Isto foi o que encontramos.
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Isto foi o que encontramos.
De 2007 a 2009, o HarvestPlus disseminou a batata doce de polpa alaranjada a mais de 24,000 agregados familiares em Moçambique e Uganda com vista a redução da deficiência da vitamina A—através de alimentos. Isto foi o que encontramos. Resultados do Projecto HarvestPlus em Moçambique e Uganda 2010 O HarvestPlus é uma aliança global de instituições de investigação e agências implementadoras que trabalham em conjunto com vista a melhorar e disseminar culturas com alto valor nutricional. O HarvestPlus é coordenado pelo Centro Internacional para a Agricultura Tropical (CIAT) e Instituto Internacional para a Pesquisa em Políticas Alimentares (IFPRI). O HarvestPlus é uma iniciativa do Grupo Consultivo de Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR). HarvestPlus, c/o IFPRI, 2033 K Street, NW, Washington, DC 20006-1002 USA Tel: +1-202-862-5600 • Fax: +1-202-467-4439 • [email protected] • www.harvestplus.org Agradecimentos O HarvestPlus gostaria de endereçar os seus agradecimentos a: Fundação Bill e Melinda Gates por fornecer financiamento directo para o Projecto Atingindo os Consumidores Finais da Batata Doce de Polpa Alaranjada o que possibilitou a realização desta pesquisa. O fundo não restrito do HarvestPlus foi igualmente usado para apoiar este trabalho, que inclui o apoio da Dinamarca (DANIDA), Suécia (SIDA), Fundação Syngenta, do Reino Unido (DFID), dos Estados Unidos (USAID) e do Banco Mundial. Parceiros Colaboradores Associação para o Fortalecimento da Pesquisa Agrícola na África Oriental e Central (ASARECA) e Rede Regional de Melhoramento da Batata e Batata Doce na África Oriental e Central (PRAPACE), Uganda Farming for Food and Development Eastern Uganda (FADEP-EU) Helen Keller International, Moçambique Instituto Internacional para a Pesquisa em Políticas Alimentares, EUA Centro Internacional da Batata (CIP), Peru Instituto de Recursos Naturais, Universidade de Greenwich, Reino Unido Volunteer Efforts for Development Concerns (VEDCO), Uganda Visão Mundial Internacional, Moçambique Outros Parceiros Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), Moçambique Universidade de Makerere, Uganda Organização Nacional de Investigação Agrícola, Uganda Agência de Estatísticas da Uganda, Uganda Os nossos agradecimentos estendem-se também aos técnicos provinciais e distritais da Uganda (Bukedea, Kamuli, Mukono) e Moçambique (Milange, Gurué, Mopeia, Nicoadala na Província da Zambézia) e a muitas pessoas de Moçambique e Uganda que participaram no projecto e no estudo. Citação recomendada: HarvestPlus. Disseminação da Batata Doce de Polpa Alaranjada: Resultados do Projecto HarvestPlus em Uganda e Moçambique. 2010. Washington, D.C.: HarvestPlus. Foto na capa: Harriet Nsubuga; página 5: Bonnie McClafferty; página 6: (todos) Christel van den Boogaard; página 8: Charles Musoke; Página 11: Harriet Nsubuga; página 12: Joe deVries; página 13: Martin Malungu; página 17: (esquerda) Sylvia Magezi, (direita) Charles Musoke Design e Produção: Green Communication Design inc.: www.greencom.ca 1 Disseminação da batata doce de polpa alaranjada: Resultados do Projecto HarvestPlus em Moçambique e Uganda. HarvestPlus, 2010 Índice Resumo dos Resultados.....................................2 O Flagelo da Fome Oculta.................................4 Estratégia e Objectivos do Projecto...................6 Principais Resultados.......................................10 Referências.......................................................14 Intervenientes, Parceiros e Equipas do Projecto.......................................15 Parceiros Locais em Moçambique e Uganda....................................16 2 Resultados do Projecto HarvestPlus em Moçambique e Uganda Resumo dos res A Biofortificação é uma abordagem nova baseada na ingestão de alimentos com vista a redução da malnutrição causada pela deficiência em micronutrientes através da melhoria do conteúdo dos micronutrientes dos alimentos básicos. Esta abordagem é adequada, sobretudo, a comunidades rurais pobres que podem ter acesso limitado a dietas diversificadas, alimentos fortificados comercializados ou suplementos. O Projecto Atingindo os Consumidores Finais (REU- Reaching End Users) da Batata Doce de Polpa Alaranjada (BDPA) De 2007 a 2009, o HarvestPlus disseminou a batata doce de polpa alaranjada a mais de 24,000 famílias em Moçambique e Uganda com vista a redução da deficiência da vitamina A através dos alimentos. Esta foi a primeira vez em que uma cultura biofortificada, particularmente com uma cor diferente, foi difundida em larga escala. Entre outros, os principais resultados do projecto foram: 1. S etenta e sete por cento dos agregados familiares do projecto em Moçambique adoptou a BDPA (comparado com 9 por cento do grupo de controlo) e 65 por cento de agregados familiares do projecto em Uganda adoptou a BDPA (comparado com 4 por cento do grupo de controlo). 2. A dimensão da área cultivada da batata doce dedicada à BDPA aumentou de 9 por cento para 56 por cento em Moçambique e de 1 por cento para 44 por cento em Uganda. 3. O consumo da BDPA entre crianças menores, maiores e mulheres aumentou em dois terços ou mais nos dois países durante a vigência da BDPA. 4. Como resultado do item 3, o consumo total da vitamina A entre crianças menores, maiores e mulheres aumentou significativamente nos dois países. Para as crianças com idade entre 6 – 35 meses, em particular, a BDPA contribuiu em 78 por cento do seu consumo total da vitamina A e 53 por cento em Uganda. Estas estatísticas referem-se a todos os agregados familiares independentemente de terem ou não adoptado a BDPA. Se forem considerados apenas os agregados familiares que, realmente, adoptaram a BDPA, o impacto do consumo da vitamina A é de cerca de 30 por cento mais elevado nos dois países. 3 ultados O maior consumo da BDPA (e de vitamina A) foi verificado durante os períodos pós-colheita, quando havia BDPA nas casas proveniente da produção familiar. Espera-se que a produção familiar de BDPA forneça estes níveis de consumo durante um período de dois a três meses do ano em Moçambique e durante quatro a cinco meses do ano em Uganda. Existe, igualmente, a colheita gradual da BDPA que vai além do período de pico da colheita e continua por vários meses em ambos os países. Expansão: o Caminho para Frente Embora este projecto piloto tenha sido implementado em áreas pequenas e focalizadas, a sua expansão a nível nacional é possível com o apoio dos fazedores de políticas e parceiros nacionais. Os factores fundamentais que devem ser considerados são: 1. A bata doce deve ser um alimento básico nas 4. Tanto as mensagens dos aspectos agronómicos 2. Os camponeses devem ser treinados em 5. Uma vez adoptada a BDPA com sucesso por dietas das famílias alvo. A produção ou o rendimento da BDPA deve ser igual ou maior que o da bata doce branca. métodos viáveis para a conservação da rama ou material de plantio e estas ramas devem ser subsidiadas e distribuídas a grupos alvo. 3. Uma campanha de marketing deve ser criada em torno da ”marca laranja” para consciencializar as pessoas sobre o papel que a BDPA pode desempenhar na redução da deficiência da vitamina A. assim como sobre a nutrição devem ser transmitidas a mulheres, dado o seu papel como cuidadoras da família e produtoras da BDPA. um número significativo de famílias, outras actividades que promovem a sua difusão devem ser realizadas. A criação de mercados para a BDPA e produtos alimentares relacionados também deverá promover a difusão e adopção a longo prazo. Usando o quadro de Anos de Vida Ajustados por Incapacidade (AVAIs), a intervenção deste projecto seria considerada “altamente viável” pelas agências internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS). 4 Resultados do Projecto HarvestPlus em Moçambique e Uganda O flagelo da fome oculta Mais de 2 bilhões de pessoas sofrem de malnutrição de micronutrientes ou fome oculta, colocando-as em enorme risco de doenças e morte (Allen et al. 2006). As mulheres e as crianças constituem as camadas mais vulneráveis (Bhutta et al. 2008). As mulheres em idade fértil estão, sobretudo, em risco durante a gravidez e parto. A fome oculta enfraquece o desenvolvimento mental e físico das crianças e adolescentes e pode resultar em baixo QI, desnutrição crónica ou cegueira, sobretudo, em crianças com menos de cinco anos. Os que padecem desses problemas são mais vulneráveis a doenças e morte. A fome oculta constitui um problema severo na África Subsaariana. Os índices de malnutrição causada por deficiência entre crianças menores que cinco anos (usando a deficiência de iodo, zinco, ferro e vitamina A como medida) são, igualmente, elevados na África Subsaariana em comparação com as outras regiões. Mais da metade de AVAIs perdidos e mortes neste grupo etário vulnerável está na África Subsaariana (Caulfield et al. 2006). Similarmente, o maior índice de doenças associadas à fome oculta encontra-se, desproporcionadamente, na África Subsaariana, com 54 por cento de AVAIs perdidos associados a deficiências de iodo, vitamina A, ferro e zinco a nível mundial (Caulfield et al. 2006). A prevalência da deficiência de vitamina A em África é elevada. Estima-se que trinta e dois por cento da população africana menor que cinco anos tenha deficiência de vitamina A. Esta taxa é tão elevada quanto a do Leste e Sul da Ásia, com 33 por cento. A prevalência de xeroftalmia na mesma faixa etária é a mais elevada em África, com 1.5 por cento comparado a 1.2 por cento do Leste e Sul da Ásia (UN SCN 2004). Abordagens para a Redução da Fome Oculta Uma dieta diversificada que inclui alimentos como frutas, verduras e produtos de origem animal podem fornecer micronutrientes suficientes se consumidos de forma regular. Entretanto, muitas pessoas que sofrem da fome oculta em países em desenvolvimento são pobres e sem acesso a diferentes alimentos ricos em micronutrientes regularmente, mas geralmente eles não têm acesso. As suas dietas monótonas consistem, largamente, em elevadas quantidades de alimentos básicos mais baratos (tais como milho, bata doce ou mandioca) que não fornecem as quantidades de micronutrientes necessários para a boa saúde. Até agora, as principais intervenções para a redução da fome oculta têm sido a suplementação e fortificação. Embora essas intervenções sejam efectivas, elas são limitadas em termos de abrangência e muitas vezes caras, sobretudo em áreas rurais onde vive a maioria dos pobres. Uma nova abordagem denominada biofortificação pode cobrir esta lacuna de abrangência entre as populações rurais de forma efectiva e sustentável. 5 Mulheres são responsáveis pelo cultivo da BDPA na Moçambique e em Uganda Uma Nova Solução: Biofortificação A biofortificação é o processo de melhoramento de culturas de alimentos básicos com um conteúdo de micronutrientes mais elevado. Se consumidos regularmente, os alimentos básicos biofortificados podem contribuir em quantidades de micronutrientes no organismo durante o ciclo da vida. A biofortificação é, particularmente, adequada para as populações rurais que consomem mais alimentos básicos produzidos localmente ou pelos próprios. A biofortificação tem três vantagens principais: 1. E stá direcionada às zonas rurais, onde vivem os mais pobres. 2. Depois de um investimento inicial no desenvolvimento de culturas biofortificadas, estas culturas podem ser adaptadas as outras regiões a custos adicionais baixos. 3. É sustentável porque usa alimentos que as pessoas consomem habitualmente para garantir melhor nutrição. Ademais, muita semente biofortificada também pode ser poupada e compartilhada livremente entre outros camponeses ou agricultores. Fornecendo uma “dose diária” regular de micronutrientes, a biofortificação pode ajudar na redução da fome oculta como parte de uma 1 estratégia mais ampla que inclui a diversificação da dieta, suplementação e fortificação comercial. HarvestPlus e Biofortificação O HarvestPlus é uma organização internacional de investigação pioneira na biofortificação. O HarvestPlus lidera um esforço global com vista a biofortificação de sete culturas básicas1 importantes na dieta dos pobres. O seu foco está em três micronutrientes fundamentais (zinco, ferro e vitamina A) identificados pela Organização Mundial da Saúde como os nutrientes mais limitantes/escassos na dieta dos pobres (Brown 1991; Dewey 2001). Todas as culturas lançadas pelo HarvestPlus e colaboradores são produzidas convencionalmente. “ BA biofortificação é, particularmente, adequada para as populações rurais que consomem mais alimentos básicos produzidos localmente ou pelos próprios. A batata doce de polpa doce alaranjada biofortificada com a vitamina A foi a primeira cultura biofortificada lançada pelo HarvestPlus e seus parceiros. As sete culturas são: feijão, mandioca, milho, mapira, arroz, batata doce e trigo. ” 6 Resultados do Projecto HarvestPlus em Moçambique e Uganda Estratégia e objectivos do projecto O Projecto Atingindo os Consumidores Finais da Batata Doce de Polpa Alaranjada disseminou a BDPA em Moçambique e Uganda com vista a redução da deficiência de vitamina A. De 2007 a 2009, o projecto alcançou cerca de 10,000 famílias de camponeses em Uganda e 14,000 famílias em Moçambique. Esta foi a primeira vez que uma cultura biofortificada com característica diferente (cor) foi usada em larga escala pela HarvestPlus. Através do estudo de base da pré-intervenção e do estudo do fim de pós-intervenção, o projecto avaliou os índices de adopção da BDPA e se a adopção resultou em consumo melhorado da vitamina A entre crianças e suas respectivas mães. Porque a Batata Doce? Moçambique: Projecto kiosk para a promoção e venda da BDPA Moçambique: Drama comunitário Estima-se que cerca de 70 por cento das crianças em idade pré-escolar em Moçambique e 20 por cento em Uganda sofrem da deficiência da vitamina A (Aguayo et al. 2005; UBOS and Macro International Inc. 2007). Um estudo na África do Sul mostrou que o consumo diário da BDPA, que providenciou cerca de 2.5 vezes a ingestão diária recomendada (RDA) da vitamina A a crianças entre quatro a oito anos de idade, melhorou os níveis de vitamina A no fígado (van Jaarsveld et al. 2005). Em muitos países da África Subsaariana consome-se, tradicionalmente, a batata doce branca ou amarela. Se a batata doce de polpa alaranjada fosse incorporada nas suas dietas, a prevalência da deficiência da vitamina A podia reduzir significativamente. Os melhoradores desta cultura têm produzido diversas variedades da batata doce de polpa alaranjada com o conteúdo de beta-caroteno de 30 – 100 partes por milhão (ppm), comparativamente a 2 ppm em variedades locais (o corpo humano converte o beta-caroteno em vitamina A). Em quase todas as áreas, as rendimentos da BDPA comparam-se favoravelmente a produção da batata doce de polpa branca. Um estudo da aceitação da BDPA também mostrou que os consumidores gostaram das variedades da batata doce de polpa alaranjada e que tencionavam comprá-las não só com a campanha de informação sobre o seu valor nutritivo, mas também na ausência de uma (Chowdhury et al. 2009). O aumento da disponibilidade e do consumo da batata doce rica em beta-caroteno não constitui uma vara mágica no continente africano. Como estratégia complementar, tenciona-se acompanhar as intervenções existentes sobre a nutrição nas áreas em que se pode produzir. Um estudo ex ante realizado pelo HarvestPlus antes da intervenção estimou que o consumo da BDPA podia ter eliminado entre 38 e 64 por cento do fardo dos Anos de Vida Ajustados por Incapacidade (AVAIs) da vitamina A em Uganda (Meenakshi et al. 2010). Porque Uganda e Moçambique? Uganda e Moçambique foram seleccionados devido a condições contrastantes subjacentes nestes dois países. Os líderes do projecto pretendiam entender como a demanda da BDPA pode variar com base nessas diferenças. Algumas dessas diferenças são: • A batata doce é o principal produto básico em Uganda, mas menos importante nas dietas em Moçambique. • Os níveis de educação são relativamente altos em Uganda em comparação com Moçambique. • Os mercados e as estradas estão melhores desenvolvidos em Uganda do que em Moçambique. • Uganda tem uma tradição de formação de grupos bem estabelecida, em contraste com Moçambique, que tem poucos grupos pré-existentes. 7 Estratégia de Implementação Parceiros e Coordenação O projecto englobava quatro principais componentes: Foram necessários vários parceiros e equipas para o alcance dos objectivos do projecto: 1. D esenvolvimento de um sistema de distribuição 1. Implementação. A implementação foi de rama de BDPA incluindo ramas subsidiadas a famílias; 2. Fornecimento de serviços de extensão a homens e mulheres nas parcelas das famílias sobre as práticas da produção da BDPA e oportunidades de comercialização; 3. Fornecimento do conhecimento sobre a nutrição, em particular sobre a deficiência de vitamina A, nas mulheres nas mesmas famílias; e 4. Desenvolvimento de mercados para as raízes de BDPA e produtos processados a partir das raízes da BDPA. As componentes 2 e 3 foram alcançadas através do uso de uma estrutura piramidal dos formadores de extensionistas pagos que trabalham para organizações não governamentais (ONGs) e voluntários da comunidade não pagos designados promotores, que foram treinados pelos extensionistas. Por sua vez, os promotores instruíram os membros das organizações comunitárias ou grupos de camponeses pré-existentes. Porque o objectivo fundamental era avaliar a viabilidade financeira, o projecto desenvolveu e implementou dois modelos de disseminação nos dois países. Os dois modelos (Um e Dois) incluíam a seguinte componente no primeiro ano com vista a integração de todos os aspectos do projecto incluindo a produção, nutrição e comercialização da BDPA: 1. P rograma de formação para os extensionistas e promotores voluntários; 2. D rama ou teatro comunitário; 3. T ransmissões radiofónicas; e 4. O utras actividades amplas da área como dias de campo, formação a idosos e líderes comunitários e eventos de promoção do mercado. Entretanto, no Modelo Dois, apenas as componentes 2, 3 e 4 tiveram o seguimento no segundo ano, daí que o Modelo Dois foi mais barato implementar. realizada por ONGs que eram responsáveis pela disseminação da BDPA em comunidades alvo. Em Uganda, ONGs nacionais (Volunteer Efforts for Development Concerns [VEDCO] e Farming for Food and Development Program [FADEP- EU]) foram contratadas por quatro especialistas de Uganda baseados na Associação para o Fortalecimento da Pesquisa Agrícola na África Oriental e Central (ASARECA). Em Moçambique, o projecto colaborou com duas ONGs internacionais (Visão Mundial e Helen Keller International [HKI]). 2. Operações da pesquisa. Uma equipa de operações da pesquisa planeou estratégias de disseminação, trabalhou com as ONGs com vista a modificação de actividades específicas de implementação e realizou a pesquisa de base durante a implementação nos dois países. O Centro Internacional da Batata (CIP) foi responsável pela extensão agrícola e sistemas de sementes relacionados com a produção da BDPA. O HarvestPlus foi responsável pela criação da demanda e fornecimento da informação nutricional. O Instituto dos Recursos Naturais da Universidade de Greenwich foi responsável pelo desenvolvimento do produto e comercialização. 3. Avaliação do impacto. Uma equipa da avaliação do impacto, liderada pela Divisão da Pobreza, Saúde e Nutrição do Instituto Internacional para a Pesquisa em Políticas Alimentares (IFPRI), realizou os estudos de base e finais nos dois países. A interacção entre as equipas do projecto está demonstrada na Figura 1. Figura 1 Interacção das Equipas do Projecto Avaliação do impacto (pesquisa de base) Implementação Sistema de Sementes e Extensionistas Marketing e Desenvolvimento de Produto Criação da demanda Fim do Projecto (avaliação do impacto) Equipe de operações da pesquisa 8 Resultados do Projecto HarvestPlus em Moçambique e Uganda Uganda: Ramas da BDPA a serem preparadas para distribuição a agricultores do projecto O projecto Atingindo os Consumidores Finais (REU) é distinto de muitos outros esforços de intervenções em três aspectos: 1. Uma componente de pesquisa de operações explícita não só fez a monitoria do progresso da implementação assim como tirou lições que podem ser aplicadas na expansão da intervenção. 2. U ma equipa paralela e independente da avaliação do impacto trabalhou com a equipa de pesquisa nas operações e implementação com vista a realização de um estudo de controlo aleatório para o futuro— provavelmente a primeira vez que um estudo de larga escala foi realizado numa intervenção da agricultura. 3. Com o seu foco na viabilidade financeira, o projecto testou estratégias alternativas de disseminação e conseguiu comparar os seus benefícios e custos. Envolvendo Famílias Alvo Em ambos os países, o principal princípio da implementação foi envolver as famílias directamente com vista a (1) fornecer-se rama de batata doce subsidiadas, (2) fornecer-se mensagens sobre práticas melhoradas de cuidados da criança e nutrição, (3) promover-se a comercialização dos excedentes das raízes e ramas e (4) melhorar-se as práticas agrícolas. No lugar de formar novos grupos, que requer recursos, o projecto usou os grupos de camponeses pré-existentes em Uganda e grupos das igrejas em Moçambique como pontos de entrada da intervenção a nível da comunidade. Os grupos de camponeses foram tipicamente mais pequenos em Uganda (25 – 30 membros) e mais coesos do que em Moçambique (100 membros). Nos dois países, o nùmero de membro foi aumentada para se assegurar a participação das famílias com crianças, que constituíam os grupos alvo da intervenção. Selecção do Local em Moçambique O projecto tomou como base dois projectos anteriores na Província da Zambézia. O primeiro foi um projecto piloto designado Towards Sustainable Nutrition Improvement (TSNI) e o segundo foi Eat Orange, um projecto que serviu como ponte entre o projecto TSNI e REU (Low et al. 2007). As áreas do projecto foram seleccionadas tendo em consideração os tipos de solos e clima da Província da Zambézia e as áreas em que o projecto Eat Orange operou. O projecto seleccionou dois distritos no Norte com bons solos e elevadas precipitações e mais dois propensos a secas com solos com fertilidade baixa (Figura 2). Os distritos do Sul estão relativamente próximos à capital Quelimane e os do Norte estão a 350 quilómetros (km) da capital. 9 “ Esta foi a primeira vez que uma cultura biofortificada com característica diferente (cor) foi usada em larga escala pela harvestplus. Nestes distritos, o projecto seleccionou 108 comunidades para a implementação. As comunidades foram seleccionadas com base nas seguintes características: 1. Bom potencial para a produção da batata doce que produzem pouca ou não produzem a BDPA; 2. Acesso às terras baixas húmidas durante a época seca para ajudar na conservação da rama/semente da BDPA; 3. Ausência de qualquer ONG a trabalhar na agricultura ou em assuntos ligados à nutrição; 4. Proximidade razoável a uma estrada principal para ajudar na ligação das áreas de produção a potenciais mercados; e 5. Distância de pelo menos 5 km de qualquer outra aldeia seleccionada para trabalhar com o projecto. A elevada prevalência da deficiência de vitamina A foi um factor subjacente em todas as áreas da Província da Zambézia. Selecção do Local em Uganda Em Uganda, o projecto foi implementado em três distritos: Mukono, Kamuli e Bukedea (Figura 3). Estes distritos tinham diferentes modelos de consumo e produção da batata doce e representavam uma extensão geográfica viável. O projecto seleccionou locais em cada distrito que também reuniam os requisitos para um estudo da avaliação do impacto de base, com base nas seguintes características: 1. Uma história sem intervenções ou com intervenções insignificantes da BDPA; 2. Um ambiente favorável para a produção da batata doce, incluindo áreas de baixa altitude para a preservação dos materiais de plantio durante a época seca; 3. Existência de grupos de camponeses onde a maioria das famílias têm crianças menores que cinco anos de idade; e 4. Vontade de participar em todas as intervenções traçadas. ” Metodologias para Avaliação do Impacto do Projecto A eficácia da estratégia de dois modelos foi avaliada através de testes de controlo aleatórios em ambos os países. Dentro dos distritos, as comunidades eram aleatoriamente destacadas para o Modelo Um, Modelo Dois e grupos de controlo. Na escolha das comunidades, o projecto tentou manter uma separação entre elas para reduzir o risco de “contaminação” das comunidades de controlo (onde a BDPA não foi introduzida) pelas comunidades onde a BDPA foi introduzida. Esta abordagem aumentou os custos de implementação do projecto em cerca de 5 por cento devido às grandes distâncias que o pessoal do projecto tinha de viajar para chegar às comunidades de intervenção. Estudos de base foram realizados antes do início da implementação e cerca de dois anos mais tarde foram conduzidos estudos de acompanhamento. As estimativas do impacto foram, portanto, baseadas na diferença das diferenças (entre o controlo e a intervenção e os pontos de partida e de acompanhamento). Este método considera qualquer mudança que tenha ocorrido nas comunidades de controlo durante o período do projecto. Este modelo de perspectiva aleatória é considerado o “padrão de ouro” entre as medidas da avaliação do impacto. A atribuição aleatória de “tratamentos” garante que o acesso ao programa não seja apenas provido a zonas mais favoráveis e não seja vinculada a perfis beneficiários específicos. Figura 2 Distritos do Projecto na Província da Zambézia, Moçambique Figura 3 D istritos do Projecto em Uganda 10 Resultados do Projecto HarvestPlus em Moçambique e Uganda Principais resultados O projecto promoveu com sucesso a BDPA em Moçambique e em Uganda. Como não havia diferenças significativas nas principais unidades métricas entre os Modelos Um e Dois, os resultados aqui apresentados são dados agregados nos dois modelos e em ambos os países. Figura 4 P ercentagem de agricultores que adoptaram a BDPA no fim do projecto em Moçambique e Uganda 90 80 Moçambique Uganda 70 60 50 40 30 20 10 0 68 61 As actividades do projecto resultaram em 68 pontos percentuais de aumento da probabilidade da adopção da BDPA para Moçambique e em 61 pontos percentuais de aumento para Uganda (Figura 4). Em Uganda, a adopção foi de longe superior nos distritos do Centro (Kamuli e Mukono), onde os agricultores estavam mais familiarizados com a produção e o consumo da batata doce do que nos distritos do Este. Em ambos os países, a adopção da BDPA resultou na substituição substancial da BDPA por % do aumento na adopção da BDPA pelos agricultores ao final do projecto outras variedades de batata doce em termos de zonas sob % do aumento na adopção da BDPA cultivo. O projecto aumentou pelos agricultores na comunidade a quota da BDPA numa área controle ao final do projecto total de batata doce em 56 pontos percentuais em Moçambique (de uma base de 9 por cento) e em 44 pontos percentuais em Uganda (de uma base de 1 por cento). Impacto do consumo da BDPA e o consumo da Vitamina A A intervenção do projecto resultou num aumento significativo do consumo da BDPA entre as crianças novas, as crianças crescidas e mulheres tanto em Moçambique como em Uganda. Dados simplificados ilustrados na Figura 5 revelam o impacto do projecto no aumento do consumo da vitamina A. Comparado com o consumo no ponto de partida (não ilustrado), o consumo da vitamina A duplicou nos 3 grupos de faixa etária/género no fim do projecto em Moçambique e em Uganda aumentou dois terços nas crianças novas e crescidas e quase duplicou nas mulheres. Para a faixa etária de maior preocupação, crianças com idade entre os 6–35 meses, a BDPA contribuiu com um total de 78 por cento de consumo da vitamina A em Moçambique e 53 por cento em Uganda. O projecto demonstrou que a criança e a mulher em Moçambique apresentavam um consumo da vitamina A inferior aos seus homólogos de Uganda. Contudo, como resultado do aumento do consumo da BDPA, verificou-se um aumento significativo no consumo total da vitamina A tanto em Moçambique como em Uganda no fim do projecto. No fim do projecto, a BDPA contribuiu para uma maior quota de consumo da vitamina A em Moçambique do que em Uganda, pois, (1) o teor médio de vitamina A contido nas variedades da BDPA produzidas em Moçambique era superior às variedades produzidas em Uganda e (2) o consumo da vitamina A derivada de outras fontes de alimentos é, tipicamente, inferior em Moçambique do que em Uganda. As estatísticas aqui citadas são referentes a todos os agregados familiares, tendo ou não adoptado a BDPA. Se apenas considerarmos os agregados familiares que a adoptaram, então o impacto do consumo da vitamina A será de aproximadamente 30 por cento superior nos dois países. O consumo da BDPA e da vitamina A foi verificado durante os principais períodos pós-colheita. Em Moçambique, poderá esperar-se que a produção doméstica da BDPA forneça estes níveis de consumo durante dois a três meses do ano e, em Uganda, durante quatro a cinco meses do ano. Entretanto, a colheita gradual (a batata doce é deixada no campo e colhida quando necessária para as refeições) aumenta o período de consumo, em média, até 5 meses em Moçambique e até 9 meses em Uganda. 11 Figura 5 IImpacto da intervenção de REU no consumo médio da Vitamina A em Moçambique e Uganda vitamina A µg RAE/dia Moçambique Uganda 1,400 1,400 1,200 1,200 1,000 1,000 800 800 600 600 400 400 200 200 0 crianças 6-35 meses crianças 3.5-6 anos mulheres 0 crianças 6-35 meses crianças 5-7 anos mulheres impacto no fim do projecto Nota: Estimativas do consumo médio da vitamina A nos dois países no fim do projecto (2009). O consumo médio da vitamina A na base não era significativamente diferente entre o projecto e os agregados familiares de controlo dentro de cada faixa etária. Em ambos os países, nas crianças mais novas, grupos separados de crianças eram examinados no início e no fim do projecto. Nas crianças crescidas e nas mulheres, o mesmo grupo era acompanhado com o decorrer do tempo. O retinol é a forma activa da vitamina A no corpo humano. O betacaroteno é convertido para retinol no corpo humano e a quantidade de retinol derivada do betacaroteno é designado por atividade equivalente de retinol (RAE). O Potencial para a Redução dos Custos Para ser viável, o custo de fornecimento da vitamina A através de alimentos biofortificados deve ser inferior ao custo de outras intervenções. Pois não havia diferenças significativas de impacto entre os dois modelos em qualquer dos países, o menos intensivo – Modelo Dois – seria mais barato de implementar (em cerca de 30 por cento, em ambos os países). Em Moçambique, os custos mínimo e médio por cada beneficiário alvo (crianças entre 6–59 meses e mães) para o Modelo Dois eram de US$36 e US$86. Em Uganda, nas comunidades do distrito central, onde antes do projecto a batata doce já era um dos principais alimentos de base na dieta alimentar e onde os índices de adopção eram elevados, os custos mínimo e médio equivalentes eram US$22 e US$56. Estes custos poderiam ter sido reduzidos através das seguintes alterações: 1. O projecto poderia ter melhorado a retenção do ser melhor alinhado com o calendário agrícola, reduzindo o número de extensionistas e promotores necessários. 2. Os agricultores alegaram estar a vender a BDPA ao mesmo nível que outros tipos de batata doce, mas não encontramos prova alguma de que os agricultores de pequena escala produziam a BDPA devido aos esforços de marketing do projecto. Contudo, devido à curta duração de 2 anos do projecto, este resultado pode não ser surpreendente, pois desenvolver mercados e produtos normalmente leva mais tempo. Sendo que os mercados podem ser cruciais para a sustentabilidade da produção e adopção da BDPA, pode manter-se baixos custos durante a fase inicial do projecto da BDPA focando-se nos sistemas de sementes, extensões, na criação da demanda da produção e introduzindo a componente de desenvolvimento de marketing e do produto numa fase mais avançada. conhecimento focando-se em poucas mensagens chave directamente relacionadas com o modo como a BDPA pode aliviar a deficiência da vitamina A e eliminando os módulos sobre outras práticas alimentares e práticas agronómicas. O número de módulos por tópico também poderia Uganda: Comerciantes, formados sobre os benefícios da BDPA, vende BDPA num mercado local 12 Resultados do Projecto HarvestPlus em Moçambique e Uganda Moçambique: Mulheres e crianças provam diferentes tipos de batata-doce 3. Assim que uma massa crítica nuclear de praticantes da BDPA e multiplicadores da rama estiver estabelecida na região (com um custo relativamente elevado por agregado familiar), deverá ser possível implementar actividades de extensão nas comunidades vizinhas para encorajar uma difusão mais rápida com custos mais reduzidos. Durante este projecto, a difusão foi activamente desencorajada devido às preocupações do estudo de evitar a contaminação dos agregados familiares de controlo. Incentivando a difusão como parte integral da estratégia de disseminação e considerando beneficiários indirectos através da partilha de ramas/sementes (difusão) pode reduzir significativamente os custos pela criação de um grupo secundário de beneficiários. Os custos reais e potencialmente reduzidos estão indicados na Tabela 1. Por este se tratar de um projecto de estudo, impôs-se demandas adicionais às ONGs supervisoras. Por exemplo, as comunidades de intervenção deviam estar localizadas a uma certa distância de uma das outras, que requeriam mais tempo de viagem. Num contexto que não seja de estudo, a capacidade administrativa poderia ser dispensada para operar numa maior escala, razão pela qual é importante citar os custos mínimos (os custos de adicionar um beneficiário adicional) na Tabela 1. Em última análise, estes custos devem ser considerados em termos dos benefícios que oferecem. A unidade métrica de benefícios geralmente usada são os Anos de Vida Ajustados por Incapacidade (AVAIs) salvos. O cálculo aproximado aqui mencionado, que usa os valores médios no lugar da distribuição de consumo, mostra que o custo de intervenção é de cerca de US$15 – 20 por AVAIs salvos (US$18 – 24 por AVAIs salvos sem os custos de poupança citados). Estes custos colocam o projecto na categoria de intervenções “extremamente rentável” segundo descrito por instituições internacionais como a OMS. Tabela 1 C ustos médios e marginal por beneficiário alvo e estimativa de poupança (US$) Tipo de custo Moçambique Uganda Custo actual Custo reduzido Poupanças Custo actual Custo reduzido Poupanças Marginais 36 17 19 22 10 12 Médio 86 52 34 56 26 30 13 “ Um factor chave para o sucesso da disseminação da BDPA foi o papel crucial desempenhado pela mulher... Género ” Um factor chave para o sucesso da disseminação da BDPA foi o papel crucial desempenhado pela mulher, não apenas com cuidadoras das crianças novas, mas também como produtoras e retalhistas da BDPA. Por conseguinte, é importante alcançar as mulheres com material e mensagens sobre a produção agrícola, assim como as práticas para melhorar a nutrição no agregado familiar. Contudo, os homens controlam os recursos da família e são os principais responsáveis pela tomada de decisões referentes à atribuição de terras e culturas, então, o seu papel deve ser respeitado. A questão do género também se estende à escolha dos extensionistas (mulheres). Por exemplo, em Moçambique, as extensionistas de nutrição tiveram um êxito mais significativo comparado aos extensionistas (homens) na transmissão de mensagens sobre a nutrição aos voluntários das comunidades alvo. Expansão: O Caminho para Frente Embora este projecto-piloto tenha sido implementado em zonas pequenas e focalizadas, a expansão a nível nacional é exequível quando os custos por beneficiário são mantidos o mais baixo possível. O suporte dos responsáveis pela elaboração de políticas e intervenientes nacionais é necessário para a sustentabilidade de um projecto de maior escala. Os pontos seguintes também devem ser considerados: 2. Os agricultores devem ser formados em métodos viáveis de conservação da rama/ semente, particularmente, quando a BDPA somente pode ser produzida numa època do ano. A quantidade mínima de ramas subsidiadas (digamos, 5 quilogramas) deve ser distribuída para os agregados familiares alvo para permitir o plantio oportuno. 3. As mensagens sobre a nutrição devem focar no modo como a BDPA reduz o risco de deficiência da vitamina A. Também é crítico transmitir para as mulheres mensagens sobre a nutrição e a agronomia. Criando uma “marca laranja” para aumentar a sensibilização sobre a vitamina A e a BDPA como parte da campanha de marketing também é muito eficaz. 4. Assim que a BDPA for adoptada por uma massa crítica nuclear de agregados familiares e uma base de conhecimento da BDPA for desenvolvida, actividades complementares vão ser empreendidas para encorajar a difusão para outros agregados familiares que ainda não adoptaram a BDPA. 1. Nas regiões identificadas para a expansão, a produção e rendimento da BDPA devem ser iguais ou maiores aos da batata doce de polpa branca. A batata doce também deve ser um importante alimento básico na dieta alimentar dos agregados familiares alvo; se for um alimento secundário, no mínimo 50 por cento da população deve produzir a batata doce. Uganda: BDPA que acaba de ser cozida está pronta a comer 14 Resultados do Projecto HarvestPlus em Moçambique e Uganda Referências Aguayo, V. M., S. Kahn, C. Ismael, e S. Meershoek. 2005. Vitamin A deficiency and child mortality in Mozambique. Public Health Nutrition 8 (1): 29–31. Allen, L., B. de Benoist, O. Dary, and R. Hurrell, eds. 2006. Guidelines on food fortification with micronutrients. Geneva: World Health Organization and Food and Agriculture Organization of the United Nations. Bhutta, Z. A., T. Ahmed, R. E. Black, S. Cousens, K. Dewey, E. Giugliani, B. A. Haider, B. Kirkwood, S. S. Morris, H. P. Sachdev, and M. Shekar, for the Maternal and Child Undernutrition Study Group. 2008. What works? Interventions for maternal and child undernutrition and survival. 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Meenakshi (Coordenador do Impacto e Políticas) Mourad Moursi (Postdoctoral Fellow) Penny Nestel (Coordenadora da Nutrição 2003–2006) Wolfgang Pfeiffer (Chefe de Desenvolvimento de Produtos) Associação para o Fortalecimento da Pesquisa Agrícola na África Oriental e Central (ASARECA) e Rede Regional de Melhoramento da Batata e Batata Doce na África Oriental e Central (PRAPACE), Uganda Martin Wamaniala (Director de Projecto) Rehema Kalibbala Byabagambi (Especialista em Sistemas de Sementes, 2006–2007) Sylvia Magezi (Especialista em Criação da Demanda) Charles Musoke (Especialista em Sistemas de Sementes) Jane Frances Najjingo (Contabilidade) Harriet Nsubuga (Especialista em Marketing e Desenvolvimento de Produtos) Fred Sempijja, Amos Wandera (Motoristas) Agricultura para a Alimentação e Desenvolvimento –Este da Uganda (FADEP – EU) Chris Mutome (Director de Projecto) Ketty Mutaki, Justus Mwaita, Topista Nadipo, John Martin Okike (Extensionistas de Bukedea) Volunteer Efforts for Development Concerns (VEDCO) Henry Kizito Musoke (Director Executivo) Joseph Bbemba (Director de Operações) Elizabeth Apoo, Ronald Balibuzani, Emmanuel Kasulubende, Dennis Katuuramu, Anthony Imalingat (Extensionistas de Kamuli) William Kalema, Jonathan Katende, Musa Ssali Kisakye, Elizabeth Nalumansi, Godfrey Ssaka (Extensionistas de Mukono) Helen Keller International (HKI) Diane Bosch (Representante Nacional) Christel van den Boogaard (Oficial de Mudança Comportamental) Carina Ismael (Consultor Técnico) Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI) – Pobreza, Saúde e Nutrição Dan Gilligan (Senior Research Fellow) Mary Arimond (Research Scientist) Alan de Brauw (Senior Research Fellow) Neha Kumar (Postdoctoral Fellow) Centro Internacional da Batata (CIP) Jan Low (Líder dos Sistemas de Sementes e Extensão Agricultores) Maria Andrade (Melhoradora da Batata Doce) Bernardino Azevedo Munhaua (Supervisor de Campo/Director de Dados) Regina Kapinga (Melhoradora Regional de Batata Doce, 2006–2009) Ricardo Labarta (Economista Agrícola) 16 Resultados do Projecto HarvestPlus em Moçambique e Uganda Centro Internacional da Batata (CIP) cont. Cornelia Loechl (Nutricionista) Sam Namanda (Agrónomo) Silver Tumwegamire (Assistente Melhorador de Batata Doce) Jose Devunane, Nelson Godinho, Iranette Almeida Manteiga, Momade Cesar Mussuale, Gomes Frederico Pedro, Victor Luis Serra (Equipa de Emuneração) Instituto de Recursos Naturais (NRI), Universidade de Greenwich Andrew Westby (Líder do Desenvolvimento de Mercados e Produtos) Aurélie Béchoff (Candidato a Ph.D) Claire Coote (Economista Agrícola) Jaquelino Massingue (Candidato a Ph.D) Julius Okwadi (Candidato a Ph.D.) Keith Tomlins (Leitora em Qualidade e Segurança de Alimentos) Visão Mundial Moçambique Richard Dove (Director de Projecto) Alexandre Barroso (Especialista de Marketing) Alberto Dausse (Administrador) Marcos Massas (Agrónomo) Filipe Zano (Agrónomo) Lenine Matavel (Agrónomo 2006-2007) Erasmo Alfandega, Hija Alide, Oliveira Antnio, Gildo M. T. Cônsula, Rafique Gulamo, Gabriel Gustavo, Américo Jacinto, Marcelo Jamal, Pascoal Loguelove, Wilson G. Mataia, Elias S. Luis Saimone, Zeca António Taímo (Extensionistas Agrícolas) Tiago Alifo, Jacinta Bonifácio, Filipe Castro, Valdimiro David, Fidalma Madeia, Jerónimo Mucubela, Arminda Mortar, Clementino Nanvaro, Estêvão Pedro, Nivalda Sidane, Elisa Flora Valia, (Extensionistas de Nutrição) Julio Luciano Amade, Antonio Joao Angelo, João Rubalaine Camuja, Alves Pedro Coquela, Carlos Gonsalves, Orlando Victor Monteiro, Francisco Rodrigues (Motoristas) Parceiros Locais – Uganda e Moçambique Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), Moçambique Calisto Bias (Director) Universidade de Makerere, Uganda Rhona Baingana, Agnes Namutebi, Agnes Nandutu, Grace Ndeezi, Sofie Tadria, James Tumwine The National Crops Resources Research Institute and National Agricultural Research Laboratories (NaCRRI, NARL), Uganda Ambrose Agona (Director do NARL - Kawanda) Robert Mwanga (Melhorador) Constance Owori, Geoffrey Menya, Stella Apio (outros trabalhadores) Outros Contribuintes Margaret Atiro, Francis Kayondo (UBOS) Pedro Arlindo, Grace Armstrong, Valeria Bender Braulio, Julie-Ruel Bergeron (Estudos de Moçambique) Paul van Jaarsveld (Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul) James Kakande, Grace Ssekakubo (Administração de Dados de Uganda) Geoffrey Kiguli, Abdelrahman Lubowa, Jaspher Okello (Estudos de Uganda) Scott McNiven (Universidade da Califórnia, Davis) Michelle Michalek, Nitya Mittal, Vanessa Moreira, Wahid Quabili, Vini Pabon, Cristina Sison (Assistente de Pesquisa) Generose Mulokozi (Centro de Alimentação e Nutrição da Tanzânia) “ A intervenção do projecto resultou num aumento significativo do consumo da BDPA entre as crianças novas, as crianças crescidas e mulheres tanto em Moçambique como em Uganda. Como resultado, o consumo total da vitamina A entre crianças menores, maiores e mulheres aumentou significativamente nos dois países. Partners ” Moçambique uganda O HarvestPlus é uma aliança global de instituições de investigação e agências implementadoras que trabalham em conjunto com vista a produção de culturas ricas em nutrientes e sua disseminação para contribuição de melhor nutrição. O HarvestPlus é coordenado pelo Centro Internacional para a Agricultura Tropical (CIAT) e Instituto Internacional para a Pesquisa em Políticas Alimentares (IFPRI). HarvestPlus é uma iniciativa do Grupo Consultivo de Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR). HarvestPlus, c/o IFPRI, 2033 K Street, NW, Washington, DC 20006-1002 USA Tel: +1-202-862-5600 • Fax: +1-202-467-4439 • [email protected] • www.harvestplus.org