Ano 4 Ed 037 Mai 2003

Transcrição

Ano 4 Ed 037 Mai 2003
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2003
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Jornal de Umbanda Sagrada
Ano IV
nº37
Distribuição Gratuita São Paulo, Maio de 2003
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2003
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Jornal de Umbanda Sagrada
Muito mais que um jornal - A sua religião em fascículos...
Editorial
Olá irmãos e irmãs em Olorum, Pai Nosso, Criador e
Doador do Amor e da Vida e de todos os Sentidos!
É com muita satisfação que chegamos à edição de maio
do JUS. Tradicionalmente no mês de maio comemoramos a libertação dos escravos no Brasil. E na Umbanda,
comemoramos nessa data os nossos amados Pretos e
Pretas Velhas e o Povo Cigano com a festa de Santa Sara.
Não podemos esquecer de forma nenhuma que no segundo domingo de maio também comemoramos o dia das
Mães. E temos o privilégio de sermos filhos de muitas
Mães, as nossas Amadas Mães Orixás – Mãe Iemanjá,
Oxum, Nana, Obá, Oyá, Iansã e Egunitá.
Pedimos a estas Mães em sua infinita bondade que nos
acolham em sua materna vibração, mantendo-nos fiéis
ao nosso propósito editorial que é levar um conhecimento limpo, sem dogmas ou segredos e abrangente a
todos os que se dispuserem, de coração franco, receber
esses tesouros Divinos.
Pedimos também à corrente dos Vovôs e Vovós da
Umbanda que nos ensinem calma, perseverança, tranquilidade. Que o Povo Cigano nos ensine a viver sem
preconceitos, para que possamos atingir nossos objetivos: uma Umbanda justa e comprometida com o Amor
e a Caridade.
Boa leitura a todos!
Equipe do JUS
ìndice
Agradecemos a Imagem de Capa
Agradecemos ao médium e artista, Miguel Fonseca e Vera Lúcia de Carvalho por ter pictografado
todas as imagens que tem acompanhado as capas deste informativo. Também informamos que esta
dupla maravilhosa faz um trabalho de retratar a imagem de nossos “amigos espirituais” (guias,
mentores, mestres, Orixás, etc) junto com uma mensagem do mesmo, que tem surpreendido tantas
pessoas pela beleza e autenticidade. Telefones para contato: (11) 5081-7878 e (11) 5904-2124 na Ana
Rosa / (11) 6161-5957 no Ipiranga. (24) 2485-8499 (24) 2485-9580 Rio de Janeiro
O Jornal de Umbanda Sagrada
é uma obra filantrópica, cuja missão é contribuir para o engrandecimento
da religião, divulgando material teológico e unificando a comunidade Um-
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Artigos Religiosos, Esotéricos e de
Magia Divina.
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Redação: Christiane A. Branco Pastor
e-mail: [email protected]
Revisão: Silvana Klabunde
Baurú:
Diretores: Rodrigo Queiróz;
Tel: (14) 227 9193
e-mail: [email protected]
Endereço: Rua Monsenhor Claro, 3-53
Centro - Bauru - SP
Grande ABC:
Diretores: Adriano Camargo e Andréia Contó
Tel: (11) 4337 7967
e-mail: [email protected]
Endereço: Rua João Santiago, 61
Nova Petrópolis - São Bernardo do Campo - SP
Jornalistas Responsáveis:
Marcio Pugliesi, MTB: 33888
Wagner Veneziani Costa, MTB:35032
Alessandro Sani de Andrade;
Colaboradores:
Miguel Batista, Ivete Furlan, Monica Berezutchi,
Marcelo Berezutchi.
Tiragem: 10.000
Casa de Umbanda
Zézinho Baiano
Artigos Religiosos em Geral
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São Paulo, Maio de 2003
Lições
Uma crônica sobre o viver
Era seu ultimo dia de vida,
mas ele ainda não sabia disso.
Naquela manhã, sentiu vontade de dormir mais um pouco.
Estava cansado porque na
noite anterior fora se deitar
muito tarde. Também não havia
dormido bem. Tinha tido um sono
agitado. Mas logo abandonou a idéia de ficar um pouco
mais na cama e se levantou, pensando na montanha de
coisas que precisava fazer na empresa.
Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente.
Não prestou atenção no rosto cansado nem nas olheiras
escuras, resultado das noites mal dormidas. Nem sequer
percebeu um aglomerado de pêlos teimosos que escaparam da lâmina de barbear.
“A vida é uma seqüência de dias vazios que precisamos
preencher”.– pensou enquanto jogava a roupa por sobre
o corpo.
Engoliu o café e saiu resmungando baixinho – “Bom
dia” – sem convicção. Desprezou os lábios da esposa,
que se ofereciam para um beijo de despedida. Não notou
que os olhos dela ainda guardavam a doçura de mulher
apaixonada, mesmo depois de tantos anos de casamento.
Não entendia porque ela se queixava tanto da ausência
dele e vivia reivindicando mais tempo para ficarem juntos. Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de
vida da família, não estava? Isso não bastava?
Claro que ele não teve tempo para esquentar o carro
nem sorrir quando o cachorro, alegre, abanou o rabo.
Deu a partida e acelerou. Ligou o rádio que tocava uma
antiga canção do Roberto Carlos, “Detalhes tão pequenos de nós dois...”.
Pensou que não tinha mais tempo para curtir detalhes
tão pequenos da vida. Anos atrás gostava de assistir ao
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de
programa de Roberto Carlos nas tardes de domingo, mas
isso fazia parte de outra época, quando podia se divertir
mais.
Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu
quando soube que o netinho havia dado os primeiros
passos. Ficou sério quando a filha lembrou-o de que há
tempos ele não aparecia para ver o neto e o convidou
para almoçar. Ele relutou bastante: sabia que iria gostar
muito de estar com o neto, mas não podia, naquele dia,
dar-se ao luxo de sair da empresa. Agradeceu ao convite, mas respondeu que seria impossível. Quem sabe no
próximo final de semana? Ela insistiu, disse que sentia
muita saudade e que gostaria de poder estar com ele na
hora do almoço. Mas ele foi irredutível: realmente era
impossível.
Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A
agenda estava totalmente lotada, e era muito importante
começar logo a atender seus compromissos, pois tinha
plena convicção que pessoas de valor não desperdiçam
seu tempo com conversa fiada.
No que seria suas hora de almoço, pediu para a secretária trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava fazer um check-up, mas isso
ficaria para o mês seguinte. Começou a comer enquanto
lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde. Nem
observou que tipo de lanche estava mastigando.
Enquanto relacionava os telefonemas que deveria dar,
sentiu um pouco de tontura, a vista embaçou. Lembrouse do médico advertindo-o, alguns dias antes, quando
tivera os mesmos sintomas, de que estava na hora de
fazer um check-up. Mas ele logo concluiu que era um
mal estar passageiro que seria resolvido com um café
forte sem açúcar.
Terminado o “almoço”, escovou os dentes e voltou à sua
mesa. “A vida continua”, pensou. Mais papéis para ler,
mais decisões a tomar, mais compromissos a cumprir.
Nem tudo saia como ele queria. Começou a gritar com o
Vida
gerente, exigindo que este cumprisse o prometido. Afinal, ele estava sendo pressionado pela diretoria. Tinha
de mostrar resultados. Será que o gerente não conseguia
entender isso?
Saiu para a reunião já meio atrasado. Não esperou o
elevador. Desceu as escadas pulando de dois em dois
degraus. Parecia que a garagem estava a quilômetros de
distância, encravada no miolo da terra, e não no subsolo
do prédio.
Entrou no carro, deu a partida e, quando ia engatar a primeira marcha, sentiu de novo o mal estar. Agora havia
uma dor forte no peito. O ar começou a faltar... A dor foi
aumentando... O carro desapareceu... os outros carros
também... Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da
rua, as luzes do teto, tudo foi sumindo diante de seus
olhos, ao mesmo tempo em que surgiam cenas de um
filme que ele conhecia bem. Era como se o vídeo cassete
estivesse rodando em câmera lenta. Quadro a quadro,
ele via a esposa, o netinho, a filha e, umas após outras,
todas as pessoas de que mais gostava.
Porque mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o
neto? O que a esposa tinha dito à porta de casa quando
ele estava saindo, hoje de manhã? Porque não foi pescar
com os amigos no último feriado? A dor no peito persistia, mas agora outra dor começava a perturba-lo: a do
arrependimento. Ele não conseguia distinguir qual era
a mais forte, a da coronária entupida ou a de sua alma
rasgando.
Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de
seu coração, e de seus olhos escorreram lágrimas silenciosas. Queria viver, queria ter mais uma chance, queria
voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha, brincar
com o neto... Queria...
Queria... Mas não havia mais tempo...
Texto extraído do livro: O sucesso é ser feliz
de Roberto Shinyashiki – Editora Gente
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São Paulo, Maio de 2003
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Mediunidade
O médium é o Office boy da espiritualidade e
existem muitos.
Uns trabalham nas empresas de luz e trazem as
respectivas ensagens, outras trabalham nas empresas da escuridão e também respectivamente
as trazem travestidos de líderes espirituais com
objetivos materiaisnegros.
O médium consciente sabe que é médium, é
mais lúcido, reconhece e admite a presença dos
amigos espirituais e se assume médium mesmo
perante a crítica dos fundamentalistas “espumantes” que são capazes de morder a própria
língua para ofender e perpetrar àqueles que não
comungam com as suas idéias estreitas.
O médium é a última milha do telefone sem fio
interdimensional. O que antes fez como brincadeira de criança hoje faz como responsabilidade
de adulto.
O médium não é evoluído e nem melhor, aliás
muito pelo contrário, a mediunidade na maioria
das vezes é apenas oportunidade kármica (dharma) de resgatar os erros do passado que pode
se manifestar como fardo, como bênção ou como
ambos dependendo da situação e “n” variáveis
conscienciais intervenientes.
Cada médium tem um trabalho, uma tarefa ou
obrigação consciencial que lhe foi gentilmente
cedido pelo Alto face a seu arrependimento e
vontade de mudar, mas muitos “perecem” no
meio do caminho e se atolam na repetição de
erros do passado. Outros tantos se estagnam
e efetuam pequena fração de suas tarefas que
antes tanto se entusiasmaram por fazer acreditando que seria fácil.
A mediunidade não é brincadeira, é tarefa séria
e de alta responsabilidade que independe de
hora, idade, local, doutrina, religião, intelectualidade ou situação financeira.
Cada médium programou para si adstrito a
orientação de seus mentores e que seria melhor
para si dentro do contexto evolutivo.
Mediunidade não é tarefa para os fracos e covardes, mas para os abnegados e persistentes.
O Alto necessita de cada alma que se dispõe
a retornar ao bem e a assumir sua tarefa de
minipeça cósmica consciente frente ao Universo
regido pelas leis de Deus.
A mediunidade é uma associação de vontade
mais talento mais oportunidade mais responsabilidade mais renúncia a fim de ajudar a muitos
outros para no fim estar ajudando mais a si
próprio.
O médium vaidoso só o é porque não é lúcido e
não se lembra, ou melhor, não deseja se lembrar
dos erros do passado e hoje custa a admitir que
sua mediunidade-trabalho-tarefa-obrigação foi
implorada por ele ao Alto no período intermissivo.
Ser médium não é bonito e nem vantagem, mas
é obrigação por opção voluntária endossada pelo
Alto ao fim de autoburilar a conduta íntima, quitar karma no atacado, superar um novo degrau
nesta íngrime escalada evolutiva da vida.
Deus não joga dados e a vida não é brincadeira,
muito menos o trabalho e a mediunidade. O amor
é um direito de todas as criaturas e nos parece
que não temos outra opção senão ter coragem de
enfrentá-lo. Dá trabalho? Sim!
Mas ser feliz é um trabalho que compensa. Não
existe fuga para você, tu sejas médium ou não.
O médium pulou de pára-quedas no meio guerra,
admitiu a auto-luta em princípio a pôs a cara a
tapa na reencarnação a que se propôs e no meio
do caminho não há como desistir. É como uma
represa que ruiu, nada segura a força da água e
nada segura o fluxo de energias conscienciais na
vida dos seres.
Aos médiuns nós sugerimos, abandonem as brincadeiras irresponsáveis e assumam seus serviços, nós precisamos de vocês. Percam a vergonha
de assumir sua mediunidade tanto na frente dos
ignorantes tridimensionais, como aos invejosos
espiritualistas ou aos parapsiquistas multidimensionais e confiem em si.
Auto-estima para o médium é fundamental, mas
sem vaidade. Não respondam as críticas maldosas, elas merecem ser desprezadas, a melhor
resposta é o resultado de seu trabalho que só
irá obter trabalhando.
Mãos a obra, a espiritualidade não dorme!
Recebido espiritualmente por Dalton em
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São Paulo, Maio de 2003
Justiça multa pastor evangélico
por pregar em festa de umbanda
Em uma decisão inédita na Justiça de São Paulo, o pastor da Igreja Batista Francisco Joaquim de Andrade terá
de pagar R$ 1.000 por ter distribuído panfletos evangélicos durante rituais de umbanda, em dezembro, na
Praia Grande, litoral de São Paulo. A ação criminal por
discriminação religiosa foi pedida pelo Superior Órgão
de Umbanda do Estado de São Paulo e pela União das
Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil.
O advogado Antônio Basílio, que representa os praticantes de umbanda, diz que a decisão foi tomado porque a
maioria dos evangélicos desrespeita a religião.
”Durante as festas, grupos de evangélicos se vestem de
branco para se ‘infiltrar’ entre os umbandistas e começam a negar e a ridicularizar as (nossas) divindades. Isto
é um desrespeito, não entramos nas igrejas deles para
pregar (nossa crença)”, afirma o advogado.
Outro lado
Segundo Andrade, a festa de Iemanjá acontece na praia,
que é um local público. “Não vejo problema em divulgar a minha fé também. Isto é censura e intolerância
religiosa”, diz. Nos panfletos, distribuídos em festas em
homenagem a Iemanjá, a divindade é considerada uma
lenda, como o saci-pererê e o curupira, e convida os
praticantes de umbanda para a igreja evangélica.
O pastor afirma que faz a “evangelização” com a distribuição de panfletos em várias festas e não somente nas
de umbanda. “Vamos à [catedral de] Aparecida e ao Cí-
rio de Nazaré, sempre onde há muitos religiosos”, disse.
Multa
O pastor Andrade tem de pagar a multa até a próxima
terça-feira, mas ele afirma que não concorda com a
decisão e não tem o dinheiro da multa. Se não houver
pagamento, Andrade será julgado novamente.
A decisão da Justiça foi comunicada no último dia 16
em uma audiência preliminar pelo juiz Osvaldo Palotti
Júnior, da 17° Vara Criminal. Aldo Santos Menezes, que
publicou os folhetos, também foi condenado a pagar a
multa.
Crenças da umbanda
Religião afro-americana, a umbanda foi fundada nos
anos 30 no Brasil, a partir de rituais e crenças africanas,
indígenas e européias.
Para seus praticantes, o universo é formado por entidades, os guias, que entram em contato com os homens
por meio de um iniciado, que os incorporam. São guias
na umbanda o Caboclo, o Preto Velho e a Pombagira.
Nos rituais de umbanda, presididas por mães-de-santo,
os praticantes fazem oferendas às entidades nos chamados terreiros (templos para a religião). Há também
sessões de consulta, em que as pessoas se aconselham
com os guias obtendo ajuda para problemas que estejam
enfrentando.
Retirado da “Folha Online”.
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Jornal de Umbanda Sagrada
Santa Sara
Kali
A Cigana Escrava que Venceu
os Mares com sua Fé e Virou
Santa. Conta a lenda que Maria
Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia
e Trofino, junto com Sara, uma
cigana escrava, foram atirados
ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar
e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço)
da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e
promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus,
e jamais andaria com a cabeça
descoberta em sinal de respeito.
Milagrosamente, a barca sem
rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano
e aportou com todos salvos em
Petit-Rhône, hoje a tão querida
Saintes-Maries-de-La-Mer.
Sara cumpriu a promessa até o
final dos seus dias. Sua história
e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo
festejada todos os anos nos dias
24 e 25 de maio. Segundo Mirian Stanescon - Rorarni (princesa do clã Kalderash), deve ter
nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda
mulher cigana casada usar um lenço que é a peça
mais importante do seu vestuário: a prova disto é
que quando se quer oferecer o mais belo presente a
uma cigana se diz: “Dalto chucar diklô” (Te darei
um bonito lenço). Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas
por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar.
Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem,
iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-LaMer no Sul da França, fariam uma noite de vigília
São Paulo, Maio de 2003
e depositariam em seus pés como oferenda um Diklô, o mais bonito que encontrassem. E lá existem
centenas de lenços, como prova que muitas ciganas
receberam esta graça. Para as mulheres ciganas, o
milagre mais importante da vida é o da fertilidade
porque não concebem suas vidas sem filhos. Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada
de sorte ela é considerada pelo seu povo. A pior
praga para uma cigana é desejar que ela não tenha
filhos e a maior ofensa é chamá-la de DY CHUCÔ
(ventre seco). Talvez seja este o motivo das mulheres ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias
e garrafadas milagrosas para fertilidade.
Ser Cigano
Ser Cigano é respeitar a liberdade,
a natureza e acima de tudo a vida
É viver e deixar viver
É ter a lucidez de saber esperar
É não esgotar todos os recursos
É preferir morrer com honra, do
que viver desonrado
É ter como lema ser feliz
É agradecer as pequeninas coisas
da vida
É dignificar seus velhos
É glorificar suas crianças
É respeitar os povos e as coisas que se desconhece
É nunca contestar a Justiça Divina
É acima de tudo amar e respeitar Deus e Seu filho
Jesus Cristo, nosso grande Mensageiro.
( Rorarni / Mírian Stanescon )
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Respostas de uma Cigana
Este texto a seguir foi respondido por uma entidade
que se manifesta como “Mãezinha Cigana” (Uma
Avó Cigana), sobre a “Linha de Ciganos na Umbanda”, para nosso irmão Alexandre Cumino:
O que representa o Povo Cigano na Umbanda?
_A liberdade, em todos os sentidos, liberdade de
um povo que não pertence a nenhuma nação.
Qual o ORIXÁ que os rege ?
_Trabalhamos na força de todos Orixás, mas
trazemos muito do mistério de Oyá-Tempo, pois
vivemos no Tempo. Temos Santa Sara Kali como
padroeira e ela tem muito de Egunitá.
Qual o campo de atuação?
_Todos aqueles em que o coração permitir por que
todos nós viemos a falar de AMOR.
_Mas há também ciganos de esquerda não é?
_Sim, são os que fazem nossa guarda, quando
ascenderem também irão falar de AMOR.
Como eles são ( alegres, descontraídos, sérios... )?
_Cada um tem a sua natureza
_Não somos ladrões como muitos pensam, somos
um povo muito místico pela origem milenar onde
trazemos o conhecimento de várias nações por
onde estivemos. Entre nós existem muitos magos e
curandeiros pois aprenderam a magia e a arte da
cura para fazerem o bem ao próximo, os ciganos
se vestem sempre coloridos para verem que apesar
de não termos um “lar” somos muito felizes.
É difícil encontrar ciganos trabalhando em uma
casa por que para trabalharmos deve haver muita
pureza e ausência de vaidade ( em outra ocasião
ela explicou que este era o motivo de trabalhar
com um grupo tão jovem ). Temos vindo com tanta
força na UMBANDA porque há entre nós espíritos que estão há milênios esperando por uma
oportunidade de ensinar o caminho que nós temos
trilhado em direção ao criador e de trabalharmos
a caridade através da Mediunidade .
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2003
Mãe Zilméia
Andréia Camargo, Mãe Zilméia e Adriano Camargo
Nas ultimas edições do JUS fomos presenteados com trechos da entrevista que Mâe Zilméia Moraes nos concedeu em Janeiro deste
ano. Durante esse tempo, também recebemos
algumas matérias suas. Neste momento só podemos agradecer as palavras de coragem, fraternidade e discenimento que nos passou. De
uma forma clara, sem dogmas, passou a simplicidade da Umbanda. A Umbanda desenhada
por Pai Zélio de Moraes: simples e clara. A
Umbanda da simplicidade do Preto Velho, do
rigor e disciplina do Caboclo e de tantos outros
trejeitos de amigos do espaço que vieram auxiliar nossa evolução nesta Terra. Neste pouco
tempo, brindou-nos com sua palavras fortes,
Página -7dirigidas aos médiuns, aos jovens que hoje
veêm na Umbanda uma verdadeira religião,
amparadora em todos os sentidos e completa
em sua Teologia. Confiamos no amparo de
Nosso Divino Criador, de Nossos Amados Pais
e Mães Orixás, e na memória de Pai Zélio de
Moraes e do Sr. Caboclo das 7 Encruzilhadas.
Por isso tudo, pelo carinho com que nos recebeu e pela amizade que nasceu entre nós, da
equipe do Jus e a Senhora e sua familia, é que
a homenajeamos nesse espaço. Do melhor de
nossos corações: Feliz Dia das Mâes, Mãe Zilméia! A nossa amada Mãe da Umbanda!
Saravá Mãe Zilméia! Vossa Benção, Mamãe! Andréia e Adriano Camargo, Alexandre Cumino, Rodrigo Queiróz, Silvana Klabunde e toda a equipe do JUS.
  
Pomba-gira on-line!!!
Salve irmãos e leitores, temos recebido todos os
meses textos mostrando um comportamento que
não deve existir no seio de nossa religião, esta
coluna é destinada a estes FATOS. São todos
textos verídicos, assim como o texto do Exu que
perguntava a todos sobre “A Outra”, o episódio do
“Desfile de Pomba-giras incorporadas”, o da “Mãe
de Santo” que recebeu 8 Milhões de dólares para
realizar “trabalho”, do Exu que estourou uma verdadeira “Bomba de pólvora” dentro do centro e outros... Tudo isso para mostrar o quanto ainda existe
por aí comportamento anti-ético que nada tem de
Umbanda. Esperamos um dia encontrar todas as
manifestações Umbandistas pautadas na CARIDADE e no BOM CENSO. ÉTICA é a palavra chave!
Nós não temos uma Bíblia de Umbanda, não temos
Unidade, não temos um Consenso, no entanto todos devemos ter ÉTICA. Tudo o que ferir a ÉTICA
não é Umbanda, bem como o que vá contra nosso
código civil, por exemplo, atentados ao pudor!
UMBANDA é RELIGIÃO, NÃO É SEITA.
Para completar relatamos o “causo” do mês, recebemos inúmeros e-mails relatando uma mesma estória, de um rapaz que sendo freqüentador, assíduo,
de salas virtuais aproveitava para soltar a “Pombagira”. Bem, salas virtuais são espaços dedicados
a receber pessoas que queiram conversar sobre
um mesmo assunto pela internet, todos acessam a
“sala” juntos e conversam em tempo real através
de texto digitado, o qual todos lêem. A questão é
que já existem salas de “Chat” (conversações) para
Umbanda e o tal rapaz criou o vicio de entrar nestas salas e “convidar as pessoas” a incorporar seus
“guias” para que eles incorporados digitassem, da
maneira como falam quando estão em terra. Ele
que era o primeiro, e único, a incorporar sua Pom-
ba-gira dava “consultas virtuais” expondo em um
meio profano e virtual tudo que há de mais sagrado
em nossa religião, a incorporação de nossos guias,
vulgarizando sua manifestação. Incorporar um guia
é algo sagrado e divino, é emprestar seu corpo para
a caridade, não serve a futilidades ou amenidades,
a não ser que queira se ligar a espíritos fúteis e
amenos. Bem, esperamos não mais encontrar tais
manifestações no meio virtual, conversar sobre
Umbanda é Divino, vulgarizar suas manifestações
é “Triste”! Um abraço a todos, A Equipe do JUS.
Rua Borges Lagoa, 26 - VilaMariana - SP
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2003
Encontro de
Culturas Irmãs
Por Rubens Saraceni
Irmãos em Oxalá Saudações!
Nos dias 13 e 14 de Abril tivemos o prazer
de receber nas dependências do Colégio de Umbanda
Sagrada Pai Benedito de Aruanda a visita de dois Pajés da Tribo Xavantes, localizada no Estado do Mato
Grosso do Norte, próximo da Serra do Roncador.
Os pajés Tsereté e Pajé Tsereçú estão divulgando entre nós a medicina indígena e seus trabalhos
de Pajelança.
Para nosso conhecimento o Pajé Tsereté se
dispôs a fazer uma palestra e a responder às nossas
perguntas, elucidando um pouco os pontos em comum entre sua crença de Pajelança Xavante e a nossa
de Umbanda, entre seu espiritualismo e o nosso, o
que nos esclareceu muito pois são tantos que parecia
que estávamos conversando com um autentico “Caboclo de Umbanda”. Isto só veio confirmar o que já
sabíamos: A “Cultura Religiosa Nativa dos Índios
Brasileiros” é muito espiritual e foi absorvida pela
Umbanda na presença de correntes de trabalho formadas por espíritos de índios desencarnados.
Do contato direto e descontraído resultou
uma melhor compreensão do porquê os nossos guias
espirituais (Pajés, Caciques e Caboclos) nos levarem
a Natureza e de servirem-se dela em trabalhos espirituais.
Ele também nos informou que crê na reencarnação e que comprovou isto, encontrando em muitas
pessoas, brancas ou não, espíritos que já haviam vivido como índios. Também identificou vários Pajés junto de Médiuns Umbandistas. Como ele é clarividente
(segundo seu modo de falar ele “vê os espíritos”), e
porque sempre trabalhamos com a corrente dos Pajés,
recebemos um irmão e ele se sentiu tão à vontade que
nos brindou com inúmeros casos e lendas indígenas,
mas a que mais nos surpreendeu foi esta, contada em
resposta a uma pergunta sobre a inexistência de
mulheres Pajés:
_ “No inicio do mundo havia só, Pajés homens...então surgiram Pajés mulheres e
a maioria delas eram tão poderosas, mas tão
poderosas! Que os Pajés homens se reuniram
e decidiram que dali em diante mais nenhuma
mulher seria Pajé....Senão...e nunca mais uma
mulher pode ser Pajé.”
Fones – (11) 4365-1108
ou (11) 9174-9012
Sabor de terra molhada, de bicho do mato, de planta nativa,
de sol, estrela, lua, de grutas que choram e de serras que
roncam com a passagem do vento por seus canyons ...
Serras... Serra do Roncador, localizada ao leste do Mato
Grosso (MTN), e foi de lá que eles vieram . E chegaram
com o firme propósito de nos lembrar que somos parte do
Universo, que somos o “Planeta Vivo”, e que portanto,
temos a obrigação de curá-lo de tantos males, de tanta
devastação, de tantas dores, e fazer isso com amor e humildade. Esses homens de pele morena, traços fortes, fala
mansa, dificuldades com nossa língua, no entanto de idéias
firmes e consciências tranqüilas, nos falaram das lutas que
empreenderam pela libertação dos dogmas impostos pela
Igreja Católica, do seu retorno às raízes mais profundas
de seu povo. O povo indígena. O povo Xavante.
O Pajé Tsereté nos emocionou ao relatar sua experiência
mística de iniciação feita por seres da natureza ( espíritos),
quando em momento de grande exacerbação recebeu destes todo o conhecimento necessário para tornar-se um pajé,
embora já viesse de uma família consangüínea de pajés.
Nos revelou que em sua cultura a reencarnação acontece
àqueles que não foram bons para os semelhantes, para o
planeta, entretanto aquele que respeitou o próximo, que
reverenciou a natureza irá habitar nas estrelas.
Nossa leitora, Andréia Rita de Cásia, que
também esteve presente na palestra do Pajé
Tsereté, nos brindou ainda com mais este texto
sobre os assuntos abordados por nosso irmão
Xavante. O que sob um terceiro ponto de vista
vem a indossar ainda mais as semelhanças
entre a “Religiosidade Nativa Xavante” e nossa
espiritualidade Umbandista, confiram.
PAJÉS, UMA LIÇÃO DE V IDA
Por Rita Andréia de Cássia
Com a singularidade do ser da floresta, os pajés Francisco e Tsereté, nos agraciaram com uma “saborosa”
palestra no Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito
de Aruanda, dia 14 de Abril.
Saborosa pela simplicidade de suas presenças, pelas
nuanças de seus conhecimentos, pela riqueza de seu
amor pelo planeta ou simplesmente porque nossas
raízes, sem sombra de dúvida, têm sabor!
Templo de Doutrina Umbandista
“Pai Oxalá e Pai Ogum”
Desenvolvimento
TAROT
INICIO DIA 10 DE MAIO
DAS 8:00 ÀS 14:00HS
(SAIA JOGANDO)
Página -8-
Mediúnico
Ministrado por Mãe Mercedes
(Sacerdotisa formada por Rubens Saraceni)
DURAÇÃO: 4 meses
inicio 14 de Junho, das 15:00 às 17:00hs.
Rua Tietê, 600 – Vila Vivaldi - Rudge Ramos - São Bernardo do Campo
Com singeleza ímpar narrou suas viagens ao exterior, seus
encontros com pajés de outras nações e como curou uma
mulher, mordida por gambá, com o pó da própria gravata,
uma vez que não havia levado os apetrechos utilizados nos
trabalhos de cura.
O Pajé Tsereté nos revelou também que veio para esse
lado do país abrir caminho para aqueles que realmente
desejam conhecer alguns dos “mistérios” da Serra , onde
diz existir 7 Portais para outras dimensões, devemos aqui
ressaltar que, o povo Xavante como guardiões dos lugares
sagrados da Serra, não permitem a entrada de estranhos
(homem branco), salvo quando acompanhados por eles.
O ponto alto de sua palestra abordou fatos sobre sua pajelança, ritual que, ao som do maracá, envolve cantos e
danças para a evocação de espíritos. Confidenciou-nos que
consegue a cura com a ajuda do GRANDE PAJÉ (DEUS),
utilizando somente o maracá, o mantra ( sua voz), a onça
como animal de poder e a força de seu conhecimento místico para aliviar as dores físicas e morais de quem o procura.
Em sua pajelança não há “bebida de poder” e a raiz usada
para curar doenças físicas....ah, essa não foi revelada!!.
No final da palestra, os Pajés fizeram uma limpeza coletiva
(pajelança) em todos que estavam presentes.
Para nossa alegria, os pajés nos deram uma lição de vida,
na simplicidade das respostas às perguntas realizadas pelos
que se encontravam no Colégio, demonstrando profundo
respeito pelo seu povo, suas origens e raízes.
Felizmente mais uma vez comprovamos que a divulgação
de nossa querida Umbanda, está intimamente ligada ao
trabalho incessante do Sr. Rubens Saraceni, que não mede
esforços para levar ao Colégio de Umbanda Sagrada Pai
Benedito de Aruanda, eventos desta natureza, pessoas tão
importantes e representativas, como os Pajés da Serra do
Roncador, bem como todo elemento que nos faz crescer
e aprender, estreitando assim nosso contato com essa
energia teúrgica dentro dos rituais de umbanda, que move,
transforma e alimenta todos nós.
Jornal de Umbanda Sagrada
Este espaço é seu.
Colabore enviando
textos e mensagens
que estejam em sintonia com os objetivos do JUS.
Senhor Oxalá
Estamos aqui para ajudar aqueles que mais necessitam da
nossa ajuda. Senhor, abençoe este terreiro, esses filhos que
estão aqui para socorrer aqueles que mais necessitam. Para
que possamos encaminhar aqueles espíritos que precisam de
vossa ajuda, Pai. Ao entrarmos no nosso Templo religioso
o fazemos com Fé, Amor e Paz nos nossos corações. Não
temos orgulho em nossa mente, nem soberbia ou exibicionismo. Mas sim, alegria, humildade e acima de tudo, amor
ao próximo. Ao vestir a cor branca, que é o símbolo de uma
religião que honramos, procuramos passar coisas positivas.
Que esta religião continue crescendo cada vez mais. Que o
Senhor continue nos abençoando, seja no terreiro, em nossos
lares e corações. Sua benção Senhor Oxalá. Amém!
Mensagem enviada por “Seu Pena Branca” através da médium Graziela Saraceni, em 10/04/03.
Caro Alexandre. Ao lêr o JUS, e ver que tem um espaço onde o leitor pode manifestar-se, uma entidade
chamada Mãe de Novilho de Búfalo Branco, sorriu
e me pediu para canalizar uma mensagem à vocês,
se voce achar interessante e quiser tem a minha
permissaõ para edita-la, agradecendo ; Aurea Luz .
Mensagem :
Eu sempre estive aqui, acompanhando e amparando
o desenvolvimento da humanidade como um todo,
isto é, os seres humanos, o planeta Terra e todas
as criaturas que nele habita. Em cada momento da
história e ou geografia, onde manifestei-me fisicamente, foi me dado um nome, no oriente chamaramme Quan Yin, no ocidente Mãe do Perpetuo Socorro
entre os indios norte americanos Mãe Novilho de
Bùfalo Branco. A intensão sempre foi a mesma,
prover de todas formas o desenvolvimento espirtual de todas as criaturas e promover a Paz entre os
mesmos. Sei que isso só será possivel quando cada
coração de cada ser humano estiver em Paz, pare-
Casa Mística de Produtos
Religiosos e Esotéricos
Ilê Sultão das Matas
Samar e Caio
Tel.: 6107-6852
Av. Renata, 285 - Vila Formosa
São Paulo, Maio de 2003
Página -9-
Página do
do Leitor
Leitor
Página
ce ser tarefa dificil , mas para uma mãe amorosa
nada é impossivel. Digo mais ainda ,depois de
uma tempestade sempre vem a calmaria, saibam
que o nosso proximo passo ,da humanidade como
um todo, é a calmaria. O prenuncio da calmaria eu
posso ver, quando nota as pessoas se interessando verdadeiramente, pelo sagrado, se reunindo
em grupos, para receber conhecimento e banhos
de energia de seus mestres e mentores. Ao se
abrirem totalmente, nesses momentos magicos,
de contato com o Divino, que pode ser através de
cursos, palestras e reuniões de cura, é justamente
aí, que sementes de amor, compreensão são plantadas por seus mestres ou orientadores espirituais,
e é só uma questão de tempo para germinar. Fico
feliz em ver meus filhos se preocupando em prencher papeis e outros veiculos de informação com
esse alimento maravilhoso, que são as noticias de
conhecimentos sagrados, estes papeis escritos
essas noticias propagadas de todas as formas são
justamente os adubos que meus filhos necessitam
para que as sementes plantadas em seus corações se transformem em arvores frondosas com
muitos frutos que alimentaram o quinto mundo de
Paz. Recebam meus filhos as minhas Bençãos e
lembrem-se quando o quinto mundo de Paz estiver
totalmente estabelecido, aí eu poderei me materialiasar ,definitivamente e ficar com todos voces
,como uma grande familia ,onde os seres humanos, os seres de pedra, os seres de pena, os seres
de quatro patas, os seres de escamas possam
viver em Paz e harmonia , pois foi para isso que o
Grande Espirito os criou, vamos seguir a verdadeira natureza das coisas, a Divina, o plano original
traçado pelo Grande Espirito, há humanidade só
tem um caminho verdadeiro a seguir, o do Amor
Incondicional,o resto são ilusões, plantadas para
tirar a humanidade do seu destino para qual ela foi
criada. Inflamem meus filhos essa fagulha colocada pelo Criador em seus coraçõe no momento de
sua criação e tornem-na uma enorme fogueira Sagrada e aqueçam seus irmãos nesse fogo do Amor
Incondicional, tenham coragem de mostrar aquilo
que voces são, filhos Sagrados e Amorosos de Pai
Céu e Mãe Terra. Capazes de alimentar a Terra
com os frutos da arvore da sabedoria e aquece-la
com a fogueira de seus corações.
Mãe Novilho de Búfalo Branco
OS ORIXÁS DESCERAM AO TERREIRO
Epa Babá!
Oxalá, o Cristo Jesus, Senhor de todos Orixás, Abençoou nossa terra com este belo presente,
Esta religião que nos ensina Amor e Caridade! Este
culto brasileiro chamado Umbanda, Que nos traz
a Força da Fé e da Esperança E que nos incentiva
o Perdão e a Amizade! Pois sob a Proteção de São
Jorge, que é Ogum, Não há caminho fechado nem há
mal algum No mundo que nos faça desistir de nossa
luta!
Ogunhê!
Ante a Justiça de São Jerônimo, Pai Xangô, Cada
irmão merece respeito, tem seu valor, Pois do alto da
montanha ele tudo observa!
Kawô Kabyecilê!
Santa Bárbara, que é a Senhora dos Ventos, Iansã
Guerreira, que enfrenta os tormentos, É ela quem
amansa todo tipo de sofrimento!
Eparrei!
Oxum, Senhora dos Lagos e das Cachoeiras, Mãe
que consola os seus filhos na tristeza, Derrama sobre
nós suas águas, sua pureza!
Aiêiê!
Oxóssi, Caçador, nosso Rei da Floresta, Amante da
vida, que ao canto do sabiá Avisa o povo que a mata
está em festa!
Okê!
Dona Janaína, como é linda Iemanjá, É a Mãe do
Mar, da Família e do Lar, Nos traz a Beleza e a Luz
da compaixão!
Odôiá!
Preto-velho, senhor humilde, Doutor na ciência da
vida, Sua fala são sábios conselhos! Caboclo, guerreiro da mata, Sua coragem me inspiraA vencer qualquer obstáculo! Criança, a alegria do terreiro, Apaga
a tristeza com o sorriso, Brinca com quem se sente
só! Povo de rua, Pomba-gira e Exu, Povo de força,
que, em seu trabalho, Protege os irmãos de todo o
mal! Os Orixás desceram ao terreiro, Pra saravá o
povo brasileiro! - Diogo F. Tenório - Nota: Diogo
Tenório é um jovem pesquisador do Rio de Janeiro, é
participante e moderador da lista Voadores na Internet
(http://br.groups.yahoo.com/group/voadores), e escreve
textos inspirados. É também o criador do grupo Espiritualista na Internet (http://br.groups.yahoo.com/group/
espiritualista) Ele autorizou a publicação desse seu belo
texto de Umbanda em nosso Jornal de Umbanda.
Ouça o Programa Magia da Vida
Toda terça-feira das 13h00 às 13h30.
Rubens Saraceni na Rádio Mundial
FM 95,7 Mhz
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2003
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Santuário Nacional da Umbanda
INAUGURAÇÃO DA MAIOR ESTÁT
O JUS presente no evento de inauguração da
maior imagem de Pai Ogum do planeta, no
Santuário Nacional de Umbanda, em Santo André – SP
Realizamos esta festa de inaugur
Recepcionados pelo Babalaô Ronaldo Linares, Presidente
da Federação de Umbanda do Grande ABC, centenas de
pessoas prestigiaram a inauguração da maior imagem de
Ogum do planeta.
Comemorado no dia 23 de Abril, dia de São Jorge, santo
católico que sincretisa com o Orixá Ogum, não poderia ser
melhor a oportunidade de realizar esse evento. Milhares de
pessoas estavam neste dia no Santuário para a realização
de suas oferendas em devoção a este Pai Orixá.
Pai Ogum é o Orixá da Lei, da Ordem Universal. É também o Orixá da metalurgia e da tecnologia. Como mostra
o sincretismo, a imagem de Jorge vencendo o dragão, simbolizando todos os males, Ogum é o Orixá vencedor das
demandas, das guerras.
Algumas autoridades e pessoas que de alguma forma influenciam o crescimento da Umbanda, foram convidados a
firmar o assentamento de Ogum, dia 27 de Abril, na praça
onde a imagem, que contando com sua torre, chega perto
dos 10 metros de altura, foi colocada. Entre elas estavam
Sra. Heleni Paiva – vereadora da cidade de S. André; Babá
Dirce, da casa de Pai Benedito; Sr. Engels, da escola de
curimba Aldeia de Caboclos e Adriano Camargo, do Jornal
de Umbanda Sagrada.
Parabéns Pai Ronaldo por mais esta obra, parabéns comunidade Umbandista!
Salve Ogum Yê, Saravá meu Pai Ogum!
Tudo para que você
aventurar em locai
O Santuário Nacio
do Pedroso, no bai
com locais adequa
sacrifícios animais
R$ 4,00 (quatro re
presidente Ronaldo
www.santuariodau
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2003
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anda “A Meca dos Umbandistas”
STÁTUA DE OGUM DO PLANETA!!!!
nauguração dias 26 e 27 de Abril.
para que você possa praticar seu ritual com segurança, sem estar agredindo a natureza e longe de correr o risco de se
urar em locais ermos para suas obrigações.
ntuário Nacional da Umbanda é um espaço verde, próximo a uma reserva de mata Atlântica, conhecida por Parque
droso, no bairro do Montanhão, em Santo André, com 640.000 metros quadrados de matas, pedreiras e cachoeiras,
ocais adequados para qualquer trabalho ritualístico de Umbanda ou Candomblé (desde que não sejam realizados
ícios animais) e está aberto a todos, federados ou não. Para freqüentar o local basta na entrada pagar a quantia de
00 (quatro reais) como taxa de manutenção, por pessoa. O local é mantido pela Federação do Grande ABC e seu
ente Ronaldo Linares.
daumbanda.com.br
Endereço e Telefones:
Santuário:
Estrada do Montanhão N° 700
Pq. do Pedroso, Santo André.
Fone: 4338-0946 / 4338-0261
Escritório:
Rua Visconde de Inhaúma, 354 São Caetano do Sul.
Fone: 4238-5042
Fone/Fax: 4239-4461
Templo Sede:
Rua Marechal Cândido Rondon,
21, Osvaldo Cruz, São Caetano
do Sul. Tel: 4232-3920
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2003
Doutrina Umbandista - Parte VI
Todo terreiro ao iniciar suas atividades espirituais
precisa organizar a parte administrativa e espiritual.
Da parte espiritual temos: O Orixá Regente
da Casa, O Guia Chefe, o dirigente espiritual (Médium
responsável), tendo como base o Congá (local destinado
as firmeza e imagens dos Orixás e guias).
A distribuição das Sete linhas de Umbanda são
representadas por:
Pai Oxalá-> Jesus Cristo
Mãe Oxum-> Nossa Senhora da Conceição
Pai Oxóssi-> São Sebastião
Pai Xangô-> São Jerônimo
Pai Ogum->São Jorge
Pai Obaluaiê->São Lázaro
Mãe Iemanjá que possuí sua imagem própria.
No Congá além das imagens e firmezas dos Orixás, poderão também ser colocadas as imagens dos guias
espirituais tais como:
Caboclo (a), Preto velho (a), Baiano (a), e etc...
Na tronqueira deveram ficar as imagens dos Exús
e Pomba-Giras.
Da parte administrativa temos: Estatuto Social,
registro do nome do templo em cartório, CNPJ, filiação
em uma Federação, utensílios de segurança(extintores, luz
de emergência), e os documentos deveram ficar afixados
e expostos.
Eleger pessoas responsáveis para o controle do caixa,
compras, cadastro de médiuns bem como o dia de pagamento das mensalidades, almoxarifado, manutenção e
limpeza do Templo.
Tendo também as pessoas dedicadas aos projetos sociais,
junto à comunidade em prol do bairro onde está localizado
o Templo.
Metas e objetivos traçados, distribuindo tarefas para todos
que trabalham na Casa, pois todo Templo torna-se uma
“FAMÍLIA”.
Devemos esclarecer aos freqüentadores dos Templos,
que buscam na Umbanda a resolução do seu “problema”,
olhando só pela óptica Templo X Pronto-Socorro, que recebe a sua dose de “BEZETACIL” e nunca mais voltam...
Será que não está na hora definitivamente de retirarmos
as nossas máscaras de omissão perante nossa própria religiosidade e “abrir” de fato as portas dos Templos com
dignidade, promovendo palestras, campanhas, folhetos,
aulas e etc, elucidando o que é a RELIGIÃO, o Templo
e como são realizados os trabalhos espirituais e sua doutrina. Tendo como meta desvendar os olhos e corações
preconceituosos, pois só assim poderemos “trabalhar
com Dignidade”.
Saibam que a nossa responsabilidade também é reverter e
modificar toda essa distorção religiosa da nossa Umbanda
Sagrada.
Será irmãos que não está passando da hora, de todos nós
filhos de fé, não mais permitir que continuem a denegrir
a nossa Religião?
Você já parou para pensar nisso?
Ou você é do tipo que: Vai ao Templo, veste o branco,
trabalha, e pronto vai embora?
Você está no Templo barganhando com sua espiritualidade
ou está usando-a como fuga de seus problemas emocionais,
materiais e mentais?
Será que amar de fato a Religião com devoção, respeito
e doação é realmente o caminho para sua evolução espiritual de fato?
Pensem nisso...
Saibam que a missão maior da Umbanda Sagrada é reformar intimamente o ser com consciência de que sua evolução moral contribuirá para conhecermos quem somos
e com amor podermos visualizar em nossos semelhantes
um fraterno irmão e através do dom mediúnico atuante
descobrir no seu próprio Templo Vivo fontes inesgotáveis
do Divino Criador...
Mande suas dúvidas para: [email protected]
Um Forte abraço a todos!
Monica Berezutchi
TEMPLO DA LUZ DOURADA!!!
Tel. 6109-3569
Página -12-
NÚCLEO XAMÂNICO
MOVIMENTO DE LUZ
Rua Bom Pastor,1144
Cursos
para
Maio
Xamanismo
Caribenho
Afro-Amerindio
Xamanismo
Indigena
PAJE LANÇA
Fone: 6915-8251
Templo
Escola
A CASA DOS
SAGRADOS
ORIXÁS
CURSOS:
Ainda dá tempo para se inscrever para os cursos:
DOUTRINA UMBANDISTA
PORTAL DO PAI OBALUAYÊ
INFORMAÇÕES:
Telefone:
(11) 577-5888
(11) 9601-8127
Doutrina Umbandista (Monica Berezutchi)
Ervas Sagradas da Umbanda (Marcelo Berezutchi).
ESPAÇO NOVA EXPRESSÃO Rua Afonso Celso, 1334 - Santa Cruz São Paulo - SP. / Tel: 5587-5443
PORTAL DO ARCANJO MIGUEL Rua Clodomiro Amazonas, 520 - Itaim Bibi São Paulo - SP - Tel: 3168-7151 / 3078-2531 e-mail: [email protected]
TEMPLO DA LUZ DOURADA Rua São José das Espinharas, 552 - São Paulo – SP
Vila Industrial - Tel. 6109-3569 / e-mail: [email protected]
Rua General Camisão nº 73
(Travessa da Rua Carneiro da Cunha)
Próximo da Av. Jabaquara, estação
Saúde do Metrô
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2003
Página -13-
PARVATI, A MÃE DOS VIAJANTES ESPIRITUAIS
Wagner Borges
Foi nas ondas serenas do samadhi que eu a encontrei.
Ela surgiu nimbada de luz à minha frente, em meio às
estrelas cintilantes. Ela nada disse, mas pelo seu olhar
fui possuído por uma onda de doçura. Fiquei paralisado, enquanto as ondas de amor varriam o meu corpo
espiritual. Um turbilhão de cores suaves envolveu-me
completamente. No silêncio da luz, Ela abençoou-me
incondicionalmente. Ela percebia completamente os
meus defeitos e qualidades, de todas as vidas. Ela via
as luzes e sombras de um homem... E vertia o amor em
silêncio. Ela abriu os braços e acolheu-me num abraço
profundo. E eu naveguei no colo da Mãe Divina com
as estrelas. Ali eu não era mais o homem dualista, era
só unidade e amor. Eu não era mais o homem adulto,
era sua criança-ananda. Ela me levou aos planos das
consciências serenas em seu regaço. No seio do silêncio
interdimensional, eu fui tocado pela alma dos rishis. Vi
várias de minhas vidas anteriores passando em frações
de segundo... As luzes e as sombras de um espírito... as
experiências e lições da vida. Permeando a todas elas
havia uma luz intensa, um sol de amor silencioso velando e aguardando o momento do encontro estelar.
Era Ela! Aquela a quem os próprios rishis se curvam
em respeito. Aquela Mãe Divina da qual Ramakrishna
tanto falava. A Mãe do samadhi, a senhora das estrelas
radiantes, a Mãe dos iogues. Aquela que brilha no lótus
das mil pétalas sorrindo com Shiva. Aquela que cativou
o Mahadeva com sua beleza e graça. Ela, a Mãe dos
viajantes espirituais que reencarnam na Terra. A mesma
Mãe que tocou Vyasa e Sukadeva, e velou por Shankara.
A Mãe do Amor Que Gera a Vida!
Ela, a consorte de Shiva, que me abraçou como filho.
Parvati, a Mãe da alegria e senhora das energias. Que
com o seu olhar amoroso me disse: “Viaje junto com os
homens, lado a lado, como um igual. Senta junto com
eles e lhes fale de Espiritualidade e Amor. Brinque com
eles, faça-os sorrir no serviço e anime-os na jornada.
Projete as clarinadas da consciência cósmica em seus
caminhos e espere o tempo do despertar de cada um.
Ensine a eles a arte de prestar ajuda aos outros dentro da
realidade humana e espiritual. Quando eles despertarem
GECATRAN
Técnica eprecisão em acrílicos
Confecção e montagem de peças em acrílico.
Pensou em acrílico, pensou GECATRAN
Rua Alessandro Manzoni, 87 - São Paulo SP
para o sol de amor que os acompanha silenciosamente,
os véus que encobrem suas percepções será dissolvido.
E eles voarão nas luzes eternas do samadhi. Segue com
eles em nome do Amor que interpenetra a todos.” Parvati, a Mãe graciosa que conquistou o coração de Shiva, e
que tocou-me silenciosamente nas ondas serenas de um
olhar amoroso. Ela, o sol que vela invisivelmente pelos
viajantes espirituais. Om Namah Parvatiai.
Paz e Luz.
- Wagner Borges – São Paulo, 01 de outubro de 2002, às
19h33min.
Notas do sânscrito:
- Parvati: No Hinduísmo, o Absoluto (Brahman) é subdividido em três aspectos fenomênicos de manifestação:
Brahma, o criador; Vishnu, o preservador; e Shiva, o
transformador. Cada um dos três aspectos possui uma
consorte divina (sua shakti, ou manifestação feminina
na criação). Parvati é a consorte de Shiva. É a deusa da
alegria e da energia. É um dos aspectos fenomênicos da
Mãe Divina. O seu mantra é Om Namah Parvatiai (Ou
Om Parvatiya Namah)
Outros aspectos fenomênicos de sua manifestação: Kali,
Durga, Devi, Tripurasundari, Jagadamba, Uma.
- Samadhi: Expansão da consciência; Consciência
cósmica.
- Ananda: Bem-aventurança; Êxtase espiritual.
- Rishis: Sábios repletos de serenidade e amor - Mentores dos Upanishads.
- Mahadeva: Maha: Grande - Deva: Divindade, Grande
Deus.
- Vyasa, Sukadeva e Shankara: Mestres iogues admirados pelos iniciados.
Vyasa é o mentor do épico “O Mahabharata” (que
contém numa de suas seções o “Bhagavad Gita” – “A
Canção do Senhor” – que fala de Krishna e Arjuna) Sukadeva é o filho do glorioso Vyasa (e considerado por
muitos como um ser de luz mais avançado do que o próprio pai) - Shankara foi o grande reformador do Hinduísmo no século IX d.C. (é autor do célebre livro “Viveka
Chuda Mani” – “A Jóia Suprema do Discernimento).
- Para enriquecer a explicação sobre os aspectos da Mãe
Divina, reproduzo logo abaixo um texto de um pesquisador do Hinduísmo:
ASPECTOS DA MÃE
- Por T. M. P. Mahadeva Chamar Deus de Mãe Divina não é mais equivocado do
que chamá-lo Pai Divino. Desde o ponto de vista empírico,
são necessários o macho e a fêmea para explicar criação
do mundo. O shakta* põe ênfase sobre a feminilidade
porque, enquanto a parte masculina da procriação é fugaz
e momentânea, a feminina é mais permanente e íntima.
A Mãe Suprema se sacrifica para converter-se no mundo.
Por esse ponto de vista, a concepção materna é mais importante do que a paternidade de Deus.
Ao mesmo tempo, o shakta bem sabe que, desde o ponto
de vista transcendental, as distinções sexuais não são
aplicáveis ao Absoluto.
A palavra sânscrita “Matri” é feminina e masculina. Assim se dirige o “Mahakala-Samhata”, a Divina Mãe em
um hino:
“Não és menina, donzela e nem anciã. Na verdade, não és
feminina, masculina e nem neutra. És o poder inconcebível
e incomensurável, o ser de tudo que existe, isento de toda
dualidade, o Supremo Brahman, só acessível através da
iluminação e da sabedoria”.
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Jornal de Umbanda Sagrada
O encontro
Um conto de Preto-Velho
por Adriano Camargo
Acordaram cedo naquele dia. Poderia ser um dia destinado
ao lazer, mas não era. Levantar tão cedo naquele domingo
representava muito para aquele casal. Fazia parte da luta que
travavam contra uma doença até então desconhecida pelos
médicos e especialistas.
O menino que já contava os dez anos de idade parecia ter
muito menos. Olhos fundos, boca aberta sem forças para
se manter fechada ou esboçar algum sorriso. Franzino,
tinha dificuldades na escola, não conseguia acompanhar
fisicamente o ritmo das outras crianças de mesma idade.
Mas seu raciocínio era perfeito. Trazia em seu íntimo
uma inteligência única. Sua capacidade de assimilar, de
aprender era espantosa. Aprendera andar, falar, enfim
as coisas básicas que as crianças levam um determinado tempo para aprender, em bem menos que o comum.
Até os sete anos de idade tinha uma boa saúde, como
qualquer criança normal. Muito ativo, seus pais nunca
tiveram preocupações com coisas além das
traquinagens do dia a dia.
Mas agora era diferente. Os médicos não
diziam nada. Nada explicava aquela apatia
que se abateu sobre o garoto havia quase três
anos. Os exames médicos foram insuficientes para diagnosticar a trama astral contra
aquele espírito. O garoto que viera encarnar
com a missão de redirecionar outros espíritos
afins, de volta ao caminho da evolução, agora penava nas garras de vampiros do astral.
Seus pais, católicos por conveniência, não
acreditam nessas coisas. Aquele seria o último recurso. Quando nada mais convencia,
quando os médicos simplesmente disseram
que era um caso raríssimo que ninguém sabia
dizer o que era, foi um jovem médico, estagiando num dos
muitos hospitais os quais aquele menino passou, muito encabulado, disse aos pais: -“Tentem levá-lo a um benzedor, um
curandeiro... isso parece coisa do outro mundo”.
Na hora, o pai quase agrediu o médico, que foi ridicularizado
pelos companheiros de profissão. Depois refletiu e cedeu às
circunstâncias.
Agora, dentro daquele ônibus, iam em direção a um bairro bem
afastado da cidade. O lugar é pouco convidativo. Foi indicado
por um vizinho da família. Disse que a pessoa era de confiança
e não cobrava nada. Só tinham que ir até lá. Foram quase duas
horas de trajeto dentro do ônibus em direção àquela periferia.
Desceram no ponto final e seguiram o mapa mal feito em papel
de embrulho. Entraram numa viela, ou melhor, num caminho
no meio do mato mesmo, e visualizaram um casebre no fundo.
Ao pisarem naquela entrada, o garoto ficou estranho, arregalou
os olhos e uma expressão de pavor tomou conta de seu rosto.
Casa 7 Linhas
Artigos Religiosos,
São Paulo, Maio de 2003
Na porta da casinha apareceu um senhor de feições agradáveis,
sorriso discreto e um cigarrinho de palha no canto da boca.
Estava a uns trinta metros daquele homem e o garoto ficava
cada vez mais desconfortável e medroso. Ao se aproximarem
o senhor disse: - Estava esperando vocês... entrem, traga-o até
aqui. – falou com voz firme. Os pais se entreolham e perguntam
através dos olhares o que está acontecendo. Ninguém havia
marcado hora com ele, como sabia que estavam vindo. O garoto se desespera e o pai faz menção de ir embora. Questiona:
– O que estou fazendo aqui, meu Deus?
O homem volta à entrada da casa e diz mais uma vez firme:
- Está aqui pela vontade Dele... entrem, traga-o até aqui.
Ao passar pela soleira da porta, o garoto parecia outro. Suspirou
fundo e estremeceu todo o corpo. Olhou para os pais não entendendo o que passava. Súbito, passou o desespero e o medo.
Foram conduzidos até a sala da casa onde aquele senhor, já
incorporado por um Preto-Velho abraçava o menino. Demorou
uma meia hora benzendo-o e explicando aos pais a missão do
pequeno e a necessidade de uma religiosidade consistente em
suas vidas. Sua simplicidade tocou o coração daqueles dois.
O garoto tinha uma reação visível. Conversavam como se
fossem velhos amigos e o menino ria a cada engasgada que o
velho dava com a fumaça de seu cachimbo. Receitou banhos
e defumações, fez cantos e orações e terminado o atendimento, presenteou-o com um
colar de sementes. Apesar da simplicidade,
aceitaram o convite e almoçaram naquela
casa. Ao se despedir, os pais não acreditavam
no que viam. O garoto que ali chegou praticamente carregado, agora saia andando e só
não estava mais ativo porque a recuperação
física agora era necessária. Mas sabiam que
algo havia realmente acontecido. O médium
observa a família indo embora e volta pra
dentro de casa com a certeza e confiança que
mais um irmão foi encaminhado. E quem
teve oportunidade pôde ver o espírito do
velho negro sorrindo, agradecendo aos Exus
Guardiões que responderam às suas ordens e
capturaram o obsessor, ser trevoso que jurou vingança àquele
menino ainda em outra encarnação, levando-o, e a toda sua
horda de seguidores. Ao reencontrá-lo nessa vida, resolveu usar
de todas suas artimanhas do baixo astral para interromper a encarnação daquele que anos mais tarde, se tornara um sacerdote
de Umbanda, cujo terreiro abriga muitos filhos de fé que são
orientados no retorno à sua rota evolutiva. O filho, agora Pai,
nunca mais encontrou aquele médium. Mas o velho escravo
ainda é visto ao seu lado, pitando seu cachimbo e sorrindo a
cada irmão encaminhado. O colar continua em seu pescoço.
Saravá Pais e Mãe Orixás.
Salve todos os Pretos e Pretas Velhas.
Salve Pai Benedito, Pai Floriano e Pai Joaquim.
Salve Vovó Afonsina e Vovó Catarina.
Salve os Srs. Exus de Lei e Sras. Pomba-Giras
Obrigado pela Vossa Benção e Vossa proteção.
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Preto Velho
O PRETO VELHO E O
JULGAMENTO DO MÉDIUM
Dentro do Centro Espírita, os mestres de branco
aconselhavam e oravam. Fora do Centro e de
vista, o preto velho a todos protegia e guardava.
O Médium sentou e se preparou, Para psicografar a mensagem. Quando o preto velho se
aproximou, o moço ficou julgando a entidade.
”Onde já se viu espírito, Com esse jeito de exescravo negro? Se ele fosse mesmo evoluído,
Não falaria assim desse jeito.”
O preto velho sorriu, Mesmo perdendo a viagem. Não entendia o preconceito do médium,
Mas, ainda assim, deu-lhe um passe.
Ele sabia que no dia certo, Aquele médium
perceberia o fato: Que se aprende tanto com o
médico, Quanto com o operário.
Despediu-se dos mestres do Centro, que lhe
olharam pedindo paciência. Embora o trabalho
ainda fosse lento, aumentava o discernimento e
consciência.
A cada dia que passa, os novos médiuns estão
descobrindo. Que não importa como se fala,
E sim o que está sendo dito.
Por isso é que na rua ou no Terreiro de Umbanda, o Preto Velho continua o seu trabalho e
nunca pára. Até que os tambores de Aruanda o
convidem para uma outra jornada.
– Frank - Londres, 08 de abril de 2003.
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Jornal de Umbanda Sagrada
Preto-Velho
Na Estrada
Por Cássio Ribeiro
Quando Francisco
aceitou clinicar na
velha cidadezinha
do interior, não poderia imaginar o
que estaria por vir.
Jovem medico recém formado, filho
de família católica,
aceitara ficar ali por
um ano ou dois para
adquirir experiência
e ai sim iria para
uma grande cidade
montar seu consultório. Tudo transcorria normal em seus planos. Vez em quando
aparecia um trabalhador picado por cobras,
alguém caia do trator, raras vezes um caso
mais grave. Como era o único medico da
cidade era sempre chamado para festas, almoços e comemorações. Dividia com o delegado, o padre e o prefeito todas as atenções
daquele povo. Fazia planos.Sonhava alto
nosso amigo. É tarde da noite e a cidade
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São Paulo, Maio de 2003
dorme tranqüila. Francisco é acordado com
forte batidas na porta. Assusta-se no principio, mas logo se refaz e já esta pronto para
atender quem bate. Pelo adiantado da hora
deve ser algo grave.
Abre a porta e à sua frente um senhor gordo, cabelos brancos, roupa típica de fazendeiro o espera esbaforido. Ele convida-o a
entrar. O homem fala rápido, nervoso. Conta-lhe que mora em fazenda distante uma
hora da cidade, é casado possui sete filhos (
seis homens e uma mulher). Pois justamente sua única filha esta precisando de ajuda
urgente. A moça passa o dia no quarto sem
se alimentar, num estado de sonolência, e a
noite se transforma: grita, se debate, xinga,
agride as pessoas e a si mesma. O medico
pondera que aparentemente a moca esta
com distúrbios mentais, que deveria ser encaminhada para um psiquiatra e não a ele.
No entanto frente ao desespero do pai, resolve ir vê-la, nem que seja para dopá-la
para que de dia a família tome as providencias necessárias. E assim foram noite
adentro pela velha estrada. À medida que
se aproximavam à ansiedade do fazendeiro
aumentava. A sede da fazenda esta iluminada. Ao longe ouviam-se gritos. Gritos tão
horríveis que Francisco demorou a acreditar
que vinham se um ser humano, pior de uma
moça aparentemente frágil e debilitada.
A cena era assustadora:
Cerca de dez homens tentavam conter a jo-
Página -16vem, que urrava e agredia a todos.
Quando Francisco conseguiu se aproximar à
moça aparentemente se acalmou.
Com uma voz grave que destoava do aspecto frágil daquele corpo, olhou-o nos olhos e
sorrindo lhe disse para ir embora, pois seu
conhecimento em nada adiantaria. Rindo
alto a moça disse-lhe que ele era novo ate
para exercer a profissão, quanto mais para
vencer alguém que carregava uma experiência e força milenar como ela. Xingando
mandou-o embora antes que se arrependesse de estar ali. Francisco gelou diante
das palavras, não porque fizessem sentido,
mas pela maneira como foram ditas. E o
pior e que assim que proferiu tais palavras
a “moça” se mordeu com tanta força que o
sangue espirrou em profusão, e diante do
incrédulo medico tomou seu próprio sangue
rindo e gritando. De um salto Francisco consegue dopá-la. Ela riu e disse que quando
acordasse voltaria para beber mais sangue
e cumprir sua missão. Era alta madrugada
quando o jovem medico retornou sozinho
para a cidade, não sem antes recomendar
que levassem a jovem a um psiquiatra assim que o dia chegasse. Pelo caminho ele
não parava de pensar na estranha cena
presenciada há pouco. A mente humana era
mesmo um mistério.
Em sua cabeça Francisco estava convicto
que a moça sofria de sério distúrbio mental,
jamais lhe ocorrera que estivesse diante de
Jornal de Umbanda Sagrada
algo sobrenatural.
Absorto em seus pensamentos ele não notara um velho que caminha na estrada, penosamente apoiado em uma bengala. Quando
percebe esta muito próximo.
Francisco diminui a velocidade, pisa no freio,
e apesar das pedras na estrada consegue
brecar a poucos centímetros do ancião. Quase atropelara o homem.
E afinal o que ele estaria fazendo àquela
hora, sozinho na estrada?
Após os susto o jovem medico, desce do
carro. Percebe que trata-se de um senhor
negro, cabeça totalmente branca, apóia-se
numa bengala e não parece assustado ou
zangado pelo fato de ter sido quase atropelado. Olha para Francisco com um jeito
amigo e camarada, parece que já o conhece
há anos. O jovem medico pede-lhe desculpas, fala que não o havia visto. Pergunta
seu nome e quer saber aonde ele vai a esta
hora da madrugada. O Preto Velho sorrindo
diz que chama-se Jose e foi visitar a filha de
um fazendeiro que esta muito doente, e que
agora estava voltando para casa, pois ele
iria curar a menina, mas precisava buscar
um filho seu que seria de grande valia. Fala
que nem todas as doenças são da carne e
começa a discorrer da importância da pratica da caridade, da força da oração e da fé.
Francisco ouve tudo calado, de alguma maneira aquelas palavras, ditas por aquele estranho tocam sua alma. Mais espantado ele
São Paulo, Maio de 2003
fica quando descobre que a moça a qual se
referia o ancião e a mesma que ele acabou
de sedar.
O velho pede-lhe um grande favor:
que ele volte à fazenda e avise o pai da
moça que ela esta sofrendo obsessão de
um espírito trevoso que quer prejudicar a
todos da família e depois disso ira desgraçar a moça também. Mas a força da oração
tudo mudará. Francisco nunca acreditou
nisso, sempre fora materialista, porem o
velho falava com tanta convicção que ele
aceitou voltar lá nem que fosse
para dar um pouco de esperança para aquela pobre família. O
preto velho diz que não vai junto,
pois precisa achar seu filho para
ajudar no trabalho de descarrego,
pede a Francisco que vá na frente
avisar a família para esperá-lo.
Nosso jovem medico vira o carro
e segue de volta ainda tocado
pelas palavras do velho José, ao
longe vê a silhueta do ancião que
vai ficando ao longe. Assim que
chega a fazenda a família esta reunida fazendo sentida prece pedindo pela filha querida. Francisco se emociona diante da cena.
Ainda encabulado ele espera o termino da
prece e relata o ocorrido. A família escuta o
relato e estranha o fato, pois não conhecem
o velho José. O medico não sabe o que pensar será que havia sido enganado? Haveria
Página -17voltado e feito papel de bobo?
Então eles não conheciam o tal velho e muito menos sabiam quem era o suposto filho
que iria ajudá-lo?
Quando esta preste a ir embora Francisco vê
o velho cruzar o alpendre da Casa Grande,
sozinho caminhando em sua direção. Não tem
tempo de falar nada, pois logo incorpora o Pai
José, diante da família. Este explica que as
preces o haviam conduzido ate ali Mas precisava de filho médium que o recebesse...
Pede para trazer a moça e auxiliado pela
corrente de Obaluayê retira o
kiumba.
Noite de emoção na velha fazenda. Quando desponta no
céu os primeiros raios de sol
o Preto Velho entoa uma prece, puxa um ponto e desincorpora. A primeira coisa que
Francisco vê é a moça curada
e todos chorando emocionados. O tempo passa a família
se restabelece, e a noticia se
espalha rapidamente. Francisco já não pensa em deixar a cidade. Agora
alem de atender em seu consultório, também da passagem para Pai José e diversas
entidades que vêem prestar a caridade ao
povo da querida cidadezinha.
Adorei as Almas Sarava os Pretos Velhos
Sarava Pai José...
Pai Cássio Ribeiro é Sacerdote Umbandista e
Presidente da FUCABRAD, (11) 4048-2526
JÁ ESTÁ NAS BANCAS!!!
Por Alexandre Cumino
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2003
Espaço do Erveiro
Olá irmãos e irmãs de caminhada! Mês de Maio, mês que comemoramos o dia das Mães, vamos falar de
uma “erva mãe”... a Calêndula.
A Calêndula officinalis é uma erva pouco usada nos rituais de Umbanda, mas não por isso deixa de ser tão
poderosa quanto todas as outras ervas que temos falado aqui neste espaço.
Seu nome vêm do latim, dado pelos romanos como calendae por significar que essa erva deve ser plantada
sempre no começo do mês, para que floresça o ano inteiro. Da côr do sol, há também outras tonalidades
sempre puxando para o laranja e o amarelo ouro. Planta-se por mudas ou sementes. Após algum tempo ela
mesma se espalha pelo jardim. São flores sensíveis às pragas de jardim e morrem com facilidade.
No aspecto ritualístico, religioso e magístico, a calêndula é uma erva de muito poder. Usada pelos antigos
magos espanhóis como uma erva mágica e protetora contra magias negras. Conta a lenda que associada com
o louro (laurus nobilis), a calêndula - colhida quando o sol está entrando no signo de virgem (final de agosto) - e um dente animal, de preferência de lobo ou outro mamífero, faz-se um amuleto (patuá) que permite
que o portador ande nos locais mais inóspitos que estará protegido.
Usamos a calêndula nos banhos e defumações. Erva de Mamãe Oxum, a calêndula trás em si a côr do ouro e
a força do Sol, a força do calor, por isso também podemos associá-la à Mãe Egunitá.
Seu poder equilibrador é sentido nos banhos quando necessitamos de energia e discernimento para tomadas
de decisão. É também uma erva atratora de energias positivas e beneficiadora dos campos profissionais e
materiais.
Na fitoterapia seu chá pode ser usado para aliviar cólicas, dores de estômago, resfriados e até tuberculose,
mas nas doença,
s de pele é que ela mostra seu poder. É um dos remédios naturais mais importantes para os bebês junto com
a camomila. Óleos, cremes, sabonetes e pomadas são facilmentes encontrados de forma industrializadas e
fabricações caseiras. Excelente no tratamento de queimaduras e afecções de pele, alergias e é ótimo cicatrizante. Têm propriedade anti-inflamatória.
Para se obter um excelente óleo de calêndula para o corpo, coloque em um frasco de vidro transparente muitas flores, o suficiente para completar o frasco. Em seguida complete com óleo de amêndoas ou de semente
de uvas. Deixe em local com iluminação natural indireta por sete dias. No final desse período, coe e repita a
operação usando o óleo coado e novas ervas. No final da terceira operação terá um maravilhoso óleo para o
corpo para ser usado como complemento nas massagens ou no uso diário.
Hoje seu uso na cozinha é mais restrito mas já vimos sanduiches naturais de maionese com pétalas de calêndula batidinha. Vale a pena experimentar.
Uma guirlanda de flores de calêndula consagradas à Mâe Egunitá, na entrada de casa, previnem a aproximaxão de energias negativas. Pétalas de calêndula em um recipiente com água da cachoeira e consagrado à
Mãe Oxum, harmonizam o ambiente doméstico e energizam e atraem a prosperidade também nos ambientes de trabalho.
Os banhos de calêndula podem ser tomados inclusive na cabeça, sem problema algum. Façam o banho por
infusão (água quente derramada sobre as ervas frescas ou secas), sem coá-las derrame esse banho sobre
a cabeça deixando-o escorrer por todo o corpo e com as ervas que sobrarem faça uma esponja natural na
palma da mão e esfregue por todo o corpo, inclusive na cabeça, no chacra coronal. Esse banho é excelente
energizador, equilibrador e também no tratamento das alergias e queimaduras solares.
E mais, misturem a calêndula seca em suas defumações e vejam o efeito energético que ela proporciona.
E, relembrando, o que é necessário para se usar ervas, seja no uso terapêutico, magístico ou ritualístico: Fé,
Bom Senso e Amor, muito Amor. É isso turminha! Energia e realização a todos!
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A obra apresenta ao leitor
A obra apresenta informadoze portais de libertação.
ções das antigas aeronaves
Fazendo uma analogia com
indianas conhecidas como
os doze trabalhos de Hérvimanas. Portanto, parece
cules, o herói da mitologia
não haver dúvida de que
grega, e ilustrando cada um
o homem antigo era capaz de construir máquinas deles com um signo, a autora explica que o ser humavoadoras movidas à força mecânica. Este é um dos no precisa executar doze trabalhos simbólicos, apremais fascinantes assuntos da Ciência.
sentados nesses portais transpondo cada um deles.
Guia das Bruxas sobre Fantasmas e o Sobrena-
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Gerina Dunwich
184 págs. — 16 x 23
cm
Lançamento
O livro não apenas narra
as fascinantes experiências
pessoais da autora em casas assombradas e encontros com fantasmas, mas
também fornece autênticos
feitiços, rituais e encantamentos, e apresenta ervas
e óleos usados por bruxas para conjurar, banir e se
proteger contra os espíritos dos mortos.
Arte da Guerra, A
Sun Tzu
128 págs. — 14 x 21 cm
Lançamento
A Arte da Guerra é um dos
maiores tratados de estratégia de todos os tempos. Um
livro útil para o homem de
negócios, militar, ou para
qualquer pessoa empenhada
em vencer na vida. Escrito
pelo general chinês Sun
Tzu, a partir do resultado de sua experiência em suas
campanhas, que foram as mais variadas.
Código da Escrita Mágica Simbólica, de Rubens Saraceni
Jornal de Umbanda Sagrada
São Paulo, Maio de 2003
Página -20-
Distribuidora de Artigos Religiosos Ltda.

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