Avaliação do Zumbido A chave para o sucesso no gerenciamento
Transcrição
Avaliação do Zumbido A chave para o sucesso no gerenciamento
Avaliação do Zumbido A chave para o sucesso no gerenciamento do paciente com zumbido Wendy Switalski, Au.D Clement Sanchez, Aud Msc T M M w w w. o to m e tr i c s . com U U M M UU M M U U M M U U 1.Introdução Em uma consulta com o audiologista, o paciente com queixa de zumbido precisa identificar e quantificar o sintoma subjetivo. Isso é necessário para estabelecer o tipo clínico do zumbido e para recomendar a correta estratégia de gerenciamento do zumbido. De acordo com o PhD Richard Tyler, Professor de Otorrinolaringologia da Universidade de Iowa, “a quantificação do sintoma é fundamental para entender o mecanismo e o tratamento. Se não podemos mensurá-lo, não podemos estudá-lo,” (Tyler, 2000). Pesquisadores, médicos, e outros profissionais interessados no zumbido subjetivo idiopático tentaram fazer a medição da queixa mais objetiva e procuraram métodos confiáveis para sua quantificação. Este artigo analisa as razões para a realização de uma avaliação do zumbido e descreve como uma avaliação pode ser melhorada usando as medidas psicoacústica e os questionários de zumbido disponíveis no audiometro MADSEN Astera². presença do zumbido faz eles se sentirem inseguros pois os outros não podem ouví-lo. Medir o zumbido os tranquiliza de que é de fato real. Uma avaliação também ajuda a reproduzir um som semelhante para demonstrar à família do paciente algumas das características do som que o paciente está experimentando. Estabelecer um ponto de partida Os parâmetros de avaliação do zumbido fornecem um ponto de referência comum a partir do momento da avaliação diagnóstica inicial e durante todo o tratamento e controle. Isto ajuda a determinar se o zumbido mudou e se o tratamento é eficaz. Fornecer orientações e apoio diagnóstico As medições também podem fornecer diretrizes de tratamento. Medidas da mascarabilidade ou mapeamento do pitch podem ajudar o profissional a definir a intensidade e espectro da estimulação utilizados na terapia de som. A avaliação também pode fornecer algumas pistas para os 2. Razões para a realização de uma avaliação do zumbido otologistas para determinar o local de origem do zumbido. De acordo com Douek e Reid (1968), em geral, mapeamento do pitch foram de 125 a 250 Hz, em doença de Ménière e de 2 kHz a 8 kHz, no caso de presbiacusia. Categorização Existem várias razões para avaliar o zumbido - como parte A avaliação do zumbido permite a distinção entre as dife- integrante do exame audiológico de um paciente com queixa rentes subcategorias de zumbido. Apesar de dois pacientes - pode ser benéfica para o paciente e para o médico. poderem indicar que seu zumbido parece um apito, a mascarabilidade pode estar presente para um deles e não para o Melhorar a comunicação entre paciente e médico outro, resultando em subcategorias claras. Isto pode sugerir A avaliação do zumbido pode fornecer uma base útil para qual tratamento pode ser mais eficaz. a comunicação entre o examinador e o paciente sobre os sintomas. Uma avaliação dá ao médico uma imagem objetiva Seleção de tratamento do zumbido ao invés de confiar na descrição subjetiva do A avaliação pode ajudar a determinar se o cliente pode se paciente sobre o som ou sons que ele ouve. A "qualidade" beneficiar de certos tipos de tratamento. Muitos pacien- do zumbido (zunido, click, apito) pode não ser sempre um tes reagem de forma diferente ao ouvir o mesmo estímulo diagnóstico relevante, mas pode, por vezes, ajudar a alertar acústico. os otologistas para problemas vasculares e/ou do ouvido médio. Em geral, no entanto, a correlação entre a qualidade Documentar a presença de zumbido por motivos legais e etiologia provou não ser específica (Goldstein, Shulman Finalmente, a avaliação do zumbido pode ser útil em situa- 1981). ções que exigem documentação. Por razões legais, alguns pontos podem ser validados, como a presença do zumbido, Dar apoio e uma base para o aconselhamento eficaz o grau de deficiência, incapacidade e/ou deficiência. A avaliação sempre proporciona ao paciente uma sensação de que o zumbido dele é real. Para muitos pacientes a w w w. o to m e tr i c s . com 2 3. Usando medições psicoacústicas e questionários entre os dois diferentes. Depois de escolhido um, o segundo tipo é apresentado usando o tom selecionado e depois mais um até que o paciente confirma uma intensidade ou uma frequência. Estas duas alternativas de método de escolha A seção a seguir explica como o zumbido pode ser avaliado, forçada também foram sugeridas (Vernon e Fenwick, 1984) não só em termos de componentes psicoacústicos, mas tam- como o método mais confiável para medição de zumbido. bém para avaliar o seu impacto na vida diária do paciente. Através de ambas as medições e questionários psicoacústi- A orelha testada cos, o examinador identifica e quantifica as queixas subje- A orelha de teste selecionada pode ter uma influência sobre tivas de zumbido, e os resultados estabelecem os tipos de os resultados. O pitch pode variar de acordo com o que o zumbido e formam a base para as recomendações audiológi- ouvido recebe de tons (Tyler & Conrad-Arms, 1983). Se a es- cas específicas para controlar o sintoma. timulação é ipsilateral, o zumbido pode mudar em resposta à apresentação. No entanto, resultados imprecisos podem Nota: é importante notar que uma avaliação cócleo-vesti- ser obtidos ao estimular a orelha contralateral. Por fim, a bular completa precisa ser realizada antes da avaliação do apresentação binaural pode ser problemática por essas zumbido. razões e porque o paciente provavelmente ouve de forma diferente em cada orelha. No entanto, há um consenso entre 3.1 As medições psicoacústicas os profissionais de recomendar o teste ipsilateral monoaural Psicofísica lida com a relação entre os órgãos dos sentidos e com o examinador observando a orelha de teste (Goldstein, o mundo físico. Psicoacústica é o ramo da psicofísica que es- 1997, Tyler, 2000). tuda a relação entre o mundo perceptivo e acústica. Efeitos psicoacústicos desencadeados por estímulos acústicos que A estimulação formam a base para a avaliação do zumbido incluem: As recomendações são o uso de um tom puro, mas o ruído • Pitch correspondente (Frequência) de banda estreita (NBN) também é usado apesar dos proble- • Loudness correspondente (Intensidade) mas potenciais de usá-lo como um estímulo. Uma solução • Mascarabilidade alternativa é usar o FRESH (FREquency Specific Hearing • Inibição residual assessment noise, Walker, Dillon & Byrne, 1984). Esse ruído é um sinal de ruído de banda estreita, que foi projetado O equipamento com pistas de filtro extremamente íngremes. A estimulação Para realizar essas medições, o profissional precisa de um contínua é preferida, em vez da pulsada que parece ser mais audiometro de dois canais com tom puro, ruído de banda difícil para o paciente (Mineau & Schlauch, 1997). O tempo estreita e estímulos de ruído de banda larga. Este audiome- da apresentação deve ser em torno de 500 ms com interva- tro deve permitir estimular de forma unilateral e bilateral, em los de 5 segundos. altas frequências (até 20 kHz) e propor uma resolução de 1 Hz, de 1 dB, e um teste de Oitava (Octave Confusion Teste - Medida # 1: Frequência Correspondente (pitch) OCT). O Pitch é o resultado psicoacústico correspondente mais próximo da dimensão física da frequência e é a medida mais O método de medição comum que tenta quantificar o zumbido para a frequência. Stevens descreveu em 1938 sete métodos de medição Correspondência do pitch pode ser usado como um ponto de frequência e intensidade (ajuste, limites, comparações de referência para a discussão, para seleção e adaptação pareadas, estímulos constantes, quântica, ordem de mérito de instrumentos acústicos, ou para encontrar o local onde e escala de classificação) (Stevens, 1938). O objetivo desses o zumbido é originado. Apesar do fato de que a descrição métodos psicofísicos é encontrar métodos confiáveis para do zumbido pode ser muito diferente de paciente para avaliar o que o indivíduo está experimentando de percepção. paciente, Meikle informou que 92% dos 1.033 pacientes Hoje, o mais popular é o método de comparações pareadas, poderiam completar mapeamento do Pitch. As estimativas onde o paciente é convidado a escolher o tom mais próximo subjectivas do pitch, utilizando uma escala visual de 0 a w w w. o to m e tr i c s . com 3 10 são tipicamente classificado como alto. Por exemplo, Medida # 2: Intensidade Correspondente (loudness) Stouffer e Tyler (1990) relataram uma classificação média O método de escolha forçada entre 2 alternativas (2-AFC) de 7,12 com 65% dos pacientes classificaram seus zumbidos pode ser substituído pelo método limites crescente, come- como sete ou superior (Slater e Terry, 1987). Na maioria çando um pouco abaixo do limiar auditivo comparando a dos pacientes, o Pitch do Zumbido corresponde em torno intensidade de apresentação com o volume do zumbido. de 3 kHz (Reed, 1960; Vernon, 1987; Meikle, 1995). Isso Este método minimiza o efeito de inibição residual. O resul- esta altamente relacionado com o fato de que a maioria dos tado também deve ser discutido com relação a presença de pacientes com zumbido apresentam uma perda auditiva nas recrutamento. A frequência de teste é a mesma que o Pitch frequências altas. Para vários pesquisadores, há uma ligação relatado anteriormente. Os estudos de Reed, Donaldson, entre o pitch do zumbido e a região de frequência da perda Bailey, Roeser e Price, e Shailer et al., descobriram que as máxima da audição (Minton, 1923; Fowler, 1940; Fraham e técnicas de pesquisa de intensidade geralmente resultam em nerby, 1962; Douek e Reid, 1968; Penner, 1980; Meikle et um resultado de 0 a 20 dB NS. Expressamos os resultados al, 1999). Tipicamente, a medição do pitch correspondente em dB NS (Nível de Sensação), uma vez que é a diferença seguirá o procedimento tal como é mostrado na Tabela abai- entre os resultados em dB NA e do limiar auditivo absoluto xo. Uma intensidade consistente entre frequências deverá ser do pitch correspondente. Geralmente, o Pitch não cai nas alcançada. Para isso o examinador pode usar o Limiar Mais frequências audiométricas normais, portanto, um limiar Confortável (MCL) a partir dos resultados da audiometria específico correspondente ao Pitch deve ser obtido. Quando tonal. isso for concluído, o resultado da correlação de intensidade converte de dB NA para dB NS, como mostrado no exemplo Comparação de Tons Tom escolhido como o mais próximo do Zumbido Tentativa 1 1 kHz x 2 kHz 2 kHz Tentativa 2 2 kHz x 3 kHz 3 kHz abaixo. Comparação de tons Tom julgado como mais próximo do zumbido Tentativa 3 3 kHz x 4 kHz 4 kHz Tentativa 1 55 dB x 60 dB 60 dB Tentativa 4 4 kHz x 5 kHz 4 kHz Tentativa 2 60 dB x 65 dB 65 dB Tentativa 5 4 kHz x 4,5 kHz 4 kHz Tentativa 3 65 dB x 70 dB 65 dB 65 dB x 68 dB 65 dB 65 dB x 66 dB 65 dB Tentativa 6 4 kHz x 4,25 kHz 4,25 kHz Tentativa 4 Tentativa 7 4,12 kHz x 4,25 kHz 4,12 kHz Tentativa 5 Tentativa 8 4,12 kHz x 4,18 kHz 4,12 kHz Tentativa 9 4,12 kHz x 4,125 kHz 4,125 kHz Quando a procura do Pitch é realizada, recomenda-se a confirmação de resultados com teste de Oitava (OCT). A confusão com a oitava aparece quando o indivíduo identifica uma frequência específica como o picth do seu zumbido; mas como mais um teste, a identificação do zumbido é atualmente identificada como uma oitava acima do Pitch Limiar de Intensidade em NA - Limiar de Audição Intensidade = NA Nível de Sensação (NS) Limiar Auditivo Intensidade correspondente. No exemplo acima, o pitch de 4,125 kHz é comparado com 8,250 kHz. Medida #3: Mascaramento O mascaramento do zumbido é muitas vezes considerada a parte mais importante da avaliação do zumbido. Este procedimento permite que o profissional avalie se o paciente é um candidato para o gerador de som para controlar o zumbido. w w w. o to m e tr i c s . com 4 Também especifíca os ouvidos para ser adaptado e ajuda a Mascarabilidade é considerado como positiva ou negativa identificar a causa e local da lesão. No entanto, a correlação de acordo com a existência ou não de um efeito sobre o entre ocondição e o efeito de mascaramento não é total- zumbido. mente comprovada. De a acordo com Goldstein (2000) e Vernon (1987), a população com zumbido para qual não há A medição de mascaramento pode ser feita apenas na um efeito de mascaramento é cerca de 18%, e 9% desses frequência do zumbido, através da gama de frequências da pacientes não são candidatos definitivamente para masca- audiometria tonal toda, ou ambos. Todo o tipo de ruído de ramento acústico ou estimulação eléctrica. O fato de que mascaramento pode ser usado, mas usualmente é recomen- o zumbido pode ser mascarado sugere que o zumbido e a dado usar o ruído de banda estreita, o tom puro, ou o ruído resposta para o estímulo acústico compartilham os mesmos FRESH. Não há nenhuma preferência clara entre mascara- canais neuronais em algum lugar do sistema nervoso. mento ipsilateral e contralateral, portanto os dois métodos podem ser realizados. A comparação entre mascaramento Mascaramento no limiar do zumbido foi inicialmente descrito ipsilateral e contralateral sugerem que mecanismos centrais por Feldmann em Audiology (10: 140) em 1971, onde dife- estão envolvidos em muitos pacientes (Tyler, 2000) e podem rentes curvas de mascaramento foram classificadas em seis ajudar a distinguir pacientes com componentes periféricos tipos. As curvas de mascaramento são estabelecidas ipsi e ou central. O método ascendente é normalmente usado contralateral usando Ruído de Banda Estreita e Ruído Branco. com a apresentação do estímulo de mascaramento por 1-2 Mascaramento em psicoacústica normal difere de Mascara- segundos, depois perguntamos ao paciente se o ruído pode mento com zumbido da seguinte forma: mascarar o zumbido. A resposta define o Nível de Mascaramento Mínimo (MML). A fim de obter o valor em dB NS, 1. Em sistemas auditivos normais, o sinal para mascarar e estímulo mascarador tem parâmetros bem definidos antes de obter o MML, o examinador pode obter o limiar de audição usando o estímulo mascarador como o sinal. e a sensação é previsível. Em sistemas auditivos com alteração e com o zumbido, a sensação é imprevisível Medida #4: Inibição Residual (Feldmann, 1984) assim como o sinal para mascarar é Inibição Residual denominada por Vernon e Schleuning desconhecido. (1978), é definida como a supressão temporária e/ou desa- 2. No zumbido, mascaramento de frequência não esta pre- parecimento de zumbido, após um período de mascaramen- sente ou pode ser revertido, por exemplo, as altas frequ- to. Um procedimento de medição recomendada é apresentar ências são mais eficazes em mascarar baixas frequências. o som que foi identificado como Pitch a um nível correspon- 3. Em indivíduos normais, não se pode mascarar o ruído dente ao MML + 10 dB por 1 minuto. O estímulo é o mesmo branco, apresentando um tom puro; No zumbido, pode usado para a medida de MML. O paciente é convidado a re- mascarar o ruído branco com um tom mínimo. latar o efeito sobre o zumbido, bem como o tempo que leva 4. Com audição normal o mascaramento deve ser aplica- para o zumbido voltar aos níveis anteriores. Uma variação do ipsilateralmentel; caso contrário, o nível de estímulo foi descrita por Goldstein e Schulman usando a intensidade mascarador precisa ser muito elevado para ser eficaz correspondente de 10 dB + NS. A Classificação do efeito pós (Liden, Nilsson e Anderson, 1959). Em ouvidos com zum- mascaramento segue quatro categorias: bido, um baixo nível de ruído apresentado em uma das orelhas pode ser muito eficiente em mascarar o zumbido 1. Positiva – Completa presente na outra orelha. Isto é conhecido como "mas- O zumbido está completamente ausente. Este pode caramento central" (Zwislocki, Buining, e Gantz, 1968, variar de 1s a muitas horas. De acordo com Goldstein e Penner, 1987). Shulman, isso não é comum, para seus pacientes a inibi- 5. O efeito após mascaramento (ou pós mascaramento ou inibição residual) dura menos de 1 segundo; em pacientes com zumbido, este efeito pode ser prolongado. ção residual positiva completa é de 30 a 90 s. 2. Positiva – Parcial Aqui o paciente relata que o zumbido é menos intenso do era antes da medição. A qualidade talvez tenha Ruídos e tons podem ser usados durante essas medidas. w w w. o to m e tr i c s . com mudado. 5 3. Negativa O paciente relata que não houve mudança na intensida- As perguntas cobrem oito subescalas que resumem as áreas de do zumbido. de interferência: senso de controle, efeitos cognitivos, distúr- 4. Rebote ou Exarcebação bios do sono, dificuldades auditivas, relaxamento, redução O paciente relata um aumento no nível do zumbido em na qualidade de vida e estresse emocional. Os pacientes resposta a apresentação do zumbido. Para esses casos, o respondem aos itens usando uma escala de 10 pontos. tempo medido é o de retorno ao nível original (Shulman, Um escore total que varia de 0-100 é calculado junto com 1985). subescala. 3.2 Os Questionários Questionário #3: Tinnitus and Hearing Survey (THS) Embora o questionário escolhido tenha um objetivo especí- Ao contrário dos questionários THI e TFI, o THS não é uma fico, o objetivo geral do uso dos questionários de zumbido é medida validada e, portanto, não deve ser usado como uma avaliar o impacto do zumbido na vida diária do paciente. A medida de desfecho primário. Em vez disso, o THS deve informação pode ser usada para guiar a decisão de trata- ser utilizado como um complemento para um questionário mento e também para monitorar o progresso ao longo do validado. Descrito pelo Centro Nacional de Reabilitação tempo. Auditiva Research (NCRAR), o THS é usado para diferenciar as questões que estão surgindo a partir de zumbido contra Os questionários mais comuns são: aqueles que são causadas por mudanças de audição. • Tinnitus Handicap Inventory (THI) • Tinnitus Functional Index (TFI) O THS é composto por 10 itens. Quatro deles dizem respeito • Tinnitus and Hearing Survey (THS) a questões específicas do zumbido, quatro referem-se a problemas de audição comuns, e os dois últimos são perguntas Questionário #1: Tinnitus Handicap Inventory (THI) sobre questões de tolerância ao som. Pacientes respondem Desenvolvido por Newman, Jacobson, e Spitzer (1996), o usando uma escala de 5 pontos que se correlaciona com THI é um questionário frequentemente utilizado que não só "Nenhum problema" para "um problema muito grande", em define os prejuízos auto-relatados para determinar que os resposta a uma gama mudanças da audição e do zumbido. pacientes precisam de um tratamento mas também podem Revendo esses resultados podem ser úteis para aconselhar os ser aplicados para avaliar os resultados de várias abordagens. pacientes com perda auditiva e zumbido para definir os limites destas questões. Os resultados também podem ajudar a O THI contém 25 itens que são respondidos com a seleção definir as opções e benefícios potenciais do tratamento para de Sim, Algumas Vezes, ou Não. Esses itens incluem pergun- cada uma desses itens. tas sobre o impacto do zumbido na concentração, reações emocionais, e os efeitos na vida e relações interpessoais. As respostas do paciente a estas perguntas fornecem um resultado que define um escore de gravidade, variando de ‘Leve’ para ‘Severa / Catastrófica ". Esse escore pode guiar o médico através da intervenção mais apropriada, incluindo na determinação desses pacientes que podem necessitar de uma avaliação médica e/ou psicológica. Questionário #2: Tinnitus Functional Index (TFI) Apresentado por Meikle et al em 2012, o TFI também consiste em 25 itens. Aplicável tanto para fins clínicos e de pesquisa, o questionário é utilizado para determinar a gravidade do zumbido, bem como definir os impactos negativos que o paciente está experimentando em resposta a ele. w w w. o to m e tr i c s . com 4. Conclusão Profissionais de saúde auditiva estão encontrando mais e mais pacientes com zumbido em sua prática todos os dias. Felizmente, tem havido uma crescente pesquisa sobre zumbido e ao longo dos últimos cinco anos os fabricantes de aparelhos auditivos estão fornecendo soluções avançadas para gerenciamento do zumbido. Contudo, os profissionais continuam em dúvida sobre como conversar com o paciente sobre seu sintoma específico e as opções de soluções disponíveis para eles. Construir confiança com todos os pacientes é importante, mas com o paciente de Zumbido é crucial. Muitos pacientes com zumbido ficam envergonha6 dos com eles. Eles também podem ter medo e até mesmo ficar desesperados em encontrar uma explicação e "cura". Embora não haja cura para o zumbido, é possível ajudá-los, proporcionando empatia e maneiras concretas para administrar a condição. A avaliação do zumbido é a primeira etapa para estabelecer confiança entre o patiente e o terapeuta. Uma completa avaliação do zumbido – das medidas psicoacústicas para questionários alvos – ajudam clínicos a identificar, quantificar, e gerenciar o zumbido ao estabelecer um relacionamento aberto e construtivo com o paciente. MADSEN Astera² da Otometrics é o único audiometro clínico com módulo de avaliação dedicado ao Zumbido e questionários específicos embutidos. O módulo inclue todos os testes mencionados, questionários e esta disponível gratuitamente no OTOsuite® desde a versão 4.65. Com soluções como MADSEN Astera², os médicos e fonoaudiólogos são mais capazes de atender Vernon JA. (2012) The tinnitus functional index: development of a new clinical measure for chronic, intrusive tinnitus. Ear Hear March-April 33(2):153-76. Available at: http://www. ohsu.edu/xd/health/services/ent/services/tinnitus-clinic/ tinnitus-functional-index.cfm Meikle, MB, Schuff, N, Griest, S. (1987) Intra-subject variability of tinnitus: observation from the Tinnitus Clinic. In: H. Feldman, ed. Proceedings of the Third International Tinnitus Seminar 175-180. Karlsruhe, Germany: Harsh Verlag. Mineau, SM, Schlauch, RS. (1997) Threshold measurement for patients with tinnitus: Pulsed or continous tones. American Journal of Audiology 6: 52-56. Newman, CW, Jacobson, GP, Spitzer, JB. (1996) Development of the Tinnitus Handicap Inventory. Archives of Otolaryngology 122: 143-148. Newman, CW, Sandridge, SA, Jacobson, GP. (1998) Psychometric adequacy of the Tinnitus Handicap Inventory (THI) for evaluating treatment outcome. Journal of the American Academy of Audiology 9: 153-160. seus pacientes com zumbido - e ter sucesso em ajudá-los e gerenciá-los de uma forma positiva. Referências Feldmann, H. (1984) Masking mechanisms: ipsilateral, contralateral masking. In: Proceedings of the Second International Tinnitus Seminar. J Laryngol Otol Suppl 9:54-58. Feldmann, H. (1984) Tinnitus masking curves: updates and review. In: Proceedings of the Second International Tinnitus Seminar. J Laryngol Otol Suppl 9:157-160. Goldstein, B, Shulman A. (1981) Tinnitus Classification: Medical Audiologic Assessment. In: Tinnitus, Proceedings of the First Tinnitus Seminar. J Laryngol Otol Suppl 4:33-38. Jastreboff, PJ, Jastreboff, MM, Sheldrake, JB. (1999) Audiometrical characterization of hyperacusis patients before and during TRT. In: Proceedings of the Sixth International Tinnitus Seminar, ed. Hazell, JWP, 495-498. London: Tinnitus and Hyperacusis Centre. Johnson, RM. (1998) The masking of tinnitus. In: Tinnitus: Treatment and Relief, Allyn and Bacon. Meikle MB, Henry JA, Griest SE, Stewart BJ, Abrams HB, McArdle R, Myers PJ, Newman CW, Sandridge S, Turk DC, Folmer RL, Frederick EJ, House JW, Jacobson GP, Kinney SE, Martin WH, Nagler SM, Reich GE, Searchfield G, Sweetow R, w w w. o to m e tr i c s . com Penner, MJ. (1987) Masking of tinnitus and central masking. Journal of speech and Hearing Research 30: 147-152. Shulman, A. (1985) External electrical stimulation – tinnitus control. Am J Otol 6:110-115. Stevens SS, Davis H. (1938) Hearing: Its Psychology and Physiology. New York: John Wiley & Sons. Tyler, RS. (2000) The Psychoacoustical Measurement of Tinnitus. In: Tinnitus Handbook. Singular. Tyler, RS. (1992) The Psychophysical Measurement of Tinnitus. In: J M Aran & R. Dauman (Eds.), Tinnitus 91. Proceedings of the Fourth International Tinnitus Seminar (pp. 17-26). Amsterdam, The Netherlands: Kugler Publications. Tyler RS, Conrad-Armes, D. (1983) Tinnitus pitch: A comparison of three measurement methods. British Journal of Audiology 17: 101-107. Vernon JA, Schleuning, A J. (1978) Tinnitus: a new management. Laryngoscope 85:413 – 419. Vernon JA. (1998) Tinnitus: Treatment and Relief, Allyn and Bacon. Vernon JA, The loudness (?) of tinnitus (1976). Hear Speech Action 44: 1719-1721. Vernon JA, Fenwick J. (1984) Tinnitus “Loudness” as Indicated by Masking Levels With Environmental Sounds. In: 7 Proceedings, Second Int. Tinnitus Seminar. J Laryngol Otol (suppl. 9): 59-62. Walker G, Dillon H, Byrne D. (1984) Sound Field Audiometry: Recommended Stimuli and Procedures. Ear and Hearing Vol. 5. 1. Zwislocki, JJ, Buining, E, Glantz, J. (1968). Frequency distribution of central masking. Journal of the Acoustical Society of America. http://www.ncrar.research.va.gov/Education/Documents/ TinnitusDocuments/Index.asp w w w. o to m e tr i c s . com 8 Otometrics desenvolve, fabrica e comercializa soluções baseadas em computador para audiologia, otoneurologia e vestibulometria em mais de 70 países sob a MADSEN®, AURICAL®, HORTMANN® e ICS® nomes de marca. Otometrics é parte do grupo GN, uma empresa líder da Dinamarca. Para mais informações, por favor visite www. otometrics.com. GN Otometrics, Headquarters. +45 45 75 55 55. [email protected] GN Otometrics, Brasil. 11 3016 8387. [email protected] www.otometrics.com.br Specifications are subject to change without notice. Copyright © GN Otometrics. 2014/11. 7-26-9058-BR/00. Part no. 7-26-90508-BR. Otometrics é líder no setor de audiologia proporcionando soluções na área de avaliação da audição e do equilíbrio e sistemas de verificação de aparelhos auditivos para profissionais de saúde auditiva em todo o mundo há mais de 50 anos. Com mais de 500 funcionários e escritórios em 34 países, ajudamos profissionais de saúde auditiva a ter êxito na melhoria da qualidade de vida para milhões de pessoas, oferecendo conhecimento especializado, soluções confiáveis e parceria de confiança.
Documentos relacionados
Page 1 of 7 RBORL - Revista Brasileira de
(7) Zumbido interfere com as atividades profissionais, escolares e/ou domésticas, diminuindo o rendimento de forma geral; (8) Zumbido levando a atitudes de reclusão e anti-sociais (isolamento, agre...
Leia maisremoo de corpos estranhos ( moedas ) de esfago com sondas de foley
do meio externo, parecendo proceder de uma ou de ambas as orelhas, ou até mesmo da cabeça, sem localização precisa de sua origem1. Também podem ser empregados os termos acúfeno (oriundo do grego ak...
Leia mais