As últimas vitimas do Muro de Berlim

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As últimas vitimas do Muro de Berlim
Disciplina - História -
As últimas vitimas do Muro de Berlim
História
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Postado em:26/03/2012
Conheça a história das três últimas pessoas que morreram ao tentar cruzar o Mural de Berlim, o
maior símbolo da Guerra Fria
Segundo estudo realizado pelo Centro de História Contemporânea de Potsdam e pela Fundação
Muro de Berlim, pelo menos 136 pessoas morreram assassinadas, sofreram acidentes fatais ou
cometeram suicídio após tentar cruzar o Muro de Berlim. Um número assustador e que, segundo
especialistas, pode ser ainda muito maior. Desses 136 casos de mortes comprovadas, três se
destacam de forma trágica. Elas ocorreram a poucos meses da derrubada do muro, ocorrida em
novembro de 1989. A primeira das últimas três vítimas do Muro de Berlim foi Ingolf Diederichs,
alemão de apenas 24 anos. Diederichs tinha decidido escapar da Alemanha Oriental (comunista)
pulando de um comboio da linha de trem S-Bahn. Em certo ponto de seu traçado, próximo a Rua
Bornholmer, esta linha ficava muito próximo da Berlim Ocidental, aproximadamente vinte metros.
Era tão próxima que as autoridades do lado oriental aumentaram o muro neste trecho em quase seis
metros. O plano de Diederichs era utilizar uma escada de madeira para subir no trem e, em seguida,
pular para o lado ocidental. No dia marcado para a fuga, 13 de janeiro de 1989, as coisas deram
errado. Diederichs teve que pular do trem em movimento. Seu corpo ficou preso ao vagão e acabou
sendo arrastado por vários metros. O rapaz não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo poucos
minutos depois. A segundo morte aconteceu no dia 5 de fevereiro daquele ano. O barman Chris
Gueffroy tinha 20 anos e - como muitos outros jovens de sua idade - decidiu cruzar o muro para fugir
do serviço militar obrigatório na Alemanha Oriental. Gueffroy tinha escutado uma conversa entre
guardas da fronteira sobre a revogação da ordem de tiro contra aqueles que tentassem cruzar o
muro.Parecia o momento ideal para a façanha. Gueffroy e um amigo esconderam-se em um jardim
próximo a fronteira e quando a noite caiu tentaram escalar o muro com uma escada. O alarme
disparou e pelo menos dez disparos foram escutados por testemunhas. Os dois rapazes foram
atingidos. Gueffroy morreu em minutos e seu amigo, ferido, acabou preso. Nos dias seguintes, o
Ministério de Segurança do Estado (Stasi) encobriu o caso e a família acabou obrigada a publicar
nos jornais da época um anúncio referindo-se ao assassinato como um mero acidente. Gueffroy foi
a última pessoa assassinada tentando cruzar o Muro de Berlim. Mas não foi a última pessoa a
morrer tentando a travessia. O destino ainda guardava mais um caso, talvez o mais insólito de
todos. Winfried Freudenberg, 33 anos, vinha planejando por longos meses a sua fuga do lado
oriental através de um balão de ar quente, junto com a sua esposa. Em 8 de março, a polícia soube
de sua intenção e Freudenberg entrou sozinho no balão, que caiu algumas horas depois, ocupando
o seu ocupante solitário. A oito meses da derrubada do Muro morria o último homem a tentar
vence-lo. Sonhos, Pesquisas e Memorial Em suas quase três décadas de existência, o Muro de
Berlim foi o maior e o mais ameaçador símbolo da Guerra Fria. Uma metáfora literalmente concreta
de 43 quilômetros de extensão, controlada 24 horas por dia por soldados armados, 300 torres de
observação, grades eletrificadas e cães treinados para matar qualquer aventureiro que tentasse
pulá-lo. Para os alemães, porém, o Muro de Berlim tinha ainda significados pessoais. O muro
separava famílias, partia propriedades, instigava o sonho de jovens (os que mais tentaram cruza-lo)
e personificava a repressão da ditadura da Alemanha Oriental. Por isso, tantas pessoas tentaram
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cruzá-lo, mesmo quando o futuro do bloco comunista parecia muito incerto. Pouco mais de vinte
antes desde o seu fim, o Muro de Berlim tornou-se hoje objeto de estudo e de lembrança. Há
memoriais e museus que expõem datas, números, fragmentos do muro e histórias de pessoas como
Chris Gueffroy, Ingolf Diederichs e Winfried Freudenberg. O Memorial do Muro de Berlim, aliás, é
uma referencia no que diz respeito a estudos sobre o muro. Além de programar exposições e
eventos públicos, o memorial possui uma equipe de pesquisa formada por historiadores de renome
na Alemanha, responsáveis por estudos de primeira linha. O site da instituição é bastante completo,
disponibiliza gratuitamente artigos, pesquisa e está disponível em inglês:
http://www.berliner-mauer-gedenkstaette.de/en/index.html. Faça uma visita e conheça um pouco
mais sobre o Muro e as suas vítimas. Esta notí-cia foi publicada no site cafehistoria.ning.com.
Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.
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