Layout Soma e segue 46 Rosa.qxd
Transcrição
Layout Soma e segue 46 Rosa.qxd
pág. 3 Índice Editorial pág. 4 - 7 Breves · Somague volta a dar sangue · Experiência Internacional · Renovação da Certificação Angola Ambiental da Hidurbe Espanha · Presença Somague Cabo Verde Irlanda SyV pág. 8 - 9 · Resultados 3º trimestre de 2010 Ambiente pág. 10 - 12 · Font Salem Portugal contrata AGS · Hidurbe com nova carteira de projectos pág. 13 - 21 Engenharia Engenharia · Madeira – Presença em várias · Estação Elevatória dos Olivais frentes · Investir em equipamento estratégico · Responsabilidade Corporativa em Angola · Estoril Sol Residence pág. 22 - 23 SintraCascais Escritórios Rua da Tapada da Quinta de Cima - Linhó 2714-555 SINTRA - PORTUGAL Tel.: +351 21 910 40 00 Fax: +351 21 910 40 01 www.somague.pt Ficha Técnica Propriedade: Somague Periodicidade: trimestral Edição: Direcção de Marketing e Comunicação - Somague Tiragem: 3500 exemplares | N.º de Depósito Legal: 16881/10 3 Editorial A Somague marca presença em Angola desde os anos 50, sendo este País um dos mais relevantes mercados para a empresa. É por isso natural que, à semelhança do que vem fazendo ao longo dos anos em Portugal, a Somague assuma também ali relevantes projectos de responsabilidade social. Para além do empenhamento na FESA – Fundação Eduardo dos Santos, onde integra a Assembleia Geral, a Somague tem desenvolvido diversas acções ligadas à educação e ao apoio comunitário. Neste número do Soma e Segue poderá tomar contacto com alguns daqueles projectos. Em Portugal, ainda no domínio da educação, a Somague integra a direcção da EPIS – Empresários pela Inclusão Social, sendo aí representada pelo seu Presidente, José Luís Machado do Vale. Esta associação pretende “combater o insucesso e o abandono escolares através da prevenção e da remediação de factores de risco dos alunos e famílias, da promoção de factores de protecção e através da indução de factores externos de sucesso nas organizações escolares”. No passado dia 26 de Novembro, com a presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, a EPIS apresentou o seu plano de acção 2010-2012, que pretende ser mais uma ferramenta no difícil combate ao abandono e insucesso escolares em Portugal. Duas realidades – Angola e Portugal – mas o mesmo Estação Elevatória dos Olivais envolvimento, em prol de uma melhor educação. Luis Garcez Director Geral de Marketing e Comunicação BREVES 4 Experiência Internacional Com uma presença forte nos mercados externos, a Somague continua a afirmar-se em países como Espanha, Angola, Irlanda e Cabo Verde, entre outros, onde a sua actividade se desenvolve em obras estruturantes, que exigem know-how e recursos especializados. Angola Concluída sede do Banco Privado do Atlântico A sede do Banco Privado do Atlântico está concluída e entregue. O edifício, que foi inicialmente concebido para acolher a Somague, recebe agora este banco de investimentos, participado pelo Grupo Sonangol, Global Pactum, S.A., BCP Millenium Angola e outros accionistas individuais. O Banco Privado do Atlântico, uma das grandes referências do mercado financeiro angolano, inaugurou a sua sede na segunda quinzena de Novembro. Espanha Neopul ganha manutenção da Alta Velocidade Espanhola A Neopul integra a UTE Gabaldon, juntamente com duas outras empresas ferroviárias espanholas, vencedora do contrato de manutenção da infra-estrutura, via e aparelhos, do novo acesso ferroviário de alta velocidade do Levante. O troço em manutenção tem 222 km de via dupla e três estações comerciais – Albacete, Requena-Utiel e Valência – para uma velocidade máxima de 350km/hora. O contrato foi assinado em Madrid a 23 de Julho, prevendo um plano de 6 meses de pré-manutenção e 24 meses de manutenção preventiva, que decorrerão já durante a exploração comercial da linha. BREVES Lançada primeira pedra da empreitada do Porto da Boavista No passado dia 5 de Outubro teve lugar a cerimónia de lançamento da primeira pedra da empreitada do Porto da Boavista, a qual foi presidida pelo Primeiro-ministro. A obra prevê a construção de um novo quebra-mar com aproximadamente um quilómetro, dragagens, um parque de mercadorias, um cais de acostagem com fundos à cota -7, edifícios administrativos e de armazenamento e outras infra-estruturas. Os trabalhos marítimos já foram iniciados, contando o projecto com um prazo de execução de 30 meses. Cabo Verde Prosseguem as obras infra-estruturantes As grandes obras públicas previstas no programa de desenvolvimento do governo de Cabo Verde continuam a avançar. A Somague participa no esforço de modernização do país através da execução de diversas obras de infra-estruturação como sejam estradas, portos, edifícios públicos e outras. Porto da Praia - Fase II Para além da construção de portos em outras ilhas do arquipélago, coube à Somague realizar todas as obras de reformulação e ampliação do Porto da Praia, estando neste momento em conclusão a fase I da maior obra de infra-estruturas marítimas alguma vez realizada em Cabo Verde. Prepara-se agora o arranque da fase II da empreitada de expansão e modernização. O contrato celebrado entre o Ministério de Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações de Cabo Verde e o Consórcio liderado pela Somague foi assinado no passado dia 12 de Agosto e os trabalhos iniciados em Novembro. Desenvolver o Turismo através da qualificação dos recursos locais A Somague concluiu a construção da Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde, uma empreitada promovida pelo Governo de Cabo Verde e financiada pelo Grão-Ducado do Luxemburgo. Trata-se de uma unidade de ensino moderna, localizada na Cidade da Praia, com uma área superior a 5000 m2, equipada com salas de aula, zonas administrativas, anfiteatro, cozinhas e restaurante. O projecto reveste-se da maior importância para o seu promotor, já que a aposta na qualificação de técnicos especializados nos diversos ramos da actividade turística e hoteleira é uma necessidade para a melhoria dos serviços do sector do Turismo, actividade vital para a economia do País. 5 BREVES 6 Irlanda Inauguração do Metro Ligeiro de Dublin – LUAS No dia 16 de Outubro foi oficialmente inaugurada a extensão de 7,5 km da Linha Verde do metro ligeiro da cidade de Dublin, na Irlanda, que agora liga o centro da cidade à sua periferia a sul. A obra foi projectada e executada pelo consórcio formado pelas empresas Somague Engenharia, S.A. (75 %), Sacyr, S.A.U. (5%) e Bowen Construction, Ltd (20%). No âmbito deste contrato, a Neopul teve a seu cargo a concepção, aprovisionamento, construção, teste e comissionamento dos trabalhos de via-férrea e catenária. Trabalhos realizados: Trabalhos de construção: • 3500 m lineares de via simples balastrada; • 8400 m lineares de via simples betonada com sistema de prevenção de descarrilamento; • 3200 m lineares de via simples em plinto; • 1800 m de via simples balastrada dentro do parque de manutenção de Sandyford para um maior número de linhas de resguardo para as novas composições a operar na linha; • Sistema de catenária completo para ser operado a uma tensão nominal de 750 Vcc nestes 17 km (linha e parque de manutenção) incluindo o sistema de feeder e tracção de retorno. Trabalhos de integração das diferentes tipologias de via: Trabalhos de instalação na via-férrea: • Aplicação do betão armado das lajes de fundação da via embebida e dos plintos da via em plinto; • Aplicação de carris de transição entre carril vignole e de gola, dos carris de transição de tombo, das barretas para ligação entre carris dentro do parque de manutenção, das juntas isolantes coladas; • Encapsulamento dos carris de gola da via betonada; • Execução das soldaduras aluminotérmicas, incluindo os respectivos testes ultra-sónicos; • Construção de via embebida em 11 novas estações e extensão de uma existente com painéis pré-fabricados colocados sobre via balastrada, com acabamento igual ao existente; • Betonagem de 500 metros de via embebida dupla em betão impresso de cor negra e branco em passagens pedonais; • Esmerilagem preventiva da via. • 10 aparelhos de mudança de via (AMV) simples, 4 AMVs simples no interface com a via existente, 2 diagonais simples na mesma zona, 2 diagonais simples para manobras de emergência junto a duas estações e 1 diagonal dupla (“Bretelle”) junto à estação terminal; • 24 pares de aparelhos de dilatação; • 22 sistemas de aquecimento de agulhas de aparelhos de mudança de via; • 112 drenagens transversais da via; • 11 passagens de nível pedonais tipo “Strail”. Para além destes trabalhos, e cumprindo os requerimentos do contrato, a obra foi executada assegurando-se a compatibilidade e interoperabilidade com o sistema existente, respeitando todos os requisitos de manutenção, vibração e ruído e isolamento eléctrico, minimizando os efeitos de passagem de correntes para a terra de modo a combater a formação de correntes vagabundas. Foi ainda acautelado o fornecimento de peças de reserva, o treino ao pessoal de manutenção e operação do novo sistema, bem como a preparação para um futuro upgrade para tensão de 1500 Vcc. Neopul reforça presença na Irlanda A Neopul assinou, no dia passado 13 de Dezembro, um contrato de manutenção para a rede de tracção eléctrica (catenária) da linha de comboio suburbano de Dublin – DART – na República da Irlanda, por um período de 24 meses. BREVES 7 Presença Somague Ao longo dos últimos meses, a Somague estendeu o seu apoio a diversos eventos e actividades que vão decorrendo tanto a nível nacional como internacional: Renovação da Somague volta a dar Certificação Ambiental sangue da Hidurbe A Somague e os seus colaboradores participaram uma vez mais na recolha de sangue realizada nas suas instalações, pelo Instituto Português do Sangue – Centro Regional de Sangue de Lisboa, no passado dia 29 de Setembro. Iniciativas como esta contribuem para desenvolver uma melhor consciência social, uma vez que só a solidariedade e generosidade de todos permitem dar resposta às necessidades. No âmbito do seu Sistema Integrado de Qualidade e Ambiente (SIQA) referenciado pelas normas NP EN ISO 9001:2008 e NP EN ISO 14001:2004, este ano a Hidurbe atingiu mais um dos seus objectivos, alcançando com sucesso a renovação da sua Certificação Ambiental. É o reconhecimento do esforço de toda a equipa, que trabalha diariamente para a melhoria contínua do seu desempenho ambiental. • Edição do livro “Estruturas de Betão em Portugal” em conjunto com o Grupo Português de Betão Estrutural; • Centenário da República – a Somague associou-se às comemorações dos 100 anos da República Portuguesa que se desenrolam ao longo de todo este ano; • 12º Congresso Nacional de Geotecnia, realizado em Guimarães, com destaque para os temas do desenvolvimento sustentável e da eficiência energética; • FIC 2010 – Feira da Indústria e da Construção da Madeira, que decorreu entre 13 e 17 de Outubro e contou com a presença de cerca de 80 empresas; • XVIII Congresso da Ordem dos Engenheiros 2010, sobre "A Engenharia no Século XXI Qualificação, Inovação e Empreendedorismo", que teve lugar em Aveiro entre 3 e 6 Novembro; • Encontro Nacional sobre o Espaço Subterrâneo e a sua Utilização, que se realizou no LNEC, nos dias 18 e 19 de Novembro, com apresentação de comunicações sobre a utilização do espaço subterrâneo. • 5ª Expo Água 2010, patrocinada pela AGS, realizou-se nos dias 19, 20 e 21 de Outubro, no CCB, e teve como tema “Potenciar a cadeia de valor da água, assegurar o futuro do sector em Portugal”. • 14º ENaSB/Silubesa, realizado de 26 a 29 de Outubro, no Porto, e que teve como objectivo a promoção e discussão da adaptação e sustentabilidade de serviços de abastecimento de água e águas residuais. AGS apresentou 3 comunicações. AMBIENTE 8 FONT SALEM PORTUGAL CONTRATA AGS a AGS iniciou em Agosto, na região de Santarém, a prestação de serviços de conservação, exploração e manutenção da Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI) da Font Salem Portugal, uma empresa cervejeira portuguesa, de sólida reputação e reconhecido prestígio, pertencente ao Grupo Damm. • A ETARI, patente Seghers, consiste num sistema UNITANK® de dois estágios anaeróbio-aeróbio, dimensionada para: Caudal médio 1200 m3/d; 50 m3/h Caudal máximo 100 m3/h CBO 2200 mg/l; 2620 kg/dia CQO 3300 mg/l; 3960 kg/dia Sulfatos baixo (mg/l) pH 4-12 Fósforo 5-20 mg/l Azoto 10-30 mg/l O processo de tratamento, compacto e modular, é constituído por: • Câmara de bombagem, onde é recolhida a água residual bruta e enviada para pré-tratamento; • Tamisador estático para separação de sólidos e unidade de equalização para uniformização da água residual a tratar; • Tanque correcção de pH após equalização, garantindo as condições de afluência adequadas ao reactor anaeróbio; • Reactor anaeróbio UASB “Uspstream Anaerobic Sludge Blanket”, de alta carga, onde é biodegradada cerca de 80 % da matéria orgânica (com produção de biogás); • UNITANK aeróbio, de baixa carga, composto por 3 unidades, que constitui a 2ª fase de tratamento biológico e promove a remoção da matéria orgânica remanescente e nutrientes, com uma eficiência global de 98-99 %; • Tanques de lama em excesso (armazenamento de lama anaeróbia e espessamento de lama aeróbia do UNITANK®), para posterior desidratação por filtro de bandas; • Flaire, onde o biogás produzido no reactor metanogénico é enviado pressurizado para ser queimado. AMBIENTE 9 HIDURBE COM NOVA CARTEIRA DE PROJECTOS Reforço de posição na LIPOR renegociação do contrato de exploração da Central de Valorização Orgânica da LIPOR em 2009, seguiu-se, em 2010, a aquisição da totalidade da participação da anterior associada na Hidurbe Mesquita ACE. O processo ficou concluído no passado mês de Agosto, detendo a Hidurbe actualmente 100% do novo ACE, agora designado Hidurbe CVO – Central de Valorização, A.C.E. à A Hidurbe reforça assim a sua posição de cooperação com a LIPOR, assumindo em exclusivo a exploração da Central de Valorização da Fracção Orgânica de Resíduos Sólidos, pelo processo de compostagem, designada por Lipor III. A Hidurbe celebrou ainda três novos contratos com a LIPOR: um para o encaminhamento de lixiviados provenientes do aterro sanitário de Ermesinde para tratamento em ETAR, outro para o transporte de escórias da central de valorização energética da LIPOR para o aterro da Portucel, em Viana do Castelo, e um último para a execução da campanha de caracterização dos Bio-resíduos, na Central de Valorização Orgânica na LIPOR. Novos contratos A Hidurbe iniciou em 2009 a aposta na área dos serviços de recolha de resíduos no Algarve, com a adjudicação do concurso público lançado pela ALGAR – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. para a prestação de serviços em oito municípios da região. No seguimento do trabalho desenvolvido, a Hidurbe conquistou no passado mês de Outubro o contrato para a gestão de resíduos e limpeza exterior do MARF – Mercado Abastecedor da Região de Faro, pelo período de 3 anos, através de um concurso público lançado pela referida entidade. Ainda no Algarve, a Hidurbe celebrou um contrato com o Município de Silves para o serviço de limpeza das zonas balneares de Armação de Pêra, iniciado em Julho. Na zona Lisboa, além dos projectos que já detém no Parque das Nações, no MARL – Mercado Abastecedor da Região de Lisboa e no Hospital Garcia de Horta, a Hidurbe venceu em Setembro o concurso para a lavagem e desinfecção dos contentores de resíduos nos Concelhos de Loures e Odivelas, num total de 6400 unidades. Equipamento de vanguarda na recolha de resíduos No seguimento da renovação de parte da sua frota, aliada ao compromisso de excelência ambiental, a Hidurbe adquiriu um equipamento que é, actualmente, a melhor solução para lavagem, interior e exterior, de contentores de resíduos subterrâneos de 3 m3 tipo Sotkon, para além dos convencionais contentores de superfície de 80L a 1200L de capacidade. Esta solução de vanguarda, já ao serviço dos clientes, apresenta a grande inovação de ser dotada de um sistema de reciclagem de água. 10 O RESULTADO DA ACTIVIDADE DA SYV NOS PRIM ASCENDE JÁ, SEM CONTAR COM RESULTADOS E MILHÕES DE EUROS, O QUE A AFASTA DO CENÁ A facturação procedente da actividade internacional cresceu 19,8 % e representa já 30 % do volume de negócios do Grupo, tendo este sido de 20 % • O volume de negócios, sem contar com os resultados extraordinários, isto é, sem contar com as vendas extraordinárias da Vallehermoso e da Testa, foi de 3362 milhões. Ou seja, foi menor em 5 % que no mesmo período de 2009. • A facturação internacional representa já 30 % do total de facturação do Grupo. • O EBITDA atingiu os 317 milhões de euros, o que posiciona a margem bruta em 8,8 %, tendo sido de 7,4 %, nos primeiros nove meses de 2009. • A 30 de Setembro de 2010, 57 % dos negócios em carteira, que ascendem a 50 443 milhões, eram já resultado da actividade internacional. No que respeita apenas à construção, a percentagem obtida no exterior ultrapassa os 69 %. • A SyV reduziu a dívida líquida em 1,6 %, desde Dezembro de 2009. nos primeiros nove meses de 2009, o que destaca o caminho adoptado pela SyV no sentido da internacionalização dos seus negócios. O resultado bruto de exploração do Grupo fixou-se em 317,3 milhões de euros, o que põe em destaque o importante aumento do EBITDA na área das concessões e na actividade de serviços. O impacte da queda do resultado operacional na área da promoção imobiliária repercutiu-se numa contracção do EBITDA do Grupo de 4,6 %. Contudo, as restantes áreas de negócio contribuem para o EBITDA com 411,9 milhões, o que representa mais 3,6 % do que no mesmo período de 2009. A margem bruta era, em Setembro, de 8,8 %. Nos primeiros nove meses de 2009, a margem bruta foi de 7,4 %. A dívida líquida do Grupo era, em Setembro, de 11 672,3 milhões, ou seja, menos 1,6 % do que a dívida de 11 861 milhões registada em Dezembro de 2009. A dívida líquida corporativa situava-se, em 30 de Setembro, nos 608 milhões de euros, sendo a mesma, em Dezembro, de 527 milhões, devido aos investimentos feitos através da holding. Em Agosto, o processo de refinanciamento da Vallehermoso pelo Grupo terminou com êxito, tendo-se celebrado um acordo com as entidades financeiras no âmbito do qual o prazo de vencimento da dívida é prolongado em cinco anos e é extensível até oito anos. Além disto, obteve-se liquidez para levar a cabo projectos nos próximos cinco anos. As receitas futuras em carteira da SyV, que já opera nos cinco continentes, atingem os 50 443,5 milhões de euros e apoiam-se basicamente nas actividades o Grupo Sacyr Vallehermoso atingiu, até mais recorrentes, nas concessões e nos serviços. A Sacyr Concesiones e a Setembro de 2010, um resultado líquido de Valoriza representam respectivamente 55,6 % e 23,6 % da carteira total. O 110,2 milhões de euros (valor que não pode ser resultado operacional implícito nesta carteira é superior a 19 600 milhões de comparado com o de 2009, de 468,4 milhões, devido, euros. sobretudo, ao resultado das actividades interrompidas, no Set.10 valor de 854,9 milhões, que a venda da Itínere gerou no exercício anterior). Por esta razão, o resultado depois de (milhares de euros) Receitas impostos das actividades continuadas, sem contar com os Sacyr – Somague (obras em carteira) 7 611 473 resultados extraordinários, até Setembro, cifrou-se nos Vallehermoso (pré-vendas em carteira) 122,1 milhões de euros (o que se pode comparar com as Sacyr Concesiones (receitas em carteira) perdas de 386,5 milhões de 2009, nas quais não foram Testa (rendas a receber) contabilizadas as vendas extraordinárias de activos). Valoriza (serviços em carteira) 11 921 851 NEGÓCIOS EM CARTEIRA 50 443 476 285 817 28 038 316 2 586 020 Até Setembro de 2010, o volume de negócios era de 3625 milhões de euros, menos 19,3 % que no período homólogo A 30 de Setembro de 2010, 57 % das obras e serviços em carteira do ano anterior. É, contudo, importante ter em conta que correspondiam a actividade internacional. No âmbito da actividade de durante os primeiros nove meses de 2009 se procedeu, na construção, esta percentagem ascende a 69 % devido ao crescente número de Vallehermoso, a uma série de operações extraordinárias de apresentações de propostas que se têm vindo a realizar fora de Espanha, e à venda de terrenos, e, na Testa, de outros activos. Se não se celebração de grandes contratos em Itália, no Panamá, na Líbia e em Israel, bem tivessem em conta estas operações, a diminuição do volume como noutros países. Estas dizem respeito, na sua maioria, a obras de negócios teria sido de 5,2 %. emblemáticas, como, por exemplo, a construção do terceiro jogo de eclusas do Canal do Panamá ou a dessalinizadora de Perth, na Austrália, entre outras. MEIROS NOVE MESES, EXTRAORDINÁRIOS, A 122 RIO DE PREJUIZO DE 2009 11 Construção (Sacyr + Somague) – Até 30 de Setembro de 2010, as receitas O resultado bruto de exploração cresceu 1,4 % e atingiu os 25,3 desta área atingiram 2156,6 milhões de euros, menos 11,1 % que no mesmo milhões de euros, o que permite alcançar uma margem período de 2009. Esta diminuição deveu-se à redução da actividade nacional operacional de 54,9 %. No período homólogo de 2009, esta provocada pela queda generalizada da construção habitacional. Destaca-se, margem foi de 51,3 %. contudo, o facto de a actividade internacional ter resultado na facturação de 901,7 milhões de euros (+9,4 %) nos nove primeiros meses, o que A evolução do tráfego nas auto-estradas do Grupo, durante os representa 49 % do total. A margem bruta sobre as vendas cresceu em nove primeiros meses de 2010, tem sido, de uma forma geral, 0,8 pontos e situava-se nos 6 %, a 30 de Setembro de 2010. positiva. Destaca-se o bom comportamento das auto-estradas de Eresma, Barbanza, Viastur e a auto-estrada de Turia. A importante carteira de obras alcançada até 30 de Setembro, no valor de 7611,5 milhões de euros, garante 31,8 meses de actividade. Serviços (Valoriza) – A 30 de Setembro de 2010, as receitas da Valoriza atingiram os 138 milhões de euros, o que Promoção imobiliária (Vallehermoso) – Até 30 de Setembro de 2010, as representa um aumento de 12,6 % relativamente aos 678,1 receitas da Vallehermoso atingiram os 579 milhões de euros, o que representa milhões de euros registados nos nove primeiros meses de menos 56,7 % do que os 1337,4 milhões de euros atingidos em 2009. A 2009. Este aumento deveu-se ao crescimento das quatro áreas diferença deve-se à conjuntura do sector e ao elevado valor obtido com as de actividade após a entrada em funcionamento de novos vendas de terrenos levadas a cabo naquele período. projectos. Este crescimento tem sido especialmente relevante na área da água, que regista mais 31 % que em 2009, enquanto Nos primeiros nove meses do exercício, a Vallehermoso entregou 1500 casas. a área dos multisserviços e do meio ambiente cresceram 13 % A 30 de Setembro de 2010, as obras contratadas em carteira ascendes a 285,8 e 11 %, respectivamente. O crescimento no exterior também foi milhões de euros. reforçado na actividade de serviços, que obteve 20 % do total das suas receitas com a actividade internacional. Património em arrendamento (Testa) – A Testa atingiu, a 30 de Setembro de 2010, receitas no valor de 187,9 milhões de euros. Deste valor, 183,8 milhões de Por sua vez, o EBITDA registou um forte crescimento de 23,3 % euros são receitas provenientes de arrendamentos do património em e atingiu os 108 milhões de euros. A margem operacional exploração. O restante valor do volume de negócios, ou seja, 4,1 milhões de sobre o volume de negócios situa-se nos 14,1 %, tendo sido, euros, corresponde à prestação de serviços de gestão patrimonial. no mesmo período do exercício anterior, de 12,9 %. A diminuição da facturação em 4,1 %, relativamente aos primeiros nove meses Indica-se, de seguida, a subdivisão das receitas e a do exercício anterior, deve-se principalmente à transferência de imóveis contribuição para o EBITDA das actividades da Valoriza. realizada nos últimos dias de Março de 2009. Se este factor não for tido em conta, conclui-se que as receitas relativas a arrendamentos diminuíram apenas 1,9 %, pelas revisões de rendas negativas decorrentes dos índices negativos VOLUME DE NEGÓCIOS inter-anuais de IPC. O EBITDA alcançou os 149,5 milhões de euros, o que situa a margem operacional em 79,6 %, percentagem semelhante à registada no Água mesmo período de 2009 (que foi de 81,7 %). Estes dados demonstram a força Meio ambiente 29 % e a estabilidade da divisão patrimonial do Grupo SyV relativamente à Multisserviços 22 % Energias alternativas 17 % degradação geral do mercado. 32 % Concessões de infra-estruturas (Sacyr Concesiones) – A 30 de Setembro de 2010, a Sacyr Concesiones registou um volume de negócios de 46,1 milhões de euros, tendo, nos primeiros nove meses de 2009, sido registado um volume de 48,6 milhões de euros. Esta queda resulta da diminuição da percentagem de participação nas quatro concessões que foram vendidas à Eiser e que, até EBITDA Julho, não contribuíram para o volume de negócios, uma vez que foram consideradas activos mantidos para venda. Contudo, se se tivesse seguido o Água 31 % mesmo critério contabilístico, as receitas de portagens teriam alcançado os 31 Energias alternativas 31 % milhões de euros, ou seja, mais 36,5 % devidos ao bom comportamento das Meio ambiente 27 % Multisserviços 11 % concessões e à colocação em exploração da Autopista del Sol (S. José- Caldera), na Costa Rica, e da auto-estrada N-6, entre Galway e Ballinasloe (Irlanda). 12 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS (milhares de euros) Setembro 2010 Valor líquido do volume de negócios Var. 2009* 10/09 3 625 030 4 490 649 -19,3 % 303 727 255 265 19,0 % Total das receitas de exploração 3 928 757 4 745 914 -17,2 % Gastos externos e de exploração -3 611 435 -4 413 156 -18,2% 317 322 332 759 -4,6 % -120 808 -142 696 -15,3 % 67 609 -261 895 n.s. 264 123 -71 832 n.s. 23 0 n.s. 264 146 -71 832 n.s. -333 800 -417 047 -20,0 % -78 -3921 -98,0 % 167 417 -198 807 n.s. 11 098 -78 n.s. -212 -130 63,0 % 1127 66 325 -98,3 % Resultado antes de impostos 109 698 -625 491 n.s. Imposto sobre as sociedades 12 417 238 994 -94,8 % 122 115 -386 497 n.s. -7960 854 927 n.s. 114 155 468 430 -75,6 % -3927 -12 n.s. 110 228 468 418 -76,5 % Outras receitas RESULTADO BRUTO DE EXPLORAÇÃO Amortizações do imobilizado Provisões do circulante RESULTADO CORRENTE DE EXPLORAÇÃO Variação das provisões do imobilizado RESULTADO LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO Resultados financeiros Resultados por diferenças no câmbio Resultado de sociedades em participação Provisões de investimentos financeiros Resultado com base na variação do valor dos instrumentos financeiros a justo valor Resultado da alienação de activos não-correntes RESULTADO ACTIVIDADES CONTINUADAS RESULTADO ACTIVIDADES INTERROMPIDAS RESULTADO CONSOLIDADO Atribuível a minoritários RESULTADO LÍQUIDO ATRIBUÍVEL * Reformulada CNIF12 ENGENHARIA Reabilitação do Circuito Hidráulico a Estação Elevatória dos Olivais foi mandada construir pelo então Ministro das Obras Públicas e Comunicações, Eng.º Duarte Pacheco, tendo sido inaugurada em 1948. Com o passar dos anos, as condutas foram apresentando sinais de deterioração com elevados índices de perdas físicas e desgaste nos equipamentos electromecânicos, pelo que foi necessário proceder à remodelação do circuito hidráulico e, posteriormente, à dos equipamentos. A obra actualmente em execução divide-se precisamente em duas fases distintas, contemplando a reabilitação integral de cada um desses segmentos. O projecto prevê a execução das obras de construção civil, a substituição integral do circuito hidráulico de toda a Estação Elevatória, dos equipamentos electromecânicos, eléctricos e de instrumentação e controlo que o constituem, e as respectivas ligações ao exterior, nomeadamente: • Galerias Técnicas Norte e Sul com uma área bruta de construção de 600 m2 cada uma (1200 m2 totais), destinadas a alojarem os equipamentos e circuitos hidráulicos a montante e a jusante dos grupos elevatórios da Estação; • Equipamentos electromecânicos e eléctricos, de instrumentação, medição e controlo associados; • Renovação de todos os circuitos exteriores; • Circuitos de drenagem de água de exploração e de águas pluviais; • Instalação de tubagem em aço nas condutas enterradas, soldada helicoidalmente, numa extensão total de 1,1 km e com diâmetros que variam entre 150 mm ≤ DN ≤ 1500 mm, protegida por um sistema de monitorização que permite a sua adequada manutenção preventiva. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DOS OLIVAIS Actualmente, a Estação Elevatória é alimentada por uma conduta de aspiração em Betão Armado DN 1440 mm através de um circuito que se encontra interligado em anel com a Casa de Água Sul e a Casa de água Norte. O anel de aspiração transporta água até aos dezasseis grupos electro-bombas que promovem a adução de água conducente à satisfação dos consumos solicitados pela Rede de Abastecimento de Água à Cidade de Lisboa e a Concelhos limítrofes para as três zonas altimétricas da Cidade, nomeadamente Zona Baixa, Zona Média e Zona Alta.” Na primeira fase da obra pretende-se remodelar o anel de aspiração, instalando uma conduta em chapa de aço DN1500 e, para aumentar a funcionalidade da instalação, optou-se pela criação de duas galerias, uma na ala norte e outra na ala sul da Estação, para a instalação das tubagens de aspiração e compressão dos grupos e a instalação de órgãos de manobra, medidores de caudal e transmissores de pressão. As duas galerias terão acesso pelo interior da Estação Elevatória. 13 ENGENHARIA 14 INVESTIR EM EQUIPAMENTO ESTRATÉGICO Alta Tecnologia na Somague Engenharia Para dar resposta a alguns dos grandes projectos em curso, como o Porto da Boavista, em Cabo Verde, e os viadutos das Auto-Estradas do Marão, e prosseguir o programa de modernização e adequação do equipamento estratégico da Somague Engenharia, são de salientar, pelo seu valor e importância, algumas novidades: Grua Manitowoc A Manitowoc é um dos mais prestigiados fabricantes de equipamento de elevação, com uma história de inovação bem conhecida. Recentemente, a Somague Engenharia adquiriu uma potente grua de rastos de grande porte desta marca. A nova Manitowoc 2250 foi recebida no estaleiro marítimo, situado na Póvoa de Sta. Iria, onde foi ministrado um programa de formação aos operadores e técnicos. Foi, entretanto, deslocada para a obra do Porto da Boavista, onde permitirá maior eficiência, segurança e flexibilidade no andamento da construção. Principais características •Capacidade •Contra-pesos •Preparação para MAXER, elevando a capacidade para •Lança •Motor 272 Ton Série 3 450 Ton 79,2 metros Cummins de 372Kw ENGENHARIA 15 Cimbre Autolançável AP-2004-Somague Esta máquina, concebida para permitir a construção de tabuleiros em betão armado, tramo a tramo, foi agora reforçada e ampliada de forma a adequar-se às necessidades dos projectos que a Somague Engenharia tem actualmente a decorrer. A utilização de um cimbre autolançável não é um método de construção tradicional, uma vez que a estabilização do sistema é realizada através de apoios integrados nos pilares do viaduto a construir. Assim, este tipo de cimbre permite construir os tabuleiros de uma forma inteiramente livre e independente dos condicionalismos impostos pela zona de atravessamento. Pesos totais aproximados •Globalidade do equipamento móvel •Viga principal •Cofragem exterior •Pórtico de pilar •Par de vigas balanceiras Peso (kg) 586 000 400 000 186 000 18 000 1200 Uma vez construídos os pilares, o acesso dos materiais, equipamentos e pessoal à frente de trabalho faz-se sempre sobre o tabuleiro já construído, independentemente de eventuais restrições de passagem como cheias, condicionalismos de tráfego, impossibilidade de abertura de acessos, etc. Principais características • Comprimento total - (Obra do V1 – Marão) • Vão entre apoios de lançamento - (Obra do V1 – Marão) • Vão entre apoio de betonagem - (Obra do V1 – Marão) • Peso máximo do tabuleiro a betonar - (Obra do V1 – Marão) – Zona corrente - (Obra do V1 – Marão) – Zona do pilar 98.84 m 44.00 m 39.00 m 188.5 KN/m 263.3 KN/m Garantir a flexibilidade e operacionalidade dos recursos, dar resposta aos desafios colocados, sobretudo, pelos grandes projectos e a constante exigência de inovação, segurança e qualidade a que qualquer empresa está hoje obrigada, levaram a Somague a apostar uma vez mais na melhoria dos equipamentos e dos processos de gestão e controlo dos seus recursos. Novo sistema de gestão de dados na Neopul Também a Neopul investiu na modernização dos processos de organização e controlo do seu parque de equipamentos. Sendo uma empresa especializada na construção, manutenção e renovação de vias-férreas e com um parque de equipamentos de elevado nível tecnológico com capacidade de responder aos desafios da Alta Velocidade, o desenvolvimento e a implementação de novas tecnologias de informação são uma exigência quando o objectivo é a melhoria contínua no desempenho da actividade. Todo o parque de equipamentos é gerido, tanto a nível da logística e operação, como ao nível da manutenção, a partir do Estaleiro Central de Pegões. Como a Neopul actualmente desenvolve a sua actividade numa extensa área geográfica, que inclui toda a Península Ibérica, o processo torna-se progressivamente mais difícil à medida que a distância física também aumenta. Para ultrapassar estas dificuldades, a Neopul apetrechou cada grupo de equipamentos pesados ferroviários com um notebook com ligação à Internet e acesso ao e-mail, transformando o fluxo de dados e a gestão e tratamento da informação num processo simples e muito mais célere. ENGENHARIA 16 RESPONSABILIDADE CORPORATIVA EM ANGOLA p resente em Angola desde os anos 50, a Somague tem contribuído para o desenvolvimento e modernização do país, não só através das inúmeras obras realizadas, algumas emblemáticas, mas também pelas actividades de responsabilidade corporativa que realiza junto das comunidades, em prol do desenvolvimento sustentável. Para além de equipamentos, materiais e outros donativos, as intervenções mais recentes centram-se na recuperação de infra-estruturas essenciais ao desenvolvimento do país e em projectos educacionais, tanto no âmbito do conhecimento e da formação como da saúde, entre outros. Escola Primária N.º2006 (Maianga) Reabilitação e manutenção de escolas Projectos de manutenção • Escola Primária n.º 2006 (Maianga) Inclui a reparação das redes de águas e esgotos, de casas de banho e pinturas interiores e exteriores, para além da oferta de material didáctico. • Escola Primária n.º 9011 (Bita Sapú) Reparação do edifício e impermeabilização da cobertura, reparação da caixilharia e do mobiliário e pinturas interiores e exteriores. A Somague ofereceu ainda batas para crianças de ambos os sexos. Escola Primária N.º2006 (Maianga) ENGENHARIA Projecto de reabilitação 17 • Escola Primária n.º 4007 (S. Paulo) Reparação básica da instalação eléctrica, da rede de águas e esgotos, substituição de tecto falso, reparação/aplicação de vãos de portas e pinturas interiores e exteriores. Projectos sociais Escola Primária N.º4007 (S. Paulo) • Lar Kuzola É uma instituição do estado que tem actualmente a seu cargo cerca de 221 crianças com idades até aos 18 anos (cerca de 50 crianças deficientes). São crianças vítimas de abusos sexuais, abandonadas ou órfãs. Trabalhos Somague: Reparação das redes de águas e esgotos e das casas de banho; desentupimento da fossa séptica; revestimento dos pavimentos, tectos e paredes das instalações; recuperação das instalações especiais e recuperação e reapetrechamento da cozinha e refeitório; reabilitação do campo de futebol e basquetebol; criação de um parque infantil; pintura interior e exterior. A Somague ofereceu ainda brinquedos de Natal. • Alfabetização Iniciativa da Somague, em colaboração com o Ministério da Educação de Angola, no âmbito do Programa de Alfabetização e Aceleração Escolar, que visa promover a alfabetização dos seus colaboradores. A formação será ministrada nas instalações do Estaleiro Geral. • Campanha de Informação HIV - SIDA Formação de colaboradores em HIV - SIDA. Pretende-se com esta iniciativa, em colaboração com a Comissão Nacional de Luta contra a SIDA e Grandes Endemias, formar activistas e mobilizadores na luta contra a doença. A formação será ministrada nas instalações do Estaleiro Geral e terá a duração de um mês. Limpeza e desobstrução de vala de drenagem - Bairro da Boavista Apoios comunitários • Arranjos de via secundária (Cambamba - Futungo de Belas); • Apoio aos trabalhos de perfilamento do terreno, com reposição de terras, junto ao Colégio Patrícia Rossana; • Arranjos exteriores da envolvente da União dos Escritores Angolanos; • Remodelação dos jangos em estrutura de madeira; execução de caminhos de acessos internos ao jardim; iluminação exterior; execução de uma sala de leitura em alvenaria; • Limpeza e desobstrução de vala de drenagem no Bairro da Boavista; • Abertura de vala para drenagem de águas, desobstrução da estrada, limpeza da vala existente e drenagem das águas junto das habitações. Limpeza e desobstrução de vala de drenagem - Bairro da Boavista ENGENHARIA 18 ENGENHARIA 19 ESTORIL SOL RESIDENCE Uma escultura para habitar o O projecto, da autoria do arquitecto Gonçalo Byrne, combina arte, funcionalidade e bem-estar. O complexo habitacional é constituído fundamentalmente por três torres com 14 pisos de habitação, assentes sobre um embasamento geral com 9800 m2. Em cada torre, entre o décimo andar e a cobertura, foi projectada uma consola saliente com 20 m x 10 m. Duas das torres estão ligadas entre si, ao nível do sexto e décimo piso, por uma ponte com 40 m de comprimento e 20 m de largura. À volumetria original e contemporânea alia-se a mais recente tecnologia e um padrão de conforto muito elevado, do que resulta um espaço habitacional exclusivo, verdadeiramente excepcional. Os 110 apartamentos de luxo, de tipologias T1 a T5, com áreas entre os 72 m2 e os 485 m2, estão implantados numa envolvente que conta com generosos espaços verdes, estacionamento, equipamentos de lazer, tais como piscina, spa e zona comercial. Localizado na Marginal à entrada de Cascais, entre o Parque Palmela e a Baía de Cascais, o empreendimento começou a ser construído em 2007 pelo consórcio constituído pela Somague e Edifer. A primeira fase consistiu na demolição do antigo hotel Estoril Sol, seguindo-se os trabalhos de contenção dos terrenos, escavação e a construção propriamente dita. O desafio gera inovação A obra, de grande exigência na sua globalidade, colocou alguns desafios importantes que a Somague ultrapassou de forma inovadora, criando novos paradigmas na construção. Um dos aspectos que mais marcou a execução do projecto foi a elevação e fixação das consolas e da ponte na respectiva posição. As três torres desenvolvem-se num quadrado de 20 m x 20 m do piso 0 à cobertura, sendo as consolas balanceadas entre os pisos 10 e 14. Cada um destes elementos mede cerca de 10 m x 20 m e pesa aproximadamente 120 toneladas. Por sua vez a ponte de ligação pesa aproximadamente 360 toneladas. Inicialmente a montagem foi pensada de acordo com os processos tradicionais, que previam a sua execução em altura e por fases. No entanto, a localização da obra junto à Avenida Marginal, uma via com muito tráfego, apresentava alguma perigosidade, o que levou a equipa da Somague a equacionar outras possibilidades e a escrever uma nova página na história da construção e da arquitectura nacionais. ENGENHARIA 20 A solução escolhida, execução das consolas no solo, sua posterior elevação e fixação às respectivas torres de betão, é inédita em Portugal e trouxe diversas vantagens ao nível operacional, de segurança e de planeamento. Permitiu, por exemplo nas zonas que confinam com o exterior, trabalhar em maior segurança, fazer toda a projecção corta-fogo na estrutura metálica, pintar os pilares e as diagonais, evitando assim os problemas relacionados com os ventos e o spray das tintas. Somague implementa solução pioneira “Este procedimento de executar a consola no solo e depois colocá-la, de uma só vez, lá em cima na cobertura, é novo em Portugal.” Através das palavras do Eng. Helder Ferreira, da Somague, é possível compreender melhor a importância do procedimento em questão e dos recursos técnicos envolvidos. A montagem das consolas nas torres obrigou, antes de mais, à realização de uma análise de risco, controlando os pontos críticos e prevendo as vulnerabilidades associadas ao projecto. Os cálculos foram revistos e analisados não apenas pela equipa da Somague, mas também pelo LNEC. De acordo com o Eng., “Todo o projecto, todos os cálculos foram realizados para uma estrutura nova. É um trabalho arrojado mas estamos seguros do que estamos a fazer e mostra a capacidade da nova engenharia portuguesa”, referiu na altura. ENGENHARIA 21 Para a implementação da solução adoptada foi necessário reforçar e construir estruturas próprias que permitissem a elevação integral dos elementos metálicos. Destaca-se por exemplo, uma estrutura modular em treliça e os dois guinchos destinados a elevar a carga, que atingia as 120 toneladas de peso. A segurança foi uma preocupação constante, o que contribuiu para o sucesso da operação “(…) cuidadosamente estudada, desde o equipamento de elevação até à sequência de operações a executar, desde o arranque da estrutura no chão até à fixação final da mesma à torre de betão. Foi um processo muito bem estudado, onde tudo foi previsto!”. Outro trabalho a destacar prende-se com as fachadas em vidro, que envolvem todo o empreendimento. Estas foram estudadas pelo LNEC em modelo próprio e por este certificadas no final. Foram aplicados cerca de 1320 vãos envidraçados, tendo estes a altura total do pé direito dos apartamentos e um peso médio de 420 kg. Áreas e volumes • Área de implantação: 9803,29 m2 • Área bruta de construção: 59 700,00 m2 • Área útil de construção (abaixo do solo): 25 487,82 m2 • Área útil de construção (acima do solo): 29 985,00 m2 • Volume escavado: 150 000 m3 Materiais Um novo capítulo na história da engenharia portuguesa O Estoril Sol Residence ficará, sem dúvida, para a história da arquitectura portuguesa. Pela estética arrojada. Pelo elevadíssimo nível de qualidade das habitações. Pela localização privilegiada. Pela polémica que sempre acompanha a originalidade. Mas, sobretudo, pela inovação técnica e tecnológica que a sua construção exigiu e que elevou a Somague a novos patamares de conhecimento, exigência, segurança e experiência. Resíduos da demolição: Ferro e aço: 1 542 067 kg Madeira: 97 120 kg Contenção/Cortina de Estacas: Estacas: 3600 m Ancoragens: 8904 m Estrutura: Betão: 34 106 m3 Aço: 5 524 272 kg Estrutura metálica: 871 233 kg Betão ciclópico: 10 000 m3 Estacas: 1140 m Acabamentos: Alvenaria: 18 850 m2 Paredes e tectos em Pladur: 71 390 m2 Pavimentos em madeira: 18 990 m2 Revestimentos em cantaria: 21 190 m2 Fachada em vidro: 15 416 m2 ENGENHARIA MADEIRA – PRESENÇA EM VÁRIAS FRENTES 22 A Madeira continua a investir no desenvolvimento das suas infra-estruturas, nomeadamente ao nível do turismo e do comércio. A Somague tem contribuído para este esforço através da sua participação nas mais diversas obras, públicas e privadas, levadas a cabo no arquipélago ao longo de vários anos. Entre as mais recentes, conta-se a construção de um campo de golfe e o novo Hiper Sá de Machico, um projecto que assinala os 10 anos de excelente relacionamento entre as duas empresas, corroborado pelo empresário Jorge Sá. Hiper Sá de Machico Uma obra muito desejada A construção localiza-se no centro urbano da cidade de Machico, tendo como envolvente uma malha urbana bem definida, com edifícios de volumetria reduzida.Segundo o arquitecto, Filipe Abreu foi, assim, necessário estudar o desenvolvimento da cidade e perceber a sua integração entre o núcleo mais antigo e os seus eixos de desenvolvimento – entradas e saídas da cidade – de forma a implantar o edifício garantindo uma boa acessibilidade ao utente, e sobretudo evitando conflitos e roturas nas infraestruturas viárias actuais. O Hiper Sá de Machico inaugurado no dia 9 de Outubro, contou com a presença do Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, do Vice-Presidente, João Cunha e Silva, do Presidente da CM de Machico, Emanuel Gomes, do Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António, do Comendador Jorge Sá e do Presidente da Somague, José Machado do Vale, entre outras individualidades. Este hiper cobre todo o concelho de Machico, dando resposta a 200 mil potenciais clientes. Há muito que os habitantes de Machico desejavam uma loja do grupo na região. Este é o 8.º hipermercado e a 23.ª superfície comercial do Grupo Sá. O edifício compreende quatro pisos numa área coberta total de 13 mil m2, dispondo de parque de estacionamento com capacidade para 200 viaturas e galeria comercial com diversas insígnias regionais e lojas presentes. A área de venda estende-se por 1700 m2 e a linha de pagamento é composta por 10 caixas, algumas prioritárias para cidadãos portadores de deficiência. com aquela majestosa obra “Hiper Sá” de Machico, o Grupo Sá reconhece e louva o esforço e a boa vontade que a Somague Madeira à mesma dedicou, servindo para reforçar os excelentes elos de relação Empresarial já existentes, ao longo de mais 10 anos…” Com estas palavras, Jorge Sá agradece à Somague todo o empenho na finalização do Hiper Sá de Machico, tendo em conta as problemáticas condições do terreno, que dificultaram a progressão dos trabalhos e conduziram ao atraso da obra. “(...) Levada da Calheta Esta obra, ainda em curso, pertence ao IGA – Investimentos e Gestão da Água, S.A., organismo responsável pela captação, tratamento e abastecimento da água para consumo na Região Autónoma da Madeira. ENGENHARIA Campo de Golfe da Ponta do Pargo O Campo de Golfe da Ponta do Pargo ficará implantado em cerca de 900 000 m2 de área rural, sobranceira à encosta Oeste da Madeira, e apresenta 18 buracos, um Pich and Putt de 9 buracos, e um campo de treinos. O projecto, da autoria do gabinete Nick Faldo Design, um nome bem conhecido no mundo do golfe, que será da responsabilidade da Vice-Presidência do Governo Regional e estará a cargo da Sociedade de Desenvolvimento da Ponta do Oeste. A obra localiza-se nas serras do Concelho da Calheta e destina-se a melhorar as condições de transporte dos caudais, reduzindo assim o volume de perdas, e a reforçar estruturalmente o canal, conferindo-lhe maior segurança. Entre os diversos equipamentos em obra, conta-se um “comboio para transporte de betão” estudado e executado no estaleiro da Somague para solucionar a dificuldade de acessos, que consiste num motor de uma motocultivadora anexado a vários chassis construídos em ferro, com rodas e baldes para transporte do betão para as frentes de trabalho. Lar de Terceira Idade, Creche e Infantário Assicom A obra Assicom – Associação dos Indústriais de Construção da Madeira, integra a construção de um lar de idosos e de uma creche e infantário. O complexo é composto por 2 edifícios: um destinado ao lar, com 9 pisos, que ocupa cerca de 85 % da área de implantação da obra, e outro, com 2 andares, destinado a creche e infantário, que ocupa cerca de 15 %. Os dois edifícios são fisicamente separados por um caminho municipal de acesso pedonal e trânsito automóvel ligeiro. A empreitada vai consistir na construção e reforço de infra-estruturas que permitam a sua execução e manutenção futura, nomeadamente a canalização de 2500 ml de linha de água; reforço das infra-estruturas eléctricas; construção de 10 lagoas; construção do arruamento principal de acesso ao Clubhouse, dos caminhos de buggys e de um pequeno túnel pedonal. Fazem ainda parte deste contrato todos os trabalhos de erradicação da grama grossa Kikuyu e ainda um período de manutenção de 6 meses, denominado Grow in, em que serão realizados trabalhos de rega, adubação, corte de relva, fertilização, tratamentos preventivos/curativos, recargas de areia, etc. O grande objectivo da obra é contribuir para o desenvolvimento da região, colocando-a no roteiro dos destinos mundiais da modalidade. Alteração à Rede Viária do Campo de Golfe da Ponta do Pargo Esta empreitada, decorrente da obra anterior, compreende a alteração e adaptação da rede viária existente em função da construção do campo de golfe, contemplando três zonas de intervenção. A obra principal consiste na substituição do arruamento existente entre a Estalagem e o Farol por um túnel rodoviário, realizado a céu aberto. A empreitada foi iniciada em Abril de 2010 e prevê-se a sua conclusão para o mês de Maio de 2011. 23 Promovemos ideias construtivas