Informativo de Março de 2012 - Diretoria de Material

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Informativo de Março de 2012 - Diretoria de Material
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http://intranet.dmat.eb.mil.br
Edição 02, 2012
DESTAQUES NESTA EDIÇÃO
1. Manutenção de VRNE 1 ½ TON carga e
VRE cisterna água 1.500 L.
2. VBCCC M41 para acervo histórico.
3. Lubrificantes para armamento.
MANUTENÇÃO DE VRNE 1 ½
TON CARGA E VRE CISTERNA
ÁGUA 1.500 L
O Comando Logístico, por meio da
Diretoria de Material, assinou o Contrato nº 184 /
2011 – COLOG / D Mat, de 15 de dezembro de
2011, vigente até 27 de julho de 2012, com a
empresa Engemotors Veículos e Peças Ltda,
sediada em Brasília-DF, para executar a
manutenção / revitalização de 52 (cinqüenta e
duas) VRNE 1 ½ Ton Carga, (figura 01) e 66
(sessenta e seis) VRE Cist Ag 1.500 L, (figura 02)
das diversas Organizações Militares (OM). O
Contrato supracitado pode ser acessado por
intermédio do SISAC (Sistema de
Acompanhamento de Contrato) no site:
intranet.colog.eb.mil.br.
Figura 01
março 2012
considerando a consequente relação de
resultados e benefícios obtidos, caracterizam
uma alternativa na área de manutenção
mecânica para incremento da disponibilidade de
reboques e economia de recursos financeiros,
que se dá pela recuperação dos agregados já
existentes na Vtr, como eixo, cisterna (tanque),
entre outros.
O projeto contempla:
Eixo em viga rígida redimensionada
(o original da Vtr) para atualização de freios e
cubos de roda;
Suspensão com feixes de molas e novo
conjunto de amortecedores;
Sistema elétrico 12V com sistema
integrado (civil/militar);
Circuito de freios pneumáticos com
utilização de mangueiras em tecalon de alta
resistência;
Sistema de freios a tambor com
acionamento eixo por ressalto "S" nas rodas;
Freio de estacionamento com
acionamento através de molas acumuladoras
(cilindro tristop);
Rodas e pneus 900x20 (novos de uso
misto);
VRNE - emborrachamento de proteção
no interior da carroceria;
Cisterna - emborrachamento atóxico
específico para utilização e armazenamento de
água potável. Atualização do sistema de
encanamento para tubos de PVC resistentes ao
sol, evitando oxidação interna e contaminação
da água.
Figura 02
VRNE 1 ½ ton carga
O objetivo primordial é revitalizar os
reboques, apresentando atualizações técnicas e
manutenções corretivas. Os testes realizados,
VRE Cisterna d’ água 1.500L
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Informativo da D Mat
Funilaria/pintura - procedimento de
preparação, tratamento superficial,
revestimento e jateamento de pintura
concorrendo para a proteção total de
deterioração devido às condições climáticas
encontradas no uso militar, de acordo com a
norma técnica do Exército Brasileiro NEB/T Pr20.
As OM detentoras dos reboques, que
serão manutenidos, deverão confeccionar uma
guia de recolhimento ao 16º B Log, Brasília-DF,
e realizar a transferência patrimonial via SIAFI.
É previsto que todas as Vtr reboques
retornem às OM de origem, após o término dos
serviços de manutenção. As dúvidas poderão
ser dirimidas por meio do telefone RITEx: 8606323, (61) 3415-6323 / 5341 ou pelo e-mail:
[email protected], falar com Cel
Balbino ou 2º Sgt Inácio.
VBCCC M41 PARA ACERVO
HISTÓRICO
A Diretoria de Material solicita às OM
interessadas em incluir em seu acervo uma ou
mais Viaturas Blindadas de Combate Carro de
Combate M41 C desativadas, na condição de
peça histórica, que formalizem, por meio de
DIEx, via canal técnico, até o dia 30 de abril de
2012, solicitação consubstanciada junto a este
Órgão de Apoio Setorial, a fim de subsidiar
estudo quanto às possíveis destinações a
serem dadas àquelas viaturas.
Figura 03
VBCCC M41 como acervo histórico
LUBRIFICANTES PARA ARMAMENTO
As principais funções de um lubrificante são a formação de uma película de proteção entre as
superfícies adjacentes para reduzir o desgaste e a dissipação de calor gerado entre as superfícies.
Outro papel desempenhado pelo lubrificante é a proteção contra corrosão.
A importância dos lubrificantes para os materiais de emprego militar tornou-se evidente
durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coréia. Nestes dois conflitos, os produtos
comerciais foram considerados inadequados em virtude de requisitos operacionais mais exigentes
dos materiais bélicos. Desta forma, o Exército dos EUA, por possuir uma grande diversidade de
equipamentos, começou a elaborar especificações e procedimentos de testes para avaliação de
lubrificantes.
É fácil demonstrar a importância da normatização e de testes de recebimento em lubrificantes.
Uma graxa anti-óxido fora de especificação pode não proporcionar proteção adequada contra
corrosão. A utilização de lubrificante inadequado em armamento pode provocar mau funcionamento
no armamento e, consequentemente, risco de vida. Desta forma, é mandatório, nos editais de
licitação, referenciar as normas dos lubrificantes e, mediante contratação de laboratório credenciado
pela Rede Brasileira de Calibração, realizar testes em amostras para verificar a conformidade do
material. A relação de laboratórios credenciados está disponível no sítio de internet
http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/rbc/.
Os procedimentos de lubrificação devem ser feitos rigorosamente de acordo com o que é
prescrito nos manuais. A lubrificação insuficiente nos mecanismos de recuperação acarreta sérias
anomalias no recuo de tiro dos obuseiros, como alertam os manuais ‘‘TM 1543 Manual Técnico Oto
Melara ‘‘e’’ 61275 105 mm L118'’, por exemplo. A metralhadora .50 Browning deve ser limpa e
lubrificada imediatamente após ser submetida às condições de campo, conforme estabelece o
manual ‘‘T9-1005-213-10 metralhadora Browning, calibre .50'’. A tabela a seguir exemplifica
lubrificantes, normas e principais parâmetros de ensaio:
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março 2012
L u b r if i c a n te
Ó l e o N e u tr o p a r a L i m p e z a e
C o n s e r va ç ã o
de
A r m a m e n to ( O N L A )
N o rm a
E s p e c if ic a ç ã o T é c n i c a N E B
E -1 7 8 M 1
D e r i v a d o d e p e tr ó le o ( ó l e o
ba s e ),
c o n te n d o
a d i ti v o
in i b i d o r d e c o r r o s ã o .
F L U ID O H ID R Á U L I C O 4 1
E s p e c i fi c a ç ã o T é c n i c a
M IL _ P R F _ 5 6 0 6 H
Lí qu ido
c o m p o s to
de
p r o d u to s p e t r o l íf e r o s
c om
a d i ti v o s
p a r a m e lh o r a r o
es c o a m e nt o
a
b a ix as
te m p e r a tu r a s ,
c a r a c t e r ís t i c a s
de
v is c o s i d a d e , a r e s is t ê n c i a à
ox id aç ã o , e
p rop rie da d es
a n t i- d e s g a s te
do
p ro d ut o
ac a b a do .
A p r e s e n ta
uma
c o r ti p ic a m e n t e v e r m e l h a .
G R A X A A N T I - Ó X ID O
E s p e c i fi c a çõ e s
a . P o n to d e fu l g o r
- 1 5 0 º C ( m ín i m o ) .
b.
V is c o s ida d e
c i n e m á ti c a
A
2 0 ºC :
36
c e n t is t o ke s ( m á x i m o ) .
A
4 0 ºC :
15
c e n t is t o ke s ( m ín im o ) .
c.
D e ns id ad e
a
2 0 º C /4 ºC
- F aix a : 0 , 84 - 0, 88 .
d . C o rro s ão
- A C o r r o s iv i d a d e a o c o b r e ,
3
h
a
10 0 º
C,
d e ve
a p r e s e n ta r p a d r ã o
A S TM
ig u a l a 1 (m á x i m o ) .
a . V i s c o s id a d e c i n e m á ti c a
- A -40 ° C :
6 0 0 m m 2 /s
(m áx im o ).
- A + 4 0 ºC :
1 3 , 2 m m 2 /s
( m ín im o ) .
- A 1 00 º C :
4 ,9 m m 2 /s
( m ín im o ) .
b . P o n t o d e f u lg o r
8 2 ºC (m í n i m o ) .
c . P o n to d e m ín i m a fl u i d e z .
- 6 2 º C ( m á xi m o ) .
d. A c ide z
0, 20 m g K O H / g (m áx im o )
e . C o l o r a çã o
P a drã o
A S TM
D 1 5 00 ig ua l a 1 (m áx im o ).
E s p e c if ic a ç ã o T é c n i c a M IL C -11 7 9 6C
C o m p o s to p r e v e n ti v o c o n t r a
c orro s ã o
à
b as e
de
p e t ro l a tu m .
f. C o r r o s ã o
P a drã o
A S TM
D 1 3 0 ig u a l a 2 e ( m á x i m o ) .
a . P e n e t ra ç ã o
3 0 a 8 0 [0 ,1 m m ]
b . P o n t o d e f u lg o r
1 7 7 ° C (m ín im o )
c . P o n to d e fu s ã o
6 8° C (m í nim o )
d . V o la ti l id a d e
1 % ( m á x im o )
e.
C orro s ã o
(aç o,
la t ã o ,
a l u m ín io e z i n c o ) : 0 ,2 m g /
2
cm
Considerando os principais lubrificantes empregados no Exército, a tabela que segue mostra
normas adotadas e respectivos códigos NSN:
Óleo Neutro para Limpeza e Conservação de
Armamento (ONLA)
Fluido Hidráulico 41
Fluido Hidráulico 31
Fluido Hidráulico 71
Graxa de Aplicação Múltipla
Graxa de Dissulfeto de Molibdênio para baixas e Altas
Temperaturas
Graxa Anti-óxido
3
NEB E-178 M1
NSN 9150-99-910-6165
MIL_PRF_5606H
NSN 9150-00-223-4134
MIL_PRF_83282
NSN 9150-00-149-7432
MIL_PRF_6083F
NSN 9150-00-935-9808
MIL-PRF-10924G
NSN 9150-99-220-2731
MIL_G_21164D
NSN 9150-01-219-1629
MIL-C-11796C
NSN 8030-99-910-0494
Informativo da D Mat
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Por oportuno, deve-se ter especial atenção com as embalagens dos lubrificantes, no que
concerne a procedimentos de aquisição. Os lubrificantes, quando envasilhados, deverão apresentar
nas embalagens, informações claras (RESOLUÇÃO ANP Nº 10, DE 7.3.2007), em português, de forma
a não induzir o consumidor a um falso entendimento com respeito à origem e às características do
produto, constando em seus rótulos:
I – origem do produto, campo de aplicação, finalidade/benefícios, advertências e precauções;
II – grau de viscosidade segundo grau SAE (Society of Automotive Engineers) ou ISO
(International Organization for Standardization) para óleo lubrificante ou grau de consistência NLGI
(National Lubricating Grease Institute) para graxa;
III – nível de desempenho (API, ACEA, JASO, NMMA ou especificações dos fabricantes de
motores), apenas para óleos lubrificantes automotivos;
IV – razão social, nº do CNPJ, endereço da detentora do registro na ANP;
V – razão social e nº do CNPJ do produtor, quando for o caso;
VI – nome e número de inscrição no órgão de classe do químico responsável;
VII – marca comercial conforme registrada na ANP;
VIII – número do registro na ANP;
IX – importador responsável, quando for o caso;
X – quantidade líquida embalada;
XI – orientação quanto à destinação do produto e da embalagem após sua utilização, conforme
Resolução CONAMA nº 362/65 ou legislação que venha a substituí-la;
XII – prazo de validade.
Para mais informações em especificações para procedimentos de licitação para aquisição
de lubrificantes, a OM interessada deve entrar em contato com a Seção Classe V (Tel. 61 3415-5306) ou
com a Seção Técnica (Tel. 61 3415-6071).
Figura 04
Lubrificação de armamento com ONLA
Diretoria de Material
QGEx - SMU - Bloco C
70630-901
Brasília-DF
Tel: (61) 3415-4707
Fax: (61) 3415-5193
Informativo da D Mat
Veículo de informações técnicas
Coordenação: Cel Flávio
Diagramação: Cb Brian
Tiragem: 1.000 exemplares
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