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Predispor um Plano Estratégico é um modo para
fazer com que possam convergir as decisões
e as prioridades de diversas pessoas
e organizações, sejam estas entidades locais
ou empresas, instituições culturais ou associações
de categoria, cujo objetivo é identificar uma idéia
de desenvolvimento que seja compartilhada para
um determinado território e atuar projetos
em comum. A vantagem desse tipo de instrumento,
que define um verdadeiro programa de trabalho
com as indicações sobre os objetivos a serem
alcançados bem como as ações consideradas úteis
para cada objetivo, é coordenar os recursos
não apenas econômicos, mas também as idéias,
os projetos, as propostas que os signatários
do acordo pretendem colocar à disposição
do sistema local.
A filosofia dos planos estratégicos se baseia
no desenvolvimento equilibrado, no qual a saúde
econômica está nivelada com o crescimento
cultural, a qualidade social, a preservação
do ambiente urbano e natural. A característica
peculiar dos planos estratégicos é que estes podem
ser instrumentos muito versáteis, reforçados
pela adesão voluntária as suas indicações:
é por essa razão que a adoção de um Plano
Estratégico pressupõe um sistema que controla
os relacionamentos entre os aderentes do tipo
absolutamente paritário e que introduza
as modalidades novas de aproximação ao governo
de um determinado território.
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Torino foi, no ano 2000, a primeira cidade italiana a adotar um Plano
Estratégico, percorrendo um caminho que, nos anos sucessivos, foi seguido
por muitas outras cidades. O 1º PLANO ESTRATÉGICO PARA A PROMOSSÃO
DA CIDADE nasce no momento em que era perceptível a crise da industria
manufactureira e da sociedade fordista, decorrente das mudanças
sócio-econômicas nos países ocidentais. Trabalhando o Plano Estratégico,
Torino se comprometeu a elaborar um projeto cujo objetivo era manter
a própria capacidade para produzir riquezas e inovações, através da
diversificação do sistema produtivo e do projeto de renovação da imagem
internacional da cidade, cujo ponto culminante foi a organização
das Olimpíadas do Inverno.
No mês de julho de 2006, aquele primeiro documento foi renovado para
que pudesse responder às exigências de um contexto sócio-econômico
ulteriormente mudado, com novas necessidades e outros objetivos que
visavam o crescimento. De acordo com o 2º PLANO ESTRATÉGICO PARA
A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO, a chave de volta para completar
a transformação é investir no capital humano e na inovação, valorizando
o patrimônio de competências locais para adaptá-lo ao novo contexto global.
Os trabalhos para a construção do 2ºPlano Estratégico iniciaram no mês
de janeiro de 2005 e foram coordenados pelas comissões temáticas com
a função de explorar cenários, objetivos e possibilidades. As comissões se
reuniram em sessões plenárias e em grupos restritos, que experimentaram
os diversos modos para envolver a cidadania, promovendo congressos
e organizando encontros políticos e institucionais, descreveram o processo
de planejamento através de instrumentos editoriais e de comunicação.
Assim como aconteceu no ano 2000, o processo de planejamento envolveu
mais de 1000 pessoas.
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O 2° Plano Estratégico se articula na economia do conhecimento e é um
modelo de desenvolvimento que vem se afirmando nos países mais
avançados, levando a uma evolução dos sistemas econômicos tradicionais
em direção à produção com fortes conteúdos de projetação, estudo
e pesquisa. As raízes deste modelo devem ser procuradas na crise que,
no início da década de oitenta, envolveu os países com uma antiga
industrialização devido à entrada de novos produtores nos mercados
internacionais com baixo custo de mão-de-obra. As empresas reagiram
diante dessa situação adotando novos modelos produtivos, levando para
outros lugares as atividades manufatureiras e concentrando-se nos
serviços de alto conteúdo de conhecimento, tais como a logística, finanças,
comunicação e informática que aumentam sensivelmente o número de
adeptos. O novo modelo muda também o modo de trabalhar: a participação
que é solicitada ao trabalhador está cada vez menos associada à execução
dos procedimentos predefinidos e está sempre mais ligada à participação
ativa, à capacidade criativa, à disponibilidade de conhecimentos
e competências especialísticas.
A área metropolitana de Torino possui os recursos preliminares para
um desenvolvimento deste tipo; isto é verdade tanto que, num momento
em que as estruturas importantes da economia local estão em fase
de rápidas mudanças e esta cidade encontra-se entre as mais envolvidas,
em nível europeu, pelos processos de redistribuição internacional do
trabalho que fazem com que se redimensione a própria função em relação
a isso. Se a mudança de prospectiva parece ser inevitável, todavia, requer
um contexto local que seja capaz de não sofrer, aliás, captar, as
oportunidades que surgem. O âmago da questão é que o desenvolvimento
baseado no conhecimento, embora ofereça grandes possibilidades,
traz consigo enormes conseqüências sociais e pode se transformar num
potente vector da desagregação. Ao contrário, é essencial que as vantagens
ligadas à adoção desse tipo de modelo sejam usufruídas por todos
os cidadãos, não apenas por aqueles que possuem um título de estudo,
a rede social e os instrumentos culturais para poder se propor mais
facilmente no mercado de trabalho.
Torino deve, portanto, valorizar o próprio capital humano agindo
contemporaneamente em mais direções: contrastando a dispersão escolar,
integrando os filhos dos imigrantes, fazendo com que a universidade seja
de interesse para os estudantes e para os pesquisadores estrangeiros,
opondo-se à emigração dos jovens talentos. Ao mesmo tempo, se trata
de adotar instrumentos para entesourar o percurso do trabalho escolhido,
acumulando competências e experiências a fim de facilitar a aprendizagem
nas diversas fases da vida, e reforçar os relacionamentos entre
a universidade, empresa e política em prol do desenvolvimento, para
orientar a pesquisa aplicada em relação às exigências do mercado
de trabalho. Se trata de governar, numa ótica estratégica, a competitividade,
a atratividade, a coesão social e territorial, garantindo a cidade de Torino
um futuro com inovação e desenvolvimento, fazendo que essa cidade tenha
um ambiente aberto e acolhedor.
O modelo de desenvolvimento definido
pela sociedade do conhecimento
dá muita importância às cidades,
que retornam à função originária
de intercâmbio na qual se mesclam
e coexistem serviços modernos
em favor das empresas, dos
consumidores e da administração
pública. Uma outra função importante
é exercida pelas áreas metropolitanas,
territórios compostos por diversas
cidades onde a concentração e a
diversificação de populações,
das funções, dos interesses e das
possibilidades alcançam um nível
de complexidade interessante e uma
dimensão competitiva.
É exatamente por esta razão que
o 2º Plano Estratégico se destina
a toda área metropolitana de Torino,
um território que conta com milhão
e seiscentos habitantes, composto
de mais de 30 municípios que se
encontram ao redor desta cidade.
Somente quando forem capazes
de ativar uma gestão dinâmica
e projectual dos próprios recursos,
liberando energia para construir
projetos urbanos, é que as áreas
metropolitanas poderão se tornar
um elemento importante capaz
de conduzir ao desenvolvimento,
assumindo uma posição ideal em
relação à nova indústria, atenta para
entrelaçar relacionamentos virtuosos
com a sociedade civil, os institutos
de formação, os centros de pesquisa,
as grandes infra-estruturas, o sistema
cultural e a qualidade urbana.
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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O Plano Estratégico é descrito,
ativado, promovido e monitorado
pela Associazione Torino
Internazionale, que representa
um organismo especializado
que atua desde o mês de maio
do ano 2000. O presidente é
o Prefeito da Cidade e também
o Presidente da Província.
A associação conta com 97 sócios
dentre os quais fazem parte as
entidades públicas, instituições,
universidades, centros culturais,
sindicatos, associações
e empresas.
O funcionamento desta associação
é garantido por um pequeno staff
com funções operativas e também
por diversos órgãos do governo:
a assembléia dos sócios; um
comitê para de coordenação
constituído pelos representantes
das entidades locais, instituições
bancárias e quatro prefeitos
da área metropolitana; um comitê
científico do qual fazem parte
os acadêmicos e os expertos
em desenvolvimento local;
as comissões temáticas que
representam a sede permanente
do confronto entre atores para a
realização dos projetos do Plano.
Co-presidentes
COMITÊ CIENTÍFICO
Sergio Chiamparino
Coordenador
Prefeito de Torino
Antonio Saitta
Presidente da Província de Torino
Vice-presidente
Giuseppe Berta
Universidade Bocconi Milano
Diretor
Giuseppe Berta
Universidade Bocconi Milano
Arnaldo Bagnasco
Faculdade de Letras e Filosofia Universidade de Torino
Fabrizio Barca
Ministério da Economia e Finanças
Luigi Bobbio
Faculdade de Ciências Políticas Universidade de Torino
Elisa Rosso
Aldo Bonomi
Comissões temáticas
Franco Corsico
Carlo Alberto Barbieri
Coordenador do Território Metropolitano
Giuseppe Berta
Coordenador do Desenvolvimento Econômico
Marco Demarie
Coordenador Potencial Cultural
Nicola Negri
Instituto Aaster
Faculdade de Arquitetura Politécnico de Torino
Giuseppe Dematteis
Faculdade de Arquitetura Politécnico de Torino
Bruno Dente
Politécnico de Milano, Instituto Pesquisa Social Milano
Bruno Manghi
Sociólogo do trabalho
Coordenador da Qualidade Social
Marco Mezzalana
Comitê de coordenação
Angelo Pichierri
Sergio Chiamparino
Municipio de Torino
Politécnico de Torino
Ires Piemonte
Giovanni Zanetti
Antonio Saitta
Faculdade de Economia Universidade de Torino
Alessandro Barberis
Os coordenadores das comissões temáticas
são membros do comitê científico.
Província de Torino
Câmera de Comércio de Torino
Angelo Miglietta
Fondação CRT
Piero Gastaldo
Compagnia di San Paolo
Giuseppe Berta
Vice-presidente Torino Internazionale
Os Prefeitos de Nichelino, Grugliasco, Settimo
Torinese e Chieri, em representação dos
Municípios de área metropolitana.
Os coordenadores das comissões temáticas
do comitê científico participam com função
de consultoria.
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SÓCIOS
Município de Beinasco
Município de Borgaro Torinese
Município de Bruino
Município de Caselle Torinese
Município de Chieri
Município de Collegno
Município de Grugliasco
Município de Ivrea
Município de Moncalieri
Município de Nichelino
Município de Orbassano
Município de Pinerolo
Município de Pino Torinese
Município de Piossasco
Município de Rivalta di Torino
Município de Rivoli
Município de San Mauro Torinese
Município de Settimo Torinese
Município de Torino
Município de Trofarello
Município de Venaria Reale
Município de Volpiano
Município de Volvera
/Agenzia Servizi Pubblici Locali /Alenia Spazio /Amiat Azienda Multiservizi Igiene
Ambientale Torino /Api Torino Associazione Piccole e Medie Imprese
/Ascom Associazione di Imprenditori del Commercio del Turismo e dei Servizi /Atc Torino
Agenzia Territoriale per la Casa della Provincia di Torino /Aurora Due Fabbrica Penne
Stilografiche /Autoservizi M. Canuto /BasicNet /Camera di commercio di Torino
/Casartigiani Torino /Castello di Rivoli Museo d’Arte Contemporanea /Centro Luigi
Einaudi /Cgil Piemonte Confederazione Generale Italiana del Lavoro /Cida Piemonte
Confederazione Italiana dirigenti e alte professionalità /Cisl Piemonte Confederazione
Italiana Sindacato Lavoratori /Club Dirigenti di Informatica /Cna Torino Confederazione
Nazionale Artigianato e Piccola e Media Impresa /Coltivatori Diretti /Collegio Costruttori
Edili /Compagnia di San Paolo /Confcooperative Torino /Csi Piemonte Consorzio
per il Sistema Informativo /Cus Torino Centro Universitario Sportivo /Edt /Ente Parco
Fluviale del Po tratto torinese /Environment Park /Ersel Wealth Management & Corporate
Finance /Etf European Training Foundation /Fiat /Film Commission /Fondazione Crt
/Fondazione del Teatro Stabile di Torino /Fondazione Giovanni Agnelli /Fondazione
per il Libro la Musica e le Attività Culturali /Fondazione Rosselli /Fondazione Torino
Musei /Geodata /Giulio Einaudi Editore /Gruppo Dirigenti Fiat /Gtt Gruppo Torinese
Trasporti /Ifil Investments /Ires Piemonte Istituto Ricerche Economico Sociali
/Iride Energia /Istituto Piemontese Antonio Gramsci /Istituto Superiore Mario Boella
/Italdesign Giugiaro /Lavazza /Lega Cooperative e mutue del Piemonte /Lingotto Fiere
/Museo Nazionale del Cinema Fondazione Maria Adriana Prolo /Olsa /Ordine degli
Architetti della Provincia di Torino /Paralleli Istituto Euro Mediterraneo del Nord Ovest
/Pastorale Sociale del Lavoro /Pininfarina /Politecnico di Torino /Provincia di Torino
/Sagat Società Azionaria Gestione Aeroporto Torino /Siti Istituto Superiore sui Sistemi
Territoriali per l'Innovazione /Smat Società Metropolitana Acque Torino /Società degli
Ingegneri e degli Architetti /Teatro Regio /Telecom Italia Telecom Italia Lab /Torino
Convention Bureau /Torino Incontra /Turismo Torino e Provincia /Uil Piemonte Unione
Italiana del Lavoro /Unione Agricoltori Provincia di Torino /Unione Industriale di Torino
/Università degli Studi di Torino /Virtual Reality & Multimedia Park /Willis Italia
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O 2º Plano Estratégico está articulado em quatro
áreas temáticas – território metropolitano,
qualidade social, potencial cultural e
desenvolvimento econômico – às quais se
acrescenta uma quinta área temática de natureza
mais transversal que corresponde à visão.
A partir dessas áreas surgem doze direções
de intervenção que se referem aos grandes
argumentos nos quais se baseia o desenvolvimento
do território: formação; criatividade; transformação
industrial; trabalho; transformações urbanas e
territoriais; recursos culturais; promoção e
turismo; imigração; acessibilidade, transportes
e mobilidade; logística; saúde e prevenção;
casa e regeneração urbana.
Cada direção se articula dentro de um número
variável de objetivos – esses totalizam cinqüenta
e quatro – que revelam os diversos aspectos da
intervenção propostos pelo Plano Estratégico num
determinado âmbito ou setor. Embora parta de uma
área temática específica, cada objetivo produz
efeitos, exercita uma influência ou então, sofre uma
influência de outros objetivos referidos às áreas
temáticas limítrofes, entrelaçando relacionamentos
virtuosos que representam a condição essencial
para que se possa alcançar cada objetivo.
O total de objetivos propostos pelas áreas
temáticas, pelas direções de intervenção e pelos
objetivos dão origem a um leque de oportunidades
e projetos que o território poderá acolher.
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DIREÇÕES E OBJETIVOS
Numa economia avançada, na qual a vantagem competitiva depende
das idéias, da inovação e da capacidade de produzir novos
conhecimentos, a formação representa um instrumento fundamental
para o esenvolvimento. O argumento de base do 2° Plano Estratégico
se baseia no fato de que, fazendo com que o conhecimento se torne o eixo
principal das estratégias de crescimento para a área de Torino, é possível
alcançar, contemporaneamente, dois objetivos: o desenvolvimento
econômico e a segurança social, dando aos cidadãos os instrumentos
culturais necessários para que possam se mover num mundo
de mudanças contínuas.
Objetivos
1 [FOR]
2 [FOR]
3 [FOR]
AUMENTAR O NÍVEL DE INSTRUÇÃO
DE BASE DOS JOVENS.
REFORÇAR O SISTEMA REGIONAL
DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL.
AUMENTAR A QUALIDADE DOS PROCESSOS
DE APRENDIZAGEM NA INSTRUÇÃO
4 [FOR]
5 [FOR]
E NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL.
PROMOVER A INTEGRAÇÃO DOS ALUNOS
ESTRANGEIROS NA ESCOLA.
FAVORECER A INTERNACIONALIZAÇÃO
DO SISTEMA UNIVERSITÁRIO
6 [FOR]
E A ATRAÇÃO DE TALENTOS.
REPENSAR OS PERCURSOS
UNIVERSITÁRIOS NUMA ÓTICA DE MÉDIO
7 [FOR]
8 [FOR]
9 [FOR]
E LONGO PRAZO.
REFORÇAR O SISTEMA DAS ESCOLAS
DE DOUTORADO.
APOIAR A VOCAÇÃO LOCAL PARA
A CULTURA TÉCNICO-CIENTÍFICA.
PROMOVER UM SISTEMA INTEGRADO
DE GESTÃO DA FORMAÇÃO.
A DIREÇÃO EXAMINA TRÊS CADEIAS INTERDEPENDENTES: A FORMAÇÃO
DE BASE PARA JOVENS, A FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA ADULTOS,
A FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA.
• Quanto concerne a geração jovem, o valor do conhecimento dentro da sociedade
contemporânea obriga a escola a passar por constantes renovações, inclusive
em relação à metodologia didática, a fim de proporcionar aos estudantes
os instrumentos culturais úteis para que possam se relacionar com o contexto
sócio-econômico. Em segundo lugar, a escola deve se tornar um veículo
destinado a melhorar a inclusão social, favorecer o multiculturalismo, aumentar
a equidade social, principalmente em relação à população imigrante para
a qual a escola deve agir como um forte vector de integração com a sociedade
local.
• No caso específico dos adultos, está comprovado que a “life long learning”,
ou seja, a formação durante toda a vida, representa um instrumento potente
capaz de reduzir o risco de saída do mercado de trabalho depois da obsolência
das capacidades profissionais. Num modelo de desenvolvimento econômico no
qual os conteúdos de trabalho mudam rapidamente, os institutos profissionais
também devem melhorar a qualidade, garantindo uma formação sólida
e versátil.
• Quanto concerne enfim a formação universitária, o impulso em direção ao
desenvolvimento econômico e social não depende apenas do conhecimento
disponível, mas da construção de conhecimentos e novas competências.
Neste sentido, os investimentos específicos devem ser destinados à
internacionalização do sistema universitário, para atrair os estudantes
estrangeiros e docentes de prestígio, e também para entrar de maneira estável
na rede de universidades com as quais colaborar nos projetos de pesquisa
transnacionais. È também importante reforçar as escolas de doutorado, cujos
programas didáticos são atualmente muito desequilibrados em relação
às profissões acadêmicas, e objetivo é favorecer a relação com as empresas,
nas quais os profissionais devem ser capazes de interpretar, orientar e difundir
uma exigência de conhecimento científico avançado.
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DIREÇÕES E OBJETIVOS
Quanto mais a competição se baseia em fatores não materiais mais o crescimento
econômico de um território depende da força expressa na criatividade, na inovação,
nas novas idéias e nas novas linguagens que constituem uma bagagem
de conhecimentos acumulados e desenvolvem nos indivíduos a capacidade para
resolver problemas complexos. Promovendo a produção da criatividade cultural
e qualificando o território de Torino como uma meta interessante para as pessoas
criativas, será possível alcançar contemporaneamente dois objetivos: diversificar
a base econômica e apoiar o desenvolvimento do território, ciente de que
é no contexto urbano que a versatilidade criativa encontra mais modalidades
e campos de aplicação.
Objetivos
1 [CRI]
QUALIFICAR OS RECURSOS HUMANOS
ATRAVÉS DOS SISTEMAS FORMATIVOS,
2 [CRI]
3 [CRI]
ESTÁGIO E DISCIPULADO.
APOIAR O NASCIMENTO DAS EMPRESAS
CULTURAIS E O ACESSO AO MERCADO.
FAVORECER A EXPERIENCIALIDADE,
A EXPERIMENTAÇÃO, AS TÉCNICAS E AS
4 [CRI]
AÇÕES DE PROMOÇÃO DA CRIATIVIDADE.
PROMOVER O DESIGN NA SUA DIMENSÃO
HORIZONTAL E EXPANSIVA.
A DIREÇÃO ACENTUA OS QUATRO ARGUMENTOS: A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL,
AS EXIGÊNCIAS DAS EMPRESAS CULTURAIS, O LADO INFORMAL DA CRIATIVIDADE,
AS OPORTUNIDADES DO DESIGN.
• Promover a produção da criatividade significa, antes de mais nada, oferecer
um percurso formativo de qualidade e que responda a uma exigência de
profissionalismo complexo e mutável. Neste sentido, é importante o confronto
constante entre as instituições culturais e os sistemas formativos, o apoio
à mobilidade dos artistas, a promoção de programas de intercâmbio
internacional, a oferta de bolsas de estudo, a disponibilidade de prêmios
e concursos.
• Em Torino e na Região Piemonte muitas empresas culturais se ativaram
em setores tais como: a editoria, o áudio-visual, a música, a animação,
as produções multimediais, o espetáculo ao vivo e a arte visual. Geralmente
estas empresas são de pequenas dimensões, são pouco estruturadas, têm
pouca disponibilidade de capital e tudo isso reduz a capacidade competitiva:
a fim de superar estes pontos críticos, algumas ações específicas devem ser
promovidas para que possam sensibilizar o sistema creditício, tutelar melhor
a propriedade intelectual, qualificar a dimensão gerencial, organizativa,
de promoção e comunicação das empresas.
• É importante lembrar que a produção cultural é fruto de ações largamente
espontâneas e imprevisíveis, se nutre de interseções e pouco se presta
a congelamentos disciplinares. Portanto, as atividades de socialização,
de encontro e intercâmbio internacional exercem um papel importante.
È por este motivo que é necessário prever espaços abertos, que sejam
preparados para o trabalho, com equipamentos, competências e colocá-los
a disposição dos operadores culturais locais. Neste sentido, o setor específico
do espetáculo ao vivo – teatro, música e dança – este setor, mais do que
qualquer outro, pode desempenhar a função de unir, colocando em relação
as diversas cadeias de produção cultural para se tornar um laboratório natural
de inovação para o campo das artes e das diferentes tecnologias.
• Um dos setores que mais aumenta a força expressa no âmbito da criatividade,
inovação e novas idéias é o design, a indústria criativa considerada de
excelência que combina habilidades técnicas, eficiência, capacidades artísticas
e formais. Em Torino, o design é profundamente entrelaçado com a cultura
do projeto e do trabalho que esta cidade herdou do próprio passado industrial e,
neste sentido, foi objeto de diversas ações de apoio ao desenvolvimento
promovidas pelas entidades locais. Dentre os resultados obtidos, citamos
a designação por parte da ICSID de Torino (International Council of Societies
of Industrial Design) considerada como a primeira World Design Capital de 2008
e a próxima abertura de um Centro de Design na área do histórico complexo
automobilístico Fiat Mirafiori.
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DIREÇÕES E OBJETIVOS
O desenvolvimento da área de Torino, futuramente,
dependerá cada vez mais da capacidade de inserir
a economia do conhecimento dentro das tradicionais
especializações do contexto produtivo local.
A economia do conhecimento não requer, de fato,
que a histórica vocação industrial de Torino seja renegada.
A indústria pode continuar a ser a base da produção,
contanto que se trate de uma indústria diferente, na qual
a produção esteja imbuída de conteúdos de estudo, pesquisa
e serviço para a clientela.
Objetivos
1 [IND]
PERSEGUIR UMA ESTRATÉGIA DE
INTERNALIZAÇÃO DO CONTEXTO
2 [IND]
3 [IND]
4 [IND]
5 [IND]
6 [IND]
PRODUTIVO LOCAL .
ADOTAR A PROSPECTIVA DA COLABORAÇÃO
ENTRE EMPRESAS E SUJEITOS EXTERNOS.
PROMOVER AÇÕES DE FORMAÇÃO
GERENCIAL.
FAVORECER PROCESSOS DE INOVAÇÃO
NAS EMPRESAS.
REPENSAR O PAPEL DO APOIO PÚBLICO
PARA O SETOR ICT.
CONSOLIDAR UMA COMUNIDADE
OPEN SOURCE AO SERVIÇO DO
DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS
7 [IND]
8 [IND]
LOCAIS.
FAVORECER A DINÂMICA INDUSTRIAL
NO SETOR ICT.
PROMOVER UM PROJETO COMUM PARA
UM DISTRITO TECNOLÓGICO NO SETOR
9 [IND]
AEROESPACIAL.
ANALISAR O SISTEMA LOCAL DAS
FINANÇAS E AS POSSÍVEIS INTERAÇÕES
ENTRE SETOR PÚBLICO E OPERADORES
PRIVADOS.
A DIREÇÃO SE CONCENTRA EM QUATRO SETORES ESTRATÉGICOS, EM RAZÃO
DAS PROSPECTIVAS QUE OFERECEM À ECONOMIA LOCAL: AUTOMOTIVAS,
ICT, AEROESPAÇO E FINANÇAS.
• O setor automotivo é o mais importante da indústria piemontese, não obstante
a geral flexão deste setor. Na cadeia automobilística atuam diversas empresas,
em alguns casos, são muito dinâmicas e habituadas à competição internacional,
em outros, são presas aos velhos modelos produtivos. Para estas últimas
é necessário ativar medidas para enfrentar a internacionalização ainda
insuficiente, a falta de colaboração por parte das empresas, uma formação
gerencial muitas vezes inadequada, a necessidade contínua de inovação.
A nova indústria se deve concentrar nos produtos com alto valor acrescentado
investindo na pesquisa e na inovação. Um símbolo desta filosofia é o projeto
de reconversão de uma parte do complexo automobilístico Fiat Mirafiori em
Torino cedida pela empresa, para que pudesse ser transformada em parque
tecnológico no qual podem ser realizadas as atividades de pesquisa, formação
e experimentação no campo da mobilidade, com base numa colaboração entre
indústria e universidade.
• O que torna o ICT interessante é a capacidade para entrar em relação com
outras indústrias, trazendo muitos elementos de inovação: este é o aspecto
mais prometedor para o sistema em Torino e para os seus centros de pesquisa.
As instituições públicas podem estimular a solicitação por parte da ICT,
destacando algumas plataformas tecnológicas (interessante é a área logística,
a info-mobilidade e a assistência sanitária) e definir um quadro de ações
legislativas e programas garantidos, com o objetivo de fazer com que as
empresas possam investir em atividades inovativas e ligadas a uma demanda
pública dentro de um razoável contexto de risco.
• Em Torino existem cinco prestigiosos grupos que fazem parte do setor
aeroespacial – Alenia Aeronautica, Alenia Spazio, Avio, Galileo Avionica
e Microtecnica – que juntamente com as instituições locais estão trabalhando
no projeto que visa construir um distrito tecnológico. Aliás, para um setor
estritamente dependente de financiamentos públicos nacionais e europeus,
a capacidade de fazer lobby das instituições locais representa um aspecto
fundamental.
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DIREÇÕES E OBJETIVOS
A crise do modelo industrial fordista caracterizado pelo vínculo duradouro
entre o trabalhador e a empresa, o surgimento de problemas ligados
à flexibilidade e à instabilidade, os novos conceitos de racionalização
produtiva e a globalização da economia tornaram crucial para os
trabalhadores a questão de como governar a passagem de trajetórias
profissionais contínuas a trajetórias descontínuas. Todos os fatores
de mudança que surtiram efeitos diferenciados em relação ao mundo
de trabalho que atualmente é atravessado por muitos dualismos
– estável ou precário, rico ou desqualificado, autônomo ou dependente –
que desenham um mapa de riscos e oportunidades bem variado.
Objetivos
1 [TRA]
EVITAR QUE A FLEXIBILIDADE SE
TRANSFORME EM PRECARIEDADE
2 [TRA]
NO TRABALHO JUVENIL.
TORNAR SEGURAS E VALORIZAR
AS TRAJETÓRIAS PROFISSIONAIS NUMA
POPROSPECTIVA BASEADA NA LIFE LONG
3 [TRA]
LEARNING.
APOIAR O TRABALHO DAS MULHERES
DANDO ATENÇÃO ESPECIAL ÀS FAMÍLIAS
4 [TRA]
5 [TRA]
6 [TRA]
CARENTES E COM CRIANÇAS.
APOIAR O DESENVOLVIMENTO DE UM
ENVELHECIMENTO ATIVO.
APOIAR A INTEGRAÇÃO DOS IMIGRANTES
NO TRABALHO E NA SOCIEDADE.
DESENVOLVER A RESPONSABILIDADE
SOCIAL DA EMPRESA.
A DIREÇÃO CONCENTRA TODA A ATENÇÃO EM ALGUMAS AÇÕES QUE PODEM SER REALIZADAS
A FIM DE FORTALECER A POSIÇÃO PROFISSIONAL DOS JOVENS PARA INGRESSAR NO
MERCADO DE TRABALHO E DOS ADULTOS QUE RISCAM DE SAIR ANTECIPADAMENTE.
• A introdução do princípio de flexibilidade nas carreiras foi acompanhada pelo
aumento da precariedade do trabalho, que atingiu, primeiramente, os jovens
no início da carreira e também aqueles que possuíam um modesto nível
de formação. Em relação ao mercado de trabalho que se delineia, muitos
se encontram trapaceados em trabalhos precários, desqualificados,
modestamente retribuídos e, muitas vezes, regidos por sistemas de pontuação
das fases de desocupação que podem se prolongar até a idade adulta.
O primeiro objetivo que visa favorecer o trabalho juvenil é, portanto, desunir
o binômio flexibilidade e precariedade, por exemplo, introduzindo uma boa
normativa em relação aos contratos de estagio a fim de fortalecer o entrelace
entre formação e trabalho considerando-os como dois momentos de um único
percurso de crescimento profissional.
• Instrumentos diversos podem ser utilizados para requalificar tempestivamente
os adultos que devem se colocar novamente e, com novas funções, no mercado
de trabalho, pois se encontram sem competências e formação atualmente
solicitadas. Se trata de introduzir o princípio da “life long learning”, ou seja,
a formação que dura por todo o curso da vida que, assim como foi indicado pela
União Européia, representa uma ação-chave para reduzir os riscos da
descontinuidade profissional e facilitar a mobilidade entre as ocupações,
dotando as pessoas de todos os recursos necessários a fim de realizar
os percursos de trabalho desejados, fazendo com que se tornem livres para
determinar o próprio projeto de vida social e profissional.
• Os investimentos no capital humano que a economia do conhecimento requer
se tornam menos eficazes caso não se procurem novas vias de colaboração
com as empresas, a partir daquelas mais comprometidas em processos
de inovação e que estejam interessadas nos seguintes pontos: presidir
o desenvolvimento das capacidades profissionais dos funcionários; atrair
e conservar os trabalhadores qualificados e tutelar a saúde e a segurança.
É o modelo da Responsabilidade Social da Empresa, que deve ser incentivado
através de políticas públicas que premiam as empresas capazes de tomar
decisões que vão também na direção da tutela do interesse coletivo.
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DIREÇÕES E OBJETIVOS
O modelo de desenvolvimento previsto pela economia do conhecimento
dá grande valor à forma da cidade e à presença de lugares físicos e redes
sociais predispostos a favorecer a circulação de um capital muito precioso:
as idéias. A cidade do conhecimento deve ser policêntrica, aberta, adaptada
para unir as pessoas e os projetos ao invés de isolá-los. Ela deve prestar muita
atenção na qualidade da paisagem e fazer com que o ambiente urbano seja
cada vez mais atraente e isso faz chamar a atenção dos setores sociais mais
criativos e propensos à inovação. A cidade do conhecimento deve também
cuidar das áreas verdes considerando-as como elementos essenciais para
garantir um bom nível da qualidade de vida.
Objetivos
1 [TER]
• A qualidade dos projetos de transformação urbana depende muito da capacidade
de considerá-los numa ótica de sistema, onde não conta apenas cada
METROPOLITANA.
realização, mas o seu relacionamento com as demais, dentro de uma idéia
REFORÇAR O SISTEMA PAISAGISTICOunitária de cidade, na qual a reorganização funcional e competitiva do território
AMBIENTAL E DA ÁREA VERDE
se conjuga com a atenção em relação à qualidade do ambiente e do contexto
EM RELAÇÃO COM A CIDADE E AS
TRANSFORMAÇÕES.
urbano. Um exemplo disso é a “Cittadella Politecnica”, um projeto do
VALORIZAR OS SISTEMAS LOCAIS
Politécnico de Torino para ampliar a sede histórica do ateneu com novos
METROPOLITANOS NA PROSPECTIVA
espaços para a didática, pesquisa, atração de investimentos e transferência
POLICÊNTRICA.
tecnológica para as empresas. Um elemento qualificador deste projeto é
ORGANIZAR O TERRITÓRIO COMO UNIÃO
a importância dada à construção de espaços idôneos para propor ocasiões
DE REDES PARA GERAR CONHECIMENTOS,
DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE
culturais e esportivas, agregação social e estudantil, dentro de um programa
URBANA.
de requalificação urbana que possa ser de interesse para o bairro inteiro.
• As transformações efetuadas em Torino, nas últimas décadas, atingiram
a qualidade da paisagem e do ambiente natural e agrícolo. Um projeto de
valorização do patrimônio verde metropolitano, com os seus parques fluviais,
os grandes parques da cidade, o sistema das Residências Sabaudas que
circundam a cidade, prevendo também os mecanismos de compensação
ambiental ligados às transformações e às infraestruturações, pode ser uma
ocasião importante para reequilibrar e tornar o território mais atraente, para
formar uma área verde metropolitana, um ponto de encontro entre as cidades,
a natureza e a agricultura.
• A valorização dos sistemas locais reevoca a idéia da área metropolitana,
um espaço de governo onde os confins administrativos de cada município são
superados para responder, de modo novo, às exigências dos cidadãos,
aos fluxos de mobilidade, à construção de um eficiente sistema de transporte
público alternativo à mobilidade privada, à localização das atividades produtivas
e logísticas, à tutela das zonas naturais. Visto a complexidade que o caracteriza,
planificar o território metropolitano é, antes de mais nada, uma ocasião para
experimentar formas de governo baseadas na colaboração entre as
administrações, para cuidar dos projetos comuns dentro de uma única idéia
de cidade.
• Uma capacidade que pode ser considerada, por alguns aspectos, análoga
é aquela solicitada a quem faz parte também das redes nacionais e européias
de cidades. Todavia é exatamente esse um dos elementos de maior debilidade
das relações internacionais de Torino, que deve, por outro lado, reforçar
a própria posição, a imagem externa, as funções e as especializações setoriais,
a própria estratégia territorial.
IDENTIFICAR OS ESTORVOS DA
TRANSFORMAÇÕES INOVATIVAS NA ÁREA
2 [TER]
3 [TER]
4 [TER]
A DIREÇÃO ENFRENTA QUATRO ARGUMENTOS: A QUALIDADE DOS PROJETOS
DE TRANSFORMAÇÃO, O CUIDADO COM A PAISAGEM E AMBIENTE, A VALORIZAÇÃO DOS
SISTEMAS LOCAIS, A PRESENÇA DE TORINO DENTRO DA REDE INTERNACIONAL DE CIDADES.
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21
DIREÇÕES E OBJETIVOS
A cultura vista como produção, tutela, conservação, gestão
e fruição dos depósitos acumulados constitui um elemento
fundamental da identidade e do tecido social de um
território, além de representar também um recurso
indispensável para o desenvolvimento local.
No caso de Torino, a centralidade da cultura é prevista
no 2º Plano Estratégico e isso se dá por diversas razões:
porque contribui à diversificação econômica, porque
qualifica a ocupação e porque promove a imagem
internacional do sistema metropolitano.
Objetivos
1 [REC]
• Aumentar o envolvimento dos privados nas atividades culturais, em qualidade
de comitente, doadores, patrocinadores, financiadores ou investidores é
DO CONHECIMENTO.
um objetivo a ser alcançado não apenas para a prospectada limitação dos
MELHORAR A ACESSIBILIDADE
recursos públicos que estarão disponíveis nos anos futuros, mas também para
DA OFERTA CULTURAL.
os benefícios que o confronto entre mundo empresarial, mundo da cultura
PROMOVER A CULTURA COMO FATOR DE
TRANSFORMAÇÃO URBANA E TERRITORIAL.
e sociedade civil pode produzir. Os instrumentos para arrecadar e promover
INCENTIVAR A CONTRIBUIÇÃO DOS
o apoio econômico por parte dos privados podem ter formas diversas: entre as
PRIVADOS NAS POLÍTICAS E NOS
mais interessantes, citamos a “community foundation”, prosperada nos Estados
RECURSOS PARA A CULTURA.
Unidos e que atualmente está presente também na Italia.
VALORIZAR A CULTURA COMO
• Promover um desenvolvimento baseado no conhecimento quer dizer melhorar
INSTRUMENTO DE ATRATIVIDADE
E INTERNACIONALIZAÇÃO.
o acesso e o uso da cultura, investir nos instrumentos de educação e divulgação
permanente, aumentar a demanda de cultura. Para as instituições de Torino
isto significa contribuir a cobrir o déficit dos recursos culturais de base da
população, êxito do passado fordista da cidade, e qualificar as competências
das novas gerações e das populações de imigrantes para as quais a escola
não basta. O processo de reorganização iniciado, nos últimos anos, por parte
das instituições culturais deve ser concluído (qualificando e diversificando
os serviços) inclusive através do uso de novas tecnologias. Se serão capazes
de interceptar as diversas produções culturais, favorecer a circulação de idéias,
promover espaço, vocações e oportunidades, as instituições culturais poderão
também contribuir para transformar Torino numa cidade cosmopolita
• A cultura dentro de seus múltiplos aspectos, ou seja, das artes visuais
ao espetáculo ao vivo, da paisagem histórica aos festivais, da arquitetura
ao design, pode dar origem processos complexos de regeneração urbana,
tornando-se um modo para ler, fazer ler e representar um território,
consolidando as suas identidades tradicionais e esboçando outras novas.
Nos próximos anos, as numerosas transformações culturais que interessam a
área de Torino, partindo do “Distretto Museale Centrale” às Residências
Sabaudas, do rio Pó à renovação do Museu Egípcio, deverão ser acolhidas
exatamente nesta prospectiva
• A cultura representa um dos principais recursos para atrair investimentos,
para desenvolver a indústria turística, produzir imagens da cidade que sejam
reconhecíveis, comunicáveis e eficazes. A tarefa dos atores locais é investir
os recursos naqueles elementos de atração – a vivacidade contemporânea,
o patrimônio histórico, a civilização egípcia – que podem ser utilizados para
a promoção da cidade, a sua política expositiva e a programação de eventos
de forte interesse internacional.
VALORIZAR AS INSTITUIÇÕES CULTURAIS
A SERVIÇO DA SOCIEDADE
2 [REC]
3 [REC]
4 [REC]
5 [REC]
A DIREÇÃO SE CONCENTRA EM QUATRO ASPECTOS: A PRIORIDADE DOS INVESTIMENTOS
PRIVADOS PARA A CULTURA, A IMPORTÂNCIA DE TER ACESSO À CULTURA, O PAPEL DA
CULTURA NA TRANSFORMAÇÃO URBANA, A CULTURA COMO RECURSO PARA A ATRATIVIDADE.
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22
DIREÇÕES E OBJETIVOS
Para uma cidade que sediou as Olimpíadas, a herança deixada pelos Jogos
não se refere apenas aos aspectos materiais como, por exemplo, as grandes
infra-estruturas esportivas, mas também os aspectos não materiais, tais como
a visibilidade em relação à cenário internacional e o desenvolvimento
de uma competência organizativa em tema de grandes eventos.
Num mercado que é cada vez mais competitivo da atratividade urbana,
as Olimpíadas de Inverno 2006 representaram para Torino uma ocasião
formidável, mas deixaram claro também o quanto é importante estabilizar
a imagem positiva, alimentando o círculo virtuoso na base das políticas
de promoção.
Objetivos
1 [PRO]
2 [PRO]
PROMOVER A IMAGEM DO TERRITÓRIO
E ATRAIR GRANDES EVENTOS.
EXPLORAR OS GRANDES ATRATIVOS
E OS PONTOS DE FORÇA LOCAIS PARA
3 [PRO]
APOIAR O TURISMO SHORT-BREAK.
REFORÇAR AS POLÍTICAS PARA O TURISMO
FIERÍSTICO E CONGRESSUAL.
A DIREÇÃO EXAMINA TRÊS ARGUMENTOS: A PROMOÇÃO DA IMAGEM DO TERRITÓRIO
E A ESTRATÉGICA DOS GRANDES EVENTOS, AS PROBLEMÁTICAS DO TURISMO DE DIVERSÃO
E AQUELAS REFERENTES AO TURISMO DE NEGÓCIOS.
• O projeto que visa promover uma nova imagem internacional de Torino
e da Região Piemonte, renovada em relação à identidade industrial que
a caracterizou durante todo o século vinte, teve o seu momento mais importante
com as Olimpíadas de Inverno. O sucesso obtido com os Jogos Olímpicos coloca
hoje a cidade de Torino no rol das cidades que podem se candidatar a acolher
grandes eventos como aqueles já previstos futuramente: as “Universiadi
Invernali” (2007), o Congresso Mundial dos Arquitetos UIA e a Capital Mundial
do Design (2008), as celebrações para os150 anos da Unidade de Italia (2011).
• A promoção internacional da cidade vem acompanhada pela atividade de apoio
ao setor turístico que conta com muitas ações de requalificação urbana
concluídas, da recuperação do patrimônio cultural e histórico, da construção
de novas infra-estruturas de transporte e dos investimentos na receptibilidade
hoteleira. Terminada esta importante fase inicial de investimentos, Torino pode
se propor como uma válida meta para uma breve permanência, o denominado
turismo de “short-break”, destinado para quem tem interesse em permanecer
na cidade por apenas alguns dias, combinando cultura, artes, diversão,
shopping e enogatronomia. No futuro, se tratará de valorizar melhor o binômio
entre a cidade principal e o território piemontês com as suas montanhas, lagos
e “Le Langhe”, fazendo destas localidades uma meta de permanência mais
longa.
• No campo do turismo de negócios, feiras e congressos, Torino ativou também
uma política de desenvolvimento com a previsão de utilizar uma parte
das instalações das Olimpíadas já projetadas com uma lógica polivalente.
Um trunfo para o futuro não é propor-se de maneira generalizada, mas de
selecionar as ocasiões que sejam mais próximas à identidade do território
– a história, a tecnologia, o setor automotriz, o design, a arte contemporânea –
onde a cidade pode oferecer um valor a mais a partir dos seus pontos de
excelência.
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DIREÇÕES E OBJETIVOS
A população estrangeira faz parte da sociedade nos países ocidentais,
porém o impacto da imigração na qualidade social e no desenvolvimento
do território permanece ambivalente: embora exista um certo consenso
que confirma que a imigração constitui um recurso cultural, social
e econômico de grande importância, existe o risco de que se transforme
num fator de crise para a coesão social. Para evitar que prevaleça este
segundo aspecto, é necessário ativaruma política que possa favorecer
a integração dos novos cidadãos, que se baseie, primeiramente,
na possibilidade de usufruir plenamente das oportunidades
e dos serviços disponíveis.
Objetivos
1 [IMI]
2 [IMI]
PROMOVER A PARTICIPAÇÃO DOS
CIDADÃOS ESTRANGEIROS.
TRANSFORMAR AS AÇÕES EXPERIMENTAIS
DESTINADAS AOS IMIGRANTES EM
POLÍTICAS ESTRUTURAIS E ORDINÁRIAS.
A DIREÇÃO DISCUTE DOIS GRANDES TEMAS: COMO AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO DOS
CIDADÃOS ESTRANGEIROS E COMO TRANSFORMAR EM INTERVENÇÕES ORDINÁRIAS ALGUMAS
POLÍTICAS EXPERIMENTAIS PARA A INTEGRAÇÃO.
• No panorama nacional, Torino se destaca por seu empenho em favor
da participação dos estrangeiros nas formas e nas organizações da sociedade
civil, admitindo os imigrantes residentes nos referendos, instituindo
a primeira consulta dos estrangeiros na Italia em 1995, apoiando a extensão
destes ao direito ao voto. A participação dos imigrantes é vista como um valor
a mais na projetação das políticas e dos serviços que se referem à qualidade
social, principalmente quando envolve a segunda geração que faz parte
da sociedade local.
• As tantas intervenções experimentais ativadas cujo objetivo era apoiar
a integração dos estrangeiros consentiram enfrentar os específicos problemas,
que geralmente eram impostos por razões de emergência. Porém, com o
passar do tempo, atuar projetos especiais pode correr o risco de não nutrir
a sensibilidade difundida sobre o tema da multiculturalidade: o objetivo é, então,
capitalizar as intervenções especiais, fazendo com que possam levar a um
aumento global da qualidade social e urbana, construindo uma cidade
acolhedora e fruível por todos, estrangeiros e cidadãos italianos.
• O âmbito formativo é um dos mais delicados do processo de integração, sendo
a escola um meio potente para reduzir, assim como para acentuar, as
desigualdades sociais das novas gerações. Em relação ao tema da imigração,
a condição é institucionalizar a capacidade da escola para coordenar a
multiculturalidade, não deixando que em mãos de um só professor ou instituto.
É importante melhorar a condição dos adultos no mundo de trabalho pois
a presença de trabalhadores estrangeiros tem aumentado desde a década
de oitenta e estes têm se tornado, inclusive por causa da mudança demográfica,
um elemento importante para a promoção do bem-estar local. Finalmente,
é necessário garantir aos estrangeiros a possibilidade de fruir dos serviços
sanitários e de resolver a precariedade das condições habitacionais e de
trabalho. Neste sentido, o impacto da imigração no sistema sanitário dependerá
muito da capacidade dos atores locais para integrar políticas de trabalho
e aquelas de caráter sanitário, ambiental, urbanístico e social.
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24
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25
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DIREÇÕES E OBJETIVOS
As infra-estruturas de transportes exercem uma grande influência
no desenvolvimento e no funcionamento de um território, elas
podem também modificar o aspecto de uma paisagem e dar uma
certa consistência às políticas ambientais. O estreito relacionamento
entre as infra-estruturas e o território torna o tema da acessibilidade
muito complexo, pois este envolve numerosos fatores e contém
referimentos a projetos de vários tipos e dimensões: a sua
característica é, de fato, entrelaçar as exigências de escala diferente
daquela local, tais como a mobilidade interna à cidade, àquela
global como a alta velocidade ferroviária.
Objetivos
1 [MOB]
2 [MOB]
APOIAR A INSERÇÃO E O PAPEL DE TORINO
NO CORREDOR V DA UNIÃO EUROPÉIA.
COMPLETAR AS AÇÕES NO SISTEMA
DA ACESSIBILIDADE E DA MOBILIDADE,
3 [MOB]
POTENCIANDO A RETICULARIDADE.
AUMENTAR A APLICAÇÃO DAS
TECNOLOGIAS INOVATIVAS NOS
TRANSPORTES E NA MOBILIDADE.
A DIREÇÃO DISCUTE DOIS ARGUMENTOS: COMO FAVORECER O ACESSO À TORINO E COMO
MELHORAR A MOBILIDADE INTERNA À ÁREA, INTRODUZINDO TAMBÉM QUOTAS DE INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA APLICADA AOS TRANSPORTES.
• No campo das ligações com o externo, a maior obra de Torino é a ligação
com alta velocidade com Lione, vista como um trecho fundamental do Corredor
V das redes Tem (Trans European Network). É essencial levar a cabo esta
infra-estrutura por várias razões: a competitividade e a coesão do território
europeu, o modelo de desenvolvimento industrial que vem se afirmando,
a posição de Torino no contexto internacional, a energética e a inovação
tecnológica, a garantia de alternativas eficazes para o transporte rodoviário.
• Diversos projetos importantes foram ativados com o objetivo de melhorar
a mobilidade interna, trazendo enormes recaídas para a requalificação urbana
e para o desenho da mobilidade, assim como demonstram o “Passante
Ferroviario”, a requalificação da chamada “Spina centrale” , a inauguração do
metrô. Todavia são ainda necessárias outras intervenções para que se possa
adotar uma estratégia de mobilidade e uma articulação dos serviços que esteja
adequada a uma cidade que quer ser atrativa e competitiva. Entre estes, citamos
o “Corso Marche”, o projeto para realizar um eixo que atravessa a área
metropolitana de norte a sul da cidade, atuando ligações em outros níveis:
em superfície um boulevard urbano; no subterrâneo uma estrada com fluxo
rápido e um trecho ferroviário ligado à Alta Velocidade. São estratégicos
também o acesso rápido com o aeroporto; o serviço ferroviário metropolitano
para potenciar o sistema de transporte público; a conclusão do entroncamento
a leste da cidade; a realização de uma segunda linha do metrô.
• A gestão inteligente da mobilidade é um problema de grande importância, pois
o congestionamento do trânsito chegou a tal ponto que coloca em crise
a viabilidade das cidades, determinando grandes impactos ambientais.
Para projetar os transportes de modo novo foi difundida a utilização dos ITS
(Intelligent Transport System), que são tecnologias informatizadas com diversas
funcionalidades: melhorar a gestão do trânsito, do transporte público,
a informação aos cidadãos, o pagamento automático, o controle do veículo
e da navegação, a gestão das emergências. Os ITS em relação aos quais Torino
amadureceu diversas experiências, representam também uma interessante
oportunidade econômica: segundo os estudos neste setor, os ITS representam
um mercado em crescimento constante que pode estimular a criação de novas
empresas e criar empregos.
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DIREÇÕES E OBJETIVOS
O ponto de encontro entre produção, serviços e consumo, a logística reúne
um total de atividades em grande expansão, onde as funções dos transportes
se apóiam aos serviços destinados à produção, ao tratamento das mercadorias,
à rede de distribuição e venda, e exercitam uma influência sobre a mesma
organização empresarial. Dispor de uma logística eficiente é um impulso
competitivo importante para um território dentro do novo modelo industrial,
onde a economia de escala e a produção em massa estão superadas pelas novas
regras, tais como a integração e a cooperação entre as empresas e a produção
personalizada em massa, que presta atenção ao vasto público mas costumiza
os produtos em base às exigências de cada cliente.
Objetivos
1 [LOG]
CRIAR AS CONDIÇÕES PARA
O DESENVOLVIMENTO DE UM PÓLO
LOGÍSTICO AVANÇADO NA ÁREA
SUL DE TORINO.
2 [LOG] APOIAR O EMPREGO DE TECNOLOGIAS
ICT NO PÓLO LOGÍSTICO.
A DIREÇÃO DISCUTE A POSSIBILIDADE DE DESENVOLVER UM GRANDE PÓLO
NA ÁREA SUL DA CIDADE, GESTIDO GRAÇAS AO EMPREGO MASSISSO
DAS TECNOLOGIAS ICT.
• A logística representa um campo de elevada importância estratégica para
a área de Torino, devido a sua posição central em relação aos portos do
Mediterrâneo e do sistema europeu. O desenho das grandes infra-estruturas
de transporte, como o percurso da Alta Velocidade e o “Corso Marche”,
e importantes projetos de transformação urbana em fase de definição reforçam
a hipótese de construir um grande pólo logístico no quadrante sudoeste
de Torino, onde já estão presentes o interporto Sito, estação ferroviária
de Orbassano e alguns estabelecimentos dedicados à distribuição como, por
exemplo, o Centro Agroalimentar. Dentre as condições de sucesso do projeto
existe a capacidade de introduzir políticas normativas e tarifárias a fim de
incentivar concretamente a transferência das mercadorias da estrada para
a ferrovia. È importante também manejar uma reorganização geral dos pólos
logísticos na parte nordeste da Italia, incluindo o porto de Gênova e a cidade
de Milão, chegando a uma estratégia comum para se propor no mercado.
• Uma experimentação importante ligada ao funcionamento do pólo logístico
é a gestão dos fluxos de entrada e saída, a serem atuados através da utilização
das ICT, aproveitando as informações oriundas de todas as fontes disponíveis
sobre o tráfico: a sociedade de apoio rodoviário para os fluxos nos postos de
saídas das rodovias, os operadores logísticos que usufruem do pólo, inclusive
o satélite para indicar a chegada dos veículos. As ulteriores experimentações
podem se referir aos seguintes pontos: o potencial da “city logistic”para
racionalizar o sistema de distribuição das mercadorias em zonas críticas tais
como o centro histórico ou os bairros com alta concentração comercial
e de tráfico: a ativação das “riverse logistic” a fim de reduzir o impacto
ambiental através da gestão dos materiais, das embalagens e do transporte
em direção aos centros de tratamento do lixo.
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DIREÇÕES E OBJETIVOS
As ações para a tutela da saúde, quando são destinadas a garantir um direito
fundamental, possuem um valor em si só. Todavia estas ações representam uma
importância econômica, ou seja, se é verdade que, assim como indicam os dados,
que, nos próximos anos, este setor alcançará percentuais cada vez mais relevantes
do PIB. Além disso, demonstram ter um valor estratégico, no sentido que a ação
preventiva em relação aos fatores que se referem à saúde mantém uma forte
ligação com diversos aspectos da qualidade de vida: partindo do saneamento
urbano até chegar à gestão de uma mobilidade fluida, que seja pouco poluente
e segura, ou da redução dos acidentes no trabalho à difusão de modelos
de um comportamento saudável.
Objetivos
1 [SAU]
• A necessidade principal é introduzir um modelo de assistência integrada para
administrar, com métodos modernos, a saúde através da personalização dos
SOCIAIS E SANITARIOS.
serviços, da não internação em hospitais, do apoio aos serviços domiciliares,
DESENVOLVER TECNOLOGIAS PARA
da simplificação e flexibilidade de acesso aos serviços, ativando, todavia,
DOMICILIAR OS SERVIÇOS
estratégias de controle dos custos para garantir a sustentabilidade econômica
SÓCIOSANITÁRIOS E DIPOSITIVOS
DE TELEMEDICINA.
da assistência e a tutela dos direitos sociais que são ligados a ela. Os objetivos
COORDENAR A AÇÃO SÓCIOSANITÁRIA COM
que podem ser alcançados com a ajuda do Plano Regulador Social, que é um
O COMPLEXO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE.
instrumento que serve para coordenar e racionalizar as ações por parte
GARANTIR AOS CIDADÃOS ESTRANGEIROS
das administrações locais no âmbito da saúde social e da qualidade de vida.
O EFETIVO EXERCÍCIO DO DIREITO À SAÚDE.
• O crescente aumento das doenças crônicas e o envelhecimento da população
DEFINIR O PROJETO PARQUE TORINESE
DA SAÚDE E DAS CIÊNCIAS.
estão mudando os modelos de referência do sistema sanitário e dos serviços
sociais, que tendem hoje em dia a serem vistos como aspectos complementares
de uma mesma necessidade. É o caso clássico dos anciãos, dos doentes
crônicos ou dos portadores de deficiência que poderiam ser acompanhados
de modo eficaz por uma rede de pequenos centros territoriais. O ponto-chave
deste raciocínio é deslocar a atenção dada aos hospitais para os domicílios,
organizando um modelo de serviço baseado numa equipe flexível e integrada,
constituída de especialistas, médicos, enfermeiros, assistentes sociais,
profissionais na assistência domiciliar.
• A integração sócio-sanitária e o aumento da assistência domiciliar são áreas
de intervenção estratégica que reúnem geralmente o interesse por parte
de financiadores privados, disponíveis para aplicar recursos em ações seguras.
Aliás, é evidente que o sucesso do modelo de assistência proposto e a sua
sustentabilidade econômica dependem também da capacidade de utilizar
a inovação tecnológica, para reduzir os custos mantendo alto o padrão das
prestações. O território de Torino possui, neste campo, uma certa competência,
considerando a presença de avançados centros de pesquisa: o incorporamento
de tecnologias avançadas na assistência se tornar um fator de atração para uma
cadeia de empresas inovativas. A este propósito responde o projeto Parque
Torinese de Saúde e das Ciências, que representa uma sede para um grande
hospital de aprendizagem que conta com espaços para a instalação
de laboratórios, a experimentação de novas tecnologias e a construção
de empresas ligadas a estas experimentações.
INTEGRAR O COMPONENTE HOSPITAL
NA REDE TERRITORIAL DOS SERVIÇOS
2 [SAU]
3 [SAU]
4 [SAU]
5 [SAU]
A DIREÇÃO DISCUTE COMO MODERNIZAR O SISTEMA SANITÁRIO LOCAL,
INCLUSIVE ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS.
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DIREÇÕES E OBJETIVOS
A casa é um tema que ocupa uma posição central entre os filões
estratégicos que reúnem desenvolvimento econômico e qualidade
social. O hábito de favorecer a propriedade, por anos convergente
com a exigência de poupar e de investir, de modo seguro por parte
das famílias, responde sempre menos às solicitações difusas
na sociedade. A habitação se entrelaça, em seguida, com o tema
da regeneração urbana, âmbito no qual a área de Torino tem
representado, nos últimos anos, um lugar de experimentação
de ações inovativas, que produz, de um modo geral, efeitos positivos
embora demonstre alguns elementos de fragilidade.
Objetivos
1 [REG]
AUMENTAR E DIVERSIFICAR A OFERTA
E A ACESSIBILIDADE DOS IMÓVEIS A SEREM
2 [REG]
ALUGADOS.
VALORIZAR AS PRÁTICAS
E OS RESULTADOS DAS EXPERIÊNCIAS
DE REGENERAÇÃO URBANA.
A DIREÇÃO DISCUTE DOIS ASPECTOS: A NECESSIDADE DE MODIFICAR O MODO COM O QUAL
É REGULADA A OFERTA DE CASA , E A OPORTUNIDADE DE VALORIZAR AS EXPERIÊNCIAS DE
REGENERAÇÃO URBANA QUE TEM ATINGIDO A ÁREA METROPOLITANA NOS ÚLTIMOS ANOS.
• A mudança de modelos familiares e da organização do trabalho que atingiram
a sociedade determinou uma profunda diversificação de necessidades
e de expectativas relativas ao tema habitação. Para aqueles que devem
permanecer na cidade por apenas alguns dias da semana por causa do
trabalho, os jovens que têm um contrato atípico, os estudantes que chegam
de fora, para aqueles que ainda não constituíram uma família tradicional,
os imigrados para os quais a casa representa uma condição indispensável
para obter o visto de moradia na Italia e também para a junção da família
representam, portanto, categorias em relação às quais o modelo tradicional
da propriedade não parece ser adequado. Se trata então de aumentar a quota
dos imóveis a serem alugados, ativando também uma série de instrumentos,
inclusive de um novo papel desempenhado por parte das entidades locais que,
em cada caso, podem propor-se como mediadores e fiadores no relacionamento
entre proprietários e potenciais inquilinos.
• A herança mais importante dos programas complexos de regeneração urbana
que mais tem interessado Torino, nestes últimos anos, é a certeza de que este
tipo de ação deve manter juntos dois aspectos: o da regeneração física dos
lugares e aquele relativo ao apoio ao contexto social e econômico local.
O objetivo deste duplo mecanismo é a mobilização de recursos do território,
o apoio à participação por parte daquela faixa da sociedade civil organizada que
representa um terreno fértil para as ações de solidariedade social ligadas aos
programas de regeneração urbana. Se os resultados alcançados forem para
esta direção, será melhor que, no momento da avaliação e do relance, seja dada
uma atenção especial a fim de colocar a regime as ações e fazer com que estas
se tornem um patrimônio publico que possa ser compartilhado, para inspirar
novas políticas graças também aos efeitos positivos garantidos pelo acumulo
de recursos, ações e estratégias.
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DESIGN
Badriotto Palladino
FOTOGRAFIA
Michele d’Ottavio
TESTOS
Annalisa Magone
TRADUÇÕES
Il Melograno Centro Servizi
Os textos são emitidos com licença da Creative Commons.
Atribuição, Uso Não-Comercial, Não a Obras Derivadas.
As fotografias são de propriedade do autor.
Associaçione Torino Internazionale
www.torino-internazionale.org
[email protected]
Città di Torino / Settore Cooperazione Internazionale e Pace
www.comune.torino.it/cooperazioneinternazionale
[email protected]

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