construção - KHL Group

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construção - KHL Group
construção
www.construcaolatinoamericana.com
LATINO-AMERICANA
MARÇO DE 2014
Volume 4, Número 2
Uma publicação da KHL Group
Condicionamento
de solo para
tuneladoras
ARGENTINA
CONCRETO
CONSTRUÇÃO VIÁRIA
ENTREVISTA FIIC
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A R E V I S TA D A I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O N A A M É R I C A L AT I N A
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27/02/2014 15:33:03
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27/02/2014 12:23:58
Editorial
EQUIPE EDITORIAL
EDITOR Cristián Peters
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EDITORES ASSISTENTES
Clarise Ardúz
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Fausto Oliveira
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EQUIPE EDITORIAL Lindsey Anderson,
Alex Dahm, Lindsay Gale, Sandy Guthrie,
Murray Pollok, D.Ann Shiffler, Chris Sleight,
Helen Wright, Euan Youdale
DIRETORA DE PRODUÇÃO E
CIRCULAÇÃO Saara Rootes
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GERENTE DE DESIGN Jeff Gilbert
DESIGNER GRÁFICO Gary Brinklow
ASSISTENTE DE DESIGN Pippa Smith
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO
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ASSISTENTE FINANCEIRO Gillian Martin
CONTROLE DE CRÉDITO Josephine Day
GERENTE REINO UNIDO Clare Grant
DIRETOR DE NEGÓCIOS Peter Watkinson
GERENTE DE MARKETING Hayley Gent
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Tel: +1 312 929 2563
ESCRITÓRIO DE VENDAS EUROPA
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ESCRITÓRIO DE VENDAS CHINA
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Tel: +86 10 65536676
ESCRITÓRIO DE VENDAS COREIA
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Tel: +82 2 730 1234
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PRESIDENTE EDITORIAL Paul Marsden
PRESIDENTE KHL AMERICAS
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Phoenix, AZ 85050, EUA
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Dong Cheng District, Pekín, P.R. China
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CLA 03 2014 Comment PTG.indd 3
Entre a cruz e
a espada
N
os últimos meses vimos como a ampliação do Canal do
Panamá, que este ano chega a seu centenário, se viu em
xeque pelo ultimatum que o consórcio Grupo Unidos polo
Canal (GUPC) lançou à Autoridade do Canal do Panamá (ACP).
Encabeçado pela construtora espanhola Sacyr, o GUPC está acusando
um custo adicional do projeto de US$ 1,6 bilhão, por cima do valor
original de US$ 3,11 bilhões, aumentando assim em mais de 50%
o orçamento da iniciativa, “carga de tal magnitude que nenhuma
empreiteira ou empresa privada pode suportar por si mesma”, como
assegurou o consórcio, integrado também pela italiana Impregilo, a
belga Jan de Nul e a panamenha Constructora Urbana.
Sem dúvida o custo adicional é imenso e tanto o governo
centro-americano como as empresas empreiteiras querem evitar
responsabilizar-se por ele. Mas além de pensar quem seria o
responsável financeiro por esse montante extra, fica aberta uma porta
que necessitamos fechar se é que a América Latina quer continuar
desenvolvendo sua infraestrutura tal como vem fazendo nos últimos
anos: envolvendo atores privados através das PPPs.
No caso particular do Canal, as conversações vêm avançando
e a ACP assumiria alguns custos menores, enquanto se continua
tentando um acordo, tudo para que as obras retomassem seu curso
normal depois de quase duas semanas praticamente paralisadas.
Mas a ameaça a uma das maiores obras civis do mundo deixa a
mostra uma debilidade dos mandantes frente às variáveis inerentes
ao mundo da construção, e por isso se devem buscar mecanismos
úteis para se evitar que tanto empreiteiras como os mandantes se
vejam em situações que os coloquem entre a cruz e a espada.
Conseguir inventar um mecanismo “à prova de balas” para garantir
o exitoso modelo das PPPs, que deixe todas as partes tranquilas
e satisfeitas por ser uma tarefa titânica, não obstante já se dão os
primeiros passos para chegar lá. Um exemplo disso está nas páginas
desta edição de Construção Latino-Americana, que mostra como a
Colômbia anunciou que no seu plano de concessões rodoviárias
conhecido como 4G vai compartilhar metade dos riscos associados
com possíveis mudanças tributárias futuras. Além disso, as
concessionárias receberão compensações financeiras no caso de que
suas obras sejam paralisadas por eventos inesperados.
Como chegar a uma equação que proteja ambas as partes?
Cristián Peters
Editor Construção Latino-Americana
KHL Group Américas
T. +56-2-28850321 / C. +56-9-77987493
Manquehue Norte 151, of 1108. Las Condes,
Santiago, Chile
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CONTEÚDO
NOTÍCIAS
CAPA
construção
LATINO-AMERICANA
MARÇO DE 2014
Volume 4, Número 2
Uma publicação da KHL Group
Condicionamento
de solo para
tuneladoras
6
Depois de quase duas semanas paralisadas, as obras de ampliação
do Canal do Panamá foram retomadas pelo consórcio GUPC,
embora ainda haja negociações pendentes.
www.construcaolatinoamericana.com
ARGENTINA
PAÍS EM FOCO
ARGENTINA
CONCRETO
CONSTRUÇÃO VIÁRIA
ENTREVISTA FIIC
18
22
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44
A R E V I S TA D A I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O N A A M É R I C A L AT I N A
Veja a matéria sobre a
tuneladoras na pág. 29
18
Após a desvalorização de sua moeda, a Argentina vive um
momento de muita cautela em que o setor da construção ainda
não sabe exatamente o que esperar para 2014.
18
CONCRETO
22
A recuperação depois da crise financeira global gerou um ambiente
de otimismo no mundo do concreto.
ELABORADO POR
TUNELADORAS
29
www.khl.com
Sem os produtos para condicionamento de solos, a potência e
robustez das imponentes tuneladoras nem sempre são suficientes
para una escavação ótima.
ISSN 2160-4126
© Copyright KHL Group Americas LLC, 2014
CONSTRUÇÃO VIÁRIA
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BPA Worldwide é o recurso de verificação de
audiência e conhecimento de meios para a indústria
global. O processo de auditorias de meios da BPA
Worldwide proporciona segurança , conhecimento e
benefícios aos proprietários e compradores de meios
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revista pode ser reproduzida, sem o consentimento
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Construção Latino-Americana se esforça para
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15 de cada mês.
Construção Latino-Americana é publicada 10
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aos nossos termos de controle. O editor reserva-se
o direito de rejeitar assinaturas para os leitores não
qualificados.
37
A América Latina está apostando em rodovias de maior duração
e melhor qualidade, consequência de uma maior incorporação do
financiamento de investidores privados
ENTREVISTA: FIIC
44
O novo presidente da Federação, o chileno Juan Ignacio Silva, faz
uma análise da situação atual da região.
29
ATUALIDADE: ZOOMLION
49
A companhia inaugurará em breve suas novas instalações em
Indaiatuba, interior de São Paulo.
ENTREVISTA: HIMOINSA
52
A empresa espanhola inaugurou no início do ano uma fábrica no
Brasil e tem ambiciosas expectativas na América Latina
INFRAESTRUTURA: AQUEDUTO
55
37
A construção do aqueduto El Realito, no México, mostra que é
possível prover água potável a todos na América Latina.
EVENTO: RITCHIE BROS.
Construcción Latinoamericana también
está disponible en español.
22
56
Milhares de equipamentos de construção usados foram vendidos
em um dos principais leilões do mercado, entre 17 e 22 de
fevereiro em Orlando, Estados Unidos.
44
PARCERIA
EVENTO: BRAZIL ROAD EXPO
59
O evento, que acontecerá entre 9 e 11 de abril, contará com a
presença de mais de 250 empresas expositoras.
APOIO
ASSINATURA
61
CLASSIFICADOS
63
56
Março de 2014 Construção Latino-Americana 5
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NOTÍCIAS
Princípio de acordo para
o Canal do Panamá
O
presidente da
Autoridade do Canal
do Panamá, Jorge
Quijano, informou que a ACP
chegou a um “princípio de
acordo em vários temas” com
o consórcio Grupo Unidos
pelo Canal (GUPC), o que
permitiria a retomada das obras
de construção de novas eclusas na
ampliação do canal, que se viram
praticamente paralisadas durante
duas semanas, após o consórcio
ter prometido parar caso não
recebesse os fundos extras que
estava Ssolicitando.
EM DESTAQUE
MÉXICO Números
recentes mostram que a
atividade de construção no
México está caindo. O valor
de produção das empresas
construtoras do país baixou
4,4% entre novembro de
2012 e o mesmo mês do
ano passado.
O dado foi divulgado
pelo Instituto Nacional de
Estatísticas e Geografia, na
sua pesquisa nacional de
empresas construtoras.
Decompondo o dado, o
relatório aponta que o setor
de trabalhos especializados
em construção experimentou
uma queda de 22,5%
no período analisado, e
a edificação caiu 6,3%.
Somente as obras de
engenharia civil tiveram
crescimento, com alta de
1,5%.
A participação de obras
contratadas pelo governo
mexicano foi de 51,9%,
enquanto contratos privados
responderam pelos 48,1%
restantes.
Numa primeira instância, a
ACP pagará ao consórcio US$
36,8 milhões que servirão para
fazer os pagamentos e cumprir
obrigações pendentes com
provedores desde dezembro.
A decisão de retomar as
obras se tomou após conversas
telefônicas entre a ACP e os
diretores das companhias que
integram o consórcio, ainda
que permaneçam alguns pontos
por resolver.
Quijano foi claro em dizer
que “restam temas a resolver”.
Não disse quais nem tampouco
foi específico com relação
aos prazos. O que sim disse é
que espera a participação da
seguradora Zurich na solução
do conflito e na retomada dos
trabalhos. De igual maneira,
Quijano disse que a Zurich
“ainda não se manifestou de
maneira contundente, sabemos
que tem a melhor das vontades
de fazê-lo e esperamos que se
dê nos próximos dias”.
“A injeção de US$ 400
milhões é importante para a
solução”, disse o presidente da
ACP. Segundo ele, sem esse
aporte de capital da seguradora,
o cofinanciamento das obras
pode ficar comprometido. “Os
acordos a que chegamos as duas
partes possivelmente cairão”(a
frase nao tem muito sentido),
assinalou Jorge Quijano.
A ACP solicitou ao consórcio
a retomada das obras logo
após a paralisação, mas não foi
atendida. A questão de fundo
sempre se manteve: o consórcio
As obras foram paralisadas pelo
consórcio a cargo do projeto no
dia 5 de fevereiro.
insiste em receber pagamentos
extras que totalizam US$ 1,6
bilhão e a ACP se mantém
dentro do valor do contrato,
que é de US$ 3,11 bilhões.
Sob que condições se
retomariam os trabalhos, se
é que as partes chegassem
a algum acordo, até o
fechamento dessa edição era
desconhecido.
■
Colômbia reduz riscos para
o investimento no 4G
A Agência Nacional de
Infraestrutura da Colômbia
(ANI) divulgou regras de
diminuição de riscos para
as empresas que queiram
participar das licitações de seu
grande plano de construção
rodoviária conhecido como 4G.
Em comunicado, a ANI
informou que vai compartilhar
metade dos riscos associados
com possíveis mudanças
tributárias futuras. Além
disso, as concessionárias das
obras receberão compensações
financeiras no caso de que suas
obras sejam paralisadas por
eventos inesperados.
As medidas estão desenhadas
para atrair mais competidores
às licitações que a ANI vai fazer
durante o ano.
O valor inicial do plano, que
pressupõe a construção de 34
autopistas conectando todo o
O plano implica investimentos de
US$ 24,2 bilhões.
país, é de US$ 24,2 bilhões.
Mas fontes do mercado dizem
que o valor pode ser maior.
Há consenso na Colômbia de
que o Estado e a banca nacional
não conseguirão pagar este
plano sem aporte internacional.
Por essa razão, a iniciativa está
sendo desenvolvida através do
sistema de parcerias públicoprivadas com os vencedores dos
processos de licitação.
Para atrair investidores
internacionais, a ANI também
tomou iniciativas que
diminuem a percepção de riscos
associados aos projetos, como
uma nova lei de infraestrutura
e uma engenharia financeira
que oferecerá garantias ao
investimento privado.
■
6 Construção Latino-Americana Março de 2014
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NOTÍCIAS
AGENDA
2014
MARÇO
4-8 / ConExpo-Con/Agg
Las Vegas, Estados Unidos
www.conexpoconagg.com
MOP chileno tem 4.358
projetos em carteira
7-11 / Tube 2014 e Wire
2014
Dusseldorf, Alemanha
www.tube.de
Enquanto o atual governo do
Chile conclui sua gestão em
março para dar lugar ao novo
governo eleito no ano passado,
o Ministério de Obras Públicas
(MOP) do país contabiliza
uma carteira de projetos de
infraestrutura com 4.358
iniciativas divididas em 15
planos regionais.
Esse número é produto de
uma decisão política de 2011,
quando uma grande discussão
nacional chegou à conclusão
de qual seria a lista de projetos
necessários ao Chile para
superar deficiências importantes
na infraestrutura do país.
De acordo com o MOP,
2.340 do total de projetos,
o que significa 53,7% do
total, estão em alguma fase de
execução. Nesse número há
desde projetos em avançado
estado de obras até outros que
acabam de começar os estudos
9-11 / Brazil Road Expo
São Paulo, Brasil
www.brazilroadexpo.com
Avança metrô de Lima
MAIO
9-15 / World Tunnel
Congress
Foz do Iguaçu, Brasil
www.wtc2014.com.br
A agência peruana responsável
pela gestão de investimentos
em infraestrutura,
ProInversión, divulgou os três
consórcios pré-qualificados
para a licitação da linha 2 do
metrô de Lima.
18-22 / Feicon Batimat
2014
São Paulo, Brasil
www.feicon.com.br
26-27 / LatAm Ports &
Logistics Summit
Cidade do Panamá, Panamá
www.latamportssummit.com
ABRIL
3 / Ipaf Summit, IAPA
Windsor, Reino Unido
www.khl.com
3-5 / Feira Construexpo
2014
Caracas, Venezuela
www.construexpo.com.ve
De acordo com o
MOP, 2.340, ou
53,7% do total de
projetos em carteira,
estão em alguma
fase de execução.
de viabilidade.
Fazem parte dessa grande
frente de obras projetos
ícone, como a Ponte Chacao,
que conectará o território
continental chileno à Ilha de
Chiloé, ao sul. Além dela,
Essa obra é o maior
investimento planejado para
2014 no Peru. O orçamento
inicial da construção é de US$
5,7 bilhões.
Os três consórcios são:
Consórcio Metro de Lima –
construtoras ACS (Espanha),
FCC (Espanha), Impregilo
(Itália), AnsaldoBreta (Itália) e
Cosapi (Peru).
Consórcio Metro
Subterráneo de Lima – Astaldi
(Itália) e Controladora
de Operaciones de
Infraestructura, subsidiária da
ICA (México).
O orçamento inicial da
construção é de US$ 5,7 bilhões.
outras obras emblemáticas
estão na lista, como a Ponte
Industrial da região de Biobío
e o melhoramento da estrutura
portuária na cidade de Puerto
Williams, extremo sul
do país.
■
Consórcio Metro de Lima
Línea 2 – Odebrecht (Brasil),
Andrade Gutierrez (Brasil),
Queiroz Galvão (Brasil) e
Graña y Montero (Peru).
O projeto prevê a construção
de 35 quilômetros, estações,
uma área de manutenção
de trens, instalação elétrica
e provimento de material
rodante.
A linha 2 de Lima conectará
com a linha 1 e transportará
ao redor de 600 mil pessoas
diariamente.
A agência ProInversión
adiou a data de divulgação dos
vencedores do contrato, que
antes era dia 28 de fevereiro,
■
para 28 de março.
Março de 2014 Construção Latino-Americana 7
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NOTÍCIAS
Paraguai começa seu plano rodoviário
O Ministério de Obras Públicas
e Comunicação do Paraguai
informou que começaram em
fevereiro suas licitações de
projetos rodoviários. De acordo
com o órgão governamental,
cinco projetos vão compor essa
primeira etapa.
A reforma de 73 quilômetros
da rodovia Villeta-Alberdi é
um dos principais projetos.
O Banco Latinoamericano
de Desenvolvimento (CAF)
proverá um financiamento de
US$ 46 milhões necessários
para essa obra.
Parte do plano se financiará por obra pública, parte pelo modelo de PPP.
Outro projeto é a conexão
do Paraguai ao mar pela costa
Pacífica, reformando a rodovia
Estigarribai-Infante Rivarola,
obra também financiada pela
CAF com US$ 38 milhões.
As licitações também
incluirão a reforma da estrada
Laguna Grande-Assunção,
orçada em US$ 29 milhões,
e a construção da ponte
Remanso-Limpio, com 6,5
quilômetros, orçada em US$
3 milhões. Esses dois projetos
serão financiados com dívida
soberana do Paraguai.
O último dos cinco projetos é
a construção de um viaduto na
capital Assunção.
O Ministério também
informou que está preparando
a regulamentação da lei de
PPPs do país, o que deverá
Bolívia planeja
megaporto no Peru
O presidente da Bolívia,
Evo Morales, anunciou
conversações com seu par
peruano, Ollanta Humala, para
a construção de um megaporto
na cidade peruana de Ilo,
onde os bolivianos dispõem de
diversas facilidades portuárias.
Segundo a imprensa local, a
ideia do mandatário boliviano
é explorar um corredor
oceânico que uniria o Atlântico
e o Pacífico através de uma via
terrestre de 4.700 quilômetros,
conectando portos e cidades
do Brasil, Bolívia, Peru e
Chile. O governo boliviano
espera que o Congresso
peruano avalize o Protocolo
Complementar e de Ampliação
aos Convênios de Ilo e seu
Acordo por Intercâmbio de
Notas, assinados por ambos
os países e conhecidos como
“Bolíviamar”, datados de 2010,
que dá a seu país facilidades
para o uso do porto de Ilo.
“Tomara que avancemos na
resolução de temas pendentes
com o Peru para acelerar as
exportações por Ilo”, disse
Morales em entrevista coletiva
no palácio do governo na
capital La Paz.
Esse protocolo, assinado
entre o presidente Evo Morales
e o ex-mandatário peruano
Alan Garcia, está ainda no
Congresso peruano, que
tem objeções a respeito da
construção de um “anexo
militar” num espaço cedido à
Bolívia no porto de Ilo.
Atualmente, os produtos
bolivianos de exportação
devem percorrer 7 mil
quilômetros até o mar,
distância que seria
drasticamente encurtada no
caso de se concretizar esse
grande projeto do governo de
■
Evo Morales.
estar pronto pelo meio de
março. O governo paraguaio
quer mobilizar por meio das
PPPs muitos projetos, como
hidrovias e ferrovias, além de
reformas de outras importantes
rodovias do país.
■
EM DESTAQUE
CUBA A presidente
brasileira Dilma Rousseff
inaugurou junto com seu
par cubano Raúl Castro a
primeira etapa das obras do
porto Mariel, na parte oeste
da ilha.
O terminal portuário
se constrói com capital
brasileiro outorgado
em condições especiais
pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES). A
instituição outorgou US$
682 milhões de um total
de US$ 957 milhões do
orçamento do porto.
Calcula-se que cerca de
400 empresas brasileiras
estejam associadas ao
projeto. A mais destacada
delas é a empreiteira
Odebrecht, responsável
pela construção da primeira
etapa do porto de Mariel.
A colaboração econômica
entre Brasil e Cuba nunca
havia chegado a níveis de
investimento como esse.
A ideia é conectar o Pacífico
e o Atlântico passando
também por Brasil e Chile.
8 Construção Latino-Americana Março de 2014
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27/02/2014 16:00:10
A nova perfuratriz de rochas RD525 tem um rendimento superior
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Inteligente por dentro
Os jumbos de perfuração de túneis da DT821 Sandvik atualizados reúnem uma ampla gama
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permite o controle automático da percussão prolongando, assim, a vida útil da ferramenta.
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BRASIL
Maior revitalização urbana do
Brasil chega a 50% de avanço
A
s obras do mais
importante projeto de
revitalização urbana
atualmente no Brasil chegaram à
metade. Trata-se do projeto Porto
Maravilha, no Rio de Janeiro,
onde 5 milhões de metros
quadrados estão passando por
vários melhoramentos.
O Porto Maravilha é uma
intervenção urbana sobre a
antiga região portuária do
Rio de Janeiro. Lá, além
de um movimento naval
marcadamente turístico, há
ocupação residencial num
grande eixo de comunicação
viária entre as zonas centro e
norte da cidade. Exatamente
por sua antiguidade e a falta
de investimentos públicos por
décadas, a região se deteriorou.
O projeto vai construir
novas infraestruturas de todo
tipo: eletrificação, esgoto,
gás, provimento de água
potável, telecomunicações,
além de edifícios residenciais
e comerciais. Também se
constroem duas importantes
avenidas, uma expressa e uma
secundária. O espaço vai
ganhar um museu dedicado às
Ciências no Píer Mauá.
O mais recente capítulo
dessa história foi a demolição
do viaduto Elevado da
Perimetral, em novembro.
Aquela estrutura teve 1.200
metros postos abaixo para dar
lugar à nova via expressa. Ali
também será construído o
sistema ferroviário por onde
passará o veículo leve sobre
trilhos.
Ao todo, o consórcio
liderado pela construtora
Odebrecht apresenta os
seguintes avanços: a via
secundária está com 78% de
Previsão de como ficará a zona portuária do Rio de Janeiro quando
terminar o projeto Porto Maravilha.
avanço, enquanto a principal
alcançou 51% de progresso
e a infraestrutura urbana do
entorno tem 20%. O Museu
do Amanhã se encontra
com 46% de suas obras
■
concluídas.
Investimento hoteleiro pode
chegar a US$ 2,9 bilhões
O calendário de grandes
eventos esportivos do Brasil
está mobilizando o setor
de hotéis, que em obras de
ampliação em execução ou
planejadas para o futuro breve
pode chegar a investir US$ 2,9
bilhões até o fim de 2015.
A informação foi dada pelo
Fórum de Operadores de
Hotéis do Brasil, em evento
organizado recentemente em
São Paulo. De acordo com a
organização, que representa
18% da oferta de quartos em
todo o país, o Brasil chegará
ao ano de 2016, quando
receberá os Jogos Olímpicos
Lugares na costa
brasileira, como a
Bahia, concentram
grande parte do
investimento em
novos hotéis.
no Rio de Janeiro, com uma
oferta total de 530 mil quartos
divididos em 10,1 mil hotéis.
Se esse número se
concretizar, isso significará
o aporte de mais 400 novos
empreendimentos ao número
total de hotéis, e 60 mil novos
EM DESTAQUE
ACIDENTE A Liebherr
divulgou um relatório no qual
rejeita responsabilidades do
seu guindaste LR 11350
no acidente que deixou dois
mortos na construção da
Arena Corinthians, o estádio
da cidade de São Paulo
para a Copa do Mundo,
em novembro de 2013. De
acordo com investigações da
própria empresa, não havia
estabilidade no solo, e isso
provocou uma inclinação
do guindaste que afinal
causou o colapso total do
equipamento.
quartos à oferta hoje em dia
disponível.
A maior parte do
investimento previsto pelo
Fórum estará concentrada
nas 12 cidades que receberão
jogos da Copa do Mundo esse
ano. Nesses casos, os projetos
de ampliação e construção
de hotéis estão avançados, já
que se aproxima o evento em
junho próximo.
■
Março de 2014 Construção Latino-Americana 11
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MUNDO
Corrupção na UE custa 120
bilhões de euros por ano
A
corrupção continua
sendo o grande vilão
da Europa. O primeiro
informe anti-corrupção da União
Europeia, que foi divulgado
recentemente pela Comissão
Europeia, mostra a situação
de cada um dos 28 Estados
membro, destacando os setores
de construção e desenvolvimento
urbano como os mais vulneráveis
à corrupção. Calcula-se que a
corrupção custe para a União
EM DESTAQUE
CHINA Após dois meses de
construção, a China anunciou
na primeira quinzena de
fevereiro a abertura de sua
quarta estação de pesquisa
científica na Antártida. A
informação foi divulgada
pela Administração Estatal
Oceânica do país.
Na estação foi construída
uma pista de aterrissagem
de aviões especialmente
desenhada para neve e gelo.
A nova base, chamada
Taishan (nome proveniente
de uma montanha sagrada
da China que fica na região
de Shandong), fica a uma
altitude de 2,6 mil metros. A
instalação receberá o apoio
logístico de outras duas
estações chinesas próximas,
Zhongshan e Kunlun, e terá
capacidade para receber 20
pessoas durante o verão,
entre dezembro e março.
Europeia 120 bilhões de euros
anuais, pouco menos do que
o orçamento anual da própria
União Europeia.
O documento expõe também
quais são as medidas anticorrupção em vigor, quais as
que oferecem bons resultados,
o que pode ser melhorado e
de que maneira. O relatório
aponta que mais de quatro,
entre dez companhias,
consideram a corrupção um
problema relacionado ao
mundo dos negócios, como
também ao clientelismo e ao
nepotismo.
Ao responder se a corrupção
era um problema para seus
negócios, 50% do setor da
construção e 33% do setor de
telecomunicações/TI disseram
que é um problema grave.
O informe também aponta
que quanto menor a empresa,
mais frequentemente aparecem
corrupção e nepotismo como
obstáculos a fazer negócios.
Também constatou que a
corrupção é mais considerada
como problema por empresas
da República Tcheca (71%),
Portugal (68%), Grécia e
Eslováquia (66% cada um).
O crime organizado é outro
dos problemas abordados pelo
informe, já que a corrupção
entra muitas vezes como um
facilitador nesses processos.
Os vínculos entre grupos
criminosos organizados,
empresas e políticos continuam
sendo uma preocupação para
os Estados membro, tanto
a nível regional como local,
como também são os contratos
públicos, construção, serviços
de manutenção, gestão de
resíduos e outros setores.
Outra conclusão do informe é
que a corrupção deveria receber
mais atenção por parte dos
■
Estados membro.
Japão começa a construir
uma barreira de gelo
eterna em Fukushima
Depois de algumas medições
nas água subterrâneas da
central nuclear de Fukushima
feitas em janeiro, especialistas
da empresa Tepco começaram
os trabalhos para criação
de uma barreira de gelo
eterno que terá a função de
evitar o vazamento para o
oceano de água contaminada
com radiação dos reatores
danificados. A informação é do
canal de TV japonês NHK.
No final de março, terminará
a primeira etapa dos trabalhos
de construção, em que se
instalarão tubos de aço a 30
metros de profundidade. Esses
tubos receberão um líquido
refrigerante, que deverá
criar uma espécie de barreira
de gelo no subsolo para
impedir o vazamento de água
contaminada para o oceano.
A etapa seguinte começará
em maio, e estará enfocada na
extração de pelo menos 11 mil
toneladas de água radioativa
acumulada em túneis sob a
central nuclear. Mas isso só vai
acontecer se nesse momento
a barreira de gelo demonstrar
eficácia.
Em meados de janeiro,
medições da Tepco mostraram
um nível recorde de radiação
nas águas subterrâneas de
Fukushima, equivalente a 2,7
milhões de becquerels por
litro. Alguns dias antes, se
havia registrado 2,4 milhões de
becquerels, e no princípio do
mês os números não passavam
de 2,2 milhões de becquerels.
Esse crescimento causou grande
preocupação.
O dano na central nuclear
de Fukushima foi causado
pelo terremoto com tsunami
que arrasou a costa noroeste
do Japão em março de 2011.
Esse foi considerado o maior
acidente nuclear depois da
catástrofe de Tchernobil em
■
1986.
Março de 2014 Construção Latino-Americana 13
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27/02/2014 12:29:41
MERCADO
John Deere e Hitachi abrem
duas novas fábricas no Brasil
ohn Deere e Hitachi,
fabricantes de
equipamentos dos
Estados Unidos e Japão,
respectivamente, abriram
uma nova frente produtiva no
Brasil. As marcas têm agora
duas novas fábricas na cidade
de Indaiatuba, interior de
São Paulo. Uma delas será
exclusiva para a fabricação de
equipamentos de construção
John Deere, enquanto a outra
será compartilhada pelas duas
marcas.
O plano das empresas
J
EM DESTAQUE
HAULOTTE A fabricante
francesa de plataformas
de acesso experimentou
aumento nas vendas de 3%
no ano de 2013, de acordo
com o balanço da companhia.
No ano, o valor total de
venda de seus equipamentos
chegou aos US$ 466
milhões. O bom número foi
obtido apesar da queda no
último trimestre do ano,
quando a Haulotte vendeu
3% menos que o número do
trimestre anterior.
Os mercados da América
Latina e Ásia foram os que
mais colaboraram para o
crescimento da companhia
em 2013.
A empresa vê com
otimismo o presente
exercício, principalmente
porque aposta na
recuperação econômica da
Europa. Se isso se confirmar,
a empresa espera números
ainda mais positivos em
suas vendas desse ano,
estimando um crescimento
de 10%.
O investimento total
nas novas instalações
alcançou US$ 180
milhões.
para abrir fábricas conjuntas
no Brasil é conhecido já
há alguns anos. Em 2011,
as marcas se aliaram para
entrar com força no mercado
brasileiro e aproveitar os
muitos investimentos em
infraestrutura.
Os equipamentos John
Deere que progressivamente
passarão a ser produzidos
na nova unidade exclusiva
da empresa americana são a
retroescavadeira 310K e as pás
carregadeiras 524K, 544K,
624K, 644K e 724K.
Na fábrica compartilhada,
vão ser produzidas as
escavadeiras 160G, 180G,
210G, 250G e 350G, da
John Deere, e as escavadeiras
ZX160, ZX180, ZX210,
ZX250 e ZX350, da Hitachi
Construction Machinery.
Além da fabricação desses
modelos, a John Deere vai
manter a importação ao
mercado brasileiro de três
modelos de trator de esteira e
dois de motoniveladoras.
A John Deere tem uma
importante posição no
mercado de agronegócio
brasileiro com seus
equipamentos agrícolas. Mas
desde o ano de 2011 decidiu
entrar com força no mercado
de equipamentos de construção
do país, estabelecendo uma
ampla rede de distribuidores
para a venda de seus produtos.
A abertura das duas novas
fábricas representou um
investimento de US$ 180
milhões, dos quais US$ 124
milhões foram aportados pela
John Deere e o restante pela
■ Hitachi.
Vendas da Manitowoc
crescem 3,3% em 2013
As vendas de guindastes
da Manitowoc tiveram um
aumento de 3,3% durante
2013. A empresa norteamericana gerou receitas
de US$ 2,5 bilhões no ano
passado. A informação
foi divulgada pela própria
companhia.
As encomendas de novos
guindastes no quarto trimestre
do ano passado tiveram forte
alta em relação ao mesmo
período do ano anterior.
Nada menos que 30,3% mais
equipamentos foram solicitados
ao fabricante nesse período,
por um montante de US$ 707
milhões.
De acordo com os executivos
da Manitowoc Cranes, o
número de pedidos do quarto
trimestre de 2013 foi o mais
alto desde a recessão econômica
que começou em 2008.
Segundo Glenn Tellock, CEO
da empresa, “as vendas e os
novos pedidos estiveram sólidos
no segmento de guindastes
por causa da demanda
principalmente pelos guindastes
■
torre e sobre esteiras”.
O faturamento
da companhia
alcançou
os US$ 2,5
bilhões no ano
passado.
Março de 2014 Construção Latino-Americana 15
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MERCADO
EM DESTAQUE
XSPLATTFORMS
A empresa holandesa
XSPlattforms está lançando
na América Latina seu
método de montagem
de andaimes móveis
SafeTower, que de acordo
com a companhia reduz
drasticamente o risco de
acidentes no uso desses
equipamentos de acesso.
O sistema SafeTower
permite ao trabalhador
armar o andaime desde
dentro, pondo o piso
superior enquanto está
apoiado sobre o inferior.
A diferença é que o
sistema provê barras
diagonais através dos
níveis. Essas barras se
conectam às verticais por
meio de um novo sistema
que a companhia batizou de
QuiXSafe. Ele é responsável
por manter as barras
diagonais fixas e assim fazer
uma espécie de caixa onde
o trabalhador possa armar
o piso superior e subir por
uma escada lateral.
O ambiente de segurança
do andaime estaria
garantido mesmo em
grandes altitudes. O produto
pode ganhar importância
no mercado da América
Latina, já que como em todo
lugar as quedas de altitudes
elevadas são o tipo de
acidente fatal mais comum
na indústria da construção.
Mineração afeta
resultados da Caterpillar
maior fabricante de
equipamentos do
mundo, a norteamericana Caterpillar, teve
magros resultados no exercício
passado, explicados pelo
desempenho de sua divisão
de mineração. O faturamento
total da companhia no ano
passado alcançou os US$ 55,7
bilhões, o que representou
uma queda de 15,5% em
comparação ao faturamento
percebido em 2012, que tinha
sido de US$ 65,9 bilhões.
A queda dos lucros foi
proporcionalmente maior.
Os ganhos obtidos em 2013
somaram US$ 3,79 bilhões,
contra os US$ US$ 5,68
bilhões obtidos no ano
anterior, ou seja, 33% menos.
No quarto trimestre de
2013, as vendas da divisão de
equipamentos de mineração
chegaram a ser 48% menores
A
No quarto trimestre de 2013, as vendas da divisão de equipamentos de
mineração chegaram a ser 48% menores que no mesmo período de 2012.
do que no mesmo período de
2012.
Por outro lado, as vendas de
equipamentos de construção
aumentaram e renderam à
Caterpillar um faturamento
de US$ 4,85 bilhões. Isso
significou 20% a mais do que
em 2012. O crescimento das
vendas desses equipamentos se
verificou em todas as partes do
mundo onde está a empresa.
De acordo com os
executivos, as vendas de
equipamentos de mineração
deverão se manter estáveis
nesse ano, com expectativa
de resultados muito parecidos
aos do ano passado. Mas
as divisões de construção e
sistemas de energia esperam
gerar novos crescimentos. ■
Atlas Copco no metrô do Chile
As obras das duas novas linhas
do metrô de Santiago do Chile
estão usando um sistema de
geração de energia que garante
economia de tempo e energia,
o que permitirá cumprir mais
facilmente os prazos de entrega
do projeto.
Grandes máquinas
tuneladoras estão trabalhando
em nove diferentes pontos da
capital chilena para abrir as
passagens das novas linhas.
Ao todo, a linha 3 terá 22,1
quilômetros e a linha 6 terá
15,3 quilômetros.
Espera-se que a linha 6 seja
entregue em 2016, enquanto a
linha 3 entrará em operação um
ano mais tarde. Para cumprir
com as datas de entrega, a
empresa Metro de Santiago tem
que programar os trabalhos a
tempo completo, 24 horas por
sete dias por semana.
Obviamente, esse regime de
trabalho requer uma geração
de energia não desprezível,
por isso a empresa decidiu
pelos geradores da Atlas
Copco. A firma sueca sugeriu
ao consórcio responsável pela
obra que em lugar de usar um
só gerador de 800 kVA por
túnel, como estava programado,
poderiam usar dois geradores
QAS 500 e QAS 325
sincronizados.
O controle possibilitado por
essa configuração faz com que o
gasto de combustível seja mais
racional. Além disso, o modo
de sincronização permite que os
geradores funcionem só quando
são necessários. A construtora
também constatou benefícios
na redução de ruídos ao escavar
■
os túneis.
16 Construção Latino-Americana Março de 2014
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PAÍS EM FOCO
Após a desvalorização de sua moeda, a
nação argentina vive um momento de muita
cautela onde o setor da construção ainda não
sabe exatamente o que esperar para 2014.
Reportagem de Clarise Ardúz.
Panorama indefinido
I
ncerteza. Essa é a palavra que define
exatamente o atual momento que vive
a construção na Argentina, devido
às medidas econômicas e políticas em
vigor no país. Pelo menos é o que opinam
diversos atores do mercado, sendo que
muitos preferem não comentar a situação
publicamente porque não tem certeza o que
lhes espera para 2014.
“É um momento de incerteza que exige
dos empresários da construção muita
prudência na tomada de decisões”, garante
Marcelo Carro, gerente comercial da
construtora Rovella Carranza, companhia
cuja atividade principal são as obras de
infraestrutura, incluindo rodovias, obras
de saneamento, projetos hídricos, de
arquitetura e de transmissão e distribuição
de energia elétrica.
O profissional, a pesar de tudo, demonstra
positivismo e espera que a situação esteja
mais clara em alguns meses. A projeção
da companhia é que o ano fechará com
“resultados positivos”. “Estes são momentos
em que é necessário exercer uma política
austera antes que expansiva”, complementa.
Assim como o gerente da construtora
argentina expressou sua opinião de incerteza
no futuro, a própria Câmara Argentina
da Construção (CAC) optou por reservar
sua opinião pelo momento em relação às
expectativas para a indústria. Diante da falta
de um panorama certo para os próximos
meses, a organização informou sua posição
por meio de um e-mail enviado à redação
da Construção Latino-Americana pela
assessoria de imprensa da mesma.
No entanto, é importante reconhecer que
2013 parece não ter terminado mal para
o setor da construção na Argentina. “Para
Rovella Carranza, 2013 foi um ano no qual
se superou o registrado em 2012, tanto em
faturamento como em diversificação de
projetos”, garante o executivo.
O Instituto Nacional de Estatísticas e
Censos (Indec) publicou um relatório no
final de janeiro, sobre a base de medições
feitas em dezembro, onde assinala que o
setor da construção argentino cresceu, em
2013, 4,6% em relação ao ano anterior,
apoiado principalmente na obra pública.
Em 2012, a atividade da construção tinha
registrado uma baixa de 3,2%.
O documento informou também que este
fato aconteceu em meio a uma paralisação
do setor privado, motivada justamente
pela impossibilidade de adquirir dólares,
divisa que é referência para o setor de
desenvolvimento imobiliário local.
Em relação à obras públicas, o mesmo
relatório informou que os trabalhos
rodoviários cresceram 12,4% no ano e
os trabalhos de infraestrutura, 13,5%.
Também mostrou uma melhoria no setor
habitacional (3,7% interanuais) e o de
edifícios para outros destinos (8,4%).
A venda dos principais insumos da
construção apresentou reativações dispares.
No caso do cimento, um dos mais
utilizados, as taxas de crescimento foi uma
das mais elevadas. Em dezembro mostrou
um aumento interanual maior que 16%,
fechando 2013 com uma alta acumulada
de 11,8%.
Com relação às expectativas de curto
prazo, estão mantidos os sinais de contração
para a obra pública e de uma insuficiente
O governo anunciou que investirá
mais de US$100 milhões em obras
rodoviárias em Mendoza.
18 Construção Latino-Americana Março de 2014
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PAÍS EM FOCO
O custo de construir uma casa Procrear subiu
cerca de 25% em um ano.
A construtora Rovella Carranza, responsável
pela construção da ponte sobre o Rio Quinto,
em La Rivera, San Luis, não sentiu um grande
impacto pelas mudanças na economia do país.
situações. Mas, nem todas as empresas do
setor têm essa vantagem.
A indústria da construção está incluída em
uma política de controle estatal de preços
do mercado. Há algumas semanas o chefe
do gabinete do governo nacional, Jorge
Capitanich, se reuniu com representantes
da indústria para estabelecer um plano de
controle de preços de insumos e materiais
de construção, assim como vem tratando
de fazer com outros setores da economia
do país.
ECONOMIA
melhoria para as obras privadas.
Em relação aos pedidos de autorização de
construção, o relatório aponta uma queda
de 12,7% em um ano, tomando como
referência o mês de dezembro de 2013 em
relação ao mesmo mês do ano anterior.
Por sua vez, o Índice Construya (IC), que
mede a evolução dos volumes dos produtos
para a construção vendidos ao setor privado
e fabricados pelas empresas líderes que
conformam o Grupo Construya, registrou
durante janeiro de 2014 um crescimento
de 11% em relação ao mesmo mês de
2012. Foi o sétimo aumento consecutivo
de dois dígitos. Cabe lembrar que estão
incluídos nessa lista produtos como
tijolos cerâmicos, cimento portland, cal,
vergalhões, carpintaria de alumínio, pisos e
revestimentos cerâmicos, adesivos, pinturas
impermeabilizantes, sanitários, torneiras e
tubulações de condução de água.
nos projetos com uma forte componente de
insumos importados. No nosso caso, com
exceção dos projetos de energia, o impacto
de controle cambial tem sido baixo”, garante
o gerente comercial da Rovella Carranza. O
profissional explica que a empresa possui
uma carteira diversificada de projetos, o que
ajuda a minimizar o impacto desse tipo de
O Indec anunciou, em fevereiro, que a
economia argentina cresceu 4,9% em
2013. A atividade econômica argentina
se expandiu 2,7% em dezembro antes do
mesmo mês do ano anterior, dado que
segundo o organismo, ficou acima do
esperado pelo mercado.
No entanto, a falta de dólares em
todo o país por menores exportações e
um investimento externo pobre devido à
desconfiança criada pelo intervencionismo
econômico do governo, levaram a
economia argentina a uma crise cambial
que terminou na desvalorização do peso
argentino em janeiro. “Essas medidas geram
necessariamente incertezas que nos exigem
planejar cuidadosamente os passos a seguir
em cada um de nossos projetos”, conta
Carro.
O relatório EMAE (Estimador Mensal da
Atividade Econômica) do Indec, da segunda >
CONTROLE
O controle sobre a compra de dólares é
algo que de certa forma vem dificultando
o desenvolvimento do setor, apesar de que
não necessariamente atinge de maneira igual
a todos os que trabalham na construção.
“O controle cambial incide negativamente
Represa sobre o Rio Quinto, província de San Luis. Obra finalizada em 2011.
Março de 2014 Construção Latino-Americana 19
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27/02/2014 16:05:22
PAÍS EM FOCO
quinzena de fevereiro, utilizado para medir
a variação trimestral do produto interno
bruto (PIB), mostrou que o PIB do país
caiu 0,2% no terceiro trimestre de 2013
em relação ao segundo, mas tinha crescido
5,5% frente ao mesmo período de 2012.
Cabe lembrar que após a forte crise de
2001-2002, o ritmo de crescimento da
economia do país entre 2003 e 2011 cresceu
a um ritmo anual médio de 8,3%, apesar de
que em 2012 registrou um crescimento de
apenas 1,9%.
Além disso, este ano, os argentinos
presenciaram,
em
janeiro,
uma
desvalorização do peso: deixaram de pagar
6,72 pesos para pagar 8,015 pesos pelo
dólar oficial, o que gerou um aumento
excessivo dos preços internos, com reajustes
de até 30%. Segundo algumas projeções, a
inflação em 2014 poderia chegar a 40%.
PROJEÇÕES
Está claro que se torna difícil fazer projeções
com cenário como o argentino, mas assim
mesmo as empresas e o país, no geral,
tentam definir, de alguma maneira, o que
poderia se esperar este ano para o setor.
“Pretendemos nos estabilizar nos novos
mercados tipológicos incorporados em 2013
e consolidar nossa presença no mercado
latino-americano. Estimamos manter os
níveis de faturamento atuais, mas com
o componente estrangeiro jogando um
papel mais significativo”, garante o gerente
da construtora Rovella Carranza, quem
Máquinas trabalhando no projeto
Sales de Jujuy, Província de Jujuy,
para a obtenção de lítio e potássio.
tem uma visão otimista para o futuro da
construção no país.
Por outro lado, no final de janeiro, após
a desvalorização do peso, a imprensa local
publicou que o presidente da Câmara
Argentina da Construção, Gustavo Weiss,
informou que desde o setor se estava
esperando que os preços se acomodassem
para logo “sair dessa incerteza”. Os preços
aos quais se referia eram os de alguns
insumos de construção que tivera um
aumento devido à desvalorização, já que
muitos são produzidos com matéria prima
importada ou são máquinas importadas.
Segundo o presidente da Câmara, muitos
tinham aumentado os preços acima do valor
que significava produzi-los.
Nesse cenário, os investimentos ficam
dependentes do Estado. O chefe do gabinete
informou, no final de janeiro, que em
infraestrutura o governo pretende investir
138 bilhões de pesos (cerca de US$17,5
bilhões) durante 2014.
A nova Casa de Governo da província de San Luis, na Argentina. Primeiro edifício público
ecológico do país.
Por outro lado, segundo o informe EMAE
do Indec, o orçamento geral argentino
estima uma expansão do PIB de 6,2% para
2014.
PREOCUPAÇÕES
Após uma desvalorização e um aumento
nos preços, muitos analistas garantem que
nos próximos meses a economia do país
possa entrar em uma desaceleração e até
cair em uma recessão. Baseiam sua opinião,
supostamente, no menor consumo e na
queda da produção registrada nos últimos
tempos em alguns setores chave, como o
automotivo.
Apesar de tudo o que aconteceu em
janeiro, o governo não mudou suas
projeções orçamentárias para 2014: 6,2%.
No entanto, analistas preveem quedas de até
1,4% para este ano. Há outros que esperam
uma recessão pelo menos para o primeiro
semestre.
Em certas províncias alguns planos de
obras públicas e a consequente contratação
de trabalhadores, já estão sendo afetados
pelas incertezas. Também já se registraram
aumentos em tarifas públicas.
Muitos preveem também uma deterioração
no mercado laboral, com redução de postos
de trabalho e uma queda geral da demanda.
Muito diferente do registrado no quarto
trimestre do ano passado, quando a taxa de
desemprego na Argentina ficou em 6,4%,
0,5 pontos percentuais abaixo do nível
registrado no mesmo período de 2012 e o
valor mais baixo dos últimos 23 anos.
O setor da construção trata de tornar
realidade um fideicomisso de obra pública,
já que aproximadamente 17 mil postos
de trabalho estão sustentados apenas pelos
planos oficiais de moradia (Procrear e IPV).
Também se espera uma crise do setor
imobiliário como consequência do mercado
■
cambial.
20 Construção Latino-Americana Março de 2014
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CONCRETO
Um ano sólido
A recuperação de
várias economias
mundiais após a
crise financeira global
gerou um ambiente
de otimismo no
mundo do concreto.
Reportagem de
Cristián Peters.
A
demanda mundial por cimento,
aglutinante do concreto, deverá
alcançar as 4,7 bilhões de toneladas
em 2017, com uma expansão anual de suas
vendas de 5% durante os próximos quatro
anos, isso segundo a empresa de pesquisas
Freedonia. Embora a cifra implique uma
leve queda em relação ao ritmo verificado
entre 2007 e 2012, continua sendo um
panorama bastante robusto para esse
material chave na indústria da construção.
Com esse prognóstico diante de si é que
as empresas fabricantes de equipamentos
dedicados ao concreto estão empenhadas
em produzi-los sempre mais versáteis,
eficientes e produtivos.
A nova tecnologia vem tendo um papel
muito importante recentemente. Sistemas
de navegação inteligente que permitem
controlar as máquinas remotamente estão
se expandindo para todos os cantos da
indústria da construção, sempre com o
objetivo de ajudar a melhorar os padrões de
eficiência e rendimento.
Foi nesse contexto que se aconteceu no
fim de janeiro a quadragésima versão da
World of Concrete, evento que é realizado
anualmente em Las Vegas, Estados Unidos,
e que nessa oportunidade, segundo a
empresa organizadora Hanley Wood, atraiu
48 mil visitantes e reuniu 1250 expositores,
entre os quais esteve a revista Construção
Latino-Americana junto a sua editora KHL
Group. A feira também teve uma grande
programação educativa cujos seminários
foram assistidos por mais de 11,5 mil
profissionais e público em geral.
Segundo o público e os expositores, a
afluência de pessoas foi interessante, apesar
de considerarem que poderia ser melhor
caso não fosse ano de Conexpo-CON/
AGG, que acontecerá pouco mais de um
mês depois. Muitos reservaram suas agendas
para o grande evento trienal.
Ainda assim, as notícias não deixaram
a desejar e as empresas chegaram com
A companhia de origen alemã Schwing
apresentou em seu estande uma ampla
variedade de equipamentos de bombeamento.
interessantes anúncios ou simplesmente
com uma vasta demonstração de suas
diferentes linhas de equipamentos.
BOMBAS DE CONCRETO
As principais empresas provedoras de
bombas de concreto estiveram presentes
e aproveitaram a ocasião para lançar
imponentes modelos, que vão na tendência
de buscar maiores alturas.
A companhia de origem alemã
Schwing apresentou em seu estande
uma ampla variedade de equipamentos
de bombeamento. A filial americana
da empresa está otimista para esse ano.
Segundo confirmou Brian Hazelton,
CEO da Schwing americana à revista
irmã da Construção Latino-Americana,
International Construction, considerase aumentar a produção no ano para
responder à crescente demanda. “Creio
que 2014 será o primeiro ano completo
de recuperação, estamos vendo que os
clientes estão realmente pensando na
renovação de sua frota e em conseguir
novos equipamentos para o trabalho. Do
ponto de vista da indústria, creio que
vamos ver as quantidades dobrarem em
relação ao ano passado”, afirmou ele.
A empresa manteve conversações com a
chinesa XCMG (que adquiriu o controle
da Schwing em 2012) para esse incremento
22 Construção Latino-Americana Março de 2014
CLA 03 2014 Concrete PTG.indd 22
27/02/2014 16:07:15
CONCRETO
O mundo do concreto celebrou sua feira
anual em janeiro pasado, em Las Vegas.
Segundo David Adams, presidente e CEO
da Putzmeister América, “América Latina
se estabeleceu em um nível muito alto e
se recuperou rapidamente, esperamos
que se mantenha bem”.
A alemã Liebherr lançou sua nova
bomba sobre caminhão 37 R4 XXT.
se estabeleceu em um nível muito alto e
se recuperou rapidamente, esperamos que
se mantenha bem”. Vale lembrar que a
filial brasileira recentemente celebrou a
produção de seu equipamento número 100,
com a saída da fábrica de uma bomba sobre
caminhão 36Z de nova geração.
Mas, por sua vez, o mercado norteamericano está ainda mais pujante, e Adams
espera que o crescimento seja “dramático”.
O executivo prognostica um aumento nas
vendas de unidades em 50%. Em 2013,
foram vendidos cerca de 200 equipamentos
naquele mercado, e para 2014 se espera
a comercialização de cerca de 300. Cifras
que refletem a recuperação da indústria
nos Estados Unidos, especialmente se se
contrasta com as 22 unidades vendidas no
ano de 2011.
>
na produção, e esta última foi muito
receptiva. “A XCMG reconhece nossa força
corporativa, e se manteve respeitosa na
área do concreto. É uma boa associação,
e ganhamos força juntos. Há várias áreas
onde podemos conseguir sinergias, como
pesquisa e desenvolvimento, e eles também
contam com estratégias de fabricação que
seriam boas para nós”.
A empresa manufatura bombas, caminhões
misturadores, usinas batch e recicladoras.
“É um mercado competitivo, mas estamos
vendo que os clientes estão olhando mais
e mais para o custo total do ciclo de
vida do equipamento.
É importante que as
máquinas mantenham seu
valor residual também”,
assinalou o executivo.
Outra empresa que tem
boas expectativas para o ano
é a Putzmeister. Segundo
David Adams, presidente
e CEO da Putzmeister
America, “a América Latina
EMPRESA DESENVOLVE CIMENTO MAIS
RESISTENTE
Respondendo às necessidades de uma indústria de construção que requer produtos cada
vez mais eficientes e de última tecnologia, a Polpaico lançou um novo tipo de cimento que
apresenta vantagens competitivas por seu altíssimo nível de resistência a todas as idades,
inclusive nos primeiros minutos.
Trata-se do “Cimento Polpaico Premium”, fabricado na usina Cerro Blanco, no Chile, que
sob a norma chilena 148.Of68 vem a ser um “Cimento Portland Puzolânico, Grau Alta
Resistência”, seguindo um rigoroso controle de qualidade tanto de produção como de
produto terminado.
Essas características de alto rendimento fazem do Cimento Polpaico Premium uma opção
para aquelas construções que requerem resistências muito altas, como a edificação em
altitude e a obras industriais; elementos pré e pós tensados; shotcrete para túneis, canais
e taludes; sistemas construtivos com
desmolde a curto prazo; injeções em rocha,
solos e dutos de pós-tensado; elementos
da indústria do pré-fabricado e outras.
O produto, qualificado como Cimento
Portland Puzolânico, Grau Alta Resistência,
se elabora na usina Cerro Blanco da
companhia, no Chile.
Março de 2014 Construção Latino-Americana 23
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CONCRETO
Putzmeister celebrou recentemente
a produção de seu equipamento
número 100 no Brasil.
Esse prognóstico se sustenta na
recuperação do mercado de construção de
moradias junto com a renovação da frota de
empresas que haviam deixado de adquirir
equipamentos por um longo período. “O
desafio agora é ter a capacidade de entrega
e poder de previsão da demanda”, conclui
David Adams.
A Putzmeister também foi adquirida por
uma companhia chinesa, a Sany, embora o
executivo tenha comentado que a empresa
asiática já deixou o negócio de produção de
bombas de concreto.
A empresa também exibiu um amplo leque
de equipamentos, e entre suas novidades
destacou o Ergonic 2.0, um sistema de
controle que está pensado para conservar
energia e reduzir as emissões, monitorando
a interação entre os estabilizadores,
o movimento da lança e as funções da >
Palfinger também esteve
presente expondo
algumas de suas bombas
de concreto.
O IMPACTO DO CONCRETO NO MEIO AMBIENTE
Durante a produção do concreto, existe um alto consumo energético e se produzem
grandes volumes de emissões de gases de efeito estufa. Pensando nesse dano ambiental,
o Instituto Politécnico Nacional do México está estudando a possibilidade de reduzir
o porcentual de cimento na mistura e substitui-lo por subprodutos industriais, como
poderiam ser certos tipos de cinza ou rejeitos agrícolas como o bagaço da cana, segundo
informou a Agência ID.
A pesquisa do Centro Interdisciplinar de Pesquisa para o Desenvolvimento Integral
Regional, Unidade Oaxaca, indica que o bagaço pode ser usado para substituir parcialmente
o cimento, e que graças a sua composição química, as cinzas do bagaço de cana
inclusive poderiam ajudar na hidratação do cimento e produzir materiais que melhorem as
propriedades mecânicas e de durabilidade do concreto.
“O material foi empregado em laboratório para substituir de maneira parcial o cimento
Portland. Para lançá-lo ao mercado, é necessário garantir que suas características
cumpram com os requisitos das normas vigentes, de maneira especial no que diz
respeito à durabilidade, pelo que se necessitam realizar testes de longa duração”, indica
a Agência ID.
Entre as companhias provedoras de
usinas de concreto, se destaca a
mexicana Odisa, junto a seu equipamento
Odisa 12, cuja capacidade de produção
alcança os 150 m3 por hora.
Março de 2014 Construção Latino-Americana 25
CLA 03 2014 Concrete PTG.indd 25
27/02/2014 16:07:48
CONCRETO
A Minnich destacou em seu estande
sua perfuradora com cinco brocas, que
ganhou pintura de carro de Nascar,
para traduzir sua rapidez.
fabricantes, dependendo do que for
requerido pelos clientes.
USINA
A empresa Tei Rock Drills, do Colorado,
Estados Unidos, apresentou algumas de suas
soluções para perfuração.
bomba. A unidade de controle é maior, mas
mais leve que sua antecessora, com uma tela
colorida de alta resolução, e também conta
com novas características de segurança.
Já a também alemã Liebherr lançou
sua nova bomba sobre caminhão 37 R4
XXT, que dispõe de um estabilizador XXT
estreito, patenteado pela marca.
A lança de quatro segmentos e dobrável
tem um alcance de até 37 metros e é
resistente a torsões, o que assegura uma
redução de vibrações ao operá-la em obra.
O modelo pode ser equipado com unidades
de bombeamento de alto rendimento com
três faixas de produção, entre 125 m3/h e
163 m3/h, dependendo da aplicação.
Podem ser utilizados chassis de diferentes
A perfuradora 210-3
sra da E-Z Drill, equipada con três
brocas, combina versatilidade e produtividade.
A mexicana Odisa também esteve presente
na World of Concrete 2014, e aproveitou
a ocasião para expor sua usina de concreto
Odisa 12, equipamento que tem uma
capacidade de produção de 150 metros
cúbicos por hora.
A companhia, que marca presença no
evento desde 1994, está otimista em relação
ao presente exercício e está absorvida em
investimentos para uma terceira unidade de
produção que estará localizada no estado
mexicano de Hidalgo, e que se somará às
duas usinas que atualmente funcionam na
Cidade do México e em Acuña.
Rafael Pescador, diretor geral da empresa,
destacou a qualidade dos equipamentos
Odisa, que contam com a aprovação da
CPMB (a associação de fabricantes de
usinas de concreto dos Estados Unidos).
Os equipamentos Odisa são as únicas
usinas de concreto feitas na América Latina
que dispõem dessa certificação, que lhes
permite competir no mercado norteamericano.
A empresa também está presente na Ásia,
Europa e África, além de 25 países latinoamericanos. Seus principais mercados na
região são México, Chile, Peru, Panamá e
■
Venezuela.
DURABILIDADE
Uma interessante apresentação
durante a feira foi a de Kevin Yuers,
vice-presidente de desenvolvimento de
produtos da Kryton International, que
falou da relação entre o concreto e a
água, e da necessidade de se inventar
impermeabilizantes cada vez mais
poderosos.
Segundo o executivo, um dos principais
inimigos do concreto é a água. A
penetração da água pode causar
danos às estruturas de concreto de
várias maneiras: provocando fendas
e fissuras, que podem transportar
produtos químicos corrosivos ao aço
de reforço. A água pode até mesmo
gerar reações expansivas que podem
romper o concreto. Para continuar sendo
resistente e portanto verdadeiramente
sustentável, o núcleo e fundamento do
concreto do edifício devem ser protegidos
contra a penetração da água.
Tendo em vista a fragilidade do
concreto ante um agente como a água,
Yuers destacou a importância da escolha
do sistema impermeabilizante de uma
estrutura, considerando-a crítica para
o sucesso da construção. Ele disse que
tomar as decisões corretas impacta
o programa construtivo, os lucros, o
prestígio, o risco, e a responsabilidade
da empreiteira.
Nesse sentido, o executivo se referiu
a Krystol Internal Membrane, uma
mistura de impermeabilização integral
do concreto. Quando se combina com
a águam o produto reage formando
milhões de cristais em forma de agulha,
que crescem e preenchem os poros
capilares e microfissuras no concreto,
bloqueando o fluxo de água. Como com
o tempo e o estresse se formam novas
fendas, a umidade entrante faz com que
os cristais se reativem, garantindo assim
uma impermeabilização contínua ao longo
dos anos.
26 Construção Latino-Americana Março de 2014
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TUNELADORAS
Sem os produtos para
condicionamento de
solos, a potência e a
robustez das imponentes
tuneladoras nem sempre
são suficientes para uma
excelente escavação.
Reportagem de
Clarise Ardúz.
Trabalhando
em equipe
Q
uem poderia imaginar que,
no geral, uma tuneladora não
consegue fazer sozinha o trabalho
de escavação de um túnel? Segundo os
especialistas, a presença dos produtos
conhecidos como ‘aditivos’ é essencial.
Apesar de que para aqueles que estão
diariamente trabalhando em projetos deste
tipo, o uso desses produtos pode ser algo
habitual, é pouco o que se conhece em
relação ao que fazem exatamente e de que
forma ajudam no processo de escavação das
grandes tuneladoras.
Piero Amaducci, engenheiro especialista
em produtos para tuneladoras da HLT
Equipamentos Especiais, empresa que
representa a marca da fabricante francesa
Condat Lubrifiants para o Brasil e a América
Latina, explica que o termo ‘aditivos’
é usado com frequência para se referir
aos produtos que normalmente contém
aditivos em sua composição, os quais
têm a função de estabilizar e condicionar
o solo a ser escavado, entre outras. A
definição de que tipo de produto utilizar vai
depender, principalmente, do tipo de solo
e do diâmetro do túnel, o que determina
também o tipo de tuneladora.
Hoje em dia, na América Latina, para
diferentes tipos de túneis são utilizadas
frequentemente tuneladoras do tipo EPB
Shield (Earth Pressure Balance), que
se caracterizam pelo fato de perfurar e
atuar como suporte primário da frente de
escavação, instalando simultaneamente o
acabamento estrutural definitivo do túnel.
As EPBs, no geral, exigem produtos que
condicionam o solo e ajudam na escavação.
“Os aditivos são essenciais para a construção
de túneis”, garante Carlos Henrique Maia,
gerente de produção da Odebrecht. O
engenheiro trabalha neste momento no
lote 7 das obras da linha 5 do Metrô de São
Paulo, no Brasil. “Estamos utilizando uma
única máquina EPB com 10,5 metros de
diâmetro da alemã Herrenknecht e o uso de >
Chegada da tuneladora EPB na Estação
Eucaliptos da Linha 5-Lilás do Metrô
de São Paulo, no dia 28 de janeiro.
Claramente pode-se ver o uso de espumas
para o condicionamento de solo.
>
Março de 2014 Construção Latino-Americana 29
CLA 03 2014 Tunnelling PTG.indd 29
27/02/2014 16:10:25
TU
T
UNELADORAS
TUNELADORAS
Quatro tuneladoras Robbins estarão
participando dos trabalhos do Metrô na
cidade de Fortaleza.
aditivos é primordial”, comenta.
Maia explica que as EPB começaram a ser
utilizadas no Brasil em 2007, na construção
da linha 4 de São Paulo, e até hoje
continuam sendo. “No lote 3 da linha 5,
outras duas EPB da Herrenknecht de pouco
menos de sete metros de diâmetro também
estão colaborando com os trabalhos e estão
escavando, neste caso, dois túneis. E para o
metrô de Fortaleza, foi fechada uma compra
Tuneladora Robbins, que será utilizada
no metrô de Fortaleza, Brasil, aspergindo espuma durante teste.
de outras quatro EPB da marca Robbins, de
sete metros de diâmetro”, acrescenta.
OTIMIZADORES DE ESCAVAÇÃO
Segundo Hugo Cássio Rocha, presidente
do Comitê Brasileiro de Túneis, para
realizar uma escavação com uma EPB, “o
solo tem que ter liga, plasticidade, tem que
ter quase a consistência de uma argila. Para
isso, deve-se misturar algo que o leve a ter
BRASIL RECEBE EVENTO
INTERNACIONAL DE TÚNEIS
Os profissionais da área de túneis do mundo todo têm
programado um encontro em Foz do Iguaçú, Brasil, de 9
a 15 de maio. A edição do World Tunnel Congress 2014
(WTC 2014) espera receber mais de mil participantes
de diversos países do mundo.
Cerca de 400 trabalhos foram submetidos a análise pelo Comitê Científico do evento e
mais de cem empresas já confirmaram sua presença.
“Um congresso como este nos expõe a tecnologias ainda não dominadas no Brasil.
É uma grande oportunidade de atualização de profissionais e de empresas”, garante
Tarcísio Barreto Celestino, presidente da Comissão Organizadora do WTC 2014.
Também haverá um Curso de Treinamento ITA (sigla da Associação Internacional de
Túneis), que é algo tradicional nos WTC, com duração de dois dias. O tema escolhido
foi Túneis para Energia, devido ao grande número de hidrelétricas em operação e em
construção no país.
“O Brasil teve um grande salto de
qualidade nos últimos tempos com relação
à tuneladoras e hoje utilizamos o que há
de mais moderno no mercado”, garante
Marco Aurélio da Silva, que além de ser
coordenador de projetos da Andrade
Gutierrez e trabalhar nas obras da Linha
5 do Metrô de São Paulo (lote 3), também
pertence à diretoria do Comitê Brasileiro
de Túneis (CBT), que promove o evento.
O evento terá lugar em maio, em Foz do
Iguaçu, Brasil.
a consistência ideal”, explica.
Piero Amaducci, por outro lado, comenta
que existe uma família entre os produtos da
Condat que é específica para o tratamento
e preparação do solo. “São agentes
espumantes e aditivos biodegradáveis
que ajudam no condicionamento de
solo”, afirma. Acrescenta que há agentes
espumantes para cada tipo de geologia.
“Há para solos permeáveis e saturados, para
somente permeáveis, para solos argilosos e
para rocha”, explica.
Maia, por sua vez, explica que a
granulometria e a quantidade de finos no
solo, como também a pressão, são decisivas
para escolher o que se deve misturar.
“Nós normalmente utilizamos espumas na
escavação com EPB, que tem a função de
‘plastificar’ o material escavado”, garante.
Segundo o profissional da Odebrecht, em
São Paulo predomina o chamado solo mole,
composto por areia e argila, considerado um
solo instável, pelo qual se torna necessária
a pressurização da frente de escavação para
não ter um colapso ou um desabamento.
“Para que se consiga essa pressurização na
frente de escavação é necessário ‘plastificar’
o solo. Então, com a espuma, o solo se
transforma em uma pasta que te permite
pressurizar com segurança”, garante.
O engenheiro informa que os produtos
utilizados com essas EPBs também têm a
função de lubrificar, para diminuir a abrasão
da cabeça de escavação e das ferramentas
de corte; e a de refrigerar, para manter a
temperatura da frente de escavação o mais
baixa possível, protegendo o disco de corte.
De acordo com o engenheiro da Odebrecht,
as espumas “são como detergentes, são
biodegradáveis, e ao serem misturados com
água e ar, formam algo que se parece a uma
espuma de barbear”.
>
30 Construção Latino-Americana Março de 2014
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A textura das espumas de condicionamento
de solo são similares à espuma de barbear.
Por outro lado, Maia explica o uso da
bentonita, outro produto utilizado na
preparação do solo. “É utilizada em solos
com granulometria desprovida de finos,
com grânulos grossos e pedregulhos,
material com o qual é impossível formar a
pasta necessária para a escavação com EPB”,
explica. Cita como exemplo a máquina
utilizada nas obras da Linha 4 do Metrô
do Rio de Janeiro, que segundo afirma,
provavelmente utilizará o produto. “O solo
do Rio de Janeiro tem uma areia de praia
muito grossa. Por isso, pode ser que não se
consiga um condicionamento do solo como
meio de sustentação de pressão”, explica.
Por outro lado, Zachery Box, engenheiro
de mineração da empresa fabricante
de tuneladoras Robbins, dá a mesma
explicação sobre as espumas e a benonita.
Mas acrescenta que a bentonita pode ter
também outra função, “pode ser utilizada
para selar a passagem da água em caso de
uma intervenção necessária na frente da
cabeça de corte”, garante.
Além de usar bentonita e espumas, as
EPBs também podem empregar soluções
de polímeros para ajudar no trabalho
de escavação. Segundo o engenheiro
representante da Condat para o Brasil e
a região, “temos produtos com polímeros
utilizados em solos úmidos para aumentar a
coesão dos finos, outros para absorver água,
outros para diminuir a viscosidade e outros
para o aumento da velocidade de formação
e o fortalecimento do ‘cake’ (pasta) de
bentonita”, acrescenta.
Além disso, o engenheiro da Robbins
explica que os polímeros podem reforçar
e colaborar no trabalho de bentonitas e
espumas, principalmente para melhorar a
estabilidade da espuma ou para ajustar a
consistência do solo que circula através da
câmara da tuneladora e do parafuso sem
fim, que retira o material escavado da parte
frontal da máquina. “Os polímeros podem
estar presentes nas espumas e também
podem colaborar no tema da presença de
água”, garante.
Por outro lado, Marco Aurélio da Silva,
coordenador de projetos da Andrade
Gutierrez, quem está trabalhando neste
momento no consórcio AG-CCCC da
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TUNELADORAS
No lote 3 da Linha 5 do Metrô de São Paulo,
duas EPB Herrenknecht de pouco menos de
7 metros de diâmetro estão colaborando nos
trabalhos de escavação dos túneis.
explica que muitas vezes se torna necessário
utilizar todos os componentes em uma
mesma escavação: água, ar, bentonita e
tensoativos (tipo de detergente que, junto
com água e ar, gera a espuma). “Muitas vezes
se utilizam todos os componentes juntos em
proporções que variam de acordo com as
necessidades de aplicação”, acrescenta.
O presidente do Comitê Brasileiro de
Túneis também apresenta outro quadro. “Os
polímeros, muitas vezes, podem também
substituir a bentonita”, garante.
RECOMENDAÇÕES
Box, da Robbins, garante que é muito
difícil que uma empresa fabricante de
tuneladoras recomende um tipo de produto
para o condicionamento de solo. Mas
garante que as espumas, na América Latina,
são as mais utilizadas. Comenta também
que esses produtos “ajudam a um menor
desgaste das ferramentas de corte, o que
faz com que haja menos intervenções na
máquina e se alcance uma escavação mais
rápida. Garantem um ambiente seguro,
reduzem custos e tempo de escavação,
controlando o terreno enquanto se escava”.
O engenheiro da Robbins garante que o
recomendável é coletar uma mostra de solo
e enviá-la a uma análise preliminar para ter
ideia dos parâmetros operacionais antes de
começar a escavar. “A empresa fornecedora
dos produtos seguramente orientará na
escolha do aditivo apropriado de acordo
com as condições do solo”, afirma.
O coordenador de projetos do consorcio
AG-CCCC, confirma que isso é o que
normalmente acontece. “O mais comum
é que se façam coletas de amostras
representativas do solo que será escavado.
Os diversos fornecedores desses produtos
promovem diversos ensaios e chegam a
uma proporção ideal de mistura de seus
produtos. Em base a essa avaliação, estimase o consumo dos produtos e então se
■
calculam os custos”, garante.
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CONSTRUÇÃO VIÁRIA
Reter o valor
A América Latina já não
quer seguir investindo
em estradas que durem
menos de dez anos.
Para isso, é necessário
percorrer um longo
caminho. Reportagem de
Fausto Oliveira.
Como evitar que a realidade
das estradas da América Latina
seja a desta rua em Anápolis,
estado de Goiás?
E
stações de chuvas fortes, verões
impossivelmente quentes, tremores
de terra. A esses fatores naturais
muito presentes na América Latina e que são
velhos conhecidos dos cidadãos, se somam
empresas e governos com uma tradição de
investir pouco e mal. Assim, se construiu
na região um cenário em que a maioria
dos países vê seu desenvolvimento atrasado
pelas más condições de suas rodovias. Mas
A Volvo lançará ao mercado latinoamericano novos equipamentos
de construção
rodoviária esse
ano, entre eles a
vibroacabadora
ABG 2820.
as estradas em mau estado não causam
apenas um dano econômico, muitas vezes
provocam a perda de vidas em acidentes
que de outra forma não ocorreriam. Por
tudo isso, a América Latina diz basta.
Os países da região querem, necessitam
e só aceitarão que as futuras
gerações conduzam suas
vidas e suas economias
sobre uma estrutura
rodoviária que corresponda
ao valor de investimento que
costumam
demandar.
Nessa direção apontam
os vários planos de obra
rodoviária que praticamente
todos os governos da região
vêm anunciando nos últimos
anos. Mas os planos em si
mesmos não são suficientes
para responder a pergunta:
como podemos ter uma
infraestrutura viária confiável, de qualidade
e que possa durar décadas, em lugar de
somente alguns poucos anos?
VALORES
É muito comum fazer comparações entre
a qualidade das vias na Europa ou Estados
Unidos aos países latino-americanos.
Sempre, obviamente, com resultados
favoráveis às autopistas do norte, que se
mantêm úteis por um longo tempo enquanto
a infraestrutura viária regional sente os anos
passando com mais efeitos negativos. Por
outro lado, se se compara o valor investido
por quilômetro na construção de vias, a
comparação é ainda mais negativa para a
América Latina. Enquanto um quilômetro
de pavimento asfáltico em um país como a
Alemanha pode custar ao redor de US$ 200
mil, o mesmo quilômetro, muitas vezes mal
acabado, custa cerca de US$ 1 milhão nessa
parte do mundo.
O problema é que não se pode terminar
a discussão nas comparações financeiras.
Por trás dos valores em dinheiro, há valores
culturais profundamente enraizados que
fazem com que o custo das vias latinoamericanas seja na realidade muito maior do
que o que as cifras são capazes de expressar.
Mauro Beligni é um engenheiro brasileiro >
Março de 2014 Construção Latino-Americana 37
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CONSTRUÇÃO VIÁRIA
A empresa sueca introduz modificações nas
motoniveladoras oferecidas à América Latina,
que agora terão joystick opcional.
especializado em construção rodoviária. Sua
empresa, TecPav, é uma consultora que
orienta projetos rodoviários em todo o país
mas que também trabalhou na Europa e
outro países da América Latina. Para ele,
o primeiro ponto que temos que mudar
é de caráter cultural. “Na nossa região,
os projetos de pavimento asfáltico em
geral se fazem para períodos de dez anos.
Para pavimentos de concreto, se usa como
período de projeto uma margem de tempo
de 20 anos. É muito pouco. Na Europa, se
fazem pavimentos para durar até 40 anos
sem nenhuma intervenção. É necessário
mudar as normas dos projetos para que
tenhamos vias com melhor desempenho por
mais longo prazo”, diz.
Como argumento contrário a essa posição,
VOLVO ROAD INSTITUTE VAI TREINAR
OPERADORES BRASILEIROS
A firma sueca de equipamentos de construção começa seu 2014 agregando mais
qualidade na construção rodoviária brasileira, por meio da inauguração do Volvo Road
Institute. O novo centro de treinamento em Curitiba receberá operadores de todos os
tipos de máquina de construção viária para cursos e processos de capacitação. Uma
pista em formato de R oferecerá as condições de curva e declividade próprias para a
aprendizagem e especialização na operação das novas vibroacabadoras, motoniveladoras
e rolos compactadores da Volvo. Com a iniciativa, a Volvo quer afirmar a entrada de
seus equipamentos de construção rodoviária no Brasil. Mas também ataca um problema
cada dia mais sério no mundo da construção em geral, que é a falta de mão de obra
especializada.
em geral se diz que o investimento inicial é
muito mais alto. Sim, é. Mas quando faz
as contas, o especialista vem a confirmar o
velho ditado de que o barato sai caro. “Uma
rodovia para 120 quilômetros por hora pode
nos custar US$ 1 milhão por quilômetro
para dez anos. Se fosse projetada para 40
anos, poderia custar 40% ou até 50% mais.
Mas o que fazemos é investir US$ 1 milhão
em pavimento de dez anos que muitas vezes
não dura nem cinco. Em cada reparação,
a cada cinco ou seis anos, pode-se gastar
US$ 300 mil ou US$ 400 mil mais”, afirma
Beligni.
MODELO
Grande parte desse problema reside no
modelo de construção rodoviária que temos
historicamente na região. Tão simples
como de curto prazo, o modelo de obra
púbica, no qual o Estado se responsabiliza
exclusivamente pela construção, parece
não atender os requisitos de uma América
Latina que precisa crescer a passos largos.
Afortunadamente, mais e mais governos estão
percebendo que convidar o investimento
privado para essa área vital da infraestrutura
trará mais benefícios para todos.
É o que aponta Afrânio Chueire, presidente
da Volvo Construction Equipment Latin
America. Para o executivo da fabricante
de equipamentos, “é uma boa notícia que
países como a Colômbia e o Brasil estejam
planejando sua expansão rodoviária por
meio de concessões. Com elas, se sabe que
o investimento tem que dar retorno em 30
anos de concessão. Para isso, o pavimento >
A Bomag adquiriu a divisão
de construção rodoviária
da Terex. A pavimentadora
Cedarapids agora é parte de
seu portfólio de equipamentos.
38 Construção Latino-Americana Março de 2014
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28/02/2014 09:53:27
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CONSTRUÇÃO VIÁRIA
região. De igual maneira, os fabricantes de
equipamentos de construção viária olham
a América Latina com interesse e atenção.
Sua contribuição, especificamente, pode
ser decisiva para o desenvolvimento da
infraestrutura rodoviária latino-americana.
A pavimentadora
Vögele S-1800-3
está disponível
na América Latina
através da Ciber,
subsidiária do
Grupo Wirtgen.
tem que ter boa qualidade e não exigir
muita manutenção”.
De fato a Colômbia, com sua quarta
geração de concessões rodoviárias, parece
levar muito a sério o tema de modelar bem
sua construção rodoviária. No Brasil, o
governo apenas recentemente recomeçou
um programa de concessões rodoviárias.
No Chile, o panorama continua sendo
amplamente favorável às concessões, com
projetos destacados como a autopista
Vespúcio Oriente, que fechará o anel viário
de Santiago, saindo a licitação esse ano. No
Peru, desde 1994, quando se outorgou a
concessão da rodovia Arequipa-Matarani, o
governo realiza seguidas concessões viárias
sob o modelo de BOT (build, operate and
transfer), que supõe construção e operação
do concessionário por tempo determinado
para então transferir a via ao Estado. O
Paraguai agora se une ao grupo, anunciando
importantes investimentos em rodovias,
uma parte financiada com dívida soberana
e outra por meio de sua nova lei de PPPs.
Progride na América Latina o modelo
de construção e operação rodoviária que
DESEMPENHO E ECONOMIA
garante estradas de melhor qualidade e
por mais tempo para a população. Isso
faz ressurgir a esperança de minorar as
perdas econômicas e o atraso estrutural
que sempre tivemos pela visão de curto
prazo nesse assunto tão fundamental. A
indústria percebe o momento. Não é à toa
que muitas construtoras da Europa vencem
contrato atrás de contrato nos países da
Os fabricantes de equipamentos sabem
o que esperam deles os governos e as
empresas construtoras que receberão as
concessões. Todos querem máquinas de alto
desempenho e que sejam realmente capazes
de reduzir custos e gerar melhores taxas
de retorno e retenção dos investimentos
rodoviários. Cada um deles responde essa
demanda de uma maneira.
A Ciber Equipamentos Rodoviários, filial
brasileira do Grupo Wirtgen, está presente
em toda a região com os equipamentos
de sua matriz alemã. Sempre enfocada na >
BOMAG E A APOSTA PELO CONTROLE
Com mais de 50 anos fabricando quase todos os tipos de equipamentos de construção
viária, a fabricante de origem francesa Bomag renovou seu compromisso com o mercado
latino-americano e a construção rodoviária ao adquirir parte dos equipamentos viários da
Terex Road Building no Brasil em 2013. O acordo garantiu à Bomag uma nova fábrica em
Porto Alegre, onde produz usinas de asfalto e máquinas pavimentadoras.
A empresa aposta nas tecnologias de controle de dados como uma característica que
pode fazer a diferença quando se pensa em desempenho. Dois exemplos são seus sistemas
Variocontrol e Asphalt Manager. O primeiro é um sistema aplicado na compactação de
solos, que provê ao operador dados com alta precisão sobre as variações de inclinação do
terreno, evitando assim falhas estruturais.
Já o Asphalt Manager é uma tecnologia para rolos compactadores de tipo Tandem.
Enquanto passa o compactador, o sistema mede continuamente a capacidade do solo
para suportar a carga imposta pelo rolo, que por sua vez põe sempre a carga máxima
possível. Além disso, o compactador com Asphalt Manager oferece dados em tempo real
ao operador que indicam a temperatura do
asfalto, a velocidade do compactador, e a
amplitude efetiva em uso.
“Muitos clientes usam rolos Bomag com
Asphalt Manager como equipamentos de
medição e teste, para verificar o limite
de carga oferecido pelo solo antes de
pavimentar, evitando assim reclamações
futuras pelo rompimento do asfalto devido
a uma compactação não profissional”, diz o
gerente de vendas para Europa e América
Latina da Bomag, Stefan Karbach.
Um rolo compactador Tandem da Bomag,
equipado com a tecnologia Asphalt Manager.
O sistema gera dados em tempo real ao
operador.
Março de 2014 Construção Latino-Americana 41
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27/02/2014 16:14:40
CONSTRUÇÃO VIÁRIA
qualidade, a empresa mantém sua história
e seu nome na América Latina através de
sucessivos lançamentos. O mais recente
lançamento na região é a Geração -3 da
marca Vögele. Segundo a companhia, se
trata de pavimentadoras que combinam
melhorias ergonômicas para o operador
com um menor consumo de combustível.
Além de pôr o asfalto sobre a via, as
novas máquinas Vögele o nivelam e précompactam. A tecnologia está disponível
em três modelos de pavimentadoras sobre
esteiras, as S-1100-3, S-1300-3 e S-1800-3,
e também em dois modelos sobre rodas, a
S-1103-3 e a S-1303-3.
Outra empresa que se destaca por sua
forte presença com equipamentos de
qualidade na América Latina é a Volvo
Construction Equipment. A firma de
origem sueca apresentará na feira Brazil
Road Expo 2014, em abril, dois modelos
de vibroacabadoras que lançará ao mercado
latino-americano. São eles a ABG 2820 e
ABG 5820. De acordo com o presidente
da companhia para a América Latina, “a
ABG podemos considerar como a melhor
vibroacabadora do mercado, que produz
o melhor acabamento do pavimento”,
diz Afrânio Chueire. Mas não param aí
as novidades da Volvo para o mercado
regional. O executivo também informou
que a partir desse ano as motoniveladoras
da marca virão com a opção de joystick além
do volante. A Volvo também vai ampliar
sua linha de rolos compactadores. “Essa é a
nossa proposta de negócio: oferecer a linha
completa de equipamentos para o cliente
de toda a América Latina. Já tínhamos as
motoniveladoras e os rolos compactadores
de solo e de asfalto, e agora teremos também
A nova pavimentadora de concreto GOMACO 9500 traz o sistema de automação G+.
as vibroacabadoras”, afirma o executivo.
Mas aquela que talvez seja sua maior
contribuição à construção rodoviária na
região é o lançamento de um novo centro
de treinamento de operadores em máquinas
viárias, o Volvo Road Institute, em Curitiba.
(ver box)
Por sua vez, Astec Inc., dos Estados
Unidos, vem expandindo sua presença
no mercado rodoviário latino-americano
tanto com suas usinas de asfalto como
com seus equipamentos de pavimentação
marca Roadtec. Seu mais recente
lançamento é a usina de asfalto Voyager
120. O equipamento é compacto e móvel,
o que possibilita atender demandas com
mais rapidez. Além disso, seguindo a
orientação de outros equipamentos Astec
de produção de asfalto, a Voyager 120 é
capaz de produzir massa asfáltica com até
30% de asfalto reciclado (RAP, na sigla em
inglês). De acordo com o vice-presidente
executivo da Astec Inc., Steve Claude, “o
uso do RAP cresce em escala global, junto
com os benefícios que ele gera em termos de
sustentabilidade e economias significativas
para as construtoras e autoridades públicas”.
Também a Gomaco, que se especializa
na pavimentação de concreto, investe na
automação e tecnologia para gerar economia
e eficiência em seus equipamentos. Na
última feira World of Concrete, nos
Estados Unidos, a fabricante apresentou
seu sistema de controle automático G+.
Progressivamente, mais máquinas Gomaco
vêm recebendo esse componente, que além
de aumentar a precisão do pavimento, gera
economia para as empreiteiras que podem
usar menos mão de obra na pavimentação.
De acordo com a companhia, o sistema
G+ é compatível com os sistemas 3D de
controle e preparação de terreno de marcas
como Topcon, Leica e Trimble, o que
evita mudanças caras para o usuário de
equipamentos Gomaco.
Em toda a cadeia da construção rodoviária
latino-americana, percebe-se a necessidade
de melhorar os padrões para vencer o atraso
histórico da região. Desde os projetos
governamentais, passando por processos
licitatórios e o bom uso dos equipamentos
avançados de pavimentação e compactação,
os caminhos do futuro requerem mais
atenção no momento de investir para que
por eles passem mais benefícios do que
■
perdas.
A usina de asfalto Voyager 120 da Astec
pode produzir mistura asfáltica com até 30%
de reciclado.
42 Construção Latino-Americana Março de 2014
CLA 03 2014 Roadbuilding PTG.indd 42
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27/02/2014 12:47:07
ENTREVISTA
“Precisamos de
empresas
maiores e mais
competitivas”
O presidente da FIIC,
o chileno Juan Ignacio
Silva, analisa a situação
na região e convoca à
busca de mecanismos
para competir com força
no desenvolvimento do
mercado latino-americano.
Reportagem de
Cristián Peters.
C
onseguir que as construtoras
latino-americanas
comecem
a procurar formas de parceria
para tornar suas empresas maiores e mais
competitivas é um dos principais objetivos
que Juan Ignacio Silva assumiu para os
seus dois anos de gestão, os quais tiveram
início em outubro ao tomar posse como
presidente da Federação Interamericana de
Indústrias da Construção (FIIC), entidade
que está composta por 18 Câmaras da
Construção da região.
O executivo chileno, presidente de uma
das companhias construtoras mais antigas
do país austral, Desco -fundada em 1938-,
conta com uma ampla trajetória no setor e
aplicará sua ampla experiência para que a
indústria latino-americana possa aproveitar
a fundo seu potencial.
Apesar de que Silva celebra as aquisições
entre empresas como via legítima de
crescimento, acredita que também se deve
explorar outras opções, como podem ser
as associações para compartir mercados,
e exemplifica seu objetivo com a fusão
realizada pelas linhas aéreas TAM e LAN.
O importante, afirma, é que as empresas
construtoras latino-americanas consigam
alcançar um tamanho maior e sejam mais
competitivas para o mercado. Também
pretende que se tornem mais competitivas
para o mercado e que se convertam
em atores primordiais no processo de
desenvolvimento regional. Nesse sentido,
garante, a FIIC tem uma grande tarefa
como agente de integração.
A Federação, que em novembro cumpre
44 anos, tem o objetivo de promover o
desenvolvimento do setor da construção
na região, incentivar o intercâmbio
de experiências de interesse comum,
aprofundar a integração e empreender
44 Construção Latino-Americana Março de 2014
CLA 03 2014 FIIC PTG.indd 44
27/02/2014 16:36:39
ENTREVISTA
estratégias com entidades internacionais.
É nessa tarefa que o presidente da FIIC
está dando mais ênfase na relação do
organismo com os diferentes bancos
de desenvolvimento, como o Banco
Interamericano de Desenvolvimento
(BID), o Banco de Desenvolvimento da
América Latina (CAF) e o Banco Mundial.
Durante uma entrevista com a Construção
Latino-Americana, Silva deu detalhes de
sua visão e propósitos como presidente da
Federação.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS
DESAFIOS DE SUA GESTÃO?
Promover o desenvolvimento da indústria
da construção interamericana é o principal
objetivo de Juan Ignacio Silva, como
presidente da Federação.
Promover o desenvolvimento da indústria
da construção interamericana, fomentando
o desenvolvimento técnico, a inovação e o
conhecimento dos avanços que registram
os países membros são alguns dos desafios
permanentes da Federação e formam parte
da tarefa.
Pretendo, durante este período de dois anos
como presidente, colocar um especial foco
na parceria entre os empresários da região.
Pretendemos melhorar o conhecimento
entre os empresários do setor, encontrar
mecanismos mais dinâmicos de parceria
e buscar fórmulas para gerar empresas
maiores que competem com empresas de
fora da região. Como exemplo, não pode
ser que das 150 maiores empresas de
construção do mundo, apenas cinco sejam
da nossa região, sendo que representamos
10% do PIB mundial da construção. Há
muito por fazer e eu gostaria de avançar
nesse assunto. A competitividade das
empresas, não apenas está determinada
pela sua eficiência, inovação, capacidade
de gestão, liderança em seu próprio país.
Também está determinado pelo seu
tamanho.
ESPERA-SE AUMENTAR ESSA
PARTICIPAÇÃO?
Minha impressão é que essa porcentagem
deveria se manter em termos globais, a
pesar de que, no geral, tem sido registrada
uma desaceleração da atividade regional
durante 2013.
Baseio essa opinião em parte no efeito
que ainda projetam grandes investimentos
no setor como são as obras para a Copa
do Mundo e as Olimpíadas no Brasil,
assim como muitos projetos de mineração
em implantação (que exigem obras civis),
especialmente no Peru e no Chile, apenas
por citar obras de grande impacto.
Por outro lado, a indústria europeia vem
passando por um período muito difícil, o
que tem feito diminuir seu peso relativo
mundial, o qual, em um contexto de um
menor movimento mundial, compensa em
certa forma nossa caída.
COMO SE DEVE RESPONDER
AO NOVO CENÁRIO?
Não sendo economista, apenas posso fazer >
Março de 2014 Construção Latino-Americana 45
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27/02/2014 16:36:53
ENTREVISTA
reflexões desde o mundo da construção.
Durante a última década, a América
Latina tem experimentado um crescimento
sustentável que ajudado no crescimento do
PIB na equação mundial, com acréscimos
no comércio e nos investimentos.
Uma das consequências mais evidentes
deste crescimento tem sido a diminuição
da pobreza e a incorporação de milhões
de pessoas à classe média, o que por sua
vez tem apresentado grande impacto na
demanda de bens e serviços, começando
pela moradia e infraestrutura.
Nesse contexto, os setores da construção
e da infraestrutura têm tido um papel
preponderante em sustentar e impulsionar
o crescimento. Isso, por seu efeito
multiplicador na economia (postos de
trabalho, demanda por insumos) e também
porque gera as condições (estradas, portos,
aeroportos, etc.) para permitir a atividade
econômica e melhorar a competitividade.
Nesses momentos efetivamente a
atividade tem decaído em comparação
com o resto dos setores, apesar de que em
vários dos países essa caída tem se atenuado
pela permanência de uma forte demanda
interna.
Acredito que é possível e deve-se fortalecer
a economia regional impulsionando a
infraestrutura. O BID assinala que para
PERFIL
Juan Ignacio Silva estudou na
Universidade Católica do Chile, onde
formou como Engenheiro Civil de
Indústrias, com menção em Construção.
Em 1978, começou a trabalhar na
empresa construtora Desco, empresa na
que logo de passar por diversos cargos,
exerce hoje, desde 1996, a presidência.
Desde jovem tem demonstrado uma
forte tendência por associações e, em
1976, foi presidente do centro de alunos
da Escola de Engenharia. Além disso,
é conselheiro nacional permanente da Câmara Chilena da Construção, entidade da que
também foi presidente entre 2000 e 2001, presidiu a Caixa de Compensação de Los
Andes entre 1998 e 2000 e foi diretor da AFP Habitat (fundos de pensão) entre 2003 e
2009, entre outras.
sustentar seu crescimento, a região deveria
investir cerca de US$200 bilhões a cada
ano e isso não está acontecendo. Isso
se manifesta em crescentes gargalos que
encarecem a exportação de nossos produtos,
Tornando-nos menos competitivos, ou
nos impedem diretamente de desenvolver
certas atividades.
Os governos tem a responsabilidade
principal de gerar as condições para
impulsar essas obras, tanto com o
investimento direto de recursos como
com o concurso de fundos privados. Isso
é crítico porque senão todos esses anos
em que nossa região tem aumentado sua
participação global e reduzido a pobreza
podem se frear e também retroceder. O
problema também é transversal a todos
nossos países, alguns dos quais tem tomado
medidas, como o Brasil, que abriram um
ambicioso processo de licitações em obras
de infraestrutura.
QUAL É A POSIÇÃO DA FIIC EM
RELAÇÃO ÀS PPPS?
A Federação é um interlocutor com os
diversos bancos de desenvolvimento. Busca
se relacionar com o BID e a CAF, assim
como com a CICA (Confederation of
International Contractors’ Associations)
e com o Banco Mundial. Está sempre
preocupado com a integração regional
de infraestrutura, através da Unasur e
Cosiplan. A participação nas políticas
públicas de cada país, apesar de serem de
interesse, se desenvolve diretamente por
meio de cada Câmara da Construção.
Nesse aspecto, a FIIC oferece difusão
constante entre seus membros para as boas
práticas e também para os desacertos que
as Câmaras transmitem com frequência. O
objetivo é aproveitar o máximo possível as
experiências de cada país.
Com relação às PPPs, em teoria, o setor
público deveria proporcionar integral e
eficientemente para toda a população a
infraestrutura e os serviços públicos. No
entanto, por diversas razões –financeiras e
de eficácia- foram criadas essas modalidades
de participação do investimento privado
nas quais se incorporam experiência,
conhecimentos, equipamentos, tecnologia,
e se distribuem riscos e recursos, privados,
para criar, desenvolver, melhorar, operar ou
manter infraestrutura pública ou fornecer
serviços públicos. Existem muitas variantes
delas e são empregadas com diversas
modalidades e grau de sucesso na região.
“Nesses momentos efetivamente a atividade tem
decaído em comparação com o resto dos setores”
O presidente da FIIC, o chileno
JUAN IGNACIO SILVA
46 Construção Latino-Americana Março de 2014
CLA 03 2014 FIIC PTG.indd 46
27/02/2014 16:37:19
ENTREVISTA
Em janeiro, Silva se reuniu com Luis Alberto
Moreno, presidente do BID.
Não há nenhuma dúvida de que as
PPP trazem progresso aos países. Nesse
contexto, dentro da FIIC há uma
colaboração plena entre as Câmaras para
difundir a informação em relação aos
diferentes regulamentos de cada país.
QUAIS SÃO OS SETORES QUE
MAIS NECESSITAM ATENÇÃO?
Deve-se sempre tratar de ter uma visão de
conjunto porque nada funciona sozinho.
Os portos e aeroportos são fundamentais
para o movimento de bens e pessoas,
mas não servem de nada se não têm o
suporte que se exige em matéria de acesos,
fornecimento de energia e de centros de
produção e consumo.
Por isso deve-se ir em direção a uma
estratégia integral, que sem desatender
as prioridades, busquem complementar e
potenciar os diferentes elementos.
Além disso, deve-se considerar que
existem fatores “duros” e “moles”. Entre
os primeiros estão novamente a geração
e distribuição de energia, os portos e
aeroportos, a conectividade física.
Nos segundos está o desenvolvimento
urbano, que é como evoluem nossas
cidades. Isso é tremendamente relevante
porque incide na qualidade de vida de seus
habitantes e na coesão ou desintegração
social. Aí também deve-se ter muita
atenção e dedicação de nossas autoridades
na parte regulatória e de nossas empresas
para gerar melhores condições de vida. ■
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Em abril será realizada a LXX reunião do
conselho diretor da Federação.
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A AUTOBETONEIRA NA MEDIDA DA SUA OBRA
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ATUALIDADE
Apostando na região
Apesar de que a
construção no Brasil
tenha dado sinais de
desaceleração em 2013,
Zoomlion Cifa não se
deixou levar e em breve
inaugurará nova fábrica em
Indaiatuba. Reportagem de
Clarise Ardúz.
A
o contrário do que muitas
companhias fizeram, de entrar
em estado de alerta ao ver que
em 2013 a construção no Brasil mostrava
sinais de desaceleração, a Zoomlion Cifa
deu continuidade ao plano de abrir sua
primeira fábrica da América Latina no país
conseguindo erguer as instalações em apenas
oito meses.
Apesar de que o cronograma da empresa
em relação à abertura da fábrica e o início
de operações tenha se atrasado um pouco,
a companhia tem a firme intenção de
inaugurar a mesma no final de março. “Já
recebemos a visita de diversos clientes para
conhecer nossas instalações e obtivemos um
“Estar no país é fundamental para consolidar
a operação”, afirma Marcelo Antonelli, CEO da
Zoomlion Brasil Concreto.
A fábrica, que terá uma área construída de aproximadamente 12 mil m², será uma plataforma
para fabricação, montagem, distribuição de peças de reposição e centro de treinamento para
operadores para o mercado sul-americano.
excelente retorno. Isso demonstra confiança
no trabalho que estamos realizando. Estamos
muito otimistas com isso”, garante Marcelo
Antonelli, CEO da Zoomlion Brasil
Concreto, quem entregou à Construção
Latino-Americana alguns interessantes
detalhes sobre os planos da empresa e as
novas instalações na região.
Os equipamentos da marca comercializados
no Brasil e em outros países da região sempre
foram importados da China e da Itália e
eram vendidos por meio de distribuidores.
Agora, com a abertura da fábrica no Brasil,
os clientes contarão com outros benefícios,
segundo o executivo, como o FINAME
(financiamento do governo brasileiro para
a aquisição de máquinas e equipamentos
novos), venda direta ao consumidor final e
serviços personalizados de pós-venda, entre
outros. “Em um mercado competitivo como
o nosso, o papel e a atuação do fabricante
é fundamental para o sucesso do negócio”,
explica. A companhia trabalhará com as
duas marcas, Zoomlion e Cifa, com o
objetivo de oferecer aos clientes uma linha
completa de produtos de ambas. Apesar de a
empresa ter conseguido, durante os últimos
anos, uma cota significativa de participação
de mercado no Brasil e tem até o momento
mais de 300 equipamentos em operação,
pretende agora chegar muito mais longe.
“Nosso objetivo é obter, ainda este ano,
30% de participação de mercado para alguns
modelos”, afirma o CEO.
A fábrica, que terá aproximadamente
12 mil m² de área construída, será uma
plataforma para a fabricação, montagem,
distribuição de peças de reposição e centro
de treinamento para operadores para o
mercado sul-americano, o que segundo
Antonelli, ajudará a marca a alcançar todas
as metas propostas.
Dentro da área construída, 1,9 mil m²
serão utilizados para o centro de distribuição
de peças e 2,4 mil m² para a realização
de testes hidráulicos e estruturais para
equipamentos de grande porte. A fábrica
também trará outros benefícios, como a
geração de cerca de 100 empregos diretos e
outros 150 indiretos.
A Zoomlion, que está presente no Brasil
desde 2008, começou comercializando
bombas estacionárias e, em apenas alguns
anos, conseguiu trazer também diversos
equipamentos
como
bombas-lança,
betoneiras, usinas misturadoras, entre
outros.
>
Março de 2014 Construção Latino-Americana 49
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27/02/2014 16:38:20
ATUALIDADE
COMO ANALISA
O MERCADO DA
CONSTRUÇÃO NO
BRASIL?
infraestrutura da cidade,
rodovias, conexão com o
porto de Santos, os aeroportos
de Campinas, Jundiaí,
Guarulhos e Congonhas. O
plano era ter a fábrica dentro
do estado de São Paulo, que
concentra aproximadamente
35% dos maiores clientes do
mercado brasileiro.
O mercado da construção ainda
está lento com relação à liberação
de novos projetos. No entanto, as
expectativas são grandes. Este é
um momento de apreensão, o
mercado continua esperando
pelo boom das obras de
infraestrutura que não chegaram e
são necessários para o desenvolvimento
e são necessários para o desenvolvimento
sustentável do país. Mas o Brasil ainda é
CONQUISTANDO MAIS
O Brasil é um dos lugares onde a
Zoomlion está investindo suas fichas,
mas não é o único. A companhia de
origem chinesa também anunciou
recentemente novos projetos, além de
resultados positivos em outros lugares
do mundo. Recentemente a empresa
anunciou uma nova subsidiária para
vendas e serviços na França e registrou
um significativo crescimento de suas
vendas no Reino Unido.
As novas instalações na França
correspondem a outra subsidiária
da Zoomlion Cifa (cabe lembrar
que a asiática adquiriu a italiana
Cifa em 2008). Depois de 11 anos
de colaboração com o distribuidor
Palfinger, a Zoomlion decidiu operar
diretamente no mercado francês.
A nova fábrica está localizada nas
proximidades de Lyon, mas haverá uma
rede de oficinas autorizadas por todo
o território, as quais representarão as
duas marcas, Cifa e Zoomlion.
Com relação ao crescimento em
vendas da Cifa no Reino Unido (mercado
que nunca foi um dos principais destinos
para suas máquinas), a companhia
anunciou um significativo aumento de
interesse em seus produtos por parte
dos grandes produtores de cimento,
entre os quais aparecem empresas
como Cemex, Lafarge e Heidelberg. Nos
últimos tempos, os distribuidores do
país entregaram à empresa diversos
pedidos de compra de betoneiras e
bombas de concreto.
O QUE SERÁ
PRODUZIDO NA
FÁBRICA?
visto com otimismo pelos fabricantes, já que
está entre os que têm maiores necessidades
de obras de sustentabilidade e condições
para crescer.
As instalações estarão aptas para fabricar
betoneiras de oito e 10 m³, usinas dosadoras
e misturadoras, auto bombas e bombaslança. A meta para 2014 é fabricar 400
unidades.
COMO ANALISA O ANO DE
2013 PARA A EMPRESA?
QUAL SERÁ A CAPACIDADE DA
FÁBRICA?
O ano passado foi o ano da constituição
da empresa no Brasil. Até 2012, estivemos
representados pelo distribuidor.
A instalação terá capacidade para produzir
1,2 mil unidades por ano e, contando com
todos os modelos, pretendemos alcançar a
marca de 30% de mercado nos próximos
três anos. Com o início das operações
da fábrica, seremos capazes de produzir
com qualidade superior à do mercado e,
assim, atender as expectativas de nossos
clientes, que são em sua maioria empresas
prestadoras de serviços de concretagem,
locadores de equipamentos, construtoras e
empreiteiros.
QUAL É A IMPORTÂNCIA DA
FÁBRICA NO PAÍS?
Estar no país é fundamental para consolidar
a operação, que do contrario, não consegue
sobreviver às variações do câmbio e à
falta de crédito. Essa presença é essencial
para oferecer uma distribuição e suportes
eficientes, sem contar a concorrência dos
principais players que são todos chineses.
Os clientes já foram avisados que estamos
iniciando operações de forma independente.
POR QUE ESCOLHERAM
INDAIATUBA?
Devido à excelente logística da região,
HÁ PLANOS DE OUTRAS NOVAS
FÁBRICAS NA REGIÃO?
Sim, há planos. O objetivo será atender o
mercado de equipamentos para elevação,
guindastes, linha amarela e outros. O local
ainda está em processo aprovação.
■
A empresa pretende inaugurar a
fábrica no final de março.
50 Construção Latino-Americana Março de 2014
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ENTREVISTA
Himoinsa aposta na
A companhia inaugurou
no começo do ano uma
A companhia está
presente em mais
de 100 países.
fábrica no Brasil e prevê
que a América Latina
vai virar uma das zonas
de maior crescimento
nos próximos anos.
Reportagem de
Cristián Peters.
F
undada em 1982, a Himoinsa é
uma multinacional especializada
na fabricação e comercialização
de sistemas de geração de energia.
Após estabelecer uma política de
internacionalização, a empresa de origem
espanhola está presente em mais de 100
países e conta com centros de produção
no Brasil, China, Espanha, França, Estados
Unidos e Índia; e filiais na Alemanha,
Angola, Argentina, Emirados Árabes
Unidos, México, Panamá, Polônia, Portugal,
Reino Unido, República Dominicana e
Singapura.
Segundo destaca Francisco Gracia, diretor
executivo da companhia, um dos pontos
fortes da Himoinsa é sua condição de
fabricante vertical. O executivo afirma que
a confiabilidade e o rendimento dos seus
produtos residem na fabricação de todos
e cada um dos componentes do grupo
eletrogêneo e na incorporação de motores
de marcas de reconhecida qualidade. Para
Gracia, esse é um elemento diferenciador
que permite à Himoinsa responder com
maior rapidez e flexibilidade ao mercado.
O ano passado foi um exercício de
crescimento para a companhia, que viu
um incremento de 5% em seu volume de
vendas em relação a 2012. E para esse ano,
as expectativas são positivas. “Em 2014 essas
cifras se incrementarão principalmente por
dois motivos: por um lado porque estão
aparecendo indicadores de crescimento
econômico em muitos mercados, o que
indica que muitos países estão se reativando,
principalmente na Europa e no norte da
África; por outro lado, pelas decisões que
a companhia tomou de abrir novas filiais
no Reino Unido e no Brasil. Isso, junto à
consolidação de projetos que começaram
em 2013, como a criação de uma filial
comercial em Angola”, afirma ele.
AMÉRICA LATINA
Francisco Gracia, diretor
executivo da Himoinsa.
Durante os últimos anos, a Himoinsa havia
focado seu desenvolvimento estratégico
na Ásia, Oriente Médio e América do
Norte, mas agora as fichas da empresa
vão ser direcionadas no crescimento na
América Latina, região que representa 10%
de seus negócios. “Estamos trabalhando
para conformar e consolidar uma forte
rede de distribuidores em todos os países
que integram essa zona do continente
americano”, assegura.
Foi nesse contexto que durante o primeiro
trimestre desse ano a empresa abriu uma
nova fábrica no Brasil, e em relação às
vendas, está estabelecendo uma rede
organizada de distribuição capaz de atender
cada ponto geográfico. “Nós prevemos
que, ainda que hoje 10% não sejam um
porcentual elevado, nos próximos três anos
a América Latina vai se converter em uma
52 Construção Latino-Americana Março de 2014
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27/02/2014 16:39:28
ENTREVISTA
América Latina
Um equipamento da companhia operando na
indústria de petróleo e gás.
das zonas de maior crescimento para a
companhia”, afirma Gracia.
A nova instalação, localizada em
Contagem, Minas Gerais, compreende um
projeto que se dividiu em várias etapas.
Para a primeira delas, foi destinado um
investimento de R$ 10 milhões, com o qual
se pretende alcançar a produção de 2 mil
unidades. Depois disso, a empresa passará
à segunda fase que vai gerar desembolsos de
cerca de R$ 40 milhões.
“O Brasil nos exige nacionalizar o produto.
Esse processo requer um tempo, razão pela
qual queremos dar passos firmes e seguros.
As exigências do mercado nos obrigam a
ter uma fabricação local, e por isso não
O ano passado foi
um exercício de
crescimento para
a companhia, que
viu um incremento
de 5% em seu
volume de vendas
em relação a
2012.
podemos nos apoiar no restante das fábricas
que são propriedade do grupo ao redor
do mundo, e por isso o estabelecimento
do negócio está mais lento do que nos
outros países. Mas mesmo assim, temos
expectativas muito boas”, diz.
Em princípio, a ideia é que a nova unidade
fabril esteja dedicada exclusivamente ao
mercado brasileiro, e então
sim destinar recursos para
suprir o resto dos mercados.
“Estamos convencidos de
que uma vez que estivermos
consolidados no Brasil
poderemos dar suporte a toda
nossa rede de distribuição
no resto da América Latina
através dessa fábrica”, detalha.
No Brasil, serão oferecidos
grupos
eletrogêneos
motorizados com Yanmar,
FPT,
Scania,
Doosan
e Mitsubishi, e na primeira etapa serão
produzidos equipamentos de até 750 kW. A
partir dessa potência, será feita a importação
do produto desde as fábricas da Espanha.
Dependendo do desenvolvimento dessa
primeira etapa, se conformará a segunda,
mas a ideia é poder aumentar a produção e
reduzir ao mínimo o nível de importação.
Um dos maiores desafios que a Himoinsa
se impôs é consolidar sua rede de
distribuição na América Latina como já
o fez nas regiões da Ásia e da Europa.
Gracia diz que a empresa já tem importantes
parceiros de distribuição, mas que ainda
há espaço para seguir incrementando seus
canais e chegar a todos os setores e mercados
locais. “A intenção é seguir desenvolvendo
nossa rede de distribuição e penetrando em
novos mercados como o de mineração e de
Em termos de iluminação, se destaca a
presença da Himoinsa nos trabalhos de
ampliação do Canal do Panamá.
emergência, onde cada vez mais a demanda
por geração de energia é maior. Em todos
esses casos nós atuaremos por meio de
nossos distribuidores. Por agora, não temos
a previsão de abrir novas filiais comerciais.
Ainda que, claro, tudo dependerá do
mercado e do que nos demandem”, afirma.
PROJETOS
Os principais equipamentos que a Himoinsa
comercializa na América Latina são os grupos
eletrogêneos de baixa e média potência,
além de torres de iluminação.
Gracia assinala que a companhia
está ganhando cada vez mais fatias do
mercado no setor de emergência e destaca
o respaldo energético do centro de dados
mais importante do Equador. “O projeto
permitiu criar uma interconexão dentro do
Equador, de Quito e Guayaquil em direção
ao mundo. Tratas-se do primeiro centro
de dados certificado Tier 4 da América
Latina. Para ele, a Himoinsa ofereceu um
sistema de energia com grupos eletrogêneos
HMW-810 T6 sob a configuração 2N+1,
o que pressupôs a instalação de 24 grupos
insonorizados, em contêineres de 20 pés,
com motores MTU, para o funcionamento
em paralelo com compartilhamento de
carga”, detalha ele.
Em termos de iluminação, se destacam
grandes projetos como a construção
do metrô do Panamá e os trabalhos de
ampliação do Canal do Panamá. Por sua
parte, Argentina e Chile são países cujos
setores mineiros vêm demandando estes
■
produtos.
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INFRAESTRUTURA
O caminho da água
A construção do aqueduto
El Realito, no México,
mostra que é possível
prover água potável para
todos na América Latina.
Reportagem de Fausto
Oliveira.
T
er acesso a um serviço de
água potável continua
sendo um sonho para
muitos habitantes da América
Latina, sem discriminação de
país. Em todas as partes da
região, são ainda inúmeros os
casos de populações inteiras que
dependem de poços artesianos
ou outras soluções igualmente
primitivas para obter o líquido
essencial. Enquanto se debatem
os montantes necessários (sempre
altíssimos) para universalizar o
acesso à água, certos projetos
conseguem
diminuir
essa
falha grave da América Latina. É o caso
do aqueduto El Realito, nos estados de
Guanajuato e San Luís Potosí, no México.
A obra de infraestrutura tinha início de
atividade previsto para o início de 2014.
De fato, até o fechamento dessa edição,
o estado de San Luís Potosí discutia
detalhes burocráticos necessários para o
funcionamento do sistema que proverá água
potável a 850 mil pessoas que vivem em sua
região metropolitana.
A obra foi licitada ao consórcio formado
pela construtora mexicana ICA, através de
sua subsidiária Ciapsa, que tem 51% do
projeto, em conjunto com a espanhola FCC,
por meio de sua subsidiária Aqualia. Por um
valor de US$ 214,8 milhões, contratado pela
Comissão Estatal da Água de San Luís Potosí
no ano de 2009, a iniciativa contemplou
a construção das seguintes estruturas: um
total de 132 quilômetros de tubulação desde
A usina potabilizadora a agua proveniente da
represa El Realito. Dali sairá um metro cúbico
por segundo de água tratada.
O projeto obteve reconhecimento
internacional por sua inovação no modelo de
financiamento público-privado.
a represa de El Realito; três estações de
bombeamento; um tanque de mudança de
regime; uma usina de potabilização e seis
tanques de entrega na zona urbana de San
Luís Potosí.
SISTEMA
O funcionamento do sistema será por
bombeamento até o tanque de mudança
de regime, num trecho de 15 quilômetros.
Depois o caudal descerá 99 quilômetros
por gravidade até a zona urbana, passando
pela estação de potabilização e chegando
aos tanques de distribuição, de onde saem
as tubulações restantes do sistema. A
capacidade de distribuição desde a usina de
potabilização até os seis tanques será de um
metro cúbico por segundo.
Além do sistema hidráulico, o contrato
contempla a construção de cerca de 50
quilômetros de vias de serviço asfaltadas, e
o sistema elétrico e de controle remoto das
usinas associadas ao aqueduto.
A operação da estrutura será objeto de
concessão ao consórcio construtor por um
período de 25 anos.
O modelo de financiamento do aqueduto
El Realito recebeu prêmios internacionais.
Foi considerado como o melhor projeto
da América Latina de 2012 pela revista
Euromoney, e também foi premiado pela
publicação Global Water Intelligence.
Basicamente, a estrutura de financiamento
de El Realito é uma Parceria PúblicoPrivada em que o consórcio aportou US$
43,93 milhões, um subsídio governamental
aportou outros US$ 73,85 milhões e os US$
97 milhões restantes vieram de quatro bancos
comerciais, por cujos juros a soma dá maior
do que o orçamento do projeto. O sistema
de fluxos financeiros se baseou na criação de
trusts responsáveis pelos pagamentos a cada
um dos atores em cada momento.
A experiência de El Realito pode se tornar
um caso de sucesso que sirva de exemplo
para outras iniciativas público-privadas de
provimento de água potável na América
Latina. Isso, o futuro dirá. Por agora, o certo
é que San Luís Potosí poderá entrar em uma
nova etapa de sua história.
■
Março de 2014 Construção Latino-Americana 55
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27/02/2014 16:40:33
EVENTO
Milhares de equipamentos
de construção usados
foram vendidos em um
dos principais leilões do
mercado, o da empresa
canadense Ritchie Bros
Auctioneers. Reportagem
de Clarise Ardúz.
Quem dá mais?
A
pesar de que na América Latina
também
estejam
presentes,
alguns leilões de equipamentos
de construção usados ganham enormes
proporções em outros países do mundo
e terminam atraindo gente de todos os
cantos do planeta. Esse foi o caso de um dos
principais leilões do mundo, o da empresa
canadense Ritchie Bros, em Orlando,
Flórida, Estados Unidos. O evento colocou
a disposição mais de 9,5 mil equipamentos
provenientes de diversos países, dos quais 8,8
mil foram vendidos durante os dias do leilão,
realizado de 17 a 22 de fevereiro.
Segundo a empresa organizadora, os
principais clientes desse tipo de leilão,
considerada pela Ritchie Bros como ‘o
barômetro do ano’ em relação às vendas, são
principalmente clientes finais, sendo em sua
maioria importantes clientes dos Estados
Unidos, mas também médios e pequenos de
outros países do mundo, incluindo latinoamericanos. “Aproximadamente 85% dos
clientes da Ritchie Bros. são normalmente
compradores finais e 15% revendedores”,
garante Ramiro Esparza, gerente regional
de vendas responsável pela zona norte do
México da empresa.
A companhia chegou a registrar US$3,8
bilhões de receita bruta por equipamentos
vendidos em 2013 em seus 356 leilões
realizados, sendo mais de US$1,4 bilhão
proveniente de vendas pela internet.
Especificamente em este leilão de Orlando,
foram vendidos mais de 8.800 itens por
aproximadamente US$166 milhões.
COMO FUNCIONA?
O leilão ao vivo funciona exatamente
como nos filmes. O público interessado
em participar do evento está sentado em
uma plateia. Todos os participantes tem
um número de registro e o preço dos
equipamentos vai aumentando de acordo
com o interesse dos compradores. As vendas
Diversos implementos e acessórios também
foram leiloados durante o evento.
dos equipamentos acontecem rapidamente.
O processo exige muita atenção de todos.
O silêncio na plateia é essencial para que o
processo corra de forma organizada.
Mas não apenas está o leilão ao vivo.
Ritchie Bros promove paralelamente outros
dois: um virtual (para as máquinas que não
podem rodar pela rampa, como guindastes,
por exemplo) e a sincronizada (para acessórios
e implementos, principalmente). Todos os
equipamentos podem ser comprados desde
o local do leilão ou por internet.
Há medidas severas de organização em
tudo: registro de participantes, processos de
pagamento e financiamento, entre outros.
“Queremos que nossos clientes confiem em
nós e fiquem tranquilos trabalhando com
nossa empresa. Fazemos todo o possível
para isso, inclusive nosso site é muito seguro
e prático”, afirma Rob Blackadar, vicepresidente de contas especiais da empresa.
Existem clientes novos em cada leilão, mas
há também os que já têm anos trabalhando
com a empresa, explicam os organizadores.
Estão também os considerados ‘VIP’, que
gastam pelo menos US$5 milhões por ano
nos leilões da canadense. A companhia
também trabalha de forma separada com
players importantes da indústria consideradas
‘contas especiais’, como Wacker Newson,
CNH, John Deere, Hertz, BP, entre outros.
56 Construção Latino-Americana Março de 2014
CLA 03 2014 Ritchie Bros PTG.indd 56
27/02/2014 16:41:02
EVENTO
Mais de 8,8 mil ítens foram vendidos no
evento de Orlando.
Os equipamentos nesse leilão entram
sem valores mínimos de lance.
VALE A PENA?
É possível comprar diversos tipos
de equipamentos em leilões, além
de implementos que são leiloados
separadamente. Os equipamentos entram
ao processo logo de uma detalhada revisão
e sob diversas regras. Passam a se chamar
‘lotes’, recebem um número e são vendidos
exatamente no estado que se encontram,
deixando todas as características devidamente
detalhada para os compradores.
“Esta é uma experiência muito positiva,
uma relação entre comprador e vendedor
onde todos ganham”, garante Oscar Ruiz,
representante da empresa colombiana
Sedinco Ltda. Cimentaciones Profundas,
que esteve presente no leilão e garante que
voltará para a próxima.
Clayton Rocha, gerente de mineração da
Caterpillar Used Equipment Services Inc,
participa a cinco anos dos leilões da Ritchie
Bros e afirma que “subasta é sorte”. O
brasileiro, que trabalha nos Estados Unidos,
explica que o preço dos equipamentos varia
de leilão para leilão e comenta que desta vez
teve sorte. “As motoniveladoras que estava
procurando saíram mais baratas”, conta
Rocha, quem também aproveitou o leilão de
Orlando para a venda de tratores de esteiras
e pás-carregadeiras Caterpillar.
Muita gente deve estar se preguntando
se realmente é conveniente comprar um
equipamento usado nos Estados Unidos e
logo somar as taxas de transporte, impostos,
entre outros, principalmente se se deseja
levar o equipamento para outro país.
José Rivera, um porto-riquenho com 20
anos de experiência em leilões e dono da
empresa Jose Rivera Export,
com sede em Tampa
(Estados Unidos), conta que
sua companhia revende os
equipamentos adquiridos
em diversos países, mas
entre os latino-americanos,
o principal destino é a
Venezuela. Explica que
Colômbia e Equador são
um pouco mais exigentes
com relação à antiguidade
dos
d equipamentos, mas estão em segundo
lugar na lista. Explica também que o único
ao qual não revende os equipamentos é o
Brasil, devido a suas leis protecionistas e
as altas taxas de importação, entre outros
obstáculos, que impedem a entrada de
máquinas usadas ao país.
“Há muitas vantagens nos leilões, como
comprar mais rápido e a um menor preço.
Muitas vezes há vários equipamentos do
mesmo modelo, então posso escolher o
que me pareça melhor e, no máximo,
em dois meses tenho a máquina ao meu
poder”, garante o empresário, quem vai,
em média, uma vez por mês a leilões de
diversos leiloeiros e adquire especialmente
empilhadeiras, geradores, pás carregadeiras e
retroescavadeiras.
Rivera explica que para seus clientes
de alguns países latino-americanos, o
preço do equipamento que adquire em
leilões continua sendo atrativo, mesmo
considerando todas as taxas. “Apesar de
todas as taxas de importação e transporte, os
latino-americanos preferem levar máquinas
daqui (Estados Unidos). Muitas vezes as
que estão aqui, a pesar de serem usadas, têm
tecnologia mais moderna e o preço pode ser
mais conveniente”, explica.
PLANOS DE EXPANSÃO
A empresa Ritchie Bros, com 55 anos de
experiência no ramo, possui mais de 44
instalações no mundo onde realiza seus
leilões durante o ano todo. E os planos de
continuar se expandindo continuam.
Em 2013, começaram com leilões na
China e os olhos ainda estão nessa direção.
Mas, por outro lado, a América Latina não
deixa de soar interessante para a companhia,
que já realiza subastas no Panamá e no
México a cinco e 13 anos, respectivamente.
“Estamos aumentando nossa participação
nos países em desenvolvimento, os BRIC,
além da América Central e da América
do Sul”, comenta Rob Mcleod, CFO da
empresa de leilões.
Segundo Karl Werner, chefe de operações
de subastas, a empresa ainda não tem nada
definido sobre os futuros destinos latinoamericanos. “Isso ainda se está estudando.
Definiremos isso dentro de alguns poucos
anos”, garante.
No entanto, José Sánchez, gerente de
território das Américas Central e Sul da
Ritchie Bros. explica o que pode ser um
plano para a companhia no curto prazo:
“Panamá tem muitas vantagens. Uma ideia é
levar todos os equipamentos de outros lados
da América Latina e centralizar no país”. ■
Os equipamentos que participaram do leilão estavam no pátio das instalações da Ritchie
Bros em Orlando, área que possui mais de 80 hectares.
Março de 2014 Construção Latino-Americana 57
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EVENTO
Vem aí a Brazil
Road Expo
O evento, entre 9 e 11
de abril em São Paulo,
contará com a presença
de mais de 250 empresas
expositoras. Reportagem
de Fausto Oliveira.
O evento deverá reunir cerca de
13 mil profissionais e representantes
de governo em São Paulo.
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DADOS ÚTEIS
ONDE?
São Paulo.
QUANDO?
9 a 11 de abril.
NA INTERNET
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Equipamentos de construção rodoviária
de todas as grandes marcas são
expostos na feira.
feira Brazil Road Expo chega à
sua quarta edição ocupando mais
uma vez o centro de convenções
Transamérica Expo Center, na maior cidade
do Brasil, São Paulo. O evento está se
tornando uma referência indiscutível para
a construção rodoviária não apenas do país,
mas também de toda a América Latina.
Durante a feira, se realiza o lançamento
de novos equipamentos e máquinas que
podem impactar os mercados de todos os
países da região, além de uma interessante
programação de seminários que discutem
o último e mais avançado das tecnologias
viárias e as tendências do setor.
Esta nova edição do evento terá 250
empresas expondo seus produtos e serviços
relacionados com a construção rodoviária.
Estarão presentes de forma direta ou,
em certos casos, representadas por seus
distribuidores no Brasil, nomes de fama
mundial do segmento, tais como Volvo
Construction Equipment, Amman,
Bomag, Caterpillar, Wirtgen, Dynapac,
Romanelli, Sany e XCMG, entre muitas
outras. Sob todos os aspectos, a lista ampla
de expositores demonstra como a Brazil
Road Expo realmente se tornou o ponto
de encontro para empresas, profissionais e
governos. Todos interessados em superar
o grande desafio da construção rodoviária
num país de dimensão continental.
A feira de equipamentos e soluções
ocupará 15 mil metros quadrados durante
os três dias de programação. Além do espaço
interno onde se poderá conhecer detalhes
dos equipamentos expostos, essa edição
trará também um espaço externo onde as
marcas fabricantes farão demonstrações do
funcionamento de suas máquinas. É uma
boa oportunidade para ver em ação as últimas
pavimentadoras, rolos compactadores de
solo e asfalto, motoniveladoras e outros
equipamentos.
SEMINÁRIOS
Em paralelo, acontecerá o Brazil Road
Summit, programação de seminários >
Março de 2014 Construção Latino-Americana 59
CLA 03 2014 Road Expo Preview PTG.indd 59
27/02/2014 16:44:23
EVENTO
e debates separados por segmento da
construção rodoviária. Serão cerca de
60 palestras que abordarão os temas de
pavimentação asfáltica, drenagem, pontes,
túneis, segurança e sinalização, equipamentos
e sustentabilidade. Em cada um deles,
engenheiros especializados explicarão
os métodos construtivos, especificações
de diversos projetos e outros detalhes da
construção de vias.
Uma novidade na programação dos
seminários é o tema Road Environment.
Nessa palestra, serão expostos casos de
sucesso nos quais se conseguiu reduzir o
impacto ambiental da construção de
rodovias. O tema é sensível hoje em dia,
já que em cada novo projeto que se aprova
as restrições ambientais podem ser sempre
maiores, cobrindo aspectos que vão desde
as emissões de carbono pelos motores
dos equipamentos até o cuidado com as
faixas de vegetação original que devem ser
deixadas nas margens das estradas, ou ainda
os cuidados com o solo que se pavimenta.
Com essa programação, a quarta edição
da Brazil Road Expo espera reunir ao redor
de 13 mil pessoas, entre profissionais e
CLA 03 2014 Road Expo Preview PTG.indd 60
representantes de todas as esferas de governo.
CONTEXTO VIÁRIO
Outro ponto essencial dessa nova edição
da Brazil Road Expo é que será a primeira
a ser feita depois que o governo federal
divulgou seu novo plano de concessões
rodoviárias. Tradicionalmente, no Brasil, a
obra rodoviária é de caráter público, o que
costuma significar menos velocidade na
entrega dos projetos e muito frequentemente
uma construção de curto prazo e com falhas.
Por isso, o setor está celebrando os anúncios
que pouco a pouco são feitos em Brasília,
em que importantes rodovias brasileiras são
colocadas em regime de concessão privada.
O governo planeja licitar ao todo 2,6 mil
quilômetros de novas estradas ao longo
desse ano, dando continuidade ao programa
iniciado no ano passado com concessões
de rodovias existentes. Além disso, entre os
investimentos anunciados para os eventos
esportivos que marcam atualmente toda
a agenda de infraestrutura do Brasil, uma
infinidade de projetos de mobilidade urbana
em várias regiões metropolitanas prometia
consumir cerca de US$ 290 milhões. Parte
desses projetos estará pronta a tempo da
Copa do Mundo, parte não. Mas certamente
deverão terminar algum dia no futuro. O
certo é que aí se encontram melhoramentos
em vias urbanas, construção de novos
acessos, alargamentos de vias e outras obras.
Esse cenário está animando o setor. Isso
porque há muito o que fazer em termos
de construção rodoviária no Brasil. Uma
pesquisa recente da Confederação Nacional
dos Transportes avaliou no ano passado o
estado de 96.714 quilômetros de estradas em
todo o país. O relatório levantou situações
alarmantes. O dado mais destacado: 63,8%
das rodovias analisadas apresentaram
problemas no pavimento, na geometria ou
ainda na sinalização.
27/02/2014 16:44:45
EVENTO
O governo do Brasil começou
um novo programa de concessões
rodoviárias no ano passado.
Isso não surpreende. São comuns ainda as
filas quilométricas de caminhões esperando
sua vez para descarregar nos portos de
Santos ou Paranaguá. O mesmo relatório
mostra como ano após ano a má qualidade
das rodovias é uma das principais razões de
perdas na agricultura. O caminhão que vai
quicando de buraco em buraco deixa grãos
pelo caminho, e com eles parte importante
dos ganhos nacionais com exportação.
Exatamente isso é o que o governo
quer corrigir com o novo programa de
concessões rodoviárias. É urgente para o
país ter estradas mais amplas e de qualidade
para o transporte da produção agrícola
que precisa vir do interior até o porto. De
acordo com o Ministério da Agricultura,
O evento é valorizado
por fabricantes de equipamento
de escala mundial, como a Bomag Marini.
Pecuária e Abastecimento, a produção
agrícola responde por 41% das exportações
brasileiras, é 23% do PIB e representa 30%
da geração de novos empregos. A última
safra do Brasil teve recorde de produção,
totalizando 194 milhões de toneladas.
São bastante óbvias as conexões entre essa
imensa riqueza brasileira e a infraestrutura
rodoviária. Não se deve esquecer que as
péssimas estradas geram atrasos nas
entregas, o que impacta os custos de
seguro, armazenamento e perda de vendas
nas cidades. Riqueza demais para que as
rodovias continuem sendo um obstáculo.
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