Líbia reabre portos para exportação de petróleo

Transcrição

Líbia reabre portos para exportação de petróleo
Cleci Leão 12/07/2016 23:55
Líbia reabre portos para exportação de
petróleo
Após o fechamento por a conflitos e ataques, o país retoma lentamente as atividades
portuárias
A Líbia vem negociando a reabertura dos dois maiores portos do país, terceiro no mundo
em movimentação de petróleo, devastado em conflito. Com o apoio das Nações Unidas,
o governo ocidental de Trípoli declarou oficialmente na mídia que vinha negociando com
os grupos armados que detêm o controle dos portos de Ras Lanuf e Es Sider para reiniciar
as exportações a partir dos terminais dos dois portos, cuja capacidade combinada chega a
600.000 barris por dia (bpd).
Os portos haviam sido fechados em 2014 devido a uma disputa entre facções do país,
assim como Zawiya e Zueitina, também importantes para o fluxo comercial da Líbia.
A notícia da reabertura dos portos do lado ocidental chega justamente no momento em
que a companhia nacional de petróleo da Líbia (NOC) chegou a um acordo de fusão com
uma empresa de energia estabelecida pelo governo rival, do lado oriental do país. O
acordo assinado entre as duas entidades no início de julho vai permitir que a NOC retome
o foco na recuperação da indústria petrolífera, devastada em conflitos, de acordo com o
chairman da companhia, Sanalla Ibrahim.
“Recentemente, ouvimos rumores de que os portos de Ajdabiya seriam reabertos. Após a
unificação da NOC, a abertura dos portos e o aumento da produção são nossas prioridades
absolutas”, disse Sanalla em uma entrevista publicada no site da própria empresa.
A produção de petróleo da Líbia caiu para enos de 350.000 bpd por conta do turbilhão
político e dos conflitos bélicos ocorridos no país desde 2011. Antes disso, o país chegava
a 1,6 milhões de bpd.
Ainda no Oriente Médio, o Basra Oil Terminal, ao sul do Iraque, está retomando suas
operações, suspendidas no fim de semana após o vazamento de um duto. Esperam-se
atrasos de até 11 dias para atracação no terminal, como resultado do vazamento, mesmo
não tendo sido afetado o carregamento de petróleo bruto nos pontos únicos de atracação.