Setembro - Adventist World Magazine

Transcrição

Setembro - Adventist World Magazine
Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia
Se te m b ro 201 4
Deus
Responde às Orações
11
A Legalização
da Maconha
20
Testemunhar na
República Checa
24
Protegidas
em Casa
S e te mb ro 2 01 4
A R T I G O
16
D E
C A P A
Deus Responde
às Orações
Histórias de pessoas que fizeram da
oração uma prioridade.
14
C R E N Ç A S
Meu Tudo em Resposta ao
Tudo de Deus
Penny Brink
Quando o que recebemos é muito maior do que
aquilo que damos.
20
V I D A
A D V E N T I S T A
Testemunhar na República Checa
Petr Činčala
8A Oração Persistente
V I S Ã O
F U N D A M E N T A I S
O que os cristãos podem oferecer a um país ateísta?
M U N D I A L
Ted N. C. Wilson
O que dizer a Deus, se Ele já sabe tudo.
22
Centenário do Legado Profético
D E S C O B R I N D O
D E P R O F E C I A
O
E S P Í R I T O
de Ellen G. White
12
D E V O C I O N A L
Assunto: Apple
Sylvia Renz
Existe um “app” para quase tudo.
Alberto R. Timm
Após cem anos de sua morte, seus conselhos
continuam relevantes para a igreja.
24Protegidas em Casa
S E R V I Ç O
A D V E N T I S T A
Gry Haugen
A compaixão cristã em um país conhecido pelo
tráfico humano.
SEÇÕES
3 N O T Í C I A S
DO
MUNDO
3
Notícias Breves
6
Notícia Especial
10
Histórias do GLOW
11 S A Ú D E N O M U N D O
A Legalização da
Maconha
27 E S T U D O B Í B L I C O
Quando a Esperança
se Dissipa
RESPOSTAS
26
28
TROCA
F O T O
D A
PERGUNTAS
A
BÍBLICAS
DE
IDEIAS
Cheios do Espírito
www.adventistworld.org
On-line: disponível em 11 idiomas
Tradução: Sonete Magalhães Costa
Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald
Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 10, Nº- 9, Setembro de 2014.
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Adventist World | Setembro 2014
C A PA
P O R
A L A N
E N O
Realinhados pela oração
R
N ot í cias do M u ndo
A N N
Raafat Kamal é eleito presidente
da Divisão Transeuropeia
T E D
ecentemente, meu amigo e eu passamos
mais de um ano orando por algo
aparentemente tão lógico, que era difícil pensar
que valesse a pena pedir a Deus.
Meu amigo precisava de um emprego; surgiu
uma vaga. Ele era o candidato ideal; obviamente
seria contratado. Quando comecei a orar, tudo
que eu precisava era pedir a Deus que confirmasse
que nosso julgamento estava correto e, é claro,
organizasse os pormenores.
Mas quando o emprego não se materializou,
quando problemas e frustrações passaram a fazer
parte do processo, quando meu colega viu ser
necessário procurar outro emprego para sustentar
a família, a natureza da minha oração mudou.
Mês após mês, à medida em que lutávamos com
o que começou a ser cada vez mais impossível,
nossas certezas do início começaram a se transformar em preocupações.
Nossas conversas e nossas orações cada vez mais
visavam à importância de aprender a esperar no
Senhor, entregando a Ele nossa compreensão do
que deveria acontecer, e aceitando a possibilidade de
que nossa vontade talvez não fosse a dEle. Dezenas
de vezes, fizemos perguntas difíceis sobre nossos
motivos: estávamos orando apenas para reivindicar
sucesso como homens de oração, uma confirmação
de que merecemos as bênçãos de Deus?
Com o passar do tempo, nossa oração mudou.
Aprendemos que somos propriedade de um Deus
onipotente e não temos nenhuma reivindicação a
fazer exceto quando Jesus a oferece. O que antes
parecia lógico e inevitável acabou se transformando em algo que, bem lá no fundo, sabíamos
que só seria possível por meio de Cristo.
Quando enfim veio a oferta de trabalho e o emprego estava seguro, descobrimos uma gratidão que
não conheceríamos se nunca tivéssemos esperado
no Senhor. A exemplo do salmista, murmuramos
em profunda gratidão: “Isso procede do Senhor e é
maravilhoso aos nossos olhos” (Sl 118:23, ARA).
Embora tivéssemos orado pela mudança em
outros, nós é que fomos transformados pelos
meses de oração. Deus nos deu o que realmente
necessitávamos: um coração mais alinhado com
Ele e com Sua vontade.
Ao ler o artigo de capa deste mês sobre
orações respondidas, convide o Senhor
para também realizar em você a
transformação e o crescimento
que a oração sempre produz.
Esquerda: NOVO LÍDER DE DIVISÃO: Raafat Kamal, fotografado com sua
esposa, Heidi Kamal Kendel, diz que um declínio espiritual acompanhado
pelo crescimento do materialismo na Europa representa grande desafio
para os adventistas. Direita: LÍDER QUE SAI: Bertil Wiklander, retratado
em 2010, diz que está se aposentando por razões pessoais e a decisão foi
tomada em comum acordo com sua esposa.
■■ Raafat Kamal, novo presidente da Divisão Transeuropeia, reconhece que a Igreja enfrenta um enorme desafio na Europa do século
21, mas declarou acreditar que encontrarão novos caminhos para
propagar a mensagem da segunda vinda de Jesus.
Kamal foi eleito pela Comissão Executiva da Associação Geral,
sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, no dia 10 de julho,
substituindo Bertil Widlander como presidente da região com 22
países que inclui Grã-Bretanha, Holanda, Escandinávia e uma faixa
de países que se estende desde a Finlândia até Chipre.
“A Igreja Adventista tem uma mensagem profética singular para o
povo do tempo do fim”, disse Kamal, referindo-se às três mensagens
angélicas de Apocalipse 14.
“Estou muito animado com as oportunidades que temos ao
nosso alcance, e me sinto muito pequeno diante do fato de que Deus
está nos usando para realizar Sua missão”, disse ele em entrevista.
“A questão diante de nós é: Como Deus vai transformar nossa Igreja
minoritária e grandemente influenciada por uma sociedade secular
em uma força que transforme as comunidades locais?”
Kamal, que atuou como secretário de campo da Divisão e assistente
de Wiklander nos últimos 7 anos, disse que um declínio espiritual
acompanhado pelo crescimento do materialismo representa um
desafio para a igreja em seu território.
“A Europa, provavelmente pela primeira vez em mil anos, é hoje
um campo missionário”, afirmou.
Setembro 2014 | Adventist World
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N ot í cias do M u ndo
Os adventistas representam apenas
0,04% dos 203 milhões de pessoas que
vivem no território da Divisão, ou seja,
um em cada 2.415 habitantes.
Ted N. C. Wilson, presidente mundial
da Igreja, disse que serão necessários novos métodos para sensibilizar as pessoas
para a religião e definir abordagens que
cheguem ao coração delas. “Estaremos
orando para que o novo presidente ajude
a aumentar a ênfase nesses objetivos
muito importantes e eternos, que são
muito preciosos para a Igreja Adventista”,
disse ele em entrevista.
Wiklander, que completa 68 anos em
setembro, informou que está se aposentando por motivos particulares e que
tomou a decisão em acordo com a esposa.
“Tive o privilégio e a alegria de servir
a Igreja como presidente da Divisão por 19
anos, que é um longo período, considerando a quantidade de viagens necessárias”,
disse ele. “Em minha cultura sueca, a
pessoa se aposenta aos 65 anos, e já passei
dessa idade”. Ele disse estar ansioso por
passar mais tempo com a família, servindo
a Igreja, dando estudos bíblicos e buscando
a Deus por meio da música, arte e poesia.
Raafat Kamal, 50, nasceu no Líbano
e tem dois títulos universitários: administração e teologia. E quatro títulos de
mestrado: teologia sistemática, administração educacional e curriculum, teologia
e filosofia islâmica e administração de
empresas. É casado desde 1987 com
Heidi Kamal Kendel, natural da Noruega
e enfermeira. O casal tem duas filhas.
Quando lhe perguntaram sobre o que
o inspira, Kamal citou Lamentações 3:22
e 23: “Graças ao grande amor do Senhor é
que não somos consumidos, pois as Suas
misericórdias são inesgotáveis. Renovamse cada manhã; grande é Sua fidelidade!” “Sou inspirado ao conhecer e
experimentar a fidelidade, o amor, a
misericórdia e compaixão de Deus, que
se renovam cada manhã”, exclamou.
– Andrew McChesney, editor de notícias,
Adventist World
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Adventist World | Setembro 2014
Rússia: Nove adolescentes
sofrem punição por faltar
a exame no sábado
■■ Líderes adventistas na Rússia apelaram pela interferência do governo
russo após nove adolescentes adventistas
terem sido proibidos de cursar a décima
série por se recusarem a realizar o exame
final no sábado.
A direção da escola, que havia
rejeitado categoricamente os pedidos
por flexibilidade, aparentemente recuou
após o apelo em favor dos estudantes.
Todos cursavam a nona série na cidade
de Belgorod, ao sul do país, e perderam
o exame estadual de matemática, no
sábado, 31 de maio.
As autoridades federais de educação,
que marcaram o exame para aquele dia,
já haviam previsto que talvez alguns alunos não pudessem comparecer ao exame
por questões religiosas. Assim, ordenaram que as escolas públicas em todo o
país oferecessem o exame nos dias 16 ou
19 de junho, para esses alunos.
“Os estudantes adventistas em outras
partes da Rússia prestaram o exame no
dia 16 de junho”, informaram os líderes
adventistas e a Divisão Euro-Asiática,
em carta ao governo russo.
Mas as autoridades de educação da
região de Belgorod, que inclui a cidade
de Belgorod, localizada na fronteira
com a Ucrânia, recusaram-se a aplicar o
exame na data alternativa.
“Cremos que essa situação é inaceitável, de modo que apelamos à liderança
da Federação Russa como também às
associações públicas e religiosas para que
sejam tomadas todas as medidas legais a
fim de eliminar essas irregularidades na
região de Belgorod”, dizia a carta.
A carta também declara que os diretores da escola e autoridades do departamento de educação pressionaram “cruel
e ofensivamente” os pais adventistas
a dizer aos filhos que rejeitassem suas
crenças religiosas e realizassem o exame.
“Nem nos tempos soviéticos, durante a perseguição de todas as organizações religiosas, as autoridades privavam
as crianças de famílias religiosas, da
oportunidade de receber educação
secundária”, disse ele.
O apelo aparentemente funcionou.
Mais tarde, as autoridades de Belgorod
concordaram em permitir que os nove
estudantes realizassem o exame de
matemática pouco antes do início do
novo ano escolar, no dia 1º- de setembro.
– Andrew McChesney, editor de notícias,
Adventist World
Filipinas inaugura sucursal
de Patrimônio Literário
de Ellen G. White
■■ Uma sucursal do Patrimônio Literário de Ellen G. White foi inaugurada
no Adventist International Institute of
Advanced Studies (AIIAS) [Instituto
Internacional Adventista de Estudos
Avançados], nas Filipinas, segunda
instituição do gênero a ser instalada
fora dos Estados Unidos.
A sucursal contém cópias dos documentos de Ellen G. White e outros materiais históricos do escritório principal na
sede mundial da igreja, em Silver Spring,
Maryland, e oferecerá tanto aos alunos
do seminário do AIIAS como aos adventistas e não adventistas da região maior
oportunidade de estudar a história da
igreja, disseram os líderes adventistas.
“O que estamos fazendo é confirmando o que você já sabe – que estudantes internacionais venham para o AIIAS
para se preparar para trabalhar na causa
do Senhor”, disse James Nix, diretor do
Patrimônio Literário de Ellen G. White
(PLEW), em Maryland, na cerimônia de
inauguração, em 28 de junho.
O PLEW foi criado conforme último
desejo e testamento de Ellen G. White,
cofundadora da Igreja, com poderes para
atuar como seu agente na custódia de seus
INAUGURAÇÃO: James Nix, à esquerda, diretor do Patrimônio Literário de Ellen
G. White, e Stephen Guptill, presidente do AIIAS, revelam a placa da nova filial.
B r u ce
/
A I I A S
reais e mais urgentes, e o que podemos
fazer para ajudá-los a se sentirem bemvindos e amados”, disse Luca Alfano,
líder do projeto da ADRA na Itália.
Na segunda-feira seguinte, voluntários da ADRA entregaram aos imigrantes
aproximadamente 300 kits de higiene
pessoal, contendo itens como sabonete,
escova de dentes e creme dental.
Naquela noite, o coral Ghanaian
Adventista de Palermo apresentou um
programa musical no centro comunitário. “Tentamos transmitir carinho e
solidariedade para aquelas pessoas que
escritos e gerência de sua propriedade.
Reuel Almocera, diretor da nova
sucursal, disse que parte do papel da
nova instituição será também alcançar os
adventistas, estabelecer minicentros de
pesquisa, desenvolver exibições portáteis
e oferecer atividades para os programas
da igreja.
– Gay Deles, Cavite, Filipinas
Colômbia: Desfile destaca
o sábado
■■ Eis uma nova maneira de falar sobre o
sábado: organizar um desfile pela cidade
com sete carros alegóricos, cada um representando um dia da semana da criação.
Foi esse o método que os membros
da Igreja Adventista utilizaram na cidade
colombiana de Cúcuta, na fronteira com
a Venezuela, para destacar o sábado em
uma Expocriação e também o lançamento de uma campanha evangelística.
Apelidada de “Caravana da Criação”,
os sete carros alegóricos coloridos, passaram pela avenida principal de Cúcuta
L u ca
A lfano
/
E U D N e w s
Itália: ADRA presta
assistência em crise de
imigração
■■ Na Itália, os funcionários da
ADRA, a agência humanitária da Igreja
Adventista, distribuíram centenas de
kits de higiene pessoal e realizaram um
concerto musical para um grupo de
imigrantes africanos, içados do mar
Mediterrâneo pela marinha italiana.
O Etna, navio da marinha italiana,
ancorou no porto siciliano de Palermo,
em meados de junho, após retirar 767
imigrantes em várias operações ao
longo do Mediterrâneo, inclusive um
grupo vítima de naufrágio na costa da
Líbia, que matou 10 pessoas e deixou
outras 15 com queimaduras graves.
No sábado seguinte, os funcionários
da ADRA visitaram o centro comunitário que abriga 280 imigrantes de Gana,
Gâmbia, Nigéria, Costa do Marfim,
Mali e Guiné.
“Essa visita nos ajudou a ver, em
primeira mão, quais são as necessidades
S u m endap
estavam visivelmente perdidas, desorientadas e inseguras”, disse Alfano.
A ADRA está trabalhando no centro
comunitário, oferecendo outras formas
de assistência, como aulas de italiano,
workshops e várias atividades recreativas
e culturais.
– Equipe da Adventist World
LAR TEMPORÁRIO: Dormitórios de um centro comunitário, visitado pelos
funcionários da ADRA, abriga 280 imigrantes em Palermo, Itália.
Setembro 2014 | Adventist World
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N ot í cias do M u ndo
no evento que se estendeu por duas
horas. Muitos participantes, tanto nos
carros alegóricos como os que acompanhavam em motocicletas, usavam
camisetas com a mensagem: “O Sábado
é o Meu Dia”. Voluntários distribuíram
centenas de folhetos.
“O tráfego andava no ritmo das
atividades de nossa caravana. Podíamos
ver a surpresa no olhar das pessoas”,
disse Eliana Pedrozo, uma das participantes. “Elas começaram a nos fazer
perguntas.”
Os espectadores foram convidados
a comparecer no dia seguinte, no cais
principal da cidade, Plaza Banderas, para
a Expocriação e, mais tarde, para a série
evangelística na Escola Adventista Libertad.
“Todos os que compareceram ao
cais foram convidados a participar da
Expocriação”, informou Raul Torra,
diretor de comunicação da Associação
Nordeste Colombiana. “Muitos deles
ficaram impressionados quando ouviram a história da Criação destacando o
sábado como um dia de esperança.”
– IAD e equipe da Adventist World
Andrew McChesney, editor de notícias, Adventist World
Igreja Adventista lança
Breathe-Free
2
(Livre para Respirar-2),
novo Curso Como Deixar de Fumar
Daniel Handysides, criador do programa,
afirma que relacionamentos pessoais constituem a
chave para ajudar os fumantes a abandonar o vício
A S S O C I A Ç Ã O
N ordeste
C O L O M B I A N A
I
CARAVANA DA CRIAÇÃO: Adventistas
exibem o sexto dia da criação durante
desfile, em Cúcuta, Colômbia.
6
Adventist World | Setembro 2014
magine uma área destinada a
fumantes, no pátio da igreja.
Um homem sentado em seu
banco sai silenciosamente do prédio,
durante o sermão de sábado. Poucos
minutos depois ele volta, com o forte
odor de cigarro exalando de seu
terno escuro.
Você sorri pra ele e continua
ouvindo o sermão. Nenhum problema.
Esse cenário é parte da visão do
Breathe-Free 2, um programa completamente novo para deixar de fumar,
lançado este ano. O programa está
depositando suas esperanças de sucesso
na combinação de pesquisas científicas,
um site na internet e nos relacionamentos pessoais dos participantes ao fazer o
curso. E não custa nada.
“É gratuito. Será sempre de graça”,
disse Daniel Handysides, que passou
vários anos desenvolvendo o BreatheFree 2 , projeto testado nos Emirados
Árabes Unidos.
O programa tem raízes no
Breathe-Free, desenvolvido pela Igreja
Adventista há mais de duas décadas, e
no curso “Como Deixar de Fumar em
Cinco Dias”, lançado em 1959.
Porém, ele traz uma abordagem
completamente nova, pois a atitude
em relação ao tabagismo mudou drasticamente há pouco tempo, conforme
declaração de Handysides, professorassistente na área de Saúde na Universidade de Loma Linda.
Ao contrário das décadas passadas,
os fumantes de hoje não precisam ser
convencidos de que o fumo faz mal, e
eles não têm medo de palestras sobre
deixar o vício, comentou.
“Você não encontra um fumante no
mundo que não saiba que o fumo causa
câncer. Portanto, nosso modelo antigo
de palestra com base no medo, não
funciona mais.”
Isso significa que os novos métodos
precisam ajudar os fumantes, e o
Breathe-Free 2 dispensa uma atenção
especial ao relacionamento pessoal.
Embora o programa tenha uma versão
faça-você-mesmo, ele incentiva os
fumantes a participar de um grupo local
onde possam receber apoio emocional e,
A N N
Universidade Loma Linda não tem uma
área destinada a fumantes. Na verdade, é
proibido fumar em todo o campus.
Handysides compreende que algumas igrejas podem recusar a ideia das
áreas para fumantes, e sua proposta,
em certo sentido, é metafórica. “O que
pretendo é que ocorra uma mudança
de atitude, em que permitamos que
os fumantes venham à igreja sem que
sejam julgados”, disse ele.
O Breathe-Free 2 teve seu início
quando a Universidade Loma Linda
pediu a Handysides que oferecesse o
curso Breathe-Free nas escolas de ensino
médio em Abu Khabi, um dos Emirados
Árabes Unidos. A universidade abordou
Handysides após receber o pedido para
a realização do curso de uma organização não governamental (ONG), a
Comissão Internacional de Prevenção
do Álcool e Dependência de Drogas.
Handysides escreveu para a Associação Geral, sede mundial da igreja
Adventista, em Silver Spring, Maryland,
para se informar sobre o modo de obter
o material do curso. Soube que a Associação Geral era seu único editor e que
só era impresso mediante encomenda.
Em suma, o curso era “antiquado”,
disse Handysides.
Assim, com a bênção da Associação
Geral, ele e a esposa, Sandra, enfermeira
da família, lideraram a reformulação
O li v er
/
o mais importante, fazer novos amigos.
“Se você fuma e seus amigos também,
significa que você tem que abandonar
todo seu círculo de amigos”, disse
Handysides. “Esta é uma grande perda.”
Frequentemente, ocorrem situações
que levam um fumante angustiado a
acender um cigarro e, com a presença
dos outros fumantes, especialmente os
amigos próximos, é uma tentação quase
irresistível. É claro que ninguém quer
perder amigos. Por isso o Breathe-Free 2
convida os fumantes a trazer seus amigos para deixar de fumar e fazer novas
amizades. Novos amigos podem incluir
o facilitador local do programa e outros
membros do grupo do Breathe-Free 2.
Muitas pessoas que deixaram o vício
só obtiveram sucesso após dez tentativas. Por isso é tão importante criar um
lugar em que eles possam fumar fora da
igreja, diz Handysides.
“Meu alvo é que cada uma de nossas
igrejas tenha uma área destinada a
fumantes fora do prédio”, disse ele. “Os
fumantes precisam se sentir à vontade
na Igreja Adventista».
“Não queremos que sejam fumantes”, disse ele. “Mas devemos aceitá-los
como estão. Precisamos estar prontos
a trabalhar com eles para que possam
mudar e praticar um estilo de vida
mais saudável.”
A igreja que Handysides frequenta na
A nsel
LANÇAMENTO: Daniel Handysides apresenta do Breathe-Free 2 na
Conferência Global sobre Saúde e Estilo de Vida, em Genebra, Suíça, dia 8
de julho de 2014.
do programa Breathe-Free 2 e testaram
os resultados por dezoito meses em
Abu Dhabi.
Handysides disse que o índice de
sucesso esperado para Breathe-Free 2 é
uma média um pouco maior que 40%
em relação aos seus dois antecessores.
Nenhuma inciativa para deixar o
cigarro chegou a índices maiores do que
50%, disse ele.
O público alvo do Breathe-Free 2
são os fumantes que têm forte desejo de
deixar o vício, porque eles têm maiores
chances de sucesso, disse Handysides.
“Queremos pessoas já na fase da
ação”, disse ele.
Parte da vantagem do novo curso é
que todo o material está disponível
online, na página breathefree2.com. Além
disso, qualquer pessoa pode baixar a
página, traduzir e fazer um upload no
site outra vez, para ser usado por outras
pessoas.
Inicialmente, o curso foi lançado
apenas em inglês, mas a versão em espanhol está programada para ser lançada
neste ano. Já começaram a discutir
as traduções para o russo, polonês e
finlandês.
Entre os materiais na página da Web
do Breathe-Free 2, há um mapa-múndi
mostrando as localizações e contatos
dos primeiros 34 facilitadores do
curso e vídeos que visam a promover a
discussão em grupo e desenvolvimento
de novas amizades. Os vídeos se encontram apenas em inglês, mas os roteiros
estão disponíveis para download, permitindo que grupos de outros idiomas
possam representá-los ou usá-los de
outras formas, disse Handysides.
A primeira fase do curso deve ser
realizada em oito dias e complementada
por uma série de reuniões nos dias,
semanas e meses seguintes.
“É importante estabelecer relacionamentos sólidos que se desenvolvam
durante o tempo necessário para se
abandonar o vício”, disse Handylandes. n
Setembro 2014 | Adventist World
7
V I S Ã O
M U N D I A L
S
em dúvida, a oração mais famosa
já proferida é: “Pai Nosso, que estás
nos Céus! Santificado seja o Teu
nome [...]” (Mt 6:9).* Conhecida como
a “Oração do Senhor”, essa passagem
das Escrituras registra a oração simples,
embora profunda, que Jesus ensinou
aos Seus discípulos durante o Sermão
da Montanha.
“E quando vocês orarem”, Jesus os
advertiu, “não sejam como os hipócritas
[...]. Vá para seu quarto, feche a porta e
ore a seu Pai, que está em secreto. Então
seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mt 6:5, 6).
Algumas outras orações de Jesus
incluem Seu louvor a Deus pela revelação dada aos pequeninos (Mt 11:25, 26),
a oração para ressuscitar Lázaro dos
mortos (Jo 11:41, 42), a oração pela glória do Pai (12:28), as orações pela igreja
(17:1-26), por libertação (Mt 6:9-13),
por perdão aos outros (Lc 23:34) e de
submissão (v. 46).
Pessoas de oração
Além das belas orações de Jesus,
temos 74 orações de outras pessoas
registradas para nós na Bíblia. Essas
orações abrangem uma gama de emoções humanas: enquanto Habacuque
orava por livramento (Hb 3:1-19), os
discípulos de Cristo suplicavam ousadia (At 4:24-31). Hagar orou pedindo
consolo (Gn 21:14-20), e Josafá implorou pela vitória (2Cr 18:31). Cornélio
orou por esclarecimento (At 10:1-33),
e Daniel orou pedindo conhecimento
(Dn 2:17-23). Tanto Elias como Pedro
oraram (com sucesso) pela ressurreição de mortos (1Rs 17:18-22; At 9:40).
Ana orou fervorosamente pedindo um
filho (1Sm 1:10-17), e Rebeca orou
pedindo compreensão (Gn 25:22, 23).
Josué suplicou ajuda e misericórdia
8
Adventist World | Setembro 2014
A
Oração
Ted N. C. Wilson
Persistente
Nunca desista
F oto :
J oel
J osep h
Você já
descobriu a
alegria e o
privilégio
da oração?
(Js 7:6-9), e o leproso orou pela cura
(Mt 8:2, 3).
Cura, orientação, misericórdia,
bênçãos, sabedoria, são apenas algumas
das dádivas que os crentes, ao longo dos
séculos, receberam quando buscaram a
Deus por meio da oração.
Descubra a alegria e o
privilégio da oração
Você já descobriu a alegria e o
privilégio da oração? “A oração é o abrir
do coração a Deus como a um amigo”,
nos diz a citação conhecida de Ellen
G. White, em seu devocional clássico,
Caminho a Cristo (p. 93). “Não que isso
seja necessário para que Deus saiba
quem somos, mas para nos habilitar a
recebê-Lo. A oração não faz Deus descer
até nós, mas nos eleva a Ele.”
Precisamos orar por tantas coisas,
inclusive para termos humildade para
reconhecer Deus como o Líder de
nossa vida e do movimento adventista.
Esse movimento foi estabelecido para
anunciar o grande amor de Deus por
este mundo e por Seu povo conforme
demonstrado no plano da salvação.
Precisamos orar pela chuva serôdia
do Espírito Santo e pela preparação
da igreja de Deus para o último alto
clamor. Necessitamos de oração pelo
nosso esforço missionário na proclamação das três mensagens angélicas de
Apocalipse 14 e anúncio da mensagem
do quarto anjo de Apocalipse 18.
Devemos nos lembrar também de
orar pelo reavivamento e reforma em
nossa própria vida, bem como na vida
da igreja. Podemos apoiar as iniciativas
da “Missão para as Cidades” em todo
o mundo e o ministério da saúde
integral por meio de nossas orações.
O evangelismo integrado utilizando
todos os meios de comunicação, nosso
ministério de publicações, o aumento
da promoção da mordomia e fidelidade
em todo o mundo, as campanhas evangelísticas pelos pastores no mundo e o
programa jovem “Um Ano em Missão”
são outros ministérios evangelísticos da
igreja que serão abençoados, apoiados e
encorajados pelas nossas orações.
O próximo Concílio Anual, em
outubro deste ano, e a Assembleia da
Associação Geral em julho de 2015,
todos esses eventos e atividades,
somente alcançarão o propósito de
Deus mediante as orações fervorosas e
incessantes do Seu povo.
Será que minhas orações
fazem alguma diferença?
Você pode questionar se suas orações fazem alguma diferença na vida
da igreja, ou na sua vida particular. Em
Tiago 5:16 somos lembrados de que “a
oração de um justo é poderosa e eficaz”.
E o próprio Jesus diz: “O que vocês
pedirem em Meu nome, Eu farei”
(Jo 14:14). Ele nos garante que nosso
Pai do Céu dará coisas boas aos que a
Ele pedirem (Mt 7:11).
A nós é dito: “A oração da fé é a
grande força do cristão e, com toda
a certeza, prevalecerá contra Satanás.
Por isso ele insinua que não temos
necessidade de orar. O nome de Jesus,
nosso Advogado, ele detesta. E quando
sinceramente vamos a Cristo em busca
de auxílio, os exércitos de Satanás se
alarmam. Negligenciarmos o exercício
da oração serve bem ao seu propósito,
pois então seus prodígios de mentira
são acolhidos mais depressa” (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 296).
No último mês de junho, aqui na
Associação Geral, nos reunimos todos
os dias de uma semana inteira de
trabalho, especialmente para orar por
uma hora. Oramos fervorosamente para
que Deus controle cada um de nós neste
movimento adventista. Foi um período
tremendamente animador. Teremos
uma iniciativa similar de oração na
sede mundial da igreja nos dias 5 a 8 de
janeiro de 2015. Por favor, ore conosco.
Deus prometeu grandes bênçãos quando Seu povo ora.
Ore pelo Espírito Santo
Se você ainda não o fez, quero
convidá-lo a se unir a nós em oração.
Nos últimos três anos, os adventistas
do sétimo dia em todo mundo, têm
feito parte de uma corrente mundial de
oração, orando todos os dias às 7 e
às 19 horas. Oramos pela presença
do Espírito Santo em nossa família,
na vida dos líderes, nas igrejas e
comunidades. “Uma corrente de crentes fervorosos deve rodear o mundo
Setembro 2014 | Adventist World
9
V I S Ã O
M U N D I A L
Histórias do
[…] para orar pelo Espírito Santo”,
(Review and Herald, 3 de janeiro de
1907). Se você quiser mais informação
ou material sobre a Corrente Mundial
de Oração “7-7-7”, visite: www.
revivalandreformation.org/prayer.
Certo dia, enquanto incentivava
Seus discípulos a ser perseverantes na
oração, Jesus contou a história de uma
mulher que se recusou a desistir. “Em
certa cidade havia um juiz que não
temia a Deus nem se importava com os
homens. E havia naquela cidade uma
viúva que se dirigia continuamente a
ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça
contra o meu adversário’. Por algum
tempo ele se recusou. Mas finalmente
disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema
a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo;
vou fazer-lhe justiça para que ela não
venha mais me importunar’. E o Senhor
continuou: Ouçam o que diz o juiz
injusto. Acaso Deus não fará justiça aos
Seus escolhidos, que clamam a Ele dia e
noite? Continuará fazendo-os esperar?
Eu lhes digo: Ele lhes fará justiça, e
depressa. Contudo, quando o Filho do
homem vier, encontrará fé na Terra?”
(Lc 18:2-8).
A oração é o exercício da fé, crendo
que Deus nos ouve quando falamos
com Ele, e responderá no momento e
do modo que Ele sabe ser o melhor. n *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão
Internacional.
Ted N.C. Wilson é
presidente mundial da
Igreja Adventista do
Sétimo Dia
10
Adventist World | Setembro 2014
GLOW: Levando Luz ao nosso mundo
GLOW (inglês, BRILHO – Giving Light to Our World [Levando luz ao nosso
mundo]) – É um projeto evangelístico que surgiu na Califórnia, Estados Unidos,
no território da Divisão Norte-Americana, e agora se estendeu às outras
Divisões do mundo. Tem o objetivo de motivar os membros a ter sempre em
mãos literatura – panfletos chamados GLOW – para ser distribuídos gratuitamente. Atualmente, os panfletos estão sendo impressos em 45 idiomas.
A seguir, uma pequena história retrata vidas tocadas pelo GLOW, na
República Checa:
Certo dia, Eric Dunn, que mora em uma
pequena cidade de Protivin, República
Checa, estava caminhando com seu filho
mais novo. Após chegar a um parque
próximo de sua casa, percebeu dois jovens
sentados em um coreto. Eles estavam
tirando cigarros do bolso, preparando-se
para começar a fumar.
“Meu filho queria brincar na área do
outro lado do coreto, por isso tivemos que
passar por eles”, explicou Eric, “mesmo eu
não querendo.”
Quando chegaram ao local desejado,
Eric sugeriu ao filho que desse aos jovens
alguns folhetos do GLOW. Primeiro eles
oraram. Depois se aproximaram dos jovens
e perguntaram se eles aceitariam os folhetos. “Claro!”, eles responderam,
e os folhetos foram entregues.
“Esses folhetos são religiosos?” perguntou um dos jovens. Eric explicou
do que se tratava. “Você acredita em Deus?” continuou o rapaz.
Esse foi o início de uma conversa que resultou em dois amigos para Eric.
Desde então, eles estão participando de atividades juntos, como escalar
rochas e entreter conversas a respeito de temas espirituais.
“A persistência do meu filho levou um pouco de luz para aqueles dois
jovens”, disse Eric. “Aprendi que, muitas vezes, as pessoas a quem
estamos menos inclinados a evangelizar são as mais abertas ao evangelho.”
As histórias são relatadas por Nelson Ernst, diretor do GLOW na Associação
Central da Califórnia. Para saber mais sobre esse projeto, acesse sdaglow.org.
Para assistir aos vídeos de testemunhos, acesse vimeo.com/user13970741.
S aúde
no
M undo
A
Legalização
da
Maconha
Peter N. Landless e Allan R. Handysides
Meu filho adolescente assiste e lê notícias. Tem havido muitas reportagens sobre
a legalização da maconha, em várias partes do mundo, e até algumas declarações
sobre seus efeitos positivos para a saúde. Há perigos relacionados ao seu uso?
V
ocê fez uma pergunta muito
importante! A legalização da
maconha está nos noticiários
do mundo inteiro. Há uma pressão
para que seja concedida permissão
para o uso legal com finalidade
recreativa, e também algumas pessoas
a recomendam para determinados
problemas de saúde. Atualmente, a
maconha é uma das drogas ilegais
mais comumente usadas no mundo.
Nos Estados Unidos, no ano passado,
cerca de 12% das pessoas acima de 12
anos de idade declararam ter feito uso
da droga. As taxas de consumo são
particularmente altas entre os jovens.*
O consumo regular da maconha por
adolescentes é especialmente preocupante, porque os jovens são particularmente
vulneráveis aos seus efeitos colaterais
perigosos e às consequências do uso.
Então, quais são os perigos?
n O consumo prolongado pode causar
dependência. Alguns estudos mostram
que aproximadamente 9% dos que
experimentam a maconha vão se tornar
dependentes. Essa é uma porcentagem
semelhante à dos que se tornam alcoólatras após terem experimentado o álcool. Esse número aumenta drasticamente
quanto menor é a idade em que começaram e se há algum histórico familiar
de alcoolismo. Esse é um problema que
preocupa na adolescência, pois o cérebro
se desenvolve ativamente durante
essa fase da vida. O uso da maconha
afeta negativamente o desenvolvimento
das conexões nervosas no cérebro. Esses
efeitos continuam pela vida adulta e
podem se tornar permanentes.
F oto
cedida
por
pei x es
e
v ida
S el v a g e m
n Como o tabaco, a maconha tem se
revelado uma droga de passagem, o que
significa que aqueles que a usam correm
maior risco de passar a usar outras
drogas ainda mais perigosas.
n Ela está associada ao aumento do
risco de doenças mentais como a ansiedade e a depressão.
n A maconha compromete as funções
do cérebro, afetando o raciocínio e o
pensamento. Os jovens que são usuários
frequentes têm baixo rendimento escolar.
n Ela prejudica a habilidade de
dirigir e está relacionada ao aumento de
acidentes automobilísticos, incluindo
eventos fatais. O risco de acidentes
aumenta significativamente quando
maconha e álcool são utilizados juntos.
n Em longo prazo, a maconha provoca danos aos pulmões, como a bronquite
crônica. Há uma possível associação com
o câncer de pulmão, embora o risco não
seja tão grande quanto o do tabaco.
n O consumo da maconha está
sendo associado com vasos sanguíneos
dilatados, causando ataques do coração
e derrame cerebral (AVC). Entretanto,
ainda não se sabe completamente
como isso ocorre.
Atualmente, há muita pesquisa na
tentativa de descobrir os benefícios para
a saúde, que podem derivar do tetrahidrocanabinol (THC), em certas doenças
como câncer, HIV e AIDS, náuseas,
esclerose múltipla e epilepsia. Da mesma forma que procuram determinar
e demonstrar os benefícios, pesquisas
têm sido realizadas no sentido de se
evitar os efeitos negativos da substância.
Não há dúvida de que fumar maconha
dos
E . U . A
é prejudicial aos pulmões e ao sistema
vascular, além dos efeitos negativos para
o cérebro. À medida que mais estudos
se tornam disponíveis, e à medida que o
sistema de fornecimento for aprimorado
(por exemplo, o desenvolvimento de
comprimidos, sprays, injeções), haverá
mais dados para se saber se realmente
existem métodos de aplicação cujos benefícios permitam superar os riscos das
doenças mencionadas.
Em suma, a maconha é uma droga
perigosa que deve ser evitada. Ela causa
dependência e afeta a mente, psique,
personalidade e o corpo. A única via de
acesso do Espírito Santo a nós é nossa
mente e devemos mantê-la clara e desanuviada. O esforço para a legalização
da maconha não indica que seu uso seja
seguro. Basta observar os severos danos
provocados pelo tabaco e pelo álcool que
são drogas legalizadas.
Devemos nos lembrar de que nosso
corpo é o templo do Espírito Santo e que
a verdadeira temperança nos encoraja a
usar com sabedoria as coisas saudáveis e
a evitar as prejudiciais. n
*Alguma informação deste artigo tem por base: “Adverse Health
Effects of Marijuana Use”, The New England Journal of Medicine,
5 de junho de 2014, 370:23, 2219-2227.
Peter N. Landless, médico cardiologista
nuclear, é diretor do Ministério de Saúde
da Associação Geral.
Allan R. Handysides, médico ginecologista
aposentado, é ex-diretor do Ministério de
Saúde da Associação Geral.
Setembro 2014 | Adventist World
11
D evocional
Assunto: Apple
O iPhone como
confessionário?
Sylvia Renz
N
o início de fevereiro de 2011, certo jornal estampou
a seguinte manchete: Confissões pelo iPhone.
A Igreja Católica, nos Estados Unidos, havia
aprovado um aplicativo para confissões para smartphones.
Por apenas dois dólares (U$ 1,99 para ser mais exata), o
aplicativo chamado “Confissão” instrui os crentes, inclusive
classificando-os automaticamente por idade, sexo e estado
civil, como proceder, passo a passo, ao confessar seus pecados.
O usuário deve primeiro marcar qual dos dez mandamentos
transgrediu. Confissões específicas podem ser enviadas por
mensagem, como indicado pelo fabricante do web site. Em
resposta, o programa sugere quais orações podem ser usadas
para se obter o perdão dos pecados confessados. Os pecadores
não muito versados nas Escrituras podem baixar textos
bíblicos com as orações correspondentes.
Segundo a página da Web (www.littleapps.com), o
aplicativo foi desenvolvido por um sacerdote católico e foi o
primeiro App para iPhone a receber um imprimatur (ou seja,
a aprovação oficial da Igreja Católica), concedida pelo bispo
local Kevin C. Rhodes, da Diocese de Fort Wayne, South
Bend. O App deve ajudar cristãos católicos a perder o medo
de confessar, disse Patrick Leinen, criador da Little iApps. Mas
se alguém pensa que não mais é necessário um padre para
perdoar os pecados, está muito enganado. “O objetivo desse
12
Adventist World | Setembro 2014
aplicativo é auxiliar a pessoa a se preparar para o sacramento
da Confissão, e não substituí-la!”
Hora de confessar
Ah! Então não existe um confessionário “drive thru”, o
confessionário nos metrôs ou das salas de espera dos consultórios médicos. E quem não tem um smartphone deve continuar, como antes, a quebrar a cabeça para se lembrar de todos
os pecados cometidos, até que sejam confessados na próxima
visita à igreja. O custo do perdão requerido pelo sacerdote
provavelmente seja de mais de dois dólares, se calculado pelo
tempo gasto, trabalho e autonegação. Um grande esforço pelo
ego te absolvo.1
Para nós, adventistas, isso é muito mais fácil: não necessitamos de um App de confissão, nem de um sacerdote que
prescreva vinte orações especiais e que nos absolva de nossa
culpa. Temos essa promessa na Palavra de Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os
nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9).2
Essa espécie de confissão pode ser feita a qualquer hora e
em qualquer lugar. Não precisamos de um smartphone nem
de qualquer outra tecnologia moderna, nem sequer de um
confessionário ou sacerdote. Nossas orações são levadas pelo
Espírito Santo diretamente para o trono de Deus, no Lugar
A graça de Deus é gratuita,
mas não é barata.
Santíssimo (Hb 6:19). E, provavelmente, isso aconteça mais
rapidamente do que a velocidade da luz.
Mesmo assim, para muitos dos filhos de Deus, é mais fácil
pedir perdão do que aceitá-lo pela fé. Quase sempre dizemos:
“Não consigo me perdoar”. Talvez nos seja difícil acreditar
no perdão, porque não conseguimos senti-lo. O peso da
culpa em nossos ombros é semelhante a uma tonelada de
tijolos em nosso peito: ele é tão grande que não conseguimos
respirar nem andar eretos. Mas nossos sentimentos de culpa
não dizem a verdade. Eles contradizem o fato de que Deus
realmente perdoou, mesmo não tendo um ser humano para
audivelmente expressar esse perdão; não pagando nada;
mesmo sem ter feito uma peregrinação, ou ficado ajoelhado
por horas no chão duro, para conseguir um “recibo” tangível
de Seu perdão.
Vencendo a dúvida
A nossa parte, porém, é ignorar as autoacusações e alegações que Satanás, o acusador implacável, sussurra aos nossos
ouvidos: “Você fez isso de novo! Você nunca vai aprender!
Não, dessa vez Deus não pode perdoá-lo. Você nunca vai
vencer! Você é um fracasso!”
Se cremos na veracidade do que João escreveu em sua primeira carta, podemos afastar os dardos inflamados de Satanás.
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para
perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”
(1Jo 1:9). E também as palavras de Paulo na carta aos romanos:
“Aquele que não poupou Seu próprio Filho, mas O entregou por
todos nós, como não nos dará juntamente com Ele, e de graça,
todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos
de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi
Cristo Jesus quem morreu; e mais, que ressuscitou e está à
direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8:31-34).
E se isso não ajudar, então, talvez devamos nos lembrar do
diálogo de Jesus com Pedro. “Quantas vezes deverei perdoar a
meu irmão”, perguntou Pedro, pois ele pensava que sete vezes
fosse mais do que suficiente (Mt 18:21). Jesus, no entanto,
multiplicou o sete por setenta; não nos dando permissão
para não perdoarmos as primeiras 490 vezes, mas mostrando
que devemos sempre estar dispostos a perdoar os outros. Se é
isso que Jesus requer de pessoas pecadoras, imagine quanto
fará nosso Pai celestial, que é o amor personificado!
Naqueles momentos agonizantes, quando a culpa e a
vergonha parecem me sufocar, digo a mim mesma que não
devo me tratar pior do que trataria à minha melhor amiga.
Eu a perdoaria? Claro! Mesmo quando ela comete várias
vezes o mesmo erro e se arrepende? Ah, sim! Então, por que
eu deveria ser tão impiedosa comigo, até me torturando,
porque não sou tão “boa” como gostaria de ser?
O poder da graça
A esse ponto, alguém pode pensar que podemos continuar pecando, despreocupadamente, porque a misericórdia
de Deus é infinita e sempre que pedirmos perdão, Ele nos
perdoará.
No entanto, qualquer que pede perdão de forma displicente, como que inserindo uma moeda em uma máquina de
venda automática – que libera o produto desejado – ainda
não compreendeu o que é culpa. A culpa causa dano, dor,
preocupação e tristeza. Ela não só fere meu semelhante, mas
me machuca também. Pior ainda, o nome de Deus é espezinhado quando Seus filhos O envergonham.
Mesmo assim, Ele ainda está disposto a perdoar. Ele
pagou o preço da nossa dívida. A graça de Deus é gratuita,
mas não é barata. Muito pelo contrário: o coração amoroso
de Deus pagou o maior preço possível, e fez o maior de
todos os sacrifícios. Ele entregou Seu Filho para Seus inimigos
(Rm 5:8-10). Tal é nosso valor para Ele! Não somente a
humanidade como um todo, mas a cada indivíduo; pois Jesus
teria morrido por uma única pessoa, incluindo você e eu.
Infelizmente, muitas vezes esse é um conhecimento
apenas intelectual – sabemos disso. Mas será que ele chega
ao nosso coração? Quando chega, podemos levantar nossa
cabeça outra vez e respirar aliviados: estamos salvos,
estamos livres! n
1 Ego
te absolvo significa “Eu te absolvo”, e é dito pelo padre católico após a confissão.
os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.
2 Todos
Sylvia Renz trabalha para a A Voz da Profecia
alemã, em Alsbach-Hähnlein, Alemanha. Escritora
talentosa, ela tem vários livros publicados para
crianças e adultos.
Setembro 2014 | Adventist World
13
C renças
F undamentais
M
ordomia.
Existe, realmente, uma crença fundamental
chamada mordomia? Sabemos o que significa ser
um bom mordomo? Além dos dízimos e ofertas, há algo mais
a ser considerado? Na verdade, existe.
Mordomia é a doutrina mais fundamental que temos
como cristãos que creem na Bíblia. Ela fala de nossas origens,
destino e propósito. Não há um único aspecto em nossa vida,
nem em qualquer departamento da igreja que não seja
afetado por ela. A mordomia seria o centro do evangelho?
Não. Jesus é o centro. No entanto, Jesus também é nosso maior
exemplo em tudo, inclusive na mordomia. Essencialmente,
se quero ser um bom mordomo, preciso seguir Jesus mais de
perto – mordomia, na verdade, é discipulado!
O que faz de Jesus nosso principal exemplo de mordomia?
Ele não é nosso Dono? Não! Ele não é mordomo. Ele é o divino Criador. É verdade que Ele criou todas as coisas, e todas as
coisas pertencem a Ele. Não apenas a Terra, da qual devemos
cuidar; não apenas nossa vida e o tempo em que estamos
neste mundo; não apenas as bênçãos materiais e os talentos
a nós confiados; mas até o intangível procede dEle – nossa
inteligência, as próprias inclinações da natureza humana e a
alegria de viver!
Estreita ligação
Uma prova da estreita ligação que existe entre nós e nosso
Criador é encontrada nos primeiros parágrafos do livro
Educação, escrito há mais de um século, por Ellen G. White:
“O mundo tem seus grandes ensinadores, homens de poderoso intelecto e vasta capacidade de pesquisa, pessoas cujas
palavras têm estimulado o pensamento e revelado extensos
campos ao saber. Tais indivíduos têm sido honrados como
guias e benfeitores do gênero humano. Há, porém, Alguém
que Se acha acima deles. Podemos delinear a série dos ensinadores do mundo, no passado, até o ponto a que atingem os
registros da História. A Luz, porém, existiu antes deles. Assim
como a Lua e as estrelas do nosso sistema planetário resplandecem pela luz refletida do Sol, também os grandes pensadores do mundo, tanto quanto são verdadeiros os seus ensinos,
refletem os raios do Sol da Justiça. Cada raio de pensamento,
cada lampejo do intelecto, procede da Luz do mundo”*.
Em nossa humanidade, somos confinados aos limites
da linguagem para descrever os conceitos eternos. Usamos
a palavra “mordomo” para descrever a responsabilidade
da criatura para com seu Criador – concernente à vida e
seus dons. E fazemos bem, pois o mordomo é alguém que
14
Adventist World | Setembro 2014
Penny Brink
NÚMERO 21
Meu Tudo
em Resposta ao
Tudo
de
Deus
Mordomia Cristã
como estilo de vida
Todas as nossas doações nunca poderão
se igualar ao que Ele fez por nós.
administra os interesses do proprietário e em seu nome.
Isso descreve nosso relacionamento com Deus em muitos
níveis, especialmente em relação às Suas bênçãos. Da mesma forma devemos abençoar outras pessoas. Mordomia,
na verdade, é relacionamento!
O principal mordomo
Como é, então, que Jesus é nosso principal exemplo como
Mordomo? Como, sendo Jesus o Criador e Dono de todas as
coisas, pode ser nosso “Mordomo principal”?
É gratificante podermos fielmente devolver nossos
dízimos e revelar um espírito generoso quando doamos
nossas ofertas voluntárias para manter a missão da igreja ou
para outras necessidades. Somos igualmente abençoados ao
dedicar nossa vida, tempo e talentos para Cristo, no trabalho
missionário ou no ministério. Jesus, por outro lado, conduz
as coisas um passo além. Ele não é o mordomo que reconhece
que o que Ele tem não é Seu. Não. Jesus é o Proprietário que
abre mão de tudo pelo mordomo (Fp 2:5-11).
A condescendência de Cristo, Sua humilhação, Seu sacrifício é algo que jamais poderemos igualar, não importa quão
bons mordomos possamos nos tornar, mesmo que entreguemos nossa própria vida. Simplesmente não conseguimos doar
como Ele doou. Todas as nossas doações nunca poderão se
igualar ao que Ele fez por nós. Esse é um presente inigualável
e estaríamos eternamente perdidos sem Ele (Rm 5:6-8).
Nossa resposta
Em um momento de lucidez, reconhecemos que cada
aspecto de nossa existência é um dom da graça de nosso
generoso Criador, Senhor e Salvador. Na sala do trono
celestial, com os 24 anciãos, depositaremos, com regozijo e
gratidão, nossas coroas aos pés dAquele que nos redimiu e
exclamaremos “Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber
a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas,
e por Tua vontade elas existem e foram criadas” (Ap 4:11).
Mordomia, na verdade, é adoração!
Quando reconhecemos o imenso dom da graça de Deus,
ficamos tão comovidos que tudo o que nos resta é gratidão.
Com o coração agradecido, aceitamos nossas circunstâncias,
encontramos paz em nossas preocupações e o desejo de ser
mais semelhantes a Jesus, para viver Seu caráter e refletir
Sua imagem.
Não sei se há alguma coisa em nossa maneira moderna
de viver que seja “como Jesus”. Ele tinha tempo para as
crianças, soluções para o sofrimento e compaixão para com
Mordomia
Somos despenseiros de Deus, responsáveis diante
dEle pelo uso apropriado do tempo e das oportunidades,
capacidades e posses, e das bênçãos da Terra e seus
recursos que Ele colocou sob nosso cuidado. Reconhecemos o direito de propriedade da parte de Deus por
meio de fiel serviço a Ele e aos nossos semelhantes,
e devolvendo os dízimos e doando ofertas para a
proclamação de Seu evangelho e para manutenção e
crescimento de Sua igreja. A mordomia é um privilégio
que Deus nos concede para o desenvolvimento no
amor e para vitória sobre o egoísmo e a cobiça. O
mordomo se regozija nas bênçãos que advêm aos
outros como resultado de sua fidelidade (Gn 1:26-28;
2:15; 1Cr 29:14; Ag 1:3-11; Ml 3:8-12; 1Co 9:9-14; Mt 23:23;
2Co 8:1-15; Rm 15:26, 27) – Crenças Fundamentais dos
Adventistas do Sétimo Dia, nº- 21
os marginalizados (Lc 4:18, 19). Jesus viveu com simplicidade
e buscava força em Seu Pai. Quando chegou a hora de doar,
Ele doou tudo, e assim procedendo, nos deu esperança
(Mt 26:39; Jo 3:16).
É assim nossa vida? Possivelmente, sim, mas provavelmente, não. Podemos ser melhores. Podemos melhorar nossa
maneira de viver e doar, não para obter a salvação, mas em
resposta de adoração ao nosso Salvador, em serviço a outros e
para apoiar a obra de Deus na Terra. Mordomia, na verdade, é
um estilo de vida! n
*Ellen G. White, Educação, p. 1.
Penny Brink é diretora assistente do
Departamento de Mordomia da Associação
Geral. É casada com Andre Brink e mora em
Silver Spring, MD (EUA). Para saber mais
sobre a vida mais semelhante à de Cristo, assista on-line a
conferência mundial sobre mordomia, no dia 19 de setembro de
2014, na página www.adventiststewardship.com.
Setembro 2014 | Adventist World
15
Deus
Histórias de pessoas que fizeram da oração uma prioridade
Oração foi iniciado em 2010,
incentivando os membros
da igreja de todo o mundo
a orar durante dez dias,
todos os meses de janeiro.
As histórias a seguir são
do ano de 2014 e foram
narradas pelo Departamento
Ministerial da Associação
Geral. – Os Editores
A
A Rádio Mundial Adventista (AWR)
convidou seus funcionários e estações
associadas em todo o mundo, a participar
dos Dez Dias de Oração, sem saber o que
aconteceria (devido às condições variadas
de liberdade religiosa com as quais a maioria de seus estúdios funciona). O Pastor
Getteh, membro da equipe, fez um apelo
na Rádio Adventista FM, no programa
de estudo bíblico de sexta-feira à noite, chamado “A Hora Bereana”. Convidou os
ouvintes a visitar uma Igreja Adventista do Sétimo Dia na manhã seguinte, para
participar do culto de conclusão dos Dez Dias de Oração. Ao mesmo tempo, ele e
a equipe concordaram em que cada igreja deveria fazer um apelo durante o culto
divino, para que aqueles que já estivessem estudando a Bíblia por meio do programa “A Hora Bereana” pudessem responder. Pela graça de Deus, ao fim dos Dez Dias
de Oração, só nessa igreja, 85 pessoas pediram o batismo!
– Fred Ted, Monrovia, Libéria
Mark A. Finley
Realidade das Orações Não Atendidas
R
ecentemente, em um sábado de manhã, acordei com
uma dor intensa nas costas. Olhei para minha esposa e,
em tom de brincadeira, disse: “Se eu conseguir chegar
até o púlpito, acho que aguentarei pregar.”
Oramos juntos para que, de alguma forma, Deus me
ajudasse a cumprir meus três compromissos de pregação daquele dia, numa campal. Providencialmente, um amigo havia
me falado de um treinador esportivo profissional que estava
presente ali, e que estaria disposto a me atender. Após três dias
de tratamento, eu me senti bem melhor. Ao nos lembrar dessa
experiência, minha esposa e eu estamos convictos de que aquela foi uma resposta direta às nossas orações. Deus providenciou
16
Adventist World | Setembro 2014
uma série de circunstâncias a fim de que eu recebesse de um
profissional qualificado, a ajuda específica de que precisava.
Mas, e se Deus não tivesse respondido minhas orações de
maneira tão imediata? E se eu tivesse que sentir dores nas costas,
como às vezes acontece? Será que eu teria confiado menos nEle?
Significaria que a presença de algum pecado não confessado em
minha vida estava bloqueando Sua habilidade de responder aos
meus pedidos? Estaria indicando que minha fé era muito fraca
para receber Sua bênção especial? Não necessariamente.
Isso nos leva a algumas perguntas mais profundas. Qual
deve ser minha atitude em relação às orações não respondidas? Qual é o verdadeiro propósito da oração?
F red T ed
O programa dos Dez Dias de
A rtigo de C apa
S al v atore
Durante os Dez
Dias de Oração,
em 2013, fiz do
is pedidos: (1)
que
minha filha foss
e libertada da
dependência da
s drogas e (2) qu
e
meu esposo ac
eitasse o Senhor
.
Durante os Dez
Dias de Oração,
em 2014, eu es
tava louvando
a
Deus pois min
ha filha podia di
zer
que há oito mes
es está “limpa”
da
metanfetamina,
não vive mais na
s
ruas e está trab
alhando em pe
ríodo
integral. Meu es
poso foi rebatiz
ado
e participou do
s Dez Dias de O
ração
comigo neste an
o. A Deus, noss
o
Pai, e a Cristo Je
sus, seja dada to
da a
glória e o louvor
!
– N in a Her m
an , Mod es to,
C al if ór ni a, Es
ta do s Uni do s
Deus tem atuado poderosamente em
nossa igreja. Temos visto membros
afastados retornando, pessoas da
comunidade têm vindo à igreja e
outros que se encontravam desempregados têm conseguido trabalho.
Estamos orando mais em nossos
cultos aos sábados e os membros da
igreja estão mais próximos uns dos
outros e de Deus.
–G
lória, Milton Keynes,
Reino Unido
B o g nandi
Nossos Dez Dias de Oração
foram repletos do Espírito. Na
oitava noite, uma de nossas
vizinhas ficou possessa pelo
demônio. Um pastor e eu fomos
convidados a orar por aquela mulher. Fomos lá e o demônio se manifestou.
Porém, o poder do Senhor também se manifestou em nós. Deus, como
sempre, obteve a vitória. O testemunho daquela mulher na manhã seguinte
foi de que ela não havia visto só nós dois entrando em sua casa. Ela viu uma
multidão de anjos nos acompanhando.
– Pastor Francis Aja, Estocolmo, Suécia
Oração
os Dez Dias de
Durante os últim
ras
cu
ilagres. Operou
po
Deus realizou m
m
te
to
ões que há mui
,
e atendeu oraç
te
en
m
Ele e, aparente
se elevavam a
ma mulher
U
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permaneciam se
uma
ra
s colegas pa
convidada pelo
um
de
da
ão foi cura
reunião de oraç
ça para
an
Fr
à
i
ão - ela fo
câncer de pulm
ra foi
check-up e a cu
se submeter a um
. Creio
lo médico de lá
confirmada pe
er os Dez
igreja pode perd
que nenhuma
.
do ano que vem
lu pe
Dias de Oração
ua
B ro w n, G da
– B uh ir e E li e
O propósito da oração é entrar em contato com o Todopoderoso. Oração é comunhão com Deus. Quando oramos,
entramos na atmosfera da Sua graça, onde Seu Espírito pode
falar ao nosso coração. A função da oração não é conseguir o
que queremos de Deus, é entrar em comunhão com Ele. Por
meio da oração experimentamos Sua presença, descobrimos
Sua vontade e aprendemos a confiar mais nEle.
Ellen G. White esclarece o assunto da seguinte maneira:
“A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo. Não
que isso seja necessário para que Deus saiba quem somos,
mas para nos habilitar a recebê-Lo. A oração não faz Deus
descer até nós, mas nos eleva a Ele”.1
A oração nos eleva à glória da Sua presença. Há momentos
em que as orações aparentemente não respondidas nos levam a
uma experiência mais profunda de confiança em Deus. As orações não respondidas podem nos levar a persistir na oração, à
fé mais profunda e a um maior relacionamento com Jesus. A fé
é inspirada quando confiamos tanto em Deus que persistimos,
mesmo quando, aparentemente, Ele está em silêncio.
Sou grato a Deu
s pelo privilégio e pela opor
tunidade de
participar dos
Dez Dias de
Oração. Realizam
os o evento
com jejum e co
ncluímos
a última noite
com um
culto de unção.
As pessoas
foram ungidas
e ocorreram
testemunhos de
libertação da
opressão e depr
essão.
– Pastor O.E. O
bebe,
Lagos, Nigéria
Minha experiência cristã não depende de respostas imediatas às minhas orações. Ela é o resultado de um relacionamento
contínuo com Deus. Ele responde às minhas orações o
suficiente para que eu saiba que Ele Se importa pessoalmente
comigo, mas não a ponto de eu me tornar espiritualmente
arrogante. Olhando para minha vida, vejo os períodos de picos
espirituais, situações em que Ele agiu dramaticamente, e também reconheço os períodos em que minhas orações pareceram
sem resposta. Alegro-me de que “na vida futura, os mistérios
que aqui nos inquietaram e desapontaram serão esclarecidos.
Veremos que as orações, na aparência desatendidas, e as esperanças frustradas têm lugar entre as nossas maiores bênçãos”.2
Sou grato porque minhas orações aparentemente sem
resposta são respondidas como o Céu julga melhor. Louvo a
Deus por Ele ter curado minhas dores nas costas, mas também O louvo por me ensinar a confiar nEle, mesmo quando
minhas costas continuam doendo.
1 Ellen
2 Ellen
G. White, Caminho a Cristo (Casa Publicadora Brasileira), p. 93.
G. White, A Ciência do Bom Viver (Casa Publicadora Brasileira), p. 474.
Setembro 2014 | Adventist World
17
a igreja pediu o derramamento
Durante os Dez Dias de Oração, noss
do foi realmente especial:
do Espírito Santo. O programa do sába
para oração e o culto divino, a
durante a manhã, dedicamos tempo
orosamente o derramamento
congregação foi convidada a pedir ferv
mos do jejum mundial. Creio
do Espírito Santo. Também participa
des coisas em resposta às
que, nesta geração, o Senhor fará gran
orações do Seu povo.
a Rica
– Pastor Sérgio Molina, São José, Cost
R u ssell
No mesmo período em que realizamos nossos Dez Dias de Oração,
também realizamos um curso evangelístico sobre saúde. Foi uma
bênção para a ilha de Curaçao! Pessoas de todas as partes da ilha
participaram. Muitos dos que foram atendidos e não pertencem à
Igreja Adventista afirmaram que esse foi o melhor serviço gratuito
de saúde realizado em Curaçao.
Na minha igreja, a Igreja Adventista do Sétimo Dia Cher-Asile, fui
testemunha da transformação miraculosa de uma vida: um membro
talentoso se tornou um líder devoto e dedicado no ministério da
música. [...] Ainda estamos orando para conseguir recursos para a
construção de uma nova igreja e também para que as pessoas cujos
nomes se encontram na caixa de oração entreguem a vida a Jesus.
– Valerie Lashley, Willemstad, Curaçao
Wor u ba
A rtigo de C apa
Sou estudan
te em Sydney
, Austrália.
Porém, nos D
ez D
encontrava em ias de Oração eu me
minha igreja
, em Papua
Nova Guiné.
No último d
ia, tivemos
vários testem
unhos e, que
alegria! A
igreja está re
avivada para
a missão.
Louvamos a
Deus por Su
a fidelidade.
– Russell Wo
ruba, Port M
oresby,
Papua Nova
Guiné
Unidade na Oração Funciona!
Jerry Page,
Secretário Ministerial da Associação Geral
Anos atrás, minha esposa Janet e eu,
tivemos a vida transformada de forma impressionante, por meio da oração em conjunto. O
povo de Deus da associação em que eu trabalhava se comprometeu a orar por nós e por
outros líderes, todas as manhãs, às 6h15.
Dois anos mais tarde, experimentamos um reavivamento espiritual pessoal, vimos milagres
e corações transformados em tantas pessoas
ao nosso redor como nunca havíamos
visto! Essas mudanças foram os resultados
de o povo ter orado unido em nosso favor.
Cinco anos mais tarde, fomos transferidos
para outra associação, onde havia muitos
problemas. Tendo já experimentado o poder
da oração em conjunto, Janet e eu convidamos outras pessoas para se unir a nós com
o objetivo de orar pelas respostas de Deus.
Jesus enviou pessoas maravilhosas para nos
acompanhar nessa jornada. Após orarmos
18
Adventist World | Setembro 2014
unidos por vários problemas, vimos, mais uma
vez, Seu Espírito em ação: relacionamentos
refeitos, igreja e escola reavivadas, jovens
e adultos apaixonados por Cristo, despertamento para o evangelismo, doação de recursos para apoiá-lo e, quando a igreja fez
parcerias para o evangelismo multiétnico,
as barreiras foram derrubadas.
A unidade na oração funciona! Jesus
nos pede que oremos juntos e promete
resultados miraculosos quando o fazemos.
Ele disse: “Também lhes digo que se dois
de vocês concordarem na Terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso
lhes será feito por Meu Pai que está nos
Céus (Mt 18:19). Os membros da igreja
primitiva oravam e louvavam a Deus juntos.
Eles se humilhavam e confessavam seus
pecados juntos. Quando estavam em comum
acordo, o poder do Espírito Santo veio
Amém! Uma das cinco pessoas pelas quais
orei e que era alcoólatra, pediu uma Bíblia,
recentemente. Creio que o Espírito está
trabalhando.
– Moses Kebaso, Nairóbi, Quênia
sobre eles, então aconteceu o Pentecostes!
Ellen G. White falou quanto é essencial a
unidade na oração: “A promessa é feita sob
a condição de as orações serem oferecidas
por uma igreja unida e, em resposta a essas
orações, pode-se esperar um poder maior do
que aquele que vem em resposta à oração
particular. O poder será dado proporcionalmente à unidade dos membros, seu amor a
Deus e de uns para com os outros.”*
Envolva-se e participe dos Dez Dias de
Oração, de 7 a 17 de janeiro de 2015 e do projeto
de oração diária 777. Para mais informação,
inclusive vídeos e outros materiais, acesse
www.unitedprayerworks.com, www.tendays
ofprayer.org, e www.revivalandreformation.org.
* Ellen G. White, Carta 32, 1903, dos Manuscript Releases de Ellen
G. White (Silver Spring, MD: Ellen G. White Estate, 1990), v. 9, p. 303.
Mais uma vez o Hope Channel fará parceria com
os Dez Dias de Oração por meio de seu programa
Let’s Pray (Vamos Orar). Você pode assistir à
transmissão on-line, na página hopetv.org.
Na sede de nossa Divisão, começamos os Dez Dias de Oração no dia 8
de janeiro. Os diferentes tipos de palestras, cânticos de louvor, adoração,
confissão, arrependimento, gratidão, intercessão dirigidos pelos líderes dos
grupos, foram inovadores. Pelo poder do Espírito, fomos todos levados a
caminhar para mais perto de Deus e a nos preparar para o derramamento
da chuva serôdia. No nono dia, entre lágrimas, houve confissões de
pecados, abraços fraternos e muitos pediram e receberam perdão naquele
grupo. Todos nós choramos. Todos nós fomos levados à experiência dos
primeiros discípulos no cenáculo, enquanto esperavam o cumprimento da
promessa do poder do Espírito Santo [...] Cremos que o ano de 2014
será ainda mais frutífero para o crescimento do reino da graça de Deus,
no território da SSD.
– Alberto Gulfan Jr., Silang, Cavite, Filipinas
A frequência aos
Dez Dias de Oraçã
o foi impressiona
festação física de
nte! Houve maniespíritos malignos
fugindo de seus te
quando estes fora
mplos corporais
m reconsagrados
ao Espírito Santo.
giam sob o efeito
Testemunhos surinstantâneo de re
spostas às oraçõe
nante foi a particip
s. O mais impressio
ação das crianças
e mesmo os bebê
acordados durant
s permaneceram
e todo programa.
Essa tem sido um
maravilhosa que
a experiência tão
realizamos os Dez
Dias de Oração du
– Emmanuel Am
as vezes ao ano.
ey Azameti, Dunkw
a Central, Gana
Maneiras Criativas de
Orar por Dez Dias
O objetivo de dedicar Dez Dias de Oração em janeiro é estimular os membros a
começar o ano-novo com Deus e também
preencher com oração todos os aspectos
da vida. Entretanto, algumas pessoas não
podem ou decidem não utilizar os dias
designados em janeiro. Escolhem outros
dez dias que melhor se adaptem à sua
agenda, porém, participam igualmente das
bênçãos.
A União Central Brasileira realizou
seus Dez Dias de Oração nos dias 13 a 22
de fevereiro de 2014. A seguir, apresentamos algumas maneiras criativas utilizadas
por eles para envolver tanto membros
como visitas:
Em Juquitiba, São Paulo, os membros
montaram uma tenda de oração em uma
área pública e distribuíram gratuitamente o
livro A Grande Esperança. Eles se ofereceram para orar pelos transeuntes e a fazer
visitas domiciliares para os interessados.
Os membros, em outras tendas de oração,
ofereceram material gratuito e abraços
fraternos. Outro grupo montou sua tenda
de oração em uma feira de saúde.
A Igreja das Mangueiras, em Tatuí, São
Paulo, juntamente com outras igrejas da
cidade, abriram as portas às 5 horas para
uma hora de meditação e oração. Às 6
horas, realizavam uma reunião de oração.
Em algumas igrejas, os pedidos de
oração eram colocados dentro de balões.
Eles eram inflados e trocados entre os
membros, para que orassem pelos pedidos uns dos outros. Em outras igrejas,
Há alguns anos o Senhor nos comissionou a iniciar um grupo a fim de propagar o evangelho de Jesus Cristo entre
uma população, em sua maioria não
cristã, num lugar em que poucas famílias vivem em uma área sem a presença
adventista. Muitos membros de nossa
igreja não compreenderam e criaram
certa hostilidade em relação ao nosso
desafio. Graças a Deus, dois membros
de nossa antiga igreja e que moram
em nossa área se uniram a nós nos Dez
Dias de Oração. Como resultado, todos
fomos ricamente abençoados.
–R
ichard Buchli, Murten,
Ueberstorf, Suíça
Para nós, que pe
rtencemos a um
a pequena
igreja, foi tanto um
a necessidade co
mo
uma bênção nos
reunirmos para
orar.
Iniciamos um pr
ocesso de planej
amento
de metas e estrat
égias para nosso
grupo e,
por essa razão, os
Dez Dias de Ora
ção
foram necessário
s e produtivos. N
ossos
pensamentos fora
m direcionados
a avançar
para um alvo co
mum.
– Anton Torstens
son, Arvika, Suéc
ia
Membros da igreja oram
com transeuntes na
tenda de oração montada
na feira de saúde.
foi decorada uma sala de oração que os
membros podiam utilizar segundo sua disponibilidade.
No último dia dos Dez Dias de Oração,
algumas igrejas realizaram um retiro espiritual ou um “Chá Evangelístico”.
No dia 22 de fevereiro, a Igreja
Adventista da região Sul de São Paulo
lançou o programa de 30 dias de oração
intercessora, quando os membros oraram
por três pessoas que não faziam parte
da congregação. Durante esse período,
pastores e líderes treinaram os membros
nas seguintes atividades: visitação, como
ganhar pessoas para Cristo, como dar
estudos bíblicos e como ajudar os novos
membros a permanecer na igreja, além de
capacitá-los para o ministério.
Setembro 2014 | Adventist World
19
Testemunhar
CORAL GOSPEL: O Coral
Gospel, organizado pela
igreja em 2007, já se apresentou em mais de cem
auditórios, tanto em igrejas
como em locais seculares.
naRepública
Não é uma coisa “simples”
Petr ČinČala
C
omo conquistar pessoas para Cristo em um país
predominantemente ateísta e onde os cristãos são
olhados com desconfiança? É um grande desafio,
indiscutivelmente.
Na República Checa, no entanto, em meio ao ceticismo
em relação ao cristianismo, descobri uma grande fome espiritual no coração das pessoas. Elas estão em busca de sentido
para a vida, querem ver pessoas que deem bons exemplos e
que revelem valores positivos. De certa forma, estão à procura
de “heróis”.
Deus colocou em meu coração o ardente propósito
de levar a mensagem do evangelho ao povo checo, e a tão
conhecida citação de Ellen G. White, veio à minha mente: “O
Salvador Se misturava com os homens como Alguém que lhes
desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes
às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então:
‘Segue-Me.’”*
A mensagem é clara, mas não é fácil de ser colocada em
prática. Até 1989, no antigo regime político, não era permiti-
20
Adventist World | Setembro 2014
do realizar reuniões evangelísticas na República Checa. Essa
dificuldade persiste, o que tem impedido o aumento do número de crentes. Porém, depois de muita oração, um grupo de
quatro pessoas decidiu confiar em Deus e dar um passo de fé.
No princípio
Começamos organizando vários programas e atividades
comunitárias, misturando-nos com as pessoas e estabelecendo contato com outras organizações sem fins lucrativos. A
prioridade era suprir as necessidades práticas das pessoas.
Algum tempo depois, decidimos que já era tempo de evangelizar e de oferecer estudos bíblicos e palestras a respeito de
assuntos espirituais. Porém, ninguém veio. As pessoas expressavam apreço pela nossa amizade e ajuda, mas não queriam
que “falássemos de Deus para elas”. O método de ministério de
Jesus não funciona, pensamos. Não percebíamos que, na verdade, estávamos preparando o terreno para uma missão futura.
Apesar da frustração causada pela primeira experiência,
não desistimos. Continuamos a trabalhar na comunidade,
C ortesia
do
a u tor
V ida
da melhor maneira possível. Então, certa noite, em 2009,
perguntei a Deus o que mais poderíamos fazer para ajudar
as pessoas a buscar Jesus. Ele disse: “Ore mais”. Foi quando
entramos em contato com o maior número possível de
membros da igreja, inclusive de outros países, e pedimos que
orassem por nós. O Senhor respondeu àquelas orações e, no
ano seguinte, tivemos nosso primeiro batismo: o de uma
mulher que participava de nosso coral gospel! Desde então,
os batismos têm aumentado a cada ano.
A dventista
direito e continua ativamente envolvida no coral, como
maestrina. Embora fosse resistente à “igreja”, hoje ela expressa
gratidão pela liderança espiritual que oferecemos.
“Pertencer a esse grupo, moldou minha vida”, diz Kathy.
Outra pessoa que canta no coral há vários anos, ainda se
diz ateísta, mas recentemente nos agradeceu pela espiritualidade e por se sentir amada.
“Ateísta ou não, eu seria totalmente ignorante se não
percebesse sua liderança espiritual [... e agora] desejo ser uma
pessoa melhor”, diz ela. Há dezenas de histórias semelhantes.
Refletindo no processo
Ao olharmos para trás, refletimos sobre o processo e a
maneira pela qual o Senhor nos levou a alcançar as pessoas
Checa
para Ele, com sucesso. Começamos criando uma associação
cívica, uma organização não-governamental (ONG), por
meio da qual criamos na comunidade grupos e atividades
como eventos familiares, curso de inglês para adultos, clubes
de jovens e de saúde e o coral gospel. Antes que pudéssemos
começar a falar do evangelho, os residentes da comunidade
tiveram que se acostumar com um pastor, alguém que se
importava com eles e por eles orava. Essas foram as fases
iniciais de nosso ministério.
Nas fases posteriores, as pessoas que pertenciam aos
nossos grupos comunitários começaram a apreciar a amizade que tinham desenvolvido, e se tornaram mais abertas
para aprender sobre Deus e para experimentar a cura
espiritual desde que tudo ocorresse de maneira natural e
culturalmente relevante. Elas podem não ter sido receptivas
a campanhas evangelísticas, mas aguardavam ansiosamente
os concertos cristãos, festivais, ensaios do coral, aulas
de arte e também gostavam de ouvir histórias e assistir a
filmes cristãos.
Foi incrível ver a transformação dos denominados
“ateus”, ao longo dos anos. O coral gospel causou particularmente um impacto significativo. Uma jovem chamada
Kathy, que frequentava nosso curso de inglês, foi uma
das primeiras cantoras do coral gospel. Hoje ela é juíza de
Semana Nacional de Casamento
Em 2007, durante a fase inicial de nosso ministério,
organizamos uma campanha para a Semana Nacional de
Casamento, na República Checa, para promover o casamento
saudável e destacar a importância de se desenvolver boas
habilidades de relacionamento. A campanha foi lançada por
meio de uma coletiva para a imprensa, com a participação
de políticos e celebridades, tanto em Praga como em outros
centros comunitários, clubes e igrejas.
Desde então, a Semana Nacional de Casamento tem sido
promovida anualmente, em todo o país, e sua popularidade
tem crescido. O sucesso dessa campanha ajudou a fortalecer
nosso ministério e expandiu nossas atividades para outras
cidades vizinhas. Ganhamos a credibilidade e a confiança
das autoridades locais e de outras pessoas de influência.
Todos os nossos programas comunitários começam, crescem
e, eventualmente, resultam em corações ganhos para Jesus e
para Sua igreja.
O sucesso vem pela paciência
O método de Jesus realmente nos leva ao sucesso, mas,
muitas vezes, requer mais oração, estudo da Bíblia, tempo e
paciência. Embora conquistar corações para Jesus em regiões
desafiadoras possa envolver um processo de longo tempo, é
certamente compensador. Por Sua graça, pessoas são ganhas
para Seu reino.
Que o Senhor envie muito mais trabalhadores para Sua
seara! n
*Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 143.
Petr Činčala, PhD, é professor-assistente
de Missão Mundial e diretor do Instituto de
Ministérios da Igreja, na Universidade
Andrews, Michigan, Estados Unidos.
Setembro 2014 | Adventist World
21
descobrindo
o
E spírito
de
P rofecia
Alberto R. Timm
Centenário do
Legado
Profético
de Ellen G. White
Relembrando
a importância de
suas mensagens
E
llen G. White (1827-1915) é, sem dúvida, a adventista
do sétimo dia mais influente que já viveu. Sua direção
profética orientou a criação e, posteriormente, o
desenvolvimento da igreja. Após sua morte em 16 de julho
de 1915, seus escritos continuaram a “oferecer conforto,
direção, instrução e correção para a igreja”.1 Hoje, ela é uma
das escritoras mais traduzidas em toda a história da literatura
e “o escritor americano mais traduzido entre os escritores de
ambos os sexos.”2
O centenário de sua morte está se aproximando, e muitas
pessoas estão perguntando o que a igreja está planejando
fazer em 2015, em relação ao seu legado profético. Este artigo
destaca algumas iniciativas em nível global, regional e local.
Todos esses esforços têm por objetivo reforçar nossa confiança e compromisso com a orientação profética de Deus nestes
últimos dias da história humana.
A ênfase das iniciativas do próximo ano não é tanto sobre
a pessoa de Ellen G. White, mas sobre as bênçãos que seus
escritos trouxeram à nossa igreja corporativamente – e a nós,
individualmente, por mais de cem anos. Queremos enfatizar
mais a mensagem do que a mensageira.
22
Adventist World | Setembro 2014
Falando mundialmente
Estão sendo planejados e elaborados muitos lançamentos,
projetos e muitas publicações importantes para benefício
da igreja mundial. A Enciclopédia de Ellen G. White (2013),3
com 1.465 páginas, e as Cartas e Manuscritos de Ellen G.
White Com Anotações, Volume 1: 1845-1859 (2014),4 com
986 páginas, já foram publicados. Os escritos de Ellen G.
White já estão disponíveis online, em mais de 50 idiomas
(egwwritings.org).
O principal website do Patrimônio Literário de Ellen G.
White (ellenwhite.org) hospeda o documento “The Ellen G.
White Estate Announces Plans for 2015 Centennial Commemoration of Ellen White’s Life and Ministry”5 (O Patrimônio
Literário de Ellen G. White Anuncia os Planos de Comemoração do Centenário de Sua Vida e Ministério em 2015”. Esse
documento menciona, por exemplo, o plano de publicar online, em 2015, todas as suas cartas e manuscritos, bem como
algumas das correspondências mais importantes endereçadas
a ela, por líderes e outros membros da igreja.
Na assembleia da Associação Geral de 2015, em San
Antonio, Texas (EUA), será realizado um programa especial
I l u stração
cedida
pelo
P atri m ô nio
L iter á rio
de
E llen
G .
W h ite
de comemoração ao centenário, no dia 10 de julho, noite
da última sexta-feira do evento. Além disso, será realizado
um grande simpósio acadêmico na Universidade Andrews,
“O Dom de Profecia nas Escrituras e na História”, nos dias
15 a 18 de outubro de 2015, com representantes de diversas
regiões do mundo.
Planos regionais
Nossa igreja é uma denominação internacional com
presença em mais de 200 países, cada qual com seus desafios
e necessidades. Sensíveis à condição de seus territórios, várias
divisões, uniões e associações/missões organizacionais da
igreja estão desenvolvendo planos específicos para promover
mais efetivamente os escritos de Ellen G. White em seus territórios, em 2015.
Algumas divisões estão planejando distribuir, a preços
simbólicos, os dez volumes da coleção Connecting with Jesus
Mais perto do lar
Vários planos e estratégias de apoio para 2015 estão sendo
desenvolvidos em vários níveis da estrutura organizacional da
igreja. Mas, para que eles sejam realmente efetivos, devem causar
um impacto positivo nas igrejas locais, em nossa família e em
nossa vida. A questão crucial é: O que pode ser feito, em nível
local, para que 2015 seja realmente uma bênção para todos nós?
Há muitas coisas que nossas igrejas locais podem fazer. Por
exemplo, o calendário de pregação pode incluir sermões, e,
talvez, até Semana de Oração sobre a natureza e o propósito do
dom de profecia. Os programas de jovens podem apresentar
dramatizações de alguns aspectos específicos da vida e ministério de Ellen G. White. Se a igreja tiver um minicentro White
ativo, poderá promover seminários sobre o Espírito de Profecia,
seguido de discussões em mesa redonda.
Algumas ideias criativas também podem ser desenvolvidas
no círculo familiar. Certa vez me encontrei com um casal
adventista que, após dar muitos brinquedos
e presentes para seus filhos, decidiram
construir uma biblioteca pessoal, para cada
membro da família, com os livros de Ellen
G. White. Nos cultos familiares vespertinos,
eles liam e discutiam juntos o conteúdo de
determinado livro, tendo cada um o seu,
para marcar e anotar. Esse pode ser um bom
exemplo a ser seguido em 2015.
Independentemente do que será realizado
nas nossas igrejas locais e lares, devemos
desenvolver um plano pessoal para 2015,
incluindo leitura e estudo da Bíblia e dos escritos de Ellen G.
White. Alguns podem até decidir combiná-los em um plano de
leitura único.
Seja qual for o plano, sentimos que é importante separar um
tempo devocional diário. Como alguém disse, certa vez: “Não
ter tempo para Deus significa desperdiçar a vida”.
Ao nos aproximarmos de 2015, devemos evitar as venerações extremas a Ellen G. White, ou simplesmente ignorá-la.
Devemos sempre nos lembrar de que seus escritos não são um
fim em si mesmos, mas um recurso valioso para nos aproximar
de Cristo e de Sua Palavra. n
Os escritos de Ellen G. White não são um fim
em si mesmo, mas um recurso valioso para
nos aproximar de Cristo e de Sua Palavra.
(ver www.connectingwithjesus.org). No Brasil, a coleção
estará constituída por seis volumes, sob o título Mensagens
de Esperança.* Vários campos estão trabalhando com suas
respectivas casas publicadoras, para traduzir e publicar títulos
específicos de seus escritos, ainda não disponíveis em seu
idioma. Estão sendo disponibilizadas em vários lugares do
mundo, versões em áudio de seus livros, para as populações
analfabetas.
Muitas universidades e faculdades adventistas do mundo
todo estão planejando eventos especiais para 2015. Esses
eventos podem ser simpósios acadêmicos, semanas de oração,
discussões em mesa redonda, dramatizações, etc. Por serem
realizados em ambiente acadêmico, tais eventos buscam
envolver o maior número possível de professores e alunos.
O objetivo principal é fortalecer a identidade adventista nas
novas gerações.
Algumas divisões decidiram incentivar o estabelecimento
de minicentros White nas escolas e igrejas adventistas de
seus respectivos territórios.6 Embora a maioria dos escritos
de Ellen G. White esteja disponível online, os minicentros
ainda podem oferecer excelente oportunidade para as
pessoas se reunirem e juntas estudarem a Bíblia, os escritos
da Sra. White e pesquisar a história adventista local.
Como resultado, esses lugares se tornam centros da cultura
adventista.
1 Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia, 18ª ed. (Silver Spring, MD: General Conference of
Seventh-day Adventists, 2010), p. 162.
2 Arthur L. White, “Ellen G. White®: A Brief Biography,” in www.whiteestate.org/about/egwbio.asp#who.
3 The Ellen G. White Encyclopedia (Hagerstown, MD: Review and Herald, 2013).
4 The Ellen G. White Letters and Manuscripts With Annotations, Volume 1: 1845-1859 (Hagerstown,
MD: Review and Herald, 2014).
5 Acesse http://whiteestate.org/estate/2015plans.asp.
6 Maiores detalhes sobre o Projeto dos Minicentros White estão disponíveis na página www.whiteestate.org.
*http://noticias.adventistas.org/pt/lancamento-de-colecao-de-livros-de-ellen-white-marca-centenariode-suas-obras/
Alberto R. Timm é diretor associado do
Patrimônio Literário de Ellen G. White.
Setembro 2014 | Adventist World
23
serviço
L
iv Olsen, 82, é apaixonada por
crianças, especialmente se estão em
perigo. Quando Liv, que é natural
de Moss, Noruega, tinha 78 anos de
idade, viajou de seu país para Chiang
Rai, Tailândia, para visitar o recémconstruído abrigo Keep Girls Safe
(Mantendo as Meninas Protegidas), ao
qual ajudou financeiramente por meio
da ADRA Noruega, em cooperação
com a ADRA Tailândia.
“Ainda não compreendi tudo o
que aconteceu”, disse Liv na ocasião.
“Imagine, poder participar desse trabalho! É inacreditável, como se fosse um
sonho! A melhor parte desta viagem é
poder me encontrar com as crianças e
ver com meus próprios olhos o prédio
maravilhoso. Neste lugar, as crianças
estão cercadas de carinho e se sentem
seguras. Elas têm uma cama para dormir e alimentação saborosa e saudável.
As pessoas que trabalham aqui são
maravilhosas e capacitadas.”
A tragédia do tráfico
A Tailândia se encontra entre os
principais países em que é praticado o
tráfico humano. Estima-se que, em todo
mundo, 40% das meninas e jovens envolvidas na prostituição vêm do norte da
Tailândia, onde o índice de pobreza também é muito alto. Muitas vezes, os pais
são informados sobre oportunidades de
emprego em Bangkok, ou em outras das
grandes cidades do país, e recebem como
oferta uma soma de dinheiro equivalente
a um ano de salário. Embora a promessa
seja de bons empregos como garçonetes,
atrizes ou musicistas, frequentemente
acabam sendo forçadas à prostituição.
Grupo vocal de meninas da
Noruega brinca com algumas
garotas do abrigo.
24
Adventist World | Setembro 2014
Gry Haugen
Protegidas
em
casa
Com pressa de acabar
com o tráfico humano
Estima-se que, em todo mundo,
40% das meninas e jovens
envolvidas na prostituição vêm
do norte da Tailândia.
Feliz, Liv Olsen visita o abrigo
Keep Girls Safe.
bicicleta, sou a única da família que não
sofre de doença cardíaca”. Liv cresceu
nas Ilhas Lofoten, na Noruega que, na
época, ficava longe de escolas e centros
comerciais. Ela sabe muito bem o que é
trabalhar duro para sobreviver.
Todas as meninas do abrigo Keep
Girls Safe são de famílias extremamente
pobres, a maioria delas vem de aldeias
diferentes, nas colinas e selvas do norte
da Tailândia. O abrigo tem capacidade
para acomodar até 40 meninas, sendo
que, grande parte delas, provém de
uma dura realidade devido a doenças,
consumo de drogas, abuso e falta de
cuidado e educação. Esses e outros fatores podem levar ao tráfico humano, que
é predominante na região Sudeste da
Ásia. Relatórios mostram que meninas
de até 8 anos de idade são forçadas à
prostituição. Mas há outras que são
exportadas para países desenvolvidos
na Ásia, América do Norte e Europa,
onde são obrigadas a realizar tarefas
domésticas com pouca ou nenhuma
remuneração, trabalhando muitas
horas sem receber benefícios nem assistência médica.
A SALVO E PROTEGIDAS: As
crianças beneficiadas pelo Abrigo
Keep Girls Safe podem esperar
por um futuro que não será marcado
pela tragédia do tráfico humano.
Fazendo a diferença
Liv Olsen economizou dinheiro
por muitos anos para ter condição de
oferecer um lar às meninas do norte da
Tailândia. Para que isso se tornasse possível, ela andava de bicicleta em vez de
ônibus para se locomover pela cidade.
“Mas o Senhor me abençoou”, diz Liv.
“Provavelmente por ter andado tanto de
F otos :
C ortesia
de
Heidi
A nett
Em colaboração com a ADRA
Noruega e ADRA Tailândia, Liv Olsen
contribuiu com grandes mudanças na
vida das meninas do abrigo Keep Girls
Safe, que moram em uma casa segura.
Todos os dias elas saem do abrigo
para ir à escola e ajudam nas tarefas
domésticas, cozinhando, regando o
jardim, lavando roupa e realizando
tarefas semelhantes às que fariam nas
aldeias de onde vieram. As meninas
mais velhas fazem cursos profissionali-
O ldebraten / A D R A
N or u e g a
zantes e recebem auxílio para encontrar
empregos adequados.
O programa do Keep Girls Safe é
formado por três componentes: (1) Um
lar para meninas vulneráveis; (2) apoio
educacional para meninas que permanecem nas aldeias e campanhas de
conscientização e (3) cursos para pais
e adolescentes, com base em princípios
que procuram alertá-los sobre os perigos da exploração e tráfico humanos.
Além disso, a ADRA oferece apoio
para o desenvolvimento de projetos
rurais em várias aldeias, em parceria
com o governo local e líderes das aldeias. Contribui ainda com sistemas de
tratamento de água, transformando-a
em limpa e segura; oferece assistência
médica; educação e melhora nos métodos agrícolas. Quanto mais as crianças
permanecem na escola, mais remota é a
possibilidade de saírem da casa.
A viagem partindo da Noruega com
destino a Chiang Rai, Tailândia, é muito
longa e precisa ser planejada cuidadosamente. Essa jornada inclui seis horas
de fuso horário, além de alimentação e
culturas diferentes. “Mas compensa”,
diz Liv. “Há tanta gente que diz que isso
é inútil, que uma gotinha no oceano
não ajuda”.
Mas, olhe essas garotas! Certamente,
está sendo válido para elas, quando
consideramos uma vida por vez. n
Gry Haugen reside em Oslo
e trabalha para a ADRA
Noruega no departamento
de comunicação.
Setembro 2014 | Adventist World
25
R E S P O S T A S
A
P E R G U N T A S
B Í B L I C A S
Cheios do
O que
significa estar
cheio do
Espírito Santo?
Espírito
Vou limitar meus comentários ao uso da frase “cheio
do Espírito Santo”, que é
usada somente no Evangelho
de Lucas e no livro de Atos. O
verbo grego é pimplēmi (“encher”,
“tornar cheio”), mas também encontramos o adjetivo plērēs (“cheio”) associado
com o Espírito. O verbo é usado no sentido literal
(Lc 1:23; 5:7), mas nos concentraremos no uso
metafórico do verbo.
1. Cheio de emoções: Os seres humanos são criaturas
emocionais e suas emoções podem tomar conta deles. Após
ouvir Jesus, as pessoas em Nazaré “ficaram furiosas” (“Todos
[…] se encheram de ira” [thumos], Lc 4:28), e tentaram
matá-Lo. Jesus havia curado um homem durante o sábado
e os líderes judeus “ficaram furiosos” (“eles se encheram de
furor” [anoia], Lc 6:11), e começaram planejar o que iriam
fazer com Ele. Eles também viram o trabalho dos discípulos
e ficaram “cheios de ciúmes” (“inveja” [zēlos] acompanhado
por hostilidade, At 5:17 e 13:45) e O prenderam. Em Éfeso
eclodiu uma revolta e “a cidade toda estava em tumulto”
(“tomada de confusão”, At 19:29).
Em outros momentos, as pessoas ficavam cheias de boas
emoções. Jesus curou um paralítico e “todos ficaram atônitos”
(“possuídos de temor” ou medo reverente [phobos]; Lc 5:26).
Pedro curou um mendigo aleijado e as pessoas “se encheram
de admiração” [thamboia] e ficaram impressionadas
(“assombradas” [ekstasis] Atos 3:10).
Esses exemplos sugerem que, quando as pessoas estão
cheias de emoção, essa as controla e as leva a determinadas
ações. O estímulo vem do exterior e modifica seu estado
interior e o comportamento externo. Com exceção do
tumulto em Éfeso, as diferentes emoções foram provocadas
pela proclamação da mensagem de Jesus e Seus discípulos. O
evangelho de Cristo tem o poder de preencher a vida interior
com o que é bom, mas, ao ser rejeitado, o ser humano revela
somente hostilidade e emoções de autodestruição. Reações
de grande admiração e perplexidade mantêm a porta aberta
para a pessoa ser preenchida (ou cheia) pelo Espírito.
2. Cheios do Espírito: Foi dito a Zacarias que seu filho,
João Batista, seria “cheio do Espírito Santo, já do ventre
materno”(Lc 1:15), expressando ideias de eleição, direção e
serviço. Isabel viu Maria, e, “cheia do Espírito Santo”
26
Adventist World | Setembro 2014
(Lc 1:41), reconheceu que era o Messias que estava em seu
ventre. Zacarias e Paulo profetizaram quando eles ficaram
cheios do Espírito (Lc 1:67; At 13:9). No Pentecostes, os
discípulos foram capacitados a falar em diferentes línguas
(At 2:4); e, daquele momento em diante, cheios do Espírito,
eles falavam de Jesus com ousadia (At 4:8; 4:31; 9:17-22). A
igreja era um local espiritual no qual o Espírito estava ativo,
enchendo o lugar com Sua presença.
3. Significado de estar cheio do Espírito. Resumindo:
Primeiro, os seres humanos são seres emocionais, de modo que
Satanás está predisposto a lhes encher o coração com más emoções (At 5:3; 13:9). Essas emoções governamos seres humanos
e os induzem a praticar maldade e obras opostas às do Senhor.
Por meio de suas ações, seu caráter e disposição são revelados.
Segundo, o Senhor quer encher nosso ser interior com a
presença e o poder do Espírito que é concedido àqueles que
conhecem a Cristo como seu Salvador.
Terceiro, a presença do Espírito Santo em nós nos transforma, nos torna pessoas melhores e fortalece nossa fé (At 11:24).
Com Ele, obtemos sabedoria divina e discernimento espiritual
que nos permite reconhecer a atividade de Deus (At 6:3; 7:57).
Quarto, a presença do Espírito em nossa vida é visível
por meio de vidas transformadas e de serviço para Deus e
pelos outros.
Quinto, o Espírito Santo capacita os seguidores de Cristo
a testemunhar e a fazer algo para o Senhor. Nem todos são
profetas, porque a unção do Espírito é de acordo com Sua
vontade para cada um.
Sexto, estar cheio do Espírito não implica necessariamente
milagres. Esse elemento está presente, mas é subserviente à
missão da igreja. Paulo foi um homem cheio do Espírito, no
entanto o seu testemunho não foi acompanhado por manifestação sobrenatural. O Espírito Santo o preparou e capacitou
para pregar com poder o evangelho (At 9:17-22). Curas e
sinais acrescentaram alguma eficácia ao que foi a manifestação mais importante de ser cheio do Espírito – ser guiado
pelo Espírito e cumprir a missão da igreja (At 4:29-31). n
Ángel Manuel Rodríguez está jubilado após
ter atuado como pastor, professor e teólogo.
E studo
B íblico
Mark A. Finley
Quando a
Esperança
se Dissipa
V
ocê já passou por alguma experiência na vida em que
sua esperança por um resultado positivo se desfez? As
circunstâncias já lhe pareceram sombrias? O futuro sem
perspectivas? Você não está só. Milhões de pessoas já enfrentaram
ou enfrentam situações semelhantes. Algumas pessoas já foram
esmagadas pelas experiências infelizes da vida. Outros, porém,
não só sobreviveram como também foram bem-sucedidos.
Descobriram como ter esperança nos momentos mais difíceis
da vida. No estudo bíblico deste mês, descobriremos a fonte
da força, como uma âncora em qualquer tempestade que você
venha a enfrentar.
Além disso, descobriremos que há esperança, não apenas
de que atravessaremos a tempestade, como também de uma
incrível esperança além da tormenta.
1 Leia Romanos 15:13. Como o apóstolo Paulo
descreve Deus? E que palavra é usada para
descrever a esperança disponibilizada a nós por
meio do Espírito Santo?
A fonte de nossa esperança é o Deus Todo-poderoso que sabe
todas as coisas. Quando nossa esperança se desfaz, Deus é a
fonte de esperança. Se fixarmos nosso olhar nEle em vez de
olharmos para as dificuldades que enfrentamos, poderemos
“transbordar” de esperança. Em suas cartas, o apóstolo Paulo
menciona a esperança 41 vezes. Esperança é o desejo acompanhado da antecipação. Ela está relacionada com nossos mais
profundos anseios por algo melhor do que estamos vivendo,
na certeza de que Deus realizará esses desejos.
2 Como a esperança impacta nossas atitudes?
Leia Salmo 16:9; 31:24 e 71:5-6, e faça uma lista dos
efeitos da esperança sobre nossa perspectiva.
3
Quando Jó enfrentou circunstâncias difíceis, que
pergunta fez sobre a esperança? Como as palavras
de Davi nos Salmos, respondem à pergunta de Jó?
Compare Jó 17:15 com Salmo 39:7 e 130:7.
F oto :
Gerd
A lt m ann
4 Qual é o conselho do apóstolo Paulo em relação
à descoberta da esperança na Palavra de Deus?
Leia Romanos 15:4.
Ao lermos as histórias dos personagens bíblicos, descobrimos
que eles enfrentaram muitos dos mesmos desafios que
enfrentamos hoje. Eles sofreram com problemas de saúde,
desafios familiares, dificuldades econômicas, incompreensões
e outras provações que também nos perturbam. Esses homens
e mulheres de Deus não eram santos de plástico em torres de
marfim, imunes às tristezas deste mundo. Em meio a tudo que
enfrentaram, eles aprenderam a confiar em Deus. Se o coração
deles pôde se encher de esperança, o nosso também pode.
5
Que atributos da esperança cuja fonte está em
Deus, o apóstolo Paulo sumarizou em Romanos 5:2 a 5?
Ao enfrentar seus próprios desafios, como Paulo descreveu
Jesus para seu jovem companheiro de ministério, Timóteo?
(1Tm 1:1.)
Embora Paulo tenha enfrentado naufrágio, açoite, apedrejamento, perigos de morte e aprisionamento, ainda conseguia
escrever para Timóteo sobre Jesus, Sua esperança. Tanto Paulo,
quanto todos os apóstolos, quando fixavam o olhar em Jesus e não
nas provações, recebiam força sobrenatural que impulsionava seu
espírito, enchia o coração de ânimo e lhes comunicava esperança.
Essa esperança não era uma experiência emocional e superficial. Era o resultado de uma fé alicerçada em Jesus Cristo.
6 O que a Bíblia destaca como nossa principal e
eterna esperança? Leia os textos a seguir. Cada um
deles oferece uma visão singular sobre a principal
esperança dos cristãos: 1 Coríntios 15:19;
1 Tessalonicenses 4:13-18; Tito 2:13 e Hebreus 7:19.
Nós, cristãos, somos plenos de esperança. Quando Cristo vive
em nosso coração, Ele é mais que capaz de lidar com qualquer
coisa que possamos enfrentar na vida. Sua força é nossa. A salvação em Cristo é nossa. E além desta vida, almejamos a “abençoada esperança”, quando esse “corpo mortal” será “revestido de
imortalidade” e viveremos para sempre na Terra da esperança. n
Setembro 2014 | Adventist World
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TROCA DE IDEIAS
P atri m ô nio
Foi maravilhoso saber a respeito da
maneira como a igreja está trabalhando
em tantos países do mundo e, assim,
tem cumprido a missão de anunciar o
breve retorno de Jesus.
L iter á rio
de
– Donald E. Casebolt, College Place, Washington, Estados Unidos
E llen
G .
W h ite
Cartas
Querido amigo . . .
Escrevo em resposta ao artigo de
Roland Karlman “Querido amigo . . .”
(AW – julho), que apresenta o livro,
recém-publicado, Ellen G. White Letters
and Manuscripts With Annotations,
Volume 1 (1845-1859) [Cartas e
Manuscritos de Ellen G. White Com
Anotações]. Minha reação? Esta é uma
grande notícia! Estou muito feliz por
publicarem uma edição cientificamente
criteriosa. Mas pergunto: Por que
demorou 100 anos?
Tenho grande interesse pela verdade e
oro pelos editores do E. G. White Letters
and Manuscripts With Annotations,
Volume 1 (1845-1859).
Dark P. Green
Stuttgart, Alemanha
Oraçãow
Câncer de mama
Reverência necessária
O artigo “Câncer de Mama” (AW –
junho) é um excelente resumo dos
fatores de risco do câncer de mama. Evidências recentes, publicadas em junho,
defendem o fato de a carne vermelha ser
outro importante fator de risco. O assunto deve interessar aos adventistas que
defendem a dieta sem carne. Cito uma
fonte confiável (The New England Journal of Medicine’s Journal Watch, junho):
“O alto consumo de carne vermelha no
início da idade adulta está associado
com o aumento do risco do câncer de
mama, segundo acompanhamento de
longo tempo do Nurses Health Study II
(Estudo de Saúde em Enfermagem II),
publicado no British Medical Journal
[BMJ 2014; 348:g3437].”
Os autores concluem: “Consistente
com as diretrizes da American Cancer
Society, a substituição da carne vermelha
processada ou não, por legumes e aves durante o início da idade adulta pode ajudar
a diminuir o risco do câncer de mama.”
Peter Tung
Hamilton, Austrália
A carta de Barry Gowland, (AW –
junho) “Reverência”, encontrou eco em
meu coração. Quero e preciso adorar
em um ambiente calmo, cristão, onde,
em alguma forma de liturgia, possa
declarar minha fé e cantar louvores,
tendo a certeza da salvação por meio
de um glorioso Senhor.
Tenho cada vez mais tomado
conhecimento da existência do tipo
de culto parecido com “concerto de
música popular com um verniz de
religiosidade” que parece estar permeando o adventismo do sétimo dia. Já
vi também ocasiões em que o culto se
assemelha a comícios políticos, ou a
uma hora de entretenimento superficial em que um apresentador aparece,
e onde é dada a crianças pequenas a
enorme responsabilidade de representar a congregação na oração principal
ao supremo Deus criador; onde os
pregadores gritam e sapateiam. Isso me
entristece profundamente!
Mary Trim
New South Wales, Austrália
GRATIDÃO
Estou me divorciando de minha esposa
que tem sido infiel ao voto matrimonial. Fomos casados por 26 anos e estou
sofrendo muito com essa situação. Preciso das suas orações em favor dos meus
filhos, e peço que ore por mim também.
Agradeço pelo apoio espiritual.
Mário, Guadalupe
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Adventist World | Setembro 2014
Um amigo da igreja em que congrego
me pediu que fizesse essa solicitação em
seu lugar. Ele está preocupado com seu
vizinho e o filho dele, pois são satanistas. Por favor, ore pedindo proteção.
Samuel, Alemanha
Sou aluno do primeiro ano do curso de
engenharia elétrica. Peço a você que se
una comigo em oração a Deus para que,
por Sua graça, meus colegas e eu consigamos um bom emprego. Vamos estagiar
de agosto a dezembro. Ore também pelos
nossos desafios espirituais, financeiros e
físicos que temos enfrentado diariamente.
Neves, Maláui
Especialmente inspirador
Embora sempre aprecie a Adventist World,
achei a edição de abril especialmente
inspiradora. Estava repleta de material
informativo, educacional e emocionante.
Foi maravilhoso saber a respeito da maneira como a igreja está trabalhando em
tantos países do mundo e, assim, tem
cumprido a missão de anunciar o breve
retorno de Jesus.
D onald E. Casebolt
College Place, Washington,
Estados Unidos
Muito obrigado
Saudações cristãs! Muito obrigado pelo
maravilhoso trabalho que realizam
através da Adventist World.
Gift Dorcus
Uganda
Correção
A Adventist World se omitiu em dar o
crédito a Spencer Freeman, do Florida
Hospital, pela fotografia do Dr. Jeff
Kuhlman, usada na contracapa de nossa
edição de julho. Agradecemos Freeman
por permitir que usássemos seu trabalho e pedimos desculpas pela omissão.
Número de espécies de
abelhas existentes no
mundo. Porém, apenas sete
espécies produzem mel.
Fonte: The Rotarian
Reavivados
por Sua Palavra
Uma Jornada de Descobertas pela Bíblia
Deus nos fala por meio de Sua Palavra. Junte-se a outros
membros, em mais de 180 países, que estão lendo um
capítulo da Bíblia todos os dias. Para baixar o Guia de
Leitura da Bíblia, visite: www.reavivadosporsuapalavra.org,
ou inscreva-se para receber diariamente o capítulo por
e-mail. Para fazer parte desta iniciativa, comece por aqui:
1 DE Outubro DE 2014 • Miqueias 5
Guarde o Controle
Remoto
Pesquisas revelam que
assistir à televisão por
mais de duas horas por
dia aumenta o risco
de doenças cardíacas
em mais de 125%
Como enviar as cartas: letters@ adventist world.org. As
cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo,
100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da
publicação. Coloque também seu nome, cidade, estado e país
de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por
questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas
serão publicadas.
Fonte: Men’s Health
Peço sua oração intercessora para que
Deus me cure para Sua honra e glória.
Adriana, México
Eu me casei com um moço adventista,
mas ele abandonou a igreja. Durante
os primeiros anos de casados, nosso
relacionamento foi bem. Porém, ele é
facilmente influenciado pelos amigos
e, por isso e por outros fatores, ao
longo de oito anos o casamento foi se
desgastando. Ele se tornou irritadiço e
tenso. Suspeito, inclusive, que ele esteja
se encontrando com outra mulher. Não
estamos nos falando e temo por minha
vida. Por favor, ore para que ele mude.
Virgie, Filipinas
Como enviar as Cartas: Por favor, envie para letters@ adventist
world.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo,
no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a
data da publicação. Coloque, também, seu nome, a cidade, o
estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão
editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas
enviadas serão publicadas.
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TROCA DE IDEIAS
maıs
Na
Há
106
Estrada
Anos
N
o dia 25 de setembro de 1908, Riley Russell e a esposa chegaram a
Sunam, Coreia (hoje Coreia do Norte). As pessoas doentes, ouvindo
a respeito de sua chegada, já estavam esperando por ele na estação de
trem. Ele tratou seu primeiro paciente no portão da casa da missão.
Russell recebeu um diploma de enfermagem do Sanatório de Battle Creek
em 1902, e um diploma de medicina na Universidade George Washington,
em 1908. Em 1909, ele inaugurou uma clínica médica em Sunan, em uma casa
de 103 anos, com telhado de palha, medindo 2 x 7 metros, ao custo de apenas
20 dólares.
Em 1913, um jornal de Washington, D.C. publicou uma reportagem com
o seguinte título: “20 Mil Pacientes Tratados em uma Casa de 20 Dólares”.
No mesmo ano, a oferta do décimo terceiro sábado possibilitou a construção
de um dispensário medindo 7 x 11 metros.
Durante a Segunda Guerra Mundial a igreja perdeu o controle da clínica.
Em 2012, os países europeus
onde os motoristas passaram
mais tempo por mês dentro
do carro foram:
1 Bélgica
2 Reino Unido
3 Holanda
4 Alemanha
5 França
Fonte: INRIX/National Geographic
Que
Lugar
é
O uvi
Esse?
RESPOSTA: Duncans, Trelawny,
Jamaica. Alunos da DayStar
Adventist Academy, em Utah,
Estados Unidos, liderados pela
Equipe de Resgate Radical,
viajaram para a Jamaica para
ensinar os Desbravadores, polícia e
bombeiros a como resgatar pessoas
durante enchentes. A atividade
fazia parte do curso de duas
semanas sobre como responder a
desastres, e que também incluiu
uma simulação de terremoto.
M u rice
30
Miller
Adventist World | Setembro 2014
de
A lgu é m
O mundo nos
oferece muitas
promessas vazias,
mas as promessas
de Jesus nunca
falham e preenchem
o nosso vazio.
– L eon Du Preez,
Bloemfontein, África do Sul
Até
140
Mantenha a calma,
você pode ser fraco,
mas Deus é forte.
#TenhaFé :)
– Marcelo, Filipinas
“Eis que cedo venho…”
Caracteres
O que está sendo
dito sobre a oração no
universo Twitter:
– Gregory, Illinois, EUA
Mais apaixonada por Jesus
agora do que nunca antes.
Quando Ele está em silêncio,
está fazendo o Seu melhor.
NUNCA desista.
#oreatéquealgoaconteça
– Jefferson, Washington, EUA
Começando o dia com
mau humor. Tenho
que mudar de atitude.
#OreAtéQueAlgo
Aconteça #FORÇA
Quando você começa a orar
FEROROSAMENTE por alguém,
logo as coisas começam
a acontecer!! #poderdaoração
– Lyndie, África do Sul
Quando for muito
difícil permanecer
de pé, ajoelhe.
#PoderDaOração
– Carter, Alabama, EUA
Editor Administrativo e Editor-Chefe
Bill Knott
Gerente Internacional de Publicação
Pyung Duk Chun
Comissão Editorial
Ted N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun,
vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa
Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon;
Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol;
Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik
Doukmetzian, assessor legal. 
Comissão Coordenadora da Adventist World
Jairyong Lee, chair; Akeri Suzuki, Kenneth Osborn,
Guimo Sung, Pyung Duk Chun, Suk Hee Han
Editores em Silver Spring, Maryland, EUA
Lael Caesar, Gerald A. Klingbeil (rédacteurs en chef
adjoints), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona
Karimabadi, Kimberly Luste Maran, Andrew McChesney
—Nia, Texas, EUA
Ore como alguém que não
vai controlar seu presente.
Ore como alguém que
depende de Alguém maior.
É incrivelmente libertador.
Editor
Adventist World é uma publicação internacional da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação
Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.
Editor Associado
Claude Richli
– Leah, Virginia, EUA
Quando você não sabe
como orar, convide o
Espírito Santo para orar
por você e através de
você! Romanos 8:26.
Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os
adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só
crença, missão, estilo de vida e esperança.
Ore com esperança. . .
Por quê? Porque nosso
Deus pode fazer
absolutamente qualquer
coisa! #GrandeDeus
Editores em Seul, Coreia do Sul
Pyung Duk Chun, Jae Man Park, Hyo Jun Kim
Editor On-line
Carlos Medley
Gerente de Operações
Merle Poirier
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Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados
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Adventist World é uma revista mensal editada
simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina,
Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos
Estados Unidos.
V. 10, Nº- 9
– Sean, Tennessee, EUA
Setembro 2014 | Adventist World
31
É onde estão as nossas raízes.
w w w. a d ve n t i s t wo r l d. o rg
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