Coinfra - Portal Aplicativos Sistema FIERGS
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Coinfra julho de 2006 A importância da Internet para as Pequenas e Médias Empresas É imprescindível que os candidatos a mandatos executivos incluam em suas de mocratizam a participação efetiva de todos em condições de igualdade. Coinfra 2 O Jornal do Coinfra é uma publicação mensal do Conselho de Infra- Estrutura da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) Avenida Assis Brasil, 8787 CEP- 91140-001 Porto Alegre -RS Fone 51 3347-8749 [email protected] metas eleitorais o estímulo às operadoras de Buscar solução inclusive em programas telecomunicações no sentido de atender a de governo, para permitir que as PME se- demanda de acesso a banda larga, de forma diadas fora das áreas metropolitanas, pos- a possibilitar o uso de Internet pelas PME sam estar incluídas no acesso à informação (Pequenas e Médias Empresas) sediadas em digital, via Internet banda larga, é garantia áreas não metropolitanas. A tecnologia não do crescimento socio-econômico e cultural, Missão Estimular o desenvolvimento regional e global do RS, através de proposições necessárias para a eliminação de entraves no âmbito de infra-estrutura esta-dual, como telecomunicações, Logística, saneamento e energia. é mais problema. O que não é aceitável é a com retorno garantido. Presidente do Sistema Fiergs Paulo G. F. Tigre exclusão das PME do universo dos negócios, através da Internet banda larga. Com uma economia forte se desenvolvem projetos sócio-culturais auto- sustentá- Com o advento do e-business, o de- veis, com garantia de sobrevivência, inde- senvolvimento passou a focar na rapidez pendente da continuidade de apoio gover- das tomadas de decisões e no acesso a in- namental. É importante, portanto, que dos formação digital através da Internet. projetos de inclusão digital façam parte, Exemplo disso é o grande sucesso dos além da população excluída, as PME que, pregões eletrônicos, via Internet, em licita- hoje, estão à margem desta tecnologia. ções públicas, que agilizam e reduzem custos das administrações públicas, além das Carlos Garcia redes de informações que facilitam e de- Coordenador do GTTEL Coordenador do Coinfra Ricardo Lins Portella Nunes Grupo Temático Logística André Loiferman Grupo Temático Energia Carlos W. Faria Grupo Temático Telecomunicações Carlos Garcia Grupo Temático Saneamento Edgar Cândia Responsável Técnico Francisco Queiroz Junior Editor Milton Wells Projeto gráfico e editoração Lavoro C&M (51) 3233-2612 Tiragem: 3 mil exemplares Publicação Principal Comunicação fone: (51) 3328-8229 Comercialização Scheyla DeCruz fone: (51) 8406-5211 e 3347-8787 ramal 8370 julho de 2006 Coinfra 3 Grupo de Logística OGU 2005 liberou R$ 167 milhões para a infra-estrutura do RS até maio Apenas Minas Gerais está à frente dos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul na liberação dos recursos do Orçamento Geral da União de 2005, na área de infra-estrutura em transportes, segundo dados divulgados pela Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional em 12 de maio último. Conforme levantamento da FIESC, Santa Catarina, 2O lugar no ranking, recebeu R$ 226,8 milhões, enquanto o RS, em 3O lugar, recebeu R$ 167,0 milhões. O Paraná, em 11 º lugar, teve um total de R$ 78,5 milhões de re- cursos liberados até aquela data. No levantamento sobre os percentuais liberados em relação ao previsto, Santa Catarina é o 9O estado no ranking, com 49,5%, o RS o 12O, com 45,57%, e o Paraná, o 13O, com 44,93%. Na amostragem por região, o Sudeste lidera com um total de R$ 653,2 milhões, o Nordeste vem sem seguida com R$ 522,7 milhões, o Sul com R$ 472,5 milhões, o Norte, com R$ 344,4 milhões e, em último, o CentroOeste com R$ 331,9 milhões. Em relação à demanda da região Sul, segundo o Fórum In- dustrial Parlamentar Sul, que apontou uma necessidade de R$ 1,9 bilhão em recursos para a infra-estrutura, os montantes liberados até o momento acusam um déficit de R$ 1,4 bilhão. Mas em relação ao previsto pelo OGU 2005, este número cai para R$ 533 milhões. Para Ricardo Portella, coordenador do Coinfra da FIERGS, os números mostram uma boa recuperação do RS na distribuição dos recursos orçamentários da União. No entanto, ele aponta a necessidade de o setor industrial e a bancada federal gaú- cha continuarem mobilizados na busca de recursos para a infraestrutura gaúcha. "Se considerarmos que a maior parte das verbas liberadas pela União corresponde às obras da BR-101, vamos perceber que o RS ficou bem atrás de Minas Gerais que não conta com nenhuma obra de rodovia federal", apontou. "O RS melhorou em seu desempenho no que se refere ao orçamento da União, mas temos de melhorar muito mais. Atualmente, para grandes obras foram reservados poucos recursos". 4 Coinfra julho de 2006 Grupo de Logística Agenda 06/20 lista prioridades em infra-estrutura no RS Uma série de ações com foco no Porto do Rio Grande, aeroporto Salgado Filho e BR116 Norte, além da criação de Plano Estadual de Eficiência Energética e de suprimento de gás natural, foram apontadas como prioritárias no setor de infra-estrutura pela Agenda Estratégica O Rio Grande que Queremos, na segunda rodada do fórum temático realizada em junho passado. Na busca de um estado mais competitivo, a Agenda defendeu para o Porto do Rio Grande a concessão de dragagem de manutenção a um consórcio privado, o qual seria remunerado através de fração das tarifas dos terminais. Também apontou para a necessidade de o Orçamento Geral da União (OGU) reservar recursos para a ampliação dos molhes, cuja retomada de obras ainda depende da renovação de Licença Ambiental. Em relação ao aeroporto Salgado Filho, a Agenda indicou a necessidade de organizar uma comissão de entidades para pressionar a favor de soluções que viabilizem as obras de ampliação da pista. Um dos principais nós do Agenda Estratégica defende concessão para dragagem de manutenção do Porto do Rio Grande modal rodoviário no RS, as obras na BR-116 seriam viabilizadas através de Parceria Público-Privada. Isso permitiria a ampliação da ponte do rio Gravataí, o alargamento das pistas Porto Alegre-Metrovel; a intersecção BR-386 / BR-116; o viaduto de acesso à Unisinos; a alça de acesso BR-116-BR-290 e trevo de acesso a Roselândia. Na área de energia, a Agenda defendeu a geração térmica a carvão, o que seria sustentado por ações na questão ambiental, na regulamentação da legislação e no incentivo ao financiamento de projetos. Para garantir o suprimento de gás natural, a Agenda listou a ação política a fim de garantir uma planta de regaseificação de GNL (Gás Natural Liquefeito) no RS. Isso porque a Petrobras planeja investir somente em duas unidades de regaseificação, no Nordeste e no Sudeste, com investimentos de US$ 300 milhões. A Agenda indica ainda a necessidade de ações políticas para acelerar a prospecção na bacia de Pelotas e na construção de novo gasoduto, uso do biogás e o desenvolvimento de produtos carboquímicos. julho de 2006 Coinfra 5 Avança processo de ampliação da pista do Salgado Filho O início das obras de ampliação da pista do Aeroporto Salgado Filho está na dependência de um decreto da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ocorre que a área escolhida pela prefeitura de Porto Alegre para a transferência das primeiras 1.100 famílias da Vila Dique está incluída no nível dois de ruído gerado pelos motores dos aviões. De acordo com a portaria de 1984, que trata do ruído ambiental em aeroportos, hoje não seria possível fazer a remoção daquelas famílias para a área pretendida. Por isso, a Anac deverá providenciar a alteração da portaria, segundo informou ao Jornal do COINFRA Marco Aurélio Franceschi, superintendente adjunto da Infraero. "Vamos ter uma seqüência de ações que vai possibilitar a transferência das famílias da Vila Dique. Com a edição de nova portaria da Anac sobre o nível de ruído, será possível à prefeitura iniciar a construção das casas que terão um isolamento acústico de atenuação do ruído ocasionado pelos vôos dos aviões", explicou. Ainda em julho, segundo Infraero vai invetir R$ 80 milhões na pista de pouso e decolagem Franceschi, o assunto deverá avançar de modo a permitir o início do processo de licitação por parte da prefeitura para a construção das casas numa área próxima ao porto seco. "Como a área seria destinada por um investidor à construção de moradias, algumas etapas como a licença ambiental e o projeto de urbanismo já foram executadas. Isso irá reduzir de forma significativa as tarefas burocráticas para o início das obras", diz A prefeitura de Porto Alegre recebeu parecer no qual a Caixa Econômica Federal (CEF) manifesta-se favoravelmente à aquisição de área pelo município na Avenida Bernardino Silveira Amorim, na zona norte da capital, para a transferência das famílias da Vila Dique. Além disso, a Caixa encaminhou ao Ministério das Cidades pedido de transferência de cerca de R$ 10,2 milhões ao município para a aquisição do terreno e realização de obras de infraestrutura. "Conforme compromisso assumido com a comunidade, o Ministério das Cidades e o governo do estado, a prefeitura se empenhou em um prazo curto para não perder recursos e buscar a solução de um problema histórico, a ampliação da pista do aeroporto. Estamos garantindo o atendimento às famílias da Vila Dique, que serão transferidas para uma área com condições de abrigar um núcleo habitacional e reafirmamos o compromisso com os que mais precisam", disse o secretário de Gestão, Clóvis Magalhães. O diretor-geral do Demhab, Nelcir Tessaro, explicou que o parecer da Caixa também permite ao município efetuar a desapropriação do imóvel, que já foi aprovado pelas famílias da Vila Dique. Ainda neste ano será realizada licitação para a contratação de empresa para as obras na área, destacou Tessaro. 6 Coinfra julho de 2006 Grupo de Telecomunicações Digistar Telecomunicações ganha mercados no exterior A Digistar Telecomunicações S.A., de Porto Alegre, com o VoIP XT – 74 IP, foi uma das empresas premiadas com o Distinção Indústria 2006 da FIERGS. Tratase de um produto que representa uma inovação por ser único em sua concepção, unindo as características de uma central telefônica digital e a tecnologia VoIP. A empresa iniciou suas atividades em 24 de fevereiro de 1999 e hoje conta com uma equipe formada por 70 colaboradores, dos quais 30% atuam diretamente no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos. Com apenas sete anos de existência é considerada uma Provedora de Soluções em Telecomunicações, pois produz e desenvolve com tecnologia própria uma linha completa de equipamentos, soluções e serviços para empresas de todos os portes no mercado nacional e internacional. Sua linha de equipamentos inclui centrais telefônicas VoIP, digital e analógica, gateways VoIP de pequeno e grande porte, telefones, terminais inteligentes com identificador de chamadas, telefones IP e porteiros eletrônicos. Na área de soluções opera com CRM, Call Center, CTI, Mesa Net, entre outros e, em serviços, possui unidade de negócios chamada Servstar com Oldemar Plantikow Brahm foco nas necessidades de clientes corporativos, nas áreas de telecomunicações, rede de dados, VoIP, CTI e aplicativos. Atua com sete escritórios re- gionais dotados de estrutura comercial, técnica e administrativa, quatro representantes regionais e dois representantes na América Latina. Conta ainda com 300 revendas, 15 distribuidores e uma ampla rede de assistência técnica com suporte técnico de fábrica e local. A Digistar exporta desde 2000 para Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru, Uruguai, Venezuela e sua maior vantagem em relação aos seus concorrentes no exterior é o custo benefício de seus produtos aliado à tecnologia de ponta, as exportações correspondem a 5% do faturamento, mas planeja triplicar até o final do ano 2007. A Digistar possui tecnologia própria e desenvolve equipamentos analógicos, digitais e VoIP com as especificações técnicas determinadas pelo órgão regulador Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), e um sistema de gestão de qualidade NBR ISO9001 2000, certificado pela DQS do Brasil S/C e IQNET. Recentemente, o diretor superintendente, Oldemar Plantikow Brahm, retornou da Coréia, onde esteve a convite do governo local, para uma apresentação sobre a empresa e rodadas de negócios com empresas coreanas. A Digistar investe anualmente 13% de seu faturamento em P&D buscando inovação tecnológica para atender o mercado mundial e competir com marcas internacionais. julho de 2006 Coinfra 7 Grupo de energia Fim do "subsídio cruzado" acelera adesão ao mercado livre de energia Em apresentação na FIERGS, o gerente comercial da APS Engenharia de Energia, Alexandre Behrens declarou que o setor industrial deve preparar-se para o fim do "subsídio cruzado" e passar a gerenciar os seu próprio insumo de energia. "Uma das alternativas é a opção pelo mercado livre", indicou. Conforme Behrens, a tarifa residencial de energia no Brasil é uma das maiores do mundo. Ela embute um subsídio para a tarifa industrial, que por essa razão é mais baixa que a residencial. No setor elétrico, esse subsídio é chamado de "subsídio cruzado". Hoje, o governo trabalha para extinção do "subsídio cruzado". Com a redução gradativa deste subsídio, o aumento tarifário do consumidor conectado em alta tensão (grupo A) tem sido superior ao aumento impetrado ao consumidor residencial, preservando a tarifa do pequeno consumidor em detrimento da tarifa do grande consumidor. Com base nesta realidade, segundo o executivo, acelerou-se o processo de migração dos grandes consumidores para o mercado livre de energia elétrica, onde estes poderão exercer o Cliente Livre Cliente Cativo Preço Negocia livremente com o(s) fornecedor(es) Reajuste Negocia livremente com o(s) fornecedor(es) Não há risco do cliente ficar sem energia Administrado pelo consumidor, em função do(s) contrato(s) firmado(s) com o(s) fornecedor(es) Paga tarifa que for estabelecida pela ANEEL para a sua concessionária local Paga reajuste que sua concessionária conseguir aprovar junto à ANEEL Não há risco do cliente ficar sem energia. Administrado pela ANEEL, sem nenhuma influência do consumidor Risco de Atendimento Risco de Preço seu "livre arbítrio". "A criação do mercado livre permite negociar livremente os contratos de energia junto aos comercializadores, nas condições (preço, prazo e flexibilidade) que melhor convier. Ao órgão regulador cabe estipular as tarifas de transporte suficientes para garantir a remuneração dos ativos das distribuidoras", explica. "Os consumidores livres ao migrar para o mercado livre podem conseguir uma redução entre 8% e 10% no custo de energia contratual. Mas antes disso, é preciso implantar programas de eficientização de energia", adverte Behrens. "A possibilidade de poder negociar livremente o contrato de energia é o grande atrativo para o consumidor, mas isso demanda um conhecimento mais aprimorado em relação aos custos de energia elétrica", acrescenta. Qualquer consumidor com demanda contratada igual ou superior a 500 kW, em qualquer segmento horosazonal, pode optar por ser um cliente livre depois de negociar seus contratos a partir de fontes alternativas como éolica, solar e PCH. Atualmente, em termos de custos competitivos, somente as PCHs são atrativas. 8 Coinfra julho de 2006 Grupo de Saneamento Saneamento é o novo grupo temático do Coinfra Um total de 10 conselheiros deverão fazer parte do novo Grupo Temático de Saneamento (GTS), criado pelo Conselho de Infra-estrutura (Coinfra) da FIERGS. Conforme o coordenador, empresário Edgar Cândia, diretor executivo da Magna Engenharia, de Porto Alegre, a idéia é contribuir com estudos e sugestões de curto, médio e longo prazos para o maior desenvolvimento do setor no estado e no país. "Sabemos que no setor de abastecimento de água, o RS é um estado bem servido, a não ser em períodos de estiagem, quando o sistema de alguns municípios fica prejudicado. Por isso, nosso foco será nas áreas de saneamento pluvial e cloacal, cujos indicadores apresentam índices de extrema gravidade", afirma Cândia. Esse quadro, conforme o empresário, decorre dos elevados custos de investimentos relativos à implantação dos sistemas de esgoto sanitário que correspondem a níveis três vezes superiores em comparação aos de água. "Com um agravante: de que os concessionários, sem um critério mais coerente que o determine, cobram por estes serviços valores limitados a 70% da tarifa de água, o que torna o quadro insolúvel nas bases atuais", explica. Por causa dessa realidade, Cândia defende um programa de investimentos em nível nacional, segundo o qual entre 60% e 70% dos recursos seriam viabilizados a fundo perdido. "Ocorre que, hoje, estes recursos não existem, seja no Orçamento Geral da União, seja no do estado. Por isso, é preciso defini-los, mesmo sabendo das dificuldades de recursos. Trata-se de uma questão de saúde pública, o que exige vontade política". Cândia lembra ainda que no RS, a Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento) é responsável pelo sistema de esgoto sanitário em apenas 41 municípios, enquanto os demais dependem de verbas da União. "A situação do RS é muito grave. Apenas entre 5% e 6% do esgoto é coletado, dos quais apenas 3% passam por tratamento. Estes índices contrastam com todos os demais índices sociais do RS, sempre superiores à média nacional. Por causa disso, o saneamento é uma das principais questões no país. Nós, do Coinfra, pretendemos colaborar com sugestões efetivas que possam contribuir para alterar essa realidade". Índice ABCR de Atividade O índice ABCR de Atividade mede o fluxo de veículos nas rodovias concedidas do país. Produzido pela ABCR, em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada, o indicador constitui um instrumento importante de aferição da atividade econômica. O índice é composto pela medição do tráfego de veículos pesados e de veículos leves. O fluxo de pesados tem alta correlação com a produção industrial e agrícola. Se o nível de produção na indústria ou no campo varia positiva ou negativamente, a conseqüência é logo percebida nas estradas, com o aumento ou a diminuição do tráfego de caminhões. Ao longo dos últimos dois anos, o Índice ABCR tem coincidido com os resultados do desempenho da indústria, medido pelo IBGE. Já o fluxo de veículos leves tem relação com o fator renda. A lógica é semelhante. Maior ou menor movimento de automóveis é sinal de crescimento, queda ou mesmo estabilidade do nível de renda no país. Movimento de veículos nas rodovias concedidas do Rio Grande do Sul volta a cair em maio Índice ABCR / RS – A tendência de queda do movimento nas rodovias gaúchas sob regime de concessão acentuou-se em maio. O fluxo total nas estradas pedagiadas caiu 3,5% em relação a abril, quando já havia sido 0,7% menor, resul- tado determinado fortemente pelo declínio de 4,7% no tráfego de veículos leves (automóveis) e de 1,6% no de pesados. Os dados, com ajuste sazonal – procedimento estatístico que permite descontar os efeitos típicos do período analisado – compõem a série do Índice ABCR de Atividade, calculado mensalmente pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e a Tendências Consultoria Integrada. No do Rio Grande do Sul, o indicador começou a ser divulgado a partir de março deste ano. A retração no movimento, principalmente de veículos pesados, nas estradas concedidas do estado ainda é reflexo da perda de dinamismo da atividade industrial de alguns setores ligados à exportação, como o de calçados e o siderúrgico, que perdem competitividade devido à valorização do real frente ao dólar, além das perdas contabilizadas na produção agrícola, observa Guilherme Maia, economista da Tendências Consul- toria. “No Rio Grande do Sul há forte influência da agricultura na economia, e todos os resultados negativos captados pelo índice mostram que o estado ainda não conseguiu se recuperar da quebra da última safra”, acrescenta. De fato, os últimos números obtidos pelo Índice ABCR no estado são negativos, independente da base de comparação. As maiores quedas no tráfego rodoviário foram constatadas no caso de veículos leves, que tiveram maior influência na composição da taxa final do indicador. Na comparação de maio/2006 com maio/2005, por exemplo, houve um recuo de 6,4%. Já no intervalo acumulado dos últimos doze meses, encerrado no mês passado, a queda foi menos intensa: - 2,1%. O índice aponta que o tráfego pedagiado de veículos pesados teve queda mais acentuada na variação acumulada nos últimos doze meses até maio, quando caiu 2,4%. Se comparado com o mesmo mês de 2005, o movimento foi 1,6% menor. Variação do fluxo pedagiado nas estradas concedidas do Rio Grande do Sul – em % Período Maio/06 sobre maio/05 Maio/06 sobre abril/06 (com ajuste sazonal) Últimos doze meses Fontes: ABCR e Tendências Consultoria Integrada Total -4,8% -3,5% -2,2% Leves -6,4% -4,7% -2,1% Pesados -1,6% -1,6% -2,4% Coinfra Publicação mensal do Conselho de Infra-estrutura julho de 2006 ano 6 número 56 Divulgação Saneamento é o novo Grupo Temáticodo Coinfra
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