Resumos das Comunicações

Transcrição

Resumos das Comunicações
Colóquio Internacional
11 l 12 OUTUBRO 2007_AUDITÓRIO DA ESAP
Rua Comércio do Porto, 173/175
O Cinema e as Artes ou as Artes no Cinema
Stan Brakhage, "Mothlight" (1963)
ESAP|Escola Superior Artística do Porto
ORGANIZAÇÃO:
Centro de Estudos Arnaldo Araújo |
Coordenação de Pós-Graduações |
Cursos de Artes Plásticas e
Intermédia | Artes Visuais –
Fotografia | Cinema e Audiovisual |
Design e Comunicação Multimédia |
Teatro – Interpretação e Encenação
e Direcção Académica da ESAP|
Escola Superior Artística do Porto
COMISSÃO CIENTÍFICA:
ANABELA OLIVEIRA (UTAD)
CARLOS MELO FERREIRA (ESAP)
MARGARIDA ACCIAIUOLI (FCSH-UNL)
NÉ BARROS (ESAP)
IGNÁCIO OLIVA (ESAP)
JOSÉ CHAVETE (UVIGO)
JOSEFINA GONZALEZ CUBERO (UVA)
COMISSÃO ORGANIZADORA:
MARIA HELENA MAIA (ESAP)
M.F. COSTA E SILVA (ESAP)
SUSANA MILÃO (ESAP)
COMISSÃO EXECUTIVA:
PATRÍCIA MARTINS (ESAP)
SÓNIA NUNES (ESAP)
SÓNIA TOMÁS (ESAP)
LOCAL:
AUDITÓRIO DA ESAP
RUA COMÉRCIO DO PORTO, 173/175
PORTO
www.esap.pt
11 Outubro (5ª feira)
10:00 Abertura dos trabalhos
MARIA HELENA MAIA (ESAP)
O Cinema E As Artes Ou As Artes No Cinema
JOSEFINA GONZÁLEZ CUBERO (UVA)
Más Allá del Espejo: Lo Especular
11:00
Pausa para café
11:10
Mesa 1
NÉ BARROS (ESAP)
Dança Cinemática
BARBARA BARROSO (IPB)
O Corpo Performativo de Transe
ROBERTO MERINO (ESAP)
Teatro e Cinema: A Persistência do Rosto
CARLOS MELO FERREIRA (ESAP)
Da Potência ao Acto e Retorno
Moderador: EDUARDA NEVES (ESAP)
13:00
Pausa para almoço
15:00
Mesa 2
MARGARIDA ACCIAIUOLI (FCSH-UNL)
Os Cinemas de Lisboa: um fenómeno urbano do séc. XX
ALEXANDRA TREVISAN (ESAP)
Cinema Batalha: um manifesto de modernidade no Porto dos anos 40
HENRIQUE MUGA (ESAP)
Cinema, Arquitectura e Dimensões Psicológicas
SARA PEREZ BARREIRO (UVA)
Espacios Urbanos y Domésticos en el Cine
Moderador: MARIA HELENA MAIA (ESAP)
17:00
Pausa para café
17:10
Mesa 3
JOSÉ MARIA GARCIA ROIG (ETSAM)
Fiat Lux - Tres Haces de Luz de la Arquitectura del Cine
DAVID RIVERA (U. Alfonso X el Sabio)
Arquitecturas de Medianoche - La Influencia de Hugh Ferriss en el Cine
CONCHA DIEZ-PASTOR (U SEK-Segovia)
Cinemarchitecture o la Visioarquitectura
NIEVES FERNÁNDEZ VILLALOBOS (UVA)
Manifestaciones del “As Found” en el Arte y el Cine de la Posguerra Británica
Moderador: FÁTIMA SALES (ESAP)
19:10
Porto de Honra
12 Outubro (6ª feira)
10:00 Abertura dos trabalhos
10:30
Mesa 4
ANABELA OLIVEIRA (UTAD)
Lições de Montagem: pedaços de película e… de papel
JOSÉ MANUEL COUTO (ESAP/PIAGET) e ANABELA MIMOSO
Cinema e Literatura Infantil
ANGELA FERREIRA (ESAP)
Do Mito da Caverna às Metáforas do Real no Cinema e na Fotografia
JOSÉ ALBERTO PINTO (ESAP)
Plasticidades Sonoras do Documentário
Moderador: M. F. COSTA E SILVA (ESAP)
13:00
Pausa para almoço
15:00
Mesa 5
JOSÉ CHAVETE (UVIGO)
Cinema Y Pintura
JAVIER TUDELA (UVIGO)
El Cine Y La Construcción Mítica Del Artista
MÁRIO ALBERTO MACHADO
O Plano À Superfície
CARLOS TRINDADE (ESAP)
Alguns Aspectos Relativos ao Relacionamento Entre Cinema e Pintura
Moderador: CARLOS MESQUITA (ESAP)
17:00
Pausa para café
17:10
Mesa 6
IGNÁCIO OLIVA (UCLAM)
En Torno al Concepto Film-Essay o Film Ensayo
M. F. COSTA E SILVA (ESAP)
João César Monteiro, a Arte Cinematográfica e as Artes Próximas –Contribuições e Dispersões
RITA FERRÃO (ETIC)
Blue De Derek Jarman - Para Lá Das Imagens
EDUARDO ABRANTES
Do Instante na Fotografia e no Cinema
Moderador: ANTÓNIO TEIXEIRA (ESAP)
19:10
Sessão de Encerramento
Sessão de Abertura
HELENA MAIA (ESAP) – O CINEMA E AS ARTES OU AS ARTES NO CINEMA
Breve intervenção de apresentação deste Colóquio, tanto no que se refere ao enquadramento
institucional em que se realiza, como no que respeita à perspectiva que presidiu à escolha do
tema e às expectativas de desenvolvimento futuro.
Nota curricular – Licenciada em História, variante de Arte e Arqueologia (FLUP, 1982) e Doutorada em Arquitectura
(UVA, 2002). É docente da Escola Superior Artística do Porto (desde 1984), membro fundador do Centro de Estudos
Arnaldo Araújo da ESAP (desde 1999) e investigadora integrada do IHA/Estudos de Arte Contemporânea da FCSHUNL (desde 2003). Actualmente é ainda Presidente do Conselho Científico e responsável pela Coordenação de
Pós-graduações da ESAP, colaborando regularmente com as Universidades de Valladolid e de Vigo no âmbito de
programas de doutoramento destas universidades. Ao nível da investigação, tem vindo a dedicar-se ao estudo da
Arte Contemporânea em geral e à História da Arquitectura Portuguesa em particular, especialmente à História do
Património e do Restauro Arquitectónico em Portugal e, mais recentemente, à articulação entre Arte e Identidade e
aos Cruzamentos da Arquitectura com outros campos artísticos, tendo vindo a publicar trabalhos nestas áreas, para
além de ter participado na organização de numerosos encontros nacionais e internacionais da especialidade, os
últimos dos quais foram os Colóquios Internacionais sobre Arte e Paisagem (Lisboa: FCSH-UNL, 2006) e o II Ciclo
Internacional de Conferências Modos de Conhecimento na Prática Artística Contemporânea (Porto: ESAP, JanJulho 2007, 34 conferências).
JOSEFINA GONZÁLEZ CUBERO (UVA) – MÁS ALLÁ DEL ESPEJO: LO ESPECULAR
El espejo como artefacto humano, o su asimilación material (agua, vidrio, superficies brillantes), nos
remite a otros objetos y espacios a los que refleja, mezclando imágenes insólitas con reales. El espejo
por su naturaleza, como objeto en sí mismo, y su cualidad funcional mezcla el mundo físico y óptico.
El papel del espejo adoptado en el arte (pintura, escultura, arquitectura y cine) pasa por varios niveles de
exploración: desde una mera representación del objeto hasta su aparición material, desde introducir un
nuevo marco dentro de la representación hasta convertir el reflejo en protagonista absoluto, desde
proporcionar una imagen congelada hasta ofrecer imágenes cambiantes en función del espectador.
La comunicación recorre cómo el reflejo ha sido explorado por las artes y el cine para construir mundos
ficticios que interactúan con la “realidad” de la representación o con la realidad física de la percepción,
introduciendo la multiplicidad, fragmentación y simultaneidad de las imágenes y la ambigüedad del
espacio.
Nota curricular – Arquitecto en 1986 por la E.T.S.A. y Doctor Arquitecto en 1996 por el Departamento de Teoría de
la Arquitectura y Proyectos arquitectónicos de la Universidad de Valladolid. Desde 1997 es Profesora Titular de
Universidad en Proyectos I y Doctorado. También imparte docencia desde 1992 en el Master de Diseño de
Interiores en la Escuela de Bellas Artes de la Universidad de Salamanca.
Entre los reconocimientos obtenidos destacan los siguientes primeros premios: - En concursos: Sede del Colegio
Oficial de Arquitectos de Burgos (1987) y Pabellón de Castilla y León en la Exposición Universal de Sevilla (1992). Por obras construidas: Premio de Restauración de Castilla y León por la Iglesia de Soto de Bureba en Burgos (1996)
y Premio de Urbanismo, Diseño Urbano y Paisajismo de Castilla y León por las Intervenciones en el Camino del Cid
en Burgos (2000). Premio de Accesibilidad de Castilla y León por Centro de atención Integral de Parálisis Cerebral
ASPACE en Valladolid (2005).
En la actualidad desarrolla su investigación sobre vivienda, arquitectura y cine y es investigadora integrada del
Centro de Estudos Arnaldo Araújo da ESAP.
Mesa 1
NÉ BARROS (ESAP) – DANÇA CINEMÁTICA
A relação da dança com o cinema, o vídeo e as novas tecnologias tem vindo a ser aprofundada ao longo
de século vinte resultando como sabemos em formas de arte híbridas. Como pensar o corpo dançante
nestas formas? Qual o impacto do cruzamento da linguagem cinematográfica na recepção da dança?
Algumas questões que se pretendem reflectir a partir de exemplos de filmes de realizadores e filmes de
coreógrafos. Pretende-se ainda discutir: a edição e a composição coreográfica nas suas proximidades
formais e de construção narrativa; a passagem do corpo performativo ao corpo imagem.
Nota curricular – Coreógrafa e co-fundadora do balleteatro, é doutorada em Dança pela Universidade Técnica de
Lisboa. Estudou nos E.U.A. e em Londres onde concluiu um M.A. in Dance Studies.. Com o Balleteatro Companhia
apresentou grande parte dos seus espectáculos. A convite do Teatro Nacional S. João apresentou um ciclo em
Fevereiro 2007 (Ciclo Né Barros) dedicado ao seu trabalho coreográfico e performativo. Trabalhou ainda com a
Companhia Nacional de Bailado, onde apresentou "Passos em Branco" (1999), pela qual viria a receber o Prémio
Melhor Coreografia, e com o ex-Ballet Gulbenkian onde estreou "exo" (2001). No âmbito de um programa conjunto
do Centro Cultural de Belém e Remix Ensemble, apresentou, em 2002, "Nº 5", com a qual representou Portugal nos
encontros Repèrages de Danse à Lille (França). Ao longo da sua carreira realizou diversas performances e
colaborou com diversos artistas das áreas da fotografia, do cinema, da música e artes plásticas. Como actriz fez
teatro e cinema e realizou alguns vídeo-dança. Tem apresentado várias conferências em Portugal e estrangeiro e
tem artigos publicados sobre análise, composição e estética da dança e sobre o Corpo em diversas revistas e livros.
Foi professora convidada em diversas instituições e universidades e é professora na ESAP. É investigadora
integrada do IHA/Estudos de Arte Contemporânea da FCSH-UNL (desde 2006) e do Centro de Estudos Arnaldo
Araújo (desde 2007).
BARBARA BARROSO (IPB) – O CORPO PERFORMATIVO DE TRANSE
Transe (2006) é o processo de deriva na Europa de uma jovem mulher russa (Sónia) à medida que é
encerrada nas malhas da imigração ilegal e da prostituição. O seu percurso é de encerramento físico e
mental, a tal ponto que se torna impossível discernir com clareza o que é exterior (descrição) e o que é
interior (alucinação) à personagem. Tal como na arte performativa, o corpo torna-se o elemento de
significação, expressão emocional, e confrontação. O corpo é material e concreto: o escrutínio da câmara
sobre o corpo, o rosto e o olhar de Sónia. O corpo explora-se numa relação dialéctica entre formas
exteriores e interiores de resposta à agressão. Deste ponto de vista agressivo, o filme rasura-se a si
próprio num contínuo processo de transe (como o afirma o título), em que o físico e o psico-espiritual se
tornam um continuum em lugar de uma dicotomia.
Nota curricular – Bárbara Barroso é licenciada em Som e Imagem com especialização de Argumento, pela Escola
das Artes da Universidade Católica do Porto, e Mestre em Cultura e Comunicação – Documentário, pela Faculdade
de Letras da Universidade do Porto. É docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Mirandela do Instituto
Politécnico de Bragança. Prepara o doutoramento subordinado ao estudo do Cinema Experimental Português na
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Vigo/ESAP.
ROBERTO MERINO (ESAP) – TEATRO E CINEMA: A PERSISTÊNCIA DO ROSTO
Um pouco de historia
“ Os irmãos Lumiére não acreditavam que o seu cinematógrafo poderia servir para o entretenimento de
grandes multidões, no entanto havia alguém que, desde que viu as primeiras imagens animadas
projectadas sobre o ecrã do Grand Caffe, tinha uma ideia diametralmente oposta sobre o futuro do
invento. Este homem era George Meliés, parisiense, prestidigitador e director do teatro Robert Houdin ,
reinado da magia branca , da ilusão, dos mágicos de salão. Por essa razão conhecia os gostos do
público e adivinhou imediatamente o que, nas suas mãos, poderia chegar a ser o cinematógrafo.
Ofereceu aos irmãos Lumiére comprar-les o aparelho, mas encontrou-se com uma negativa: “ a nossa
invenção não está a venda. Pode ser explorada por algum tempo como uma curiosidade científica, mas
não tem nenhum futuro comercial. Para si seria a ruína “… (in Historia ilustrada del cine, René Jeanne e
Charles Ford )
O teatro sempre teve um rosto, uma cara, mesmo quando esse rosto era representado por uma máscara
que cobria a cara dos actores. Da antiguidade clássica nos ficaram os retratos de cenas de
representação, personagens humanos ou deuses mascarados representados em frisos, ânforas ou
estelas funerárias. Tivemos que esperar até o aparecimento do cinema para ver em movimento os rostos
de actores encarnando personagens teatrais, parte dessa conquista se deve àquele homem de teatro e
prestidigitador que foi Meliés quando acreditou no futuro da imagem em movimento. As imagens que
pretendo mostrar ilustram séculos de historia do teatro e os seus protagonistas, desde o actor grego
reinterpretado de Electra até as imagens silenciosas de Buster Keaton e Charles Chaplin , passando pelo
celebre actor francês Mounet-Sully que Sigmund Freud veria em Paris empoleirado no galinheiro teatral,
devido aos seus escassos ingressos, interpretando o papel do Édipo Rei.
Nota curricular – Roberto Merino Mercado (15/07/52 - Concepción, Chile). Profesor e Director do Curso Superior
de Teatro da ESAP Desde 1974 em Europa, trabalha na RFA e em Portugal desde 1975. Professor do Ensino
Superior nas áreas de Teatro e Teatro e Educação
Dramaturgo e Encenador profissional de Teatro. Estúdos Universitários em Matemáticas, na Universidade de
Concepción Chile/especialização em Estatísticas. DESE em Animação Cultural de Escola pelo Instituto
Piaget/Escola Superior de Educação de Almada. Professor do Ensino Superior desde 1972: Professor Auxiliar
(aluno Ajudante) no Departamento de Estatística do Instituto de Matemáticas da Universidade de Concepción/ Chile;
Professor do Departamento de Educação pela Arte da Universidade de Concepción Chile; Professor de
Matemáticas da Universidade de Concepcion sede de El Carbón, Chile; Professor convidado regularmente a
participar em actividades académicas na Escuela de Teatro, Facultad de Artes de la Universidad de Santiago de
Chile.
CARLOS MELO FERREIRA (ESAP) – DA POTÊNCIA AO ACTO E RETORNO
O que do cinema está presente nas outras artes é a capacidade de reprodução e de criação do
movimento, do tempo: a montagem, a duração. O que das outras artes está presente no cinema é a
capacidade, o poder de sugestão mas actualizado, em acto. Assim o cinema cumpre o que as artes
anteriores apenas anteviam, prometiam, e vai sobre elas influir, fazendo-as enveredar por formas mais
abstractas de sugestão do movimento e do tempo, mas também da montagem e duração, e mesmo da
cor e do som. Isto em relação à pintura, escultura, arquitectura, mas também em relação à literatura, ao
teatro e até à música e à dança (da “imagem musical” e da “música visual” à dança de que reproduz,
acelera ou retarda a leveza). Além disso o cinema também pensa e ajuda as outras artes a pensar.
Nota curricular – Professor na Escola Superior Artística do Porto há 16 anos, tem leccionado, nomeadamente,
programas de História do Cinema, de Filmologia, de Análise de Filmes, de Estética do Cinema e de História do
Cinema Português no Curso Superior de Cine-Vídeo, e de Antropologia Visual e de Semiologia da Imagem no Curso
Superior de Arte e Comunicação. Realizou seminários temáticos sobre “A cor no cinema”, “A palavra no cinema”, “A
teoria dos géneros no cinema”, “A figura humana no cinema 1. Os actores; 2. Os não-actores”. Participou no I
Doutoramento ESAP sobre “Práticas Artísticas Contemporâneas”. Publicou “O Cinema de Alfred Hitchcock” (1985),
“Truffaut e o Cinema” (1991) e “As poéticas do cinema” (2004 - tese de doutoramento), e tem centenas de artigos e
ensaios sobre cinema publicados desde 1986. É investigador integrado do Centro de Estudos Arnaldo Araújo da
ESAP desde 2007.
Moderador: EDUARDA NEVES (ESAP)
Nota curricular – Licenciada em Filosofia (FLUP) e doutoranda em Estética da Fotografia (UNED).
É docente na ESAP.
Mesa 2
MARGARIDA ACCIAIUOLI (FCSH-UNL) – OS CINEMAS DE LISBOA: UM FENÓMENO URBANO DO SÉC. XX
Parte integrante do património urbano, os cinemas de Lisboa ocuparam posições estratégicas na capital e
integraram-se na paisagem e na memória colectiva como nenhum outro equipamento o havia conseguido
até então. A questão que hoje se coloca é a de saber se devemos olhar com candura para a degradação
a que chegaram estes espaços ou se devemos analisar as práticas da sua “destruição” como uma
manifestação do estado a que chegou a capital.
Nota curricular – Professora catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa.
É coordenadora e docente da área de História da Arte Contemporânea no curso de Mestrado em História da Arte,
onde exerce o ensino há 25 anos.
Doutorada em História da Arte Contemporânea em 1991, com uma dissertação sobre «Os Anos 40 em Portugal: o
país, o regime e as artes», tem prosseguido a sua investigação alargando a base cronológica desse seu estudo e
preparando cursos que anualmente renova e actualiza.
Responsável pela orientação de teses de Mestrado e de Doutoramento na área em que se especializou, dirige um
projecto de criação de uma base de dados sobre Arte Portuguesa do século XX, financiado pela Fundação para a
Ciência e a Tecnologia e em colaboração com outras universidades.
Autora de diversificada bibliografia, publicou estudos sobre as «Exposições do Estado Novo, 1934-1940» (Livros do
Horizonte, 1998) e sobre os pintores «Almada Negreiros» (Fundação March, Madrid, 1983 e Fundação Calouste
Gulbenkian, 1984 e 1985), «Alvarez» (Prelo, revista da Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1985), «Vieira da
Silva» (Colóquio / Artes, Junho, 1988), «Amadeo de Souza-Cardoso» (Europália, 1991), «Fernando Lemos»
(Caminho, 2005), e sobre o «Grupo KWY», (CCB, 2001).
Tem artigos publicados em jornais, catálogos de exposições e revistas da especialidade.
Colaborou na organização das exposições Os anos Quarenta na Arte Portuguesa (FCG, 1982), Cinquentenário da
Morte de Malhoa (SNBA, 1983), Retrospectiva de Almada Negreiros (FCG, 1984), Grafismo e Ilustração nos Anos
20 (FCG, 1986) e De Amadeo a nuestros dias (Museo Espanhol de Arte Contemporâneo, Madrid, 1987).
Foi comissária das exposições Amadeo de Souza-Cardoso (Europália, Museu de Arte Moderna de Bruxelas, 1991)
e KWY, Paris, 1958-1968 (Centro Cultural de Belém, 2001), escrevendo artigos e coordenando os respectivos
catálogos.
ALEXANDRA TREVISAN (ESAP) – CINEMA BATALHA: UM MANIFESTO DE MODERNIDADE NO PORTO DOS
ANOS 40
Em 1947 foi inaugurado no Porto o Cinema Batalha, uma obra da autoria do arquitecto Artur Andrade. O
impacto social e cultural que este edifício teve na cidade leva-nos a perceber uma rede de relações que
envolvem diferentes áreas artísticas e a proximidade de objectivos que os movia. Assim, também em
1947, foi criado o Cine-Clube do Porto e a a Organização do Arquitectos Modernos (ODAM),
organizações cuja acção na cidade foi importante para abrir novas perspectivas nas áreas do cinema e
da arquitectura. O Cinema Batalha revelou-se o lugar de encontro privilegiado no qual estes cruzamentos
se consubstanciaram.
Nota curricular – Licenciada e Mestre em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Encontra-se a desenvolver a tese de doutoramento no departamento de Teoria da la Arquitectura y Proyectos
Arquitectónicos da ETSA da Universidade de Valladolid, com o título “As influências internacionais na arquitectura
moderna no Porto, 1935 a 1960”.
É membro fundador do Centro de Estudos Arnaldo de Araújo da ESAP onde tem vindo a desenvolver trabalho de
investigação no campo da Arquitectura Portuguesa Contemporânea.
Entre 2003 e 2007 foi investigadora integrada do IHA/Estudos de Arte Contemporânea da FCHS-UNL.
É membro do Conselho Científico da ESAP.
HENRIQUE MUGA (ESAP) – CINEMA, ARQUITECTURA E DIMENSÕES PSICOLÓGICAS
Analisam-se algumas dimensões da experiência psicológica do cinema, tanto ao nível da relação do
espectador com o objecto fílmico em si, como ao nível da sua interacção com as variáveis sócioambientais que enquadram a fruição do filme.
Nota curricular – Licenciado em Psicologia – Universidade do Porto e Mestre em Psicologia Social – Universidade
do Porto.
Docente de Psicologia da Arte na Escola Superior Artística do Porto.
Investigador do Centro de Estudos Arnaldo Araújo – ESAP
Autor de obras bibliográficas no âmbito da psicologia da arquitectura e da psicologia da arte
SARA PEREZ BARREIRO (UVA) - ESPACIOS URBANOS Y DOMÉSTICOS EN EL CINE
Son cada vez más las películas que convierten en actor a los escenarios donde se desarrolla la trama
principal del argumento. Espacios que se convierten en un protagonista más del propio film. Estos han
sido diseñados con todo lujo de detalles, transmitiendo al espectador su propia personalidad. Recrean
todo tipo de lugares, algunos de ellos son fácilmente reconocibles, pero otros, para mi los más
interesantes, son diseñados específicamente para el largometraje. Ciudades futuristas, visionarias, tal vez
imposibles, sucias, oscuras, o todo lo contrario, relucientes y asépticas, pero que siempre nos introducen
en el carácter de la trama. Sin embargo, no sólo se nos muestran ciudades, sino también espacios
interiores donde podemos reconocer algunos de los ámbitos donde desarrollamos nuestra vida
diariamente. La magia de la gran pantalla nos permite que esos lugares que hasta ahora solo existían en
nuestra imaginaci6n, se hagan reales en las películas.
Nota curricular – FORMACIÓN ACADÉMICA: Titulada en Arquitectura por la Escuela Técnica Superior de
Arquitectura de Valladolid, plan 75, en la especialidad de Edificación y en la especialidad de Urbanismo. MONTAJE
DE EXPOSICIONES: Montaje de la exposición "Le Corbusier Chandígarh. 50 anos de vida" en Oviedo y Salamanca.
Montaje de la exposición "La ciudadela perdida. Una visión arquitectónica de Bam antes de su destrucción" en
Valladolid. Maquetación y montaje de la exposición "Arquitectura Noruega 1995-2000" en Valladolid; EXPERIENCIA
LABORAL: Colaboraciones en e/ estudio de Oanie/ Vil/a/obos A/onso y Marta Úbeda B/anco, Actualmente trabajo
en mi propio estudio. Ejerzo mi docencia en la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Valladolid desde el
curso 2004-05; PUBLlCACIONES: WAA, H12 edifícios de arquitectura moderna en Vafladofid", Sever Cuesta,
Valladolid, 2006. Dentro de este libro el capitulo titulado:"Colegio Cristo Rey, nave de talleres proyectada por Luis M.
Feduchi" CONFERENCIAS: "CICLO DE NUEVE CONFERENCIAS DE ARQUITECTURA MODERNA EN
VALLADOLlD". Ciclo organizado por la Asociación Cultural Surco, y el Departamento de teoría de la Arquitectura y
Proyecto arquitectónicos de la Escuela Técnica Superior de Valladolid. Dada el 11 de Marzo de 2006, en el Colegio
Cristo Rey "EGIPTO Y LOS EJES". Conferencia incluida dentro dei ciclo de doctorado "Modernidad,
contemporaneidad en la Arquitectura", organizado por el Departamento de teoría de la Arquitectura y Proyecto
arquitectónicos de la Escuela Técnica Superior de Valladolid. Dada el 18 de Abril, en el Salõn de Actos de la
Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Valladolid. "INSTITUTO CRISTO REY" realizada el 8 de Mayo dei 2006
en La Universidade da Beira Interior dentro dei Ciclo de "Linking Architecture". "ARQUITECTURA Y ESPACIOS
CINEMATOGRÁFICOS" realizada dentro Coloquio Internacional "Arte e Paisagem" organizado por IHA/Estudos Arte
Contemporânea, en septiembre de 2006.
Moderador: MARIA HELENA MAIA (ESAP)
Nota curricular – Licenciada em História, variante de Arte e Arqueologia (FLUP, 1982) e Doutorada em Arquitectura
(UVA, 2002). É docente da Escola Superior Artística do Porto (desde 1984), membro fundador do Centro de Estudos
Arnaldo Araújo da ESAP (desde 1999) e investigadora integrada do IHA/Estudos de Arte Contemporânea da FCSHUNL (desde 2003). Actualmente é ainda Presidente do Conselho Científico e responsável pela Coordenação de
Pós-graduações da ESAP, colaborando regularmente com as Universidades de Valladolid e de Vigo no âmbito de
programas de doutoramento destas universidades. Ao nível da investigação, tem vindo a dedicar-se ao estudo da
Arte Contemporânea em geral e à História da Arquitectura Portuguesa em particular, especialmente à História do
Património e do Restauro Arquitectónico em Portugal e, mais recentemente, à articulação entre Arte e Identidade e
aos Cruzamentos da Arquitectura com outros campos artísticos, tendo vindo a publicar trabalhos nestas áreas, para
além de ter participado na organização de numerosos encontros nacionais e internacionais da especialidade, os
últimos dos quais foram os Colóquios Internacionais sobre Arte e Paisagem (Lisboa: FCSH-UNL, 2006) e o II Ciclo
Internacional de Conferências Modos de Conhecimento na Prática Artística Contemporânea (Porto: ESAP, JanJulho 2007, 34 conferências).
Mesa 3
JOSÉ MARIA GARCIA ROIG (ETSAM) – FIAT LUX - TRES HACES DE LUZ DE LA ARQUITECTURA DEL CINE
W.Luckhardt concibe en 1927 la idea de una arquitectura de la luz, aunque es Mendelsohn el que la
entiende elemento predominante de la estética de la Nueva Arquitectura como Boullée y Le Corbusier
(l’art de nous émouvoir par les effets de la lumière appartient à l’architecture) Pero antes, en el Faust de
Murnau, construye el espacio en el cine Expresionista. Bajo su influencia, en el cine clásico, por
ejemplo en Cat People, el fascinante film de Tourneur, supone un elemento esencial de la
dramatización y, en la habitación mortuoria del Ordet de Dreyer, en la escenografía de Appia del Orfeo y
Euridice para la sala de la Escuela de Hellerau de Tessenow, el amor se representa con un único haz y
resplandece envuelto en una luz que no es de este mundo.
Nota curricular – José Manuel García Roig (1949), es doctor arquitecto por la E.T.S.A.M. Docencia en Análisis de
Formas Arquitectónicas (Escuela de Arquitectura, Valladolid 1981-87), Historia de la Arquitectura y del Urbanismo y
La arquitectura de la metrópoli en el cine (Escuela de Arquitectura, Madrid 1987-2007). Profesor investigador en la
Facoltà di Architettura, Politecnico di Milano (1982, 1990) y la Hochschule für Architektur, T.U. Berlín (2001).
Publicaciones: Heinrich Tessenow. Pensiero utopico, germanità, architettura (Laterza); Tessenow, Handwerk und
Kleinstadt (Yebra) y Der Wohnhausbau (Unicopli); Tres arquitectos alemanes: Bruno Taut, Hugo Häring, Martin
Wagner (Universidad de Valladolid); Bruno Taut, La casa y la vida japonesas (Caja de Arquitectos); Mirada en off.
Espacio y tiempo en cine y arquitectura (Mairea). Actualmente dirige, con el profesor David Rivera, los Cuadernos
de Cine y Arquitectura La ventana indiscreta.
DAVID RIVERA (UNIV. ALFONSO X EL SABIO) – ARQUITECTURAS DE MEDIANOCHE - LA INFLUENCIA DE
HUGH FERRISS EN EL CINE
La conferencia propuesta analiza el impacto de las visiones urbanas del arquitecto y dibujante Hugh
Ferriss, así como de la imaginería arquitectónica futurista de los años 20 a 50 (desarrollada por hombres
como Harvey Wiley Corbett, Norman Bel Geddes, Wallace K. Harrison o Raymond Loewy) sobre la
cultura cinematográfica en general, y especialmente sobre el cine de ambiente arquitectónico “retro”
aparecido en las últimas dos décadas. En efecto, la influencia de Hugh Ferriss sobre la creación de
atmósferas cinematográficas ha renacido imprevisiblemente a finales del siglo XX. En realidad, los dibujos
de Ferriss, así como sus observaciones teóricas sobre el futuro de las grandes ciudades, pueden
contrastarse de forma interesante y significativa tanto con las propuestas modernólatras del Período de
Entreguerras, como, a la inversa, con las visiones frecuentemente apocalípticas del cine del cambio de
siglo, pero es este último conjunto de proyecciones y advertencias el que posee un valor más evidente
para nosotros, planteándonos la tarea de explicar la razón por la que los sueños tecnológicos y
arquitectónicos de la época del Art Déco han regresado varias décadas después transformados en
pesadillas.
Nota curricular – David Rivera Gámez es historiador. Es profesor de la Universidad Alfonso X el Sabio, donde
imparte las asignaturas Historia de la arquitectura y el urbanismo y Teoría de la restauración. También es profesor
de Historia de la arquitectura en los Cursos de Arquitectura de Interiores impartidos por el Departamento de
Construcción y Tecnología Arquitectónicas de la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Madrid. Es
especialista en restauración arquitectónica y forma parte de un equipo dedicado regularmente a la intervención en
edificios históricos.
Desde hace varios años se dedica al estudio de las relaciones existentes entre el cine y la arquitectura, organizando
ciclos y coloquios universitarios e impartiendo conferencias sobre este tema en diversas instituciones culturales. Es
co-director de La Ventana Indiscreta, publicación periódica dedicada al vasto campo de las relaciones e
intercambios desarrollados entre el cine y la arquitectura, así como autor del libro Tabula Rasa. El Movimiento
Moderno y la ciudad maquinista en el cine (1960-2000).
CONCHA DIEZ-PASTOR (UNIV. SEK-SEGOVIA) – CINEMARCHITECTURE O LA VISIOARQUITECTURA
La arquitectura y el cine están relacionados desde comienzos del siglo XX. La aparición del cine como
medio de expresión plástica atrajo a los arquitectos que, gracias a su formación geométrica y su
capacidad visual, les permitía valerse del manejo de la cámara para recrear realidades, y jugar con todos
los elementos propios del medio: el campo visual, las perspectivas, la iluminación, el tiempo y, cómo no,
el entorno, ya se tratase de decorados, ya de entornos reales. Esto explica la proliferación de directores
de cine arquitectos en el periodo de entreguerras (Eisenstein, Lang, Ruttmann, Cavalcanti, Sobrevila)
sucedidos después por otros como Greenaway o Colomo.
La fascinación por la arquitectura ha sido una constante del cine. Desde Tati a Tarkovski, pasando por
Kubrik, Scott, Oliveira, Wenders o Soderbergh, los orígenes podrían situarse en Aelita, Das Cabinet des
Doktor Caligari, Berlin. Die Sinfonie der Grosstadt, Things to Come o Metropolis. La necesidad de
proporcionar un entorno a la historia fílmica, sea real o inventado -aunque siempre crítico y, por lo tanto,
personal- ha hecho que la arquitectura sea esencial para el cine, que ha vivido durante décadas de los
ejemplos y la imaginación arquitectónicos, haciendo posibles sus utopías.
En los últimos años empieza a verse cómo se invierte esta tendencia, y el cine -como el cómic- empieza a
convertirse en fuente de inspiración de la nueva visioarquitectura o cinearquitectura, que si bien tiene
sentido en el celuloide, fuera de él no podría clasificarse como arquitectura al uso: no tiene afán de
pervivencia, no sigue los parámetros de la estética -y, por lo tanto, tampoco de la ética-, no responde a un
orden teórico claro y no tiene una función claramente identificable. A esta endencia representada por Nox
o Future Systems han sucumbido arquitectos como Ghery, MRVDV, OMA o Hadid. ¿Se trata de una
moda o estamos ante el futuro arquitectónico?
Nota curricular – Doctor Arquitecto (2003) - Departamento de Composición Arquitectónica, Escuela Técnica
Superior de Arquitectura de Madrid (ETSAM). Tesis, “Carlos Arniches y Martín Domínguez, y los demás”
(sobresaliente “cum laude” por unanimidad). Director, Dr. Miguel Ángel Baldellou.
Desde 2003 - Profesora del Departamento de Proyectos de la Universidad SEK-Segovia y hasta 2004, también de la
Universidad Camilo José Cela (Madrid). 2005 - Publicación de Carlos Arniches y Martín Domínguez, arquitectos de
la generación del 25. ISBN: 84-932367-8-0.
Artículos en Geocrítica, Anuario SEK, Oppidum y TAULA 99. Conferencias en la ETSAM, Bauhaus UniversitätWeimar y Universidad SEK-Segovia.
Participación en numerosos congresos nacionales e internacionales. Colaboradora del Diccionario biográfico
español de la Real Academia de la Historia, de próxima aparición. Segundo libro, en preparación
NIEVES FERNÁNDEZ VILLALOBOS (UVA) – MANIFESTACIONES DEL “AS FOUND” EN EL ARTE Y EL CINE
DE LA POSGUERRA BRITÁNICA
Tras la II Guerra Mundial se desarrollaron en Gran Bretaña diversas manifestaciones artísticas, del
mundo de la literatura y del teatro, que produjeron obras realistas y críticas a modo de protesta
intelectual, social y política. También en el cine, un grupo de jóvenes pasó a la acción creando el
movimiento independiente Free Cinema que surgió tras la proyección de una serie de cortometrajes en el
National Film Theatre londinense, entre 1956 y 1959. Las películas, siguiendo la línea del documental,
trataban de aproximarse a los seres anónimos de la sociedad mediante un cine comprometido, rodado al
margen de los estudios y con escasos medios. Algunas de ellas, como Together (Lorenza Mazzetti, 1956)
retrataban la vida callejera del Londres bombardeado, de un modo muy similar al que el artista Nigel
Henderson había mostrado unos años antes en sus fotografías, poniendo de manifiesto una nueva forma
de contemplar lo cotidiano que influiría en los arquitectos Alison y Peter Smithson. Éstos, bautizarían el
enfoque compartido como: “As Found”- “el arte del según se encuentra”.
Nota curricular – Nieves Fernández Villalobos (Salamanca, 1975). Arquitecta por la E.T.S.A.V (2001). Beca de
Colaboración en el Taller de Proyectos de la ETSAV, con JMAD Arquitectos, para la redacción de Proyectos de
arquitectura, paisaje y patrimonio (2000-2004). Doctorado: “Modernidad, Contemporaneidad en la Arquitectura”.
Valladolid (2001-2003). Desde el 2003 profesor a tiempo parcial en el Departamento de Teoría de la Arquitectura y
Proyectos Arquitectónicos, en el área de Composición Arquitectónica, impartiendo asignaturas relativas al Diseño.
Actualmente está desarrollando su tesis doctoral sobre Alison & Peter Smithson, y comparte estudio de arquitectura
con Andrés Jiménez Sanz.
PUBLICACIONES: “Iglesia de Santo Domingo de Guzmán: Ritmo, luz, límites y escala”. A.A.V.V. 12 edificios de
arquitectura moderna en Valladolid. UVA, Surco, y E.S.A. do Porto. Valladolid, 2006./ CONFERENCIAS: “MicroArquitectura y Macro-Diseño: Nuevas formas de habitar” (Museo Patio Herreriano. Valladolid. Marzo, 2005. – “MicroArchitecture & Macro-Design. Time as a design tool for domestic space”. (Amberes, Enero, 2006) - “¿Un Futuro en
30 m2?" (Museo Patio Herreriano. Valladolid. Febrero, 2006) - “Ritmo, luz, límites y escala”. (Valladolid. Marzo,
2006) – “Alison & Peter Smithson: paisagens domésticas futuristas”. Colóquio Internacional Arte e Paisagem.
(Lisboa. Octubre, 2006.)/ WORKSHOP: “Time as a design tool for domestic space”. ADSL Week: “XYZ + t - The 4th
dimension of space” Higher Institute of Architectural Sciences Henry van de Velde. (Amberes. Bélgica 23-27 de
Enero, 2006)
Moderador: FÁTIMA SALES (ESAP)
Nota curricular – Licenciada em História, variante de Arqueologia (FLUP) e Doutorada em Arquitectura (UVA) é
docente de História da Arquitectura Moderna e de História da Arte na ESAP. É ainda docente do Programa de
Doutoramento Problemas de la Arquitectura y Ciudad Moderna Teoria, Historia, Proyectos da Universidade de
Valladolid.
Tem vindo a desenvolver trabalho de investigação sobre História da Arquitectura Portuguesa e, mais recentemente,
no campo da Paisagem, de que resultou a publicação de vários trabalhos.
É investigadora integrada do Centro de Estudos Arnaldo Araújo da ESAP.
Mesa 4
ANABELA OLIVEIRA (UTAD) – LIÇÕES DE MONTAGEM: PEDAÇOS DE PELÍCULA E… DE PAPEL
A eloquência do cinema e da literatura na sala de montagem. Jogos de presenças e de sentidos,
articulação de vários planos e recomposição de materiais. A sintaxe da criação, a plenitude criativa.
Cineastas que espelham montagens literárias nascidas nos primórdios do cinema e escritores que
aprendem lições de montagem cinematográfica. Fotogramas e vozes narrativas múltiplas, descontínuas e
fragmentadas. Vozes simultâneas de montagem alternada, vozes prismáticas e paralelismos da
montagem paralela, vozes abruptas e arbitrárias de montagem das atracções.
Lições de montagem partilhadas por Raoul Ruiz e Marcel Proust, por Sergei Eisenstein e António
Tabucchi.
Nota curricular – Professora Auxiliar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Doutorada em Literatura
Comparada com a dissertação Romance Português e Polifonia(s) - estudos de narratologia e de cinematografia
(1970-1990). Orienta a sua pesquisa científica no âmbito da recepção do nouveau roman em Portugal, da mitocrítica
e relações dialógicas entre literatura e cinema. Lecciona as disciplinas de Literatura e Cinema (licenciatura e
mestrado), Análise da Imagem, Atelier de Drama e Cultura. Leccionou vários seminários em diversos mestrados no
âmbito da análise do discurso fílmico. Tem comunicações apresentadas em múltiplos colóquios nacionais e
internacionais, conferências convidadas nas Universidades de Paris III e de Utrecht e publicações em revistas
nacionais e internacionais.
JOSÉ MANUEL COUTO (ESAP/PIAGET) E ANABELA MIMOSO – CINEMA E LITERATURA INFANTIL
Cinema e Literatura constituem-se como duas artes complementares, que se prolongam e completam.
Pensando no caso concreto da Literatura Infantil, o cinema pode desempenhar um papel relevante: a
imagem, o som, o movimento total da sala de espectáculo, de que a relação do sujeito com a tela faz
parte integrante, pode dar lugar ao encontro com o texto literário, no espaço reservado e íntimo da sala,
do quarto, da simples mesa de café, onde leitor e texto se entregam mutuamente numa saudável luta
geradora de sentido(s): o texto esconde; o leitor procura e desvenda. Outras vezes, é o livro que
transporta o leitor à procura de leituras outras, na tela.
Contudo, a adaptação de uma obra literária infantil ao cinema ultrapassa em muito a exigência da
adaptação de uma qualquer outra obra literária. Embora impondo os mesmos desafios e problemas que a
transposição de linguagens requer, há que ter em conta muitos outros cuidados, sobretudo de natureza
psicológica, que são específicos das obras destinadas a esta faixa etária e para os quais psicólogos e
educadores têm vindo a chamar a atenção. Só respeitando estas especificidades se pode falar em
Cinema para crianças do mesmo modo que se fala em Literatura para crianças.
Nota curricular – JOSÉ MANUEL COUTO. Docente do Curso Superior de Teatro, na ESAP, nas disciplinas de
Análise Textual, Dramaturgia e Teoria do texto Literário. Docente do Instituto Piaget, nos Cursos de Licenciatura em
Educação de Infância e de Professores do 1º e 2º ciclos do ensino básico, nas disciplinas de Didáctica da Língua
Materna, Literatura Infanto-juvenil e Expressão Poética. Mestre em Ciências da Educação – Psicologia da Educação
– e doutorando em Didáctica da Língua Materna, com tese sobre o contributo do jogo e expressão dramática na
aquisição e desenvolvimento de competências linguísticas e literárias no 1º ciclo do ensino básico.
Nota curricular – ANABELA MIMOSO Licenciada em História, Mestre em Cultura Portuguesa, Doutora em Cultura
Portuguesa, pela FLUP. Foi docente de Cultura Portuguesa e Lit. Infantil numa ESE, é professora efectiva de Língua
Portuguesa no 2º ciclo.
Autora de literatura infanto-juvenil desde 1986, co-autora de manuais escolares para o ensino de Português do
5º,6º,7º,8º e 9º anos – Porto Editora (entre 1980 e 2000); autora de trabalhos de investigação na área da Literatura
infanto-juvenil, da Lit. tradicional e da Lit. dos sécs. XVI e XVII, autora e apresentadora do programa Infantil O
Cantinho da Pequenada na Rádio Clube de Gaia (1987) e coordenadora da página “Ensino e Educação” do jornal
Contemporâneo (1988). Faz parte dos corpos directivos da Associação de Escritores de Gaia e da Associação
Amigos do Solar dos Condes de Resende/Confraria Queirosiana; tem feito comunicações em vários encontros de
professores, escritores e bibliotecários, e feito animação em bibliotecas públicas (em Portugal e Galiza) e escolares,
e participado em encontros com os alunos em escolas portuguesas e galegas. Fez parte dos projectos “Malas
Viaxeiras” (2004/5), “Estafeta do Conto” (2006) e, “Pintar o Verde com Letras” (2007) da Delegação Norte do
Ministério da Cultura
ANGELA FERREIRA (ESAP) – DO MITO DA CAVERNA ÀS METÁFORAS DO REAL NO CINEMA E NA
FOTOGRAFIA
“Não podemos conhecer as coisas tal como elas são em si mesmas,
pois a aparência é o que está ao nosso alcance”
Jean Luc Godard
Os poderes da imagem remetem-nos para um domínio delicado e quase secreto: A imagem é sempre
uma alteração voluntária ou não, da realidade, e constitui um segundo mundo, com características
próprias, pelo que nos coloca sempre perante processos de derivação.
Todavia, ainda que desde sempre perturbante, a imagem permite ver. Eis por isso o paradoxo: não nos
contentamos com a imagem, porque queremos que ela seja real, e não nos contentamos com o real,
porque queremos que ele seja uma imagem. Resta discutir em que condições, hoje, se realizam as trocas
entre ambos. Parece que ambos decidiram encalhar num namoro eterno que ora se concilia, ora se
distancia. Ao ponto de se perguntar: A fronteira entre real e imagem diluiu-se? Ainda sentimos que
participamos no real, ou hoje predomina, o sentimento de irrealidade?
Ao espectador deste cenário múltiplo de imagens, caberá a possibilidade de fazer as leituras imaginárias
e simbólicas do real numa releitura anárquica imaginária.
Nota curricular – Nascida a 25 de Outubro de 1975, Ângela Mendes Ferreira é licenciada em Direito pela
Universidade do Minho em Braga, onde exerceu Advocacia e cursou Fotografia. A sua obra foi inserida em várias
exposições individuais e colectivas e publicou uma obra de Fotografia e Texto sobre a Índia portuguesa e sobre os
retratos pintados dos índios Brasileiros, designada Painted Pictures, tendo este ultimo sido exposto nos Encontros
da Imagem, Braga, 2004. Colabora com os Encontros da Imagem enquanto membro da Direcção desde 2006.
Optando por uma carreira no domínio da Fotografia, realizou no ano de 2003, como bolseira da Embaixada Real dos
Países Baixos, um mestrado europeu em Multimédia e Tecnologias na área da Fotografia Digital na Utrecht School
of Arts.
Como dissertação de mestrado, estudou as comunidades indígenas do Estado de Amazonas e Ceará, um estudo
antropológico e imagético sobre a identidade indígena. Em paralelo colaborou como docente na Faculdade de
Comunicação e Imagem da Grande Fortaleza-Brasil nas áreas de Fotografia e Estética de Arte.
É Directora do Curso de Fotografia da Escola Superior Artística do Porto e é pós-graduada em Direcção Artística
pela mesma instituição.
Tem, o seu trabalho representado nas galerias Mário Sequeira em Braga, , Museu da Imagem e do Som de
Fortaleza. Brasil, Museu de Arte contemporânea, Dragão do Mar, Brasil, Mosteiro de Tibães, Braga, Portugal
JOSÉ ALBERTO PINTO (ESAP) – PLASTICIDADES SONORAS DO DOCUMENTÁRIO
A diversidade sonora do Documentário e a importância plástica das diferentes interacções narrativas que
dele resultam entre o visual e o sonoro, contextualizado por uma breve referência às modalidades de
representação da voz, da música e do ruído adoptadas por alguns dos cineastas, compositores e
sonoplastas.
O som como elemento determinante na construção do Documentário; as suas diferentes plasticidades
sonoras como factores de visibilidade
Nota curricular – Nascido em Portugal a 01 de Maio de 1966, residiu em Angola entre 1967 e 1974. Formou-se em
Cinema e Vídeo na Escola Superior Artística do Porto, onde, desde 1998, lecciona no Curso Superior de Cinema e
Audiovisuais. Mestre em Documentarismo pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, desde Maio de 2007,
onde apresentou a Tese: Polifonias do Documentário - Linguagens Sonoras e Plasticidades Documentais (19301940).
Realizador de diversos filmes, o último dos quais, António (documentário, 25min, 2006), tem vindo a colaborar, em
variadas ficções e documentários, como operador de câmara e director de fotografia.
É investigador do Centro de Estudos Arnaldo Araújo da ESAP.
Moderador: M. F. COSTA E SILVA (ESAP)
Nota curricular – Bacharel em Cine-Video (ESAP, 1987), Licenciado em Comunicação Educacional Multimédia
(IPS, 1992), encontra-se actualmente a preparar tese de doutoramento sobre cinema na UTAD. É Director do curso
de Cinema e Audiovisual da ESAP desde 2001. Desde 1988 tem vindo a exercer na ESAP a docência em
disciplinas da especialidade, nomeadamente Argumento, Estruturas Narrativas, Expressão Audiovisual e Projecto
dos cursos de Cine-Video, Fotografia e Arte e Comunicação. É Director-Programador da Mostra Internacional de
Escolas de Cinema que se realiza anualmente na ESAP e tem sido membro de júris da área cinematográfica
incluindo o do concurso de curtas-metragens de ficção do Instituto do Cinema Audiovisual e Multimédia, 2005-2006.
Tem vindo ainda a desenvolver trabalho no campo da realização, montagem e produção, nomeadamente “1111”
(CM, ficção, cinema 35mm, 2006. Realização e Montagem), “Um Tempo Reencontrado” (MM, documentário,
DVCAM, 2002. Realização, Montagem e Produção), “Primeira Vez” (CM, ficção, DVCAM, 1999. Argumento,
Montagem e Realização) e “O regresso do homem que não gostava de sair de casa” (LM, ficção, cinema 35mm,
1996, Argumento, Montagem e Realização). Tem ainda vindo a apresentar comunicações, como por ex. “O cinema
e suas linguagens” (Comunicação apresentada no âmbito do Seminário Literatura e Cinema: Dialogismos, no
Mestrado de Literatura e Cultura Inglesas, UTAD, Maio de 2005) e publicado trabalhos na área, como “A influência
japonesa no cinema de Sergei M. Eisenstein” (Cadernos ESAP, nº 2/3, Dezembro, 1998) e “Os contadores de
Histórias factuais, ou a problemática dos argumentos nos filmes científicos”, in “A divulgação científica nos media –
contributos”, Ed. Cine-clube de Avanca, 2002.
Mesa 5
JOSÉ CHAVETE (UVIGO) – CINEMA Y PINTURA
En relación del cine con la pintura, una de las líneas de investigación mas interesantes es ver el tratamiento que se
hace desde el cine del tema del artista, y por lo tanto del arte en general. Es una forma de analizar “como nos ven”
desde otro medio y cuales son los arquetipos mas generalizados. Si exceptuamos los directores con una fuerte
formación plástica, que se concretan en aquellos que han formado escuela y que se recogen en lo que se denomina
primeras y segundas vanguardias, así como aquellos, asimilados por el cine comercial pero que han marcado un
hito en la transformación del lenguaje del cine, como la nouvelle vague, el realismo social, cierto cine de autor, etc,
lo cierto es que siempre ha existido una fuerte rivalidad entre estos sectores, pero lo que realmente ha sido la tónica
general es la absoluta indiferencia. De este tipo de actitud, los resultados han sido desastrosos en cuanto a la
elección que han hecho los directores de cine de aquellos artistas que les ha servido de paradigma o regencia
estética para sus películas.
Nota curricular – Licenciado en Bellas Artes, Doctor y Catedrático de Pintura de la Universidad de Vigo. En los
últimos años, se dedica exclusivamente a estudiar la relación entre el cine y la pintura, resaltando de estos trabajos
las siguientes conferencias y publicaciones: “O simbolismo plástico no cine de Frirz Lang” (2002) dentro del Curso
“obradoiros de cine clásico”. “Entre o documento e o cine experimental” (2003) con referencia os traballos de Walter
Ruttmann y dentro del ciclo “Géneros cinematográficos. “A faceta contemporánea dun símbolo tradicional” con
referencia o cine de Paul Wegener en 2004. Actualmente imparte cursos de doctorado sobre “cine experimental”.
JAVIER TUDELA (UVIGO) – EL CINE Y LA CONSTRUCCIÓN MÍTICA DEL ARTISTA
La misma fascinación que tenemos por la vida se reconstruye como un molde desde nuestro interés por la muerte.
La creación y la muerte son incógnitas que atraviesan la historia de la humanidad y encuentran ‘momentos de
verdad’ en la experiencia estética y las construcciones míticas que nos hablan del origen del mundo y del hombre. El
Olimpo del cine se levanta sobre nuestros miedos y nuestros deseos, sobre columnas de ficción y realidad. El
espectador tiene una gran capacidad para adoptar como propias las identidades que la imagineria cinematográfica
le ofrece. La ficción cinematográfica refuerza el componente mítico del artista -un creador que produce símbolos y
significados complejos-, lo elige como protagonista (héroe o antihéroe, tanto da) y atribuye al acto de la creación
unas características que lo diferencian del resto de los mortales conectándole al mismo tiempo con otro territorio
más real que la realidad, más insondable que los sueños, más vivo que la vida.
Nota curricular – Javier Tudela. Vitoria, 1960. Licenciado en Bellas Artes por la Facultad de BBAA de Bilbao,
Universidad del País Vasco. Asiste al taller pluridisciplinar de C. Boltanski en la École Nat. Supérieure des BeauxArts de París. Artista residente del CREDAC –Centre de Recherche d’Echange et de Diffusion pour l’Art
Contemporain- de París. Master en Estética y Teoría de las Artes en el Instituto de Estética y Teoría de las Artes de
Madrid y Doctor en Filosofía por la Universidad Autónoma de Madrid. Desde 1995 es profesor en la Facultad de
BBAA de Pontevedra de la Universidad de Vigo. Como artista y como investigador del Departamento de Escultura
centra su trabajo sobre las condiciones de posibilidad para una Epistemología del Arte, buscando la vinculación del
Arte contemporáneo al saber y al conocimiento, reflexionando sobre las relaciones entre creación e investigación en
el marco de la Universidad, el espacio público y las estrategias de la creación artística contemporánea.
MÁRIO ALBERTO MACHADO – O PLANO À SUPERFÍCIE
Poderá uma pintura sobreviver à velocidade do cinema, isto é, poder-se-á mostrá-la cinematograficamente? Esta
comunicação abordará uma série de casos em que a fotografia – fabricação de imagens – se faz, num filme, por
intermédio da pintura. Recorrendo a obras de Murnau, de Sokurov, de Godard, de Rohmer e de Greenaway, entre
outros, procurar-se-á entender em que medida o cinema incorpora a composição pictórica na sua estrutura. A
temática desenrola-se em torno da passagem do plano à superfície. Quanto da pintura cabe no cinema?
Nota curricular – Licenciatura em Filosofia (Universidade dos Açores / Universidade de Barcelona). Conclusão do
currículo do mestrado em Estética e Filosofia da Arte (Universidade de Lisboa). Coordenação de um projecto de
arquivo de documentos de Estética. Autor de vários artigos sobre arte contemporânea polaca.
CARLOS TRINDADE (ESAP) – ALGUNS ASPECTOS RELATIVOS AO RELACIONAMENTO ENTRE CINEMA E
PINTURA
Serão abordadas questões que equacionarão as influências mútuas entre Cinema e Pintura. Passaremos por temas
como:
A representação dum “tempo em suspensão” na Pintura, movimento e tempo no Cinema, a pintura de uma história
e “ História” e “narrativa”;
O plano, e o enquadramento. O cinema como herdeiro da composição de imagens já utilizada por outros meios, e a
reutilização de um repertório alargado de imagens preexistente. A pintura como campo “alargado” – a apropriação
pelos artistas plásticos de materiais oriundos da produção cinematográfica;
O “compilation Film”, ou o uso de “found footage” como estratégia criativa. Aproximações recentes do cinema às
práticas da instalação e da arte contemporânea em geral e o repensar do cinema nos seus limites. O “cinema
expandido” e o potencial experimentador dos novos médiuns.
Nota curricular – Nasceu no Porto em 1957. Concluiu o curso de Artes Plásticas/ Pintura da FBAUP em 1981. É
professor na Escola Superior Artística do Porto (ESAP), da qual foi um dos fundadores, e onde exerceu diversos
cargos. É actualmente doutorando no Departamento de Escultura da Universidade de Vigo. Como artista plástico
começou a expor em 1978, tendo participado em inúmeras exposições colectivas no país e no estrangeiro, onde
está representado em algumas colecções públicas e privada. Realizou cinco exposições individuais.
Foi membro fundador de Cinematógrafo – colectivo de intervenção, Porto, (1976). Trabalhou entre 1976 e 1981 em
Cinema de Animação, incluindo dois filmes subsidiados pelo Instituto Português do Cinema (IPC), produzidos por
Cinematógrafo. Foi durante vários anos monitor nos ateliers de animação do Cinanima, Festival Internacional de
Cinema de Animação de Espinho, Portugal.
Moderador: CARLOS MESQUITA (ESAP)
Nota curricular – Licenciado em Artes Plásticas – Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
em 1986, pós-graduação em Printmaking pela Slade School of Fine Art, University College London em 1987/1988.
Doutorando no Departamento de Escutura da Universidade de Vigo. Professor na ESAP desde 1988. Director do
Curso Superior de Pintura desde 1999. Tem realizado desde 1985 várias exposições individuais e colectivas e
participado com comunicações em vários seminários tendo publicado monografias sobre alguns artistas
contemporâneos.
Mesa 6
IGNÁCIO OLIVA (UCLAM) – EN TORNO AL CONCEPTO FILM-ESSAY O FILM ENSAYO
Recorrido por el concepto de Film-Essay o Cine-ensayo a través de las obras y autores más representativos de esta
forma de expresión cinematográfica. A pesar de ser una categoría un tanto ambigua y poco estudiada, quizás por su
transversalidad, el Cine-ensayo tiene algunos firmes representantes históricos, entre los que se encuentran desde
Hans Richter, que ofrece la primera formulación de este concepto, hasta Orson Welles o Pasolini y, sobre todo,
Chris Marker, que se revela como el gran maestro del cine-ensayo. Nuestro recorrido pretende situar las claves
esenciales de este anti-género, al tiempo que entrar en el debate de su vigencia en el panorama del cine
contemporáneo.
Nota curricular – Realizador. Licenciado (1985) e Doutorado (1990) em Belas Artes é professor da Universidad de
Castilla-La Mancha, tendo sido Decano Facultad de Bellas Artes de Cuenca (1991-96), Director do Instituto de
Estúdios Avanzados de la Comunicación Audiovisual (2002-05). Desde 1999 tem vindo a dirigir projectos de
investigação no campo do cinema e audiovisual, financiados pela Junta de Comunidades de Castilla-La Mancha,
pelo Ministério e pela Consejería de Ciência y Tecnologia. De entre os documentários que realizou contam-se Los
pigmeos baká de Africa central (1998), José Saramago (1999), Visiones de Fernando Arrabal (1999), Pedro
Almodovar: vanguardia y clasicismo (2000) e Las heridas de la memoria (2003-04). Tem organizado vários eventos
na área, como é o caso do Congresso Internacional Pedro Almodôvar (Cuenca, 2004) e é autor de numerosos
trabalhos sobre cinema publicados em livros e revistas da especialidade, contando-se entre os mais recentes A
propósito de “identidade” e cinema documental em Espanha (“vinte e um por vinte e um”, nº 2: Arte e Identidade.
Dezembro, 2006) e Inside Almodover (Minesota, University Press, no prelo). Actualmente é investigador integrado
do Centro de Estudos Arnaldo Araújo da ESAP.
M. F. COSTA E SILVA (ESAP) – JOÃO CÉSAR MONTEIRO, A ARTE CINEMATOGRÁFICA E AS ARTES
PRÓXIMAS – CONTRIBUIÇÕES E DISPERSÕES
O cinema de João César Monteiro, nome maior da cinematografia portuguesa, caracteriza-se por uma profunda
contaminação das diversas artes que lhe são próximas. Se lhe são próximas, se algumas delas resultam da
natureza própria da obra cinematográfica (fotografia, teatro, literatura, arquitectura, pintura, música), porquê atribuirlhe uma relação de contaminação em lugar de, por exemplo, colaboração?
Na realidade, o cinema – quer ao nível retórico (das suas significações), quer ao nível linguístico (das suas
descrições mais ou menos narrativas e expressivas) –, existe em perfeita simbiose com a fotografia (imagem), o
teatro (interpretação), a literatura (argumento), a arquitectura (espaços de “acção”), a música (bandas sonoras) e a
pintura (composição do plano).
Logo, utilizar o termo contaminação, pode parecer contraditório com a função significante que essas artes aportam
ao cinema e sem as quais, sublinhe-se, o cinema seria algo muito improvável.
Sucede, todavia, que no cinema de JCM essa função “contaminadora” das diversas artes atinge um nível de
profundidade impar na cinematografia portuguesa. Isso sucede de tal modo que, não raras vezes, o cinema quase
que se ausenta, se esconde, se dissimula, deixando que outros elementos significantes se lhe sobreponham
“atropelando” claramente a sua função primeira – contribuir com a sua identidade própria para as significações
particulares do filme onde se inscreve.
Demonstrar as dispersões de sentido causadas pelas outras artes em algumas das obras de JCM, é objectivo desta
comunicação, tentando ainda determinar a responsabilidade assumida pelo próprio JCM neste contexto particular da
sua obra artística.
Nota curricular – Bacharel em Cine-Video (ESAP, 1987), Licenciado em Comunicação Educacional Multimédia
(IPS, 1992), encontra-se actualmente a preparar tese de doutoramento sobre cinema na UTAD. É Director do curso
de Cinema e Audiovisual da ESAP desde 2001. Desde 1988 tem vindo a exercer na ESAP a docência em
disciplinas da especialidade, nomeadamente Argumento, Estruturas Narrativas, Expressão Audiovisual e Projecto
dos cursos de Cine-Video, Fotografia e Arte e Comunicação. É Director-Programador da Mostra Internacional de
Escolas de Cinema que se realiza anualmente na ESAP e tem sido membro de júris da área cinematográfica
incluindo o do concurso de curtas-metragens de ficção do Instituto do Cinema Audiovisual e Multimédia, 2005-2006.
Tem vindo ainda a desenvolver trabalho no campo da realização, montagem e produção, nomeadamente “1111”
(CM, ficção, cinema 35mm, 2006. Realização e Montagem), “Um Tempo Reencontrado” (MM, documentário,
DVCAM, 2002. Realização, Montagem e Produção), “Primeira Vez” (CM, ficção, DVCAM, 1999. Argumento,
Montagem e Realização) e “O regresso do homem que não gostava de sair de casa” (LM, ficção, cinema 35mm,
1996, Argumento, Montagem e Realização). Tem ainda vindo a apresentar comunicações, como por ex. “O cinema
e suas linguagens” (Comunicação apresentada no âmbito do Seminário Literatura e Cinema: Dialogismos, no
Mestrado de Literatura e Cultura Inglesas, UTAD, Maio de 2005) e publicado trabalhos na área, como “A influência
japonesa no cinema de Sergei M. Eisenstein” (Cadernos ESAP, nº 2/3, Dezembro, 1998) e “Os contadores de
Histórias factuais, ou a problemática dos argumentos nos filmes científicos”, in “A divulgação científica nos media –
contributos”, Ed. Cine-clube de Avanca, 2002.
RITA FERRÃO (ETIC) – BLUE DE DEREK JARMAN - PARA LÁ DAS IMAGENS
Em 1993, o artista plástico e cineasta britânico Derek Jarman, realiza a sua última obra, um dos filmes mais
singulares e pessoais da história do cinema.
Neste filme, a que chamou Blue, a superfície do écran permanece plana e imutável durante 75 minutos. Sobre uma
luminosa projecção azul, a banda-sonora rica de evocações, transporta-nos até às imagens, imagens construídas
para além da retina.
As qualidades deste filme transformam-no num objecto de difícil classificação. Torna-se incómodo para os analistas
de cinema, pois não encaixa nos parâmetros orientadores da disciplina.
Nesta comunicação pretende-se, partindo das propostas de Derek Jarman, contribuir para a criação de uma rede de
cumplicidades e referências multidisciplinares que favoreçam a sua contextualização.
Nota curricular – Licenciada em Artes Plásticas - Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de
Lisboa.
Trabalhou como assistente de Françoise Schein em vários projectos no domínio da arte pública.
Desenvolve trabalhos na área do desenho e da instalação, tendo participado em várias exposições nacionais e
internacionais.
Frequenta o Mestrado em História da Arte Contemporânea na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa.
Lecciona as disciplinas de História da Arte e Comunicação Visual na Escola Técnica de Imagem e Comunicação.
EDUARDO ABRANTES – DO INSTANTE NA FOTOGRAFIA E NO CINEMA
O que distingue uma fotografia de um fotograma?
A fotografia e o cinema partilham a mesma génese técnica, contudo divergem radicalmente na experiência temporal
que comunicam.
Desde os primórdios dos fenómenos ópticos da percepção, até ao desenvolvimento das técnicas fotográficas a
partir do início do séc. XIX, culminando em criadores de charneira entre a fotografia e o cinema como Muybridge,
Marey, Edison e os Lumiêre, a raiz da distinção e especificidade entre estas duas artes, mas também do seu nexo
inalienável, parece residir na noção de "instante" - na captura e manipulação do "instantâneo" propriamente dito.
Pretendo nesta comunicação discutir alguns dos caminhos que a paralela e pouco discutida história da fotografia e
do cinema tomaram, a sua distinção essencialmente temporal, assente numa distinta perspectiva fenomenológica
do tempo, e finalmente propor a análise de uma obra exemplar para a compreensão do problema levantado: o filme
"La Jetée" (1962) do fotógrafo e cineasta Chris Marker.
Nota curricular – Eduardo Abrantes [n. 1979] é recém-licenciado do curso de Filosofia com vertente de Estudos
Cinematográficos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. A sua tese de
licenciatura tratou das noções de "crise" e "repetição" no pensamento ético/estético de Seren Kierkegaard, em
relação com as condições de possibilidade da criação cinematográfica enquanto forma de "agir no mundo".
Entre 2003 e 2004 foi colaborador no Serviço Educativo do Centro Cultural de Belém. Na mesma altura,
desempenhou funções de criação e curadoria de projecto no Luzboa – a 1ª Bienal Internacional de Luz de Lisboa.
De 2004 a 2005 foi editor executivo da revista Númeromagazine, colaborando também no Festival Número desse
mesmo ano, no ciclo de conferências Gazing at the Cityscape – New Media and the City, e na mostra de vídeo arte
em colaboração com a associação brasileira Itaú Cultural. Em 2005 desempenhou funções de investigador em
residência de curadoria no CIA.IS em Reykjavik, Islândia.
No presente, prepara a frequência do Curso de Realização Cinematográfica Gulbenkian_DFFB (Deutsche Rim und
Fernsehakademie Berlin), assim como a candidatura a doutoramento em co-tutela FCSH UNL/KHiO Oslo Academy
of Fine Art, nas áreas de filosofia e criação cinematográfica no contexto da prática artística contemporânea.
Moderador: ANTÓNIO TEIXEIRA (ESAP)
Nota curricular – Bacharel em Fotografia (ESAP), Licenciado em Geografia (UP) e doutorando em Arte e
Comunicação no Departamento de Artes e Ofícios da UTAD.
É docente da ESAP, onde actualmente desempenha os cargos de Director do Curso de Design e Comunicação
Multimédia e Presidente da Assembleia Académica.

Documentos relacionados