Revisão das metaloproteases envolvidas em processos tumorais

Transcrição

Revisão das metaloproteases envolvidas em processos tumorais
Revisão das metaloproteases envolvidas em processos tumorais
Reiss, Maria Lucia Viana Reiss1
Centro Municipal de Saude Americo Veloso
Resumo
O câncer inicia-se a partir da transformação de um clone de celulas normais
como resultado da ação de vários agentes mutagênicos que acarretam a perda do
equilibrio homeostatico celular e, consequentemente, uma
proliferação
descontrolada. Contudo, um nodulo de celulas neoplasicas so se tornara realmente
fora de controle organico quando adquirir a capacidade de degradar a
matrizextracelular, sob o efeito da producao de enzimas proteoliticas, e de liberar
fatoresangiogenicos. Os fatores angiogenicos promoverao a vascularizacao da massa
tumoral suprindo-a de oxigenio e nutrientes, indispensaveis a seu posterior
crescimento. Os vasos sanguineos e linfaticos, em contato com o tumor, também
poderao favorecer o processo de metastase.
As enzimas proteoliticas, ou proteases, degradarao, num primeiro momento,
as proteinas extracelulares em contato íntimo com a celula que constituem um
espaço denominado de matriz extracelular, para posteriormente avancarem em
direcao ao tecido conjuntivo propriamente dito. Dentre as quatro famílias de
proteases presentes num ambiente de degradação tumoral, as metaloproteases de
matrizextracelular (MMPs) sao as que se apresentam mais abundantemente e de
forma bem diversificada. Até o momento, são conhecidos aproximadamente 20
membros da familia das MMPs que se apresentam absolutamente fora de controle da
acao dos inibidores enzimáticos teciduais num ambiente tumoral. Alem disso, vasta
literatura tem demonstrado serem as MMPs sintetizadas em niveis distintos em tipos
tumorais variados, no momento em que o tumor inicia sua fase de fenótipo mais
agressivo. Dessa maneira, as MMPs e as proteinas envolvidas nas cascatas de
sinalização, na via de transcrição de sinais que culminam com a sintese de MMPs,
poderiam ser empregadas como marcadores tumorais visando prevenção de
crescimento tumoral e metástase.
O Problema
Segundo Solomon e colaboradores (1991), o cancer resulta de uma serie
progressiva de alteracoes geneticas que ocorrem em um unico clone de células como
consequencia de alteracoes em um numero limitado de genes: os oncogenes, genes
sob acao de fatores de crescimento, e os genes supressores tumorais. O
desenvolvimento de um tumor solido primario defini-se quando uma unica
celulanormal torna-se uma celula transformada como resultado de uma serie de
1
[email protected]
fatores, dentre eles a acao de carcinogenos, ativacao de oncovirus ou radiacao que
acarretam delecoes, translocacoes, inversoes genicas. A celula transformada difere
da celula normal por varios aspectos sendo, um dos mais notaveis, sua capacidade
de escapar dos mecanismos homeostaticos do corpo, o que favorece umaproliferacao
descontrolada. Uma celula individual transformada tem o potencial, atraves de
sucessivas divisoes celulares e posteriores mutacoes, de se desenvolver num cluster,
ou nodulo, de celulas tumorais. Neste estagio, o tumor solido consiste de
aproximadamente 106 celulas e apresenta um diametro em torno de 3 mm. A partir
de entao, seu crescimento torna-se limitado pois e dependente, unicamente, de
difusao para receber oxigenio e nutrientes e eliminar seus produtos de excrecao.
Como consequencia, as celulas, no centro da massa tumoral tendem a morrer, devido
a necrose ou a apoptose. Acredita-se que microtumores, neste estagio, possam
sobreviver, num estado dormente, no qual o numero de celulas que proliferam se
equivaleria ao das que morrem (Folkman, 1985; Gastl et al, 1997). Para um
desenvolvimento posterior ocorrer, o tumor precisa induzir um processo angiogenico,
iniciado pela secrecao de fatores pro-angiogenicos (Ausprunk & Folkman, 1997).
Esses fatores sao capazes de induzir as celulas endoteliais (EC), nas vizinhancas dos
vasos sanguineos, a degradar sua lamina basal e migrar em direcao ao tumor.
Uma vez que o tumor passe a ter um suprimento sanguineo, se tornara muito
mais invasivo e ira adquir um potencial para metastase, podendo levar a formacao
de tumores secundarios.
Metastase e o mais temido e o menos entendido aspecto do cancer. Na
verdade, o tumor so passa a ser considerado um cancer quando adquire a capacidade
de invadir, invasao esta ligada, essencialmente, a producao e a liberacao de
proteases.
O processo de metastase (Figura I) envolve muitas etapas sequenciais, como
enumerado a seguir:






As celulas escapam do tumor primario, invadindo o tecido conjuntivo subjacente;
As celulas entram na corrente circulatoria sanguinea e linfatica (intravasation);
As células sobrevivem ao percurso no interior do sistema circulatorio;
As células escapam da circulação sanguínea (extravasation);
As células estabelecem uma nova colônia em órgãos distantes;
A nova colônia de células precisa então crescer para formar um tumor secundário
no novo órgão.
Do ponto de vista evolutivo, podemos, também, considerar o câncer como
uma forma aberrante de vida, de extraordinária complexidade, que não pode ser
explicada, unicamente, por suas alterações genéticas associadas (Clark et al, 1995).
Dessa maneira, o processo de transformação de uma célula normal em neoplásica,
passa por uma evolução sequencial, que culmina em invasão tumoral emetástase, e
está relacionado a uma série de acontecimentos celulares e moleculares nas células
tumorais e estromais adjacentes ao tecido lesionado (Byerset al, 1994; Effert et al,
1995).
Delimitação do Problema
Dessa concepção mais global do processo neoplásico, tem surgido um bom
numero de parâmetros biológicos que nos permitem conhecer melhor a historia
natural docâncer. Um desses novos aspectos da biologia molecular dos tumores
humanos são as enzimas proteolíticas, que produzidas pelas próprias células
tumorais, pelas doestroma peritumoral ou pelo endotélio dos vasos próximos, tem
adquirido, na presente década, um interesse especial. As proteases, devido a seu
papel potencial na degradação dos elementos da matriz extracelular, facilitam a
invasão tumoral emetástases, aspectos absolutamente chave na evolução do câncer
(Liotta et al, 1991).
Diante do exposto, entendendo a relevancia de se encontrar adequados
instrumentos de controle e monitoracao do cancer, doenca que apresenta índices
mundiais alarmantes de morbidade e mortalidade (Tabela I), convem que se
desenvolva a consciencia por parte dos profissionais da area de saude, como um
todo, da importancia precipua de se viabilizar metodos que enfoquem a
dimensaopreventiva. Desse modo, cabe a analise de possivel adequacao pratica de
pesquisas cientificas na area de proteases tumorais, visando sua aplicacao pratica
em examesclinico-laboratoriais de rotina.
Objetivo
Mostrar que as metaloproteases de matriz e as proteínas envolvidas nas vias
de transcrição de sinais que culminam com sua síntese, poderiam ser empregadas
como importantes marcadores tumorais em analises clinico-laboratoriais de rotina de
tumores humanos.
Justificativa
Tendo em vista estarem as enzimas proteolíticas, em especial as
metaloproteases de matriz extracelular, relacionadas a mudança de fenótipo tumoral,
com o início de comportamento mais agressivo por parte do tumor, espera-se que o
presente trabalho possa vir a estimular estudos que visem o emprego acessível de
métodos de diagnostico sensíveis na detecção precoce de níveis aumentados de
proteases, de modo a poupar a vida e beneficiar uma grande parcela da população
que e afetada por câncer todos os anos.
Embasamento teórico
As enzimas proteolíticas são responsáveis pela degradação dos componentes
principais da matriz extracelular, incluindo a membrana basal, facilitando a invasão
tumoral e metástase. A expressão da maioria das proteases tumorais tem sido
associada a um comportamento mais agressivo dos carcinomas humanos e a um
prognóstico desfavorável da doença. Contudo, a detecção da presença e de níveis
enzimáticos se faz possível através do emprego de técnicas de pesquisa tais como a
imunohistoquimica, hibridização in situ e Western/ Southern blotting. Desse modo,
tais técnicas poderiam ser adaptadas para emprego, em larga escala, no exame de
biopsias tumorais.
Dentre as enzimas proteolíticas que degradam matriz extracelular, expressas
por tumores, encontram-se representantes das quatro grandes famílias de
proteases: metaloproteases, aspartil-proteases, cisteino-proteases e serinoprotease. O enfoque do presente trabalho se restringira a análise das
metaloproteases de matriz extracelular por se apresentarem de forma variada e
abundante em ambientes tumorais.
Metaloproteases de Matriz Extracelular (MMPs)
As MMPs constituem uma familia de endopeptidases, com atividade hidrolitica
de amplo espectro para as proteinas extracelulares. As MMPs pertencem a uma
familiade pelo menos 20 membros, produto de genes, homologos ou pseudohomologos, relacionados entre si (Woessner, 1991). Estas enzimas podem ser
classificadas deacordo com criterios estruturais e funcionais, em quatro grandes
familias de diferente especificidade ao substrato (Shingleton et al, 1996):
colagenases (MMP1, MMP8 e MMP13), gelatinases (MMP2 e MMP9), estromalisinas
(MMP3, MMP7, MMP10, MMP11 e MMP26) e metaloproteinas de membrana (MMP14,
MMP15, MMP16, MMP17, MMP24 e MMP25, tambem conhecidas como MT1-MMP a
MT6-MMP, respectivamente.) (Tabela II). Ha tambem alguns membros da familia das
MMPs que possuem caracteristicas especiais que impedem sua insercao nos grupos
supracitados, tais como a metaloelastase de macrofago (Belaaouaj et al, 1994), a
estromalisina-3 (Basset et al, 1990), MMP-19 (Pendas et al,1997) e a enamelisina
(Liano et al, 1997).
Embora as MMPs sejam classificadas com base na sua afinidade por substrato,
nota-se que ha sobreposicao entre as subclasses, em termos de suas afinidades. Fica
assim estabelecida uma promiscuidade funcional, significando que as MMPs nao tem
necessariamente um substrato definido. Esta promiscuidade e ainda exacerbada em
processos patogenicos como a proteolise relacionada a invasao tumoral. Alem disso,
as atividades das MMPs interferem umas com as outras na medida em que muitas
delas podem ativar outras proenzimas, o que sugere que a ativacao controlada das
mesmas pode envolver uma cascata, englobando diferentes membros da familia das
MMPs (Cawston, 1998).
Todas as MMPs têm algumas caracteristicas em comum, incluindo, dentre
estas:
1) um dominio catalitico, que acomoda um atomo de Zn+2 no sitio ativo;
2) um dominio propeptidico, essencial para a manutencao de sua latencia enzimatica,
e que e removido quando a enzima e ativada (Shima et al, 1992) e 3) um domínio
translacional, peptideo sinal que direciona o produto para secreção.
A maioria das MMPs tambem possuem um dominio C-terminal com uma
sequencia de homologia a hemopexina, que constitui um sitio de ligacao para os
inibidores teciduais. As gelatinases –A e –B (MMPs 2 e 9) diferem das demais por
apresentarem um dominio semelhante a FN, separando o dominio catalitico do
semelhante ahemopexina. A gelatinase B possui ainda um dominio semelhante ao
colageno. As MT-MMPs sao caracterizadas por um dominio transmembrana que e
responsável pela ancoragem da enzima a membrana plasmatica (Nguyen et al, 2001;
Liekens et al, 2001). Todas as MMPs requerem um pH neutro e Ca+2 para poderem
atuar e sao inibidas por uma familia especifica de proteinas, que se denominam
inibidores tissulares de MMP (TIMP) (Matrisian ,1990; Nguyen et al, 2001).
Atualmente são conhecidos quatro membros da familia das TIMPs que sao capazes
de se ligar e inibir a atividade de todos os membros da familia das MMPS. Eles
demonstram, entretanto, diferencas na sua distribuicao nos tecidos e na habilidade
de formar complexos com a forma inativa da MMP (McCawley & Matrisian, 2000).
As MMPs estao amplamente distribuidas no organismo humano onde
desempenham uma serie de funcoes fisiologicas como, por exemplo, na cicatrizacao
(Wolf et al, 1992), na reabsorcao ossea (Delaisse et al, 1992), na involucao mamaria
(Talhouk et al,1992) e em outras funcoes fisiologicas associadas a gravidez e parto
(Jeffrey,1991). Recentemente, tem-se demonstrado que as MMPs tambem estão
implicadas em processos patologicos variados como na artrite reumatoide (Harris,
1990), na enfermidade periodontal (Page, 1991), na esclerose múltipla (Chandler et
al, 1997), em algumas doencas cardiovasculares (Tamarina et al, 1997) e certas
alteracoes hematologicas (Guedez et al, 1996).
A fisiopatologia dos processos benignos e malignos na qual as MMPs e as
TIMPs estao implicadas, e que envolve alteracoes no mecanismo de turnover da
matriz extracelular, tem certamente sido alvo de investigacao. Contudo, o papel das
MMPs na fisiopatologia tumoral, como determinante do potencial metastatico nas
celulasneoplasicas (Tabela III), tem gerado maior interesse em investigacao clinica,
já que o processo de invasao tumoral inicia-se a partir da degradacao de elementos
da matriz extracelular e do estroma intersticial, tais como colageno, laminina,
fibronectina, tenascina, gelatinas e proteoglicanos (Liotta et al,1991).
A atividade das MMPs e regulada por expressao genica, por ativacao da proenzima e por inativacao da enzima ativa, por inibidores tissulares especificos. As
MMPs ampliam o processo de invasao tumoral, nao so atraves da degradacao das
proteinas da MEC, como tambem da ativacao de cascatas de transducao de sinal que
promovem motilidade e da solubilizacao de fatores de crescimento ligados a MEC (Mc
Cawley & Matrisian, 2001). A expressao de MMPs e induzida por fatores de
crescimento, celula-celula e celula-matriz. Muitos genes de MMPs (mmp1, mmp3,
mmp7, mmp9, mmp10, mmp12 e mmp13) sao induziveis por estímulos xtracelulares
que ativam um fator de transcricao dimerico, o complexo AP1, composto pelas
proteinas JUN e FOS, que vai se ligar ao promotor de MMPs, no nucleo celular, e
ativar sua transcricao. A inducao da expressao e atividade de AP1 sao mediadas por
tres classes de proteinas quinases ativadas por mitogenos (MAPK), ERKs, quinase do
N-terminal de JUN ativada por estresse (JNK) e a de p38 (Westermarck & Kahari,
1999). A proteina quinase C (PKC) ativa a via de sinalizacao de ERK1/ERK2.
Recentemente, tem-se mostrado que a super expressao de isoformas de PKC, tais
como
promotor de MMP1. PKC
tambem desempenha funca o importante na expressao de MMP9 em celulas de
gliomas malignos (Yabkowitz et al, 1999). De acordo com estudos recentes, Chintala
e colaboradores (1998) observaram que PKC, quando ativado, medeia mudancas no
citoesqueleto de celulas de gliomas, induzindo a producao de MMP9.
Um aspecto relevante da dinamica das MMPs na fisiopatologia tumoral e que
sua expressao pode ocorrer tanto em celulas neoplasicas quanto em celulas
estromais e endoteliais peritumorais (Hahnel et al, 1993). Estas ultimas,
provavelmente, recebem sinais bioquimicos originados do tumor, como fatores de
crescimento ecitocinas (Uria et al,1997). Analise imunohistoquimica da expressao de
MMP-2 tem mostrado um aumento da enzima em epitelio de mama e colon. No
entanto, estudos de hibridizacao in situ evidenciaram que o RNAm de MMP-2 em
tecidos com cancer de mama esta predominantemente localizado no estroma. Esta
discrepancia de resultados pode ser explicada pela recente descoberta de que MMP2 latente liga-se a superficie de celulas malignas por interacao com MT1-MMP (revisto
por Westermarck & Kahari, 1999).
As celulas endoteliais tambem sintetizam varias MMPS: MMP-1, MMP-2, MMP9 e MT1-MMP. Dentre estas a MMP-2 (gelatinase-A, 72kDa), MMP-9 (gelatinase B, 92
kDa) e a MT1-MMP foram descritas como exercendo importante papel na angiogenese
(Stetler-Stevenson, 1999).
Nguyen e colaboraddores (2001) postularam um modelo para o papel das
gelatinases, MMP-2 e MMP-9, na angiogenese. A MMP-2, constitutivamente secretada
pelas celulas endoteliais, seria ativada atraves de uma cascata de ativacoes
enzimaticas a partir da trombina. A trombina, que se encontra elevada em situacoes
angiogenicas, ativaria a proteina quinase C (PKC) na superfície endotelial. A PKC,
ativada rapidamente, iria fosforilar a MMP-2, fazendo com que as celulas endoteliais
iniciassem a degradacao da lamina basal. Depois desta etapa, as MMP-9, seriam
liberadas de vesiculas intracelulares, presentes nas celulas endoteliais, e exerceriam
o papel de mantenedoras da degradacao da lamina basal. Com a digestao da lamina
basal, as celulas endoteliais passariam a fazer contato com o colageno tipo I, do
conjuntivo subjacente, que por sua vez ira promover a upregulation da MT1-MMP que
ativa, por feedback positivo, a MMP-2. Esta ativação pelo colageno I pode ser
sustentada por longos periodos ate que os novos capilares formados secretem sua
lamina basal que servira como barreira para que nao haja o contato das celulas com
o colageno.
Tabela II
A familia das metaloproteases de matriz e seus substratos
Tabela III
Expressao de Metaloproteases em Neoplasias Humanos
Lafleur e colaboradores (2001) demonstram que a MT1-MMP era a principal
enzima equerida para ativação da para o-MMP-2 em células endoteliais da veia
umbilical humana (HUVECs), uma vez que anticorpos anti-MT1-MMP bloqueiam este
processo. Este mesmo grupo, em 2002, demonstrou que a atividade das MT-MMPse
especificamente requerida durante o processo de tubulogenese endotelial em géis de
fibrina e que provavelmente as principais enzimas envolvidas seriam MT1-MMP, MT2MMP ou MT3-MMP. Apesar dos niveis de MMP-2 ativa se apresentarem elevados
durante a diferenciacao das celulas em gel de fibrina, esta enzima parece nao ser a
responsavel pela tubulogenese, pois nem anticorpos anti-MMP-2 e nem o dominio
hemopexina C-terminal (PEX) desta MMP foram capazes de inibir o processo de
formacao de tubo (Lafleur et al, 2002). Por outro lado, a MT1-MMP possui uma
potente atividade fibrinolitica e a transfeccao de celulas MDCK, não invasivas, com
MT1-MMP aumentou a invasao e uma resposta tubulogenica quando estas celulas
foram cultivadas em gel de fibrina (Hiraoka et al, 1998).
As MMPs, sao expressas de forma abundante em tumores malignos,
independentemente de sua origem celular (Heppner et al, 1996; Basset et al, 1997;
Johnsen et al, 1998). Em consequencia disso, podem ser empregadas como
marcadores tumorais. Uma correlacao significativa entre a expressao aumentada de
uma MMP e um pior prognostico, em termo de sobrevida, pode ser demonstrada em
diversos casos, como enumerado a seguir: estromalisina-3, em cancer de mama
(Linder et al, 1997; Ahmad et al, 1998) e de colo (Porte, 1995); a colagenase
intesticial, em cancer colorretal (Murray et al, 1996), esofagico (Murray et al, 1998),
e condrossarcoma (Kawashima et al,1997); gelatinase B, em cancer colorrectal
(Zeng et al, 1996); gelatinase A, em cancer gastrico (Allgayer et al,1998), de ovario
(Garzetti et al, 1995), de mama (Talvensaari-Mattila et al, 1998) ede bexiga
(Kanayama et al, 1997), e colagenase-3, em cancer de mama (Lamelas, 1998).
Estudos demonstram que as MMPs-7, MMP-9 (Patterson & Sang, 1997) e
MMP-12 (Cornelius et al, 1998) podem atuar como bloqueadores da angiogenese,
uma vez que sao capazes de induzir a formacao de angiostatina a partir de
plasminogenio, um dos mais potentes inibidores angiogenicos atualmente
conhecidos. Entao, e possivel supor que a producao endogena de angiostatina por
MMPs e parte de um dos mecanismos de feedback negativo do controle da
degradacao de matriz induzida por MMP e consequentemente da promocao da
motilidade de celulas endoteliais e angiogenese (revisto por Hagedom & Bikfalvi,
2000).
Conclusão
Num organismo saudavel, a liberacao de enzimas proteoliticas e bem
circunscrita e controlada por inibidores enzimaticos que favorecem o inicio do
processo de resolucao de “danos” teciduais fisiologicos. Contudo, num ambiente
tumoral, onde o equilibrio homeostatico organico foi vencido pelo tumor, os inibidores
enzimaticos teciduais serao pouco eficazes em decorrencia da balanca tender para a
logica tumoral, de expandir e invadir, em detrimento da do hospedeiro, de restringir
e sobreviver. Alem disso, substancias anti-angiogenicas, tal como a angiostatina,
produzida pela clivagem do plasminogenio por MMPs, que tambem apresentam
resistencia nesse jogo de forcas entre invasor e hospedeiro, uma especie de trunfo
organico, parecem desempenhar igualmente papel ineficaz.
Por outro lado, as MMPs aumentam bastante seus niveis em processos
patologicos, especialmente nos tumorais, encontrando-se fora de controle organico,
e apresentam um comportamento promiscuo, exercendo o papel de outras em
termos de sua afinidade por um determinado substrato. Dessa maneira, normatizar
quais MMPs estariam presentes numa determinada neoplasia de um orgao especifico
torna-se tarefa um tanto quanto dificil.
Estudos recentes afirmam que a presenca de MMPs em neoplasias e sinal
indicativo de alto grau de agressividade e malignidade tumoral. Logo, biopsias de
neoplasias deveriam ser submetidas sempre a metodos que visassem a deteccao
precoce de niveis aumentados de proteinas que compoem a cascata de sinalizacao
da via de transcricao de sinais, como por exemplo, da proteina quinase C (PKC) e
suas isoformas, que ultimam com a producao de MMPs. Para tanto, convem que se
adequem metodos laboratoriais da biologia molecular, como o da imunohistoquimica
e/ou o da hibridizacao in situ, ao campo da clinica medica. Embora tal sondagem nao
promova um retrocesso no processo de degeneração organica de pacientes, podera
definir diagnostico precoce e tratamento pronto, visando o impedimento de
instalacao de mal maior.
Referência Bibliográfica
1. Afzal S, Lalani EN, Poulsom R, Stubbs A, Rowlinson G, Sato H et al. MT1-MMP,
and MMP-2 mRNA expression in human ovarian tumors: possible implications for
the role of desmoplastic fibroblasts. Hum Pathol 1998; 29: 155-165.
2. Ahmad A, Hanby A, Dublin E, Poulsom R, Smith P, Barnes D et al. Stromellysin
3: an independent prognostic factor for relapse-free survival in node-positive
breast cancer and demonstration of novel breast carcinoma cell expression. Am
J Pathol 1998; 152: 721-728.
3. Airola K, Johansson N, Kariniemi AL, Kahari VM, Saarialho-Kere UK. Human
collagenase-3 is expressed in malignant squamous epithelium of the skin. J
Invest Dermatol 1997; 109: 225-231.
4. Airola K, Ahonen M, Johansson N, Heikkila VM, Saarialho Kere UK. Human TIMP3 in expressed during fetal development, hair growth cycle and cancer
progression. J Histochem Cytochem 1998; 46: 437-448.
5. Allgayer H, Babic R, Beyer BCM, Grutzner KU, Tarabichi A, Schildberg FW
Prognostic relevance of MMP-2 (72-kD collagenase IV) in gastric cancer. Oncol
1998; 55: 152-160.
6. Ausprunk DH, Folkman J. Migration and proliferation of endothelial cells in
preformed and newly formed blood vessels during tumor angiogenesis.
Microvasc Res 1997; 14: 53-65.
7. Basset P, Bellocq JP, Wolf C, Stoll I, Hutin P, Limacher JM et al. A novel
metalloproteinase gene specifically expressed in stromal cells of breast
carcinomas. Nature 1990; 348: 699-704.
8. Basset P, Wolf C, Chambon P. Expression of the stromelysin-3 gene in fibroblastic
cells of invasive carcinomas of the breast and other human tissues: a review.
Breast Cancer Res Treat 1993; 24: 185-193.
9. Basst P, Okada A, Chenard MP, Kannan R, Stoll I, Anglard P, Bellocq JP, Rio MC.
Matrix metalloproteinases as stromal effectors of human carcinoma progression:
therapeutical implications. Matrix Biol 1997; 15: 535-41.
10. Belaaouaj A, Shipley JM, Kobayashi DK, Zimonjic DB, Popescu N, Silverman GA
et al. Human macrophage metalloelastase: genomic organization, chromosomal
location, gene linkage, and tissue-specific expression. J Biol Chem 1994; 270:
14568-14575.
11. Berend KR, Toth AP, Harrelson JM, Layfield LJ, Hey LlA, Scully SP. Association
between ratio of matrix metalloproteinase-1 to tissue inhibitor of
metalloproteinase-1 and local recurrence, metastasis, and survival in human
chondrosarcoma. J Joine Joint Surg Am 1998; 80: 11-17.
12. Byers S, Park M, Sommers C, Seslar S. Breast carcinoma: a collective disorder.
Breast Cancer Res Treat 1994; 31: 203-215.
13. Bramhall SR, Neoptolemos LP, Lemoine NR. Imbalance of expression of matrix
metalloproteinases (MMPs) and tissue inhibitors of the matrix metalloproteinases
(TIMPs) in human pancreatic carcinoma. J Pathol 1997; 182: 347-355.
14. Brown PD, Bloxidge RE, Stuart NS, Gatter KC, Carmichael J. Association between
expression of activated 72-kilodalton gelatinase and tumor spread in nonsmallcell lung carcinoma. J Natl Cancer Inst 1993; 85: 574-578.
15. Cawston T. Matrix metalloproteinases and TIMPs: properties and implications for
the rheumatic diseases. Mol Med Today 1998; 4:130-7.
16. Campo E, Merino MJ, Liotta L, Neumann R, Stetler-Stevenson W. Distribution of
the 72-kd type IV collagenase in nonneoplastic and neoplastic thyroid tissue.
Hum Pathol 1992; 23: 1395-1401.
17. Chandler S, Miller KM, Clements JM, Lury J, Corkill D, Anthony DCC et al. Matrix
metalloproteinases, tumor necrosis factor and multiple sclerosis: an overview. J
Neuroimmunology 1997; 72: 155-161.
18. Chintala SK et al. Induction of matrix metalloproteinases-9 requires a polymerized
actin cytoskeleton in human malignant glioma cells. J Biol Chem 1998; 273:
13545-551.
19. Clark WH. The nature of cancer: morphogenesis and progressive (self) disorganization in neoplastic development and progression. Acta Oncologica
1995; 34: 3-21.
20. Collier IE, Wihelm SM, Eisen AZ, Marmer BL, Grant GA, Selter JL et al H-ras
oncogene-transformed human bronchial epithelial cells (TBE-1) secrete a single
metalloproteinase capable of degrading basement membrane colagen. J Biol
Chem 1988; 263: 6579-6587.
21. Cornelius LA, Nehring LC, Harding E, Bolanowski M, Welgus HG, Kobayashi DK,
Pierce RA, Shapiro SD. Matrix metalloproteinases generate angiostatin: effects on
neovascularization. J Immunol 1998; 161: 6845-52.
22. Davies B, Miles D, Happerfield L, Naylor M, Bobrow L, Rubens R et al. Activity of
type IV collagenases in benign and malignant breast disease. Br J Cancer 1993;
67: 1126-1131.
23. Delaisse JM, Vaes G. Mechanism of mineral sollubilization and matrix degradation
in osteoclastic bone resorption. Biology and Phisiology of the Osteoclast. Boca
Raton: CRC Press, 1992; 289-314.
24. D'Errico A, Garbisa S, Liotta LA, Castronovo V, Stetler-Stevenson WG, Grigioni
WF Augmentation of type IV collagenase, laminin receptor, and Ki67 proliferation
antigen associated with human colon, gastric, and breast carcinoma progression.
Mod Pathol 1991; 4: 239-246.
25. Effert PJ, Strohmeyer TG Theories on the metastatic process and possible
therapeutic options. Urol Res 1995; 23: 11-19.
26. Folkman J. Tumor angiogenesis. Adv Cancer Res 1985; 43: 175-203.
27. Freije JM, Diez-Itza I, Balbin M, Sanchez LM, Blasco R, Tolivia J et al. Molecular
cloning and expression of collagenase-3, a novel human matrix metalloproteinase
produced by breast carcinomas. J Biol Chem 1994; 269: 16766-16773.
28. Fishman DA, Bafetti LM, Stacks MS. Membrane-type matrix metalloproteinase
expression and matrix metalloproteinase-2 activation in primary human ovarian
epithelial carcinoma cells. Invasion Metastasis 1996; 16: 150-159.
29. Garzetti GG, Ciavattini A, Lucarini G, Goteri G, De Nictolis M, Garbisa S et al.
Tissue and serum metalloproteinase (MMP-2) expression un advanced ovarian
serous cystoadenocarcinomas: clinical and prognostic implications. Anticancer
Res 1995; 15: 2799-2804.
30. Gastl G, Hermann T et al. Angiogenesis as a target for tumor treatment.
Oncology 1997; 54 (3): 177-84.
31. Gilles C, Polette J, Piette C, Munaut EW, Thopmson P, Birembaut JM et al. High
level of MT-MMP expression is associated with invasiveness of cervical cancer
cells. Int J Cancer 1996; 65: 209-213.
32. Gohji K, Fujimoto N, Komiyama T, Fujii A, Ohkawa J, Kamidono S et al. Evaluation
of serum levels of matrix metalloproteinase-2 and 3 as new predictors of
recurence in patients with urothelisl carcinoma. Cancer 1996; 78: 2379.
33. Goldberg GI, Wihelm SM, Kronberger A, Bauer EA, Grant GA, Eisen AR. Human
fibroblast collagenase: complete primary structure and homology to an oncogene
transformation-induced rat protein. J Biol Chem 1986; 261: 6600-6605.
34. Gottesman M. Role of proteases in cancer. Semin Cancer Biol 1990; 1: 97-160.
35. Gray ST, Wilkins RJ, Yun K. Interstitial collagenase gene expression in oral
squamous cell carcinoma. Am J Pathol 1992; 141: 301-306.
36. Gress TM, Mulla-Pillasch F, Lach MM, Friess H, Buchla M, Adla G. Expression and
insitu localization of genes coding for extracellular matrix proteins and
extracelular matrix degrading proteases in pancreatic cancer. Int J Cancer 1995;
62: 407-413.
37. Guedez L, Lim MS, Stetler-Stevenson WG.The role of metalloproteinasses and
their inhibitors in hematological disorders. Critical Rev Oncog 1996; 7: 205225.
38. Hagedorn M, Bikfalvi A. Target molecules for anti-angiogenic therapy: from basic
research to clinical trials. Crit Rev Oncol Hematol 2000; 34: 89-110.
39. Hahnel E, Harvey JM, Joyce R, Robbins PD, Sterret GF, Hahnel R.Stromelysin-3
expression in breast cancer biopsies: clinico-pathological correlations. Int J
Cancer 1993; 55: 771-774.
40. Hamdy FC, Fadlon EJ, Cottam D, Lawry J, Thurrell W, Silcochs PB el al. Matrix
metalloproteinase 9 expression in primary human prostatic adenocarcinoma and
benign prostatic hyperplasia. Br J Cancer 1994; 69: 177-182.
41. Harris ED Jr. Rheumatoid arthritis: pathophysiology and implications for therapy.
N Engl J Med 1990; 322: 1277-1289.
42. Hasty KA, Pourmotabbed TF, Goldberg GI, Thompson JP, Spinella DG, Stevens
RM et al. Human neutrophil collagenase: a distinct gene product with homology
to other matrix metalloproteinases. J Biol Chem 1990; 265: 11421-4.
43. Heppner KJ, Matrisian LM, Jensen RA, Rodgers WH. Expression of most matrix
metalloproteinase family members in breast cancer represents a tumor-induced
host response. Am J Pathol 1996; 149: 273-82.
44. Jeffrey JJ. Collagen and collagenase: pregnancy and parturition. Semin
Perinatol 1991; 15: 118-26.
45. Johansson N, Vaalamo M, Grenman S, Hietanen S, Klemi P, Saarialho-Kere U et
al. Collagenase-3 (MMP-13) is expressed by tumor cells in invasive vulvar
squamous cell carcinomas. Am J Pathol 1999; 54: 469-480.
46. Johnsen M, Lund RL, Romer J, Almholt K, Dano K. Cancer invasion and tissue
remodeling: common Themes in proteolytic matrix degradation. Curr Opin Cell
Biol 1998; 10: 667-71.
47. Kanayama H, Yokota K, Kurokawa Y, Murakami Y, Nishitani M, Kagawa S
Prognostic values of matrix metalloproteinase-2 and tissue inhibitor of
metalloproteinase-2 expression in bladder cancer. Cancer 1997; 82: 1359-1366.
48. Kawashima A, Okada Y, Nakanishi I, Ueda Y, Iwata K, Roessner A.
Immunolocalization of matrix metalloproteinases and tissue inhibitors of
metalloproteinases in human chondrosarcomas. Gen Diagn Pathol 1997;142:
129-37.
49. Kossakowska AE, Huchcroft SA, Urbanski SJ, Edwards DR. Comparative analysis
of the expression patterns of metalloproteinases and their inhibitors in breast
neoplasia, pulmonary carcinomas and malignant non-Hodgkin's lymphomas in
humans. Br J Cancer 1996; 73: 1401-1408.
50. Kugler A, Hemmerlein B, Thelen P, Kallerhoff M, Radzun HJ, Ringert RH.
Expression of metalloproteinase 2 and 9 and their inhibitors in renal cell
carcinoma. J Urology 1998; 160: 1914-1918.
51. Lafleur MA, Forsyth PA, Atkinson SJ, Murphy G, Edwards DR. Perivascular cells
regulate endothelial membrane type-1 matrix metalloproteinase activity.
Iochem Biophys Res Commun 2001; 282: 463-73
52. Lafleur MA, Handsley MM, Knauper V, Murphy G, Edwards DR. Endothelial
tubulogenesis within fibrin gels specifically requires the activity of membranetypematrix metalloproteinases (MT-MMPs). J Cell Sci 2002; 115: 3427-38.
53. Lamelas ML Expresion y significacion clinica de la colagenasa-3 en los carcinomas
mamarios. [Tesis doctoral]. Facultad de Medicina. Universidad de Oviedo
1998.
54. Llano E, Pendas AM, Knauper V, Sorsa T, Salo T, Salido E et al. Identification and
structural and functional characterization of human enamelysin (MMP-20).
Biochemist 1997; 36: 15101-8.
55. Llano E, Pendas AM, Freije JP, Nakano A, Knauper V, Murphy G et al. Identification
and characterization of human MT5-MMP, a new membrane-bound activator of
progelatinase a overexpressed in brain tumors. Cancer Res 1999; 59: 2570- 6.
56. Liekens S, Clercq ED, Neyts J. Angiogenesis: regulators and clinical applications.
Biochem Pharmacol 2001; 61: 253-70.
57. Linder C, Engel G, Auer G, Strander H, Linder S. Distribution of stromelysin-3
mRNA transcripts and microvessels in human breast carcinomas. Breast Cancer
Res Treat 1997; 42: 207-213.
58. Liotta LA, Steeg PS, Stetler-Stevenson WG. Cancer metastasis and angiogenesis:
an inbalance of positive and negative regulation. Cell 1991;64: 327-36.
59. Majmudar G, Nelson BR, Jensen TC, Johnson TM. Increased expression of matrix
metalloproteinase-3 (stromelysin-1) in cultured fibroblasts and basal cell
carcinomas of nevoid basal cell carcinoma syndrome. Mol Carcinog 1994; 11:2960. Matrisian LM. Metalloproteinases and their inhibitors in matrix remodelling.
Trends Genet 1990; 6: 121-25.
61. McCawley LJ, Matrisian LM. Matrix metalloproteinases: multifunctional
contributors to tumor progression. Mol Med Today 2000; 6: 149-56.
62. McCawley LJ, Matrisian LM. Matrix metaloproteinases: They’re not just for matrix
anymore! Curr Opin Cell Biol 2001; 13: 534-40. 26
63. McDonell S, Navre M Kr, Coffey RF, Matrisian LM. Expression and localization of
the matrix metalloproteinase PUMP-1 (MMP-7) in human gastric and colon
carcinomas. Mol Carcinog 1991; 4; 527-533.
64. Migita T, Sato E, Saito K, Mizoi T, Shiiba K, Matsuno S et al. Differing expression
of MMPs-1 and 9 and urokinase receptor berween diffuse-and intestinal-type
gastric carcinoma. Int J Cancer 1999; 84: 74-79.
65. Monteagudo C, Merino MJ, San-Juan J, Liotta LA, Stetler-Stevenson WG.
Immunohistochemical distribution of type IV collagenase in normal, benign, and
malignant breast tissue. Am J Pathol 1990; 136: 585-592.
66. Muller D, Quantin B, Gesnel MC, Millon-Collard R, Abecassis J, Breathnach R. The
collagenase gene family in humans consist of at least four members. Biochem J
1988; 253: 187-92.
67. Muller D, Breathnach R, Engelmann A, Millon R, Bronner G, Flesch H et al.
Expression of collagenase-related metalloproteinase genes in human lung or head
and neck tumours. Int J Cancer 1991; 48: 550-556.
68. Murray GI, Duncan ME, O'Neil P, Melvin WT, Fothergill JE. Matrix
metalloproteinase-1 is associated with poor prognosis in colorectal cancer.
Nature Med 1996; 461-2.
69. Murray GI, Duncan ME, O'Neil P, McKay JA, Melvin WT, Fothergill JE. Matrix
metalloproteinase-1 is associated with poor prognosis in oesophageal cancer. J
Pathol 1998; 185: 256-61.
70. Nakamura H, Ueno H, Yamashita K, Shimada T, Yamamoto E, Noguchi M et al.
Enhanced production and activation of progelatinase A mediated by membranetype 1 matrix metalloproteinase in human papillary thyroid carcinomas. Cancer
Res 1999; 59: 467-473.
71. Nakano A, Tani E, Miyazaki K, Furuyama J, Matsumoto T. Expression of matrilysin
and stromelusin in human glioma cells. Biochem Biophys Res Commun 1993;
192: 999-1003.
72. Nakano A, Tani E, Miyazaki K, Yamamoto Y, Guruyama J. Matrix
metalloproteinases and tissue inhibitors of metalloproteases in human gliomas. J
Neurosurg 1995; 83: 208-307.
73. Naylor MS, Davies BD, Balkwill FR. Expression and activity of MMPS and their
regulators in ovarian cancer. Int J Cancer 1994; 58: 50-56.
74. Narvo S, Kanayama H, Aki M, Kagawa S. Gene expressions of type IV collagenase
and tissue inhibitor of metalloproteinases (TIMP) in human bladder cancers. Jpn
Urol 1993; 84: 841-850.
75. Nguyen M, Arkell J, Jackson CJ. Human endothelial gelatinases and angiogenesis.
Int J Biochem Cell Biol 2001; 33: 960-70.
76. Ohtani H, Motohashi H, Sato H, Seiki M, Nagura H Dual over-expression pattern
of membrane-type metalloproteinase-1 in cancer and stromal cells in human
gastrointestinal carcinoma revealed by in situ hybridisation and immunoelectron
microscopy. Int J Cancer 1996; 68: 565-570.
77. Okada A, Bellocq J-P, Rouyer N, Chenard M-P, Rio M-C, Chambon P et al.
Membrane-type matrix metalloproteinase (MT-MMP) gene is expressed in stromal
cells of human colon, breast and head and neck carcinomas. Proc Natl Acad Sci
USA 1995; 92: 2730-2734.
78. Page RC.The role of inflammatory mediators in the pathogenesis of periodontal
disease. J Periodontal Res 1991; 26: 230-242.
79. Pendas AM, Knauper V, Puente XS, Llano E, Mattei MG, Apte S et al. Identification
and characterization of a novel human matrix metalloproteinase with unique
structural characteristics chromosomal location, and tissue distribution. J Biol
Chem 1997; 272: 4281-86.
80. Polette M, Clavel C, Muller D, Abecassis J, Binninger I, Birembaut P. Detection of
mRNAs encoding collagenase I and stomelysin 2 in carcinomas of the head and
neck by in situ hibridization. Invasion Metastasis 1991; 11: 76-83.
81. Polette M, Nawrochi B, Gilles C, Sato H, Seiki M, Tournier JM et al. MT-MMP
expression and localisation in human lung and breast cancers. Virchows Arch
1996; 428: 29-35.
82. Porte H, Chastre E, Prevot S, Nordlinger B, Empereur S, Basset KP et al.
Neoplastic progression of human colorectal cancer is associated with
overexpression of the stromelysin-3 and BM-40/ SPARC genes. Int J Cancer
1995; 64: 70-75.
83. Powell WC, Knox JD, Navre M, Grogan TM, Kittelson J, Nagle RB et al. Expression
of the metalloproteinase matrilysin in DU-145 cells increases their invasive
potential in severe combined immunodeficient mice. Cancer Res 1993; 53: 417422.
84. Puente XS, Pendas AM, Llano E, Velasco G, Lopez-Otin C. Molecular cloning of a
novel membrane-type matrix metalloproteinase from a human breast carcinoma.
Cancer Res 1996; 56: 944-49.
85. Pyke C, Ralfkiaer E, Huhtala P, Hurskainen T, Dano K, Trygvasson K. Localization
of messenger RNA for Mr 72,000 and 92,000 type IV collagenases in human skin
cancers by in situ hybridization. Cancer Res 1992; 532: 1336-1341.
86. Quantin B, Murphy G, Breathnach R. Pump-1 codes for a protein with
characteristics similar to those of classical collagenase family members.
Jochem1989; 28: 5327- 34.
87. Rao JS, Steck PA, Mohanam S, Stetler, Stevenson WG, Liotta LA, Sawaya R.
Elevated levels of M 92,000 type IV collagenase in human brain tumors. Cancer
Res 1993; 53: 2208-2211.
88. Rouyer N, Wolf C, Chenard MP, Rio MC, Chambon P, Bellocq JP et al. Stromelysingene expression in human cancer: an overview. Invasion Metastasis 199495;14: 269-275.
89. Sato H, Takino T, Okada Y, Cao J, Shiinagawa A, Yamamoto E et al. A matrix
metalloproteinase expressed on the surface of invasive tumor cells. Nature
1994;370: 61-5
90. Shapiro SD, Kobayashi DK, Ley TJ. Cloning and characterization of a unique
elastolytic metalloproteinase produced by human alveolar macrophages. J Biol
Chem 1993; 268: 23824-9.
91. Shima I, Sasaguri Y, Kusukawa J, Yamana H, Fujita H, Kakegawa T et al.
Production of matrix metalloproteinase-2 and metalloproteinase-3 related to
malignant behaviour of esophageal carcinoma. Cancer 1992; 70: 2747-2753.
92. Shingleton WD, Hodges DJ, Brick P, Cawston TE. Collagenase: a key enzyme in
collagen turnover. Biochem. Cell Biol 1996; 74: 759- 75.
93. Solomon E, Borrow J, Goddard AD. Chromosome aberrations and cancer. Science
1991; 254: 1153-1160.
94. Stearns ME, Wang M. Type IV collagenase (M (r) 72,000) expression in human
prostate: benign and malignant tissue. Cancer Res 1993; 53: 878-883.
95. Stetler-Stevenson WG. Matrix metalloproteinases in angiogenesis: a moving
target for therapeutic intervention. J Clin Invest 1999; 103: 1237-41.
96. Stolow MA, Bauzon DD, Li J, Sedgwick T, Liang VC, Sang QA. Identification and
characterization of a novel collagenase in Xenopus laevis: possible roles during
frog development. Mol Biol Cell 1996; 10: 1471-1483.
97. Sugiura Y, Shimada H, Seeger RC, Laug WE, DeClerckYA. Matrix
metalloproteinases-2 and 9 are expressed in human neuroblastoma: contribution
of stromal cells to their production and correlation with metastasis. Cancer Res
1998; 58: 2209-2216.
98. Takeha S, Fujiyama Y, Bamba T, Sorsa T, Nagura H, Ohtani H. Stromal
expression. Of MMP-9 and urokinase receptor is inversely associated with liver
metastasis and with infiltrating growth in human colorectal cancer: a novel
approach from immuno/inflammatory aspect. Jpn J Cancer Res 1997; 88: 7281.
99. Takino T, Sato H, Shinagaw A, Seiki M. Identification of the second membranetype matrix metalloproteinase gene form a human placenta cDNA library. MMMMP form a unique membrane-type subclass in the MMP family. J Biol Chem
1995; 270: 23021-23030.
100. Talhouk RS, Bissell MJ, Werb Z. Coordinated expression of extracellular
matrixdegrading proteinases and their inhibitors regulates mammary epithelial
function during involution. J Cell Biol 1992; 118: 1272-1282.
101. Talvensaari-Mattila A, Paakko P, Hoyhtya M, Blanco-Sequeiros G,
Turpeenniemi-Hujanen T. Matrix metalloproteinase-2 immunoreactive protein. A
marker of aggressiveness in breast carcinoma. Cancer 1998; 53:1153-62.
102. Tamakoshi K, Kikkawa F, Nawa A, Ishikawa H, Mizuno K, Tamakoshi A et al.
Characterization of extracellular matrix-degrading proteinase and its inhibitor in
gynecological cancer tissues with clinically different metastatic form. Cancer
1995;76: 2565-2571.
103. Tamarina NA, McMillan WD, Shively VP, Pearce WH.Expression of matrix
metalloproteinases and their inhibitors in aneurysms and normal aorta. Surgery
1997; 122: 264-272.
104. Tokuraku M, Sato H, Murakami Y, Okada Y, Watanabe M, Seiki M. Activationof
the precursor of gelatinase A/72 kDa type IV collagenase/MMP-2 in lung
carcinomas correlates with the expression of membrane-type matrix
metalloproteinase (MTMMP) and with lymph node metastasis. Int J Cancer 1995;
64: 355-359.
105. Tsukifuji R, Sakai Y, Hatamochi A, Shinkai H. Gene expression of matrix
metalloproteinase-1 (interstitial collagenase) and matrix metalloproteinase-3
(stromelysin-1) in basal cell carcinoma by in situ hybridization using chondroitin
ABC lyase. Histochem J 1997; 29: 401-407.
106. Ueno H, Nakamura H, Inoue M, Imai K, Noguchi M, Sato H et al. Expression
and tissue localization of membrane-types 1, 2, and 3 matrix metalloproteinases
in human invasive breast carcinomas. Cancer Res 1997; 57: 2055-2060.
107. Urbanski SJ, Edwards DR, Maitland A, Leco KJ, Watson A, Kossakowska EAE.
Expression of metalloproteinases and their inhibitors in primary pulmonar
carcinoma. Br J Cancer 1992; 66: 1188-1194.
108. Uria JA, Ferrando A, Velasco G, Freije JMP, Lopez-Otin C. Structure and
expression. In breast tumors of human TIMP-3, a new member of the
metalloproteinase inhibitor family. Cancer Res 1994; 54: 2091-2094.
109. Uria JA, Stahle-Backdahl M, Seiki M, Fueyo A, Lopez-Otin C.Regulation of
collagenase-3 expression in human breast carcinomas is mediated by
stromalepithelial cell interactions. Cancer Res 1997; 57: 4882-4888.
110. Uria JA, Jimenez MG, Balbin M, Freije JMP, Lopez-Otin C. Differential effects
of TGF-on the expression of collagenase-1 and collagenase-3 in human
fibroblasts. J Biol Chem 1998; 273: 9769-9777.
111. Vaisanen A, Tuominen H, Kallioinen M, Turpeenniemi-Hujanen T. Matrix
metalloproteinase-2 (72 kD type IV collagenese) expression occurs in the early
stage of human melanocytic tumour progression and may have prognostic value.
J Pathol 1996; 180: 283-289.
112. Van der Oord JJ, Paemen L, Opdenakker G, de Wolf-Peeters C. Expression of
gelatinase B and the extracellular matrix metalloproteinase inducer EMMPRIN in
benign and malignant pigment cell lesions of the skin. Am J Pathol 1997;
151:665-70.
113. Westermarck J, Kahari VM. Regulation of matrix mettaloproteinase expression
in tumor invasion. FASEB J 1999;13: 781-92
114. Whitham SE, Murphy G, Angel P, Rahmsdorf H-J, Smith BJ, Lyons A, et al
Comparison of human stromelysin and collagenase by cloning and sequence
analysis. Biochem J 1987; 240: 913-16.
115. Wilhelm SM, Collier IE, Marmer BL, Eisen AZ, Grant GA, Goldberg GI SV40transformed human lung fibroblast secrete a 92-kDa type IV collagenase which is
identical to that secreted by normal human macrophages. J Biol Chem 1989;
264:17213-21
116. Will H, Hinzmann B. cDNA sequence and mRNA tissue distribution of a novel
human matrix metalloproteinase with a potential transmembrane segment. Eur
J Biochem 1995; 231: 602-8.
117. Woessner J. Matrix metalloproteinases and their inhibitors in connective tissue
remodeling. FASEB J 1991; 5: 2145-54.
118. Wolf C, Chenerd MP, Durand de Grossouvre P, Bellocq JP, Chambon P, Basset
P. Breast-cancer-associated stromelysin-3 gene is expressed in basal cell
carcinoma and during cutaneous wound healing. J Invest Dermatol 1992; 99:
870-872.
119. Yamagata S, Yoshii Y, Suh JG, Tanaka R, Shimizu S Occurrence of inactive
form of gelatinase in human gastric and colorectal carcinoma tissues. Cancer
Lett 1991;59: 51-55.
120. Yamamoto H, Itoh F, Hinoda Y, Senota A, Yoshimoto M, Nakamura H et
al.Expression of matrilysin mRNA in colorectal adenomas and its induction by
truncated fibronectin. Biochem Biophys Res Commun 1994; 201: 657-664.
121. Yamamoto M, Mohanan S, Sawaya R, Fuller GN, Seiki M, Sato ZL et al.
Differential expression of membrane-type metalloproteinase and its correlation
with gelatinase A activation in human malignant brain tumors in vivo and in vitro.
Cancer Res 1996; 56: 384-392.
122. Yabkowitz R et al. Inflamatory cytocines and vascular endothelial growth
factor stimulate the release of soluble tie receptor from human endothelial cells
viametatalloprotease activation. Blood 1999; 93: 1969-79.
123. Zeng ZS, Huang Y, Cohen AM, Guillem JG Prediction of colorectal cancer
relapse and survival via tissue RNA levels of matrix metalloproteinase-9. J Clin
Oncol 1996; 14: 3133-40

Documentos relacionados

CONSORT Randomized Clinical Trial Review Article Clinical

CONSORT Randomized Clinical Trial Review Article Clinical Yeon-Jee Yoo, Won-Jun Shon, Seung-Ho Baek, Mo K. Kang, Hyeon-Cheol Kim, WooCheol Lee

Leia mais

Game Program

Game Program 2B L/R 5-4 3 Katelyn McCaughey Fr. P/OF L/R 5-3 5 Abigail Francis Fr. OF B/R 5-9 6 Shannan Orwitz Fr. 2B/OF R/R 5-2 7 Nicole Clemens Sr. C R/R 5-2...

Leia mais

Sat. 5:30pm .May 28 .June 4 .June 11 .June 18 .June 25 1st Reader

Sat. 5:30pm .May 28 .June 4 .June 11 .June 18 .June 25 1st Reader Mark King Bret Seprish Tim Mulligan Don Thornton Gina Zeno Julie Mastry open open

Leia mais