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pág. 3
Índice
Editorial
pág. 4 - 7
Breves
· Somague volta a dar sangue
· Experiência Internacional
· Renovação da Certificação
Angola
Ambiental da Hidurbe
Espanha
· Presença Somague
Cabo Verde
Irlanda
SyV
pág. 8 - 9
· Resultados 3º trimestre de 2010
Ambiente
pág. 10 - 12
· Font Salem Portugal contrata AGS
· Hidurbe com nova carteira de projectos
pág. 13 - 21
Engenharia
Engenharia
· Madeira – Presença em várias
· Estação Elevatória dos Olivais
frentes
· Investir em equipamento estratégico
· Responsabilidade Corporativa em Angola
· Estoril Sol Residence
pág. 22 - 23
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Ficha Técnica
Propriedade: Somague
Periodicidade: trimestral
Edição: Direcção de Marketing e Comunicação - Somague
Tiragem: 3500 exemplares | N.º de Depósito Legal: 16881/10
3
Editorial
A Somague marca presença em Angola desde os anos
50, sendo este País um dos mais relevantes mercados
para a empresa. É por isso natural que, à semelhança do
que vem fazendo ao longo dos anos em Portugal, a
Somague assuma também ali relevantes projectos de
responsabilidade social.
Para além do empenhamento na FESA – Fundação
Eduardo dos Santos, onde integra a Assembleia Geral, a
Somague tem desenvolvido diversas acções ligadas à
educação e ao apoio comunitário. Neste número do
Soma e Segue poderá tomar contacto com alguns
daqueles projectos.
Em Portugal, ainda no domínio da educação, a Somague
integra a direcção da EPIS – Empresários pela Inclusão
Social, sendo aí representada pelo seu Presidente, José
Luís Machado do Vale. Esta associação pretende
“combater o insucesso e o abandono escolares através
da prevenção e da remediação de factores de risco dos
alunos e famílias, da promoção de factores de protecção
e através da indução de factores externos de sucesso
nas organizações escolares”. No passado dia 26 de
Novembro, com a presença do Presidente da República,
Aníbal Cavaco Silva, a EPIS apresentou o seu plano de
acção 2010-2012, que pretende ser mais uma ferramenta
no difícil combate ao abandono e insucesso escolares
em Portugal.
Duas realidades – Angola e Portugal – mas o mesmo
Estação Elevatória dos Olivais
envolvimento, em prol de uma melhor educação.
Luis Garcez
Director Geral de Marketing e Comunicação
BREVES
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Experiência Internacional
Com uma presença forte nos
mercados externos, a Somague
continua a afirmar-se em países como
Espanha, Angola, Irlanda e Cabo
Verde, entre outros, onde a sua
actividade se desenvolve em obras
estruturantes, que exigem know-how
e recursos especializados.
Angola
Concluída sede do Banco
Privado do Atlântico
A sede do Banco Privado do
Atlântico está concluída e entregue.
O edifício, que foi inicialmente
concebido para acolher a Somague,
recebe agora este banco de
investimentos, participado
pelo Grupo Sonangol, Global
Pactum, S.A., BCP Millenium
Angola e outros accionistas
individuais. O Banco Privado
do Atlântico, uma das grandes
referências
do
mercado
financeiro angolano, inaugurou
a sua sede na segunda
quinzena de Novembro.
Espanha
Neopul ganha manutenção da
Alta Velocidade Espanhola
A Neopul integra a UTE Gabaldon,
juntamente com duas outras
empresas ferroviárias espanholas,
vencedora
do
contrato
de
manutenção da infra-estrutura, via e
aparelhos, do novo acesso ferroviário
de alta velocidade do Levante. O
troço em manutenção tem 222 km de
via dupla e três estações comerciais –
Albacete, Requena-Utiel e Valência –
para uma velocidade máxima de
350km/hora. O contrato foi assinado
em Madrid a 23 de Julho, prevendo um
plano de 6 meses de pré-manutenção
e 24 meses de manutenção preventiva,
que decorrerão já durante a
exploração comercial da linha.
BREVES
Lançada primeira pedra da empreitada do Porto da Boavista
No passado dia 5 de Outubro teve lugar a cerimónia de lançamento da primeira
pedra da empreitada do Porto da Boavista, a qual foi presidida pelo Primeiro-ministro. A obra prevê a construção de um novo quebra-mar com
aproximadamente um quilómetro, dragagens, um parque de mercadorias, um cais
de acostagem com fundos à cota -7, edifícios administrativos e de armazenamento
e outras infra-estruturas. Os trabalhos marítimos já foram iniciados, contando o
projecto com um prazo de execução de 30 meses.
Cabo Verde
Prosseguem as obras
infra-estruturantes
As grandes obras públicas previstas
no programa de desenvolvimento do
governo de Cabo Verde continuam a
avançar. A Somague participa no
esforço de modernização do país
através da execução de diversas
obras de infra-estruturação como
sejam estradas, portos, edifícios
públicos e outras.
Porto da Praia - Fase II
Para além da construção de portos
em outras ilhas do arquipélago,
coube à Somague realizar todas as
obras de reformulação e ampliação
do Porto da Praia, estando neste
momento em conclusão a fase I da
maior obra de infra-estruturas
marítimas alguma vez realizada em
Cabo Verde. Prepara-se agora o
arranque da fase II da empreitada de
expansão e modernização. O contrato
celebrado entre o Ministério de
Infra-estruturas, Transportes e
Telecomunicações de Cabo Verde e o
Consórcio liderado pela Somague foi
assinado no passado dia 12 de
Agosto e os trabalhos iniciados em
Novembro.
Desenvolver o Turismo através da qualificação dos recursos locais
A Somague concluiu a construção da Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo
Verde, uma empreitada promovida pelo Governo de Cabo Verde e financiada pelo
Grão-Ducado do Luxemburgo. Trata-se de uma unidade de ensino moderna,
localizada na Cidade da Praia, com uma área superior a 5000 m2, equipada com
salas de aula, zonas administrativas, anfiteatro, cozinhas e restaurante. O projecto
reveste-se da maior importância para o seu promotor, já que a aposta na
qualificação de técnicos especializados nos diversos ramos da actividade turística
e hoteleira é uma necessidade para a melhoria dos serviços do sector do Turismo,
actividade vital para a economia do País.
5
BREVES
6
Irlanda
Inauguração do Metro Ligeiro
de Dublin – LUAS
No dia 16 de Outubro foi oficialmente
inaugurada a extensão de 7,5 km da
Linha Verde do metro ligeiro da cidade
de Dublin, na Irlanda, que agora liga o
centro da cidade à sua periferia a sul. A
obra foi projectada e executada pelo
consórcio formado pelas empresas
Somague Engenharia, S.A. (75 %),
Sacyr, S.A.U. (5%) e Bowen
Construction, Ltd (20%). No âmbito
deste contrato, a Neopul teve a seu
cargo a concepção, aprovisionamento,
construção, teste e comissionamento
dos trabalhos de via-férrea e catenária.
Trabalhos realizados:
Trabalhos de construção:
• 3500 m lineares de via simples
balastrada;
• 8400 m lineares de via simples
betonada
com
sistema
de
prevenção de descarrilamento;
• 3200 m lineares de via simples em
plinto;
• 1800 m de via simples balastrada
dentro do parque de manutenção de
Sandyford para um maior número de
linhas de resguardo para as novas
composições a operar na linha;
• Sistema de catenária completo para
ser operado a uma tensão nominal
de 750 Vcc nestes 17 km (linha e
parque de manutenção) incluindo o
sistema de feeder e tracção de
retorno.
Trabalhos de integração das
diferentes tipologias de via:
Trabalhos de instalação na
via-férrea:
• Aplicação do betão armado das
lajes de fundação da via embebida e
dos plintos da via em plinto;
• Aplicação de carris de transição
entre carril vignole e de gola, dos
carris de transição de tombo, das
barretas para ligação entre carris
dentro do parque de manutenção,
das juntas isolantes coladas;
• Encapsulamento dos carris de gola
da via betonada;
• Execução
das
soldaduras
aluminotérmicas, incluindo os
respectivos testes ultra-sónicos;
• Construção de via embebida em 11
novas estações e extensão de uma
existente
com
painéis
pré-fabricados colocados sobre via
balastrada, com acabamento igual
ao existente;
• Betonagem de 500 metros de via
embebida dupla em betão impresso
de cor negra e branco em
passagens pedonais;
• Esmerilagem preventiva da via.
• 10 aparelhos de mudança de via
(AMV) simples, 4 AMVs simples no
interface com a via existente, 2
diagonais simples na mesma zona,
2 diagonais simples para manobras
de emergência junto a duas
estações e 1 diagonal dupla
(“Bretelle”) junto à estação terminal;
• 24 pares de aparelhos de dilatação;
• 22 sistemas de aquecimento de
agulhas de aparelhos de mudança
de via;
• 112 drenagens transversais da via;
• 11 passagens de nível pedonais tipo
“Strail”.
Para além destes trabalhos, e
cumprindo os requerimentos do
contrato, a obra foi executada
assegurando-se a compatibilidade e
interoperabilidade com o sistema
existente, respeitando todos os
requisitos de manutenção, vibração e
ruído e isolamento eléctrico,
minimizando os efeitos de passagem
de correntes para a terra de modo a
combater a formação de correntes
vagabundas. Foi ainda acautelado o
fornecimento de peças de reserva, o
treino ao pessoal de manutenção e
operação do novo sistema, bem
como a preparação para um futuro
upgrade para tensão de 1500 Vcc.
Neopul reforça presença na Irlanda
A Neopul assinou, no dia passado 13 de Dezembro, um contrato de manutenção
para a rede de tracção eléctrica (catenária) da linha de comboio suburbano de
Dublin – DART – na República da Irlanda, por um período de 24 meses.
BREVES
7
Presença Somague
Ao longo dos últimos meses, a
Somague estendeu o seu apoio a
diversos eventos e actividades que
vão decorrendo tanto a nível
nacional como internacional:
Renovação da
Somague volta a dar
Certificação Ambiental
sangue
da Hidurbe
A Somague e os seus colaboradores
participaram uma vez mais na recolha
de sangue realizada nas suas
instalações, pelo Instituto Português
do Sangue – Centro Regional de
Sangue de Lisboa, no passado dia 29
de Setembro. Iniciativas como esta
contribuem para desenvolver uma
melhor consciência social, uma vez
que
só
a
solidariedade
e
generosidade de todos permitem dar
resposta às necessidades.
No âmbito do seu Sistema Integrado
de Qualidade e Ambiente (SIQA)
referenciado pelas normas NP EN
ISO 9001:2008 e NP EN ISO
14001:2004, este ano a Hidurbe
atingiu mais um dos seus objectivos,
alcançando
com
sucesso
a
renovação da sua Certificação
Ambiental.
É o reconhecimento do esforço de
toda a equipa, que trabalha
diariamente para a melhoria contínua
do seu desempenho ambiental.
• Edição do livro “Estruturas de
Betão em Portugal” em conjunto
com o Grupo Português de Betão
Estrutural;
• Centenário da República – a
Somague
associou-se
às
comemorações dos 100 anos da
República Portuguesa que se
desenrolam ao longo de todo este ano;
• 12º Congresso Nacional de
Geotecnia, realizado em Guimarães,
com destaque para os temas do
desenvolvimento sustentável e da
eficiência energética;
• FIC 2010 – Feira da Indústria e da
Construção da Madeira, que
decorreu entre 13 e 17 de Outubro e
contou com a presença de cerca de
80 empresas;
• XVIII Congresso da Ordem dos
Engenheiros 2010, sobre "A
Engenharia no Século XXI Qualificação,
Inovação
e
Empreendedorismo", que teve lugar
em Aveiro entre 3 e 6 Novembro;
• Encontro Nacional sobre o
Espaço Subterrâneo e a sua
Utilização, que se realizou no
LNEC, nos dias 18 e 19 de
Novembro, com apresentação de
comunicações sobre a utilização do
espaço subterrâneo.
• 5ª Expo Água 2010, patrocinada
pela AGS, realizou-se nos dias 19,
20 e 21 de Outubro, no CCB, e teve
como tema “Potenciar a cadeia de
valor da água, assegurar o futuro do
sector em Portugal”.
• 14º ENaSB/Silubesa, realizado de
26 a 29 de Outubro, no Porto, e que
teve como objectivo a promoção e
discussão
da
adaptação
e
sustentabilidade de serviços de
abastecimento de água e águas
residuais. AGS apresentou 3
comunicações.
AMBIENTE
8
FONT SALEM PORTUGAL
CONTRATA AGS
a
AGS iniciou em Agosto, na região de
Santarém, a prestação de serviços de
conservação, exploração e manutenção
da Estação de Tratamento de Águas Residuais
Industriais (ETARI) da Font Salem Portugal, uma
empresa cervejeira portuguesa, de sólida reputação
e reconhecido prestígio, pertencente ao Grupo
Damm.
• A ETARI, patente Seghers, consiste num sistema
UNITANK® de dois estágios anaeróbio-aeróbio,
dimensionada para:
Caudal médio
1200 m3/d; 50 m3/h
Caudal máximo
100 m3/h
CBO
2200 mg/l; 2620 kg/dia
CQO
3300 mg/l; 3960 kg/dia
Sulfatos
baixo (mg/l)
pH
4-12
Fósforo
5-20 mg/l
Azoto
10-30 mg/l
O processo de tratamento, compacto e modular, é constituído por:
• Câmara de bombagem, onde é recolhida a água residual bruta
e enviada para pré-tratamento;
• Tamisador estático para separação de sólidos e unidade de
equalização para uniformização da água residual a tratar;
• Tanque correcção de pH após equalização, garantindo as condições
de afluência adequadas ao reactor anaeróbio;
• Reactor anaeróbio UASB “Uspstream Anaerobic Sludge Blanket”,
de alta carga, onde é biodegradada cerca de 80 % da matéria
orgânica (com produção de biogás);
• UNITANK aeróbio, de baixa carga, composto por 3 unidades, que
constitui a 2ª fase de tratamento biológico e promove a remoção
da matéria orgânica remanescente e nutrientes, com uma
eficiência global de 98-99 %;
• Tanques de lama em excesso (armazenamento de lama
anaeróbia e espessamento de lama aeróbia do UNITANK®),
para posterior desidratação por filtro de bandas;
• Flaire, onde o biogás produzido no reactor metanogénico é
enviado pressurizado para ser queimado.
AMBIENTE
9
HIDURBE COM NOVA
CARTEIRA DE PROJECTOS
Reforço de posição na LIPOR
renegociação do contrato de exploração da
Central de Valorização Orgânica da LIPOR em
2009, seguiu-se, em 2010, a aquisição da
totalidade da participação da anterior associada na Hidurbe
Mesquita ACE. O processo ficou concluído no passado mês
de Agosto, detendo a Hidurbe actualmente 100% do novo
ACE, agora designado Hidurbe CVO – Central de
Valorização, A.C.E.
à
A Hidurbe reforça assim a sua posição de cooperação com
a LIPOR, assumindo em exclusivo a exploração da Central
de Valorização da Fracção Orgânica de Resíduos Sólidos,
pelo processo de compostagem, designada por Lipor III.
A Hidurbe celebrou ainda três novos contratos com a
LIPOR: um para o encaminhamento de lixiviados
provenientes do aterro sanitário de Ermesinde para
tratamento em ETAR, outro para o transporte de escórias da
central de valorização energética da LIPOR para o aterro da
Portucel, em Viana do Castelo, e um último para a execução
da campanha de caracterização dos Bio-resíduos, na Central
de Valorização Orgânica na LIPOR.
Novos contratos
A Hidurbe iniciou em 2009 a aposta na área dos serviços de
recolha de resíduos no Algarve, com a adjudicação do
concurso público lançado pela ALGAR – Valorização e
Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. para a prestação de
serviços em oito municípios da região.
No seguimento do trabalho desenvolvido, a Hidurbe
conquistou no passado mês de Outubro o contrato para a
gestão de resíduos e limpeza exterior do MARF – Mercado
Abastecedor da Região de Faro, pelo período de 3 anos,
através de um concurso público lançado pela referida entidade.
Ainda no Algarve, a Hidurbe celebrou um contrato com o
Município de Silves para o serviço de limpeza das zonas
balneares de Armação de Pêra, iniciado em Julho.
Na zona Lisboa, além dos projectos que já detém no Parque
das Nações, no MARL – Mercado Abastecedor da Região
de Lisboa e no Hospital Garcia de Horta, a Hidurbe venceu
em Setembro o concurso para a lavagem e desinfecção dos
contentores de resíduos nos Concelhos de Loures e
Odivelas, num total de 6400 unidades.
Equipamento de vanguarda na
recolha de resíduos
No seguimento da renovação de parte da sua frota, aliada
ao compromisso de excelência ambiental, a Hidurbe
adquiriu um equipamento que é, actualmente, a melhor
solução para lavagem, interior e exterior, de contentores de
resíduos subterrâneos de 3 m3 tipo Sotkon, para além dos
convencionais contentores de superfície de 80L a 1200L de
capacidade. Esta solução de vanguarda, já ao serviço dos
clientes, apresenta a grande inovação de ser dotada de um
sistema de reciclagem de água.
10
O RESULTADO DA ACTIVIDADE DA SYV NOS PRIM
ASCENDE JÁ, SEM CONTAR COM RESULTADOS E
MILHÕES DE EUROS, O QUE A AFASTA DO CENÁ
A facturação procedente da actividade internacional cresceu 19,8 % e
representa já 30 % do volume de negócios do Grupo, tendo este sido de 20 %
• O volume de negócios, sem contar com os
resultados extraordinários, isto é, sem
contar com as vendas extraordinárias da
Vallehermoso e da Testa, foi de 3362
milhões. Ou seja, foi menor em 5 % que no
mesmo período de 2009.
• A facturação internacional representa já
30 % do total de facturação do Grupo.
• O EBITDA atingiu os 317 milhões de euros,
o que posiciona a margem bruta em 8,8 %,
tendo sido de 7,4 %, nos primeiros nove
meses de 2009.
• A 30 de Setembro de 2010, 57 % dos
negócios em carteira, que ascendem a
50 443 milhões, eram já resultado da
actividade internacional. No que respeita
apenas à construção, a percentagem
obtida no exterior ultrapassa os 69 %.
• A SyV reduziu a dívida líquida em 1,6 %,
desde Dezembro de 2009.
nos primeiros nove meses de 2009, o que destaca o caminho adoptado
pela SyV no sentido da internacionalização dos seus negócios.
O resultado bruto de exploração do Grupo fixou-se em 317,3 milhões de
euros, o que põe em destaque o importante aumento do EBITDA na área
das concessões e na actividade de serviços. O impacte da queda do
resultado operacional na área da promoção imobiliária repercutiu-se numa
contracção do EBITDA do Grupo de 4,6 %. Contudo, as restantes áreas de
negócio contribuem para o EBITDA com 411,9 milhões, o que representa mais
3,6 % do que no mesmo período de 2009. A margem bruta era, em Setembro,
de 8,8 %. Nos primeiros nove meses de 2009, a margem bruta foi de 7,4 %.
A dívida líquida do Grupo era, em Setembro, de 11 672,3 milhões, ou seja,
menos 1,6 % do que a dívida de 11 861 milhões registada em Dezembro de
2009. A dívida líquida corporativa situava-se, em 30 de Setembro, nos 608
milhões de euros, sendo a mesma, em Dezembro, de 527 milhões, devido aos
investimentos feitos através da holding.
Em Agosto, o processo de refinanciamento da Vallehermoso pelo Grupo terminou
com êxito, tendo-se celebrado um acordo com as entidades financeiras no âmbito
do qual o prazo de vencimento da dívida é prolongado em cinco anos e é
extensível até oito anos. Além disto, obteve-se liquidez para levar a cabo projectos
nos próximos cinco anos.
As receitas futuras em carteira da SyV, que já opera nos cinco continentes,
atingem os 50 443,5 milhões de euros e apoiam-se basicamente nas actividades
o
Grupo
Sacyr
Vallehermoso
atingiu,
até
mais recorrentes, nas concessões e nos serviços. A Sacyr Concesiones e a
Setembro de 2010, um resultado líquido de
Valoriza representam respectivamente 55,6 % e 23,6 % da carteira total. O
110,2 milhões de euros (valor que não pode ser
resultado operacional implícito nesta carteira é superior a 19 600 milhões de
comparado com o de 2009, de 468,4 milhões, devido,
euros.
sobretudo, ao resultado das actividades interrompidas, no
Set.10
valor de 854,9 milhões, que a venda da Itínere gerou no
exercício anterior). Por esta razão, o resultado depois de
(milhares de euros)
Receitas
impostos das actividades continuadas, sem contar com os
Sacyr – Somague (obras em carteira)
7 611 473
resultados extraordinários, até Setembro, cifrou-se nos
Vallehermoso (pré-vendas em carteira)
122,1 milhões de euros (o que se pode comparar com as
Sacyr Concesiones (receitas em carteira)
perdas de 386,5 milhões de 2009, nas quais não foram
Testa (rendas a receber)
contabilizadas as vendas extraordinárias de activos).
Valoriza (serviços em carteira)
11 921 851
NEGÓCIOS EM CARTEIRA
50 443 476
285 817
28 038 316
2 586 020
Até Setembro de 2010, o volume de negócios era de 3625
milhões de euros, menos 19,3 % que no período homólogo
A 30 de Setembro de 2010, 57 % das obras e serviços em carteira
do ano anterior. É, contudo, importante ter em conta que
correspondiam a actividade internacional. No âmbito da actividade de
durante os primeiros nove meses de 2009 se procedeu, na
construção, esta percentagem ascende a 69 % devido ao crescente número de
Vallehermoso, a uma série de operações extraordinárias de
apresentações de propostas que se têm vindo a realizar fora de Espanha, e à
venda de terrenos, e, na Testa, de outros activos. Se não se
celebração de grandes contratos em Itália, no Panamá, na Líbia e em Israel, bem
tivessem em conta estas operações, a diminuição do volume
como noutros países. Estas dizem respeito, na sua maioria, a obras
de negócios teria sido de 5,2 %.
emblemáticas, como, por exemplo, a construção do terceiro jogo de eclusas do
Canal do Panamá ou a dessalinizadora de Perth, na Austrália, entre outras.
MEIROS NOVE MESES,
EXTRAORDINÁRIOS, A 122
RIO DE PREJUIZO DE 2009
11
Construção (Sacyr + Somague) – Até 30 de Setembro de 2010, as receitas
O resultado bruto de exploração cresceu 1,4 % e atingiu os 25,3
desta área atingiram 2156,6 milhões de euros, menos 11,1 % que no mesmo
milhões de euros, o que permite alcançar uma margem
período de 2009. Esta diminuição deveu-se à redução da actividade nacional
operacional de 54,9 %. No período homólogo de 2009, esta
provocada pela queda generalizada da construção habitacional. Destaca-se,
margem foi de 51,3 %.
contudo, o facto de a actividade internacional ter resultado na facturação de
901,7 milhões de euros (+9,4 %) nos nove primeiros meses, o que
A evolução do tráfego nas auto-estradas do Grupo, durante os
representa 49 % do total. A margem bruta sobre as vendas cresceu em
nove primeiros meses de 2010, tem sido, de uma forma geral,
0,8 pontos e situava-se nos 6 %, a 30 de Setembro de 2010.
positiva. Destaca-se o bom comportamento das auto-estradas
de Eresma, Barbanza, Viastur e a auto-estrada de Turia.
A importante carteira de obras alcançada até 30 de Setembro, no valor de
7611,5 milhões de euros, garante 31,8 meses de actividade.
Serviços (Valoriza) – A 30 de Setembro de 2010, as receitas
da Valoriza atingiram os 138 milhões de euros, o que
Promoção imobiliária (Vallehermoso) – Até 30 de Setembro de 2010, as
representa um aumento de 12,6 % relativamente aos 678,1
receitas da Vallehermoso atingiram os 579 milhões de euros, o que representa
milhões de euros registados nos nove primeiros meses de
menos 56,7 % do que os 1337,4 milhões de euros atingidos em 2009. A
2009. Este aumento deveu-se ao crescimento das quatro áreas
diferença deve-se à conjuntura do sector e ao elevado valor obtido com as
de actividade após a entrada em funcionamento de novos
vendas de terrenos levadas a cabo naquele período.
projectos. Este crescimento tem sido especialmente relevante
na área da água, que regista mais 31 % que em 2009, enquanto
Nos primeiros nove meses do exercício, a Vallehermoso entregou 1500 casas.
a área dos multisserviços e do meio ambiente cresceram 13 %
A 30 de Setembro de 2010, as obras contratadas em carteira ascendes a 285,8
e 11 %, respectivamente. O crescimento no exterior também foi
milhões de euros.
reforçado na actividade de serviços, que obteve 20 % do total
das suas receitas com a actividade internacional.
Património em arrendamento (Testa) – A Testa atingiu, a 30 de Setembro de
2010, receitas no valor de 187,9 milhões de euros. Deste valor, 183,8 milhões de
Por sua vez, o EBITDA registou um forte crescimento de 23,3 %
euros são receitas provenientes de arrendamentos do património em
e atingiu os 108 milhões de euros. A margem operacional
exploração. O restante valor do volume de negócios, ou seja, 4,1 milhões de
sobre o volume de negócios situa-se nos 14,1 %, tendo sido,
euros, corresponde à prestação de serviços de gestão patrimonial.
no mesmo período do exercício anterior, de 12,9 %.
A diminuição da facturação em 4,1 %, relativamente aos primeiros nove meses
Indica-se, de seguida, a subdivisão das receitas e a
do exercício anterior, deve-se principalmente à transferência de imóveis
contribuição para o EBITDA das actividades da Valoriza.
realizada nos últimos dias de Março de 2009. Se este factor não for tido em
conta, conclui-se que as receitas relativas a arrendamentos diminuíram apenas
1,9 %, pelas revisões de rendas negativas decorrentes dos índices negativos
VOLUME DE NEGÓCIOS
inter-anuais de IPC. O EBITDA alcançou os 149,5 milhões de euros, o que situa
a margem operacional em 79,6 %, percentagem semelhante à registada no
Água
mesmo período de 2009 (que foi de 81,7 %). Estes dados demonstram a força
Meio ambiente
29 %
e a estabilidade da divisão patrimonial do Grupo SyV relativamente à
Multisserviços
22 %
Energias alternativas
17 %
degradação geral do mercado.
32 %
Concessões de infra-estruturas (Sacyr Concesiones) – A 30 de Setembro de
2010, a Sacyr Concesiones registou um volume de negócios de 46,1 milhões de
euros, tendo, nos primeiros nove meses de 2009, sido registado um volume de
48,6 milhões de euros. Esta queda resulta da diminuição da percentagem de
participação nas quatro concessões que foram vendidas à Eiser e que, até
EBITDA
Julho, não contribuíram para o volume de negócios, uma vez que foram
consideradas activos mantidos para venda. Contudo, se se tivesse seguido o
Água
31 %
mesmo critério contabilístico, as receitas de portagens teriam alcançado os 31
Energias alternativas
31 %
milhões de euros, ou seja, mais 36,5 % devidos ao bom comportamento das
Meio ambiente
27 %
Multisserviços
11 %
concessões e à colocação em exploração da Autopista del Sol (S. José- Caldera),
na Costa Rica, e da auto-estrada N-6, entre Galway e Ballinasloe (Irlanda).
12
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS
(milhares de euros)
Setembro
2010
Valor líquido do volume de negócios
Var.
2009*
10/09
3 625 030
4 490 649
-19,3 %
303 727
255 265
19,0 %
Total das receitas de exploração
3 928 757
4 745 914
-17,2 %
Gastos externos e de exploração
-3 611 435
-4 413 156
-18,2%
317 322
332 759
-4,6 %
-120 808
-142 696
-15,3 %
67 609
-261 895
n.s.
264 123
-71 832
n.s.
23
0
n.s.
264 146
-71 832
n.s.
-333 800
-417 047
-20,0 %
-78
-3921
-98,0 %
167 417
-198 807
n.s.
11 098
-78
n.s.
-212
-130
63,0 %
1127
66 325
-98,3 %
Resultado antes de impostos
109 698
-625 491
n.s.
Imposto sobre as sociedades
12 417
238 994
-94,8 %
122 115
-386 497
n.s.
-7960
854 927
n.s.
114 155
468 430
-75,6 %
-3927
-12
n.s.
110 228
468 418
-76,5 %
Outras receitas
RESULTADO BRUTO DE EXPLORAÇÃO
Amortizações do imobilizado
Provisões do circulante
RESULTADO CORRENTE DE EXPLORAÇÃO
Variação das provisões do imobilizado
RESULTADO LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO
Resultados financeiros
Resultados por diferenças no câmbio
Resultado de sociedades em participação
Provisões de investimentos financeiros
Resultado com base na variação do valor dos instrumentos
financeiros a justo valor
Resultado da alienação de activos não-correntes
RESULTADO ACTIVIDADES CONTINUADAS
RESULTADO ACTIVIDADES INTERROMPIDAS
RESULTADO CONSOLIDADO
Atribuível a minoritários
RESULTADO LÍQUIDO ATRIBUÍVEL
* Reformulada CNIF12
ENGENHARIA
Reabilitação do Circuito Hidráulico
a
Estação Elevatória dos Olivais foi mandada
construir pelo então Ministro das Obras Públicas
e Comunicações, Eng.º Duarte Pacheco, tendo
sido inaugurada em 1948.
Com o passar dos anos, as condutas foram apresentando
sinais de deterioração com elevados índices de perdas
físicas e desgaste nos equipamentos electromecânicos,
pelo que foi necessário proceder à remodelação do circuito
hidráulico e, posteriormente, à dos equipamentos. A obra
actualmente em execução divide-se precisamente em duas
fases distintas, contemplando a reabilitação integral de
cada um desses segmentos.
O projecto prevê a execução das obras de construção civil,
a substituição integral do circuito hidráulico de toda a
Estação Elevatória, dos equipamentos electromecânicos,
eléctricos e de instrumentação e controlo que o constituem,
e as respectivas ligações ao exterior, nomeadamente:
• Galerias Técnicas Norte e Sul com uma área
bruta de construção de 600 m2 cada uma
(1200 m2 totais), destinadas a alojarem os
equipamentos e circuitos hidráulicos a
montante e a jusante dos grupos elevatórios
da Estação;
• Equipamentos
electromecânicos
e
eléctricos, de instrumentação, medição e
controlo associados;
• Renovação de todos os circuitos exteriores;
• Circuitos de drenagem de água de
exploração e de águas pluviais;
• Instalação de tubagem em aço nas condutas
enterradas, soldada helicoidalmente, numa
extensão total de 1,1 km e com diâmetros
que variam entre 150 mm ≤ DN ≤ 1500 mm,
protegida por um sistema de monitorização
que permite a sua adequada manutenção
preventiva.
ESTAÇÃO
ELEVATÓRIA
DOS OLIVAIS
Actualmente, a Estação Elevatória é alimentada por uma
conduta de aspiração em Betão Armado DN 1440 mm através
de um circuito que se encontra interligado em anel com a
Casa de Água Sul e a Casa de água Norte. O anel de
aspiração transporta água até aos dezasseis grupos electro-bombas que promovem a adução de água conducente à
satisfação dos consumos solicitados pela Rede de
Abastecimento de Água à Cidade de Lisboa e a Concelhos
limítrofes para as três zonas altimétricas da Cidade,
nomeadamente Zona Baixa, Zona Média e Zona Alta.”
Na primeira fase da obra pretende-se remodelar o anel de
aspiração, instalando uma conduta em chapa de aço DN1500
e, para aumentar a funcionalidade da instalação, optou-se
pela criação de duas galerias, uma na ala norte e outra na ala
sul da Estação, para a instalação das tubagens de aspiração
e compressão dos grupos e a instalação de órgãos de
manobra, medidores de caudal e transmissores de pressão.
As duas galerias terão acesso pelo interior da Estação
Elevatória.
13
ENGENHARIA
14
INVESTIR EM EQUIPAMENTO
ESTRATÉGICO
Alta Tecnologia
na Somague Engenharia
Para dar resposta a alguns dos grandes projectos
em curso, como o Porto da Boavista, em Cabo
Verde, e os viadutos das Auto-Estradas do Marão, e
prosseguir o programa de modernização e
adequação do equipamento estratégico da Somague
Engenharia, são de salientar, pelo seu valor e
importância, algumas novidades:
Grua Manitowoc
A Manitowoc é um dos mais prestigiados fabricantes
de equipamento de elevação, com uma história de
inovação bem conhecida. Recentemente, a
Somague Engenharia adquiriu uma potente grua de
rastos de grande porte desta marca. A nova
Manitowoc 2250 foi recebida no estaleiro marítimo,
situado na Póvoa de Sta. Iria, onde foi ministrado um
programa de formação aos operadores e técnicos.
Foi, entretanto, deslocada para a obra do Porto da
Boavista, onde permitirá maior eficiência, segurança
e flexibilidade no andamento da construção.
Principais características
•Capacidade
•Contra-pesos
•Preparação para MAXER,
elevando a capacidade para
•Lança
•Motor
272 Ton
Série 3
450 Ton
79,2 metros
Cummins de 372Kw
ENGENHARIA
15
Cimbre Autolançável
AP-2004-Somague
Esta máquina, concebida para permitir a construção
de tabuleiros em betão armado, tramo a tramo, foi
agora reforçada e ampliada de forma a adequar-se
às necessidades dos projectos que a Somague
Engenharia tem actualmente a decorrer.
A utilização de um cimbre autolançável não é um
método de construção tradicional, uma vez que a
estabilização do sistema é realizada através de
apoios integrados nos pilares do viaduto a construir.
Assim, este tipo de cimbre permite construir os
tabuleiros de uma forma inteiramente livre e
independente dos condicionalismos impostos pela
zona de atravessamento.
Pesos totais aproximados
•Globalidade do equipamento móvel
•Viga principal
•Cofragem exterior
•Pórtico de pilar
•Par de vigas balanceiras
Peso (kg)
586 000
400 000
186 000
18 000
1200
Uma vez construídos os pilares, o acesso dos
materiais, equipamentos e pessoal à frente de
trabalho faz-se sempre sobre o tabuleiro já
construído, independentemente de eventuais
restrições
de
passagem
como
cheias,
condicionalismos de tráfego, impossibilidade de
abertura de acessos, etc.
Principais características
• Comprimento total
- (Obra do V1 – Marão)
• Vão entre apoios de lançamento
- (Obra do V1 – Marão)
• Vão entre apoio de betonagem
- (Obra do V1 – Marão)
• Peso máximo do tabuleiro a betonar
- (Obra do V1 – Marão) – Zona corrente
- (Obra do V1 – Marão) – Zona do pilar
98.84 m
44.00 m
39.00 m
188.5 KN/m
263.3 KN/m
Garantir a flexibilidade e operacionalidade dos
recursos, dar resposta aos desafios colocados,
sobretudo, pelos grandes projectos e a constante
exigência de inovação, segurança e qualidade a que
qualquer empresa está hoje obrigada, levaram a
Somague a apostar uma vez mais na melhoria dos
equipamentos e dos processos de gestão e controlo
dos seus recursos.
Novo sistema de gestão de dados
na Neopul
Também a Neopul investiu na modernização dos processos
de organização e controlo do seu parque de equipamentos.
Sendo uma empresa especializada na construção,
manutenção e renovação de vias-férreas e com um parque
de equipamentos de elevado nível tecnológico com
capacidade de responder aos desafios da Alta Velocidade,
o desenvolvimento e a implementação de novas tecnologias
de informação são uma exigência quando o objectivo é a
melhoria contínua no desempenho da actividade.
Todo o parque de equipamentos é gerido, tanto a nível da
logística e operação, como ao nível da manutenção, a partir
do Estaleiro Central de Pegões. Como a Neopul
actualmente desenvolve a sua actividade numa extensa
área geográfica, que inclui toda a Península Ibérica, o
processo torna-se progressivamente mais difícil à medida
que a distância física também aumenta.
Para ultrapassar estas dificuldades, a Neopul apetrechou
cada grupo de equipamentos pesados ferroviários com um
notebook com ligação à Internet e acesso ao e-mail,
transformando o fluxo de dados e a gestão e tratamento da
informação num processo simples e muito mais célere.
ENGENHARIA
16
RESPONSABILIDADE
CORPORATIVA EM ANGOLA
p
resente em Angola desde os anos 50, a Somague
tem contribuído para o desenvolvimento e
modernização do país, não só através das
inúmeras obras realizadas, algumas emblemáticas, mas
também pelas actividades de responsabilidade corporativa
que realiza junto das comunidades, em prol do
desenvolvimento sustentável. Para além de equipamentos,
materiais e outros donativos, as intervenções mais recentes
centram-se na recuperação de infra-estruturas essenciais
ao desenvolvimento do país e em projectos educacionais,
tanto no âmbito do conhecimento e da formação como da
saúde, entre outros.
Escola Primária N.º2006 (Maianga)
Reabilitação e manutenção de escolas
Projectos de manutenção
• Escola Primária n.º 2006 (Maianga)
Inclui a reparação das redes de águas e esgotos, de
casas de banho e pinturas interiores e exteriores, para
além da oferta de material didáctico.
• Escola Primária n.º 9011 (Bita Sapú)
Reparação do edifício e impermeabilização da cobertura,
reparação da caixilharia e do mobiliário e pinturas interiores
e exteriores. A Somague ofereceu ainda batas para
crianças de ambos os sexos.
Escola Primária N.º2006 (Maianga)
ENGENHARIA
Projecto de reabilitação
17
• Escola Primária n.º 4007 (S. Paulo)
Reparação básica da instalação eléctrica, da rede de
águas e esgotos, substituição de tecto falso,
reparação/aplicação de vãos de portas e pinturas
interiores e exteriores.
Projectos sociais
Escola Primária N.º4007 (S. Paulo)
• Lar Kuzola
É uma instituição do estado que tem actualmente a seu
cargo cerca de 221 crianças com idades até aos 18 anos
(cerca de 50 crianças deficientes). São crianças vítimas
de abusos sexuais, abandonadas ou órfãs.
Trabalhos Somague: Reparação das redes de águas e
esgotos e das casas de banho; desentupimento da fossa
séptica; revestimento dos pavimentos, tectos e paredes
das instalações; recuperação das instalações especiais e
recuperação e reapetrechamento da cozinha e refeitório;
reabilitação do campo de futebol e basquetebol; criação
de um parque infantil; pintura interior e exterior.
A Somague ofereceu ainda brinquedos de Natal.
• Alfabetização
Iniciativa da Somague, em colaboração com o
Ministério da Educação de Angola, no âmbito do
Programa de Alfabetização e Aceleração Escolar,
que visa promover a alfabetização dos seus
colaboradores. A formação será ministrada nas
instalações do Estaleiro Geral.
• Campanha de Informação HIV - SIDA
Formação de colaboradores em HIV - SIDA.
Pretende-se com esta iniciativa, em colaboração
com a Comissão Nacional de Luta contra a SIDA e
Grandes Endemias, formar activistas e
mobilizadores na luta contra a doença. A formação
será ministrada nas instalações do Estaleiro Geral
e terá a duração de um mês.
Limpeza e desobstrução de vala de drenagem - Bairro da Boavista
Apoios comunitários
• Arranjos de via secundária (Cambamba - Futungo de
Belas);
• Apoio aos trabalhos de perfilamento do terreno, com
reposição de terras, junto ao Colégio Patrícia Rossana;
• Arranjos exteriores da envolvente da União dos Escritores
Angolanos;
• Remodelação dos jangos em estrutura de madeira;
execução de caminhos de acessos internos ao jardim;
iluminação exterior; execução de uma sala de leitura em
alvenaria;
• Limpeza e desobstrução de vala de drenagem no Bairro
da Boavista;
• Abertura de vala para drenagem de águas, desobstrução
da estrada, limpeza da vala existente e drenagem das
águas junto das habitações.
Limpeza e desobstrução de vala de drenagem - Bairro da Boavista
ENGENHARIA
18
ENGENHARIA
19
ESTORIL SOL
RESIDENCE
Uma escultura para habitar
o
O projecto, da autoria do arquitecto Gonçalo Byrne, combina arte,
funcionalidade e bem-estar. O complexo habitacional é constituído
fundamentalmente por três torres com 14 pisos de habitação, assentes
sobre um embasamento geral com 9800 m2.
Em cada torre, entre o décimo andar e a cobertura, foi projectada uma consola
saliente com 20 m x 10 m. Duas das torres estão ligadas entre si, ao nível do sexto
e décimo piso, por uma ponte com 40 m de comprimento e 20 m de largura.
À volumetria original e contemporânea alia-se a mais recente tecnologia e um padrão
de conforto muito elevado, do que resulta um espaço habitacional exclusivo,
verdadeiramente excepcional. Os 110 apartamentos de luxo, de tipologias T1 a T5,
com áreas entre os 72 m2 e os 485 m2, estão implantados numa envolvente
que conta com generosos espaços verdes, estacionamento, equipamentos
de lazer, tais como piscina, spa e zona comercial.
Localizado na Marginal à entrada de Cascais, entre o Parque Palmela e a
Baía de Cascais, o empreendimento começou a ser construído em 2007
pelo consórcio constituído pela Somague e Edifer. A primeira fase consistiu
na demolição do antigo hotel Estoril Sol, seguindo-se os trabalhos de
contenção dos terrenos, escavação e a construção propriamente dita.
O desafio gera inovação
A obra, de grande exigência na sua globalidade, colocou alguns
desafios importantes que a Somague ultrapassou de forma
inovadora, criando novos paradigmas na construção. Um dos
aspectos que mais marcou a execução do projecto foi a elevação e fixação
das consolas e da ponte na respectiva posição.
As três torres desenvolvem-se num quadrado de 20 m x 20 m do piso
0 à cobertura, sendo as consolas balanceadas entre os pisos 10 e 14.
Cada um destes elementos mede cerca de 10 m x 20 m e pesa
aproximadamente 120 toneladas. Por sua vez a ponte de ligação pesa
aproximadamente 360 toneladas.
Inicialmente a montagem foi pensada de acordo com os processos
tradicionais, que previam a sua execução em altura e por fases. No
entanto, a localização da obra junto à Avenida Marginal, uma via com
muito tráfego, apresentava alguma perigosidade, o que levou a equipa
da Somague a equacionar outras possibilidades e a escrever uma
nova página na história da construção e da arquitectura nacionais.
ENGENHARIA
20
A solução escolhida, execução das consolas no
solo, sua posterior elevação e fixação às respectivas
torres de betão, é inédita em Portugal e trouxe
diversas vantagens ao nível operacional, de
segurança e de planeamento. Permitiu, por exemplo
nas zonas que confinam com o exterior, trabalhar em
maior segurança, fazer toda a projecção corta-fogo
na estrutura metálica, pintar os pilares e as
diagonais,
evitando
assim
os
problemas
relacionados com os ventos e o spray das tintas.
Somague implementa solução
pioneira
“Este procedimento de executar a consola no solo e
depois colocá-la, de uma só vez, lá em cima na
cobertura, é novo em Portugal.” Através das palavras do
Eng. Helder Ferreira, da Somague, é possível
compreender melhor a importância do procedimento
em questão e dos recursos técnicos envolvidos.
A montagem das consolas nas torres obrigou, antes de
mais, à realização de uma análise de risco, controlando
os pontos críticos e prevendo as vulnerabilidades
associadas ao projecto. Os cálculos foram revistos e
analisados não apenas pela equipa da Somague, mas
também pelo LNEC. De acordo com o Eng., “Todo o
projecto, todos os cálculos foram realizados para uma
estrutura nova. É um trabalho arrojado mas estamos
seguros do que estamos a fazer e mostra a capacidade
da nova engenharia portuguesa”, referiu na altura.
ENGENHARIA
21
Para a implementação da solução adoptada foi necessário
reforçar e construir estruturas próprias que permitissem a
elevação integral dos elementos metálicos.
Destaca-se por exemplo, uma estrutura modular em treliça
e os dois guinchos destinados a elevar a carga, que atingia
as 120 toneladas de peso. A segurança foi uma
preocupação constante, o que contribuiu para o sucesso da
operação “(…) cuidadosamente estudada, desde o
equipamento de elevação até à sequência de operações a
executar, desde o arranque da estrutura no chão até à
fixação final da mesma à torre de betão. Foi um processo
muito bem estudado, onde tudo foi previsto!”.
Outro trabalho a destacar prende-se com as fachadas em
vidro, que envolvem todo o empreendimento. Estas foram
estudadas pelo LNEC em modelo próprio e por este
certificadas no final. Foram aplicados cerca de 1320 vãos
envidraçados, tendo estes a altura total do pé direito dos
apartamentos e um peso médio de 420 kg.
Áreas e volumes
• Área de implantação: 9803,29 m2
• Área bruta de construção: 59 700,00 m2
• Área útil de construção (abaixo do solo): 25 487,82 m2
• Área útil de construção (acima do solo): 29 985,00 m2
• Volume escavado: 150 000 m3
Materiais
Um novo capítulo na história da engenharia
portuguesa
O Estoril Sol Residence ficará, sem dúvida, para a
história da arquitectura portuguesa. Pela estética
arrojada. Pelo elevadíssimo nível de qualidade das
habitações.
Pela localização privilegiada. Pela polémica que sempre
acompanha a originalidade. Mas, sobretudo, pela
inovação técnica e tecnológica que a sua construção
exigiu e que elevou a Somague a novos patamares de
conhecimento, exigência, segurança e experiência.
Resíduos da demolição:
Ferro e aço: 1 542 067 kg
Madeira: 97 120 kg
Contenção/Cortina de Estacas:
Estacas: 3600 m
Ancoragens: 8904 m
Estrutura:
Betão: 34 106 m3
Aço: 5 524 272 kg
Estrutura metálica: 871 233 kg
Betão ciclópico: 10 000 m3
Estacas: 1140 m
Acabamentos:
Alvenaria: 18 850 m2
Paredes e tectos em Pladur: 71 390 m2
Pavimentos em madeira: 18 990 m2
Revestimentos em cantaria: 21 190 m2
Fachada em vidro: 15 416 m2
ENGENHARIA
MADEIRA – PRESENÇA
EM VÁRIAS FRENTES
22
A Madeira continua a investir no desenvolvimento
das suas infra-estruturas, nomeadamente ao nível
do turismo e do comércio. A Somague tem
contribuído para este esforço através da sua
participação nas mais diversas obras, públicas e
privadas, levadas a cabo no arquipélago ao longo de
vários anos. Entre as mais recentes, conta-se a
construção de um campo de golfe e o novo Hiper Sá
de Machico, um projecto que assinala os 10 anos de
excelente relacionamento entre as duas empresas,
corroborado pelo empresário Jorge Sá.
Hiper Sá de Machico
Uma obra muito desejada
A construção localiza-se no centro urbano da cidade de
Machico, tendo como envolvente uma malha urbana bem
definida, com edifícios de volumetria reduzida.Segundo o
arquitecto, Filipe Abreu foi, assim, necessário estudar o
desenvolvimento da cidade e perceber a sua integração
entre o núcleo mais antigo e os seus eixos de
desenvolvimento – entradas e saídas da cidade – de forma
a implantar o edifício garantindo uma boa acessibilidade ao
utente, e sobretudo evitando conflitos e roturas nas infraestruturas viárias actuais.
O Hiper Sá de Machico inaugurado no dia 9 de Outubro,
contou com a presença do Presidente do Governo
Regional da Madeira, Alberto João Jardim, do Vice-Presidente, João Cunha e Silva, do Presidente da CM
de Machico, Emanuel Gomes, do Secretário Regional do
Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António, do
Comendador Jorge Sá e do Presidente da Somague,
José Machado do Vale, entre outras individualidades.
Este hiper cobre todo o concelho de Machico, dando
resposta a 200 mil potenciais clientes.
Há muito que os habitantes de Machico desejavam uma loja do
grupo na região. Este é o 8.º hipermercado e a 23.ª superfície
comercial do Grupo Sá.
O edifício compreende quatro pisos numa área coberta total de
13 mil m2, dispondo de parque de estacionamento com
capacidade para 200 viaturas e galeria comercial com diversas
insígnias regionais e lojas presentes.
A área de venda estende-se por 1700 m2 e a linha de pagamento é
composta por 10 caixas, algumas prioritárias para cidadãos
portadores de deficiência.
com aquela majestosa obra “Hiper Sá” de
Machico, o Grupo Sá reconhece e louva o
esforço e a boa vontade que a Somague Madeira
à mesma dedicou, servindo para reforçar os excelentes elos
de relação Empresarial já existentes, ao longo de mais 10
anos…” Com estas palavras, Jorge Sá agradece à
Somague todo o empenho na finalização do Hiper Sá de
Machico, tendo em conta as problemáticas condições do
terreno, que dificultaram a progressão dos trabalhos e
conduziram ao atraso da obra.
“(...)
Levada da Calheta
Esta obra, ainda em curso, pertence ao IGA – Investimentos
e Gestão da Água, S.A., organismo responsável pela
captação, tratamento e abastecimento da água para
consumo na Região Autónoma da Madeira.
ENGENHARIA
Campo de Golfe da Ponta do
Pargo
O Campo de Golfe da Ponta do Pargo ficará
implantado em cerca de 900 000 m2 de área rural,
sobranceira à encosta Oeste da Madeira, e
apresenta 18 buracos, um Pich and Putt de 9
buracos, e um campo de treinos.
O projecto, da autoria do gabinete Nick Faldo
Design, um nome bem conhecido no mundo do
golfe, que será da responsabilidade da Vice-Presidência do Governo Regional e estará a cargo
da Sociedade de Desenvolvimento da Ponta do
Oeste.
A obra localiza-se nas serras do Concelho da Calheta e
destina-se a melhorar as condições de transporte dos
caudais, reduzindo assim o volume de perdas, e a reforçar
estruturalmente o canal, conferindo-lhe maior segurança.
Entre os diversos equipamentos em obra, conta-se um
“comboio para transporte de betão” estudado e executado
no estaleiro da Somague para solucionar a dificuldade de
acessos, que consiste num motor de uma motocultivadora
anexado a vários chassis construídos em ferro, com rodas e
baldes para transporte do betão para as frentes de trabalho.
Lar de Terceira Idade, Creche e
Infantário Assicom
A obra Assicom – Associação dos Indústriais de
Construção da Madeira, integra a construção de um lar de
idosos e de uma creche e infantário. O complexo é
composto por 2 edifícios: um destinado ao lar, com 9
pisos, que ocupa cerca de 85 % da área de implantação
da obra, e outro, com 2 andares, destinado a creche e
infantário, que ocupa cerca de 15 %. Os dois edifícios são
fisicamente separados por um caminho municipal de
acesso pedonal e trânsito automóvel ligeiro.
A empreitada vai consistir na construção e reforço de
infra-estruturas que permitam a sua execução e
manutenção futura, nomeadamente a canalização de
2500 ml de linha de água; reforço das infra-estruturas eléctricas; construção de 10 lagoas;
construção do arruamento principal de acesso ao
Clubhouse, dos caminhos de buggys e de um
pequeno túnel pedonal. Fazem ainda parte deste
contrato todos os trabalhos de erradicação da grama
grossa Kikuyu e ainda um período de manutenção
de 6 meses, denominado Grow in, em que serão
realizados trabalhos de rega, adubação, corte de
relva, fertilização, tratamentos preventivos/curativos,
recargas de areia, etc.
O grande objectivo da obra é contribuir para o
desenvolvimento da região, colocando-a no roteiro
dos destinos mundiais da modalidade.
Alteração à Rede Viária
do Campo de Golfe
da Ponta do Pargo
Esta empreitada, decorrente da obra anterior,
compreende a alteração e adaptação da rede viária
existente em função da construção do campo de
golfe, contemplando três zonas de intervenção. A
obra principal consiste na substituição do
arruamento existente entre a Estalagem e o Farol
por um túnel rodoviário, realizado a céu aberto.
A empreitada foi iniciada em Abril de 2010 e prevê-se a
sua conclusão para o mês de Maio de 2011.
23
Promovemos ideias construtivas