Estado congela contratações e não atende pedidos

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Universo dos
presídios é tema de
mostra fotográfica. PÁG. 9
Regional, de verdade
divulgação
DESDE 2005 | ANO 10 | nº 937 | 8 e 9 de setembro de 2015
Estado congela contratações e
não atende pedidos da Região
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) determinou que o Estado não contrate novos servidores
públicos. Assim como outras cidades, o ABCD é vítima da medida, uma vez que carece de
mais professores, médicos e policiais, conforme reivindicação dos prefeitos. PÁGINA 3
Venda de carros para deficientes cresce 20%
Maior divulgação das regras de acesso ao veículo e aumento de mutilações fazem crescer as vendas, que podem chegar a 100 mil unidades neste ano. No mesmo
ritmo cresce o setor de produtos e serviços para adaptação de veículos, como na G. Gonçalves, oficina que estima vender 30% mais em 2015. Página 8
rodrigo pinto
po lítica
cida d es
n ac i o n a l
e s p ort e s
união cobra
diadema sobre
obra de upa PÁG. 4
festa resgata
cultura de povos
em s. bernardo PÁG. 6
grito dos
excluídos reúne
10 mil em sp PÁG. 7
Em São Bernardo,
o marabá, time de
negros PÁG. 11
2 ABCDMAIOR | 8 e 9 de setembro de 2015
opinião
EDITORIAL
A valorização
da diversidade
e contra a
intolerância
Quando os diretores de cinema Thiago Scorza
e Ana Rieper colocaram em uma cena de Saara,
documentário filmado em 1998, árabes, judeus,
negros, portugueses, espanhóis, coreanos, russos,
chineses, brasileiros de quase todos as regiões,
celebrando em torno de uma mesa, o cinema nacional deu o mais acabado resultado da convivência de paz entre todos os que escolheram e
fizeram do Brasil a sua casa. A cena emociona.
O filme é uma colagem sobre o universo de personagens cotidianos que formam o tradicional comércio na rua da Alfândega, no Centro
do Rio, o equivalente à nossa 25 de Março. Saara é a abreviatura para Sociedade dos Amigos e das Adjacências da Rua da Alfândega.
Nesta semana, uma foto chocou o mundo, a do
menino sírio afogado numa praia da Turquia. Parece
que, do nada, todos nós soubemos que lá fora há
uma guerra. Mas essa guerra que afoga centenas todos os dias não é nova. Tem mais de uma década e
ganhou suas mais cruéis batalhas depois que norte
americanos e europeus decidiram “construir estados
democráticos” naqueles lados do Oriente.
Trata-se de uma guerra movida a ódio e a preconceito contra o outro diferente e que merece o
mais veemente repúdio.
O problema é que o ódio e a intolerância passaram também a se manifestar com intensidade por
aqui. Justo aqui, talvez o País mais diverso do mundo
na história moderna.
É por este motivo que merece atenção a festa
Muitos Povos, Uma Cidade, realizada neste final de
semana em São Bernardo. Qualquer gesto ou atitude
de oposição à cultura do ódio, e pelo reconhecimento da diversidade e sua riqueza, é sempre uma manifestação em defesa da cultura de paz. “O Brasil valoriza muito a cultura russa e nós somos bem recebidos
sempre”, revelou comerciante Tamara Gers Dimitrov,
à reportagem do ABCD MAIOR sobre a festa, em texto
na página 6. E esse sempre foi o espírito do povo
brasileiro que lutamos para jamais mudar.
Aqui tem
ABCD MAIOR
O perigo da desinformação
presente nas redes sociais
Elísio Peixoto *
Nossa cultura nas redes
sociais está se transformando
numa rede de banalidades e
desinformação em que qualquer um pode falar o que quiser, sem preocupação com a
relevância, veracidade ou eventuais danos que as informações possam causar.
As pessoas podem usar
seus computadores em rede
para publicar tudo, de análises
políticas desvirtuadas, pareceres jurídicos improcedentes,
opiniões indecorosas, comentários inelegíveis, ofensas contra seus desafetos e as mais
diversas expressões duvidosas.
Claro que existem as exceções e ótimos exemplos de
bom uso das redes sociais, porém em sua maioria são enormes ondas de informações aleatórias, sem qualidade e com
dados inverídicos; onde concluímos que estão coletivamente
corrompendo e confundido a
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opinião popular.
Observamos, principalmente, uma enorme contaminação
de ideias nos grupos do Facebook, sobretudo nas áreas
onde os assuntos debatidos
são políticas partidárias, gestões públicas e temas tendo
em vista as eleições de 2016.
Claro que devemos compreender que grande parte da indignação social que vivemos,
devido aos casos de corrupções nos governos e as péssimas gestões públicas que geraram a atual crise econômica,
as redes sociais representam,
legitimamente, a caixa de ressonância de toda angústia, reivindicação e protestos do povo
brasileiro; todavia o compartilhamento de mensagens deve
ser feito com responsabilidade, ética e zelo pela multiplicação de informações que sejam
verdadeiras.
O primeiro passo que devemos seguir é denunciando e
bloqueando perfis falsos nas
redes sociais, conhecidos por
fakes, pois estes fantasmas
agem de forma dissimulada,
manipulam dados e informações para confundir a cabeça
das pessoas, induzindo-nos a
erros através de manipulações
de notícias.
Evidente que o direito da
livre expressão é consagrado
em nossas leis e devemos defender esta conquista democrática, porém ao postar mensagens na internet devemos agir
com prudência e respeito não
apenas ao tema a ser abordado, mas na privacidade das
pessoas que são citadas e nas
consequências das informações emitidas para sociedade.
O que precisamos é saber
onde está a informação de qualidade, que faça sentido e que
nos interessa; saber como usá-la, transformá-la em utilidade
em nossas vidas e nas tomadas de decisões.
* Elísio Peixoto é presidente da
Asascs - Associação dos Amigos de
São Caetano do Sul.
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Circulação em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
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TIRAGEM 20 mil exemplares
certificação:
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8 e 9 de setembro de 2015 | ABCDMAIOR
política
3
Sem carro
A Câmara de São Caetano vota oito projeto nesta terça
(08/09); entre eles, o que institui na cidade o ‘Dia Municipal sem Carro’, data na qual o município pedirá que
seus moradores não utilizem automóveis.
Alckmin não contrata novos
servidores e prejudica ABCD
Por tempo indeterminado, governador não admitirá médicos, professores e policias militares
rodrigo pinto
Karen Marchetti
[email protected]
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) desistiu de
contratar, por tempo indeterminado, novos funcionários
públicos. A proibição de novas
admissões atinge todos os setores, incluindo médicos, professores e policiais militares. A
decisão do tucano, publicada
no Diário Oficial, prejudicará
a diretamente a Região que,
por meio do Consórcio Intermunicipal, já havia solicitado
a contratação de 800 policiais
para as sete cidades do ABCD.
O corte nas contratações
atinge a Região em diversas
áreas. Na Educação, por exemplo, a medida irá complicar
ainda mais a situação já precárias das escolas estaduais, que
estão lotadas. No início do
ano, educadores cobraram o
governador que decidiu fechar
aproximadamente 300 salas
de aula na Região com objetivo de economizar gastos com
professores. Soma-se a isso o
baixo salários dos professores que realizaram greve neste
ano, organizada pela Apeoesp
(Sindicato dos Professores do
Apesar de o Consórcio Intermunicipal ter solicitado mais policias para a Região, governador desiste de contratar novos funcionários e complica a segurança pública
Ensino Oficial do Estado de
São Paulo).
Na semana passada, o ABCD
MAIOR informou que Alckmin cumpriu apenas nove das
23 propostas para as cidades da
Região 2013. Os investimen-
tos se referem às áreas de saúde,
habitação, segurança pública,
saneamento e mobilidade urbana, como a implantação da
Linha 18 – Bronze do Metrô.
O deputado estadual Luiz
Turco (PT), que integra a opo-
sição na Assembleia Legislativa,
acredita que o Estado seria um
importante instrumento para
fomentar a economia em São
Paulo, além de diminuir deficit
de funcionários.
“Infelizmente, tudo que o go-
verno do Estado deveria fazer
está parado. Tudo que prometeu na campanha está parado.
E essa informação mostra mais
uma vez que Alckmin deixará o
ABCD na mão”, avaliou o deputado.
4 ABCDMAIOR | 8 e 9 de setembro de 2015
política
Mudança de casa e de partido
O ex-prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (PTB) alugou na sexta-feira
(04/09) um apartamento no Centro de Mauá para que possa disputar as
eleições para prefeito no ano que vem. O petebista disse que a transferência
do domicílio eleitoral será feita na semana que vem.
Diante de atraso, União cobra de
Diadema esclarecimento sobre UPA
Ministério da Saúde ainda carece de informações do posto a ser construído no Parque Real; Administração já recebeu dinheiro
Bruno Coelho
[email protected]
O Ministério da Saúde ainda espera por esclarecimentos por parte da Prefeitura
de Diadema a respeito da
construção da UPA (Unidade
de Pronto Atendimento) do
Parque Real. A localização do
posto foi sugerida pelo governo do prefeito Lauro Michels
(PV), após desistência do
projeto originalmente destinado ao Bairro Piraporinha,
há um ano. Caso não obtenha
resposta, a União garante que
exigirá a devolução dos R$
1,9 milhão já encaminhados
para as obras.
Desde 2012, Diadema
aguarda a construção da segunda unidade, uma vez que a
UPA Paineiras entrou em funcionamento um ano antes. As
obras da segunda unidade foram autorizadas ainda durante
o governo Mário Reali (PT).
A nova unidade de saúde foi
orçada em R$ 2,6 milhões pela
União, sendo que a Prefeitura
recebeu de imediato R$ 1,9
milhão, enquanto a última
parcela, no valor de R$ 650
mil, seria repassada após o município entregar o atestado de
conclusão no Sismob (Sistema
de Monitoramento de Obras
do Ministério da Saúde), até
setembro de 2014.
No entanto, Michels alterou
a localização da unidade, por
considerá-la equivocada por se
situar ao lado do Hospital Municipal. “Não preciso da UPA
(no Piraporinha), tenho 256
leitos ali dentro (do Hospital
Municipal)”, disse há um ano,
ao confirmar a desistência da
proposta original. No entanto,
o Hospital Municipal, citado
pelo prefeito, também tem
problemas (confira abaixo).
Desde então, o governo
propôs à União a construção
da UPA no Parque Real, que
atenderia moradores da região
da Vila Conceição. Entretanto,
no fim de agosto, a Ministério
da Saúde encaminhou à Prefeitura de Diadema um ofício,
da Coordenação de Urgência,
solicitando informações sobre
a situação do atual processo
de implantação da unidade,
com cronograma indicando a
data de reinício das atividades
e conclusão da obra, que segue
sem resposta.
O ABCD MAIOR procurou
esclarecimentos da Secretaria
de Saúde de Diadema, comandada por José Augusto da Silva
Ramos (PSDB), mas, como de
praxe, não houve resposta à reportagem.
rodrigo pinto
Desde setembro de 2014, Diadema deveria contar com duas UPAs, mas por enquanto segue com apenas uma no Bairro Paineiras
Caos na Saúde
Em situação precária e com
longas filas de espera por atendimento, o Hospital Municipal de
Diadema, situado no Bairro Piraporinha, não deve ser reformado
tão cedo. O Ministério da Saúde
afirmou ao ABCD MAIOR que
não recebeu, até o momento, ne-
nhum tipo de solicitação formal
de aporte no valor de R$ 45 milhões para a revitalização do prédio, como garantiu repetidamente o prefeito Lauro Michels.
Inaugurado nos anos de
1990, o Hospital Municipal
passa por problemas de superlotação diariamente – com
média superior a 18 mil atendimentos por mês. A unidade
recebe pacientes acidentados
do Sistema Anchieta-Imigrantes, do Corpo de Bombeiros
e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência),
que também vem de outras cidades, como São Paulo.
8 e 9 de setembro de 2015 | ABCDMAIOR
cidades
5
Consórcio lança Travessia Segura
A retomada da Campanha Travessia Segura, para
conscientizar motoristas e pedestres, terá seu lançamento na assembleia geral de prefeitos nesta terça-feira
(08/09), na sede do Consórcio Intermunicipal.
Na luta, contra o preconceito
Patrícia Ribeiro, primeira cantora transgênero de Portugal, apresenta-se no ABCD neste mês
Renan Fonseca
[email protected]
Exemplo de determinação.
Porém, muitos podem pensar
diferente. E por isso mesmo ela
continua dançando e cantando.
Patrícia Ribeiro é uma das cantoras mais populares em Portugal e
carrega no currículo anos de luta
contra o preconceito e a ditadura
do ódio, tão reforçados nos tempos atuais aqui no Brasil. Patrícia
foi batizada como Nuno Miguel,
mas nunca se sentiu como um
garoto. Soube desde menina que
não seria fácil mostrar isso para o
mundo. Mesmo assim, conseguiu
realizar três cirurgias ao longo da
vida: mudança de sexo, alteração
judicial na identidade e fechar a
cicatriz da intolerância que imperava ao seu redor. Ela vai se
apresentar em Santo André no
próximo dia 20.
Neta de oficial da Marinha de
Portugal, hoje com 33 anos, Patrícia diz compreender a falta de
informação que levou a família
a buscar remediações para o suposto problema. “Há 20 anos foi
mais complicado, pois não existia informação. Foi difícil para a
minha família, principalmente
para a minha mãe”, recordou. As
visitas ao psicólogo começaram
ainda na infância, junto com o
preconceito dos colegas de escola.
Aos 16 já frequentava grupos
de canto e dança. Motivada pela
arte, manteve-se firme com o objetivo de dar vida à Patrícia que
hoje sobe aos palcos. Em 2008
conseguiu o direito de passar pela
cirurgia de mudança de sexo. Mas
apenas em 2011 a Justiça permitiu a alteração do nome na identidade. No mesmo ano, o país
promulgava a lei que facilita a
alteração no documento, mesmo
sem a alteração cirúrgica. “Sou
uma referência e me sinto orgulhosa, pois sou a única cantora
que passou por um processo de
transição em Portugal e que tem
um disco de ouro. É uma vitória.”
A convite da ong ABCD’S, Patrícia estará no Show da Diversidade, no saguão do Municipal de
Santo André, dia 20, às 15h, com
entrada gratuita. No dia 16, lança
biografia às 19h na livraria Blooks
no Shopping Frei Caneca.
divulgação
Patrícia Ribeiro nasceu Nuno Miguel e ganhou disco de ouro em Portugal
6 ABCDMAIOR | 8 e 9 de setembro de 2015
cidades
Santo André dedica desfile a menino sírio
As arquibancadas da av. Firestone ficaram lotadas na manhã desta
segunda (07/09), para prestigiar o desfile em homenagem à independência
do Brasil. O prefeito Carlos Grana dedicou o evento a Aylan Kurdi, 3 anos,
encontrado morto em praia da Turquia na quarta-feira (02/09).
São Bernardo promove festa
para resgate histórico e cultural
Realizada entre sábado e esta segunda-feira no Parque Chácara Silvestre, ação reuniu povos que ajudam a compor o município
Rafael Revadam
[email protected]
Tortilhas, feijão tropeiro, yakisoba ou tinguá. No Centro de
Referência das Culturas Populares, em São Bernardo, cada estande se revelava uma história. Essa é
a proposta da festa Muitos Povos,
Uma Cidade: trazer fragmentos
de comunidades que, ao todo,
formam o município. Entre gastronomia e artesanato, indígenas,
libaneses, russos e latinos se misturavam a mais pessoas para narrar uma trama cotidiana recheada
de sabores e tradições.
“A ideia era abrir um espaço
de confraternização”, revelou o
prefeito Luiz Marinho. “Mostrar
como as origens vieram para São
Bernardo e manter as tradições,
especialmente as da culinária.
Tradições dos italianos, dos espanhóis, dos japoneses. E também
dos que vieram do Brasil para cá,
como os nordestinos e os mineiros. É o momento que cada povo
tem para apresentar a sua cultura.” Realizada desde 2009, a festividade ocorreu no fim de semana,
foi encerrada nesta segunda-feira
(07/09) e contou com 36 barracas, sendo 20 com opções gastronômicas e 16 voltadas às produções artísticas.
Dos coletivos participantes,
apenas um era da zona Leste de
São Paulo. A Associação Cultural
Comunidade Russa é de terras
paulistanas, mas atuante na Região. “Nós recebemos o convite
da Secretaria de Cultura de São
Bernardo para participar. Para
nós, expor num local que recebe
tantas culturas é superinteressante
porque em São Paulo a gente participa de muitas festas desse estilo.
O Brasil valoriza muito a cultura
russa e nós somos bem recebidos
sempre”, revelou Tamara Gers
Dimitrov.
RECONHECIMENTO
Mais do que a arte vinda de
países ou estados, a ação também
trouxe pedaços de uma São Bernardo desconhecida por muitos.
É o caso da Colônia de Pescadores. “Para nós, participar da festa
é uma experiência legal porque se
perguntar a qualquer pessoa sobre
a existência de uma colônia de
pescadores em São Bernardo, vão
falar que não existe. Quase ninguém sabe que nós temos uma
colônia na Billings. E que hoje
saem em torno de seis toneladas
de peixe por dia da represa”, contou Vanderlea Rochumback.
“As pessoas falam que a represa está toda suja, e não é
nada disso. Tem a parte poluída, mas a gente tem uma parte
super preservada, que é onde
pescamos. E é gratificante a Secretaria de Cultura reconhecer
a gente. Porque quando se fala
em colônia de pescadores, as
pessoas acham que é em Santos. E se você fala que é mulher ainda que vai pescar, aí as
pessoas acham que é mentira”,
afirmou Vanderlea, aos risos.
andris bovo
Tamara Gers Dimitrov: “O Brasil valoriza muito a cultura russa e nós somos bem recebidos sempre”
Libaneses participam desde o início
Diferentemente da Colônia de
Pescadores, que participou pela
primeira vez, a Comunidade
Libanesa de São Bernardo é presença fixa desde a primeira edição. “Todo ano a gente participa
desta festa”, afirmou Mohamed
Jarouche. “É interessante participar com outros países porque,
se estivéssemos sozinhos, não teria tanto público. Quando tem
bastantes culturas, o pessoal vem
para conhecer tudo. E uma comunidade vai indicando a outra.”
Concessionário Autorizado
MÁQUINAS DE CAFÉ ESPRESSO:
Venda
Locação
Assistência Técnica
Para a escolha dos participantes foram realizados encontros
temáticos. “Nós selecionamos
as atrações em reuniões”, disse
o secretário de Cultura, Osvaldo de Oliveira Neto. “Temos uma equipe que se reúne
aqui no Centro de Referência.
O próprio Centro tem como
objetivo o estudo e a pesquisa
do que é cultura popular no
município. Além dos estandes,
nós tivemos apresentações de
repente, congada, folia de reis.
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SHOW ROOM
Rua tiradentes, 118 - Centro
São Bernanrdo do Campo - SP
Uma diversidade. E é essa diversidade que forma o Brasil.”
De acordo com o prefeito Luiz
Marinho, a expansão multicultural deve se multiplicar. “A ideia
é que as comunidades presentes
se organizem e se apresentem
para fortalecer esse elo de raiz
com a cidade. Outros povos podem participar no próximo ano.
No processo de mobilização das
atividades, é só procurar a Secretaria de Cultura. E se preparar
para a festa.”
nacional/internacional
8 e 9 de setembro de 2015 | ABCDMAIOR
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De braços abertos para os refugiados
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira
(07/09), em mensagem gravada para as redes sociais,
que, mesmo vivendo momento de dificuldades, o Brasil
está “de braços abertos” para receber refugiados.
País dá Grito dos Excluídos
“É como se a senzala gritasse contra a Casa Grande”, diz Raimundo Bonfim, coordenador da CMP
Rede Brasil Atual
[email protected]
Movimentos sociais promoveram nesta segunda-feira (07/09)
a 21ª edição do Grito dos Excluídos. Na Capital, a caminhada
partiu da avenida Paulista, às 9h,
seguiu pela Brigadeiro Luís Antônio e encerrou, às 12h, no Monumento às Bandeiras, no Parque
Ibirapuera. Entre os manifestantes havia ativistas pelos direitos
das mulheres, pela igualdade racial, pelos direitos da juventude,
além de moradores da periferia.
Outro grupo do Grito dos Excluídos protestou na praça da Sé.
De acordo com a direção do
Grito, mesmo sob chuva, um
público de 10 mil pessoas esteve
na manifestação da Paulista. A
Polícia Militar não divulgará uma
contagem de manifestantes.
Para Raimundo Bonfim, coordenador estadual da CMP (Central de Movimentos Populares), o
local para o ato foi simbólico. “É
como se a senzala gritasse contra a
Casa Grande, na avenida Paulista,
do pessoal do poder econômico,
do poder político. Não vamos
aceitar a retirada de direitos dos
trabalhadores”, declarou.
Raimundo destacou os objetivos do protesto. “Neste ano tem
dois pontos principais. Um é a
luta por democracia e o segundo
é pela não retirada de direitos sociais, que esse ajuste fiscal não recaia sobre os trabalhadores, sobre
as políticas sociais.”
Manoel Del Rio, assessor jurídico da Frente de Luta por Moradia, disse que a manifestação
pediu também justiça, moradia
e igualdade social. “Vivemos um
momento importante em que os
movimentos sociais vão ter que
lutar contra privilégios de pessoas que dominam o Judiciário, o
Congresso, a maioria da máquina
pública. Eles estão pressionando
o governo para se apropriar dos
nossos benefícios.”
O ato na praça da Sé lembrou
as mortes ocorridas nas escadarias
da catedral na última sexta-feira
(04/09), quando um morador
de rua foi morto ao tentar salvar
moça feita refém. O Grito dos
Excluídos foi realizado em várias
capitais brasileiras.
Antonio Cruz/ABr
Grito dos Excluídos foi realizado nesta segunda em várias capitais, como Brasília
8 ABCDMAIOR | 8 e 9 de setembro de 2015
economia
Como financiar sua inovação
O workshop Linhas e Fontes de Financiamento para Inovar acontece
dia 15 de setembro, às 8h, no Hotel Palm Lead Grand Premium, em São
Bernardo, com seis entidades de fomento. Mais informações no escritório
regional do Sebrae: 4990-1911.
Venda de veículos com isenção
a deficientes deve crescer 20%
Divulgação das leis sobre o benefício e aumento de mutilações são os motivos para crescimento; vendas podem chegar a 100 mil carros
rodrigo pinto
Iara Voros
[email protected]
Mesmo diante da retração nas
vendas de automóveis, o licenciamento de veículos para pessoas
com deficiência ou portadoras de
doenças graves deve crescer cerca
de 20% até o final do ano. Entre
os fatores para este cenário está
o maior acesso às informações
sobre a isenção de impostos no
momento da compra, além do
aumento no número de pessoas
acidentadas ou que adquirem algum tipo de restrição médica.
De acordo com a Associação
das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para
Pessoas com Deficiência, foram
vendidos 84 mil veículos para
pessoas com deficiência no ano
passado, e a expectativa para este
ano é de 100 mil carros, sendo
que uma parte deles passará por
adaptação. “O perfil de vendas
é diferente, porque as pessoas
compram por absoluta necessidade e as pessoas compram
com isenção como benefício do
governo federal e estadual para
atender a própria deficiência
dos governos em não oferecer
transporte público de qualida-
Gilberto Gonçalves vê o aumento da sua oficina crescer 30% à medida que aumentam as vendas de carros com isenção
de para este público”, apontou
Rodrigo Rosso, presidente da
associação.
De acordo com o ele, o aumento das vendas é reflexo da extensão da isenção para condutores
que não possuem deficiência ou
doenças degenerativas e aos familiares e responsáveis. Por lei federal, a isenção vale para Imposto
sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços, Imposto sobre Produ-
tos Industrializados e Imposto sobre Operações Financeiras, além
da isenção do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos) em
alguns estados, como São Paulo.
Direitos
Além das pessoas com deficiência, condutores com câncer
de mama, linfomas, mastectomizadas (que retiraram o seio),
nanismo, esclerose múltipla,
bursites graves, doenças renais
e hemofílicos também têm direito à isenção para adquirir
veículos (confira lista ao lado).
Para obter a isenção é necessário
atualizar a carteira de habilitação para constar a necessidade
do condutor no documento,
apresentar os exames médicos
e realizar uma avaliação com o
médico do Detran para apresentar na concessionária onde
irá adquirir o veículo.
Conforme dados do Detran, o
ABCD possui 27.627 condutores
que necessitam de algum tipo de
adaptação no veículo, como acelerador e freio manual, direção
hidráulica, acelerador à esquerda
e pomo no volante. É o caso da
atleta andreense Verônica Silva
Hipólito, 19 anos, que aguarda
a liberação dos documentos de
isenção dos impostos para retirar
o seu veículo. “Eu tenho hemiparesia, que provoca uma paralisação em todo o meu lado direito
do corpo, o que dificulta o movimento de acelerar e frear o carro,
além da troca de marcha, por isso
também vou precisar das adaptações no veículo”, relatou a jovem.
A compra do veículo com
isenção gerou à Verônica uma
economia de cerca de R$ 20 mil
no valor do automóvel original,
sendo que cerca de R$ 1.100 será
investido na adaptação conforme
as necessidades de sua deficiência.
Com o aumento nas vendas
de veículos com isenção, o movimento nas oficinas que prestam o
serviço de adaptação tem seguido o mesmo ritmo. Na oficina
G.Gonçalves, em Santo André, o
número de atendimentos cresceu
cerca de 30% em relação ao ano
passado, com cerca de 60 adaptações registradas por mês. “O
serviço varia de R$ 250 a R$ 6
mil, e o que mais realizamos é a
instalação do pomo giratório para
pessoas com sequelas nos membros posteriores e acelerador à
esquerda, além do sistema de embreagem mecanizada”, afirmou
Gilberto Gonçalves proprietário
da oficina.
Quem tem direito
à isenção:
. Pessoas com deficiência
física, condutoras ou
não e seus familiares
. Pessoas com deficiências
mentais ou intelectuais
graves e seus familiares
. Pessoas cegas e familiares
. Paralisia cerebral e familiares
. Síndrome de Down
e familiares
. Autistas e familiares
. Amputação ou ausência
de membro
. Artrodese e Artrose
. Artrite reumatoide
. AVC (Acidente Vascular
Cerebral)
. Câncer de Mama e Linfomas
. Doenças Degenerativas
e Neurológicas
. Doenças Renais e Crônicas
. Talidomida
. Mal de Parkinson
. Nanismo
. Esclerose Múltipla
. Escoliose Acentuada
. Hérnia de Disco
. Hemiplegia e Tetraparesia
. Problemas na Coluna
Graves e Crônicos
. Monoparesia e Monoplegia
. Prótese Interna e Externa
. Mastectomia
. Dort (LER) e Bursites Graves
. Poliomelite
. Má formação de membros
. Túnel de Carpo e
Tendinite Crônica
. Manguito Rotator
. Neuropatias Diabéticas
. Doenças Renais
. Hepatite C
. Hemofílicos
8 e 9 de setembro de 2015 | ABCDMAIOR
cultura
agenda
9
Mulheres em Diálogo
O Museu Barão de Mauá (av. Dr. Getúlio Vargas, 276, Vila Guarani) está
com a exposição Mulheres em Diálogo. A mostra busca expor a realidade
feminina expressada por formas e cores. Até 8 de novembro, de segunda
a sexta-feira, das 9h às 16h e aos sábados, das 10h às 15h. Grátis.
Vivência presidiária é
tema de mostra fotográfica
Idealizada por jornalistas da Região, exposição apresenta programas de reinclusão social em penitenciárias
divulgação
Rafael Revadam
[email protected]
Santo André
Música
Na quinta-feira (10/09), a partir das
22h, a Banda Atual 420 vai se apresentar no Tupinikim (rua das Monções, 585, Jardim). O grupo traz em
seu repertório influência do movimento manguebeat, que mistura ritmos
regionais, como o maracatu, com o
rock, o hip hop e música eletrônica. A
Banda Atual 420 conta com Adriano
Porto (vocal, guitarras e flautas), Márcio Baldicerotti (bateria), Bernardo
dos Santos (percussão), Tiago Cândido (percussão), Douglas Cândido
(percussão), Vagner Vilela (guitarras),
Daniel Calixto (contra baixo). Ingressos: eles R$15, e elas até 22h grátis,
após, R$5.
Terças Musicais
O guitarrista andreense Dino Barioni
é a atração das Terças Musicais em
show com entrada gratuita neste dia
08, a partir das 20h. Acompanhado
dos músicos Ogair Junior (teclados),
Robertinho Carvalho (baixo) e Giba
Favery (bateria), Barioni promete uma
apresentação com o melhor da música instrumental, com clássicos da
MPB, jazz e choro. O andreense tocará
no palco do saguão do Teatro Municipal (praça 4º Centenário, s/n) músicas do seu primeiro CD, Ladainha.
São Caetano
Exposição
O cão Cubinho, o contestador pacifista, é um personagem do cartunista
sancaetanense Mario Mastrotti, publicado desde 1975. Para comemorar
a sua trajetória de 40 anos nos quadrinhos, a Fundação Pró-Memória de
São Caetano abre, nesta terça-feira
(08/09), às 20h, no Espaço Cultural
Casa de Vidro (praça do Professor –
altura da av. Goiás, 1.111), a mostra
Cubinho: 40 anos da tirinha de Mario
Mastrotti.A visitação é gratuita e segue até 2 de outubro, de segunda a
sexta-feira, das 13h às 17h. Informações: 4223-4780.
Um mundo em grades. Protagonistas culpados de um enredo
social, os integrantes da vida carcerária são temas de uma poesia
fotográfica. Na mostra, saem os
julgamentos e entram as percepções. Nascida como livro, a exposição [Re]missão – Retratos de
um Sistema Penitenciário chega
para apresentar o viver de quem
carrega penas. Idealizada pelos
jornalistas da Região Ana Paula
Igual e Armando Lima, a ação
rompe com os debates políticos
acerca do tema, apresentando
uma nova questão: em cenário
de redução penal, onde entra a
ressocialização?
“Nós sempre nos interessamos
em trabalhar com temas sociais
envolvendo vulnerabilidade e
violência, mas especialmente
com penitenciárias. Acreditamos
que há uma urgência em retratar
o sistema prisional para além da
superlotação ou ineficiência, mas
sem fazer algo chapa branca que
defenda o Estado”, revelou Armando. A mostra, que entrará
em cartaz na FESPSP (Fundação
Escola de Sociologia e Política de
São Paulo), conta com 26 imagens e não tem como objetivo
elogiar ou condenar as questões
prisionais, mas atuar como um
registro da vivência dos prisioneiros e seus contatos com ferramentas de reinclusão.
Para adaptar o produto fotojornalístico em exposição,
os idealizadores contaram com
o apoio do Senac Campinas,
primeiro local que hospedou
a ação. A unidade do Senac
também cedeu o material, para
que fosse exposto em demais
espaços. “Estamos conversando com a USCS (Universidade
Municipal de São Caetano do
Sul) para receber a exposição
ainda este semestre. O objetivo
é levar o trabalho para diversos
lugares, principalmente espaços públicos.”
A intenção dos idealizadores da mostra que entra em cartaz esta semana em São Paulo é discutir a ressocialização dos presos
Acareação entre estigmas e realidade
Na contramão dos discursos
políticos e midiáticos, nos quais
a redução da maioridade penal
ganha protagonismo, a exposição foi idealizada para quebrar
tabus sobre o tema. “A estigmatização do presidiário é um
dos maiores problemas para a
reinserção deles na sociedade e
isso acontece pelo tratamento
da mídia no assunto, por isso
o nosso olhar pode contribuir
para colocar o tema em uma discussão menos enviesada, menos
preconceituosa”, considerou Armando. Os preconceitos sobre o
tema também colaboraram pela
não divulgação online. “Não
disponibilizamos o trabalho na
internet por dois problemas. O
primeiro é a questão de direito
autoral. Como o trabalho ainda
não foi publicado, preferimos
guardar para evitar problemas de
plágio. O segundo ponto é que o
tema é polêmico e levanta ódio
da direita conservadora, logo, tememos por nossos personagens
na internet, onde as pessoas podem satirizar ou expor indevidamente estas pessoas.”
A exposição é o primeiro passo
para uma série de registros fotográficos. É o que afirmou Armando: “Temos planos de seguir com
o tema da ressocialização avançando para olhares em situações diferentes, como o regime semiaberto
ou até ex-detentos e suas relações
com a sociedade (o [Re]missão só
abordou regime fechado). Mas estes são planos futuros.”
registro social
A exposição [Re]missão - Retratos de um Sistema Penitenciário terá
abertura nesta quarta-feira (09/09), a partir das 18h, na FESPSP –
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (rua General
Jardim, 522, Vila Buarque, São Paulo). Entrada gratuita. A visitação é de
segunda a sexta, das 8h às 21h, e aos sábados, das 8h às 12h. Até o dia
02/10. Mais informações: 3123-7800.
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8 e 9 de setembro de 2015 | ABCDMAIOR
esportes
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Canela de Ferro
Excepcionalmente, a coluna de Marcelo Mendez
sobre o futebol amador não será publicada nesta
terça-feira (08/09), mas pode ser acessada pelo site
www.abcdmaior.com.br
A ‘Curva dos Pretos’, o time do
Marabá e o futebol amador
Equipe de São Bernardo foi fundada por negros e está na várzea há mais de três décadas
Marcelo Mendez
[email protected]
Falar do Esporte Clube Marabá é algo que vai muito além
das quatro linhas do campo de
futebol. É contar a história da
comunidade negra de São Bernardo e da essência de um time
tradicional desde a origem,
quando a rua Jesus de Nazareth, na Vila São José, se eternizou como a Curva dos Pretos.
“Quando cheguei em São
Bernardo para trabalhar na
Volkswagen, vim para a Vila
São José e joguei em umas
equipes de futebol de várzea.
Até que, em 1982, decidi fundar o Marabá contando com o
pessoal que morava na Jesus de
Nazareth, onde a maioria era
negra. Assim, chamávamos o
lugar de Curva dos Pretos”, recorda o fundador e presidente
do clube, Francisco Xavier Pedro, o seu Adão.
Os negros também dominam
as arquibancadas nos jogos pela
Especial de São Bernardo, o
principal campeonato da cida-
de. Willian Eugênio, membro
da torcida Fanáticos do Marabá, fala sobre o orgulho de
fazer parte disso tudo. “Faço
parte do bairro, estou sempre
apoiando o time e gosto dessa
origem. Hoje contamos com
mais integração, uma união racial que foi construída aqui no
Marabá”, relata.
Mas, de acordo com o presidente da agremiação, lá nos
primórdios do Marabá haviam
dez negros e um jogador “bom
de bola”. Buscando pelas histórias, chegamos até ao nome citado por Adão. Trata-se do volante Teonilio Barba, que hoje
é deputado estadual.
“Morei em outros lugares até
conhecer a Jesus de Nazareth
e permanecer lá até hoje. Na
época, a rua era parte de um loteamento, uma curva onde havia vários barracos de madeira,
uma região pobre onde nosso
maior sonho era ter uns madeirites, uma madeira melhor,
para fazer um barraco mais
nobre e era uma festa quando
conseguíamos”, explica Barba.
Edu Guimarães
Marabá, que está na Divisão Especial, mantém as origens e boa parte do time atual é formado por jogadores negros
O deputado jogou pelo rival
do Marabá, o Vila São José, mas
se encantou mesmo pela equipe
de negros. “Comecei na segunda partida da história do Marabá. Tínhamos um time aguerri-
do, de muita raça e vibração que
imediatamente criou identificação com a comunidade que veio
junto. Ficamos 37 jogos sem
perder, antes da filiação na Liga
(em 1996)”, relembra.
O campo do Marabá, olhem
só, é chamado de campo da
Curva dos Pretos. E eles (jogadores, torcedores e comunidade) estão juntos até hoje, pelos
terrões de São Bernardo.
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