MS Clipping - Moore Stephens

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MS Clipping - Moore Stephens
22 de março de 2013
MS Clipping
Moore Stephens
PRECISE. PROVEN. PERFORMANCE.
Edição Diária
ÍNDICE
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .....................................................................................................................................................................2
Tributação de importado pode cair até 5% (Folha de S. Paulo) ...........................................................................................................2
Sem PIS/Cofins, consumidor economizaria 11% em remédio (Folha de S. Paulo) ............................................................................2
Decisão do STF dá fluxo de caixa a importador (Valor Econômico) ...................................................................................................2
Erro em identificação não anula autuação (Valor Econômico) ............................................................................................................4
Cadeia produtiva de soja terá nova tributação (Valor Econômico) .....................................................................................................4
RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA ...............................................................................................................................................5
Você sabe elaborar um bom currículo? (CRC – SP) .............................................................................................................................5
Por que as empresas não conseguem largar o vício por e-mail? (IDG Now) .....................................................................................5
CONTABILIDADE / AUDITORIA ...............................................................................................................................................................8
Balanços mostram lenta recuperação das empresas (Valor Econômico) ..........................................................................................8
Prestação de Contas (Contabilidade) Agregando Valor (CRC-SP) ....................................................................................................10
OUTROS ASSUNTOS .............................................................................................................................................................................11
Salários, produtividade e pleno emprego no Brasil (Valor Econômico) ...........................................................................................11
Juros sobem com ausência do BC após dólar passar de R$ 2 (O Estado de S. Paulo) ..................................................................12
Financiamento do BNDES para empresas menores é recorde (DCI – SP) ........................................................................................12
Países dos Brics firmam acordos para atuar na África (Valor Econômico) ......................................................................................13
EUA têm processo de reindustrialização (cfc.com.br)........................................................................................................................14
Sobre a Moore Stephens Auditores e Consultores
A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo. A empresa é formada por aproximadamente 630
escritórios e está presente em mais de 100 países. Está entre as 12 maiores posições no ranking mundial, com faturamento anual de mais de US$ 2
bilhões.
A Moore Stephens Auditores e Consultores presta serviços em auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de
serviços contábeis, tributários e administrativos, e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para
atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business, entre outras.
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(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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Moore Stephens
22/03/2013
Moore Stephens
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
MS News - Abril de 2012
A Abba (Associação Brasileira de Exportadores e
Importadores) afirmou que discutirá com seus associados
sobre a entrada ou não na Justiça com o pleito.
Tributação de importado pode cair até 5%
Decisão do STF declarou inconstitucional fórmula de
cálculo de PIS/Cofins, o que vai beneficiar empresas
Segundo Alfredo Srour, vice-presidente da entidade,
porém, somente as empresas optantes do regime de lucro
presumido teriam vantagem com a nova forma de cálculo.
A decisão do STF que declarou inconstitucional o cálculo
de tributação de bens e serviços importados deverá
reduzir entre 3% a 5% os custos para as empresas
beneficiadas pela medida, de acordo com tributaristas
ouvidos pela Folha.
Fonte: Folha de S. Paulo (22/03/2013).
O Supremo excluiu do cálculo do PIS/Pasep e do Cofins
incidentes na importação o ICMS e as próprias
contribuições. Os tributos eram incluídos na base de
cálculo havia nove anos e, só entre 2006 e 2010, rendeu
R$ 34 bilhões aos cofres públicos.
A indústria farmacêutica quer aproveitar a deixa do varejo
e também se beneficiar de um corte de tributos federais.
Enquanto as empresas se articulam com políticos para
que o interesse seja defendido no Congresso, a Interfarma
(Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) fez
uma simulação de quanto os remédios custariam sem
PIS/Cofins.
Com a nova forma de cálculo, o valor total de tributação
para desembaraço de mercadorias seria reduzido entre
3% e 5%, diz o advogado Felippe Breda, do escritório
Emerenciano Baggio.
Esse percentual varia em função das alíquotas de outros
tributos que continuam incidindo sobre o PIS/Pasep e
Cofins, como o Imposto de Importação e o IPI, destaca a
advogada tributarista Priscila Dalcomuni.
"Quanto maior a alíquota desses outros impostos, maior o
impacto da decisão."
A princípio, a decisão de anteontem beneficia diretamente
a empresa Vernicitec, importadora de tintas do Rio Grande
do Sul que entrou com o processo julgado.
Os efeitos começam a valer a partir da publicação da
decisão, que deve ocorrer em dois meses.
O posicionamento do Supremo, no entanto, deve abrir
caminho para decisões da Justiça em instâncias inferiores,
em ações de empresas que postulam a exclusão dos
tributos na base de cálculo sobre importação ou venham a
pedir essa medida a partir de agora.
A inclusão do ICMS na base de cálculo dos impostos
incidentes sobre as importações era questionada em cerca
de 2.200 ações movidas por importadores em 22 tribunais
do país.
As instâncias vinham tendo entendimentos diversos sobre
o assunto, mas a maioria era a favor da União.
Sem PIS/Cofins, consumidor economizaria 11% em
remédio
Isentos do imposto, os consumidores economizariam
11,27%. O preço de uma caixa de desatinibe, utilizado no
tratamento de leucemia, com 60 comprimidos de 50 mg,
por exemplo, cairia de R$ 14.398,25 para R$ 12.774,97.
"O impacto da redução dos impostos seria imediato,
porque o preço do medicamento é tabelado pelo governo.
Não teria como o preço final ao consumidor não ser
reduzido, como ocorreu com itens da cesta básica", afirma
o presidente-executivo da entidade, Antônio Britto.
A associação calculou ainda a economia que haveria para
o consumidor caso o ICMS também fosse zerado. O
mesmo remédio para leucemia custaria R$ 10.475,86 desconto de 27,20%.
"Sabemos que cortar o ICMS é mais complicado, pois
depende de uma articulação com todos os Estados. Mas,
se o governo quer ampliar o acesso aos medicamentos,
tem que mexer nos tributos."
A isenção de impostos pode ampliar a demanda do setor.
Segundo o executivo, 74% dos remédios hoje são
comprados pelos consumidores e 52% dos tratamentos
são abandonados no meio.
Fonte: Folha de S. Paulo (22/03/2013).
Decisão do STF dá fluxo de caixa a importador
O STF ainda discute se a decisão vale apenas para
futuras operações ou vai retroagir, obrigando o governo a
ressarcir os valores aos contribuintes que questionam a
taxação na Justiça.
Tributaristas e tradings indicam que a repercussão da
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o PIS e
Cofins na importação pode ter impacto nas contas
públicas menor do que a perda de R$ 34 bilhões que o
governo federal estimou.
O impacto para o consumidor dependerá da decisão das
empresas eventualmente beneficiadas sobre o repasse do
benefício.
Alfredo de Goye, presidente da Sertrading, uma das 20
maiores importadoras do país, diz que a decisão do
Supremo é altamente positiva. Com a tributação menor, o
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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valor da importação deve ser reduzido em cerca de 2%. É,
porém, diz, um ganho de fluxo de caixa. Segundo ele,
provavelmente a empresa já conseguiu se creditar da
parcela de PIS e Cofins que agora o STF julgou
inconstitucional, e, por isso, uma eventual ação judicial
para recuperar o passado não seja interessante para a
empresa.
Da mesma forma que numa operação interna, o PIS e
Cofins pagos na importação servem, para as empresas
que usam o cálculo não cumulativo, como crédito para
abater do valor devido das duas contribuições nas etapas
seguintes de comercialização ou produção. "Estamos
pedindo orientação para um advogado sobre o que fazer
nas próximas operações de importação, para avaliar se é
possível recolher os dois tributos com base menor antes
da publicação da decisão do STF."
Outro problema, diz Goye, é o efeito modulatório que o
governo federal pode pedir. Isso faria com que a decisão
só tivesse efeito daqui para frente, permitindo a
recuperação do que foi pago a mais no passado somente
para ações ajuizadas até dia 20 deste mês, dia do
julgamento.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda,
Nelson Barbosa, o governo vai pedir ao Supremo que a
decisão seja aplicada "preferencialmente só para frente".
De acordo com ele, o governo estuda medidas para
compensar eventuais impactos sobre a arrecadação. O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou que o
impacto da decisão do Supremo poderá não ser
significativo sobre as contas do governo. "Se o STF definir
que vale daqui para frente, não tem perda", afirmou o
ministro.
Em nota, a Petrobras, a maior importadora brasileira,
informou que ainda não é possível avaliar os impactos da
decisão do STF, pois é necessário aguardar a publicação,
inclusive quanto à modulação. A companhia não tem ação
judicial específica sobre o assunto.
"Num ambiente de grande concorrência, o ganho no fluxo
de caixa é importante", diz Júlio de Oliveira, sócio do
Machado Associados. Ele diz, porém, que a tendência das
grandes empresas é ter aproveitado o PIS e Cofins
recolhidos na importação como crédito. A disputa pelo
passado valeria a pena somente para quem não
conseguiu utilizar os créditos. Ou seja, para empresas
com débitos insuficientes ou que estejam no cálculo
cumulativo das duas contribuições, por exemplo. "Creio
que o impacto estimado de R$ 34 bilhões parece
exagerado." Oliveira acredita que o governo federal esteja
usando uma estratégia para convencer o Supremo a
modular a decisão.
Um outro advogado, que preferiu não se identificar,
também acredita que o valor de R$ 34 bilhões estaria
inflado. Para ele, não há motivo para que haja uma corrida
ao Judiciário agora. Isso porque, se o Supremo modular
os efeitos, só valeriam as ações que foram ajuizadas até
quarta-feira passada, quando se realizou o julgamento.
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MS News - Abril de 2012
Se os ministros, porém, não optarem por modular, essas
ações poderiam ser iniciadas depois. Para ele, a decisão
não deve interessar boa parte das grandes empresas que
tomaram créditos nesse período. A discussão seria mais
relevante para as que estão no início da cadeia produtiva,
como os distribuidores de medicamentos, por exemplo,
que não tomam créditos, ou para as empresas menores,
que estão no lucro presumido.
Alessandro Mendes Cardoso, do Rolim, Viotti & Leite
Campos, diz que a decisão do STF desperta atenção,
porque pode trazer repercussão para a Ação Declaratória
de Constitucionalidade (ADC) 18, que discute a exclusão
do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins. A
exclusão do imposto estadual da base de cálculo
representará uma economia significativa para as
companhias. A União estima a disputa em R$ 89,4
bilhões, apenas entre os anos de 2003 e 2008.
Na visão de Fabio Silveira, da RC Consultores, o alívio
não servirá para mudar o volume estimado de importações
neste ano. Contudo, a redução da taxação aos importados
traz uma influência de baixa nos preços para o mercado
doméstico e barateia a cadeia de produção interna.
Silveira ressalta que a diminuição de até 3% nos preços
vale para as mercadorias no atacado. Na ponta final da
cadeia, o consumidor não deve sentir tal redução. "Esse
ganho vai se diluindo ao longo tanto da cadeia de
produção quanto da de comercialização."
Pelo menos para o setor de máquinas e equipamentos, os
preços vão cair. De acordo com a Abimei, associação que
representa os importadores desse tipo de produtos, a
redução deverá chegar a 3%. Ennio Crispino, presidente
da associação, não crê que isso deva alterar
significativamente o mercado, assim como a indústria
nacional não deixará de vender menos.
"Só o crédito já tira esse benefício", diz Crispino. "O
importado tem que ir ao mercado para financiar o
equipamento, pagando entre 15% e 20% ao ano de juros.
O nacional se financia através do Finame, do BNDES, que
tem juros menores do que 3% ao ano." A tendência,
contudo, afirma Crispino, é que a indústria nacional
diminua sua margem para poder seguir competindo com o
maquinário importado.
A indústria nacional vai acompanhar uma eventual
redução dos importados, diz Paulo Fraccaro, diretorexecutivo da Associação Brasileira da Indústria de Artigos
e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e
de Laboratórios (Abimo). Ele ressalta, contudo, que a
mudança na legislação acontece em momento inoportuno
para seu setor, que vem tendo problemas com o
importado. "Eles estão ficando mais competitivos em uma
época em que o nacional não está ganhando nada."
(Colaborou Leandra Peres, de Brasília)
Fonte: Valor Econômico (22/03/2013).
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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22/03/2013
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Erro em identificação não anula autuação
A Receita Federal entendeu que irregularidade na
identificação de contribuinte, que não prejudique sua
defesa, não gera nulidade de autuação fiscal. "A
ocorrência de defeito no instrumento do lançamento [auto
de infração] que configure erro de fato é convalidável e,
por isso, anulável por vício formal", diz a Solução de
Consulta Interna da Receita nº 9, de 2013. A orientação
vale para todos os fiscais do país.
"Com essa solução de consulta, a Receita tenta
estabelecer tipos diferentes de erros na identificação do
sujeito passivo e, com isso, impor consequências
diferentes", afirma o advogado Eduardo Santiago, do
Demarest e Almeida Advogados. "Ocorre que a
identificação correta do sujeito passivo é elemento
essencial do ato de lançamento do tributo, sendo,
portanto, um vício insanável", acrescenta.
No Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)
existem decisões em sentidos contrários. Em fevereiro,
por unanimidade, os conselheiros decidiram que,
"comprovado que os rendimentos foram recebidos em
nome do contribuinte, o lançamento deve ser cancelado
por erro na identificação do sujeito passivo".
Para o advogado Alessandro Mendes Cardoso, do Rolim,
Viotti & Leite Campos, a solução de consulta diferencia,
corretamente, os vícios formal e material, que podem levar
à anulação de auto de infração.
Fonte: Valor Econômico (22/03/2013).
Cadeia produtiva de soja terá nova tributação
O governo vai mudar a tributação da cadeia produtora de
soja para estimular a exportação de produtos com maior
valor agregado, como farelos e óleos. A medida está
praticamente concluída e também servirá para resolver o
acúmulo de créditos tributários criado no segmento depois
da desoneração da cesta básica.
Desde que o governo zerou o imposto sobre os alimentos
da cesta básica, os créditos de PIS/Cofins acumulados ao
longo das etapas de produção não podem mais ser
abatidos na venda de óleos e margarinas para o mercado
interno porque esses produtos não pagam mais imposto.
Com isso, estima-se que a indústria acumule um prejuízo
anual de R$ 300 milhões, pois tem um crédito contra o
governo, mas não tem imposto a pagar.
Segundo uma fonte envolvida nas negociações, o governo
vai praticamente acabar com o crédito presumido do
PIS/Cofins da cadeia da soja nas operações de compra e
venda no mercado interno e concederá um crédito
tributário vinculado às exportações. A ideia se assemelha
ao Reintegra, programa lançado pelo governo em 2012
que devolve às empresas até 3% da receita com a
exportação e cujo objetivo é neutralizar os tributos que
ainda incidem sobre as vendas ao exterior.
MS News - Abril de 2012
No caso da soja, o crédito tributário concedido nas
exportações será mais elevado nas vendas de óleos e
farelos e mais baixo na comercialização de grãos. O
governo espera, com isso, inverter a balança comercial do
setor, que hoje é muito mais concentrada no produto in
natura do que na soja industrializada.
Governo e setor privado já concordaram com o novo
modelo. O que falta é definir o percentual das exportações
que será devolvido na forma de crédito tributário. A
Receita Federal está fazendo os cálculos para que o novo
sistema seja neutro: as empresas da cadeia da soja
receberão do governo o mesmo valor que antes podiam
abater como crédito presumido nas vendas de óleos e
margarinas para o mercado interno.
A vantagem do novo modelo está na forma de pagamento
dos créditos tributários. Atualmente, a devolução de
eventuais créditos que a indústria da soja acumula é
realizada de forma individualizada e depende da
destinação que foi dada ao grão. Estima-se que de todo o
crédito gerado na cadeia da soja, metade era usado na
venda de margarina e óleo vegetal e a outra metade ia se
acumulando no balanço das empresas.
Com a mudança na concessão do crédito para as
exportações, o reconhecimento do crédito tributário passa
a ser feito por meio do Siscomex, o sistema que registra
compras e vendas internacionais. Assim, a empresa
poderá usar os dados de embarques para pedir o
ressarcimento à Receita Federal. No Reintegra, as
empresas podem pedir ao governo para usar o crédito
para abater de outros tributos devidos ou para receber em
dinheiro. O processamento é eletrônico e feito a cada
trimestre com base no que foi exportado no período
anterior.
A cadeia da soja deve se utilizar de forma muito mais
intensiva do ressarcimento em dinheiro. Isso porque o
segmento, como é preponderantemente exportador e
movimenta grandes volumes, acumula créditos numa
velocidade muito mais intensa do que consegue abater.
Uma das alternativas que chegaram a ser apresentada ao
governo foi a dedução dos créditos de PIS/Cofins da
contribuição previdenciária do setor. Mas foi descartada
porque abriria precedente para que outros setores da
economia também deixassem de pagar a Previdência.
O novo sistema de tributação resolverá o problema do
fluxo de créditos tributários que a cadeia da soja acumula
depois da desoneração da cesta básica. Os créditos que
já estiverem inscritos no balanço das empresas até a
mudança do sistema serão pagos de acordo com a
metodologia anterior. Ou seja, não implicarão impacto
sobre as contas públicas no curto prazo.
No caso do reembolso dos novos créditos, haverá
despesa primária mas o governo estima que a conta pode
ser facilmente absorvida no limite de R$ 20 bilhões de
desonerações previstos esse ano.
Fonte: Valor Econômico (22/03/2013).
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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22/03/2013
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RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA
Você sabe elaborar um bom currículo?
Deslizes e erros no documento podem ser fatais
Você já parou para pensar na importância de elaborar um
bom currículo? Se não, chegou a hora.
O documento é o seu primeiro contato com o recrutador e
um "passaporte" necessário para você chegar à entrevista
de emprego. Por isso, deslizes na etapa de elaboração
podem ser fatais, principalmente em processos seletivos
muito concorridos, quando os recrutadores têm pouco
tempo para ler os currículos. Se ele bater o olho e vir
erros, nem dará chances de uma entrevista ao candidato.
Para evitar isso, confira dicas importantes:
MS News - Abril de 2012
continuassem a fornecer o e-mail para seus clientes como
canal de comunicação preferencial.
As crianças de hoje em dia já não usam e-mail. Segundo a
comScore o uso de webmail caiu 31% entre as crianças
de 12 a 17 anos de idade e 34% entre os jovens de 18 a
24 anos no período entre dezembro de 2010 e dezembro
de 2011.
E entre os consumidores, o e-mail também está caindo em
desuso. Levantamento do The Radicati Group, que
monitora o uso de e-mail e outras mensagens da mídia,
mostra que a quantidade de e-mails pelos consumidores
vai cair entre 3% a 4% ao ano entre 2012 e 2016.
Significa que havia um motivo para a crítica feita a Breton.
Ao menos em parte, porque a própria Radicati está
projetando que o número de e-mails de negócios vai
aumentar 13% ao ano de agora até 2016.
Erros de português
Escorregar na ortografia, na concordância ou na coesão
são erros graves. Isso porque ou o recrutador concluirá
que o profissional não tem bom domínio da língua ou
desconfiará do comprometimento dele com a oportunidade
e com a carreira, afirma especialista entrevistado pelo site
Exame.com. ].
O que, infelizmente, para os funcionários significa mais
tempo gasto limpando a caixa de entrada, não só em PCs
e laptops, mas agora também em tablets e smartphones,
separando o joio do trigo entre boletins, notificações de
redes sociais e spam não filtrados em busca dos e-mails
que realmente farão diferença em seus trabalhos, para
não falar do tempo gasto com arquivamento e
recuperação dessas mensagens.
Layout confuso
Se a maneira de apresentar as informações é confusa, o
recrutador pode concluir que faltam habilidades de
comunicação, como clareza e objetividade. Diagramações
estranhas podem dificultar o acesso ao mais importante:
as informações a respeito de sua trajetória profissional.
Supervalorizar aspectos da trajetória.
"Se no currículo a participação em um projeto se
transforma em liderança, é preciso saber explicar ao
recrutador porque você optou por relatar a experiência
dessa forma", afirma o site. Aumentar a importância de
atuações profissionais manifesta uma visão de mundo e
de si mesmo equivocada.
Mentir
Candidatos que enveredam por faltar com verdade, sem
dúvida, se queimam com o recrutador e nunca mais são
chamados para um novo processo seletivo. Por isso, todo
cuidado é pouco, já que alguns recrutadores tendem a
encarar isso "como um desvio de caráter".
Fonte: CRC – SP (22/03/2013).
Por que as empresas não conseguem largar o vício
por e-mail?
E para a TI significa gritaria maior por parte dos usuários
sobre limites de armazenamento muito abaixo do
necessário (especialmente quando o Google permite-lhes
manter tudo), bem como preocupações com a segurança,
arquivamento, retenção, eliminação, e sincronização entre
dispositivos móveis . Além de aumento de custo: em 2010,
o Gartner chegou a estimar 192 dólares por usuário ao
ano.
Por que nos sujeitamos a esta loucura? Porque apesar de
todos os senões, o e-mail "ainda é uma forma eficiente de
comunicação, quase em tempo real", diz Phil Bertolini, CIO
do Michigan Oakland County , responsável por 10 mil
caixas de e-mail.
Ele faz muito bem o que ele é projetado para fazer, que é
permitir nos comunicarmos com segurança em uma base
de um-para-um ou um-para-poucos", diz Rob Koplowitz,
analista da Forrester Research.
Simplificando, podemos odiar o e-mail, mas não podemos
trabalhar sem ele. Mas se o volume de e-mail da empresa
vai crescer como indicado nos números da Radicati, algo
vai ter de mudar, concordam especialistas e CIOs. O email vai ter que se tornam mais sofisticados, e, ao mesmo
tempo, mais fácil de usar. E os usuários, que muitas vezes
tornam a vida mais difícil para si, precisam evoluir
também.
Por que nós amamos o e-mail
Thierry Breton, CEO da Atos, recebeu muitas críticas no
ano passado, quando determinou que seus funcionários
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Nós amamos o e-mail porque ele tem utilidade e
onipresença. Isso nos mantém conectados e atualizados
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22/03/2013
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sem a necessidade de remetentes e destinatários estarem
online ao mesmo tempo, graças a sua natureza
assíncrona. Todo mundo que faz negócios hoje pode
razoavelmente esperar ter um endereço de e-mail, e
apenas uma das alternativas de ferramentas de
comunicação como chat, videoconferência ou mensagens
de texto SMS.
MS News - Abril de 2012
Sistemas de gestão do conhecimento, apresentados na
década de 1990 como a próxima grande coisa, não
conseguiu pegar, enquanto os sistemas de colaboração
como o Lotus Notes e Microsoft SharePoint ter sido
variadamente sucesso, a inclusão de Chatter para o
Salesforce trabalha na área de vendas para necessidades
específicas.
Além disso, o e-mail cria uma trilha de auditoria de fato em
que vai, controlando quem enviou o quê a quem, quando,
que é facilmente armazenada, transmitida e, salvo as
limitações de espaço, prontamente disponíveis em um
computador.
Até hoje esses sistemas não conseguiram atingir o nível
de ubiquidade do e-mail. Oferecem uma solução que pode
ser ,de fato, superior ao e-mail, mas apenas para uma
população restrita de usuários corporativos.
O resultado deste sucesso? "Ninguém pode viver sem ele
por mais de dois minutos", diz Sara Radicati, presidente e
CEO da The Radicati Group.
Bertolini, do Oakland County, é um grande fã de e-mail _
dado que o setor público ainda é fortemente baseado em
papel, o e-mail ainda conta como um grande passo
tecnológico à frente. "Podemos perseguir novas
tecnologias, mas preciso de algo que seja confiável e
usado pelas massas. Mesmo que haja pessoas clamando
por novas maneiras de se comunicar, o e-mail é a nossa
principal forma de comunicação", diz.
"Há uma alta correlação entre sucesso destas ferramentas
e o quanto estão alinhadas ao valor perceptível do
negócio", diz Koplowitz. Infelizmente, acrescenta, há
frequentemente uma incompatibilidade organizacional. As
ferramentas que trabalham para um departamento (por
exemplo, vendas) podem não ser suficientes para outro
(por exemplo, atendimento ao cliente).
Mesmo quando as novas ferramentas de comunicação,
como o Yammer e Chatter, começam a tomar conta a
empresa, o que acontece? Os usuários direcionam as
notificações apara um único lugar onde é mais provável
vê-las primeiro - a onipresente caixa de entrada do e-mail.
Por que odiamos e-mail
Para TI o e-mail é um fardo
Infelizmente, os pontos positivos do e-mail - a sua utilidade
e onipresença - tornaram-se seus pontos negativos
também.
Para a TI, o e-mail é uma dor de cabeça constante. Niraj
Jetly, CIO da EdenredUSA, é capaz de citar quatro
aborrecimentos recorrentes: o volume de dados, a
conformidade e segurança, o e-mail corporativo em
dispositivos pessoais usados para o trabalho e o
roteamento internacional.
Considere esta queixa: "Não importa se a mensagem vem
de um spammer, de sua esposa pedindo para comprar
uma garrafa de vinho, do seu chefe dizendo você estará
de folga na segunda-feira por ser feriado, ou de um cliente
pedindo uma reunião na sede da empresa dela, às 11
horas, já passando um pouco das 9 horas. Nas caixas de
entrada de hoje, todas as mensagens de e-mail são
iguais", escreveu o jornalista Om Malik... em 2007. DE lá
para cá a situação só tem piorado.
O problema, na opinião de Koplowitz, da Forrester, é "usar
o e-mail para as coisas que ele não foi projetado para
fazer." Viciado em e-mail, usam a ferramenta para
agendamento, fluxo de trabalho, gestão de recursos,
arquivamento
e
gerenciamento
de
documentos,
gerenciamento de projetos, e até mesmo a gestão do
conhecimento, onde as ideias que devem ser amplamente
compartilhadas ficam, vez disso, trancados em uma
cadeia de e-mail entre uma lista limitada de destinatários.
"As coisas que o e-mail faz mal tornaram-se
problemáticas", resume Koplowitz.
Ao longo dos anos os desenvolvedores têm tentado
romper a dependência dos usuários sobre o e-mail com
uso de software mais sofisticados e mais adequados para
as tarefas da empresa - muitas vezes com sucesso
limitado.
"Ninguém pode suportar tamanhos de caixas de correio
cada vez maiores", diz ele. "Ao mesmo tempo, temos de
garantir a segurança dos dados sensíveis a serem
transmitidos. E temos que assegurar a disponibilidade de
e-mails arquivados pelos usuários em seus laptops ou
desktops."
Jetly também cita como um desafio o tráfego de e-mails de
continente para continente. "Fica muito complicado
quando o governo e o setor privado restringem o
encaminhamento de e-mail nos contratos, em função de
regulamentações locais", explica ele.
A tendência de trazer o seu próprio dispositivo (BYOD)
para o local de trabalho também preocupa. "Se uma
organização precisa de e-mail criptografado, mas também
suporta BYOD, suportar o acesso ao e-mail corporativo
em dispositivos pessoais se torna um desafio
interminável", diz Jetly. "E se um usuário perder um
dispositivo pessoal, quem tem a responsabilidade pela
perda dos dados?", pergunta.
Pete Kardiasmenos, Arquiteto de Sistemas na SBLI EUA,
gerencia os servidores da empresa de câmbio e se
envolve com "qualquer coisa relativa ao e-mail. Seu maior
problema? Os funcionários externos voltando-se para
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22/03/2013
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sistemas de e-mail gratuito, como Yahoo e Gmail, para
contornar os limites de armazenamento da empresa.
"Eles não têm más intenções. Eles querem saber por que
eles estão limitadas a 500 megabytes quando o Gmail é
ilimitado. Precisamos constantemente comunicar as
nossas políticas", diz ele. Como um monte de
organizações empresariais, a SBLI EUA teve que bloquear
o uso de sistemas de webmail nos dispositivos dos
funcionários como uma medida de segurança, e espaço
aumentar o limite no Exchange para a maioria dos
usuários por causa de questões de custo de
armazenamento.
Mesmo assim, o e-mail ainda é uma dor de cabeça para a
empresa. "As pessoas continuam mantendo e-mails em
suas caixas de entrada da mesma forma que mantêm os
arquivos em seu desktop, para mantê-los à mão."
Para Bertolini, da Oakland County, o grande desafio é a
gestão - o gerenciamento de senhas e gerenciamento de
arquivos de backup do Outlook quando ficam muito
grandes. Pelo menos, diz ele, quando esses arquivos
estão grandes demais, eles começam a gerar mensagens
de erro. "Nós descobrimos sobre eles quando [os
usuários] têm um problema", suspira Bertolini.
"Em um caso, descobrimos milhares de e-mails que
datavam de 2001", diz Bertolini. "E o verdadeiro problema
é que a maioria deles tratando de trivialidades como
convites para o almoço. Há um custo para a manutenção e
gestão do e-mail."
A maior carga de TI, Radicati diz, é simplesmente o tempo
de atividade. "A principal preocupação de TI é ter certeza
de que ele é instalado e em execução e disponível", diz
ela.
E-mail na nuvem
Então o que é que devo fazer? Radicati é altamente
otimista sobre e-mail na nuvem . "É um caminho a
percorrer", diz. "Um monte de provedores de e-mail
baseados na nuvem têm arquivamento e recursos de
conformidade, e se você quiser mais recursos, você pode
comprá-los como recursos adicionais."
Na Oakland County, Bertolini está usando o Microsoft
Office 365 na nuvem. "Ainda há um custo associado de
armazenamento, mas parte da nossa análise de ROI será
comparar o custo de armazenamento na nuvem contra
deixar as pessoas manterem mais e-mails", diz ele,
acrescentando que está preocupado com o fato de que"se
der mais espaço de armazenamento, eles irão de fato
preenchê-lo."
MS News - Abril de 2012
vou mais precisar dessas pessoas. E, em três ou quatro
anos,não estarei substituindo os meus servidores de
correio. "
Ainda assim, algumas questões permanecem. "Muitos dos
departamentos de TI estã movendo o e-mail para a
nuvem", diz Radicati, "mas ainda há preocupação sobre se
será privado o suficiente, seguro o suficiente e confiável o
suficiente."
Mesclando ferramentas de comunicação
Como muitas tecnologias com as quais a TI tem que lidar,
as fronteiras de e-mail estão se expandindo, o que
significa que a TI precisa começar a pensar sobre e-mail
menos como um silo e mais como um componente de um
sistema de comunicação multi-modal.
Bertolini observa que a nova geração de funcionários
clama por mensagens instantâneas - e ele não é contra.
"Eles as usam para colaborar mais. Em um bate-papo,
podem fazer as coisas em tempo real."
Ele também está investindo em mais videoconferência,
primeiro na base de um-para-um, de computador a
computador, e em seguida, a partir salas de conferência
para salas de conferências, e em seguida, em um sistema
de vídeo multiponto.
Felizmente, esses mecanismos de comunicação vão
começar a fundir-se, preveem os analistas. Radicati
acredita que nos próximos dois a cinco anos os sistemas
de e-mail não serão radicalmente diferentes dos atuais,
mas não vamos falar mais tanto do e-mail como uma
ferramenta autônoma.
Em vez disso, nós provavelmente teremos um painel de
comunicações que incluirá o e-mail, as mensagens
instantâneas e as mídias sociais, graças as APIs não só
para aplicações de mídia social como Facebook e
LinkedIn, mas também para os protocolos de
comunicações unificadas como Session Initiation Protocol
(SIP) e Extensible Messaging and Presence Protocol
(XMPP).
A Forrester concorda com Koplowitz. "Nos próximos anos,
veremos uma maior integração entre essas ferramentas.
Pense em como as mensagens instantâneas já estão
integradas ao Gmail", diz ele, citando ainda a IBM, a
Microsoft (com o SharePoint e a Yammer) e o Facebook.
"Nós vamos ter um novo ambiente com os novos aspectos
da comunicação", prevê Koplowitz. "Hoje eles são
ferramentas diferentes, mas nos próximos três a cinco
anos, vão ser integrados."
Fonte: IDGNow (22/03/2013).
Mas ele também vê outras vantagens. "Se eu puder
hospedar o e-mail externamente e ainda tiver as
necessidades de segurança determinadas pelo governo
do condado atendidas, posso salvar milhões no longo
prazo. Precisaríamos duas a três pessoas para gerenciar
o Microsoft Exchange, mas se eu for para a nuvem, não
7
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
MS Clipping
Moore Stephens
22/03/2013
Moore Stephens
CONTABILIDADE / AUDITORIA
Balanços mostram lenta recuperação das empresas
As empresas de capital aberto mantiveram, no quarto
trimestre, a tendência de recuperação vista nos meses
anteriores, com crescimento das vendas, dos resultados
operacionais e dos lucros. Embora o cenário
macroeconômico ainda seja uma barreira para um
crescimento mais forte, o pessimismo dos analistas de
investimentos parece ceder lugar à expectativa de um ano
um pouco melhor em 2013.
Números compilados pelo Valor Data, com base nos
dados da consultoria Economática de demonstrações
contábeis de 133 empresas, mostram que a receita é a
maior em dois anos, mas cresceu em proporção
semelhante aos custos - ou seja, eles também são os
maiores da amostra. A chamada margem bruta - o que
sobra das receitas depois de descontados os custos - foi
de 28,3% no quarto trimestre, abaixo dos 28,9% do
mesmo período do ano anterior.
Na análise dos dados, o Valor optou pela amostra que
exclui Petrobras e Vale (os números com e sem os dois
balanços estão na tabela desta página), já que o tamanho
desproporcional das duas empresas distorce o resultado
geral.
Nos três meses encerrados em dezembro, sem Petrobras
e Vale, a receita de vendas e serviços avançou 8,6% na
comparação com julho a setembro e 18,6% sobre igual
período do exercício anterior, para R$ 207 bilhões.
Os custos com produtos e serviços (que, grosso modo,
inclui matérias-primas, insumos e mão de obra no chão de
fábrica) avançaram 8,7% e 19,6%, respectivamente, para
R$ 148,41 bilhões. O lucro líquido subiu 25,7% sobre três
meses antes e 31,4% anualmente e somou R$ 16,22
bilhões.
Quando Petrobras e Vale entram na conta, o lucro líquido
cai 29% em bases anuais, para R$ 18,34 bilhões, e a
receita sobe 16,5%, para R$ 309,15 bilhões. Os custos
avançam 22,2%.
"A percepção é que os negócios permaneceram
rentáveis", dizem os analistas Bruno Piagentini e Marco
Aurélio Barbosa, da Coinvalores, mas a recuperação ainda
é "incipiente".
A eficiência, medida pela relação entre receita de vendas
e lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização (Ebitda) aumentou para 20% no quarto
trimestre, após manter-se em 18,7% nos quatro trimestre
anteriores, o que mostra uma contenção das despesas
operacionais com vendas, gerais e administrativas gastos com publicidade e salários de executivos, por
exemplo, entram nessa conta.
MS News - Abril de 2012
Mas a grande preocupação é com os custos. Algumas
empresas conseguiram repassar os aumentos aos clientes
apenas neste início de ano, como as produtoras de papel
Klabin e Suzano, as siderúrgicas Usiminas e CSN, e a
Petrobras, que reajustou o preço do diesel por duas vezes
desde janeiro.
Entre os grupos que se empenharam em diminuir custos,
mas ainda preocupam, estão as produtoras de papel e
celulose, a Vale e a siderúrgica Usiminas. Na contramão,
as empresas de saúde tiveram um crescimento
relativamente baixo, "com um aumento da receita em linha
com a inflação, enquanto os custos a superaram", nota o
analista Guilherme Assis, da Brasil Plural Corretora.
Na Petrobras, os custos continuam em alta. A esperança é
que os repasses de preço diminuam uma parte da
defasagem sobre os preços internacionais, pelos quais a
companhia compra combustíveis no exterior. No quarto
trimestre, os custos com vendas da estatal subiram 18,5%,
para R$ 56,8 bilhões, o que, para se ter ideia da grandeza,
representou um terço do faturamento de todas as
empresas da amostra. A receita não subiu na mesma
proporção, o que reduziu em quatro pontos percentuais a
margem bruta para 23%.
Estoques deram um sinal positivo aos investidores, com
queda após nove meses de crescimento
Os estoques, no entanto, deram um sinal positivo aos
investidores. Após nove meses de crescimento, as
empresas conseguiram reduzir a linha do balanço para R$
77,65 bilhões entre outubro e dezembro. Segundo os
analistas da Coinvalores, a queda refletiu os ajustes de
produção e a estabilização da demanda.
A situação mais saudável deu fôlego para o repasse de
preços. Foi o caso da Usiminas, que reduziu os estoques
para R$ 3,78 bilhões no trimestre, em 95 mil toneladas de
aço, e em 482 mil toneladas em 2012. "Foi uma
desestocagem intensa de aço fabricado em 2011, com
custos mais elevados, que sacrificou margens da
empresa, porém reforçou seu caixa", disse a companhia
em nota que acompanha o balanço.
A Sondagem Industrial da Confederação Nacional da
Industria (CNI) apontava em novembro a baixa dos
estoques para um nível próximo ao planejado, de 50,5
pontos. O indicador não se situava neste patamar desde
abril de 2011.
Os setores com mais facilidade para o repasse de preços,
como as empresas de alimentos e bebidas, cujos produtos
são de consumo essencial, e concessões e shoppings
centers, com receita indexada à inflação, mostraram bons
resultados, diz Leonardo Milane, estrategista do banco
Santander.
No acumulado de 2012, a receita líquida atingiu R$ 1,115
trilhão, alta de 32,6% em bases anuais, e o lucro alcançou
R$ 81,38 bilhões, 30,7% inferior a 2011. Sem Petrobras e
Vale, a receita subiria 36%, para R$ 740,17 bilhões, e a
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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Moore Stephens
22/03/2013
Moore Stephens
última linha do balanço recuaria 4,3%, para R$ 51,87
bilhões.
Os números de 2012 não foram tão fortes quanto o
desejado, mas os balanços sinalizam o bom desempenho
em 2013. O início do ano pode continuar morno, na
opinião de analistas, mas o crescimento é certo no
segundo semestre até para os setores com mais
dificuldades.
"O mercado tem olhado para 2013 com perspectivas
positivas, sem se preocupar com aspectos pontuais do
quarto trimestre", afirmam Piagentini e Barbosa, da
Coinvalores.
No segmento de siderurgia, existe uma recuperação nos
preços do aço que pode trazer melhoras operacionais. A
Vale é muito dependente do preço do minério de ferro,
mas o enfoque em eficiência é o que mais vai importar, diz
a analista Juliana Chu, da Votorantim Corretora.
Em consumo, o ritmo de abertura de lojas tende a
continuar forte neste ano, indicando a manutenção da
perspectiva de crescimento, diz Luiz Cesta, do banco
Votorantim.
Em logística, que teve bom desempenho em 2012, na
opinião do analista Gabriel de Gaetano, da Fator
Corretora, as novas licitações de concessões que
acontecem neste ano podem trazer otimismo.
Petrobras e Vale travam Índice Bovespa, que ainda não
reflete melhora de resultados
Os balanços do terceiro trimestre confirmaram um
esperado respiro para a economia brasileira após um ano
de lucros modestos, mas essa recuperação de resultados
ainda não se reflete no Ibovespa. O principal índice da
bolsa brasileira beira os 56 mil pontos, abaixo dos 57 mil
pontos em que operava no fim do terceiro trimestre.
Desde o início do ano, o Ibovespa recua 8%, sendo que
uma baixa de 6,6% foi acumulada desde que o Bradesco
inaugurou a temporada de balanços, em 28 de janeiro.
Com quatro ações e grande representatividade na carteira
teórica, a Vale e a Petrobras têm uma boa parcela de
culpa no mau humor do mercado.
A mineradora encerrou o quarto trimestre com prejuízo
recorde de R$ 5,63 bilhões, após uma baixa contábil de
R$ 10 bilhões relacionada à reavaliação de ativos de
níquel, carvão, alumínio e dos investimentos na
Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), controlada
pela alemã ThyssenKrupp. As receitas da Vale caíram 7%,
para R$ 24,1 bilhões, e o resultado operacional ficou
negativo em R$ 2,4 bilhões.
Já a petrolífera obteve lucro líquido 53% maior nos três
meses finais de 2012, de R$ 7,74 bilhões, embora o ganho
operacional de R$ 6,12 bilhões tenha representado queda
de 21% ante um ano antes. A receita líquida subiu 13%,
para R$ 73,4 bilhões.
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MS News - Abril de 2012
Mas enquanto o discurso da Vale sobre austeridade de
custos e investimentos impulsionou a ação em 3% na
sessão seguinte ao balanço, os investidores penalizaram
os papéis ordinários da Petrobras com queda de 8% após
o resultado. A última linha do relatório financeiro da estatal
subiu devido ao menor pagamento de impostos e uma
reclassificação contábil de parte dos títulos públicos em
carteira, que gerou ganho de R$ 1,5 bilhão e ofuscou a
piora operacional.
O resultado financeiro da Petrobras subiu de R$ 400
milhões no quarto trimestre de 2011 para R$ 2,79 bilhões
nos últimos três meses do ano passado. Com a estatal na
amostra geral, o resultado financeiro das 133 empresas
que já divulgaram resultados melhora 23,7% em bases
anuais, para perdas de R$ 4,48 bilhões. Sem a Petrobras
e a Vale, cresce 8% e fica negativo em R$ 5,64 bilhões.
Os investimentos em bens de capital avançam 5,5% na
comparação com o terceiro trimestre e 41% com igual
período de 2011, no levantamento que exclui a mineradora
e a petrolífera. Com elas, sobem 1% e 22%,
respectivamente. Apesar de a Petrobras ter mantido os
planos de destinar R$ 97,6 bilhões para reforçar as
operações em 2013 - 10% a mais que no ano passado -, a
Vale segue em um esforço de cortar custos, despesas e
melhorar a produtividade.
Da mesma forma que Vale e Petrobras são referências na
bolsa, seus números astronômicos distorcem, para fins de
análise, os resultados das outras companhias que
compõem o Ibovespa. No caso do quarto trimestre, de
forma negativa.
"Há boas histórias de resultado no quarto trimestre, mas
de empresas com participação menor no Ibovespa, como
Ambev, Brasil Foods e Sabesp ", diz Leonardo Milane,
estrategista do banco Santander. Ele lembra que a
relevância dos setores de commodities e de energia,
preferidos por estrangeiros pela grande liquidez, impede
que o índice acompanhe as bolsas externas e avance.
O índice americano Dow Jones sobe 10% no ano, e o
DAX 30, de Frankfurt, tem valorização de 4,2% desde
janeiro, apesar da situação econômica mais complicada
na Europa.
No IBRX-100, que reúne as cem principais empresas
listadas na bolsa brasileira, a distorção se reduz. O índice
recua 3,5% desde o início do ano e 3% desde o início da
temporada de balanços. O maior número de companhias
listadas diminui o peso de Vale e Petrobras.
Para Milane, questões específicas também ofuscam boa
parte dos balanços. A Vale, por exemplo, apesar do
resultado operacional melhor, cedo ou tarde terá de lidar
com a cobrança de mais de R$ 4 bilhões com os royalties
de mineração devidos ao governo, "e o mercado não quer
pagar para ver". (DM e TB)
Fonte: Valor Econômico (22/03/2013).
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
MS Clipping
Moore Stephens
22/03/2013
Moore Stephens
Prestação de Contas (Contabilidade) Agregando Valor
Por Charles B. Holland
A palavra "accounting" em português significa prestação
de contas
"Prestação de contas", através da Contabilidade, é um das
três línguas mais difundidas e utilizadas neste planeta.
Todas as pessoas no mundo dos negócios se comunicam
de forma compreensível e confiável através desse
"idioma". Todas as pessoas de diferentes países estão
parcialmente ou integralmente alinhadas com as Normas
Internacionais de Contabilidade.
O Brasil, aliás, é o primeiro país de grande porte que tem
as suas normas de prestação de contas para fins
societários e de consolidação plenamente alinhadas com
as Normas Internacionais de Contabilidade.
A inflação durante décadas, até 1994, mudou o
comportamento da sociedade brasileira. Prestação de
contas através da Contabilidade tornou-se ônus sem
bônus. Com a ausência de uma moeda estável até então,
inexistiam estímulos para fazer prestação de contas
usando a Contabilidade. Os empresários passaram a
valorizar o fluxo de caixa - simples, vendo e relegando a
Contabilidade como uma obrigação sem benefícios.
Pensando nisso, a Receita Federal do Brasil dispensou, a
partir de 1995, a prestação de contas, via Contabilidade,
por parte das empresas com receitas anuais até R$ 48
milhões - valor atual com reinvindicações do Congresso
para aumentá-lo para R$72 milhões. A Receita Federal
criou uma alternativa supersimples de apuração de
impostos denominado "regime de lucro presumido"
(atualmente cerca de um milhão de empresas) e para
empresas no regime simples (cerca de quatro milhões de
empresas) com receitas anuais até R$ 3,6 milhões.
A base de tributação é o valor das receitas declaradas,
dispensando prestação de contas entendíveis via
Contabilidade. Dentro do bom senso deveria ter sido
revogada antes de 2000.
Ninguém ousa dirigir um carro durante a noite sem faróis.
Também não ousa dirigir sem vidros dianteiros com
limpadores funcionando e espelhos retrovisores. Pois
bem, dirigir uma empresa sem prestação de contas
entendíveis,
sem
histórico
e
sem
orçamentos
prospectivos, é como pilotar um automóvel no escuro, sem
limpadores e faróis.
O bom senso deve imperar quando dirigimos automóveis.
No entanto, muitas empresas e empresários ainda têm
hábitos adquiridos decorrentes da inflação elevada e não
reinstituíram a prática necessária de "prestar contas via
Contabilidade". O processo educativo e de persuasão para
restaurar a Contabilidade entendível e útil precisa ser
intensificada. Precisamos mostrar ainda mais como
podemos agregar valor aos negócios através da
Contabilidade.
A nova Contabilidade
MS News - Abril de 2012
O Conselho Federal de Contabilidade aprovou em 2009 e
em 2012 as normas técnicas de prestação de contas,
100% alinhadas com as Normas Internacionais de
Contabilidade para as micro, pequenas e médias
empresas. A aplicabilidade é geral, excluindo as empresas
de grande porte, que estão sujeitas a normas mais
detalhadas, aprovadas em 2007.
A nova Contabilidade exige de todos um julgamento
responsável e o uso do bom senso para que prevaleça a
forma legal. Estamos falando de uma novidade para todos.
Em casos de divergências com as normas tributárias, as
eventuais diferenças são controladas e reportadas em
separado para a Receita Federal do Brasil. É o que todos
fazem no mundo, inclusive as empresas brasileiras de
grande porte.
Independentemente da forma como é exigida a prestação
de contas para a Receita Federal do Brasil, não existem
desculpas para continuar dirigindo as empresas na
escuridão, ou seja, sem Contabilidade.
As novas normas contábeis no Brasil tem aceitação
universal. São simples, informativas e práticas. Os
reportes são confiáveis, entendíveis e essenciais para
todas as partes interessadas principalmente dentro das
empresas. As mesmas asseguram, dentre inúmeros
benefícios, acesso à fontes de capital e de financiamentos.
No processo educativo, a maioria dos envolvidos nos
processos de preparo e divulgação precisam incrementar
a qualidade das entregas de informes de prestação de
contas aos donos e administradores de empresas,
incluindo, por exemplo, performance mensal dos
indicadores-chave, contas a receber por vencimentos de
prazos, previsões de fluxo de caixa confiáveis, entre
outros. É preciso entregar todos os informes necessários
alinhados com os informes contábeis que a administração
precisa para gerenciar os seus negócios.
Os Contadores precisam aprender a ocupar a função de
assessor e braço direito da administração, explicando o
significado dos números e mostrando onde que há
necessidade de mais atenção. Os números falam para os
Contadores experientes e habilidosos em negócios. Os
empresários precisam agora compartilhar os seus
conhecimentos com os seus clientes, agregando e
encantando-os.
O futuro do Contador é ser um consultor interno
imprescindível da administração, a partir do uso das novas
normas contábeis brasileiras.
Charles B. Holland é Contador, diretor executivo da
Anefac e da Holland Consulting, ex- conselheiro do CRC
SP
Fonte: CRC – SP (22/03/2013).
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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22/03/2013
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OUTROS ASSUNTOS
Salários, produtividade e pleno emprego no Brasil
Umas das perguntas que mais vêm sendo feitas pelos
analistas econômicos nos últimos anos é a seguinte: o
Brasil está ou não está em uma situação de pleno
emprego?
Com a taxa de desemprego medida pela PME/IBGE em
5,5% da PEA na média de 2012 e com rendimentos reais
crescendo na faixa de 3 a 4% ao ano, (muito acima de
qualquer estimativa de ganhos de produtividade para a
economia brasileira), é muito difícil negar o diagnóstico de
que estejamos em pleno emprego ou, muito
provavelmente, além dele- ou seja, um desemprego
efetivo abaixo do natural.
Esse diagnóstico, em conjunto com a observação da
dinâmica inflacionária e do Produto Interno (PIB) efetivo,
traz como consequência inescapável a percepção de que
o PIB potencial brasileiro despencou para 3% ou menos
nos últimos anos (vindo de cerca de 4% alguns anos
atrás). Isso porque o crescimento médio de pouco menos
de 2% ao ano em 2011-12 não foi suficiente para alterar o
quadro de ociosidade no mercado de trabalho.
Há alguns analistas que rejeitam esse diagnóstico de um
mercado de trabalho superaquecido, apontando que ainda
há mão de obra passível de ser incorporada à produção seja porque ainda há um contingente razoável de pessoas
dispostas a trabalhar na População Não Economicamente
Ativa (PNEA) ou porque muitos trabalhadores podem estar
sendo subutilizados (já que a PME/IBGE considera como
ocupada toda pessoa que tenha trabalhado pelo menos
uma hora na semana de referência).
Não obstante, essas análises tomam como referência os
dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE,
que engloba apenas as seis maiores regiões
metropolitanas brasileiras (que respondem por apenas
30% do total dos ocupados no Brasil). Alguns poucos
analistas também acompanham a Pesquisa de Emprego e
Desemprego (PED) metropolitana, consolidada pelo
Seade/Dieese e que engloba as mesmas regiões
metropolitanas da PME, com exceção do Rio de Janeiro,
mas acrescentando o Distrito Federal.
O setor agropecuário, que corresponde a 15% do emprego
nacional, tem peso nulo na PME. E causa discrepâncias
Mas o ideal seria ter uma série de dados em alta
frequência da Pesquisa Nacional por Amostragem de
Domicílios (Pnad). Contudo, essa pesquisa do IBGE é
apenas anual (mensurando o desemprego nos meses de
setembro).
A comparação das taxas de desemprego de setembro de
cada ano da PME, da PED e da Pnad indica que a PME
está perdendo importância, nos últimos anos, como um
indicador representativo do mercado de trabalho brasileiro.
Ademais, essa comparação também aponta que a
11
MS News - Abril de 2012
evolução da PED pode ser utilizada para construir uma
proxy mensal do desemprego da Pnad, já que suas
dinâmicas são semelhantes e a distância entre suas taxas
é relativamente estável ao longo do tempo.
Essa proxy aponta que o desemprego nacional parou de
cair em meados de 2011 (justamente o período a partir do
qual a economia brasileira sofreu uma desaceleração mais
significativa) e começou a subir moderadamente na
segunda metade de 2012, fechando o ano em pouco
menos de 7% da PEA em termos dessazonalizados, vindo
de 6,5% no final de 2011. Na média de 2012, a taxa de
desemprego nacional deve ter sido de 6,7% (contra 6,6%
na média de 2011), ante 5,5% da PME/IBGE (vinda de 6%
em 2011).
Essa disparidade entre as duas taxas de desemprego
também é observada na evolução dos salários. A tabela
apresenta os ganhos reais salariais de três pesquisas: a
PME/IBGE, a pesquisa de dissídios salariais feita pelo
Dieese junto às classes de trabalhadores mais
representativas do Brasil e a Pnad/IBGE.
Essa disparidade entre as duas taxas de desemprego
também é observada na evolução dos salários. A tabela
apresenta os ganhos reais salariais de três pesquisas: a
PME/IBGE, a pesquisa de dissídios salariais feita pelo
Dieese junto às classes de trabalhadores mais
representativas do Brasil e a Pnad/IBGE.
Os ganhos reais dos salários ficaram na faixa de 3% a 4%
nos últimos quatro anos segundo a PME/IBGE, percentual
que cai para perto de 1,5% ao ano quando se consideram
os ganhos reais dos dissídios dos trabalhadores
sindicalizados e os dados da Pnad (que engloba todos os
trabalhadores brasileiros).
A mesma tabela aponta que, na média dos últimos anos, o
ganho médio de produtividade nacional situou-se em torno
de 2% ao ano. Ou seja: os ganhos reais dos salários em
nível nacional estão correndo um pouco abaixo da
tendência da produtividade, o que sugere que o Brasil
ainda não chegou ao pleno-emprego (embora estejamos
bem perto dele, uma vez que essa diferença entre
rendimento e produtividade vem se estreitando).
O principal motivo por trás dessa discrepância da PME é a
composição do emprego. O setor agropecuário, que
corresponde a cerca de 15% do emprego nacional, tem
peso nulo na PME. Ademais, os serviços prestados às
empresas, que em nível nacional correspondem a 5% dos
ocupados, têm essa participação triplicada na PME. Há
diferenças também no emprego no setor público (11% no
Brasil, 16% na PME). Por outro lado, o emprego industrial
pesa 15% na PME, contra 20% no Brasil.
Mas, e a inflação? Por que ela seguiu próxima de 6% em
2012, a despeito do aumento da ociosidade do mercado
de trabalho brasileiro e também da indústria? Em minha
opinião, isso é explicado pela combinação de três fatores:
1) choque agrícola adverso nos EUA no 3º trimestre (que
elevou os preços da soja e milho em quase 25% no
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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Moore Stephens
22/03/2013
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período); 2) depreciação de quase 17% do real em relação
ao dólar em 2012 (a maior desde os 25% de 2002); e 3)
aumento de 25% a 40% dos fretes rodoviários a partir de
meados do ano passado, por conta da chamada Lei dos
Caminhoneiros (12.619/12). Não fossem esses três
fatores, provavelmente teríamos tido um IPCA próximo ou
mesmo abaixo de 4,5% em 2012. Não custa lembrar que,
em meados de julho, quando boa parte desses três fatores
ainda não era uma realidade, a expectativa de consenso
apontava um IPCA fechando o ano em 4,9%.
Bráulio Borges é economista-chefe da LCA Consultores
Fonte: Valor Econômico (22/03/2013).
MS News - Abril de 2012
Neste cenário, os principais índices de ações caíram na
Europa e nos EUA. O Dow Jones caiu 0,62%, o S&P-500
recuou 0,83% e o Nasdaq cedeu 0,97%.
No Brasil, a Bovespa teve baixa de 0,81%, aos. 55.576,67
pontos, fechando no menor nível desde 16 de novembro
de 2012. Petrobras, bancos e siderúrgicas pressionaram o
índice à vista para baixo.
O papel ON da estatal caiu 1,74%, enquanto o PN teve
baixa de 1,70%, em meio à percepção de que um novo
reajuste de combustíveis pode não ocorrer no curto prazo.
No setor bancário, BB ON caiu 0,07%, Bradesco PN
cedeu 0,91% e Itaú Unibanco PN teve baixa de 1,11%.
Fonte: O Estado de S. Paulo (22/03/2013).
Juros sobem com ausência do BC após dólar passar
de R$ 2.
A ausência do Banco Central (BC) no mercado de câmbio
ontem, apesar de o dólar à vista ter superado os R$ 2,00
no balcão, repercutiu nos negócios com juros.
Profissionais consideraram que um dólar mais alto traz
pressão adicional para a inflação, o que fez as taxas dos
contratos futuros de juros subirem, em especial entre os
vencimentos mais longos.
A expectativa de que o índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de março, que será
divulgado hoje, possa vir pior que o esperado, contribuiu
também para o movimento. No fim do dia, a taxa do
contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de
2014 estava em 7,82%, ante 7,81% da quarta-feira,
enquanto a taxa do contrato para janeiro de 2021 era de
9,92%, ante 9,81% na véspera.
O dólar fechou a R$ 2,007 no mercado de balcão, em alta
de 0,75%, no maior valor desde 24 de janeiro. Mesmo
assim, o Banco Central só observou o movimento, que
ganhou tração após o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, dizer, no início da tarde, que "o câmbio no Brasil
é flutuante".
Já a Bovespa manteve-se próxima do exterior ontem. Os
principais índices de ações recuaram diante de
indicadores de atividade fracos na Europa e receios com a
crise fiscal e bancária no Chipre. A ilha teve sua
classificação de risco soberano rebaixada à tarde pela
agência Standard 8c Poor"s (S8cP), de CCC+ para CCC,
com perspectiva negativa. A agência avalia que os riscos
de default (não pagamento da dívida) no país estão
aumentando.
Além disso, o grupo dos ministros de Finanças da zona do
euro (Eurogrupo) se colocou à disposição para discutir
com as autoridades cipriotas uma nova proposta de
resgate do país, mas cobrou agilidade. Pela manhã, o
Banco Central Europeu (BCE) já havia dado um ultimato
de que só proveria liquidez aos bancos do país até a
próxima segunda-feira, pressionando por um novo acordo.
Financiamento do BNDES para empresas menores é
recorde
As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) foram
as principais responsáveis pelo desempenho do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) nos primeiros dois meses do ano. Segundo
dados divulgados pela entidade ontem, 47% das
liberações totais do banco no período foram feitas para
empresas de menor porte.
O valor desembolsado para este grupo foi de R$ 10
bilhões, e representa o maior volume de crédito
disponibilizado para este tipo de companhia. A
participação foi superior à das grandes empresas que
representam 45% do total desembolsado e das médias e
grandes empresas com 8%.
O crescimento dos desembolsos para MPMEs foi de
45,7% na comparação bimestral, superior à expansão
observada no conjunto das operações do Banco.
Segundo o superintendente de Planejamento do BNDES,
Cláudio Leal, o movimento de crescimento da participação
da MPMEs já vem acontecendo há algum tempo. "Isso é
fruto de uma combinação de iniciativas do governo como o
PSI [Programa de Sustentação do Investimento], o cartão
BNDES, o que podemos chamar do lado da oferta de
produtos, combinado com o fato de que a economia
cresceu nos últimos anos e trouxe pequenos empresários
para a formalidade e essas questões favoráveis os
permitiram expandir seus negócios e o BNDES capta esse
movimento", disse.
De acordo com os dados do banco, a participação das
companhias tem crescido. Do total de desembolsos feitos
pelo BNDES no ano 2000, 20% foi para as MPMEs, no
ano de 2012 o percentual foi de 32%.
Para o professor da Fundação Instituto de Administração
(FIA), Celso Grisi, o aumento da participação de empresas
de menor porte é importante pois indica um
desenvolvimento menos concentrado em grandes capitais.
"Nem sempre o pequeno e médio empresário está nas
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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MS Clipping
Moore Stephens
22/03/2013
Moore Stephens
grandes capitais, isso quer dizer expansão de outros polos
de crescimento", disse.
"Acho que o BNDES está fazendo um papel de fomento
relevante na área regional. Para fins de desenvolvimento
econômico regional e humano é mais expressivo que isso
tenha ocorrido nas pequenas e médias, e tem uma
necessidade desses empresários acompanharem as
novas tecnologias. Pode estar sendo formado um novo
momento para a produtividade, junto da máquina vem a
tecnologia", completou.
Dados gerais
Os desembolsos do banco totalizaram R$ 21,2 bilhões no
bimestre, o que significa um aumento de 39% na
comparação com o mesmo período do ano anterior. Os
principais destaques, além das empresas de menor porte,
foram os aumentos das liberações para máquinas e
equipamentos.
A indústria respondeu por 32% dos desembolsos totais do
Banco no período. O bom desempenho do setor de bens
de capital refletiu nas linhas do Financiamento de
Máquinas e Equipamentos (Finame), que responderam
por 70% dos desembolsos das operações automáticas do
banco nos primeiros dois meses do ano.
Segundo o representante do BNDES, não se pode afirmar,
a partir do dado de desembolsos, que o aumento significa
uma retomada do crescimento, pois o resultado é
referente a aprovações feitas no passado.
Mas Leal aponta que o crescimento de 30% no nível de
aprovações no primeiro bimestre desse ano em relação a
2012 pode sim apontar uma situação econômica melhor.
Celso Grisi afirmou que é nítido que o dado aponta uma
retomada da economia.
"Desembolso nesse primeiro bimestre concentrado em
máquinas e equipamentos, está claro que a indústria está
fazendo investimento grande para elevar a produção".
"O que é interessante nesses investimentos é que não é
por um setor industrial ou outro mas por vários setores
industriais de produção; é portanto uma reação dos
empregos. Isso é muito importante, sabíamos que alguns
setores já estavam em recuperação, mas efetivamente o
que aparece é um crescimento muito difuso, os
investimentos são em vários setores e podemos ver uma
recuperação a vista", completou.
As liberações do BNDES Finame somaram R$ 10,2
bilhões, com alta de 60% em janeiro/fevereiro de 2013, na
comparação com mesmo período de 2012.
No setor industrial, as aprovações de novos projetos, no
montante de R$ 8,1 bilhões, cresceram 43% na
comparação bimestral. Na infraestrutura, a alta nas
aprovações foi de 4%.
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MS News - Abril de 2012
Em fevereiro, os desembolsos, de R$ 11,1 bilhões,
cresceram 36,4% em relação ao mesmo mês do ano
passado.
Fonte: DCI – SP (22/03/2013).
Países dos Brics firmam acordos para atuar na África
Os países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África
do Sul) devem aproveitar a reunião de presidentes do
grupo, na semana que vem, em Durban, na África do Sul,
para mostrar ao mundo como pretendem atuar cada vez
mais de maneira coordenada, na ajuda a terceiros países,
especialmente na África, e na resposta às turbulências do
mercado financeiro.
Os bancos de desenvolvimento dos cinco países devem
assinar acordos de cofinanciamento de infraestrutura na
África, e de cooperação e cofinanciamento na área de
desenvolvimento sustentável.
Às margens da reunião, o Brasil assinará com a China um
acordo de troca cambial (swap) em moedas nacionais, no
valor total de R$ 60 bilhões ou 190 bilhões de yuans, que
permitirá aos dois países pagar em moeda nacional, sem
necessidade de conversão em dólar ou outra moeda forte,
compromissos de comércio e investimento. A presidente
Dilma Rousseff, como informou o Valor PRO, serviço de
notícias em tempo real do Valor, tem grande interesse no
encontro bilateral que terá com o novo presidente chinês,
Xi Jinping, considerado um reformista com visões prómercado, que estará em sua primeira reunião multilateral
internacional.
Os presidentes devem confirmar o compromisso pela
criação do Banco dos Brics, instituição financeira de
desenvolvimento a ser gerida pelos cinco governos, mas
oficialmente será lançada apenas a negociação para
constituição da nova entidade. As conversas estão
avançadas, porém, e já está definido que o capital do
banco ficará entre US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões, a ser
dividido entre os cinco países, com integralização de uma
cota em torno de US$ 2 bilhões na fundação do banco,
que terá como modelo instituições de financiamento ao
desenvolvimento como a Corporação Andina de Fomento
(CAF).
Nas últimas reuniões, os representantes da Rússia
mostraram menor entusiasmo com a proposta, mas só a
reunião dos ministros da Fazenda dos Brics, em Durban,
no dia 26, mostrará se a Rússia de fato resistirá à ideia.
Em entrevista ao Valor, em fevereiro, o vice-presidente do
Banco de Desenvolvimento e Atividade Econômica
Exterior da Rússia (Vnesheconombank), Sergey Vasilyev,
disse ver ainda alguns obstáculos à constituição do banco,
um deles prosaico: a distância entre as capitais dos países
dificulta a escolha de um local para a sede da futura
instituição, que não exija mais de um dia de viagem para
reuniões dos representantes dos cinco governos.
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
MS Clipping
Moore Stephens
22/03/2013
Moore Stephens
O governo brasileiro tem a expectativa de fixar, em
Durban, a meta de criar o banco oficialmente na reunião
seguinte do grupo, que se realizará em 2014, no Brasil.
Nessa data, também seria constituído um mecanismo
financeiro reunindo uma parcela das reservas
internacionais dos cinco países, com até US$ 120 bilhões,
para proteger os Brics contra ataques financeiros
especulativos e problemas no balanço de pagamentos. As
negociações para criação do mecanismo, que, na prática,
estão bem adiantadas, também devem ser oficialmente
iniciadas em Durban.
O mecanismo, chamado de "Arranjo Contingente de
Reservas", deve ter como maior contribuinte a China.
Brasil, Rússia e Índia terão contribuições idênticas entre si,
embora menores que as dos chineses, e a África do Sul
terá de contribuir menos. Inversamente, os sul-africanos
terão o direito de sacar mais do mecanismo, que não
exige desembolso imediato dos países, apenas o
compromisso de comparecer com os recursos, se
acionados.
Na prática, o novo arranjo dará aos cinco mais autonomia
em relação ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em
caso de necessidade de divisas estrangeiras.
Concorrentes por obras e outros investimentos na África,
os países dos Brics tentarão, nessa reunião presidencial,
criar bases para atuação conjunta, especialmente no apoio
a governos locais. Os presidentes, após o encontro dos
Brics, vão participar de um seminário com o tema
"Destravando o potencial da África: Cooperação entre
Brics e África para Infraestrutura", com cerca de 20
lideranças africanas, entre chefes de governo e dirigentes
de instituições regionais. Projetos de investimento e
financiamento, em geral discutidos isoladamente pelos
governos dos Brics com os africanos, serão tratados em
conjunto.
Essa coordenação entre governos é, na avaliação do
Itamaraty, um dos principais benefícios para o Brasil no
grupo dos Brics. À exceção da África do Sul, os outros
quatro países do grupo participam do G-20, que reúne as
economias mais influentes do mundo, e, desde o ano
passado, têm discutido separadamente as posições a
serem levadas às reuniões que discutem, entre outros
assuntos, a reforma do FMI.
Fonte: Valor Econômico (22/03/2013).
EUA têm processo de reindustrialização
A reindustrialização da economia americana está em
curso. Com o menor custo de energia, decorrente do
boom do gás de xisto, o câmbio mais competitivo e a
elevação das despesas de transporte (que encarece
operações fora do país), a fabricação de bens
manufaturados nos EUA tem ficado mais atraente. Nos
últimos anos, um número crescente de empresas decidiu
trazer parte da produção do exterior de volta para o país,
como Ford, Caterpillar e General Electric (GE). A boa
MS News - Abril de 2012
saúde financeira das empresas americanas e a elevação
dos custos trabalhistas em países como a China também
contribuem para sustentar a tendência, que parece ir além
de uma recuperação cíclica.
Os dados de emprego mostram alguma retomada do setor
manufatureiro, embora não sejam espetaculares. Desde
janeiro de 2010, quando atingiu o menor nível de emprego
do pós-crise, o segmento criou quase 520 mil postos nos
EUA, levando o total de trabalhadores para quase 12
milhões em fevereiro deste ano. É 13% inferior aos 13,7
milhões do fim de 2007, ano em que a crise financeira se
iniciou, e 32% menor que os 17,6 milhões de abril de
1998, o pico atingido nos anos 1990.
A combinação de vários fatores faz do ambiente atual o
mais favorável em décadas para a manufatura nos EUA,
diz Robert McCutcheon, responsável por produtos
industriais da PriceWaterhouseCoopers (PwC). Para
McCutcheon, o principal é a queda dos custos de energia,
provocada especialmente pelo desenvolvimento da
exploração do gás de xisto. "Há energia barata e
abundante. Isso aumenta a competitividade da indústria."
Segundo um estudo do banco de investimentos Morgan
Stanley, o gás nos EUA hoje custa o equivalente a um
quarto da média global.
O câmbio também favorece o renascimento da indústria
americana. O relatório do Morgan Stanley destaca que, na
última década, o dólar se desvalorizou 36% em termos
reais (descontada a inflação) em relação a uma cesta de
moedas emergentes. Ainda que a divisa americana se
valorize em termos nominais, como tem ocorrido neste
ano, o que conta para a competitividade é a taxa real de
câmbio.
O custo do transporte é outro fator que favorece a
produção nos EUA, diz McCutcheon. Nos últimos anos, a
alta dos preços do petróleo e derivados impactou os
gastos com transporte para produtores de bens
manufaturados com cadeias globais de suprimento, nota
um relatório da PwC, observando que empresas
fabricantes de máquinas, como a Caterpillar e AGCO,
"estão produzindo mais nos EUA para vender na América
do Norte".
Professor da Harvard Business School, Willy Shih ressalta
que, nos últimos cinco anos, os custos trabalhistas
aumentaram a uma média anual de 20% na China, ao
mesmo tempo em que ficaram estáveis nos EUA.
Segundo Shih, muitas empresas transferiram a produção
para a China para ganhar com a "arbitragem trabalhista" as companhias se aproveitavam do grande diferencial
salarial, e em troca arcavam com "custos de coordenação"
mais altos como o gerenciamento à distância de
fornecedores e os gastos para transportar os produtos.
Enquanto o diferencial salarial era enorme, as vantagens
superavam com folga os custos de coordenação e de
administrar estoques. "Mas com o aumento dos custos
salariais na China e o aumento no preço do petróleo, o
que levou a maiores custos de transporte, a equação não
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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MS Clipping
Moore Stephens
22/03/2013
Moore Stephens
faz mais tanto sentido", afirma Shih. "Acrescente a isso os
custos mais baixos de energia nos EUA, e acredito que
haverá um aumento nas atividades manufatureiras nos
EUA."
MS News - Abril de 2012
O presidente e fundador da Reshoring Initiative, Harry
Moser, aposta que a tendência vai se aprofundar nos
próximos anos. Organização sem fins lucrativos, a
Reshoring Initiative ajuda as empresas a determinar o
custo de produzir nos EUA e fora do país. Segundo Moser,
muitas empresas americanas decidiram produzir na China
porque os salários no país asiático eram baixos, sem levar
em conta as despesas de toda a operação. Uma pesquisa
da consultoria Archstone, realizada em 2009, concluiu que
60% das companhias manufatureiras usavam modelos
rudimentares para estimar custos totais, ignorando 20% ou
mais dos gastos necessários para se produzir fora do país.
Moser diz que mais de 200 empresas que fabricavam fora
do país já repatriaram operações, parcial ou totalmente,
estimando que elas contribuíram com cerca de 50 mil dos
mais de 500 mil empregos criados no setor manufatureiro
desde janeiro de 2010.
Uma delas foi a Simple Wave, que produz tigelas para
alimentos com design diferenciado. Em 2008, a empresa
decidiu que os produtos seriam todos fabricados na China.
O motivo? "Fomos para lá porque nos dissseram que
nosso produto deveria ser produzido na China,
basicamente por causa do custo", diz o presidente da
empresa, Jeff Bollengier. "Todo mundo fazia isso à
época". Em 2011, depois de várias dores de cabeça com a
produção no país asiático e a percepção da importância
de ficar mais próximo dos clientes, a Simple Wave decidiu
encerrar a operação na China e o produto passou a ser
feito nos EUA, na Califórnia. Entre as dores de cabeça,
Bollengier diz que todo um lote de produtos exportados da
China para a Austrália estava errado. Segundo ele, o
produto nos EUA saía 13% mais caro do que no país
asiático, mas técnicas de produção mais "inteligentes"
permitiram a equiparação de custos.
Nem todas as empresas, claro, vão trazer a produção de
volta para os Estados Unidos. McCutcheon diz que as
perspectivas para o setor manufatureiro nos EUA são mais
favoráveis em setores como químicos, metais e
equipamentos pesados. No caso de setores mais
intensivos em mão de obra, como têxteis, vestuário e
eletrônicos de consumo, a fabricação em países asiáticos
ainda pode ter fôlego grande.
Fonte: cfc.com.br (21/03/2013).
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