construção - KHL Group
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construção www.construcaolatinoamericana.com LATINO-AMERICANA MARÇO DE 2014 Volume 4, Número 2 Uma publicação da KHL Group Condicionamento de solo para tuneladoras ARGENTINA CONCRETO CONSTRUÇÃO VIÁRIA ENTREVISTA FIIC 18 22 37 44 A R E V I S TA D A I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O N A A M É R I C A L AT I N A CLA 03 2014 Front Cover PTG.indd 1 27/02/2014 15:33:03 Full Page.indd 1 27/02/2014 12:23:58 Editorial EQUIPE EDITORIAL EDITOR Cristián Peters e-mail: [email protected] EDITORES ASSISTENTES Clarise Ardúz e-mail: [email protected] Fausto Oliveira e-mail: [email protected] EQUIPE EDITORIAL Lindsey Anderson, Alex Dahm, Lindsay Gale, Sandy Guthrie, Murray Pollok, D.Ann Shiffler, Chris Sleight, Helen Wright, Euan Youdale DIRETORA DE PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO Saara Rootes GERENTE DE PRODUÇÃO Ross Dickson GERENTE DE DESIGN Jeff Gilbert DESIGNER GRÁFICO Gary Brinklow ASSISTENTE DE DESIGN Pippa Smith ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Louise Kingsnorth GERENTE FINANCIERO Paul Baker ASSISTENTE FINANCEIRO Gillian Martin CONTROLE DE CRÉDITO Josephine Day GERENTE REINO UNIDO Clare Grant DIRETOR DE NEGÓCIOS Peter Watkinson GERENTE DE MARKETING Hayley Gent GERENTE DE VENDAS Wil Holloway e-mail: [email protected] Tel: +1 312 929 2563 ESCRITÓRIO DE VENDAS EUROPA Alister Williams e-mail: [email protected] Tel:+44 1892 786223 ESCRITÓRIO DE VENDAS CHINA Cathy Yao e-mail: [email protected] Tel: +86 10 65536676 ESCRITÓRIO DE VENDAS COREIA CH Park e-mail: [email protected] Tel: +82 2 730 1234 GERÊNCIA PRESIDENTE KHL GROUP James King PRESIDENTE EDITORIAL Paul Marsden PRESIDENTE KHL AMERICAS Trevor Pease ESCRITÓRIOS DA KHL ESCRITÓRIO CENTRAL KHL Group Americas LLC 3726 E. Ember Glow Way Phoenix, AZ 85050, EUA Tel: +1 480 659 0578 ESTADOS UNIDOS / CHICAGO 205 W. Randolph St., Suite 1320 Chicago, IL 60606, EUA Tel: +1 312 929 3478 CHILE Manquehue Norte 151, of. 1108, Las Condes, Santiago, Chile Tel: +56-2-28850321 REINO UNIDO Southfields, Southview Road Wadhurst, East Sussex TN5 6TP, Reino Unido Tel:+44 1892 784088 CHINA Escritório de Representação em Pequim Room 768, Poly Plaza, No.14 South Dong Zhi Men Street Dong Cheng District, Pekín, P.R. China Tel: +86 10 65536676 CLA 03 2014 Comment PTG.indd 3 Entre a cruz e a espada N os últimos meses vimos como a ampliação do Canal do Panamá, que este ano chega a seu centenário, se viu em xeque pelo ultimatum que o consórcio Grupo Unidos polo Canal (GUPC) lançou à Autoridade do Canal do Panamá (ACP). Encabeçado pela construtora espanhola Sacyr, o GUPC está acusando um custo adicional do projeto de US$ 1,6 bilhão, por cima do valor original de US$ 3,11 bilhões, aumentando assim em mais de 50% o orçamento da iniciativa, “carga de tal magnitude que nenhuma empreiteira ou empresa privada pode suportar por si mesma”, como assegurou o consórcio, integrado também pela italiana Impregilo, a belga Jan de Nul e a panamenha Constructora Urbana. Sem dúvida o custo adicional é imenso e tanto o governo centro-americano como as empresas empreiteiras querem evitar responsabilizar-se por ele. Mas além de pensar quem seria o responsável financeiro por esse montante extra, fica aberta uma porta que necessitamos fechar se é que a América Latina quer continuar desenvolvendo sua infraestrutura tal como vem fazendo nos últimos anos: envolvendo atores privados através das PPPs. No caso particular do Canal, as conversações vêm avançando e a ACP assumiria alguns custos menores, enquanto se continua tentando um acordo, tudo para que as obras retomassem seu curso normal depois de quase duas semanas praticamente paralisadas. Mas a ameaça a uma das maiores obras civis do mundo deixa a mostra uma debilidade dos mandantes frente às variáveis inerentes ao mundo da construção, e por isso se devem buscar mecanismos úteis para se evitar que tanto empreiteiras como os mandantes se vejam em situações que os coloquem entre a cruz e a espada. Conseguir inventar um mecanismo “à prova de balas” para garantir o exitoso modelo das PPPs, que deixe todas as partes tranquilas e satisfeitas por ser uma tarefa titânica, não obstante já se dão os primeiros passos para chegar lá. Um exemplo disso está nas páginas desta edição de Construção Latino-Americana, que mostra como a Colômbia anunciou que no seu plano de concessões rodoviárias conhecido como 4G vai compartilhar metade dos riscos associados com possíveis mudanças tributárias futuras. Além disso, as concessionárias receberão compensações financeiras no caso de que suas obras sejam paralisadas por eventos inesperados. Como chegar a uma equação que proteja ambas as partes? Cristián Peters Editor Construção Latino-Americana KHL Group Américas T. +56-2-28850321 / C. +56-9-77987493 Manquehue Norte 151, of 1108. Las Condes, Santiago, Chile 27/02/2014 15:55:38 Simplemente Confiável Ao manter o design simples e usando tecnologia comprovada, os produtos Skyjack oferecer o melhor retorno sobre o Investiment através de baixo custo de manutenção, facilidade de serviço e mantendo os valores residuais elevados. 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ELABORADO POR TUNELADORAS 29 www.khl.com Sem os produtos para condicionamento de solos, a potência e robustez das imponentes tuneladoras nem sempre são suficientes para una escavação ótima. ISSN 2160-4126 © Copyright KHL Group Americas LLC, 2014 CONSTRUÇÃO VIÁRIA BPA Aplicada para BPA Worldwide é o recurso de verificação de audiência e conhecimento de meios para a indústria global. O processo de auditorias de meios da BPA Worldwide proporciona segurança , conhecimento e benefícios aos proprietários e compradores de meios dedicados ao business to business. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta revista pode ser reproduzida, sem o consentimento prévio por escrito. Construção Latino-Americana se esforça para garantir que o conteúdo editorial e a publicidade da revista sejam verdadeiros e corretos, mas KHL Group Americas LLC não se responsabiliza por qualquer falha e as opiniões expressas, nesta revista, não refletem aquelas da equipe editorial. A editora também não se responsabiliza por situações decorrentes da utilização das informações da revista. O editor não se responsabiliza nem por custos ou danos resultantes do material publicitário não-publicado. A data oficial de publicação é o dia 15 de cada mês. Construção Latino-Americana é publicada 10 vezes por ano por KHL Group Américas, LLC 3726 East Ember Glow Way, Phoenix, AZ 85050, EUA. ASSINATURA: O preço da assinatura anual é US$250. Assinaturas gratuitas são concedidas, sob circulação controlada para os leitores que preencham o formulário de assinatura e que se qualifiquem aos nossos termos de controle. O editor reserva-se o direito de rejeitar assinaturas para os leitores não qualificados. 37 A América Latina está apostando em rodovias de maior duração e melhor qualidade, consequência de uma maior incorporação do financiamento de investidores privados ENTREVISTA: FIIC 44 O novo presidente da Federação, o chileno Juan Ignacio Silva, faz uma análise da situação atual da região. 29 ATUALIDADE: ZOOMLION 49 A companhia inaugurará em breve suas novas instalações em Indaiatuba, interior de São Paulo. ENTREVISTA: HIMOINSA 52 A empresa espanhola inaugurou no início do ano uma fábrica no Brasil e tem ambiciosas expectativas na América Latina INFRAESTRUTURA: AQUEDUTO 55 37 A construção do aqueduto El Realito, no México, mostra que é possível prover água potável a todos na América Latina. EVENTO: RITCHIE BROS. Construcción Latinoamericana también está disponible en español. 22 56 Milhares de equipamentos de construção usados foram vendidos em um dos principais leilões do mercado, entre 17 e 22 de fevereiro em Orlando, Estados Unidos. 44 PARCERIA EVENTO: BRAZIL ROAD EXPO 59 O evento, que acontecerá entre 9 e 11 de abril, contará com a presença de mais de 250 empresas expositoras. APOIO ASSINATURA 61 CLASSIFICADOS 63 56 Março de 2014 Construção Latino-Americana 5 CLA 03 2014 Contents PTG.indd 5 27/02/2014 15:57:02 NOTÍCIAS Princípio de acordo para o Canal do Panamá O presidente da Autoridade do Canal do Panamá, Jorge Quijano, informou que a ACP chegou a um “princípio de acordo em vários temas” com o consórcio Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), o que permitiria a retomada das obras de construção de novas eclusas na ampliação do canal, que se viram praticamente paralisadas durante duas semanas, após o consórcio ter prometido parar caso não recebesse os fundos extras que estava Ssolicitando. EM DESTAQUE MÉXICO Números recentes mostram que a atividade de construção no México está caindo. O valor de produção das empresas construtoras do país baixou 4,4% entre novembro de 2012 e o mesmo mês do ano passado. O dado foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Geografia, na sua pesquisa nacional de empresas construtoras. Decompondo o dado, o relatório aponta que o setor de trabalhos especializados em construção experimentou uma queda de 22,5% no período analisado, e a edificação caiu 6,3%. Somente as obras de engenharia civil tiveram crescimento, com alta de 1,5%. A participação de obras contratadas pelo governo mexicano foi de 51,9%, enquanto contratos privados responderam pelos 48,1% restantes. Numa primeira instância, a ACP pagará ao consórcio US$ 36,8 milhões que servirão para fazer os pagamentos e cumprir obrigações pendentes com provedores desde dezembro. A decisão de retomar as obras se tomou após conversas telefônicas entre a ACP e os diretores das companhias que integram o consórcio, ainda que permaneçam alguns pontos por resolver. Quijano foi claro em dizer que “restam temas a resolver”. Não disse quais nem tampouco foi específico com relação aos prazos. O que sim disse é que espera a participação da seguradora Zurich na solução do conflito e na retomada dos trabalhos. De igual maneira, Quijano disse que a Zurich “ainda não se manifestou de maneira contundente, sabemos que tem a melhor das vontades de fazê-lo e esperamos que se dê nos próximos dias”. “A injeção de US$ 400 milhões é importante para a solução”, disse o presidente da ACP. Segundo ele, sem esse aporte de capital da seguradora, o cofinanciamento das obras pode ficar comprometido. “Os acordos a que chegamos as duas partes possivelmente cairão”(a frase nao tem muito sentido), assinalou Jorge Quijano. A ACP solicitou ao consórcio a retomada das obras logo após a paralisação, mas não foi atendida. A questão de fundo sempre se manteve: o consórcio As obras foram paralisadas pelo consórcio a cargo do projeto no dia 5 de fevereiro. insiste em receber pagamentos extras que totalizam US$ 1,6 bilhão e a ACP se mantém dentro do valor do contrato, que é de US$ 3,11 bilhões. Sob que condições se retomariam os trabalhos, se é que as partes chegassem a algum acordo, até o fechamento dessa edição era desconhecido. ■ Colômbia reduz riscos para o investimento no 4G A Agência Nacional de Infraestrutura da Colômbia (ANI) divulgou regras de diminuição de riscos para as empresas que queiram participar das licitações de seu grande plano de construção rodoviária conhecido como 4G. Em comunicado, a ANI informou que vai compartilhar metade dos riscos associados com possíveis mudanças tributárias futuras. Além disso, as concessionárias das obras receberão compensações financeiras no caso de que suas obras sejam paralisadas por eventos inesperados. As medidas estão desenhadas para atrair mais competidores às licitações que a ANI vai fazer durante o ano. O valor inicial do plano, que pressupõe a construção de 34 autopistas conectando todo o O plano implica investimentos de US$ 24,2 bilhões. país, é de US$ 24,2 bilhões. Mas fontes do mercado dizem que o valor pode ser maior. Há consenso na Colômbia de que o Estado e a banca nacional não conseguirão pagar este plano sem aporte internacional. Por essa razão, a iniciativa está sendo desenvolvida através do sistema de parcerias públicoprivadas com os vencedores dos processos de licitação. Para atrair investidores internacionais, a ANI também tomou iniciativas que diminuem a percepção de riscos associados aos projetos, como uma nova lei de infraestrutura e uma engenharia financeira que oferecerá garantias ao investimento privado. ■ 6 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Latin America News PTG.indd 6 27/02/2014 15:59:39 NOTÍCIAS AGENDA 2014 MARÇO 4-8 / ConExpo-Con/Agg Las Vegas, Estados Unidos www.conexpoconagg.com MOP chileno tem 4.358 projetos em carteira 7-11 / Tube 2014 e Wire 2014 Dusseldorf, Alemanha www.tube.de Enquanto o atual governo do Chile conclui sua gestão em março para dar lugar ao novo governo eleito no ano passado, o Ministério de Obras Públicas (MOP) do país contabiliza uma carteira de projetos de infraestrutura com 4.358 iniciativas divididas em 15 planos regionais. Esse número é produto de uma decisão política de 2011, quando uma grande discussão nacional chegou à conclusão de qual seria a lista de projetos necessários ao Chile para superar deficiências importantes na infraestrutura do país. De acordo com o MOP, 2.340 do total de projetos, o que significa 53,7% do total, estão em alguma fase de execução. Nesse número há desde projetos em avançado estado de obras até outros que acabam de começar os estudos 9-11 / Brazil Road Expo São Paulo, Brasil www.brazilroadexpo.com Avança metrô de Lima MAIO 9-15 / World Tunnel Congress Foz do Iguaçu, Brasil www.wtc2014.com.br A agência peruana responsável pela gestão de investimentos em infraestrutura, ProInversión, divulgou os três consórcios pré-qualificados para a licitação da linha 2 do metrô de Lima. 18-22 / Feicon Batimat 2014 São Paulo, Brasil www.feicon.com.br 26-27 / LatAm Ports & Logistics Summit Cidade do Panamá, Panamá www.latamportssummit.com ABRIL 3 / Ipaf Summit, IAPA Windsor, Reino Unido www.khl.com 3-5 / Feira Construexpo 2014 Caracas, Venezuela www.construexpo.com.ve De acordo com o MOP, 2.340, ou 53,7% do total de projetos em carteira, estão em alguma fase de execução. de viabilidade. Fazem parte dessa grande frente de obras projetos ícone, como a Ponte Chacao, que conectará o território continental chileno à Ilha de Chiloé, ao sul. Além dela, Essa obra é o maior investimento planejado para 2014 no Peru. O orçamento inicial da construção é de US$ 5,7 bilhões. Os três consórcios são: Consórcio Metro de Lima – construtoras ACS (Espanha), FCC (Espanha), Impregilo (Itália), AnsaldoBreta (Itália) e Cosapi (Peru). Consórcio Metro Subterráneo de Lima – Astaldi (Itália) e Controladora de Operaciones de Infraestructura, subsidiária da ICA (México). O orçamento inicial da construção é de US$ 5,7 bilhões. outras obras emblemáticas estão na lista, como a Ponte Industrial da região de Biobío e o melhoramento da estrutura portuária na cidade de Puerto Williams, extremo sul do país. ■ Consórcio Metro de Lima Línea 2 – Odebrecht (Brasil), Andrade Gutierrez (Brasil), Queiroz Galvão (Brasil) e Graña y Montero (Peru). O projeto prevê a construção de 35 quilômetros, estações, uma área de manutenção de trens, instalação elétrica e provimento de material rodante. A linha 2 de Lima conectará com a linha 1 e transportará ao redor de 600 mil pessoas diariamente. A agência ProInversión adiou a data de divulgação dos vencedores do contrato, que antes era dia 28 de fevereiro, ■ para 28 de março. Março de 2014 Construção Latino-Americana 7 CLA 03 2014 Latin America News PTG.indd 7 27/02/2014 15:59:52 NOTÍCIAS Paraguai começa seu plano rodoviário O Ministério de Obras Públicas e Comunicação do Paraguai informou que começaram em fevereiro suas licitações de projetos rodoviários. De acordo com o órgão governamental, cinco projetos vão compor essa primeira etapa. A reforma de 73 quilômetros da rodovia Villeta-Alberdi é um dos principais projetos. O Banco Latinoamericano de Desenvolvimento (CAF) proverá um financiamento de US$ 46 milhões necessários para essa obra. Parte do plano se financiará por obra pública, parte pelo modelo de PPP. Outro projeto é a conexão do Paraguai ao mar pela costa Pacífica, reformando a rodovia Estigarribai-Infante Rivarola, obra também financiada pela CAF com US$ 38 milhões. As licitações também incluirão a reforma da estrada Laguna Grande-Assunção, orçada em US$ 29 milhões, e a construção da ponte Remanso-Limpio, com 6,5 quilômetros, orçada em US$ 3 milhões. Esses dois projetos serão financiados com dívida soberana do Paraguai. O último dos cinco projetos é a construção de um viaduto na capital Assunção. O Ministério também informou que está preparando a regulamentação da lei de PPPs do país, o que deverá Bolívia planeja megaporto no Peru O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou conversações com seu par peruano, Ollanta Humala, para a construção de um megaporto na cidade peruana de Ilo, onde os bolivianos dispõem de diversas facilidades portuárias. Segundo a imprensa local, a ideia do mandatário boliviano é explorar um corredor oceânico que uniria o Atlântico e o Pacífico através de uma via terrestre de 4.700 quilômetros, conectando portos e cidades do Brasil, Bolívia, Peru e Chile. O governo boliviano espera que o Congresso peruano avalize o Protocolo Complementar e de Ampliação aos Convênios de Ilo e seu Acordo por Intercâmbio de Notas, assinados por ambos os países e conhecidos como “Bolíviamar”, datados de 2010, que dá a seu país facilidades para o uso do porto de Ilo. “Tomara que avancemos na resolução de temas pendentes com o Peru para acelerar as exportações por Ilo”, disse Morales em entrevista coletiva no palácio do governo na capital La Paz. Esse protocolo, assinado entre o presidente Evo Morales e o ex-mandatário peruano Alan Garcia, está ainda no Congresso peruano, que tem objeções a respeito da construção de um “anexo militar” num espaço cedido à Bolívia no porto de Ilo. Atualmente, os produtos bolivianos de exportação devem percorrer 7 mil quilômetros até o mar, distância que seria drasticamente encurtada no caso de se concretizar esse grande projeto do governo de ■ Evo Morales. estar pronto pelo meio de março. O governo paraguaio quer mobilizar por meio das PPPs muitos projetos, como hidrovias e ferrovias, além de reformas de outras importantes rodovias do país. ■ EM DESTAQUE CUBA A presidente brasileira Dilma Rousseff inaugurou junto com seu par cubano Raúl Castro a primeira etapa das obras do porto Mariel, na parte oeste da ilha. O terminal portuário se constrói com capital brasileiro outorgado em condições especiais pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição outorgou US$ 682 milhões de um total de US$ 957 milhões do orçamento do porto. Calcula-se que cerca de 400 empresas brasileiras estejam associadas ao projeto. A mais destacada delas é a empreiteira Odebrecht, responsável pela construção da primeira etapa do porto de Mariel. A colaboração econômica entre Brasil e Cuba nunca havia chegado a níveis de investimento como esse. A ideia é conectar o Pacífico e o Atlântico passando também por Brasil e Chile. 8 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Latin America News PTG.indd 8 27/02/2014 16:00:10 A nova perfuratriz de rochas RD525 tem um rendimento superior Forte por fora Inteligente por dentro Os jumbos de perfuração de túneis da DT821 Sandvik atualizados reúnem uma ampla gama de soluções técnicas que melhoraram sua produtividade. O novo sistema de controle TPC561 permite o controle automático da percussão prolongando, assim, a vida útil da ferramenta. A nova e avançada perfuratriz de rochas RD525 da Sandvik oferece um índice de penetração cerca de 17% mais alto e até 40% mais metros por haste*. Os jumbos DT821 são compatíveis com a ferramenta de gestão do processo de perfuração de túneis iSURE®. Encontre-nos na ConExpo estande interno nº 50309 Preparado para melhorar seus resultados de escavação? Leia mais em www.understandingunderground.sandvik.com. *Dependendo das condições da rocha e dos parâmetros de perfuração. Todos os dados medidos em testes de campo. www.construction.sandvik.com Full Page.indd 1 27/02/2014 12:27:57 Full Page.indd 1 27/02/2014 12:28:23 BRASIL Maior revitalização urbana do Brasil chega a 50% de avanço A s obras do mais importante projeto de revitalização urbana atualmente no Brasil chegaram à metade. Trata-se do projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, onde 5 milhões de metros quadrados estão passando por vários melhoramentos. O Porto Maravilha é uma intervenção urbana sobre a antiga região portuária do Rio de Janeiro. Lá, além de um movimento naval marcadamente turístico, há ocupação residencial num grande eixo de comunicação viária entre as zonas centro e norte da cidade. Exatamente por sua antiguidade e a falta de investimentos públicos por décadas, a região se deteriorou. O projeto vai construir novas infraestruturas de todo tipo: eletrificação, esgoto, gás, provimento de água potável, telecomunicações, além de edifícios residenciais e comerciais. Também se constroem duas importantes avenidas, uma expressa e uma secundária. O espaço vai ganhar um museu dedicado às Ciências no Píer Mauá. O mais recente capítulo dessa história foi a demolição do viaduto Elevado da Perimetral, em novembro. Aquela estrutura teve 1.200 metros postos abaixo para dar lugar à nova via expressa. Ali também será construído o sistema ferroviário por onde passará o veículo leve sobre trilhos. Ao todo, o consórcio liderado pela construtora Odebrecht apresenta os seguintes avanços: a via secundária está com 78% de Previsão de como ficará a zona portuária do Rio de Janeiro quando terminar o projeto Porto Maravilha. avanço, enquanto a principal alcançou 51% de progresso e a infraestrutura urbana do entorno tem 20%. O Museu do Amanhã se encontra com 46% de suas obras ■ concluídas. Investimento hoteleiro pode chegar a US$ 2,9 bilhões O calendário de grandes eventos esportivos do Brasil está mobilizando o setor de hotéis, que em obras de ampliação em execução ou planejadas para o futuro breve pode chegar a investir US$ 2,9 bilhões até o fim de 2015. A informação foi dada pelo Fórum de Operadores de Hotéis do Brasil, em evento organizado recentemente em São Paulo. De acordo com a organização, que representa 18% da oferta de quartos em todo o país, o Brasil chegará ao ano de 2016, quando receberá os Jogos Olímpicos Lugares na costa brasileira, como a Bahia, concentram grande parte do investimento em novos hotéis. no Rio de Janeiro, com uma oferta total de 530 mil quartos divididos em 10,1 mil hotéis. Se esse número se concretizar, isso significará o aporte de mais 400 novos empreendimentos ao número total de hotéis, e 60 mil novos EM DESTAQUE ACIDENTE A Liebherr divulgou um relatório no qual rejeita responsabilidades do seu guindaste LR 11350 no acidente que deixou dois mortos na construção da Arena Corinthians, o estádio da cidade de São Paulo para a Copa do Mundo, em novembro de 2013. De acordo com investigações da própria empresa, não havia estabilidade no solo, e isso provocou uma inclinação do guindaste que afinal causou o colapso total do equipamento. quartos à oferta hoje em dia disponível. A maior parte do investimento previsto pelo Fórum estará concentrada nas 12 cidades que receberão jogos da Copa do Mundo esse ano. Nesses casos, os projetos de ampliação e construção de hotéis estão avançados, já que se aproxima o evento em junho próximo. ■ Março de 2014 Construção Latino-Americana 11 CLA 03 2014 Brasil News PTG.indd 11 27/02/2014 16:00:47 Full Page.indd 1 27/02/2014 12:28:52 MUNDO Corrupção na UE custa 120 bilhões de euros por ano A corrupção continua sendo o grande vilão da Europa. O primeiro informe anti-corrupção da União Europeia, que foi divulgado recentemente pela Comissão Europeia, mostra a situação de cada um dos 28 Estados membro, destacando os setores de construção e desenvolvimento urbano como os mais vulneráveis à corrupção. Calcula-se que a corrupção custe para a União EM DESTAQUE CHINA Após dois meses de construção, a China anunciou na primeira quinzena de fevereiro a abertura de sua quarta estação de pesquisa científica na Antártida. A informação foi divulgada pela Administração Estatal Oceânica do país. Na estação foi construída uma pista de aterrissagem de aviões especialmente desenhada para neve e gelo. A nova base, chamada Taishan (nome proveniente de uma montanha sagrada da China que fica na região de Shandong), fica a uma altitude de 2,6 mil metros. A instalação receberá o apoio logístico de outras duas estações chinesas próximas, Zhongshan e Kunlun, e terá capacidade para receber 20 pessoas durante o verão, entre dezembro e março. Europeia 120 bilhões de euros anuais, pouco menos do que o orçamento anual da própria União Europeia. O documento expõe também quais são as medidas anticorrupção em vigor, quais as que oferecem bons resultados, o que pode ser melhorado e de que maneira. O relatório aponta que mais de quatro, entre dez companhias, consideram a corrupção um problema relacionado ao mundo dos negócios, como também ao clientelismo e ao nepotismo. Ao responder se a corrupção era um problema para seus negócios, 50% do setor da construção e 33% do setor de telecomunicações/TI disseram que é um problema grave. O informe também aponta que quanto menor a empresa, mais frequentemente aparecem corrupção e nepotismo como obstáculos a fazer negócios. Também constatou que a corrupção é mais considerada como problema por empresas da República Tcheca (71%), Portugal (68%), Grécia e Eslováquia (66% cada um). O crime organizado é outro dos problemas abordados pelo informe, já que a corrupção entra muitas vezes como um facilitador nesses processos. Os vínculos entre grupos criminosos organizados, empresas e políticos continuam sendo uma preocupação para os Estados membro, tanto a nível regional como local, como também são os contratos públicos, construção, serviços de manutenção, gestão de resíduos e outros setores. Outra conclusão do informe é que a corrupção deveria receber mais atenção por parte dos ■ Estados membro. Japão começa a construir uma barreira de gelo eterna em Fukushima Depois de algumas medições nas água subterrâneas da central nuclear de Fukushima feitas em janeiro, especialistas da empresa Tepco começaram os trabalhos para criação de uma barreira de gelo eterno que terá a função de evitar o vazamento para o oceano de água contaminada com radiação dos reatores danificados. A informação é do canal de TV japonês NHK. No final de março, terminará a primeira etapa dos trabalhos de construção, em que se instalarão tubos de aço a 30 metros de profundidade. Esses tubos receberão um líquido refrigerante, que deverá criar uma espécie de barreira de gelo no subsolo para impedir o vazamento de água contaminada para o oceano. A etapa seguinte começará em maio, e estará enfocada na extração de pelo menos 11 mil toneladas de água radioativa acumulada em túneis sob a central nuclear. Mas isso só vai acontecer se nesse momento a barreira de gelo demonstrar eficácia. Em meados de janeiro, medições da Tepco mostraram um nível recorde de radiação nas águas subterrâneas de Fukushima, equivalente a 2,7 milhões de becquerels por litro. Alguns dias antes, se havia registrado 2,4 milhões de becquerels, e no princípio do mês os números não passavam de 2,2 milhões de becquerels. Esse crescimento causou grande preocupação. O dano na central nuclear de Fukushima foi causado pelo terremoto com tsunami que arrasou a costa noroeste do Japão em março de 2011. Esse foi considerado o maior acidente nuclear depois da catástrofe de Tchernobil em ■ 1986. Março de 2014 Construção Latino-Americana 13 CLA 03 2014 World News PTG.indd 13 27/02/2014 16:02:01 Compactador Volvo. Conforto, visibilidade e desempenho em alto nível. Visite o stand da Volvo na STAND 420 Produzidos no Brasil, os compactadores SD105 apresentam excelente desempenho ao compactar diferentes espessuras e materiais em menos passadas. Suas cabines permitem visibilidade ao redor do equipamento, oferecendo mais segurança e conforto para o operador. É a tecnologia Volvo no caminho da produtividade. Conheça mais sobre os compactadores SD105 em seu distribuidor Volvo. www.volvoce.com facebook.com/volvocebrasil Full Page.indd 1 @VolvoCEGlobal VolvoCEBrazil 27/02/2014 12:29:41 MERCADO John Deere e Hitachi abrem duas novas fábricas no Brasil ohn Deere e Hitachi, fabricantes de equipamentos dos Estados Unidos e Japão, respectivamente, abriram uma nova frente produtiva no Brasil. As marcas têm agora duas novas fábricas na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo. Uma delas será exclusiva para a fabricação de equipamentos de construção John Deere, enquanto a outra será compartilhada pelas duas marcas. O plano das empresas J EM DESTAQUE HAULOTTE A fabricante francesa de plataformas de acesso experimentou aumento nas vendas de 3% no ano de 2013, de acordo com o balanço da companhia. No ano, o valor total de venda de seus equipamentos chegou aos US$ 466 milhões. O bom número foi obtido apesar da queda no último trimestre do ano, quando a Haulotte vendeu 3% menos que o número do trimestre anterior. Os mercados da América Latina e Ásia foram os que mais colaboraram para o crescimento da companhia em 2013. A empresa vê com otimismo o presente exercício, principalmente porque aposta na recuperação econômica da Europa. Se isso se confirmar, a empresa espera números ainda mais positivos em suas vendas desse ano, estimando um crescimento de 10%. O investimento total nas novas instalações alcançou US$ 180 milhões. para abrir fábricas conjuntas no Brasil é conhecido já há alguns anos. Em 2011, as marcas se aliaram para entrar com força no mercado brasileiro e aproveitar os muitos investimentos em infraestrutura. Os equipamentos John Deere que progressivamente passarão a ser produzidos na nova unidade exclusiva da empresa americana são a retroescavadeira 310K e as pás carregadeiras 524K, 544K, 624K, 644K e 724K. Na fábrica compartilhada, vão ser produzidas as escavadeiras 160G, 180G, 210G, 250G e 350G, da John Deere, e as escavadeiras ZX160, ZX180, ZX210, ZX250 e ZX350, da Hitachi Construction Machinery. Além da fabricação desses modelos, a John Deere vai manter a importação ao mercado brasileiro de três modelos de trator de esteira e dois de motoniveladoras. A John Deere tem uma importante posição no mercado de agronegócio brasileiro com seus equipamentos agrícolas. Mas desde o ano de 2011 decidiu entrar com força no mercado de equipamentos de construção do país, estabelecendo uma ampla rede de distribuidores para a venda de seus produtos. A abertura das duas novas fábricas representou um investimento de US$ 180 milhões, dos quais US$ 124 milhões foram aportados pela John Deere e o restante pela ■ Hitachi. Vendas da Manitowoc crescem 3,3% em 2013 As vendas de guindastes da Manitowoc tiveram um aumento de 3,3% durante 2013. A empresa norteamericana gerou receitas de US$ 2,5 bilhões no ano passado. A informação foi divulgada pela própria companhia. As encomendas de novos guindastes no quarto trimestre do ano passado tiveram forte alta em relação ao mesmo período do ano anterior. Nada menos que 30,3% mais equipamentos foram solicitados ao fabricante nesse período, por um montante de US$ 707 milhões. De acordo com os executivos da Manitowoc Cranes, o número de pedidos do quarto trimestre de 2013 foi o mais alto desde a recessão econômica que começou em 2008. Segundo Glenn Tellock, CEO da empresa, “as vendas e os novos pedidos estiveram sólidos no segmento de guindastes por causa da demanda principalmente pelos guindastes ■ torre e sobre esteiras”. O faturamento da companhia alcançou os US$ 2,5 bilhões no ano passado. Março de 2014 Construção Latino-Americana 15 CLA 03 2014 Business News PTG.indd 15 27/02/2014 16:03:47 MERCADO EM DESTAQUE XSPLATTFORMS A empresa holandesa XSPlattforms está lançando na América Latina seu método de montagem de andaimes móveis SafeTower, que de acordo com a companhia reduz drasticamente o risco de acidentes no uso desses equipamentos de acesso. O sistema SafeTower permite ao trabalhador armar o andaime desde dentro, pondo o piso superior enquanto está apoiado sobre o inferior. A diferença é que o sistema provê barras diagonais através dos níveis. Essas barras se conectam às verticais por meio de um novo sistema que a companhia batizou de QuiXSafe. Ele é responsável por manter as barras diagonais fixas e assim fazer uma espécie de caixa onde o trabalhador possa armar o piso superior e subir por uma escada lateral. O ambiente de segurança do andaime estaria garantido mesmo em grandes altitudes. O produto pode ganhar importância no mercado da América Latina, já que como em todo lugar as quedas de altitudes elevadas são o tipo de acidente fatal mais comum na indústria da construção. Mineração afeta resultados da Caterpillar maior fabricante de equipamentos do mundo, a norteamericana Caterpillar, teve magros resultados no exercício passado, explicados pelo desempenho de sua divisão de mineração. O faturamento total da companhia no ano passado alcançou os US$ 55,7 bilhões, o que representou uma queda de 15,5% em comparação ao faturamento percebido em 2012, que tinha sido de US$ 65,9 bilhões. A queda dos lucros foi proporcionalmente maior. Os ganhos obtidos em 2013 somaram US$ 3,79 bilhões, contra os US$ US$ 5,68 bilhões obtidos no ano anterior, ou seja, 33% menos. No quarto trimestre de 2013, as vendas da divisão de equipamentos de mineração chegaram a ser 48% menores A No quarto trimestre de 2013, as vendas da divisão de equipamentos de mineração chegaram a ser 48% menores que no mesmo período de 2012. do que no mesmo período de 2012. Por outro lado, as vendas de equipamentos de construção aumentaram e renderam à Caterpillar um faturamento de US$ 4,85 bilhões. Isso significou 20% a mais do que em 2012. O crescimento das vendas desses equipamentos se verificou em todas as partes do mundo onde está a empresa. De acordo com os executivos, as vendas de equipamentos de mineração deverão se manter estáveis nesse ano, com expectativa de resultados muito parecidos aos do ano passado. Mas as divisões de construção e sistemas de energia esperam gerar novos crescimentos. ■ Atlas Copco no metrô do Chile As obras das duas novas linhas do metrô de Santiago do Chile estão usando um sistema de geração de energia que garante economia de tempo e energia, o que permitirá cumprir mais facilmente os prazos de entrega do projeto. Grandes máquinas tuneladoras estão trabalhando em nove diferentes pontos da capital chilena para abrir as passagens das novas linhas. Ao todo, a linha 3 terá 22,1 quilômetros e a linha 6 terá 15,3 quilômetros. Espera-se que a linha 6 seja entregue em 2016, enquanto a linha 3 entrará em operação um ano mais tarde. Para cumprir com as datas de entrega, a empresa Metro de Santiago tem que programar os trabalhos a tempo completo, 24 horas por sete dias por semana. Obviamente, esse regime de trabalho requer uma geração de energia não desprezível, por isso a empresa decidiu pelos geradores da Atlas Copco. A firma sueca sugeriu ao consórcio responsável pela obra que em lugar de usar um só gerador de 800 kVA por túnel, como estava programado, poderiam usar dois geradores QAS 500 e QAS 325 sincronizados. O controle possibilitado por essa configuração faz com que o gasto de combustível seja mais racional. Além disso, o modo de sincronização permite que os geradores funcionem só quando são necessários. A construtora também constatou benefícios na redução de ruídos ao escavar ■ os túneis. 16 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Business News PTG.indd 16 27/02/2014 16:04:06 CRANES Fale conosco para saber como podemos trabalhar para você. Telefone +55 11 4082 5600 www.terex.com/cranes ENTREGAR SUCESSO é a nossa motivação. Somos um fabricante global com fortes raízes locais e uma ampla linha de produtos que reflete nossa EXPERIÊNCIA de mais de um século. Temos compromisso com a RAPIDEZ, procurando oferecer alto nível de resposta ao cliente e retorno sobre o investimento. Pois, o que realmente interessa são os RESULTADOS dos nossos clientes. © Terex Cranes 2014. Todos os direitos reservados. Terex é marca registrada da Terex Corporation nos Estados Unidos da América do Norte e em muitos outros países. Full Page.indd 1 27/02/2014 12:32:04 PAÍS EM FOCO Após a desvalorização de sua moeda, a nação argentina vive um momento de muita cautela onde o setor da construção ainda não sabe exatamente o que esperar para 2014. Reportagem de Clarise Ardúz. Panorama indefinido I ncerteza. Essa é a palavra que define exatamente o atual momento que vive a construção na Argentina, devido às medidas econômicas e políticas em vigor no país. Pelo menos é o que opinam diversos atores do mercado, sendo que muitos preferem não comentar a situação publicamente porque não tem certeza o que lhes espera para 2014. “É um momento de incerteza que exige dos empresários da construção muita prudência na tomada de decisões”, garante Marcelo Carro, gerente comercial da construtora Rovella Carranza, companhia cuja atividade principal são as obras de infraestrutura, incluindo rodovias, obras de saneamento, projetos hídricos, de arquitetura e de transmissão e distribuição de energia elétrica. O profissional, a pesar de tudo, demonstra positivismo e espera que a situação esteja mais clara em alguns meses. A projeção da companhia é que o ano fechará com “resultados positivos”. “Estes são momentos em que é necessário exercer uma política austera antes que expansiva”, complementa. Assim como o gerente da construtora argentina expressou sua opinião de incerteza no futuro, a própria Câmara Argentina da Construção (CAC) optou por reservar sua opinião pelo momento em relação às expectativas para a indústria. Diante da falta de um panorama certo para os próximos meses, a organização informou sua posição por meio de um e-mail enviado à redação da Construção Latino-Americana pela assessoria de imprensa da mesma. No entanto, é importante reconhecer que 2013 parece não ter terminado mal para o setor da construção na Argentina. “Para Rovella Carranza, 2013 foi um ano no qual se superou o registrado em 2012, tanto em faturamento como em diversificação de projetos”, garante o executivo. O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) publicou um relatório no final de janeiro, sobre a base de medições feitas em dezembro, onde assinala que o setor da construção argentino cresceu, em 2013, 4,6% em relação ao ano anterior, apoiado principalmente na obra pública. Em 2012, a atividade da construção tinha registrado uma baixa de 3,2%. O documento informou também que este fato aconteceu em meio a uma paralisação do setor privado, motivada justamente pela impossibilidade de adquirir dólares, divisa que é referência para o setor de desenvolvimento imobiliário local. Em relação à obras públicas, o mesmo relatório informou que os trabalhos rodoviários cresceram 12,4% no ano e os trabalhos de infraestrutura, 13,5%. Também mostrou uma melhoria no setor habitacional (3,7% interanuais) e o de edifícios para outros destinos (8,4%). A venda dos principais insumos da construção apresentou reativações dispares. No caso do cimento, um dos mais utilizados, as taxas de crescimento foi uma das mais elevadas. Em dezembro mostrou um aumento interanual maior que 16%, fechando 2013 com uma alta acumulada de 11,8%. Com relação às expectativas de curto prazo, estão mantidos os sinais de contração para a obra pública e de uma insuficiente O governo anunciou que investirá mais de US$100 milhões em obras rodoviárias em Mendoza. 18 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Focus Argentina PTG.indd 18 27/02/2014 16:05:10 PAÍS EM FOCO O custo de construir uma casa Procrear subiu cerca de 25% em um ano. A construtora Rovella Carranza, responsável pela construção da ponte sobre o Rio Quinto, em La Rivera, San Luis, não sentiu um grande impacto pelas mudanças na economia do país. situações. Mas, nem todas as empresas do setor têm essa vantagem. A indústria da construção está incluída em uma política de controle estatal de preços do mercado. Há algumas semanas o chefe do gabinete do governo nacional, Jorge Capitanich, se reuniu com representantes da indústria para estabelecer um plano de controle de preços de insumos e materiais de construção, assim como vem tratando de fazer com outros setores da economia do país. ECONOMIA melhoria para as obras privadas. Em relação aos pedidos de autorização de construção, o relatório aponta uma queda de 12,7% em um ano, tomando como referência o mês de dezembro de 2013 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Por sua vez, o Índice Construya (IC), que mede a evolução dos volumes dos produtos para a construção vendidos ao setor privado e fabricados pelas empresas líderes que conformam o Grupo Construya, registrou durante janeiro de 2014 um crescimento de 11% em relação ao mesmo mês de 2012. Foi o sétimo aumento consecutivo de dois dígitos. Cabe lembrar que estão incluídos nessa lista produtos como tijolos cerâmicos, cimento portland, cal, vergalhões, carpintaria de alumínio, pisos e revestimentos cerâmicos, adesivos, pinturas impermeabilizantes, sanitários, torneiras e tubulações de condução de água. nos projetos com uma forte componente de insumos importados. No nosso caso, com exceção dos projetos de energia, o impacto de controle cambial tem sido baixo”, garante o gerente comercial da Rovella Carranza. O profissional explica que a empresa possui uma carteira diversificada de projetos, o que ajuda a minimizar o impacto desse tipo de O Indec anunciou, em fevereiro, que a economia argentina cresceu 4,9% em 2013. A atividade econômica argentina se expandiu 2,7% em dezembro antes do mesmo mês do ano anterior, dado que segundo o organismo, ficou acima do esperado pelo mercado. No entanto, a falta de dólares em todo o país por menores exportações e um investimento externo pobre devido à desconfiança criada pelo intervencionismo econômico do governo, levaram a economia argentina a uma crise cambial que terminou na desvalorização do peso argentino em janeiro. “Essas medidas geram necessariamente incertezas que nos exigem planejar cuidadosamente os passos a seguir em cada um de nossos projetos”, conta Carro. O relatório EMAE (Estimador Mensal da Atividade Econômica) do Indec, da segunda > CONTROLE O controle sobre a compra de dólares é algo que de certa forma vem dificultando o desenvolvimento do setor, apesar de que não necessariamente atinge de maneira igual a todos os que trabalham na construção. “O controle cambial incide negativamente Represa sobre o Rio Quinto, província de San Luis. Obra finalizada em 2011. Março de 2014 Construção Latino-Americana 19 CLA 03 2014 Focus Argentina PTG.indd 19 27/02/2014 16:05:22 PAÍS EM FOCO quinzena de fevereiro, utilizado para medir a variação trimestral do produto interno bruto (PIB), mostrou que o PIB do país caiu 0,2% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao segundo, mas tinha crescido 5,5% frente ao mesmo período de 2012. Cabe lembrar que após a forte crise de 2001-2002, o ritmo de crescimento da economia do país entre 2003 e 2011 cresceu a um ritmo anual médio de 8,3%, apesar de que em 2012 registrou um crescimento de apenas 1,9%. Além disso, este ano, os argentinos presenciaram, em janeiro, uma desvalorização do peso: deixaram de pagar 6,72 pesos para pagar 8,015 pesos pelo dólar oficial, o que gerou um aumento excessivo dos preços internos, com reajustes de até 30%. Segundo algumas projeções, a inflação em 2014 poderia chegar a 40%. PROJEÇÕES Está claro que se torna difícil fazer projeções com cenário como o argentino, mas assim mesmo as empresas e o país, no geral, tentam definir, de alguma maneira, o que poderia se esperar este ano para o setor. “Pretendemos nos estabilizar nos novos mercados tipológicos incorporados em 2013 e consolidar nossa presença no mercado latino-americano. Estimamos manter os níveis de faturamento atuais, mas com o componente estrangeiro jogando um papel mais significativo”, garante o gerente da construtora Rovella Carranza, quem Máquinas trabalhando no projeto Sales de Jujuy, Província de Jujuy, para a obtenção de lítio e potássio. tem uma visão otimista para o futuro da construção no país. Por outro lado, no final de janeiro, após a desvalorização do peso, a imprensa local publicou que o presidente da Câmara Argentina da Construção, Gustavo Weiss, informou que desde o setor se estava esperando que os preços se acomodassem para logo “sair dessa incerteza”. Os preços aos quais se referia eram os de alguns insumos de construção que tivera um aumento devido à desvalorização, já que muitos são produzidos com matéria prima importada ou são máquinas importadas. Segundo o presidente da Câmara, muitos tinham aumentado os preços acima do valor que significava produzi-los. Nesse cenário, os investimentos ficam dependentes do Estado. O chefe do gabinete informou, no final de janeiro, que em infraestrutura o governo pretende investir 138 bilhões de pesos (cerca de US$17,5 bilhões) durante 2014. A nova Casa de Governo da província de San Luis, na Argentina. Primeiro edifício público ecológico do país. Por outro lado, segundo o informe EMAE do Indec, o orçamento geral argentino estima uma expansão do PIB de 6,2% para 2014. PREOCUPAÇÕES Após uma desvalorização e um aumento nos preços, muitos analistas garantem que nos próximos meses a economia do país possa entrar em uma desaceleração e até cair em uma recessão. Baseiam sua opinião, supostamente, no menor consumo e na queda da produção registrada nos últimos tempos em alguns setores chave, como o automotivo. Apesar de tudo o que aconteceu em janeiro, o governo não mudou suas projeções orçamentárias para 2014: 6,2%. No entanto, analistas preveem quedas de até 1,4% para este ano. Há outros que esperam uma recessão pelo menos para o primeiro semestre. Em certas províncias alguns planos de obras públicas e a consequente contratação de trabalhadores, já estão sendo afetados pelas incertezas. Também já se registraram aumentos em tarifas públicas. Muitos preveem também uma deterioração no mercado laboral, com redução de postos de trabalho e uma queda geral da demanda. Muito diferente do registrado no quarto trimestre do ano passado, quando a taxa de desemprego na Argentina ficou em 6,4%, 0,5 pontos percentuais abaixo do nível registrado no mesmo período de 2012 e o valor mais baixo dos últimos 23 anos. O setor da construção trata de tornar realidade um fideicomisso de obra pública, já que aproximadamente 17 mil postos de trabalho estão sustentados apenas pelos planos oficiais de moradia (Procrear e IPV). Também se espera uma crise do setor imobiliário como consequência do mercado ■ cambial. 20 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Focus Argentina PTG.indd 20 27/02/2014 16:05:31 GOLDHOFER HEAVY-DUTY MODULES QUALIFIED SOLUTIONS FOR EXTREME TRANSPORT CHALLENGES. Our heavy-duty modular systems can be individually matched to meet your UHTXLUHPHQWV$W*ROGKRIHUSURYLGLQJTXDOLĺHGVROXWLRQVPHDQVQRWRQO\EXLOGLQJ resilient high quality products, but also giving our customers highly functional solutions for transportation and logistic challenges. Through our comprehensive project engineering and competent after sales program, Goldhofer is there when you really need to get down to business. 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Embora a cifra implique uma leve queda em relação ao ritmo verificado entre 2007 e 2012, continua sendo um panorama bastante robusto para esse material chave na indústria da construção. Com esse prognóstico diante de si é que as empresas fabricantes de equipamentos dedicados ao concreto estão empenhadas em produzi-los sempre mais versáteis, eficientes e produtivos. A nova tecnologia vem tendo um papel muito importante recentemente. Sistemas de navegação inteligente que permitem controlar as máquinas remotamente estão se expandindo para todos os cantos da indústria da construção, sempre com o objetivo de ajudar a melhorar os padrões de eficiência e rendimento. Foi nesse contexto que se aconteceu no fim de janeiro a quadragésima versão da World of Concrete, evento que é realizado anualmente em Las Vegas, Estados Unidos, e que nessa oportunidade, segundo a empresa organizadora Hanley Wood, atraiu 48 mil visitantes e reuniu 1250 expositores, entre os quais esteve a revista Construção Latino-Americana junto a sua editora KHL Group. A feira também teve uma grande programação educativa cujos seminários foram assistidos por mais de 11,5 mil profissionais e público em geral. Segundo o público e os expositores, a afluência de pessoas foi interessante, apesar de considerarem que poderia ser melhor caso não fosse ano de Conexpo-CON/ AGG, que acontecerá pouco mais de um mês depois. Muitos reservaram suas agendas para o grande evento trienal. Ainda assim, as notícias não deixaram a desejar e as empresas chegaram com A companhia de origen alemã Schwing apresentou em seu estande uma ampla variedade de equipamentos de bombeamento. interessantes anúncios ou simplesmente com uma vasta demonstração de suas diferentes linhas de equipamentos. BOMBAS DE CONCRETO As principais empresas provedoras de bombas de concreto estiveram presentes e aproveitaram a ocasião para lançar imponentes modelos, que vão na tendência de buscar maiores alturas. A companhia de origem alemã Schwing apresentou em seu estande uma ampla variedade de equipamentos de bombeamento. A filial americana da empresa está otimista para esse ano. Segundo confirmou Brian Hazelton, CEO da Schwing americana à revista irmã da Construção Latino-Americana, International Construction, considerase aumentar a produção no ano para responder à crescente demanda. “Creio que 2014 será o primeiro ano completo de recuperação, estamos vendo que os clientes estão realmente pensando na renovação de sua frota e em conseguir novos equipamentos para o trabalho. Do ponto de vista da indústria, creio que vamos ver as quantidades dobrarem em relação ao ano passado”, afirmou ele. A empresa manteve conversações com a chinesa XCMG (que adquiriu o controle da Schwing em 2012) para esse incremento 22 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Concrete PTG.indd 22 27/02/2014 16:07:15 CONCRETO O mundo do concreto celebrou sua feira anual em janeiro pasado, em Las Vegas. Segundo David Adams, presidente e CEO da Putzmeister América, “América Latina se estabeleceu em um nível muito alto e se recuperou rapidamente, esperamos que se mantenha bem”. A alemã Liebherr lançou sua nova bomba sobre caminhão 37 R4 XXT. se estabeleceu em um nível muito alto e se recuperou rapidamente, esperamos que se mantenha bem”. Vale lembrar que a filial brasileira recentemente celebrou a produção de seu equipamento número 100, com a saída da fábrica de uma bomba sobre caminhão 36Z de nova geração. Mas, por sua vez, o mercado norteamericano está ainda mais pujante, e Adams espera que o crescimento seja “dramático”. O executivo prognostica um aumento nas vendas de unidades em 50%. Em 2013, foram vendidos cerca de 200 equipamentos naquele mercado, e para 2014 se espera a comercialização de cerca de 300. Cifras que refletem a recuperação da indústria nos Estados Unidos, especialmente se se contrasta com as 22 unidades vendidas no ano de 2011. > na produção, e esta última foi muito receptiva. “A XCMG reconhece nossa força corporativa, e se manteve respeitosa na área do concreto. É uma boa associação, e ganhamos força juntos. Há várias áreas onde podemos conseguir sinergias, como pesquisa e desenvolvimento, e eles também contam com estratégias de fabricação que seriam boas para nós”. A empresa manufatura bombas, caminhões misturadores, usinas batch e recicladoras. “É um mercado competitivo, mas estamos vendo que os clientes estão olhando mais e mais para o custo total do ciclo de vida do equipamento. É importante que as máquinas mantenham seu valor residual também”, assinalou o executivo. Outra empresa que tem boas expectativas para o ano é a Putzmeister. Segundo David Adams, presidente e CEO da Putzmeister America, “a América Latina EMPRESA DESENVOLVE CIMENTO MAIS RESISTENTE Respondendo às necessidades de uma indústria de construção que requer produtos cada vez mais eficientes e de última tecnologia, a Polpaico lançou um novo tipo de cimento que apresenta vantagens competitivas por seu altíssimo nível de resistência a todas as idades, inclusive nos primeiros minutos. Trata-se do “Cimento Polpaico Premium”, fabricado na usina Cerro Blanco, no Chile, que sob a norma chilena 148.Of68 vem a ser um “Cimento Portland Puzolânico, Grau Alta Resistência”, seguindo um rigoroso controle de qualidade tanto de produção como de produto terminado. Essas características de alto rendimento fazem do Cimento Polpaico Premium uma opção para aquelas construções que requerem resistências muito altas, como a edificação em altitude e a obras industriais; elementos pré e pós tensados; shotcrete para túneis, canais e taludes; sistemas construtivos com desmolde a curto prazo; injeções em rocha, solos e dutos de pós-tensado; elementos da indústria do pré-fabricado e outras. O produto, qualificado como Cimento Portland Puzolânico, Grau Alta Resistência, se elabora na usina Cerro Blanco da companhia, no Chile. Março de 2014 Construção Latino-Americana 23 CLA 03 2014 Concrete PTG.indd 23 27/02/2014 16:07:27 VÖGELE SUPER 1800-3 ESPETÁCULAR! A NOVA GERAÇÃO DE VIBROACABADORAS “TRAÇO 3” Os destaques técnicos das novas máquinas ROAD AND MINERAL TECHNOLOGIES Pacote “VÖGELE EcoPlus” que reduz o consumo e ruído. “PaveDock Assistant” que otimiza a comunicação na entrega do material. Barra de encosto flexível “PaveDock” que possibilita uma alimentação segura, sem solavancos. “AutoSet Plus” que prepara a vibroacabadora para transporte na obra e oferece programas de pavimentação pré-definidos. Conceito de comando otimizado ErgoPlus 3 que proporciona mais conforto e transparência. JOSEPH VÖGELE AG Joseph-Vögele-Str. 1 · 67075 Ludwigshafen, Germany Telefone: +49 (0)621 8105 0 · Fax: +49 (0)621 8105 461 · E-Mail: [email protected] www.voegele.info Maxistab: la gama de estabilizadores suplementarios más completa y conocida del mundo por sus características técnicas y funcionales vanguardistas y de alta fiabilidad. 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A empresa também exibiu um amplo leque de equipamentos, e entre suas novidades destacou o Ergonic 2.0, um sistema de controle que está pensado para conservar energia e reduzir as emissões, monitorando a interação entre os estabilizadores, o movimento da lança e as funções da > Palfinger também esteve presente expondo algumas de suas bombas de concreto. O IMPACTO DO CONCRETO NO MEIO AMBIENTE Durante a produção do concreto, existe um alto consumo energético e se produzem grandes volumes de emissões de gases de efeito estufa. Pensando nesse dano ambiental, o Instituto Politécnico Nacional do México está estudando a possibilidade de reduzir o porcentual de cimento na mistura e substitui-lo por subprodutos industriais, como poderiam ser certos tipos de cinza ou rejeitos agrícolas como o bagaço da cana, segundo informou a Agência ID. A pesquisa do Centro Interdisciplinar de Pesquisa para o Desenvolvimento Integral Regional, Unidade Oaxaca, indica que o bagaço pode ser usado para substituir parcialmente o cimento, e que graças a sua composição química, as cinzas do bagaço de cana inclusive poderiam ajudar na hidratação do cimento e produzir materiais que melhorem as propriedades mecânicas e de durabilidade do concreto. “O material foi empregado em laboratório para substituir de maneira parcial o cimento Portland. Para lançá-lo ao mercado, é necessário garantir que suas características cumpram com os requisitos das normas vigentes, de maneira especial no que diz respeito à durabilidade, pelo que se necessitam realizar testes de longa duração”, indica a Agência ID. Entre as companhias provedoras de usinas de concreto, se destaca a mexicana Odisa, junto a seu equipamento Odisa 12, cuja capacidade de produção alcança os 150 m3 por hora. Março de 2014 Construção Latino-Americana 25 CLA 03 2014 Concrete PTG.indd 25 27/02/2014 16:07:48 CONCRETO A Minnich destacou em seu estande sua perfuradora com cinco brocas, que ganhou pintura de carro de Nascar, para traduzir sua rapidez. fabricantes, dependendo do que for requerido pelos clientes. USINA A empresa Tei Rock Drills, do Colorado, Estados Unidos, apresentou algumas de suas soluções para perfuração. bomba. A unidade de controle é maior, mas mais leve que sua antecessora, com uma tela colorida de alta resolução, e também conta com novas características de segurança. Já a também alemã Liebherr lançou sua nova bomba sobre caminhão 37 R4 XXT, que dispõe de um estabilizador XXT estreito, patenteado pela marca. A lança de quatro segmentos e dobrável tem um alcance de até 37 metros e é resistente a torsões, o que assegura uma redução de vibrações ao operá-la em obra. O modelo pode ser equipado com unidades de bombeamento de alto rendimento com três faixas de produção, entre 125 m3/h e 163 m3/h, dependendo da aplicação. Podem ser utilizados chassis de diferentes A perfuradora 210-3 sra da E-Z Drill, equipada con três brocas, combina versatilidade e produtividade. A mexicana Odisa também esteve presente na World of Concrete 2014, e aproveitou a ocasião para expor sua usina de concreto Odisa 12, equipamento que tem uma capacidade de produção de 150 metros cúbicos por hora. A companhia, que marca presença no evento desde 1994, está otimista em relação ao presente exercício e está absorvida em investimentos para uma terceira unidade de produção que estará localizada no estado mexicano de Hidalgo, e que se somará às duas usinas que atualmente funcionam na Cidade do México e em Acuña. Rafael Pescador, diretor geral da empresa, destacou a qualidade dos equipamentos Odisa, que contam com a aprovação da CPMB (a associação de fabricantes de usinas de concreto dos Estados Unidos). Os equipamentos Odisa são as únicas usinas de concreto feitas na América Latina que dispõem dessa certificação, que lhes permite competir no mercado norteamericano. A empresa também está presente na Ásia, Europa e África, além de 25 países latinoamericanos. Seus principais mercados na região são México, Chile, Peru, Panamá e ■ Venezuela. DURABILIDADE Uma interessante apresentação durante a feira foi a de Kevin Yuers, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da Kryton International, que falou da relação entre o concreto e a água, e da necessidade de se inventar impermeabilizantes cada vez mais poderosos. Segundo o executivo, um dos principais inimigos do concreto é a água. A penetração da água pode causar danos às estruturas de concreto de várias maneiras: provocando fendas e fissuras, que podem transportar produtos químicos corrosivos ao aço de reforço. A água pode até mesmo gerar reações expansivas que podem romper o concreto. Para continuar sendo resistente e portanto verdadeiramente sustentável, o núcleo e fundamento do concreto do edifício devem ser protegidos contra a penetração da água. Tendo em vista a fragilidade do concreto ante um agente como a água, Yuers destacou a importância da escolha do sistema impermeabilizante de uma estrutura, considerando-a crítica para o sucesso da construção. Ele disse que tomar as decisões corretas impacta o programa construtivo, os lucros, o prestígio, o risco, e a responsabilidade da empreiteira. Nesse sentido, o executivo se referiu a Krystol Internal Membrane, uma mistura de impermeabilização integral do concreto. Quando se combina com a águam o produto reage formando milhões de cristais em forma de agulha, que crescem e preenchem os poros capilares e microfissuras no concreto, bloqueando o fluxo de água. Como com o tempo e o estresse se formam novas fendas, a umidade entrante faz com que os cristais se reativem, garantindo assim uma impermeabilização contínua ao longo dos anos. 26 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Concrete PTG.indd 26 27/02/2014 16:08:17 Fenação/Silagem Biomassa Paisagismo Reciclagem Orgânica Pipeline Aluguel Mineração de Superfície Manejo de Árvores Infraestrutura Subterrânea Processamento de Resíduos de Madeira Vermeer, o logotipo Vermeer e Equipped to Do More são marcas registradas da Vermeer Manufacturing Company nos Estados Unidos e/ou em outros países. © 2014 Vermeer Corporation. Todos os Direitos Reservados. Full Page.indd 1 EQUIPPEDTODOMORE.com 27/02/2014 12:34:16 Potente, flexível e compacto. O novo Guindaste móvel sobre esteira LR 11000. Excelente capacidade de carga com sistemas de lança variáveis Com o PowerBoom extraordinário aumento da capacidade de carga Componentes otimizados para transportes com pesos até no máximo 45 t Ideal também para utilização em espaços limitados devido ao seu design compacto Liebherr-Werk Ehingen GmbH Postfach 1361 D-89582 Ehingen Tel.: +49 7391 502-0 E-mail: [email protected] www.facebook.com/LiebherrConstruction www.liebherr.com Full Page.indd 1 The Group 27/02/2014 12:34:48 TUNELADORAS Sem os produtos para condicionamento de solos, a potência e a robustez das imponentes tuneladoras nem sempre são suficientes para uma excelente escavação. Reportagem de Clarise Ardúz. Trabalhando em equipe Q uem poderia imaginar que, no geral, uma tuneladora não consegue fazer sozinha o trabalho de escavação de um túnel? Segundo os especialistas, a presença dos produtos conhecidos como ‘aditivos’ é essencial. Apesar de que para aqueles que estão diariamente trabalhando em projetos deste tipo, o uso desses produtos pode ser algo habitual, é pouco o que se conhece em relação ao que fazem exatamente e de que forma ajudam no processo de escavação das grandes tuneladoras. Piero Amaducci, engenheiro especialista em produtos para tuneladoras da HLT Equipamentos Especiais, empresa que representa a marca da fabricante francesa Condat Lubrifiants para o Brasil e a América Latina, explica que o termo ‘aditivos’ é usado com frequência para se referir aos produtos que normalmente contém aditivos em sua composição, os quais têm a função de estabilizar e condicionar o solo a ser escavado, entre outras. A definição de que tipo de produto utilizar vai depender, principalmente, do tipo de solo e do diâmetro do túnel, o que determina também o tipo de tuneladora. Hoje em dia, na América Latina, para diferentes tipos de túneis são utilizadas frequentemente tuneladoras do tipo EPB Shield (Earth Pressure Balance), que se caracterizam pelo fato de perfurar e atuar como suporte primário da frente de escavação, instalando simultaneamente o acabamento estrutural definitivo do túnel. As EPBs, no geral, exigem produtos que condicionam o solo e ajudam na escavação. “Os aditivos são essenciais para a construção de túneis”, garante Carlos Henrique Maia, gerente de produção da Odebrecht. O engenheiro trabalha neste momento no lote 7 das obras da linha 5 do Metrô de São Paulo, no Brasil. “Estamos utilizando uma única máquina EPB com 10,5 metros de diâmetro da alemã Herrenknecht e o uso de > Chegada da tuneladora EPB na Estação Eucaliptos da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo, no dia 28 de janeiro. Claramente pode-se ver o uso de espumas para o condicionamento de solo. > Março de 2014 Construção Latino-Americana 29 CLA 03 2014 Tunnelling PTG.indd 29 27/02/2014 16:10:25 TU T UNELADORAS TUNELADORAS Quatro tuneladoras Robbins estarão participando dos trabalhos do Metrô na cidade de Fortaleza. aditivos é primordial”, comenta. Maia explica que as EPB começaram a ser utilizadas no Brasil em 2007, na construção da linha 4 de São Paulo, e até hoje continuam sendo. “No lote 3 da linha 5, outras duas EPB da Herrenknecht de pouco menos de sete metros de diâmetro também estão colaborando com os trabalhos e estão escavando, neste caso, dois túneis. E para o metrô de Fortaleza, foi fechada uma compra Tuneladora Robbins, que será utilizada no metrô de Fortaleza, Brasil, aspergindo espuma durante teste. de outras quatro EPB da marca Robbins, de sete metros de diâmetro”, acrescenta. OTIMIZADORES DE ESCAVAÇÃO Segundo Hugo Cássio Rocha, presidente do Comitê Brasileiro de Túneis, para realizar uma escavação com uma EPB, “o solo tem que ter liga, plasticidade, tem que ter quase a consistência de uma argila. Para isso, deve-se misturar algo que o leve a ter BRASIL RECEBE EVENTO INTERNACIONAL DE TÚNEIS Os profissionais da área de túneis do mundo todo têm programado um encontro em Foz do Iguaçú, Brasil, de 9 a 15 de maio. A edição do World Tunnel Congress 2014 (WTC 2014) espera receber mais de mil participantes de diversos países do mundo. Cerca de 400 trabalhos foram submetidos a análise pelo Comitê Científico do evento e mais de cem empresas já confirmaram sua presença. “Um congresso como este nos expõe a tecnologias ainda não dominadas no Brasil. É uma grande oportunidade de atualização de profissionais e de empresas”, garante Tarcísio Barreto Celestino, presidente da Comissão Organizadora do WTC 2014. Também haverá um Curso de Treinamento ITA (sigla da Associação Internacional de Túneis), que é algo tradicional nos WTC, com duração de dois dias. O tema escolhido foi Túneis para Energia, devido ao grande número de hidrelétricas em operação e em construção no país. “O Brasil teve um grande salto de qualidade nos últimos tempos com relação à tuneladoras e hoje utilizamos o que há de mais moderno no mercado”, garante Marco Aurélio da Silva, que além de ser coordenador de projetos da Andrade Gutierrez e trabalhar nas obras da Linha 5 do Metrô de São Paulo (lote 3), também pertence à diretoria do Comitê Brasileiro de Túneis (CBT), que promove o evento. O evento terá lugar em maio, em Foz do Iguaçu, Brasil. a consistência ideal”, explica. Piero Amaducci, por outro lado, comenta que existe uma família entre os produtos da Condat que é específica para o tratamento e preparação do solo. “São agentes espumantes e aditivos biodegradáveis que ajudam no condicionamento de solo”, afirma. Acrescenta que há agentes espumantes para cada tipo de geologia. “Há para solos permeáveis e saturados, para somente permeáveis, para solos argilosos e para rocha”, explica. Maia, por sua vez, explica que a granulometria e a quantidade de finos no solo, como também a pressão, são decisivas para escolher o que se deve misturar. “Nós normalmente utilizamos espumas na escavação com EPB, que tem a função de ‘plastificar’ o material escavado”, garante. Segundo o profissional da Odebrecht, em São Paulo predomina o chamado solo mole, composto por areia e argila, considerado um solo instável, pelo qual se torna necessária a pressurização da frente de escavação para não ter um colapso ou um desabamento. “Para que se consiga essa pressurização na frente de escavação é necessário ‘plastificar’ o solo. Então, com a espuma, o solo se transforma em uma pasta que te permite pressurizar com segurança”, garante. O engenheiro informa que os produtos utilizados com essas EPBs também têm a função de lubrificar, para diminuir a abrasão da cabeça de escavação e das ferramentas de corte; e a de refrigerar, para manter a temperatura da frente de escavação o mais baixa possível, protegendo o disco de corte. De acordo com o engenheiro da Odebrecht, as espumas “são como detergentes, são biodegradáveis, e ao serem misturados com água e ar, formam algo que se parece a uma espuma de barbear”. > 30 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Tunnelling PTG.indd 30 27/02/2014 16:11:38 REACHING OUT | ESTÁDIO DO MARACANà Rio de Janeiro VOCÊ PRECISA DE UM SUPORTE DE PRIMEIRA CLASSE PORQUE ELES PRECISAM DE UM ESTÁDIO DE CLASSE MUNDIAL O PROGRESSO E A INOVAÇÃO andam de mãos dadas no Brasil, pensando nisso a JLG criou uma série de tesouras resistentes que enfrentam os desafios diários do canteiro de obras sem sacrificar o desempenho. Com acionamento elétrico direto, a Série RS proporciona mais tempo de funcionamento para uma produtividade maior. www.jlg.com/reachla-25 Full Page.indd 1 27/02/2014 12:42:07 TUNELADORAS A textura das espumas de condicionamento de solo são similares à espuma de barbear. Por outro lado, Maia explica o uso da bentonita, outro produto utilizado na preparação do solo. “É utilizada em solos com granulometria desprovida de finos, com grânulos grossos e pedregulhos, material com o qual é impossível formar a pasta necessária para a escavação com EPB”, explica. Cita como exemplo a máquina utilizada nas obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, que segundo afirma, provavelmente utilizará o produto. “O solo do Rio de Janeiro tem uma areia de praia muito grossa. Por isso, pode ser que não se consiga um condicionamento do solo como meio de sustentação de pressão”, explica. Por outro lado, Zachery Box, engenheiro de mineração da empresa fabricante de tuneladoras Robbins, dá a mesma explicação sobre as espumas e a benonita. Mas acrescenta que a bentonita pode ter também outra função, “pode ser utilizada para selar a passagem da água em caso de uma intervenção necessária na frente da cabeça de corte”, garante. Além de usar bentonita e espumas, as EPBs também podem empregar soluções de polímeros para ajudar no trabalho de escavação. Segundo o engenheiro representante da Condat para o Brasil e a região, “temos produtos com polímeros utilizados em solos úmidos para aumentar a coesão dos finos, outros para absorver água, outros para diminuir a viscosidade e outros para o aumento da velocidade de formação e o fortalecimento do ‘cake’ (pasta) de bentonita”, acrescenta. Além disso, o engenheiro da Robbins explica que os polímeros podem reforçar e colaborar no trabalho de bentonitas e espumas, principalmente para melhorar a estabilidade da espuma ou para ajustar a consistência do solo que circula através da câmara da tuneladora e do parafuso sem fim, que retira o material escavado da parte frontal da máquina. “Os polímeros podem estar presentes nas espumas e também podem colaborar no tema da presença de água”, garante. Por outro lado, Marco Aurélio da Silva, coordenador de projetos da Andrade Gutierrez, quem está trabalhando neste momento no consórcio AG-CCCC da Linha 5 do Metrô de São Paulo (lote 3), > Se trabalha com isto… A autoridade mundial em plataformas de trabalho aéreo Os centros de formação aprovados pela IPAF capacitam mais de 100.000 operadores por ano na utilização segura e eficaz das plataformas aéreas. precisa disto. O cartão PAL da IPAF é reconhecido mundialmente pela Indústria como prova de que o operador foi capacitado segundo os mais altos padrões de segurança e reúne todos os requisitos legais. Localize o seu centro de formação mais próximo em: www.ipaf.org/pt O programa de formação da IPAF para operadores está certificado pela TÜV segundo a norma ISO 18878. CLA 03 2014 Tunnelling PTG.indd 32 27/02/2014 16:13:20 A REFERÊNCIA... ...EM DESEMPENHO, CONFORTO E DESIGN. HD CompactLine • Condições perfeitas de visão • Elevado conforto de condução • Desempenho de compactação com qualidade de topo • Comando intuitivo ROAD AND MINERAL TECHNOLOGIES www.hamm.eu Hamm AG Hammstr. 1 . D-95643 Tirschenreuth Telefone: +49 (0) 96 31 80 - 0 . E-Mail: [email protected] 2 HPH.indd 1 27/02/2014 14:13:30 TUNELADORAS No lote 3 da Linha 5 do Metrô de São Paulo, duas EPB Herrenknecht de pouco menos de 7 metros de diâmetro estão colaborando nos trabalhos de escavação dos túneis. explica que muitas vezes se torna necessário utilizar todos os componentes em uma mesma escavação: água, ar, bentonita e tensoativos (tipo de detergente que, junto com água e ar, gera a espuma). “Muitas vezes se utilizam todos os componentes juntos em proporções que variam de acordo com as necessidades de aplicação”, acrescenta. O presidente do Comitê Brasileiro de Túneis também apresenta outro quadro. “Os polímeros, muitas vezes, podem também substituir a bentonita”, garante. RECOMENDAÇÕES Box, da Robbins, garante que é muito difícil que uma empresa fabricante de tuneladoras recomende um tipo de produto para o condicionamento de solo. Mas garante que as espumas, na América Latina, são as mais utilizadas. Comenta também que esses produtos “ajudam a um menor desgaste das ferramentas de corte, o que faz com que haja menos intervenções na máquina e se alcance uma escavação mais rápida. Garantem um ambiente seguro, reduzem custos e tempo de escavação, controlando o terreno enquanto se escava”. O engenheiro da Robbins garante que o recomendável é coletar uma mostra de solo e enviá-la a uma análise preliminar para ter ideia dos parâmetros operacionais antes de começar a escavar. “A empresa fornecedora dos produtos seguramente orientará na escolha do aditivo apropriado de acordo com as condições do solo”, afirma. O coordenador de projetos do consorcio AG-CCCC, confirma que isso é o que normalmente acontece. “O mais comum é que se façam coletas de amostras representativas do solo que será escavado. Os diversos fornecedores desses produtos promovem diversos ensaios e chegam a uma proporção ideal de mistura de seus produtos. Em base a essa avaliação, estimase o consumo dos produtos e então se ■ calculam os custos”, garante. TECNOLOGIA INNOVADORA para a indústria das gruas e levantamento Os sistemas sem fio e com fio que estão revolucionando a segurança guindaste LMI | CAR CARGA RGA | VENTO VE ENTO | A A2B 2B |  ÂNGULO NGULO O | ROTAÇÃO RO | CARRETÉIS DE CABO | TRANSMISSORES | MAIS Sensores e Telas Sem Fio Sensores e Telas Cabladas S Soluções EEspecializadas ccom Câmaras EUA – Canadá – Reino Unido – Dubai – Austrália www.loadsystems.com | www.lsirobway.com CLA 03 2014 Tunnelling PTG.indd 34 Sistemas Anti-colisão para A Guindastes de Torre Tel: +1 281.664.1330 [email protected] 27/02/2014 16:13:30 Full Page.indd 1 27/02/2014 10:06:26 A BASE DE TUDO INOVAÇÃO UÊ -ÃÌi>ÊÛLÀ>ÌÀÊiÝVÕÃÛÊ >Ì®ÊÌ«Ê«`°Ê w?Ûi]ÊÀiµÕiÀÊÕÌÊ«ÕV>Ê>ÕÌiXK° UÊ -ÃÌi>Ê`iÊLL>ÃÊ`Õ«>ÃÊ«À«ÀV>ÊyÕÝÊ`i«i`iÌiÊ«>À>ÊiÝVi«V>ÊÌÀ>XKÊiÊ«>À>ÊÊVw?ÛiÊÃÃÌi>ÊÛLÀ>ÌÀ° UÊ -ÃÌi>Ê«V>Ê`iÊi`XKÊ`iÊ «>VÌ>XKÊV >>`Ê*°ÊÊ«>Êv>Ý>Ê`iÊ>«V>XKÊiÊiÃÊÛ>À>L`>`iʵÕiÊÃÊÊ ÃÃÌi>ÃÊL>Ãi>`ÃÊÊ>ViiÀiÌÀ° Ê Ì>ÌiÊÃiÕÊ`ÃÌÀLÕ`ÀÊ«>À>Ê>ÃÊvÀ>VªiÃÊiÊ«XªiÃÊ`iÊ>Õ}Õi° Entre em contato conosco acessando www.cat.com/paving v>ViL°VÉ /*>Û} ÞÕÌÕLi°VÉ /*>Û} R QPXC1735 CAT, CATERPILLAR, seus respectivos logotipos, o “Amarelo Caterpillar”, a configuração comercial “Power Edge” bem como a identidade corporativa e do produto usada nesta publicação, são marcas registradas da Caterpillar e não podem ser usadas sem permissão. Full Page.indd 1 27/02/2014 12:42:49 CONSTRUÇÃO VIÁRIA Reter o valor A América Latina já não quer seguir investindo em estradas que durem menos de dez anos. Para isso, é necessário percorrer um longo caminho. Reportagem de Fausto Oliveira. Como evitar que a realidade das estradas da América Latina seja a desta rua em Anápolis, estado de Goiás? E stações de chuvas fortes, verões impossivelmente quentes, tremores de terra. A esses fatores naturais muito presentes na América Latina e que são velhos conhecidos dos cidadãos, se somam empresas e governos com uma tradição de investir pouco e mal. Assim, se construiu na região um cenário em que a maioria dos países vê seu desenvolvimento atrasado pelas más condições de suas rodovias. Mas A Volvo lançará ao mercado latinoamericano novos equipamentos de construção rodoviária esse ano, entre eles a vibroacabadora ABG 2820. as estradas em mau estado não causam apenas um dano econômico, muitas vezes provocam a perda de vidas em acidentes que de outra forma não ocorreriam. Por tudo isso, a América Latina diz basta. Os países da região querem, necessitam e só aceitarão que as futuras gerações conduzam suas vidas e suas economias sobre uma estrutura rodoviária que corresponda ao valor de investimento que costumam demandar. Nessa direção apontam os vários planos de obra rodoviária que praticamente todos os governos da região vêm anunciando nos últimos anos. Mas os planos em si mesmos não são suficientes para responder a pergunta: como podemos ter uma infraestrutura viária confiável, de qualidade e que possa durar décadas, em lugar de somente alguns poucos anos? VALORES É muito comum fazer comparações entre a qualidade das vias na Europa ou Estados Unidos aos países latino-americanos. Sempre, obviamente, com resultados favoráveis às autopistas do norte, que se mantêm úteis por um longo tempo enquanto a infraestrutura viária regional sente os anos passando com mais efeitos negativos. Por outro lado, se se compara o valor investido por quilômetro na construção de vias, a comparação é ainda mais negativa para a América Latina. Enquanto um quilômetro de pavimento asfáltico em um país como a Alemanha pode custar ao redor de US$ 200 mil, o mesmo quilômetro, muitas vezes mal acabado, custa cerca de US$ 1 milhão nessa parte do mundo. O problema é que não se pode terminar a discussão nas comparações financeiras. Por trás dos valores em dinheiro, há valores culturais profundamente enraizados que fazem com que o custo das vias latinoamericanas seja na realidade muito maior do que o que as cifras são capazes de expressar. Mauro Beligni é um engenheiro brasileiro > Março de 2014 Construção Latino-Americana 37 CLA 03 2014 Roadbuilding PTG.indd 37 28/02/2014 09:52:59 CONSTRUÇÃO VIÁRIA A empresa sueca introduz modificações nas motoniveladoras oferecidas à América Latina, que agora terão joystick opcional. especializado em construção rodoviária. Sua empresa, TecPav, é uma consultora que orienta projetos rodoviários em todo o país mas que também trabalhou na Europa e outro países da América Latina. Para ele, o primeiro ponto que temos que mudar é de caráter cultural. “Na nossa região, os projetos de pavimento asfáltico em geral se fazem para períodos de dez anos. Para pavimentos de concreto, se usa como período de projeto uma margem de tempo de 20 anos. É muito pouco. Na Europa, se fazem pavimentos para durar até 40 anos sem nenhuma intervenção. É necessário mudar as normas dos projetos para que tenhamos vias com melhor desempenho por mais longo prazo”, diz. Como argumento contrário a essa posição, VOLVO ROAD INSTITUTE VAI TREINAR OPERADORES BRASILEIROS A firma sueca de equipamentos de construção começa seu 2014 agregando mais qualidade na construção rodoviária brasileira, por meio da inauguração do Volvo Road Institute. O novo centro de treinamento em Curitiba receberá operadores de todos os tipos de máquina de construção viária para cursos e processos de capacitação. Uma pista em formato de R oferecerá as condições de curva e declividade próprias para a aprendizagem e especialização na operação das novas vibroacabadoras, motoniveladoras e rolos compactadores da Volvo. Com a iniciativa, a Volvo quer afirmar a entrada de seus equipamentos de construção rodoviária no Brasil. Mas também ataca um problema cada dia mais sério no mundo da construção em geral, que é a falta de mão de obra especializada. em geral se diz que o investimento inicial é muito mais alto. Sim, é. Mas quando faz as contas, o especialista vem a confirmar o velho ditado de que o barato sai caro. “Uma rodovia para 120 quilômetros por hora pode nos custar US$ 1 milhão por quilômetro para dez anos. Se fosse projetada para 40 anos, poderia custar 40% ou até 50% mais. Mas o que fazemos é investir US$ 1 milhão em pavimento de dez anos que muitas vezes não dura nem cinco. Em cada reparação, a cada cinco ou seis anos, pode-se gastar US$ 300 mil ou US$ 400 mil mais”, afirma Beligni. MODELO Grande parte desse problema reside no modelo de construção rodoviária que temos historicamente na região. Tão simples como de curto prazo, o modelo de obra púbica, no qual o Estado se responsabiliza exclusivamente pela construção, parece não atender os requisitos de uma América Latina que precisa crescer a passos largos. Afortunadamente, mais e mais governos estão percebendo que convidar o investimento privado para essa área vital da infraestrutura trará mais benefícios para todos. É o que aponta Afrânio Chueire, presidente da Volvo Construction Equipment Latin America. Para o executivo da fabricante de equipamentos, “é uma boa notícia que países como a Colômbia e o Brasil estejam planejando sua expansão rodoviária por meio de concessões. Com elas, se sabe que o investimento tem que dar retorno em 30 anos de concessão. Para isso, o pavimento > A Bomag adquiriu a divisão de construção rodoviária da Terex. A pavimentadora Cedarapids agora é parte de seu portfólio de equipamentos. 38 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Roadbuilding PTG.indd 38 28/02/2014 09:53:27 A GENTE SE ATREVE A SER DIFERENTE, VOCÊ PODE SER O MELHOR. Gostaríamos de te contar sobre as novas características inovadoras do Roudtec Shuttle Buggy™ MTV, que possui uma área de broca 38% maior e todos os pisos da transportadora são feitos de placa de carbonetos de cromo. Também gostaríamos de informar que nossas correntes são mais fortes com pinhões mais novos. Mas o que realmente nos diferencia da concorrência é que oferecemos o apoio que representa a garantia estendida líder na indústria: EDGE ™, que oferece 3 anos ou 3 mil horas ilimitadas e sem divisão. Roadtec te reembolsará os custos de mão de obra e cobrirá tudo, com exceção das peças de reposição. É dessa forma que a gente se ATREVE A SER DIFERENTE. Full Page.indd 1 Para mais informações rdtc.co/mcdeJ # 50327 De 4 a 8 de março, Las Vegas NV. EUA 27/02/2014 12:45:38 5700-C Meio-fio & Vala SF-1700 Ruas Residencias & Caminhos Rurais 5700-C Barreira Reforçada 5700-C Barreira & Parapeito SF-3000 Rodovias & Pistas de Aterrissagem de Aeroportos 5700-C Pavimentação 3D Sem Mesa 5700-C Calçadas 5700-C Barreiras de Cabos e Tiras sem Corte SF-2700 Vias urbanas & Rodovias MAIS DE 60 ANOS DE INOVAÇÃO 704.636.5871 319.987.3070 www.powercurbers.com Full Page.indd 1 27/02/2014 12:45:58 CONSTRUÇÃO VIÁRIA região. De igual maneira, os fabricantes de equipamentos de construção viária olham a América Latina com interesse e atenção. Sua contribuição, especificamente, pode ser decisiva para o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária latino-americana. A pavimentadora Vögele S-1800-3 está disponível na América Latina através da Ciber, subsidiária do Grupo Wirtgen. tem que ter boa qualidade e não exigir muita manutenção”. De fato a Colômbia, com sua quarta geração de concessões rodoviárias, parece levar muito a sério o tema de modelar bem sua construção rodoviária. No Brasil, o governo apenas recentemente recomeçou um programa de concessões rodoviárias. No Chile, o panorama continua sendo amplamente favorável às concessões, com projetos destacados como a autopista Vespúcio Oriente, que fechará o anel viário de Santiago, saindo a licitação esse ano. No Peru, desde 1994, quando se outorgou a concessão da rodovia Arequipa-Matarani, o governo realiza seguidas concessões viárias sob o modelo de BOT (build, operate and transfer), que supõe construção e operação do concessionário por tempo determinado para então transferir a via ao Estado. O Paraguai agora se une ao grupo, anunciando importantes investimentos em rodovias, uma parte financiada com dívida soberana e outra por meio de sua nova lei de PPPs. Progride na América Latina o modelo de construção e operação rodoviária que DESEMPENHO E ECONOMIA garante estradas de melhor qualidade e por mais tempo para a população. Isso faz ressurgir a esperança de minorar as perdas econômicas e o atraso estrutural que sempre tivemos pela visão de curto prazo nesse assunto tão fundamental. A indústria percebe o momento. Não é à toa que muitas construtoras da Europa vencem contrato atrás de contrato nos países da Os fabricantes de equipamentos sabem o que esperam deles os governos e as empresas construtoras que receberão as concessões. Todos querem máquinas de alto desempenho e que sejam realmente capazes de reduzir custos e gerar melhores taxas de retorno e retenção dos investimentos rodoviários. Cada um deles responde essa demanda de uma maneira. A Ciber Equipamentos Rodoviários, filial brasileira do Grupo Wirtgen, está presente em toda a região com os equipamentos de sua matriz alemã. Sempre enfocada na > BOMAG E A APOSTA PELO CONTROLE Com mais de 50 anos fabricando quase todos os tipos de equipamentos de construção viária, a fabricante de origem francesa Bomag renovou seu compromisso com o mercado latino-americano e a construção rodoviária ao adquirir parte dos equipamentos viários da Terex Road Building no Brasil em 2013. O acordo garantiu à Bomag uma nova fábrica em Porto Alegre, onde produz usinas de asfalto e máquinas pavimentadoras. A empresa aposta nas tecnologias de controle de dados como uma característica que pode fazer a diferença quando se pensa em desempenho. Dois exemplos são seus sistemas Variocontrol e Asphalt Manager. O primeiro é um sistema aplicado na compactação de solos, que provê ao operador dados com alta precisão sobre as variações de inclinação do terreno, evitando assim falhas estruturais. Já o Asphalt Manager é uma tecnologia para rolos compactadores de tipo Tandem. Enquanto passa o compactador, o sistema mede continuamente a capacidade do solo para suportar a carga imposta pelo rolo, que por sua vez põe sempre a carga máxima possível. Além disso, o compactador com Asphalt Manager oferece dados em tempo real ao operador que indicam a temperatura do asfalto, a velocidade do compactador, e a amplitude efetiva em uso. “Muitos clientes usam rolos Bomag com Asphalt Manager como equipamentos de medição e teste, para verificar o limite de carga oferecido pelo solo antes de pavimentar, evitando assim reclamações futuras pelo rompimento do asfalto devido a uma compactação não profissional”, diz o gerente de vendas para Europa e América Latina da Bomag, Stefan Karbach. Um rolo compactador Tandem da Bomag, equipado com a tecnologia Asphalt Manager. O sistema gera dados em tempo real ao operador. Março de 2014 Construção Latino-Americana 41 CLA 03 2014 Roadbuilding PTG.indd 41 27/02/2014 16:14:40 CONSTRUÇÃO VIÁRIA qualidade, a empresa mantém sua história e seu nome na América Latina através de sucessivos lançamentos. O mais recente lançamento na região é a Geração -3 da marca Vögele. Segundo a companhia, se trata de pavimentadoras que combinam melhorias ergonômicas para o operador com um menor consumo de combustível. Além de pôr o asfalto sobre a via, as novas máquinas Vögele o nivelam e précompactam. A tecnologia está disponível em três modelos de pavimentadoras sobre esteiras, as S-1100-3, S-1300-3 e S-1800-3, e também em dois modelos sobre rodas, a S-1103-3 e a S-1303-3. Outra empresa que se destaca por sua forte presença com equipamentos de qualidade na América Latina é a Volvo Construction Equipment. A firma de origem sueca apresentará na feira Brazil Road Expo 2014, em abril, dois modelos de vibroacabadoras que lançará ao mercado latino-americano. São eles a ABG 2820 e ABG 5820. De acordo com o presidente da companhia para a América Latina, “a ABG podemos considerar como a melhor vibroacabadora do mercado, que produz o melhor acabamento do pavimento”, diz Afrânio Chueire. Mas não param aí as novidades da Volvo para o mercado regional. O executivo também informou que a partir desse ano as motoniveladoras da marca virão com a opção de joystick além do volante. A Volvo também vai ampliar sua linha de rolos compactadores. “Essa é a nossa proposta de negócio: oferecer a linha completa de equipamentos para o cliente de toda a América Latina. Já tínhamos as motoniveladoras e os rolos compactadores de solo e de asfalto, e agora teremos também A nova pavimentadora de concreto GOMACO 9500 traz o sistema de automação G+. as vibroacabadoras”, afirma o executivo. Mas aquela que talvez seja sua maior contribuição à construção rodoviária na região é o lançamento de um novo centro de treinamento de operadores em máquinas viárias, o Volvo Road Institute, em Curitiba. (ver box) Por sua vez, Astec Inc., dos Estados Unidos, vem expandindo sua presença no mercado rodoviário latino-americano tanto com suas usinas de asfalto como com seus equipamentos de pavimentação marca Roadtec. Seu mais recente lançamento é a usina de asfalto Voyager 120. O equipamento é compacto e móvel, o que possibilita atender demandas com mais rapidez. Além disso, seguindo a orientação de outros equipamentos Astec de produção de asfalto, a Voyager 120 é capaz de produzir massa asfáltica com até 30% de asfalto reciclado (RAP, na sigla em inglês). De acordo com o vice-presidente executivo da Astec Inc., Steve Claude, “o uso do RAP cresce em escala global, junto com os benefícios que ele gera em termos de sustentabilidade e economias significativas para as construtoras e autoridades públicas”. Também a Gomaco, que se especializa na pavimentação de concreto, investe na automação e tecnologia para gerar economia e eficiência em seus equipamentos. Na última feira World of Concrete, nos Estados Unidos, a fabricante apresentou seu sistema de controle automático G+. Progressivamente, mais máquinas Gomaco vêm recebendo esse componente, que além de aumentar a precisão do pavimento, gera economia para as empreiteiras que podem usar menos mão de obra na pavimentação. De acordo com a companhia, o sistema G+ é compatível com os sistemas 3D de controle e preparação de terreno de marcas como Topcon, Leica e Trimble, o que evita mudanças caras para o usuário de equipamentos Gomaco. Em toda a cadeia da construção rodoviária latino-americana, percebe-se a necessidade de melhorar os padrões para vencer o atraso histórico da região. Desde os projetos governamentais, passando por processos licitatórios e o bom uso dos equipamentos avançados de pavimentação e compactação, os caminhos do futuro requerem mais atenção no momento de investir para que por eles passem mais benefícios do que ■ perdas. A usina de asfalto Voyager 120 da Astec pode produzir mistura asfáltica com até 30% de reciclado. 42 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Roadbuilding PTG.indd 42 27/02/2014 16:15:18 FALTA ALGUMA COISA? isso não vai acontecer com o sistema spectra® da tensar. é mais que geomalha. é a solução completa para o reforço de vias. Para vias pavimentadas ou não pavimentadas com baixo custo de construção, menos exigências de manutenção e com maior duração, você precisa mais do que apenas materiais, precisa de uma solução completa. O Sistema Spectra,® que inclui a geomalha TriAx,® oferece uma capa estabilizada mecanicamente (MSL) que otimiza o design, reduz a espessura da base e agregados e melhora os intervalos de manutenção. É o único sistema completo com todos os componentes necessários: avaliação na obra, desenho, especificação, geomalha e assistência no local. O Sistema Spectra,® que inclui a Geomalha TriAx,® desenhada para otimizar a estrutura total do pavimento. agor a com g e om a l h a Não perca a solução completa de reforço de vias da Tensar International. Para mais informações ligue para 1-770-344-2090, e-mail [email protected] ou acesse www.tensarcorp.com/Spectra_CLA. ©2013, Tensar International Corporation. TENSAR, SPECTRA and TRIAX are registered trademarks. Full Page.indd 1 FP-SCLA4C13 27/02/2014 12:47:07 ENTREVISTA “Precisamos de empresas maiores e mais competitivas” O presidente da FIIC, o chileno Juan Ignacio Silva, analisa a situação na região e convoca à busca de mecanismos para competir com força no desenvolvimento do mercado latino-americano. Reportagem de Cristián Peters. C onseguir que as construtoras latino-americanas comecem a procurar formas de parceria para tornar suas empresas maiores e mais competitivas é um dos principais objetivos que Juan Ignacio Silva assumiu para os seus dois anos de gestão, os quais tiveram início em outubro ao tomar posse como presidente da Federação Interamericana de Indústrias da Construção (FIIC), entidade que está composta por 18 Câmaras da Construção da região. O executivo chileno, presidente de uma das companhias construtoras mais antigas do país austral, Desco -fundada em 1938-, conta com uma ampla trajetória no setor e aplicará sua ampla experiência para que a indústria latino-americana possa aproveitar a fundo seu potencial. Apesar de que Silva celebra as aquisições entre empresas como via legítima de crescimento, acredita que também se deve explorar outras opções, como podem ser as associações para compartir mercados, e exemplifica seu objetivo com a fusão realizada pelas linhas aéreas TAM e LAN. O importante, afirma, é que as empresas construtoras latino-americanas consigam alcançar um tamanho maior e sejam mais competitivas para o mercado. Também pretende que se tornem mais competitivas para o mercado e que se convertam em atores primordiais no processo de desenvolvimento regional. Nesse sentido, garante, a FIIC tem uma grande tarefa como agente de integração. A Federação, que em novembro cumpre 44 anos, tem o objetivo de promover o desenvolvimento do setor da construção na região, incentivar o intercâmbio de experiências de interesse comum, aprofundar a integração e empreender 44 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 FIIC PTG.indd 44 27/02/2014 16:36:39 ENTREVISTA estratégias com entidades internacionais. É nessa tarefa que o presidente da FIIC está dando mais ênfase na relação do organismo com os diferentes bancos de desenvolvimento, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e o Banco Mundial. Durante uma entrevista com a Construção Latino-Americana, Silva deu detalhes de sua visão e propósitos como presidente da Federação. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS DESAFIOS DE SUA GESTÃO? Promover o desenvolvimento da indústria da construção interamericana é o principal objetivo de Juan Ignacio Silva, como presidente da Federação. Promover o desenvolvimento da indústria da construção interamericana, fomentando o desenvolvimento técnico, a inovação e o conhecimento dos avanços que registram os países membros são alguns dos desafios permanentes da Federação e formam parte da tarefa. Pretendo, durante este período de dois anos como presidente, colocar um especial foco na parceria entre os empresários da região. Pretendemos melhorar o conhecimento entre os empresários do setor, encontrar mecanismos mais dinâmicos de parceria e buscar fórmulas para gerar empresas maiores que competem com empresas de fora da região. Como exemplo, não pode ser que das 150 maiores empresas de construção do mundo, apenas cinco sejam da nossa região, sendo que representamos 10% do PIB mundial da construção. Há muito por fazer e eu gostaria de avançar nesse assunto. A competitividade das empresas, não apenas está determinada pela sua eficiência, inovação, capacidade de gestão, liderança em seu próprio país. Também está determinado pelo seu tamanho. ESPERA-SE AUMENTAR ESSA PARTICIPAÇÃO? Minha impressão é que essa porcentagem deveria se manter em termos globais, a pesar de que, no geral, tem sido registrada uma desaceleração da atividade regional durante 2013. Baseio essa opinião em parte no efeito que ainda projetam grandes investimentos no setor como são as obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil, assim como muitos projetos de mineração em implantação (que exigem obras civis), especialmente no Peru e no Chile, apenas por citar obras de grande impacto. Por outro lado, a indústria europeia vem passando por um período muito difícil, o que tem feito diminuir seu peso relativo mundial, o qual, em um contexto de um menor movimento mundial, compensa em certa forma nossa caída. COMO SE DEVE RESPONDER AO NOVO CENÁRIO? Não sendo economista, apenas posso fazer > Março de 2014 Construção Latino-Americana 45 CLA 03 2014 FIIC PTG.indd 45 27/02/2014 16:36:53 ENTREVISTA reflexões desde o mundo da construção. Durante a última década, a América Latina tem experimentado um crescimento sustentável que ajudado no crescimento do PIB na equação mundial, com acréscimos no comércio e nos investimentos. Uma das consequências mais evidentes deste crescimento tem sido a diminuição da pobreza e a incorporação de milhões de pessoas à classe média, o que por sua vez tem apresentado grande impacto na demanda de bens e serviços, começando pela moradia e infraestrutura. Nesse contexto, os setores da construção e da infraestrutura têm tido um papel preponderante em sustentar e impulsionar o crescimento. Isso, por seu efeito multiplicador na economia (postos de trabalho, demanda por insumos) e também porque gera as condições (estradas, portos, aeroportos, etc.) para permitir a atividade econômica e melhorar a competitividade. Nesses momentos efetivamente a atividade tem decaído em comparação com o resto dos setores, apesar de que em vários dos países essa caída tem se atenuado pela permanência de uma forte demanda interna. Acredito que é possível e deve-se fortalecer a economia regional impulsionando a infraestrutura. O BID assinala que para PERFIL Juan Ignacio Silva estudou na Universidade Católica do Chile, onde formou como Engenheiro Civil de Indústrias, com menção em Construção. Em 1978, começou a trabalhar na empresa construtora Desco, empresa na que logo de passar por diversos cargos, exerce hoje, desde 1996, a presidência. Desde jovem tem demonstrado uma forte tendência por associações e, em 1976, foi presidente do centro de alunos da Escola de Engenharia. Além disso, é conselheiro nacional permanente da Câmara Chilena da Construção, entidade da que também foi presidente entre 2000 e 2001, presidiu a Caixa de Compensação de Los Andes entre 1998 e 2000 e foi diretor da AFP Habitat (fundos de pensão) entre 2003 e 2009, entre outras. sustentar seu crescimento, a região deveria investir cerca de US$200 bilhões a cada ano e isso não está acontecendo. Isso se manifesta em crescentes gargalos que encarecem a exportação de nossos produtos, Tornando-nos menos competitivos, ou nos impedem diretamente de desenvolver certas atividades. Os governos tem a responsabilidade principal de gerar as condições para impulsar essas obras, tanto com o investimento direto de recursos como com o concurso de fundos privados. Isso é crítico porque senão todos esses anos em que nossa região tem aumentado sua participação global e reduzido a pobreza podem se frear e também retroceder. O problema também é transversal a todos nossos países, alguns dos quais tem tomado medidas, como o Brasil, que abriram um ambicioso processo de licitações em obras de infraestrutura. QUAL É A POSIÇÃO DA FIIC EM RELAÇÃO ÀS PPPS? A Federação é um interlocutor com os diversos bancos de desenvolvimento. Busca se relacionar com o BID e a CAF, assim como com a CICA (Confederation of International Contractors’ Associations) e com o Banco Mundial. Está sempre preocupado com a integração regional de infraestrutura, através da Unasur e Cosiplan. A participação nas políticas públicas de cada país, apesar de serem de interesse, se desenvolve diretamente por meio de cada Câmara da Construção. Nesse aspecto, a FIIC oferece difusão constante entre seus membros para as boas práticas e também para os desacertos que as Câmaras transmitem com frequência. O objetivo é aproveitar o máximo possível as experiências de cada país. Com relação às PPPs, em teoria, o setor público deveria proporcionar integral e eficientemente para toda a população a infraestrutura e os serviços públicos. No entanto, por diversas razões –financeiras e de eficácia- foram criadas essas modalidades de participação do investimento privado nas quais se incorporam experiência, conhecimentos, equipamentos, tecnologia, e se distribuem riscos e recursos, privados, para criar, desenvolver, melhorar, operar ou manter infraestrutura pública ou fornecer serviços públicos. Existem muitas variantes delas e são empregadas com diversas modalidades e grau de sucesso na região. “Nesses momentos efetivamente a atividade tem decaído em comparação com o resto dos setores” O presidente da FIIC, o chileno JUAN IGNACIO SILVA 46 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 FIIC PTG.indd 46 27/02/2014 16:37:19 ENTREVISTA Em janeiro, Silva se reuniu com Luis Alberto Moreno, presidente do BID. Não há nenhuma dúvida de que as PPP trazem progresso aos países. Nesse contexto, dentro da FIIC há uma colaboração plena entre as Câmaras para difundir a informação em relação aos diferentes regulamentos de cada país. QUAIS SÃO OS SETORES QUE MAIS NECESSITAM ATENÇÃO? Deve-se sempre tratar de ter uma visão de conjunto porque nada funciona sozinho. Os portos e aeroportos são fundamentais para o movimento de bens e pessoas, mas não servem de nada se não têm o suporte que se exige em matéria de acesos, fornecimento de energia e de centros de produção e consumo. Por isso deve-se ir em direção a uma estratégia integral, que sem desatender as prioridades, busquem complementar e potenciar os diferentes elementos. Além disso, deve-se considerar que existem fatores “duros” e “moles”. Entre os primeiros estão novamente a geração e distribuição de energia, os portos e aeroportos, a conectividade física. Nos segundos está o desenvolvimento urbano, que é como evoluem nossas cidades. Isso é tremendamente relevante porque incide na qualidade de vida de seus habitantes e na coesão ou desintegração social. Aí também deve-se ter muita atenção e dedicação de nossas autoridades na parte regulatória e de nossas empresas para gerar melhores condições de vida. ■ ers & X4 mix Em abril será realizada a LXX reunião do conselho diretor da Federação. rs dumpe 4 A AUTOBETONEIRA NA MEDIDA DA SUA OBRA carmix.com 3 0 0 2 0 N o v e n t a d i P i a v e , Ve n e z i a - I t a l y - Te l . + 3 9 . 0 4 2 1 . 6 5 1 9 1 - i n f o @ c a r m i x . c o m Março de 2014 Construção Latino-Americana 47 CLA 03 2014 FIIC PTG.indd 47 27/02/2014 16:37:42 yellow power www.dieci.com Full Page.indd 1 27/02/2014 12:48:27 ATUALIDADE Apostando na região Apesar de que a construção no Brasil tenha dado sinais de desaceleração em 2013, Zoomlion Cifa não se deixou levar e em breve inaugurará nova fábrica em Indaiatuba. Reportagem de Clarise Ardúz. A o contrário do que muitas companhias fizeram, de entrar em estado de alerta ao ver que em 2013 a construção no Brasil mostrava sinais de desaceleração, a Zoomlion Cifa deu continuidade ao plano de abrir sua primeira fábrica da América Latina no país conseguindo erguer as instalações em apenas oito meses. Apesar de que o cronograma da empresa em relação à abertura da fábrica e o início de operações tenha se atrasado um pouco, a companhia tem a firme intenção de inaugurar a mesma no final de março. “Já recebemos a visita de diversos clientes para conhecer nossas instalações e obtivemos um “Estar no país é fundamental para consolidar a operação”, afirma Marcelo Antonelli, CEO da Zoomlion Brasil Concreto. A fábrica, que terá uma área construída de aproximadamente 12 mil m², será uma plataforma para fabricação, montagem, distribuição de peças de reposição e centro de treinamento para operadores para o mercado sul-americano. excelente retorno. Isso demonstra confiança no trabalho que estamos realizando. Estamos muito otimistas com isso”, garante Marcelo Antonelli, CEO da Zoomlion Brasil Concreto, quem entregou à Construção Latino-Americana alguns interessantes detalhes sobre os planos da empresa e as novas instalações na região. Os equipamentos da marca comercializados no Brasil e em outros países da região sempre foram importados da China e da Itália e eram vendidos por meio de distribuidores. Agora, com a abertura da fábrica no Brasil, os clientes contarão com outros benefícios, segundo o executivo, como o FINAME (financiamento do governo brasileiro para a aquisição de máquinas e equipamentos novos), venda direta ao consumidor final e serviços personalizados de pós-venda, entre outros. “Em um mercado competitivo como o nosso, o papel e a atuação do fabricante é fundamental para o sucesso do negócio”, explica. A companhia trabalhará com as duas marcas, Zoomlion e Cifa, com o objetivo de oferecer aos clientes uma linha completa de produtos de ambas. Apesar de a empresa ter conseguido, durante os últimos anos, uma cota significativa de participação de mercado no Brasil e tem até o momento mais de 300 equipamentos em operação, pretende agora chegar muito mais longe. “Nosso objetivo é obter, ainda este ano, 30% de participação de mercado para alguns modelos”, afirma o CEO. A fábrica, que terá aproximadamente 12 mil m² de área construída, será uma plataforma para a fabricação, montagem, distribuição de peças de reposição e centro de treinamento para operadores para o mercado sul-americano, o que segundo Antonelli, ajudará a marca a alcançar todas as metas propostas. Dentro da área construída, 1,9 mil m² serão utilizados para o centro de distribuição de peças e 2,4 mil m² para a realização de testes hidráulicos e estruturais para equipamentos de grande porte. A fábrica também trará outros benefícios, como a geração de cerca de 100 empregos diretos e outros 150 indiretos. A Zoomlion, que está presente no Brasil desde 2008, começou comercializando bombas estacionárias e, em apenas alguns anos, conseguiu trazer também diversos equipamentos como bombas-lança, betoneiras, usinas misturadoras, entre outros. > Março de 2014 Construção Latino-Americana 49 CLA 03 2014 Zoomlion PTG.indd 49 27/02/2014 16:38:20 ATUALIDADE COMO ANALISA O MERCADO DA CONSTRUÇÃO NO BRASIL? infraestrutura da cidade, rodovias, conexão com o porto de Santos, os aeroportos de Campinas, Jundiaí, Guarulhos e Congonhas. O plano era ter a fábrica dentro do estado de São Paulo, que concentra aproximadamente 35% dos maiores clientes do mercado brasileiro. O mercado da construção ainda está lento com relação à liberação de novos projetos. No entanto, as expectativas são grandes. Este é um momento de apreensão, o mercado continua esperando pelo boom das obras de infraestrutura que não chegaram e são necessários para o desenvolvimento e são necessários para o desenvolvimento sustentável do país. Mas o Brasil ainda é CONQUISTANDO MAIS O Brasil é um dos lugares onde a Zoomlion está investindo suas fichas, mas não é o único. A companhia de origem chinesa também anunciou recentemente novos projetos, além de resultados positivos em outros lugares do mundo. Recentemente a empresa anunciou uma nova subsidiária para vendas e serviços na França e registrou um significativo crescimento de suas vendas no Reino Unido. As novas instalações na França correspondem a outra subsidiária da Zoomlion Cifa (cabe lembrar que a asiática adquiriu a italiana Cifa em 2008). Depois de 11 anos de colaboração com o distribuidor Palfinger, a Zoomlion decidiu operar diretamente no mercado francês. A nova fábrica está localizada nas proximidades de Lyon, mas haverá uma rede de oficinas autorizadas por todo o território, as quais representarão as duas marcas, Cifa e Zoomlion. Com relação ao crescimento em vendas da Cifa no Reino Unido (mercado que nunca foi um dos principais destinos para suas máquinas), a companhia anunciou um significativo aumento de interesse em seus produtos por parte dos grandes produtores de cimento, entre os quais aparecem empresas como Cemex, Lafarge e Heidelberg. Nos últimos tempos, os distribuidores do país entregaram à empresa diversos pedidos de compra de betoneiras e bombas de concreto. O QUE SERÁ PRODUZIDO NA FÁBRICA? visto com otimismo pelos fabricantes, já que está entre os que têm maiores necessidades de obras de sustentabilidade e condições para crescer. As instalações estarão aptas para fabricar betoneiras de oito e 10 m³, usinas dosadoras e misturadoras, auto bombas e bombaslança. A meta para 2014 é fabricar 400 unidades. COMO ANALISA O ANO DE 2013 PARA A EMPRESA? QUAL SERÁ A CAPACIDADE DA FÁBRICA? O ano passado foi o ano da constituição da empresa no Brasil. Até 2012, estivemos representados pelo distribuidor. A instalação terá capacidade para produzir 1,2 mil unidades por ano e, contando com todos os modelos, pretendemos alcançar a marca de 30% de mercado nos próximos três anos. Com o início das operações da fábrica, seremos capazes de produzir com qualidade superior à do mercado e, assim, atender as expectativas de nossos clientes, que são em sua maioria empresas prestadoras de serviços de concretagem, locadores de equipamentos, construtoras e empreiteiros. QUAL É A IMPORTÂNCIA DA FÁBRICA NO PAÍS? Estar no país é fundamental para consolidar a operação, que do contrario, não consegue sobreviver às variações do câmbio e à falta de crédito. Essa presença é essencial para oferecer uma distribuição e suportes eficientes, sem contar a concorrência dos principais players que são todos chineses. Os clientes já foram avisados que estamos iniciando operações de forma independente. POR QUE ESCOLHERAM INDAIATUBA? Devido à excelente logística da região, HÁ PLANOS DE OUTRAS NOVAS FÁBRICAS NA REGIÃO? Sim, há planos. O objetivo será atender o mercado de equipamentos para elevação, guindastes, linha amarela e outros. O local ainda está em processo aprovação. ■ A empresa pretende inaugurar a fábrica no final de março. 50 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Zoomlion PTG.indd 50 27/02/2014 16:38:50 Fora do caminhão e pronto para trabalhar! Versátil. Móvel. Robusto. Simples. Confiável. Novo! Guindaste telescópico sobre esteira de 51 tm $OWXUDPi[LPDGDSRQWDGDODQoDSULQFLSDOP /DQoDGHTXDWURVHo}HVFRPH[WHQVmRVLQFURQL]DGD &RQWUROHFRQILDELOLGDGHHFDSDFLGDGHGHGHVHPSHQKR LPSUHVVLRQDQWHV &RQWUROHVKLGUiXOLFRVVLPSOHVHFRQILiYHLVRSHUDGRVSRUSLORWR 0RELOLGDGHVXSHULRUQRORFDOGHWUDEDOKRFDSD]GHFKHJDUD OXJDUHVRQGHRXWURVJXLQGDVWHVQmRFKHJDP &DELQHHVSDoRVDFRPPRQLWRUDPHQWRGHFkPHUD 7UDQVSRUWHHPXPDFDUJDFRPFDPLQKDR 3RQWRVGHPDQXWHQomRPtQLPRVGH´WUDEDOKRHPDOWXUDµ 3HUILOFRPSDFWRSDUDFRQGLo}HVWLSR´LUDTXDOTXHUOXJDUµ )XQFLRQDPHQWRVLOHQFLRVR 0HOKRUUHGHGHVXSRUWHGHGLVWULEXLGRUQRPXQGR LINK-BELT CONSTRUCTION EQUIPMENT Lexington, Kentucky, EUA | www.linkbelt.com Contate seu distribuidor Link-Belt autorizado para conhecer o TCC-500 hoje mesmo! 1251 CLA TCC 500 NEW d 2 6 14 i dd 1 Full Page.indd 1 2/7/2014 9 21 19 AM 27/02/2014 12:49:07 ENTREVISTA Himoinsa aposta na A companhia inaugurou no começo do ano uma A companhia está presente em mais de 100 países. fábrica no Brasil e prevê que a América Latina vai virar uma das zonas de maior crescimento nos próximos anos. Reportagem de Cristián Peters. F undada em 1982, a Himoinsa é uma multinacional especializada na fabricação e comercialização de sistemas de geração de energia. Após estabelecer uma política de internacionalização, a empresa de origem espanhola está presente em mais de 100 países e conta com centros de produção no Brasil, China, Espanha, França, Estados Unidos e Índia; e filiais na Alemanha, Angola, Argentina, Emirados Árabes Unidos, México, Panamá, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Dominicana e Singapura. Segundo destaca Francisco Gracia, diretor executivo da companhia, um dos pontos fortes da Himoinsa é sua condição de fabricante vertical. O executivo afirma que a confiabilidade e o rendimento dos seus produtos residem na fabricação de todos e cada um dos componentes do grupo eletrogêneo e na incorporação de motores de marcas de reconhecida qualidade. Para Gracia, esse é um elemento diferenciador que permite à Himoinsa responder com maior rapidez e flexibilidade ao mercado. O ano passado foi um exercício de crescimento para a companhia, que viu um incremento de 5% em seu volume de vendas em relação a 2012. E para esse ano, as expectativas são positivas. “Em 2014 essas cifras se incrementarão principalmente por dois motivos: por um lado porque estão aparecendo indicadores de crescimento econômico em muitos mercados, o que indica que muitos países estão se reativando, principalmente na Europa e no norte da África; por outro lado, pelas decisões que a companhia tomou de abrir novas filiais no Reino Unido e no Brasil. Isso, junto à consolidação de projetos que começaram em 2013, como a criação de uma filial comercial em Angola”, afirma ele. AMÉRICA LATINA Francisco Gracia, diretor executivo da Himoinsa. Durante os últimos anos, a Himoinsa havia focado seu desenvolvimento estratégico na Ásia, Oriente Médio e América do Norte, mas agora as fichas da empresa vão ser direcionadas no crescimento na América Latina, região que representa 10% de seus negócios. “Estamos trabalhando para conformar e consolidar uma forte rede de distribuidores em todos os países que integram essa zona do continente americano”, assegura. Foi nesse contexto que durante o primeiro trimestre desse ano a empresa abriu uma nova fábrica no Brasil, e em relação às vendas, está estabelecendo uma rede organizada de distribuição capaz de atender cada ponto geográfico. “Nós prevemos que, ainda que hoje 10% não sejam um porcentual elevado, nos próximos três anos a América Latina vai se converter em uma 52 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Himoinsa PTG.indd 52 27/02/2014 16:39:28 ENTREVISTA América Latina Um equipamento da companhia operando na indústria de petróleo e gás. das zonas de maior crescimento para a companhia”, afirma Gracia. A nova instalação, localizada em Contagem, Minas Gerais, compreende um projeto que se dividiu em várias etapas. Para a primeira delas, foi destinado um investimento de R$ 10 milhões, com o qual se pretende alcançar a produção de 2 mil unidades. Depois disso, a empresa passará à segunda fase que vai gerar desembolsos de cerca de R$ 40 milhões. “O Brasil nos exige nacionalizar o produto. Esse processo requer um tempo, razão pela qual queremos dar passos firmes e seguros. As exigências do mercado nos obrigam a ter uma fabricação local, e por isso não O ano passado foi um exercício de crescimento para a companhia, que viu um incremento de 5% em seu volume de vendas em relação a 2012. podemos nos apoiar no restante das fábricas que são propriedade do grupo ao redor do mundo, e por isso o estabelecimento do negócio está mais lento do que nos outros países. Mas mesmo assim, temos expectativas muito boas”, diz. Em princípio, a ideia é que a nova unidade fabril esteja dedicada exclusivamente ao mercado brasileiro, e então sim destinar recursos para suprir o resto dos mercados. “Estamos convencidos de que uma vez que estivermos consolidados no Brasil poderemos dar suporte a toda nossa rede de distribuição no resto da América Latina através dessa fábrica”, detalha. No Brasil, serão oferecidos grupos eletrogêneos motorizados com Yanmar, FPT, Scania, Doosan e Mitsubishi, e na primeira etapa serão produzidos equipamentos de até 750 kW. A partir dessa potência, será feita a importação do produto desde as fábricas da Espanha. Dependendo do desenvolvimento dessa primeira etapa, se conformará a segunda, mas a ideia é poder aumentar a produção e reduzir ao mínimo o nível de importação. Um dos maiores desafios que a Himoinsa se impôs é consolidar sua rede de distribuição na América Latina como já o fez nas regiões da Ásia e da Europa. Gracia diz que a empresa já tem importantes parceiros de distribuição, mas que ainda há espaço para seguir incrementando seus canais e chegar a todos os setores e mercados locais. “A intenção é seguir desenvolvendo nossa rede de distribuição e penetrando em novos mercados como o de mineração e de Em termos de iluminação, se destaca a presença da Himoinsa nos trabalhos de ampliação do Canal do Panamá. emergência, onde cada vez mais a demanda por geração de energia é maior. Em todos esses casos nós atuaremos por meio de nossos distribuidores. Por agora, não temos a previsão de abrir novas filiais comerciais. Ainda que, claro, tudo dependerá do mercado e do que nos demandem”, afirma. PROJETOS Os principais equipamentos que a Himoinsa comercializa na América Latina são os grupos eletrogêneos de baixa e média potência, além de torres de iluminação. Gracia assinala que a companhia está ganhando cada vez mais fatias do mercado no setor de emergência e destaca o respaldo energético do centro de dados mais importante do Equador. “O projeto permitiu criar uma interconexão dentro do Equador, de Quito e Guayaquil em direção ao mundo. Tratas-se do primeiro centro de dados certificado Tier 4 da América Latina. Para ele, a Himoinsa ofereceu um sistema de energia com grupos eletrogêneos HMW-810 T6 sob a configuração 2N+1, o que pressupôs a instalação de 24 grupos insonorizados, em contêineres de 20 pés, com motores MTU, para o funcionamento em paralelo com compartilhamento de carga”, detalha ele. Em termos de iluminação, se destacam grandes projetos como a construção do metrô do Panamá e os trabalhos de ampliação do Canal do Panamá. Por sua parte, Argentina e Chile são países cujos setores mineiros vêm demandando estes ■ produtos. Março de 2014 Construção Latino-Americana 53 CLA 03 2014 Himoinsa PTG.indd 53 27/02/2014 16:39:48 Aumente o lucro de sua empresa com cada elevação! Perfuratriz montada em escavadeira hidráulica t#SPDBTFNBTUSPQBUFOUFBEPT t&TDBWBEFJSBRVFBSNB[FOBFOFSHJB MONTROSE, COLORADO USA t¬ODPSBTNJDSPFTUBDBTFYQMPTÜFT teirockdrills.com REGISTRE-SE PARA RECEBER UM EXEMPLAR DIGITAL GRATUITO construção ericana.com caolatinoam www.constru Na Vacuworx, o objetivo é muito simples: proporcionar os equipamentos para elevar cargas pesadas mais seguros e eficientes da indústria. Os equipamentos Vacuworx aumentam os ciclos de carga entre 7 e 12 vezes, e também melhoram a segurança no local de trabalho. As capacidades de carga oscilam entre 3 e 20 toneladas, e pode-se adaptar para uma carga maior. Com 14 anos de trajetória, nenhuma outra marca oferece uma melhor seleção ou qualidade que a Vacuworx. 2014 MARÇO DE Número 2 Volume 4, da KHL Group ER IC AN A LATI N O- AM mento Condicionara de solo pa s tuneladora Uma publicação ÃO VIÁRIA A FIIC ENTREVIST CONSTRUÇ CONCRETO ARGENTINA 44 37 22 18 NDÚST TA D A I A REVIS F t Cover PTG.indd CONSTR RIA DA IC A AMÉR UÇÃO N A A L AT I N 27/02/2014 15:33:03 1 Entregue no mesmo instante eem qualquer parte do mundo ■ Interativo +1-918-259-3050 | [email protected] | vacuworx.com 10105 East 55th Place, Tulsa, Oklahoma 74146 USA ■ Sistema de busca ■ Pode ser arquivado Para mais informações e para fazer seu cadastro, acesse: www.khl.com/subscriptions/cla FIRST FOR GLOBAL CONSTRUCTION INFORMATION 2 HPV.indd 1 www.khl.com 27/02/2014 15:36:22 INFRAESTRUTURA O caminho da água A construção do aqueduto El Realito, no México, mostra que é possível prover água potável para todos na América Latina. Reportagem de Fausto Oliveira. T er acesso a um serviço de água potável continua sendo um sonho para muitos habitantes da América Latina, sem discriminação de país. Em todas as partes da região, são ainda inúmeros os casos de populações inteiras que dependem de poços artesianos ou outras soluções igualmente primitivas para obter o líquido essencial. Enquanto se debatem os montantes necessários (sempre altíssimos) para universalizar o acesso à água, certos projetos conseguem diminuir essa falha grave da América Latina. É o caso do aqueduto El Realito, nos estados de Guanajuato e San Luís Potosí, no México. A obra de infraestrutura tinha início de atividade previsto para o início de 2014. De fato, até o fechamento dessa edição, o estado de San Luís Potosí discutia detalhes burocráticos necessários para o funcionamento do sistema que proverá água potável a 850 mil pessoas que vivem em sua região metropolitana. A obra foi licitada ao consórcio formado pela construtora mexicana ICA, através de sua subsidiária Ciapsa, que tem 51% do projeto, em conjunto com a espanhola FCC, por meio de sua subsidiária Aqualia. Por um valor de US$ 214,8 milhões, contratado pela Comissão Estatal da Água de San Luís Potosí no ano de 2009, a iniciativa contemplou a construção das seguintes estruturas: um total de 132 quilômetros de tubulação desde A usina potabilizadora a agua proveniente da represa El Realito. Dali sairá um metro cúbico por segundo de água tratada. O projeto obteve reconhecimento internacional por sua inovação no modelo de financiamento público-privado. a represa de El Realito; três estações de bombeamento; um tanque de mudança de regime; uma usina de potabilização e seis tanques de entrega na zona urbana de San Luís Potosí. SISTEMA O funcionamento do sistema será por bombeamento até o tanque de mudança de regime, num trecho de 15 quilômetros. Depois o caudal descerá 99 quilômetros por gravidade até a zona urbana, passando pela estação de potabilização e chegando aos tanques de distribuição, de onde saem as tubulações restantes do sistema. A capacidade de distribuição desde a usina de potabilização até os seis tanques será de um metro cúbico por segundo. Além do sistema hidráulico, o contrato contempla a construção de cerca de 50 quilômetros de vias de serviço asfaltadas, e o sistema elétrico e de controle remoto das usinas associadas ao aqueduto. A operação da estrutura será objeto de concessão ao consórcio construtor por um período de 25 anos. O modelo de financiamento do aqueduto El Realito recebeu prêmios internacionais. Foi considerado como o melhor projeto da América Latina de 2012 pela revista Euromoney, e também foi premiado pela publicação Global Water Intelligence. Basicamente, a estrutura de financiamento de El Realito é uma Parceria PúblicoPrivada em que o consórcio aportou US$ 43,93 milhões, um subsídio governamental aportou outros US$ 73,85 milhões e os US$ 97 milhões restantes vieram de quatro bancos comerciais, por cujos juros a soma dá maior do que o orçamento do projeto. O sistema de fluxos financeiros se baseou na criação de trusts responsáveis pelos pagamentos a cada um dos atores em cada momento. A experiência de El Realito pode se tornar um caso de sucesso que sirva de exemplo para outras iniciativas público-privadas de provimento de água potável na América Latina. Isso, o futuro dirá. Por agora, o certo é que San Luís Potosí poderá entrar em uma nova etapa de sua história. ■ Março de 2014 Construção Latino-Americana 55 CLA 03 2014 Aqueduct PTG.indd 55 27/02/2014 16:40:33 EVENTO Milhares de equipamentos de construção usados foram vendidos em um dos principais leilões do mercado, o da empresa canadense Ritchie Bros Auctioneers. Reportagem de Clarise Ardúz. Quem dá mais? A pesar de que na América Latina também estejam presentes, alguns leilões de equipamentos de construção usados ganham enormes proporções em outros países do mundo e terminam atraindo gente de todos os cantos do planeta. Esse foi o caso de um dos principais leilões do mundo, o da empresa canadense Ritchie Bros, em Orlando, Flórida, Estados Unidos. O evento colocou a disposição mais de 9,5 mil equipamentos provenientes de diversos países, dos quais 8,8 mil foram vendidos durante os dias do leilão, realizado de 17 a 22 de fevereiro. Segundo a empresa organizadora, os principais clientes desse tipo de leilão, considerada pela Ritchie Bros como ‘o barômetro do ano’ em relação às vendas, são principalmente clientes finais, sendo em sua maioria importantes clientes dos Estados Unidos, mas também médios e pequenos de outros países do mundo, incluindo latinoamericanos. “Aproximadamente 85% dos clientes da Ritchie Bros. são normalmente compradores finais e 15% revendedores”, garante Ramiro Esparza, gerente regional de vendas responsável pela zona norte do México da empresa. A companhia chegou a registrar US$3,8 bilhões de receita bruta por equipamentos vendidos em 2013 em seus 356 leilões realizados, sendo mais de US$1,4 bilhão proveniente de vendas pela internet. Especificamente em este leilão de Orlando, foram vendidos mais de 8.800 itens por aproximadamente US$166 milhões. COMO FUNCIONA? O leilão ao vivo funciona exatamente como nos filmes. O público interessado em participar do evento está sentado em uma plateia. Todos os participantes tem um número de registro e o preço dos equipamentos vai aumentando de acordo com o interesse dos compradores. As vendas Diversos implementos e acessórios também foram leiloados durante o evento. dos equipamentos acontecem rapidamente. O processo exige muita atenção de todos. O silêncio na plateia é essencial para que o processo corra de forma organizada. Mas não apenas está o leilão ao vivo. Ritchie Bros promove paralelamente outros dois: um virtual (para as máquinas que não podem rodar pela rampa, como guindastes, por exemplo) e a sincronizada (para acessórios e implementos, principalmente). Todos os equipamentos podem ser comprados desde o local do leilão ou por internet. Há medidas severas de organização em tudo: registro de participantes, processos de pagamento e financiamento, entre outros. “Queremos que nossos clientes confiem em nós e fiquem tranquilos trabalhando com nossa empresa. Fazemos todo o possível para isso, inclusive nosso site é muito seguro e prático”, afirma Rob Blackadar, vicepresidente de contas especiais da empresa. Existem clientes novos em cada leilão, mas há também os que já têm anos trabalhando com a empresa, explicam os organizadores. Estão também os considerados ‘VIP’, que gastam pelo menos US$5 milhões por ano nos leilões da canadense. A companhia também trabalha de forma separada com players importantes da indústria consideradas ‘contas especiais’, como Wacker Newson, CNH, John Deere, Hertz, BP, entre outros. 56 Construção Latino-Americana Março de 2014 CLA 03 2014 Ritchie Bros PTG.indd 56 27/02/2014 16:41:02 EVENTO Mais de 8,8 mil ítens foram vendidos no evento de Orlando. Os equipamentos nesse leilão entram sem valores mínimos de lance. VALE A PENA? É possível comprar diversos tipos de equipamentos em leilões, além de implementos que são leiloados separadamente. Os equipamentos entram ao processo logo de uma detalhada revisão e sob diversas regras. Passam a se chamar ‘lotes’, recebem um número e são vendidos exatamente no estado que se encontram, deixando todas as características devidamente detalhada para os compradores. “Esta é uma experiência muito positiva, uma relação entre comprador e vendedor onde todos ganham”, garante Oscar Ruiz, representante da empresa colombiana Sedinco Ltda. Cimentaciones Profundas, que esteve presente no leilão e garante que voltará para a próxima. Clayton Rocha, gerente de mineração da Caterpillar Used Equipment Services Inc, participa a cinco anos dos leilões da Ritchie Bros e afirma que “subasta é sorte”. O brasileiro, que trabalha nos Estados Unidos, explica que o preço dos equipamentos varia de leilão para leilão e comenta que desta vez teve sorte. “As motoniveladoras que estava procurando saíram mais baratas”, conta Rocha, quem também aproveitou o leilão de Orlando para a venda de tratores de esteiras e pás-carregadeiras Caterpillar. Muita gente deve estar se preguntando se realmente é conveniente comprar um equipamento usado nos Estados Unidos e logo somar as taxas de transporte, impostos, entre outros, principalmente se se deseja levar o equipamento para outro país. José Rivera, um porto-riquenho com 20 anos de experiência em leilões e dono da empresa Jose Rivera Export, com sede em Tampa (Estados Unidos), conta que sua companhia revende os equipamentos adquiridos em diversos países, mas entre os latino-americanos, o principal destino é a Venezuela. Explica que Colômbia e Equador são um pouco mais exigentes com relação à antiguidade dos d equipamentos, mas estão em segundo lugar na lista. Explica também que o único ao qual não revende os equipamentos é o Brasil, devido a suas leis protecionistas e as altas taxas de importação, entre outros obstáculos, que impedem a entrada de máquinas usadas ao país. “Há muitas vantagens nos leilões, como comprar mais rápido e a um menor preço. Muitas vezes há vários equipamentos do mesmo modelo, então posso escolher o que me pareça melhor e, no máximo, em dois meses tenho a máquina ao meu poder”, garante o empresário, quem vai, em média, uma vez por mês a leilões de diversos leiloeiros e adquire especialmente empilhadeiras, geradores, pás carregadeiras e retroescavadeiras. Rivera explica que para seus clientes de alguns países latino-americanos, o preço do equipamento que adquire em leilões continua sendo atrativo, mesmo considerando todas as taxas. “Apesar de todas as taxas de importação e transporte, os latino-americanos preferem levar máquinas daqui (Estados Unidos). Muitas vezes as que estão aqui, a pesar de serem usadas, têm tecnologia mais moderna e o preço pode ser mais conveniente”, explica. PLANOS DE EXPANSÃO A empresa Ritchie Bros, com 55 anos de experiência no ramo, possui mais de 44 instalações no mundo onde realiza seus leilões durante o ano todo. E os planos de continuar se expandindo continuam. Em 2013, começaram com leilões na China e os olhos ainda estão nessa direção. Mas, por outro lado, a América Latina não deixa de soar interessante para a companhia, que já realiza subastas no Panamá e no México a cinco e 13 anos, respectivamente. “Estamos aumentando nossa participação nos países em desenvolvimento, os BRIC, além da América Central e da América do Sul”, comenta Rob Mcleod, CFO da empresa de leilões. Segundo Karl Werner, chefe de operações de subastas, a empresa ainda não tem nada definido sobre os futuros destinos latinoamericanos. “Isso ainda se está estudando. Definiremos isso dentro de alguns poucos anos”, garante. No entanto, José Sánchez, gerente de território das Américas Central e Sul da Ritchie Bros. explica o que pode ser um plano para a companhia no curto prazo: “Panamá tem muitas vantagens. Uma ideia é levar todos os equipamentos de outros lados da América Latina e centralizar no país”. ■ Os equipamentos que participaram do leilão estavam no pátio das instalações da Ritchie Bros em Orlando, área que possui mais de 80 hectares. Março de 2014 Construção Latino-Americana 57 CLA 03 2014 Ritchie Bros PTG.indd 57 27/02/2014 16:41:21 Líder Mundial em Tecnologia de Pavimentação de Concreto Rodovias e aeroportos Irrigação e canais Canais Versatilidade da Commander III [email protected] ❘ www.gomaco.com Parece que não é simplesmente uma questão de começar o trabalho. É uma questão de quanto você pode economizar em um projeto enquanto atende às especificações e se antecipa aos prazos. Gerentes e proprietários de equipamentos estão insistindo em uma pavimentadora de concreto que faça mais, conclua o projeto com mais economia e mantenha seu valor quando o projeto for concluído. Os produtos GOMACO são desenvolvidos para qualidade, versatilidade e confiabilidade. A GOMACO entende o quanto é importante para você fazer a escolha certa na compra de uma pavimentadora de concreto, pela primeira vez e sempre. 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NA INTERNET www.brazilroadexpo.com.br Equipamentos de construção rodoviária de todas as grandes marcas são expostos na feira. feira Brazil Road Expo chega à sua quarta edição ocupando mais uma vez o centro de convenções Transamérica Expo Center, na maior cidade do Brasil, São Paulo. O evento está se tornando uma referência indiscutível para a construção rodoviária não apenas do país, mas também de toda a América Latina. Durante a feira, se realiza o lançamento de novos equipamentos e máquinas que podem impactar os mercados de todos os países da região, além de uma interessante programação de seminários que discutem o último e mais avançado das tecnologias viárias e as tendências do setor. Esta nova edição do evento terá 250 empresas expondo seus produtos e serviços relacionados com a construção rodoviária. Estarão presentes de forma direta ou, em certos casos, representadas por seus distribuidores no Brasil, nomes de fama mundial do segmento, tais como Volvo Construction Equipment, Amman, Bomag, Caterpillar, Wirtgen, Dynapac, Romanelli, Sany e XCMG, entre muitas outras. Sob todos os aspectos, a lista ampla de expositores demonstra como a Brazil Road Expo realmente se tornou o ponto de encontro para empresas, profissionais e governos. Todos interessados em superar o grande desafio da construção rodoviária num país de dimensão continental. A feira de equipamentos e soluções ocupará 15 mil metros quadrados durante os três dias de programação. Além do espaço interno onde se poderá conhecer detalhes dos equipamentos expostos, essa edição trará também um espaço externo onde as marcas fabricantes farão demonstrações do funcionamento de suas máquinas. É uma boa oportunidade para ver em ação as últimas pavimentadoras, rolos compactadores de solo e asfalto, motoniveladoras e outros equipamentos. SEMINÁRIOS Em paralelo, acontecerá o Brazil Road Summit, programação de seminários > Março de 2014 Construção Latino-Americana 59 CLA 03 2014 Road Expo Preview PTG.indd 59 27/02/2014 16:44:23 EVENTO e debates separados por segmento da construção rodoviária. Serão cerca de 60 palestras que abordarão os temas de pavimentação asfáltica, drenagem, pontes, túneis, segurança e sinalização, equipamentos e sustentabilidade. Em cada um deles, engenheiros especializados explicarão os métodos construtivos, especificações de diversos projetos e outros detalhes da construção de vias. Uma novidade na programação dos seminários é o tema Road Environment. Nessa palestra, serão expostos casos de sucesso nos quais se conseguiu reduzir o impacto ambiental da construção de rodovias. O tema é sensível hoje em dia, já que em cada novo projeto que se aprova as restrições ambientais podem ser sempre maiores, cobrindo aspectos que vão desde as emissões de carbono pelos motores dos equipamentos até o cuidado com as faixas de vegetação original que devem ser deixadas nas margens das estradas, ou ainda os cuidados com o solo que se pavimenta. Com essa programação, a quarta edição da Brazil Road Expo espera reunir ao redor de 13 mil pessoas, entre profissionais e CLA 03 2014 Road Expo Preview PTG.indd 60 representantes de todas as esferas de governo. CONTEXTO VIÁRIO Outro ponto essencial dessa nova edição da Brazil Road Expo é que será a primeira a ser feita depois que o governo federal divulgou seu novo plano de concessões rodoviárias. Tradicionalmente, no Brasil, a obra rodoviária é de caráter público, o que costuma significar menos velocidade na entrega dos projetos e muito frequentemente uma construção de curto prazo e com falhas. Por isso, o setor está celebrando os anúncios que pouco a pouco são feitos em Brasília, em que importantes rodovias brasileiras são colocadas em regime de concessão privada. O governo planeja licitar ao todo 2,6 mil quilômetros de novas estradas ao longo desse ano, dando continuidade ao programa iniciado no ano passado com concessões de rodovias existentes. Além disso, entre os investimentos anunciados para os eventos esportivos que marcam atualmente toda a agenda de infraestrutura do Brasil, uma infinidade de projetos de mobilidade urbana em várias regiões metropolitanas prometia consumir cerca de US$ 290 milhões. Parte desses projetos estará pronta a tempo da Copa do Mundo, parte não. Mas certamente deverão terminar algum dia no futuro. O certo é que aí se encontram melhoramentos em vias urbanas, construção de novos acessos, alargamentos de vias e outras obras. Esse cenário está animando o setor. Isso porque há muito o que fazer em termos de construção rodoviária no Brasil. Uma pesquisa recente da Confederação Nacional dos Transportes avaliou no ano passado o estado de 96.714 quilômetros de estradas em todo o país. O relatório levantou situações alarmantes. O dado mais destacado: 63,8% das rodovias analisadas apresentaram problemas no pavimento, na geometria ou ainda na sinalização. 27/02/2014 16:44:45 EVENTO O governo do Brasil começou um novo programa de concessões rodoviárias no ano passado. Isso não surpreende. São comuns ainda as filas quilométricas de caminhões esperando sua vez para descarregar nos portos de Santos ou Paranaguá. O mesmo relatório mostra como ano após ano a má qualidade das rodovias é uma das principais razões de perdas na agricultura. O caminhão que vai quicando de buraco em buraco deixa grãos pelo caminho, e com eles parte importante dos ganhos nacionais com exportação. Exatamente isso é o que o governo quer corrigir com o novo programa de concessões rodoviárias. É urgente para o país ter estradas mais amplas e de qualidade para o transporte da produção agrícola que precisa vir do interior até o porto. De acordo com o Ministério da Agricultura, O evento é valorizado por fabricantes de equipamento de escala mundial, como a Bomag Marini. Pecuária e Abastecimento, a produção agrícola responde por 41% das exportações brasileiras, é 23% do PIB e representa 30% da geração de novos empregos. A última safra do Brasil teve recorde de produção, totalizando 194 milhões de toneladas. São bastante óbvias as conexões entre essa imensa riqueza brasileira e a infraestrutura rodoviária. Não se deve esquecer que as péssimas estradas geram atrasos nas entregas, o que impacta os custos de seguro, armazenamento e perda de vendas nas cidades. Riqueza demais para que as rodovias continuem sendo um obstáculo. Tema suficiente para um evento como a ■ Brazil Road Expo. Produz pavimento asfáltico reciclado com maiores porcentagens. Astec Voyager, a única usina de asfalto de sua categoria com capacidade de reciclar 30% de RAP. • Produção de 120 mtph • Filtro de mangas de 17.600 cfm com impulso inverso • Exclusivo sistema de aletas em V Astec V-Flight • Design de contrafluxo Unidrum CLA 03 2014 Road Expo Preview PTG.indd 61 27/02/2014 16:45:00 Untitled-4 1 28/02/2014 10:05:50 cconstrução onstru co nstrução o ã ç u r t s n o c LATINO-AMERICANA LATINO LATINO-A LATINOLA OA AM M E RICA RICAN N AM ER LATIN O- ABRIL DE 2013 Volume 3, Número 3 Uma publicação da KHL Group LATIN NO O - AM OA M ER 2013 MAIO DE 4 3, Número Group Volume da KHL Uma publicação IC AN A ARGEN TINA IC AN A MARÇO DE 2013 Volume Número 2 da KHL 3, Uma publicação Group 18 CONCR ETO 23 CAMIN HÕES 37 BAUMA B AUMA A revolu revolução uç çã ão energétic ca c a brasileira br energética 41 os: Ar ticulad pacidade mais ca B RAZIL ROAD EX XPO BRAZIL EXPO CONSTRUÇÃO C ONSTRUÇÃO VIÁRIA 29 BAUMA EM BRITAG EXPO RUCTIO 3N 39 CONST BAUMA 53 A R E V I S TA D A I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O N A A M É R I C A L AT I N A PERU 55 44 39 21 A R ET ETROESCA TROESCA RETROESCAVADEIRAS 43 43 DÚS DA IN TA REVIS 05 2013 Front Cover PTG.indd TRIA NS DA CO TRUÇ AMÉR ÃO NA AT I N ICA L A REV IST A 08/05/2013 CLA 03 09:48:15 2013 Front Cover PTG.indd A DA INDÚS 1 TRIA Tu T unelado ras DA CO NS TRUÇ ÃO NA AMÉR ICA L AT I N A 04/03/2013 1 1 FORMULÁRIO DE ASSINATURA GRATUITA 3 DADOS PESSOAIS 1 ESCOLHA SUAS REVISTAS E/OU NEWSLETTERS REVISTAS Construção Latino-Americana Access International Access, Lift & Handlers American Cranes & Transport Construction Europe Demolition & Recycling International International Construction International Construction Turkey International Cranes and Specialized Transport International Rental News E-NEWSLETTERS Construção Latino-Americana e-newsletter Access International e-newsletter Access, Lift & Handlers e-newsletter Demolition & Recycling International e-newsletter International Rental News e-newsletter International Construction China e-newsletter World Construction e-newsletter World Crane Week e-newsletter Nome Completo ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Cargo ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Fax 2 TIPO DE ORGANIZAÇÃO Empreiteira Consultoria de Engenharia/ Arquitetura/Pesquisa Mineração/Pedreiras/Empresas de Produção Produção de Petróleo Autoridades Internacionais/Nacionais Governo Nacional/Regional/Local Utilidade Pública (electricidade, gás, água, cais e portos, outros) Fabricantes Distribuidores/Importadores/Agentes Área de construção de indústria/comércio de grande porte Associação, Área de Educação, Pesquisa Locação de Equipamento de Construção/ Empresa de Locação Consultoria de projetos/Gerenciamento de construção Outros (por favor especifique) Nome Da Empresa Endereço Estado País Cep E-Mail Tel (Por favor, indique o código internacional de seu número de telefone) 4 VERSÃO PREFERIDA IMPRESSA_■ TANTO_■ 5 ASSINADO E DATADO Assinatura: ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Data: 3/14 ENVIAR A: The Circulation Manager, Construção Latinoamericana, KHL Group Americas LLC, 205 W. Randolph St, Suite 1320, Chicago, IL 60606, USA FAX: 0044 (0)1892 784086 CADASTRO ON-LINE: www.khl.com/subscriptions/cla-portuguese E-MAIL: [email protected] ■ PRIMEIRA PARA A INFORMAÇÃO DE CONSTRUÇÃO GLOBAL CLAP Free Subs 2013.indd 1 ELETRÔNICA_■ www.khl.com 27/02/2014 11:04:17 O MAIOR EVENTO DOS SETORES DE LOCAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE PLATAFORMAS AÉREAS, ACESSO, ACCESS, LIFT & HANDLERS CONFERENCE &AWARDS2014 MANIPULADORES TELESCÓPICOS E ANDAIMES. RESERVE A DATA: 11 DE NOVEMBRO DE 2014 BILTMORE HOTEL, MIAMI, EUA. PATROCINADORES OURO primeira conferência e premiação ALH vai enfocar a volta do crescimento no setor de locação das américas. apresentações relevantes e inovadoras de profissionais líderes da indústria e um jantar de gala com cerimônia de premiação para celebrar a excelência na nossa indústria. A PATROCINADOR EXCLUSIVO DA RECEPÇÃO A QUEM SE DIRIGE? 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