COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL EM ENFERMAGEM COM
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COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL EM ENFERMAGEM COM
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL EM ENFERMAGEM COM INSTRUMENTO ASSISTENCIAL E HUMANIZADOR 1 Marcio Antonio Resende2 Monique Mariana Rodrigues de Melo3 INTRODUÇÃO Na enfermagem a comunicação - em especial a não verbal - é um instrumento fundamental do enfermeiro para aproximar-se de paciente, logo, ele deve realizar-se de maneira adequada, para não haver prejuízos a nenhuma das partes envolvidas. Este trabalho tem por finalidade ressaltar a importância da comunicação não verbal em enfermagem, como processo assistencial e humanizador. Através da comunicação a relação entre os sujeitos - profissional da enfermagem e paciente – é estabelecida. Uma comunicação humanizadora entre sujeitos melhora a interação, contribuindo à recuperação do paciente. Inicialmente será abordado o processo comunicacional entre os indivíduos, o conceito de comunicação, tipos , enfatizando características da linguagem verbal e não verbal, nas relações interpessoais e no cuidar. O ato de comunicar é o um meio que viabiliza as relações interpessoais entre os homens, sendo nem sempre necessário que ela seja realizada de forma direta ou verbal, ou seja, ela pode e deve ser empregada na sua forma não verbal (através da linguagem corporal). Cada uma delas tem sua forma peculiar de transmitir a mensagem, fazendo com que o receptor compreenda o que está sendo transmitido e modifique sua forma de pensar e agir. Portanto, as mensagens são transmitidas por meios verbais e não verbais, de forma concreta e simbólica, sendo necessário, após compreender o processo de comunicação, abordar aspectos da comunicação verbal. METODOLOGIA Como metodologia para o alcance dos objetivos do estudo foi realizado com base em uma revisão de literatura. Trata-se de um estudo baseado nas modalidades descritivas e explicativas, fundamentadas em referências teóricas obtidas através de literaturas atualizadas, artigos científicos e pesquisas em banco de dados do Scielo e outras fontes científicas, como revistas e demais informações coniventes com a temática em questão. 1 Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem da Faculdade Presidente Antônio Carlos de São João del Rei – FUPAC – 2011. 2 Docente curso de Enfermagem Faculdade Presidente Antônio Carlos – FUPAC. 3 Bacharel em Enfermagem pela Faculdade Presidente Antônio Carlos – FUPAC. RESULTADOS Desde o início dos tempos, a necessidade de se inter-relacionar motiva os indivíduos a se comunicarem; por esta razão, houve um desenvolvimento dos meios de comunicação de todas as formas de expressão humana. Através desta interação, ocorre o processo comunicação, e a recíproca é verdadeira. De acordo com Morais et al (2009, p. 325), Etimologicamente o termo comunicar provém do latim comunicare e significa pôr em comum. Portanto, a comunicação pode ser entendida como um processo de troca e compreensão de mensagens enviadas e recebidas, a partir das quais as pessoas se percebem, partilham o significado de idéias, pensamentos e propósitos. “A comunicação verbal utiliza palavras proferidas ou escritas. A linguagem verbal é um código que transmite significado específico, conforme as palavras são combinadas” (POTTER e PERRY, 2004, p.380). Observa-se que a língua escrita não é apenas a representação da língua falada, amais sim um sistema mais disciplinado que também compõe a comunicação. Para que a comunicação se efetive, torna-se necessário não apenas a concepção de sua forma verbal, mas também das características da forma não verbal. Ao nascer, o homem não sabe falar, seu contato é realizado estritamente através do olhar, tocando e sendo tocado, assim a comunicação é realizada somente através da comunicação não verbal. Para Silva ( 1996, p.26), A comunicação não verbal poder definida como a que inclui todas as formas de comunicação que não envolva as palavras expressas. Ela envolve todos os órgãos do sentido e ocorre na interação pessoa-pessoa mesmo que não haja verbalização de palavra alguma. Ou seja, quando é aceito e entendido que todo comportamento, numa situação interacional tem valor de comportamento, numa situação interacional tem valor de mensagem, entendemos que o indivíduo pode deixar de verbalizar algo ao outro, mas não deixe de se comunicar através da expressão facial, postura corporal, distância mantida entre outros. Dessa maneira, a comunicação não verbal nada mais é que a linguagem corporal, que é utilizada de forma espontânea ou não. O corpo como um todo é capaz de emitir várias mensagens, seja em um sorriso ou por gestos. Na enfermagem a comunicação é um instrumento fundamental, cujo processo deve ser desenvolvido a todo momento, por isso no capítulo seguinte será abordado aspectos que envolvem a enfermagem e o processo comunicacional. A comunicação vai contribuir para a relação entre enfermeiro/paciente de forma a restaurar a saúde, respeitando a vida e o indivíduo cuidado ( DANIEL, 1983, p. 65). A comunicação segundo Morais et al (2009, p.325), A comunicação em enfermagem vem exercendo, um importante papel no que tange a um cuidado competente e humanizado, deve atingir um sentimento mais amplo que privilegie o paciente por meio de um relacionamento terapêutico, entendido como um processo interativo e personalizado, envolvendo afinidade, compreensão e aceitação entre o enfermeiro e o paciente. É notável que através da comunicação se é possível manifestar tudo aquilo que se passa no interior de cada indivíduo. Por tanto é indispensável que haja a comunicabilidade entre os participantes do cuidado. Na enfermagem a comunicação é muito importante, principalmente quando empregada na sua forma não verbal, cujo processo deve ser desenvolvido a todo momento, por isso no capítulo seguinte será abordado os entraves e facilitadores do processo comunicacional em enfermagem. O processo de humanização é extremamente útil para que a assistência prestada tenha mais qualidade, considerando o individuo como um todo, respeitando-o, acolhendo-o, desenvolvendo a comunicação verbal e não-verbal de forma a acolher o paciente e conseguir identificar todas as suas necessidades. A humanização é de fundamental importância nas relações humanas, para que os indivíduos sint am-se aceitos pelo outro e respeitados. A humanização se faz presente a todo o momento, e é ela que facilitará o estabelecimento das relações interpessoais, permitindo uma maior interação e conhecimento do outro, seja de forma positiva ou negativa. Quando realizada uma boa comunicação, o enfermeiro consegue estabelecer uma relação interpessoal com o paciente, porém é necessário o cuidado quanto a observação da linguagem não verbal que pode ser identificada de maneira errônea pelo mesmo. CONSIDERAÇÕES FINAIS De fato, é inegável a importância da comunicação para a interação entre as pessoas, e no caso da relação enfermeiro- paciente, essa importância é ainda maior, visto que é necessário que haja uma relação estreita de amizade, confiança e respeito entre eles, para que as informações necessárias para ambos sejam trocadas de maneira satisfatória. A comunicação não verbal, ou seja, os gestos a expressão facial e diversas outras representações da linguagem corporal deve ser realizada ainda com mais cuidado, visto que não utilizam a palavra, assim, é mais difícil de ser entendida e pode ser interpretada de várias formas, porém ela deve ser empregada ao processo do cuidar, pois através de um sorriso ou gesto é possível estabelecer um laço de confiança entre paciente e enfermeiro. Assim, podem,os considerar que a comunicação desempenha um papel muito importante na relação entre o enfermeiro e o paciente, pois humaniza a interação. Quando ela é feita baseada no carinho e no cuidado, os resultados são positivos e a as sistência aos pacientes torna-se prazerosa e benéfica para todos. Dessa forma, a relação humanizadora que o enfermeiro desenvolve com o paciente deve fazer com que ambos sejam vistos como instrumentos fundamentais para o processo de cura. REFERÊNCIAS: DANIEL, Liliana Felcher. Atitudes interpessoais em enfermagem. São Paulo: Pedagógica e Universitária LTDA, 1983. MORAIS, Gilvânia Smith da Nóbrega. (2009). Comunicação como instrumento básico no cuidar humanizado em enfermagem ao paciente hospitalizado.Disponível em:< http:scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextt&S0103-21002009000300014>. Acesso em: 04 out.2011. POTTER, Patrícia A.; PERRY, Arme Guffin. Fundamentos de enfermagem. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2004. SILVA, Maria Júlia Paes. ( 1996). Aspectos gerais da construção de um programa sobre comunicação não verbal para enfermeiros. Disponível em: <http:www.scielo.br/pdf/rlae/v4nea04.pdf>. Acesso em: 10 out.2011. ________.Maria Júlia Paes. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde . 4 ed. São Paulo: Loyola, 2006. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem Comunicação: Comunicação Não Verbal; Humanização;