Untitled - Hospital Vita
Transcrição
expediente VITA www.redevita.com.br Hospital VITA Batel (41) 3883-8482; [email protected] Hospital VITA Curitiba (41) 3315-1900; [email protected] Hospital VITA Volta Redonda (24) 2102-0001; [email protected] Maternidade VITA Volta Redonda (24) 3344-3333; [email protected] Grupo VITA (11) 3817-5544; [email protected] Presidente: Edson Santos Vice-Presidente Executivo: Francisco Balestrin Diretor Regional Rio de Janeiro: José Mauro Rezende Diretor Regional Curitiba: José Octávio Leme Diretor de Controladoria e Finanças: Ernesto Fonseca Superintendente Hospital VITA Batel: Maurício Fogaça Superintendente Hospital VITA Curitiba: José Octávio Leme Superintendente Hospital e Maternidade VITA Volta Redonda: Deumy Rabelo VITAL é uma publicação interna da Rede VITA. Editor: Francisco Balestrin Conselho Editorial: Ligia Piola, Rodolpho Dantas, Josiane Fontana e Iana Adour. Apoio Volta Redonda: Ygor Rodrigues Salgueiro Fotos Volta Redonda: Fátima Fonseca Apoio Curitiba: Rafael Martins e Central Press Fotos Curitiba: Rafael Danielewicz e Rafael Martins Produção: Headline Publicações e Assessoria (11.3951-4478). Jornalista responsável: João Carlos de Brito Mtb 21.952. Direção de arte: Alex Franco. Diagramação: Lucas Bertaco. Revisão: Ligia Piola. Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão: Gráfica Josemar (11.3865-6308) Email: [email protected]. Correspondência: Av. Pedroso de Moraes 1788 São Paulo SP Cep 05420-002 capa • Crianças estão muito mais saudáveis, mas as mudanças na vida moderna estão lhes trazendo doenças de adultos O Natal será de muita Luz, principalmente daquela que de nós emana. E que a VIDA esteja sempre em primeiro lugar neste Novo Ano que se inicia. Saúde, Paz e muito Amor é o que deseja a Equipe Revista VITAL índice opinião 04 • “Escolhas”, por Francisco Balestrin 05 qualidade vita • “O papel do auditor na Auditoria Clínica”, por Paulo Pontes saúde 06 • Reconciliação medicamentosa evita efeitos inesperados • Transplantes aumentam, mas ainda há filas • Consultas preventivas e check-up para uma boa saúde • Cirurgia no Hospital VITA Curitiba é transmitida para os EUA • Incontinência, prolapso e “bexiga caída” • Forame oval pode ser causa de enxaquecas e AVC 10 ping pong • Raul Cutait fala sobre como a relação entre médico e paciente tornou-se mais equilibrada 12 túnel do tempo 17 • Madame Durocher, a primeira parteira diplomada do Brasil 18 em rede vida digital • Ensine a criança a navegar com segurança na Internet 19 • Hospital VITA Volta Redonda inaugura Unidade CardioIntensiva • Preparação para emergências no Hospital VITA Curitiba • Hospital VITA Batel busca novas acreditações 21 perfil • Perfil da Eliana de Oliveira, do Grupo VITA em São Paulo artigo médico • “Atendimento completo para a criança”, por Jackson Baduy 22 opinião Escolhas Mestre, Como fazer para me tornar um sábio? – Boas escolhas. Como fazer boas escolhas? – Experiência. Como adquirir experiência? – Más escolhas... Este provérbio Chinês, se é que ele realmente é Chinês, aparentemente nos deixa numa situação contraditória, pois como, numa área como a de prestação de serviços e principalmente na prestação de serviços de saúde, alguém pode buscar conhecimento errando? Já se foi o tempo onde imperava a perspectiva do ensino baseado em ações, em pessoas ou processos em que, pela baixa repercussão de um ato incorreto, se podia tudo em prol do aprendizado. Quem hoje aceitaria ser ou ter um ente querido usado como “cobaia” num atendimento médico? Mais: quem aceita que qualquer ser humano possa ser usado como tal, simplesmente pela sua baixa condição social ou econômica- cultural? Os tempos evoluíram e é bom que seja assim. Aprenderam os homens e mulheres de bem e, principalmente, os profissionais que o principal compromisso que temos que ter em qualquer instituição de Saúde é não lesar nosso cliente. É não causar mais mal do que a própria patologia que o trouxe à nossa presença, seja em nossa clínica, serviço ou hospital. É por isso que temos insistido, nos últimos números, na tecla da segurança e na qualidade assistencial. Não se pode mais colher os frutos de uma boa atenção médica-hospitalar em função de erros e acertos no atendimento. Nossas instituições buscam sempre o melhor, pois este é o compromisso de toda boa e correta atividade baseada em processos e princípios, absolutamente definidos e checados por entidades externas que garantem a qualidade dos serviços prestados. Mais uma vez lembro que Todos os Hospitais VITA são acreditados por Instituições Nacionais e Internacionais, o que os torna membros de um pequeno grupo de instituições em nosso País (200 em 6.500) que têm firme seu compromisso com a qualidade, atestado não só pelos clientes, mas também por Entidades Externas que submetem os Hospitais a um rigoroso processo de certificação. Gostaria de falar um pouco sobre nossa revista VITAL: como sempre, acabo me envaidecendo pelo conteúdo da mesma. O trabalho, especialmente do João e da Lígia, faz a “coisa” acontecer. Além deles, não poderia deixar de mencionar os demais membros do Conselho Editorial. E a todos que não citei, mas sendo testemunha de sua dedicação, fica aqui o agradecimento de todo o Grupo VITA. Temos um conjunto muito interessante de matérias e, desta vez e cada vez mais, buscamos temas que possam, numa linguagem de fácil entendimento, trazer um conteúdo auto-explicativo e útil para nossos leitores não afeitos ao jargão técnico. Dentre as interessantes e objetivas matérias que apresentamos, duas me são muito caras: primeiro, uma bela seção Ping-Pong com um amigo de quase trinta anos; Raul Cutait, que numa sensível entrevista nos demonstra que na maior parte das vezes, o sentimento humanitário e o gostar das pessoas são determinantes para a atividade médica. E ele é mestre nisto! Ainda, no mesmo tema, a visão humanitária na ciência médica; temos uma extensa matéria focada em algo que nos enternece e movimenta nossos sentimentos: o lidar com as crianças que tão bem nos fazem. Ah! E por falar em amizade antiga, queria que vocês não deixassem de ver a matéria com o perfil de uma pessoa muito querida, que é um dos esteios do Grupo VITA, e gostaria que todos a conhecessem um pouco, assim como a conheço muito: Eliana Oliveira e sua rica vida pessoal e familiar. Francisco Balestrin 4 O papel do auditor na Auditoria Clínica Paulo Pontes de Castro A Rede VITA tem como missão ser reconhecida internacionalmente por utilizar as melhores práticas e, através da melhoria contínua, alcançar a excelência na qualidade dos serviços prestados a todos os clientes. Por esse motivo, a rede VITA investe maciçamente quando o quesito é qualidade. Todas as unidades dispõem de uma estrutura física com um grupo de profissionais qualificados e treinados para essa função, denominados “escritórios da qualidade”. Neles encontram-se todas as informações sobre os processos de atendimento das unidades hospitalares e seus resultados, sempre baseados em protocolos adotados mundialmente, visando prestar o melhor serviço. Como parte desse processo, encontramos a “auditoria clínica”. Todos os processos assistenciais auditados geram um relatório que é apresentado ao gestor da unidade, e é por esse instrumento que o gestor acompanha todo o processo assistencial baseado em protocolos adotados mundialmente. Se os resultados estão dentro do esperado, podemos também considerar a auditoria clínica como uma “prova dos nove”, que é realizada sistematicamente com o objetivo de garantir que a qualidade da assistência prestada está de acordo com os critérios previamente estabelecidos. sistente e nele checamos a qualidade das informações, e verificamos se os protocolos de atendimento estão sendo executados. Na outra modalidade de auditoria encontra-se a conferência dirigida a um processo específico (mesmo tipo de doença, cirurgias, etc.). A auditoria clínica tem a função de suprir de informações importantes a unidade hospitalar e seus gestores, pois ela é suficiente o bastante para identificar o que está diferente do resultado esperado, o que chamamos de “não conformidade”. Também tem por objetivo avaliar o desempenho das equipes envolvidas no processo e avaliar a qualidade dos registros no prontuário do paciente. Portanto, vemos hoje que toda instituição preocupada com a sua qualidade assistencial investe no processo de auditoria clínica, gerando constante treinamento do seu time assistencial e prevenindo possíveis riscos. Esta é uma das principais missões dos Escritórios da Qualidade da Rede VITA. Paulo Pontes de Castro - Auditor Clínico do Hospital VITA Volta Redonda O processo de auditoria é feito rotineiramente; porém, existem algumas diferenças: podemos fazer auditorias aleatórias, ou seja, analisamos um prontuário escolhido de forma aleatória, onde não sabemos quem é o paciente e nem o médico as- 5 saúde Não deixe um remédio atrapalhar o outro Farmacêuticas do Hospital VITA Volta Redonda criam trabalho científico sobre interação medicamentosa evitar alguma “interação” danosa. Remédios podem brigar. Um atrapalha o outro, um é a mesma coisa que o outro, um faz o Juliana, que é chefe de farmácia e suprimentos outro fazer o que não deve e assim por diante. do Hospital VITA Volta Redonda, e Thaís, que Ou seja, às vezes um medicamento interage é farmacêutica clínica, foram conversar com com o outro; por isso esse “desentendimento” os pacientes e descobriram que vários deles é conhecido como interação medicamentosa. se esqueciam de contar para o médico quais O tema é tão importante durante a internação remédios tomavam em casa. “A pessoa pode de um paciente que até se tornou um trabalho nem considerar que aquilo seja um medicientífico das farmacêuticas Juliana Silva Ximecamento”, diz Juliana; “o nes e Thaís Pires Quaglia, do Hospital VITA Volta Redonda. • Seu remédio de uso diário pode interagir com colírio de glaucoma, por outros medicamentos durante a internação exemplo, para muita gente É essencial informar todos os • Conte para o médico e para o farmacêutico medicamentos que o paciente todos os remédios que você utiliza, inclusive nem é remédio, mas é, e pode gerar uma interação utiliza, principalmente durante colírios • Enquanto estiver no hospital, deixe seus medicamentosa”. O ideal é sua internação, porque geralremédios com a enfermagem e não tome nada que todos os medicamenmente receberá outros vários sem avisar tos do paciente, mesmo os medicamentos, e é preciso que não têm nada a ver com o tratamento, sejam entregues para a enfermagem do Hospital, que irá controlar a dosagem e os horários. “Com isso, também eviJuliana Silva Ximenes e Thaís tamos o risco Pires Quaglia de interromper qualquer tratamento durante a internação”, explica Juliana. Quem fez as entrevistas com os pacientes foi a Thaís: “O paciente se esquece de contar, mas ele pode trazer os medicamentos de casa e tomálos sem a gente saber, e isso pode atrapalhar o tratamento”, diz Thaís. Os resultados da pesquisa que Juliana e Thaís realizaram foram apresentados em um pôster no Congresso da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, em Salvador. Seja você também um doador Mais e mais pessoas levam vidas normais graças a órgãos transplantados Ainda existe no Brasil uma imensa fila de pacientes que aguardam transplantes, e a única esperança para eles é que mais pessoas tomem, em vida, a decisão humanitária de se declararem doadoras de órgãos. Julio Wiederkehr, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital VITA Curitiba, que já fez mais de mil transplantes de fígado, considera a questão não só uma caridade, como também uma decisão em benefício próprio: “A chance de 6 Participe fonte: Ministério da Saúde Julio Wiederkehr que você um dia precise de um transplante lise, e apesar de todos os incômodos dessa é muito maior do que a de que você venha situação, isso lhe permite continuar esperando a doar seus órgãos”, diz Wiederkehr. Simples- pelo transplante o tempo que for necessário”, mente porque as condições para que uma diz o médico. Já no caso de quem espera pessoa possa doar um órgão são bastante um transplante de fígado, sua sobrevivência específicas e raras, enquanto a fila de espera depende de surgir um doador compatível para por transplantes aumenta a cada dia. O tema que a cirurgia aconteça. do programa Globo Repórter de 11 de novembro (http://g1.globo.com/globo-reporter/) A vida de um transplantado pode ser praticafoi justamente a situação mente normal, exceto dos transplantes no Brasil, pelo uso de medicaa vida de pacientes que mentos imunossupresaguardam transplante e sores, que evitam que O Brasil possui hoje um dos maiores programas o cotidiano dos que vivem seu organismo rejeite públicos de transplantes de órgãos e tecidos do com órgãos doados. o órgão transplantado. mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde “Conheço vários pae 1.376 equipes médicas autorizados a realizar Quem espera por um cientes que receberam transplantes, o Sistema Nacional de Transplantes transplante de fígado tem um fígado de um doaestá presente em 25 estados do País, por meio das pressa, porque não há medor e hoje são pessoas dicamentos ou tratamenesportivas, que jogam Centrais Estaduais de Transplantes. tos que substituam sua futebol, fazem camiO passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o função, explica Widerkehr. nhadas, recuperaram seu desejo de ser doador. Não é necessário deixar “O paciente que perdeu os sua vida normal”, conta nada por escrito. rins pode fazer hemodiáWiederkehr. Prevenir é melhor que remediar Tem gente que não se esquece da revisão do carro, mas não faz consultas preventivas com seu médico; o ideal é fazer pelo menos uma consulta anual com um clínico, mesmo que não haja nenhuma doença Por incrível que pareça, muita gente ainda acha que só deve ir ao médico quando está doente. Esse é um erro que pode trazer sérios prejuízos para a saúde e também, vamos admitir, para o bolso. “Um adulto saudável, mesmo que não tenha percebido qualquer doença ou incômodo, deve fazer pelo menos uma consulta anualmente”, diz a médica Cleide de Oliveira, do programa de check-up do Hospital VITA Volta Redonda (veja box nesta matéria). Quem marca no calendário pelo menos uma visita por ano ao médico, mesmo que esteja esbanjando saúde, pode prevenir diversas doenças. Prevenir é melhor do que remediar Além de curar, a Medicina também tem a responsabilidade de ajudar as pessoas a prevenirem doenças, mas esse aspecto tende a ser ignorado. Marcos Marques, médico do programa de check-up do Hospital VITA Batel, é testemunha desse descaso: “Quando vou a uma empresa proferir uma palestra sobre um tratamento o auditório lota; mas quando é para falar sobre medicina preventiva, sobram vagas”, comenta. Marques também cita os que não fazem exames periódicos porque têm medo de “descobrir alguma coisa”. Fazer consultas preventivas pode mostrar alguma doença em estágio inicial de sua evolução, o que aumenta as chances de cura. “Diabetes é um exemplo disso”, diz Marques. “Se for descoberto tardiamente não será mais reversível e o paciente pode ter que conviver com o diabetes o resto da vida”. Exames básicos e específicos Em uma consulta rotineira, normalmente o médico vai pedir alguns exames básicos. A família e a profissão da pessoa também dão dicas importantes para o Marcos Marques Cleide de Oliveira médico, para que ele saiba o que procurar e prevenir. “Sabendo que doenças o pai ou a mãe teve, podemos pedir exames mais dirigidos, que não pedimos para todo mundo”, diz Cleide. Conte tudo que achar reExistem alguns exames rotineiros que se recomenda levante, mesmo que o médico não pergunte. Revisão Anual fazer todos os anos. Você pode lembrar seu médico O diagnóstico não é apenas resultado de uma lista de exames. A visita ao médico anual é importante, porque permite a ele avaliar e acompanhar a saúde do cliente: o que essa pessoa está sentindo agora que não sentia antes? O que mudou e o que permanece igual? Inclua na agenda uma visita anual ao médico: ele é o profissional que pode ajudá-lo a manter a saúde. desta lista, e conversar com ele sobre a necessidade ou não destes e outros exames. • Radiografia de tórax • Ultrassom de abdômen total • Sangue • Hemograma completo • Glicemia • Colesterol total e frações • Urina • Fezes • Teste ergométrico Programas de Check-up • Ecocardiograma • Eletrocardiograma • Ultrassom de tireóide Os Hospitais VITA Batel e VITA Volta Redonda oferecem gista, cardiologista, urologista para homens e ginecologista • Dosagem nutrientes mineiras, como sódio, potássio, serviços de check-up, que normalmente são contratados por para mulheres, e outros. Tudo isso para reduzir o tempo magnésio e fósforo (falta ou excesso causam altera- empresas para beneficiar seus colaboradores, mas que tam- necessário e elevar a comodidade para os clientes. ções clínicas) bém podem ser contratados por particulares. Um check-up • Sorologia de hepatite B, C e HIV reúne ao longo de algumas horas uma bateria de exames e Hospital VITA Volta Redonda - (24) 3344-3233 • Mulher: exames ginecológicos consultas com vários especialistas: clínico geral, oftalmolo- Hospital VITA Batel - (41) 3883-8441 • Homem: exame de próstata 7 saúde VITA Curitiba transmite cirurgia para congresso nos EUA Equipe especializada em cirurgia do estômago também foi premiada pelo segundo ano consecutivo no Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica O cirurgião José Alcides Branco Fiho e sua equipe de cirurgia bariátrica transmitiram a realização de uma cirurgia para o congresso Best-Bariatric Endoscopic Surgical Trend, um dos mais importantes da especialidade, que aconteceu dias 3 e 4 de novembro no Mount Sinai Hospital, em Nova York. Ano passado o congresso aconteceu em Portugal, e a equipe de bariátrica realizou uma cirurgia durante o evento. Mas segundo Branco, os EUA exigem uma licença especial para se fazer cirurgia em território americano, de modo que a solução foi realizá-la no Brasil e transmitir, ao vivo, para os EUA. Branco e equipe concluíram a cirurgia, com sucesso, na quarta-feira, dia 1º de novembro, e no dia seguinte viajaram para Nova York, para participar do congresso comentando outros procedimentos. Foi feita uma re-operação de cirurgia bariátrica, um caso de fístula, uma comunicação inesperada no tubo digestivo por onde passa o alimento. “É um caso raro e por isso foi selecionado e coincidiu com o congresso”, diz Branco. Segundo ele, pode ter sido a primeira transmissão de uma cirurgia do Brasil para os EUA. Além disso, pelo segundo ano consecutivo, o trabalho apresentado pela equipe de Branco foi escolhido como o melhor no Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica. O Congresso é realizado pela Sociedade de Cirurgia Bariátrica Metabólica e de Diabetes, e este ano aconteceu em novembro, em Gramado (RS). José Alcides Branco Fiho Rir à vontade, sem medo de urinar Urinar ao dar risada, tossir ou ao fazer qualquer outro esforço é sinal de incontinência urinária; nas mulheres, esse problema costuma ser confundido com outro mais grave, a “bexiga caída” Incontinência urinária (um nome técnico de não conseguir segurar a urina) é um problema que afeta um número maior de mulheres que de homens, mas felizmente para elas o tratamento costuma ser mais simples. Segundo o médico urologista José Ramon, do Hospital VITA Volta Redonda, a maior parte dos casos é tratado via transvaginal, sem incisão no abdômen, e a paciente tem alta em apenas um dia. O tratamento da incontinência urinária feminina consiste na implantação de uma tela para sustentar a uretra (canal por onde a urina sai da bexiga). “A maior parte das pacientes recupera imediatamente o controle sobre a urina e pode voltar a suas atividades normais em dez dias”, diz Ramon. Mas muita gente acha que toda mulher que tem incontinência urinária está com a “bexiga caída”, o que não é verdade. Sim, a “bexiga caída” existe. O nome técnico dessa enfermidade é “prolapso vaginal” e ela acontece quando as 8 estruturas da cavidade pélvica cedem. “Nesse caso, ocorre como um ‘desmoronamento’ interno, os tecidos cedem, e a bexiga se desloca para o canal vaginal”, explica Ramon. O problema pode se manifestar de muitas formas, e com outros órgãos além da bexiga. É comum que a mulher sinta como se tivesse uma bola no fundo da vagina, e em casos mais avançados, esse tecido pode até se exteriorizar. A chance de sofrer um prolapso vaginal é maior em mulheres que fizeram vários partos, mas o problema também pode afetar mulheres que nunca deram à luz. Além da incontinência urinária, as mulheres que têm o problema se queixam de dor, incômodo e alterações intestinais. O prolapso é bem mais raro que a incontinência, numa proporção de 1 para 15, segundo a experiência profissional de Ramon. Essa enfermidade também pode ser tratada cirurgicamente. José Ramon Forame oval patente pode ser causa de AVC Muita gente convive com ele sem problema algum; mas a presença de um pequeno orifício no coração pode ser a origem de um AVC ou de intensas enxaquecas Antes de nascer, sua vida dependia dele. A circulação sanguínea do bebê em gestação flui por um pequeno orifício dentro do coração, o que permite não passar pelos pulmões. Quando nascemos, os pulmões começam a funcionar, e essa passagem dentro do coração se fecha. Mas em muita gente (de 10 a 25% da população, calcula-se), ela não fecha completamente, e fica um orifício por onde o sangue venoso pode se misturar ao arterial, dentro do coração. Isso é grave? Nem um pouco. Se fosse, não haveria tanta gente vivendo perfeitamente, sem nem desconfiar que possui essa, digamos, característica. Então não é para sair correndo para o cardiologista e pedir um exame de “forame oval patente”. Mas em alguns casos, esse orifício herdado da gestação causa, sim, problemas. “O pulmão funciona como um filtro do sangue venoso, que traz pequenos trombos, pequenos coágulos, porque o sangue venoso circula com uma velocidade muito mais baixa que o arterial”, explica Léo Solarewicz, cardiologista intervencionista dos Hospitais VITA Batel e VITA Curitiba. Coágulos indesejados absoluta de que aquela tenha sido a causa. “Operamos recentemente uma mulher que teve um AVC aos 21 anos”, conta Matsuda, “e posteriormente um novo problema isquêmico aos 31”. Um exame mostrou a existência do forame oval patente, e decidiu-se pelo fechamento do orifício, para reduzir o risco de novos incidentes. O procedimento foi realizado com sucesso por Matsuda, juntamente com o cirurgião Marcio Montenegro. O procedimento A operação é relativamente rápida. É realizada por uma equipe de dois ou três cardiologistas e são necessários: um laboratório de hemodinâmica, capaz de mostrar o sistema circulatório em funcionamento, durante a operação (é como uma radiografia de veias e artérias, em tempo real); um aparelho de ecocardiografia transesofágica; e a prótese que será implantada. O procedimento pode durar menos de 30 minutos e o paciente pode ter alta no dia seguinte, ficando na UTI, em observação, apenas o tempo necessário para garantir que o procedimento teve êxito. Como o forame permite a passagem do sangue venoso para a circulação arterial, a pessoa pode ter o azar de que passe também algum coágulo que venha a causar um acidente vascular cerebral (AVC), ou outro problema, como enxaquecas. “As únicas pessoas que devem procurar diagnóstico preventivo são os mergulhadores profissionais, porque sua atividade predispõe à formação de trombos”, explica o cardiologista Thiago Matsuda, do Hospital Thiago Matsuda VITA Volta Redonda. Quando um paciente sofre um AVC, os médicos investigam todas as causas possíveis do problema. Quando não a encontram, o principal suspeito é o forame oval patente. “No Brasil, basta uma ocorrência de AVC sem causa definida para que se justifique uma intervenção”, diz Solarewicz. É uma medida para prevenir outros episódios isquêmicos, ainda que não se tenha certeza Léo Solarewicz “O paciente não nota qualquer alteração”, explica Matsuda; “ele já vivia normalmente com o forame oval, e continua vivendo da mesma maneira após a intervenção. Não há diferença na capacidade do coração bombear o sangue, por exemplo”. Só os pacientes indicados para o tratamento por enxaqueca incapacitante notam a diferença, que deve ser uma melhora acentuada na qualidade de vida. É bom observar que o tratamento só é indicado e autorizado para quem tem enxaquecas incapacitantes, ou seja, tão frequentes e intensas que impedem que a pessoa leve uma vida normal, e que a causa provável diagnosticada seja o forame oval patente. 9 ping pong Sinceridade gera confiança O cirurgião Raul Cutait, especialista em câncer do aparelho digestivo, já atendeu diversos políticos e celebridades, entre eles o ex-vice-presidente José Alencar, que morreu no dia 29 de março de 2011, após uma longa batalha contra o câncer, vivida de forma corajosa e pública. Nesta entrevista, conversamos com Cutait sobre a relação médico / paciente, que para ele deve ser pautada pela transparência, honestidade e acontecer com a linguagem mais simples possível. Cutait já foi secretário da Saúde da cidade de São Paulo, é membro da Academia Nacional de Medicina e da Academia Paulista de Letras, professor da Faculdade de Medicina da USP e cirurgião do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. VITAL - Dois dias depois da morte do ex-vicepresidente José Alencar, você publicou um artigo na Folha de S. Paulo com o título “Tributo a um paciente”, no qual faz reflexões sobre o papel do médico e do paciente, as decisões compartilhadas, a responsabilidade e o afeto que podem nascer desse relacionamento. no meu modo de ver, bastante saudável. Há umas poucas décadas, era rotina o médico tomar as decisões e comunicar o que ia fazer ao paciente. Este tinha que seguir, então diziase “o médico mandou fazer tal e tal coisa”. O médico não manda, o médico sugere. Era uma relação um pouco mais autoritária. Raul Cutait - Houve uma mudança grande na relação médico / paciente em termos de copartipação em todos os momentos, do diagnóstico e de tratamento. É uma relação muito séria, uma relação mágica, em geral duas pessoas que não se conhecem passam a ter uma certa interdependência, o paciente, que o médico vai conduzir nos seus problemas de saúde, e o médico, que deverá conduzir da melhor forma possível, para honrar seu juramento hipocrático. É uma relação de competência e confiança. O médico tem que ter a competência de buscar resolver, e o paciente tem que confiar. Isso foi mudando, até com a democratização do conhecimento. Antes o leigo não sabia nada, o médico sabia tudo. Recordo que, quando estudante, muitas vezes não se contava ao paciente que ele tinha câncer, porque era uma doença com poucas chances de tratamento e que era muito estigmatizada. Mesmo confiando, nos dias de hoje, o paciente deseja ouvir uma segunda opinião, o que é, 10 Com a difusão do conhecimento, e principalmente com a Internet, e com o comportamento democrático das pessoas, de interagir com mais liberdade e conversar mais sobre seus problemas, elas passaram a querer saber mais sobre o que ia acontecer com elas. O médico teve que aprender a dialogar mais explicar o que estava fazendo. VITAL – O médico deve expor suas incertezas? RC - A atitude do médico mudou, ele passou a ter que argumentar, ainda que nem sempre consiga fazer com a clareza desejada, às vezes porque nem ele próprio sabe ainda aonde quer chegar, e até mesmo correndo o risco de aparentar incompetência. Hoje o médico tem que expor e se expor. Tem que ser uma relação cada vez mais olho no olho, onde ele deve mostrar as certezas, mas também as incertezas, e ter a honestidade de colocar isso com a maior franqueza. O doente também tem que compreender tudo isso, que nem sempre é possível ter todas as certezas que desejaríamos ter, apesar de todos os recursos a que podemos recorrer. Alguns pacientes querem saber mais, outros não querem saber nada. Tem pacientes que querem até assistir um vídeo da cirurgia que irão fazer, outros pedem para ver um diagrama, enquanto alguns não querem saber nada, uma explicação como “vamos tirar um pedacinho deste órgão” é suficiente. O médico tem que ter a sensibilidade para fazer com que o paciente compreenda o que se passa. Como o Duda Mendonça costuma dizer, “comunicação não é o que você fala, é o que o outro entende”. VITAL - Hoje todo mundo já chega ao consultório com informações sobre sua doença. Isso não causa um maior sofrimento e ansiedade para o paciente? RC - Muita gente vem conversar e diz que já leu uma coisa ou outra. Mas nem sempre consegue integrar as informações porque não é da área. Isso pode gerar uma percepção distorcida do que está acontecendo. Então algumas vezes eu sugiro: “Não leia nada que eu te explico tudo, mas se você não ficar satisfeito, vá atrás de informação extra e conversamos novamente”. Às vezes a leitura de um ou outro artigo médico pode deixar a pessoa confusa, porque alguns quadros são simples, outros são de grande complexidade, e não vai existir um artigo médico que descreva exatamente o caso dele. Outro ponto, é que com essa clareza na comunicação, ele pode ficar sabendo de coisas que podem abalá-lo. Pode descobrir por exemplo que o risco de uma doença é maior do que ele imaginava, que a chance de cura que ele esperava ter não é real. Mas o que não pode acontecer é o faz-de-conta. O médico faz-de-conta para o paciente que ele não tem nada grave, a família também faz-de-conta, e o paciente faz-de-conta que não está sabendo de nada. Essa é a relação mais falsa que existe. convênios, o preço que se paga por uma consulta na maioria deles é tão vil que o médico não consegue dispender o tempo necessário para conversar como deveria com seus pacientes. Então o médico o ouve rapidamente e pede dez exames. Se tivesse mais tempo, poderia ouvir detalhadamente e pedir dois exames. Quando uma família me diz: “Não conta que ela está com câncer, porque ela não vai aguentar a notícia”, eu respondo que não é verdade. Todos conseguimos conviver com as más notícias, com mais ou menos sofrimento. Se a pessoa não souber o que tem, ela não poderá compreender o que precisa ser feito. Se os convênios remunerassem melhor os médicos, seriam necessários menos exames. Sempre falo para os meus alunos: quando se vai discutir dor no abdômen com o paciente, você pode gastar 15 segundos e perguntar simplesmente onde é a dor. Se é em cima, pede tal exame; se é embaixo, tal exame. Mas a dor tem muitas variáveis, e você deve perguntar por todas e repetir as perguntas, porque a memória do indivíduo vai vindo enquanto nós falamos do problema. Então são consultas mais longas. VITAL – Por que é importante que o paciente saiba exatamente o que se passa? Não seria preferível poupá-lo em algumas situações? RC - Por exemplo, uma cirurgia que retira todo o estômago do indivíduo, ou algum outro órgão, o que vai exigir medicação, ou outras medidas, pelo resto da vida. Como você vai justificar medidas tão drásticas sem explicar o que vai acontecer e porque foi necessário? O paciente vai achar que foi feito tudo errado, que havia alternativas, que ele foi prejudicado. Eu explico para os familiares que não pode haver quebra da confiança. O doente deve acreditar no médico e na família. No momento em que ele não acreditar na família, ele perde o suporte emocional, e se não acreditar no médico, perde a confiança no tratamento. É claro que não é necessário entrar nos mínimos detalhes, nem passar todas as incertezas. VITAL - Então o “xis” da questão é a comunicação entre médico e paciente. RC - O objetivo é resolver o problema do doente. Ele tem que entender o caminho por onde se vai chegar lá, pode até discordar, e querer outra opinião, e até trocar de médico. Tudo isso é legítimo, nenhum profissional precisa ficar incomodado porque o paciente quer trocar de médico, isso é normal, às vezes as opiniões coincidem e às vezes não. Mas o sistema de saúde hoje está asfixiando a relação médico / paciente. Se o paciente vai ao SUS, o médico no ambulatório que vai atendê-lo tem que atender mais 20, 30 pessoas. Não dá tempo de conversar. Se ele vai nos médicos dos VITAL - Qual você acha que foi o legado de José Alencar, na forma como enfrentou sua doença? RC - Já cuidei de muitas pessoas em postos importantes, presidentes da República, membros do Legislativo e do Judiciário. Às vezes a relação profissional se transforma, ao longo do tempo, e se torna uma relação de afeto e cumplicidade. José Alencar, como outros, prestou um grande serviço ao país, expondo seus problemas de saúde. Outra vítima do câncer, dez anos atrás, foi o ex-governador de São Paulo, Mário Covas. Quando seu tumor voltou, fui chamado para operá-lo, uma cirurgia grande e difícil, com pós-operatório complicado. Covas deu uma entrevista coletiva na qual chorou, porque sabia da gravidade do problema, e mostrou que o câncer não é um estigma, que todos podem ter um comportamento humano e deixar seu sentimentos aflorarem, e ao fazer isso foi um bom exemplo para muita gente. Quando uma pessoa de destaque como o José Alencar, o Mário Covas e outros se expõem dessa maneira, isso gera um subproduto, que é a vontade que a população passa a ter de receber cada vez mais os melhores tratamentos. E a exigência da população é o melhor estímulo para a melhoria do sistema de saúde, tanto público quanto privado. 11 Problemas de gente grande 12 capa As crianças, hoje, estão imunes a várias doenças que amedrontavam pais e mães há algumas décadas. “Antigamente, a desidratação era comum, assim como quadros graves de várias doenças infantis, como sarampo, rubéola, difteria, caxumba e tétano, que praticamente desapareceram graças às campanhas de vacinação”, lembra o pediatra Plácido Antônio da Silva Neto, da Maternidade VITA Volta Redonda. Houve melhorias, também, em relação a outros riscos. Segundo Silva, desidratação e anemia também eram perigos reais, e constantes. Mas com o aumento da renda média da população, a desnutrição foi reduzida; além disso, a maioria dos pais é capaz de reconhecer um quadro de desidratação e fazer soro caseiro para hidratar a criança até conseguir atendimento médico. A vacinação das gestantes também reduziu os casos de tétano neonatal. Tudo isso praticamente desapareceu, o que é ótimo. Em compensação, a vida moderna fez com que as crianças passassem a sofrer de problemas que anteriormente estavam mais restritos aos adultos, como hipertensão e diabetes. Para a médica Lygia Maria Coimbra, coordenadora de UTI pediátrica do Hospital VITA Curitiba, um dos problemas mais sérios atualmente é a obesidade infantil: “Uma criança que aos dois anos está acima do peso recomendado tem 30% de chance a mais de se tornar um adulto obeso”, afirma. A obesidade infantil pode trazer problemas como hipertensão, níveis elevados de colesterol, e uma queda na imunidade. Alimentos de risco A alimentação atual, apesar de farta, é fonte de vários problemas. “Hoje a desnutrição diminuiu bastante; em compensação, a obesidade infantil vem aumentando”, diz Cecília Pereira Silva, pediatra da Maternidade VITA Volta Redonda. Além disso, uma criança obesa pode ser também anêmica, diz a médica, devido a uma alimentação rica em alimentos calóricos, mas pobre em outros nutrientes, como vitaminas e minerais. As crianças modernas também são frequentemente vítimas de constipação (a conhecida “prisão de ventre”) porque boa parte de sua alimentação é baseada em massas: macarrão, comum e instantâneo, biscoitos, pães, derivados de leite são alimentos práticos e rápidos, mas que contêm pequena quantidade de fibras. “Recebo muitos pacientes com dor abdominal por constipação”, diz Cecília. Segundo ela, o 13 pediatra também pode orientar nas consultas rotineiras (veja box) para uma alimentação balanceada, que previna a obesidade e a constipação. Para que a criança aprenda a apreciar uma dieta mais saudável, que inclua diariamente frutas e verduras, Cecília recomenda que os pais treinem seu paladar. “Faça seu filho experimentar um alimento pelo menos oito vezes, em épocas diferentes”. O alimento industrializado, o biscoito recheado, a pizza, devem aparecer no cardápio no máximo uma ou duas vezes por semana. Tempo de qualidade Lygia Maria Coimbra Lilian Sacagami A maioria dos pais quer dar o máximo para seus filhos: a melhor educação, as boas roupas, os brinquedos que os coleguinhas têm, a tecnologia que lhe permitirá navegar em um mundo conectado. Mas, por uma dessas imperfeições da vida, essas coisas todas custam dinheiro, e muito. O resultado é que, hoje, uma família típica de classe média tem pai e mãe trabalhando fora de casa, eventualmente cada um em mais de um emprego, e crianças na escola quase o dia todo. Essa agenda lotada reduz a convivência a uns poucos minutos, corridos, de manhã; algumas horas à noite e fins de semana. Menor a convivência, maior a culpa. Por estarem tão pouco tempo com seus filhos, os pais querem que o tempo em que estão com eles seja composto apenas de prazer e alegria. Já que o tempo é escasso, deve ser aproveitado com qualidade, orienta Lilian Sacagami, psicóloga da UTI pediátrica do Hospital VITA Curitiba. Ela faz um alerta: qualidade não quer dizer apenas diversão. “Jantar juntos é um ótimo momento para trocas, para saber o que foi bom e também o que foi ruim no dia de cada um”, diz Lilian. Para ela, o preço de poupar os filhos de qualquer dificuldade e de informações sobre as adversidades da vida é não prepará-los para os problemas que fatalmente encontrarão, e criar pessoas com “um limiar de frustrafrustra ção muito baixo”, ou seja, que não conseguem lidar com nada que saia errado. Babás digitais Quando mamíferos brincam, estão completando seu dede senvolvimento motor e soso cial. Não se trata apenas de aprender informações e desenvolver o organisorganis mo, mas de aprender a conviver. Será que a concon vivência mediada pelo 14 Raquel Pusch Cecília Pereira Silva computador supre essas necessidades? Hoje as crianças passam boa parte do seu tempo livre dentro de casa, usando videogames e computadores. Por um lado isso é bom e prático, vamos admitir, porque dentro de casa as crianças estão protegidas, e os pais ficam tranquilos enquanto trabalham; mas em excesso pode ser prejudicial para o desenvolvimento f í s i co e até mesmo intelectual. “Normalmente, os pais ficam muito orgulhosos pela facilidade com que os filhos lidam com tecnologia”, conta Lilian. “Mas existe todo um lado de desenvolvimento cognitivo que não é estimulado pelo computador”. Ela recomenda que os pais incentivem a conversa, o convívio social dentro e fora da família, para desenvolver as habilidades sociais das crianças. “A essência do relacionamento está na convivência, mas não apenas virtual, na convivência real, em contato frente a frente com as outras pessoas, e isso o computador não substitui”, diz Raquel Pusch, psicóloga do Hospital VITA Curitiba. Para ela, com tanta atividade no computador e tantos amigos virtuais, muitas vezes os jovens ficam sem assunto quando estão juntos, ou um não tem paciência para ouvir o outro. Doenças respiratórias, enorese (fazer xixi na cama) na adolescência, bulimia, anorexia, obesidade, são alguns dos efeitos que podem decorrer de probleproble mas de afetividade. “Os pais tentam compensar a culpa que sentem por estarem ausentes com presentes e permissividade; mas o mais importante é o afeto”, diz Raquel. Cuidado com a moda Crianças gostam de se vestir e ter os mesmos capa Quem quer ser pediatra? A Medicina também tem suas modas. Em algumas Pediatria exige uma grande disponibilidade do épocas, uma especialidade está em alta, ou baixa, médico, a qualquer hora do dia ou da noite, mas dependendo da demanda e do quanto ela oferece não remunera suficientemente o profissional. de oportunidades para os estudantes. Nos anos 70, “Além disso, não existe mais aquela figura do a Pediatria estava na moda, e era a especialidade ‘pediatra do meu filho’”, acrescenta Andrade. mais procurada pelos estudantes. Hoje, sabe-se, “A maioria das pessoas só procura os plantões isso mudou. Alguns hospitais têm até dificuldade de pronto-atendimento quando a criança está para preencher suas equipes de Pediatria, porque doente, o que não é o desejável”. esses especialistas estão cada vez mais raros. Apesar de todos os problemas, a Pediatria é Miguel Stremel Andrade, cirurgião pediátrico, uma grande fonte de alegria e satisfação profis- e Lygia Maria Coimbra, coordenadora de UTI sional: “Sou totalmente realizada por trabalhar pediátrica, ambos do Hospital VITA Curitiba, com crianças”, diz Lygia; “os resultados que acompanham essa perda de interesse dos conseguimos na UTI pediátrica são muito bons, médicos pela especialidade. Para Andrade, a e a maioria dos pais fica muito feliz e grata”. Como deve ser uma boa mochila Plácido Antônio da Silva Neto hábitos que adultos, e não é de hoje. Nem sempre isso é recomendável, entretanto. Algumas coisas podem ter reações indesejadas, como alergias, ou mesmo comprometer um desenvolvimento saudável. Segundo Cecília, da Maternidade VITA Volta Redonda, o uso de cosméticos, como sombra, esmalte e batom pode precipitar reações alérgicas. Ela recomenda que crianças evitem o uso rotineiro de cosméticos. “Não é proibido, não tem problema usar para uma festa, uma ocasião especial, o uso diário é que é mais perigoso”, diz Cecília. Ela conta que muitas vezes as meninas aparecem com coceira nas pálpebras devido ao uso de cosméticos. Calçar sapatos de salto alto, de forma roti rotineira, pode acarretar problemas nos pés e de postura, acrescenta. O peso excessivo das mochilas também pode ser prejudicial para as crianças, que além de carregarem o material escolar, também gostam de levar vários brinquedos para a escola. O ortopedista pediátrico Weverley Valenza reuniu algumas indicações para que os pais escolham um bom modelo e orientem seus filhos quanto à maneira correta de usar uma mochila. Tiras largas e acolchoadas Tiras estreitas causam compressão nos ombros, podendo causar dor e restringir a circulação; as tiras devem estar tensionadas para que a mochila fique bem junto ao corpo e aproximadamente 5cm acima da linha da cintura. nopais ajuda para li- Giselle Tonetto Por estranho que pareça, são os acidentes que ocorrem dentro de casa o maior perigo para a saúde das crianças: quedas, envenenamento com medicamentos ou produtos de limpeza, afogamento, queimaduras, brincadeiras com arma de Tiras para os dois ombros Mochilas com tira única para o ombro não distribuem o peso uniformemente; as tiras devem ser utilizadas uma em cada ombro. Acolchoamento posterior Um forro acolchoado e resistente protege as costas contra objetos pontiagudos, evitando desconforto. fogo, mordidas de cachorro, das leves às graves, e outros. Segundo Miguel Stremel Andrade, cirurgião pediátrico do Hospital VITA Curitiba, acidentes domésticos são a principal causa de morte na faixa entre 0 e 14 anos, ganhando de tumores e doenças infecto-contagiosas. “Muitas vezes os pais não percebem que alguma coisa pode ser perigosa para a criança. Por isso seria importante que houvesse mais campanhas de educação, que Tira lombar Uma tira na região lombar (da cintura) ajuda a distribuir o peso de uma mochila pesada mais uniformemente. Peso A própria mochila deve ser o mais leve possível; o peso total da mochila carregada não deve exceder 10% do peso corporal. alertassem quanto aos riscos”, afirma. Andrade atende muitos traumas em crianças, na maioria das vezes causados por quedas. Segundo ele, invariavelmente a criança bate a cabeça, o que pode causar traumatismo crânio-encefálico. Quem quiser saber Déficit de atenção Crianças birrentas e choronas tampouco é vidade. Mas a quantidade de que buscam de especialistas dar com esses Acidentes domésticos são o maior perigo para as crianças Mochilas com rodinhas Boa escolha para aqueles que necessitem carregar muito peso; lembrar que, ao subir escadas, ela terá de ser carregada. mais sobre como prevenir acidentes domésticos pode consultar o site Criança Segura (www.criancasegura.org.br). Miguel Stremel Andrade 15 problemas certamente aumentou. “Se essa criança passou o dia na escola, ou meio período, e ficou o restante do tempo com a babá, ou com a avó, ou quem quer que seja, os pais devem consultar essa pessoa a respeito de como ela se comportou”, diz Giselle Tonetto, neuropediatra do Hospital VITA Curitiba. “Só que os pais não costumam fazer isso”. Então muitas vezes a criança não teve o comportamento adequado, foi desrespeitosa e birrenta, e os pais ainda chegam com presentes. Então, na cabeça da criança, ela obteve uma recompensa pelo mau comportamento. Outro problema que Giselle testemunha com frequência são as crianças incapazes de se concentrar. “As causas desse comportamento nem sempre são apenas psicológicas, podem ser orgânicas também”, diz Giselle. Por exemplo, uma criança que não enxerga bem, certamente vai ter dificuldade em se concentrar. Seja qual for a causa, esse comportamento elétrico e dispersivo pode prejudicar todos os colegas de uma classe, e não deve ser ignorado. A neuropediatra afirma que é muito comum em crianças que nasceram prematuras apresentarem hiperatividade e déficit de atenção. Leve o pimpolho ao médico e siga o calendário de vacinas As dores do crescimento A criança acorda no meio da noite, com dor, chorando, mas sem motivo aparente. Os pais, preocupados, levam-na ao pronto-socorro, onde os médicos também não conseguem fazer um diagnóstico. Segundo Weverley Valenza, ortopedista pediátrico do Hospital VITA Curitiba, muitas vezes a causa são as dores do crescimento. É uma queixa comum em crianças; aproximadamente 35% delas apresentam pelo menos um episódio dessa dor. Para Valenza, o termo “dor do crescimento” nem é o mais apropriado, pois não há evidência de que crescer dói. O fenômeno é mais frequente entre 3 e 12 anos de idade, e acomete um pouco mais as meninas que os meninos. A criança pode sentir dor em uma perna ou nas duas, e há também dores abdominais e cefaleia. As dores se iniciam ao entardecer ou à noite. Algumas crianças chegam a acordar com dor e ela desaparece pela manhã. Não existe tratamento específico para dor do crescimento; ela Weverley Valenza tende a desaparecer, tanto os sintomas agudos, como a sua frequência. Para os episódios de dor pode ser feita massagem, pode-se usar calor local e, a dor persistindo mesmo com as medidas anteriores, pode ser ministrado um analgésico. É importante ressaltar que só o médico está preparado para fazer um diagnóstico preciso. Mitos sobre a asma Um dos problemas que mais afligem os pais é a piramos mais rápido, o ar chega mais frio e seco asma infantil. Conversamos com Carlos Massig- ao sistema respiratório, o que desencadeia uma nan, pneumologista pediátrico do Hospital VITA crise de asma. Curitiba, que enumerou alguns dos mitos mais comuns sobre a asma. - Esporte cura asma? Não, mas pode elevar a capacidade respiratória - Asma é uma doença? do paciente, a ponto de que ele possa conviver Hoje, considera-se a asma uma síndrome, ou seja, melhor com a asma. um conjunto de doenças que causam determinado efeito. É um quadro inflamatório, que obstrui as - Natação cura asma? vias aeríferas de forma reversível. Não, e dependendo do tipo de asma, a inalação do cloro da piscina pode até agravar o problema. Por Até a adolescência, a criança deve fazer consultas preventivas com o pediatra, para acompanhar peso, estatura, pressão arterial e desenvolvimento. A frequência das consultas varia conforme a idade. - Qual a causa da asma? outro lado, a natação pode ter os mesmos efeitos A asma pode ser classificada conforme sua causa benéficos de outros esportes. em quatro tipos: a asma alérgica, a causada por vírus, a induzida por esporte e a de causa desconhecida (quando não se consegue - O spray ou “bombinha” faz mal para o coração? - Até um ano, uma vez por mês; - Até dois anos, a cada três meses; - De dois anos até a adolescência, pelo menos duas vezes por ano. determinar a origem do problema). Exis Exis- Não, e o spray é a forma mais reco reco- tem outros tipos, mas esses são os mais mendada e higiênica de consumir o comuns em crianças. medicamento quando indicado pelo É importante acompanhar o calendário de vacinação até a adolescência. A vacina de tétano, por exemplo, deve ser reaplicada a cada dez anos. Um calencalen dário completo para cada idade pode ser encontrado no site da Sociedade Brasileira de Imunizações (www.sbim. org.br) - Asma tem cura? médico. A bombinha ganhou a fama Não, mas todas podem ser con con- de “perigosa” porque nos anos 1970 foi lançado um troladas, e algumas regridem broncodilatador que, por a ponto de não serem uso incorreto, causou a notadas. morte de alguns pacientes que tinham asma grave. - Esporte causa Esse medicamento não asma? está mais no mercado e os Em algumas pessoas, atuais são seguros. sim. Ao se exercitarem, res res- Carlos Massignan 16 túnel do tempo Madame Durocher, uma pioneira no século XIX As imagens que retratam Madame Durocher, a primeira parteira diplomada do Brasil, causam à primeira vista grande estranheza: ela parece um homem, de chapéu, casaca e gravata, indumentária que lhe dava a liberdade de atuar com segurança no ambiente repressivo do século XIX. Pressionada pela falta de dinheiro e perspectivas em uma Europa assolada pela guerra, a modista francesa Anne Nicolli Colette Durocher viaja para o Brasil em 1816, trazendo sua filha de sete anos, Marie Josephine Durocher, em uma viagem de cinco meses (a viagem costumava durar 70 dias em média, mas um acidente com o navio a vela, ainda na costa da Inglaterra, prolongou-a). Ao chegar ao Rio de Janeiro, Anne contou com o apoio de compacompa triotas para estabelecer uma loja de tecidos e armarinhos à rua do Ourives. A filha, Marie Durocher, a auxiliava como caixeira. A morte da mãe, em 1829, e do marido, em 1832, deixou Madame Durocher sozinha no negócio, que não conseguiu manter. Decidiu, então, incentivada pelo exemplo de Mme. Piplar, que havia se hospedado em sua casa no final dos anos 1820, e de Mme. Berghou, parteira da Santa Casa da Misericórdia, am-bas francesas, participar do primeiro curso para parteiras da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1833, formando-se no ano seguinte. Ao longo de seus 60 anos na atividade como parteira, estima-se que Madame Durocher tenha realizado cerca de 5.000 partos. Na época, as crianças nasciam quase exclusivamente em casa, já que a perspectiva de dar à luz nos hospitais era aterrorizante, pois ainda não eram adotados princípios de assepsia e controle de infecções. Assim, Madame Durocher realizava partos espor toda a cidade, atendendo desde es cravos até nobres. Em 1866 foi nomeada Parteira da Casa Imperial, e atendeu o nascimento da Princesa Leopoldina, filha de D. Pedro II (1840-1889). Em 1871 foi admitida na Academia apreImperial de Medicina, onde apre sentou várias observações sobre a sua clínica e sugestões sobre políticas públicas de saúde; condenou e/ou aprovou o meuso de determinados me dicamentos, participou de comissões e publicou mais de vinte textos na revista da instituição. Entre esses textos, destaca-se o artigo clí“Considerações sobre a clí nica obstétrica”, considerado o mais completo estudo sobre a prática obstétrica no Brasil no século XIX. Para ter a liberdade de atuar em qualquer região e a qualquer hora, Madame Durocher usava uma indumentária de estilo masculino, com casaca, cartola e gravata borboleta. “Adotei um vestuário que não só me pareceu mais cômodo para os trabalhos da minha profissão, como mais decente e característico para parteira. Julgava que esse meu exterior deveria atuar muito no moral da mulher inspirando-lhe ais de confiança e distinguindo a parteira do comum das mulheres”, escreve ela em sua biografia. Durocher também prestava outros serviços: partejar; examinar as condições das amas-de-leite, de virgindade das moças e dar “parecer” em exame médico legal de mulheres (casos de atentado violento ao pudor, defloramento, estupro e outros); calcular a data provável do parto e cuidar dos recém-nascidos. Também cuidava da saúde de recém-nascidos. fontes: “Madame Durocher, modista e parteira”, pesquisa de Maria Lúcia de Barros Mott; Wikipedia; blog Parir é Nascer. 17 vida digital Manual para a segurança do pequeno Internauta Para que as crianças naveguem em segurança na Internet, o ideal é compartilhar a responsabilidade com elas Todos andamos preocupados com os perigos que sabemos existir na Internet, e também inseguros, porque alternativa de vedar o uso da Internet às crianças simplesmente não é realista, nem saudável, nem positiva. Também não adianta achar que somente instalar softwares de filtragem vai resolver o problema. Eles existem, e devem ser usados (Google, MSN e muitos outros serviços contêm filtros, pesquise na Internet sobre como acioná-los), mas não vão estar sempre disponíveis para proteger a criança, porque ela pode também acessar a rede em vários lugares, e por vários meios, como celulares. Então o melhor jeito realmente é orientá-los, fazer com que compreendam a seriedade do assunto e compartilhar a responsabilidade com eles. Uma boa fonte de informações é o site Navegue Protegido (www.navegueprotegido.com.br), que traz informações para crianças, pais e professores. Saiba como proteger seus filhos 8 Se necessário, opte por programas que filtram e bloqueiam sites. Encontre um que se ajuste às regras previamente estabelecidas. “Contrato de uso da Internet” 1 Mantenha o computador em uma área comum da casa. 2 Acompanhe a criança quando utilizar computadores de bibliotecas. 3 Navegue algum tempo com a criança internauta. Da mesma forma que você ensina sobre o mundo real, guie-o no mundo virtual. 4 Aprenda sobre os serviços utilizados pela criança, observe suas atividades na Internet. 5 Denuncie qualquer atividade suspeita. Encoraje a criança a relatar atividades suspeitas ou material indevido recebido. 6 Caso suspeite que alguém on-line está fazendo algo ilegal, denuncie-o às autoridades policiais ou ao site http://www.censura. com.br/. 7 Estabeleça regras razoáveis para a criança. Discuta com ela as regras de uso da Internet, coloque-as junto ao computador e observe se são seguidas. As regras devem, por exemplo, estabelecer limites sobre o tempo gasto na Internet. 18 9 Monitore sua conta telefônica e o extrato de cartão de crédito. Para acessar sites adultos, o internauta precisa de um número de cartão de crédito e um modem pode ser usado para discar outros números, além do provedor de acesso à Internet. Uma forma eficaz de fazer com que a criança perceba a importância do assunto é criar um tipo de “Termo de Compromisso” com regras para uso da internet em conjunto com seus filhos. Isso faz com que a responsabilidade seja compartilhada por todos, e ajuda as crianças a terem uma boa experiência construtiva na Internet e a aceitarem melhor as orientações dos pais. Essa é uma sugestão do Portal da Família (www.portaldafamilia.org). Algumas famílias imprimem o documento no computador e assinam em conjunto 10 Instrua a criança a nunca divulgar dados pessoais na Internet, por exemplo: nome, endereço, telefone, escola e o e-mail em locais públicos, como salas de bate-papo. Recomende que a criança utilize apelidos. 11 Procure conhecer os amigos virtuais da criança. 12 Cuide para que a criança não marque encontros com pessoas conhecidas através da Internet, sem sua permissão. Caso permita o encontro, marque em local público e acompanhe a criança. 13 Aprenda mais sobre a Internet. Peça para a criança ensinar a você o que sabe e navegue de vez em quando. (fonte: www.censura.com.br) com as crianças. Veja abaixo um pequeno exemplo. ternet nças na In to das Cria ine - Contra guma coisa mente, se al is, imediata dora. pa s eu m m eaça E falarei co ora ou am 1. Eu SEMPR a, parecer assustad teleus , número do estiver conf en o, dereço rário, senha, ou et pl m co e nom ação, ho Eu A darei meu sua localiz er online. 2. Eu NUNC de minha escola ou ão quando eu estiv e fazer isso aç e qu ic r m tif ha no en , ac id ne eu fo formação de to, quando qualquer in ultarei antes um adul sempre cons cessário. eço pela e eu só conh possa ser ne alguém qu eus pais o que eles m co ro nt sm enco terei certeza A terei um rguntarei ao 3. Eu NUNC casos raros, antes pe colega da internet, eu e meu pai, qu Internet. Em decidir conhecer um um lugar público e eu acham, e se s encontraremos em to estará comigo. no ul de que nós ou um responsável ad ou e palavrões . minha mãe as gem que us quer mensa eaçadoras ou estranh rei al qu a i re A responde i e mostra adoras, am 4. Eu NUNC me pareçam assust gem, eu a imprimire te papo, eu e sa a sala de ba palavras qu r esse tipo de men ado em um be Se eu rece to. Se eu for incomod ssa sala. ul de para um ad o “ignore” ou sairei compras tã ro, ou farei usarei o bo custe dinhei s pais. ebsite que eu w m s um ao ra rmissão A irei pa 5. Eu NUNC sem primeiro pedir pe al rreio norm , ou pelo co via internet la Internet pe to fo a um meus pais. A enviarei 6. Eu NUNC m sem a permissão de s pais ito dos meu para ningué rtão de créd ca do o er o núm A enviarei 7. Eu NUNC ação deles. riz to au a m se Data______ __________ __________ criança___ da ra tu ______ Assina ______ Data __________ s dos pais__ ra tu na si As OnL Segurança em rede Hospital VITA Volta Redonda inaugura Unidade Cardiointensiva Novas instalações oferecem onze leitos com arquitetura moderna e acolhedora Com onze leitos e uma estrutura moderna, tanto do ponto José Paulo Coimbra Lages de vista de tecnologia quanto de arquitetura, acaba de entrar em funcionamento a nova Unidade Cardiointensiva (UCI) do Hospital VITA Volta Redonda. Destinada a receber pacientes que realizaram cirurgia cardíaca ou procedimento de hemodinâmica, além de pacientes emergenciais, a UCI conta Wans Santana com um posto de enfermagem, um posto de prescrição médica, uma sala de reuniões e um espaço de conforto médico para que o plantonista possa repousar. Para o cardiologista Wans Santana, coordenador da equipe médica da UCI, a nova unidade traz ainda mais conforto e segurança para o paciente, além de facilitar o trabalho dos médicos. Os leitos estão divididos em 8 boxes individuais e três apartamentos, e nestes os familiares podem ficar todo o tempo junto ao paciente. “Procuramos fazer um ambiente humanizado e acolhedor, porque sabemos o quanto isso é importante para uma boa recuperação”, diz Santana. Para Lívia Pinheiro, supervisora de enfermagem de cuidados críticos, o trabalho da enfermagem também vai ser facilitado na nova UCI, já que o posto de Enfermagem está numa localização central, que permite visualizar todos os leitos. UCI conta com entradas independentes para pacientes e visitantes Segundo José Paulo Coimbra Lages, chefe do Setor de Engenharia, a nova UCI foi resultado de um trabalho conjunto de todas as equipes envolvidas, que puderam opinar sobre o que seria ideal para oferecer o melhor em termos de conforto, aten- dimento e funcionalidade. Ele calcula que foram investidas mais de 30.000 horas de trabalho no planejamento e execução da unidade. Depois que o projeto foi definido, entretanto, a execução foi rápida: a obra foi concluída em menos de 60 dias. Inauguração marca aniversário de dez anos José Mauro Rezende Para comemorar seus 10 anos, o Hospital VITA Volta Redonda buscam atendimento no Pronto Socorro do Hospital, e conta com entrega à comunidade de Volta Redonda as novas instalações de o suporte do Serviço de Métodos Gráficos de Cardiologia (teste sua Unidade Cardiológica Intensiva. Como todos os serviços do ergométrico, ecocardiografia transtorácica, transesofagiana e Hospital, esta já nasce com conceitos arquitetônicos que aliam a eco-stress) e de um moderno centro de imagens com o padrão de excelência de fluxos assistenciais a conceitos de humanização e qualidade Labs D’Or, capacitado a realizar exames de imagem car- acolhimento tão importantes nestas difíceis horas. A Unidade con- diológica com a velocidade e a qualidade comparável aos serviços ta com 11 leitos, destinados ao pós-operatório de cirurgia cardíaca de excelência no Brasil. e atendimento de pacientes portadores de patologias cardíacas de caráter agudo. Os leitos foram O serviço de hemodinâmica, operado pela Cardiocine, já realizou preparados com especificidades 9250 exames cardiológicos com realização de 1373 angioplastias arquitetônicas e tecnológicas coronarianas, o que o coloca em patamares de eficiência compa- adequadas ao nível de cuidados rável aos grandes serviços do nosso País. Esta estrutura voltada ao necessários e ao estado clínico do tratamento das doenças cardíacas conta, ainda, com a retaguarda paciente. de todas as especialidades do Hospital VITA, com médicos de renome em nossa região e preparada para o atendimento de A equipe médica é constituída por emergências de alta complexidade. cirurgiões, cardiologistas clínicos e hemodinamicistas especializados, Além disso, é importante ressaltar que, dando suporte a toda esta com treinamento específico no tra- operação médica temos uma equipe multidisciplinar treinada, cer- tamento de pacientes críticos e com tificada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) em nível grande experiência em tratamento de Excelência e que agora busca sua Certificação internacional intensivo. Esta equipe está dispo- através da Canadian Health Accreditation. nível 24 horas para o atendimento de pacientes eletivos e daqueles que José Mauro Rezende é diretor regional da Rede VITA Rio de Janeiro 19 em rede Hospital VITA Curitiba simula ameaça de bomba Treinamento visa preparar equipes para garantir segurança de pacientes e colaboradores mesmo em situações anormais O Esquadrão Antibombas da Polícia Militar do Paraná participou do simulado Já prevendo o tipo de preparação que se espera de um hospital frente a eventos internacionais, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o Hospital VITA Curitiba tem realizado treinamentos para emergências, de modo que as equipes estejam prontas para garantir a saída, em segurança, de pacientes e colaboradores. O treinamento mais recente, realizado em outubro, foi voltado para uma situação de ameaça de bomba. A simulação contou com a participação do Esquadrão Antibombas da Polícia Militar do Paraná. “Simulamos que um telefonema anônimo teria anunciado a presença de uma bomba em um banheiro do Hospital”, conta Marcelo Barbosa, técnico em segurança do trabalho e coordenador do time de Gestão do Meio- Ambiente. A preparação inclui seguir rotas de fuga, procurar pontos de refúgio, acionar o esquadrão antibombas e retirar o objeto. O planejamento e treinamento do Programa de Ações em Emergências foi realizado em conjunto com a empresa Vonseg Tecnologia em Segurança e Saúde Ocupacional. O primeiro treinamento, ocorrido em fevereiro, foi de atendimento a múltiplas vítimas, no qual foi simulado um acidente envolvendo um automóvel e um ônibus de passageiros, com 14 pessoas representando vítimas, uma delas em estado grave, que foi transportada de helicóptero para o heliponto do Hospital. Esse simulado foi possível graças a uma parceria com a escola de socorristas Cadenas e com a Polícia Rodoviária Federal. O terceiro Hospital VITA Batel prepara-se para mais duas certificações Com os novos títulos, o Hospital VITA Batel pode passar a receber ainda mais pacientes estrangeiros O Hospital VITA Batel prepara-se para conquistar em 2012 duas novas certificações de qualidade dos seus serviços, ambas internacionais: a Acreditação Canadense e outra específica para cirurgia bariátrica. O Hospital já conta com a mais importante Acreditação brasileira, em nível de excelência, conferida pela ONA Organização Nacional de Acreditação. Segundo José Octávio Leme, diretor regional da Rede VITA, a certificação canadense trabalha com times que atuam na melhoria nos processos. Por exemplo, um time de gestão da informação identifica que existe a possibilidade de facilitar a liberação de um procedimento. Então cria um projeto para implementar essa melhoria e o executa. Com esses títulos, o Hospital oferecerá ainda mais segurança para os pacientes e um diferencial de qualidade para o mercado. Além disso, poderá passar a receber ainda mais pacientes estrangeiros, principalmente para cirurgias bariátricas. Acreditação é um certificado de qualidade voltado para serviços de saúde, emitido por entidades independentes. Outra característica desta acreditação internacional, conferida no Brasil através do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), é contar com um processo de auditoria denominado Tracer, para 20 simulado, a ser realizado no segundo trimestre de 2012, será voltado para preparar o pessoal do Hospital para uma situação de inundação. Para Barbosa, os treinamentos não só preparam a equipe para possíveis emergências, como também mostram para o público do Hospital sua preocupação em prever situações anormais. “O objetivo é socorrer as vítimas emergenciais e ao mesmo tempo manter o fluxo normal de atendimento”, afirma. “No caso de uma emergência, não podemos descuidar das outras pessoas que por acaso estejam vindo ao Hospital naquele momento”. Outros treinamentos repetidos regularmente são de abandono de área, para o setor administrativo e de enfermagem. avaliar se os cuidados que o paciente recebe correspondem ao que foi planejado para seu tratamento, e se ele está informado sobre esse planejamento. Em fevereiro de 2012 acontecerá a primeira visita de auditoria para a conquista do título. A outra certificação que o Hospital está buscando é específica para cirurgia bariátrica (de redução do estômago). São realizados, em média, 50 procedimentos desse tipo por mês no Hospital. O certificado é conferido pela entidade americana Scirurgical Review Corporation, representada no Brasil pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Além de já dispor de toda a estrutura e equipes para realização de cirurgias, o Hospital VITA Batel irá implementar um ambulatório clínico de atendimento ao paciente obeso para conquistar essa acreditação. A primeira visita de auditoria está prevista para março de 2012. Logotipos das acreditações que o Hospital busca em 2012 perfil Eliana Oliveira Signo: virgem Prato preferido: massas Esporte: caminhadas e pilates Hobby: diversos Frase: a oração do anjo da guarda Tsuru, origami representando a cegonha Como é que você consegue, Eliana? Planilhas e origami, contabilidade e astrologia, números e culinária. Ela é uma pessoa com múltiplas habilidades e interesses, a que se dedica com prazer e organização. Eliana Ayako Hirata Antunes de Oliveira, gerente administrativo-financeira do Grupo VITA, nasceu em Nova Esperança (PR), mas foi criada em São Paulo, onde fez faculdade de artes plásticas, e posteriormente cursos na área administrativofinanceira, a que se dedicou profissionalmente. “Mas nunca deixei de lado esse gosto pelas artes em geral”, afirma. Ela cultiva uma série de atividades artísticas e manuais: gosta de tricô e crochê, de criar ikebanas (tradicionais arranjos japoneses), fazer origamis e cozinhar. É casada com Paulo Roberto Antunes de Oliveira, e eles têm duas filhas, a Daniela Kimi e a Isabela Lie. Trabalha para o Grupo VITA desde o início, quando a empresa se chamava “Santos & Balestrin”, e acompanhou todo o processo de crescimento e aquisição dos Hospitais. “Eu me sinto muito realizada profissionalmente na minha atividade”, diz Eliana. “Hoje a contabilidade é uma ferramenta de gestão, são informações que mostram a estrutura em funcionamento e que ajuda os gestores a tomarem decisões importantes”. No momento está cursando uma pós-graduação em negócios de gastronomia, no SENAC / SEBRAE. Se à primeira vista parece Eliana com os sapatinhos e brinquedos de tricô que faz para doar contraditório que alguém que se dedica aos números goste tanto de artes e trabalhos manuais, para Eliana é justamente o contrário: é gostar dessas coisas que equilibra seu dia e sua vida. “Fazer origami é como meditar”, garante; “as mãos ficam ocupadas no trabalho de dobrar o papel, o que já traz um relaxamento, como o tricô e o crochê. Além disso, fico mentalizando tudo que quero para mim e para as outras pessoas, sucesso, realização, desprendimento, agradecimento”. Seu projeto no momento é dobrar 1.000 “tsurus” (cegonhas) de origami, o que, segundo a tradição japonesa, lhe dará direito a um desejo. “Uma amiga médica disse, ‘Eliana, você nunca vai ter alzheimer’, porque me dedico a muitas atividades que estimulam a mente”. “Sempre que faço alguma coisa, já estou pensando em presentear alguém”, afirma. “Por exemplo, no momento estou tricotando sapatinhos, que vou doar para uma creche”. E é assim quando faz pães, doces, arranjos, e “fazer para presentear” dá um sentido e uma satisfação maior à atividade. A culinária é outra atividade que ela exerce com muita alegria, reunindo toda a família aos domingos. “O que eu mais gosto realmente é cozinhar”, diz Eliana. “Adoro fazer comida para reunir as pessoas e também para fazer junto com as pessoas”. Para equilibrar tantas atividades e administrar as tarefas, Eliana conta com uma ferramenta importante: a organização. “Sou virginiana e descendente de japoneses, então não tinha como ser de outro jeito”, brinca. E como tem que manter um controle sólido sobre os números na sua atividade profissional, ela contrabalança acrescentando muita arte e diversão à sua vida. Adora assistir um bom filme, caminhar, viajar e conhecer novos restaurantes. 21 artigo médico Serviço de Pediatria do Hospital VITA Curitiba oferece atendimento completo para a criança Hospital conta com plantão pediátrico 24 horas e médicos especialistas para doenças infantis, o que o tornou referência em atendimento a crianças na região Jackson Baduy O serviço de Pediatria do Hospital VITA Curitiba destaca-se pelos serviços em atendimento de qualidade e segurança assistencial prestados aos seus pequenos pacientes. Pacientes pediátricos têm suas particularidades; assim, o Hospital possui estrutura adequada para atendê-los em todas suas necessidades. Conta com Pronto-socorro exclusivo para pediatria, centro médico com diversas especialidades, UTI Pediátrica, e toda a estrutura de exames diagnósticos. Em setembro de 2008, o Pronto-socorro pediátrico passou a contar com cirurgiões pediátricos e pediatras para atendimento emergencial, sendo um dos únicos no País com especialistas de plantão 24 horas por dia. Para o atendimento das internações pediátricas, mantemos equipe multidisciplinar formada por fisioterapeutas, nutricionistas, enfermagem e psicólogos, que dão total apoio emocional para criança e familiares durante o internamento. A UTI Pediátrica, que iniciou suas atividades em maio de 2007, hoje é referência em serviços de qualidade e segurança assistencial e conta com oito médicos intensivistas e cardiologistas pediátricos com experiência em Unidade Crítica. É a única unidade exclusivamente privada da cidade (atende pacientes particulares e de convênio), e conta com dez leitos divididos em boxes para paciente e acompanhante. Um grande diferencial e benefício é a possibilidade dos pais permane- 22 cerem 24 horas ao lado de seus filhos. Além disso, existem horários diferenciados de visita para os outros membros da família. Com o pré-agendamento, os irmãos com menos de 12 anos também podem acessar à UTI. O bem-estar e recuperação do pequeno paciente são auxiliados na continuidade de tratamento pela mesma equipe, ou seja, os médicos que iniciaram o tratamento continuam a atendê-lo durante seu período no Hospital, transmitindo segurança e tranquilidade ao pequeno paciente e familiares. No Hospital funciona o Centro Médico (Atendimento ambulatorial), com especialidades pediátricas, tais como cardiologia, endocrinologia, nefrologia, pneumologia e cirurgias. Assim, quando as crianças têm alta, já saem do Hospital com consulta de retorno marcada com o especialista. Com todos esses diferenciais e o encerramento das atividades de outros Prontosocorros pediátricos na cidade, o serviço de pediatria do VITA Curitiba cresce a cada dia. Mensalmente são realizados cerca de 3.300 atendimentos. Por isso tudo o Serviço de Pediatria do Hospital VITA Curitiba tornou-se uma das principais referências da especialidade na grande Curitiba. Jackson Baduy é diretor clínico do Hospital VITA Curitiba. SABE COMO O VITA BATEL SE TORNOU REFERÊNCIA EM APENAS 7 ANOS? Investindo em tecnologia, infraestrutura e qualificação do seu corpo clínico e profissionais de saúde. O VITA Batel completa 7 anos sendo reconhecido nacional e internacionalmente pela qualidade e segurança de seus serviços. Prova desse reconhecimento é a conquista da Certificação ONA em nível de excelência e o início do processo de certificação Internacional no Programa Accreditation Canadá. HOSPITAL VITA. NOSSO COMPROMISSO É COM A VIDA. www.hospitalvita.com.br Rua Alf. Ângelo Sampaio, 1896 I Fone: (41) 3883.8482 I Curitiba - PR
Documentos relacionados
1 www.redevita.com.br
José Maria de Eça de Queirós, o grande escritor de língua portuguesa, nasceu em Póvoa do Varzim, em 25 de novembro de 1845 e morreu em Paris, em 16 de agosto de 1900. Foi autor, entre outros romanc...
Leia mais1 www.redevita.com.br
• Viver Mais VITA reúne e orienta idosos no Hospital VITA Batel • Estratificação de risco no Pronto-Socorro garante atendimento prioritário para quem precisa • Perfil: Tiana Bonfiglio... pressa de ...
Leia mais1 www.redevita.com.br
André Luiz da Silva Superintendente Hospital e Maternidade VITA Volta Redonda: Deumy Rabelo
Leia maisaprendendo a voar
Diretor Regional Rio de Janeiro: José Mauro Rezende Diretor de Controladoria e Finanças: Ernesto Fonseca Diretora de Operações: Maria Lucia Ramalho Martins Superintendente Hospital VITA Batel: Clau...
Leia mais