Notícias do CAP_edicao 4
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Notícias do CAP_edicao 4
FOLHA INFORMATIVA DO CENTRO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO DE SANTANA Publicação Mensal Ano II N.º: 4 Abril 2005 25 de Abril A Edição Quatro... 2 Biologia e Saúde 2 25 de Abril 3 Ficha Técnica 3 A Equipa Responde 3 25 de Abril para os Pequenos 4 Passatempos Ano II, n.º 4, Abril 2005 (Destacável) 1 Notícias do CAP Edição Quatro… “Quando você começar o seu caminho vai encontrar uma porta com uma frase escrita – diz o mestre – Volte e conte-me qual é. O discípulo entrega-se de corpo e alma à sua busca. Chega o dia em que vê a porta e volta até ao mestre. - Estava escrito no começo do caminho: isto não é possível – diz. - Onde é que isso estava escrito, num muro ou numa porta? – pergunta o mestre. - Numa porta – responde o discípulo. - Pois coloque a mão na maçaneta e abra. O discípulo obedece. Como a frase está pintada na porta, também se vá movendo com ela. Com a porta totalmente aberta ele já não consegue mais ler a frase – e segue em diante.” (Coelho, P., 1998) É assim que devemos viver a nossa vida, abrindo todas as portas com que nos deparamos na nossa caminhada. Mesmo quando nos parecem trancadas, se rodarmos a maçaneta veremos que estão apenas encostadas... por vezes um pouco perras, mas ainda assim apenas encostadas. Abram todas as portas, A Coordenadora do CAP Santana (Psicóloga) Carla Roque Um Novo Olhar sobre a Doença (1ª Parte) (Pierre Ferbus) Para entender a Biologia da Saúde basta conhecer algumas regras simples. O homem, como qualquer animal, está programado em termos biológicos de sobrevivência (da espécie e do indivíduo), pelo que qualquer acção deve ser concebida segundo uma lógica de urgência e de perigo. Para uma melhor compreensão, coloquemo-nos na pele de um homem pré-histórico. As suas preocupações essenciais são comer, não ser comido, ter um território, defendê-lo e reproduzir-se nele. E com isto, está suficientemente entretido para não se preocupar com outras coisas. Ainda que tenham decorrido muitos anos, que o pensamento e a inteligência se tenham desenvolvido de forma notável, o nosso cérebro «biológico», aquele que nos mantém vivos, Ano II, n.º 4, Abril 2005 não seguiu a mesma evolução, pois permaneceu no estádio «préhistórico» e continua a gerir unicamente a sobrevivência biológica do indivíduo. Tal como um homem pré-histórico, continuamos a sobressaltar com um ruído desconhecido, a ter fome se não comemos durante um longo período e a adormecer mesmo que tenhamos decidido ficar acordados para «ver o jogo na televisão». O nosso pensamento, afirmamos nós, rege a nossa vida fazendo escolhas que consideramos ajuizadas e plenamente assumidas. O nosso corpo realiza de seguida todas as acções que vão permitir atingir o objectivo que nos propusemos. Compreendemos perfeitamente esse fenómeno, mas coloquemos a seguinte pergunta: «Quem assegura a pertinência e a coordenação das acções necessárias para alcançarmos o objectivo que almejamos?». É o «cérebro biológico» que se encarrega de todas essas operações. É ele que determina o melhor programa permitindo alcançar o termo do projecto. Se aquilo que eu pretendo é possível, o cérebro automático realizá-lo-á desde que isso não altere o processo de sobrevivência. Quando as nossas possibilidades actuais já não são suficientes, o «cérebro biológico» (ou bio computer) encontrará um «programa especial» que permita adaptarmo-nos à situação vivenciada. Em determinadas situações, esse programa especial chamarse-á «doença». (continua na próxima edição) O Fisioterapeuta Timóteo Spínola 2 Notícias do CAP 25 Abril Desde o ano de 1926 que Portugal vivia numa Ditadura. As pessoas viviam oprimidas. Não tinham direito de votar para eleger os seus governantes. Não se podiam reunir livremente. Todos os livros e canções eram revistos e censurados pelo governo. Alguns nunca chegavam ao conhecimento do público e outros eram modificados. Os pobres viviam muito mal e os ricos muito bem. Só os ricos tinham acesso à educação. A maioria da população apenas estudava até a 4ª classe. A moeda do país era forte mas não havia desenvolvimento nem perspectivas de trabalho. Havia poucas estradas e estavam em más condições, o que fazia com que as pessoas vivessem muito isoladas. Muita gente emigrava em busca de uma vida melhor no estrangeiro. Quem discordava do governo era perseguido pela polícia do regime, preso e podia até ser morto. Muitas pessoas fugiam do País para não ter tal sorte. Portugal mantinha uma guerra em três países de África, que lutavam pela sua independência. Muitos eram os soldados que iam para lá combater. As famílias com filhos homens viviam apavoradas com a ideia de ter de mandar os seus filhos para a guerra. Durante quarenta anos, este regime manteve-se sob a governação de Oliveira Salazar. Quando morreu, sucedeu-lhe Marcelo Caetano. Todo o povo estava descontente com a situação em que vivia e começaram os sinais de revolta. Um grupo de militares também descontentes com esta situação, uniu-se no chamado “Movimento das Forças Armadas” (MFA) e planeou uma revolução. Na noite de 25 de Abril, às 00h00m, passou na Rádio Renascença a canção “E depois do adeus” e Ficha Técnica Esta Folha Informativa é da responsabilidade da equipa do CAP Santana: Pico António Fernandes 9230-107 SANTANA 291 572 142 Ano II, n.º 4, Abril 2005 às 00h30m, “Grândola Vila Morena”. Estas canções eram o sinal para os militares saírem dos quartéis. Na madrugada do dia 25, tomaram os principais pontos estratégicos da capital. Na tarde desse mesmo dia, Marcelo Caetano rendeu-se no Quartel do Carmo, cercado pelas tropas do capitão Salgueiro Maia. A população apoiou desde logo o movimento da revolução e saiu para a rua. Algumas pessoas ofereceram cravos vermelhos aos soldados que as enfiaram nos canos das espingardas. Por essa razão, também se chamou a esta revolução a “Revolução dos Cravos”. Não houve combates nem se derramou sangue. Foi uma revolução pacífica. Soltaram-se os presos políticos das cadeias e os que estavam refugiados no estrangeiro regressaram. Instaurou-se uma Democracia. A partir daí todos tiveram direito a votar, e a educação passou a ser também um direito de todos. O país desenvolveu-se e abriram-se perspectivas de trabalho à população que deixou de ter necessidade de emigrar. A Professora Especializada Lúcia Andrade A Equipa Responde... Se tiver alguma dúvida sobre algum tema abordado nesta Folha Informativa ou se pretender aprofundar algum tema, contacte-nos (ver Ficha Técnica) 3 Notícias do CAP Era uma vez uns senhores que mandavam neste país, explorando e oprimindo o Povo O Povo vivia triste e na miséria e mandaram embora esses senhores que oprimiam o Povo Mas o Povo organizou-se para a luta O Povo uniu-se ao Movimento das Forças Armadas Chegou o dia 25 de Abril, com as Forças Armnadas O Exército A Marinha A Aviação Movimento das Forças Armadas Começou a construção de um Portugal Novo Livre Democrático A caminho do Socialismo A Professora Especializada Ana Luísa Almeida Ano II, n.º 4, Abril 2005 4