Notizie Magazine nº 3 (Portugues)
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Notizie Magazine nº 3 (Portugues)
NÚMERO 2/4 ANO 2010 NÚMERO 2/4 AÑO 2010 EDITORIAL DIRETORES NOTIZIE: Jorge Arévalo + Pablo Torres. DIRETOR DE ARTE: Jorge Arévalo. COORDENAÇÃO E MODA: Ana Moya EDITA: Fedrigoni España y Entreplanta Comunicación CONSELHO DE REDACÇÃO: Roberto Mancini / Nino Murcia / Sylvia García / COORDENAÇÃO PORTUGAL: Ana Isabel Antão. NOTIZIE MAGAZINE / Antonio Maura 8, 28014 Madrid www.notiziemagazine.com / [email protected] Publicidade: (+34 91 522 59 50). Depósito legal: B-40137-2009 Coberta, Fedrigoni Splendorlux Bilucido Premiun White de 210 gr. Interior, Fedrigoni Stucco Tintoretto Gesso 120 gr. Quem nos observa da capa é PAOLO MALDINI. IL BELLO. IL CAPITANO. SŐO PAOLO, APOLO MALDINI, O ETERNO. Talvez o melhor defesa da história do futebol mundial. Jogador do Milan durante 24 temporadas. Internacional italiano 126 vezes. Um jogador que conseguia ganhar a bola a qualquer outro, sem faltas, sem violência. Expulso por cartão vermelho directo uma única vez em toda a sua carreira. Jogadores do gabarito de ZIDANE, FIGO, IBRAHIMOVICH OU RONALDINHO elogiaram a sua capacidade de defesa, a dificuldade para o fintarem, a sua inteligência para se posicionar no campo de jogo. Mas, sobretudo, elogiaram a sua grande segurança. O seu domínio requintado da bola. “O Maldini até os do Inter querem”, dizem, esses que são seus inimigos irreconciliáveis. Em resumo: um tipo com bom aspecto. Com elegância, estilo e classe. As qualidades que tornam um jogador numa lenda, em ícone intemporal. Os valores que admiramos em NOTIZIE MAGAZINE. A ilustração é de SILVIA PRADA. Vê-se logo, não é verdade? Escolhe sempre desenhar gente bonita, com um encanto especial. Ela também esbanja estilo. Adiante. Nesta edição vamos falar de futebol. Não somos peritos. De certeza que os nossos leitores, sabendo o sector a que nos dirigimos, serão também apenas idealistas. Mas vamos tentar mostrar-vos o lado mítico do desporto rei. Porque acalenta paixões. Porque é um jogo elegante, furiosamente estético, inteligente. Como MALDINI. Como NOTIZIE MAGAZINE. Como o Fedrigoni Splendorlux Bilucido Premium White de 210 gramas que serve de pele para o retrato da capa ou o Fedrigoni Stucco Tintoretto Gesso 120 gramas das páginas interiores. Buone vacanze! 3 S I LV I A P R A D A 8 NEW YORK COSMOS 13 BRAZIL 16 BAGS,BIJOUX, BALLS 22 FOODBALL 24 ÁFRICA DO SUL NOSSA CAPA Paolo Maldini por Silvia Prada. silvia Ela dirá que a comparação é excessiva, mas SILVIA PRADA (Ponferrada, 1969) é o mais próximo de Warhol que se viu em Espanha na última década. Uma artista da mercadotecnia que não quer prenderse a uma disciplina concreta. Uma estudiosa da cultura pop, como alguns exageram. Alguém que reúne nas suas festas o jet set de cada cidade para que dancem ao ritmo dos seus discos. Não acreditamos que o futebol seja uma das suas paixões, mas depois de fazer ilustrações para The Face, para Dazed&Confused ou para Interview, desenha o retrato sereno de Maldini que vos apresentamos na capa e responde às nossas perguntas sobre o tema. 3 silvia Bom dia, Silvia. Deixe-nos ser indiscretos: O que faz nesta altura pelo Jap o? Bom dia! Estou de visIta a uns amigos e escrevo para um blog. Além disso, a minha namorada, Kim Ann (Kim Ann Foxman, dos Hercules and Love Affair, N. do E.), vai actuar em várias cidades do Japão e que melhor desculpa para comprar mochi! Soubemos que, a dada altura, aproveitou a ilustra o como ferramenta para se dar a conhecer. Detectou esse nicho vazio, uma car ncia no mercado, e aproveitou? uma artista de planifica o? Como v a ilustra o hoje em dia? Continua a ser uma tend ncia? Gosto sempre de dizer que o que mais me apaixona no meu trabalho é o marketing. Quero dizer que um artista deve ser bom no acto de criar, mas deve também ser excelente no trabalho de vender e promover a sua obra, especialmente nos dias que correm. Quando comecei, a ilustração não era uma tendência, pelo menos da forma como eu a fazia. Por isso foi tão inovador. No entanto, agora o panorama de ilustradores não tem identidade. Há apenas alguns originais que marcam a tendência e são pioneiros. Os restantes são uma espécie de desenhadores gráficos que se passam para o mercado da ilustração e matam qualquer estilo a preços irrisórios, intitulando-o de mainstream. É por isso que há já alguns anos que só faço projectos com galerias e museus, ou com revistas realmente de qualidade. Não quero associar-me à ilustração a pedido nem à ilustração de moda, pois estão saturadas daquilo que vos comentava há pouco. Era bom que houvesse mais talento e menos gente a copiar. É um pouco aborrecido ver o mesmo em todo o lado. E, respondendo à questão da tendência… suponho que sim, pois está no mercado mainstream. 4 Onde v agora essa rea com lacunas, essa oportunidade para as pessoas que queiram fazer nome no mundo do arte? Que caminho a Silvia segue agora? Neste momento é altura para esperar e para nos prepararmos. Depois deste marasmo que tanto afectou a área da cultura, virá um ciclo em que teremos que estar prontos para oferecer qualidade, e muita. Pessoalmente, estou numa fase de investigação com alguma produção especial, mas aproxima-se a tormenta! Outra das suas facetas mais conhecidas nos ltimos tempos a de DJ e de organizadora de festas no seu Tropicana Club. As suas sess es converteram-se num must. outra forma de fazer arte? Claro que sim. Creio que é uma forma de fazer cultura, e é importantíssimo o acto de relacionamento e de interrelacionamento com pessoas do nosso próprio grémio, para que a economia cresça no mundo da cultura. O que faço com as minhas festas, à parte de ser um comportamento de natureza puramente pop, é comunicar o factor social do meu trabalho, algo realmente importante e que não se pode ignorar. E, j que falamos nisso, que tal foi a actua o para o FedrigoniClub com o seu amigo Jordi Labanda? Como foi a sensa o de passar m sica num armaz m de pap is? Adorei! Toda a agente acabou a dançar e a aplaudir, como eu gosto. A introdução do Jordi foi elegantíssima. Passar música num armazém de papel é uma das experiências mais sexys do mundo. O tema deste n mero a vertente est tica do desporto rei. H alguma coisa mais pop que o futebol? Tem ilustradores favoritos? Tudo o que traga consigo cultura de consumo é POP e, por isso, o futebol é muito pop. Como vos disse, dou valor a muito poucos ilustradores. Respeito apenas os que, no início de 2000, renovaram a linguagem da ilustração, como Julie Verhoeven, Charles Anastase ou Marlene McCarty. Depois de nos desenhar o belo Maldini, n o pensou em esquecer os jovens da Mtv e passar para os futebolistas? Que outros atletas s o t o sensuais que possam ganhar um lugar nos seus desenhos? Todos os que estiverem envolvidos no fashion system podem ser vítimas do meu lápis! H alguma coisa mais, para al m destas pequenas divindades, que se possa salvar na iconografia deste desporto? Elementos ou t picos que te atraiam visualmente? O que realmente me atrai é essa tendência para a moda que o futebol tem, o cuidado com a imagem revelado por alguns futebolistas. Actualmente é muito importante que os futebolistas transmitam um modo de vida cool extremamente chique. Isto encanta-me. Tem estado a exibir o seu Pin-up Poster em v rias cidades e galerias. O que nos conta sobre isso? Tem outros projectos num futuro pr ximo? Este é o primeiro poster que faço. Com ele recupero a cultura dos anos 70 de colar coisas na parede, e também destaco a ideia do poster como objecto de decoração de luxo. De facto, e falando de papel, este poster tem um verniz especial que o faz envelhecer precocemente, amarelecer para que tenha a sua própria vida. Estou a trabalhar noutra peça baseada na mesma ideia. No Notizie n o podemos deixar de perguntar pelo papel. Que import ncia tem como suporte nas suas ilustra es? Tem formatos favoritos? O papel é o material mais nobre em que posso pensar, especialmente para a linguagem do meu trabalho, em que o importante é a beleza e a ausência de artifício para que as obras sejam um verdadeiro luxo. As ideias mais brilhantes partem sempre do básico e dos materiais mais nobres. Se tiver que escolher outro material, fico com as paredes e os muros brancos dos museus e galerias. Mas isso, como ideologia, acaba por ser equivalente ao papel. Entrando nos quarenta, f cil continuar a acompanhar essa cultura juvenil imediata que tem sido a sua especialidade? N o tem medo de ficar presa em novos cl ssicos e de perder a modernidade? Eu diria mais o contrário. É a própria cultura juvenil dos últimos dez anos que olha para o passado e está presa nos novos clássicos, repetindo modelos e protótipos dos anos setenta, oitenta e noventa. Talvez quando comecei a interpretar as minhas personagens tenha sido um bom momento. Agora, cerca de uma década depois, tudo isto se converteu em recessão cultural e ejaculação precoce da modernidade. A própria Mtv é um constante reality show de muito mau gosto. De facto, os meus temas actuais afastam-se da cultura juvenil contemporânea e recriam a beleza dos anos setenta e oitenta, desde a interpretação decorativa dos clássicos, como a beleza masculina da cultura pin-up, até à música da época. Grazie mille, Silvia! O papel é o material mais nobre em que posso pensar, especialmente para a linguagem do meu trabalho, em que o importante é a beleza e a ausźncia de artifício para que as obras sejam um verdadeiro luxo. As ideias mais brilhantes partem sempre do básico e dos materiais mais nobres. Foto: Hugo de la Rosa 5 COLABORADORES Gema Fernández Esteban / ESCRITORA O normal é viver do conto. Após décadas a trabalhar em publicidade, dentro de uma jaula, abandona a profissão com um desafio: viver de escrever. Embora seja a receita do Passatelli*. Publicou o livro de contos, “DESPENTEADAS”, e a novela “O MUITO QUE NÃO CHOVE POR AQUI”. Escrever, escrever e escrever. Escreve textos para os livros do ilustrador JORGE ARÉVALO “RETRATOS” e “KINGS”. Escreve contos infantis para projectos educativos. Escreve artigos on-line e colabora em diversas publicações. Também escreve para todo o tipo de projectos literários e publicitários, como brand books ou conteúdos para páginas web. Viver a escrever, mesmo que seja no Metro de Madrid ou a voar até à Emilia Romagna. *Sopa de queijo Parmesčo, típica da regičo de Emilia Romagna. Rodrigo / Menéndez COOLHUNTER E FUNDADOR DA ISOLÉE Depois de passar pelo mundo da publicidade e da televisão, fundou (com apenas 25 anos) a ISOLÉE, a primeira CONCEPT STORE de Espanha. Esta loja para gourmets, connoisseurs e fashionistas começou o seu caminho em CHUECA, em 2005. Desde há um ano conta com um novo espaço na MILLA DE ORO de MADRID, em pleno bairro de Salamanca. Dois espaços vanguardistas, onde se reúnem as últimas tendências da gastronomia, complementos, óptica ou livros, uma luxuosa boutique com marcas dos melhores designers internacionais e ainda com um exclusivo bubbleroom da MOËT & CHANDON. A PRESTIGIADA WALLPAPER e o FINANCIAL TIMES RECOMENDARAMNA COMO um dos LOCAIS DE VISITA IMPRESCINDÍVEL em MADRID. ASSIM, JÁ SABEM. Rodrigo colocou ao nosso serviço o seu savoir faire, para nos auxiliar nos artigos sobre snacks futebolísticos e na personalização das nossas havaianas. www.isolee.com Ana Himes / ILUSTRADORA E FOTÓGRAFA Itália. EUA. Canadá. Austrália. Israel. Argentina. Polónia. Brasil. Não são selecções participantes no último mundial de futebol. São os países onde, de uma forma ou outra, foi exibido o trabalho de ANA HIMES (Burgos, 1982). Por exemplo, através de revistas como NEO2, LAMONO, MIXTAPE OU FROZZEN. A verdade é que esta garota vai a todas: fotografia, ilustração, colagem, redacção… Qualquer disciplina em que haja um “bichocarpinteiro” (como ela se define) e que possa dar asas à sua criatividade. Mais em www.anahimes.es 6 8 FOI-NOS VENDIDO COMO SE FOSSE UM SONHO. Mas pensem mais num pequeno esquadrão de velhos mercenários curtidos em mil batalhas que decidem alugar os seus serviços para invadir um país numa última guerra que parece fácil, quase ganha desde o princípio. Era assim NEW YORK COSMOS. A equipa de futebol da cidade de Nova Iorque nos anos setenta, que viveu uma época de esplendor no final dessa década, ganhando cinco vezes a jovem Liga de Futebol Norte-americana. A lenda é-nos também apresentada como a aposta pessoal de adeptos apaixonados por um desporto e dispostos a investir dinheiro na sua paixão incompreendida. Um projecto dirigido pelo visionário Steve Ross, presidente da Warner Communications, e pelos irmãos Ertegün, Ahmet y Nesuhi, que transformavam em ouro tudo em que tocavam através da Atlantic Records. Num país onde o futebol (o soccer), como mostra um famoso episódio dos Simpsons, era, e é, visto como um desporto aborrecido, incompreensível e do terceiro mundo. Com períodos de jogo demasiado longos para a capacidade de concentração do norte-americano médio. Um jogo que facilmente podia acabar em empate numa cultura onde só vale ganhar ou perder. Mas em cima do sonho, sempre o negócio. Porque o COSMOS era um produto bem pensado. Cosmos de Cosmopolitans, como os Mets (de Metropolitans). Com o emblema e o equipamento nas cores da bandeira do Brasil. Como mascote escolheram o carismático Bugs Bunny (embora primeiro tenham tentado com o Harold, um chimpanzé amestrado que sabia jogar à bola e que fez chichi à frente das câmaras no dia em que foi apresentado) Mas o mais importante era o seu plantel de estrelas. O melhor de cada equipa naquela altura. Giorgio Chinaglia, Carlos Alberto, Franz Beckenbauer, Johan Neeskens, até, eventualmente, Johan Cruyff. 14 nacionalidades nos balneários. Brilhando sobre todos eles estava Edison Arantes do Nascimento. Pelé. O jogador mais famoso na história do desporto, que, com apenas 17 anos, levou o Brasil a vencer a primeira das suas cinco Taças do Mundo. Mais de mil golos durante a sua carreira, autênticas obras de arte. A sua figura inspiradora transcendia o desporto: quando, em 1967, visitou a Nigéria, dividida por uma guerra civil, as duas partes acordaram um cessar-fogo de 48 horas. O próprio Henry Kissinger, um homem com mais poder que o próprio presidente, telefonou pessoalmente ao governo brasileiro para pedir que Pelé aceitasse a oferta “em nome das boas relações entre os EUA e o Brasil”. Depois, durante os anos de glória, essa enigmática personagem nunca faltaria nas bancadas do estádio. Pode ter sido esse telefonema ou os sete milhões de dólares que lhe ofereceram. No dia da apresentação de Pelé o relvado seco do modesto estádio foi pintado de verde. A estrela pensou que os seus pés estavam verdes no final do jogo devido a um misterioso fungo e esteve quase a renunciar. Muitos anos antes de Florentino Pérez, o COSMOS inventou o conceito de Galácticos. Uma equipa de estrelas criada a troco de um livro de cheques, pensada para vender mais pela sua imagem do que pelo seu jogo. Essas velhas glórias garantem hoje que sentiam que tinham uma missão. Que não era apenas um retiro confortável e bem pago. Queriam tornar o futebol no desporto rei dos USA. Todos menos Pelé, que fica silencioso e parece não querer recordar essa fase. Em parte conseguiram o seu intento. Vestiram o futebol de glamour. Passou a ser uma tendência entre a nova intelectualidade. O desporto rei conseguiu minutos na televisão americana, até conseguir equiparar-se ao basebol e ao futebol americano. Num ano, o estádio dos Giants passou de 3.000 espectadores a lotação esgotada com 78.000 adeptos. Mas o que brilha em excesso consome-se rapidamente. Ninguém sabe muito bem porquê. Talvez porque a Warner decidiu encerrar filiais. Ou porque o Mundial de Futebol que tentaram realizar nos Estados Unidos em 86 acabou no México. No início da década de oitenta a equipa tinha deixado de ser rentável. O negócio deixou de funcionar. As ratazanas abandonaram o barco e a Liga de Futebol Norte-americana, criada à sua medida, também desapareceu. O que resta trinta anos depois de uma glória tão efémera? Uma autorização de acampamento para miúdos gordos. Alguns direitos sobre a marca que se compra e vende, mas que ninguém rentabiliza. O boato, ano após ano, de que se está a tentar relançar a equipa. Acima de tudo, resta um sorriso melancólico em alguns velhos futebolistas. TALVEZ UM SONHO. 9 As ilustraćões sčo do livro "Kings", que será publicado no próximo outono 10 NOVA IORQUE estava na sua pior fase em meados dos anos setenta. Era uma cidade estrangulada pela crise do petróleo e pelas dívidas do pós-Vietnam. No entanto, a mesma depressão económica que esvaziou os edifícios industriais e os armazéns da rua HOUSTON, permitiu que os artistas em busca de espaço os comprassem. NASCIA O SOHO, EPICENTRO DA CULTURA UNDERGROUND E DA MODERNIDADE, QUE POSSIBILITOU O RENASCER DOS NYC COMO CAPITAL MUNDIAL DO GLAMOUR. NO SOHO, OS NEW YORK COSMOS ERAM MAIS UM DIAMANTE NA COROA. Claro que tudo estava personalizado. NŐO HÁ NINGUÉM COMO OS AMERICANOS PARA MANIPULAR O MERCHANDISING. A bola oficial é hoje uma peça de colecção bem cotada. A equipa tinha uma autêntica horda de fans entre a elite da época. Era cool ser-se visto nas suas festas. BARBRA STREISAND, ROBERT REDFORD, ELTON JOHN, PETER FRAMPTON ou ROD STEWART eram presença habitual nos seus jogos. Um jovenzinho MICK JAGGER foi expulso do balneário por gorilas que não sabiam que aquele puto pálido e com pinta de metediço era o líder dos ROLLING STONES. OS COSMOS TINHAM UMA MESA RESERVADA TODAS AS SEGUNDAS-FEIRAS ň NOITE NO STUDIO 54, a mítica discoteca que passou a ser quase um segundo balneário para a equipa. Era normal vê-los lá de madrugada, dançando disco com ruivas corpulentas e rodeados por uma corte de fans famosos. A equipa e o clube viveram glórias paralelas e morreram quase ao mesmo tempo. A noite do encerramento definitivo do Studio 54, numa festa intitulada "THE END OF MODERN-DAY GOMORRAH", Sylvester Stallone bebeu a última bebida servida. A direcção da equipa não gostou muito que SHEP MESSING, o porteiro, posasse nu (bem, em algumas fotografias usava luvas) e com grande êxito para a revista PLAYGIRL, NUMA ALTURA EM QUE OS HOMENS COM BIGODE AINDA ERAM SEXYS. QUALQUER PUBLICIDADE É BOA, DIZEM. OS JOGADORES PARTILHAVAM, ALÉM DA SUA TÉCNICA IMPECÁVEL, O GOSTO PELA DIVERSŐO, PELO CHIVAS REGAL E PELAS FANS ATREVIDAS. Era normal ver o PELÉ, a PÉROLA NEGRA, com o seu eterno sorriso e uma ruiva sentada em cada joelho. Viviam-se os últimos anos de liberdade sexual antes de aparecer a SIDA. 11 F E T I C H ENOTIZIE Do Brasil a Itália, de Copacabana às baías de Portofino. A areia tépida ou quente. Personalizámos umas HAVAIANAS. Azul “azzurro”, ouro das legiões romanas e cristais de SWAROVSKI para a glória no campo. Pode personalizar a suas HAVAIANAS em Isolée www.isolee.com. 12 Por Gema Fernández Ginga pura para o futebol PELÉ E GARRINCHA A ginga é magia, elegČncia, bamboleio, ritmo, um passo de danća e um passo de luta. “A ginga é uma forma de nčo se levar nada muito a sério, usar bem os pés, o tacčo e a cintura durante o jogo e fora dele”. (Ruy Castro, jornalista brasileiro). 13 É algo inexplicável que se tem ou não se tem, como o duende flamenco mas com uma bola nos pés. Para além da razão ou da destreza. Falamos de algo prodigioso. mental, não apto para o jogo em equipa”, segundo o psicólogo da selecção. Foi indiferente. Transformou a poliomielite em arte. Da capacidade para desatar a voar com o esférico nos pés e olhando para a frente. Puro génio. Puro instinto. Samba puro com a bola. De saber fintar como o S maiúsculo de BraSil, de poder driblar desenhando Zês impossíveis de BraZil. Capaz de ziguezaguear e de trocar a bola a uma velocidade inacreditável. De correr com a bola nos pés até ao infinito, como nessas séries de futebol japonesas de desenhos animados, em que o horizonte se torna curvo, como se o campo de futebol incluísse a vida inteira, como se marcar golo permitisse viajar para além do planeta terra. Pode ser coisa da ginga, pois quando se pensa em escapar, lembramo-nos logo do Brasil. Copacabana, Salvador da Baía e Pernambuco, tão distante. PELÉ E GARRINCHA Do outro lado do espelho Escapar ainda que apenas em sonhos. Como GARRINCHA, que já na decadência mais absoluta, com o álcool como seu único companheiro, confessou que aquilo de que mais sentia falta era de driblar. “ňs vezes sonho que finto e caio da cama”. Graças ao futebol GARRINCHA escapou, possuidor dessa ginga inexplicável que o tornou num génio, embora tivesse tudo contra ele. Era analfabeto, inapto, coxo, com a perna direita 6 centímetros mais comprida do que a outra, com os joelhos trocados. “Débil 14 Capaz de fazer dançar, de desbaratar e de tourear os defesas. “Olé e Olé”, gritavam-lhe das bancadas. E GARRINCHA fugia num corrida desconcertante. Puro excesso. Álcool puro e puro sexo. Perdeu a vida atrás de uma bola, a beber e a fazer filhos. A lenda conta mais de trinta filhos e quarenta amantes, embora a cantora Elsa Soares tenha sido o amor da sua vida. Por ela abandonou a mulher e as suas oito filhas. “A melhor cantora do Universo” disse dela à BBC em 2000. Mulher de samba. Ouvi-la é como andar de tobogan. GARRINCHA atirou-se de cabeça para a amar. Não podia ser de outra forma para o Anjo das pernas tortas. Para esse Anjo pornográfico e desgarrado como um tango. Talvez por isso Tom Cruise tenha dito “o Brasil encanta-me, sou amante desta terra onde o melhor é o tango” Também O REY PELÉ, rei da ginga, escapou. Deixou para trás um destino de lambebotas. Afastou-se das bolas feitas dos jornais de ontem atados com cordel, que se desfaziam como os sonhos de tantas crianças da favela. Sabia que tinha magia nos pés chatos e não hesitou em a utilizar. “Pensa, decide e executa”, disse a si próprio diante do espelho partido que era GARRINCHA. Esse companheiro de magia que ele jamais copiaria por ser suicida. Não, PELÉ PELÉ decidiu que nunca se deixaria cair. Como os equilibristas que só podem seguir em frente, nem para um lado, nem para o outro, um passo em falso e despenham-se. Com ele isso não iria acontecer. Ele era raciocínio puro. Puro génio. Pura força de vontade. Esse Pelé que, embora parecesse um fenómeno paranormal quando jogava futebol, foi sempre um homem sério. “Sou um homem serio e nčo me entretenho com tolices”, dizia aquele homem de negócios de ““O Principezinho” que acreditava que as estrelas do céu lhe pertenciam e passava o dia a fazer contas. Tal como PELÉ , passou a vida a fazer contas, mágicas, mas sempre contas. “Marquei 3 golos num jogo cerca de 100 vezes. Marquei 4 golos num jogo mais de 30 vezes. Marquei 5 golos num jogo 6 vezes. Uma vez marquei 8 golos num jogo. No total marquei 1.280 golos, em 1.363 jogos. Um frequźncia de 0,93 golos por jogo”. Tudo isto em sua casa, o Santos, sem sair da sua terra. Fazendo as suas contas, até que, na década de 70, lhe ofereceram 7 milhões de dólares para se mudar para Nova Iorque. Para jogar n o C o s m o s , c o m C HI N A G L I A , BECKE NB A UE R E C ARLOS ALBERTO. Há muito tempo que a sombra de GARRINCHA tinha ficado para trás. Já não era um equilibrista e tinha pouco a temer, por isso aceitou. Pagaram-lhe sete milhões de dólares. São assim os magnatas da comunicação quando querem alguma coisa. Tudo e todos têm um preço. Paga-se e ponto final. “Nčo fui por dinheiro, fui para tornar grande o futebol”, disse PELÉ, que sabia sempre muito bem o que devia dizer em cada ocasião. Ao contrário do Garrincha. Dois génios do futebol e duas faces do mesmo Brasil. De um Brasil que nunca caiu quando os dois jogavam juntos. Um Brasil com essas vidas estragadas da favela, que tão bem nos mostrou FERNANDO MEIRELLES na sua Cidade de Deus. Onde os miúdos jogam no meio do desequilíbrio de sonhos e realidade: serem deuses do futebol com bolas de trapos ou serem narcotraficantes com pistolas de cartão. Um Brasil que joga futebol de praia descalço ou de havaianas, na praia do Leme no Rio de Janeiro, pelo ócio e pelo espectáculo mais do que pela competitividade. Um tiro à porta a cada 4 segundos, um golo a cada 30 segundos, essas são as estatísticas. Um Brasil paraíso tropical, para onde sonhamos escapar vindos de latitudes mais sérias e sem ginga. Um Brasil que dança Capoeira com ginga, movimento básico desta dança. Um Brasil que é café forte, quente e doce como o amor.“Ao f im e ao cabo, o amor é eterno enquanto dura” (Vinicius de Moraes). E, se não houver amor, sempre temos o futebol. PELÉ e GARRINCHA, esses dois génios da ginga que definem tão bem a realidade do Brasil: “Beleza transbordante e imperfeićčo natural.” DE UM BRASIL QUE É MUITO MAIS Um Brasil que é curvilíneo e sensual como uma esfera de couro, como as suas fêmeas. “O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein”, disse o arquitecto OSCAR NIEMEYER, outro génio brasileiro. Centenário, insubornável, activo e lúcido. Um Brasil com areia da praia de Ipanema entre os dedos dos pés, que bebe cerveja e caipirinha e faz sexo preguiçoso e doce à hora da sesta, ao ritmo da Bossa nova. VINICIUS, JOBIM E JOAO GILBERTO, o pai, o filho e o espírito santo da música brasileira. 15 Fotografias JORGE CUETO 16 17 18 19 20 ..CALOR, CONTACTO, SUOR, PRECISÃO, ESTILO... FUTEBOL PURO PARA A SESSÃO. RELÓGIOS DE HERMES, ROUPA DE STELLA MCARTNEY, CARTEIRAS DE F&B...BRILHOS ACOLCHOADOS E AROS DOURADOS. AZUL ITALIANO E ROSAS CARNAIS. Impermeável de treino de STELLA MCARTNEY para ADIDAS. Cintado acima da cintura e com capuz para a chuva. Em azul intenso, muito italiano.. Maxibolsa da FUN&BASIC. COLECÇÃO OUTONO-INVERNO 2010/11. Acolchoado em castanho chocolate escuro. Com uma textura acetinada que nos recorda o FEDRIGONI ADHOC METAL GLOSS. Cabe lá toda a roupa de treino. Calções de treino de STELLA MCARTNEY para ADIDAS. Cinzento muito escuro. Curtos, muito curtos. SEXY! Relógio feminino de HERMES. A versão XL do modelo anterior da colecção H. Brilhantes e bracelete de pele rosa claro. Não passa despercebido. Com o H da marca a fechar a caixa. Para bonecas poderosas ou bonecas pretensiosas. Bola NIKE, homenagem ao Brasil “ORGULHO E AMOR”. Em amarelo canário e com o desenho clássico. Para tornar o “jogo bonito”. Relógio feminino de HERMES da colecção H. Brilhantes e bracelete de pele rosa chiclete. A pele recorda-nos o FEDRIGONI SPLENDOLUX ARMADILLO. Estilo e frescura. Com o H da marca a fechar a caixa. Pode levar-se para o campo de jogo ou exibi-lo depois do treino. Para pequenas bonecas. Colar de argolas douradas da FUN&BASIC. Pode usar-se de improviso à cintura. Saco da FUN&BASIC acolchoado negro. COLECÇÃO OUTONOINVERNO 2010/11. Ideal para levar as sapatilhas de desporto. Com várias bolsas. Impermeável contra a água e o suor. ANA MOYA, a nossa redactora de moda e nesta sessão estilista, coloca os HERMÉS no tornozelo da modelo O corpo espectacular para a sessčo é de Johanna, jogadora de voley. 21 FUTEBOLISTA Vuvuzelas, makarapas, shosholoza e outras notas de cor local. 22 Em 1995, um recém-eleito Mandela tinha que provar ao mundo que a África do Sul tinha superado o Apartheid e podia funcionar como uma nação unida. A melhor forma de o fazer foi organizar o CAMPEONATO MUNDIAL DE RUGBY desse ano. Não só o conseguiram, como também venceram na final à equipa mais forte dessa altura, a selecção neozelandesa. 15 anos depois, o Mundial de Futebol 2010 na África do Sul é mais uma prova. Uma confirmação de que a democracia no país cresceu com força, fechando as feridas do passado. Ter-se realizado ali tem um significado especial: a selecção sul-africana foi arredada das competições internacionais pela FIFA durante quase 30 anos como castigo pela suas políticas segregacionistas. Mas não é a sua história que torna especial o futebol sul-africano. É a paixão com que o vivem, como uma demonstração de UBUNTU (IRMANDADE), de união comunitária. E, claro, por uma série de elementos próprios que o distinguem do futebol que se joga no resto do mundo: VUVUZELA A protagonista indiscutível do MUNDIAL 2010 foi a venturosa trompeta africana. O resto do mundo ensurdecido descobriu as vuvuzelas no dia da inauguração e odiouas desde esse momento. Apesar das queixas, o governo sul-africano entendeu não ser necessário proibi-las nos estádios. Apenas enquanto toca o hino nacional (Nkosi Sikelel´iAfrica, Deus Abençoe a África) deixa de zumbir no ar o seu som irritante. A BBC fez questão de o erradicar das suas transmissões de futebol. Os franceses culparam-no pelo seu empate com o Uruguai. Um fabricante de móveis considerou (com um êxito inconcebível) o vuvuzelar como melodia. O seus fabricantes vão modificá-la que as novas apitem menos 20%. Será igual: não é o volume, é a quantidade de bocas dispostas a soprá-las. B A F A N A BAFANA A SELECÇÃO NACIONAL RECIBE RECEBE O APELIDO DE BAFANA B A FA N A , Q U E E M Z U L U SIGNIFICA “ OS RAPAZES, OS RAPAZES”. Foram inúteis as tentativas do governo para eliminar esse epíteto que consideram indigno para a glória do país. Claro, a selecção feminina não podia chamar-se de outra forma que não fosse B A N YA N A B A N YA N A ( “A S RAPARIGAS, AS RAPARIGAS”) e a selecção de sub-23 é conhecida por Amaglug-glug, devido ao som do depósito do automóvel quando se enche com o combustível da empresa que os patrocina. Mas a coisa não fica por aqui. Agora são famosas as Vakhengula vakhengula (“as avós, as avós”), uma equipa de futebol da terceira idade que fez de mascote durante os jogos da sua selecção no MUNDIAL 2010, com os seus lenços, a suas saias e as suas chuteiras de futebol gastas. LADUMA! Laduma é a exclamação sul-africana que equivale ao nosso grito de “gooolo!” e que os adeptos fanáticos sul-africanos gritam com entusiasmo. É uma palavra zulu que significa literalmente “RETUMBA!” e que descreve perfeitamente a sonante, barulhenta e desenfreada reacção com que o público celebra cada golo da sua equipa. SHOSHOLO ZA Em qualquer jogo sul-africano o público canta pelo menos uma vez o shosholoza, originalmente uma canção típica dos emigrantes do Zimbabwe que chegavam à África do Sul para trabalhar nas minas. Foi adoptada como cântico de alento para as equipas. Em ZULU SIGNIFICA “AVANTE!”. De certeza que aos seus ouvidos, o nosso “Vamos a eles!” também soa exótico. MAKARAPA Outro objecto interessante presente em todos os jogos. O MAKARAPA É UM CAPACETE DE MINEIRO DECORADO COM QUALQUER COISA ň MŐO QUE POSSA SERVIR PAR ISSO. Os adeptos dedicam horas a enfeitar os seus makarapas com as cores e o emblema da sua equipa para os exibir nos jogos. Será para o caso de levarem um abolada. SANGOMAS E N YA N G A S OS SANGOMAS (ADIVINHOS) E NYANGAS (CURANDEIROS) SŐO UMA VERDADEIRA INSTITUIāŐO NA ÁFRICA DO SUL. A população acredita com fé cega no seu poder e nos seus muti (medicinas). Tanto que a FIFA teve que autorizar oficialmente que os futebolistas os consultassem por não importar que depois possam dar resultado positivo em “caca de elefante” nos controlos anti-doping. E OUTRAS NOTAS DE COR Os adeptos sul-africanos não se contentam com cânticos e trompetas. Estão sempre à procura de formas novas e criativas para animar os seus ídolos. Entre outras demonstrações de carinho, dedicam-se a pendurar peixe fresco nas grades em homenagem a Mark Fish ou a pendurar ao pescoço um par de sapatos velhos em honra de John "Zapatones" Moshoeu. FINALMENTE, E APESAR DE TANTA COR E DE TANTA MAGIA T R I BA L , A AC T UA Ç Ã O DA SELECÇÃO SUL-AFRICANA NO MUNDIAL 2010 FOI MODESTA. FOI A PRIMEIRA EQUIPA DE UM PAÍS ANFITRIÃO NA HISTÓRIA DOS MUNDIAIS QUE NÃO CONSEGUIU PASSAR AOS OITAVOS. Mas de certeza que os avós contarão aos seus netos, como antes se relatavam as histórias de caça (transformando-se um inofensivo impala num elefante enfurecido) aquele Mundial glorioso em que a África do Sul goleou a selecção francesa, eliminando-a. A banda sonora para esta batalha, o irritante barulho das vuvuzelas, irritando como uma forma de desafio o resto do mundo. 23 F O O D BALL APERITIVOS ESTRANHOS PARA UM JOGO COMUM 01 ESTRELLA DAMM INEDIT Esquećam as ruivas tradicionais da pátria. Propomoslhe a delicadeza desta cerveja de gás fino e com um toque peculiar de laranja, concebida por Ferrán Adriá. 0 O cenário é tão tópico que aborrece. Quatro amigos. Um sofá. Uma televisão para ver o jogo. Uma mesa baixa de sala de estar cheia de latas de cerveja. Batatas fritas. Bandeirinhas. Uns moluscos que nem sequer se tiram da lata. Talvez uma faixa com as cores da equipa. E mesmo que realmente não lhe importe o futebol, o conjunto tem alguma coisa. Uma atmosfera familiar. Um certo encanto. Sentes que és parte de algo maior, um espírito colectivo que vocifera disperso em casas e bares. Atordoado, chega a animar-se para celebrar um golo. d p d 02 CERVEJA KIRIN ICHIBAN Diplomática e sossegada como o seu país de origem. Suave, nada amarga. A cerveja ideal para passar da Estrela Inedit para as seguintes propostas alcoólicas. Mas no Notizie rendemo-nos à sofisticação. Futebol sim. Petiscar sim. Mas com estilo, por favor. Treze propostas diferentes para beber e comer. Treze formas de viver o jogo com a nova perspectiva que podem dar os sabores tão distantes do futebol, como o caril, o wasabi ou o caramelo. 24 03AZEITONAS AGRIDOCES As azeitonas nčo podem faltar. Mas revisitadas ą moda oriental. Envoltas individualmente, agridoces porque sčo maceradas em vinagre e anis. Curiosas mas nčo para qualquer paladar. 05CERVEJA ASAHIContinuamos com cervejas japonesas. A Asahi é uma cerveja karakuchi (seca) com pouco corpo e muito gás, o que a torna quase num refresco. Insípida, ideal se houver damas. (Aqui juntamente com a Saporo em garrafa). 06 GRÃO COM WASABI Nčo é o típico aperitivo seco nacional. Crocantes e cobertos com uma camada de wasabi que fará saltarem-lhe as lágrimas e escorrer-lhe o nariz. 04BOLACHAS DE CEBOLINHOAs bolachas salgadas sčo outro imprescindível. Fora com o peixinhos e as estrelitas: estas tém cebolinho picado que as tornam menos aborrecidas do que as de sempre. 08 INDIAN MIXS Lentilhas, 07 sim. Diminutas lentilhas vermelhas com palitos de caril. Sejam umas mčos cheias ou tudo, saber-lhe-á a caril uma semana depois. MARSHMALLOWS Aqui chamamos-lhes nuvens ou fiambres, mas os autźnticos marshmallows americanos distinguem-se por serem esponjosos como nčo há nada neste mundo. O toque doce para o apito final. 09BATATAS COM PIMENTABatatas snobs orgulhosas 11 CERVEJA SAPPOROA nossa de nčo terem nascido numa roulotte de churros. Auténtica pimenta negra moída e sal marinho. O melhor é que nao deixará a mesa cheia de dedadas gordurosas. aposta pessoal para acompanhar as propostas picantes. Fresca, aromática e com mais álcool que as suas irmčs, ideal para acompanhar a euforia do terceiro golo da sua equipa. 10 PATÉ DE COGUMELOS E TRUFA dois 12SNACKS PICANTES DE GAMBAO menos delicado da proposta. Abrir o saco é como esfregar ambientador de marisco em toda a casa. De reserva, para o caso de acabar o resto da comida. sabores para gourmets tranformados num creme para barrar que convida a molhar o resto dos snacks e descobrir fusões impossíveis. 13PIPOCAS COBERTAS DE CARAMELO Outra americanada nčo aconselhada a diabéticos e com o feio hábito de se pegarem como chumbo aos molares, mas perfeitas para os que queiram evitar sabores exóticos. 25 PA R T Y FEDRIGONI club FEDRIGONICLUB É A PROPOSTA DA FEDRIGONI ESPANHA PARA AQUELES QUE SABEM APRECIAR A S O P O R T U N I D A D E S PA R A DESFRUTAR DO DISTINTO E DO E X C E P C I O NA L . E PA R A S E DIVERTIREM, CLARO. A apresentação oficial desta exclusiva sociedade foi uma festa glamourosa na sede da Fedrigoni em Barcelona no passado mês de Junho. E é apenas a primeira de uma série de celebrações que pretendem reunir profissionais de destaque da comunicação, do design, da publicidade e das artes gráficas. Gianluigi Scarpari, director das Filiais Europeias da Fedrigoni. Fedrigoni Deutschland, Itália, Franća, UK. Wanda Barcelona fez com que todos participassem com uma demonstraćčo no evento. Roberto Mancini, Director Geral da Fedrigoni Espanha, transbordando encanto italiano. Fedrigoni EspaĖa 26 Jordi Labanda, Silvia Prada e Kim Ann Foxman no nosso photocall. Jordi começou com uma sessão elegantíssima de electrónica e pop. Uma banda sonora perfeita para a suas ilustrações e desenhos. Jordi Labanda DJ Na festa foi também anunciado o eminente lançamento do novo CATÁLOGO DE PREÇOS 20102011 da FEDRIGONI, que pode ser solicitado pela internet www.fedrigoni.es Silvia Prada DJ Silvia começou por referências ao disco italiano dos anos 80, continuou com early house e encerrou com disco/funk. Um set que se escapulia dos temas e que procurava, sobretudo, divertir. Para encerrar a festa os convidados puderam revelar a sua habilidade p a ra o g ra f i t t i o u fotomontagem sobre um mural de papel Fedrigoni Acquerello Bianco de 140g. 27