relatório anual 2013
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relatório anual 2013
Instituto Marquês de Valle Flôr ONGD R E L ATÓ R I O A N UA L 2 0 1 3 RELATÓRIO ANUAL 2013 RELATÓRIO ANUAL 2013 ÍNDICE NOTA DE ABERTURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.0 O NOSSO ANO E O FUTURO . . . . . . . . . . . . 7 2.0 O IMVF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Missão e Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 FACTOS E NÚMEROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3.0 A NOSSA AÇÃO EM 2013 . . . . . . . . . . . . . . 17 ÁREAS DE INTERVENÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . 19 Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Desenvolvimento Rural . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Fortalecimento Institucional . . . . . . . . . . . . . . 42 Sustentabilidade Ambiental . . . . . . . . . . . . . . 52 Identidade Cultural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Cidadania Global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 IMVF Municípios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Estudos Estratégicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 ONDE ESTAMOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 EVENTOS E PARTICIPAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . 93 COMUNICAÇÃO E MEDIA . . . . . . . . . . . . . . . . 99 ACCOUNTABILITY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 4.0 O NOSSO PLANO PARA 2014 . . . . . . . . . . . 105 5.0 RESULTADOS FINANCEIROS 2013 . . . . . . . . 115 3 4 NOTA DE ABERTURA O ano de 2013 foi marcado pela turbulência e instabilidade a nível mundial, sendo um dos reflexos mais visíveis a crise económico‑financeira europeia. Em Portugal, o plano de assistência económica financeira teve reflexos concretos na redu‑ ção dos orçamentos dos Ministérios com objetivo de redução do défice público, que se repercutiu diretamente no orçamento disponível para a Cooperação. Aliado a este facto, a instabilidade política governativa também afetou a área da Cooperação, com três mudanças do titular da respetiva Secretaria de Estado. Somaram‑se ainda às dificuldades anteriores, problemas de aplicação da lei 24/2012– Lei‑quadro das Fundações – ao IMVF, criando dúvidas sobre os reembolsos dos projetos em curso, dificuldades de financiamento nos projetos com continuidade e no acesso a concursos de novos projetos. Perante todas estas dificuldades, o IMVF manteve‑se firme e focalizado, sendo prudente na assunção de novos compromissos e procedendo aos ajustamentos orçamentais dos programas com soluções inovadoras e fontes de financiamento alternativas sem os desvir‑ tuar nos seus objetivos. O ano de 2013 foi igualmente de balanço de avaliação do nosso contributo para a promo‑ ção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e marcou o início da sua inclusão na agenda pós‑2015. O reconhecimento público por parte do Ministério da Saúde de Portugal e pelo Governo de São Tomé e Príncipe reforça a nossa convicção de que o que fizemos e fazemos nos aponta para o caminho do futuro. Estamos hoje mais preparados nas áreas da Educação, Saúde, Igualdade de Oportunidades, Cooperação Descentralizada e promo‑ ção da sustentabilidade das nossas ações perante os beneficiários dos projetos para cor‑ responder aos desafios do futuro. Os resultados obtidos este ano só foram possíveis graças ao empenho da nossa equipa e dos nossos parceiros e financiadores, que souberam abstrair‑se de toda a instabilidade e incerteza, trabalhando para criarmos as bases de colaboração para os próximos anos, que se afiguram complexos e difíceis para todos. Por último, o IMVF apostou numa divulgação mais sistemática da sua atividade, através de uma presença regular nos media, melhorando os sítios de internet, iniciando as publicações online da área dos Estudos Estratégicos, realizando quase uma centena de publicações e eventos e apoiando a investigação científica e a preservação da memória para as gerações futuras. Continuaremos a lutar para que a Cooperação seja encarada como uma área estratégica, para que o nosso país promova o Desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida dos destinatários. Acreditamos que, mesmo nas dificuldades futuras que se avizinham, podemos contribuir para construir um mundo melhor, mais justo, sustentável e inclusivo. Conselho Executivo 5 6 1.0 O NOSSO ANO E O FUTURO 2013: UM ANO DE DESAFIOS E SUPERAÇÃO O ano de 2013 foi especialmente complexo e desafiante. Os mecanismos acrescidos impostos pela Lei do Orçamento Geral do Estado para 2013, que resultaram, num primeiro momento, da ausência de separação entre os programas de Cooperação da restante inter‑ venção fundacional, desencadearam um afunilamento no apoio aos programas desta área. Graças ao esforço conjunto dos responsáveis governativos conseguiu‑se, in extremis, acautelar os contextos específicos que caracterizam os programas de Ajuda Pública ao Desenvolvimento das restantes intervenções. A crise financeira ditou, sem dúvida, cortes e incertezas nas verbas da Cooperação – como, aliás, nos restantes setores do Orçamento Geral do Estado português. Entendemos, porém, que esta área não faz parte do problema, mas antes da solução. Acreditamos que deve ser entendida como um investimento, podendo o fortalecimento dos laços históricos, polí‑ ticos, estratégicos e humanos que nos ligam ao espaço lusófono, desde há vários séculos, contribuir ativamente para o crescimento mútuo na economia, na investigação científica e na ampliação do mercado de trabalho. Desta forma, continuaremos a sustentar e a defen‑ der que a Ajuda Pública ao Desenvolvimento não deverá ser contabilizada como fazendo parte de um déficit orçamental aliás como adotado pela OCDE. Não podemos pois esquecer momentos muito críticos ao longo do ano que colocaram em causa alguns dos projetos, muitos deles fundamentais para processos em curso no setor da Cooperação. Perante a incerteza em torno do projeto Escola +, em São Tomé e Príncipe, projeto este que visa a reforma do ensino secundário no país, o IMVF viu‑se for‑ çado a assumir a sua continuação para não aniquilar este processo, que veio trazer gran‑ des mudanças e cujo mérito foi reconhecido pela avaliação bastante positiva por parte de entidades externas. O apoio constante das instâncias competentes, em particular da Cooperação Portuguesa, e o esforço comum das restantes entidades, acabaram por vencer as dificuldades. PARCERIAS E RECONHECIMENTO O fortalecimento de parcerias institucionais com órgãos de soberania e parceiros da socie‑ dade civil – nomeadamente com a Cooperação Portuguesa através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., União Europeia (UE), governos locais, congéneres nacio‑ nais e internacionais e municípios – continua a ser uma parte fundamental do nosso tra‑ balho, favorecendo uma intervenção conjunta e, dessa forma, atuando também de forma mais eficaz. É por isso, com responsabilidade acrescida, que recebemos ao longo do ano de 2013, o reconhecimento da capacidade e a confiança dos nossos parceiros. O estatuto de utilidade pública, atribuído ao IMVF, pelo governo são‑tomense, pelos 25 anos de apoio prestados ao arquipélago nos setores da Educação, Saúde e Segurança Alimentar, bem como a atri‑ 7 RELATÓRIO anual 2013 buição da medalha de Mérito da Saúde pelo Ministério da Saúde de Portugal, são enormes estímulos para continuarmos a agir em prol da melhoria de vida das populações mais carenciadas. A confiança transpareceu também, ao longo deste ano, no convite da União Europeia para a implementação do Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materno‑Infantil, que estamos a iniciar na Guiné‑Bissau, em articulação com Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Entraide Médicale Internacional (EMI), um projeto ambicioso que abrange um terço da população. A parceria com a PT Inovação atingiu em 2013 um novo patamar com a apresentação pública, perante órgãos de soberania de Portugal e São Tomé e Príncipe, da segunda geração desta plataforma de telemedicina, em simultâneo com a realização da primeira mamografia, ferramenta fundamental para a saúde das mulheres são‑tomenses. Na van‑ guarda das tecnologias, a nova Medigraf comporta enormes benefícios para os doentes e uma redução de custos significativa para os respetivos governos. A comprovar a sua exce‑ lência, estão os diversos prémios e apresentações em território nacional e internacional ao longo deste ano. Outro importante incentivo foi a seleção do projeto “Urok Osheni! Conservação, Desenvol‑ vimento e Soberania nas Ilhas Urok”, em parceria com a ONG local Tiniguena, como um exemplo de boa prática a nível europeu, a ser apresentado numa cerimónia em Bruxelas em fevereiro 2014, bem como outros convites no âmbito da Segurança Alimentar e do Desenvolvimento Rural. NOVAS ÁREAS, MAIOR ALCANCE O IMVF dá agora os primeiros passos na área da Consultadoria, estando a iniciar a imple‑ mentação do consórcio liderado pela Transtec, após ter ganho um concurso para recruta‑ mento de Assistência Técnica de curto prazo em situações de Ajuda Humanitária, Gestão de Conflito e Assistência Pós‑crise. No domínio da Assistência Técnica, destacamos também a renovação da confiança no trabalho do IMVF, através da aprovação pela UE da segunda fase do Programa de Apoio aos Atores Não Estatais (UE‑PAANE) “Nô Pintcha Pa Dizinvolvimentu”. Uma nova dimensão de Estudos Estratégicos e de análise política sobre questões relevantes para a compreensão e o debate sobre o Desenvolvimento e a Cooperação internacional foi integrada no IMVF e iniciou as suas atividades no final de 2012, aprofundando‑se, em 2013, através da realização de debates com a participação de figuras de relevo nas áreas da segurança e da agenda pós‑2015, da criação de uma nova linha editorial do IMVF com a edição de diversas publicações ao longo do ano e do estabelecimento de novas parcerias. A investigação científica e a formação na área da Saúde prevaleceram, particularmente no âmbito das missões do programa Saúde para Todos, através dos cursos de Oftalmologia e em Fundoscopia; das teses de doutoramento no âmbito da surdez em colaboração com o Hospital CUF Infante Santo e a Universidade Católica Portuguesa, que deram início ao projeto Sem Barreiras para deteção e tratamento da surdez, ensino, aprendizagem e cria‑ ção da Língua Gestual são‑tomense e capacitação de formadores; da realização de estu‑ dos epidemiológicos sobre protozoas e parasitas intestinais e o seu efeito sobre o crescimento das crianças, assim como sobre o rotavírus, pelo Instituto de Higiene e Medi‑ cina Tropical, e ainda da recolha de amostras para investigação da prevalência do papiloma vírus humano nas mulheres em idade fértil, em São Tomé e Príncipe. Destacam‑se também a realização das Jornadas de Otorrinolaringologia, evento inédito em São Tomé, a atribuição de bolsas e estágios a profissionais de saúde são‑tomenses e ainda a renovação da parceria além‑fronteiras com a ONG galega Cooperación Bierzo Sur em diversas áreas de atuação clínica. 8 CRESCIMENTO E VISIBILIDADE Orgulha‑nos igualmente termos sido os impulsionadores do nascimento da primeira Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento portuguesa juntamente com 13 municípios, que a integram, e que se comprometeram a realizar um trabalho mais estrutu‑ rado e eficaz de combate à pobreza. Em Portugal, a área de Cidadania Global viu aprova‑ dos três novos projetos, juntamente com os nossos parceiros europeus, estando agora a trabalhar com novos públicos como os migrantes ou os técnicos e visitantes de museus, no sentido de promover um melhor entendimento das diferenças e desigualdades e, assim, de como estas podem constituir um obstáculo ao Desenvolvimento Humano Sustentável. Por fim, a aposta numa comunicação cada vez mais direcionada tem vindo a permitir um conhecimento mais constante e aprofundado dos impactos da nossa ação – nomeada‑ mente com uma grande reportagem na SIC sobre o trabalho do IMVF em São Tomé, vista por mais de 1 milhão e 150 mil espetadores, em horário nobre, e com mais de 200 artigos, reportagens e entrevistas em meios de comunicação, entre os quais a discussão de temas de atualidade pela área de Estudos Estratégicos – considerando‑se que um diálogo siste‑ mático e frequente permite manter acesa a defesa das causas em que acreditamos na procura de um mundo mais equilibrado e solidário. A arquitectura integrada das cinco áreas que compõem atualmente a áreas de intervenção do IMVF – Cooperação, Cidadania Global, Cooperação Descentralizada, Estudos Estraté‑ gicos e Consultadoria – fecham o círculo de atuação no setor, através de uma abordagem multifacetada e complementar que visa abrir novos horizontes de intervenção. EFICÁCIA E CONSOLIDAÇÃO A gestão financeira, de um ponto de vista mais global, constituiu um desafio mas a qualifi‑ cação, o esforço e a dedicação da nossa equipa, quer na sede, quer nas delegações, e à qual prestamos uma palavra de reconhecimento, conseguiram que honrássemos atempa‑ damente os nossos compromissos, contribuindo para a consolidação do prestígio do IMVF. Ao longo do ano, demos continuação à consolidação dos procedimentos que foram intro‑ duzidos em anos anteriores, com vista a manter e, se possível, melhorar os níveis de efi‑ cácia entretanto atingidos, tendo tido, no entanto, o cuidado de promover algumas mudanças a nível organizacional, onde procurámos reduzir custos sem afetar a prossecu‑ ção dos objetivos essenciais do Instituto. Procurámos também privilegiar e concentrar as nossas atenções nas relações com as representações que temos no exterior, algumas a atuar em condições de grande precarie‑ dade e que necessitam da nossa melhor atenção, produzindo mecanismos que respondam atempadamente às suas necessidades e, simultaneamente, com êxito às exigências do setor administrativo, o que pensamos ter sido conseguido com sucesso. No setor financeiro, 2013 manteve características semelhantes a 2012, com todas as difi‑ culdades económicas a nível nacional sobejamente conhecidas, o que por vezes nos cau‑ sou algumas dificuldades, mas que felizmente foram ultrapassadas fruto de uma política de disciplina e de rigor. No que ao património diz respeito, continuámos com a conservação do imóvel onde se situa a nossa sede e que devido à sua idade e características tem que merecer uma atenção contínua, a fim de não se degradar irremediavelmente. Ahmed Zaky Diretor de Projetos Vítor Martins Diretor Financeiro 9 10 2.0 O IMVF 11 cabo verde Portugal indonésia brasil Moçambique Guiné ‑Bissau São Tomé e Príncipe angola 12 timor-leste MISSÃO E OBJETIVOS O Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) que realiza ações de Ajuda Humanitária, de Coo‑ peração e Educação para o Desenvolvimento económico, cultural e social, realiza estudos e trabalhos científicos nos vários domínios do conhecimento, bem como fomenta e divulga a cultura dos países de expressão oficial portuguesa. Acreditamos que a inovação nas áreas da Educação, Saúde e Segurança Alimentar são fundamentais para promover a esperança num futuro melhor às populações com quem trabalhamos. Agimos como facilitadores na criação de redes de Cooperação Descentralizada com os municípios do espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), promovendo a troca de conhecimentos e experiências entre eles e assim melho‑ rando a qualidade de vida das suas populações, em respeito pela natureza. Trabalhamos diariamente com diligência, rigor e ética para construirmos um futuro sustentável mais justo e mais inclusivo para milhares de pessoas. 13 RELATÓRIO anual 2013 FACTOS E NÚMEROS SAÚDE • Mais de 80.000 consultas de planeamento familiar e de proteção materno ‑infantil realizadas • Mais de 60.300 consultas médicas das especialidades de Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Ginecologia‑Obstetrícia, Pediatria, 810.000 vacinas Cirurgia Geral, Psiquiatria e Estomatologia realizadas • 30.500 doses de desparasitante administradas em crianças • Mais de 500 profissionais de saúde formados • 36 unidades de saúde equipadas e operacionais • 80 missões de 14 especialidades médicas realizadas • Mais de 3.000 consultas e 600 intervenções cirúrgicas das 14 especialidades médicas realizadas • Mais de 9.900 exames inseridos na plataforma Medigraf de telemedicina • 46 áreas sanitárias com medicamentos e consumíveis médicos • administradas • + de 700 mil beneficiários da prestação de cuidados de saúde EDUCAÇÃO 15.400 alunos a frequentar o ensino secundário no ano letivo de 2012/13 • 98% dos alunos transitaram no ensino secundário • 672 professores acompanhados • 42 professores são‑tomenses com grau de Licenciatura 47 formandos concluíram o curso de Gestão Curricular e Supervisão Pedagógica, 24 o de Administração Escolar e 10 o de Administração Escolar • 7.500 textos de apoio da 7ª, 8ª e 9ª classe disponibilizados • 43 salas de aula intervencionadas, 8 escolas com espaços desportivos reabilitados ou construídos, 9 oficinas, 3 secretarias reabilitadas, 1 biblioteca nova • 30 crianças e 15 professores/técnicos formados em Língua Gestual são‑tomense • 1 dicionário com 500 gestos do léxico • Mais de + de 16 mil beneficiários dos programas de educação e formação comum da comunidade surda são‑tomense produzido • DESENVOLVIMENTO RURAL • 22 técnicos para‑veterinários formados ou reciclados • 4 furos pastoris e 4 comités de gestão dos mesmos formados • 7.110 toneladas de variedades locais de arroz, 157 toneladas de cereais secundários, leguminosas, raízes e tubérculos e 116 toneladas de hortícolas produzidos • Mais de 100 participantes no Fórum Sociedade Civil, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional • 1 estudo sobre a mandioca realizado • 325 produtores e transformadores apoiados • 2 centros de armazenamento e abastecimento em construção • 1 espaço para a cooperativa CooperQuilombola assegurado • 1 diagnóstico socioeconómico realizado • respetivos bebedouros operacionalizados e 14 + de 750 mil de beneficiários EM ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO RURAL FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL • 3.000 beneficiários da Mutualidade de Saúde • 44 dirigentes e técnicos autárquicos capacitados para uma resposta mais eficaz às 60 líderes e técnicos associativos capacitados em modelos de participação social • 2 Intercâmbios Sul – Sul realizados • 1 rede de abastecimento de água otimizada e 52 ligações domiciliárias • 5 bairros com abastecimento de água melhorado • 26 atividades geradoras de rendimento apoiadas • 136 Atores Não Estatais integram a bolsa do Programa de Formação Inicial e 53 de Formação Avançada • 15 contratos de subvenção para microprojetos em execução • 1 espaço multiusos de apoio às Organizações da Sociedade Civil criado • 17 ações de formação e capacitação • 3 intercâmbios entre OSC e Autoridades Locais • 9 newsletters publicadas • 20 técnicos de ONG e 3 técnicos formados • 2 estudos de caso em conclusão sobre Pescas e Agricultura • 13 workshops sobre o processo de descentralização do poder local realizados • 9 sedes de membros da HASATIL em 9 distritos nacionais reabilitadas e equipadas • 7 módulos de formação transversal realizados • populações • cerca de 300 organizações DA SOCIEDADE CIVIL A BENEFICIAR DE AÇÕES PARA O FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL • 389 fontanários construídos/reabilitados para uma média de 5 agregados familiares • 81 reservatórios reabilitados • 3 estudos técnicos elaborados • 1 Comissão de Gestão da Floresta operacionalizada • 1 Plano de Desenvolvimento Sustentável Florestal publicado • 21 comités de gestão operacionalizados • 255 produtores frutícolas e silvícolas formados e apoiados • 6 estufas descentralizadas e bancos de germoplasma operacionalizados • 2.450 kg de mel produzidos • 183 apicultores formados e apoiados • 17 viveiristas privados certificados a produzir em rede com o viveiro municipal • 5.704 alunos e 190 professores sensibilizados e informados para a preservação florestal • 5 hortas escolares em funcionamento • 90 chafarizes abrangidos no plano de assistência técnica • 50 zeladores formados • 7 chafarizes reabilitados e melhorados • 8 pontos de água construídos em escolas • 137 palestras de sensibilização/educação/informação realizadas • 10 sessões de teatro de sensibilização realizadas abrangendo 2.379 alunos • + de 1 milhão de beneficiários nA ÁREA DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL 15 RELATÓRIO anual 2013 IDENTIDADE CULTURAL • 5 intercâmbios realizados • 450 alunos e 6 professores do Estado nas escolas comunitárias • 12 ações de formação realizadas • 92 alunos a frequentar formação de alfabetização • 21 jovens alvo de formação profissional • 8 grupos de jovens apoiados • 185 beneficiários do fundo de apoio ao empreendedorismo • 70 participantes nas 3 edições do Fórum de Jovens Raparigas • 10 artesãos selecionados para atividades de resgate cultural • 1 diagnóstico inicial sobre produtos da biodiversidade local realizado • 25 reuniões dos comités de tabancas, 3 assembleias insulares, 1 assembleia‑geral e 6 reuniões de comité de gestão apoiadas • 1 plano de atividades ambientais e culturais implementado a 85% • 26 missões de fiscalização participativa no mar realizadas • + de 37 mil beneficiários DE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE PROMOÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL CIDADANIA GLOBAL 30.000 visitantes da exposição “Sabemos o que compramos?” • 100 respostas válidas ao primeiro questionário elaborado • Mais de em Portugal sobre Práticas de Educação Global no setor de Educação Formal • 129.512 visitas aos websites de Cidadania Global • 1 workshop conceptual realizado • 1 Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimen'to criada e apoiada em Portugal • 1 manual de Casos Práticos – Desenvolvimento e Cooperação Descentralizada • 1 Seminário internacional organizado: mais de 140 participantes, 14 horas de debate, 28 oradores nacionais, 12 oradores internacionais, 9 representantes de países parceiros • Mais de 112 participantes na conferência “Respostas Locais aos Desafios Globais”: 80 técnicos municipais de 19 municípios portugueses, 15 oradores, 6 sessões, 480 minutos de debate e reflexão • 25 boas práticas metodologicas de educação para a cidadania global recolhidas e apresentadas • 16 + de 100 mil PESSOAS RECEBERAM MATERIAIS DE SENSIBILIZAÇÃO SOBRE OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÉNIO 3.0 A NOSSA AÇÃO EM 2013 17 18 ÁREAS DE INTERVENÇÃO 19 SAÚDE Foi comprovado que os investimentos nos cuidados de saúde têm impacto direto no Índice de Desenvolvimento Humano de qualquer país assim como no seu cres‑ cimento económico, no aumento do PIB e na redução das desigualdades. Concei‑ tuados economistas demonstraram que cada euro investido nesta área provoca um aumento do PIB em cerca de 2,8 euros. Foi com esta convicção que o Instituto Marquês de Valle Flôr iniciou há 25 anos em São Tomé e Príncipe o Saúde para Todos, um programa inovador, de reconhecido interesse público pelo Ministério da Saúde de Portugal e de São Tomé e Príncipe considerado como boa prática de Desenvolvimento Sustentável pelas Nações Unidas. Os projetos de Luta Contra as Doenças Não‑Transmissíveis, de Cuidados Preven‑ tivos e Primários, de Cuidados Especializados e Telemedicina, no âmbito do pro‑ grama Saúde para Todos, constituem uma estratégia integrada que tem permitido uma maior equidade no acesso aos cuidados de saúde e uma melhoria significativa dos indicadores sanitários do país. Destacamos, em 2013, além do decréscimo de evacuações sanitárias para Portugal, o aumento da equidade de acesso aos diversos cuidados e o lançamento da segunda geração da plataforma de telemedicina Medigraf, que coloca Portugal na vanguarda das Tecnologias da Informação e Comunicação ao serviço da saúde com enormes mais‑valias para os cuidados médicos prestados à população são ‑tomense. Distinguimos também o Programa Integrado de Redução da Mortalidade Materno ‑Infantil na Guiné‑Bissau, um projeto ambicioso que faz face à complexidade e às fragilidades do Sistema Nacional de Saúde guineense, contribuindo para a prestação de cuidados de saúde de qualidade a mulheres grávidas e puérperas e a crianças com menos de 5 anos de idade, com uma forte componente de formação e capa‑ citação do sistema e dos profissionais de saúde do país. Parceiros Direcção-Geral da Saúde www.dgs.pt Ministério da Saúde e Assuntos Sociais de São Tomé e Príncipe 20 SAÚDE PARA TODOS: LUTA CONTRA AS DOENÇAS NÃO‑TRANSMISSÍVEIS Atividades globais do projeto mar 2011 – fev 2013 ODM 1 ODM 4 ODM 5 ODM 6 ODM 8 erradicar a Pobreza extrema reduzir a mortalidade infantil melhorar a saúde materna combater o Hiv/ aids, a malária e outras doenças estabelecer uma parceria para o desenvolvimento São Tomé e Príncipe Beneficiários Diretos: a totalidade da população são-tomense, aproximadamente 187.500 pessoas. Cerca de 43 profissionais e técnicos de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos diversos), 800 profissionais do sistema de ensino (professores e educadores), 45 profissionais de comunicação social e 34 deputados da Assembleia Nacional. Objetivos Geral: contribuir para a melhoria da situação sanitária em São Tomé e Príncipe através da redução das taxas de mortalidade nacionais causadas por doenças não‑transmissíveis. Específicos: promover a capacidade do Sistema Nacional de Saúde são‑tomense na prevenção, controlo, diagnóstico e tratamento de doenças não‑transmissíveis como as doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, diabetes, politraumatismos, doenças oncológicas, saúde mental e dependência de álcool, tabaco e drogas, e a adoção de comportamentos saudáveis junto das populações que contrariem os atuais comportamentos de risco associados. • Apoio à integração nas políticas e estratégias nacionais de saúde de um pacote específico de luta contra as doenças não ‑transmissíveis considerando o atual perfil epidemiológico, nomeadamente elaboração, validação, implementação e divulgação do Plano Estratégico de Luta contra as Doenças Não‑Transmissíveis, da Política Nacional para Diabetes e Hipertensão, Plano Nacional de Nutrição, do Plano Nacional de Comunicação para a Segurança Rodoviária e elaboração e implementação dos protocolos Saúde da Visão e Saúde da Audição para crianças em idade escolar, do Plano Visão 2020; • Formação e capacitação dos profissionais e técnicos de saúde são‑tomenses, nomeadamente formação de formadores para atualização de conhecimentos e aperfeiçoamento de medidas de prevenção e controlo nas especialidades de Anatomia Patológica, Cardiologia, Ginecologia/ Obstetrícia, Neonatologia, Nutrição, Pediatria, Pneumologia, Psiquiatria, Traumatologia e Urologia; > Resultados Esperados – Políticas de saúde nacionais reforçadas, integrando medidas de prevenção, controlo e tratamento das doenças não ‑transmissíveis como ponto focal para o progresso dos indicadores de saúde do país; – Conhecimento dos médicos, profissionais e técnicos são ‑tomenses atualizados e aperfeiçoados nas medidas de prevenção e controlo (diagnóstico e tratamento) das doenças não ‑transmissíveis; – Unidades de saúde são‑tomenses equipadas com meios complementares de diagnóstico e terapêutica para a prevenção e tratamento de doenças não‑transmissíveis, doenças crónicas, politraumatismos e outras doenças relacionadas com comportamentos de risco; – Atores‑chave da sociedade são‑tomense informados e sensibilizados sobre doenças não‑transmissíveis, politraumatismos e respetivos comportamentos de risco; – População são‑tomense sensibilizada e informada sobre os comportamentos de riscos associados a doenças não‑transmissíveis. Orçamento: € 382.883 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. 21 RELATÓRIO anual 2013 • Elaboração e disponibilização gratuita de manuais técnicos formativos: “Doenças Cardiovasculares: como manter o coração saudável?”, “HPV: Cancro do Colo do Útero”, “Manobras de reanimação Neonatal”, “Diabetes e Metabolismo: nutrição saudável”, “Acidentes e Lesões Não‑Intencionais na Infância: como tratar?”, “Luta contra Doenças Não‑Transmissíveis: cuidados ao recém ‑nascido”, “Doenças Crónicas: Asma e a DPOC”, “Saúde Mental e Prevenção do Consumo de Álcool”, “Manual de atendimento pré‑hospitalar à vítima de trauma” e “Hiperplasia benigna da Próstata”; • Apetrechamento das unidades de saúde a nível nacional com meios técnicos, materiais, consumíveis e medicamentosos para o efetivo combate ao pacote de doenças não ‑transmissíveis e crónicas e ações de formação para o correto manuseamento dos aparelhos; • Realização de sessões de informação e sensibilização direcionadas a grupos‑chave da sociedade são-tomense (profissionais do sistema de ensino, da comunicação social, deputados da Assembleia Nacional e autarcas) destacando‑se a realização de encontros temáticos; • Realização de campanhas descentralizadas de sensibilização e educação para a saúde, visando a adoção de comportamentos mais saudáveis e a progressiva redução da incidência de fatores de risco associados às doenças não ‑transmissíveis, sendo de destacar as 40 campanhas realizadas direcionadas aos agentes de saúde comunitária, as ações de formação e assistência médica realizadas aquando das missões médicas de curta duração das múltiplas especialidades (realizadas no âmbito da parceria com o Programa Integrado: Saúde para Todos) e as 3 campanhas de confeção de alimentação saudável com produtos nacionais e cultivados pelos intervenientes, maioritariamente mulheres; • Produção de suportes de informação e sensibilização e distribuição pelos centros de saúde e escolas, locais estratégicos e de maior alcance para as comunidades, nomeadamente brochuras e cartazes, 8 spots televisivos e radiofónicos tendo sido também elaborados artigos para jornais nacionais dedicados aos temas da hipertensão arterial, diabetes e nutrição, entre outros. Factos e números globais 2.000 Exemplares de manuais técnicos formativos elaborados, distribuídos e disponíveis online 49 Missões de curta‑duração para formação de formadores realizadas 150 Profissionais de saúde são ‑tomenses capacitados como formadores 340 Profissionais de saúde e agentes de saúde comunitária formados e 1 manual de apoio para agentes de saúde comunitária elaborado 11 Dossiês específicos de cada especialidade produzidos 36 Unidades de saúde equipadas e operacionais 500 Profissionais do ensino são ‑tomense, 15 jornalistas e 30 autarcas sensibilizados 8 Spots televisivos e radiofónicos produzidos 2.000 Cartazes e brochuras impressos, distribuídos e afixados 24 Artigos publicados na imprensa são‑tomense 22 SAÚDE PARA TODOS: PROGRAMA INTEGRADO – PROJETO DE CUIDADOS PRIMÁRIOS: AUTONOMIA E EFICÁCIA Atividades em 2013 mar jan 2012 2011 –– jan fev 2015 2013 ODM 1 ODM 4 ODM 56 ODM 68 ODM 8 erradicar a Pobreza extrema reduzir a mortalidade infantil combater o Hiv/ melhorar a saúde aids, a malária e outras materna doenças estabelecer combater o uma Hiv/ aids, parceria a malária para oe desenvolvimento outras doenças estabelecer uma parceria para o desenvolvimento São Tomé e Príncipe • Realização de atos de enfermagem, consultas médicas de Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Ginecologia/ Obstetrícia, Pediatria, Cirurgia Geral e Psiquiatria, bem como realização de análises clínicas, exames de diagnóstico e assistência medicamentosa; • Aquisição e distribuição de equipamentos, Beneficiários Diretos: a totalidade da população são-tomense, aproximadamente os 187.500 habitantes, enquanto utilizadores do Serviço Nacional de Saúde e os 769 profissionais e técnicos de saúde são‑tomenses. Objetivos Gerais: contribuir para a consolidação do Sistema Nacional de Saúde de São Tomé e Príncipe reforçando a prestação de cuidados de saúde promocionais, preventivos, primários e de algumas especialidades, e o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio relacionados com a saúde. Específico: garantir a prestação de cuidados de saúde preventivos e primários nos sete distritos de São Tomé e Príncipe, potenciando uma efetiva gestão dos recursos financeiros, humanos e materiais. medicamentos, consumíveis, reagentes e meios complementares de diagnóstico necessários à prática clínica; • Realização de consultas de planeamento familiar, consultas pré‑natais e pós‑parto, assim como consultas de controlo de crianças e vigilância nutricional a par de administração de doses de desparasitantes e vacinas; • Realização de campanhas descentralizadas de educação e sensibilização para a Saúde dirigidas à população são-tomense em geral e às mulheres em particular; > Resultados Esperados – Condições técnicas e materiais para a prestação de cuidados de saúde preventivos e primários ao nível distrital garantidos; – Formação e capacitação de profissionais de saúde reforçada; – Capacidade de gestão sanitária a nível nacional e distrital garantidas; – Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio relacionados com a saúde desenvolvidos. Orçamento: € 9.541.694,72 Cofinanciamento: Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., Fundação Calouste Gulbenkian, Ministério da Saúde e dos Assuntos Sociais de São Tomé e Príncipe 23 RELATÓRIO anual 2013 • Continuação da vigilância epidemiológica e apoio aos Programas Nacionais de Saúde Reprodutiva e de Luta Contra o VIH/ SIDA, Tuberculose e Malária, tendo sido disponibilizados testes de diagnóstico e medicamentos; • Formação de médicos e técnicos de saúde são‑tomenses, nomeadamente formação de técnicos laboratoriais para diagnóstico de parasitoides e protozoas intestinais, acompanhamento do desenvolvimento e crescimento das crianças, técnicas imagiológicas e técnicas de diagnóstico do rotavírus em contexto de diarreias nas crianças. Factos e números + de 80.000 Consultas de Planeamento Familiar e de proteção materno‑infantil realizadas + de 30.500 Crianças receberam doses de desparasitante + de 810.000 Vacinas administradas (BCG, Pólio, Sarampo, Antitetânica, entre outras) + de 60.300 Consultas médicas das especialidades de Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Ginecologia‑Obstetrícia, Pediatria, Cirurgia Geral, Psiquiatria e Estomatologia realizadas 24 SAÚDE PARA TODOS: PROGRAMA INTEGRADO – PROJETO DE CUIDADOS ESPECIALIZADOS E TELEMEDICINA Atividades em 2013 jan 2012 – jan 2015 ODM 1 ODM 4 ODM 56 ODM 68 ODM 8 erradicar a Pobreza extrema reduzir a mortalidade infantil combater o Hiv/ melhorar a saúde aids, a malária e outras materna doenças estabelecer combater o uma Hiv/ aids, parceria a malária para oe desenvolvimento outras doenças estabelecer uma parceria para o desenvolvimento São Tomé e Príncipe Beneficiários Diretos: a totalidade da população são-tomense, aproximadamente os 187.500 habitantes, enquanto utilizadores do Serviço Nacional de Saúde e 769 profissionais e técnicos de saúde são‑tomenses. Objetivos Gerais: contribuir para a consolidação do Sistema Nacional de Saúde de São Tomé e Príncipe reforçando a prestação de cuidados especializados de saúde e potenciando o sistema da telemedicina como instrumento de apoio à efetiva melhoria dos indicadores de saúde nacionais. Específico: promover a melhoria e operacionalização da prestação de cuidados especializados de saúde em São Tomé e Príncipe através de uma abordagem pluridisciplinar e multissetorial. • Inauguração da nova plataforma Medigraf de telemedicina que, com um interface de baixo custo, portátil e compatível com qualquer equipamento e/ou meio de diagnóstico médico disponível e cuja ligação a um computador ou portátil conectado à Internet requer apenas uma largura de banda larga de 1MB, coloca Portugal na vanguarda das tecnologias de informação e comunicação ao serviço da saúde; • Realização de mais de 80 missões de especialistas médicos (Anatomia Patológica, Cirurgia Pediátrica, Ginecologia/ Obstetrícia, Imagiologia, Medicina Física de Reabilitação, Medicina Interna, Medicina Tropical, Pediatria, Pneumologia, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Urologia), missões técnicas de engenharia e de telemedicina e formação contínua em serviço durante as missões; > Resultados Esperados – Condições técnicas e materiais para a prestação de cuidados de saúde especializados promovidos no país; – Condições técnicas e materiais para a assistência e acompanhamento de doentes à distância reforçadas; – Eficiência e eficácia do processo de evacuação sanitária melhorados; – Plano de desenvolvimento e melhoria dos cuidados e serviços do Hospital Ayres de Menezes (HAM) promovidos; – Quadros do Serviço Nacional de Saúde de São Tomé e Príncipe capacitados. Orçamento: € 6.866.268,81 Cofinanciamento: Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., Fundação Calouste Gulbenkian e Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe. 25 RELATÓRIO anual 2013 • Realização de missões de Traumatologia, Ginecologia, Pediatria, Enfermagem e Cirurgia Plástica da ONG Cooperación Bierzo Sur, coordenadas pelo IMVF; • Formações múltiplas, nomeadamente formação para fisioterapeutas subordinada ao tema “Paralisia obstétrica do plexo braquial – intervenção da Fisioterapia” com a participação de crianças com a condição referida e respetivos pais; formação em escolas subordinada ao tema “Sistema respiratório para crianças – aprender a respirar”; formação em diagnóstico e seguimento das situações pré‑cancerígenas, cancerígenas e intervenções cirúrgicas no colo do útero; sessões de formação em diagnóstico, terapêutica e monitorização de infeções e infestações de protozoas e parasitas; curso teórico‑prático “Olho e Patologia Geral – Fundoscopia”; Curso/Formação de Otorrinolaringologia sobre Anatomia e Patologia do ouvido e audição; formação sobre sistemas respiratórios, asma no adulto e na criança e inaloterapia, entre outras; • Inauguração do primeiro serviço de mamografias do HAM e realização de sessões de treino de realização de mamografias e ecografias; • Doação de medicamentos, material médico, equipamentos e consumíveis de todas as especialidades abrangidas; • Realização de um estágio de enfermagem em Portugal, pela enfermeira Linda Barreto do HAM, na especialidade de Cirurgia Pediátrica, na Clínica de Santo António da Reboleira e da Dra. Ludomila Cravit em Mamografia no Hospital Amadora‑Sintra; • Iniciação de um estudo de caso de 1.000 crianças sobre o efeito das infestações parasitárias e protozoárias no crescimento das crianças e avaliação sobre o estado nutricional em crianças de São Tomé e Príncipe e relação com as tendências regionais, pela pediatra Marisol Garzón; • Realização de um estudo sobre o rotavírus, pela Dra. Cláudia Estrate, no seguimento da Missão de Medicina Tropical; • Organização das primeiras Jornadas Luso ‑São‑Tomenses de Otorrinolaringologia destinadas às patologias do ouvido, fisiopatologia da surdez e introdução à Linguagem Gestual; • Introdução da Língua Gestual para crianças surdas e formação de formadores neste âmbito; • Celebração de um Acordo de Cooperação, no domínio da Saúde, entre a Direção Geral de Saúde de Portugal e o Ministério da Saúde e dos Assuntos Sociais de São Tomé e Príncipe com o objetivo de garantir o tratamento de doentes evacuados são‑tomenses na rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde; • Submissão e aprovação pelo Conselho de Ética de São Tomé e Príncipe de um projeto de investigação sobre surdez no país, para investigar a forte presença de casos de surdez no arquipélago. Factos e números + de 80 Missões de 14 especialidades médicas realizadas + de 3.000 Consultas realizadas + 600 Intervenções cirúrgicas das especialidades médicas abrangidas realizadas Primeiras Jornadas Luso‑São‑Tomenses de Otorrinolaringologia organizadas + de 9.900 Exames inseridos na plataforma Medigraf de telemedicina 26 Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materna e Infantil (PIMI) – Componente de Reforço da Disponibilidade e Qualidade dos Cuidados de Saúde Materno‑Infantis nas Regiões Sanitárias de Cacheu, Biombo, Farim e Oio Atividades em 2013 jul 2013 – jul 2016 ODM 4 ODM 5 ODM 6 reduzir a mortalidade infantil melhorar a saúde materna combater o Hiv/ aids, a malária e outras doenças Guiné ‑Bissau Beneficiários Diretos: 90.341 crianças até 5 anos de idade e 116.911 mulheres em idade fértil das regiões‑alvo; 255 profissionais de saúde de 46 áreas sanitárias‑alvo (centros de saúde e hospitais). Indiretos: pelo menos 531.415 habitantes das 4 regiões sanitárias. Objetivos Geral: contribuir para a redução das mortalidades materna, neonatal e infanto‑juvenil nas 4 regiões sanitárias e, em particular, para o alcance de metas ajustadas dos ODM: redução das taxas de mortalidade materna e infanto‑juvenil para 108‰ e 777/100.000, respetivamente. Específicos: assegurar e perenizar um melhor acesso a cuidados de saúde de qualidade a mulheres grávidas e puérperas (até 45 dias após o parto) e crianças até aos 5 anos de idade nas quatro regiões‑alvo. Resultados Esperados – Medicamentos e consumíveis médicos essenciais disponíveis em permanência; – Centros de Saúde e Hospitais Regionais asseguram o Pacote Mínimo e o Pacote Complementar de cuidados materno‑infantis. Orçamento: € 3.076.491,25 apoio: União Europeia, Fundação Calouste Gulbenkian e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P • Instalação de canais de articulação técnica, logística e administrativa com a ONG Entraide Médicale Internacional (EMI) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), responsáveis pela implementação das duas restantes componentes do PIMI; • Colaboração com o Ministério da Saúde na definição e divulgação dos pacotes de atos médicos, medicamentos e consumíveis a serem disponibilizados de forma gratuita, nas regiões‑alvo, a crianças até aos 5 anos e grávidas e puérperas até aos 45 dias; • Avaliação das necessidades das áreas sanitárias‑alvo em medicamentos e consumíveis médicos essenciais e das disponibilidades e compromissos do Fundo Global, UNICEF, Fundo das Nações Unidas para as Populações e Programas Nacionais de Luta contra o Paludismo, Tuberculose e HIV‑SIDA; • Dotação inicial das áreas sanitárias‑alvo em medicamentos e consumíveis médicos essenciais em articulação com a Central de Compra de Medicamentos Essenciais e preparação de dotações subsequentes; • Diagnóstico de competências e necessidades de capacitação dos profissionais de saúde das áreas sanitárias ‑alvo nos domínios da saúde materno‑infantil e elaboração de um programa de capacitação para o 1º semestre; • Realização das primeiras ações do 1º ciclo de formação em sala em Saúde Materno ‑Infantil destinadas a profissionais das áreas sanitárias‑alvo e de uma formação em Consulta Pré‑Natal e Puerpério para alunos de enfermagem, em colaboração com o pessoal do Hospital Regional de Mansoa; • Seguimento regular das áreas sanitárias, assente na capacitação em serviço, com vista a promover a prestação dos Pacotes Mínimo e Complementar de cuidados de saúde materno‑infantis em estratégia‑fixa; > 27 RELATÓRIO anual 2013 • Desenho de um Sistema de Avaliação do Desempenho e Atribuição de Prémios a Profissionais de Saúde em articulação com o Ministério da Saúde, com o objetivo de melhorar os resultados em termos da saúde materno‑infantil, tendo em consideração todo o contexto de trabalho dos profissionais; • Atualização do diagnóstico de necessidades de equipamentos e infraestruturas das áreas sanitárias‑alvo, particularmente Hospitais Regionais, de Referência e Centros de Saúde tipo A, com vista a garantir condições de funcionamento, diagnóstico, internamento, conservação, esterilização, realização de cirurgias, transfusão de sangue, realização de análises clínicas, etc.; • Aquisição de equipamentos, materiais médico‑cirúrgicos e mobiliário hospitalar: 1 carro‑ambulância, 6 bancos de sangue, 1 aparelho de Raio‑X e 1 aparelho de revelação com respetivos acessórios e consumíveis, kits de análises, 4 ecógrafos portáteis e acessórios, 4 equipamentos de CTG, 100 camas articuladas e respetivos colchões, vários materiais e consumíveis‑médico cirúrgicos e hospitalares; • Contratação de empreitadas para a ampliação, remodelação da Maternidade existente e criação de Bloco Operatório para cesarianas nos Hospitais de Cumura (região de Biombo) e Mansoa (região de Oio); • Realização de concursos para a dotação parcial de áreas sanitárias prioritárias com energia elétrica e água; • Desenho de um sistema de informação de avarias de equipamento médico‑cirúrgico e outros problemas, arranjo e manutenção de equipamentos e colaboração com o Centro de Formação Profissional, na Guiné‑Bissau, com vista à formação em serviço de estagiários em manutenção de equipamento médico ‑cirúrgico; • Participação nas reuniões de planificação e coordenação dinamizadas pelas Direções Regionais de Saúde das regiões sanitárias ‑alvo. Factos e números 46 Áreas sanitárias com medicamentos e consumíveis médicos 195 Profissionais de saúde de 39 áreas sanitárias beneficiários de capacitação em serviço em diferentes domínios da saúde materno‑infantil 21 Profissionais de saúde de 18 áreas sanitárias beneficiários do 1º ciclo de formação em sala em Saúde Materno ‑Infantil 20 Estudantes de enfermagem beneficiários de uma formação em sala em Consulta Pré‑natal e Puerpério 28 2 Missões de instalação e manutenção de equipamentos médico ‑cirúrgicos realizadas Despacho n.º 24/GMSP/2013 do Ministério da Saúde Pública instituindo a gratuidade de pacotes de prestação de cuidados a crianças até aos 5 anos e grávidas e puérperas até aos 45 dias emitido 2 Dias em média de capacitação em serviço recebida pelos profissionais de cada Centro de Saúde tipo B e C e 12 dias pelos profissionais de cada Centro de Saúde A e Hospital Regional educação A Educação constitui um fator‑chave na promoção do Desenvolvimento, sendo frequentes os estudos que demonstram a existência de uma relação causal entre educação de qualidade e crescimento económico. Existem hoje aproximadamente 774 milhões de analfabetos no mundo e muitos jovens, mulheres e homens que continuam sem aprender as competências neces‑ sárias a uma vida digna e salubre. Um direito humano fundamental e essencial ao exercício democrático, um bom sistema de educação permite formar alunos inovadores, com capacidade de adap‑ tação à mudança, pensamento crítico e capacidade para resolver problemas. Atra‑ vés do desenvolvimento do capital humano, espera‑se contribuir para a formação de pessoas que influenciem positivamente o crescimento económico e que liderem o Desenvolvimento sustentado das suas comunidades e países. É desta visão que nasce o projeto Escola +. Em 2013 distinguimos a conclusão da primeira fase e o início da fase II, reflexo do compromisso de cooperação entre Portugal e São Tomé e Príncipe e do sucesso da primeira fase do Escola + que contribuiu para melhorar o ensino secundário, nomeadamente através da capacita‑ ção dos professores e da revisão curricular, elementos essenciais para um sistema de ensino mais adaptado às necessidades de São Tomé e Príncipe. Com esta segunda fase continua‑se a apostar na capacitação de professores, e no aumento da capacidade de gestão, coordenação e acompanhamento dos serviços centrais do setor da Educação e das escolas. Destacamos também o início do projeto Sem Barreiras que surgiu no seguimento das missões de Otorrinolaringologia e Audiologia no âmbito do projeto Saúde para Todos, que pretende contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade surda em São Tomé e Príncipe a partir da crescente autonomização das crianças surdas em idade escolar, tendo sido desenvolvida e introduzida, pela primeira vez, a Língua Gestual são‑tomense, em parceria com a Universidade Católica e o Hos‑ pital CUF Infante Santo. Parceiros Ministério da Saúde e Assuntos Sociais e Ministério da Educação, Formação e Cultura de São Tomé e Príncipe 29 RELATÓRIO anual 2013 ESCOLA + Atividades globais do projeto set 2009 – ago 2013 ODM 1 ODM 3 erradicar a Pobreza extrema promover a igualdade de género e a autonomia das mulheres • Melhoria do parque escolar que foi aumentado de 8 escolas em 2009 para 14 no ano letivo 2012/13; São Tomé e Príncipe Beneficiários Diretos: 15.481 alunos do ensino secundário, cerca de 672 professores, 13 diretores escolares e 10 inspetores escolares. Objetivos Geral: desenvolvimento socioeconómico de São Tomé e Príncipe através do reforço dos seus recursos humanos. Específico: promover o ensino da língua portuguesa através do reforço do ensino secundário em São Tomé e Príncipe. Resultados Esperados – Parque escolar reforçado; – Competências técnicas dos professores reforçadas; – Capacidade de gestão e de acompanhamento do ensino reforçados; – Sistema de ensino mais adaptado às necessidades do país. 30 • Reabilitação de 43 salas de aula, casas de banho, balneário, pavilhão cultural e construção de 1 biblioteca; • Construção e requalificação dos espaços desportivos em 8 escolas e construção e equipamento de 9 escolas e 3 secretarias; • Acompanhamento de 343 professores no ano letivo de 2010/11, 547 em 2011/12 e 672 (totalidade dos professores) em 2012/13, ao nível da implementação da revisão curricular; • Condução de 3 complementos de formação promovidos pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria (ESECS-IPL) que possibilitaram a 42 professores são‑tomenses com bacharéis a obtenção do grau de licenciatura nas áreas das ciências naturais e biologia, física e química e matemática; • Desenvolvimento de um curso de Gestão Curricular e Supervisão Pedagógica concluído por 47 formandos; Orçamento: € 4.649.707,10 • Produção de estruturas jurídicas de apoio à Cofinanciamento: Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. organização das escolas e desenvolvimento de ações de capacitação dos seus serviços centrais e administrativos; > • Formação e capacitação dos diretores e inspetores escolares através da formação profissional: curso em Gestão e Administração Escolar (concluído por 24 formandos) e curso de Formação para Inspetores Escolares (concluído por 10 formandos); • Reforma curricular e revisão dos programas escolares, com conteúdos adaptados à realidade nacional, duplamente direcionados para o prosseguimento dos estudos e inserção na vida ativa e introdução do 12º ano; • Elaboração e produção de textos de apoio para 1º e 2º ciclos; • Continuação dos cursos secundários profissionalmente qualificantes e lançamento de novos cursos de Humanísticas/Direito, Gestão/Contabilidade (modificação do curso de Gestão e Administração já existente), Desporto, Turismo e Comunicação Social; • Lançamento de 3 novos cursos profissionalizantes: Carpintaria/ Marcenaria, Costura e Informática. Factos e números globais 43 Salas de aula intervencionadas 1 Biblioteca nova construída 8 Escolas com espaços desportivos reabilitados ou construídos de raiz 9 Escolas equipadas com oficinas 47 Formandos concluem o curso de Gestão Curricular e Supervisão Pedagógica 24 Elementos concluem o curso de Administração Escolar 10 Formandos concluem o curso de formação para Inspetores Escolares 15.481 3 Secretarias reabilitadas Alunos frequentam o ensino secundário no ano letivo de 2012/13 672 98% Professores acompanhados 42 dos alunos transitaram no ensino secundário Professores são‑tomenses com grau de Licenciatura 31 RELATÓRIO anual 2013 ESCOLA + FASE II Atividades em 2013 set 2013 – ago 2017 ODM 1 ODM 3 erradicar a Pobreza extrema promover a igualdade de género e a autonomia das mulheres • Constituição de equipas de trabalho para São Tomé e Príncipe apoio metodológico dos professores de cada disciplina, constituídas por um metodólogo e um professor cooperante e realização de visitas frequentes às escolas secundárias do país; • Realização de visitas, reuniões e distribuição Beneficiários Diretos: 15.481 alunos do ensino secundário, cerca de 672 professores, 26 gestores escolares, 10 inspetores escolares e 32 membros dos quadros do Ministério da Educação, Cultura e Formação de São Tomé e Príncipe. Objetivos Gerais: contribuir para o crescimento económico de São Tomé e Príncipe, aumento da empregabilidade e do retorno privado ao investimento na educação, assim como para o aumento generalizado das condições de vida da população. Específico: promover a melhoria do ensino secundário em São Tomé e Príncipe. Resultados Esperados – Competências dos professores melhoradas; – Capacidade institucional do Ministério da Educação reforçada. Orçamento: € 2.891.604,97 Cofinanciamento: Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. de materiais diversos nas escolas que lecionam cursos secundários profissionalmente qualificantes, no âmbito do apoio técnico e científico solicitado pelo Ministério da Educação, Formação e Cultura de São Tomé e Príncipe à equipa do Escola +; • Elaboração e posterior execução de um plano de apoio à implementação dos cursos secundários profissionalmente qualificantes, previamente aprovado pela direção do ensino secundário; • Realização de encontros de trabalho com as direções das escolas que estão, no presente ano letivo, a implementar o 2º ciclo do ensino secundário pela primeira vez, com o objetivo de detetar os principais constrangimentos e desafios e orientar os diretores das escolas; • Realização de um inquérito com o objetivo de fazer o levantamento das necessidades de formação dos professores do ensino secundário são‑tomenses e identificação de potenciais temas das formações; • Elaboração dos planos de formação em Factos e números 443 Inquéritos realizados 15 Professores cooperantes portugueses em São Tomé e Príncipe 7.500 Textos de apoio da 7ª, 8ª e 9ª classe disponibilizados 32 Práticas de Escrita, Didática Geral e Formações Científicas (por disciplina), dirigidas aos professores do ensino secundário e organizadas pelo Ministério competente e pelo Escola +, certificadas pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria (ESECS‑IPL) e com o apoio do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e do IMVF; • Disponibilização de aproximadamente 2500 conjuntos de textos de apoio para os alunos do ensino secundário. SEM BARREIRAS Atividades em 2013 fev 2013 – ago 2014 ODM 1 ODM 2 ODM 8 erradicar a Pobreza extrema atingir o ensino básico universal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento São Tomé e Príncipe • Formação regular e continuada de aproximadamente 30 crianças em Língua Gestual; • Formação de técnicos e professores são ‑tomenses sobre línguas gestuais, surdez e educação de surdos; • Recolha de mais de 500 gestos do léxico Beneficiários Diretos: crianças em idade escolar diagnosticadas com surdez e 6 formadores de língua gestual. Objetivos Geral: contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade surda em São Tomé e Príncipe. Específicos: prevenir e combater a surdez e o isolamento do deficiente auditivo em São Tomé e Príncipe, através da crescente autonomização e plano de desenvolvimento das crianças surdas em idade escolar, da criação e disseminação da Língua Gestual são ‑tomense e do reforço das capacidades das escolas e unidades de saúde na assistência técnica à comunidade surda. – Língua Gestual são‑tomense criada e oficialmente reconhecida; – Formadores de Língua Gestual são‑tomenses capacitados; – Língua Gestual são‑tomense integrada no currículo de ensino especial; – Rastreio auditivo neonatal universal integrado no Plano Nacional de Saúde; – Rastreio cognitivo das crianças que são dadas como surdas; – Próteses colocadas nas crianças com perda de audição; – Capacidade de multiplicação do projeto‑piloto a nível nacional promovida. Orçamento: € 82.170,00 Cofinanciamento: Fundação Calouste Gulbenkian, Embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe, Universidade Católica Portuguesa, Mota Engil. Apoio: Camões – Instituto da Cooperação e da Língua I.P. e Grupo José de Mello Saúde/ CUF Infante Santo. Factos e números Língua Gestual são ‑tomense criada 30 Crianças são‑tomenses formadas 15 Professores e técnicos formados • Produção de um alfabeto manual com os gestos da Língua Gestual de São Tomé e Príncipe que servirá de instrumento para a aprendizagem da escrita e alfabetização das crianças surdas e distribuição pelas escolas do país, sob a forma de um póster a ser oficializado pelo Ministério da Educação; • Apoio ao Ministério da Educação, Formação Resultados Esperados 1 comum da comunidade surda são‑tomense que serão posteriormente inseridos num dicionário impresso e num DVD – ferramentas com vista à alfabetização das crianças no ano letivo de 2014/ 2015 numa turma‑piloto para crianças surdas; 1 e Cultura de São Tomé e Príncipe na redação de um programa curricular apropriado e inclusivo das crianças surdas no currículo do ensino obrigatório no país e condução de esforços no sentido da fundamentação para futura legislação que prevê a inclusão da Língua Gestual em São Tomé e Príncipe como língua de ensino e de aprendizagem das crianças surdas; • Elaboração de um projeto – ainda em fase inicial – que preconiza turmas para crianças surdas, resultante de reuniões com o Ministério da Educação, Formação e Cultura para garante da sustentabilidade do ensino de Língua Gestual são‑tomense após a conclusão do presente projeto; • Planificação de ações de divulgação da Língua Gestual com o intuito de apelar à não ‑discriminação de crianças surdas e à aceitação – incluiu um spot publicitário em que participa o Ministro da Educação de São Tomé e Príncipe. Dicionário com 500 gestos do léxico comum da comunidade surda são‑tomense produzido 1 Alfabeto manual com os gestos da Língua Gestual são‑tomense produzido 33 desenvolvimento rural O Desenvolvimento Rural é um processo multifacetado e integrado de melhoria da qualidade de vida e bem‑estar das comunidades das áreas rurais, no qual a sobe‑ rania e segurança alimentar e nutricional e o uso sustentável dos recursos naturais têm um papel fundamental. Nos últimos 20 anos temos vindo a consolidar a nossa experiência nos setores da Segurança Alimentar e Nutricional e Desenvolvimento Rural. Acreditamos no reforço de associações de produtores e organizações locais como condição sine qua non para o desenvolvimento sustentado das comunidades rurais e defendemos a exis‑ tência de espaços de concertação e a organização e dinamização da Sociedade Civil para a promoção daquelas temáticas nas agendas dos decisores políticos. Destacamos, no último ano de implementação do PDSA II na Guiné‑Bissau, em parceria com a DIVUTEC, o Fórum Sociedade Civil, Soberania e Segurança Alimen‑ tar, realizado em colaboração com a Rede da Sociedade Civil para a Soberania e Segurança Alimentar na Guiné‑Bissau, onde foram retiradas conclusões para uma intervenção mais responsável nesta área, bem como o aumento da produção dos membros das organizações comunitárias locais com meios próprios. No âmbito do projeto Balal Gainako, também implementado no país, destaque para o aumento do número de para‑veterinários formados e a operacionalização do quarto furo pastoril, que irão contribuir para o aumento da produtividade dos sistemas de pro‑ dução pecuários. Por fim, ressalvamos o PDSA II em curso em São Tomé e Príncipe e o apoio prestado na dinamização da cadeia de mandioca através do reforço da cooperativa Nova Luz e da realização do estudo sobre a mandioca, mas também o apoio prestado no fornecimento de alimentos às cantinas escolares no quadro do Programa Nacional de Alimentação e Saúde Escolar, e a promoção do diálogo entre governo e socie‑ dade civil para a implementação da estratégia de segurança alimentar e nutricional. De salientar ainda, o apoio prestado às comunidades quilombolas do Maranhão, no Brasil, para a formalização e adesão a uma cooperativa de produtores quilombolas, no âmbito do novo projeto de Economia Solidária. Parceiros 34 BALAL GAINAKO – Projeto de Dinamização dos Sistemas de Produção Pecuários nos Setores de Pitche e Gabu Atividades em 2013 mar 2011 – jun 2014 ODM 1 ODM 7 erradicar a Pobreza extrema garantir a sustentabilidade ambiental Guiné ‑Bissau • Aumento do número de para‑veterinários formados para 22, contando com 15 técnicos para-veterinários ativos para apoio aos serviços veterinários e à associação Gaare Batoden; • Publicação do manual do técnico para ‑veterinário e criador pecuário para complemento da formação dos criadores e técnicos para‑veterinários; Beneficiários Diretos: associação Gaare Batoden composta por 5 membros da direção, 5 técnicos/administrativos e 300 criadores de gado pertencentes às comunidades mais vulneráveis dos setores de Gabu e Pitche, procurando‑se dar particular ênfase às mulheres através de atividades ligadas à produção pecuária e à comercialização de leite. Outros atores: Direção Geral da Pecuária (DGP), enquanto entidade associada. Indiretos: população da Região de Gabu, estimada em 203.629 habitantes dado que representará uma maior disponibilidade de carne e de leite e melhorias em termos de saúde pública através da eliminação da transmissão de doenças de animais para seres humanos (zoonoses), resultante da melhoria dos sistemas de produção animais. • Publicação do estudo de viabilidade económica da unidade de leite, defendendo o desenvolvimento e a potenciação de uma unidade de leite a partir da Associação Gaare Batoden em Gabu; • Operacionalização do 4.º furo pastoril para fornecimento de água aos animais; > Objetivos Geral: contribuir para o crescimento económico e para a redução da pobreza na região de Gabu, através da dinamização do setor pecuário familiar. Específico: aumentar a produtividade dos sistemas de produção pecuários, dando particular ênfase ao maneio alimentar e sanitário do gado bovino, pequenos ruminantes e aves. Resultados Esperados – Realização e publicação de um estudo das necessidades e definição das prioridades dos sistemas de produção familiares nos setores de Gabu e Pitche em colaboração com o Direção Geral de Pecuária (DGP) e outros atores locais através de workshops; – Dinamização e reforço institucional da associação Gaare Batoden nas áreas de gestão organizacional e operacional, assim como ao nível das infraestruturas de apoio pecuárias, garantindo serviços aos associados nas áreas de maneio sanitário e alimentar (incluindo acesso a água – furos pastoris), bem como um maior controle em termos de prevenção de roubo de gado; – Aplicação e reforço das diretivas da DGP em termos de maneio sanitário, alimentar e reprodutivo através do desenvolvimento de experiências‑piloto; – Funcionamento da unidade experimental de processamento artesanal de leite/pasteurização promovendo a comercialização de leite através de melhor embalagem e transporte (bilhas em aço inox). Orçamento: € 666.642 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. 35 RELATÓRIO anual 2013 • Aumento do número de sócios da Gaare Batoden de 900 para os 1257 atuais e aumento do número de receitas com quotas dos associados tendo esta associação promovido a sua Assembleia Geral para eleição da direção e do seu quadro estratégico; • Apoio por parte da Gaare Batoden aos sócios no combate ao roubo de gado através de um sistema de denúncia, tendo a associação contratado serviços de advocacia para a defesa dos interesses dos criadores lesados pelo roubo de animais, apoiando atualmente a administração fiscal, através da inspeção das camionetas que transportam gado na região, ação complementar ao sistema de denúncia de roubo de gado; • Integração mais efetiva da campanha de vacinação de 2013 contando com a mobilização dos para‑veterinários, que começaram a ser integrados nas campanhas de vacinação da Direção Regional de Pecuária; • Formação de 17 mulheres em transformação e conservação de leite em boas condições de higiene e saúde pública e promoção de um intercâmbio com a unidade de leite em Bamtandjam (Bafatá), que passou a comercializar iogurte tradicional; • Início da construção do centro pecuário que inclui uma unidade de leite, uma área de armazenamento e um espaço de escritório/reunião; • Melhoramento de 2 viveiros para o desenvolvimento de leguminosas para o gado; • Realização de 2 formações sobre o uso de árvores forrageiras e tratamento das palhas com ureia. Factos e números 4 Furos pastoris e respetivos bebedouros operacionalizados 4 Comités de gestão de furos pastoris formados 22 Técnicos para‑veterinários formados ou reciclados, dos quais 15 estiveram envolvidos na campanha de vacinação e 2013 36 40% de aumento no número de associados da Gaare Batoden 1 Assembleia geral da Gaare Batoden realizada 37 Animais recuperados através do sistema de denúncia promovido pelo projeto, com o empenho da Gaare Batoden, dos 57 animais roubados em 2013 PROGRAMA DESCENTRALIZADO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NAS REGIÕES DA GUINÉ‑BISSAU II (PDSA/GB) Atividades globais do projeto nov 2011 – jan 2014 ODM 1 erradicar a Pobreza extrema Guiné ‑Bissau Beneficiários Diretos: 7.498 membros (dos quais 64% mulheres) de 56 Organizações Comunitárias de Base (OCB) de produtores de 51 tabancas (aldeias), pertencentes a 18 setores de 7 regiões do país (Cacheu, Biombo, Setor Autónomo de Bissau, Bafatá, Gabú, Tombali e Quinara); 8 Organizações da Sociedade Civil (OSC) responsáveis pelos Projetos de Intervenção Regional (PIR): Amigos da Guiné‑Bissau (AGB), AMBA – Associação das Mulheres do Bairro de Belém A, Guiarroz – Arroz da Guiné‑Bissau, ADIC Nafaia – Apoio ao Desenvolvimento das Iniciativas Comunitárias, ADS – Associação Para o Desenvolvimento Sustentável, AIFA PALOP – Associação de Investigadores e Formação Orientada para Ação nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, APROMODAC – Associação para a Promoção de Desenvolvimento das Ações Comunitárias e DDS‑IEGB – Departamento do Desenvolvimento Social da Igreja Evangélica da Guiné‑Bissau. Indiretos: 475.136 habitantes das tabancas‑alvo (dos quais 51% mulheres); 25.963 habitantes de 62 tabancas vizinhas (dos quais 59% mulheres); ouvintes dos programas radiofónicos “Escola Agrícola do PDSA” e “Linha Aberta”; 87 OSC participantes do Fórum Sociedade Civil, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Objetivos Geral: contribuir para a Segurança Alimentar das regiões e populações mais vulneráveis através do aumento do acesso, disponibilidade e utilização estável de bens alimentares agrícolas. Específicos: contribuir para a eficácia e eficiência das OSC e autossuficiência das OCB beneficiárias no domínio da segurança alimentar. Resultados Esperados – Produção de culturas alimentares e de rendimento aumentada e diversificada; – Tecnologias de agroprocessamento e armazenamento disseminadas e rentabilizadas; – Comercialização de produtos agrícolas promovida; – Capacidade de intervenção da sociedade civil guineense na promoção da segurança alimentar reforçada. Orçamento: € 611.070,49 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. • Atualização participativa das Linhas Diretrizes Regionais e Setoriais de intervenção identificadas no PDSA/GB I, diagnóstico participativo com as OCB beneficiárias e desenho dos PIR; • Disponibilização de meios de apoio à produção agrícola: 15,8 t de sementes (e estacas) para o cultivo de arroz, cereais secundários, leguminosas, raízes, tubérculos e hortícolas, numa lógica decrescente ao longo das campanhas; 1 moto‑ceifeira, 10 charruas de tração animal, utensílios hortícolas, fertilizantes, produtos fitossanitários a aplicar por técnicos do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural; • Promoção da manutenção das obras/ trabalhos de gestão hídrica do PDSA/GB I em cerca de 1.545 ha de bolanha (arrozais) e novos trabalhos em 143 ha; • Criação de 4 novos perímetros hortícolas comunitários, e seguimento de um total de 31 (restantes criados durante o PDSA/GB I), construção de 6 poços, manutenção dos poços construídos no quadro do PDSA/GB I e vedação de 6 perímetros; • Capacitação dos beneficiários para a operacionalização e rentabilização de 15 descascadoras de arroz, 9 moinhos de milho/ mandioca e 19 prensas de óleo de palma disponibilizados pelo PDSA/GB I e disponibilização de materiais para a transformação de frutas e legumes; construção de infraestruturas de apoio ao agroprocessamento, incluindo 2 poços melhorados para o apoio ao processo de produção de óleo de palma; realização de um Estudo de Mercado e proposta de Plano e Modelo de Gestão de uma Unidade de Transformação e de Frutas e Legumes; • Sensibilização e capacitação das OCB para a valorização e comercialização de produtos agrícolas, identificação de novos mercados, apoio à divulgação de produtos e à comercialização de óleo de palma através da disponibilização de recipientes para alavancar a sua venda; > 37 RELATÓRIO anual 2013 • Promoção da manutenção e gestão rentável dos 12 bancos de cereais construídos ou reabilitados no PDSA/GB I; • Reforço da capacidade organizacional, pedagógica e técnica das OSC beneficiárias através de assistência técnica regular, disponibilização de meios para a implementação dos PIR, e organização de um programa de formação, numa ótica de formação em cascata, em 6 domínios: Animação e Liderança Comunitária, Técnicas Pedagógicas, Produção de Sementes Hortícolas, Gestão de Banco de Cereais, Operação e Manutenção dos Equipamentos Agrícolas, Rentabilização de Equipamentos Agrícolas; • Reforço da capacidade das 56 OCB beneficiárias através do reforço das estruturas e mecanismos e gestão comunitária; capacitação em serviço e animação dos Comités de Gestão de infraestruturas, equipamentos e perímetros agrícolas para uma gestão rigorosa, rentável e tendencialmente autossuficiente; realização de intercâmbios envolvendo 5 OSC e 28 OCB beneficiárias, vulgarização de técnicas e práticas agrícolas melhoradas e formação das OCB beneficiárias em transformação de produtos agrícolas locais, gestão de pequenos negócios e gestão hídrica de bolanhas; • Emissão semanal do programa radiofónico “Escola Agrícola do PDSA” em 10 línguas nacionais, por 7 estações de rádio, e emissão bimensal do programa radiofónico em direto “Linha Aberta”; publicação do Boletim Informativo semestral Kebur; coorganização do Fórum Sociedade Civil, Soberania e Segurança Alimentar com a recém‑criada RESSAN‑GB e publicação dos respetivos Cadernos, promovendo uma reflexão crítica sobre desafios e oportunidades em diferentes domínios da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Guiné‑Bissau. Factos e números globais 7.110 Toneladas de arroz produzido 157 Toneladas de cereais secundários, leguminosas, raízes e tubérculos produzidos 116 Toneladas de hortícolas produzidas 88% Toneladas de sementes de cereais emprestadas e rendimento de 6,8 toneladas de sementes de cereais obtido 50 para 81% de aumento na proporção de casos em que as OCB beneficiárias contribuíram com as diferentes contrapartidas acordadas no âmbito do PDSA da produção conseguida com meios próprios das OCB, incluindo reservas de sementes constituídas em campanhas anteriores 19 11,2 + de 100 Toneladas de arroz e 2,6 Toneladas de farinha de milho ou mandioca obtidas pelas OCB beneficiárias como rendimento líquido pelo uso dos equipamentos de transformação agrícola pelas comunidades e comunidades vizinhas 38 73 Participantes no programa de rádio em direto “Linha Aberta” do PDSA, em média Participantes da sociedade civil guineense presentes no Fórum Sociedade Civil, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, onde foram retiradas conclusões para uma intervenção responsável nesta área PROJETO DESCENTRALIZADO DE SEGURANÇA ALIMENTAR – FASE II Atividades em 2013 mar 2013 – set 2015 ODM 1 ODM 3 ODM 8 erradicar a Pobreza extrema promover a igualdade de género e a autonomia das mulheres estabelecer uma parceria para o desenvolvimento São Tomé e Príncipe Beneficiários Diretos: 600 produtores e transformadores e 20 organizações da Rede da Sociedade Civil para a Segurança Alimentar e Nutricional (RESCSAN). Indiretos: cerca de 40.200 crianças que participam no Programa Nacional de Alimentação e Saúde Escolar através do aumento da produção nacional. Objetivos Geral: contribuir para a Segurança Alimentar e Nutricional em São Tomé e Príncipe. Específicos: valorizar a produção nacional, criando mercado para o seu escoamento. Resultados Esperados – Dinamização da fileira de mandioca enquanto veículo de promoção da segurança alimentar – Reforço do fornecimento nacional de produtos ao Programa Nacional de Alimentação e Saúde Escolar (PNASE); – Dinamização de tecnologias inovadoras para a promoção da segurança alimentar; – Dinamização dos espaços de concertação política entre Estado e a sociedade civil no domínio da segurança alimentar. Orçamento: € 799.493 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. • Realização de um estudo sobre a produção de mandioca (variedades, divisão por zonas e visibilidade) pela consultora Agrosuisse no sentido de aprofundar a análise da cadeia de produção da mandioca Nova Luz na Comunidade de Margarida Manuel, de modo a dinamizar a fileira de mandioca como veículo de promoção da segurança alimentar, dado o elevado valor nutritivo dos produtos derivados da mandioca; • Início do processo de consolidação da Cooperativa de Margarida Manuel, agora nomeada de Nova Luz: obras de reabilitação das estruturas da fábrica, aquisição de material, ações de formação e capacitação; reorganização das associações de pequenos agricultores e transformadores, a par de ações de formação e de capacitação; • Discussão entre produtores e transformadores e o PNASE no sentido de regulamentar o apoio a este programa, nomeadamente no que se refere à fixação de preços dos diferentes produtos a integrar a merenda escolar; • Início da construção dos polos de armazenamento e abastecimento de Água Izé e de Agostinho Neto, que irão dar apoio ao PNASE; • Aquisição e distribuição de materiais e equipamentos à Coopafresco, peixaria que irá fornecer peixe de qualidade ao PNASE; > 39 RELATÓRIO anual 2013 • Criação do Conselho Alargado de Monitorização do Projeto, constituído por membros do Ministério da Agricultura são-tomense, das ONG MARAPA – Mar ambiente e pesca Artesanal e Alisei – Associazione per la cooperazione internazionale e l’aiuto umanitario, da Federação Nacional dos Pequenos Agricultores de S. Tomé e Príncipe e do Programa Alimentar Mundial; • Consultoria da ACTUAR no sentido de apoiar a Rede da Sociedade Civil para a Segurança Alimentar de São Tomé e Príncipe (RESCSAN ‑STP) na implementação da Estratégia Nacional de Segurança Alimentar (ENSA) e dar a conhecer, em detalhe, o PNASE. Factos e números 1 Estudo sobre variedades de mandioca, zonagem e viabilidade económica realizado 147 Produtores e transformadores de mandioca identificados 70 Pessoas apoiadas pelo PDSA II na Cooperativa Nova Luz 325 Produtores e transformadores apoiados pelo PDSA II 2 Centros de Armazenamento e Abastecimento em construção 1 Cooperativa dos Produtores de Hortaliças da Região Autónoma do Príncipe criada e constituída 1 Consultoria de apoio à RESCSAN‑STP realizada 40 KÁ AMUBA – PROMOÇÃO DE TECNOLOGIAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA EM ÁREAS DE QUILOMBOS, NO MARANHÃO Atividades em 2013 abr 2013 – mar 2016 ODM 1 ODM 3 ODM 4 ODM 5 ODM 7 erradicar a Pobreza extrema promover a igualdade de género e a autonomia das mulheres reduzir a mortalidade infantil melhorar a saúde materna garantir a sustentabilidade ambiental diretora executiva e de um assistente técnico; Brasil Estado do Maranhão (Maranhense dos Cocais, Baixo Parnaíba, Lençóis e Munin e Vale do Itaperucu) • Aluguer do espaço de funcionamento do projeto e da cooperativa quilombola (CooperQuilombola), em São Luís, e aquisição de equipamento; • Criação da imagem e do folheto de apresentação do projeto; Beneficiários Diretos: 500 Quilombolas (agricultores, criadores pecuários e extrativistas) das regiões do Estado do Maranhão referidas; 20 Quilombolas beneficiários do eixo de capacitação de técnicos agrários e sociais; Indiretos: 1.500 famílias e respetivas comunidades, cerca de 5.390 pessoas. Objetivos Geral: contribuir para a redução da pobreza e para a promoção do Desenvolvimento socioeconómico das comunidades Quilombolas do Estado do Maranhão, no sentido da prossecução das metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, designadamente o 1, 3, 4, 5 e 7. Específicos: promover o aumento da geração de renda familiar e a melhoria das condições de salubridade das comunidades rurais Quilombolas do Maranhão, apostando no reforço das atividades produtivas locais com base em princípios de economia solidária e inclusão social. • Lançamento do projeto e contratação da • Reunião na Delegação da União Europeia e participação na formação de Elaboração de Projetos; • Visita a todas as comunidades beneficiárias do projeto e validação de todas as atividades a realizar; • Lançamento dos Termos de Referência para o diagnóstico socioeconómico das comunidades beneficiárias e realização do mesmo; • Lançamento dos Termos de Referência para a seleção de Assistente Administrativo e Técnico Agrícola e contratação dos mesmos; • Apoio às comunidades para formalização e adesão à CooperQuilombola; • Escolha dos elementos das comunidades Resultados Esperados – Capacidade de produção, transformação e comercialização dos produtos locais reforçada; – Capacidade de escoamento de produtos locais quilombolas aumentada; – Sociedade civil local reforçada para a promoção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária; – Condições de salubridade das comunidades quilombolas melhoradas. para fazerem parte dos Grupos de Mudanças; • Início dos trabalhos de reabilitação da unidade de produção/transformação da comunidade de Sítio do Meio, no município de Santa Rita. Orçamento: € 971.842 Cofinanciamento: União Europeia Factos e números 1 Diagnóstico socioeconómico das comunidades beneficiárias realizado 1 Espaço para a cooperativa CooperQuilombola assegurado 41 Fortalecimento Institucional Contribuir para uma intervenção e participação mais ativa e conscientizada da socie‑ dade civil e dos atores estatais na definição e implementação de políticas nacionais coerentes e eficazes tem sido uma prioridade transversal a toda a atividade do IMVF, sendo, igualmente, uma das suas áreas específicas de intervenção – em particular em Cabo Verde, na Guiné‑Bissau, em Timor‑Leste e em São Tomé e Príncipe. Apenas uma sociedade civil informada, com espírito crítico e competências técnicas adequadas será capaz de trabalhar lado a lado com as autoridades estatais nacio‑ nais na redução da pobreza e promoção do Desenvolvimento económico e social. Por outro lado, esta relação de cooperação só será efetiva quando as autoridades estatais reconhecerem o seu próprio papel e o das organizações da sociedade civil como verdadeiros parceiros com um objetivo comum: o do Desenvolvimento Sus‑ tentável local e nacional. A conjuntura e a estabilidade política dos vários países são, igualmente, determi‑ nantes na implementação dos diferentes projetos em curso. Destacam‑se, neste contexto, dois países com dinâmicas distintas: a Guiné‑Bissau, onde a instabilidade política continuou a marcar a agenda nacional e Timor‑Leste, onde novas leis de descentralização do poder local trouxeram novos impulsos ao desenvolvimento territorial. Assim, ciente da importância do fortalecimento da sociedade civil no apoio à melho‑ ria da qualidade de vida das comunidades, o IMVF continuou a assegurar a assis‑ tência técnica à gestão do Programa de Apoio aos Atores Não Estatais na Guiné‑Bissau, que vem beneficiando cerca de 220 Atores Não Estatais. Paralelamente e capitalizando o empenho nacional na reestruturação do poder local, o projeto Mais Cidadania, Mais Desenvolvimento consolidou a criação do Espaço Cidadania +, em Liquiçá, Timor‑Leste, como ponto de encontro e concertação entre a sociedade civil e as autoridades locais, sendo este reconhecido como um projeto modelo a replicar noutros distritos nacionais. Parceiros 42 PROGRAMA DE REFORÇO DOS ATORES DESCENTRALIZADOS Atividades em 2013 jan 2011 – dez 2014 ODM 1 ODM 7 ODM 8 erradicar a Pobreza extrema garantir a sustentabilidade ambiental estabelecer uma parceria para o desenvolvimento cabo verde São Tomé e Príncipe Ilha do Maio (Cabo Verde) e Município de Água Grande (São Tomé e Príncipe) Beneficiários Diretos: 44 dirigentes e técnicos das autarquias; 80 líderes e técnicos de associações da sociedade civil locais. Indiretos: população de Água Grande (cerca de 61.087 pessoas) e população da ilha do Maio (7.900 pessoas). Objetivos Gerais: contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações através do fortalecimento do poder local são‑tomense e cabo‑verdiano enquanto agente dinamizador do desenvolvimento local e, consequentemente, nacional; para a promoção e dinamização de um tecido social consciente e participativo nos dois territórios, e para a dinamização do setor económico local enquanto instrumento de erradicação da pobreza e motor de Desenvolvimento Sustentável. Específicos: promover em São Tomé e Príncipe e em Cabo Verde o reforço da participação cívica e a capacitação do poder local, enquanto agentes focais do Desenvolvimento Sustentável local. • Início do processo de Orçamento Participativo na ilha do Maio para o ano 2014; • Formação aos técnicos autárquicos da Câmara Municipal do Maio em Elaboração de Projetos e Orçamento Participativo, em parceria com a ONG Habitat África (Cooperação Espanhola); • Avaliação intercalar do Plano Municipal de Desenvolvimento Local da ilha do Maio; • Conclusão do Plano Estratégico do Distrito de Água Grande; • Formação dos líderes associativos da ilha do Maio nas áreas do Orçamento Participativo, Planificação e Mutualismo; • Formação dos líderes associativos em São Tomé e Príncipe em Elaboração de Projetos; > Resultados Esperados – Recursos humanos do poder local são‑tomense e cabo ‑verdiano capacitados e formados para a prática da Cooperação Descentralizada e para a elaboração de planos de Desenvolvimento Sustentável; – Cidadãos são‑tomenses e cabo‑verdianos e respetivo movimento da sociedade civil ativamente envolvidos nos processos de consulta e decisão; – Abastecimento de água otimizado e qualidade da água garantida; – Tecido económico e social local reforçado. Orçamento: € 1.200.942 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. 43 RELATÓRIO anual 2013 • Realização de uma assembleia Geral constitutiva da Mutualidade de Saúde da ilha do Maio; • Conclusão da Rede de Abastecimento de Água Pedro Vaz‑Cascabulho e Morrinho ‑Calheta, na ilha do Maio; • Conclusão das ligações domiciliárias no Bairro de Oque Del Rei, conduta principal terminada em Almeirim e início das ligações domiciliárias; início da escavação em Penha/ Mulundo/Ubua Caju em São Tomé e Príncipe; • Conclusão da reabilitação dos chafarizes em São Tomé; • Conclusão das obras da Queijaria D. João na ilha do Maio e elaboração do respetivo Estudo de Viabilidade Económica e Financeira; • Apoio a 26 atividades geradoras de rendimento em São Tomé e formação na área da Gestão de Pequenos Negócios; • Realização de duas formações na área de Património e Empreendedorismo na ilha do Maio; • Realização de uma exposição de artesanato na ilha do Maio e em São Tomé. Factos e números 44 Dirigentes e técnicos das autarquias capacitados para uma resposta mais eficaz às necessidades das populações 2 Departamentos autárquicos reforçados com equipamento adequado 2 Intercâmbios Sul‑Sul realizados (STP‑CV) e (CV‑STP) 60 Líderes e técnicos associativos capacitados em modelos de participação social 3.000 Beneficiários da Mutualidade de Saúde da ilha do Maio 44 5 Bairros de Água Grande com abastecimento de água melhorado (Oque Del Rei, Almeirim, Ubua Caju, Penha e Mulundo) 1 Rede de abastecimento de água otimizada na ilha do Maio e 52 ligações domiciliárias 1 Laboratório de análises bacteriológicas criado na ilha do Maio 26 Atividades geradoras de rendimento apoiadas em São Tomé ASSISTÊNCIA TÉCNICA À IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE APOIO AOS ATORES NÃO ESTATAIS (PAANE) – “NÔ PINTCHA PA DIZINVOLVIMENTU” Atividades em 2013 mai 2011 – mai 2014 ODM 1 ODM 2 ODM 4 ODM 5 ODM 6 erradicar a Pobreza extrema atingir o ensino básico universal reduzir a mortalidade infantil melhorar a saúde materna combater o Hiv/ aids, a malária e outras doenças ODM 7 ODM 8 garantir a sustentabilidade ambiental estabelecer uma parceria para o desenvolvimento Guiné ‑Bissau Beneficiários Organizações da Sociedade Civil (OSC) bissau-guineenses – Organizações Não Governamentais (ONG), Organizações Comunitárias de Base (OCB), associações dos direitos do Homem, sindicatos, redes, plataformas e meios de comunicação social. Objetivos Geral: contribuir para a consolidação da Boa Governação. Específicos: assegurar o reforço da participação, concertação e compromisso dos Atores Não Estatais (ANE) face aos desafios do Desenvolvimento. Resultados Esperados – Os ANE melhoram a governação interna, assim como a capacidade de conceber ações de Desenvolvimento e de dialogar sobre as políticas de Desenvolvimento; – As temáticas essenciais da atualidade socioeconómica e política do país são difundidas pelos media e a qualidade de informação cresce; – As capacidades operacionais dos ANE são consolidadas para a execução de micro projetos nos domínios socioeconómicos e de informação. Orçamento: € 665.000 Cofinanciamento: União Europeia • Continuação da implementação do Programa de Formação Avançada, de cariz temático e metodológico, dirigido a OSC com experiência e capacidade de implementar projetos com vista a elevar o seu nível de atuação e aumentar o acesso a financiamentos; • Continuação da implementação do Programa de Formação Inicial dirigido às OSC com menor experiência e capacidade técnica, e ministrado a nível regional, incidindo sobre Planificação Estratégica, Gestão do Ciclo de Projeto, Animação Comunitária e Gestão Organizacional: 3 módulos lecionados em 16 formações regionais; • Organização de “Djumbais” temáticos‑debates sobre assuntos de interesse para a intervenção da sociedade civil no quadro do Desenvolvimento com o objetivo de elevar a reflexão dos ANE, contribuindo para a construção de soluções ao nível nacional através da concertação e articulação entre os diferentes atores da sociedade civil e para promover a consciencialização, espírito crítico e desenvolvimento de ferramentas para influenciar os decisores nacionais, quer ao nível das políticas, estratégias ou financiamentos; > 45 RELATÓRIO anual 2013 • Conclusão e validação de um Estudo de Diagnóstico dos Media na Guiné‑Bissau, visando caracterizar os órgãos de comunicação social, diagnosticar as respetivas necessidades e contribuir para a definição de uma estratégia de comunicação social ao serviço do desenvolvimento; • Desenvolvimento de um programa de reforço das capacidades dirigido aos media beneficiários do programa, com o objetivo de reforçar competências jornalísticas, editoriais, de gestão e transversais; • Realização de um diagnóstico do contexto externo e interno da Casa da Imprensa; • Adjudicação de um contrato de subvenção no quadro do 2º Concurso de Subvenções – Redes, Público, direcionado a ONG, Cooperativas, Associações, Plataformas e Redes; • Lançamento do 3º Concurso de Subvenções – regional, simplificado, direcionado a ONG, Cooperativas, Associações e OCB, divulgação, tutoria para a redação de propostas e aprovação de 16 candidaturas; • Apoio e seguimento da gestão das ações financiadas pelo UE‑PAANE em execução, incluindo a criação de ferramentas de seguimento e acompanhamento à distância e presencial; • Criação de um Centro de Recursos na sede do UE‑PAANE, equipado com computadores com acesso à Internet, scanner, impressora, recursos bibliográficos para consulta e os manuais de formação do UE‑PAANE, disponível para facilitar o trabalho dos técnicos das OSC que queiram fazer uso do centro, promover o encontro e a partilha de experiências entre as organizações; • Desenvolvimento de uma plataforma de informação sobre os ANE guineenses e o PAANE (em curso). Factos e números 53 Atores Não Estatais integram a bolsa do Programa de Formação Avançada, dos quais 18 estão sedeados nas regiões 136 Atores Não Estatais fazem parte da bolsa do Programa de Formação Inicial, dos quais 118 estão sedeados nas regiões 5 Módulos do Programa de Formação Avançada ministrados a uma média de 31 ANE por módulo 3 Módulos do Programa de Formação Inicial ministrados a uma média de 33 ANE por módulo 46 8 Debates temáticos organizados 129 Candidaturas apresentadas pelos ANE a Concursos de Subvenções do PAANE 15 Contratos de subvenção em execução, no valor total de 1.382.594€, dos quais 40% no domínio da segurança alimentar, 13% na área dos direitos humanos, 13% na área das autarquias, 13% no quadro do meio ambiente e educação e comunicação ambiental e os restantes no domínio da saúde, água e saneamento e educação MAIS CIDADANIA, MAIS DESENVOLVIMENTO Atividades globais do projeto jun 2011 – dez 2013 ODM 1 ODM 8 erradicar a Pobreza extrema estabelecer uma parceria para o desenvolvimento timor-leste Timor‑Leste – Distrito de Liquiçá Beneficiários Diretos: 13 Organizações da Sociedade Civil (OSC)/ Organizações de Base Comunitária (OCB) com sede no distrito de Liquiçá, incluindo a Rede de ONG de Liquiçá e a District Liaison Officer da FONGTIL em Liquiçá e Autoridades Locais (Administração Distrital e Direções Distritais). Indiretos: outros Atores Não Estatais a nível distrital, assim como as comunidades mais vulneráveis da população do distrito de Liquiçá, correspondendo a aproximadamente 66.700 pessoas. Objetivos Geral: contribuir para o crescimento socioeconómico e para a consolidação da democracia e Boa Governação no distrito de Liquiçá. Específicos: reforçar a capacidade das OSC e OBC visando melhorar a eficiência e sustentabilidade das suas ações e promover maior diálogo e cooperação entre OSC, OCB e as Autoridades Locais. Resultados Esperados – Capacidade técnica e experiência das Organizações da Sociedade Civil e das Organizações de Base Comunitária nas áreas de gestão organizacional, operacional e associativa aumentadas e reforçadas; – Democracia, espirito de accountability e visão estratégica internas das Organizações da Sociedade Civil e das Organizações de Base Comunitária incentivadas e promovidas; – Mecanismos de concertação e comunicação interinstitucional entre Organizações da Sociedade Civil e das Organizações de Base Comunitária e Autoridades Locais promovidos e dinamizados. Orçamento: € 383.912 • Produção de um estudo sobre o perfil das OSC e a sua relação com as Autoridades Locais e de um guia das Organizações Não Governamentais de Liquiçá (em português e em tétum); • Desenvolvimento de um Plano de Formação transversal, tendo sido realizadas 17 ações de formação, com uma média de 25 participantes cada, abordando os seguintes temas: Desenvolvimento, o meu país em mudança; Curso Básico de Língua Inglesa; Gestão Financeira; Curso Básico de Informática; Workshop de Sistemas operativos Linux; Curso Básico de Língua Portuguesa; Comunicação através dos Media pela Sociedade Civil; Monitorização e Advocacia – Diagnóstico Rural Participativo; Planeamento Estratégico; Financiadores e Parceiros: Metodologia para a escrita de propostas; Gestão Financeira II: Manual de Finanças; Comunicação e Multimédia; Curso Básico de Língua Portuguesa II; Liderança e Resolução de conflitos nas organizações e Primeiros ‑Socorros; • Desenvolvimento de um Plano de Apoio Individual que incluiu o equipamento e a reabilitação das sedes e a promoção do reforço institucional das 13 organizações beneficiárias (análises SWOT e apoio na elaboração de Planos Estratégicos individuais; reforço das estruturas internas e da identidade das organizações através da elaboração de materiais individuais de visibilidade e comunicação). De referir ainda o apoio à realização de 2 Assembleias Gerais da Rede de ONG do distrito de Liquiçá e o apoio à revisão dos seus estatutos e regulamento interno; > Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. Entidade Associada: Ministério da Economia e Desenvolvimento de Timor‑Leste – Direção Nacional das Cooperativas 47 RELATÓRIO anual 2013 • Realização de outras oportunidades de capacitação, sensibilização e informação abertas à comunidade local, designadamente, a realização dos workshops “Democracia: Direitos e Deveres” e “O Processo de Descentralização no distrito de Liquiçá”, bem como a comemoração do Dia Internacional da Mulher, do Dia Mundial da Criança e do Dia Mundial da Alimentação. Destaca‑se ainda a realização dos “Dias de Desenvolvimento”, evento que juntou em Liquiçá parceiros nacionais e internacionais de desenvolvimento e garantiu um importante momento de visibilidade às ONG locais junto de potenciais financiadores e parceiros; • Realização de 3 intercâmbios para a partilha de Boas Práticas entre Organizações da Sociedade Civil e Autoridades Locais, aos distritos de Baucau e de Díli e a Yogyakarta, na Indonésia; • Promoção de 5 estágios de curta duração para um maior apoio às OSC do distrito de Liquiçá e ao desenvolvimento de competências de jovens timorenses recém ‑formados, realizados no domínio do jornalismo (de apoio ao reforço dos materiais e estratégias de comunicação e visibilidade das organizações) e da administração de escritório (assegurando apoio ao nível do secretariado das ONG beneficiárias); • Criação do Espaço Cidadania + em Liquiçá, ponto de encontro das ONG do distrito, reconhecido pelas Autoridades Locais e pela sociedade civil timorense como um modelo para os restantes distritos nacionais como espaço de concertação entre as entidades que trabalham em prol do desenvolvimento local que engloba: os escritórios da Rede de ONG de Liquiçá, do representante da FONGTIL no distrito, de uma ONG local e escritórios e salas de reunião disponíveis a todas as Organizações da Sociedade Civil nacionais, organizações internacionais ou outras entidades que nelas queiram desenvolver atividades de formação. O Espaço tem ainda disponível para todas as OSC uma Biblioteca, um Centro de Informação ao Cidadão / Centro de Informação Turística e um Centro de Informática com acesso à Internet. Para maior sustentabilidade do Espaço foi ainda criado, com o apoio do projeto, um espaço de Turismo Rural (com 2 quartos para arrendar); uma Loja do Cidadão (com serviço de reprografia); serviços de aluguer de cadeiras, sala de formação e um restaurante. • Apoio à Rede de ONG de Liquiçá na participação nas reuniões de concertação com a Administração do distrito para a discussão e reflexão da implementação do processo de descentralização no distrito de Liquiçá; Factos e números globais 1 Espaço multiusos de apoio às OSC do distrito de Liquiçá criado e reconhecido como modelo a replicar como ponto de concertação entre Atores Não Estatais e Autoridades Locais 13 OSC do distrito de Liquiçá a beneficiar de um programa estruturado de reforço operacional e de competências 48 17 Ações de formação e capacitação das OSC realizadas, a contribuir diretamente para o seu reforço institucional 3 Intercâmbios para partilha de Boas Práticas entre OSC e Autoridades Locais nacionais e internacionais realizados COERÊNCIA DAS POLITICAS PARA O DESENVOLVIMENTO – O DESAFIO PARA UMA CIDADANIA ATIVA EM CABO VERDE Atividades em 2013 jan 2012 – dez 2014 • Realização de workshops formativos para os ODM 8 membros do grupo de trabalho; estabelecer uma parceria para o desenvolvimento cabo verde Cabo Verde – Ilhas de Santiago, Fogo, Brava, Maio, São Nicolau e Santo Antão • Realização de encontros com os diversos parceiros, implementados diretamente por estes: Encontro Associação dos Jornalistas de Cabo Verde e Diretores da Comunicação e formações realizadas com animadores das rádios comunitárias, correspondentes locais e agentes comunitários nas ilhas do Fogo, Santo Antão e Santiago; Beneficiários • Criação e colocação online da plataforma Diretos: sociedade civil cabo‑verdiana; cidadãos nacionais (principalmente das ilhas do Fogo, Brava, Maio, São Nicolau e Santo Antão); deputados da Assembleia Nacional e das Assembleias Municipais; comunicação social. Indiretos: população em geral. virtual de apoio à realização do projeto: www.coerenciacv.org; Objetivos Geral: promover a Coerência das Políticas para o Desenvolvimento (CPD) a nível local para a promoção de uma sociedade inclusiva e capacitada. Específicos: capacitação e mobilização da sociedade civil cabo ‑verdiana para uma maior monitorização da Ajuda Pública para o Desenvolvimento (APD) e do seu impacto no Desenvolvimento local, através da Coerência das Políticas para o Desenvolvimento (CPD). • Elaboração e publicação de 9 newsletters; • Elaboração e lançamento dos Termos de Referência para a realização dos estudos de caso: Pesca e Agricultura e seleção e contratação dos consultores; • Realização, revisão e edição do Estudo de Caso da Pesca e início do Estudo de Caso da Agricultura; • Elaboração de 2 artigos de opinião, tendo 1 sido publicado no jornal local “A Semana”; • Sensibilização dos deputados das Assembleia Resultados Esperados – Sensibilização e capacitação das associações da sociedade civil para apoiar, observar e reportar a CPD aplicadas no terreno; – Criação do núcleo de trabalho (watchdog); – Consciencialização crítica da opinião pública – cidadãos cabo ‑verdianos – em relação à problemática da CPD; – Sensibilização da Assembleia Nacional e das Assembleias Municipais para a importância da CPD para a eficácia da ajuda. Orçamento: € 382.883 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. Nacional e Municipais para a Coerência das Politicas Públicas para o Desenvolvimento e realização de workshop para os deputados municipais no dia 19 de dezembro na Cidade da Praia; • Divulgação do projeto junto da Federação das ONG de São Tomé e Príncipe (efeito multiplicador) no mês de novembro. Factos e números 4 9 Workshops para o grupo de trabalho realizados Newsletters divulgadas e publicadas 20 2 4 1 Técnicos de ONG e 3 técnicos da Plataforma formados Encontros realizados 1 Plataforma virtual criada e atualizada com materiais informativos e formativos Estudos de caso sobre Pescas e Agricultura realizados Artigo de opinião publicado em jornal nacional local 1 Workshop para os deputados realizado 49 RELATÓRIO anual 2013 ASSISTÊNCIA TÉCNICA E REFORÇO DAS COMPETÊNCIAS DA HASATIL E DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE DESENVOLVIMENTO RURAL EM TIMOR‑LESTE Atividades em 2013 mar 2012 – mar 2015 ODM 1 ODM 8 erradicar a Pobreza extrema estabelecer uma parceria para o desenvolvimento timor-leste Beneficiários Diretos: HASATIL – Rede de Agricultura Sustentável; 12 Organizações da Sociedade Civil de Desenvolvimento Rural (cobertura nacional); Ministério da Agricultura e Pescas; Direção Nacional de Desenvolvimento Rural, administrações distritais e FONGTIL – Fórum ONG Timor-Leste . Indiretos: comunidades rurais dos 13 distritos, aproximadamente 77% da população. Objetivos Geral: contribuir para a redução da pobreza e construção da paz nas áreas rurais em Timor‑Leste. Específico: reforçar as relações de colaboração entre Atores Não Estatais e Estatais nas áreas de Desenvolvimento Rural em Timor ‑Leste. Resultados Esperados – Visão estratégica, gestão técnica e financeira, capacidade de representação, monitorização, avaliação, governação interna e accountability, assim como outras funções e capacidades institucionais da HASATIL e das suas Organizações da Sociedade Civil membros reforçadas; – Discussão inclusiva, formulação de políticas, enquadramento legal e iniciativas de advocacy entre os membros da HASATIL e as autoridades centrais/locais promovidas; – Atividades descentralizadas das Organizações da Sociedade Civil nas áreas da educação cívica, emprego, geração de rendimento e serviços comunitários implementadas. Orçamento: € 1.565.187 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. Entidade Associada: Ministério da Agricultura e Pescas 50 • Continuação da implementação do Plano de Formação transversal, tendo sido assegurada, em 2013, a realização de 4 módulos de formação nos domínios de Comunicação Interna; Planeamento, Implementação, Monitoria e Avaliação de projetos; Elaboração de Projetos e Pesquisa e Análise de dados; • Produção de suportes de informação sobre o Desenvolvimento Rural de apoio à disseminação de informação e sensibilização das organizações beneficiárias; • Continuação da implementação do Plano de Capacitação Individual destinado a 12 membros da HASATIL (representantes da HASATIL em cada um dos distritos nacionais), tendo sido assegurado o apoio à elaboração de Planos Estratégicos individuais, assim como a prestação de assistência técnica individualizada para o reforço das suas estruturas e competências internas; > • Reabilitação e equipamento de 9 sedes das • Organização de 13 workshops em todos os organizações beneficiárias do projeto garantindo a dignificação das suas condições de trabalho; distritos nacionais sobre o processo de descentralização do poder local, em parceria com a FONGTIL, a Comissão Instaladora ou a Secretaria de Apoio à Instalação dos Municípios de cada distrito, garantindo a disseminação de informação junto das comunidades e organizações da sociedade civil locais para a promoção da cidadania; • Reforço institucional da HASATIL enquanto rede e interlocutor de referência da sociedade civil junto do Governo timorense através do apoio à realização da sua Assembleia Geral de Membros, do apoio à elaboração do seu Plano Estratégico e do Plano de Ação para 2014 e do reforço de canais de diálogo entre a rede e atores de referência nacionais e internacionais a trabalhar no setor do Desenvolvimento Rural em Timor‑Leste; • Lançamento do processo de candidaturas ao “Fundo de Apoio a Pequenos Projetos”, financiado no âmbito do projeto. Factos e números 13 Workshops sobre o processo de descentralização do poder local em curso em Timor‑Leste realizados 9 Sedes de membros da HASATIL em 9 distritos nacionais reabilitadas e equipadas 7 Módulos do plano de formação transversal realizados, com uma média de 25 participantes por módulo 51 Sustentabilidade Ambiental O reconhecimento da Sustentabilidade Ambiental como fator‑chave no Desenvolvi‑ mento é confirmado pelo sétimo Objetivo de Desenvolvimento do Milénio: garantir a sustentabilidade ambiental. Embora seja atualmente possível dizer que o mundo conseguirá atingir, ou mesmo ultrapassar, a meta do ODM relativa à água potável, até 2015 – caso as atuais tendências se mantenham – o mesmo não se poderá dizer relativamente à conservação da biodiversidade. A progressiva degradação ambiental faz‑se acompanhar por consequências pro‑ fundas nos ecossistemas, com reflexos ao nível das alterações climáticas, dos desastres naturais e da perda de terras aráveis, contribuindo para crises alimentares e nutricionais severas e pondo em risco a subsistência de milhões de pessoas. Assegurar o bem‑estar das gerações presentes e futuras passa assim, necessaria‑ mente, pela proteção do capital natural e dos ecossistemas e pela conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, sendo pois necessário o respeito pelos compromissos de integração dos princípios de Desenvolvimento Sustentável nas políticas e programas públicos e o engajamento dos diferentes atores da sociedade civil na proteção do meio ambiente natural e urbano. Destacamos, em 2013, a reabilitação dos sistemas de abastecimento de água de aldeias no distrito de Larantuka, na ilha das Flores, na Indonésia, que levou água a cerca de 11 mil pessoas, bem como, os esforços conduzidos no desenvolvimento de um modelo de gestão sustentável dos recursos naturais nas zonas florestais no município de Ecunha e o sucesso na implementação do Novo Modelo de Gestão Comunitária de Chafarizes, na comuna de Cazenga Popular, ambos em Angola. Parceiros Governo Provincial de Luanda, Administração Municipal do Cazenga 52 MELHORIA DO ACESSO A SERVIÇOS SOCIAIS BÁSICOS Atividades globais do projeto jan 2011 – dez 2013 ODM 7 garantir a sustentabilidade ambiental indonésia República da Indonésia – Regência das Flores Timur Beneficiários Diretos: 13 aldeias dos subdistritos de Titihena, Demon Pagong e Tanjung Bunga (4 aldeias do subdistrito de Titehena, 7 aldeias do subdistrito de Demon Pagong e 3 aldeias do subdistrito de Tanjung Bunga), apoiando diretamente cerca de 11.000 pessoas. Indiretos: habitantes das restantes aldeias dos subdistritos‑alvo e população da Regência das Flores Oriental (estimada em cerca de 234.000 habitantes). Objetivos Geral: contribuir para o desenvolvimento sustentável da Regência das Flores Oriental. Específicos: contribuir para a melhoria da disponibilidade, acesso e utilização de serviços sociais básicos nos setores de água potável e energia nos sub distritos de Titihena e Demon Pagong e Tanjung Bunga. Resultados Esperados – Levantamento técnico e diagnósticos diversos elaborados e validados; – Rede de abastecimento de água potável construída com novos chafarizes e ligações a infraestruturas sociais básicas; – Formação e capacitação em gestão e manutenção dos novos equipamentos realizada; Orçamento: € 491.963,87 financiamento: Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. Factos e números globais 389 58 81 0,67 Fontanários construídos/ reabilitados Reservatórios reabilitados 5 Agregados familiares fornecidos, em média, por fontanário • Reabilitação de sistemas de abastecimento de água de 13 aldeias do distrito de Larantuka (subdistritos de Titihena, Demon Pagong e Tanjung Bunga), centrada em 3 eixos: captação, adução e distribuição de água, cobrindo toda a extensão de abastecimento, da nascente ao fontanário, na aldeia; • Realização de testes de qualidade da água nas várias nascentes intervencionadas, comprovando a provisão de água potável às 13 aldeias beneficiárias; • Instalação de medidores de caudal para melhor gestão da água nas várias aldeias beneficiárias; • Promoção da reciclagem de conhecimentos, nas 13 aldeias beneficiárias, na utilização, manutenção e reabilitação dos sistemas de abastecimento de água; • Reforço da relação de parceria com as autoridades locais, desde as lideranças locais das aldeias à Regência do distrito, promovendo o reforço da relação de confiança entre os vários atores locais, face ao sucesso da intervenção na melhoria da qualidade de vida das populações beneficiárias; • Criação de sinergias com ONG indonésias na promoção de sessões de informação e educação para a saúde, visando a adoção de hábitos de utilização da água e de higiene mais saudáveis; • Levantamento das necessidades das aldeias beneficiárias no que se refere ao acesso a serviços sociais de base como o acesso a água potável, saneamento básico e energia, dotando as aldeias de diagnósticos de base que possam favorecer futuros apoios externos. Medidores de caudal instalados Litros de água disponível, em média, por segundo, por aldeia 3 Estudos técnicos realizados 53 RELATÓRIO anual 2013 PROJETO DE GESTÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS NATURAIS FLORESTAIS: CONSOLIDAÇÃO E ALARGAMENTO (PGSRN) Atividades globais do projeto mar 2011 – out 2013 ODM 1 ODM 7 erradicar a Pobreza extrema garantir a sustentabilidade ambiental • Conceção e aprovação do Plano de angola Angola – Província do Huambo, Município da Ecunha e do Chipeio Beneficiários Diretos: 5 técnicos da Administração Municipal de Ecunha (repartição de agricultura/florestas – entidade associada) e da Estação de Desenvolvimento Agrário (EDA); 30 representantes das Organizações da Sociedade Civil (OSC): Coopecunha e Associação das Autoridades Tradicionais (ASSAT), entre outros; 15 viveiristas; 250 fruticultores e silvicultores; 180 apicultores; 2.200 professores e alunos de 58 escolas do 1º, 2º e 3º nível. Indiretos: 95.415 cidadãos do município de Ecunha, província do Huambo. Objetivos Gerais: contribuir para o aumento do impacto do setor dos recursos naturais no processo de Desenvolvimento económico do município da Ecunha e para a redução da pobreza e Desenvolvimento social do município da Ecunha. Específico: desenvolver um modelo de gestão sustentável dos recursos naturais nas zonas florestais do município da Ecunha. Resultados Esperados – Eficácia e eficiência dos serviços da repartição de agricultura/florestas – Administração Municipal da Ecunha, EDA e da sua concertação com as OSC melhorada; – Índices de produção, produtividade e qualidade de plantas do viveiro municipal frutícola e silvícola aumentados; – Capacidades de produção e de gestão dos recursos naturais florestais aumentadas e reforçadas, promovendo os interesses locais; – Importância económica das atividades não‑lenhosas (setor apícola) consolidada e aumentada; – Compreensão sobre a importância da gestão dos recursos naturais florestais introduzida na prática normal das estruturas educativas e junto de agentes do setor privado. Orçamento: € 482.308 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. Desenvolvimento Sustentável da Floresta do município de Ecunha pela Administração Municipal com definição de metas e objetivos, vantagens da sua aplicação e afetação de recursos financeiros e humanos para a sua implementação; • Elaboração do Mapa de Risco de Degradação Florestal no município de Ecunha, no início da ação, em colaboração com o Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT); • Sistema de articulação entre os principais atores locais para o seguimento do Plano de Desenvolvimento da Floresta estabelecido, abrangendo a Comissão de Gestão das Florestas, a Administração Municipal, concretamente a repartição económica (onde se insere a floresta) e a EDA; • Operacionalização da Comissão de Gestão das Florestas de Ecunha, que representa a ASSAT, os 21 comités comunitários de gestão florestal criados no quadro do projeto, a Coopecunha, responsável pela gestão do viveiro municipal e a Administração Municipal; • Conceção de uma abordagem partindo para as aldeias, no contacto com as associações locais, particularmente ao nível das lideranças tradicionais, e motivando a entrada de privados, tónica que tornou mais sustentável o reflorestamento do município ao mesmo tempo que a criação de 21 Comités de Gestão Comunitária Florestal e que constitui algo único em Angola; • Colocação da floresta na agenda dos agricultores da Ecunha, segundo o IDF, visível no aumento da procura de plantas silvícolas e da área de mais de 1.197 hectares consignada para floresta; • Facilitado o acesso a plantas em consequência do investimento em viveiristas privados, introduzindo competitividade no fornecimento de plantas florestais e silvícolas no município; 54 > iniciativa privada, para que a disponibilidade de formação (nas áreas da silvicultura, fruticultura e fruteiras ou árvores de essências florestais não seja um estrangulamento à progressiva apicultura), tendo sido superadas todas as plantação e à diversificação e recuperação da metas de formação propostas; paisagem agrária do município; • Aumento gradual da produção de mel, num total de 2.450 kg produzidos no quadro do • Abrangidos 5.704 alunos e 190 professores projeto, bem como introduzida a produção de nas ações de educação e sensibilização para a propólis; importância da floresta na preservação dos • Reforço da produção e forte aposta na • Apoio ao viveiro municipal, gerido pela Coopecunha, e criação de 17 viveiros descentralizados mais pequenos, apoiando a recursos naturais, operacionalização de 5 “hortas” escolares e campanha de florestamento no Dia Internacional da Árvore. Factos e números globais 1 Mapa de Risco de Degradação Florestal no município de Ecunha elaborado 1 Comissão de Gestão da Floresta do município de Ecunha operacionalizada 1 Plano de Desenvolvimento Sustentável da Floresta do município de Ecunha publicado e operacionalizado 2 Hectares – viveiro municipal aumentado com 2 estufas e 2 sistemas de rega por aspersão 6 Estufas descentralizadas e bancos de germoplasma operacionais 21 Comités de Gestão operacionais 17 Viveiristas privados certificados a produzir em rede com o viveiro municipal 67 Florestas privadas plantadas 255 Produtores frutícolas e silvícolas formados e apoiados 2.450 Kg de mel produzidos 884 Hectares disponíveis para a Floresta Privada 313 Hectares disponíveis para a Floresta Comunitária 183 Apicultores formados e apoiados 263 Colmeias instaladas e 526 alças 5.704 Alunos e 190 Professores sensibilizados e informados para a preservação florestal 5 Hortas escolares em funcionamento 1 Avaliação externa: “o projeto não só foi pertinente em relação aos problemas da degradação florestal, como contribuiu para desencadear uma ação de intervenção direta dos agricultores quanto à salvaguarda e desenvolvimento dos recursos lenhosos, dos produtos florestais não lenhosos e para o aumento significativo de pomares plantados” 55 RELATÓRIO anual 2013 GESTÃO COMUNITÁRIA DE CHAFARIZES NA COMUNA DO CAZENGA E CONSOLIDAÇÃO NA COMUNA DO TALA‑HADY – MUNICÍPIO DO CAZENGA, LUANDA Atividades em 2013 fev 2013 – jan 2015 ODM 7 garantir a sustentabilidade ambiental angola Angola – Província de Luanda – Município do Cazenga – Comunas de Tala Hady e Cazenga Popular Beneficiários Diretos: 4‑6 Associações de Moradores para a Gestão de Chafarizes Comunitários (AMOGEC) no Cazenga Popular, num total de 12‑18 membros da direção e 120‑180 zeladores; 8 AMOGEC em Tala Hady, num total 12‑18 membros da direção e 180‑220 zeladores; elementos responsáveis pelo abastecimento de água na comuna do Cazenga Popular e de Tala Hady (mulheres e jovens) correspondendo a aproximadamente 180.000 pessoas; 11 escolas em Tala Hady. Indiretos: 799.000 habitantes do Cazenga Popular e 550.000 habitantes de Tala Hady, município do Cazenga. Objetivos Geral: melhorar a sustentabilidade ambiental contribuindo para a melhoria do abastecimento de água potável em bairros periurbanos da cidade de Luanda. Específico: garantir a implementação do Novo Modelo de Gestão Comunitária de Chafarizes (NMGCC) na comuna do Cazenga Popular, melhorando a eficiência e eficácia da prestação de serviços por parte das AMOGEC. Resultados Esperados – Diagnóstico à situação das AMOGEC e acesso a pontos de água no Cazenga Popular e em Tala Hady; – Programa de apoio à constituição e assistência técnica de AMOGEC definido e operacionalizado; – 12 a 14 AMOGEC apoiadas e consolidadas no Cazenga Popular e em Tala Hady; – População mais informada em matéria de higiene pública e sensibilizada para o NMGCC; – Melhorada a recolha de lixo e o acesso a água nas escolas e nos chafarizes em Tala Hady. Orçamento: € 975.560,99 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. 56 • Realização de um diagnóstico inicial para mapeamento e identificação dos pontos de água (chafarizes) e do seu estado (em funcionamento, degradado, irreparável, etc.); • Avaliação da situação das AMOGEC na comuna do Cazenga Popular, promovendo um diagnóstico inicial para verificação do número de associações existentes e em funcionamento, do número de zeladores abrangidos, das potencialidades resultantes da reconstituição e/ou do apoio à criação de novas AMOGEC, bem como das consequências estimadas a nível das relações com outros atores (EPAL‑EP, consumidores, pontos de venda); • Proposta feita à Administração das Comunas de Tala Hady e do Cazenga Popular de um plano de assistência técnica para dinamização das AMOGEC e acompanhamento dos pontos de água, no âmbito do qual já foram promovidas 50 reuniões de trabalho; • Publicação de manuais do zelador e do manual da AMOGEC, essenciais na formação de membros da direção das AMOGEC e dos zeladores; > • Formação de 50 zeladores, num total de 38 horas de formação em 2013; • Publicação do estudo/baseline survey “Gestão, Aprovisionamento e Uso comunitário de Água no Município do Cazenga”, abrangendo as duas comunas beneficiárias para aferição dos seguintes pontos: caracterização socioeconómica dos inquiridos; características da procura de água; capacidade e vontade de pagar a água; saneamento do meio; educação para saúde. • Constituição de 5 AMOGEC no Cazenga Popular e manutenção do apoio a 3 AMOGEC de Tala‑Hady, num total de 8 AMOGEC; • Promoção de 137 palestras e 10 sessões de teatro no âmbito das ações de sensibilização, beneficiando 8.834 agentes da comunidade (alunos, utentes dos chafarizes, outros), que contribuíram para uma maior informação junto da população para as questões de higiene incidindo sobre temas essenciais como a recolha, o transporte, a conservação, o armazenamento e o manuseamento da água, a higiene corporal, a higiene doméstica, a malária e a diarreia (informação sobre causas, sinais e sintomas e prevenção) em concertação com as autoridades locais; • Disponibilização e instalação de 36 contentores de resíduos sólidos para lixo orgânico e plástico, de forma a introduzir mudanças de comportamento nos alunos das escolas selecionadas em Tala Hady; • Apoio às AMOGEC na reabilitação/ melhoramento de 7 chafarizes, na abertura de sede própria e na loja com fundos de arranque em materiais; • Melhoria do acesso a pontos de água em 7 escolas de Tala Hady através da introdução de depósitos de água com 5 m3 e 3 m3 respetivamente. Factos e números 90 Chafarizes abrangidos no plano de assistência técnica 8 AMOGEC abrangidas no plano de assistência técnica 3 Sedes de AMOGEC melhoradas 38 Horas de formação 50 Zeladores formados 7 Chafarizes reabilitados e melhorados 8 Pontos de água construídos nas escolas 36 1 Manual da AMOGEC e 1 Manual de formação do zelador publicados 50 Encontros de concertação entre IMVF, AMOGEC, Administrações Comunais e EPAL 137 Palestras de sensibilização/ educação/informação realizadas abrangendo 6.455 pessoas 10 Sessões de teatro de sensibilização/educação/ informação realizadas abrangendo 2.379 alunos 8 Pontos de água em funcionamento nas escolas Contentores de lixo instalados nas escolas e locais públicos 57 Identidade Cultural A globalização veio trazer importantes e complexos desafios, entre os quais o equi‑ líbrio entre o que deve ser global e o que deve ser local. Este equilíbrio é um jogo difícil em que se procura generalizar os aspetos positivos da globalização, ao mesmo tempo que, numa tendência contrária se procura preservar o que é um património diverso e local de cada comunidade. Os Direitos Humanos desempenham aqui um papel fundamental apoiando na iden‑ tificação do que é vantajoso e deve ser universalizado (como os ganhos na medicina ou a generalização dos Direitos Humanos) e do que deve ser heterogéneo, diverso e local. Da interseção destas linhas resulta não um modelo linear e cumulativo de Desenvolvimento, mas vários modelos que traduzem as vozes das comunidades locais. E o Instituto Marquês Valle Flôr tem sido um parceiro ativo das comunidades na construção do seu próprio projeto de Desenvolvimento, como mostra a experi‑ ência no Brasil e na Guiné‑Bissau. No Brasil, e ao longo de 2013, o Instituto tem trabalhado com a comunidade qui‑ lombola apoiando-a na formalização e adesão a uma cooperativa de produtores quilombolas, no âmbito do projeto Economia Solidária no Maranhão. Já na Guiné‑Bissau, e mais precisamente nas ilhas Urok, o Instituto, em estreita parceria com a ONG guineense Tiniguena continuou a desenvolver esforços para o reforço do processo de governação participativa e para a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável da Área da Marinha Protegida Comunitária (onde se inserem as ilhas Urok). Com o encerramento do projeto Urok, Osheni!, este trabalho tem continuidade com a aprovação Bijagós, Bemba di Vida!. Iniciado em janeiro de 2013, a ação tem como objetivo a valorização do(s) patrimónios(s) da Reserva da Biosfera do Arquipélago de Bolama‑Bijagós, como forma de promover o desenvolvimento integrado e durá‑ vel da região e do país, contribuindo assim para a maior apropriação pelas comu‑ nidades locais do processo de conservação e desenvolvimento durável daquela Reserva e para a atração de investimentos sustentáveis para o arquipélago. Parceiros 58 UROK, OSHENI! CONSERVAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E SOBERANIA NAS ILHAS UROK Atividades globais do projeto jan 2010 – mar 2013 ODM 1 ODM 2 ODM 3 ODM 7 erradicar a Pobreza extrema atingir o ensino básico universal promover a igualdade de género e a autonomia das mulheres garantir a sustentabilidade ambiental Guiné ‑Bissau Guiné‑Bissau – Arquipélago dos Bijagós, ilhas Urok (Formosa, Chediã e Nago) Beneficiários Diretos: elementos da estrutura de cogestão da Área Marinha Protegida Comunitária (AMPC) de Urok, 650 crianças e jovens, adultos e professores participantes nas atividades das escolas comunitárias, 50 mulheres e jovens beneficiários das ações de apoio ao empreendedorismo e 150 produtores locais. Indiretos: a totalidade da população das ilhas Urok e os utilizadores externos dos recursos de biodiversidade das ilhas. Objetivos Gerais: contribuir para o reforço do processo de governação participativa em curso na AMPC de Urok e para a melhoria das condições de vida da população residente. Específico: construir um modelo de desenvolvimento sustentável e integrado para a AMPC. • Construção da sede da AMPC, da residência do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) e de 2 casas de apoio (em Nago e Chediã), que permitiram à equipa técnica do projeto permanecer junto das comunidades para apoiar as suas atividades; • Realização de intercâmbios com as áreas protegidas nacionais e subregionias: parques de Orango, Bamboug e Casamança; • Aumento do número de alunos com acesso a educação básica nas 7 escolas da rede comunitária de Urok, tendo passado, nos últimos 6 anos, de 75 para 450 alunos; • Realização de ações de formação de professores comunitários e do Estado para reforço das competências técnicas e pedagógicas, nomeadamente 6 ações de formação da responsabilidade da escola de Formação Profissional e 6 ações de formação em pedagogia e didática do ensino de português; > Resultados Esperados – Estruturas de gestão da AMPC reforçadas; – Oportunidades de acesso ao ensino e formação reforçadas; – Economia local dinamizada; – Património cultural valorizado; – Serviços comunitários reforçados de forma equitativa. Orçamento: € 750.534 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. 59 RELATÓRIO anual 2013 • Dinamização do Centro de Recursos Educativos, acessível a professores e alunos com o objetivo de contribuir para o reforço das competências dos professores, e organização de atividades de educação ambiental promovidas nas 7 escolas comunitárias; • Aumento do número de alunos alfabetizados contribuindo para a promoção da autoestima, conscientização e maior apropriação pelas comunidades; • Melhoria do acesso da população a bens e serviços, resultado da aposta na dinamização da economia local e na rede de transportes, o que se refletiu no aumento de massa monetária em circulação; • Realização do I, II e II Fóruns das Jovens Raparigas, com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos para discussão da equidade de género; • Alargamento do Centro de Saúde, apoio a emergências médicas beneficiando 140 pessoas e realização de parcerias com o IBAP para a realização de consultas e operações da especialidade médica de Oftalmologia, levadas a cabo pelos Médicos do Mundo; • Construção e reabilitação de 14 pontos de acesso de água, destacando‑se a construção do poço de Nhominca, o primeiro ponto de abastecimento de água potável segura nessa tabanca (aldeia). • Aumento da produção de produtos locais tradicionais, como a flor de sal, o óleo de palma e o mel, e consequente dinamização das relações comerciais com outras zonas, facilitada pela melhoria nas redes de transportes entre ilhas; • Autonomização da gestão da Casa do Ambiente e Cultura e constituição da Rádio Comunitária AMPC com o principal objetivo de reforçar a sensibilização do processo de gestão e governação participativa; • Apoio a grupos de teatro comunitário para jovens com o intuito de incentivar a valorização do património cultural e realização de 2 Fóruns Jovens com vista à promoção do envolvimento jovem na gestão da AMPC e intercâmbio com jovens de outras ilhas; Factos e números globais 4 Intercâmbios realizados 450 Alunos nas escolas comunitárias 12 Ações de formação realizadas 6 Professores do Estado nas ilhas Urok 8 Grupos de jovens apoiados 60 92 Alunos a frequentar formação de alfabetização 21 Jovens alvo de formação profissional 185 Beneficiários do fundo de apoio ao empreendedorismo 70 Raparigas participaram nas 3 edições do Fórum de Jovens Raparigas Bijagós, Bemba di Vida! Ação cívica para o resgate e valorização de um património da humanidade Atividades em 2013 jan 2013 – jan 2016 ODM 1 ODM 7 erradicar a Pobreza extrema garantir a sustentabilidade ambiental • Animação do Centro de Recursos de Urok Guiné ‑Bissau Beneficiários Diretos: 200 produtores beneficiários das atividades de valorização dos produtos da biodiversidade; estruturas de governação da Área Marinha Protegida (AMP) da Reserva (100 pessoas); 300 jovens envolvidos nas atividades culturais e de produção de conhecimento; 200 alunos das escolas das AMP. Indiretos: 34.000 habitantes da Reserva da Biosfera do Arquipélago de Bolama‑Bijagós (RBABB). Objetivos Geral: contribuir para a maior apropriação pelas comunidades locais do processo de conservação e desenvolvimento durável da RBABB para atrair investimentos sustentáveis para o arquipélago. Específico: valorização do(s) patrimónios(s) da RBABB como forma de promover o desenvolvimento integrado e durável da região e do país. Resultados Esperados – Património histórico, cultural e tradicional resgatado e promovido; – Produtos da biodiversidade valorizados; – Processos de governação participativa de recursos e espaços naturais reforçados. Orçamento: € 858.240,00 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. através de sessões semanais de Educação Ambiental e da organização de oficinas de leitura e criação literária; • Elaboração do Plano de Atividades da Casa do Ambiente e Cultura de Urok e sua animação nomeadamente: 7ª edição do Carnaval Urok; 5 sessões de cinema‑debate em torno da conservação dos recursos, equidade e problemas sociais da juventude; 3 intercâmbios culturais e desportivos entre jovens das diferentes ilhas de Urok; 2 manifestações de dança tradicional (danças dos Kabarós, Kanhokans e Kadenis) com os jovens das tabancas (aldeias) de Formosa; IX fórum jovem; IV fórum das raparigas, e vários espetáculos de teatro comunitário levados a cabo pelos 3 grupos de 3 tabancas, que participam ativamente em todos os grandes eventos realizados em Urok; • Identificação de artesãos que irão trabalhar com alunos das escolas comunitárias na confeção de peças de artesanato bijagó no quadro do Fundo de Apoio ao Resgate Cultural; • Diagnóstico dos produtos locais com potencialidades para valorização comercial, além do mel, da flor do sal e da malagueta – já lançados durante a implementação do projeto Urok Osheni; reabilitação das unidades de produção que irão acolher a produção destes produtos, e início da criação de condições para uma exploração sustentável desta nova produção, incluindo elaboração dos respetivos planos de negócios e seleção e capacitação de produtoras e responsáveis de controlo de qualidade; > 61 RELATÓRIO anual 2013 • Promoção e apoio à comercialização dos produtos locais na ‘’Lojinha da Terra’’ e na loja ‘’Cabaz di terra’’, em Bissau, e em diversos eventos realizados durante o ano, como o Fórum Económico de Bissau, o Fórum Sociedade Civil, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional – coorganizado no âmbito do Programa Descentralizado de Segurança Alimentar e Nutricional (PDSA/GB II) e pela Rede da Sociedade Civil para a Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Guiné‑Bissau –, o Dia do Consumo Nacional e a 12ª Assembleia‑Geral da AMPC de Urok; • Identificação de atividades económicas de base para a implementação de um esquema de apoio ao empreendedorismo para jovens assente na disponibilização de microempréstimos, inscritos num fundo renovável; • Organização de um intercâmbio de formação com as mulheres do Parque Nacional de Orango, no arquipélago dos Bijagós, com vista ao reforço de capacidades do agrupamento das mulheres de Orango, no âmbito da ostricultura, e participação de um grupo de gestores e representantes das comunidades da AMP de Bamboung, no Senegal, na Assembleia‑Geral de Urok; • Apoio ao seguimento ecológico da Reserva, através de 4 missões de seguimento dos moluscos; 3 das aves marinhas e uma do papagaio cinzento, uma espécie em risco no arquipélago, com a participação de um grupo de mulheres e jovens. • Assistência técnica permanente aos órgãos de gestão da AMPC de Urok na organização das reuniões e assembleias, incluindo a 12ª Assembleia‑Geral de Urok, com 99 delegados (equivalente a 80% dos delegados da Área) e assistência às estruturas locais de fiscalização participativa da Área Marinha Protegida; • Atualização do segundo plano de gestão da AMP e do regulamento interior para gestão dos recursos da parte terrestre; Factos e números 85% do Plano de Atividades para 2013 da Casa do Ambiente e Cultura de Urok implementado 10 Assembleias insulares de cada uma das ilhas 1 Artesãos selecionados para atividades de resgate cultural Assembleia‑Geral da AMPC Urok e 6 reuniões do Comité de Gestão de Urok apoiadas 1 26 Coleção de calendários/ postais para 2014 publicada 1 Diagnóstico inicial sobre produtos da Biodiversidade local realizado 25 Reuniões dos comités de tabancas 62 3 Missões de fiscalização participativa num total de 1154 horas de permanência no mar 1 Intercâmbio realizado entre a AMPC de Urok e o Parque Nacional de Orango da RBABB Cidadania Global Os desafios que se apresentam às sociedades glocais necessitam, mais do que nunca, de uma resposta eficiente e empenhada. A Educação para a Cidadania Glo‑ bal é a resposta a estes desafios. A formação, educação, sensibilização e advoca‑ cia assentes nos princípios e valores intrínsecos à dignidade humana, são atividades que desenvolvemos e promovemos, em parcerias nacionais e europeias, com o objetivo de contribuir para a erradicação da pobreza e promoção da Justiça Social Global. Da formação e capacitação sobre compras públicas mais justas e sustentáveis à promoção de cidades glocais; da vivência da cidadania global em museus, à defi‑ nição de rotas urbanas interculturais; da resposta aos desafios da crise ao desper‑ tar para a cidadania global, procuramos promover a Cidadania Global junto de novos públicos e de novos atores do Desenvolvimento despertando a sua consciência para a necessidade de se encontrarem alternativas ao atual modelo de Desenvol‑ vimento, novos estilos de vida, novos padrões de consumo, políticas mais inclusivas e mais sustentáveis. Só assim contribuímos para a consolidação de uma comuni‑ dade ativa na defesa do Desenvolvimento justo, inclusivo e sustentável. No IMVF, acreditamos que a Educação para a Cidadania Global é a chave para a promoção de uma nova agenda do Desenvolvimento, em que o pulsar dos cidadãos será o motor dos novos tempos. Parceiros Eurosolar Associació Solidaritat Perifèries del Món (Perifèries) 63 RELATÓRIO anual 2013 JOVENS URBANOS ATIVOS: ESTILOS DE VIDA E ODM Atividades globais do projeto abr 2010 – mar 2013 ODM 8 Portugal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento Parceria Europeia: Alemanha, República Checa e Polónia Beneficiários Diretos: Jovens Urbanos Ativos e Organizações Não ‑Governamentais (ONG) Objetivos Gerais: contribuir para a mudança de estilos de vida mais sustentáveis através da divulgação, promoção e mobilização em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), através da sensibilização para os ODM junto dos Jovens Urbanos Ativos (novo grupo social), o projeto irá motivá‑los para a mudança de comportamentos quotidianos. Específicos: sensibilizar a nível nacional 2500 representantes do novo grupo social de Jovens Urbanos Ativos para os ODM e motivá‑los a alterarem comportamentos e a adotar estilos de vida socialmente mais justos, ambientalmente mais sustentáveis e economicamente viáveis. A nível europeu, o projeto pretende sensibilizar 10000 Jovens Urbanos Ativos, 2500 em Portugal, 2500 Alemanha, 2500 na República Checa e 2500 na Polónia. Resultados Esperados – Conceito de aprendizagem informal para um estilo de vida mais sustentável, tendo por base os ODM dinamizado e implementado; – 2500 Jovens Urbanos Ativos em Portugal informados, sensibilizados e motivados sobre como apoiar os ODM – Base de dados multiplicadora com instrumentos de aprendizagem informal para a Educação para o Desenvolvimento destinada a ONGD europeias; – 60 membros de ONGD capacitados para promover e consciencializar sobre estilos de vida mais sustentáveis e sobre a importância dos ODM junto dos Jovens Urbanos Ativos em Portugal (240 membros a nível europeu); – Um sistema eficiente e operacional para a coordenação, monitorização, avaliação implementado. Orçamento: € 165.795 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. 64 • Realização de 6 ações de sensibilização e mobilização sobre estilos de vida e ODM dirigidas a jovens urbanos ativos: 1 – Coleção de etiquetas autocolantes ODM. Para atingir o principal objetivo do projeto “Estilos de Vida e ODM”, cada etiqueta autocolante tinha uma mensagem chave para cada um dos oito Objetivos, promovendo a conscientização para a necessidade de se adotarem comportamentos mais sustentáveis; 2 – Balões entregues numa ação no Dia dos Namorados com a mensagem “Love is Beautiful but not Aids!” tendo por objetivo sensibilizar para o ODM 6. Estes balões foram entregues pelas zonas da Baixa e Chiado, em Lisboa e, em parceria, com a Liga Portuguesa de Luta contra a SIDA, foram cedidos 100 balões para um espetáculo de sensibilização sobre VIH/SIDA; 3 – Etiquetas de viagem disponibilizadas na Bolsa de Turismo de Lisboa sob o mote “Destino 2015. Oitos passos para um destino de Sonho”. Foram criadas 3 etiquetas de bagagem “ODM”, com mensagens simples de forma a aumentar a consciencialização sobre os ODM de forma casual; 4 – Marcadores de livros em forma de avião foram colocados em locais de destaque no Aeroporto de Lisboa, promovendo os ODM através da mensagem “Destino 2015: Flying for a better world”, numa parceria com a ANA – Aeroporto, S.A.; 5 – Por ocasião das Festas de Lisboa, recorreu‑se a um símbolo tipicamente português – a sardinha – a partir do qual foram criadas bases de copos, e crachás com uma “sardinha ODM” com os ícones relativos a cada um dos Objetivos. > A completar esta ação foi igualmente criado o “Quantos-Queres” ODM, baseado no modelo de jogo tradicional, através do qual foram identificados desafios e incentivos à ação em prol dos ODM. Estes materiais foram distribuídos por várias lojas nas zonas da Baixa e Chiado, em Lisboa; 6 – “Já bebeu um Justo?” é um filme que foi disponibilizado no canal Youtube do IMVF com o objetivo de promover o conceito de comércio justo em Portugal de forma original e criativa. • Reunião de coordenação dos parceiros, na Alemanha e workshop em Praga, República Checa, com os parceiros para desenvolver a estrutura e conteúdos do site Connected4abetterworld.org; • Produção do minimanual “Cozinhar para um Mundo Melhor” onde são apresentados os objetivos do projeto, as principais características do grupo alvo – os Jovens Urbanos Ativos – e uma breve descrição dos temas promovidos através das ações educativas; • Workshop de formação em Cracóvia, Polónia, para preparação dos conteúdos pedagógicos das ações de formação, a decorrer nos países parceiros; • Dinamização da página Facebook do projeto Connected for a better world; • Reunião de coordenação em Esslingen para apresentação da estrutura do site e planeamento de atividades de disseminação; • Realização da ação de formação “Let’s get out of the box: Comunicação como Transformação” dirigida às ONGD nacionais para dinamização de discursos, mensagens e estratégias de comunicação comuns às ONGD; • Realização da atividade “Ingredientes de sucesso para mensagens criativas: novos desafios, novos públicos”: ação de formação para o “marketing da cidadania global”; • Dinamização do site Connected4abetterworld.org com conteúdos disponíveis em 5 línguas. Factos e números globais 16.000 Autocolantes de Natal distribuídos 2.000 Balões entregues 6.000 Etiquetas de viagem disponibilizadas 100.000 Marcadores de livros disponíveis no Aeroporto de Lisboa 6 meses de visibilidade no Aeroporto de Lisboa 1.000 Pins produzidos e distribuídos 10.000 Base de copos distribuídas 15.000 Marcadores de livros distribuídos em 2 edições da Feira do Livro 5.000 Quantos‑Queres ODM produzidos 1 Filme com mais de 600 visualizações + 1.118 Fãs no Facebook 1 Mini-Manual publicado 1 E‑BOOK disponibilizado 2 Formações para ONGD com 34 participantes ministradas 65 RELATÓRIO anual 2013 DES(ENVOLVER): A EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO NO VOLUNTARIADO PARA A COOPERAÇÃO Atividades em 2013 abr 2010 – mar 2013 ODM 8 Portugal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento Beneficiários Diretos: 20 organizações nacionais que promovam, ou venham a promover programas de voluntariado para a Cooperação. Objetivos • Organização de 6 reuniões de preparação das sessões de formação; • Realização da formação “O Voluntariado para a Cooperação a 3 E.D.imensões” – 7 sessões, 42 horas, 13 organizações participantes; • Realização de uma oficina de acompanhamento para as organizações participantes na formação; • Colaboração na elaboração do manual “O Voluntariado para a Cooperação a 3 E.D.imensões – Um roteiro educativo de Educação para o Desenvolvimento”. Geral: contribuir para a melhoria das práticas de Educação para o Desenvolvimento (ED) em Portugal, através da capacitação de Organizações da Sociedade Civil na preparação e gestão de programas de voluntariado para a cooperação. Específicos: compreender o impacto de ED nos jovens portugueses, resultante da sua participação em programas de voluntariado para a cooperação; reforçar a capacitação de Organizações da Sociedade Civil portuguesa para o desenvolvimento de programas de voluntariado para a cooperação como estratégia de ED; promover o voluntariado para a Cooperação como estratégia de ED, através da disseminação dos resultados do projeto e das boas práticas nesta temática. Resultados Esperados – 1 Estudo realizado e divulgado sobre o papel dos programas de voluntariado para a Cooperação como estratégia de ED em Portugal; – 20 Organizações nacionais formadas em Gestão de Programas de Voluntariado para a Cooperação como estratégia; – 20 Programas de voluntariado para a Cooperação delineados como estratégia de ED; – 1 Seminário de apresentação pública dos resultados do projeto e das boas práticas de voluntariado para a Cooperação, como estratégia de ED, em Portugal. Orçamento: € 1.900,00 Cofinanciamento: Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. Factos e números 6 Reuniões entre o IMVF e o ISU realizadas 1 Programa de formação elaborado 42 horas e 7 sessões de formação realizadas 13 Organizações da Sociedade Civil participantes 1 Manual produzido 66 SEM FRONTEIRAS: FORMAR, AGIR E EMPREENDER Atividades em 2013 set 2012 a jun 2014 ODM 8 Portugal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento Parceria Europeia: Bélgica, Espanha e Itália Beneficiários Diretos: migrantes (1750 participantes nas formações; 110 000 migrantes envolvidos nos eventos e campanhas de sensibilização); associações de migrantes (15 por país); bancos e outras instituições financeiras, empresas, cooperativas, centros de formação e agências de recrutamento de recursos humanos (240 envolvidos diretamente nas atividades; 2000 sensibilizados através das campanhas e material produzido). Indiretos: famílias dos migrantes e autoridades locais. • Realização de reuniões via skype com os parceiros europeus; • Realização de reuniões com os diversos representantes dos municípios; • Realização de reuniões de parceiros europeus em Sevilha e Turim; • Realização de reuniões com formadores e tutores para delineação de programa formativo; • Participação no curso “Academy on Labour Migration” promovido pela OIT (Turim). Objetivos Geral: facilitar a integração de cidadãos migrantes nas sociedades de acolhimento. Específico: reforçar a integração de migrantes originários de países terceiros em Itália, Portugal, Espanha e Bélgica promovendo a sua segurança económica e independência financeira. Resultados Esperados – Competências básicas de empreendedorismo reforçadas, permitindo aos cidadãos migrantes desenvolverem pequenos negócios; – Literacia financeira melhorada e acesso aos serviços financeiros promovido para a comunidade migrante; – Informação relevante disseminada junto de cidadãos migrantes relativa a serviços de formação, oportunidades de emprego e enquadramento jurídico‑laboral. Orçamento: € 180.378,00 Cofinanciamento: União Europeia Factos e números 4 Países participantes 7 Parceiros envolvidos 2 Reuniões de parceiros realizadas 1 Site elaborado 10 Reuniões realizadas 1 Rede de contatos estabelecida 2 Representantes portuguesas participantes na Formação da OIT, em Turim 6 Reuniões realizadas via Skype 67 RELATÓRIO anual 2013 DESAFIAR A CRISE – PROMOVER A JUSTIÇA GLOBAL E O ENVOLVIMENTO DOS CIDADÃOS EM TEMPOS DE INCERTEZA Atividades em 2013 abr 2013 – mar 2016 ODM 8 Portugal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento • Participação na reunião de início de projeto em Dublin, Irlanda, com todos os parceiros do projeto, para discutir a planificação e execução das atividades; • Criação do dossiê de formação para o Parceria Europeia: Irlanda, Grécia, Espanha, Itália e Eslovénia Beneficiários Diretos: 3600 jovens adultos cidadãos da União Europeia, dos quais 600 portugueses; 20 técnicos das ONGD; 15 jornalistas; 270 decisores políticos. Objetivos Geral: contribuir para um mundo mais justo e sustentável através da sensibilização e do empoderamento dos cidadãos europeus como defensores do Desenvolvimento global. Específicos: envolver os cidadãos dos países altamente endividados na compreensão da interdependência dos assuntos de justiça social nacionais e internacionais e no apoio ao fortalecimento das políticas de Desenvolvimento apesar das medidas de austeridade aplicadas a nível nacional. seminário de jovens que inclui temas que vão desde os modelos de desenvolvimento atuais e seus impactos a alternativas do desenvolvimento e ao desenvolvimento de competências para tornar os jovens agentes de mudança; • Elaboração de um questionário que será disseminado em fevereiro de 2014 e que procurará recolher as opiniões de pelo menos 600 jovens e perceber o seu grau de conhecimento sobre as questões do Desenvolvimento Global e da Justiça Social; • Levantamento das necessidades de comunicação e design do projeto; • Elaboração e lançamento dos Termos de Referência para designer do projeto; • Elaboração e lançamento dos Termos de Resultados Esperados – Pelo menos 1200 jovens adultos, envolvidos em assuntos de justiça local, recebem mais informação e apoiam a dimensão global e europeia dos assuntos de justiça domésticos, e são criados espaços para o debate críticos nas ligações globais‑locais; – Pelo menos 60 atores das Organizações da Sociedade Civil (OSC) nos países parceiros da UE são capacitados para serem capazes de realçar as interdependências entre assuntos de justiça locais e globais; – 330 pessoas responsáveis pela cobertura mediática dos temas de justiça doméstica e crises da dívida têm uma perspetiva mais global dos temas; – Os decisores políticos a nível europeu são influenciados através da rede “Jovens Europeus para a Mudança” e a iniciativa de cidadania europeia é apresentada à Comissão Europeia; – Um sistema eficiente de gestão, acompanhamento, avaliação e controlo financeiro do projeto é implementado. Orçamento: € 170.370,00 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. Referência para Avaliador Externo do projeto; • 1 webinar (seminário na web) com avaliador externo para apresentação das ferramentas de monitorização das atividades; • Criação de uma página de Facebook para o projeto: “Challenging the Crisis”; • 6 reuniões via Skype de preparação das atividades previstas no projeto. Factos e números 6 Países participantes 7 Parceiros envolvidos 1 Reunião de parceiros realizada 1 Plano de comunicação elaborado 2 68 Termos de Referência lançados 12 Fichas temáticas, 1 dossiê de formação elaborado 1 Questionário elaborado 1 Página de Facebook criada 6 Reuniões via Skype, mais de 1080 minutos de duração DESPERTAR PARA A EDUCAÇÃO GLOBAL – REFORÇAR AS COMPETÊNCIAS DOS MEMBROS DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL EUROPEIAS Atividades em 2013 abr 2013 – mar 2016 ODM 8 Portugal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento • Reunião de início de projeto em Esslingen, Alemanha, com a participação de todos os parceiros do projeto, para discutir a planificação e execução das atividades; • Workshop sobre teorias e práticas de Educação Global – Esslingen, Alemanha; Parceria Europeia: Alemanha e Roménia Beneficiários Diretos: 50 membros das Organizações da Sociedade Civil; 400 Organizações da Sociedade Civil. Objetivos Gerais: contribuir para uma melhoria na qualidade da educação global na educação não formal através do reforço de competências, conhecimentos e da compreensão da teoria e prática da educação global; para um aumento do número de multiplicadores da educação global na Europa, e para o envolvimento ativo dos cidadãos europeus como advocates por uma sociedade global mais justa e sustentável. Específicos: desenvolver, testar e disseminar na Europa um curso de formação inovador sobre abordagens e ações de educação global que desafiem a dimensão social da globalização destinado a representantes da sociedade civil na Alemanha, Roménia e Portugal. Resultados Esperados – O curso de formação e respetivo material de apoio desenvolvidos, implementados, avaliados e melhorados conjuntamente; – A educação global e o conceito do curso são divulgados nos países parceiros e em toda a Europa; – O enquadramento político em prol da educação global é melhorado nos países participantes; – Um sistema eficiente e funcional de relações públicas, administração, acompanhamento, avaliação e controlo financeiro do projeto é implementado. Orçamento: € 101.418,99 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. • Elaboração e disseminação de um questionário sobre Práticas de Educação Global que foi enviado a cerca de 600 Organizações da Sociedade Civil portuguesas; • Estudo e análise do contexto de Educação Global em Portugal; • Análise das respostas ao questionário sobre Práticas de Educação Global e elaboração do primeiro draft do Estudo “Global What? A study on facts and needs of Global Learning in Germany, Portugal and Romania” a ser publicado no primeiro trimestre de 2014; • Realização de 3 reuniões por Skype de preparação das atividades previstas no projeto; • Realização de 6 reuniões com a AIDGLOBAL para planear as atividades em Portugal. Factos e números 1 3 1 6 Reunião de parceiros realizada Workshop sobre teorias e práticas de Educação Global 1 Questionário elaborado 100 Respostas válidas Reuniões por Skype realizadas Reuniões entre IMVF e AIDGLOBAL realizadas 600 Organizações da Sociedade Civil receberam o questionário sobre Práticas de Educação Global 69 RELATÓRIO anual 2013 MUSEU MUNDIAL Atividades em 2013 abr 2013 – mar 2016 ODM 8 Portugal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento Parceria Europeia: Alemanha, República Checa e Hungria Beneficiários Diretos: técnicos dos museus, técnicos das Organização Não‑Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) e visitantes dos Museus. • Recolha e apresentação de 25 boas práticas metodológicas de educação para a cidadania global e de 25 boas práticas de exposições em museus mundiais; • Realização de workshop inicial de parceiros: atividades, gestão, responsabilidades e orçamento; • Realização de 1 workshop conceptual; • Realização de reuniões de equipa de coordenação em Portugal; • Realização de 1 reunião de coordenação europeia. Objetivos Geral: contribuir para a disseminação e implementação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). Específicos: uma abordagem inovadora de integração da educação global nos museus europeus motiva 90.000 visitantes dos museus da Hungria, Alemanha, Portugal, República Checa para apoiarem os ODM. Resultados Esperados – Um conceito de educação global inovador para ser incorporado nos museus é desenvolvido; – 90 mil visitantes de museus na Alemanha, Hungria, República Checa e Portugal aumentam o seu conhecimento sobre os ODM e estão motivados para contribuir para a sua concretização; – Uma base de dados de ferramentas inovadoras de educação global para os ODM em museus é estabelecida e divulgada; – Mais de 180 membros dos departamentos educativos dos museus europeus e das ONGD são capazes de promover os ODM junto dos visitantes dos museus, através da educação global; – Um sistema eficiente e funcional de coordenação é implementado. Orçamento: € 185.465,00 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. Factos e números 1 Questionário sobre a inserção dos ODM nos museus desenvolvido, aplicado, analisado e disseminado 1 70 Workshop conceptual; 10 parceiros; 900 minutos de reunião; 1 conceito de instalação ODM definido 2 Instalações sobre os ODM definidas e aprovadas 9 Reuniões de equipa de coordenação em Portugal realizadas ROTAS URBANAS INTERCULTURAIS Atividades em 2013 dez 2013 – mai 2015 ODM 8 Portugal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento Parceria Europeia: Itália, França e Espanha Beneficiários Diretos: 180 cidadãos oriundos de países terceiros; 900 estudantes do ensino básico e secundário; 250.000 cidadãos europeus; 450 migrantes. • Reunião por Skype com parceiros europeus; • Reunião com a Associação Renovar a Mouraria; • Reunião de início de projeto em Turim, Itália, com a participação de todos os parceiros do projeto, para discutir a planificação e execução das atividades; • Participação em dois percursos turísticos, liderados por migrantes, em Porta Palazzo, Turim. Objetivos Geral: promoção de ações locais visando potenciar a participação económica, social, cultural e política dos cidadãos migrantes. Específicos: fortalecer a interação e promover o envolvimento das comunidades recetoras com os migrantes, com base no respeito mútuo, direitos, obrigações e diferenças culturais. Resultados Esperados – Pesquisa participativa em “Rotas Interculturais Urbanas” que permita compreender o contributo da migração para a sociedade de acolhimento, em Florença, Génova, Lisboa, Marselha, Milão, Paris, Roma, Turim e Valência, disseminada a nível europeu; – “Rotas Interculturais Urbanas” realizadas de acordo com os critérios éticos e de qualidade comuns impulsionadas pelos migrantes e disponibilizadas para as escolas primárias e secundárias e público em geral em Florença, Génova, Lisboa, Marselha, Milão, Paris, Roma, Turim e Valência; – Uma rede europeia (MygranTour) dedicada à promoção e divulgação das “Rotas nterculturais Urbanas”, como um meio de reforço do diálogo intercultural, criada. Orçamento: € 31.427,00 Cofinanciamento: União Europeia Factos e números 4 Países participantes 8 Parceiros envolvidos 1 Formação sobre turismo sustentável 1 Reunião de parceiros realizada” 1 Reunião via Skype realizada 71 IMVF Municípios A Agenda Global para o Desenvolvimento partilha vários pontos em comum com as agendas da governação local, nomeadamente a preocupação com o ambiente, as questões ligadas à urbanização e aos movimentos populacionais, o emprego, o desenvolvimento de infraestruturas ou a melhoria do acesso a serviços básicos. Nesse sentido, os poderes democraticamente eleitos como os municípios, autori‑ dades regionais e provinciais têm uma vasta experiência adquirida na resolução de problemas ligados ao Desenvolvimento, bem como na formulação de respostas locais aos problemas globais. Reconhecendo assim a importância do seu papel na construção de um mundo mais justo e equitativo destacamos, em 2013, a criação da primeira Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento – impulsionada pelo IMVF e à qual conti‑ nuamos a dar assessoria técnica – e que é composta por 13 municípios portugue‑ ses que se assumem, através das suas geminações, como parceiros estratégicos no Desenvolvimento local nos países de língua oficial portuguesa, com os quais trabalhamos. Salientamos também o projeto Go Local que prevê a promoção de políticas coe‑ rentes ao nível local com impacto global na mobilização ativa dos municípios para a redução da pobreza, sendo de ressalvar o compromisso assumido por 84 muni‑ cípios portugueses, búlgaros e espanhóis de ação concertada em prol do Desen‑ volvimento Sustentável. Na área da capacitação das Autoridades Locais para uma intervenção efetiva na promoção de condições laborais dignas, destacamos ainda o projeto Landmark, que atua e que se distingue, pela formação e capacitação sobre Compras Públicas Mais Justas e Sustentáveis. Parceiros 72 REDES PARA O DESENVOLVIMENTO: DA GEMINAÇÃO A UMA COOPERAÇÃO MAIS EFICIENTE Atividades globais do projeto 2013 jun 2010 – mai 2013 ODM 8 Portugal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento Parceria Europeia: Espanha e Alemanha Beneficiários Diretos: autarquias portuguesas e alemãs, particularmente Presidentes e Vice‑Presidentes das Câmaras e técnicos autárquicos; Organizações Não Governamentais e Atores Não Estatais portugueses. Indiretos: autarquias espanholas e Atores Não Estatais espanhóis e alemães. Objetivos Gerais: promover sinergias entre projetos de cooperação internacionais como estratégia eficaz para a redução da pobreza e para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e novos canais de comunicação entre as autoridades locais a nível nacional e internacional, contribuindo para a Boa Governação a nível local. Específico: reforçar o papel das autoridades locais portuguesas e alemãs enquanto agentes ativos de Cooperação para o Desenvolvimento. • Apresentação do projeto e da Plataforma Virtual criada nas VII Jornadas da Cooperação, em Santiago de Compostela, Espanha organizadas pelo Fondo Galego de Cooperación e Solidariedade e numa mesa redonda sobre Cooperação e Inovação em Évora; • Criação de uma Rede Nacional de Municípios para iniciativas de Cooperação Descentralizada para o Desenvolvimento e respetiva dinamização; • Dinamização da plataforma virtual e atualização contínua da agenda, conteúdo, manual e oportunidades de financiamento; • Realização de um ciclo de mesas ‑redondas “Parcerias para o Desenvolvimento” para partilhar informações, soluções e ideias de como desenvolver diálogo e apresentação de boas práticas; > Resultados Esperados – Rede de Autoridades Locais criada e reforçada; – Parcerias multiator promovidas e reforçadas; – Boas práticas na área da Cooperação para o Desenvolvimento disseminadas a nível nacional e internacional; – Capacidade reforçada das Autoridades Locais para desenvolver e implementar projetos de Cooperação, assegurando assim uma Cooperação cada vez mais eficiente. Orçamento: € 644.358 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. Apoio: Associação Nacional dos Municípios Portugueses. 73 RELATÓRIO anual 2013 • Realização de Assembleias Públicas: “Cidadania Global”, que assumiram a forma de encontros temáticos, concertos e exposições em volta de questões contemporâneas do Desenvolvimento e eventos dedicados aos ODM; • Realização de um ciclo de mesas ‑redondas “Chamada Local para a Ação Global”; • Realização do workshop “Aprender com a Experiência”; • Realização de workshops em Portugal e na Alemanha “Da descentralização à Cooperação Descentralizada” e de ”Cooperação Descentralizada em ação”; • Realização de um Encontro de Coordenação e Avaliação da Ação que resultou na elaboração de um Manual de Boas Práticas e de um Guia de Financiamento para Políticas Locais de Desenvolvimento. • Realização do Seminário Internacional “Cooperação Descentralizada: novos desafios, novas parcerias” sobre os diferentes tópicos da cooperação descentralizada, que incluiu sessões plenárias e mesas-redondas e que contou com mais de 160 representantes, incluindo oradores do CONCORD, EUROPEAID, OCDE, Cidades Unidas e Governos Locais – África (UCLG‑Africa), Associação das Agências das Democracias Locais (ALDA), entre outras; • Apresentação da plataforma virtual em encontros, workshops, formação profissional, assembleias públicas, mesas-redondas e eventos; • Realização do ciclo de debates: “As Autoridades locais: um ponto focal para o Desenvolvimento”; Factos e números globais 16 Autoridades Locais ativamente envolvidas no projeto 1 Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento criada em Portugal 26 Autoridades Locais e 15 Atores Não Estatais registados na plataforma virtual 1.110 Cidadãos alcançados através das Assembleias Públicas 22.495 Visualizações do website 74 1 Guia de Financiamento para Políticas Locais de Desenvolvimento 1 Manual de Casos Práticos – Desenvolvimento e Cooperação Descentralizada 1 Seminário internacional organizado: mais de 140 participantes, 14 horas de debate, 28 oradores nacionais, 12 oradores internacionais, 9 representantes de países parceiros LANDMARK: COMPRAS PÚBLICAS MAIS JUSTAS E SUSTENTÁVEIS Atividades em 2013 abr 2011 – mar 2014 ODM 8 Portugal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento • Participação na 5ª reunião de parceiros em Barcelona, Espanha, para discutir o estado de execução das atividades; • Seminário “Compras Públicas mais Justas e Sustentáveis: Uma Resposta Local num Mundo Global” (5 de junho); Parceria Europeia: Alemanha e Espanha Beneficiários Diretos: 10 Autoridades locais portuguesas (responsáveis pelas compras públicas, departamentos de sustentabilidade, decisores e políticos locais). Objetivos Gerais: capacitar as autarquias locais como atores chave na promoção de condições dignas de trabalho ao longo das cadeias de produção e contribuir para a melhoria das condições de trabalho na Ásia e África Subsariana. Específicos: estabelecimento de monitorização adequada às compras públicas, permitindo a compra de produtos e serviços socialmente responsáveis; facilitar aos funcionários públicos a informação e a formação que lhes possibilite a realização de compras públicas mais éticas; sensibilizar para as questões do Desenvolvimento global ligadas ao trabalho digno e ao comércio justo na Europa. • Organização da exposição multimédia “Sabemos o que Compramos?” em Portugal (junho a outubro 2013), patente nos seguintes locais: – Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte – Loures – 5 a 14 de junho de 2013 (cerca de 150 visitantes) – Sede LIPOR – Baguim do Monte – 1 a 23 de julho de 2013 (cerca de 150 visitantes) – IAPMEI – Lisboa – 17 a 30 de setembro de 2013 (cerca de 300 visitantes) – GreenFest2013 – Centro de Congressos do Estoril – 3 a 6 de outubro de 2013 (cerca de 30 mil visitantes – 100 participaram ativamente no stand, 200 levaram publicações) > Resultados Esperados – Autoridades Locais informadas e capacitadas sobre os procedimentos de produção e consumo sustentável; – Técnicos das autarquias e decisores políticos informados sobre os desafios da verificação nas compras públicas, implementando medidas para controlar as normas de conformidade das empresas com as práticas de contratação pública sustentável; – Atividades de promoção e de sensibilização demonstram que tudo o que foi anteriormente mencionado funciona na prática. Orçamento: € 308.668,00 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. 75 RELATÓRIO anual 2013 – Centro Ambiental Torres Vedras – 9 a 30 de outubro de 2013 (cerca de 150 visitantes); • Realização de duas formações para técnicos municipais sobre Contratação Pública Socialmente Responsável, que contaram com mais de 20 participantes; • Realização de uma formação de multiplicadores no âmbito da Rede RSO PT sobre Contratação Pública Socialmente Responsável que deu origem à proposta de criação e um Grupo de Trabalho sobre o tema no seio da Rede; • Apoio à Câmara Municipal de Loures na elaboração de duas histórias de sucesso sobre a inclusão dos critérios sociais nos concursos públicos do município; • Participação na 6ª reunião de parceiros, via webex, com o objetivo de partilhar experiências e monitorizar a execução do projeto; • Realização de 6 reuniões com a Câmara Municipal de Loures para coordenar implementação do projeto; • Realização de 6 reuniões via webex com parceiros europeus sobre o estado de implementação do projeto; • Realização de uma reunião com a professora Maria João Estorninho da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa para apresentar o projeto Landmark e debater as questões da Contratação Pública Socialmente Responsável; • Atualização do website do projeto – www.landmark‑project.eu/pt. Factos e números + de 30 Técnicos de contratação pública formados 1 Exposição realizada em 5 locais + de 30.700 Visitantes da exposição “Sabemos o que compramos?” + de 50 Guias jurídicos “Processos de Verificação da Responsabilidade Social na Cadeia de Fornecimento” distribuídos + 250 DVD “Verificação dos Critérios Sociais na Contratação Pública”distribuídos 6 Participantes no seminário Reuniões com a Câmara Municipal de Loures realizadas + de 300 6 Estudos “Boas Práticas de Contratação Pública Socialmente Responsável – Abordagens aos Processos de Verificação na Europa” distribuídos 76 + de 350 Reuniões via webex com parceiros 2 Reuniões de parceiros realizadas GO LOCAL: POR UMA CIDADE SUSTENTÁVEL Atividades em 2013 jun 2011 – mai 2014 ODM 8 Portugal estabelecer uma parceria para o desenvolvimento Parceria Europeia: Bulgária e Espanha Beneficiários Diretos: 225 funcionários públicos e decisores políticos de 15 autoridades locais portuguesas, 20 andaluzas e 10 búlgaras, num total de 702 autoridades locais informadas. Indiretos: 180 stakeholders da sociedade civil local – escolas, universidades, organizações, setor privado, instituições públicas, cidadãos e opinião pública europeia, através dos media locais e nacionais e comunidades web 2.0. Objetivos Gerais: promoção de políticas de Desenvolvimento coerentes ao nível local e global (“glocal”) e mobilização e participação ativas na prossecução dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e na redução da pobreza. Específico: promover as Autoridades Locais enquanto atores ‑chave de um Desenvolvimento Sustentável e de uma Cooperação Descentralizada para o Desenvolvimento. Resultados Esperados – Campanha “Cidades Glocais” promovida conjuntamente por 225 oficiais e decisores políticos das autoridades locais e da sociedade civil local, enquanto ferramenta de advocacia de um Desenvolvimento glocal mais coerente dinamizada e implementada; – Decisores políticos, técnicos das autoridades locais informados, mobilizados, capacitados e comprometidos para a ação em prol do Desenvolvimento glocal; – Parcerias locais, europeias e globais com vista à promoção do Desenvolvimento Sustentável e Cooperação Descentralizada, enquanto meios de atingir os ODM e reduzir a pobreza fortalecidas. • Elaboração de conteúdos (in)formativos para a campanha “Cidades Glocais”; • Dinamização do website www.cidadesglocais.org; • Adesão formal de 5 municípios à campanha em Portugal: Alfândega da Fé, Faro, Montemor‑o‑Novo, Seixal, Vila Pouca de Aguiar e assinatura de 84 declarações de compromissos locais (Portugal, Espanha e Bulgária); • Realização de uma reunião de parceiros; • Organização da conferência internacional “Respostas Locais aos Desafios Globais” na cidade da Maia, que teve como objetivo potenciar a voz dos municípios europeus na implementação de políticas coerentes a nível glocal, promovendo a justiça social, a inclusão económica, a redução da pobreza e o Desenvolvimento Sustentável, na qual participaram mais de 112 pessoas – a maioria técnicos municipais, estudantes universitários, Organizações da Sociedade Civil e comunicação social – tendo sido recolhida fotodocumentação e editadas as atas da conferência; > Orçamento: € 243.557 Cofinanciamento: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação da Língua, I.P. 77 RELATÓRIO anual 2013 • Aplicação da matriz e sistema de ranking para a atribuição de uma coroa de louros por cada boa prática que os municípios Go Local adotam no âmbito das 5 metas; • Reforço e dinamização de parcerias locais, europeias e globais com vista à promoção do Desenvolvimento Sustentável; • Produção e divulgação de 3 newsletters “Go Local Flash News” junto dos 308 municípios portugueses; • Realização de 13 reuniões com os municípios glocais; • Realização de formação em Comunicação para o Desenvolvimento em Vila Pouca de Aguiar com o objetivo de capacitar os 12 formandos a comunicarem eficazmente iniciativas de promoção do Desenvolvimento; • Realização da conferência internacional “Soluções Locais para Desafios Globais” em Albena, Bulgária, onde se debateram as iniciativas de cooperação apresentadas e partilhadas pelos participantes para o garante da sustentabilidade nas suas três dimensões: ambiental, económica e social. • Realização de formação em Economia Inclusiva para 23 técnicos municipais que incidiu sobre a análise da pobreza, da exclusão, da economia e de conceitos como: a sustentabilidade, o empreendedorismo social, o desenvolvimento local e o negócio social; • Realização de formação em Cidade de Oportunidades para 24 técnicos municipais, na qual 5 formadores/as abordaram as questões do emprego e oportunidades para jovens, capacitação de mulheres, mobilidade urbana para deficientes e igualdade de género; Factos e números 5 3 84 110 Munícipios portugueses aderiram à campanha Go Local Municípios de Portugal, Espanha e Bulgária assinaram declarações de compromisso locais + de 112 Participantes na conferência “Respostas Locais aos Desafios Globais”, na Maia, 80 técnicos municipais de 19 municípios portugueses, 15 oradores, 6 sessões, 480 minutos de debate e reflexão 13 Reuniões com os municípios glocais realizadas 78 Formações para técnicos municipais, cerca de 60 formandos Participantes na 2.ª conferência internacional Go Local 87.852 Visitas ao website cidadesglocais.org 3 Newsletters “Go Local Flash News” divulgadas juntos dos 308 municípios portugueses 1 Reunião de parceiros dinamizada estudos estratégicos 79 RELATÓRIO anual 2013 A área de Estudos Estratégicos, criada no final de 2012 e amplificada ao longo do ano de 2013, surge com o intuito de acrescentar à normal atividade do IMVF uma dimensão think tank de análise política sobre questões relevantes para a compreensão e para o debate sobre o Desenvolvimento e a Cooperação internacional. Sempre que relevante, as atividades da área são reali‑ zadas em parceria com outras instituições de modo a reforçar o seu alcance e viabilidade. As atividades e outputs desta área são: Eventos: essencialmente compostos por conferên‑ cias e mesas redondas; Publicações regulares: constituídas por Policy e Dis‑ cussion Papers, Briefs, Debates e Lessons of Expe‑ rience; Estudos e projetos: decorrentes de parcerias e pro‑ tocolos com entidades e/ou financiadores; Recursos bibliográficos: outputs de investigação, documentos e relatórios de terceiras entidades, aca‑ démicas, multilaterais e outras. Em 2013, para além das atividades referidas, a área de Estudos Estratégicos interveio em debates e emitiu opiniões em órgãos de comunicação sobre vários temas relacionados com a Cooperação, o Desenvolvi‑ mento e as relações com África, contribuindo para a afirmação da atividade de think tank do IMVF. As inter‑ venções foram realizadas em vários momentos e em diversos órgãos, designadamente na TV – RTP, RTP Informação, SIC Notícias; na rádio – Antena 1, RDP África, BBC, Voz da América, Radio France Internatio‑ nale (RFI) e Deutsche Welle; na imprensa escrita – Expresso, Público, Diário de Notícias, Diário Económico; em agências e meios noticiosos digitais, entre os quais a Lusa e o website VER. Houve, igualmente, participação em várias atividades de formação designadamente no Instituto de Defesa Nacional (IDN), no INA – Direção‑Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas e no Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM), bem como em eventos de entidades terceiras como no Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., e na Assem‑ bleia da República. A área organizou o dossiê de participação do IMVF no Consórcio da TRANSTEC para o tender (EuropeAid/ /132633/C/SER/ multi, Framework contract, Lot 12‑Humanitarian Aid, Crisis Management and Post ‑Crisis assistance). Nas atividades realizadas, particularmente nas mesas redondas, tendo em vista a criação de uma rede que 80 permita a consolidação da atividade de think tank, participaram diversas entidades e personalidades, nomeadamente: 14 empresas (ao nível de administra‑ dor ou diretor); 4 associações empresariais e indus‑ triais; 3 ramos das Forças Armadas (11 generais, almirantes e oficiais superiores); 5 embaixadas; 6 institutos públicos; 4 ministérios (Ministério dos Negó‑ cios Estrangeiro, Ministério da Justiça, Ministério da Defesa, Ministério da Administração Interna); 3 ex‑Secretários de Estado da Cooperação; 8 institui‑ ções académicas/universidades; 3 fundações; 5 orga‑ nizações não‑estatais; 6 órgãos de informação; 3 organismos internacionais. Em dezembro foi realizada uma visita de trabalho ao Brasil (Brasília e Porto Velho) a convite do SENAI da Confederação Nacional da Indústria Brasileira (CNI) para aferir a viabilidade de uma parceria com o IMVF relacionada com a pesquisa do potencial de colabora‑ ção entre entidades brasileiras (localizadas em estados do norte e nordeste) e entidades portuguesas no domí‑ nio empresarial e da formação. Dessa visita saiu um esboço de protocolo a ser assinado entre o IMVF e o SENAI / CNI em janeiro de 2014. Estudos e Projetos ACORDO DE COOPERAÇÃO CAMÕES, I.P – ECDPM – IMVF JUL 2013 – JUN 2015 Assinado em 2013, o acordo de cooperação entre as três instituições pretende contribuir para o reforço da investigação, do debate e do interesse pelos temas da cooperação para o Desenvolvimento, com particular realce para Portugal e para o relacionamento com África. Os temas abordados pelo Acordo de Cooperação cor‑ respondem àquelas que são as principais tendências da cooperação europeia e às preocupações da coo‑ peração portuguesa nesse contexto: – A Cooperação Internacional e a Agenda Global de Desenvolvimento pós‑2015, com enfoque na arquite‑ tura, desafios globais e financiamento do Desenvolvi‑ mento, incluindo a coerência das políticas para o Desenvolvimento; – A Cooperação Europeia para o Desenvolvimento, englobando as questões institucionais e financeiras, a reflexão face a outros doadores e atores (incluindo o setor privado), e a resposta europeia em situações de fragilidade; – Portugal e as relações UE‑África, incluindo não só a implementação das parcerias temáticas do Plano de Ação África‑UE, mas também a IV Cimeira UE‑África e os dossiês deste relacionamento. 05 JUN 2013 | Sede da Fundação AIP As atividades deste projeto incluem: 1. Atividades gerais de colaboração e de apoio ao Camões I.P. 2. Investigação e elaboração de documentos (2 estu‑ dos, 6 papers e 3 notas) 3. Debates e formações/briefings (1 conferência e 2 formações) 4. Atividades de informação e divulgação (tradução e divulgação de publicações em Língua Portuguesa, produção de conteúdos para os websites e redes, alargamento da rede de contactos) Debates CICLO DE MESAS REDONDAS “Dinâmicas políticas e militares no Sahel: Implicações para a segurança europeia e internacio‑ nal“ Orador: Embaixador Christopher Dell, Vice‑comandante da AFRICOM 26 JUN 2013 | Sede da Fundação AIP O Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF), a Fundação AIP, o EuroDefense‑Portugal e a AFCEA‑Portugal, decidiram organizar uma série de mesas‑redondas dedicadas ao tema “Estratégia e Segurança vs. Inter‑ nacionalização e Investimento”, com o objetivo de aprofundar o conhecimento e a reflexão sobre várias dinâmicas políticas e de segurança que condicionam as decisões de investimento e a internacionalização da economia portuguesa. “Preocupações de segurança nas Áfricas ocidental, central e oriental“ Orador: João Bernardo Honwana, Diretor da Divisão de África II, ONU Com uma audiência constituída por empresários e gestores, funcionários governamentais, militares, jorna‑ listas, académicos, Organizações da Sociedade Civil e outras individualidades envolvidas na ação externa, cada uma das mesas‑redondas, organizadas em 2013, reuniu 25 a 30 participantes. 81 RELATÓRIO anual 2013 10 SET 2013 | Clube ISCTE Publicações IMVF PROCEEDINGS “A Parceria Europa‑África em Construção: Que Futuro?” Relatório da Conferência realizada na Funda‑ ção Calouste Gulbenkian em 13‑14 dezembro 2012, IMVF Proceedings 1/2013, Lisboa DEBATES “O Conflito do Nilo” Oradores: Ana Elisa Cascão, Stockholm International Water Institute, especialista em conflitos da água; Hag‑ gai Erlich. Universidade de Telavive, especialista na região do Nilo e Médio Oriente Political and military dynamics in the Sahel: Implications for European and international security. Mesa-redonda realizada a 5 de junho de 2013 com o Embaixador, Christopher Dell, IMVF Debates 1/2013, Lisboa 13 NOV 2013 | Fundação AIP Preocupações de Segurança nas Áfricas Ocidental, Central e Oriental. Mesa-redonda realizada em 26 de junho de 2013 com João Bernardo Honwana, IMVF Debates 2/2013, Lisboa O Conflito do Nilo. Mesa-redonda realizada em 10 de setembro de 2013 com Haggai Erlich e Ana Maria Cascão, IMVF Debates 3/2013, Lisboa Moçambique: Paz Ameaçada?. Mesa-redonda reali‑ zada a 13 de novembro de 2013 com Manuel Aranda da Silva, IMVF Debates 4/2013, Lisboa POLICY PAPERS A agenda pós‑2015 e o Desenvolvimento Global, IMVF Policy Paper 1/2013, agosto 2013 “Moçambique: Paz Ameaçada?” Orador: Manuel Aranda da Silva, antigo Ministro do Comércio de Moçambique OUTRAS PUBLICAÇÕES A Saúde da Agenda do Desenvolvimento Global pós ‑2015. Documento de Posicionamento do IMVF, junho 2013 Manual de Casos Práticos: Desenvolvimento e Coope‑ ração Descentralizada, Parte I: Desenvolvimento e Cooperação Descentralizada e Parte II – testemunhos, julho 2013. 82 onde estamos 83 RELATÓRIO anual 2013 ANGOLA Angola mantém a 148ª posição num conjunto de 187 países, no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, sendo classificado como país de Desenvolvimento Humano Baixo e classificado pela OCDE como um Estado Frágil de Rendimento Médio. Com uma população estimada em mais de 20 milhões de pessoas, apesar da diminuição do índice de subnutrição para 24,4% entre 2010 e 2012, Angola apresenta inúmeros desafios do ponto de vista do seu Desenvolvimento. As elevadas e rápidas taxas de crescimento da economia angolana, onde a produção de petróleo tem um enorme peso, revelam no entanto ainda algumas assimetrias ao nível da sua população. A baixa diversificação da economia e a escassa produção agrícola são uma realidade que contrasta com o crescimento da cidade de Luanda, uma capital cada vez mais urbanizada. O caminho para o crescimento da economia angolana passa assim necessariamente pelo combate à desertificação nas zonas rurais e pela promoção do enorme potencial agrícola do país. No terreno desde 1997, temos vindo a adaptar a nossa ação às necessidades mais urgentes, olhando sempre para o objetivo que nos move – o Desenvolvimento Sustentável do país – e centrando‑nos fundamentalmente em três áreas complementares: Segurança Alimentar, Desenvolvimento Rural e Sustentabilidade Ambiental, atuando maioritariamente nos municípios de Ecunha – município rural, situado na Província do Huambo – e do Cazenga, na zona periurbana de Luanda. Valor dos projetos em curso € 1.457.869 Sustentabilidade Ambiental 100% 84 BRASIL Em 85º lugar no ranking das Nações Unidas, o Brasil é considerado um dos países com mais alto índice de Desenvolvimento. Porém, embora seja a sexta maior economia mundial – e se preveja a sua ascensão ao quinto lugar nos próximos 10 anos – continua a ser um dos países com maiores desigualdades socioeconómicas. Com a visão de uma sociedade mais equitativa com uma maior democratização no acesso a serviços sociais, o empoderamento de comunidades vulneráveis tem sido uma preocupação constante desde o início da nossa intervenção no Brasil. Trabalhamos com parceiros locais, lado a lado, nas áreas do Desenvolvimento Rural, da Assistência Técnica e do Fortalecimento Institucional. Desde 2001, focamos a nossa intervenção na promoção dos direitos humanos nas comunidades marginalizadas do Brasil, promovemos a valorização da sua cultura e inserção no mercado brasileiro, entre elas, os quilombolas, populações descendentes dos antigos escravos africanos que levaram consigo para o Brasil traços de uma identidade própria. Destacamos, em 2013, a intervenção na área da economia solidária, através da valorização do produto quilombola e do trabalho cooperativo, contribuindo assim para a redução da pobreza e para a promoção do desenvolvimento socioeconómico das comunidades quilombolas do Estado do Maranhão. Valor dos projetos em curso € 971.842 Desenvolvimento Rural 100% 85 RELATÓRIO anual 2013 CABO VERDE No grupo dos países de Desenvolvimento Médio, Cabo Verde ocupa, em 2013, a 132ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas. Com o aumento da pobreza relativa potenciado pelas elevadas taxas de desemprego, nomeadamente desemprego jovem sobretudo no meio rural mas cada vez mais também nas zonas urbanas ‑ , e com o fosso entre a riqueza e a pobreza cada vez maior, revela‑se a necessidade de investir na capacitação e na qualificação de quadros técnicos adaptados às necessidades do mercado de trabalho, bem como a utilização eficiente dos recursos do país. Cabo Verde apresenta ainda lacunas ao nível do apoio institucional e da capacitação de entidades estatais e não estatais, sendo a Cooperação Descentralizada e a Coerência das Políticas os principais focos da nossa intervenção no país, onde atuamos desde 2001. Face às necessidades do arquipélago, priorizamos a intervenção em proximidade com autoridades locais e organizações da sociedade civil, com presença direta nas ilhas do Maio, Santiago, Fogo, Santo Antão, e São Vicente. Destacamos, em 2013, o debate entre a sociedade civil, cidadãos, classe política nacional e comunicação social, ao redor da Coerência das Políticas para o Desenvolvimento, um projeto que tem vindo a catalisar o debate sobre políticas públicas locais e os resultados alcançados pelos doadores em território nacional. Promovendo também o fortalecimento do poder local cabo‑verdiano, enquanto agente dinamizador do desenvolvimento local e consequentemente nacional, e contribuindo para a promoção de um tecido social consciente e participativo e para a dinamização do setor económico local, o Programa de Reforço dos Atores Descentralizados, tem vindo a contribuir para a proteção social através da criação de mutualidades de saúde e para a criação de mecanismos de democracia participativa que potenciam a capacidade da sociedade civil de lutar de forma efetiva pela redução da pobreza e promoção de um Desenvolvimento Sustentável. 86 Valor dos projetos em curso € 850.581 Fortalecimento institucional 100% GUINÉ‑BISSAU A Guiné‑Bissau ocupa a 176ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano de 2013 entre 186 países e, em 2012, a revista Foreign Policy atribuiu‑lhe o 15º lugar na lista dos Estados Frágeis. Desde a sua independência, o país tem experimentado recorrentes crises políticas que colocam em causa a prossecução e êxito de estratégias de desenvolvimento, o que conduziu a um gradual colapso de estruturas nacionais já por si débeis, afetando a população em geral e, particularmente, a população rural. Num tal contexto de instabilidade e fragilidade institucional, a sociedade civil assume‑se como um pilar fundamental do processo de desenvolvimento e construção de uma sociedade democrática. A trabalhar no país desde há 15 anos, não obstante a nossa colaboração com os Atores Estatais, vimos, assim, privilegiando parcerias com Organizações da Sociedade Civil (OSC) guineense, as quais têm na Guiné‑Bissau um longo historial de intervenção, apostando no seu fortalecimento. Em termos temáticos, vimos atuando e consolidando a nossa intervenção nas áreas do Desenvolvimento Rural, Fortalecimento Institucional, Sustentabilidade Ambiental, Identidade Cultural e Educação e, em 2013, a nossa intervenção na Guiné‑Bissau conheceu um novo desafio na área da Saúde, com o arranque da implementação da Componente de Reforço da Disponibilidade e Qualidade dos Cuidados de Saúde Materno‑Infantis, no âmbito do Programa Integrado de Redução da Mortalidade Materno Infantil. Este projeto, que visa assegurar um melhor acesso a cuidados de saúde materno‑infantis de qualidade em quatro regiões, representa um passo fundamental para o Desenvolvimento do país e para a aproximação às metas estabelecidas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Valor dos projetos em curso € 6.627.977,74 Saude 17% Fortalecimento institucional 17% Desenvolvimenro rural 33% Identidade cultural 33% 87 RELATÓRIO anual 2013 INDONÉSIA Com um exponencial crescimento económico, a Indonésia destaca‑se no Sudeste Asiático como uma das grandes economias emergentes. O volume do seu mercado interno aliado a abundantes recursos naturais e a uma localização privilegiada na região mundial com maior crescimento económico, fazem deste país uma promessa para o investimento estrangeiro. Contudo, as desigualdades sociais persistem e o país regista ainda um índice de pobreza de 12% (Banco Mundial, 2012), sendo que 16,2% da população, cerca de 40 milhões de pessoas vive ainda abaixo da linha de pobreza, com menos de 1,25 dólares por dia. Em parceria com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. e a Administração da Regência das Flores Oriental, o IMVF iniciou em 2011 o Projeto de Melhoria do Acesso a Serviços Sociais Básicos, com o objetivo de contribuir para a melhoria da disponibilidade, acesso e utilização de água potável em 13 aldeias das regiões mais vulneráveis da Ilha das Flores – uma das mais pobres do arquipélago – e onde ainda é muito presente a cultura e história portuguesas. O ano de 2013 marca assim o final da presença do IMVF no país sendo que, a melhoria e extensão dos referidos sistemas de abastecimento de água asseguram agora um acesso regular e mais seguro a água própria para consumo, mais perto de suas casas e em maior quantidade, a cerca de 11 mil pessoas. Valor dos projetos em curso € 491.963,87 Sustentabilidade ambiental 100% 88 MOÇAMBIQUE Com uma população essencialmente rural e uma enorme riqueza em recursos agrários, que sustentam quase 70% da população moçambicana, Moçambique explora atualmente apenas 10% da sua área agrícola (48 milhões de hectares), estando esta prática ainda condicionada pela falta de infraestruturas e de capacidade de resposta às conjunturas climatéricas extremas. Moçambique continua classificado como país de Desenvolvimento baixo, ocupando o 185º lugar da lista total de países no último Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas. Apesar de alguns bons indicadores económicos da última década, o índice de pobreza de acordo com o Banco Mundial é de 54.7%, pelo que há ainda muito a fazer no campo da erradicação das desigualdades sociais em prol do Desenvolvimento. Quase duas décadas passadas sobre o início da nossa atividade neste país, iniciada em 1994, e após a conclusão da nossa ação nas áreas do desenvolvimento agrícola com o projeto “Árvore da Esperança” e na promoção de uma cidadania ativa e reforço institucional com o Mais Justiça, Mais Cidadania, em 2012, repensámos os moldes da nossa atuação em Moçambique. Assim, ao invés de permanecermos de forma mais permanente neste país, trabalhando com escritório próprio, privilegiaremos doravante em projetos futuros as parcerias com outras ONG e Fundações reduzindo os custos fixos da nossa representação e abrindo novas oportunidades de colaboração para 2014. 89 RELATÓRIO anual 2013 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Considerado um país de Desenvolvimento Humano Baixo, São Tomé e Príncipe encontra‑se na 144ª posição na tabela correspondente ao Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, em 2013. Os indicadores desta organização revelam que a Cooperação para o Desenvolvimento tem vindo a contribuir efetivamente para a melhoria de vida global dos são‑tomenses, tendo o valor do Desenvolvimento aumentado 8% entre 2005 e 2012, um crescimento alavancado pelo índice da Saúde. O nosso compromisso de cooperação com o Estado são‑tomense iniciou‑se em 1988, precisamente na área dos cuidados de Saúde, e desde então, temos vindo a desenvolver uma estratégia de projetos integrada, alargando a nossa intervenção, paulatinamente, a outras áreas fundamentais à melhoria da qualidade de vida da população, como a Educação, a Segurança Alimentar e o Fortalecimento Institucional contribuindo assim para o efetivo Desenvolvimento sustentável do país, tendo por base o espírito de parceria que pauta todas as intervenções desenvolvidas. Hoje, com o alargamento do programa Saúde para Todos à totalidade da população e com a introdução da segunda geração da plataforma de telemedicina Medigraf, o sistema de prestação de cuidados de saúde preventivos, primários e especializados são ‑tomense é universal, funcional e sustentável; com a reestruturação do ensino secundário operado pelo Escola+, o sistema educativo encontra‑se mais adaptado às aspirações da população e carências do país; com o trabalho aprofundado pelo PDSA na área da Segurança Alimentar e Nutricional, contribuímos para um modelo de desenvolvimento focado na autossuficiência e valorização do empreendedorismo rural, e com o Programa de Reforço dos Atores Descentralizados promovemos o reforço da participação cívica e a capacitação do poder local enquanto agentes focais do Desenvolvimento Sustentável local. Valor dos projetos em curso € 25.814.293 Saude 37% Educacão 37% Desenvolvimenro rural 13% Fortalecimento institucional 13% 90 TIMOR-LESTE Em 2013, Timor‑Leste celebrou a sua primeira década de independência. Em clima de relativa estabilidade política e social, o país está agora a dar passos firmes na reforma do seu poder local e na aproximação dos centros de decisão das populações, reconhecendo a importância de uma governação descentralizada como pré‑condição para o exercício da cidadania, boa governação e crescimento socioeconómico. Não obstante o positivo contributo de recentes políticas e reformas nacionais, os vários distritos enfrentam ainda importantes desafios ao seu Desenvolvimento, sendo que cerca de 480 mil habitantes (41%) vive ainda abaixo do limiar da pobreza. As fracas vias de comunicação e a fraca descentralização de grande parte dos serviços políticos e sociais fazem, por isso, das Organizações da Sociedade Civil locais um importante interlocutor e motor do Desenvolvimento Sustentável das comunidades, sobretudo as rurais. Nesse sentido, o IMVF tem focado a sua intervenção no fortalecimento institucional dos Atores Não Estatais locais e na promoção de novos canais de diálogo e de laços de confiança entre estes e as autoridades locais, em prol de uma participação mais ativa e consciente na definição, implementação e monitorização das estratégias e programas de Desenvolvimento local. Em 2013, em parceria com a Rede de ONG de Liquiçá, deixamos no distrito um marco para a promoção da cidadania e do Desenvolvimento local que aspiramos que possa servir de modelo para outros distritos nacionais. Reforçamos também a nossa presença em todo o país, consolidando o trabalho com as várias ONG membro da HASATIL – Rede de ONG de Agricultura Sustentável, com a ambição de aproximar, cada vez mais, a sociedade civil de Timor‑Leste ao Governo e à Comunidade de Países de Língua Portuguesa, abrindo assim portas a futuras sinergias no domínio da Segurança e Soberania Alimentar. Valor dos projetos em curso € 1.949.099 Fortalecimento institucional 100% 91 RELATÓRIO anual 2013 PORTUGAL A resposta aos desafios do Desenvolvimento só é eficaz, eficiente e coerente se reconhecermos as interdependências globais. Como ator do Desenvolvimento Internacional Portugal tem um papel a desempenhar. Uma ação consolidada para o Desenvolvimento exige parcerias e sinergias entre atores públicos, privados e sociedade civil, sendo através delas que desenvolvemos, em território nacional, projetos na área da Cidadania Global, Cooperação Descentralizada e, mais recentemente atividades de reflexão e de debate no âmbito dos Estudos Estratégicos, de forma a contribuir para uma cidadania mais informada, crítica e consciente, capaz de dar respostas mais atempadas aos desafios concretos da atualidade. divulguem as temáticas do Desenvolvimento e que contribuam para a formação sobre estas matérias, mantendo a importância estratégica de promover a afirmação de Portugal no mundo, criámos também uma área de Estudos Estratégicos para a compreensão e para o debate sobre o Desenvolvimento e a Cooperação internacional. Num momento em que se discute a Agenda Global pós‑2015, as nossas ações mantêm como objetivo fundamental garantir que os cidadãos compreendem os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e a importância da sua concretização para o Desenvolvimento global. Enquanto cidadãos do mundo, acreditamos que as nossas ações locais têm um impacto global. Trabalhamos por isso, na Coerência das Políticas para o Desenvolvimento; no reforço das competências dos municípios portugueses que, enquanto parceiros estratégicos no Desenvolvimento, podem potenciar soluções glocais para a redução da pobreza e da melhoria do acesso à saúde e à educação; junto dos decisores políticos e técnicos ministeriais, de forma a garantir que as decisões adotadas a nível nacional contribuem para o Desenvolvimento Humano Sustentável, e na capacitação e sensibilização da sociedade civil, que acreditamos ser o motor da Justiça Social. E porque é cada vez mais relevante a existência de instituições que possam desenvolver um trabalho independente de reflexão, que desempenhem o papel de promotores e facilitadores de debates, que 92 Valor dos projetos em curso € 2.102.337 Cidadania global 64% IMVF municípios 27% Estudos estratégicos 9% EVENTOS E PARTICIPAÇÕES 93 RELATÓRIO anual 2013 EVENTOS RECONHECIMENTOS Primeira consulta com nova plataforma de telemedicina entre São Tomé e Príncipe e Portugal Atribuição do estatuto de instituição de utilidade pública ao IMVF pelo Governo de São Tomé e Príncipe 7 DE JUNHO, SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE 25 DE OUTUBRO, SÃO TOMÉ A nova segunda geração da plataforma de telemedi‑ cina Medigraf, com mais competências técnicas e enormes benefícios para a redução das evacuações sanitárias, foi lançada com uma teleconsulta entre São Tomé Príncipe, durante a qual uma médica imagiolo‑ gista em missão, Dra. Celeste Alves, realizou vários exames aos doentes em consulta, que foram acompa‑ nhados em direto por médicos cardiologistas, gineco‑ logistas e de outras especialidades para realização do diagnóstico e orientação clínica, a partir da sede do IMVF, em Lisboa. O Estado de São Tomé e Príncipe homenageou o IMVF pelos 25 anos de serviços prestados neste arquipélago nos setores da saúde, educação e segurança alimentar, numa cerimónia onde foi atribuído o estatuto de institui‑ ção de utilidade pública ao Instituto, a nacionalidade são‑tomense ao diretor do IMVF, Dr. Ahmed Zaky, o diploma de mérito ao IMVF pelos serviços prestados em prol do desenvolvimento de São Tomé e Príncipe ao Presidente do Conselho Diretivo, Dr. Paulo Telles de Freitas, e diplomas de reconhecimento individuais aos colaboradores do IMVF, nomeadamente aos médicos especialistas, enfermeiros, técnicos e colaboradores que integram as missões do Programa Saúde para Todos. O evento contou com a presença de diversas perso‑ nalidades entre as quais o Ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe e dos Assuntos Sociais, Dr. Leonel Pontes, a Embaixadora de Portugal em São Tomé e Príncipe, Dra. Paula Silva, o presidente do Conselho Diretivo do IMVF, Dr. Paulo Telles de Freitas e o diretor de projetos IMVF, Dr. Ahmed Zaky, em São Tomé e Príncipe. Em Portugal, na sede do IMVF estiveram pre‑ sentes o Embaixador de São Tomé e Príncipe em Por‑ tugal, Dr. Luís Viegas, o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Dr. Francisco Almeida Leite, o Secretário adjunto do ministro da Saúde, Dr. Fernando Leal da Costa, o Diretor‑geral de Saúde, Dr. Francisco George, representantes da Coo‑ peração Portuguesa, Dra. Helena Guerreiro e Dr. Hen‑ rique Azevedo, o Administrador da Portugal Telecom, Dr. Alcino Lavrador, o administrador do IMVF Eng.º Carlos Telles de Freitas e diversos órgãos de comuni‑ cação social. 94 Atribuição da Medalha de Serviços Distintos pelo Ministério da Saúde 8 DE ABRIL, LISBOA O Ministro da Saúde de Portugal, Dr. Paulo Macedo, distinguiu o IMVF com a Medalha de Prata de Serviços Distintos do Ministério da Saúde pelo extenso trabalho desenvolvido há 25 anos no setor da saúde junto das populações de São Tomé e Príncipe. A medalha foi entregue numa cerimónia comemorativa do Dia da Saúde, realizada no Auditório do INFARMED, em Lis‑ boa, onde foram distinguidas diversas personalidades que se destacaram nesta área. Conferência “Estudos de Desenvolvimento em tempos de crise” no ISCTE‑IUL Lisboa, 3 de abril PRÉMIOS Medigraf recebe prémios na Categoria Changing Lives da AfricaCom e Broadband Infovision Awards 2013 A versão 3.0 da plataforma Medigraf utilizada na tele‑ medicina com São Tomé foi galardoada no final de 2013 com dois prémios na categoria Changing Lives. Os prémios AfricaCom 2013, que celebram os melhores feitos da indústria que ocorreram no continente africano e Broadband Infovision, considerados dos mais presti‑ giados no reconhecimento da excelência em banda larga no mercado, reconheceram a Medigraf como uma iniciativa com um impacto significativo nas telecomuni‑ cações africanas e na comunidade, contribuindo para o seu desenvolvimento económico e social. A Medigraf, desenvolvida em parceria com a PT Inova‑ ção, destaca‑se enquanto aplicação com capacidade para melhorar as condições de vida das populações, no que diz respeito aos seus bens mais preciosos: a saúde e o bem‑estar. REPRESENTAÇÕES E PARTICIPAÇÕES O administrador do IMVF, Paulo Telles de Freitas, apre‑ sentou o “Saúde para Todos” na Conferência “Estudos de Desenvolvimento em tempos de crise” mostrando que este é um exemplo de programa adequado ao contexto de crise, trazendo retorno aos países onde é implementado através da diminuição dos custos em evacuações sanitárias, do aumento da eficiência e efi‑ cácia e da abertura de portas para oportunidades de investigação e promoção da economia. IV Bienal de Culturas Lusófonas na Câmara Municipal de Odivelas Odivelas, 5 de Maio • Iniciativa “@ menin@ dança?” no Largo Camões, no âmbito do VDay contra o fim da violência contra as mulheres (Lisboa, 14 de Fevereiro) • Curso “Gestão Civil de Crises” no Instituto de Defesa Nacional (Lisboa, 1 a 8 de março) • Evento TRIALOG (Viena, 13 a 15 de março) • VII Sessão Plenária do Fórum da Cooperação para o Desenvolvimento (FCD) no Auditório do Instituto da Defesa Nacional (Lisboa, 26 de março) • Formação Pós‑2015 (Lisboa, 16 de abril) • Grupo de Trabalho do Fórum da Cooperação sobre a Agenda Pós‑2015 promovido pelo Camões – Ins‑ tituto da Cooperação e da Língua, I.P. (Lisboa, de maio a setembro) • Aula sobre elaboração de projetos à licenciatura de Estudos Africanos na Faculdade de Letras da Uni‑ versidade de Lisboa (Lisboa, 2 de maio) O diretor de projetos do IMVF, Ahmed Zaky, participou na IV Bienal de Culturas Lusófonas, no âmbito da ini‑ ciativa “Odivelas, Capital da Lusofonia” discutindo os desafios futuros para a agenda da cooperação e para o Desenvolvimento no painel “Cooperação: propostas para os novos tempos”. • Workshop “Aprendizagem pela Conversa” organi‑ zado pela ONGD Graal (Lisboa, 9 e 23 de maio) • VIII Colóquio “Os Direitos Humanos na Ordem do Dia: População e Desenvolvimento na agenda de 95 RELATÓRIO anual 2013 cooperação na política externa pós 2015” na Assembleia da República (Lisboa, 14 maio) • Conferência Internacional de Proteção e Maneio das Florestas Angolanas no Auditório Fernando Marce‑ lino, Faculdade de Ciências Agrárias – Chianga – Universidade José Eduardo dos Santos (Huambo, 14 e 15 de maio) • Conferência Internacional “Impacto Social 2013” no Auditório da Fundação Montepio (Lisboa, 24 de junho) • Conferência DEEEP “Development Education – Res‑ ponding to the Global Crisis?” (Dublin, 17 de maio) • “European Citizen Summit” (Bruxelas, 24 e 25 de junho) • Seminário “Direito humano à alimentação adequada e desenvolvimento territorial em Portugal: desafios para 2014 – 2020”organizado pela REALIMENTAR (Coimbra, 20 de maio) • Sessão de lançamento do Relatório “Perspetivas Económicas em África” no Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. (Lisboa, 26 de junho) • Distribuição de materiais de Cidadania Global na Feira do Livro de Lisboa em colaboração com a APEL, entidade organizadora do evento (Lisboa, 23 de maio a 6 junho) • Reunião de preparação da Missão de Cooperação 2013 com ONG Cooperácion Bierzo Sur (Ponfer‑ rada, 25 de maio) • III Jornadas de Educação para o Desenvolvimento organizadas pelo Camões – Instituto da Coopera‑ ção e da Língua, I.P. (Lisboa, 30 de maio). • 2º Encontro Conhecimento e Cooperação da INA – Direção Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas – DGQTFP (Lisboa, 6 de junho) • “Civil Society Dialogue Network Geographic Meeting – Guinea‑Bissau: Peacebuilding responses to impu‑ nity and exclusiveness” organizado pela EPLO – European Peacebuilding Liaison Office (Bruxelas, 5 a 7 de junho) Conferências Saúde CUF 2013 “Mobile Health” Lisboa, 21 de junho A nova plataforma Medigraf foi uma das soluções apresentadas na edição de 2013 das Conferências Saúde CUF, subordinada ao tema Mobile Health: novas formas de olhar a saúde, e que destacou o potencial das novas tecnologias no setor. No ecrã gigante do evento foi projetada uma video‑ conferência que resulta de uma ligação, em direto, entre Portugal e São Tomé e Príncipe. Os milhares de quilómetros de distância que separam o país da ilha não invalidam o diagnóstico de um paciente são ‑tomense, após a consulta de exames entre profissio‑ nais de saúde. 96 Paulo Telles de Freitas, administrador do IMVF, e Filipa Fixe da Portugal Telecom fizeram a apresentação da 2ª geração desta plataforma criada em parceria pelas duas organizações. • Conferência de lançamento do Relatório da OECD “Perspetivas sobre o Desenvolvimento Global 2013”, organizada pela SOFID (Lisboa, 28 de junho) • Reunião do Conselho Executivo da Rede Intermu‑ nicipal de Cooperação e Desenvolvimento (Odive‑ las, 2 de julho) • Mostra de materiais pedagógicos IMVF no âmbito do VIII Encontro “A Escola no Mundo, o Mundo na Escola” organizado pelo CIDAC e pela Fundação Gonçalo da Silveira (Lisboa, 6 de julho) • Participação na defesa das teses de estagiários no IMVF da licenciatura de Estudos Africanos da Facul‑ dade de Letras da Universidade de Lisboa (Lisboa, 9 de julho) • Assembleia Geral da Rede Intermunicipal de Coo‑ peração para o Desenvolvimento na Biblioteca Municipal de Palmela (Palmela, 30 de julho) cabo em São Tomé e Príncipe em agosto de 2013. Este evento contou com a presença de Carmén Alvarez Villas, Presidente da ONG Bierzo Sur, o Alcayde de Ponferrada, da Vereadora da Ação Social e da Cultura, de vários voluntários e de Carlos Telles de Freitas, Administrador do IMVF, que realçou o caráter inovador deste tipo de intervenções, que juntam vários parceiros numa lógica de parcerias para partilha de conhecimen‑ tos. “O futuro da cooperação para o desenvolvimento passa cada vez menos pelo assistencialismo financeiro, mas pelo lado humano de transferência de conheci‑ mento”, afirmou. Vogue Fashion Night Out Lisboa, 9 de Setembro Com uma instalação no edifício sede do IMVF, na Rua de São Nicolau, o IMVF participou na iniciativa Vogue Fashion Night Out, evento de moda que decorre nas principais artérias da cidade de Lisboa, utilizando os materiais de divulgação dos projetos para apelar ao consumo sustentável e ao respeito pelo ambiente. • “Training Seminar Project Cycle Managment and Monitoring of Implementation” organizado pela Euro‑ peaid – Comissão Europeia (Bruxelas, 17 e 18 de setembro) • Formação de Formadores “Global Education and Youth” organizada pelo Centro Norte Sul do Conse‑ lho da Europa no âmbito da 14ª Universidade de Juventude e Desenvolvimento (Mollina, 22 a 29 de setembro) • Conferência ODM Campus Challenge na sede da CPLP (Lisboa, 25 de setembro) Apresentação dos resultados e testemunhos da missão da ONG espanhola Cooperación Bierzo Sur em São Tomé e Príncipe, que integrou pelo segundo ano consecutivo o programa Saúde para Todos, numa parceria com o IMVF Ponferrada, 5 de outubro A Casa da Cultura de Ponferrada foi palco do colóquio de apresentação das experiências e dos resultados da missão que a ONG Cooperacion Bierzo Sur levou a 15ª Conferência Internacional IEEE Healthcom 2013 Lisboa, 9 e 10 de outubro A solução de telemedicina desenvolvida pela Portugal Telecom (PT) em parceria com o Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) esteve em destaque na Conferência Internacional IEEE Healthcom 2013. O administrador do IMVF, Paulo Telles de Freitas esteve presente neste encontro que se realizou pela primeira vez em Portugal, entre os dias 9 e 12 de outubro e que juntou em Lisboa vários especialistas em torno do tema das Tecnologias de Informação e Comunicação na área da saúde. Os participantes tiveram oportunidade de assistir a uma demonstração da plataforma Medigraf através de uma consulta de telemedicina e a uma ecografia em direto de São Tomé e Príncipe no âmbito do Programa Saúde para Todos. Esta apresentação, que foi alvo de parti‑ cular interesse, foi levada a cabo por Paulo Telles de Freitas, administrador do IMVF e por Filipa Fixe) da PT. • Formação de Gestão de Contratos de Subvenção Financiados pela União Europeia na Graal (Lisboa, 2 a 4 de outubro) 97 RELATÓRIO anual 2013 • Reunião com pontos focais da Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento nos Paços do Concelho (Odivelas, 5 de dezembro) • Sessão de informação Erasmus + 2014‑2020 na sede da Agência Nacional PROLAV (Lisboa, 6 de dezembro) • Reunião com Conselho Executivo da Rede Intermu‑ nicipal de Cooperação para o Desenvolvimento nos Paços do Concelho (Odivelas, 9 de dezembro) • Aula sobre o contexto europeu de Educação para o Desenvolvimento no Curso de Especialização em Cooperação e Educação para o Desenvolvimento no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (Lisboa, 13 de dezembro) • Apresentação do projeto “Escola +” na Universidade do Algarve (Faro, 11 de outubro) • VI Reunião da Rede Regional para a Segurança Alimentar e Nutricional na CPLP, pela participação na ReAlimentar – Rede Portuguesa pela Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Lisboa, 16 a 18 de outubro) • Conferência Internacional “O futuro da Agenda Glo‑ bal de Desenvolvimento: Visões sobre a CPLP” na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 17 de outu‑ bro) • Sessão de lançamento do relatório do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) sobre a Situação da População Mundial 2013 Maternidade na infância: Responder aos desafios da gravidez na Adolescência na Assembleia da República (Lisboa, 30 Outubro). • 9 º Encontro das Fundações da CPLP (ilha de S. Vicente e ilha de Santo Antão, Cabo Verde de 6 a 8 de novembro) • Seminário “Compras Públicas: Como candidatar‑se aos Concursos de Instituições Nacionais e da UE” no Instituto Superior de Contabilidade e Administra‑ ção de Lisboa (ISCAL) (Lisboa, 14 novembro) • 7ª Fórum para a Cidadania: Imigração e Inclusão, Desafios e Boas Práticas na Câmara Municipal do Seixal (Seixal, 27 novembro) • Vídeo plataforma Medigraf no âmbito do programa Saúde para Todos nos Open Awards 2013 na Cate‑ goria Sustentabilidade, prémio interno da Portugal Telecom que reúne os projetos mais inovadores do ano (Lisboa, dezembro) 98 ATIVIDADES NO ÂMBITO DA PLATAFORMA PORTUGUESA DAS ONGD • Participação nas discussões do Planeamento Estra‑ tégico da Plataforma (Lisboa, ao longo do ano) • Grupo de Trabalho de Ética da Plataforma Portu‑ guesa das ONGD (Lisboa, reuniões mensais) • Grupo de Trabalho de Educação para o Desenvol‑ vimento da Plataforma Portuguesa das ONGD (Lis‑ boa, reuniões mensais) • Apresentação do Relatório da ENED 2010‑2011 no Terraço do Graal (Lisboa, 22 de janeiro) • Reunião do Steering Group do DARE Forum do CONCORD (Bruxelas, 19 e 20 de março) • Assembleia Geral da Plataforma das ONGD (27 de março e 18 de dezembro) • Participação nas discussões sobre a Nova Narrativa do CONCORD (Bruxelas, 29 e 30 de abril e 3 de junho) • Representação da Plataforma Portuguesa das ONGD no DARE Forum do CONCORD (Dublin, 15, 16 e 17 de maio) • Reunião do DARE Forum do CONCORD & Partici‑ pação na Conferência Global DEEEP em represen‑ tação da Plataforma Portuguesa das ONGD (Joanesburgo, 11 a 13 de novembro) COMUNICAÇÃO E MEDIA 99 RELATÓRIO anual 2013 Os resultados conseguidos nas diversas áreas de inter‑ venção merecem uma visibilidade mediática cada vez maior, contribuindo para o aumento de notoriedade das atividades desenvolvidas pelo Instituto Marquês de Valle Flôr na prossecução da sua missão e objetivos. PRESENÇA ONLINE Ciente da importância deste papel, em 2013, o Gabi‑ nete de Comunicação teve como prioridade o aumento da visibilidade do IMVF e a comunicação constante com os seus diversos públicos, através da gestão estratégica das ferramentas que contribuem para a sua imagem online e offline. Ao longo do ano, a Comunicação deu apoio à concep‑ tualização e conceção gráfica de materiais de comuni‑ cação, entre os quais a cerca de 50 publicações de projetos, à realização de cerca de um evento por mês, gerindo também as várias plataformas de comunicação e promovendo o acesso à informação interna através do envio de uma agenda mensal a todos os funcioná‑ rios e órgãos sociais do IMVF. Nova Linha Editorial PUBLICAÇÕES IMVF | Em estreita coordena‑ ção com a atividade de Estudos Estratégicos, a Comunicação acompa‑ nhou a criação de um layout para as publica‑ ções regulares desta área publicando online, ao longo do ano 2013, 7 documentos, que somaram mais de 5000 visualizações online. Livro 25 anos Saúde para Todos | No âmbito da comemoração dos 25 anos do programa Saúde para Todos, em São Tomé e Príncipe, a Comunicação está a coordenar a elaboração de um livro abrangendo todos aqueles que num espírito de cooperação e soli‑ dariedade mais contribuíram para o projeto, sendo os conteúdos elaborados pela jornalista Sofia Barrocas, com previsão de publicação no decorrer do ano de 2014. Livro “As Roças de São Tomé e Príncipe” | O vasto espólio documental e fotográfico do Instituto Marquês de Valle Flôr foi uma das fontes privilegiadas para os arquitetos e investigadores Duarte Pape e Rodrigo Rebelo de Andrade no trabalho de pesquisa para o livro “As Roças de São Tomé e Príncipe”, lançado pela edi‑ tora Tinta da China com o apoio do IMVF. 100 SITE IMVF.ORG | Em 2013, o IMVF prosseguiu a tarefa de renovar e atualizar em permanência o site, com melhorias a nível de backoffice que vieram permitir uma maior mobilidade nos conteúdos, e a tradução de todos os projetos em curso, que permite projetar a ação do IMVF além do espaço lusófono. Ao longo do ano, foram publicadas cerca de 70 notí‑ cias, entre as quais 4 grandes entrevistas a colabora‑ dores do IMVF no terreno, 1 entrevista institucional por ocasião dos 62 anos da ONGD e um dossiê dedicado à Agenda pós‑2015 para o Desenvolvi‑ mento Global com contributos de iminentes nomes da diplomacia, da política e de organizações da socie‑ dade civil, e ainda informação atualizada sobre todos os projetos em curso, clipping e destaques a vídeos e publicações. Para dar visibilidade às publicações e eventos dos Estudos Estratégicos, a Comunicação apoiou a estru‑ turou também uma nova área dentro do site imvf.org onde são colocados os conteúdos associados a esta nova vertente de think tank do IMVF. REDES SOCIAIS | Nas redes sociais a maior aposta centra‑se no Facebook onde a página do IMVF soma cerca de 2900 seguidores, com os quais interage regularmente com uma média de 1 a 2 publicações por dia, associando os projetos do IMVF a efemérides, divulgando as atividades em agenda e respondendo a desafios como o concurso lançado pelas Festas de Lisboa, tendo o IMVF criado uma sardinha alusiva ao Ano Internacional de Cooperação pela Água, lançado pela ONU, e uma sardinha da Lusofonia. 2900 GOSTOS CERCA DE 500 PUBLICAÇÕES O Youtube é também uma das redes privilegiadas de divulgação, onde o total dos 70 vídeos colocados pelo Instituto soma mais de 67.500 visualizações. Em 2013 registaram‑se mais de 44.000 visualizações, o dobro comparativamente aos 4 primeiros anos de utilização desta rede. PRESENÇA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Em estreita articulação com este Gabinete, a comu‑ nicação com os media é feita, desde janeiro de 2013 pela consultora JLM&A – João Líbano Monteiro e Associados, responsável pela implementação de um novo plano de comunicação estratégica, cujo impacto se verificou muito positivo nos resultados obtidos ao longo do ano de 2013, através da duplicação do número de notícias face ao ano anterior. No ano de 2013 foram publicadas cerca de 210 notícias em diferentes meios de comunicação social nacionais e internacionais sobre o IMVF: 160 em meios online, 18 na imprensa escrita, 11 na rádio, 18 na televisão. CERCA DE 380 MINUTOS EM TELEVISÃO APROXIMADAMENTE 80 MINUTOS EM RÁDIO É ainda utilizada a plataforma de partilha de publica‑ ções Issuu, onde são disponibilizados todos os conte‑ údos editados pelo IMVF, contabilizando‑se 158 publicações para consulta e download. Lusa, Expresso, SIC, TVI, RTP, Público, Diário de Notí‑ cias, SOL, Jornal I, SIC, RTP/RDP África, RTP Interna‑ cional, Antena 1 e Canal Futura (Brasil) foram alguns dos principais órgãos de comunicação nacionais e internacionais onde o trabalho desenvolvido pelo IMVF foi referido através de entrevistas, reportagens, artigos de opinião e comentários acerca da atualidade nacional e internacional, nomeadamente com o contributo da área de Estudos Estratégicos, nos quais se destaca a abordagem qualitativa e em profundidade dos temas abordados e a primazia dos horários e meios para a divulgação da informação veiculada. 101 RELATÓRIO anual 2013 Destaque ainda para a Reportagem Especial da SIC emitida em horário nobre, que retratou os projetos de Saúde, Educação e Segurança Alimentar do IMVF em São Tomé e Príncipe a que assistiram 1 milhão e 150 mil espetadores. 05/07/2013 – Jornal I – A rev olução da telemedicina . Cuidar da sa úde com um portá til e uma pen a merenda Tomé: quando Público – São ís 30/12/2013 – pa um a agricultura de escolar ajuda 16/03/2013 – Jornal Expresso – Destaque de primeira página sobre a distinção feita ao IMVF pelo Ministério da Saúde de Portugal Entrevista ao SIC Notícias – 06/03/2013 – Ahmed Zaky, . Dr , tos do IMVF a diretor de proje Notícias sobre Manhã da SIC na Edição da ostas Locais a sp Re l, ca Lo se Conferência Go da Maia onde ais, no Fórum ades. cid s Desafios Glob da l ve sustentá discutiu o futuro 07/06/2013 – RTP Informação – Lançamento da nova plataforma Medigraf 06/03/2013 – RTP1 – Reporta gem sobre a Conferência Go Local, Resp ostas Locais a Desa fios Globais, no Fórum da Maia onde se discutiu o futuro sustentável da s cidades. 18/12/2013 – SIC (Reportag em Especial) – Missão em S. Tomé s órgãos de Comentários no e social – Público o çã ica un m co investigadores s do – ias tíc SIC No e Cardoso e Fernando Jorg ães Ferreira alh Patrícia Mag 25/10/2013 – RTP África – Governo santomense homenageia instituição portuguesa 102 Accountability Durante o ano de 2013 foram realizadas auditorias aos seguintes projetos: • Melhoria do Acesso a Serviços Sociais Básicos – Indonésia; • Programa de Reforço dos Atores Descentralizados – Cabo Verde e São Tomé e Príncipe; • Coerência das Políticas para o Desenvolvimento – O Desafio para uma Cidadania Ativa em Cabo Verde; • Saúde para Todos: Alargamento e Consolidação – São Tomé e Príncipe; • Jovens Urbanos Ativos: Estilos de Vida ODM – Portugal, Alemanha, República Checa e Polónia; • Saúde para Todos: Luta Contra as Doenças Não‑Transmissíveis – São Tomé e Príncipe; • Assistência Técnica e Reforço das Competências da HASATIL e das Organizações da Sociedade Civil de Desenvolvimento Rural em Timor Leste; • Projeto de Dinamização dos Circuitos Comerciais Regionais nos Setores de São Domin‑ gos e Bigene / Ingoré – Guiné‑Bissau; • Projeto OntunLan, N’do Botôr – Turismo Socialmente Responsável no Setor de Quinha‑ mel – Guiné‑Bissau; • Redes para o Desenvolvimento: da Geminação a uma Cooperação mais Eficiente – Por‑ tugal, Espanha e Alemanha; • Urok Osheni! Conservação, Desenvolvimento e Doberania nas Ilhas Urok – Guiné‑Bissau; • Projeto Landmark – Compras Públicas Mais Justas e Sustentáveis – Portugal, Alemanha e Espanha; • Go Local: Por uma Cidade Sustentável – Portugal, Bulgária e Espanha; • Escola + – São Tomé e Príncipe; • Projeto de Gestão Sustentável dos Recursos Naturais Florestais – Angola. 103 RELATÓRIO anual 2013 104 4.0 o nosso plano para 2014 105 RELATÓRIO anual 2013 NOVOS PROJETOS OU ATIVIDADES A TER INÍCIO Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materna e Infantil (PIMI) – CONSOLIDAÇÃO DA Componente de Reforço da Disponibilidade e Qualidade dos Cuidados de Saúde Materno‑Infantis nas Regiões Sanitárias de Cacheu, Biombo, Farim e Oio FEV 2014 – JUL 2016 PAÍS: Guiné‑Bissau TEMÁTICA (S): Saúde RESUMO: Reforço do projeto em curso desde julho de 2013, com vista a contribuir para a redução das mortalidades materna, neonatal e infanto‑juvenil nas regiões sanitárias de Cacheu, Biombo, Oio e Farim terá como objetivo específico consolidar a perenização do acesso a cuidados de saúde de qualidade a mulheres grávidas e puérperas (até 45 dias após o parto) e crianças até aos 5 anos nas 4 regiões‑alvo do projeto. PÚBLICO‑ALVO: 90.341 crianças até 5 anos de idade e 116.911 mulheres em idade fér‑ til das 4 regiões‑alvo, 255 profissionais de saúde de 46 áreas sanitárias‑alvo (centros de saúde e hospitais) e pelo menos 531.415 habitantes das 4 regiões sanitárias. PARCEIROS: n.a COFINANCIADOR (ES): União Europeia extensão da Assistência Técnica à implementação do Programa de Apoio aos Actores Não Estatais (PAANE) – Nô pintcha pa Dizinvolvimentu MAI 2014 – MAI 2016 PAÍS: Guiné‑Bissau TEMÁTICA (S): Reforço Institucional RESUMO: Prolongamento da Assistência Técnica à implementação do Programa de Apoio aos Atores Não Estatais (PAANE) – Nô pintcha pa Dizinvolvimentu, tirando partido das lições aprendidas nos três primeiros anos e de um melhor conhecimento do público‑alvo e das suas necessidades. Os objetivos manter‑se‑ão: contribuir para a consolidação da Boa Governação e assegurar o reforço da participação, concertação e compromisso dos Atores Não Estatais (ANE) face aos desafios do Desenvolvimento. PÚBLICO‑ALVO: Organizações da Sociedade Civil (OSC) bissau-guineenses – Organiza‑ ções Não Governamentais (ONG), Organizações Comunitárias de Base (OCB), associações dos direitos do Homem, sindicatos, redes, plataformas – e meios de comunicação social. PARCEIROS: CESO COFINANCIADOR (ES): União Europeia REDES PARA O DESENVOLVIMENTO: EDUCAÇÃO GLOBAL PARA UMA COOPERAÇÃO MAIS EFICIENTE ABR 2014 – MAR 2017 PAÍS: Portugal, Alemanha, Espanha, Holanda. TEMÁTICAS (S): Reforço das Autoridades Locais, da Rede e Atores Não‑Estatais, Edu‑ cação e Cooperação para o Desenvolvimento, sinergias multi‑country, capacitação e par‑ ticipação ativa, organizada e conscientizada dos cidadãos a nível local. 106 RESUMO: Reforço e expansão do trabalho desenvolvido com Autoridades Locais portu‑ guesas, alemãs e espanholas em Educação para o Desenvolvimento e Cooperação Des‑ centralizada com Autoridades Locais do comumente denominado Sul Global. As Autoridades Locais irão intensificar as suas iniciativas de Educação e Cooperação Inter‑ municipal para o Desenvolvimento e aprofundar o envolvimento e as atividades de networking com outros stakeholders. A ação pretende, igualmente, promover um discurso coerente e harmonizado das Autoridades Locais relativamente ao Desenvolvimento e à Cooperação Intermunicipal. PÚBLICO‑ALVO: Portugal (30 Autoridades Locais – sendo que 15 já integram a Rede e 15 são novos membros – e 60 técnicos das Autoridades Locais); Alemanha (15 Autoridades Locais e respetivos técnicos municipais); Espanha (1 Associação de Autoridades Locais, com 95 membros); Holanda (13 Autoridades Locais ativas e respetivos técnicos municipais); em todos os países‑alvo (cidadãos de cada Autoridade Local, Organizações da Sociedade Civil, principalmente Organizações Não‑Governamentais e stakeholders privados). PARCEIROS: Câmara Municipal de Loures, Câmara Municipal do Seixal, Forum für inter‑ nationale entwicklung + planung (fine+p), Município de Erlangen, Fondo Galego de Coope‑ ración e Solidariedade (FGCS), Landelijk Beraad Stedenbanden Nederland – Nicarágua (LBSNN), Município de Helmond, Município de Zoetermeer, Município de Maastricht e a Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento. COFINANCIAMENTO: União Europeia e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. CONFERÊNCIAS DE LISBOA NOV 2014 PAÍS: Portugal TEMÁTICA (S): Desenvolvimento RESUMO: 1ª edição das Conferências de Lisboa, composta por 6 painéis (Economia, Financiamento, Política, Segurança, Recursos e Femografia) para debate sobre as questões do Desenvolvimento. PÚBLICO‑ALVO: Decisores políticos e empresariais, académicos, membros de ONG e media. PARCEIROS: Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Portugal‑África, ISCTE‑IUL, Câmara Municipal de Lisboa, Associação Comercial de Lisboa, União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), SOFID – Sociedade para o Financiamento do Desenvolvi‑ mento em associação com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. COFINANCIADOR: Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., parceiros, patro‑ cinadores empresariais. CONFERÊNCIA UE – ÁFRICA ABR 2014 PAÍS: Portugal TEMÁTICA (S): A Parceria Estratégica e a Cimeira de Bruxelas RESUMO: A conferência terá como tema os desafios da Parceria Estratégica no período pós‑cimeira de 2014 e tem como resultados esperados a elaboração de 4 Discussion Papers. 107 RELATÓRIO anual 2013 PÚBLICO‑ALVO: Decisores políticos e empresariais, académicos, membros de ONG e media. PARCEIROS: Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa (CEI ‑ISCTE) e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. COFINANCIADOR: Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. NOVAS CANDIDATURAS APRESENTADAS E/OU PREVISTAS COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO OWINGUI WAMIYAKO – CIDADÃOS ATIVOS NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO PARTICIPATIVO NO MUNÍCIPIO DE EKUNHA DURAÇÃO: 36 meses PAÍS: Angola TEMÁTICA (S): Reforço dos Atores Não Estatais, nomeadamente organizações sindicais, repartição de Educação da Administração Municipal, professores, alunos, diretores de escolas e encarregados de educação. Disponibilização de centro de recursos multimédia, reciclagem de competências de professores, apoio a iniciativas económicas e sociais ino‑ vadoras/empreendedoras. RESUMO: O projeto visa promover a cidadania ativa através da mobilização da comunidade escolar para a promoção de uma sociedade mais inclusiva, particularmente para os jovens e dar continuidade ao reforço das Organizações da Sociedade Civil (OSC) no município de Ecunha para o diálogo com a Administração local e com a criação de grupos de trabalho temáticos para reflexão e elaboração de documentos de posicionamento baseados no impacto das políticas nacionais e no desenvolvimento local. PÚBLICO‑ALVO: 832 professores, 19.783 alunos, 272 membros da comissão de pais e 34 escolas no município de Ecunha, 22 representantes das Organizações da Sociedade Civil, 5 membros da Administração Local, 20.914 beneficiários diretos e 87.560 habitantes do município de Ecunha, segundo dados de 2011. PARCEIROS: Sindicato dos Professores e Administração Municipal de Ecunha. PROJETO DE PROMOÇÃO DA CIDADANIA ATIVA E DO EMPREENDEDORISMO SOCAL EM ÁREAS DE QUILOMBOS PAÍS: Brasil TEMÁTICA (S): Cooperativismo, atividades geradoras de rendimento, empreendedorismo e capacitação, valorização da cultura/ identidade. RESUMO: Fortalecimento da identidade quilombola, melhoria dos rendimentos e das questões produtivas em áreas de quilombos e aumento da inclusão social e valorização do papel da mulher; promoção da cidadania ativa e do empreendedorismo social como forma de redução da pobreza e integração social. A intervenção integra atividades de reforço da cidadania e identidade quilombola, iniciativas comunitárias de geração de renda e apoio ao manejo sustentável dos recursos naturais, integração social e desenvolvimento humano e avaliação e acompanhamento. 108 PÚBLICO‑ALVO: População, em particular os líderes comunitários, mulheres, jovens, cria‑ dores e produtores de 40 comunidades de quilombos (12.000 pessoas) que vivem nos municípios de intervenção. PARCEIROS: Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão (ACONERUQ) e Prefeitura de Guimarães. NÔS TERRA, CABO VERDE! A VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO MATERIAL E IMATERIAL PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÓMICO DAS COMUNIDADES LOCAIS PAÍS: Cabo Verde TEMÁTICA (S): Atividades geradoras de desenvolvimento e cultura. RESUMO: Promoção do empreendedorismo cultural local como fator de desenvolvimento socioeconómico sustentável das comunidades de Cabo‑Verde e valorização do produto tradicional cabo‑verdiano para o aumento da autoestima interna e externa e dinamização da economia local e inserção e reconhecimento da marca cabo‑verdiana em redes nacio‑ nais e internacionais de promoção intercultural e turística. O projeto coloca a tónica na cultura, compreendendo os diversos saberes‑fazer tradicionais materiais e imateriais do artesanato, gastronomia e música, aliados à preservação dos recursos naturais. PÚBLICO‑ALVO: 20 artesãos e pequenos agricultores locais (10 Cidade Velha, 10 Ilha do Maio); 6 técnicos municipais (3 Cidade Velha e 3 Ilha do Maio); 6 associações comunitárias (2 Cidade Velha, 2 Ilha do Maio, 2 Diáspora). PARCEIROS: Sphaera Mundi – Associação Internacional de Cooperação para o Desen‑ volvimento e Câmara Municipal do Maio MINDJERIS I FONTI DI VIDA DURAÇÃO: 36 meses PAÍS: Guiné‑Bissau TEMÁTICA (S): Saúde sexual e reprodutiva. RESUMO: O projeto visa contribuir para a melhoria do desenvolvimento sanitário das 4 regiões sanitárias da Guiné‑Bissau (Cacheu, Biombo, Oio e Farim) e irá assegurar a melho‑ ria da cobertura e a equidade da prestação de cuidados de saúde sexual e reprodutiva, reforçando o acesso e a qualidade dos cuidados, a par de uma crescente consciencializa‑ ção e informação da população sobre os seus direitos e deveres individuais e coletivos. PÚBLICO‑ALVO: Cerca de 135.600 mulheres (adolescentes, em idade fértil e na meno‑ pausa) e recém‑nascidos; cerca de 255 profissionais de saúde das 46 estruturas sanitárias beneficiárias; cerca de 80 comunidades isoladas (tabancas), abrangendo cerca de 26.570 habitantes [dados com base na análise estatística realizada pela UNICEF e Ministério da Saúde de 2011 para a definição da estratégia móvel avançada de saúde]. PARCEIROS: Céu e Terras. AQUISIÇÃO DE UM BANCO DE SANGUE PARA O CENTRO DE SAÚDE DE SÃO DOMINGOS PAÍS: Guiné‑Bissau TEMÁTICA (S): Mortalidade materno‑infantil. 109 RELATÓRIO anual 2013 RESUMO: Aquisição de um Banco de Sangue para garantir a prestação de cuidados de saúde materno‑infantis de qualidade. A intervenção inclui o apetrechamento com consu‑ míveis médicos, tais como testagens, reagentes, filtros, bolsas e sistemas de transfusão de sangue. Dada a inexistência de infraestruturas de saneamento básico e de eletricidade no Centro de Saúde, a intervenção inclui também a instalação de painéis solares para garan‑ tir a energia necessária ao correto funcionamento do Banco de Sangue. PÚBLICO‑ALVO: Mulheres em idade fértil e crianças com idade inferior a 5 anos na região de Cacheu (46.339 e 35.807 pessoas, respetivamente). MINDERIS, BOM SAÚDE PA BÓS KU BÔS FIDJOS! – COMPREHENSIVE MATERNAL ‑INFANT HIV/AIDS REDUCTION PROGRAMME IN GUINEA‑BISSAU (BOM SAÚDE) PAÍS: Guiné‑Bissau TEMÁTICA (S): Mortalidade materno‑infantil; HIV/SIDA. RESUMO: Iniciativas preventivas e métodos de tratamento visando a redução da mortali‑ dade infantil devido a complicações médicas relacionadas com as epidemias do VIH e SIDA. Parte relevante do programa incide em ações de formação de profissionais de saúde em Prevenção da Transmissão da Mãe para o Filho, Obstetrícia Neonatal de Emergência, no Hospital de Cumura onde convergem mulheres grávidas seropositivas para acompanha‑ mento e tratamento de qualidade. Inclui campanhas descentralizadas nas comunidades de sensibilização e prevenção do HIV e de Educação para a Saúde. PÚBLICO‑ALVO: Crianças até 5 anos de idade (90.341) e mulheres em idade fértil (116.911) das 4 regiões‑alvo, 24 profissionais de saúde e, pelo menos, a totalidade da população das 4 regiões sanitárias (531.415). AGIR – INFANT AND CHILD DIARRHEA PREVENTION AND CONTROL PROGRAMME IN GUINEA‑BISSAU (AGIR) PAÍS: Guiné‑Bissau TEMÁTICA (S): Mortalidade infanto‑juvenil; diarreia e doenças entéricas. RESUMO: Programa holístico de controlo de diarreias e doenças entéricas que alia cuida‑ dos preventivos e curativos visando a redução da prevalência de diarreia e de doenças entéricas – e consequente morte – em crianças com menos de 5 anos de idade nas regiões de Biombo, Cacheu, Farim e Oio na Guiné‑Bissau. Compreende atividades de prevenção, tais como a melhoria das unidades de saúde e infraestruturas sanitárias, Educação para a Saúde, formação e capacitação de profissionais de saúde, campanhas de vacinação e terapêuticas economicamente viáveis e eficazes. PÚBLICO‑ALVO: Crianças até 5 anos de idade (90.341) e mulheres em idade fértil (116.911) das 4 regiões‑alvo, técnicos e profissionais de saúde de 45 estruturas sanitárias, 32 agentes promotores de saúde comunitária e, pelo menos, a totalidade da população das 4 regiões sanitárias (531.415). PROJETO DE INCLUSÃO SOCIAL DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE E PROMOÇÃO DO EMPREENDEDORISMO SOCIAL PAÍS: Moçambique TEMÁTICA (S): Formação profissional, integração social, proteção social e empreendedo‑ rismo. 110 RESUMO: Contribuir para a redução da pobreza e para a promoção do Desenvolvimento humano em Moçambique através do cooperativismo moderno, do empreendedorismo social e do reforço da proteção e inclusão social das pessoas mais vulneráveis. A ação irá promover oportunidades de capacitação e geração de rendimento de pessoas mais vulne‑ ráveis inseridas no setor informal, por forma a garantir a sua empregabilidade e uma maior proteção e inclusão social que minimizem a sua vulnerabilidade. PÚBLICO‑ALVO: População mais vulnerável do setor da economia informal, organizada em associações, com o propósito de desenvolverem atividades para o seu sustento (90), e os 3 empreendimentos sociais (cooperativas) a criar/ reforçar nos distritos da Matola, Chibuto e Ilha de Moçambique. PARCEIROS: AIDGLOBAL, Sphaera Mundi – Associação Internacional de Cooperação para o Desenvolvimento, Conselho Municipal do Chibuto, Conselho Municipal da Matola, Conselho Municipal da Ilha de Moçambique e Associação Moçambicana para a Promoção do Cooperativismo Moderno. MAIS CIDADADIA, MAIS DESENVOLVIMENTO (CONTINUAÇÃO) DURAÇÃO: 36 meses PAÍS: Timor‑Leste TEMÁTICA (S): Processo de descentralização do poder local e reforço institucional da Rede de Organizações Não Governamentais (ONG) de Liquiçá e dos seus membros. RESUMO: O projeto pretende continuar a apoiar a concretização do plano de ação da Rede de ONG de Liquiçá, nomeadamente através da sensibilização das comunidades sobre o processo de descentralização do poder local, favorecendo uma participação ativa da sociedade civil nesse processo e consolidar o Espaço Cidadania +, como um espaço de concertação entre a sociedade civil, as autoridades locais e a população em geral e como um modelo passível de ser replicado noutros distritos do país. PÚBLICO‑ALVO: Organizações da Sociedade Civil do distrito de Liquiçá e Autoridade Locais. PARCEIROS: Rede das ONG de Liquiçá. PLANO DE REQUALIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO HOSPITAL AYRES DE MENEZES PAÍS: São Tomé e Príncipe TEMÁTICA (S): Saúde, infraestruturas sanitárias. RESUMO: Complemento do Programa Integrado Saúde para Todos fazendo face às reais prioridades/ necessidades e capacidades do Hospital Ayres de Menezes em São Tomé com um impacto bastante positivo na qualidade e capacidade do Sistema Nacional de Saúde de prestar cuidados médicos de qualidade. Abrange valências nucleares, serviços transversais, meios complementares de diagnóstico a par da implementação de um sistema de gestão de consumíveis e de reposição de stocks. PÚBLICO‑ALVO: População de São Tomé e Príncipe (187.500). PARCEIROS: Governo da República Democrática de São Tomé e Príncipe + VISÃO PAÍS: São Tomé e Príncipe TEMÁTICA (S): Oftalmologia, Cataratas, Aquisição de lentes intraoculares. 111 RELATÓRIO anual 2013 RESUMO: Insere‑se no âmbito do Programa Integrado Saúde para Todos: Cuidados Espe‑ cializados e Telemedicina e propõe a aquisição de lentes intraoculares acrílicas para crian‑ ças, jovens e adultos que sofrem de cataratas congénitas, pós‑traumáticas ou de idade avançada. A aquisição de lentes intraoculares é fundamental para o sucesso das missões da especialidade de Oftalmologia, uma vez que 80% das intervenções cirúrgicas (aproxi‑ madamente 80) são a cataratas congénitas, pós‑traumáticas e senis. PÚBLICO‑ALVO: Crianças, jovens e adultos são‑tomenses que sofrem de cataratas con‑ génitas pós‑traumáticas ou de idade avançada que, com o implante de lentes intraoculares, corrigem erros refrativos recuperando ou obtendo assim, pela primeira vez, a visão. TELEMEDICINE NETWORK AMOG PORTUGUESE SPEAKING AFRICAN COUNTRIES AND PORTUGAL PAÍS: Angola, Cabo‑Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Portugal TEMÁTICA (S): Telemedicina. RESUMO: A Plataforma Telemedicina PALOP, com um interface portátil e compatível com qualquer equipamento e/ou meio de diagnóstico médico disponível, coloca Portugal na vanguarda das Tecnologias de Comunicação e Informação ao serviço da Saúde e diminui o fosso científico e tecnológico existente entre os países abrangidos, facilitando a absorção de conhecimento e tecnologia de ponta já existentes e a atualização de competências ao nível da inovação ao serviço da Saúde. PÚBLICO‑ALVO: A população de Luanda (5.000.000), Cidade da Praia (125.000), Maputo (1.600.000) e São Tomé (60.000) e os profissionais de Saúde das quatro unidades de Saúde alvo da intervenção. PARCEIROS: Hospital Américo Boavida (Ministério da Saúde de Angola); Hospital Agosti‑ nho Neto (Direção Nacional de Saúde de Cabo Verde); Faculdade de Medicina de Maputo (Moçambique); Hospital Central Dr. Ayres de Menezes (São Tomé e Príncipe); Direção Geral da Saúde (Portugal). 112 CIDADANIA GLOBAL Para dar resposta aos novos desafios do Desenvolvimento e para conscientizar os cidadãos europeus de que o Desenvolvimento é uma responsabilidade partilhada, a linha de finan‑ ciamento da União Europeia (UE) para Atores Não Estatais e Autoridades Locais focou‑se em 5 grandes áreas: 1) P rojetos de Aprendizagem Global no sistema formal de educação; 2) P rojetos de Aprendizagem Global fora do sistema formal de educação; 3) Campanhas e projetos de Advocacia; 4) P rojetos de Aprendizagem Global no sistema formal de educação, projetos de Aprendi‑ zagem Global fora do sistema formal de educação, campanhas e projetos de Advocacia liderados por uma Organização Não Governamental (ONG) dos 13 novos Estados ‑Membros da UE; 5) P rojetos de Aprendizagem Global no sistema formal de educação, Projetos de Aprendi‑ zagem Global fora do sistema formal de educação, Campanhas e projetos de Advocacia liderados por uma Autoridade Local ou Associações de Autoridades Locais. Porque acreditamos que estabelecendo fortes parcerias nacionais e europeias conseguire‑ mos dar resposta às questões da pobreza, à igualdade, equidade e justiça, ao crescimento inclusivo e sustentável, ao trabalho digno, à paz e segurança, o IMVF foi parceiro ativo na elaboração de projetos que dessem resposta às prioridades indicadas em cada linha de financiamento. Assim, os projetos de Cidadania Global englobam os diversos atores da sociedade civil, em temas como Coerência das Políticas para o Desenvolvimento; Fluxo de Capitais; Desenvolvimento Sustentável Inclusivo; Migração, Consumo Responsável; Comér‑ cio Justo; integração da Educação para a Cidadania Global no sistema formal de Educação; Promoção da Educação para a Cidadania Escolar em Educação Formal e Não‑Formal. 113 RELATÓRIO anual 2013 114 5.0 resultados financeiros 2013 115 RELATÓRIO anual 2013 Fundos recebidos despesas Por origem Por tipo de projeto União Europeia 61% Saúde 31% Estado Português 35% Fortalecimento Institucional 21% Outras Entidades 4% Desenvolvimento rural 18% Sustentabilidade ambiental 11% IMVF municípios 9% Identidade cultural 5% Educação 4% Cidadania Global 1% Meios Humanos alocados por país OrigemNº Angola35 Brasil4 Cabo Verde 6 Guiné-Bissau31 Indonésia4 Moçambique0 Portugal/Sede23 São Tomé e Príncipe 125 Timor-Leste8 TOTAL236 116 BALANÇO SIMPLIFICADO* ACTIVOS Activos fixos RESULTADOS* €GASTOS 1 103 504 Contas a receber 934 191 Fundos a receber 11 316 535 Estados e outros entes públicos Caixa e Depósitos Bancários Acréscimos 2 963 7 422 700 € Fornecimentos e Serviços Externos 176 765 Gastos com Pessoal 759 083 Depreciações e Amortizações Encerramento Projectos e Outros Impostos 4 793Financeiros 45 262 4 547 219 16 347 171 TOTAL ACTIVOS20 784 687 TOTAL GASTOS5 544 847 FUNDOS PATRIMONIAIS € RECEITAS Fundos 5 268 553 Prestações de Serviços Resultados transitados 2 199 247 Subsídios à exploração (Fundos) Resultado 2013 TOTAL Fundos 14 311 Encerramento Projectos e Outros 7 482 110Financeiros € 1 060 4 446 991 913 267 197 840 TOTAL RECEITAS5 559 158 PASSIVO€ Projectos em curso Contas a pagar Estados e outros entes públicos Diferimentos 12 412 234 839 346 44 850 6 147 TOTAL Passivo13 302 577 RESULTADO LÍQUIDO14 311 * Demonstrações reestruturadas face ao modelo contabilístico, de modo a permitir uma leitura mais simples por não financeiros Consulte o nosso Relatório de Gestão e Contas 2013 completo em www.imvf.org 117 RELATÓRIO anual 2013 118 119 Título: Relatório Anual 2013 Edição e Imagens: IMVF – Instituto Marquês de Valle Flôr Design, Paginação e Impressão: Casa d’Imagem Tiragem: 300 exemplares www.imvf.org Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico Instituto Marquês de Valle Flôr ONGD R E L ATÓ R I O A N UA L 2 0 1 3 RELATÓRIO ANUAL 2013
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