foi um erro? Será que Deus estava fazendo vistas grossas diante da permissividade da igreja? Nao, nunca. Deus sabia tudo que se referia à situação dos coríntios. E Ele nunca fingiu não ver esses pecados. Não, esse endereçamento cheio de graça que Paulo traz à essas pessoas é um retrato do implacável amor de Deus. Tente imaginar o quanto os coríntios ficaram atônitos ao ouvirem a carta de Paulo sendo lida na igreja. Cá estavam crentes cheios de si, tentando ser o número um do grupo. Ainda assim, escrevendo sob inspiração divina, Paulo se dirige a eles como "santos" e "santificados em Cristo". Por que? Deus estava protegendo essas pessoas. Eu explico. Se Deus nos julgasse segundo a nossa condição, seríamos salvos num minuto e condenados no outro. Seríamos convertidos dez vezes no dia, e nos desviaríamos dez vezes diariamente. Todo cristão honesto tem de admitir que a sua condição, na melhor das hipoteses, é de luta. Todos nós ainda estamos lutando, ainda tendo de depender da fé nas promessas de misericórdia de Deus. Isso porque ainda temos fraquezas e fragilidades em nossa carne. Graças a Deus, Ele não nos julga segundo a nossa situação. Em vez disso, Ele nos julga segundo a nossa posição. Veja, mesmo sendo fracos e pecaminosos, demos os nossos corações a Jesus, e pela fé o Pai nos assentou com Cristo no celestial. Esta é a nossa posição. Portanto, quando Deus olha para nós, Ele nos vê não segundo a nossa condição pecaminosa, mas segundo nossa posição celestial em Cristo. Por favor não entenda mal. Quando digo que Deus dá segurança ou protege o Seu povo em graça, não estou falando de uma doutrina que permite que os crentes continuem na promiscuidade pecaminosa. A Bíblia deixa claro que é possivel a qualquer crente se afastar de Deus e rejeitar o Seu amor. Tal pessoa pode endurecer o coração tão repetidamente, e com tanta rigidez, que o amor de Deus não penetrará mais nas muralhas que ela erigiu. Neste instante, você pode estar numa condição como a dos coríntios. Mas Deus vê a sua posição como estando unicamente em Cristo. Foi assim que Ele tratou com os coríntios. Quando Deus olhou para eles, Ele sabia que não tinham recursos para mudar. Eles não tinham nenhum poder em si próprios para subitamente se tornarem piedosos. É por isso que Ele inspirou a se dirigir a eles como santos santificados. O Senhor desejava que eles conhecessem a segurança da sua posição em Cristo. Você luta contra uma fraqueza? Se é assim, saiba que Deus nunca será impedido em Seu amor por você. Ouça-O lhe chamando "santo", "santificado", "aceito". E apodere-se da verdade que Paulo descreve: "Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" (I Coríntios 1:30). 2. Paulo a Seguir Fala do Amor de Deus Na primeira epístola de Paulo ao coríntios, ele dirige-se à necessidade da graça de Deus. Isso devido às quedas desse povo. Mas em sua segunda carta, Paulo se concentra no amor de Deus. Ele sabia que o implacável amor de Deus era o único poder capaz de transformar o coração de alguém. E a segunda carta de Paulo prova que Deus escolhe usar o Seu amor, como maneira de mostrar o Seu poder. Primeiro Coríntios 13:4-8 nos dá uma poderosa verdade quanto ao implacável amor de Deus. Sem dúvida, você ouviu essa passagem muitas vezes, tanto em sermões como em casamentos: "A caridade [amor] é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, nao se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca falha". A maioria de nós pensa: "Esse é o tipo de amor que Deus espera de nós". É verdade, de certa maneira. Mas o fato é que ninguém pode corresponder a essa definição de amor. Não, essa passagem é toda relacionada ao amor de Deus. O verso 8 prova isso: "A caridade [amor] nunca falha". O amor humano falha. Mas aqui está um amor que é incondicional, que nunca desiste. Ele opõe-se e resiste à qualquer falta, a qualquer desapontamento. Ele não exulta com os pecados dos filhos de Deus; pelo contrário, sofre com estes pecados. E ele resiste a todos os argumentos de que somos mui pecadores e indignos para sermos amados. Em resumo, esse tipo de amor é implacável, e nunca pára em sua perseguição ao amado. Isso só pode descrever o amor do Deus Todo-Poderoso. Veja como esse poderoso amor afetou Paulo. Em sua primeira carta aos coríntios, o apóstolo tinha todas as razões para desistir da igreja. Ele tinha vários motivos para estar zangado com eles. E ele poderia facilmente tê-los excluido, no desespero devido à infantilidade e à pecaminosidade deles. Ele poderia ter iniciado a carta desta maneira: "Lavo as mãos com vocês. Vocês são totalmente incorrigíveis. Esse tempo todo eu me desmanchei em favor de vocês; porém, quanto mais os amo, menos vocês me amam. Então é isso: eu os deixo a vontade. Vão em frente e briguem entre si. O meu trabalho com vocês está acabado". Paulo nunca poderia ter escrito isso. Por que? Porque ele havia sido cooptado pelo amor de Deus. Em I Coríntios, lemos de ele entregar um homem a Satanas, para a destruição da carne desse homem. Isso soa áspero. Mas qual era o propósito de Paulo? Era que a alma desse homem pudesse ser salva (v. I Coríntios 5:5). Tambem vemos Paulo reprovando, corrigindo e admoestando duramente. Mas ele fez tudo isso em meio à lagrimas, com a ternura de uma ama. Como os coríntios carnais reagiram à mensagem de Paulo que falava do amor triunfante de Deus? Eles se derreteram diante de suas palavras. Paulo posteriormente lhes disse: "vós...segundo Deus, fostes contristados!...agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofresseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação" (2 Corintios 7:11, 910). Paulo estava dizendo: "Vocês se purificaram, ficaram indignados com seus pecados, e agora estão plenos do zelo e temor de Deus. Vocês se mostraram puros e limpos". Digo-lhe o seguinte: esses coríntios foram transformados pelo poder do implacável amor de Deus. Ao lermos a segunda carta de Paulo para eles, descobrimos que o grande "Eu" nessa igreja havia desaparecido. O poder do pecado havia sido rompido, e o egoísmo tinha sido digerido pelo pesar piedoso. As pessoas não estavam mais amarradas em dons, sinais e maravilhas. A ênfase delas agora era dar em vez de receber. Elas juntaram ofertas para serem enviadas a crentes que haviam sido atacados por uma grande fome. E a mudança veio pela pregação do amor de Deus. Eu pessoalmente me vejo convencido por essa verdade. Quando era mais jovem, eu pregava mensagens sobre o mal nas igrejas. Eu me desesperava diante do estado deplorável de tantos dentro o povo de Deus. E me dispus a corrigir essas coisas com uma espada e um martelo. Eu atacava as concessões e contemporizações, e esmagava tudo à vista. E no processo, coloquei sob condenação pessoas que nunca deveriam estar lá. Se Paulo tivesse pregado desse jeito em Corinto, ele certamente teria esmagado a carnalidade, derrubado os fornicadores, e parado com o hábito de processarem uns aos outros na justiça. Mas aquela igreja teria se dissolvido. Não sobraria gente para Paulo reprovar. Uma pregação assim "na cara" é má direcionada pelo zelo humano. Freqüentemente é resultado de um pastor não ter tido íntima revelação pessoal do amor de Deus por ele. 3. Finalmente, Paulo se Concentra na Comunhão do Espírito Santo A frase em grego que Paulo usa se traduz: "a comunhão do Espírito Santo". Inicialmente, os coríntios nada conheciam quanto à essa comunhão. O corpo da igreja explodia em individualismo. Paulo diz o seguinte deles: "Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo" (I Coríntios 1:12). Esse individualismo caminhava com os dons espirituais das pessoas. Aparentemente, os coríntios vinham à igreja só para se edificarem a si próprios. Um vinha com o dom de línguas, outro com uma profecia, um outro com uma palavra de sabedoria - contudo estavam usando seus dons para servirem a si próprios. Todo mundo queria ir embora dizendo: "Dei uma palavra de profecia hoje", ou, "Falei poderosamente no Espírito". E isso estava causando desordem total. Paulo faz um chamado explícito à ordem, instruindo-os: "Aprendam a manter a paz. Deixem os outros falarem. Busquem edificar o corpo, e não só a vocês próprios". A obra mais profunda do Espírito Santo trata com mais do que dons espirituais. Sinais, maravilhas e milagres são necessários, e têm o seu lugar. Mas a obra mais preciosa do Espírito de Deus é unir o corpo de Cristo. Ele procura estabelecer comunhão entre o povo de Deus, pelo Seu poder unificador. Contudo, freqüentemente hoje em dia, quando falamos da comunhão do Espírito Santo, ainda tendemos a pensar individualmente. Pensamos em termos de "eu e o Espírito Santo", dizendo, "O Espírito e eu desfrutamos intimidade em Cristo". Paulo junta comunhão e unidade aos dois pontos que já mencionamos: a graça de Cristo e o amor de Deus. Ele diz, basicamente: "Para entender verdadeiramente estes dois pontos, eles têm de juntar essas partes na sua vida. É assim que você pode medir a graça de Cristo e o amor de Deus em sua vida. É determinado pela sua vontade de estar em plena unidade e unicidade com todo o corpo de Cristo". O que quer dizer ter unidade e unicidade? Quer dizer remover toda inveja e competição, e deixar de se comparar aos outros. Em vez disso, cada um se alegrar quando o irmão ou irmã é abençoado. E todos estarem ansiosos para dar em vez de receber. Unicamente esse tipo de comunhão verdadeiramente revela a graça de Cristo e o amor de Deus. Essa Mensagem Eu Estou Querendo Mudar ? Reduz-se a Um Ponto: A pergunta é: "Eu realmente quero deixar o Espírito Santo me mostrar onde preciso mudar?". Veja, há um propósito por trás do amor implacável de Deus. É esse: há poder no amor de Deus para solucionar todos os problemas através de sua transformação. Se você me diz que é uma pessoa de bem - boa, caridosa, perdoadora, lavada no sangue de Cristo - eu respondo: o amor de Deus concede mais do que perdão. Você pode ser uma pessoa boa e perdoada, mas continuar governada e escravizada por sua natureza pecaminosa. Todos nascemos com a natureza de Adão, a tendência para o pecado. Em verdade, é essa natureza em nós que nos torna facilmente provocáveis, invejosos, lascivos, zangados, não perdoadores. Essa mesma natureza em nós é que ama o dinheiro, planta sementes de destruição, e não consegue se alegrar quando os outros são abençoados. Se você tem lutado contra a sua natureza de pecado, está travando uma batalha perdida. Tal natureza não pode ser mudada. Ela sempre será carne e sempre resistirá ao Espírito Santo. A nossa natureza carnal está além da redenção, e portanto ela precisa ser crucificada. Isso significa admitir o seguinte: "Jamais conseguirei agradar a Deus por mim mesmo. Sei que a minha carne nunca poderá me auxiliar". Todos temos de receber uma natureza nova, e essa natureza é exatamente a natureza de Cristo. Não se trata de refazer a nossa velha natureza, ou de uma re-elaboração da nossa carne. O que é velho tem de partir. Estou falando é do nascimento de uma natureza totalmente nova. E a Nova Aliança concede recursos para isso: "Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina" (2 Pedro 1:4). O amor de Deus nos diz: "Quero lhe assegurar de sua posição em Cristo. Você precisa desistir de tentar mudar a natureza da sua carne, e me deixar lhe dar a natureza do meu Filho. Há senão uma condição para que isso ocorra: simplesmente crer. Essa transformação na natureza vem unicamente pela fé. Você precisa crer que serei Deus para você". Amado, todo crente pode se tornar como Jesus tanto quanto ele ou ela deseje. Se você pode simplesmente dizer: "Creio que Deus me ama de verdade", está confessando que Ele lhe ofereceu poder para ser transformado. Torne sua essa oração hoje: "Santo Espírito, sei que não tenho muito da graça sobre a qual Paulo fala. Mostre onde preciso mudar. Creio que o meu Pai me ama implacavelmente. E esse amor me deu recursos para que eu assuma a natureza dEle . Sei que me foi concedido o poder para ser transformado por Ti. Dê-me a Tua natureza, Jesus". --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. O Ministério de Se Contemplar a Sua Face - 17 de março de 2003 (The Ministry of Beholding His Face) Por David 17 de março de 2003 Todo cristão é chamado para o ministério. A Bíblia deixa isso muito claro. Paulo diz: "tendo (nós) este ministério" (2 Coríntios 4:1). Contudo, o conceito de ministério para os cristãos atualmente não é muito bíblico. Geralmente vemos ministério como algo feito unicamente por pastores ordenados ou missionários. Achamos que ministros são indivíduos formadas por seminários, que casam e sepultam pessoas, constroem igrejas, dirigem cultos de adoração e ensinam doutrina. Os vemos como doutores espirituais que foram preparados para curar as feridas dos enfermos, e dos que sofrem. Deus não julga ministério do mesmo jeito que nós. A maioria de nós julga um ministério por sua magnitude ou eficiência, pelo número de boas obras realizadas. Mas aos olhos de Deus, a questão não é se o ministério é muito ou pouco eficiente, ou se a igreja cresce muito, ou quantas pessoas são alcançadas. É claro, muitos líderes na igreja têm produzido coisas incríveis através de seus ministérios. Homens e mulheres talentosos têm edificado igrejas gigantescas, criado instituições e escolas, alcançado multidões com o evangelho. Porém, algumas destas mesmas pessoas altamente talentosas desenvolveram seus ministérios com corações negros. Adúlteros, fornicadores, bêbados, homossexuais - todos usaram seus dons e talentos para alcançar várias coisas na igreja. Agradeço a Deus por cada reto ministro que edificou e instituiu um ministério através de obras piedosas. Do começo ao fim, a Bíblia nos chama para ministrar às dores e necessidades da humanidade. Mas o problema é o seguinte: a maioria dos cristãos retrata ministério como sendo algo que Wilkerson fazemos, um trabalho a ser empreendido - e não como algo que sejamos, ou no que estejamos nos tornando. Paulo fala de um certo ministério ao qual todo cristão é chamado a cumprir. Esse ministério não requer dons ou talentos particulares. Antes, deve ser empreendido por todos que nasceram de novo, tanto os reconhecidos como ministros, como pelos leigos. Na verdade, esse ministério é o primeiro chamado de todo crente. Todos os demais empenhos e esforços devem fluir a partir dele. Nenhum ministério pode agradar a Deus a menos que seja nascido deste chamado. Estou falando a respeito do ministério de se contemplar a face de Cristo. Paulo diz: "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor" (2 Coríntios 3:18). O que significa contemplar a glória do Senhor? Paulo está falando aqui de adoração consagrada, focalizada. É o tempo dado ao Senhor simplesmente para contemplá-Lo. E o apóstolo rapidamente acrescenta: "Pelo que, tendo este ministério" (4:1). Paulo deixa claro que contemplar a face de Cristo é um ministério ao qual todos devemos nos devotar. A palavra "contemplando" em grego neste versículo é uma expressão muito forte. Ela indica não apenas "dando uma olhada", mas "fixando o olhar". Significa decidir o seguinte: "Não vou sair dessa posição. Antes de fazer qualquer outra coisa, antes de tentar seja o que for, preciso estar na presença de Deus". Muitos cristãos entendem errado a expressão "contemplando, como por espelho" (3:18). Pensam num espelho, com a face de Jesus sendo refletida para eles. Mas esse não é o significado de Paulo aqui. Ele está falando de um olhar intensamente focalizado; olhando de perto, esquadrinhando com seriedade como através de uma vidraça discretamente embaçada, tentando enxergar melhor. Devemos "fixar os olhos" nessa direção, determinados a ver a glória de Deus na face de Cristo. Devemos nos trancar dentro do Santo dos Santos, com apenas uma obsessão: fitar com tanta vontade, e manter comunhão com tanta devoção, que somos transformados. Paulo Diz Se Tranca Está Sendo Transfigurada. que com a Cristo, Pessoa Que Contemplando-O, O quê ocorre à medida que um crente contempla a face de Cristo? Paulo escreve: "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos tranformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Coríntios 3:18). Em grego a palavra "transformados" aqui quer dizer "metamorfoseados", significando mudados, transfigurados. Todo aquele que vai ao Santo dos Santos e fixa seu olhar intensamente em Cristo está experimentando uma metamorfose. Uma transfiguração está ocorrendo. Tal pessoa está continuamente sendo transformada à semelhança e ao caráter de Jesus. Talvez você vá com freqüência à presença do Senhor. Mesmo assim, você talvez não sinta que esteja sendo transformado à medida que gasta tempo trancado com Ele. Lhe asseguro: você pode ter certeza de que a metamorfose está ocorrendo. Algo certamente está ocorrendo, porque ninguém pode continuamente contemplar a glória de Cristo sem ser transformado. Note a última frase na declaração de Paulo: "E todos nós...somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (3:18, os itálicos são meus). O Espírito Santo opera a obra de nos transfigurar. Agora note o verso que o precede: "Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (3:17). Você está vendo o que Paulo está dizendo aqui? Ele está dizendo: "Quando você está contemplando a face de Cristo, há liberdade para ser transformado". Por estar em Sua presença, concedemos ao Espírito liberdade para governar as nossas vidas, fazer conosco como quiser. É um ato de submissão que diz: "Senhor, a minha vontade é Tua. Não importa o que seja necessário, transforme-me na imagem de Jesus". A primeira coisa que vemos quando estamos contemplando o Senhor, é o quão diferente de Cristo nós somos. Não importa quão retos achamos que possamos ser. O Espírito nos mostra o quanto estamos destituídos da glória de Deus, o quanto confiamos em nós mesmos, o quanto nos esforçamos na carne. Mesmo assim, ao fitarmos Cristo, uma operação espontânea se inicia. Vemos que Ele cumpriu toda a retidão por nós. E nunca precisamos nos debater ou suar ou rogar para sermos santos. Na verdade, estamos sendo transformados - não por algo que façamos, mas pela operação do Espírito. O Espírito Santo iniciou em nós o glorioso processo de transfiguração. Agora tudo é levado a cabo "pela Aliança, pelo Espírito". O nosso papel é simplesmente ir com freqüência à Sua presença, fixar o nosso olhar nEle, e permanecer em Sua presença. E devemos colocar a nossa confiança nEle, como autor e consumador da fé. Através do Seu Espírito, Ele irá continuamente nos transformar na semelhança do próprio Cristo. Muitos cristãos professam estar cheios do Espírito Santo. Mas creio que há um teste que prova se o Espírito Santo está governando a sua vida. O teste é esse: haverá um aumento progressivo do caráter de Cristo em você. Se o Espírito está em total controle, esse aumento não virá num jorro súbito. Você não terá um recuo ou ausência de Sua presença. Pelo contrário, você verá um contínuo acréscimo de transformação. E o aumento não virá só de crises ou provações. Ele continuará o tempo todo, porque as mudanças forjadas pelo Espírito de Deus são contínuas. Não existe aquilo de crescimento estagnado na obra do Espírito. Mesmo assim, a transfiguração vem primariamente através de nossas lutas e sofrimentos. Paulo diz: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós" (2 Cor. 4:7). Podemos perguntar: como nossos vasos frágeis podem conter e progressivamente manifestar a glória do caráter de Cristo? Ainda mais sob fogo cerrado? Não dá para saber como o Espírito irá nos transformar. Não sabemos quais métodos escolherá para usar em nossas vidas. Mas isso podemos saber: toda dificuldade e sofrimento tem o objetivo de nos trazer transformação. Quando minha esposa Gwen e eu soubemos do câncer terminal de nossa netinha Tiffany, achamos que nossa filha Debbie seria um frágil vaso de areia. Nos perguntamos: "Como ela vai conseguir agüentar isso? Ela é tão sensível". Mas o tempo todo Debbie foi uma rocha. Todos em nossa família viram o poder de Deus se manifestando nela. Onde Debbie encontrou força? Por meses, ela havia estado contemplando a face de Jesus através dos piedosos textos de Mme. Guyon e Amy Carmichael. Debbie tinha me dito quando começou a lê-los: "Papai, quero realmente conhecer mais a Jesus". Ela havia passado aqueles meses trancada com o Senhor, contemplando-O. E o Espírito Santo havia produzido transformação que refletiu para o mundo. Ele a havia transfigurado. Todos vimos essa mesma força no esposo de Debbie, Roger. A fé, a confiança e o descanso em Jesus que eles mostraram, foi um poderoso ministério durante a maior provação de suas vidas. Quero Fazer uma Declaração Todo Sofrimento, Toda Dor, Toda Provação de Um Filho Justo de Deus São Um Chamado para o Ministério na Ousada: Vida Ninguém nesta terra pode lhe pôr no ministério. Você pode receber um diploma do seminário, ser ordenado por um bispo, ou comissionado por uma denominação. Mas Paulo revela a única fonte de todo verdadeiro chamado para o ministério: "Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério" (I Timóteo 1:12). O quê Paulo quer dizer aqui, quando fala que Jesus o fortaleceu e o considerou fiel? Lembre-se da conversão do apóstolo. Três dias após esse evento, Cristo colocou Paulo no ministério - especificamente o ministério do sofrimento: "Pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome" (Atos 9:16). Esse é exatamente o ministério ao qual Paulo se refere quando diz: "Pelo que, tendo este ministério..." (2 Coríntios 4:1). Ele continua, e acrescenta, "segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos". Ele está falando do ministério do sofrimento. E deixa claro que é um ministério que todos nós temos. Paulo está dizendo que Jesus lhe deu uma promessa para esse ministério. Cristo garantiu lhe permanecer fiel, fortalecê-lo e capacitá-lo em todas as provações. Em grego a palavra "fortaleceu" quer dizer "concedeu suprimento contínuo de força". Paulo declara: "Jesus me prometeu conceder força mais do que necessária para a jornada. Ele me capacita a manter-me fiel nesse ministério. Por causa dEle, não vou desfalecer ou desistir. Eu me levantarei com um testemunho". Pergunto-lhe o seguinte: o que Paulo viu como sendo seu primordial chamamento no ministério? Seria a sua pregação persuasiva? Seriam os seus profundos ensinamentos? Não. Segundo ele mesmo admite, Paulo não era um orador eloqüente. Ele diz que pregava em fraqueza, com temor e tremor. Até Pedro dizia que Paulo falava coisas difíceis de se entender (v. 2 Pe. 3:15-16). Nessa altura, então, Paulo já havia jogado fora todo seu aprendizado humano, sua sabedoria terrena. Ele sabia que o seu ministério não era pregar, curar os enfermos; sabia que seu ministério não era o seu brilho humano. O ministério de Paulo era o resplandecer de Cristo, que era produzido nele através de grandes sofrimentos. O grande apóstolo causou um impacto incrível em seus dias, e ainda impacta a nossa geração, pela maneira com que respondeu às lutas. Paulo falava freqüentemente de "Cristo em mim". Com isso ele queria dizer: "Você está vendo um ser humano na sua frente. Mas Deus me levou através de muitas provações, e esses sofrimentos produziram em mim o caráter de Cristo. É isso que você vê refulgir de mim. Só o fiel Capacitador pode produzir isso na vida de alguém. Só Ele pode dar um cântico e um testemunho a Seus servos em meio a todo sofrimento". Aqui está como Paulo resume o seu ministério: "Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo" (2 Coríntios 4: 8-10). Paulo não era sobre-humano. Ele conhecia mais do que ninguém o significado do desespero. Enfrentou tempos difíceis aos quais nunca achou que sobreviveria. E testifica: "Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a senteça de morte, para que não confiemos em nós e sim no Deus que ressuscita os mortos; o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos" (2 Cor. 1:8-10). Você entende o que Paulo está dizendo? Ele está nos falando: "Fomos pressionados acima da força humana. E não conseguíamos encontrar uma razão para isso. Chegamos a pensar que tínhamos chegado ao fim". Esse foi o período dos maiores testes para Paulo. Ele fitava a morte de perto. Contudo nesse exato momento, Paulo se lembrava de seu ministério e de seu chamado. Ele lembrava a si próprio: "O mundo inteiro está me observando. Preguei muitos sermões sobre o poder de Deus para guardar os Seus servos. Agora todo mundo está me olhando para ver se eu creio nisso". Paulo se levanta mais uma vez para apresentar sua vida. Ele brada: "Vivo ou morto, sou do Senhor! Confio em Deus, que ressuscita os mortos". Mais tarde, Paulo diz à igreja de Corinto: "ajudando-nos também vós, com as vossas orações a nosso favor, para que, por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, pelo benefício que nos foi concedido por meio de muitos" (2 Cor. 1:11). Nunca será falar demais: jamais devemos desconsiderar a importância da oração por irmãos e irmãs necessitados. Paulo diz que as orações dos coríntios lhe foram benéficas. Foram mais preciosas que dinheiro, que palavras de conforto, e até mais do que boas obras de amor. A nossa família conhece essa gratidão pela oração das pessoas. Por trinta dias, nossa netinha Tiffany jazeu morrendo em nossa casa. Foi o período de maior luta de nossas vidas. Nós entendemos o significado do testemunho de Paulo: subitamente a luta veio sobre nós, e fomos pressionados além do limite, enfrentando uma provação que nunca poderíamos humanamente entender. Na última hora, quando Tiffany deu seu último suspiro, nos reunimos em torno de sua cama, de mãos dadas e cantamos: "Deus é Tão Bom". Naqueles momentos, sentimos o poder das orações dos santos de Deus. Ele era tão tangível para nós quanto o apertar das mãos uns dos outros. A nossa família pode com ousadia testificar que fomos revestidos pelas preces destes que nos levantaram. E tal como Paulo, podemos dizer a todos que oraram: "Vocês ajudaram tanto com suas preces em nosso favor; vocês nos deram o benefício que nos ajudou a glorificar a Deus durante nosso maior sofrimento. Não fomos esmagados pela dor. Nós a atravessamos". Pode Ter Chegado a Hora Que Pode Impactar Seja o Ministério do Qual Estou Falando em Que um a Única Mundo Mensagem Insano Estou convencido de que Paulo descreveu os nossos dias quando escreveu a Timóteo: "Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus...prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as cousas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério" (2 Timóteo 4:1-5). Paulo estava dizendo a Timóteo: "Os homens ficarão tão entregues às suas cobiças, que não agüentarão a sã doutrina. Mas continue pregando a Palavra. A repreensão é necessária. Então, inste junto aos desobedientes, e exorte a todos para fazerem o bem". Precisamos continuar a pregação poderosa, a sã doutrina e a repreensão piedosa. Mas breve o mundo não quererá ouvi-las. A humanidade se tornará tão obcecada pelo prazer e suas cobiças, que ignorará totalmente a igreja. Pregação e doutrina não terão absolutamente nenhum impacto sobre uma sociedade narcotizada. Em verdade, creio que já chegamos a esse ponto no mundo todo. A igreja nominal apresenta-se totalmente irrelevante. Ela não causa mais impacto sobre nenhum país, ou mesmo indivíduos, em muitos casos. Pergunto o seguinte: qual ministro vai alcançar um mundo que se tornou insano? Graças a Deus, ainda há ministério que fala aos ateus, a muçulmanos de todos os tipos. É o refulgir de Cristo através do sofrimento profundo e terrível nas vidas dos crentes. Durante séculos este tem sido o mais poderoso testemunho do povo de Deus. Crentes têm sido sacudidos e desfigurados pela doença, perseguição; por sofrimentos de todos os tipos. E em tudo isso, foi o resplandecer do caráter de Cristo que tocou os que os rodeavam. Veja cuidadosamente as exortações de Paulo nesta passagem: "Sê sóbrio em todas as cousas, suporta as aflições" (2 Tim. 4:5). Ou, "um mundo de descrentes está te observando. Então tenha cuidado ao reagir na hora da aflição. Não deixe que as lutas te arrebentem a ponto de virar um reclamador choraminguento e sem fé. Isso vai desacreditar tudo que já falou sobre a fidelidade de Deus". "Faze o trabalho de um evangelista" (4:5). Quando eu era um jovem pastor, eu não compreendia por que eu não poderia simplesmente andar pelos corredores de um hospital, orar em fé, e ver milagres de cura acontecendo. Eu pensava: "Isso seria um tremendo testemunho. Qualquer pessoa que estivesse em dúvida, seria convencida se visse os pacientes se levantando da cama". Desde então aprendi que este provavelmente não seria o tipo mais eficiente de evangelismo. Pense no seguinte. Quem causa maior impacto: o cristão sorridente e saudável que entra no quarto do descrente e prega, reprova, e apresenta a sã doutrina? Ou a cristã humilde do outro lado do quarto que está se recuperando de uma mastectomia bilateral? Essa mulher nunca fica sem dor. Mesmo assim, não tem medo. Sorri às enfermeiras, e ilumina o quarto com sua paz interior. Até o médico mais cínico e incrédulo fica curioso com uma mulher assim. Ele vê o sofrimento da paciente, contudo é atraído à ela porque quer conhecer a fonte desta paz. Eu não estou diminuindo o ministério em hospitais. É um alto chamado, e uma obra vital que todo corpo de crentes deve empreender. Mas posso lhe dizer de primeira mão o que teve maior impacto em nosso lar durante os dias finais de Tiffany. Um operário entrava e saía de nossa casa trabalhando naquela época. Ele sabia que nossa neta estava morrendo. Após três semanas, ele disse à esposa: "Essa gente tem alguma coisa de diferente. Às vezes eu os vejo chorando, mas não consigo entender a paz que eles têm. Preciso descobrir isso". Ninguém havia testemunhado a esse homem. Ele simplesmente via o Espírito de Cristo resplandecendo de nossa família em sofrimento. "Cumpre cabalmente o teu ministério" (4:5). Em grego a palavra cabalmente significa de modo totalmente assegurado, garantido, totalmente preparado. Paulo está dizendo basicamente: "Fique preparado antes de as provações caírem subitamente sobre você. Assegure-se de estar bem equipado, pleno de recursos espirituais, para que não lhe acabe o gás". Vejo hoje em dia muitos cristãos se desmanchando durante as provações. O sofrimento profundo os faz entrar em parafuso. A gente, ouvindo seus questionamentos e protestos deploráveis, nunca vai achar que eles algum dia conheceram a Deus. O fato é o seguinte: eles conheceram Jesus apenas como o Autor de sua fé, não como o fiel Consumador. São pessoas que não foram transfiguradas pelo sofrimento. Antes, se desfiguraram, no espírito e no caráter. Todos Estamos Passando Por Metamorfose Sendo Transformados, Uma transfiguração está ocorrendo na vida de todos nós. A verdade é a seguinte: estamos sendo transformados por aquilo que nos obceca. Estamos nos tornando como as coisas que ocupam a nossa mente. O nosso caráter está sendo influenciado e recebendo impacto de tudo aquilo que se apoderou de nosso coração. Considere a vida gay. Tenho visto uma degeneração forte de caráter em muitos homossexuais que tenho conhecido, à medida que estes vão ao encalço de seu estilo de vida. Há mudanças dramáticas em sua fisionomia, em sua voz, maneirismos. E há um constante aumento em sua ousadia para pecar. Há dois anos atrás, várias centenas de homossexuais em Nova York juraram que nunca marchariam pela Quinta Avenida no Dia do orgulho gay. Eles declararam: "Não concordamos em ser exibicionistas quanto à nossa sexualidade. Nunca faremos isso". Porém no ano passado, um grande grupo destes mesmos homens dirigiram o desfile, semi-nus. Considere as transformações que resultam da pornografia. Alguns homens começam com fotos de mulheres nuas e acabam afundando na pornografia infantil. Homens casados não conseguem satisfazer a lascívia com pornografia, então partem para casos extra-conjugais. Eles juraram que dariam a vida pelos filhos, mas agora querem abandonar a família sem dor ou vergonha. O seu caráter se desintegra rapidamente. Foram metamorfoseados em homens diferentes. Agradeço a Deus por todo aquele que alimenta a mente e a alma com coisas espirituais. Tais servos fixaram os olhos no que é puro e santo. Mantêm seus olhares fixados em Cristo, dando seu melhor tempo para adoráLo, edificando-se na fé. O Espírito Santo está em ação nesses santos, transformando continuamente seus caráteres no caráter de Cristo. Somente tais crentes estarão preparados para o sofrimento atroz e explosivo que virá sobre a terra. Os cristãos preguiçosos, indolentes, que não oram - desmaiarão ou terão falência cardíaca. Serão esmagados pelo medo, pois não têm o Espírito Santo operando neles, transfigurando-os. Quando chegarem os dias difíceis, eles simplesmente não se manterão. Se você está atravessando uma provação de fogo neste momento, poderá saber que foi colocado "no ministério" pelo próprio Senhor. Então, cuidado para não escandalizar o seu chamamento se tornando um reclamador, um covarde cheio de lamúrias. Aqui está a palavra final de Paulo sobre o assunto: "Não dando nós nenhum motivo de escândalo em cousa alguma, para que o ministério não seja censurado. Pelo contrário, em tudo recomendandonos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões ...entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos" (2 Cor. 6:3-5,10). Como enriquecemos "a muitos"? Resplandecendo a esperança de Cristo em meio aos sofrimentos. Oferecemos riquezas reais quando levamos os outros a perguntar: "Qual é o segredo dele? Como ele agüenta esse sofrimento? Onde ele acha tanta paz?". Comece preparando agora mesmo o seu coração. Encha os seus depósitos com recursos, ficando a sós com Jesus e fixando o seu olhar nEle. Então você estará preparado para tudo. Esse é o nosso ministério nestes últimos dias. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. A Obtenção da Plenitude da Bênção de Cristo - 3 de fevereiro de 2003 (Obtaining the Fulness of the Blessing of Christ) Por David 3 de fevereiro de 2003. __________ "E bem sei que, ao visitar-vos, irei na plenitude da bênção de Cristo" (Romanos 15:29). Paulo escreveu estas palavras aos cristãos em Roma. Ele estava dizendo: "Não tenho dúvidas de que ao encontrá-los, será na medida maior da bênção de Cristo". As palavras do apóstolo aqui implicam em algo que todo crente precisa saber. Ou seja, que há vários graus, ou medidas, da bênção de Cristo. Alguns crentes obtêm a medida máxima dessa bênção, que é o objetivo. Todos nós fomos feitos para entrar na amplitude maior das bênçãos do Senhor. Contudo, alguns cristãos entram em apenas uma pequena medida da bênção de Cristo. Em sua carta aos efésios, Paulo insiste em que todos persigam a medida máxima desta bênção: "E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo...até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo...e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus" (Efésios 4:7, 13, 3:19). Preste atenção à palavra "plenitude" nestas passagens. A palavra em grego que Paulo usa aqui quer dizer "completar a tarefa de encher ao máximo". Esta é a tarefa que Deus nos deu: perseguir a plenitude da bênção de Cristo em nossas vidas. Paulo desenvolve isso, dizendo, "há... um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos" (4:4-6). Em resumo, Deus o Pai, Filho e Espírito Santo Wilkerson habitam todos os Seus filhos. Jesus prometeu: "Viremos e faremos habitação em ti" (v. João 14:23). Paulo está deixando claro que todos nós temos o mesmo acesso ao Senhor. Logo, todos nós temos igual oportunidade de obter Sua bênção crescente. Na verdade, nossas vidas deveriam continuamente aumentar naquilo que Paulo denomina "a bênção de Cristo". Veja a incrível medida da bênção de Cristo na vida de Paulo. Esse homem recebeu revelações pessoalmente de Jesus. Ele registra que Cristo revelou-se nele. É claro, Paulo sabia que não havia alcançado a perfeição; mas também sabia, sem dúvida, que não havia nada em sua vida que estivesse atrapalhando o fluir da bênção de Cristo. É por isso que Paulo podia dizer: "...bem sei que, ao visitar-vos, irei na plenitude da bênção de Cristo" (Romanos 15:29). Ele tinha uma confiança santa no seu caminhar com Cristo. Ele sustenta: "Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens" (Atos 24:16). Essencialmente Paulo está dizendo: "A minha vida é um livro aberto diante do Senhor. Não tenho pecado escondido no coração, e Ele não tem discussão comigo. E Sua bênção para comigo é um fluir contínuo de revelação. Então, quando prego, vocês não estão ouvindo a voz dos homens; não lhes trago uma mensagem morta cheia de teologia erudita. O que ouvem são palavras vindas do coração do próprio Deus, dirigidas a vocês". Veja, a plenitude da bênção de Cristo tem pouco a ver com posses materiais. Claro que toda saúde e todos os bens terrenos devam ser vistos como bênção vinda das graciosas mãos de Deus. Porém Paulo está falando aqui de uma bênção muito maior. A palavra que ele usa em grego para bênção significa "aprovação de Deus", ou "o muito bem" de Deus. Em resumo, bênção de Cristo quer dizer ter uma vida que agrade a Deus. É um conhecimento interior vindo do Espírito Santo de que ao olhar para a sua vida, Deus diz: "Estou satisfeito contigo, meu filho, minha filha. Nada entre nós impede nossa comunhão e relacionamento". O escritor aos Hebreus resume a plenitude da bênção de Cristo desta maneira: "Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém" (Hebreus 13:20-21). Amo ficar perto de pessoas que vivam esse tipo de vida em Cristo. Elas têm em torno de si o aroma de haverem estado com Jesus. Como Paulo, estes santos têm uma insatisfação divina por essa vida, um desejo ardente de estar na presença de Cristo, uma fome de obter mais e mais intimidade com Ele. Elas falam muito de Jesus, e exsudam Seu amor e Sua santidade. Tais pessoas gozam a vida, mas evitam toda conversa tola. Elas vivem inteiramente separadas das coisas deste mundo. E o favor de Deus é evidente em suas vidas e nas suas famílias. Elas podem ser pobres, mas suas vidas são plenamente abençoadas pelo Senhor. Não me entenda mal: esses crentes sofrem como todo mundo. Enfrentam períodos de terríveis lutas e provações. Mas, como Paulo, apesar de poderem estar abatidos, não estão destruidos. E nunca desistem. Estão determinados a terminarem seu caminhar de fé e ministério de uma maneira agradável a Deus. O Propósito Desta Expor o que Impede na Plenitude da Bênção de Cristo o Mensagem Nosso é Ingresso Paulo pergunta aos gálatas: "Vós corrieis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade? Esta persuasão não vem daquele que vos chama. Um pouco de fermento leveda toda a massa" (Gálatas 5:7-9). Paulo aqui está se referindo a um modo de pensar, uma crença doutrinária ou teologia. Ele está perguntando: "O quê existe em sua vida que lhe impede de entrar na plenitude da bênção de Cristo? Durante algum tempo você esteve bem. Sei que você é uma pessoa de oração, e que trabalha diligentemente para produzir boas obras. Mas alguma coisa está errada. Não vejo mais você crescer. Pelo contrário, você voltou a depender da carne. Não sinto o doce aroma de Cristo que você já teve. A sua certeza, a sua clareza, a sua visão - se foram. Alguma coisa está lhe atrapalhando". "O quê poderia ter lhe persuadido a se fixar nessa situação? Seja o que for, posso lhe dizer que não é de Deus. Na verdade, sinto em você um fermento, ou seja, algum tipo de concessão. Alguma coisa está lhe nublando, alguma coisa que pode estar lhe amarrando. E isso está levando o Senhor a ter uma questão em relação a você. Diga, o quê é?" Conheço atualmente tantos cristãos que no passado foram poderosamente usados por Deus. Eram pessoas consagradas, de oração, de fé. Mas então alguma coisa lhes aconteceu. De alguma maneira, foram impedidos de experimentar a plena bênção de Cristo. Isso inclui vários ministérios que conheço. São homens que contemplaram vitória após vitória em seu caminhar com Deus. Mas algo se insinuou em suas vidas, algum tipo de contemporização, e com o tempo, fez paz com eles. Muitas vezes esse fermento impedidor era aquele único pecado que os assediava. À todas estas pessoas Paulo inquire: "O quê aconteceu? O quê está impedindo o fluir da bênção de Cristo em sua vida? Qual o fermento que se insinuou?". Até Mesmo o Piedoso Elias, Homem Foi Impedido de Entrar na Plenitude da Bênção de Cristo de Oração, O profeta Elias foi poderosamente usado por Deus. Ele compartilhou do pesar de Deus em relação a Israel. Seu coração se partiu com a apostasia do povo. E operou grandes milagres e maravilhas em nome de Deus. Mesmo assim, tal como Moisés foi impedido de entrar na Terra Prometida, a Elias não foi permitido experimentar a plenitude completa da bênção de Deus. Você conhece a história da vitória de Elias no monte Carmelo. O piedoso profeta invocou fogo do céu, e matou os profetas de Baal. Depois orou por chuva, e as chuvas vieram, cessando a grande seca de Israel. Ao verem essas coisas, as pessoas imediatamente se arrependeram da idolatria, e voltaram-se para o Senhor. Quero pegar a história a partir do momento que o povo parte para Jezreel, a capital, para trazer as notícias. Incrivelmente, Elias volta numa veloz carruagem para a cidade, à uma distância de mais de trinta quilômetros. As escrituras dizem: "A mão do Senhor veio sobre Elias" (I Reis 18:46). Isso me diz que Elias estava numa missão divina. "A mão do Senhor" indica a Sua direção. Deus estava mandando Elias de volta à Jezreel para um propósito. Para que, exatamente, o profeta estava rapidamente sendo levado de volta à capital? Encontramos uma pista no testemunho de Elias no monte Carmelo: "Segundo a tua palavra (de Deus), fiz todas estas cousas" (I Reis 18:36). O profeta estava dizendo, em essência, "Senhor, que todos aqui saibam que tudo que faço é em submissão à Tua direção. O que fiz hoje aqui é simplesmente o que me mandastes fazer em oração". Mas quando a perversa rainha Jezabel recebeu as notícias, quando ouviu que Elias havia matado todos os seus falsos profetas, ela ameaçou lhe matar. A Bíblia diz: "[O rei] Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos os profeta à espada. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles. Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi" (I Reis 19:1-3). Quando Elias ouviu a ameaça de Jezabel, ele fugiu para salvar a vida. Muitos comentaristas bíblicos acham que Elias não estava com medo de Jezabel. Dizem que sua missão foi cumprida no monte Carmelo, e que agora Deus o estava levando ao deserto para lhe ensinar algumas importantes lições. Em outras palavras, que Deus não teve a intenção de fazer Elias enfrentar Jezabel ao voltar a Jezreel. Eu discordo. Acho que esta interpretação deixa passar totalmente o objetivo desta passagem. Ao ver o intrépido Elias voltando rapidamente a Jezreel, o quadro que vejo é o de ele estar a caminho de cumprir a parte final do que Deus lhe havia pedido: matar Jezabel. Pense no seguinte: o Senhor não estaria prestes a permitir que Jezabel levantasse todo um novo grupo de sacerdotes do mal. Por que iria Deus mandar Elias matar os 400 profetas de Jezabel, e permitir que a mãe da idolatria sobrevivesse? Seria como aparar os ramos do pecado, mas deixar a raíz sobreviver. Quando Deus prepara o Seu povo para entrar na plenitude da Sua bênção, Ele nos chama a fazer algo a mais do que apenas nos arrepender. Ele também nos chama a erradicar o pecado, para que possamos ser levados à uma vida de pureza e santidade. Só então poderemos nós experimentar a Sua plenitude. Creio que a Bíblia prova que Jezabel tinha de ser cortada. No Apocalipse, Jesus instrui a igreja em Tiatira: "Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras. Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetiza, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem cousas sacrificadas aos ídolos ...Eis que a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita. Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mente e corações..."(Apocalipse 2:19-23). Cristo está falando aqui à pessoas caridosas, cheias de fé, pacientes, crescendo em boas obras. No entanto tais santos consagrados ainda não têem a plena bênção do Senhor. Por que? Jesus lhes diz: "Há uma questão, uma coisa atrapalhando, que não deixa que vocês experimentem o Meu favorecimento por completo. Ou seja, vocês se recusam a tratar com o espírito de Jezabel em seu meio. Vocês deixam que este espírito do mal prossiga lhes seduzindo". Cristo deixa totalmente claro: se for para entrarmos em Sua plenitude, precisamos chegar à raíz da idolatria e do pecado. Então, qual é o pecado que Jezabel representa? Jezabel é um nome simbólico. Em hebraico, quer dizer "casta?", com um ponto de interrogação intencional. Isso sugere surpresa simplesmente em se pensar em castidade - querendo dizer, "certamente não casta, não pura; aquilo que é claramente impuro". Em resumo, Jezabel é um espírito indecente de impureza e luxúria. Alguns comentaristas não crêem que Jezabel era o nome verdadeiro da esposa de Acabe. Acham que o escritor usou esse nome como epíteto degradante, devido ao odioso comportamento da rainha. Essa era uma prática comum entre os escritores bíblicos. Por exemplo, João usa a palavra "anticristo" não apenas para descrever a pessoa que virá, mas também um espírito. O mesmo é verdade quanto ao uso de "dragão": é usado para descrever não apenas Satanás, mas qualquer entidade controlada por ele, incluindo humanos. Para simplificar, Jezabel é uma propaganda sedutora do inferno, e é dirigida unicamente aos servos de Deus. É produzida para derrubar e destruir todos os que foram tocados e ungidos pelo Senhor. A passagem do monte Carmelo sustenta isso. Você já se perguntou de onde vieram aqueles profetas de Baal? Eles não se tratavam de sacerdotes importados, imigrantes. Eles eram israelitas. Escolhidos de Deus. Tinham sido seduzidos por Jezabel, e levados à sua fornicação através de doutrinamento diabólico. Em minha mente resta nenhuma dúvida de que Elias foi chamado como instrumento para derrubar tal fortaleza em Israel. Elias tinha um passado com o Senhor, e era treinado para ouvir a voz de Deus. Ele orava com tanto poder que os céus se fechavam e abriam de novo. Quando tocou um rio com sua manta, as águas se dividiram. E levantou da morte um jovem. Elias claramente vivia e se movia dentro do milagroso. Ele uma vez declarou a Acabe com autoridade: "Elias está aqui!". Que coragem! Como era destemido! Contudo o poderoso profeta agora estava correndo de medo: A Guerra Que Começou é a Mesma Guerra Que Combatemos Hoje Entre Elias e Jezabel A mesma guerra está sendo travada na casa de Deus agora mesmo. Pense num cristão consagrado, alguém como Elias. Ele se dedica à obra do Senhor, diligente, paciente, anda pela fé, é serviçal, e cresce na prática de boas obras. Mas há algo atrapalhando em sua vida. É um servo que possui medida de Cristo: é salvo, justificado, e ocupa-se dos negócios do Pai. Mesmo assim, agora o Senhor chega a ele dizendo: "Tenho algo contra você. Você tem permitido algo destrutivo em sua vida. Um espírito de Jezabel lhe seduziu. E isso está impedindo o seu caminhar comigo". "Tenho...contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel...não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem cousas sacrificadas aos ídolos" (Apoc. 2:20). Jesus aqui não está falando de uma mulher de verdade que se levanta na igreja, e fala sobre como desenvolver fornicação. Não, Ele está se referindo àquelas coisas que você permite que lhe doutrinem: TV, Internet, os apetites da carne. Todas elas são sedutoras poderosas. Igualmente, quando Cristo fala de "comerem cousas sacrificadas aos ídolos", Ele não está falando de comida. Ele está se referindo aos cristãos que se alimentam das imundícies do diabo. Esses crentes podem elevar suas vozes em louvor na igreja, mas quando vão para casa, entregam suas mentes às piores das imundícies imagináveis: sexo, violência, abominações. Até o mundo reconhece o mal destas coisas. Numa entrevista com o New York Times, perguntaram a um jovem e famoso ator se ele alguma vez havia se entregue à pornografia, como muitos astros de Hollywood. O jovem respondeu: "Não posso deixar que a minha mente se alimente de porcaria. As pessoas que entram na pornografia não conseguem controlar o raciocínio. A cabeça fica sempre correndo junto com as imagens que recebe. Não posso fazer isso. Nenhum ator profissional pode". É triste, mas muitos cristãos não podem alegar tal tipo de disciplina. Muitas vezes quando o espírito de Jezabel vem nos seduzir, ele cochicha: "Você trabalhou muito, e agora precisa relaxar. Está na hora de aceitar um pouco de recreação. Estamos nos dias da graça, e Deus não é duro com os Seus. Vá em frente, veja um programinha de TV. Ou alugue um filme sujo. Caso você se entregue demais, sempre poderá clamar o sangue de Jesus, e ficar limpo de novo". Não! Jesus diz que se você cobiçar no coração, já cometeu adultério. Ele nos diz de modo simples, com olhos flamejantes: "Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição" (Apoc. 2:21). O "ela" nesse versículo significa os filhos de Deus que foram enganados, os que foram seduzidos pelo espírito de Jezabel. O Senhor está dizendo: "Sou misericordioso com você, e tenho sido muito paciente. Lhe dei muito e muito tempo para se arrepender, e deixar o pecado. Eu lhe enviei profetas, sermões do púlpito, exortações de amigos. O Meu Espírito lhe convenceu e preveniu em amor. Mas você ainda não se arrependeu. "Quero ardentemente que você entre na Minha plenitude. Expus diante de si todos os recursos; mesmo assim, continua vivendo como mendigo. Mantenho essa controvérsia consigo, e ela não vai acabar enquanto você não tratar com esses impedimentos." Preste Atenção de se Deixar Jezabel Viver às Terríveis Conseqüências Jesus diz quais são essas conseqüências: "Eis que a prostro de cama" (Apocalipse 2:22). Em grego a tradução aqui é: "esgotar, pôr em fuga". Significa medo constante; exaustão, fugir sempre. "grande tribulação" (2:22). Em grego sugere pressão, problemas, depressão. "Matarei os seus filhos" (2:23). A menos que aqueles que fizeram aliança com Jezabel se arrependam, o seu fim será literalmente a morte. Por que o Senhor trata com tanta severidade os que vão para a cama com Jezabel? É porque deseja que esse assunto seja levado a sério por todos que O servem. "Todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mente e corações, e vos darei a cada um segundo as vossas obras" (2:23). Essas não são palavras de algum profeta do Velho Testamento. É uma advertência do próprio Jesus, nestes dias da graça. Ele está dizendo: "Cada pessoa individualmente em Minha igreja tem de saber que Jezabel precisa ser derrubada. Você tem de dar um último suspiro nessa fortaleza espiritual, ou então nunca terá uma medida maior de Mim". Voltemos agora a Elias. Eu o considero um dos mais poderosos homens de Deus em todas as escrituras. Contudo, ele permitiu que Jezabel vivesse. Elias falhou nessa missão, sem justificativa. O quê havia na raíz do fracasso de Elias? Era falta de fé. Elias atribuiu mais poder à Jezabel do que a Deus. Pense no seguinte: após sua vitória no monte Carmelo, houve reavivamento na terra, convencimento no meio do povo, e arrependimento amplo. Jezabel ficou sem poder. Se ela tivesse tentado matar Elias naquela ocasião, o povo o teria cercado em proteção. Mas em vez disso, quando a ameaça chegou, Elias perdeu a fé. Você está entendendo o ponto desta mensagem? O Deus que o salvou - que lhe deu vitórias contra o pecado, e lhe concedeu milagres - tem o mesmo poder para matar qualquer cobiça do tipo-Jezabel que haja em você. Ele pode destruir qualquer fortaleza, mortificar todo pecado que o assedia, e lhe livrar de todo poder do inimigo. Muitos cristãos em luta pensam: "O meu hábito é forte demais; sou vencido por ele. Vitória, aonde?". É quando o inimigo lhes cochicha: "Deus não está escutando. Você não vai conseguir. Apesar de toda oração, você vai cair". Mas o Senhor responde: "Não! Nenhuma fortaleza, nenhum espírito de Jezabel terá domínio sobre você". Elias fez o que muitos crentes pensam em fazer: ele fugiu. Davi fala de querer voar para o deserto, como um pássaro. Jeremias desejou ter um lugar isolado para viver, bem longe num lugar despovoado. Mas a maioria dos cristãos que "fogem" nunca na verdade vai a algum lugar. Para eles, é como um estado de humor, um desejo de escapar da situação. Finalmente, Davi conclui, "não temerei mal algum". Mas Elias optou por fugir e se esconder. Ele desistiu de lutar. E Jezabel sobreviveu. Deus Ama os Seus a Todos os Seus Temores e Quedas Servos Em Meio Creio que a história de Elias, revela um dos atos mais cheio de compaixão que Deus tenha mostrado a qualquer servo que esteja com medo. Elias acabou em baixo de uma árvore de zimbro no meio do mato, tão deprimido que caiu em sono profundo. Mas o Senhor enviou um anjo para lhe acordar e alimentar com um bolo e um pouco de água. Então Elias comeu e bebeu, mas ainda estava tão deprimido que voltou direto a dormir. Mais uma vez o anjo o despertou e alimentou com outra refeição. Aí Deus disse suaves palavras ao Seu servo: "Elias, a jornada é muito grande para você. Então, sente-se aqui e coma" (I Reis 19:7). Ele estava dizendo: "Amigo, não dá para você resolver isso sózinho. Estou contigo". Veja, o amor de Deus por Elias nunca esteve em dúvida. Não importava a extensão da falha do Seu servo. Mesmo em seu medo, em sua depressão e em sua vontade de fugir, Elias ainda era muito amado pelo Pai. O mesmo é verdade para todos nós que amamos e servimos o Senhor. Contudo Deus tinha uma outra mensagem para Elias. Tratava-se de um aviso misericordioso, e se aplica a nós igualmente hoje em dia. Ele pergunta: "Que fazes aqui, Elias?" (19:13). Mesmo tendo perdoado Elias, o Senhor não iria varrer o problema para baixo do tapete. Ele o amava muitíssimo. Elias respondeu com uma desculpa, mas Deus não iria aceitá-la. Mais uma vez Ele pergunta: "Por que você está aqui?". Ele estava perguntando, na essência, "por que você abandonou a luta, Elias? Por que renunciou ao seu ministério? De onde vem esse seu esgotamento?". No fim, parece que Deus aceita a desistência de Elias. O Senhor diz, em Suas palavras: "Não vou te forçar a ir, Elias. Mas vou ungir a Jeú em teu lugar. Ele vai cumprir a tua missão matando Jezabel". O fato é: se quisermos desistir, o Senhor permitirá. E não nos amará menos. Ele simplesmente irá permitir que continuemos vivendo com nossa limitada medida de Cristo. Em verdade, quando chegou a hora de Elias ir para o Senhor, ele foi carregado aos céus junto a um carro de fogo. Ele foi um homem grandemente honrado. Mas, como Moisés, a quem não foi permitida a entrada na Terra Prometida, Elias nunca ingressou na plenitude da bênção de Deus. Você pode dizer: "Não tenho problema com lascívia. Não sou fornicador ou adúltero. Graças a Deus, não fui seduzido pelo espírito de Jezabel". Eu me alegro com você. Mas para todo crente desejoso de entrar plenamente na bênção de Cristo, um momento de Elias certamente virá. Você encontrará o maior, o mais imbatível inimigo que se poderia enfrentar. E o espírito de Jezabel irá lhe tratar com sarcasmo, "Desta vez, você vai cair. Está tudo acabado para você". Quando chegar essa hora, você não pode pensar em desistir. Não renuncie à luta, e nem abandone as promessas que Deus lhe deu. Ponha abaixo esse espírito de Jezabel. O Senhor diz que o espírito de Jezabel não tem poder sobre você. Cá está um último quadro das misericórdias de Deus. Mesmo Elias tendo falhado, o Senhor deu ao Seu servo a palavra final. As escrituras dizem que Elias profetizou: "Os cães devorarão Jezabel dentro dos muros de Jezreel" (I Reis 21:23). Foi exatamente isso que aconteceu. Jezabel foi morta no exato local de onde Elias havia fugido, e os cães lamberam o sangue dela. Deus concedeu à Elias a palavra final. Prezado santo, o nosso Senhor nos fez mais do que vencedores. Esta é a Sua palavra final sobre o assunto. Então, levante-se e lute. E deixe que Ele o guie à plenitude da Sua bênção. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Rio da (River of Life) Por 13 __________ de Vida - 13 David Janeiro de janeiro de 2003 de O profeta Ezequiel recebeu uma visão incrível. As escrituras dizem que a mão de Deus carregou Ezequiel à uma montanha muito alta, onde um homem lhe aparece "cuja aparência era como a do bronze" (Ezequiel 40:3). João descreve uma visão semelhante de um homem que lhe aparece na ilha de Patmos: "os pés, semelhantes ao bronze polido" (Apocalipse 1:15). É claro, o homem em ambas as passagens é nenhum outro senão o próprio Cristo. Ele introduz Ezequiel às portas da casa de Deus, onde dá ao profeta essa impressionante visão. É uma visão do futuro do povo de Deus, revelando no que se tornaria o corpo de Cristo à chegada dos dias do fim. Ezequiel registra: "Depois disto, o homem me fez voltar à entrada do templo, e eis que saiam águas de debaixo do limiar do templo, para o oriente; porque a face da casa dava para o oriente, e as águas vinham de baixo, da banda direita da casa, da banda do sul do altar... Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos. Mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos. Mediu ainda outros mil, e era já um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido, Wilkerson 2003 águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar. E me disse: Viste isto, filho do homem?..." "Junto ao rio, às ribanceiras, de uma e de outra banda, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio" (Ezequiel 47: 1, 3-6, 12).. Ora, imagens de água na Bíblia quase sempre representam o Espírito de Deus. Essa visão claramente revela um poderoso derramamento do Espírito Santo nos últimos dias. A visão é tão poderosa, tão sufocante em seu escopo, que Ezequiel não conseguiu compreendê-la. Ele não consegue sequer comentar o seu significado - só consegue reportá-la. Na verdade, antes de a visão acabar, o Senhor pára e pergunta a Ezequiel: "Viste isso?..." (47:6). Deus basicamente está perguntando a Ezequiel: "Você consegue alcançar a magnitude do quê está vendo? É capaz de compreender a força profética desta visão? Dá para você ver do que falam essas águas que crescem, como elas indicam o modo pelo qual todas as coisas acabarão? Diga-Me, Ezequiel: você enxerga nessa visão a glória da vinda do Senhor? Sei que tal revelação é impressionante e mexe com a sua cabeça. Mas não quero que você deixe passar o real significado dela". Ao reler esta passagem, o Espírito Santo me parou nesse mesmo versículo onde parou Ezequiel. E me perguntou a mesma coisa que perguntara ao profeta do Velho Testamento: "David, você compreende que isso é uma grande profecia, vinda diretamente do trono do Pai? Você entende como ela descreve a igreja nesses últimos dias? Você alcança o significado do rio subindo?". A visão deve ter aturdido Ezequiel. Apesar de que as escrituras não o mencionam especificamente, estou convencido de que o profeta não entendeu o quê estava vendo. Todos os profetas do Velho Testamento tiveram uma visão limitada de Cristo. O próprio Jesus nos diz: "Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram. Atendei vós, pois...." (Mateus 13: 17-18). Veja estas últimas três palavras: "Atendei vós, pois". Cristo está nos dizendo: "Não percam isso. Certifiquem-se de estar entendendo o quê lhes está sendo revelado". O quê é exatamente que o Senhor revela nessa visão profética? Está Chegando Um Derramamento Crescente do Espírito Santo. Eis o quê estava sendo mostrado a Ezequiel: exatamente nos últimos dias, a igreja de Jesus Cristo será mais gloriosa, mais vitoriosa do que em toda a sua história. O verdadeiro corpo de Cristo não irá se enfraquecer e se confundir; não irá diminuir em números, ou diminuir em poder ou autoridade espiritual. Não - a Sua igreja sairá numa rajada de poder e glória. E desfrutará da maior revelação de Jesus que alguém já tenha recebido. Ezequiel escreve: "será como o peixe do mar Grande, em multidão excessiva" (Ez. 47:10). Você entende o quê está sendo dito aqui? Vem chegando um corpo de crentes que nadará nas crescentes águas da presença do Senhor. E a Sua presença em meio ao Seu povo crescerá até o último dos dias finais. Lamentavelmente, tenho notado uma terrível tendência no meio de certas igrejas e de certos grupos cristãos em nossos dias. Tais grupos limitam a visão que têm de Deus aos seus próprios grupos, ou mesmo às suas próprias áreas geográficas. Muitas vezes a sua atitude é: "Somos o novo mover de Deus. O que Ele está fazendo nos últimos dias vai começar bem aqui, em nosso meio. E fluirá a partir desse corpo. Assim, é melhor que você se junte a nós, pois nós temos a visão. Somos o centro exato da coisa nova que Deus está fazendo na terra no tempo de hoje. E Ele está formando redes a partir de nós". Essa atitude não apenas se auto alimenta, como também limita Deus. Em verdade, ela prejudica o Seu mover de modo muito semelhante ao que denominações dominantes fizeram por séculos. Tais grupos davam a impressão de que eles apenas representavam o mover de Deus sobre a terra. E agora, tragicamente, a história se repete. De fato, vejo uma antiga falsa doutrina sendo ressuscitada hoje. Em termos simples, ela diz: "Deus tem uma só igreja em uma determinada cidade ou região. E só pode haver uma autoridade espiritual que controle tal área". Os que promovem esta doutrina terrível indicam apóstolos ou líderes para "governar" estas áreas. Sei de tais auto-indicados apóstolos e profetas na cidade de Nova York. Eles crêem que unicamente eles têm autoridade dentro da dimensão espiritual aqui. Há ainda uma outra maneira pela qual a igreja tende a se limitar atualmente. Ela tende a olhar para a igreja do primeiro século e para os apóstolos originais, como se esses antigos crentes possuíssem melhor revelação em relação a como deveria ser o corpo de Cristo. Tais grupos esgotam seus estudos, sua energia e devoção na tentativa de imitar ou recapturar os métodos da igreja primitiva. Mas o Senhor não quer necessariamente que voltemos aos métodos da igreja primitiva. A verdade é: Ele planejou algo muito melhor para o Seu povo nestes últimos dias. Por que deveríamos voltar para o gota à gota de água que ocorreu na igreja primitiva, quando Ele nos deu "águas que se deviam passar a nado" hoje? Isso é exatamente o que Deus está nos mostrando na visão que Ezequiel teve das águas subindo: "...mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos. Mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos" (Ezequiel 47: 3-4). Ezequiel está falando aqui de um aumento do Espírito Santo. Nos dias do fim, haverá um aumento da presença de Deus em meio ao Seu povo. As nascentes e as origens desse rio é a Cruz. Vemos uma imagem literal disso no seguinte versículo: "Um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água" (João 19:34). Essa pequena quantidade de água é quantidade que Ezequiel viu quando a visão se abriu para ele. Ao contemplar o templo de Deus, ele vê "que saíam águas de debaixo do limiar do templo, para o oriente...as águas vinham de baixo, da banda direita da casa, da banda sul do altar" (Ezequiel 47: 1-2). Esse crescente fluir de águas é a imagem do Pentecostes, quando o Espírito Santo foi dado aos discípulos. Juntamente com esse dom do Espírito, os seguidores de Cristo receberam a promessa de que Ele seria um rio de vida que fluiria do interior deles. E esse rio jorraria para todo o mundo. "Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele crescem..." (João 7: 37-39). Pergunto-lhe: você já está entendendo? Se o rio das águas vivas é o Espírito Santo, então o Pentecostes, com toda a sua glória e manifestação da presença de Deus, foi só o começo deste gotejamento. O fluxo de água vindo do templo de Deus cresceria cada vez mais. Se expandiria em extensão, profundidade, volume, poder e glória de restauração. A história da igreja prova isso. No Pentecostes - que é o início exato dos últimos dias - Pedro anuncia que essa água está fluindo, bem como o Senhor prometera. Naquela época, Pedro e os outros 120 discípulos tinham essa água só até os tornozelos. Mas ela cresceu nos anos que se seguiram. Durante os primeiros séculos da existência da igreja, o povo de Deus foi perseguido. Então, quando o imperador Constantino chegou ao poder, ele abriu as prisões e as minas de sal, e libertou todos os ministros e crentes que haviam sido escravizados. Ele também declara o cristianismo como religião oficial do império. No entanto, o fato é que durante aqueles anos de perseguição, a igreja cresceu mais. Foi quando a igreja começou a aumentar o seu fluxo. Aqueles santos cresceram grandemente no conhecimento e na revelação de Cristo. Desfrutaram de água até os joelhos. Martinho Lutero ainda foi um outro vaso que levou o corpo de Cristo a um novo fluir de fé. A água que jorrou durante a Reforma chegou aos lombos do povo de Deus, à medida que cresciam em uma maior revelação da Cruz, e ganhavam uma sabedoria mais aprofundada do poder e da glória de Cristo. Alegro-me ao imaginar aqueles dias. Como deve ter sido maravilhoso, finalmente, contemplar multidões de pessoas sendo batizadas, e chegando à revelação da salvação pela fé. Deve ter sido um tremendo espetáculo testemunhar multidões de crentes, cheios do zelo pela casa de Deus, correndo às catedrais para derrubar os ídolos e imagens esculpidas - aos quais eles antes costumavam rezar. Agora eles conheciam a alegria e a vida do fluir de Deus por si próprios. O Rio da Vida Um Pouco Antes da Vinda do Senhor. Chegará ao Topo Isto é previsto na visão dada a Ezequiel. Deus levou o profeta à uma incrível viagem. Carregando uma vara de medir, o Senhor percorreu 1.000 côvados, cerca de quinhentos metros. Nessa altura, o Senhor e Ezequiel começaram a andar na água. O nível nesse ponto chegava à altura dos tornozelos. Ezequiel testifica: "me fez passar pelas águas" (Ez. 47:3). E o Senhor vai movendo o profeta à frente, cada vez mais fundo e adiante na água. Após outros 1.000 côvados, ela chega aos joelhos. E ainda estava aumentando. Você entende o que está acontecendo aqui? Ezequiel estava andando no futuro, direto para o nosso tempo. Os cristãos hoje estão vivendo nos 1.000 côvados finais do rio nessa visão. Estamos bem na última mensuração da água. E Ezequiel diz que ao pôr os pés à beira desta medida, as águas estavam muito fundas para ele. "e era...um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido, águas que se deviam passar a nado" (47:5). Ele está nos dizendo na essência: "A água estava acima da minha cabeça". Consigo só imaginar o espanto desse homem quando o Senhor lhe pergunta: "Ezequiel, o que é este mar subindo? Se esse rio trata da vida e do poder da ressurreição, quem serão as pessoas tão abençoadas a ponto de nadarem em tamanha glória?". Talvez você tenha experimentado a presença de Jesus abundantemente. Você pode estar vibrando devido às revelações que tem recebido dEle atualmente. Contudo, devo lhe dizer - você ainda não viu nada em comparação à expansão que está vindo aos justos. Cristo irá abrir os nossos olhos, e maravilhosamente aparecer em nosso meio. Ele se nos revelará, derramando sobre nós o tanto de Sua vida que possamos suportar, sem já estarmos em corpos glorificados. O profeta Isaías teve um vislumbre deste mesmo rio que apareceu na visão de Ezequiel. Contudo Isaías viu ainda mais. De acordo com o profeta, nos últimos dias o povo de Deus desfrutará de grande proteção contra todos os ataques satânicos: "Barco nenhum de remo passará por eles, navio grande por eles não navegará" (Isaías 33:21). Isaías está falando aqui de navios de guerra movidos por escravos. Ele está nos dando um quadro do inimigo, o diabo, quando ele tenta lançar um ataque contra todos os que nadam nas grandes águas. E é um quadro de total confusão. Satanás está vociferando ordens à sua tripulação, "Fechar escotilhas; levantar velas; acertar o mastro". Mas nada funciona. Ele e seus marinheiros demoníacos não conseguem sequer elevar as velas para zarpar os barcos de guerra; em meio a isso, os remadores-escravos se sentam confusos. Deus está deixando totalmente claro a nós nestas passagens: as Suas águas vivas são zona interditada a Satanás. Como testifica o salmista: "Sejam confundidos e cobertos de vexame os que buscam tirar-me a vida; retrocedam e sejam envergonhados os que tramam contra mim. Sejam como a palha ao...vento, impelindo-os o anjo do Senhor...o anjo do Senhor os persiga" (Salmo 35: 4-6). Está Chegando o Tempo Em Que Um Número Sem Precedentes de Pessoas Será Restaurado da Morte Espiritual. "Tudo viverá por onde quer que passe este rio" (Ezequiel 47:9). Retornando à margem, Ezequiel fica atônito. Ele olha e vê "grande abundância de árvores" dos dois lados do rio. Estas árvores ganharam vida a partir da corrente de águas; têm folhas que jamais murcham, e o seu fruto traz curas maravilhosas. A vida havia se expandido por todos os lados nessas árvores altas e frutíferas. Sim, esse rio de Deus trará vida por onde for. Mesmo assim, nestes últimos dias, também veremos uma inundação correspondente de morte: A AIDS se tornou um oceano de destruição em nossos tempos, um mar Morto dos dias modernos. Multidões estão morrendo desta terrível doença. O amor de muitos morrerá. Segundo Jesus, "O amor de muitos esfriará" (Mateus 24:12). Paulo acrescenta que escarnecedores virão, zombando da mensagem sobre o breve retorno de Cristo. Eles matarão a expectante esperança dos outros crentes quanto à Sua manifestação. Suas zombarias farão com que a moral morra, e o pecado abunde. Falsos profetas espalharão doutrinas de morte: "Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados" (2 Timóteo 3:13). Agora mesmo, a morte espiritual se expande por toda a igreja apóstata. Ainda assim, em meio à toda morte e destruição que vemos acontecendo, ouço a profecia do Senhor trovejando em minha alma: "O Meu rio vai subir. E tudo viverá por onde o Meu rio fluir". Até poucos anos atrás, a igreja na China parecia estar morta. O inimigo havia tornado os crentes em clandestinos, e por anos nenhuma palavra veio deste país mencionando o mover de Deus. Os cristãos do ocidente não tinham idéia se a igreja na China havia sobrevivido, ou não. Mas, graças a Deus, o rio não pôde ser parado. Estava subindo o tempo todo em que nós, ocidentais, nos perguntávamos sobre o destino de nossos irmãos e irmãs chineses. Hoje, sabemos que milhões de crentes lá estão nadando no rio da vida de Deus. Como declarou o Senhor: "Tudo viverá por onde quer que passe este rio". Este rio flui a nível de inundação por todo o leste europeu. Há só quinze anos atrás, quem poderia imaginar que algum dia ele correria livre e abertamente pela Rumênia, Polônia, Hungria, Alemanha Oriental, Tchecoslováquia, e até a fortaleza da Rússia? A vida em Cristo está brotando em todas estas nações, e em outras por todo o mundo. Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, muitos novaiorquinos pensaram em se mudar da cidade. Mas o Espírito Santo cavou um profundo poço de água corrente aqui, e o rio está cada vez mais alto. Jesus está revelando a Sua santidade de uma ponta à outra desta enorme cidade. A região dos teatros, nesta cidade, não consegue deixar o rio de Deus fora do seu território. Wall Street não consegue deter a sua maré crescente. Os homossexuais radicais não conseguem deixá-lo fora de Greenwich Village. Os pró-aborto não conseguem impedir que ele flua para o coração de mulheres grávidas, desesperadas. A Prefeitura não consegue atrasar a sua subida. Rabinos e mulás não conseguem deixar o rio para fora de suas sinagogas e templos. O rio está subindo, subindo - e tudo vive por onde quer que ele passe. Lhe pergunto o seguinte: e a sua casa? A confusão reside em sua família? Você está observando a agressividade da morte entre os seus queridos? Será que tudo lhe parece desesperador? Agarre-se à esta promessa de nosso bendito Senhor: "Tornarão saudáveis... (sararão)...e tudo viverá por onde quer que passe este rio". Eu não sei como o Senhor realizará tudo isso. Mas se Ele diz que o rio subirá, e trará vida a tudo que tocar, eu creio nEle. Afinal de contas, Deus da noite para o dia varreu o Comunismo - o movimento global mais opressivo do século passado - da Rússia, do leste europeu, da Alemanha Oriental. Será que Ele não pode fazer tal coisa também? Em Meio à Todas Alguns Serão Deixados de Fora. as Curas e Restaurações, Os que ficarem de fora deste rio maravilhoso "serão deixados para o sal". "Mas os seus charcos e os seus pântanos não serão feitos saudáveis; serão deixados para o sal" (Ez. 47:11). Ezequiel está descrevendo aqui poças lamaçentas, cheias de sujeira e lodo. O rio corre sobre estes pântanos, mas eles não são curados: com o tempo, o rio vai passar por eles, e os ignorar completamente, deixando-os tão secos que se tornarão em sal. No Velho Testamento, o sal é símbolo de rebeldia e nudez. Os pântanos de sal que Ezequiel descreve aqui representam aqueles, dentre o povo de Deus, que experimentam e têm profunda consciência - mas não mudam. Estas pessoas podem chorar pelo pecado e pela morte, mas não obedecem a palavra de Deus para buscar vida. Podem fazer promessas e resoluções para mudar, mas não as seguem. Isaías ressoa isso quando diz: "Mas os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo" (Isaías 57:20). Não se engane: tais pessoas abertamente professam serem cristãs; e têm sido invadidas pela repreensão divina. O Espírito Santo tem sondado e medido a profundeza de suas almas, e as cortejado. Mas elas permanecem inalteradas. Têm estado em Seu rio da vida, mas não permitem que ele toque a intimidade do seu ser. Como resultado, a vida de Jesus não flui deles. Antes, do seu interior fluem fortes torrentes de mexericos sujos, elogios insinceros, mentiras e distorções. Tais pessoas não são doadoras de vida. Pelo contrário, tudo em torno delas é tocado por discussão e amargura. Elas chafurdam na autocomiseração. Elas continuamente se queixam e questionam a ação de Deus nos outros. Professam a vida, mas estão atoladas na sujeira. São falsas espiritualmente, propagando morte aos que as cercam. Nas palavras de Pedro, se tornaram "fonte sem água" (2 Pedro 2:17); e, segundo Ezequiel, uma sentença de morte lhes foi passada: "serão deixados para o sal". Isso é uma maldição de sequidão, que as relega à uma vida sem frutos, de total inutilidade. Contudo ainda assim, elas se mantêm firmes em sua rebelião, cheias de orgulho destrutivo. Tragicamente, Deus fará uma curva no fluxo do Seu rio da vida para jorrar inteiramente em torno delas. Ao fim, se tornarão cegas, ficando insensíveis ao perigo no qual se colocaram. E, com o Espírito Santo deixando-as, serão deixadas no engano, chorando, "Paz, paz", com a destruição caindo junto à elas. Ezequiel deve ter ficado incrédulo ao testemunhar esses bolsões de morte. Ele via a vida brotando por todos os lados onde o rio passava, mas esses bolsões se mantinham áridos e brancos em sequidão. Eu pergunto: como um seguidor de Cristo pode chegar à uma situação dessas? Como poderia um servo se tornar tão vazio, ressecado e cortado do rio doador da vida? Pedro explica: "Eles andam segundo a carne. São presunçosos e voluntariosos. Resistem à toda autoridade ordenada por Deus. E falam mal de coisas das quais nada sabem. Se tornam emaranhados nas coisas do mundo, e são vencidos por elas. E se afastaram dos santos mandamentos que uma vez lhes foram entregues" (v. 2 Pedro 2: 10-21). Para mim, a parte mais triste desta tragédia é que a maioria destes poços secos já foi fontes de águas vivas. No passado suas vidas produziam cura e bênção. Mas agora vomitam amargura, ódio e morte. Prezado santo, insisto: se está sendo pêgo em teimosa amargura enquanto o rio corre em torno de você, não se permita continuar. Antes, deixe que Deus encha o seu interior com a Sua água viva. Você não está sabendo, mas uma inundação de revelação de nosso Senhor está a caminho. E ela não irá parar para abastecer a carne. Então, você compreendeu a magnitude da visão dada a Ezequiel? Os profetas do Velho Testamento não puderam vê-la. Mas através do Espírito Santo, Deus nos deu olhos para contemplarmos a Sua extrema grandiosidade. Ouví vós pois: o rio da vida vem chegando! --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. 2002 ____ O Toque de Deus (The Touch of God - Daniel) - Daniel - 02 de dezembro de 2002 Por 2 __________ de David dezembro de Daniel testifica: "Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos" (Daniel 10:10). A palavra para "tocou" aqui quer dizer agarrou violentamente. Daniel estava dizendo: "Quando Deus pôs as mãos sobre mim, dobrou-me sobre minha face. O seu toque me deu urgência para buscá-lo com todo o meu ser". Isso acontece toda vez que Deus toca a vida de alguém. Essa pessoa cai de joelhos. E se torna um homem ou mulher de oração, levado a buscar o Senhor. Tenho muitas vezes me perguntado por que Deus toca apenas algumas pessoas com essa urgência. Por que alguns servos ficam famintos em buscá-lo, enquanto outras fiéis pessoas prosseguem nos seus caminhos? Os servos tocados por Deus têm uma relação íntima com o Senhor. Eles recebem revelações do céu. E desfrutam de um caminhar com Cristo do qual poucos desfrutam. Penso em Daniel. Esse devoto servo foi tocado por Deus de modo sobrenatural. Ora, havia muitas outras pessoas boas e piedosas servindo ao Senhor nos dias de Daniel. Incluem-se Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, assim como Baruque, um escriba de Jerusalém. Inúmeros outros israelitas mantinham igualmente sua fé, enquanto escravizados na Babilônia. Cerca de 40.000 deles iriam retornar a Jerusalém para reedificar o templo. Então, por que Deus impôs suas mãos sobre Daniel e o tocou da maneira que o fez? Por que apenas esse homem se tornou capaz de ver e ouvir coisas que ninguém mais conseguia? Ele declara: "Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram" (Daniel 10:7). Eis a incrível visão que Daniel teve: "No dia vinte e quatro do primeiro mês, estando eu à borda do grande rio...levantei os olhos e olhei, e eis um homem vestido de linho, cujos ombros estavam cingidos de ouro puro...o seu corpo era como o berilo, o seu rosto, como um relâmpago, os seus olhos, como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido" (10:4-6). Era uma visão do próprio Cristo, clara e vívida. Em verdade, foi a mesma visão dada a João na Ilha de Patmos (v. Apocalipse 1:13-15). Agora Deus fala a Daniel de modo inconfundível, "e a voz das suas palavras era como o estrondo de muita gente" (10:6); não foi um pio ou um cochicho, mas o trovejante ressoar de um ruidoso tumulto. O Senhor se revelou a Daniel dessa maneira por uma razão específica: ele queria cessar a longa fome pela sua palavra; decidiu que havia chegado a hora de entregar uma mensagem à humanidade perdida. E queria que os seus servos soubessem o quê ele estava prestes a fazer, e por que: "Fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos últimos dias" (10:14). Mas Deus precisava de uma voz para declarar a sua mensagem. Ele queria um homem de oração, um servo que responderia fielmente ao seu chamado. Daniel era esse homem. Ele havia estado orando com devoção Wilkerson 2002 três vezes ao dia. E agora, enquanto andava ao longo do rio, Cristo se revela a ele. Daniel ficou abalado pela experiência. Ele diz: "Caiu sobre eles um grande temor, e fugiram e se esconderam. Fiquei, pois, eu só e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim...Contudo, ouvi a voz das suas palavras" (10:7-9). As escrituras não identificam os homens que estavam com Daniel. Poderiam ser guardas babilônicos, ou funcionários do governo; afinal de contas, Daniel ocupava um alto posto no reino. Em minha opinião, estes homens eram israelitas, especificamente amigos e companheiros piedosos de Daniel. Então, se é assim, por que fugiram? Daniel diz que eles nem viram e nem ouviram nada. Por que foram obrigados a se esconder? Eis o porquê: Deus estava no processo de possuir Daniel; estava preparando o seu servo, corpo e alma, para receber uma palavra dos céus. E isso é sempre uma visão impressionante. Toda vez que Deus toca um dos seus servos - homens de oração - ele se manifesta nesse vaso humano. Primeiro ele o esvazia de todo o seu eu, e aí o possui totalmente. A visão desse processo pode infundir medo em cristãos limitados à carne: ou faz com que os seus pecados ocultos se derretam, ou os incita a fugirem da cena. Me lembro de uma ação divina desse tipo em minha própria vida, vários anos atrás, antes que o nosso ministério se mudasse para Nova York. A minha esposa, Gwen, e eu estávamos sentados em nosso quintal no Texas com outros casais cristãos. De repente, o Espírito de Deus me dominou, e eu caí sobre a minha face. O Senhor começou a falar ao meu coração sobre as almas perdidas. Logo eu estava chorando e profetizando. Sentia-me como se estivesse na presença do próprio Deus, retirado desse mundo. O seu Espírito movia-se sobre mim, me chamando, dando-me visão para o ministério. Eu não sei quanto tempo estive naquele estado. O que eu sei é que, durante aquele tempo as nossas visitas se desculparam e saíram. Algo na cena os afugentara. Sempre me pergunto: esse toque sobrenatural de Deus seria simplesmente uma questão de predestinação? Os que recebem o seu toque seriam pessoas escolhidas e selecionadas para tal ainda antes de nascerem? Seriam elas simplesmente destinadas à oração, à posse pelo Espírito Santo, à recepção de palavras vindas do trono de Deus? Faço essas perguntas devido a uma inexplicável fome existente em minha alma, fome dada por Deus. O meu homem interior anseia por uma revelação de Cristo. Alguma coisa em mim simplesmente não se aquietará com revelação vinda de qualquer outra pessoa. Por que? Estou convencido de que Deus tem uma palavra particular que deseja transmitir a essa geração. E agora mesmo, está procurando na terra servos que possa possuir. Ele quer homens e mulheres que servirão como seus oráculos para um mundo perdido. Só a sua poderosa e ungida palavra pode combater o crescente espírito do islamismo. E somente a sua verdade pode dar um golpe mortal na hipocrisia em sua própria igreja. Como o mundo mudou rápido. Após a queda das Torres Gêmeas em Nova York, a freqüência à igreja cresceu repentinamente. As pessoas voltaram em bando à igreja pela primeira vez em anos. De súbito, Deus se tornou popular outra vez. A menção do seu nome marcava todos os eventos esportivos, sessões do governo ou reuniões cívicas. Parecia que a nação inteira estava dizendo preces e falando de Deus. Hoje, contudo, a freqüência à igreja está mais baixa do que antes da tragédia de 11 de setembro. Uma pesquisa nacional recente cita frases das pessoas dizendo: "A igreja foi uma experiência tão desagradável que não voltei mais". "Não acontecia nada lá. Não valia a pena gastar o meu tempo". "Nada lá dentro me deu vontade de voltar". Como pode ser isso? Isso acontece porque a igreja perdeu sua autoridade espiritual. A maioria dos sermões que essas pessoas ouviram eram mortos, sem vida. Eles revelaram a igreja em seu estado atual: fraca e desprovida do real caráter de Deus. Agora as pessoas se tornaram surdas ao evangelho. Os jovens especialmente estão rejeitando a igreja, dizendo que ela é irrelevante. Eles não querem ter nada a ver com uma instituição que é motivo de riso aos olhos do mundo. Mas Deus está prestes a mudar tudo isso; agora mesmo está levantando homens e mulheres tocados por Deus, e possuídos pelo Espírito. Ele está colocando esses servos no fogo com sua verdade. E o seu toque em suas vidas fará com que o mundo note isso. Uma palavra pura está preste a descer dos céus mais uma vez. Ela irá expor a hipocrisia e as mentiras demoníacas. O islamismo será revelado como possuindo origens satânicas. E tudo aquilo proveniente da carne - o egoísmo, o materialismo, a lascívia - será trazido à flamejante luz da palavra de Deus. Verdade convincente será pregada dos lábios da nova geração de Deus - gente que busca, pessoas que comprometeram seus corações inteiramente com Cristo. 1. Deus Fez de Daniel Porque Este Jamais Abandonou a Oração um Oráculo Seu O Senhor toca todo servo que é fiel na oração. Ele busca os que estão dispostos a se disciplinarem a fim de ouvir a sua voz. A Bíblia chama essa atitude de "dispor o coração". Daniel diz: "Voltei o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza" (Daniel 9:3). Daniel então nos diz: "Falava eu ainda, e orava, e confessava o meu pecado e o pecado do meu povo Israel, e lançava a minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus...o homem Gabriel, que eu tinha presenciado na minha visão ao princípio, veio rapidamente, voando, e me tocou à hora do sacrifício da tarde" (9:20,21). Resumindo, Daniel está dizendo: "Deus tocoume ao buscá-lo em fervente oração". Daniel deixa claro: ele não conseguiu compreensão da palavra de Deus estudando junto aos eruditos. Não ganhou conhecimento quanto aos futuros acontecimentos a partir das instituições babilônicas. Ninguém poderia lhe ensinar como interpretar sonhos que haviam sido dados de modo sobrenatural. Daniel declara: "Falava ainda na oração...Ele...falou comigo, e disse: Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido" (9:21-22). Simplificando, as orações de Daniel trouxeram palavras vindas do trono de Deus: "Então me disse: Não temais, Daniel, porque desde o primeiro dia, em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e por causa das tuas palavras é que eu vim...Agora vim para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos últimos dias" (10:12, 14).. Que tipo de prece Daniel havia feito para despertar tal visitação? As escrituras nos dizem que ele havia passado três semanas em total quebrantamento: "Naqueles dias eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me untei com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras" (10:2-3). . Daniel havia passado vinte e um dias se humilhando, chorando ajoelhado, corrigindo sua carne, dispondo o coração para receber compreensão divina. Ele não media suas sessões de oração pelo relógio. Ele estava fazendo uma declaração de guerra: "Senhor, não deixarei tua presença enquanto eu não discernir o quê estás fazendo. Não importa o preço que eu tenha de pagar". Agora mesmo, o povo de Deus está precisando receber uma palavra dos céus como nunca antes. Jamais na história tantas e tantas multidões ficaram tão enjoadas e aborrecidas com sermões mortos e áridos. As pessoas piedosas estão literalmente chorando para terem uma palavra convincente, transformadora de vidas. Mas a maioria dos púlpitos está ocupada por homens sem autoridade espiritual. São pastores que não oram e estão perdidos pelos tempos, incapazes de trazer entendimento e esperanças a congregações amedrontadas. Uma outra coisa aconteceu com Daniel enquanto ele orava. Ele foi levado ao fim de suas habilidades enquanto humanas. O Senhor agora tocava os lábios de Daniel para que ele pudesse falar como seu oráculo. Ele diz ao seu servo: "Santifiquei a tua língua. Agora vou falar através de ti". Qualquer pessoa que fale por Deus precisa ter sua língua limpa e purificada. A Bíblia nos traz exemplo atrás de exemplo: . Jeremias diz: "Estendeu o Senhor a mão, tocou-me na boca, e me disse: Eis que ponho na tua boca as minhas palavras. Olha que hoje te constituo sobre as nações...para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares, e também para edificares e para plantares" (Jer. 1:9-10). . Isaías diz: "Então disse eu: Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado" (Is. 6:5-7). . Daniel testifica: "E eis que uma como semelhança dos filhos dos homens me tocou os lábios; então passei a falar...Então me tornou a tocar aquele semelhante a um homem, e me fortaleceu" (Daniel 10: 16-18). As experiências destes homens são exemplos para todos nós: Deus está procurando pessoas que queiram gastar o seu tempo para se trancarem com ele, que o buscarão regularmente e esperarão na sua presença. Como dedicados atletas olímpicos, esses servos passarão horas em sua disciplina, durante semanas e meses direto. Pode-se dizer: "Não posso ficar horas orando. Tenho obrigações como todos". Quero dizer que Daniel era um homem muito ocupado. Como proeminente funcionário do governo, tinha incríveis questões em suas mãos. Mesmo assim Daniel dispôs seu coração para buscar a Deus. E produziu em seu melhor horário, todos os dias - três vezes por dia, na verdade - tempo para orar. Deus lhe respondeu com uma visão impressionante: "Eu, Daniel, enfraqueci, e estive enfermo alguns dias; então me levantei e tratei dos negócios do rei. Espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse" (Daniel 8:27). Mesmo doente, ou durante seus negócios diários, Daniel buscava ao Senhor. Deus está procurando pelo mesmo tipo de desespero entre seus pastores atualmente. Está buscando pastores que estejam cansados de meramente pregar sermões, que estejam lutando por uma mensagem nova, pastores que agora estejam tendo pouco impacto sobre as pessoas. Ele quer pregadores que prefeririam morrer e estar com Jesus, a prosseguir na sequidão. São ministros famintos que gritam: "Ó Deus, ponha o teu fogo em minha alma. Quebre-me, derreta o meu coração, revolucione a minha vida. Não posso continuar nessa rotina. Preciso do teu toque. Quero servir como um oráculo para Ti, falar ao teu povo". Aquele cujo coração tem esse tipo de grito vindo do coração - e dirigido a Deus - é o servo a quem o Senhor toca. 2. Daniel Sofre Pelo Declínio Espiritual da Sociedade e da Igreja Há muitas pessoas piedosas atualmente que ficam horas em intercessão. São abençoados servos que andam pela fé com grande convicção. Contudo muitos deles não sofrem pelos pecados do nosso país, ou pela mortandade na casa de Deus. Eu não estou sugerindo que os cristãos devam ser pessoas aparvalhadas e preocupadas. Mas existe uma atitude no coração até mesmo no crente mais alegre, que o leva à dor diante da mornidão da igreja, e do declínio moral da nação. Vemos isso na vida de Daniel. Daniel era uma pessoa, em sua sociedade, que sofria dores junto com o coração de Deus. Na ocasião, ele estava recebendo visões no meio da noite. Foi milagrosamente salvo da cova dos leões. O Senhor estava abençoando e prosperando tremendamente este homem. Porém, o tempo todo, Daniel nunca tirou da cabeça as coisas dolorosas que Deus estava lhe mostrando sobre Israel: "Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi alarmado dentro em mim, e as visões da minha cabeça me perturbaram" (Daniel 7:15). Cá estava um homem que ia dormir tendo o Senhor em mente. Os pensamentos dele não ficavam transbordando de idéias de negócios, ou imagens sexuais. Daniel buscava o Senhor continuamente, fazendo súplicas. E agora os céus estavam abertos a ele, com visões do futuro. Daniel estava se movendo dentro de uma espantosa e profética dimensão, porque havia escolhido sofrer as dores com Deus. Agora Deus revela a Daniel o seu plano. O Senhor está prestes a arrancar tudo que é mal e jogar fora. Irá esmagar as nações más e as destruir. O dia do juízo está próximo, e o tempo acabando. O Rei está chegando, e logo os livros serão abertos. No entanto, surpreendentemente, o povo de Deus estava em sono profundo, desligado de tudo. . Então Daniel se enluta devido à morte espiritual e à depravação na casa de Deus. Testifica: "Essas palavras divinas, essas visões do futuro, me abalaram. Elas agitaram a minha alma, e me levaram ao choro e ao sofrimento" (v. Daniel 9). Vejo uma cena parecida na casa de Deus hoje. Ministros e igrejas têm fechado os ouvidos aos alertas proféticos. Recusam-se a ouvir ou a falar tudo que seja negativo. Em sua cabeça, está na hora de apenas se gozar a vida. No entanto muitas destas mesmas pessoas no passado experimentaram milagres. Pela oração trouxeram ao reino os seus queridos que haviam se perdido; choraram diante da ruína moral da sociedade, e ansiosamente aguardavam a volta de Cristo. Mas agora têm a sua própria programação. Não vão gastar uma gota de energia chorando com Deus sobre uma nação à morte, ou uma igreja morna. Como está nas escrituras: "Mas não vos afligis com a ruína de José" (Amós 6:6). 3. Deus Revela a Sua Àqueles Que Se Recusam a Ocultar ou Abrigar o Pecado Palavra Daniel recebeu o toque de Deus porque estava querendo sofrer com o Senhor. Ele ora: "Senhor, o que está acontecendo? Eu tenho de entender os tempos atuais. Mostre-me, para que eu possa avisar o teu povo". Ele não se preocupava em ser ridicularizado. Ele estava sendo consumido pelo zelo de conhecer o coração de Deus. E abertamente confessou o seu pecado. "Orei ao Senhor meu Deus, confessei, e disse: Ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; temos pecado e cometido iniqüidades, procedemos perversamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos" (Daniel 9:4-5). Eis outra marca de alguém segundo o coração de Deus: ele se identifica com os pecados da igreja. Esse servo chora por santidade, tanto em si próprio como no povo de Deus. Uma igreja pode convidar para reuniões de oração regularmente, mas sem pureza, a oração é absolutamente sem poder. A mensagem que Deus quer dar ao seu povo deve vir de lábios que tenham sido purificados. Faço um desafio a todo pastor, a todo mestre, a todo leigo: ganhe desespero pelo toque de Deus. Fique em comunhão com ele. Jejue junto com sua intercessão. E permita que o Espírito Santo examine o seu coração. Ele irá lhe expor cada uma das coisas ímpias, rebeldes e pecaminosas escondidas em você; e irá tratar consigo em relação a cada área de desobediência. Breve, você não irá mais tolerar a hipocrisia ou as concessões em si próprio. As suas orações se transformarão em choro em favor de santidade. Aí, toda vez que você vir pecado na casa de Deus, irá clamar: "Ó, Senhor, nós pecamos contra ti". É assim que você saberá que Deus lhe tocou. Ele iniciou o trabalho divino de lhe transformar, lhe ungir novamente, e lhe preparar para uma obra maior. Quero Compartilhar Que Deus Me Deu Com Você Uma Palavra Profética Você ouviu falar das Forças Especiais do exército americano. Trata-se de um exército-dentro-do-exército altamente treinado, uma unidade de elite formada por dedicados soldados. É um grupo constituído unicamente de voluntários, combatentes que foram selecionados e chamados por seus superiores. Caso desejem juntar-se ao grupo, enfrentam o mais árduo treinamento que se possa imaginar. Antes da guerra no Afeganistão,Osama Bin Laden havia declarado que os soldados americanos eram fracos, covardes, despreparados para combates nas montanhas. Ele previu que o Taliban afugentaria as tropas americanas, expondo-as à vergonha - do mesmo jeito que havia derrotado o exército russo. Mas bin Laden não contava com as Forças Especiais. Essa unidade valorosa invadiu o Afeganistão com apenas 2.000 soldados. Em poucos dias, havia localizado todas as fortalezas inimigas. De repente, os soldados de bin Laden tremiam à vista destas disciplinadas forças se aproximando. Em uma questão de semanas, o Taliban foi conquistado. Os terroristas no mundo todo agora tremem à aproximação das Forças Especiais. Sabem que mesmo uma pequena unidade pode fazer ruir toda uma nação. As Forças Especiais já chegaram às Filipinas, Indonésia e a outros países onde os terroristas treinam. Elas se tornaram o inimigo mais temido pelo terrorismo. Eu creio que Deus esteja fazendo algo semelhante na esfera espiritual. Em oração, fui impressionado pelo Espírito Santo com uma visão extraordinária: Deus estava em ação nos céus em uma operação secreta. Ele está levantando um exército-dentro-do-exército, avaliando suas tropas regulares para formar uma unidade de elite feita de voluntários. Essa força especial é constituída de combatentes que ele pode tocar e instigar, para guerrear o inimigo. Vemos um retrato disso nas escrituras, com a milícia especial de Saul. A Bíblia diz: "E foi com ele uma tropa de homens cujos corações Deus tocara" (I Samuel 10:26). As forças especiais de Deus de hoje incluem os jovens, os de meia idade, e até os idosos. Eles estiveram treinando em seus lugares secretos de oração. Muitos suportaram dores e sofrimentos quase além dos limites humanos. E de lá saíram limpos e purificados. A sua intimidade junto a Jesus durante todo esse período ensinou-os como lutar. Agora eles sabem como batalhar em qualquer terreno, seja nas montanhas ou nos vales. Essas forças especiais têm conseguido muitas vitórias através da oração. E agora são temidas no inferno. Breve, por todo o mundo, especialmente nas nações muçulmanas, as forças altamente treinadas de Deus combaterão essas forças do mal. O nosso Deus não precisa exércitos com milhões de homens. Suas forças especiais são pequenas em número, mas poderosas em combate. Um membro dessa unidade, em oração, em obediência, pode pôr mil soldados inimigos em fuga. Como Deus prometeu ao pequeno e leal exército de Josué: "Ninguém vos resistiu até ao dia de hoje. Um só homem dentre vós perseguirá a mil, pois o Senhor vosso Deus é quem peleja por vós, como já vos prometeu" (Josué 23:9-10). O nosso campo de batalha não é o Afeganistão, as Filipinas ou a Indonésia. A batalha que ocorre está na igreja. Nesse instante, Deus está soltando as suas forças especiais na sua casa. E as suas armas são oração, pureza, e uma palavra vinda diretamente do trono. Os lábios desses soldados foram tocados por brasas vivas do altar de Deus; suas línguas foram limpas de toda contaminação. E são corajosos ao expor tudo que provém da carne. São leões da oração, contudo cordeiros na humildade. E a palavra que pregam é profunda na verdade, na pureza e na integridade. Tenho ouvido a pregação de vários soldados destas forças especiais. Alguns são jovens, tendo rapidamente descoberto a Cristo. Pregam sua palavra com ousadia, tanto na igreja como para os não salvos. Outros soldados são ministros de meia idade que se cansaram da mornidão da igreja. O Santo Espírito os tocou com o seu fogo, levantando-os com renovado zelo. Agora estão prontos para mostrar à nova geração como lutar. São homens que efetivamente combatem em seus lugares de oração, acompanhando seu capitão, Jesus. E surgem com uma palavra nova dos céus. Falam de modo amoroso, mas com autoridade. E não têm medo de mostrar ao povo os seus pecados. Por anos, Satanás tem aterrorizado o povo de Deus. Ele destruiu grandes ministérios, pastores conhecidos, padrões santos. Mas Deus não foi surpreendido por nada disso. O tempo todo, esteve treinando suas forças especiais. E está prestes a soltá-las dentro da sua igreja. Essa unidade de elite fez desmoronar a Cortina de Ferro no leste europeu. Fez cair o comunismo. E agora mesmo está derrubando a Cortina de Bambu na Ásia.. O exército-dentro-do-exército de Deus está no local correto em todas as nações. A sua atividade pode estar velada agora, mas logo o veremos realizando proezas no nome e no poder de Cristo. A palavra de Deus está chegando, a fome acabando. O Senhor vencerá. A sua palavra conquistará todos. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Derrubando os Altares de Baal (Tearing Down the Altars of Baal) Por David 21 de outubro de 2002 __________ - 21 de outubro de 2002 Wilkerson Note bem o versículo inicial em Juízes 6: "Porém os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, e o Senhor os entregou nas mãos dos midianitas por sete anos" (Juízes 6:1). Estas palavras descrevem um ciclo interminável que se repetiu em Israel através de gerações.Nos capítulos precedentes encontramos estas palavras repetidas inúmeras vezes. Elas dizem, basicamente: "Então fizeram os filhos de Israel o que era mau aos olhos do Senhor, e serviram aos baalins...e Deus, na Sua ira, os entregou nas mãos de seus inimigos". A primeira citação aparece no capítulo 3. Lá diz: "A terra teve sossego por quarenta anos...e tornaram os filhos de Israel a fazer o que era mau aos olhos do Senhor" (3:11-12). Deus entregou seu povo ao inimigo, Moabe, "porque tinham feito o que era mau aos olhos do Senhor" (3:12). E Israel serviu a este inimigo pagão por dezoito anos, suportando privações e terror. Depois, no capítulo 4, lemos: "Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor...por isso o Senhor os entregou nas mãos de Jabim, rei de Canaã" (4:1-2). Desta vez o povo de Deus foi feito cativo pelos cananeus. Logicamente, toda vez que Israel era escravizado, eles clamavam a Deus. E toda vez o Senhor era fiel para lhes enviar um libertador. Mas assim que este líder justo morria, o povo infalivelmente retornava ao pecado. E o ciclo completo começava novamente. Ele continua com o versículo do nosso texto, no capítulo 6: "Porém os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, e o Senhor os entregou nas mãos dos midianitas por sete anos" (6:1). Durante este período, Israel era continuamente humilhado por seus inimigos midianitas. Eles invadiam Israel sistematicamente a cada ano, roubando suas colheitas e seus bens. Os líderes das caravanas midianitas soltavam todos os seus camelos e outros animais nos campos israelenses. Estes devoravam completamente as plantações, devastando as colheitas como gafanhotos. Sempre que Israel resistia, os midianitas os perseguiam até as montanhas. O povo de Deus acabava procurando abrigo em cavernas e covas, tendo que se alimentar com o que encontrava. "Assim Israel se enfraqueceu muito com a presença dos midianitas" (6:6). Israel perdeu tudo para o inimigo: suas casas, sua comida, seus bens. Eles viveram como miseráveis, sem lar e desolados. Mais uma vez a escritura diz: "Os filhos de Israel clamaram ao Senhor" (6:6). Todavia este clamor não foi de arrependimento. Israel clamou devido à sua opressão pelos midianitas. Era um clamor de angústia, devido à sua pobreza, suas perdas, sua insegurança. Desta vez, antes de Deus enviar um libertador a Israel, Ele enviou um profeta. Este homem de Deus apontou claramente a razão pela qual o povo estava sendo tão perseguido. Ele chamou a atenção: "Olhem para a sua história. Em cada caso Deus os livrou das mãos de todos os que lhes oprimiam. Ele livrou vocês da servidão no Egito. Também lhes disse para não temer os deuses dos amorreus, em cuja terra habitam. Mas vocês não deram ouvidos à Sua voz. Vocês ainda continuam a cultuar falsos deuses" (veja 6:810). O Senhor estava dizendo essencialmente ao Seu povo: "Eu deixei bem claro para vocês desde o princípio: vocês não precisam temer ninguém exceto o seu Pai celestial. Não permitam que nenhum outro receio penetre em seus corações. Mas vocês me desobedeceram novamente. Vocês permitiram a entrada de toda sorte de receios. E me forçaram a lhes entregar para a inimigo, a fim de trazer-lhes de volta para Mim". O Que Era Este em Que Israel Sempre Recaía Novamente? Grande Mal O profeta mostrou claramente a Israel qual era seu pecado: eles esqueceram o mandamento do Senhor de não temer os deuses deste mundo. Em Juízes 10 vemos o povo de Deus admitindo este pecado: "Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor, dizendo: contra ti havemos pecado, porque deixamos a nosso Deus, e servimos aos baalins" (Juízes 10:10). O que os israelitas queriam dizer aqui, quando falaram que serviam aos baalins? A palavra baalins está no plural. Significa todos os falsos deuses no mundo. A raíz de baalins é Baal, o qual reconhecemos das escrituras como sendo um espírito demoníaco. A missão de Baal é roubar de Deus todo louvor e confiança por parte de Seu povo. Ele alcança isto enfocando nossa atenção nas nossas circunstâncias, em vez de no Senhor. Isto é exatamente o que ocorreu com Israel. Seu pecado trouxe amargura, desastre econômico, terrorismo por parte dos seus inimigos, incertezas. O fato é que Deus não os estava mais protegendo. Claro que Ele ainda amava Israel, mas Ele teve que deixá-los à mercê dos inimigos para que acordassem. Ele estava tentando trazê-los de volta para o abrigo de Suas asas. Mas Israel se recusava a admitir que a causa de sua crise era seu próprio pecado. Era inacreditável, estas pessoas estavam sacrificando bebês, derramando sangue inocente, se tornando sensuais e apegados ao prazer. Como conseqüência, um desastre após o outro recaía sobre eles. Todavia, por nenhuma vez eles associaram estes desastres com a sua rebeldia. Eles não conseguiam acreditar que Deus estava permitindo tudo aquilo a fim de chamá-los ao arrependimento. Eu vejo os Estados Unidos na mesma situação neste momento. O World Trade Center foi destruído. O Pentágono foi colocado em chamas. Todavia somente um pequeno remanescente pertencente ao corpo de Cristo reconheceu a mão de Deus nestes acontecimentos. Exatamente como fez com Israel séculos atrás, Deus momentaneamente nos entregou ao inimigo. Nossos pecados nos afastaram Dele, e Ele está querendo nos trazer de volta para Si. Pense sobre isto: nos últimos seis meses, os Estados Unidos viram os piores incêndios da sua história. Um terço da nação esteve em chamas. Também vimos mudanças drásticas no clima e enchentes devastadoras. E bezouros japonêses estão devorando vastas extensões de florestas. Agora estamos vendo um surto do vírus mortal do oeste do Nilo. E ao norte do país, uma terrível doença cerebral atacou a população de veados. Mais de 50.000 deles tiveram de ser mortos, numa tentativa de conter a doença. Mas alguns especialistas dizem que talvez seja necessário matar mais 200.000 animais até garantir que a doença esteja erradicada. Cada vez que a gente dá uma olhada, parece que encaramos uma nova crise. Eu lhe pergunto, poderia Deus deixar a Sua mensagem mais clara do que isso? Ele está dizendo: "Eu estou cutucando seu ombro, tentando acordá-lo. Mas você continua me ignorando. Isto apenas vai me forçar a cutucar mais forte". Deixe-me lhe perguntar: você acredita que Deus poderia ter impedido aqueles seqüestradores muçulmanos de jogar os aviões contra as torres gêmeas? Claro que podia. Ele revelou conspirações deste tipo muitas vezes. Mas não no ano passado. Por que? Ele está tentando nos falar, chamar nossa atenção. Ele permitiu a destruição dos nossos símbolos de prosperidade, porque colocamos neles todo nosso orgulho e confiança. Nosso presidente, nossos líderes no Congresso e os oficiais da segurança tem nos alertado: "O grande ataque ainda está para vir". Agora ouço alguns cristãos dizendo: "Aguarde o grande ataque. Poderá ser uma mala-bomba. Ou, alguém poderá espalhar varíola ou antrax numa grande cidade. Seja o que for, haverá milhares de mortes. E isto vai atrair a atenção dos Estados Unidos. As pessoas saberão que Deus está chamando esta nação de volta para si. Multidões clamarão ao Senhor". Eu discordo. Digo por que. Mesmo se os "Clamarem a Deus", Deus Deseja Algo Mais. Estados Como Israel Unidos Fez, Israel chorou muito, clamando a Deus na sua angústia. Por isso Deus enviou um profeta para lhes mostrar que foi o pecado que fez recair o julgamento sobre eles. Mas, para um verdadeiro arrependimento, Israel precisava reconhecer seu pecado como sendo a causa dos seus problemas. E fizeram exatamente isto, admitindo que haviam pecado. Mas havia ainda mais um passo a ser dado. Veja, mesmo se clamamos a Deus em arrependimento, Ele exige algo mais de nós. E se este passo não for dado, Deus não mostrará Seu braço forte em nosso favor. Vemos exatamente qual deve ser este passo, na ordem seguinte dada por Deus: derrube Baal. O Senhor falou estas palavras a Gideão: "Toma o boi de teu pai, a saber, o segundo boi de sete anos, e derruba o altar de Baal, que é de teu pai, e corta o poste-ídolo que está ao pé dele" (Juízes 6:25). Antes disso, provavelmente Gideão pensou que já estava suficientemente arrependido. Afinal, ele tinha clamado ao Senhor. Tinha ouvido a palavra profética que Deus enviara a Israel. E tinha correspondido totalmente, reconhecendo seu pecado. Vejo a mesma atitude de arrependimento entre muitos cristãos hoje em dia. Em igrejas do país todo, as pessoas estão de joelhos clamando a Deus. E isto é bom. Mas de acordo com o Senhor, um problema ainda permanece. É um ídolo em nosso meio: Baal. Sim, Baal continua sendo um grande ídolo atualmente. E se nosso arrependimento deve ser completo, temos que derrubar este ídolo. Do contrário, não adiantará clamar a Deus, orar ou jejuar. Nenhuma das nossas ações terá qualquer impacto, até que derrubemos o ídolo que se apegou a tantos corações. Você poderá perguntar: "Então, o que é este Baal? Onde o vejo atuando? Como poderia um antigo falso deus estar presente na nossa sociedade moderna ?" No Antigo Testamento, Baal era representado por um ídolo esculpido em madeira, pedra ou metal. Era feito na forma de um homem, do tipo de um formoso Adonis. Apesar de este ídolo ser apenas um pedaço de material morto, havia um poderoso espírito por detrás dele. Na nossa era iluminada, não podemos imaginar nenhuma pessoa inteligente se curvando diante de um ídolo esculpido. Na verdade, ainda há religiões pagãs que usam tais imagens no culto, inclusive Budismo, Hare Krishna e Hinduísmo. Mas seja o ídolo Baal, Buda ou alguma das milhões de divindades hindus, o mesmo espírito demoníaco está por trás dele. E este espírito é enviado do inferno com um propósito: causar dúvidas nas pessoas a respeito da realidade de Deus. É um espírito de incredulidade, pura e simplesmente. E ele assalta nossas mentes com dúvidas sobre a fidelidade de Deus. É tremendamente perigoso tolerar este espírito. Se ele não for expulso imediatamente, ao primeiro ataque, ele vai se infiltrar na mente. E uma vez que dúvidas e medos possam entrar, o espírito de Baal toma posse da alma. Se Não o Espírito de Entra e Edifica um Altar. For Incredulidade de Combatido, Baal Sem dúvida incredulidade é um ídolo. Ele faz você se encurvar em submissão ao seu poder. E abre a sua alma para toda sorte de males. De fato, o versículo que vemos repetidas vezes através de Juízes - "Os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor" - não se refere a algum pecado grosseiro, mas à incredulidade do povo. Isto é claramente ilustrado em Ezequiel 8. O Espírito Santo levou o profeta Ezequiel numa visão ao santuário santo. Ali Ele revelou ao profeta quatro abominações deploráveis que o povo de Deus estava cometendo. Depois, mostrou a Ezequiel uma abominação ainda maior. "Ele me disse: Filho do homem, cava agora naquela parede. Cavei na parede, e vi uma porta. Então me disse: Entra, e vê as terríveis abominações que eles fazem aqui. Entrei, e vi" (Ezequiel 8:8-10). O que Ezequiel viu o deixou horrorizado. As paredes da câmara estavam repletas de pinturas de "toda forma de répteis, e de animais abomináveis, e todos os ídolos da casa de Israel" (8:10). Diante destas paredes estavam setenta anciãos de Israel, balançando incensários. Eles estavam adorando o espírito por trás das pinturas. O Espírito Santo disse a Ezequiel que esta cena revelava o que estava preenchendo a mente dos anciãos de Israel. E o que estes homens estavam pensando é o seguinte: "O Senhor não nos vê; o Senhor abandonou a terra" (8:12). Amado, aqui estava o espírito de Baal plenamente exposto. Através de uma visão dada pelo Espírito Santo, Ezequiel viu em primeira mão como este espírito edifica um altar na mente de uma pessoa e assume o controle. Como consequencia, os líderes de Israel dispensaram o cuidado de Deus por eles. Ao comparar sua pobreza com a aparente prosperidade dos midianitas, eles pensavam: "Onde está nosso Deus? Nossas orações não estão sendo atendidas. Não vemos nenhuma evidência de que Ele esteja se empenhando por nós. O Senhor nos abandonou". Satanás tinha realizado com sucesso sua única e primordial missão: incutir na mente dos fiéis que Deus não é quem a Bíblia diz ser. O diabo quer lhe convencer que Deus não é onisciente, onipotente e que cuida de todos. Satanás está em ação constantemente semeando dúvidas em você. Ele faz você pensar que Deus não ouve suas orações, que Ele não cumpre Suas promessas para você. E envia o espírito de Baal para completar esta obra em você. O espírito de Baal está sempre presente junto ao leito de uma criança morrendo, ou de um membro da família acometido de grave enfermidade. Ao vermos nossos amados sofrendo, nos perguntamos sobre os propósitos de Deus. E repentinamente, um medo é injetado em nossa mente. Mais tarde, quando a morte chega, aquela semente de dúvida é regada. Logo nos vemos perguntando: "Como um Deus de amor pode permitir que isto aconteça?" No mês passado eu estava ouvindo reportagens pelo rádio sobre o um ano dos ataques de 11 de setembro. Centenas de pessoas estavam sendo entrevistadas. A grande maioria afirmou ter perdido toda a confiança em Deus após os ataques. A resposta típica era: "Como poderia um Deus justo e cheio de amor ficar parado e deixar isto acontecer? Não posso mais acreditar num Deus que permite a morte de tantas pessoas." Várias pessoas declararam: "Meu Deus morreu em 11 de setembro". Não interessa se você é um consagrado apaixonado por Jesus ou um incrédulo. Depois de todo desastre, calamidade ou acidente fatal, Satanás envia legiões de espíritos demoníacos para realizar a obra de Baal. Eles chegam imediatamente, sussurando: "Onde estava Deus? Como Ele permitiu uma coisa dessas?" Atualmente há uma incerteza generalizada em nossa sociedade. Falências estão ocorrendo em elevado número. Trabalhadores tem receio de perderem os empregos. Ao olharem para o futuro as pessoas são tomadas pelo medo. Eu lhe digo que é justamente em épocas assim que Satanás lança um ataque geral. Ele quer entrar em sua mente, lançar sementes e edificar um altar de Baal. Ele quer que você duvide de tudo que conhece sobre a palavra de Deus. O que "Derrubar os Tem a Ver Conosco? a Ordem Altares de Deus de Para Baal" Você pode pensar: "Não tenho idolatria em minha vida. Como vou derrubar um altar de Baal?" Deixe-me enfatizar novamente que Baal é um espírito de incredulidade. Você pode ter se arrependido dos pecados, clamado a Deus por misericórdia, ter atendido todos os avisos proféticos. Mas se tem dúvidas em seu coração sobre a fidelidade de Deus, você está sujeito ao espírito de Baal. E Deus está lhe dizendo: "Você precisa retirar este espírito de incredulidade da sua alma". Creio que simplesmente não compreendemos o quanto Deus odeia a incredulidade em Seu povo. Nós não a vemos como a terrível maldição que é como as escritura a chamam. Não percebemos que toda dúvida, todo pensamento de incredulidade é do espírito satânico de Baal. O profeta Jeremias descreve a incredulidade como sendo um pecado "escrito com um estilete de ferro, gravado com ponta de diamante na tábua do seu coração" (Jeremias 17:1). Segundo ele, Deus falou a Israel: "o fogo que acendeste na minha ira arderá para sempre" (17:4). Qual era o pecado deles? "Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço, e cujo coração se aparta do Senhor... Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor" (17:5.7). Guarde estas palavras marcantes na memória enquanto retornamos a Gideão. Aqui estava um homem que clamava a Deus, ao qual foi dada uma impressionante palavra profética, e que atendeu a esta palavra. Mas Gideão ainda abrigava dúvidas e medos. Por que? O pai de Gideão tinha eregido um altar a Baal na propriedade deles. Era apenas uma estátua de madeira. Mas o espírito por trás dela tinha construído uma fortaleza no coração de Gideão. Cada vez que Gideão passava em frente dela, a voz daquele ídolo falava à sua alma: "Veja sua pobreza, sua labuta, suas necessidades não satisfeitas. Onde está Deus?" Na verdade, o ídolo testemunhava para todo israelita que o via: "Deus não está com voces. Ele não liga. Ele está muito ocupado com coisas do mundo para se preocupar em alimentar e proteger um pequeno povo como vocês. O Senhor os abandonou". Agora, em Juízes 6, um anjo traz esta palavra a Gideão: "O Senhor é contigo, homem valente" (Juízes 6:12). Deus pronuncia apenas seis palavras aqui. E as quatro primeiras não são dirigidas apenas a Gideão, mas a todo o Seu povo, inclusive à igreja hoje em dia: "O Senhor é contigo." O Senhor está dizendo essencialmente: "Vocês só precisam dessa promessa: Eu estou com vocês." Amado, esta verdade tem que se tornar o fundamento real da nossa fé. Não importa o que nos aconteça - privação, tragédia, doença, pobreza, tentações - a promessa do nosso Pai permanece: "Eu estou com vocês." Em todas as nossas provações, especialmente quando estamos sendo flagelados e oprimidos, temos que nos apegar a essa palavra. Temos de clamar com fé: "Eu sei que estás comigo, Senhor. E se Tu estás comigo, quem pode estar contra mim?" Contudo quando Gideão encontrou o anjo do Senhor, ele tinha um espírito de incredulidade no coração. Ele respondeu ao anjo: "Se o Senhor é conosco, por que tudo isso nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém agora o Senhor nos desamparou, e nos entregou nas mãos dos midianitas" (6:13). As palavras de Gideão soam familiares? Ele estava dizendo as mesmas coisas que ocupavam as mentes daqueles setenta anciãos na visão de Ezequiel: "O Senhor não nos vê; o Senhor abandonou a terra" (Ezequiel 8:12). Eles diziam a si mesmos: "Sim, há um Deus. Ele existe, e é o Criador de tudo. Mas Ele não toma conhecimento de nós. Ele não vê nossa situação. Ele nos abandonou." Deus já Tinha Dado "Vá, Liberte Israel. Eu Mas Ainda Havia a Ser Tratada no Coração de Gideão. Ordem a Estarei uma Gideão, Contigo." Questão O Senhor falou a Gideão: "Você ainda tem dúvida de que estou consigo. Isto é idolatria, Gideão. É o espírito de Baal. Agora vá, tome o boi de seu pai, e derrube aquele ídolo. Depois corte todas as árvores do bosque, e use-as para construir um novo altar. Você irá consumir o ídolo de seu pai neste altar. Quero que derrube este símbolo de incredulidade e o destrua completamente." Por que o Senhor escolheu este homem incrédulo para derrubar Baal? Foi claramente um ato da terna misericórdia de Deus. Aqui estava um homem com grandes dúvidas, lutando para acreditar que Deus ao menos se incomodava com ele. Ele estava tão incrédulo que poderia dizer a um anjo: "Deus nos abandonou." E ele testou Deus várias vezes. Mas toda vez Deus esclareceu a dúvida de Gideão. Deixe-me dar um exemplo. Mais adiante, quando Gideão estava prestes a ir para a batalha, ele testou Deus. A situação de Israel parecia impossível. Portanto Gideão orou: "Senhor, se Tu estás realmente conosco nesta batalha, mostra-me. Porei uma porção de lã na grama esta noite. Amanhã saberei se estás conosco, se a lã estiver molhada mas a grama ao redor estiver seca." Você pode estar espantado com a audácia de Gideão. Mas, na manhã seguinte Gideão viu que o chão estava seco. E quando pegou a lã, estava encharcada de água, exatamente como ele tinha pedido. A maioria de nós é como Gideão. Deus vem a nós fielmente em provação após provação, nos ajudando e providenciando o que precisamos. Mas então nos deparamos com uma nova situação, e dizemos: "Senhor, esta é a minha pior crise até agora. Nunca enfrentei uma coisa dessas. Estou com dúvidas." Há alguma incredulidade em você? Você está lutando, fazendo perguntas do tipo: "Onde estás, Senhor? Não tens visto minhas lágrimas? Onde há qualquer prova de que estás comigo na minha provação? Tu me abandonastes? A minha fé não move o Seu coração? Por que não removes estes fardos de cima de mim?" O Senhor não condena nem despreza ninguém por atravessar fases de dúvida e medo. A verdade é que Deus sabia que as dúvidas de Gideão não eram acusações. Eram questionamentos. Gideão estava simplesmente procurando respostas. Eu lhe digo o seguinte: o Deus de misericórdia que encontrou um Gideão incrédulo e o chamou para entrar em ação, deseja fazer o mesmo com você. Ele tem grandes vitórias planejadas para você. E deseja vencer cada inimigo em sua vida. Portanto, Ele quer lhe dar Seu poder e autoridade para derrubar toda fortaleza: toda dúvida, todo medo, todo pensamento de incredulidade. O Senhor me fez entender que Ele está para realizar uma obra específica na vida de muitos cristãos. Na verdade, está para lhes dar a mais importante vitória de todas. Ele já os está conduzindo a novos recantos de paz e descanso em Cristo. E está prestes a revelar Seu braço forte para com eles. Acredito que este seja o propósito de Deus para muitos leitores desta mensagem. Ele está para fazer algo novo em você. Mas primeiro, você precisa derrubar todo pensamento de dúvida, e deixar todo medo. Deus quer que você derrube completamente o espírito de Baal do seu coração, e comece a viver e falar em fé. O Senhor vai fornecer o touro forte necessário para derrubar este ídolo. Ele lhe dará o poder e a força do Seu Espírito Santo. Portanto, avise o inimigo: "Deus está comigo, diabo. Você não pode me fazer mal. E não pode impedir Seus planos para a minha vida. O Senhor tem vitórias preparadas para mim." --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Ministério em (Full-Time Ministry) Por 30 __________ de Tempo Integral David setembro - 30 de setembro de 2002 de Nos primeiros anos da igreja, ocorreu uma grande perseguição. Durante este período terrível, o apóstolo João foi aprisionado e levado para Roma. O imperador romano da época (Nero ou Diocleciano) baniu João para a ilha de Patmos. Era uma pequena ilha, inóspita e desabitada. A única população era feita de uns poucos prisioneiros exilados, condenados a viver lá até o fim dos seus dias. Como eles, João foi mandado a Patmos para morrer. Wilkerson 2002 O apóstolo ao qual me refiro é o mesmo "amado João" que Cristo tanto amava. É aquele que inclinou a cabeça sobre o peito de Cristo na última ceia. Também era irmão de Tiago, e filho de Zebedeu. E é o autor do quarto evangelho, e das três epístilolas bíblicas que têm o seu nome. Tente imaginar o quadro de João desembarcando em Patmos. Ele desce pela prancha do barco na ilha deserta. Não há árvores, só areia. À sua frente, um pequeno grupo de prisioneiros maltrapilhos, grosseiros, dizendo palavrões. Todos eles mostrando-se conscientes de estarem predestinados à morte. Eles sabem que morrerão lá. Atrás de João, os marinheiros descarregam uns poucos engradados de alimentos - arroz talvez, farinha; o básico - e os colocam na praia. A seguir voltam para o barco e recolhem a prancha. E, lentamente, o barco se vai. João observa o barco se movendo em direção ao horizonte. Ele não sabe se algum dia o verá de novo. Ele foi banido, exilado, abandonado, designado a viver o resto dos seus dias isolado. Mais tarde ele escreveria, "Achei-me na ilha chamado Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus" (v. Apocalipse 1:9). Por que João, humilde discípulo de Jesus, recebeu uma sentença assim? Por que Roma, o poder dominante do mundo, estava desesperada para isolá-lo longe da civilização? João facilmente poderia ter ficado preso no continente. Por que o imperador quis silenciá-lo? Claramente, Roma considerava este homem uma ameaça. João obviamente era uma pessoa de renome tanto entre os judeus quanto entre os gentios. Que tremenda influência, que ministério eficiente ele deve ter tido. Agora, enquanto João observa o barco desaparecer, as suas próprias palavras devem ter voltado a ele. Foi ele que citou Jesus dizendo: "Vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. Isto farão...Ora, estas cousas vos tenho dito para que, quando a hora chegar, vos recordeis de que eu vo-las disse" (João 16:2-4). Quantas noites frias, tremendo de frio, João enfrentou em Patmos? Quantas vezes ficou ensopado até os ossos pelas tremendas tempestades do Mediterrâneo? Será que ele tinha um abrigo, ou roupas para trocar? Quantas gripes e outras doenças teve de combater? E que tipo de comida teve para se alimentar? Talvez umas tantas sacolas de arroz? Será que ele tinha de racioná-la, sabendo que teria de durar até que o barco voltasse? Será que foi forçado a pegar cobras e lagartos para suplementar a alimentação fraca? Segundo o padrão de qualquer pessoa, João era um fracassado. Muitos cristãos de hoje em dia olhariam para ele e diriam: "Que perda. Por que Deus permite que um dos homens mais ungidos de todos os tempos fique confinado dessa maneira? Por que permite que um discípulo consagrado fique exposto aos elementos, quase morrendo de fome? Não entendo por que João não pediu que Deus o livrasse. Afinal de contas, ele registrou que Jesus disse 'Se pedirdes alguma cousa ao Pai, ele vo-la concederá...pedi e recebereis' (João 16:23-24). Onde está a fé de João?". Agora imagine a reação dos líderes da igreja atuais. Tristemente, eles mediriam João pelo padrão atual de sucesso: ele não tinha uma igreja, prédios, e nem dinheiro para alugar ou comprar uma estrutura. Ele não tinha carro para viajar, nem casa, nem um terno decente para pregar. Ele não tinha planejamento ministerial, trabalho com a comunidade, nenhum plano para ganhar as nações. Os líderes de hoje rapidamente o eliminariam dos quadros, dizendo, "Esse homem não tem nada. Está acabado. Afinal de contas ele foi chamado ao ministério para fazer o quê?". O quanto eles estariam errados. No primeiríssimo Dia de Repouso em Patmos, João começou uma igreja. Ele a chamou IGREJA DE "EU, JOÃO". Ele escreve: "Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus...Achei-me em espírito, no dia do Senhor" (Apocalipse 1:9-10). João estava dizendo em outras palavras: "Sim, estou desligado da civilização. Mas tenho uma igreja. E ministro ao Senhor aqui. Não tenho irmão ou irmã para se juntar a mim. Mas estou em Espírito". Eu lhe asseguro: o louvor que João ofereceu naquela ilha deserta foi tão glorioso para Deus quanto mil vozes santas adorando em mil línguas diferentes. Algo incrível aconteceu com João após seus primeiros dias em Patmos. Ele tomou uma decisão que seria um impacto para toda a igreja mundial pela eternidade. Em termos simples, João morreu para todos os seus planos e idéias de ministério. Tanto quanto soubesse, o exílio em Patmos era sua jornada final. Provavelmente pensou: "Posso ter sido largado aqui para sempre. Mas não vou perder o fogo de Deus. Mesmo que só seja eu aqui, vou adorar o Senhor. Posso não ter uma congregação, nem comunhão com irmãos ou irmãs. Mas vou andar no Espírito. E vou me entregar a buscar a face de Deus. Agora tenho tempo para conhecê-Lo como nunca tive". João buscou o Senhor inteiramente em seu isolamento. Ele se moveu no Espírito. E se apresentou como sacrifício vivo. Amado, eis o coração dessa mensagem: agora João estava em ministério de tempo integral. Não digo isso nos termos pelos quais normalmente pensamos nesse ministério. Era integral no sentido de que João tinha Deus todo para si. Veja, em Patmos não havia necessidade de levantar fundos, criar lemas ou agitos. Não havia necessidade de competir com outros ministérios, ou erigir um templo maior. E não havia ninguém por perto para elogiar, parabenizar ou vangloriar João. A sua vida reduziu-se a se concentrar em um único ponto, em um único ministério: Jesus Cristo apenas. É só isso que João tinha. E disse, basicamente: "É só isso que preciso: oração, adoração e comunhão com o Senhor". O Que é Ministério em Tempo Integral ? Ministério em tempo integral não significa simplesmente pastorear uma igreja. Nem quer dizer viajar como evangelista ou produzir cultos de avivamento. Ministério em tempo integral não é determinado por diploma, certificado de um instituto bíblico, ou por ordenação dos oficiais da igreja. O fato é que você pode pastorear uma igreja grande e de sucesso, e ainda assim não estar em ministério de tempo integral. Você pode pregar centenas de mensagens, alcançar multidões de milhares. Mas nenhuma destas coisas o torna ministro em tempo integral aos olhos de Deus. As pessoas muitas vezes vêm me pedir que eu ore para que o Senhor as envie ao ministério de tempo integral. São na maioria leigos com empregos ou com carreiras. Alguns realmente crêem que Deus os chamou para esse ministério. Mas outros estão simplesmente não preenchidos ou entediados em seus empregos. A idéia de receberem um salário para fazer a obra de Deus lhes atrai. Outros estão envolvidos na obra de Deus em tempo parcial, mas têm um desejo urgente de ministrarem em tempo integral. Em verdade, na maioria dos países os ministros têm de manter empregos seculares porque suas igrejas não conseguem sustentá-los. E aqueles que recebem salário são mal pagos. Estão convencidos que seriam mais eficientes no ministério se tivessem o necessário sustento para ele. Então durante anos pleiteiam com Deus: "Quando as portas se abrirão para mim?". Creio que Deus deseja que todo crente esteja envolvido em ministério em tempo integral. A escritura diz que somos chamados para sermos sacerdotes ao Senhor. Mas primeiro, temos de remover de nossas mentes que ministério em tempo integral seja um trabalho ou carreira pelo qual somos pagos. Aos olhos do Senhor, ministério em tempo integral é um ministério para Ele próprio. Simplificando, você pode ser como o apóstolo João, deixado só em uma ilha, e estar envolvido em ministério em tempo integral. Em verdade, considero João um dos ministros de maior sucesso da Bíblia. Eis como você saberá se está pronto para ser um ministro em tempo integral: Você deixa de precisar do aplauso humano; você não precisa mais fazer um termo de compromisso, ter um planejamento, ou estar envolvido em uma grande obra. Você não tem necessidade de um endosso ou de credenciais; você não precisa de uma congregação ou de um prédio de igreja. O único ministério que satisfaz a sua alma é a sua oração e sua adoração ao Senhor. Você prefere estar a só com Jesus, alimentando-O com seus louvores - do que ser admirado como um grande ministro. Você sabe que todo ministério para com os demais flui do ministério para com Ele. Assim você se entregou completamente à uma única coisa: "O meu chamado na terra é ministrar para o Senhor". Então você estará pronto para aquilo que Deus vê como sendo ministério em tempo integral. Muitos Pastores Que São Vistos Como em Tempo Integral Não São Ministros em Absoluto aos Olhos de Deus Conheço ministros que recebem salário mas não ministram ao Senhor. Não carregam o peso vindo dEle. Não O buscam diligentemente em oração. E não recebem seus sermões dEle. Pelo contrário, emprestam as mensagens de outros pregadores. Tais ministros são meros assalariados, e recebem salário para simplesmente cumprir uma empreitada. Não oram, e não recebem nenhuma palavra renovada vinda dos céus. Também conheço leigos que são mais aprofundados no conhecimento de Cristo que aqueles que os pastoreiam. Tais pessoas não recebem um tostão por seu ministério junto ao Senhor. Mas são conhecidos no céu como ministros em tempo integral. São intercessores, têm fome da verdade, servem a Deus de todo o coração. E se entregam à oração - agarrando-se a Cristo. Esses são ministros de verdade, tendo deixado o pastor para trás há muito tempo. Na verdade, o seu pastor pode ser um deslocado, mas de jeito nenhum ministro de Deus. Voltemos agora para João em Patmos. Não há registro de que João tenha tido contato com qualquer pessoa na ilha. (Acho que os poucos criminosos lá não tinham desejo de ficar perto de um homem tão piedoso.) João não tinha ninguém com quem pudesse ter comunhão; não tinha como receber conselho de alguém santo, ninguém para escutar. Só ouvia o bater das ondas e o grasnar das gaivotas. Qualquer um poderia enlouquecer numa situação dessas. Mas João não. Pelo contrário, ele aprendeu como ficar dependente da voz do Espírito Santo; agarrou-se a Ele em busca de conforto e proteção. Quando João testifica "Achei-me em espírito" (Apocalipse 1:10), estava dizendo essencialmente: "Entreguei-me inteiramente ao Espírito Santo. Confiei nEle. E fui ensinado por Ele. Foi Ele que me mostrou a corrupção nas igrejas da Ásia, sobre a qual escrevi no Apocalipse. E Ele me mostrou tudo que virá sobre a terra". Em verdade, em seu ministério em tempo integral, João recebeu uma revelação da glória do Cristo exaltado: "E eis não somente uma porta aberta no céu, como também a...voz...dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer, depois destas cousas. Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado" (Ap. 4:12). Uma porta para o céu foi nos aberta hoje igualmente. Como João, fomos chamados para "subir aqui". A escritura diz: "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Heb. 4:16). Esse chamado para irmos à sala do trono tem sido em sua maioria ignorado por pastores e leigos. Poucos crentes realmente conhecem a voz de Deus. E poucos ministros falam como Seus oráculos. Creio que o mais necessário para a igreja de hoje são homens e mulheres que imponham sobre si uma experiência de Patmos. Os cristãos hoje arranjam tempo para ver TV, comprar ou navegar na Internet, mas poucos algum dia vão até o trono de Deus. Contudo o Senhor promete: "Se você subir aqui em cima, lhe revelarei a Minha misericórdia e a Minha graça. Lhe mostrarei coisas que você nunca viu, porque Me buscou". Então, onde estão os ministros em tempo integral que se desligarão de toda voz humana, e de toda programação proveniente do homem? Quem se desviará da ambição pessoal para ser governado e dirigido somente pelo Espírito Santo? Quem deixará que os outros o passem para trás segundo os padrões humanos, por haver se concentrado em um único ministério: viver e andar no Espírito? O isolamento de João lhe foi imposto por homens do mal. Mas o Senhor se agrada toda vez que voluntariamente nos submetemos a um "exílio" com Ele. Isso não quer dizer que deixamos de lado um ministério visível. Não quer dizer que abandonamos o nosso emprego, a nossa família, o nosso testemunho. É possível ser uma pessoa ocupada e ter uma experiência de Patmos. O importante é bloquear toda voz, toda atividade e coisa que nos atrapalhe de ouvir o Senhor. E concentrar o nosso interesse em um único ponto: estou ouvindo os homens, ou o Espírito Santo? Uma vez tendo Cristo se tornado o nosso único foco, nos tornamos capazes de receber discernimento e orientação do alto. Quero Lhe Contar O em Meu "Tempo de Patmos" Recluso com o Senhor que Vi Jesus diz que nos últimos dias, os homens desmaiarão de terror (v. Lucas 21:26). Creio que esse tempo está perto. Prevejo multidões, em nosso país e no mundo todo, com corações e mentes entorpecidos devido ao terror que se aproxima. Elas tentarão se enganar a si próprias para não terem mais de enfrentar as notícias trágicas. Agora mesmo, especialmente em Nova York e Israel, multidões de pessoas sofrem de insônia. Clínicas foram abertas aqui por toda a cidade pois milhares ficam acordados por trauma de pânico. E de acordo com a escritura, o pior ainda está por vir. Toda vez que os profetas do Velho Testamento receberam um vislumbre dos nossos dias, eles tremeram. Acredito que o crash econômico já começou. Nos últimos dois anos, mais de 7 trilhões de dólares foram perdidos na bolsa de valores. Pode haver uma tendência de alta por algum tempo, mas não vai durar. A euforia de compra cessará. E as dívidas dos cartões de crédito levarão multidões à falência. Haverá lamentação e choro por todos os lados devido aos gastos passados. A bolha no mercado de imóveis também se romperá. O mercado ficará cheio de vendedores, sem quem queira comprar. Agora mesmo, casas luxuosas estão à venda por proprietários quase falidos devido à queda do mercado. Um construtor de Nova Jérsey me falou de casas novas recém-construídas, na faixa de um milhão de dólares, que estão sem móveis porque os donos foram muito atingidos financeiramente. Mais assustador do que tudo, vejo guerras prontas para explodir. O mundo breve balançará à beira do temor de guerra nuclear. Fará com que líderes de todo o mundo tremam. Não estou tentando amedrontar ninguém. Mas o corpo de Jesus Cristo tem de ouvir a verdade sobre estes tempos. Um espírito diabólico está prestes a ser lançado sobre a terra. E à medida que os eventos amedrontadores se acumularem, crentes ficarão entorpecidos pelo temor. Alguns até se intoxicarão como os ímpios, pelo álcool ou drogas. Outros se entregarão à sensualidade de todos os tipos. Satanás já lhes forneceu um menu extenso de imundície, através da TV e da Internet. Tudo isso levará a um endurecimento no meio do povo de Deus. Em Apocalipse 16:9, João descreve um calor terrível e queimante vindo sobre a terra: "Os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus...e nem se arrependeram para lhe darem glória". São sofredores que se tornarão tão embotados, que recusarão o livramento. Preferirão o inferno em lugar disso. Alguns deste blasfemadores são cristãos. Nos dias que virão, os crentes passivos e mornos experimentarão cauterização da consciência. Não será um endurecimento contra Deus; mas se aterão à forma de piedade, e acreditarão estar salvos. Mas virá a hora quando não terão mais sentimentos de qualquer tipo. E por isso, não terão temor, nenhum abalo ou interesse pela eternidade. Deixarão de crescer em Cristo. E se tornarão alvos fáceis para Satanás. Paulo descreve o que acontece com aqueles que se recusam a crescer em Cristo: "Obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza" (Efésios 4:18-19). O sentido literal aqui é: "Ficaram apáticos, sem emoções, sem convicções, amortecidos". Em resumo, ficam descuidados quanto às coisas de Deus. E ignoram todos os chamados para despertarem e O buscarem. Estes mesmos crentes foram exortados a crescer "em tudo naquele que é a cabeça, Cristo" (4:15). Paulo queria que eles tivessem o recurso interior necessário para se levantarem contra o ataque final de Satanás sobre a igreja. Mas eles não tinham fluxo de vida em si. E escolheram narcotizar as mentes com lascívia. Preferindo andar em ignorância, cegaram o coração diante de sua perigosa situação. E em sua cegueira, não suportavam nenhuma má notícia. Não conseguiam enfrentar os terrores que caíam rapidamente sobre a terra. Então, em vez de correrem para Jesus, se entregaram a todo tipo imaginável de prazer sensual, de avidez e maldade. Simplificando, não conseguiam se satisfazer. Como Paulo, insisto com todo jovem crente: se você está se tornando morno e apático quanto a Jesus, desperte. Não deixe que o fogo do Espírito Santo saia da sua vida. Ouça o chamado da trombeta do Espírito, e busque o Senhor. Torne-se um ministro em tempo integral para Ele, buscando-O de todo o coração. Então terá o poder de Cristo para enfrentar os dias à frente. Paulo deixa totalmente claro: ou você cresce em Cristo, ou acaba como aqueles a quem Paulo descreve. Se continuar em ignorância, você estará além de qualquer sentimento. Você deixará de ter qualquer interesse pelas coisas de Deus. E se tornará um dos maiores pecadores da terra, praticando males que nunca pensou serem possíveis. Já vejo sinais deste processo de embotamento entre os cristãos. Alguns partem para a loucura da euforia das compra pelos cartões de crédito. Alguns compram casas que não podem pagar. E muitos afundam cada vez mais nas dívidas. E os argumentos deles são semelhantes aos do mundo: "Se tudo está indo pro buraco, todo mundo vai junto. Então vou aproveitar enquanto posso". Não, nunca. Eles não reconhecem os tempos. Nesse momento, um terço dos Estados Unidos está em situação de penúria. Incêndios tem devastado enormes extensões de terra em vários estados. Inundações têm atacado várias áreas, inclusive grandes cidades do Texas. Estamos assistindo a mudanças nunca acontecidas antes no clima. Mesmo assim muitos cristãos ainda não entendem a mensagem. Que Deus ajude todos os pregadores da prosperidade, os líderes que fazem concessões, que subornam suas igrejas com um evangelho superficial esvaziado do arrependimento. Que Deus ajude estes homens quando tudo começar a ruir. As pessoas irão tumultuar os púlpitos, exigindo uma explicação: "O que está acontecendo, pastor? O senhor disse que tudo estava indo bem. O senhor nos desviou". Igrejas esmorecerão, crentes irão se dispersar. E Deus considerará tais ministros como responsáveis por cada uma das almas desiludidas que se embotar devido aos falsos ensinos. Após o 11 de Setembro As Pessoas Encheram as Igrejas, Mas em Seis Meses Foram Embora As pessoas voltaram-se para a igreja na seqüência dos ataques terroristas. Mas não encontraram esperança lá. Não receberam uma palavra vinda dos céus, ou ungüento para suas almas feridas. Muitos dos pastores que pregavam estavam tão ignorantes de Deus quanto eles. A maioria era constituída de homens que não oravam, de pastores mundanos, e não eram ministros em absoluto. Então as pessoas foram embora. E não voltarão quando o próximo e horrendo terror atacar. Se conscientizarão de que foram enganadas na primeira vez. Assim, na próxima, quando a cabeça delas se afundar devido aos angustiantes desastres, não procurarão esperança. Antes, se intoxicarão. Se voltarão para a sensualidade desenfreada para narcotizar a mente. Em realidade, os que estiverem apavorados, complicados e desesperados farão um pacto com a própria morte. Encontramos esse pacto em Isaías 28, quando o profeta descreve um Efraim tremendo sob julgamento: "Ai da coroa de soberba...de Efraim, cujo glorioso ornamento é como a flor que cai...como uma queda de saraiva, uma tormenta de destruição e como uma tempestade de impetuosas águas...violentamente a derribará por terra...o sacerdote e o profeta erram (cambaleiam) por causa da bebida forte...Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos e de imundícia...Porquanto dizeis: Fizemos concerto com a morte, e com o inferno fizemos aliança" (Isaías 28:1-15). Cá está o entorpecimento sobre o qual estou falando. Tais pessoas estavam dizendo, em resumo: "Nós nos entregamos ao inferno. Nos vemos como já estando lá". Por que diriam tal coisa? Eles haviam se entorpecido a si próprios em relação à quaisquer notícias assustadoras referentes a julgamento ou juízo. Isaías havia advertido: "Somente o ouvir tal notícia causará grande turbação" (28:19). Os terríveis acontecimentos que enfrentamos estarão inteiramente além de nossa capacidade de compreensão. O que as pessoas farão então? Como Efraim, se entorpecerão, aceitando o inferno como destino. Pode-se perguntar: "Mas e os cristãos?". Note quem Isaías estava descrevendo nesta passagem: ele estava falando sobre crentes, seguidores do Todo-Poderoso Jeová. Por que tais pessoas fariam um pacto com o inferno? Eles estavam desviados, contaminados pela sujeira do mundo. E devido à sensualidade, haviam se tornado cegos espiritualmente. Então, quando veio o julgamento, estavam tão entorpecidos que aceitaram o inferno como destino. O Que Os Que São Ministros em Tempo Integral Para Deus ? Aguarda "Portanto assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada: aquele que crer não se apresse" (Isaías 28:16). Enquanto o mundo entra em pânico, terror e insegurança, os adoradores de Deus em tempo integral estarão em repouso. O Senhor será a sua fortaleza na tempestade, uma rocha inabalável. E todos os que se escondem nEle estarão a salvo do perigo. Naquele dia, o próprio Cristo provará ser tudo para o Seu povo: precioso redentor, protetor, guardador, esperança em meio à tormenta. E enquanto o mundo tem o seu pacto com o inferno, teremos um pacto com Jesus. Quando os julgamentos estiverem caindo por todo lado em torno de nós, estaremos em paz, porque veremos nós mesmo como já estando nos céus. "Aquele que crer não se apresse" (Isaías 28:16). O significado em hebraico aqui é: "Ele não será envergonhado ou confundido". Nada será capaz de nos abalar, porque saberemos que nosso Deus está em ação. Saberemos que Ele está nos carregando, assim como carregou Israel no deserto. Quero terminar com uma parte de boas notícias: um dia em Patmos, João viu o barco voltando à ilha. Chegando em terra, João foi informado que o imperador romano havia morrido. Agora o apóstolo estava recebendo liberdade. Então ele subiu abordo, partiu do exílio, e aportou em Éfeso. De lá, os seus escritos se tornaram ungida luz para o mundo. Veja, foi depois de Patmos que João escreveu suas três epístolas à igreja sobre o assunto do amor. Foi isso que Deus ensinou a este consagrado servo através dos tempos difíceis: amar. Os cristãos sofrerão nos dias que virão? Sim, sofreremos. Mas tão seguramente quanto Satanás não pôde destruir João, Deus não permitirá que o inimigo destrua o Seu santo remanescente. Ele está levantando uma igreja de fiéis ministros, que se firmarão nEle em todas as tempestades. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 9 __________ A Trombeta Está Soando, Mas Ninguém Se Preocupa - 9 de setembro de 2002 (The Trumpet Is Sounding, But No One Is Alarmed) David de setembro de Wilkerson 2002 De todos os profetas do Velho Testamento, Amós fala mais claramente aos nossos dias. A profecia que ele traz se aplica à nossa geração, como se fosse recortada das manchetes de hoje. Em verdade, a mensagem de Amós é uma profecia dupla; foi dirigida não apenas ao povo de Deus em seus dias, mas também à igreja de agora, em nosso tempo. Amós descreve Deus como um leão que ruge, pronto para atacar Israel com julgamento: “Rugiu o leão, quem não temera? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” (Amós 3:8). O profeta declara: “Deus se levantou como um leão que ruge, pronto para atacar a presa. E ao ouvir esse rugir do leão, tenho de avisar”. O Senhor estava usando Amós para despertar Israel. Qual era a mensagem? Resposta: Deus estava prestes a enviar julgamento sobre o povo, devido à malignidade e corrupção devastadoras. Naturalmente, Deus nunca julga um povo sem primeiro levantar vozes proféticas para o prevenir. “Certamente, o Senhor Deus não fará cousa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (3:7). Agora, Amós vendo a nuvem do juízo se formando, é compelido a dizer: “Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?” (3:6). A mensagem de Amós aqui é de fazer a gente ferver por dentro: “Deus fez soar a trombeta de advertência para Seu povo. Mas ninguém se alarmou”. Neste exato instante, muito poucos querem ouvir mensagem que tenha a ver com julgamento. O nosso país já está coberto pelo medo. Esperamos outro ataque terrorista a qualquer momento. E a economia se mostra mais árida do que nunca. As pessoas dizem: “Não dá para agüentar mais”. Mas o Senhor fala segundo o Seu querer. E Seu Espírito nos provê forças para ouvir Sua palavra, entregue por ungidos servos. O nosso Senhor irá fielmente capacitar Seu povo para suportar seja o que for. Amós Dirige Primeiramente ao à Igreja de Concessões. Suas Povo de Profecias Deus, Ao profetizar, Amós se dirige às nações gentílicas em torno de Jerusalém. Certamente esses pagãos cairíam sob a ira de Deus. Eles estavam roubando as fronteiras de Israel, travando guerra contra ele, e matando seus filhos. Contudo, agora Amós diz: “Ouvi a palavra que o Senhor fala contra vós outros, filhos de Israel” (Amós 3:1). O rugir do leão era contra o próprio Israel. O povo de Deus estava prestes a ser punido por corromper a pura adoração ao Senhor: “De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos escolhi; portanto, eu vos punirei por todas as vossas iniqüidades” (3:2). Há uma lei divina que ressoa por todas as escrituras. Ela diz, basicamente: “Quanto maior a medida da graça derramada sobre um povo, maior será o julgamento que cairá sobre esse povo, se a graça de Deus for desprezada”. Se um povo recebeu muita verdade, ele é mais responsável. E se corromper essa verdade, seu julgamento será dobrado. Agora mesmo, Deus certamente está julgando os Estados Unidos por sua corrupção. Fico pensando em todos os modos pelos quais a nossa nação tem removido o nome de Deus do público. Na minha infância e juventude, aprendi que os Estados Unidos eram um país cristão, fundado por homens piedosos que buscavam liberdade para adorar o Senhor em verdade. Naturalmente, a África do Sul e outros países afirmam ter tido a mesma origem. Não tenho dúvida de que Deus abençoou certas nações como a nossa, para ajudar a evangelizar o mundo. Em sua infância, esse país, entre todas as nações da terra, foi aquele que mais enviava missionários. Os Estados Unidos enviaram pastores, mestres e evangelistas por todo o globo. Enquanto isso, um povo santo dentro do país refreava as ondas de iniqüidade. Líderes piedosos, pastores dedicados e congregações zelosas se levantavam para honrar o nome do Senhor. Mas a iniqüidade começou a vir em abundância. O nome de Deus foi zombado. E nosso país acabou se tornando obcecado pelo prazer. Nos voltamos para os ídolos de riqueza, prosperidade, ganho material. E rapidamente perdemos o zelo e a compaixão pelos perdidos. Agora deixamos de ser um país que envia muitos missionários. Em vez disso, estamos exportando um evangelho de prosperidade, e de ambição. Em Seu grande amor e sabedoria, o Senhor tem procurado purificar a nossa nação com correções severas. Ele permite secas, inundações, colapsos financeiros, furacões, mudanças drásticas do tempo. Ele está soando a trombeta alto. Mas ninguém está ficando alarmado por causa disso. Muitos ministros declaram: “Deus não é asssim. Não é Ele que está por trás dessas tragédias. Tudo isso é obra do diabo”. Não dá para eu dizer o quanto esses ministros me deixam irritado com isso. Eles não conhecem a Bíblia. Preste atenção às seguintes palavras de Amós: • “...vos deixei de dentes limpos em todas as vossas cidades e com falta de pão em todos os vossos lugares; contudo, não vos convertestes a mim, disse o Senhor”. Deus está dizendo claramente ao povo, que Ele está prestes a causar um colapso econômico em seu meio. • “Além disso, retive de vós a chuva, três meses ainda antes da ceifa; e fiz chover sobre uma cidade e sobre a outra, não; um campo teve chuva, mas o outro, que ficou sem chuva, se secou” (4:7). O Senhor claramente controla o clima, seja ele bom ou mau. • “Andaram duas ou três cidades, indo a outra cidade para beberem água, mas não se saciaram” (4:8). Deus controla a seca. E agora mesmo, estados inteiros estão tendo de racionar água. • “Feri-vos com o crestamento e a ferrugem; a multidão das vossas hortas, e das vossas vinhas, e das vossas figueiras, e das vossas oliveiras, devorou-a o gafanhoto” (4:9). Nos últimos meses, Nova York foi invadida por enxames de bezouros japoneses. Esta peste está matando árvores em Central Park, e destruindo vastos acres de floresta ao norte. • “Feri-vos” (4:9). Quem é o responsável por todas essas coisas? Deus quer que fique bem claro em nossas mentes: Ele está por trás de tudo. “Enviei a peste contra vós outros à maneira do Egito; os vossos jovens, matei-os à espada, e os vossos cavalos, deixei-os levar presos, e o mau cheiro dos vossos arraiais fiz subir aos vossos narizes; contudo, não vos convertestes a mim, disse o Senhor” (4:10). Você não pode me dizer que o Senhor não está por trás de todos os julgamentos que estamos experimentando. Muitos ministros apresentam Deus como um avô bonzinho e meio caduco. É claro, o Senhor é misericordioso e traz graça. Mas o quê esses pastores não entendem é que os julgamentos de Deus são a Sua misericórida e a Sua graça. Ele está dizendo: “Voltem para mim. Tive de enviar essas correções para purificar a nação, e receber sua atenção. Vocês chegaram tão fundo no pecado, que ficaram cegos. Agora julgamento é a única linguagem que entenderão. Tudo isso é por causa do amor que tenho por vocês”. Amós Profetiza um Duplo Sobre a Nação e Simultaneamente Sobre a Igreja Julgamento: Amós fala dos julgamentos de Deus como “grandes tumultos” (Amós 3:9). A palavra tumulto significa estado de confusão. Em outras palavras, o país será levado ao caos e a transtornos através de grandes ataques de violência e terror. “Porque...não sabe fazer o que é reto, diz o Senhor, e entesoura nos seus castelos a violência e a devastação” (3:10). O que Amós quer dizer aqui quando se refere a palácios? Ele está falando do que chamaríamos grandes negócios ou enormes corporações. Pense nos acontecimentos que têm se desenvolvido em nosso país atualmente. Inúmeros dentre os mais respeitados grupos de negócios na história estão sendo denunciados por “entesourar nos seus castelos”. Presidentes de instituições confiáveis trapacearam os acionistas através de práticas fraudulentas de contabilidade. Dispensaram milhares de empregados. Enquanto isso, construíram enormes pés de meia para si próprios. Enquanto empobreciam alguns, asseguravam riquezas para seu próprio benefício. Amós declara: “Os teus castelos serão saqueados” (3:11). Essas corporações, antes inabaláveis, agora estão falindo. Wall Street treme. Contudo, mais terrível do que tudo, Amós prediz uma peste de medo, devido a ataques de terror de costa à costa: “Um inimigo cercará a sua terra, derribará a tua fortaleza” (3:11). Será que as palavras do profeta poderiam vir em hora mais certa? Ele avisa: “Um inimigo vai jogar longe a sua coroa de esplendor. Esses palácios de poder e bens nos quais vocês se gloriam, serão arrasados até o solo”. Após tudo isso, um leão econômico aparecerá, devorando a riqueza e a prosperidade daqueles que se enriqueceram pelo roubo: “Como o pastor livra da boca do leão as duas pernas ou um pedacinho da orelha, assim serão salvos os filhos de Israel que habitam em Samaria com apenas o canto da cama” (3:12). Quando um leão se apossa da presa, ele devora até chegar ao osso. É exatamente isso que Amós diz que o inimigo fará com os luxuosos ricos. Ele não vai deixar nada senão reduzidos restos das riquezas conseguidas ilegalmente. Amós lhes diz: “Vocês achavam estar seguros por causa dos milhões guardados. Mas um leão urrando vai devorar tudo; quando acabar, não vai sobrar nada senão carcaça”. Amado, hoje a mesma trombeta de advertência está soando novamente nos Estados Unidos. Mas muito poucas pessoas estão ficando alarmadas com isso. Deus Diz Que ao Visitar Com Seus Julgamentos as Nações, Também Visitará a Igreja. As escrituras afirmam que o julgamento começa pela casa de Deus. Na verdade, antes de atacar qualquer nação, o Senhor revelará Sua ira na igreja: “Ouvi e protestai contra a casa de Jacó...No dia em que eu punir Israel, por causa das suas trangressões, visitarei também os altares de Betel” (Amós 3: 13-14). A casa de Jacó aqui representa a igreja, o povo de Deus. Pense no que Amós profetiza nesse ponto: Deus certamente julgaria toda nação que se virasse contra Ele. Ele permitiria que adversários ímpios pilhassem e aterrorizassem estas nações. E toda pessoa que se voltasse para os prazeres do mundo e para a corrupção, seria humilhada e diminuída. Contudo, em meio à todas essas coisas, a primeira preocupação de Deus ainda seria a Sua igreja. Ele se preocupa com o Seu povo, com aqueles que se chamam pelo Seu nome. Não importa se o governo remove o nome de Deus das moedas, dos tribunais, das escolas e dos lugares públicos. Nada disso faz sofrer o Senhor mais do que o mal presente em Sua igreja. Deus ri das tentativas tolas dos ímpios em empurrá-Lo para fora da sociedade. O dia de acerto de contas dessas pessoas já chegou. Nesse exato momento elas estão sendo visitadas pela Sua ira. Mas quem mais fere o Senhor é a Sua própria família. Ele se magoa mais profundamente pela corrupção de Seus filhos. O Senhor então focaliza o quê estava ocorrendo nos altares de Israel. O nome Betel quer dizer “casa de Deus, local de pura adoração”. No passado foi dito o seguinte sobre esses altares: “O Senhor está neste lugar” (Gênesis 28:16). Em verdade, Jacó chama Betel de “temível lugar” (v. 28:17). Com isso ele quis dizer lugar de reverência, porque Deus manifestou Sua presença lá. Betel é onde Jacó recebeu a visão da escadaria subindo ao céu. Era um lugar santo de adoração, onde Deus encontrava os que O buscavam em pureza. Com freqüência, por toda a história de Israel, o Senhor referiu a Si próprio como “o Deus de Betel”. E certa ocasião, Ele instrui Jacó a retornar a Betel para restaurar os altares. Em resumo, Deus estava dizendo a Israel: “Vou julgar sua nação corrupta. O mundo vai tremer por causa da guerra e da violência que virá sobre vocês. Vou mandar enchentes, secas, pestes, ferrugem nos vegetais. A economia será demolida, suas riquezas serão devoradas. No entanto, ao mesmo tempo em que faço essas coisas, também visitarei Betel. Vou derramar julgamento sobre o Meu povo, porque corrompeu os Meus altares. Vou puni-lo por causa da adoração iníqua”. Isso já tinha acontecido anteriormente em Betel. Quando Jeroboão se tornou rei, ele corrompeu a adoração: “Pelo que o rei...fez dois bezerros de ouro; e disse...vês aqui teus deuses...Pôs um em Betel e o outro, em Dã. E isso se tornou em pecado, pois que o povo ia...para adorar...e...constituiu sacerdotes que não eram dos filhos de Levi” (I Reis 12:28-31). Primeiro, Jeroboão erigiu ídolos nos lugares de adoração. Depois pegou elementos criminosos da sociedade, pessoas cujo coração não estava em Deus, e os nomeou sacerdotes. A adoração em Israel se corrompeu inteiramente, porque provinha de corações iníquos e maus. Então, desde o reinado de Jeroboão até os dias de Amós, Deus depreciou Betel, considerando-o um lugar de miscigenação, mistura. E Ele finalmente julgou essa falsa adoração. Ele derrubou o altar, e acabou com ele. Hoje, permanece um espírito de Betel na igreja. É uma posição de apostasia espiritual. E sua principal característica é uma adoração de miscigenação programada para atrair multidões. É uma demonstração exterior da carne, cheia de zelo e exuberância. Mas não tem nenhuma santidade. E é uma armadilha que está enlaçando muitos nesses últimos dias. Quanto mais essas pessoas crêem que essa adoração é de Deus, mais cegas se tornam. E o Senhor está pronto para julgar tudo isso. Ele avisa: “Se você está envolvido nessa adoração corrupta, estará apenas multiplicando os pecados”. Novamente Deus volta a falar: “Oferecei sacrifício de louvores do que é levedado, e apregoai ofertas voluntárias, e publicai-as” (Amós 4:5). Por que Ele diz isso? É porque a lei proibia levedo em carne oferecida para ser consumida pelo fogo (v. Levítico 2:11). Além disso, pão com fermento era só para os sacerdotes. Igualmente, toda oferta voluntária de pão deveria trazer “bolos asmos amassados com azeite, obreias asmas untadas com azeite” (7:12). Essas ofertas não fermentadas serviam como ilustração. Significavam preces que fossem puras. Por todas as escrituras, o fermento é visto como um tipo de pecado carnal. Era às vezes usado para se referir à lepra. A mensagem de Deus aqui é clara: “As suas ofertas de louvor estão cheias de carnalidade. Só aceito sacrifícios santificados, ofertados por mãos limpas e corações puros. Não pode haver fermento, nenhuma indulgência carnal, na Minha presença”. “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente” (Salmo 24:34). Exteriormente os adoradores de Betel eram muito religiosos. Zelosamente faziam os sacrifícios à toda manhã. E eram fiéis no dízimo e nas ofertas. Novamente, Deus insiste: “Cada manhã, trazei os vossos sacrifícios e...os vossos dízimos” (Amós 4:4). Ele via tais pessoas começar cada dia com louvor e adoração. Alegravam-se ao ir às reuniões de louvor. Em verdade, o movimento de adoração de Betel ficou tão popular, que se extendeu às cidades da região, de Betel a Gilgal, a Berseba. Mas o Senhor avisava a todos: “Porém não busqueis a Betel, nem venhais a Gilgal, nem passeis a Berseba...Betel será desfeita em nada” (5:5). Deus estava prestes a derrubar tudo. Ele consumiria todos os sacrifícios fermentados de louvor e adoração. Por que? Porque “deitais por terra a justiça” (5:7). Graças a Deus Que Sobem Até Ele Pelos Altos, Aceitáveis e Santos Louvores Deus ainda possui um remanescente santo e separado, cujos sacrifícios de louvor são puros. São santos piedosos que não estão presos aos cuidados do mundo. O seu louvor tem o som de poderosas águas que jorram. E estão quebrantados diante do Senhor, em santa reverência por Ele. Desta reverência provêm gloriosos gritos de louvor. Porém multidões dentro da igreja estão sempre procurando coisa nova. Desejam maneiras novas e estimulantes de se adorar a Deus. Então buscam altares de Betel, onde o louvor é alto e alegre. Mas a adoração nesses lugares é dirigida por homens que não pranteiam pelo pecado existente na casa de Deus. Seu louvor pode ser exuberante e cheio de cores. Mas inexiste a verdadeira presença de Cristo. E inexiste proteção contra os enganos da carne. Provavelmente foi estimulante tomar parte nas reuniões de louvor em Betel. Mas os adoradores não tinham interesse nas coisas de Deus. Eles não ajudavam os pobres, nem atendiam ao necessitado. Antes, seu louvor era cheio de carnalidade e fermento. Amós previne: “Buscai ao Senhor...para que não irrompa na casa de José como um fogo” (Amós 5:6). Igualmente, desejo oferecer esse aviso do Senhor: o seu pastor não está pregando uma palavra que expõe o pecado? Não há uma repreensão piedosa, um chamado ao arrependimento, uma advertência para abandonar o pecado? Então você provavelmente está adorando em um altar de Betel. E corre grande perigo de ser enganado. Deus declarou: “Visitarei também os altares de Betel; e as pontas do altar serão cortadas e cairão por terra” (3:14). Essa palavra é devastadora. No Velho Testamento, o altar de madeira do templo tinha quatro pontas nos cantos. Essas pontas eram cobertas por metal, e tinham a forma de chifres de carneiro. Os chifres representavam o direito do santuário. Agarrando-se a eles, o infrator da lei se colocava sob a graça salvadora e protetora de Deus. Quando era menino, ouvi muitos antigos santos dizendo: “Estou seguro, Senhor. Me agarrei nas pontas do altar”. Vemos esse tipo de santuário ilustrado na vida de Adonias, filho de Davi. Esse rebelde tinha tentado usurpar o trono de Israel. Mas o outro filho de Davi, Salomão, determinou prisão e morte para Adonias. Em pânico, Adonias fugiu para o templo, e se agarrou às pontas do altar. Sua vida foi poupada. Agora Deus estava dizendo a Amós que cortaria essas impressionantes pontas de proteção. O Senhor iria arrancar as pontas do altar, e jogá-las ao chão. Isso significava que o povo não ficaria mais sob Sua proteção. Pelo contrário, ficaria sujeito a grande engano. Não teriam nenhuma segurança contra falsos doutrinas, ou falsa adoração. Tenho Visto os da Adoração Num Altar Sem Pontas Terríveis Resultados Na África, multidões de todo o mundo vêm para ouvir um homem que diz ter recebido profecias de Deus no ventre materno. Especialmente os americanos, viajam às centenas para receber “profecia pessoal” deste homem. Mas a mensagem é totalmente não bíblica, e blasfema. São pessoas que buscam, na ignorância, e estão caindo no engano. Num estado dos Bálcãs, uma profetiza afirma guiar pessoas à viagens para o inferno. Ela foi feiticeira, e diz uma vez ter estado, ela mesma, no inferno. Ela orienta as pessoas para se deitarem no chão e liberar a mente, enquanto as guia à uma viagem imaginária por onde ela já passou. As pessoas se aglomeram em torno dela para a experiência. Mas nada disso é bíblico, é absurdo total. Em verdade, há algo do mal na base deste trabalho. No Brasil, um evangelista promete curar câncer por 1.000 dólares. Também faz exorcismo por uma taxa. Tem um número enorme de seguidores, e está ficando rico com suas declarações. Porém, é totalmente não bíblico - um engano completo. Os próprios Estados Unidos se tornaram os maiores vendedores de evangelho enganador. Como? Os cristãos se tornaram analfabetos biblicamente. Não se preocupam mais em ler a palavra de Deus. Não querem mais jejuar ou gastar tempo em oração. Em vez disso, correm para lá e para cá, em busca de ensinos que agradem à carne, ministrados por algum evangelista que faça concessões. Como multidões de crentes caem nesses enganos? Como se desviam com tanta facilidade? Como tantas pessoas ficam tão cegas à obras falsas da carne? Amós nos responde o porquê: suas muralhas de proteção caíram, por causa do pecado. Deus removeu as pontas do altar. E as pessoas perderam todo o discernimento. Esses crentes estarão entre os primeiros a abraçar o anticristo. Deus Diz que ao Ele Fechará Tudo Que Estiver Contaminado Visitar Sua Igreja, Em todas as vinhas [igrejas] haverá pranto, porque passarei pelo meio de ti, diz o Senhor. Ai de vós que desejais o Dia do Senhor! Para que desejais o Dia do Senhor? É dia de trevas e não de luz...Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles...Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene” (Amós 5:17-24). A mensagem de Deus é clara: enquanto Sua justiça não começar a jorrar em nosso meio, purificando nossos corações, não seremos capazes de Lhe dar verdadeiro sacrifício de adoração. Louvor proveniente de corações cheios de lascivia e cobiça, são senão barulho aos Seus ouvidos. Ele não aceitará a adoração daqueles que buscam só prazer, ou se recusam a perdoar os outros. No meio de todas essas advertências proféticas, Amós traz essa palavra de esperança: “Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis. Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei na porta o juízo; talvez o Senhor, Deus dos Exércitos, se compadecerá do restante de José” (5:14-15). Insisto com você: leve a sério a mensagem de Amós. Busque o Senhor de todo o coração. Permita-se ser julgado por Sua palavra. Confesse e abandone o pecado. Então Deus o abençoará dando discernimento. Você saberá se está adorando em um altar de Betel. E será capaz de adorá-Lo em Espírito e em verdade. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Um Clamor Sem (A Cry Without a Voice) Por 19 __________ de Voz - David agosto 19 de agosto de 2002 de Em Marcos 7, vemos Jesus realizando um grande milagre. Toda a dramática cena ocorre em apenas cinco versículos: “De novo, se retirou das terras de Tiro e foi por Sidom até ao mar da Galiléia, através do território de Decápolis. Então, lhe trouxeram um surdo e gago e lhe suplicaram que impusesse as mãos sobre ele. Jesus, tirando-o da multidão, à parte, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e lhe tocou a língua com saliva; depois, erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá!, que quer dizer: Abre-te! Abriram-se-lhe os ouvidos, e logo se lhe soltou o empecilho da língua, e falava desembaraçadamente” (Marcos 7.31-35). Imagine a cena. Quando Jesus chegou aos termos de Decápolis, encontrou um homem que era ao mesmo tempo surdo e gago. O homem conseguia falar, mas suas palavras não eram compreensíveis. Cristo levou o homem à parte, separado da multidão. Ali diante daquele homem, Jesus colocou os dedos nos próprios ouvidos. Depois cuspiu, e tocou em Sua própria língua. Falou duas palavras: “Abre-te”. No mesmo instante, o homem conseguiu ouvir e falar claramente. Pouco antes desta cena, Jesus havia libertado a filha endemoninhada de uma mulher. Simplesmente proferindo uma palavra, Ele expulsou o espírito maligno da moça. Pergunto: por que estes dois milagres estão registrados nas Escrituras? Foram incluídos como apenas mais duas cenas da vida do Senhor na terra? A grande maioria dos cristãos acredita que tais histórias foram preservadas Wilkerson 2002 nas Escrituras porque nos revelam muitas coisas - seu propósito é revelar o poder de Deus sobre Satanás e a doença; são prova da divindade de Jesus, para estabelecer o fato de que Ele era Deus em carne; e têm a finalidade de encorajar nossa fé, e mostrar-nos que Deus pode operar milagres. Eu acredito que estas histórias foram registradas por todos estes motivos, e muito mais. Jesus nos diz que cada palavra que Ele profere veio do Pai. Ele não dizia nem fazia algo por conta própria, mas por orientação do Pai. Além disso, cada evento da vida de Jesus contém uma lição para nós, sobre quem “os fins dos séculos têm chegado” (vide 1 Coríntios 10.11). Este milagre de Marcos 7 não é só sobre a cura de um homem que viveu há muitos séculos. Como cada evento registrado da vida de Jesus, isto tem um significado especial para nós hoje. E, como a parábola de Jesus sobre o tesouro escondido no campo, a nossa tarefa é cavar até encontrar este significado. Creio a Misericórdia Pela Geração Atual Que e a Este Compaixão Milagre Insondáveis de Revela Cristo Já há algum tempo, tenho ficado perplexo com questões sobre a atual geração de jovens. Essas perguntas ardem dentro de mim, e me deixam confuso. Mas creio que a história desse milagre contém uma revelação que responde a muitas destas perguntas. Primeiro, quero perguntar quem era este homem que levaram a Jesus: “um surdo e gago” (Marcos 7:32). Não sabemos o seu nome. Mas creio que sabemos quem ele representa para nós hoje. Ele é um exemplo daqueles que “têm ouvidos e não ouvem” (Salmo 115.6). Evidentemente, este versículo refere-se à uma condição espiritual. Descreve um estado de surdez espiritual, uma incapacidade de ouvir e compreender a verdade de Deus. Estou profundamente impressionado achando que este homem surdo e gago é como a grande maioria dos jovens de hoje. Creio que isto se aplica especialmente aos filhos de lares cristãos. Muitos simplesmente não parecem ter a capacidade de ouvir e assimilar a Palavra de Deus. Estou falando dos bons garotos: os que são respeitosos, obedientes, não farristas. Não estão envolvidos com drogas, bebida, sexo ou imoralidade. Mas são extremamente passivos em relação a Deus. Em todos os meus anos de ministério, nunca vi tanta ausência de envolvimento com as coisas de Deus como nesta geração. Tenho encontrado vários destes jovens espiritualmente surdos em muitos lugares do mundo. E durante anos tenho perguntado por que tantos jovens bons, especialmente aqueles criados por amorosos pais cristãos, podem ficar passivos em relação a Jesus. Ouvem mensagens ungidas, receberam um evangelho de amor, mas continuam não respondendo. Tenho sofrido muito por ver esta situação com alguns dos meus próprios netos. Eles têm ouvido meus sermões, me ouviram pregar com lágrimas nos olhos e com a autoridade do Espírito. Mas não demonstram qualquer reação visível. Às vezes penso: “Talvez hoje seja o dia que o Espírito Santo vai derreter essa mornidão, essa passividade. Talvez verei uma lágrima para dar uma evidência de que Deus está tocando este coração jovem”. Fico me perguntando: “Será que são inteiramente surdos? Ou será que rejeitaram a Deus? Será que fecharam os ouvidos para que não ouçam?”. Luto com estes pensamentos, porque sei que são garotos bons, que não rejeitaram Jesus. Mas simplesmente não possuem paixão. E Cristo mesmo adverte que pessoas boas acabarão no inferno, se forem mornos (ver Apoc. 3:16). Vejo a mesma situação com muitos maridos cristãos. São homens bons, maridos fiéis, pais amorosos, provedores responsáveis. Quando vêm à igreja com as esposas, eu sei que elas estão orando: “Talvez hoje Deus tocará o coração do meu marido”. Mas no fim, ele apenas dá um sorriso e diz: “Gostei do culto de hoje. Volto com você qualquer dia desses”. Estes homens não rejeitaram Jesus. Não são ímpios, sensuais ou imorais. Mas se continuarem apenas admirando Cristo, estarão perdidos. Tenho vários amigos que são assim também. Gostam muito de mim, e fariam qualquer coisa em meu benefício; de vez em quando, vêm à Igreja de Times Square e sempre elogiam minha pregação. Mas a Palavra de Deus nunca os alcança, nunca faz efeito. Eles sabem falar sobre a morte de Cristo, Seu sepultamento e ressurreição, porque já ouviram pregações sobre isto inúmeras vezes. Mas são passivos. Saem da presença de Deus da mesma forma como entraram: sem transformação. Estou dizendo: todos eles têm ouvidos, no entanto não ouvem. São espiritualmente surdos. Há Uma Única Para Uma Pessoa Assim Ouvir e Falar Esperança na Terra A única esperança do homem surdo e gago era chegar a Jesus. Precisava de um encontro pessoal com Ele. Quero destacar que este homem não era como aqueles que Paulo descreve: “como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade” (2 Timóteo 4:3,4). Ele também não tinha “espírito de entorpecimento... ouvidos para não ouvir” (Rom. 11:8). Não era como aqueles descritos em Atos 28:27: “com os ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os olhos, para que jamais vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos”. E também não era como os que estavam presentes no apedrejamento de Estêvão, pessoas que “taparam os ouvidos” (Atos 7:57). O fato é que este homem queria ouvir. Ele queria desesperadamente ser curado. Entretanto, lemos no texto que “lhe trouxeram um surdo e gago” (Marcos 7:32, ênfase minha). Este homem não chegou a Jesus por conta própria. Teve de ser levado a Ele. Sem dúvida, deve ter ouvido falar sobre Jesus, e sobre o Seu poder de curar; além disso, sabia como se comunicar, através de gestos ou pela escrita. E conseguia andar por aí sozinho. Mesmo assim, nunca fez o esforço de chegar a Jesus por si mesmo. “Eles” tiveram de trazê-lo. Quem eram “eles” neste versículo? Só posso especular: podem ter sido os familiares do homem, ou seus amigos, pessoas que se importavam o suficiente para levá-lo a Jesus. Creio que esta cena tem tanto a ver com a situação dos nossos jovens hoje. Eles não vão a Jesus por conta própria. É preciso que sejam levados pelos pais, amigos, pessoas da família da fé. Como os pais do surdo, nós também precisamos levar nossos filhos e queridos a Cristo. “Como?”, você pergunta. Através de oração confiante e diária. Pense sobre isto. Suponha que foram os pais do homem surdo que o levaram a Jesus. Eles sabiam o quanto seu filho precisava de um encontro pessoal. Afinal, não podiam suplicar que rapaz ouvisse. Seria tolice insistir com ele, ou ficar bravo. E seria cruel fazê-lo sentir-se condenado por não conseguir verbalizar os pensamentos do coração. No entanto, muitos pais cristãos, incluindo a mim mesmo, conseguem ser muito cruéis com seus próprios filhos exatamente desta forma. Como? Ficamos aborrecidos com eles porque não conseguem nos dizer por que ainda não vieram a Jesus. Não conseguimos entender por que não são capazes de colocar em palavras os pensamentos do coração. A verdade é que são espiritualmente gagos. Não dá nem para começar a imaginar como o mundo está afetando a geração atual. Os jovens de hoje têm suportado mais do que qualquer geração anterior. Experimentaram o terror do dia 11 de setembro de 2001; viram chacinas em escolas; ouviram de escândalos sexuais na presidência do país; viram evangelistas conhecidos sendo expostos como pecadores pervertidos. E agora estão acompanhando presidentes e diretores de grandes empresas sendo flagrados por terem trapaceado para satisfazer sua ganância egoísta. Seria de se admirar que estejam confusos sobre quem Deus é, e onde Ele situa-se nas suas vidas? De fato, não importa por que nossos filhos chegaram à esta situação. É inútil tentar descobrir por que estão tão surdos à Palavra de Deus, tão incapazes de expressar o clamor de seu coração. Afinal, as escrituras não dizem como este homem surdo e gago chegou à esta situação. Nenhuma palavra menciona se nasceu assim. Isto simplesmente não importa. Da mesma forma, não há propósito algum em os pais cristãos investigarem o que podem ter dito ou feito de maneira errada na criação dos filhos. Não devemos ficar olhando para o passado, fazendo suposições, levantando culpas. A verdade é que nenhum pai ou amigo íntimo pode levar um jovem surdo a ouvir - por meio de aconselhamento. Você não pode fazer um gago falar claramente, simplesmente por amá-lo. Não vai funcionar. E não há pastor, conselheiro, ou líder da mocidade que possa convencer o jovem a ouvir a verdade. Isto não acontece pelo amor, por condenação, ou aconselhamento. Eles simplesmente são surdos. Só há uma cura, uma esperança, para nossos filhos e queridos poderem ouvir a verdade. E isto é um encontro pessoal com o próprio Jesus. “E lhe suplicaram que impusesse as mãos sobre ele” (Marcos 7.32). Em grego a palavra que foi traduzida “suplicaram” aqui, significa imploraram, clamaram. Estes pais imploraram a Jesus: “Por favor, Senhor, toca o nosso filho. Coloca Tua mão sobre ele”. Qual Foi a Primeira Quando o Homem Foi Levado a Ele? Coisa que Jesus Fez “Jesus, tirando-o da multidão, à parte...” (Mc 7.33). Jesus soube imediatamente o que o homem surdo queria. Ele ansiava por seu próprio toque pessoal, sua própria experiência. Não dava para se contentar com algo que “eles” tinham encontrado. Tinha de ser real para ele. O homem queria que Jesus abrisse os ouvidos e soltasse sua língua. E tinha de acontecer entre ele e Jesus. Você pode estar dizendo: “Você não está entendendo. Eu vi meu filho entregar o coração a Jesus há alguns anos. Ele se ajoelhou diante do Senhor e orou. Depois disso, afastou-se, mas já voltou correndo para Jesus arrependido. Ainda é um moço correto, sem imoralidade e bondoso, mas agora ficou morno. Parece não se importar com as coisas de Deus. O que aconteceu? Por que não se entrega completamente? O que o impede de se comprometer por completo?”. A resposta é: ele ainda não teve seu próprio encontro com Jesus. Ele foi a Cristo baseado na experiência do pai, da mãe, ou do amigo. Entregou sua vida por causa da insistência de outra pessoa. Ou, talvez, tenha ouvido uma mensagem tão forte sobre o inferno que ficou com medo e correu para Jesus. Há inúmeras razões por que a experiência não durou para seu filho. O que quero dizer é que ele não encontrou Jesus por si próprio. Pode ser que conheça a verdade por observar Cristo na vida dos outros. Mas não experimentou Jesus de forma pessoal. Ainda não foi tirado da multidão, e levado à parte, para receber seu próprio toque individual. A revelação precisa vir quando ele está a sós com o Senhor. Se você já serviu a Deus durante muitos anos, quero lhe fazer uma pergunta: não é fato que você pode voltar ao passado e lembrar do dia ou do momento quando teve um encontro sobrenatural com Jesus? Ele o tocou, e você soube disso. Não foi uma experiência que recebeu por causa de outra pessoa. Não foi implantada em sua vida porque ouviu alguém pregar sobre isso. Você experimentou Jesus por si mesmo. É por isto que está confiante no que tem com Ele. Jesus sabia que o homem surdo precisava deste tipo de encontro. Por isto comunicou-se com ele na sua própria linguagem: a linguagem dos sinais. “Pôs-lhe os dedos nos (próprios) ouvidos e lhe tocou a língua com saliva” (Marcos 7:33). Vejo Jesus colocando os dedos nos próprios ouvidos, apontando ao surdo e fazendo sinais com a boca. “Vou abrir teus ouvidos”. Então, pôs Sua língua para fora, tocou nela e cuspiu (provavelmente porque o gago não conseguia cuspir). Estava querendo mostrar: “Vou soltar os laços que amarram sua língua. E você será como todos os outros homens”. Você consegue imaginar o que passava pela mente do homem surdo? Ele deve ter pensado: “Ele está falando a minha linguagem. Ele não está pedindo que eu O compreenda. Ele quer mostrar que me compreende! E levou-me à parte para não me envergonhar. Ele sabe como sou acanhado, e não quer fazer uma demonstração pública". “Ele não está me questionando, nem me acusando. Sabe exatamente o que tenho passado. Sabe que não O rejeitei. Sabe que quero ouvir Sua voz, e falar com Ele. Sabe que meu coração deseja louvá-Lo. Mas não consigo fazer nenhuma dessas coisas, se não receber Seu toque sobrenatural. Ele deve saber que é isso que quero”. Nosso Salvador demonstra o mesmo tipo de compaixão aos nossos queridos não salvos. Ele não fará espetáculo público com ninguém. Pense de como foi paciente e compassivo para com Saulo de Tarso. Este homem muito conhecido teria um encontro milagroso com Jesus. E Cristo poderia ter chegado a ele a qualquer momento. Ele poderia tê-lo derrubado enquanto Estêvão estava sendo apedrejado, diante das multidões. Poderia ter feito da conversão de Saulo um exemplo público. Mas não o fez. Ao invés disso, Jesus esperou que Saulo estivesse praticamente sozinho no deserto, montado no seu cavalo, “à parte da multidão”. Foi lá que Jesus chegou a Saulo, tocando-o de modo sobrenatural. E durante anos Saulo, que depois foi chamado Paulo, recontava a história daquele dia. Jesus lhe deu seu próprio toque sobrenatural, abrindo seus olhos cegos. Você não precisa ir à frente numa igreja para ter um encontro com Jesus. A melhor obra dEle é feita em secreto. É por isto que ele nos diz: “Quando você for orar, vá para seu quarto, em secreto, longe da multidão. Então, busqueMe em particular. Eu o recompensarei em público”. À Sós com Este Homem, Jesus Faz Algo Extremamente Incomum “Erguendo os olhos ao céu, suspirou” (Marcos 7.34). A palavra “suspirar” aqui significa um gemido audível. Aparentemente, Jesus fez uma expressão de dor e um gemido saiu do Seu coração. É claro que o homem não ouviu, porque era surdo. Mas por que este gemido? Já li vários comentários sobre esta cena. Mas nenhum menciona nada a respeito do que o Espírito Santo está falando comigo através deste texto. Estou convencido de que Jesus estava olhando para o céu e comunicando-se com o Pai. Estava chorando baixinho em Sua alma em relação à duas coisas. Primeiro, chorava em relação à algo que só Ele podia ver neste homem. E segundo, chorava por algo que vê ainda hoje, trancado no coração de tantas pessoas, especialmente nos jovens. O que Jesus viu, tanto naquele dia como hoje? O que Ele estava ouvindo, tanto no coração do homem surdo, como no coração de tantas multidões hoje? ELE ESTAVA OUVINDO UM CLAMOR SEM VOZ. Era um clamor de coração, abafado, incapaz de ser expresso. Agora o próprio Jesus gemia com um clamor que não conseguia ser expresso. Ele estava dando voz aos clamores de todos aqueles que não conseguem se fazer ouvir. Pense quantas noites este homem chorou até pegar no sono, porque ninguém o entendia; nem mesmo sua mãe ou seu pai podiam compreender o que falava. Quantas vezes quis explicar o que estava sentindo, mas tudo que saía eram sons doídos, desajeitados. Ele deve ter pensado: “Se eu conseguisse falar, pelo menos uma vez. Se minha língua ficasse solta por um minuto; eu diria aos outros o que se passa na minha alma. Eu gritaria: ‘Não sou um idiota. Não estou debaixo de maldição. E não estou fugindo de Deus. Só estou confuso. Tenho problemas, mas ninguém consegue me ouvir’”. Mesmo assim, Jesus ouviu os pensamentos do coração deste homem frustrado. Ele compreende cada gemido interior que não consegue sair para fora. A Bíblia diz que nosso Senhor se comove com os sentimentos das nossas enfermidades. E Ele sentiu a dor da surdez deste homem, e da sua incapacidade de falar. Creio que Jesus estava expressando a dor do Pai sobre cada clamor inaudível do coração. Era Deus encarnado, gemendo por todo clamor que provém do coração e não consegue achar uma voz: “O que está errado comigo? Eu não estou com raiva de Deus. E sei que Jesus é real. Eu O amo e quero servi-Lo. Mas estou confuso. Por que não consigo falar tudo isso que está abafado no meu coração?”. Tenho onze netos, e todos os dias oro por cada um deles. Nestes dias estou orando diligentemente por alguns em especial, levando-os a Jesus através da oração intercessória. São garotos bons, obedientes, com pais amorosos. Todos confessam sua fé em Jesus, e têm corações sensíveis. Porém, vejo passividade neles. Recentemente, tenho procurado encontrar tempo para falar com cada um em particular. Falo com eles: “Você sabe que estou orando por você; você sabe que seus pais estão orando por você, também. Sabemos o quanto você ama ao Senhor, lá no íntimo do seu coração. Mas por que está tão passivo? Nunca vejo você falar sobre as coisas de Deus. Não sei se você lê sua Bíblia ou se ora. Por favor, fale comigo sobre o que se passa no seu coração. Há alguma coisa atrapalhando?". A princípio, apenas dão com os ombros. Depois me dizem: “Vovô, não sei. Não estou bravo com Deus. Só estou confuso. Acho que não sei explicar”. E aí fico perplexo. Tenho que perguntar para Deus. “O que está acontecendo? Ouço um clamor, um som meio confuso, um anseio. Mas não conseguem colocar isso em palavras para mim. Parece que querem me dizer algo, mas não conseguem”. Estou convencido que multidões de outros jovens estão na mesma situação. Se pudessem explicar seu clamor, seria mais ou menos assim: “Já vi tanta hipocrisia na igreja. Agora estou vendo isso também no mundo dos negócios, na escola, em todo lugar. Tenho problemas sentimentais, problemas com os amigos. Tá tudo acumulando em cima de mim. Mas não consigo falar com ninguém. Meus pais são abertos, mas parece que não consigo tirar para fora". Não ouvimos este clamor. Nenhum ser humano consegue ouvi-lo; nem podemos esperar compreendê-lo. Então, o que devemos fazer? Sabemos que conversas a sós não abrem ouvidos surdos. Creio que só temos uma opção Temos de Levar os Nossos Amados à Jesus, de Joelhos Precisamos pedir a Cristo que lhes dê sua própria experiência. Temos de levá-los a Jesus, assim como os pais do homem surdo fizeram, para que recebam seu próprio toque pessoal. “... lhe suplicaram que impusesse as mãos sobre ele” (Mc 7:32). Devemos orar: “Senhor, encontre-os sozinhos. Envia o teu Espírito Santo para despertar e conquistar seus corações. Revela-Te a eles. Dá-lhes sua própria experiência”. Há pouco tempo, um moço veio à frente durante uma reunião de oração. Ele estava abalado e chorando. Contou-me que era de outro estado, e que entrara ali no templo por acaso. Depois saiu, foi para um concerto, mas também não conseguiu ficar naquele evento. Agora estava de volta na igreja, e queria oração. Perguntei: “Seus pais são cristãos?” Ele respondeu: “Sim, estão sempre orando por mim”. Pergunto a você: Foi apenas “por acaso” que este moço entrou em nossa igreja? Dificilmente. Ele estava tendo seu próprio encontro com Cristo. Ninguém o havia empurrado, nem insistido com ele. Entretanto, indiscutivelmente, foi levado a Jesus. Como? Minha convicção é que foi por intermédio das orações de seus pais. “Depois erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá!, que quer dizer: Abre-te! Abriram-se-lhe os ouvidos, e logo se lhe soltou o empecilho da língua, e falava desembaraçadamente” (Mc. 7:34-35). Jesus realizou um milagre em particular, só para este homem. E a primeira voz que o surdo ouviu foi a voz de Cristo. Certamente Jesus falou com ele, para provar-lhe que agora podia ouvir. Oh, como aquele homem deve ter conversado. De sua boca deve ter jorrado anos de sentimentos sufocados. Agora podia expressar aquele clamor interior que antes não tinha voz. Imagino-o caindo nos braços do Senhor, chorando: “Jesus, o Senhor ouviu a voz do meu clamor” (veja Salmo 5.2). Considere a pungência e o poder do Salmo 5 para este homem curado: “Escuta, Rei meu e Deus meu, a minha voz que clama, pois a ti é que imploro. De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração” (5: 2,3). O amor que este homem tinha por Jesus agora era uma experiência dele. Ele tivera um encontro com o Senhor. Amado, quando você orar por parentes ou pessoas queridas, lembre-se que Jesus geme por eles. Ele não gemeu apenas por um homem em Decápolis. Estava chorando pelos clamores abafados e íntimos dos seus filhos, de seus parentes não convertidos, e dos meus. Talvez você precise mudar a maneira de orar por eles. Ore para que o Espírito Santo vá atrás deles, conquiste-os e os atraia, despertando e sacudindo-os com um novo desejo por Jesus. Ore “Senhor, leve meu filho, meu parente, meu amigo, para longe da multidão. Faze com que fique isolado, sozinho conTigo. E dá-lhe o Teu toque. Faze com que tenha um despertamento particular e pessoal. Que seja uma experiência profunda e sobrenatural conTigo.” Quero terminar com uma advertência: você está espiritualmente surdo para a Palavra de Deus? Está impedido de falar, incapaz de falar com intimidade a respeito de Jesus? Então não tem desculpa. Você sabe como chegar a Jesus. E sabe que Ele ouve o seu clamor. Ele está esperando que você encontre um lugar a sós com Ele. Esta é a hora de chegar-se a Cristo, para que Ele possa chegar-se a você (ver Tiago 4.8). Em Lucas 18, lemos a respeito de um homem que foi à igreja orar. Ele ficou lá atrás sozinho, separado da multidão. Estava tão desesperado que a única coisa que conseguia fazer era olhar para baixo e bater no peito (ver Lc. 18:13). Estava usando linguagem de sinais, para dizer: “Senhor, ouve o clamor do meu coração. Estou cansado do meu vazio. Preciso de um encontro conTigo. Quero saber, eu mesmo, quem Tu és. Só Tu compreendes o que está no meu coração. E só Tu sabes o que estou passando. Não consigo orar, porque estou todo amarrado. Preciso do Teu toque, Jesus. Tem misericórdia de mim, pecador” (v. Lc. 18:13). Jesus disse o seguinte a respeito dele: “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa ... porque ... o que se humilha será exaltado” (Lc 18:14). Que seja assim para você também. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. O Toque de Deus (The Touch of God - Moses) Por 8 __________ de - Moisés David julho - 8 de julho de 2002 de Enquanto escrevo esta mensagem, outra bomba explodiu em Israel, matando catorze pessoas. Milhares de islâmicos têm se alinhado para se explodirem para a eternidade, só para molestar os israelitas. Contudo o Islamismo tem declarado guerra não só contra Israel, mas contra o Cristianismo. Os Estados Unidos agora vivem em temor absoluto. Tememos mais suicidas com bombas, guerra biológica, e até ataque nuclear. Uma mortalha funérea se mantém sobre a nação. Onde está a igreja em meio a este caos? A maior parte da cristandade está mortificada. A igreja está cheia de atividades religiosas, em sua maioria da carne. A presença de Deus está sendo aflitivamente necessária durante esse tempo de crises. Isso é trágico, pois o nosso Senhor sempre tem um remédio para um mundo em caos. É um remédio testado pelo tempo, e que Ele tem usado geração após geração, para despertar Sua igreja amortecida e desviada. Esse remédio não mudou desde a criação do mundo. É simplesmente esse: Deus levanta homens e mulheres escolhidos. Em épocas como essa, o nosso Senhor usa indivíduos para responder a um mundo em crise. Ele toca Seus servos de modo sobrenatural. Primeiro, Ele os transforma. A seguir, os chama para uma vida de submissão total à Sua vontade. Tais servos tocados por Deus são melhor descritos no Salmo 65:4: "Bem-aventurado aquele a quem escolhes e aproximas de ti, para que assista nos teus átrios". Wilkerson 2002 Em resumo, Deus chama esse servo à parte. Seu Espírito o persuade à comunhão íntima. E lá, diante da terrível presença do Senhor, ao servo é concedida a mente de Deus. Ele recebe um chamamento divino. Subitamente, sua vida é preenchida com sentido de urgência. Ele emerge desta comunhão com uma palavra dada por Deus. E começa a andar com autoridade espiritual. A história bíblica revela esse padrão várias ocasiões. Vez após vez, o povo de Deus O rejeita e volta-se para os ídolos. Adota práticas pagãs, e cada geração se torna mais vil e corrupta que a anterior. Essa pecaminosidade entristece e zanga o Senhor. Então, como o povo foi restaurado? Em cada caso, Deus levantou um servo piedoso: um juíz, um profeta, um rei justo. Samuel é um exemplo desses. Ele repreende Israel: "Esqueceram-se do Senhor, seu Deus; então, os entregou nas mãos de (seus inimigos)...E clamaram ao Senhor e disseram: Pecamos, pois deixamos o Senhor...O Senhor enviou a Jerubaal, e a Baraque, e a Jefté, e a Samuel; e vos livrou das mãos dos vossos inimigos em redor; e habitastes em segurança" (I Samuel 12:9-11). Tais servos tocados por Deus tornaram-se instrumentos d'Ele para libertação. Eram capacitados para discernir os tempos. E porque conheciam o coração de Deus, o Senhor os usou como Seus oráculos. Eles declararam Sua palavra tanto para o Seu povo quanto para as nações em redor. Não há como duvidar do toque de Deus sobre alguém que tenha sido escolhido e chamado. Tal pessoa se destaca dos outras. E então, por que o Senhor tocou esses servos em particular? Por que levantou Abraão, Moisés, Davi e alguns outros para trazer restauração ao Seu povo e às nações? Deus teria visto algo de especial neles? Não, esses personagens não eram súper-homens. Vidas falhas demonstram isso. E nem foram simplesmente predeterminados a fazer as coisas que fizeram. Toda pessoa tem livre arbítrio e vontade própria, escolhendo seguir ou rejeitar o chamado de Deus. Veja Saul: escolhido por Deus, tocado por Sua mão, cheio com Seu Espírito. O Senhor tinha um plano maravilhoso para a vida dele. Deus pretendia estabelecer para Saul um trono "eterno". Contudo Saul abortou o chamado de Deus. A despeito da unção divina, ele se rebelou contra o Senhor. Seu destino não foi determinado simplesmente por sua eleição por parte de Deus. Quando Deus escolhe alguém para ser posto à parte para uma obra especial e de redenção, Ele dá a esse servo dois chamamentos. E como o servo responde a esses chamamentos determina o poder e a intensidade do toque de Deus em sua vida. Primeiro, há o chamado para "subir". A seguir, há o chamado para "sair". A vida de Moisés exemplifica estes dois chamados. 1. Deus Nos Chama Para Subir Este chamado nos intima a sair dos negócios desta vida, e a entrar numa desimpedida perseguição da presença de Deus. Veja a experiência de Moisés. Quando ele se tornou líder de Israel, subitamente se tornou um homem muito ocupado. Nenhuma igreja na história jamais foi tão grande ou tão necessitada - um povo de Deus arrolado em milhões. A vida de Moisés rapidamente se tornou agitada, ao julgar e ministrar ao povo da manhã à noite. Finalmente, o sogro de Moisés, Jetro, interveio. Ele avisa que assim Moisés iria se desgastar e desgastar o povo. Jetro aconselhou: "Representa o povo perante Deus... põe (homens dentre o povo) para que julguem este povo em todo tempo...será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo" (Êxodo 18:19-22). Jetro em outras palavras estava dizendo o seguinte: "Você é o pastor, Moisés. Você precisa ficar a sós com Deus. Indique outros para a função de arbitrar e aconselhar. Então, tranque-se com Deus. Busque Sua presença, receba a Sua mente, receba a Sua palavra. Essa deve ser a sua prioridade máxima". Moisés acatou esse sábio conselho. Indicou outros para agirem como juízes e conselheiros. E se determinou a aceitar o chamado de Deus para "subir". As escrituras dizem: "Subiu Moisés a Deus" (19:3). "Descendo o Senhor para o cume do monte Sinai, chamou o Senhor a Moisés para o cimo do monte. Moisés subiu" (Êxodo 19:20). Moisés prezava a presença de Deus em sua vida. E isso determinou a intensidade do toque de Deus nela. Note como o Senhor deixou Moisés afastado dos outros israelitas, para se aproximar dEle: "O povo estava de longe, em pé; Moisés, porém, se chegou à nuvem escura onde Deus estava" (20:21). Moisés representa o homem abençoado referido por Davi: "Bemaventurado aquele a quem escolhes e aproximas de ti, para que assista nos teus átrios" (Salmo 65:4). A palavra "aproximas" aqui quer dizer "moves" (para Ti) - ato de Deus em que insiste: "sobes". Muitos cristãos experimentaram esse chamado, essa insistência divina para que mantenham comunhão com o Senhor. O Espírito Santo os chama ao monte da intimidade com freqüência, dizendo: "Desejo te mudar, te dar maior unção. Quero te levar mais para dentro de Mim, que te expandas mais em Mim. Quero revelar os Meus caminhos, como nunca fiz antes". Contudo, nem todos que são chamados respondem. Como resultado, Deus não os toca com Seu fogo e Sua unção. No início podem responder: "Senhor, não Te desapontarei. Continuamente buscarei a Tua face". E durante um período, eles se trancam em oração. Mas não dispõem o coração para irem em oração até o fim. Depois de algum tempo, ignoram a voz de Deus, e seguem seus próprios caminhos. Pegam um atalho para subir onde Ele está. A Maioria dos Pára na Metade da Subida ao Monte Chamados e Escolhidos Meio do caminho é onde muitos crentes acabam. A Bíblia diz: "Disse...Deus a Moisés: Sobe ao Senhor, tu, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e adorai de longe. Só Moisés chegará ao Senhor; os outros não se chegarão, nem o povo subirá com ele" (Êxodo 24:12). Deus havia escolhido um grupo de homens que Ele queria tocar. Ele tinha planos maravilhosos para esses homens, especialmente para Arão e seus filhos. Eles deveriam ser os líderes sacerdotais de Israel. O Senhor diz a Moisés: "Consagrarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei Arão e seus filhos, para que me oficiem como sacerdotes" (29:44). Igualmente, o Senhor diz aos anciãos: "Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa" (19:6). Então, por que Deus diz diretamente a estes homens "Me adorem de longe. Não se aproximem de Mim; só Moisés subirá até Mim no topo da montanha" (v. 24:1-2)? A verdade é que Deus sabia dos pecados que fermentavam no coração desses homens; e era preciso tratar disso. Ele queria tocar suas vidas. Mas não poderia fazê-lo enquanto estivessem escondendo pecado. Então, Deus só permitiu que chegassem até à metade da subida ao monte. Contudo, mesmo assim, Ele apareceu a eles de modo sobrenatural, como uma nuvem de escuridão: "E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedras de safira, que se parecia com o céu na sua claridade" (24:10). Tais homens agora na incrível e revelatória presença de Deus; até comeram e beberam lá, numa mesa em Sua presença. Mas ainda estavam "longe" dEle. Os anciãos de Israel estavam sendo expostos à absoluta e perturbadora santidade de Deus. É como se Ele estivesse dizendo: "O pecado prendeu seus corações. E isso os impede de receber a plena revelação que desejo lhes dar. Um pecado que os assedia está lhes roubando a comunhão íntima comigo. Vocês não poderão ser íntimos Meus, enquanto tiverem pecado oculto". Tente visualizar esses homens ao ouvirem essa palavra: * Arão tinha ouvido de Deus: "Vou lhe santificar como sumo-sacerdote. Lhe vestirei de púrpura e de ouro; e lhe porei diante de Israel como exemplo". Porém o coração de Arão estava manchado por inveja de Moisés. Também tinha um traço de personalidade sensual, e temia aos homens mais do que a Deus. * Deus havia dito a Nadabe e a Abiú que lhes revelaria a Sua santidade. Porém estes dois homens estavam endurecidos no vício do adultério. Não tinham um grama do temor de Deus. Agora o Senhor está lhes dizendo: "Sou um Deus de misericórdia. O Meu desejo é que ao entrarem na Minha presença, vocês se permitam ser quebrados". * Deus havia dito aos setenta anciãos que desejava exaltá-los diante do mundo. Porém estes mesmos homens recusavam-se a estar sob qualquer autoridade. Consideravam-se tão dotados e santos quanto Moisés. (Isso seria mais tarde manifesto num levante rebelde.) Mas Deus estava insistindo em levá-los à Sua presença. Ele queria tratar com seu orgulho mortal. Deus Estava Avisando Dando-Lhes um Chamado Misericordioso Estes Escolhidos, Deus desejava tanto usar estes homens. Queria que fossem quebrados, para que pudesse levá-los mais para o alto. Então lhes fez um incrível chamamento de misericórdia, para subirem. Saul recebeu o mesmo tipo de chamado de misericórdia. O coração deste homem estava preso por fortalezas demoníacas. Ele havia marchado a Ramá buscando matar Davi. Mas o Espírito Santo moveu-Se sobre Saul. A noite toda, o rei ficou prostrado na presença de Deus, ferido. Porém nem mesmo essa intervenção misericordiosa e sobrenatural mudou o coração de Saul. Agora os líderes de Israel estavam numa encruzilhada semelhante. Eles estavam a meio caminho da subida ao monte, a meio caminho do toque de Deus, a meio caminho de Sua presença consumidora. "E subiram Moisés, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel...Ele (Deus) não estendeu a mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel" (Êxodo 24:9-11). Note o último versículo: o Senhor não os julgou. Em verdade, tais homens mereciam ser exterminados, devido ao pecado. Mas o único desejo de Deus era redimi-los. A seguir lemos, "Levantou-se Moisés com Josué, seu servidor; e, subindo Moisés ao monte de Deus, disse aos anciãos: Esperai-nos aqui até que voltemos a vós outros" (24:13-14). Os anciãos deveriam permanecer e aguardar o retorno de Moisés. Mas quase imediatamente, seus corações foram atraídos pelo acampamento israelita lá embaixo. Logo não quiseram mais esperar pelo Senhor. Vejo o quadro de Nadabe e Abiú como os primeiros a descer do meio do caminho. Estavam loucos para voltar junto à multidão agitada, entregue aos desejos imorais. Então seguiram a atração da carne. A despeito da aparição de Deus a eles na nuvem escura, a despeito de lhes ter sido permitido comer e beber na Sua presença, eles deixaram aquele lugar intocados. Esses dois homens representam líderes cristãos de hoje que livremente se entregam à luxúria, à pornografia, ao adultério. Estão tão endurecidos pelo pecado, que nada os atinge. Eles rejeitam todo chamado misericordioso do Espírito Santo, toda mensagem que lhes possa convencer trazida por profetas, todo encontro com o próprio Senhor. Eles abortam todas Suas tentativas para livrá-los. Os próximos homens a serem tentados foram Arão e outros líderes piedosos. Um após o outro cochichavam: "Não sabemos o que aconteceu com Moisés. Vai ver que eles nos abandonou". Logo todo o corpo de anciãos repetia essa falação de incredulidade. Esses homens eram pessoas que haviam sido chamadas por Deus à uma vida de oração e comunhão. Mas agora, um a um, saíam de Sua presença intocados. Não se arrependeram e nem se renderam à Sua santidade. Antes, dirigiram-se à religiosidade abominável da carne. Contudo, mais acima sobre o monte, Moisés experimentava o toque de Deus de maneira plena. Como? Ele foi obediente à voz do Senhor. Ele havia seguido Seu chamado para subir: "Disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá" (24:12). Deus estava dizendo em outras palavras: "Venha à Minha presença. Simplesmente permaneça lá para Mim". Por seis dias, Moisés aguardou fora da nuvem de glória. Creio que foi durante estes seis dias que os anciãos foram embora a meio do caminho. Estavam convencidos que Deus não tinha nada mais a lhes dizer. Mas Moisés obedeceu o Senhor aguardando. Então lemos: "Ao sétimo dia, do meio da nuvem chamou o Senhor a Moisés...E Moisés, entrando pelo meio da nuvem... lá permaneceu quarenta dias e quarenta noites" (24:16-18). Moisés recebeu uma incrível revelação de Deus durante estes quarenta dias. E exatamente como Deus chamou Moisés na época, Ele está chamando Seus servos ao monte hoje. O Seu Espírito nos preme a subir à uma dimensão mais elevada e mais profunda nEle, à uma posição que nunca conhecemos antes. Ele está nos chamando à comunhão, à intimidade, a conversar com Ele face a face, como Moisés fez. Em verdade, Deus nos deu o mesmo mandamento para esperarmos nEle: "Tu és o Deus...em quem eu espero todo o dia" (Salmo 25:5). "Os que esperam no Senhor renovam as suas forças" (Isaías 40:31). "Sou o Senhor e...os que esperam em mim não serão envergonhados" (Isaías 49:23). Passagens e mais passagens nos chamam a esperar em Deus. No entanto, quantos de nós rapidamente voltamos aos nossos antigos caminhos? Quantos de nós são puxados pela carne à uma forma morta de religião? O Espírito Santo diz o seguinte ao meu coração: "David, os que esperam na Minha presença, Me alimentam. A adoração silente, a espera para ouvir Minha voz, são o Meu alimento". Tais servos que foram tocados por Deus resolveram: "Vou esperar no Senhor. Não aceitarei nada menor que uma comunhão face à face com Ele. Não importa o quê os outros façam em seu caminhar. Quero que Deus me leve à dimensões nEle onde os outros se recusam a ir". 2. Deus Nos Chama Para Sair. "Ora, Moisés costumava tomar a tenda e armá-la para si, fora, bem longe do arraial; e lhe chamava a tenda da congregação. Todo...que buscava ao Senhor saía à tenda da congregação" (Êxodo 33:7). Esse não se tratava do tabernáculo do deserto; ele não havia sido construído ainda. Antes, esse tabernáculo era a "tenda de reunião". Ele servia como lugar de oração para Moisés quando saía para encontrar-se com o Senhor. Então, por que Moisés o armava longe do arraial? Ele fazia isso porque Israel havia se profanado. Havia rejeitado a autoridade de Deus. Ao invés, voltou-se à prática de todos os tipos de grosseira pecaminosidade: idolatria, sensualidade, adultério, nudismo. Deus finalmente teve de remover Sua presença de Israel. Ele declara: "Não posso andar em meio a um povo profano. Vocês têm dura cerviz, que deve ser destruída. Então, removam todos seus ornamentos e parem de se pavonear. Vou decidir o que fazer com vocês" (v. 33:5). Uma manta de morte pairava sobre o arraial. Deus tinha removido a coluna de fogo, e não se podia encontrar a Sua presença. Igualmente hoje, uma atmosfera de morte paira sobre igrejas de onde Deus removeu Sua presença. Não importa se a congregação canta alto, ou se há um novo método de adoração, ou se o pastor se esforça para trabalhar com a emoção das pessoas. O lugar está morto, desprovido da presença de Deus. Os sermões não têm vida, falta convencimento. E as ovelhas são deixadas famintas e desejosas. Moisés sabia que só a presença de Deus traz vida. Por isso ia à tenda de reuniões continuamente, orando: "Senhor, uma única coisa torna Israel diferente das outras nações: a Tua presença. Sem Ti em nosso meio, não somos melhores do que os ímpios. Não temos forças contra nossos inimigos. Se não tivermos Tua presença, não teremos razão de existir. Podemos parar agora mesmo. Eu não prosseguirei sem Ti". O Senhor diz a Moisés que não voltaria ao arraial profano. Mas concordou em enviar um anjo para guiar Israel: "Vai, pois, agora, e conduze o povo para onde te disse...eis que o meu Anjo irá adiante de ti" (32:34). E então promete: "Enviarei o Anjo adiante de ti; lançarei fora (seus inimigos)...sobe para uma terra que mana leite e mel; (mas) eu não subirei no meio de ti" (33:3). Tive de reler este último versículo várias vezes antes de entender o quê Deus estava dizendo. Em resumo Ele dizia ao Seu povo: "Vão em frente, avancem, façam suas guerras. Vocês derrotarão os inimigos; e obterão as casas, os vinhedos e as propriedades deles. Manterei todas as Minhas promessas; mas a Minha presença não estará com vocês". Essa passagem explica muito do que aconteceu com a igreja de Deus em nossos dias. Uma número incontável de pastores e igrejas tem se movido sem a presença de Deus. Estão construindo enormes igrejas, mostrando elevados números, produzindo riqueza de fundos. Alguns até expulsam demônios ou curam enfermos. Mas o Senhor não está em seu meio. A manifesta presença de Cristo não é encontrada entre eles. Jesus predisse que tais coisas aconteceriam nos últimos dias. Ministros movidos pela carne fariam grandes obras, despreocupados quanto à presença do Senhor com eles. Eles só se preocupam em pagar as contas, e em que milhares de pessoas juntem-se à igreja. Alguns pastores na verdade temem a presença de Deus - eles não permitem que ministros visitantes preguem, com medo de que uma mensagem com convencimento possa afugentar os paroquianos. Deus está dizendo a eles nestas passagens: "Vão em frente; consigam a prosperidade. Mas estejam preparados para que a Minha ira irrompa a qualquer momento. Suas atividades através da carne e a profanação removeram Minha presença de vocês". Um verdadeiro pastor de Deus, contudo, tem uma preocupação primordial: "Será que o Senhor está entre nós? Sua presença está aqui em nosso meio?". Moisés Sabia o que Para Trazer de Volta a Presença de Deus Seria Necessário A presença de Deus não voltará à nenhuma igreja enquanto o ministro e os membros não abandonarem a impureza. Eles devem deixar a luxúria e se separar numa posição de pureza de coração. Israel havia se corrompido totalmente, incluindo Arão e os sacerdotes. Então, Moisés deixou o acampamento e isolou-se com o Senhor. Imediatamente Deus encheu a tenda de reuniões com Sua presença: "Uma vez dentro Moisés da tenda, descia a coluna de nuvem e punha-se à porta da tenda; e o Senhor falava com Moisés...Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo" (Êxodo 33:9-11). Moisés brilha como exemplo do que é preciso para trazer de volta à igreja a manifesta presença de Cristo. Primeiro, o ministro precisa separar-se para Deus e amarrar-se a Ele em intercessão. A seguir um remanescente santo deve seguir o pastor, abandonando o quê é profano. Um espírito de arrependimento penetrará o novo arraial. Logo brotará adoração pura. E as pessoas saberão que o Senhor retornou. Essa é a única maneira de trazer de volta a presença de Deus: recusar-se ficar na sujeira. Alguém poderá dizer: "Mas isso é teologia do Velho Testamento. Não dá pra aplicar isso nos dias do Novo Testamento". Mas Paulo previne claramente: "Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir (profanar) o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sóis vós, é sagrado" (I Cor. 3:16,17). Em resumo, Deus está dizendo: "Remova de si toda a lascívia: pornografia, desejos, adultério. Afaste-se da amargura que cresce dentro de você. Separe-se do profano". Essa conversa de separação pode não soar como cristianismo "normal". Um caminhar normal com Jesus atualmente significa ler um capítulo da Bíblia, orar no caminho para o trabalho, ir à igreja no domingo. Mas, amado, não estamos vivendo em tempor normais. Hoje Deus está convocando o Seu povo para um cristianismo radical. Agora mesmo, milhares e milhares de muçulmanos se alinham suplicando: "Quero morrer por minha fé". Rezam com devoção seis vezes por dia. No entanto, o tempo todo, dezenas de milhares de cristãos nesse país sentam-se preguiçosamente na frente da TV, absorvendo sujeira. Como mencionei antes, a nossa sociedade está sentada no limiar, aguardando mais destruição. Trememos ao pensar nos próximos ataques terroristas. No entanto, a cristandade que o mundo vê é fraca, sem poder, saturada pela carne; uma cristandade que não ora. Vai ser preciso uma infusão sobrenatural da presença de Deus para que Sua igreja volte a viver novamente. E isso significa medidas radicais no meio do Seu povo. Deus não está lhe pedindo para orar seis vezes por dia, ou para jejuar durante semanas seguidas. Ele simplesmente deseja comunhão. O Senhor está pedindo que você O encontre na montanha. Ele quer que você suba, que saia da impureza. O Seu grande desejo é levá-lo de maneira cada vez mais profunda e ampla ao Seu coração. É assim que Ele responde a um mundo em crise. Ele faz com que Seus servos O levem a sério mais do que nunca. E os enche com Sua presença. Então as multidões do mundo verão e saberão que Jesus Cristo é Senhor. --Usado através de permissão concedida por World Challenge, P. O. Box 260, Lindale, TX 75771, USA. Por 27 __________ O Toque de Deus - O Toque Humano - 27 de Maio de 2002 (The Touch of God - The Human Touch) David de maio de Quando o Senhor toca alguém, essa pessoa é levada a se ajoelhar. Ela então se torna íntima de Cristo; e a partir dessa intimidade, recebe nova revelação dos céus. Ela fica ansiosa para trazer ao Espírito Santo aqueles pecados que a assediam, para os mortificar; a sua alma é renovada, e ela entra num lugar de repouso. E começa a ministrar a Cristo com paixão renovada, e amor maior. Mais do que tudo, esse servo a cada dia se torna mais consciente do dia do Juízo que se aproxima. Ele sabe que terá de se pôr diante do trono de Deus e responder a uma grande pergunta: "Como você retratou Cristo a um mundo perdido?". Na verdade, nós todos temos de enfrentar essa pergunta no julgamento: "Como você testemunhou Cristo aos ímpios? Como você O revelou por meio de sua vida e conduta? Como a sua vida O representou?". Esse é o único critério de como seremos julgados naquele dia. Não importa se nos trancamos com Deus como Moisés, se recebemos grandes revelações como Daniel, se fomos santificados como Paulo, ou se pregamos com ousadia como Pedro. Todos serão julgados por esse único padrão: como as nossas vidas expressaram quem é Jesus, e como Ele é? O Espírito San