JOGOS EDUCAÇÃO INFANTIL

Transcrição

JOGOS EDUCAÇÃO INFANTIL
ESCOLA SUPERIOR DE ENSINO ANÍSIO TEIXEIRA
PEDAGOGIA
KATIUCE LUCIO RIBEIRO
SELMA PEREIRA DE SOUZA
JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
SERRA
2011
1
KATIUCE LUCIO RIBEIRO
SELMA PEREIRA DE SOUZA
JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada ao Programa de Graduação em
Pedagogia da Escola de Superior de Ensino Anísio
Teixeira, como requisito parcial para a obtenção do grau
de Licenciatura em Pedagogia.
Orientadora: Vânia Rosa Rodrigues
SERRA
2011
2
Ribeiro, Katiuce Lucio
Jogos na Educação Infantil. / Katiuce Lucio Ribeiro, Selma Pereira de Souza. -Serra: Escola Superior de Ensino Anísio Teixeira, 2011.
45f. : enc.
Orientadora: Vânia Rosa Rodrigues
Trabalho de conclusão de curso (Pedagogia) Escola Superior de Ensino Anísio
Teixeira 2011.
1. Introdução 2. Metodologia 3. Referencial teórico I. Definições E História Dos
Jogos II. O Que Pensam Os Teóricos Sobre Os Jogos III. Os Jogos No Desenvolvimento
E Na Formação Da Criança IV. O Papel Do Professor Na Mediação Dos Jogos Na
Educação Infantil. Escola Superior de Ensino Anísio Teixeira.
3
KATIUCE LUCIO RIBEIRO
SELMA PEREIRA DE SOUZA
JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada ao Programa de Graduação em Pedagogia da Escola Superior de Ensino
Anísio Teixeira, como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia.
Aprovada em ____ de ______________ de 20___
COMISSÃO EXAMINADORA
_________________________________________________
Profº Vânia Rosa Rodrigues
Escola Superior de Ensino Anísio Teixeira
Orientador
_________________________________________________
Profº Geruza Ney Alvarenga
Escola Superior de Ensino Anísio Teixeira
_________________________________________________
Profº Rita de Cássia M. Barbosa
Escola Superior de Ensino Anísio Teixeira
4
Dedicamos este Trabalho de Conclusão
de Curso aos nossos familiares e amigos
que acreditaram no nosso sucesso.
5
Agradecemos primeiramente a Deus por
ter guiado os nossos passos durante toda
esta jornada. Aos nossos pais, irmãos e
esposo pelo carinho, pela compreensão,
por ter acreditado em nós. A orientadora
Vânia pela paciência. Aos professores que
contribuíram para nosso conhecimento.
6
“Educai as crianças, para que não seja
necessário punir os adultos”.
Pitágoras
7
RESUMO
Esta pesquisa pretende analisar os jogos infantis à luz de um arcabouço teórico em
que está proposta a temática evidenciada. Trata-se de um estudo para melhor
compreendê-los e contribuir para o processo de desenvolvimento da criança na
educação. Foi constatada a possibilidade de trabalhar a interdisciplinaridade através
do lúdico reafirmando o pensamento dos pesquisadores. E é através deste
mecanismo que a criança pode aprimorar suas habilidades manuais e motoras. A
ludicidade é considerada como parte de um processo de ensino, no qual há uma
integração social, cultural e cognitiva no contexto escolar. Os autores apontam para
situações que comprovam que os jogos podem ser explorados para tornar a
aprendizagem mais prazerosa ressaltando assim, a importância das atividades
recreativas como rica fonte de aprendizagem no âmbito educacional.
Palavras-chaves: Jogo, Criança e Aprendizagem.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................9
2. METODOLOGIA...............................................................................................11
3. REFERÊNCIAL TEÓRICO.............................................................................12
CAP.I. DEFINIÇÃO E HISTÓRIA DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL................................................................................................................12
CAP.II. O QUE PENSAM OS TEÓRICOS SOBRE OS
JOGOS?..................................................................................................................19
2.1 A TEORIA DE HENRI WALLON..........................................................................19
2.2 A TEORIA DE VYGOSTSKY................................................................................21
2.3 A TEORIA DE JOHAN HUIZINGA.......................................................................23
2.4 A TEORIA DE PIAGET.........................................................................................23
2.5 A TEORIA DE KISHIMOTO..................................................................................24
2.6 A TEORIA DE ADRIANA FRIEDMANN...............................................................25
CAP.III. OS JOGOS NO DESENVOLVIMENTO E NA FORMAÇÃO DA
CRIANÇA................................................................................................................27
CAP.IV. O PAPEL DO PROFESSOR NA MEDIAÇÃO DOS JOGOS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL.......................................................................................34
4.1. Professor ou “Tia.”...............................................................................................41
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................43
5.REFERÊNCIAS..................................................................................................44
5.1 BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................44
5.2 WEBGRAFIA........................................................................................................45
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1. INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como propósito apresentar a importância dos jogos para o
desenvolvimento da criança na Educação Infantil. A escola deve oferecer à criança
as condições necessárias para seu próprio desenvolvimento, ou seja, proporcionar
ambientes adequados e profissionais capacitados para exercer também a função de
ludicidade.
O lúdico não pode ser considerado um elemento estranho no aprendizado da
criança, ele deve ser apreciado como um elemento importante, pois contribui para
seu melhor desenvolvimento. O jogo tem duas visões diferentes: primeiro, o jogo é
visto como algo que é positivo e real, e na outra visão é visto como desnecessário e
inútil.
No entanto não devemos separar a ludicidade dos meios de ensino, pois os dois
elementos devem unir-se um a outro para que se obtenha a concretização do
aprendizado. Cabe evidenciar também que é direito da criança brincar, praticar
esportes, diverti-se. Tal direito esta contemplado na lei 8069/90, em seu artigo 16,
inciso IV.
A escolha deste tema foi baseada através das observações feitas nos estágios de
educação infantil, em turmas de 03 a 05 anos tendo em vista que é nesta fase que a
criança tem toda a base de seu aprendizado. Pois o educador deve observar o
desenvolvimento da criança em todos os aspectos, seja ele psicológico, social,
emocional e físico-motor.
Identificamos que o jogo não é somente um divertimento ou uma recreação, é
necessário justificar seu uso dentro da sala de aula, pois muitas crianças aprendem
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mais por meio dos jogos em grupo do que em lições e exercícios individuais.
Friedmann, (1996) afirma que “o jogo é a atividade essencial das crianças e seria
interessante que contribuísse um dos enfoques básicos para o desenvolvimento dos
programas pré-escolares.”
Neste sentido, preocupamo-nos com o ensino do lúdico na educação infantil e
apresentaremos nesta pesquisa que proporcionar esse tipo de atividade pode ser
uma boa opção para se propagar conhecimento.
Desta
forma,
buscou-se
compreender
e
diagnosticar
a
possibilidade
do
desenvolvimento da criança através desse meio, para isso no capítulo I foi abordado
a sua definição e contemplado um pouco de sua história desde o século XIX. No
capítulo II, os pensamentos dos grandes teóricos como Wallon, Vygostsky, Huizinga,
Piaget, Kishimoto, Brougère, Friedmann, são o foco de estudo.
No capítulo III foram analisados os jogos como um elemento fundamental no
desenvolvimento e na formação da criança e por último, no capítulo IV foi observado
o papel do educador como mediador dos jogos na educação infantil.
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2. METODOLOGIA
Esta pesquisa utilizou análise de fontes bibliográficas, levantamentos de dados
através de alguns autores, acervos educacionais e sites, especializados no assunto.
Após a seleção desses materiais demos inicio ao desenvolvimento do trabalho.
Através deste estudo, estruturaram informações valiosas para o desenvolvimento
das crianças no ambiente escolar. Está evidenciada nesta pesquisa a importância
dos jogos na visão de autores que são: PIAGET, VYGOTSK, KISHMOTO e outros,
tiveram também como foco a importância dos jogos na educação infantil.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO
CAP. I: DEFINIÇÕES E HISTÓRIA DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Tudo o que se ensina a uma criança, a criança
não pode mais, ela mesma, descobrir ou
inventar. (J.Piaget)
Neste capítulo vamos abordar as definições dos jogos voltados para a educação
infantil em suas diversas formas e contextualizando um pouco sobre a sua história.
Pois é nesta fase que consiste a introdução da criança antes da sua entrada no
ensino obrigatório. Cabe salientar que a idade dessas crianças vai de zero a seis
anos.
Durante esse período a relação ensino/escola consiste basicamente em atividades
lúdicas e jogos, pois é aqui que elas irão desenvolver as suas capacidades
cognitivas e motoras, fazendo as descobertas do mundo em que vivem para então
dar início ao processo de alfabetização.
A definição de jogo segundo o dicionário Houaiss, (2003 p.400);
1 – agitação: movimento, oscilação; 2 – aposta: lance, mão, parada, partida;
3 – ardil: astúcia, 4 – balanço: oscilação; 5 – brincadeira: folguedo, folia,
reinação; 6 – coleção: conjunto; 7 – combate: certame, luta, peleja, pugna; 8
– diversão: divertimento; 9 – escárnio: grocejo, motejo, troça, zombaria; 10
– funcionamento: movimento; 11 – inconstância: capricho, instabilidade,
irregularidade, variabilidade, volubilidade, constância, evariabilidade,
regularidade; 12 – joguete: ludibrio; 13 – manejo: manobra, manuseio; 14 –
movimento: destreza, habilidade, mobilidade; 15 – partida: certame,
competição, espetáculo, peleja, jogo de cartas: carteado.
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A palavra jogo apresenta muitas facetas, destacamos a brincadeira, a diversão e a
competição, pois são partes de interesse no que se refere à educação infantil.
Segundo Kischimoto (1997, p.13) “tentar definir o jogo não é tarefa fácil”, pois é
possível sua interpretação de diversas formas como, por exemplo, brincar de
“mamãe e filhinha”, jogar bola, brincar na areia, construir um barquinho. Entretanto,
cada jogo tem suas particularidades, no exemplo citado de brincar de “mamãe e
filhinha” usa se a imaginação da criança este se diferencia do jogo de futebol no qual
há regras a serem cumpridas, que também se torna diferente do brincar na areia, no
qual esta brincadeira o prazer de manipulação de objetos que satisfaz a criança. Por
sua vez todas elas se diferem da construção de um barquinho, pois há a exigência
de um modelo mental e destreza manual para executar atividade.
De acordo com Adriana Friedmann:
[...] acredito no jogo como uma atividade dinâmica, que se transforma de um
contexto para outro, de um grupo para outro: daí a sua riqueza. Essa
qualidade de transformação dos contextos das brincadeiras não pode ser
ignorada. (1996, P.20)
Friedmann, em seu texto, diz que não se tem uma teoria completa sobre o jogo,
como foi citado acima há varias formas e afirma ainda que é muito difícil esgotar este
assunto, uma vez que cada educador deve ter sua maneira de proceder em cada
situação, Ressalta-se que ao usar o jogo na educação infantil é muito importante
destacar sua qualidade, tendo em seus dobramentos para o processo de ensino e
aprendizagem.
Conforme o autor:
14
Há jogo a partir do momento em que a criança aprende a designar algo
como jogo; ela não chega a isso sozinha. Ter consciência de jogar resulta
de uma aprendizagem linguística advinda dos contextos da criança desde
as primeiras semanas de sua existência. (BROUGERE, 1998, p.18)
Para o autor a criança obtém os seus conhecimentos de acordo com o tempo, ela
não entende o que é jogo por si próprio. É necessário que ela compreenda o que é
jogar, e essa compreensão se dá por meio de um mediador que estará transmitindo
as formas de como executar as atividades de acordo com as regras estabelecidas
pelo jogo. Porém independentemente das regras e das suas particularidades a
palavra jogo não perde a sua denominação, quando pronunciada a palavra sua
referência trata-se do jogo em si e não nas suas particularidades.
Kischimoto, (1997) traz uma coletânea com diversos artigos e um alerta para os
educadores, para que eles possam descobrir a verdadeira importância do jogo na
educação infantil. A autora atenta para que os professores não venham ver o jogo
como um mero momento de distração, pois a educação infantil oferece muito mais
do que um mundo de sonhos e imaginação. É neste momento do jogo que a criança
absorve o máximo de informações.
Para Araújo:
O jogo toma um aspecto muito significativo no momento em que ele se
desvincula de ser meio para atingir a um fim qualquer. Revendo a história
do jogo, certificamo-nos de que sua importância foi percebida em todos os
tempos, principalmente quando se apresentava com fator essencial na
construção da personalidade da criança. (1992 p.13).
Para o autor o jogo educativo só passa a ter significado a partir do momento que se
tenha um objetivo ou um alvo a ser atingido, através dessa idéia passará a não ser
uma brincadeira e sim uma atividade que contribuirá com o desenvolvimento
intelectual da criança.
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Os jogos educativos são aqueles que contribuem para formação das crianças e
geralmente são direcionados para a educação infantil. São divididos em dois grupos:
os de enredo e os de regras. Os primeiros são chamados de jogo imaginativo como,
por exemplo, as fábulas; essa modalidade estimula o desenvolvimento cognitivo e
afetivo-social da criança, pois elas vivenciam o comportamento do adulto. Quanto o
segundo pode-se citar o jogo de dominó; neste a imaginação esta limitada, pois são
as normas que norteiam o jogo, exigindo atenção para o seu desenvolvimento.
Friedmann, (1996) contempla em seu livro a história dos jogos desde o final do
século XIX, onde neste período se iniciou os estudos, o psicólogo americano Stantey
Hall, foi primeiro a defender a idéia de jogos infantis, segundo ele é na infância que a
criança recapitula a experiência passada, para que desse modo possam preparar
para o futuro.
No final do XIX e começo do século XX, foi ressaltado a necessidade de se cuidar
dos “costumes” infantis e os acervos lúdicos eram tratados como tesouros. Desta
forma os materiais eram considerados como documentos intocáveis, distanciando-se
da idéia de que os jogos infantis não são acessíveis a todos e a dinâmica é uma das
características fundamentais neste período.
Para Friedmann:
É notória a quantidade e, sobretudo, a qualidade dos estudos realizados
nessa área cultural e da personalidade: os avanços para a compreensão da
dinâmica do jogo infantil foram muito significativos, e essa linha de
pensamento leva à compreensão contextual da atividade lúdica. (1996, p.
22)
Para a autora são muitos os registros sobre os estudos dos jogos e que a qualidade
destes estudos são satisfatórios no que se refere a evolução dos mesmos.
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Nas décadas de 1930 a 1950, os jogos infantis foram descuidados em relação ao
período anterior, neste momento a atenção esta voltada para os jogos de adultos.
De 1920 até a década de 1960, o jogo era visto como meio de se diagnosticar o
comportamento das crianças e adultos, entre 1960 e 1970 Roberts e Sutton-Smith
realizaram uma analise dos jogos reconhecendo que os mesmos se manifestam de
maneiras diferentes dependendo da personalidade e da cultura que se é aplicado.
Na década de 1950 a 1970 foi destacada a importância da existência de
comunicação no jogo. Garvey e Bernaott (1975) fizeram um estudo sobre a
comunicação no jogo e enumerando os vários tipos de comunicação.
No começo da década de 1950, Piaget, realizou estudos sobre o jogo visando a sua
importância, evidenciando a relação entre compreensão e aprendizagem. Huizinga
(1938) estabeleceu que o jogo apresenta duas faces. Uma em que determinado
momento é tido como atividade não - seria, ou seja, livre e em outro momento é tido
como seria, onde exige da criança certa disciplina para desenvolver as atividades.
Na década de 1970 em diante foram abordados vários estudos destacando os jogos
como meio de definir o comportamento da criança na educação infantil. Buscava-se
compreender como ela pensa, cria e se comporta diante de uma situação. Essa
análise comportamental era obtida através do jogo, uma vez que a criança era
submetida às regras dos mecanismos lúdicos.
No decorrer da história os jogos educacionais têm sido valorizados na educação
infantil, pois é a partir deste contexto que o jogo voltado para a criança passa por
mudanças tornando-se cada vez mais presente na escola. Assim, esta ligação
começou a ter mais sentido de acordo com os projetos desenvolvidos por
professores e pedagogos.
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Todavia, em todos os tempos o jogo foi visto como algo primordial no
desenvolvimento do educando acompanhando a evolução das novas tecnologias e
dos novos recursos que estão sendo disponibilizados. Os meios de aprender
insinuam-se de varias formas e de diferentes linhas pedagógicas, fato que permitiu a
escola ampliar suas perspectivas de ensino.
Os jogos tradicionais são frutos de romances, contos, ritos religiosos e místicos
esquecidos pelo mundo adulto. Na sociedade em que vivemos os jogos infantis
“tradicionais” estão desaparecendo devido à grande influência dos jogos eletrônicos.
Há inúmeros estudos que mostram a importância dos jogos na educação,
principalmente na educação infantil. Como já foi abordado anteriormente é através
do jogo que a criança consegue construir o seu próprio conhecimento.
Os jogos até a chegada da tecnologia eram realizados nas ruas dos bairros,
apresentando-se sob a forma de futebol, vôlei e bolinhas de gude entre outros.
Atualmente as ruas estão vazias e as crianças trancadas em seu quarto brincando
no computador, neste sentido há a perda da socialização da criança com meio em
que vive.
Os jogos por sua vez possuem várias áreas de interesses no que se referem ao
conhecimento humano, estas são divididas em quatros partes, onde o primeiro é o
antropológico, pois estudam os seus significados e seus contextos. O segundo é o
sociológico, e é nesta área que o jogo trás sentido ao tema desta pesquisa, portanto
é aqui que se estudam as conseqüências da sua utilização.
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O terceiro é o tecnológico que se refere às tecnologias utilizadas nos jogos. Há
também profissionais como: designer de jogos, pessoa que planeja como criá-los. O
quarto é o comercial onde os jogos são comercializados.
No capítulo seguinte discutiremos as abordagens dos grandes teóricos, onde iremos
saber como, Piaget, Vygosky e entre outros que realizaram pesquisas sobre o
assunto em foco.
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CAP. II: O QUE PENSAM OS TEÓRICOS SOBRE OS JOGOS?
Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as
regras próprias da brincadeira, executando,
imaginariamente, tarefas para as quais ainda
não está apta ou não sente como agradáveis
na realidade.
(Vygotsky)
Neste capítulo serão abordadas as teorias de pesquisadores que observaram os
estágios da criança na educação infantil e a importância do seu desenvolvimento
nesta fase, pois é através do lúdico que a criança realiza uma aprendizagem
significativa. Seja com jogos, brinquedos ou brincadeiras dentre essas atividades vai
esta possibilitando uma relação entre as coisas e as pessoas. E ao se relacionar a
criança constrói o seu próprio conhecimento baseado naquilo que percebe do
mundo, tanto nos aspectos sociais, culturais e familiares. Propiciando o seu
desenvolvimento cognitivo, social e emocional.
2.1. A teoria de Henri Wallon
Ao logo de toda sua vida, ele se dedicou na realização de pesquisas para conhecer
a infância e os caminhos da inteligência, mostrou que a criança não é apenas
cabeça, mas comprova também a existência de um corpo e emoções em sala de
aula.
Para brincar existe um acordo sobre as regras ou uma construção de regras que são
produzidas à medida que se desenvolve a brincadeira e sendo desfeita quando não
é bem aceita pelos participantes.
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Wallon destaca que:
O adulto batizou de brincadeira todos os comportamentos de descoberta da
criança. Os adultos brincam com as crianças e é ele inicialmente o
brinquedo, o expectador ativo e depois o real parceiro. Ela aprende, a
compreender, dominar e depois produzir uma situação específica distinta de
outras situações. (2004.p.98)
Toda a descoberta da criança se dá através da evolução mediante ao seu
comportamento superando a fase de expectador, para ser tornado um parceiro ativo
do adulto.
Para Vygotsky (1978) e Wallon (1977), o desenvolvimento se da através da
formação da criança, que e objetivado pelo ambiente físico e social esse
conhecimento é compreendido como um processo interrompido, sem limites claros.
Wallon entende por pessoa o “ser total, físico-psíquico e tal com ele se manifesta
pelo conjunto do seu comportamento” (Wallon, 1975, p.131). Ela irá se formar ao
logo do processo de desenvolvimento, sofrendo acentuadas transformações em sua
evolução. Sua configuração, porém, só se torna possível mediante um processo no
qual a criança faz a dissociação do seu eu do “poder de diferenciação, de crítica e
de análise, que é afetivo, mas intelectual” (Wallon, 1979, p.139).
Toda criança tem um determinado tempo para se desenvolver. Depende somente da
idade e do ambiente em que ela esteja para conquista de cada fase, uns alcança
essa transformação antes da idade prevista e outras no tempo determinando.
Neste sentido Piaget-Inhelder, afirma que:
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[...] a criança não consegue, como nós, satisfazer as necessidades afetivas
e até intelectual do seu eu nessas adaptações, as quais, para os adultos,
são mais ou menos completas mais, que permanecem para ela tanto mais
inacabadas quanto mais jovens for. É, portanto, indispensável ao seu
equilíbrio afetivo e intelectual que possa dispor de um setor de atividade
cuja motivação não seja a adaptação ao real senão, pelo contrário, a
assimilação do real ao eu, sem coações nem sanções ”... (Piaget- Inhelder,
1980, p.53)
O que Piaget – Inhelder quer dizer que a criança não tem a mesma capacidade de
entender a atividade como um adulto, pois ela não consegue satisfazer as suas
emoções do seu eu somente com adaptação. Quanto mais jovem ela for, mais difícil
será a sua assimilação do seu eu.
2.2. A teoria de Vygotsky
Vygostsky se aprofundou nas investigações no campo da psicologia, sobre
educação de deficiente. Foi um pensador pioneiro na noção de que o
desenvolvimento intelectual que ocorre em função das interações sociais e nas
condições de vida do individuo.
Friedmann relata sobre o pensamento de Vygostsky:
[...] o correto conhecimento da realidade não é possível se certo elemento
de imaginação, sem o distanciamento da realidade, das impressões
individuais imediatas, concretas, que representam esta realidade nas ações
elementares da nossa consciência (1996, p. 127).
22
O conhecimento da realidade da criança não é de imediato advindo da experiência,
é um estágio complexo, pois a imagens edificadas pela imaginação que se articulam
uma a outra, por sua vez, uma depende da outra para possibilitar a criança a
compreender sua própria realidade.
Kishimoto relata sobre o pensamento segundo Vygostsky:
[...] Vygostsky chama atenção para o fato de que, para a criança com
menos de 3 anos, o brinquedo é coisa muito séria, pois ela não separa a
situação imaginária da real. Já na idade escolar, o brincar torna-se uma
forma de atividade mais limitada que preenche um papel específico em seu
desenvolvimento, tendo um significado diferente do que tem para uma
criança em idade pré - escolar. (1997. P.62.)
De acordo com o autor a criança com menos de três anos ela não tem a capacidade
separa a realidade da imaginação, onde toda brincadeira se torna séria. Mas na
idade escolar o desenvolvimento se torna significativo, pois ela cria uma relação
entre o significado e a percepção visual, ou seja, entre o pensamento e a situação
real. As necessidades das crianças e os incentivos não devem ser ignorados porque
eles são eficazes para colocá-los em ação fazendo-nos entender seus avanços de
estágios de um desenvolvimento a outro.
Vygostsky diz que:
Assim, o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da criança.
No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento
habitual de sua idade, além de ser comportamento diário. No brinquedo é
como, se ela fosse maior do que é na realidade. (Vygotsky, 1998, p. 134).
Para Vygostsky, o comportamento da criança ao brinca é diferente ela se comporta
como se tivesse idade além do normal. O brinquedo proporciona uma realidade irreal
23
ou fantasia que e reproduzida através da vida do adulto da qual ela ainda não pode
participa ativamente. Deste modo, quanto mais rica for á experiência, maior será o
material disponível para imaginação.
2.3. A teoria de Johan Huizinga
Johan Huizinga, em 1872 a 1945 foi professor e historiador da Holanda, conhecido
por seus trabalhos sobre a baixa idade média, a reforma e o renascimento. Definia o
jogo como uma brincadeira voluntária desenvolvida denta de determinados limites de
tempo e espaço, com regras aceitas, mas ao mesmo tempo ser tornava obrigatória,
dotada de sentimento, dando ao entende conscientemente diferente do dia a dia.
De acordo com Huizinga os jogos fazem parte de todas as fases do individuo não
tendo um determinado tempo, seja criança ou adulto ambas tem alguns ponto iguais
no funcionamento dos jogos como, por exemplo: espaço definidos para os jogadores
é como se fosse um campo de batalha, onde os competidores agem de acordo com
as regras.
2.4. A teoria de Piaget
Conhecido principalmente por organizar o desenvolvimento cognitivo numa série de
estágios que se divide em quatro estágios.
[...] conseqüentemente, os períodos de desenvolvimento estão
funcionalmente relacionado e fazem parte de um processo continuo. As
faixas etárias para cada período são idades médias nas quais as crianças
geralmente demonstram as características de pensamento de período.
(Piaget, 1987 p.12).
24
O processo do desenvolvimento é continuo de acordo com os períodos realizados
por etapas que se inicia desde o nascimento. E cada etapa vencida através da
evolução adquirida pela criança de um estágio para outro.
Para Piaget (1978), lúdicidade é manifestação do desenvolvimento da inteligência
que esta ligada aos estágios do desenvolvimento cognitivos. Cada etapa está
relacionada a um tipo de atividade lúdica que se sucede da mesma maneira para
todos os indivíduos.
2.5. A teoria de Kishimoto
Kishimoto atuou como docente e pesquisadora na área de educação infantil,
coordenadora do laboratório de brinquedos e materiais pedagógicos.
Segundo Kishimoto (1994), o jogo, vincula se ao sonho, á imaginação, ao
pensamento e ao símbolo. É uma proposta para a educação de criança (e
educadores de crianças) com base no jogo e nas linguagens artísticas. A concepção
de Kishimoto sobre o homem com ser símbolo, que se constrói coletivamente e cuja
capacidade de pensar esta ligada á capacidade de sonhar, imaginar e jogar com a
realidade é fundamental para propor uma nova “pedagogia da criança.” Kishimoto vê
o jogar como gênero da “metáfora” humana. Ou, talvez, aquilo que nos torna
realmente humanos.
Para Kishimoto:
O uso do brinquedo/jogo educativo com fins pedagógicos remete-nos para a
relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de
25
desenvolvimento infantil. Se considerarmos que a criança pré-escolar
aprende de modo intuitivo adquire noções espontâneas, em processos
interativos, envolvendo o ser humano inteiro com cognições, afetivas, corpo
e interações sociais, o brinquedo desempenha um papel de grande
relevância para desenvolvê-la. (1997. p.36).
Kishimoto neste texto mostra que a brincadeira/jogo é instrumento de grande
importância para aprendizagem no desenvolvimento infantil, pois se a criança
aprende de maneira espontânea, o brinquedo passa a ter significado crucial na
formação e na aprendizagem.
2.6. A teoria de Adriana Fridmann
Adriana Friedmannn é doutorada em antropologia pela PUC/SP, mestre em
metodologia do ensino pela Unicamp e pedagoga pela USP. Autora de vários livros
relacionados com o universo da criança e do brincar.
Para Friedmann:
Quando se afirma que este tem a ver com as tradições popular não se
pode cair na idéia de que este seja “sobrevivência intocada”, que somente
foi criativo e dinâmico no lugar e no grupo onde originou: em qualquer
cultura, tudo é movimento. O ser humano faz, refaz, inova, recupera,
retomo o antigo e a tradição inova novamente, incorporando o velho no
novo e transforma um como poder do outro. (1996. P. 40).
A autora fala sobre os jogos tradicional popular que não são intocáveis mais que
poder se modificando pelo homem, através da sua criatividade buscando inova os
jogos sem perder a sua essência, incorporando o velho no novo. Esse processo de
modificação se tem através das transformações dos individuo que está relacionado
com o ambiente se vive.
26
No próximo capítulo serão desenvolvidas as fases, períodos e estágios da criança
em seu desenvolvimento segundo alguns autores.
27
CAP. III: OS JOGOS NO DESENVOLVIMENTO E NA FORMAÇÃO DA
CRIANÇA
...a atividade lúdica é o berço obrigatório das
atividades intelectuais da criança sendo por
isso, indispensável à prática educativa.
(J.Piaget)
Neste capítulo foi abordado o desenvolvimento educacional da criança através da
ludicidade. Contempla um pouco sobre as concepções de desenvolvimento segundo
Piaget e abordaremos também os objetivos do RCNEI – Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil.
Na educação infantil é muito importante ressaltar que as crianças aprendem por
meio da experiência com os objetos, as diversas experiências com as situações,
sem se esquecer que os prêmios e os castigos contribuem para o aprendizado da
criança.
Elas também aprendem por meio de imitações, lembramos que a criança repete
muitas coisas que os adultos fazem e por fim a aprendizagem ocorre por meio da
criação de andaimes e a aprendizagem compartilhada.
Friedmann (1996, p. 56), afirma que é necessário dar atenção especial ao jogo, pois
as crianças têm o prazer de realizar tarefas através da ludicidade. E quando isto a
acontece vivência o mundo imaginário e assim se afasta da sua vida habitual.
28
O brincar na escola é diferente do brincar em outro lugar, a brincadeira na escola
tem como finalidade o aprendizado da criança envolvendo assim toda a equipe
pedagógica.
Para melhor compreendermos os períodos do desenvolvimento cognitivo da criança,
Wadsworth, (1971) criou uma tabela segundo Piaget.
TABELA 1- Resumo dos Períodos do Desenvolvimento Cognitivo
Período
Características do Período
Sensório-motor
(0-2 anos)
Estágio 1
(0-1 mês)
Estágio 2
(1-4 meses)
Estágio 3
(4-8 meses)
Estágio 4
(8-12 meses)
Estágio 5
(12-18 meses)
Estágio 6
(18-24 meses)
Somente atividade reflexa; não faz
diferenciação
Coordenação mão-boca;
diferenciação via reflexo de sucção
Coordenação mão-olhos; repete
acontecimentos pouco comuns
Coordenação de dois esquemas;
atinge a permanência dos objetos
Novos meios através da
experimentação – segue
deslocamentos seqüenciais
Representação interna; novos meios
de combinações mentais
Pré-operacional
(2-7 anos)
Estágio
egocêntrico
(2-4 anos)
Estágio intuitivo
(5-7 anos)
Operacional
concreto
Problemas solucionados através da
representação – desenvolvimento
da linguagem (2-4 anos); tanto o
pensamento quanto a linguagem
são egocêntricos
Não consegue resolver problemas
de conservação; os julgamentos são
baseados na percepção e não na
lógica
Atinge a fase da reversibilidade;
consegue solucionar os problemas
Principal Mudança
do Período
O desenvolvimento
ocorre a partir da
atividade reflexa
para a
representação e
soluções sensóriomotoras dos
problemas
O desenvolvimento
ocorre a partir da
representação
sensório-motora
para as soluções de
problemas e o
pensamento prélógico
O desenvolvimento
ocorre a partir do
29
(7-11 anos)
Operações
formais
(11-15 anos)
de conservação – operações lógicas
desenvolvidas e aplicadas a
problemas concretos; não consegue
solucionar problemas verbais
complexos
Soluciona com lógica todos os tipos
de problemas – pensa
cientificamente; soluciona
problemas verbais complexos; as
estruturas cognitivas amadurecem
pensamento prélógico para as
soluções lógicas de
problemas
concretos
O desenvolvimento
o corre a partir de
soluções lógicas
para os problemas
concretos, para as
soluções lógicas de
classes de
problemas
FONTE: Adaptado de B. Wadsworth, Piaget’s Theory of Cognitive Development (Nova York: David
McKay, 1971)
O período que vamos destacar nesta pesquisa é o pré-operacional. Nesta fase
existem três características: egocentrismo, centralização e animismo. E essas três
fases definem o comportamento de cada criança em seu desenvolvimento. A
primeira característica é representada quando todo o interesse é voltado para si
mesmo, na segunda ela ambiciona ser o centro de todas as atenções e por fim, a
idéia de dar alma as coisas inanimadas.
Pode-se considerar o desenvolvimento mais complexo, pois tem vários sentidos,
seja ele na linguagem que é uma representação verbal, na afetividade como a
criança se interage com os seus colegas, no físico-motor que por sua vez está
relacionado com a psicomotricidade, e por fim a moral – onde ela expressa os seus
bons costumes diante de todos.
Friedmann contempla as três formas de jogo de acordo com a teoria de Piaget, tais
formas são baseadas nas estruturas mentais, a primeira forma é o:
30
Jogos de Exercício Sensorimotor - Caracterizam a etapa que vai do
nascimento até o aparecimento da linguagem, apesar de reaparecerem
durante toda a infância O jogo surge primeiro, sob a forma de exercícios
simples cuja finalidade é o próprio prazer do funcionamento. Esses
exercícios caracterizam-se pela repetição de gestos e de movimentos
simples e têm valor exploratório. Dentro desta categoria podemos destacar
os seguintes jogos: sonoro, visual, tátil, olfativo, gustativo, motor e de
manipulação. (1995, p. 56)
Para exemplificar os jogos de exercício sensórios motores que são trabalhados na
educação infantil citarão as músicas como meio de estimular a audição, as mini
bolas para o tato, as refeições para o paladar e as brincadeiras com as bolas
grandes para aprimorar o desenvolvimento físico-motor.
Segundo Friedmann (1995, p. 56) a segunda forma é o:
Jogo Simbólico - Entre os dois e os seis anos a tendência lúdica
predominante se manifesta sob a forma de jogo simbólico. Nesta categoria o
jogo pode ser de ficção ou de imitação, tanta no que diz respeito à
transformação de objetos quanto ao desempenho de papéis. A função d
jogo simbólico consiste em assimilar a realidade. É através do faz-de-conta
que a criança realiza sonhos e fantasias, revela conflitos interiores, medos e
angústias, aliviando tensões e frustrações. O jogo simbólico é também um
meio de auto-expressão: ao reproduzir os diferentes papéis (de pai, mãe,
professor, aluno etc.), a criança imita situações da vida real. Nele, aquele
que brinca dá novos significados aos objetos, às pessoas, às ações, aos
fatos etc., inspirando-se em semelhanças mais ou menos fiéis às
representadas. Dentro dessa categoria destacam-se os jogos de faz-deconta, de papéis e de representação (estas denominações variam de um
autor para outro).
O teatro, os contos, as fabula são elementos para se trabalhar os jogos simbólicos,
pois é nesta fase a criança exterioriza todos os seus sentimentos, elas imitam as
situações que são vivenciadas no seu dia-a-dia. A imaginação é fundamental para a
realização destes jogos.
Para a autora Adriana Friedmann a terceira forma é o:
31
Jogos de Regras - Começam a se manifestar entre os quatro e sete anos e
se desenvolvem entre os sete e os doze anos. Aos sete anos a criança
deixa o jogo egocêntrico, substituindo-o por uma atividade mais socializada
onde as regras têm uma aplicação efetiva e na qual as relações de
cooperação entre os jogadores são fundamentais. No adulto, o jogo de
regras subsiste e se desenvolve durante toda a vida por ser a atividade
lúdica do ser socializado. Há dois casos de regras:
- regras transmitidas - nos jogos que se tomam institucionais, diferentes
realidades sociais, se impõem por pressão de sucessivas gerações (jogo
de bolinha de gude, por exemplo);
- regras espontâneas - vêm da socialização dos jogos de exercício simples
ou dos jogos simbólicos. São jogos de regras de natureza contratual e
momentânea. Os jogos de regras são combinações sensorimotoras
(corridas, jogos de bola) ou intelectuais (cartas, xadrez) com competição
dos indivíduos e regulamentados por um código transmitido de geração a
geração, ou por acordos momentâneos. (1995, p. 56)
Neste jogo as crianças têm regras a serem cumpridas, onde precisam se interagir
umas com as outras. É preciso que suceda o entendimento e o comprometimento de
ambas às partes para então executar o jogo. Desta forma os exemplos para estes
jogos são: futebol, xadrez e etc.
O jogo contribui para o desenvolvimento da criança principalmente na educação
infantil, onde é dada a oportunidade de manuseio com objetos em um ambiente
favorável para o seu aprendizado e com isso ela retém o conhecimento.
É fundamental acreditarmos no jogo como elemento importante no que diz respeito
ao aprendizado e que é essencial obter conhecimentos sobre as atividades lúdicas
no que se refere à educação infantil, pois através dessas atividades a criança autoexpressa. Observar o desenvolvimento nesta fase vai muito além de um simples
relatório, é analisar cada gesto de forma crítica para tentar entender cada criança.
32
O jogo é um elemento fundamental para o desenvolvimento da criança, pois é
através dele ela consegue absorver os conhecimentos de uma forma mais
agradável.
No passado os grandes educadores valorizavam o jogo como um instrumento na
ação pedagógica. Destacamos também a sua importância para com o meio social,
pois quando a criança participa dessas atividades ela forma suas próprias atitudes
diante de cada situação que pode despertar os sentimentos de solidariedade, de
respeito, de obediência às regras e o senso de cooperação.
A educação infantil é considerada a primeira etapa da educação básica, assegurado
na Lei 9394/96 em seu artigo 29. Para atender a legislação, criou-se o RCNEI –
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, que é um instrumento
importante orientar a prática pedagógica.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:
No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e
significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças
recriam e repensam os acontecimentos que lhes deram origem, sabendo
que estão brincando.
Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já
possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. (1998,
p.27)
Neste contexto é válido o educador considerar o que a criança já possui de
conhecimentos. A partir disto tomar como base o que ela já traz na sua “bagagem” e
dar prosseguimento ao ensino. Ressalta ainda, que é através do ato de brincar que
os gestos feitos pela criança valem muito mais do apresenta ser.
33
O RCNEI (1998, p. 27) aborda oito os objetivos a serem alcançados com relação ao
aprendizado da criança. O primeiro é “desenvolver uma imagem positiva de si,
atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas
capacidades e percepção de suas limitações”. Para que isto ocorra os educadores
devem aplicar atividades em que a criança se sentirá segura e ao mesmo tempo
perceba os seus limites.
O segundo objetivo contemplado no RCNEI (1998, p. 27) trata-se da importância da
criança ao “descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas
potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com
a própria saúde e bem-estar”. Para exemplificar melhor esta teoria, as palestras
realizadas com dentistas nas escolas conscientizando-as sobre a importância da
escovação, pode ser uma boa opção no que se refere à saúde e bem-estar.
O terceiro objetivo abordado no RCNEI (1998, p. 27) é: “estabelecer vínculos
afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e
ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social”.
Portanto é preciso despertar na criança a afetividade com relação ao próximo e
assim explorar o máximo do seu desenvolvimento emocional.
O quarto objetivo abordado no RCNEI (1998, p. 27) é: “estabelecer e ampliar cada
vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e
pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes
de ajuda e colaboração”. Este se refere ao desenvolvimento social da criança, ou
seja, como ela convive com os seus colegas, se há interação dos mesmos. O jogo
pode auxiliar o educador nas observações que devem ser feitas para atender o
objetivo.
34
O quinto objetivo abordado no RCNEI (1998, p. 27) é: “observar e explorar o
ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como
integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando
atitudes que contribuam para sua conservação”. Fazer com que a criança analise o
ambiente em que vive, a fim de conscientiza – lá de que ela faz parte de um mundo
e que é muito importante preservar-lo.
O sexto objetivo contemplado no RCNEI (1998, p. 28) é: “brincar, expressando
emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades”. É a parte que mais
chama atenção das crianças, pois elas adoram brincar sem se preocupar com as
tarefas.
No sétimo objetivo do RCNEI (1998, p. 28) é:
Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita)
ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a
compreender e ser compreendido, expressar suas idéias, sentimentos,
necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de
significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva.
Este se refere aos tipos de linguagens que devem ser trabalhadas com as crianças,
para isto é necessário que ela desenvolva uma boa comunicação, ou seja, se
expresse de tal forma que ela seja compreendida e que compreenda um ao outro.
Por último, “conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de
interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade”. É
preciso demonstrar as crianças às diversidades culturais existentes para que
possam valorizar cada tipo de cultura.
35
CAP. IV: O PAPEL DO PROFESSOR NA MEDIAÇÃO DOS JOGOS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Mestre não é quem sempre ensina, mas quem
de repente aprende.
(Guimarães Rosa)
Será abordado o papel do professor na mediação do trabalho em sala de aula,
valorizando a presença do professor no desenvolvimento das atividades de jogos
para ter a oportunidade de intervir sempre que for possível.
O papel do educador é de propor regras, sem impô-las para que a criança tenha
possibilidade de elaborá-las, proporcionando a ela o direito de tomar decisões para
ser trabalhar o desenvolvimento social e político.
Essa participação na elaboração das leis, da á criança possibilidade de analisar os
valores morais, e de elabora regras de acordo com o grupo. É claro que com ajuda
do professor, poderá esta obtendo informações importantes, e ao mesmo tempo
estará ajudando a melhor suas idéias mediante aos objetivos determinado, para no
final obter o devido resultado esperado. É por isso que o professor tem que estar
sempre presente para incentivar os alunos construir o seu próprio conhecimento.
O professor dever esta atenta ao tipo de atividade que se deve aplica, pois a
interpretação pela criança de alguma idéia apresentada só vai ter resultado a parti
do momento que seja baseado nas estruturas que ela tem no momento.
Para Piaget (apud Wadsworth, 1987, p. 130)
36
[...] a criança pode receber informação valiosa através da linguagem ou da
educação dirigida por um adulto somente se estiver em um estado em que
possa compreender essa informação. Isto é, a fim de receber a informação
ela precisa ter uma estrutura que a capacite a assimilar essa informação.
Piaget afirmar em seu texto que a criança só tem capacidade de receber
informações a partir do estagio que ela se encontra, para então poder absorver todo,
contudo que o adulto transmitir a ela, essas informações deverem ser de acordo com
capacidade de assimilação de cada uma.
O professor dever possuir característica básica de observação, ter olhos e ouvidos
bem atentos e sensibilidade para perceber as necessidades de seus alunos. E esta
sempre buscando novas descobertas, tendo em sua mente que o professor nunca
para de estuda esta sempre ser inovado.
Quando o professor delega responsabilidade para uma turma de fazer cumprir
regras ele está possibilitando o desenvolvimento da iniciativa, agilidade e da
confiança. A criança passa dizer o que pensa sem medo de ser ignorado pelos seus
colegas. Apresenta segurança em tudo que vai fazer sei medo de errar. Não há
dúvidas que a pré- escola tem uma grande função pedagógica.
Para Friedmann:
O educador dever definir, previamente, em função das necessidades e dos
interesses do grupo e segundo seus objetivos, qual é o espaço de tempo
que o jogo irá ocupar em suas atividades, no dia-a-dia. Dever também
definir os espaço físico aonde esses jogos irão se desenvolver: dentro de
sala de aula, no pátio ou em outros locais. (1996. P.70).
37
De acordo com Friedmann o educador dever obter todas as informações possíveis
do grupo, deve analisar os pontos negativos e os pontos positivos para que não
venha sair do seu controle a aplicação desse jogo em sua atividade curricular.
Para Piaget (apud Wadsworth, 1987, p.6)
Educar é adaptar a criança a um ambiente social adulto, em outras
palavras, é mudar a constituição psicobiologia do individuo em termos da
totalidade das realidades coletivas ás qual a comunidade conscientemente
atribui certo valor. Há, portanto, dois termos na relação construída pela
educação: por um lado o individuo em crescimento: por outro os valores
sociais, intelectuais e morais nos quais o educador está encarregado de
iniciar o indivíduo.
Para Piaget educar é uma forma de possibilitar à criança à socialização, pois a partir
do momento que o indivíduo é inserido em uma escola ela passa a conviver com
outras pessoas, ou seja, todas as ações são executadas na sua maioria
coletivamente.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p.
39):
O trabalho direto com crianças pequenas exige que o professor tenha uma
competência polivalente. Ser polivalente significa que ao professor cabe
trabalhar com conteúdos de naturezas diversas que abrangem desde
cuidados básicos essenciais até conhecimento específico provenientes das
diversas áreas do conhecimento.
O profissional que executa esta função deve ter uma competência simultânea em
relação à aplicação dos conteúdos. Esta formação deverá ser ampla e continua, pois
tem que abranger diversas áreas de conhecimento no que se refere à educação
infantil.
38
Ressaltado que o profissional deve estar preparado para adquirir novos
conhecimentos, pois assim, ele estará em constante aprendizado. Atualmente
muitos conflitos têm surgido na prática do ensino em que diz respeito às simpatias
que alguns profissionais desenvolvem em relação a algumas crianças, destacando
suas preferências e afinidade.
No entanto o perfil do profissional é de manter uma ralação ampla em que todos
devem ser tratados da mesma forma, como por exemplo, ele não poderá elogiar
somente uma criança, tem que levar em conta as demais, para não despertar o
sentimento de rejeição.
Para Wadsworth:
Parte do papel do professor é verificar se o que a criança já sabe e como
ela raciona a fim de ser capaz de sugerir atividades e fazer perguntas no
momento certo para que a criança possa desenvolver o seu próprio
conhecimento. (1987. p. 137).
Autor relata que o professor precisa conhecer os seus alunos para verifica o grau de
raciocínio da turma para depois, então, sugerir as atividades que deverá ser
aplicado, para que ele não venha a interferir no desenvolvimento intelectual da
criança
Para Machado:
Qualquer que seja o raciocínio da criança é fundamental para ela a
comprovação prática, concreta. A diferença aos cinco / seis anos é que nem
sempre o objeto precisa necessariamente estar á sua frente, pois ela é
capaz de visualizá-lo em pensamento, desde que tenha tido a oportunidade
de manuseá-lo anteriormente, armazenando a experiência em sua memória.
(1991, p. 129).
39
Autora comenta sobre o raciocínio da criança de cinco a seis anos, que quando
atividade é fundamentada através da prática, não necessário em outro momento
utilizar o mesmo objeto que foi usado na aula anterior. Pois ela tem capacidade de
visualizá-lo em seu pensamento.
De acordo com Wadsworth:
As crianças de todas as idades precisam ter oportunidades para
selecionar atividades que as “interessem”. Tecnicamente, o que é
desejável é que as crianças experimentam desequilíbrio; em outras
palavras, elas precisam chegar á percepção de que, de certo modo, as
suas concepções não são mais adequadas. (1987, p. 96).
Para o autor a crianças precisa está interferindo, na escolha de suas atividades
preferida para ser satisfazer. Dado a ela a possibilidade de adquirir o desequilíbrio,
em entender que a sua escolha no momento não é a mais adequada.
O professor também deve valorizar jogo espontâneo de seus alunos, pois através
dessa atividade o adulto pode está interferindo no momento que ele observa que
pode enrique-lo além de ter a oportunidade de obter prazer junto como a turma.
Para Brougére:
O lugar dos jogos livres em relação aos jogos dirigidos varia muito de uma
creche a outra. Os membros do estabelecimento organizam atividades
dirigidas, trabalhos manuais, por exemplo, em função de seus interesses e
competências. (1998, p. 184).
40
O autor menciona sobre os jogos livres em relação com jogos os dirigidos, ele diz
que ambiente é escolhido de acordo com a instituição, não é uma regra definida,
mas que deve ser realizado em relação aos interesses da mesma.
Outro ponto importante na educação é sobre a valorização da comunicação entre os
alunos, levando para o sentido de está ajudando os seus colegas a busca o seu
próprio conhecimento através do diálogo entre eles. É claro que o professor dever
intervir em alguns momentos, para que a atividade não venha toma outro curso além
do esperado. Sem acelerar o desenvolvimento da criança ou apressá-lo de um
estágio para o outro. No entanto o professor dever a assegurar que o
desenvolvimento dentro de cada estágio seja respeitado integralmente e completo.
Para Kishimoto:
Por tratar-se de ação educativa, ao professor cabe organizá-la de forma que
se torne atividade estimule auto-estrutura do aluno. Desta maneira é que a
atividade possibilitará tanto a formação do aluno como a do professor que,
atento, aos “erros” e “acertos” dos alunos, poderá buscar o aprimoramento
do seu trabalho pedagógico. (1997, p. 85)
O autor no seu texto menciona que o professor precisa ser primeiramente
organizado se preocupando sempre com a formação do aluno, buscando a cada dia
aprimora mais o seu trabalho como docente.
4.1. Professor ou “Tia.”
A partir de meados dos anos 60 em diante, chamar a professora de “tia” passou a
ser um hábito na pré-escola. A intenção principal era torna a relação professora-
41
aluno mais próxima e afetiva, em contraposição á figura austera e autoritária de até
então.
Para Machado essa postura:
[...] no entanto, foi se deturpando com o tempo, confundindo a função do
professor com relações reais de parentesco. Na pré-escola os professores
são na grande maioria mulheres jovens, alegres e descontraídas, que
brincam e tem uma relação afetuosa com as crianças. Esse fato contribuiu
para confundir ainda mais os espaços. (1991, p. 49).
O professor era visto pelos pais como parte da família por ser a maioria mulheres, e
além de está sempre criando uma relação afetuosa com as crianças isso ajudava
confundia mais ainda este olha dos pais.
Mas na pré-escola o educador não é um adulto sério carrancudo que ver os pais
com ar de superioridade ou tão desligado que passa a se parti da família. O
professor hoje tem sua própria identidade, é identificado pelo seu nome, mesmo que
alguns pais mencionam essa palavra tia, você pode está trabalhado em sala de aula
esta relação mostrando para as crianças que você não é a tia deles e que eles
podem-te chama pelo nome.
42
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa foi realizada através de uma busca bibliográfica, onde ressaltamos os
jogos na educação infantil, como um meio de aprendizagem da criança que por sua
vez tem que ser aguçada desde os primeiros anos de vida.
O jogo é considerado uma ferramenta muito importante no que se refere à aquisição
de conhecimento no âmbito escolar. Foi através desse estudo que compreendemos
melhor a ação do jogo no desenvolvimento da criança tanto cognitivo, social,
emocional e físico-motor.
Tivemos a oportunidade de contemplarmos um pouco sobre a definição e a história
dos jogos ao longo período e observamos que ele vem se destacando cada vez
mais no meio educacional, principalmente na educação infantil.
Os conteúdos que mais se destacou nesta pesquisa foram os pensamentos dos
grandes teóricos da história, que em algum momento de sua vida se dedicaram a
entender a utilização do jogo no desenvolvimento da criança, que foram: Wallon,
Vygstsky, Huizinga, Piaget, Kishimoto e Friedmann.
Abordamos um pouco sobre o desenvolvimento da criança segundo Piaget,
destacando os quatros período principais da criança de acordo o com a sua idade e
suas características, mas o foco dessa pesquisa foi o período pré-operatório que se
inicia aos dois e vai até aos seis anos.
Ressaltamos ainda a importância do professor como mediador do processo de
ensino-aprendizagem no que se refere ao jogo, destacando os pontos positivos, ou
43
seja, como ele deve agir perante as aplicações das atividades em sala de aula, e os
pontos negativos são aqueles que são vistos a todo o momento por professores sem
nenhuma desenvoltura neste contexto.
44
5. REFERÊNCIAS
5.1 BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Vânia Carvalho de. O jogo no contexto da educação psicomotora. São
Paulo: Cortez, 1992.
BASSEDAS, Eulália. Aprender e ensinar na educação infantil / Eulália Bassedas,
Tereza Huguet e Isabel Sole; Tradução Cristina Maria de Oliveira. – Porto Alegre:
Artmed, 1999
BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e cultura. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2004.
BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna.
1989.
ARCE, Alessandra. Friedrich Froebel: o pedagogo dos jardins de infância.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
ARIÉS, Philippe. História Social da Criança e da Família./ Segunda Edição. Rio de
Janeiro: Ed Guanabara, 1981.
BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e cultura. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2004.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. –
Brasília: MEC / SEF, 1998. Vol. 1
BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Lei Federal nº
9.394 /96, 2. Ed. Rio de Janeiro, 1999.
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São
Paulo: Moderna, 1996.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São
Paulo: Cortez, 1997.
MACHADO, Maria Lúcia A. Pré-escola é não é escola: a busca de um caminho. –
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.
WADSWORTH, Barry J. Piaget para o professor da pré-escola primeiro grau /
Barry J. Wadsworth; tradução de Marília Zanella Sanvicente. – 2. ed. – São Paulo :
Pioneir Ed- São Paulo: Cortez; 1987
45
WALLON, H. Origens do pensamento na criança. São Paulo: Manda, 1989.
5.2 WEBGRAFIA
BEZERRA, Edson Barros. A importância do jogo na Educação Infantil. 2007.
Disponível em: < http://www.webartigos.com/articles/2984/1/A-Importancia-Do-JogoNa-Educacao-Infantil/pagina1.html>. Acesso em: 23 jun 2011.
BERNARDES, Elizabeth Lannes. Jogos e brincadeiras tradicionais: um passeio pela
história. Disponível em:
<http://www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/47ElizabethBernardes.pdf Acesso
em: 23 jun 2011.
FRIEDMANN, Adriana. Jogos Tradicionais. Disponível em:
<http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_p054-061_c.pdf>. Acesso em: 25 jun
2011.

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