dpslqd *udqgh 3% gh gh]hpeur gh

Transcrição

dpslqd *udqgh 3% gh gh]hpeur gh
&DPSLQD*UDQGH3%GHGH]HPEURGH
2
Prezado(a) Vestibulando(a),
Cartão de Respostas
Ao receber este caderno, confira atentamente o número de questões.
Caso o caderno esteja incompleto ou tenha qualquer defeito, informe ao fiscal de sala.
Este caderno é constituído das provas objetivas de Língua Portuguesa (01 a 20) e
Língua Estrangeira (21 a 30) e espaço para rascunho da prova de Redação.
Atente para a sua opção de Língua Estrangeira (Espanhol/Inglês, contidas no mesmo caderno).
Não utilize lápis, lapiseira (grafite), borracha e(ou) qualquer material de consulta que
não seja fornecido pela Cepros não se comunique com outros candidatos
e nem se levante sem autorização do fiscal de sala.
Você deverá permanecer obrigatoriamente em sala por, no mínimo, uma hora após
o início da prova.
o término das provas (
)
Quando concluir a prova, faça um sinal ao fiscal para a devolver o Caderno de Questões,
o Cartão de Respostas e o Cartão de Redação.
Caso você esteja entre os três últimos candidatos, que concluíram a prova, só poderá sair da sala
com os outros dois, para assinarem a Ata de Sala juntamente com os fiscais.
Prova Tipo
Língua Portuguesa
Portanto, as pequenas janelas quebradas não mais eram
reparadas, até que chegou-se a um ponto insustentável onde a
criminalidade aumentou de tal forma nos centros urbanos, que
muitos deram-se por conta do equívoco da estratégia adotada.
No Brasil, já chegamos a este ponto há muito tempo. A “estratégia
das prioridades”, adotada tanto pela Polícia como, pode-se dizer,
por Juízes e Promotores, e que consiste em priorizar o combate à
criminalidade violenta, sob argumentos diversos, que vão desde a
falta de recursos até a desnecessidade de reprimir comportamentos
que configuram não mais do que um mero ato de desordem ou
uma pequena contravenção, passando pela alegação de que o crime
tem causas sociais, repete o equívoco cometido nos EUA e é uma
das principais causas do aumento avassalador da criminalidade
violenta em nosso país.
Sob esta estratégia, cria-se um círculo vicioso que retroalimenta a
criminalidade violenta. Não se combate a desordem e os pequenos
delitos porque deve-se priorizar o combate à criminalidade violenta.
No entanto, a criminalidade violenta é justamente resultado da
falta de combate à desordem e aos pequenos delitos. Esta lógica
perversa precisa, em algum momento, ser quebrada.
Leia o texto a seguir e responda às questões de 01 a 03.
Broken Windows Theory
Daniel Sperb Rubin
Em 1982, o cientista político James Q. Wilson e o psicólogo
criminologista George Kelling, ambos americanos, publicaram
na revista Atlantic Monthly um estudo em que, pela primeira
vez, se estabelecia uma relação de causalidade entre desordem
e criminalidade. Naquele estudo, cujo título era The Police and
Neiborghood Safety ( A Polícia e a Segurança da Comunidade), os
autores usaram a imagem de janelas quebradas para explicar como
a desordem e a criminalidade poderiam, aos poucos, infiltrar-se
numa comunidade, causando a sua decadência e a conseqüente
queda da qualidade de vida.
Kelling e Wilson sustentavam que se uma janela de uma fábrica
ou de um escritório fosse quebrada e não fosse imediatamente
consertada, as pessoas que por ali passassem concluiriam que
ninguém se importava com isso e que, naquela localidade, não havia
autoridade responsável pelo manutenção da ordem. Em pouco
tempo, algumas pessoas começariam a atirar pedras para quebrar
as demais janelas ainda intactas. Logo, todas as janelas estariam
quebradas. Agora, as pessoas que por ali passassem concluiriam
que ninguém seria responsável por aquele prédio e tampouco pela
rua em que se localizava o prédio. Iniciava-se, assim, a decadência
da própria rua e daquela comunidade. A esta altura, apenas os
desocupados, imprudentes, ou pessoas com tendências criminosas,
sentir-se-iam à vontade para ter algum negócio ou mesmo morar
na rua cuja decadência já era evidente. O passo seguinte seria o
abandono daquela localidade pelas pessoas de bem, deixando o
bairro à mercê dos desordeiros. Pequenas desordens levariam a
grandes desordens e, mais tarde, ao crime. Em razão da imagem
das janelas quebradas, o estudo ficou conhecido como broken
windows, e veio a lançar os fundamentos da moderna política
criminal americana que, em meados da década de noventa, foi
implantada com tremendo sucesso em Nova Iorque, sob o nome
de “tolerância zero” (...).
Durante três décadas, a criminalidade só fez aumentar nos
EUA. O modelo americano de combate à criminalidade falhara
porque não reconhecia a relação de causa e efeito entre desordem,
medo, criminalidade violenta e decadência urbana. Kelling e Coles
demonstram como, ao longo do século XX, a polícia americana foi,
aos poucos, abandonando suas tarefas na manutenção da ordem
pública para dedicar-se, exclusivamente, ao combate ao crime.
A raiz do aumento da violência nos EUA na segunda metade do
século XX está, também, nesta mudança de estratégia da polícia.
Originalmente, o papel da polícia americana era o de manter a paz
e prevenir o crime. A prevenção do crime era feita com a presença
constante da polícia no seio da comunidade. E aqui reside outro
fundamento da broken windows theory. O policial deve fazer parte
da comunidade, entranhar-se na comunidade, e lidar com as
condições que criam o crime (desordens de todo o tipo, embriaguez
pública, jogos ilegais, etc.). Assim, ele conhece a comunidade, e
é conhecido por ela. Cria-se um vínculo entre a comunidade e a
autoridade policial, e este vínculo permite que ambos juntem forças
para evitar o surgimento da desordem e de pequenos delitos que,
mais tarde, levarão à criminalidade violenta (...). Nos EUA criou-se
a idéia de que a polícia não devia mais zelar pela ordem pública,
mas investir todos os seus esforços apenas no combate ao crime.
Assim, desordens e pequenos ilícitos foram deixados de lado, para
que se combatesse apenas os crimes mais graves.
(Fonte: http://jus.com.br/revista/texto/3330. Acesso em setembro de 2014.)
48(67›2
01
Alguns fatos recentes ocorridos no Brasil mostram que o poder
estatal no nosso país adota alguns métodos propostos pela
Teoria das Janelas Quebradas.
Indique a alternativa que confirma esse posicionamento.
O confronto entre a polícia e os Blac Blocs durante protestos
iniciados contra o aumento das passagens dos transportes
públicos no movimento “Não é pelos vinte centavos”.
A implantação do projeto Novo Recife e o uso de repressão
policial violenta para retirada de moradores, estudantes,
artistas e professores que criaram o movimento “Ocupe
Estelita” nas ruínas do cais José Estelita, na capital
pernambucana.
A ocupação de comunidades do Rio de Janeiro dominadas
pelo crime organizado por Unidades de Polícia Pacificadora
(UPPs).
A depredação da fachada da Editora Abril em São Paulo,
horas antes do segundo turno das Eleições 2015, por
manifestantes do movimento “Veja mente” ligados aos
partidos de sustentação do governo federal.
A destinação de verbas públicas para financiamento das
ocupações de latifúndios improdutivos pelo Movimento
dos Sem Terra (MST).
48(67›2
02
Indique a alternativa que apresenta interpretação
INCORRETA das ideias do autor.
A polícia, o estado e o poder judiciário brasileiros adotam
atualmente um modelo de combate ao crime que não
deu certo nos EUA.
A criminalidade e a desordem só acontecem em
comunidades que abrigam minorias étnicas e pessoas
de baixo poder aquisitivo.
O combate aos pequenos delitos e à desordem em seus
momentos iniciais é a melhor estratégia para diminuir a
criminalidade.
Os poderes públicos são responsáveis pelo aumento da
criminalidade verificado nas últimas décadas nos EUA e
no Brasil.
A Windows Theory defende que uma janela quebrada e
a ação de traficantes devem merecer a mesma atenção
das forças policiais.
4
Língua Portuguesa
48(67›2
03
48(67›2
A prática da “tolerância zero” por setores estatais tem
recebido críticas que apontam para equívocos na definição
do que são atos criminosos. No Brasil, um movimento
de ação popular ganhou importância nos últimos meses
ao colocar em discussão os limites entre criminalidade e
legalidade. Trata-se do que reivindica:
A liberdade para os membros do Partido dos
Trabalhadores presos antes de serem condenados pela
justiça devido ao “escândalo do mensalão”.
A mudança da maioridade penal para dezesseis anos.
A reclassificação do Canabidiol (substância derivada da
Cannabis Sativa) como medicamento de uso legal para
tratamento de doenças neurológicas graves.
A aprovação pelo Congresso do Marco Civil da Internet
que irá criminalizar a violação da privacidade dos
usuários no espaço cibernético.
As questões 06, 07 e 08 abordam o romance Quarenta Dias,
de Maria Valéria Rezende.
A aceitação do pedido de asilo político feito por Edward
Snowden (ex-funcionário da CIA condenado no caso
WikiLeaks) porque o Brasil foi vítima de espionagem
pelo governo dos EUA.
48(67›2
06
Discorrendo sobre a biografia da escritora Maria Valéria
Rezende e sobre o livro Quarenta Dias, a jornalista Maria
Fernanda Rodrigues afirma:
“Viu Che Guevara. Bateu longos papos com Fidel Castro.
Tomou café da manhã com Gabriel García Márquez.
Escondeu militantes durante a ditadura, arrumou emprego
para outros e passaporte falso para os que corriam mais risco.
Foi interrogada, exilada. Na volta, com uma mochila nas
costas e transitando por lugares remotos do País, ensinou
camponeses, sindicalistas e presos a ler e escrever. Rodou o
globo três vezes até sentar pouso em João Pessoa, onde vive
hoje e onde escreve seus livros – sempre a partir do muito
que viu e viveu, e por isso o contexto é importante”.
As questões 04 e 05 abordam as narrativas curtas de A Teoria
das Janelas Quebradas, de Drauzio Varella.
48(67›2
05
Sobre as crônicas de A Teoria das Janelas Quebradas afirma-se:
I. As narrativas com histórias de vida dos reclusos da Casa de
Detenção podem ser consideradas parte das Memórias do
Cárcere brasileiro.
II. O caráter dissertativo e o relato de casos verídicos afastam
por completo o livro A Teoria das Janelas Quebradas da
literatura ficcional.
III. O caráter híbrido de várias crônicas da coletânea corresponde
a um padrão comum da literatura pós-moderna que torna
indissociáveis escrita literária e fatos reais.
IV. A voz narrativa predominante nas crônicas corresponde
em diversos aspectos ao perfil do autor.
V. Predomina nas crônicas a voz narrativa de criminosos
recolhidos em prisões e doentes internos em hospitais públicos.
Estão corretas apenas
I, II e V.
III e IV.
I, III e IV.
III e V.
I, III e V.
04
Drauzio Varella ratifica em várias crônicas as ideias que
fundamentam A Teoria das Janelas Quebradas.
Fonte:http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,maria-valeria-
Assinale a alternativa que apresenta interpretação
INCORRETA dessa associação.
rezende-viveu-na-rua-para-escrever-romance. 02/05/2014)
A partir das informações acima, indique a afirmação
CORRETA.
Na crônica “Dinheiro Marcado”, o autor defende que
o uso de drogas ilícitas não acaba com a repressão
policial, mas com estratégias educativas de prevenção
ao uso.
Gabriel Garcia Márques e Lewis Carroll são influências
literárias da autora refletidas na caracterização de
Quarenta Dias como romance pertencente ao gênero
Realismo Fantástico.
O romance Quarenta Dias pode ser descrito como uma
recriação alegórica dos relatos apostólicos do Novo
Testamento que tratam do exílio voluntário de Jesus nos
quarenta dias em que ele ficou no deserto.
Assim como sua criadora, Alice atuou como professora
de camponeses e sindicalistas em João Pessoa e em Porto
Alegre, marcando o caráter autoficcional do romance.
De acordo com a jornalista que comenta o livro Quarenta
Dias, o contexto de produção das obras ficcionais (o
que o autor viu e o que viveu) é imprescindível para
entendimento da obra.
A participação política da autora em defesa própria e de
pessoas perseguidas pela ditadura em vigor no Brasil na
segunda metade do século XX é apresentada na trama
de Quarenta Dias através da relação da protagonista
com o esposo Aldenor, um dos muitos militantes
desaparecidos no regime militar.
“Beco sem Saída” mostra que os casos de corrupção
em larga escala na política brasileira acontecem
por ineficiência da justiça, dos partidos políticos
e das escolhas equivocadas dos eleitores nas
eleições.
Em “De terno e gravata ou revólver na mão” o autor
afirma que comerciantes de cigarros com nicotina de
uso lícito são criminosos semelhantes aos traficantes
que comandam a venda de drogas ilícitas.
Na crônica “A Teoria das Janelas Quebradas” o
autor defende a tese de que a deterioração dos
espaços urbanos é um dos fatores para o aumento da
criminalidade.
Em “Textos apócrifos” o autor propõe que a prisão
perpétua seja aplicada como punição para os diversos
tipos de crimes cibernéticos.
5
Língua Portuguesa
48(67›2
07
48(67›2
08
Sobre o modo de construção do romance Quarenta Dias, o
jornalista Hélder Moura afirma:
“Maria Valéria já confessou que toda a história foi inventada
mesmo. Não há nada autobiográfico. Mas, o detalhe é que
a autora “criou” toda a história e, depois, foi a Porto Alegre,
passando-se por moradora de rua, e tentando sentir o que
essas pessoas sentem morando à margem do conforto”. (Fonte:
TEXTO 01 (autor Braulio Tavares)
“Uma Alice que ao invés de variar de tamanho varia de idade,
pulando de menina para velhinha fatigada, daí para mulher
madura e compreensiva, sempre com passagens pela menininha
antes de voltar à jovem cheia de expedientes, capaz de pequenas
vitórias. Fica apertando e folgando os próprios conceitos como
quem aperta e folga roupas. E descobre a rua, descobre o que
é se sentir sem lar, sem uma casa para onde voltar, como uma
completa desconhecida, como uma pedra rolando”.
http://heldermoura.jornaldaparaiba.com.br/uma-peregrinacao-de-quarenta-diaspelas-ruas-com-Maria-Valeria - 09/10/2014).
Confrontando as afirmações do trecho acima com o romance
de Maria Valéria Rezende, indique V para afirmações
verdadeiras e F para falsas:
( )As epígrafes que compõem parte da trama apresentam autores
como Augusto dos Anjos, André Ricardo Aguiar, Ronaldo
Monte, Lau Siqueira, Mário Quintana, Dôra Limeira, Cíntia
Moscovich e Daniel Pelllezzari, que nasceram ou residem
na Paraíba ou em Porto Alegre, marcando ligações culturais
e afetivas da autora com o espaço onde escolheu residir e o
privilegiado como matéria ficcional.
( )A afirmação da autora parte da constatação de que o
gênero autobiográfico se constitui de fato como gênero
autoficção, por não existirem relatos que reproduzam
com exatidão o que foi vivido.
( )A permanência da autora nas ruas de Porto Alegre confirma
a prática de alguns escritores de criar um laboratório de
escritura e nele se situar atuando como personagem para
compor com mais verossimilhança a trama ficcional.
( )O gênero autoficção, que se apropria do que a Teoria Literária
nomeia de escrita de si, tem como uma das principais
característica a construção de romances em forma de diário
íntimo e memorial, como visto em Quarenta Dias.
( )A decisão da autora de viver algum tempo como um duplo
da protagonista de seu romance mostra que a literatura
e a criação literária são instâncias indissociáveis e só é
possível construir matéria ficcional sobre o vivido.
A sequência correta é
VVFVF.
VFFFV.
FVVVV.
VVVVF.
FVFVV.
As questões 09 e 10 abordam as narrativas curtas de Já Podeis
da Pátria Filhos, de João Ubaldo Ribeiro.
Fonte: http://mundofantasmo.blogspot.com.br. 3506 “Quarenta Dias” (23/05/2014).
TEXTO 02 (autor Lewis Carroll)
“Ela normalmente dava bons conselhos a si mesma (embora
raramente os seguisse) e, às vezes, se repreendia tão severamente,
que ficava com os olhos cheios de lágrimas. Certa vez (e disso
ela se lembrava muito bem), tentou puxar as próprias orelhas
por ter trapaceado num jogo de croquet que estava disputando
contra si mesma, porque era o tipo de criança que gostava de
brincar de ser duas pessoas.
– Mas agora não adianta nada fingir ser duas pessoas –
lamentou-se. Porque restou muito pouco de mim para ser uma
pessoa apresentável”.
Fonte: CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. São Paulo: Martin
Claret, 2014, p. 22.
A partir dos textos dos escritores Braulio Tavares e Lewis
Carroll, analise as afirmações seguintes sobre o romance de
Maria Valéria Rezende e indique a afirmação INCORRETA.
Quarenta Dias estabelece relações intertextuais paródicas
com Alice no País das Maravilhas, e parafrásicas com
Polinana Menina, o clásico infantojuvenil de Elenor H.
Porter, principalmente quando a protagonista de Valéria
Rezende faz referência a si própria como sendo a professora
Poli (por trabalhar como “polivalente”) e por passar a jogar
o “jogo do contente” ao chegar em Porto Alegre.
Usar jeans, tênis e casaco amarrado na cintura, arrastar
uma mochila escolar de rodinhas com estampa infantil,
ter como diário um caderno com capa da Barbie, andar
de ônibus sem pagar passagem, não usar maquiagem,
acessórios e demais índices identitários de feminilidade,
mas manter os cabelos brancos como marca de
pertencimento à terceira idade são atitudes da protagonista
que confirmam as afirmações do Texto 01.
Por não aceitar as acusações da filha de ter sido sempre
uma mãe ausente e negligente, Alice tenta se vingar
ao fugir de casa e passar a viver na rua na condição de
indigência, para impor à filha a culpa por seu estado de
abandono e para punir a si própria de modo severo, como
acontecia com a Alice de Lewis Carroll.
A passagem do enredo que apresenta com mais intensidade
a regressão da protagonista à idade infantil, como dito no
texto 01, é a que mostra Alice se sentido cada vez menor
dentro do avião em sua viagem para Porto Alegre e sua
chegada ao apartamento que a filha decorou ironicamente
como réplica de parte dos cenários de Alice no País das
Maravilhas.
48(67›2
09
De acordo com o escritor João Ubaldo Ribeiro, “A literatura não
pode fazer nada a não ser falar do povo de seu país”.
(Revista Veja, Edição 2383 – Ano 47, 23 de julho de 2014, p. 86).
Confrontando a afirmação do autor com a obra Já Podeis da
Pátria Filhos, é INCORRETO afirmar:
A Ilha de Itaparica assume nas tramas de João Ubaldo
condição de alegoria do Brasil.
Estrangeiros neocolonizadores e políticos nativos do Brasil
são assemelhados no mesmo papel de opressores do povo
brasileiro.
Como toda escrita literária, a obra em comento é
autoficcional por partir de conhecimentos de mundo,
formação identitária, motivações inconscientes e vivências
de quem assume a condição autoral.
As narrativas dão continuidade ao projeto de Literatura
Antropofágica da primeira fase do Modernismo brasileiro.
As narrativas reproduzem os valores estéticos e ideológicos
do Regionalismo da segunda fase do Modernismo brasileiro.
Como a personagem descrita no Texto 02, a protagonista
de Valéria Rezende estava prioritariamente disputando um
jogo consigo mesma, e passar quarenta dias morando na
rua foi um rito de passagem para um autoconhecimento,
para a conquista de sua liberdade, domínio dos próprios
medos e superação da crise existencial provocada pela
condição de exílio involuntário.
6
Língua Portuguesa
48(67›2
10
48(67›2
Segundo o crítico Antonio Candido, as obras literárias se
dividem entre as que reproduzem e confirmam os valores
tradicionais de um contexto social e histórico, e as que
subvertem ou tentam anular tais valores. Nessa bifurcação, Já
Podeis da Pátria Filhos se situa como
I.
romance de orientação nacionalista por inventariar com
ufanismo os valores culturais do Brasil do século XX.
Se retirássemos a vírgula após a palavra “Costa”, “Veja”
seria interpretado como objeto direto de “antecipou”.
II. Permanecendo a vírgula depois da palavra “Costa”,
“Veja” será interpretado como sujeito de “antecipou”,
que é a leitura correta do enunciado.
obra que recupera o estilo, os pressupostos políticos e as
ideologias do Realismo/Naturalismo.
III. A vírgula após a palavra “Costa” foi usada por se tratar
de um vocativo.
histórias que empregam a ironia, a sátira política, o
grotesco e a linguagem hiperbólica para dessacralizar
estereotipias sobre os brasileiros.
IV. A oração “antecipou Veja”, intercalada no contexto, foi
usada como estratégia de indicação do discurso indireto
iniciado com a palavra “que”.
narrativas que exemplificam a preocupação do
Modernismo brasileiro de 30 em entender o Nordeste
através da apresentação dos seus problemas sociais.
Deduz-se que estão corretas apenas as proposições
I, II e IV.
obra que apresenta as identidades plurais, a cultura
mestiça e as mazelas sociais do Nordeste brasileiro
a partir das concepções de raça, espaço geográfico e
determinismo histórico de Euclides da Cunha, em Os
Sertões.
48(67›2
12
Em “Costa, antecipou Veja, disse aos delegados da PF e aos
promotores que nos governos de Lula e Dilma Roussef a
Petrobras foi usada como fonte de dinheiro (...):
II, III e IV.
I e II.
II e III.
I, II e III.
48(67›2
11
13
ůĂƌŽĠƚĞůĞĨŽŶĞĮdžŽ͘
Propaganda Claro
Coluna Semana Revista Época, nº 2329.
Sobre o texto:
Com base no trecho acima, indique V para proposição verdadeira
ou F para falsa.
Assinale a alternativa correta.
( ) Em 1,7% DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS o termo
BRASILEIROS é um adjunto adnominal que expressa
sentido pátrio.
( ) APENAS ISSO faz referência a 1,7% DOS MUNICÍPIOS
BRASILEIROS, expressando sentido de exclusão.
( ) TEM MONITORADO A QUALIDADE DO AR funciona como
predicado de 1,7% DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS.
( ) A forma verbal HÁ pode ser substituída por ‘tem’
quando é empregada no sentido de existir, sem infringir
o registro culto da linguagem.
A função de linguagem predominante no texto é a
referencial, pois informa o leitor sobre as qualidades
da Claro.
Expressões como “mundão”, “tá” e “tipo” contribuem
para afetar a compreensão textual aproximando-o da
linguagem informal, o que não é recomendável.
O texto é introduzido com uma conjunção com valor
semântico de proporção.
Em “Não espere”, temos uma forma verbal no presente
do indicativo..
A sequência correta é
A palavra “Agora” tem como única interpretação a
indicação de tempo, daí por que é considerada como
advérbio de tempo.
VVFF. FFFV.
7
VFVF.
FVFV.
VVVF.
Língua Portuguesa
48(67›2
14
48(67›2
O trecho que segue foi transcrito do livro “A Teoria das
Janelas Quebradas” de Dráuzio Varela.
16
Sobre o texto
“Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque, é porque te quero bem”
“Eu enquadro as vítimas, e você recolhe o dinheiro
e os objetos de valor. É só ficar de cabisbaixo para
niguém te reconhecer. Não requer prática nem
tampouco habilidade.”
http://letras.mus.br/eliana/246917/
Analise as proposições abaixo, todas relacionadas ao trecho
acima, colocando C para as corretas e E para as erradas.
Analise as proposições:
I. O texto apresenta desvio gramatical na forma de
tratamento.
II. O pronome tu em lugar de ‘você’ já é uma forma
propagada, aceitável, na modalidade formal.
III.Em tu roubaste e te quero, mudando respectivamente
para o tratamento de terceira pessoa, obtém-se ‘você
roubou’ e ‘lhe quero’.
IV. O registro oral e o registro coloquial estabelecem uma
relação de familiriadade entre o ouvinte/leitor.
( ) Eu enquadro trata-se de uma expressão disseminada
no mundo do crime.
( )É facultativo o emprego da vírgula antes de e quando
esta conjunção separa orações que têm sujeitos
diferentes.
( )Do ponto de vista da norma gramatical, há erro com
relação à uniformidade de tratamento.
( ) Os conectores Não e nem expressam ideia de alternância
embora estejam empregadas com sentido de negação.
Estão corretas
( ) O advérbio tampouco pode ser substituído por ‘tão
pouco’ sem alterar o sentido da frase.
apenas I, III e IV.
A sequência correta é
apenas II e III.
apenas I e II.
apenas III e IV.
ECECE.
Todas.
CCCCE.
ECCEC.
48(67›2
17
CECCE.
EEECC.
48(67›2
15
Organize os itens entre parênteses, usando os números de
1 a 5, de tal modo que deem continuidade coerente e coesa
ao texto que segue.
“Quando estão bravos ou frustrados, os pequenos não
conseguem controlar os impulsos e perceber o efeito
de suas ações no outro.”
(Adaptado de Silvana de Jesus novaescola.org.br - 05/2013)
( )Geralmente, a criança que age dessa maneira tem
problemas de relacionamento...
( ) Por isso batem nos colegas, choram e gritam com mais
frequência.
Com relação ao texto acima, da revista Veja (nº 44, de
29/10/14), analise as assertivas que seguem.
( )Dessa forma, ela acaba tendo interações deficitárias
com os pares, o que prejudica o desenvolvimento da
autorregulação delas.
I.
O pronome demonstrativo “Essa”, na primeira linha,
tem valor anafórico remetendo para o título do texto.
II. A palavra “como”, na linha 5, introduz uma oração
que complementa como objeto direto o verbo ensinar
(“ensinam”, linha 4)
( ) Alguns apresentam maior dificuldade.
( ) ...e é incapaz de permanecer por um período maior em
um grupo.
III. A palavra “e” (linha 5) é um conectivo aditivo que
coordena “um segundo” a “mais um monte de outras
coisas impressionantes”.
A sequência correta é
12543.
45231.
IV. A palavra “mas” (linha 7) tem valor semântico de
oposição.
32514.
Conclui-se que estão corretas apenas as proposições
41523.
I, II e III.
II, III e IV.
34521.
III e IV.
I e II.
8
I, II e IV.
Língua Portuguesa
48(67›2
18
48(67›2
Sobre os versos:
“Hoje o samba saiu procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer”
“O governo de Dilma Rousseff pode ( ____ ) na ( ____ ) de
enfrentar um escândalo de proporções semelhantes ( ____ ) do
mensalão.
(http://letras.mus.br/chico-buarque/45166/)
Analise as proposições.
“( ____ ) naquela semana os depoimentos ( ____ ) Polícia
Federal (...)”
I. O autor da canção utiliza uma linguagem coloquial
porque a personagem a quem se dirige pertence a um
grupo de sambistas.
“Youssef demonstra ter uma memória prodigiosa nos
depoimentos, que ( ____ ) chegar a durar quinze horas.
II. Modernamente é permitida, sem que infrinja a norma
culta da língua, a não uniformidade de tratamento.
“Veja publica essa reportagem ( ____ ) vésperas do turno
decisivo das eleições presidenciais (...)”
III. O emprego do pronome oblíquo a antes do verbo é um
caso de próclise, atraído pelo advérbio não.
Assinale a alternativa que contém as palavras que completam
corretamente as lacunas.
IV. Os advérbios não e jamais (no quarto verso) expressam
no contexto, respectivamente, ideia de negação e tempo.
(está) (iminência) (às) (começavam) (a) (podem) (a)
Estão corretas
(está) (eminência) (as) (começava) (a) (pode) (as)
apenas II e IV.
(estar) (eminência) (às) (começava) (à) (pode) (às)
apenas I e II.
(estar) (iminência) (às) (começavam) (à) (podem) (às)
apenas II e III.
apenas III e IV.
(estar) (eminência) (as) (começavam) (a) (pode) (às)
todas.
48(67›2
20
Complete as lacunas dos enunciados abaixo com as
expressões corretas indicadas numa das alternativas (todos
os excertos são da sessão Carta ao Leitor, da revista Veja, de
29/10/14)
19
Na revista Veja, de 29/10/14, pode-se ler o seguinte:
“Os brasileiros voltam às urnas neste
domingo para eleger o próximo presidente
e catorze governadores.”
Analise as assertivas colocando V para Verdadeira ou F para
Falsa.
( ) O emprego de “neste” está em desacordo com a língua
padrão, pois, como é um dêitico, deveria assumir a
forma “nesse”, no contexto.
( ) A forma verbal “voltam” contraria a norma culta, pois
está no presente referindo-se a uma ação futura.
( )A palavra “para” tem valor semântico de finalidade.
( ) O emprego de “eleger”, no singular, está em desacordo
com a regra gramatical que impõe o pural com relação
ao sujeito “Os brasileiros”.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta
correpondente.
VFVF
FFFF
VVVV
FVFV
FFVF
9
Língua Espanhola
21
Al leer el texto, se puede decir que
48(67›2
De acuerdo con el TEXTO I, conteste las cuestiones de 21 a 26.
Texto I
A los 25 años de la caída del muro de Berlín
I.
La caída del Muro encierra un profundo contenido
histórico, político y social para la humanidad.
II.
El gobierno comunista publicó en la prensa su decisión
de acabar con la segmentación.
III. Los policías intentaron sin éxito contener la multitud
que se amontonaba alrededor del Muro.
Está(n) correcta(s) apenas
I.
II.
I y II.
II y III.
III.
22
Marque V para verdadero y F para falso
48(67›2
( ) Los Vopos antes mataban a los que intentaban romper la
barrera del Muro.
( ) El gobierno alemán dio el primer golpe hacia la
derrumbada del Muro.
( ) La caída del Muro ocurrió con vehemencia y lleno de
pasión pero sin violencia.
Ayer hizo justo 25 años que cayó el Muro de Berlín. Recordemos
los hechos. Las autoridades comunistas se estaban viendo
desbordadas por la presión de los ciudadanos que querían salir
de aquella Alemania comunista de entonces. De manera que
no tuvieron más remedio que arbitrar unas tímidas medidas
relativamente liberalizadoras. Cuando un oscuro funcionario de
aquel régimen las estaba exponiendo a la prensa, un corresponsal
extranjero le preguntó en qué momento exacto entrarían en vigor
esas medidas que iban a facilitar la salida de los ciudadanos de
ese país hacia otros países occidentales. El pobre funcionario, sin
saber muy bien lo que decía, contestó que inmediatamente. Y la
respuesta de los berlineses de los dos lados fue fulminante, se
precipitaron hacia ese Muro de la Vergüenza.
Las masas de berlineses que pacíficamente se agolparon frente
a las puertas del Muro, diciendo que acababan de escuchar que
ya se podía pasar al otro lado, hicieron dudar a los hasta entonces
Vopos (los «policías del pueblo», ¡qué sarcástica paradoja!), que
optaron por levantar las barreras. Y, a partir de ese momento, los
berlineses de uno y otro lado formaron una riada de ciudadanos
exultantes de alegría que se abrazaban porque comprendían que
habían terminado con cuarenta años de dictadura.
Los abrazos de aquellos centenares de miles de ciudadanos,
ante la mirada asombrada de esos Vopos, que hasta minutos antes
tenían órdenes de disparar a matar sobre cualquiera que hubiera
intentado hacer algo parecido, fueron la imagen que revolucionó
el mundo entero. Todos vimos cómo, de manera emocionante
y pacífica, tenía lugar, delante de nuestros ojos, una de las
revoluciones más trascendentales y positivas de la historia de la
Humanidad.
Ya han pasado 25 años desde aquella maravillosa revolución que
llevó la libertad a centenares de millones de europeos. Y 25 años
son casi dos generaciones de ciudadanos europeos y españoles
que no vivieron en directo esa revolución y para los que, si no se
les explica bien, hablar de esa revolución de la libertad puede ser
como hablar de un hecho histórico lejano que nada tiene que ver
con sus vidas y sus problemas actuales. Y nada más lejos de la
realidad.
ABC.es
La secuencia correcta es:
VVV.
VVF.
FFV.
FFF.
VFV.
48(67›2
23
La autora llama el Muro de Berlín de Muro de la Vergüenza
porque
representa la rebelión de la emancipación.
presenta un sentimiento de honradez.
demuestra la superioridad de dos pueblos.
explicita el poder de los ciudadanos.
refleja la división entre seres humanos.
24
Para la autora hablar de la caída del Muro de Berlín es un
hecho que
48(67›2
I.
no se puede relacionar a la sociedad actual.
II.
refleja una revolución histórica de la libertad.
III. es olvidado por todos que no vivieron en aquel entonces.
Está(n) correcta(s) apenas
I.
II.
I y II.
II y III.
III.
25
La palabra “riada” en la línea 19 aparece en el texto en un
sentido connotativo. Su sentido primero es el de
48(67›2
rio.
afluyente.
inundación.
pasaje.
arroyo.
10
Língua Espanhola
48(67›2
26
La palabra “paradoja” (línea 17) puede ser comprendida
como una
rudeza.
hostilidad.
contradicción.
emulación.
rivalidad.
48(67›2
27
Conteste V para verdadero o F para falso.
Si hoy es 9 de noviembre,
( ) anteayer fue 7 de noviembre.
( ) pasado mañana será 10 de noviembre.
( ) ayer fue 8 de noviembre.
( ) anoche será 10 de noviembre.
La secuencia correcta es:
VVVV.
VFVF.
FFVV.
FFVF.
VVFF.
De acuerdo con el TEXTO II, conteste las cuestiones de 28 a 30.
Texto II
28
Al leer la tira se puede decir que el primer personaje
48(67›2
I.
defiende su forma de gobierno democráticamente.
48(67›2
30
Relacione las palabras de la primera columna con su
definición correspondiente
II.
no comprende el concepto de democracia.
1.
Censurar
( ) Unirse contra alguien para hacerle
daño.
2.
Apalizar
( ) Desacreditar a alguien hablando
contra su buena fama.
3.
Difamar
( ) Golpear con
instrumento.
4.
Conspirar
( ) Reprobar por algo malo.
III. actúa de acuerdo con los principios de la democracia.
Está(n) correcta(s) apenas
I.
II.
III.
I y II.
La secuencia correcta es:
II y III.
1342.
29
La respuesta del segundo personaje presenta un tono
48(67›2
2431.
afable.
4321.
irónico.
3142.
contradictorio.
2143.
de alerta.
caritativo.
11
un
palo
u
otro
Língua Inglesa
TEXT A
48(67›2
23
Which of the following groups of words from TEXT A contains
only words with negative prefixes?
Disruption, mistrust, behaviors, uncertainty.
Mistrust, uncertainty, wildlife, antelopes.
Disruption, unravelling, mistrust, behaviors.
Disruption, unravelling, mistrust, uncertainty.
Unravelling, uncertainty, porcupine, wildlife.
TEXT B
The Ebola outbreak in West Africa is leaving death, fear and
disruption in its wake. In Guinea, Liberia and my country of
origin, Sierra Leone, the social fabric is unravelling as mistrust,
paranoia and uncertainty damage relationships and drive behaviors
reminiscent of those during the Black Death. We all hope this
epidemic can be contained soon. But will we learn to change the
behaviors that directly brought it about?
According to the World Health Organization, the Ebola virus enters
human populations when people handle or eat infected wildlife,
especially fruit bats, chimpanzees, monkeys, forest antelopes and
porcupines. Eating bushmeat remains common throughout Africa,
either for subsistence or as a luxury.
The Ebola outbreak is an opportunity to clamp down on a practice
which both causes disease outbreaks and empties forests of wildlife.
At a minimum, governments should zealously enforce bans on
the hunting and consumption of bats and apes, two groups most
commonly associated with Ebola.
Another way to reduce the chance of future outbreaks is for
the world to act together to stop the illegal trade in live wildlife
out of Africa. This trade results in considerable potential contact
between infected animals and people. It would only take one sick
chimpanzee trafficked through a major airline hub to spawn a new
Ebola outbreak.
If the world is serious about preventing outbreaks of dreadful
diseases, then it must act. Airlines, as the international transporters
of live wildlife, can rapidly and unilaterally make a huge difference.
I challenge them to do the right thing and stop transporting live
wildlife. The trade is also horrifically cruel. Wild animals should be
left in the wild, for all our sakes.
What’s Your First Memory?
You might expect that your earliest recollection would be
dramatic – yet for most of us, it is fairly mundane. Only about a
quarter of people report a first memory that involves a trauma,
according to a 2005 study. Scientific American Mind’s online
survey of readers’ first memories uncovered the same pattern.
Young children are more likely to recall an event if they are
prompted to talk about it and probed for details. Perhaps that is
why the age at which a memory first sticks varies across cultures.
Among the Maori of New Zealand, for example, most children’s
memories start a year earlier than they do in North America – a
function of a culture in which memories are honored and much
discussed, according to researcher Carole Peterson of Memorial
University in Newfoundland.
Tennyson Williams, New Scientist, September 2014.
48(67›2
21
TEXT A informs us that according to the World Health
Organization, Ebola enters the human population through
Victoria Stern, Scientific American Mind, September/October, 2014.
48(67›2
air travel.
contact with infected wildlife.
human relationships.
visits to Guinea and Liberia.
visits to West Africa.
48(67›2
24
TEXT B points out that most people’s earliest memories are
dramatic.
traumatic.
extraordinary.
pleasant.
48(67›2
22
ordinary.
25
TEXT B states that the age at which memories first stick
varies in cultures because of
TEXT A suggests that airlines should stop transporting live
wild life in order to
catch animal traffickers.
to confine Ebola to West Africa.
to prevent Ebola and cruelty to animals.
to cut down health care costs.
the children’s greater intelligence.
the children’s greater astuteness.
earlier literacy among children.
the greater importance given to memories.
the technological progress made by society.
to cut down animal imports.
12
Língua Inglesa
48(67›2
26
48(67›2
According to TEXT B children’s memories start earlier in
27
TEXT C explains that regenerative medicine is experimental
and is at present trying to provide patients with
North America.
Newfoundland.
living replacement body parts.
all of New Zealand.
artificial replacement body parts.
the societies surveyed.
steel replacement body parts.
The Maori community.
man-made replacement body parts.
engineered replacement body parts.
TEXT C
48(67›2
28
TEXT C tells us that therapies based on stem cells
can only be tested in rabbits.
may only be tested in animal models.
should be used to make scaffolds.
are incapable of making cells multiply rapidly.
may help to re-grow and replace damaged cells.
48(67›2
29
Which of the following statements is CORRECT with reference
to TEXT C?
Transplant medicine is superior to regenerative medicine.
Transplant medicine presents no problems.
Patients face no delay in getting organs for transplant.
Rejection by the immune system is unlikely with
regenerative medicine.
Rejection by the immune system is highly probable
with regenerative medicine.
Regenerative Medicine
The burgeoning field of regenerative medicine seeks nothing
less than to provide patients with replacement body parts. Here,
the parts are not steel pins and such. They are the real thing:
living cells, tissue and even organs. Regenerative medicine is still a
mostly experimental enterprise, with clinical applications limited
to such procedures as growing sheets of skin to graft onto burns
and wounds. But the prospects go much further.
48(67›2
30
The word body’s in TEXT C indicates
the abbreviated form of HAS.
the possessive case.
the abbreviated form of IS.
the plural form.
In 2007 a team led by orthopedic surgeon Cato Laurencin,
then at the University of Virginia, reported on a tissue-engineered
ligament that could allow patients to recover more quickly and
fully from one of the most common types of knee injury – the torn
anterior cruciate ligament (ACL). Laurencin’s ACL was made
of braided synthetic microfibers “seeded” with actual ACL cells.
Tested in rabbits, the scaffold, a supporting framework, promoted
new blood vessel and collagen growth within 12 weeks.
the dative case.
Also working in animal models, other researchers have made
important strides in testing therapies based on stem cells, which
multiply rapidly and can differentiate into a variety of cell types.
These repair cells may eventually be deployed to regrow cardiac
muscle damaged by heart attack, or to replace nerve cells in
victims of spinal-cord injury
Much as transplant medicine has progressed, it suffers from
an intractable problem that regenerative medicine might one
day sweep aside: There are not enough donor organs for people
who need them, so many patients die while waiting for an organ.
Another advantage of regenerative medicine is that the body’s
immune system will not reject tissues grown from a patient’s own
cells.
National Geographic, 100 Scientific Discoveries that Changed the World
13
Rascunho Redação
14
15