De Portugal para o mundo

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De Portugal para o mundo
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Índice
6 - Editorial
7 - TEKEVER
“Além da vanguarda tecnológica”
10 - PME Excelência: exemplos de sucesso inspiradores
29 - Distrito de Aveiro: empresas inovadoras
47 - Ensino: qualidade, criatividade e investigação
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Editorial
Provar que somos capazes
O inevitável pedido de ajuda externa colocou Portugal nos escaparates da ­imprensa
internacional. Em pouco mais de um mês, qualquer cidadão no mundo tinha uma
opinião formada sobre a realidade do nosso país. Não confundamos, no entanto,
a palavra “formada” com a palavra “fundada”…
É certo que existem problemas estruturais na nossa economia, mas será justa a
oposição de 48% dos finlandeses à ajuda num plano de resgate a Portugal? Será
que somos realmente preguiçosos, como nos rotulam, não merecendo por isso a
confiança dos restantes mercados europeus?
A maioria de nós discorda destas premissas. E com razão.
Portugal provou ao longo de séculos o espírito empreendedor do seu povo. Essa
qualidade ainda existe e é provada diariamente pelo sucesso internacional de
­algumas das nossas empresas, onde a capacidade de gestão do administrador se
funde numa sinergia perfeita com o trabalho dos seus funcionários.
Serão os exemplos divulgados pela Revista Portugal Inovador, ao longo de 17
edições, situações pontuais de sucesso? Até podemos admitir que o sejam, mas a
verdade é que existem. Falta apenas que esses exemplos se tornem uma regra. Só
assim poderemos evitar o derradeiro risco desta crise: o descrédito ­internacional.
Ainda estamos a tempo de reconquistar a confiança de todos. O primeiro passo é
assumir, desde já e em pleno, as responsabilidades individuais que nos ­competem.
Seja no trabalho ou na vida. Mais do que competentes, temos de crescer nas
­nossas competências, assumindo que podemos e temos capacidade para fazer
mais e melhor.
É claro que tudo isto só será possível com o apoio e exemplo de quem governa o
país. A um mês de saber quem poderá liderar a ansiada retoma, os portugueses
esperam dos seus líderes aquilo que esperam de si mesmos: seriedade nas
­palavras e acções, atitude empreendedora e dinâmica, união entre todos e, acima
de tudo, confiança num futuro próspero.
O tempo encarregar-se-á de esclarecer se fomos, ou não, capazes de abraçar
esta causa conjunta.
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Além da vanguarda tecnológica
A TEKEVER distingue-se no mercado das tecnologias de informação e comunicação, concebendo, desenvolvendo e comercializando no mercado internacional tecnologia, produtos e serviços para o sector Empresarial, bem como
para os mercados Aeroespacial, de Segurança e da Defesa.
O grupo empresarial TEKEVER
oferece uma oportunidade única
de trabalhar num ambiente multicultural, focado na inovação e no
desenvolvimento e exploração de
tecnologia de ponta. Tendo vindo
a internacionalizar a sua actividade para vários países de forma
acelerada, tem também posto a nu
os valores que lhe dão o título de
PME Excelência. “Chegar a toda
a gente” é o objectivo capital da
empresa, que, posicionando-se
um passo à frente da tendência do
mercado, garante o compromisso
de pôr a inovação tecnológica de
ponta, nas várias áreas, ao serviço
dos clientes.
Áreas de negócio
A TEKEVER organiza-se em duas
divisões de negócio distintas: a
das TI (Tecnologias de informa-
ção) e a de ASDS (Aeronáutica,
Espaço, Defesa e Segurança). Em
ambas as áreas, conforme refere
Ricardo Mendes, administrador, “a
estratégia alicerça-se no desenvolvimento de tecnologia inovadora
com potencial disruptivo”.
No campo das Tecnologias da Informação, que foi por onde a empresa iniciou a sua actividade em
2001, o grande foco está no desenvolvimento, comercialização e
exploração de uma plataforma tecnológica de software, centrada na
interacção multicanal com o utilizador (a plataforma MORE – Model
Once, Run Everywhere). Sobre
esta plataforma, várias empresas
do Grupo TEKEVER desenvolvem
e exploram no mercado internacional diversos produtos e serviços,
para sectores como a Banca, a
Energia, as Utilities, os Serviços
ou as Telecomunicações.
Na divisão ASDS, o foco está nas
operações e questões tácticas ligadas a várias vertentes: sistemas
de comando e controlo focados na
optimização de operações, equipamentos de comunicação tácticos baseados em SDR, e sistemas
autónomos aéreos e terrestres
– linhas­ de produto fundamentalmente aplicadas a áreas militares
e de segurança.
Na área dos sistemas autónomos,
a TEKEVER está já a produzir
veículos autónomos aéreos compactos (mini-UAV), concebidos
para “dual use”, isto é, para uma
utilização em missões militares e
civis.
Na área das comunicações, o foco
são as comunicações tácticas, o
que na prática se traduz no suporte a equipas militares ou de seguPágina Exclusiva 7
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dinâmica de cada região, e estar
presente para apoiar os nossos
Clientes e Parceiros”, explica Ricardo Mendes.
“Passion for technology”
rança no terreno, em situações
onde não é possível ter redes estruturadas. Assim, conta Ricardo
Mendes, “temos equipamentos
que podem ser embarcados em
veículos ou ser utilizados por pessoal apeado, permitindo trocas
de dados multimédia em cenários
não estruturados.
A TEKEVER está a apostar fortemente em tecnologia SDR
(Software-Defined Radio), criando
equi­pamentos flexíveis, que podem ser constantemente evoluídos, proporcionando uma grande
longevidade e um excelente retorno do investimento.
Internacionalização
Concebida a pensar no mercado externo, 70% do negócio da
TEKEVER já abrange território internacional, sendo que a tendência é a de um forte crescimento.
Em Portugal o grupo empresarial
TEKEVER conta com diversas empresas e escritórios, tendo posteriormente escritórios em Pequim,
São Paulo e na Califórnia.
A primeira opção internacional foi
a América do Norte, seguindo-se
a América do Sul e a Ásia. “Isto
obrigou-nos, propositadamente, a
abrir horizontes”, adianta o admi­
nistrador.
Competir com americanos, israe­
litas ou chineses exige, para Ricardo Mendes, um valor acrescentado real, um posicionamento
na linha da frente da inovação, e
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uma negociação assente na dife­
renciação do produto e da tecnologia. “Estar lá fora não é só para
dizer que se está, é para fazer
acontecer. Para ter sucesso no
mercado internacional é preciso
ter um produto realmente bom e
diferenciador”, afirma.
Assim, a TEKEVER utiliza Portugal como um laboratório de ino­
vação tecnológica, uma montra e
uma rampa de lançamento para
as várias linhas de tecnologia, fazendo depois a comercialização
no exterior.
Expandir o negócio a um conjunto de novos mercados, com
a abertura de novos escritórios,
passa pelos planos da empresa.
“Nós temos necessidade de ter
vários escritórios, espalhados por
países que têm realidades muito
diferentes. É preciso perceber a
Quando a empresa nasceu, em
2001, a sua visão era desenvolver
tecnologia que tornasse a EVERNET possível; (EVERNET é um
conceito, agora mais comum, segundo o qual todas as pessoas e
coisas comunicam entre si, cola­
borando para atingir fins comuns).
“Quando começámos a empresa,
havia o conceito de conceber tecnologia que permitisse a qualquer
pessoa utilizar o seu próprio
telemóvel, computador ou outro
qualquer dispositivo, para me­
lhorar a sua performance profissional, ou simplesmente melhorar
a sua qualidade de vida”. A ideia
surgiu de um conjunto de ex‑colegas do curso de Engenharia
Informática do Instituto Superior
Técnico de Lisboa, onde se incluíam os engenheiros Ricardo
Mendes e Pedro Sinogas, actuais
administradores.
Nos primeiros anos, a empresa
foi gerida como um negócio centrado nos serviços, contando com
dezenas de colaboradores a desenvolver projectos que colocavam directamente tecnologias de
processamento e comunicações
móveis ao serviço dos clientes,
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sendo que todo o capital gerado
era reinvestido no desenvolvimento de uma base tecnológica
comum.
“Quando criámos a empresa, o
nosso objectivo era conseguir ser
uma empresa de tecnologia de
ponta, focada no desenvolvimento
de produtos e no licenciamento de
tecnologia no mercado internacional”, refere o administrador.
Em 2005, 2006 a TEKEVER, após
ter já consolidado a sua plataforma tecnológica, recentrou o seu
negócio no desenvolvimento de
produto e na sua comercialização, iniciando assim o processo
de aber­tura dos vários escritórios
pelo estrangeiro.
Para Ricardo Mendes, encontrar
as palavras-chave para definir o
lema da empresa não foi difícil:
“’Passion for technology’ é um dos
nossos lemas nas várias áreas em
que estamos.” Utilizar tecnologias
de informação e comunicação
como base para revolucionar diversos mercados e com isso trazer
valor para os clientes é princípio
basilar na TEKEVER.
Um passo à frente
Se em 2001 ainda não exis­t ia Internet “everywhere”, a ­T EKE­V ER
criou, ao longo destes anos, uma
plataforma focada na ­interacção
multicanal com utilizador, que
permite
utilizar
dispositivos
como o ­iPhone, Android, BlackBerry, entre outros, com extrema
facilidade, hoje usados por centenas de milhar de utilizadores
por todo o mundo.
“A nossa plataforma permite,
muito rapidamente, criar sistemas que interagem com o utilizador através dos vários canais,
sem ter que desenvolver aplicações específicas para cada
tipo de dispositivo ou plataforma
de interacção”, explica o engenheiro. Uma das áreas onde
a plataforma é aplicável é no
“Multichannel Banking”, serviço
que permite o acesso ao banco
através da web, telemóveis e
redes sociais, complementarmente aos balcões físicos.
Chegar ao “mass market”, isto
é, trazer a tecnologia para uso
do público em geral, e não ape­
nas ao mercado empresarial, é
um dos grandes desafios que os
engenheiros da TEKEVER estão
neste momento a levar a cabo.
Assim, contando com uma
­e quipa jovem, dinâmica e flexí­
vel, onde todos têm “vontade de
mudar o mundo”, e nele deixar
uma marca, a TEKEVER mantém-se um passo à frente da
tendência do mercado, no que
às tecnologias de ponta diz res­
peito.
Chegar ao “mass market”
Pretendendo atingir o público em geral, a TEKEVER criou dois projectos:
Na área da eficiência energética: sistema
uMETER, permite analisar, em tempo
real e através de qualquer smartphone,
o
consumo
energético
através
do
telemóvel, verificando os picos de energia e ajudando na poupança energética.
Na área da mobilidade eléctrica: ajudar
os utilizadores de veículos eléctricos a
tirar um melhor partido do seu veículo
e de todo o sistema, com serviços pensados exclusivamente para o utilizador.
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“Na fronteira do conhecimento”
A BOND – Building On Network Dynamics tem como compromisso essencial
a criação de valor para os seus clientes, colaboradores, parceiros e fornecedores num quadro de confiança e parceria. Posiciona-se como uma organização de referência no desenvolvimento, gestão e comercialização de soluções
tecnológicas inovadoras.
Software, tecnologia, produtos e
serviços próprios dotados de uma
capacidade de inovação, desenvolvimento e qualidade é o que o
grupo oferece ao cliente. O leque
é vasto: desde produtos orientados à eficiência administrativa das
empresas e do Estado, a produtos
e serviços concebidos para mo­
dernizar diversas indústrias, entre
as quais se destacam a banca, seguros, telecomunicações, energia
e utilities, transportes, distribuição
e ambiente. A BOND desenvolve
também soluções à medida dos
clientes, como são os casos da
“gestão do inventário do património
cultural português e a informatização de toda a nossa rede consu­
lar”, diz Paulo Ramos, Chairman e
CEO do grupo empresarial.
O plano de crescimento
Sem colocar em risco a estrutura
de capitais da empresa, o grupo
deu corpo a um plano de consolidação do mercado. Além da
SOFTLIMITS, empresa especia­
lizada no desenvolvimento, implementação e manutenção de um
portefólio de produtos e tecnologias próprias com uma oferta que
se dirige aos sectores da Administração Pública, da Saúde, da Banca e Seguros, das Telecomunicações, da Indústria e dos Serviços,
o plano assentou na aquisição de
mais quatro empresas: Actis, empresa especializada nas áreas de
Business Intelligence e Enterprise
Planning and Budgeting, que desfruta de uma posição de liderança
nestes segmentos há 12 anos;
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a Agille, empresa especializada
na área de Business Intelligence,
Performance Management, Risk
Management e Technology Consulting; a Best For Business (B4B)
empresa especializada em Enterprise Resource Management e a
Inforflow especializada em Customer Relationship Management
e Business Process Management.
Após a aquisição destes quatro
activos, surgiu a necessidade de
uniformizar a marca. Em Março de
2011, emerge a BOND, integrando um grupo de cinco empresas.
Um ecossistema de competências e de produtos que coloca o
grupo numa posição diferenciadora. Activos adquiridos, a empresa foi reorganizada em três
grandes áreas: uma de software
- a ­software house, uma de consultoria tecnológica e uma outra
área de consultoria de soluções
de negócio. “Nós não somos uma
empresa de mono-serviço nem de
mono-produto, portanto agrupamos os activos que temos nestes
três grandes blocos”, afirma Paulo
Ramos. Estas aquisições permitiram capitalizar competências e
recursos nas áreas-chave do mercado das TIs e SIs. Actualmente,
a BOND conta com mais de 500
clientes, entre empresas públicas
e privadas e para que o apoio ao
mercado externo seja o mais eficaz possível, o grupo tem para já
escritórios em Lisboa, Luanda e
Maputo.
Factor determinante
para o sucesso
Aquilo que diferencia cada vez
mais as empresas é a capacidade
que estas têm de construir redes
de conhecimento dinâmicas para
que usufruam de uma enorme capacidade de adaptação às necessidades de cada momento. Desta
filosofia surgiu o nome BOND –
Building On Network ­Dynamics e
“é à volta deste conceito que estamos a construir e a promover a
nossa empresa”, comenta o chairman e CEO do grupo.
Ter a capacidade de cumprir prazos de entrega e orçamentos, e
uma forte competência de integração de sistemas e soluções
são os factores decisivos para ter
sucesso. “Integração é palavra
de «terror» na nossa indústria. É
necessário integrar o que estamos
a fazer com o que já existe. Aqui, a
nossa software house dá-nos uma
invulgar capacidade de integração entre o que fazemos e o que
já existe no cliente”, esclarece. No
grupo, também o capital humano
é factor determinante para o su­
cesso.
Ter uma oferta mais abrangente
permite uma melhor resposta a
outras oportunidades existentes
no mercado interno e externo.
Quanto ao mercado externo, este
é um sector onde a dimensão é
importante, “pois só empresas
com algum músculo financeiro
conseguem alocar recursos e investir no desenvolvimento dos
seus produtos, na investigação e
em processos de internacionalização”, salienta o administrador da
empresa.
As parcerias são essenciais, sejam
estas tecnológicas ou de apoio à
internacionalização. “Como empresa de tecnologia, estabele­cemos
relações de parceria sólidas com
as principais empresas mun­diais
de software que desenvolvem
as plataformas tecnológicas sob
as quais construimos os nossos
produtos e as soluções”, diz.
Rumo ao futuro:
internacionalização
A aposta para o futuro passa vincadamente pela internacionalização. “É obrigatória. Colocaremos
o máximo que soubermos e pudermos para que possamos crescer
significativamente também na área
internacional”, diz Paulo Ramos.
Parcerias estratégicas, formação
permanente dos 150 colabora-
dores, novas aquisições, inovação,
tecnologia de ponta e produtos na
“fronteira do conhecimento” são a
chave de ouro para o sucesso do
grupo empresarial.
Considerada a melhor empresa
europeia na área de Business Intelligence por uma reputada pu­
blicação inglesa em parceria com
a Bolsa de Londres, a BOND detém os estatutos de Gold Certified
Partner da Microsoft, Gold Partner
Oracle e PME Excelência e Inovação 2010, destacando-se pelas
melhores práticas sectoriais no
desenvolvimento, implementação
e gestão de produtos e soluções,
bem como pelos elevados e reco­
nhecidos níveis de serviço.
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Cronologia do Prestígio
Primeiro os relógios, depois a joalharia e mais tarde o retalho de jóias. A Cronos, Lda. e a Visão do Tempo, S.A. representam várias marcas de prestígio
internacional em mais de 500 pontos de venda espalhados por todo o país.
posteriormente, do sportswear da
Camel Active.
“As empresas desenvolveram-se
sempre focadas em marcas que
nós chamamos Masstige: uma
conjugação das palavras Massa
e Prestige”, explica Frederico Carneiro, actual director de marke­
ting da Cronos e administrador da
Visão do Tempo.
Para complementar a actividade
da empresa Visão do Tempo,
surge em 2008 a terceira empresa, Visão do Tempo 2, dedicada à
área de retalho de jóias da marca
Pandora.
Seguir a moda
O primeiro registo histórico exis­
tente remonta a 1950, ano em
que a empresa, ainda sem a denominação Cronos, representava
várias marcas de relógios, entre as
quais a sua marca própria, ainda
hoje existente: a Eletta.
A década de 80 é marcada pela
passagem da primeira para a segunda geração, encabeçada pelos
irmãos Ester Carneiro e Salomão
Kolinski. Também nos anos 80, o
aparecimento da marca Citizen
empurra a empresa para um salto
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significativo no mercado.
A Cronos passa a existir com a
designação actual já nos anos
90, mantendo a sua actividade no
ramo dos relógios. O desenvolvimento progressivo da Cronos
conduziu à abertura, em 2004, de
uma segunda empresa, numa terceira geração. A Visão do Tempo,
S.A., surge então com um novo
conceito, direccionado para ou­
tras áreas de mercado, iniciando
a sua actividade com a representação de marcas de joalharia e,
Os últimos anos têm revelado um
crescimento visível da empresa,
que, pelo facto de representar marcas, desenvolve a sua actividade
em função do sucesso que essas marcas têm no mercado. “No
nosso caso faz muita dife­rença o
binómio produto – marca”, refere
Frederico Carneiro.
A Cronos desenvolve internamente
várias marcas, sendo que a Eletta
é, dentro do grupo, marca líder na
vertente de lojas, tendo com isso
levado a empresa para novos patamares. “A Eletta tem bons produtos
e tem uma oferta muito adequada
ao mercado português, fazendo
com que realmente consiga ter
sucesso”, adianta o director.
A concorrer num mercado de moda
internacional, com marcas que
vendem relógios, roupa, perfumes
e óculos de sol, tornando-as fami­
liares do grande público, a Eletta
tem revelado ter uma performance
comercial superior.
Com menos marcas no seu portefólio está a Visão do Tempo,
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“Masstige”
Entre Cronos e Visão do Tempo
são comercializadas cerca de 8
marcas internacionais: Lacoste,
Camel Active, Tommy Hilfiger, Miss
Sixty, Morellato, Citizen, Sweet
Years e Pandora, às quais se
acrescentam as marcas próprias,
Eletta, Albatross e Five Stars.
Excelência no futuro
onde a Pandora se revelou um
contributo crucial e foi a alavanca
de sucesso da empresa.
Aposta acertada
Trabalhar para grandes marcas
implica também um profundo conhecimento das mesmas. Cada
marca tem a sua própria identidade e o seu departamento de design, que depois é transversal a todos os produtos que comercializa.
“Para nós é importante a marca,
o design, o prestígio associado;
é igualmente importante o facto
de o fornecedor da empresa que
está licenciada ser uma entidade
fidedigna, séria, com capacidade”,
assume Frederico Carneiro. Assim, garantir que a entidade em
questão é fidedigna e que encara
o negócio numa óptica de longo
prazo é essencial. A Cronos e a
Visão do Tempo têm know-how,
capacidade financeira e criativa,
estando sempre atentas a novas
oportunidades de negócio, inclusive dentro de outros canais de
distribuição.
Responsabilidade Social
A Pandora, representada pela
Visão do Tempo, tem um projecto
ligado à Liga Portuguesa Contra o
Cancro, onde apresenta um conjunto de peças cujas vendas revertem em 15% para a Liga. Em 2008
fez a primeira entrega, de 47000€
e em 2010 a segunda, no valor de
100000€.
Este ano será feita uma nova
entrega resultante das vendas
2010/2011; confiante de que ultrapassa o valor da última entrega,
merece o reconhecimento pela nobre iniciativa.
O sucesso atingido pelas empresas Cronos e Visão do Tempo
conferiu-lhes o justo estatuto de
PME Excelência. Para Frederico
Carneiro, o prémio é símbolo de
fortes responsabilidades a aplicar
nos tempos vindouros. “Eu penso
mais nas responsabilidades e exi­
gências acrescidas que o sucesso
traz”, afirma. “Não ambicionamos
ser a maior, mas a melhor empresa deste sector”, acrescenta.
A nova empresa entretanto criada,
Visão do Tempo 2 - Distribuição, iniciou o seu trajecto com uma loja no
Centro Comercial Vasco da Gama,
contando actualmente com 12 lojas
espalhadas por todo o país.
Assegurar o futuro das empresas
nas próximas gerações da família é uma das grandes ambições
­existente. Por outro lado, Frederico Carneiro assume a vontade de
querer “trabalhar com o conjunto
de clientes e pessoas que temos,
e quem sabe alargar para outras
áreas de negócio”.
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Sonho antigo concretizado
A Clínica de Medicina Dentária Dr. José Luís Moinheiro apresenta uma nova
cara. Ao fim 15 anos de existência foi remodelada à medida dos seus clientes,
tornando-se mais acolhedora, funcional e visualmente atractiva.
sado praticamente desde a fundação da clínica. Tínhamos o sonho
de adquirir o espaço do lado e
centralizar toda a nossa actividade
no mesmo piso. Achamos que a
celebração dos 15 anos da clínica
era o momento ideal para dar esse
salto, criando uma nova imagem.
É uma forma de nos aproximarmos mais das pessoas e de lhes
dar um pouco mais de conforto”,
explica José Luís Moinheiro.
A funcionalidade e optimização de
procedimentos teve também o seu
peso na decisão: “Tínhamos um
espaço alugado no terceiro andar,
onde estava colocado o aparelho
de raio-x – o ortopantomografo.
Isso significava que quando era
necessário fazer uma radiografia,
obrigava-nos a encaminhar o paciente para o terceiro piso, o que
não é nada prático do ponto de
vista funcional. Esta remodelação
permitiu solucionar essa situação,
ao mesmo tempo que serviu para
criar as condições ideais para ter
uma separação real entre as áreas
privadas e a zona pública”, define
Rosário Ferreira.
José Luís Moinheiro e Rosário
Ferreira conheceram-se na Faculdade. O destino ditaria que a relação pessoal entre os dois evoluiria
positivamente para o campo profissional. Da paixão partilhada, tanto
no campo pessoal como no campo
profissional, nasce a agora Clínica
Moinheiro.
O casal soube estar à altura do desafio e, com profissionalismo e um
atendimento singular, conquistou
de forma meritória o seu leque fiel
de clientes. Hoje, o espaço manPágina Exclusiva 16
tém com orgulho a filosofia de trabalho que, desde o início, lhe garantiu o estatuto de referência na
medicina dentária de Aveiro.
Dar mais ao paciente
A preocupação com o bem-estar
do paciente sempre foi um dado
garantido na clínica. Em 2010,
José Luís Moinheiro e Rosário
Ferreira sentem que é o momento
ideal para expressar, através de
obras na clínica, essa filosofia:
“Este era um projecto antigo, pen-
Design personalizado
Em três semanas apenas, a Clínica de Medicina Dentária Dr. José
Luís Moinheiro levou a cabo uma
remodelação drástica nas suas
ins­talações. Gabinetes com novos
revestimentos, uma sala de espera
aumentada e com um design mo­
derno, quartos-de-banho reajustados, novas áreas reservadas
(escritório, vestiários, quarto-de‑banho privado para funcionários),
entre muitas outras modificações,
alteraram de forma positiva o espaço. “Foi um investimento con-
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Conceito diferente
trolado e para o qual nos fomos
preparando ao longo destes 15
anos de existência da clínica. Não
acrescentámos serviços, porque já
fazíamos um pouco de tudo, mas
optimizamos a prestação desses
serviços. Esse era um dos objectivos”, revelam.
A decisão do estilo a adoptar foi
conjunta: “Não queríamos nada
muito convencional, algo muito
clean, tal como se encontra em
todas as clínicas actuais. Não
queríamos que as pessoas encontrassem aqui o que encontram no
típico consultório… O objectivo era
que não se sentissem intimidadas
com a visita ao dentista. Que se
sentissem praticamente em casa.
Por isso rejeitámos muitas das
ideias iniciais do arquitecto”, sorriem os proprietários, “mas conseguimos chegar a um acordo que
cumpre com a nossa ideia. Independentemente das modas, este
era o nosso sonho. E a verdade
é que a reacção das pessoas tem
sido muito boa”.
Medicina dentária
de qualidade
José Luís Moinheiro é o primeiro
a afirmar que a medicina dentária
existente em Portugal prima pela
qualidade. No entanto, o médico
dentista mostra-se preocupado
com o rumo do ensino no sector:
“O que constato é que existe um
excesso de recém-licenciados a
serem lançados no mercado… É
um problema que transcende este
sector, mas que se tem agravado
ao longo do tempo. Na nossa área
em particular, chega-nos às mãos
um conjunto de pacientes atendidos por profissionais com pouco
experiência, que denotam a falta
de trabalho de casa. No que nos
diz respeito, apostamos na formação para podemos oferecer
a máxi­ma qualidade. Tentamos
sempre sugerir o melhor tratamento possível para as condições
que o paciente apresenta no momento em que nos procura”.
José Luís Moinheiro, com Pós‑graduação em Ortodontia e Reabilitação Oral -Prótese, e Rosário
Ferreira, com Pós-graduação em
Periodontologia e Implantologia­,
conseguem abranger praticamente todas as áreas na sua
clínica: “Trabalhamos em áreas
complementares que estão intimamente interligadas. É claro
que há casos em que reencaminhamos os pacientes – com problemas especiais, porque também
temos de ter noção das nossas
competências, mas é preciso ter
capacidade sem ter de recorrer constantemente a especialistas de outras áreas”, concorda
Rosário Ferreira.
A Clínica Moinheiro não tem convenções com nenhum sistema de
saúde. “Não tem sido problema
uma vez que temos acesso a todas as tabelas de todas as compa­
nhias de seguros e sub sistemas
de saúde. Os recibos são discriminados com rigor de forma a que os
pacientes usufruam do máximo de
reembolso possível” garantem.
“Focamos a nossa atenção nas
pessoas. Também por isso aderimos ao cheques-dentista, que
além de ser um compromisso social assumido por nós, permite-nos
atender os nossos pacientes que
beneficiam dele”.
Assumida está também a vontade
de continuar a evoluir no futuro:
“Os projectos não páram. Queremos continuar a dar qualidade aos
nossos pacientes, a dar condições
de trabalho às pessoas que trabalham connosco e a acompanhar
a evolução constante que existe
nesta área”.
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“No fundo, é ser-se advogado!”
Dividida em nove departamentos, a Sociedade de Advogados Pedro Raposo
e Associados, RL disponibiliza ao cliente, em perfeita sinergia, um vasto leque
de serviços direccionados ao sector empresarial.
Acrescentar diferentes áreas
para conseguir oferecer um
serviço completo às empresas
foi uma das apostas iniciais, ao
fim e ao cabo, este é um ­c liente
específico e que significa o
“foco da sociedade”.
Parcerias de sucesso
Um problema que não se reporta aos magistrados é a actual
situação da justiça. Nos últimos
anos houve evoluções significativas mas, “até chegar até à
altura em que a justiça se torna
efectiva, na parte já coerciva
da justiça, esta é lenta”, afirma
Pedro Raposo, sócio da PRA.
Numa sociedade absorvida pela
dubiedade, é cada vez mais
premente desmistificar a ideia
de que o advogado é o culpado
pela justiça lenta e insegura a
que se assiste. Este é apenas o
“portador das más notícias”.
Desde a sua fundação que o escritório de advogados Pedro Raposo e Associados sempre teve
um objectivo: uma actividade
transversal ao sector empresarial muito embora, no inicio da
actividade não existisse a massa critica que existe hoje para
produzirem todos os serviços
que produzem. Há cerca de 10
anos, os advogados Pedro Raposo e Carlos Duque foram os
mentores da abertura da sociedade. A partir daqui, chegar ao
cume do sucesso foi um salto.
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Tendo sempre, ao longo da entrevista, evidenciando o cliente
como o patrono desta sociedade
de advogados, a PRA surge
também em Ponta Delgada. No
fundo “não somos advogados de
processos, somos advogados
de clientes. Tendo em conta a
filosofia e o número de clientes
que temos nos Açores justificou‑se a abertura de um escritório
em Ponta Delgada”, conta o advogado. Passo a passo, os 45
colaboradores da sociedade
de advogados Pedro Raposo e
Associados conseguem prestar
um serviço de excelência.
O mercado externo, quer com
ou sem presença física também
usufrui dos serviços da advocacia portuguesa. Com parcerias
em Luanda, Cabo Verde e em
Espanha onde trabalham áreas
específicas como a laboral, inte­
lectual ou corporate, a fideliza-
ção de clientes e a preocupação
em manter uma proximidade
com estes, cria, por si só, um
relacionamento de parceria.
A equipa é ponto-chave
Visto que a PRA trabalha todas as áreas inerentes ao
direito ter colaboradores com
formação adequada e capaz é
ponto-chave. “Tendo em conta
a complexidade da actividade
jurídica, é difícil ter pessoas
que consigam dar uma resposta
imediata em todas as áreas do
direito, portanto se queremos
ter um escritório que apresenta
ao cliente um serviço transversal às suas necessidades, e se
essas necessidades estão ligadas a áreas de direito muito dispares como a do imobiliário ou
do contencioso, é necessário ter
uma equipa formada em áreas
específicas e com capacidade
de resposta rápida como exige
o mercado”, esclarece Pedro
Raposo.
Uma forma de garantir os me­
lhores profissionais na advocacia é a realização do exame de
acesso ao estágio de advogado. No exercício da advocacia
o que está em causa pode por
“Não somos advogados de processos, somos
advogados de clientes. Tendo em conta a filosofia e o número de clientes que temos nos
Açores justificou-‑se a abertura de um escritório
em Ponta Delgada”
Portugal Inovador
vezes ser irreversível para o
cliente. Portanto, há a necessidade dos advogados estarem
bem preparados para o efeito.
“Compreendo que haja uma
necessidade de seleccionar os
melhores para o exercício da
profissão pois sendo uma actividade regulamentada, há um
conjunto de requisitos que têm
de ser garantidos”, assume o
advogado em entrevista à “Portugal Inovador”. Em termos de
formação e conhecimento todos
os escritórios vão evoluindo ao
nível da carreira de cada advogado. “O conhecimento não
é uma porta fechada”, e o escritório Pedro Raposo e Associados não é excepção.
Internacionalização
e PME Excelência
Com um quadro de clientes
vasto e fidelizado o grande
leque surge na zona de Lisboa. No entanto, a sociedade
também detém muitos clientes
estrangeiros. “Reportamos a
muitos departamentos jurídicos,
a muitas sedes fora de Portugal, nomeadamente em Espa­
nha, França ou Inglaterra. São
muitos os clientes estrangeiros
a trabalhar no nosso país e,
nessa medida, reportamos ao
país do cliente”, elucida Pedro
Raposo, mostrando que a internacionalização é realmente
uma evidente acrescentando
que “é extremamente motivador
“Compreendo que haja uma necessidade de
seleccionar os melhores para o exercício da
profissão pois sendo uma actividade regulamentada, há um conjunto de requisitos que
têm de ser garantidos”
ver empresas das mais diversas áreas a sair fora de portas
e a conseguirem estabelecer-se
com resultados muito assinaláveis”. Passa pelas obrigações
do advogado, acompanhar o
cliente. Aqui, a lógica é assegurar o melhor apoio, mesmo aos
que estão no mercado externo.
“O PME Excelência não é tanto
por aquilo que os outros dizem
de nós, mas é claramente ter a
certificação de alguém de fora”.
Com poucas palavras, o advogado explicou o significado
da distinção da PRA com o prémio PME Excelência. “O compromisso passa por não estar
passivamente à espera mas es-
tar activamente a procurar aperfeiçoar aquilo que os nossos
­c lientes fazem no dia-a-dia”.
Mediar o futuro
As parcerias, faladas no inicio
da entrevista e no que concerne
ao mercado externo, vão ficar
mais estreitas fruto da maior
proximidade que a sociedade
tem criado com o cliente. O
crescimento surge como um
dado adquirido onde fidelização, compromisso, honra, especialização, dedicação, empenho
e qualidade de serviços são o
segredo do su­c esso da PRA.
No fundo, “é ser-se advogado!”,
termina Pedro Raposo.
Departamentos onde actuam:
Área da propriedade industrial – das marcas; do imobiliário; dos concursos públicos; da recuperação de créditos de insolvência; um departamento de corporate; um departamento laboral; um departamento de
família e sucessões; um sub-departamento de fiscalidade e uma área de
contratos que cada vez mais vocacionada para os contratos internacionais.
Página Exclusiva 19
Portugal Inovador
Inovar na construção
de paisagem
Durante quase três décadas, a Teleflora tem vindo a desempenhar um papel
preponderante na execução de espaços verdes em Portugal, procurando a
inovação e utilizando os métodos mais avançados.
a principal área de actuação da
Teleflora, que actua, em simultâneo, ao nível das hidrossemen­
teiras, da manutenção em vias
de comunicação, dos transplantes de árvores de grande porte
e da recuperação de sistemas
dunares.
Soluções inovadoras
Nos últimos anos, o papel da
Teleflora tornou-se mais notório,
estando presente nas grandes
obras do ramo, que se têm rea­
lizado no nosso país.
Uma vasta equipa técnica, cons­
tituída por arquitectos, paisagistas, engenheiros e técnicos de
jardinagem tem vindo a realizar
obras muito diversas no âmbito
dos espaços verdes e integração paisagística. Para toda esta
equipa, o prémio PME Excelência vem reconhecer a qualidade
do trabalho desenvolvido, procurando paralelamente incentivar
o seguimento do percurso efecPágina Exclusiva 20
tuado. “A concorrência é grande,
mas continuamos a diferenciar‑nos pela qualidade dos nossos
serviços, o que reforça a confiança depositada no nosso trabalho”, afirma Alexandre Castelo
Branco, actual administrador.
A concepção, construção e manutenção de espaços verdes é
Ao longo da história da Teleflora,
a inovação tem sido uma cons­
tante. Há mais de 30 anos, a empresa foi pioneira na introdução
da técnica de hidrossementeira
em Portugal, uma solução inovadora para o revestimento dos
taludes em auto-estradas e que
permite controlar eficazmente a
erosão dos solos.
Entretanto, e porque as preocupações com o meio ambiente
são também um importante compromisso, a Teleflora evoluiu na
procura de novas soluções que
permitissem minimizar o impacto ambiental. Assim, passa a
utilizar o método de sementeira
hidroecológica, o primeiro método totalmente ecológico que
utiliza um biofertilizante ao invés
dos fertilizantes químicos.
Na área de recuperação de
sistemas dunares, a Teleflora já
interveio em diversos trabalhos
por todo o território nacional. “A
“A costa marítima portuguesa cons­titui
um importante património natural que
tem de ser preservado”
Portugal Inovador
costa marítima portuguesa cons­
titui um importante património
natural que tem de ser preservado”, refere Alexandre Castelo
Branco.
Até à data, a empresa já teve o
privilégio de participar em várias
intervenções,
com
especial
destaque para a recuperação do
cordão dunar da Ria Formosa.
“Foi um trabalho importantíssimo, em que se interveio pontualmente ao longo dos 60 km
existentes de ilhas barreira e
que, exactamente por se tratar
de ilhas, obrigou ao transporte
marítimo de muitas toneladas
de material, razão pela qual a
Teleflora adquiriu um veículo
anfíbio”, informa o administrador. Quilómetros de paliçadas,
passadiços e plantações de au­
tóctones foram feitos, ordenando
o acesso à praia e, deste modo,
protegendo a vegetação.
Três décadas
de satisfação
A Teleflora encontra-se certificada desde 2005, assumindo‑se como a primeira empresa
na área dos espaços verdes a
implementar um Sistema Integrado de Gestão em Ambiente,
Qualidade e Segurança.
Pelas perspectivas de futuro
passa, dentro da área do paisa­
gismo, um serviço tipo “chave na
mão”, integrando os trabalhos
de construção civil necessários
à realização dos projectos de arquitectura paisagista.
Satisfeito com o percurso coeso
e positivo da Teleflora, Alexandre
Castelo Branco conclui: “Estou
há 25 anos à frente deste projecto e a verdade é que parece que
foi ontem que tudo começou, o
que me leva a concluir que ao
‘construir paisagem’ não damos
pelo tempo passar”.
Construções
de jardins
- Centro Cultural de Belém
- Parque das Nações (Parque Tejo e
Trancão)
- Tagus Park – B.C.P.
- Pousada de Vila Viçosa
- Fábrica da Pólvora
- Centro Comercial Colombo
- AutoEuropa
- Hotel Quinta do Lago
- Marinotel
- Clube de Golfe Vilamoura III
- Parque dos Poetas, Oeiras
Página Exclusiva 21
Portugal Inovador
O “Project
Managment”
A Tecnoplano é um grupo de consultadoria multidisciplinar de Engenharias,
Arquitectura, Urbanismo, Ambiente e Gestão.
Desde 1966 que a Tecnoplano
tem participado activamente em
mais de 800 projectos e empreendimentos para Governos,
Orga­nismos Internacionais, e
Empresas dos Sectores Público
e Privado em três continentes
– Europa, África e América do
Sul. Como empresa pioneira em
Portugal na gestão de empreendimentos de construção (project
managment), desde a sua fundação que passo a passo tem rumado a um futuro sólido, sustentado
e de elevado reconhecimento nos
mercados em que actua.
Há 12 anos, Manuel Matos de
Pinho adquiriu a Tecnoplano e,
com espírito empreendedor, decidiu impulsionar o crescimento
da empresa diversificando a actividade do ponto de vista estratégico e sectorial, as competências e a presença em diferentes
países.
Empresas participadas
No mercado interno, a empresa
Página Exclusiva 22
diversificou
estrategicamente
as actividades centradas no seu
“core business” e participa directamente em empresas que
actuam em sectores complementares, nomeadamente, a Dywidag
II na Manutenção e Eficiência
Energética e a Integra + na Arquitectura de Interiores e Decoração.
Quanto ao mercado externo,
mercado em que a empresa está
apostar fortemente, foram cons­
“Não podemos estar
parados, temos de ir
em busca de novos
mercados para contornar as vicissitudes
sociais, políticas e financeiras do mercado
interno”
tituídas mais três empresas, a
Tecnoplano Angola e a Tecnoplano Brasil, que desenvolvem a
mesma actividade que a Tecnoplano Portugal, e a Lifestyle em
Angola, que actua no sector da
Arquitectura de Interiores e da
Decoração.
Os objectivos empresariais são
transversais a todas as empresas do Grupo: satisfação dos
Clientes, acrescentar valor nas
Prestações de Serviços, realizar
a actividade comercial sustentada
em soluções criativas e credíveis,
com respeito pela Qualidade,
Ambiente e Segurança.
Reabilitação e recuperação
de edifícios: o futuro
A reabilitação e recuperação de
edifícios deverá ser uma aposta
estratégica das cidades. “Que­
remos que as áreas centrais em
estado decrépito deixem de per­
der protagonismo para as periferias”, vinca Manuel Matos Pinho,
presidente da Tecnoplano, acres-
Portugal Inovador
centando que a empresa tem um
acervo de Conhecimento e experiencia muito consideráveis.
A Formação Permanente
na Tecnoplano
Com um quadro de cerca de
120 colaboradores actuando nas
áreas da “Economia do Conhecimento”, a formação é necessária
e crucial. Não basta a formação
que advém do Ensino. É indispensável ser complementada com o
desenvolvimento de Aptidões e
Conhecimentos adequados ao
desempenho das funções profissionais. É com este objectivo que
a Tecnoplano aposta e investe na
formação contínua dos seus colaboradores, com acções específicas in house e no exterior.
Honrar compromissos, desempenho, excelência e qualidade
de serviços, tenacidade, inovação, competência e atitude para
me­lhor servir os clientes são fac-
tores diferenciadores do grupo
Tecnoplano. Aliada a estas apti­
dões está a internacionalização,
“foi fundamental e estratégica
para o crescimento sustentado do
Grupo. Esta estratégia é importante e permite uma me­lhor rea­
lização profissional dos Quadros
e a diminuição de vulnerabilidades internas”, explica o presidente.
Em busca de novos horizontes
“A Europa está em busca de
uma identidade perdida, resultado de sucessivos falhanços
escamoteados, de que somos
vítima”, afirma Manuel Matos de
Pinho, dizendo que consolidar
a internacionalização e ter uma
visão realista dos mercados com
um proverbial conservadorismo
na gestão financeira, permite à
Tecnoplano ter autonomia suficiente sem ter de recorrer a
crédito de terceiros. A distinção
das empresas com o estatuto
PME Excelência “é um incentivo
para o tecido empresarial português”, reconhece.
Diversificar de forma coerente,
abrangente e com potencial para
as empresas é a visão motivadora para o imediato e referência para o futuro, pois “não podemos estar parados, temos de
ir em busca de novos mercados
para contornar as vicissitudes
sociais, políticas e financeiras
do mercado interno”, remata o
en­t revistado.
Sectores de actividade:
Água & Ambiente; Infraestruturas de Transporte; Sistemas de Energia; Indústria; Urbanismo; Desporto & Lazer; Habitação &
Serviços, Hotéis & Resorts; Educação, Investigação & Cultura; Saúde; Recuperação & Requalificação Urbana e Ambiental
Página Exclusiva 23
Portugal Inovador
Tecnologia de ponta
Desenvolver soluções tecnológicas suportadas pela gestão de projectos e e pela
engenharia de software é ao que se dedica a Opensoft. Duas componentes, acima
de tudo, muito tecnológicas.
Há dez anos no mercado, a Opensoft avalia as necessidades do
­cliente, do ponto de vista dos sistemas de informação, e desenvolve
os sistemas informáticos basea­
dos nas técnicas mais recentes,
quer na vertente das tecnologias
informáticas quer na das metodo­
logias de trabalho e desenvolvimento de software, que possam
ajudar a aumentar a eficácia das
suas operações.
Dentro do desenvolvimento de
software e de soluções de informação grande parte dos projectos
realizados pela Opensoft são portais transaccionais – implicam que
haja uma interacção na gestão de
negócios. O Portal da Finanças e o
Portal da habitação são exemplos
dos vários projectos desenvolvidos
pela empresa.
Com uma acção mais incisiva na
Página Exclusiva 24
administração pública e na banca,
foi detectando uma lacuna no mercado - a falta de um software para
um segmento de mercado específico – que a Opensoft desenvolveu
dois produtos: o SIMN - dirigido
para a gestão de cartórios nota­
riais, e o CONTRACT – dirigido à
área de advogados e solicitadores, à gestão de contratos, e de
relacionamento entre as partes.
Com inovação e capacidade de
adaptar as tecnologias mais recentes às necessidades dos clientes, a Opensoft vai ganhando
margem e reconhecimento num
mercado muito competitivo. E para
tal, “o principal valor que temos
são os nossos colaboradores”, diz
José Vilarinho, director geral da
empresa. A formação é crucial
visto que a Opensoft se insere
numa área onde actualidade e
conhecimento são palavras de
ordem.
Criam as melhores e mais mo­
dernas soluções mesmo que
o cliente final não seja cliente
imediato da empresa. Olhar
dois ou três passos à frente na
cadeia de valor é assumido.
Equipas concentradas e altamente
competentes em determinados projectos; capacidade de resolução,
bem como métodos, metodologias
e processos, são, segundo Joana
Peixoto, directora comercial da
Opensoft, três critérios que tornam
a empresa mais ágil. “Esta tem
sido a nossa estratégia para nos
diferenciarmos”, diz.
Com um crescimento e rácios
posi­tivos, a distinção com o prémio PME Excelência foi um reco­
nhecimento do esforço da empresa em criar valor. Um olhar voltado
para a internacionalização, e “vamos continuar a trabalhar na área
dos serviços e a tentar lançar algo
na área dos produtos. Assim criamos valor num futuro dinâmico e
interes­sante”, termina o director
geral.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 25
Portugal Inovador
A escalada que conquistou
a excelência
Júlio da Silva Sampaio,
SA é uma empresa familiar, fabricante de ca­
misas, que representa
actualmente uma qualidade conceituada a nível
internacional.
Júlio da Silva Sampaio e Rosalina
da Silva Leiras são os grandes ali­
cerces e fundadores da empresa
familiar sedeada em Guimarães.
Os pais de Jorge Sampaio (res­
ponsável actual), ambos sócios‑gerentes, estão ainda hoje activos através da sua presença, um
contributo bastante simbólico do
ponto de vista dos filhos. A visita
diária dos pais, que deixaram o
trabalho laboral há cerca de dois
anos, revela-se fulcral no desenvolvimento da empresa. São
eles a base sólida da firma, cujos
princípios se transmitem para os
três filhos: Elisabete (no sector do
planeamento), Inês (no sector de
qualidade) e Jorge Sampaio, há 25
anos no sector comercial. “Mantemos a postura que sempre nos
foi ensinada e queremos passa-la
aos filhos também”, afirma Jorge
Sampaio. “Vê-se na nossa empresa uma base de honestidade,
honra e compromisso máximos.
Esta empresa familiar é sustentada essencialmente nessa base de
solidez que iremos procurar manter por muitos anos”, continua.
Crescimento notável
Em 1971, ano de criação da Sociedade Anónima com o mesmo
nome do fundador, Júlio da Silva
Sampaio, a confecção começou
por ser feita na área dos artigos
têxteis de lar. Bainhas de costura
de lençóis e toalhas eram o forte
Página Exclusiva 26
das Confecções Cruzeiro (nome
que foi adoptado como sigla da
empresa), até entrar, nos anos 80,
no fabrico das primeiras peças de
vestuário.
O trabalho revelou-se mais árduo,
a empresa cresceu, os funcioná­
rios também, e o desejo de ir mais
longe foi alcançado. Passando por
todo o tipo de vestuário, a Confecções Cruzeiro vocacionou-se
inteira e exclusivamente em camisas de homem e de senhora sendo actualmente o maior produtor
nacional de camisas de homem.
Desde então, atravessando me­
lhores e piores épocas de conjuntura económica, a empresa tem
vindo a crescer em qualidade e
em quantidade, prestando atenções redobradas às novas tecno-
logias, que estão ao serviço da
confecção actual.
O trabalho empenhado dos
artesãos é crucial no desenvolvimento diário das confecções,
que empregam um total de 140
pessoas directamente, mas com
um universo a rondar as 500 indirectamente, através de empresas
subcontratadas.
A equipa dinâmica e eficaz tem
uma capacidade de produção
diária de 8000 peças. Nos planos
de Jorge Sampaio está a vontade
de dar uma especialização às costureiras, projecto que se revelará
inovador em Portugal.
O mercado externo é a principal
via de saída dos produtos, re­
presentando um total de 90%. Espanha e os E.U.A. escoam a maior
Portugal Inovador
parte dos artigos, mas França,
Alemanha, Inglaterra e Holanda
vêm logo de seguida, numa segunda escala de exportação.
As Confecções Cruzeiro representam marcas conhecidas mundialmente como a Zara, Massimo
Dutti ou Gap.
Qualidade, flexibilidade de entregas e preços competitivos são o
trunfo da empresa, sendo em simultâneo as bases essenciais para
o futuro empresarial português.
“Não tivemos baixa na produção.
Estamos sempre atentos às dificuldades porque temos de estar
preparados”, refere Jorge Sampaio. “O entregar para a próxima
semana ou mesmo amanhã é já
o nosso dia-a-dia, estamos muito
habituados”, adianta.
à Confecções Cruzeiro o prémio
PME Excelência 2010.
“É um regozijo para toda a ­equipa.
É também um prémio para os
nossos clientes, que vêem na empresa uma excelência e vêem em
nós um parceiro seguro”, confessa
Jorge Sampaio.
A empresa de sólidos alicerces
quer manter-se na linha da frente
e, pronta para dar um salto, prevê já um aumento sustentado da
produção nos tempos que se avi­
zinham.
PME Excelência
Foi esta linha de trabalho que valeu
Página Exclusiva 27
Portugal Inovador
Inspecção, levantamento e diagnóstico em
construções: diagnosticar antes de reabilitar
Nos dias que correm é necessário enraizar a conservação de edifícios durante a
sua vida útil. A reabilitação e conservação de edifícios surgem como um mercado
exigente e cada vez mais premente.
A preservação do património, é essencial, e a Oz está cá para “servir
o cliente e satisfazer as suas necessidades”, afirma Tiago Ribeiro,
sócio gerente da Oz Diagnóstico.
Surge no mercado há 23 anos
e desde aí que se dedica a ins­
pecções e ao diagnóstico de
anomalias nas construções. “Antes de se pensar nas medidas
correctivas vamos tentar perceber
primeiro quais são as causas para
se poder definir a terapêutica mais
eficaz”, explica Tiago Ribeiro.
Ao longo de todos estes anos de
experiência, a Oz foi desenvolvendo várias metodologias, nomeadamente, para levantamento
estrutural e para avaliação da corrosão de elementos de betão armado, consistindo em abordagens
inovadoras para apoio na definição
de intervenções mais eficazes e
mais económicas de manutenção,
reabilitação e reforço das cons­
truções.
Edifícios, pontes, estruturas portuárias ou aeroportos são alguns
dos exemplos onde a empresa
aplica os seus conhecimentos
recorrendo a um amplo conjunto
de equipamentos de ensaios.
É feita uma fotografia que diagnostica o problema da obra em
questão. Seis Engenheiros, um
Arquitecto, e cinco técnicos fazem
Página Exclusiva 28
parte do especializado corpo de 16
colaboradores.
Pioneira na obtenção da certificação da Qualidade no que concerne ao sector da reabilitação e
diagnóstico, a Oz reconhece que
a certificação, obtida em 1999, re­
presentou o prémio do esforço de
toda a equipa no melhoramento
dos processos e na organização
geral da empresa.
Sendo também detentora do estatuto de “Gestor Geral da Qualidade” pela marca de Qualidade
LNEC (Laboratório Nacional de
Engenharia Civil), faz com que
seja reconhecida como uma entidade independente, acreditada
para certificar a qualidade dos edi­
fícios. Esta é também uma empresa distinguida com o prémio PME
Excelência em 2010.
Diagnosticar e erguer o futuro
Um vasto currículo, qualidade,
aposta na formação e empenho
no serviço prestado ao cliente são
marcos que distinguem a empresa
das restantes da mesma área de
mercado. Para já, continuar a apos­
tar na reabilitação, conservação e
manutenção das construções exis­
tentes bem como tentar manter o
crescimento sustentado recorren­
do ao mercado internacional, de
uma forma directa ou indirecta,
são a fórmula ideal para o sucesso
e para um serviço de Excelência.
Portugal Inovador
Empresa de
comunicação global
Criação de catálogos,
stands, ambientes de
exposição, ou mesmo
produção de websites,
são apenas alguns
dos serviços prestados pela Viriato &
Viriato, criadora de um
conceito próprio: comunicação gráfica especializada e global.
José Viriato Dias pisou o mundo
de máquina fotográfica em punho.
Desde pequeno acompanhava o
pai, fotógrafo de profissão, a casamentos e baptizados realizando
a profissão que serviria de motor
à criação da empresa que gere
nos dias de hoje. Depois de uma
passagem de dez anos por uma
empresa de publicidade, onde foi
responsável por um estúdio de
fotografia e onde chega a parti­
lhar a administração da empresa,
José Viriato sentiu que era tempo
de fazer algo diferente e pôr em
prática uma filosofia própria de trabalho. Nasce assim, plena de ambição, a Viriato & Viriato.
Partilhando a sociedade com o
pai, José Viriato começa com quatro trabalhadores uma pequena
empresa que batalhava pela sobrevivência: “Sempre estive ligado
à indústria cerâmica plana (azulejos) e foi isso que fez com que a
empresa evoluísse inicialmente.
Começámos por ser um estúdio de
fotografia e produção de catálogos,
onde eu fazia o design, a fotografia, a impressão, passando muitas
noites na gráfica a acompanhar os
planos até à entrega do produto final ao cliente. Foi um início muito
trabalhoso, mas as coisas foram
evoluindo”, relembra José Viriato.
Hoje a Viriato & Viriato é muito
mais que um simples estúdio de
fotografia. Evoluiu para um grupo,
constituído por três empresas e 42
colaboradores, 80% dos quais são
licenciados, estando preparada
para lidar com trabalhos como:
design gráfico, web design e design de produto; vídeo; produção
de imagens 3D em alta definição;
sistemas de exposição de produto;
stands para feiras e showrooms
(criação, projecto, construção
e decoração); organização de
eventos; entre outros. A empresa
tem capacidade para criar ou redefinir, na totalidade, a imagem
de uma empresa: “Trabalhamos
em diversas áreas e estamos a
apostar em novos sectores, princiPágina Exclusiva 29
Portugal Inovador
uma área coberta de 3.600m2,
servem um propósito de crescimento e evolução sempre presente na Viriato & Viriato.
No entanto, nem tudo foi fácil: “A
mudança de instalações foi um
momento crítico para a empresa.
Estávamos habituados a crescer
na casa dos dois dígitos e em 2008
a crise internacional chegou aos
nossos empresários, levando a
uma quebra brusca na facturação.
Não perdemos clientes, apenas
tivemos uma menor aposta dos
empresários nesta área”, afirma
José Viriato: “Três meses mais tarde já se verificava um crescimento
e a partir daí tem corrido bem”.
A revolução do 3D
palmente no 3D de alta definição.
Queremos oferecer ao cliente uma
solução de comunicação completa
e de qualidade. E essa é uma das
grandes diferenças face àquilo
que se encontra no mercado português. A verdade é que, mesmo
parecendo falsa modéstia, ao nível
dos serviços que oferecemos, não
temos concorrência em Portugal”,
afirma o administrador.
Ponto de viragem
A mudança de instalações em
2008, para a Zona Industrial do
Barrô (Águeda), trouxe uma nova
dinâmica à Viriato & Viriato, ade­
quando a imagem da empresa
aos serviços que disponibiliza: “Tí­
nhamos comprado um terreno em
Valongo, com 30000 m2, numa
zona fantástica com vista para o
baixo Vouga, que se enquadrava
perfeitamente na criação de uma
estrutura para esta empresa. Só
que o tempo que íamos demorar
com o projecto, construção e instalação não era compatível com a
necessidade urgente de mudança
de instalações. Estávamos asfixiados e precisávamos de um espaço, por isso, optámos por esta
Página Exclusiva 30
localização. Convidámos o Jorge
Nobre, um arquitecto amigo, que
desenvolveu um trabalho fantástico aprovei­tando algumas das
estruturas existentes. Criou-se um
local de bem-estar, open space,
de organização e com um work
flow adequado ao nosso trabalho.
Foi tudo estudado ao pormenor”,
explica José Viriato. Desde a disposição do local de trabalho, que
privilegia a troca de ideias entre
colaboradores, à criação de um
ginásio e de uma cantina, ou ao
estúdio de fotografia, equipado
com a mais moderna tecnologia,
os quatro pavilhões, que totalizam
A exportação de serviços é uma
das grandes apostas da Viriato &
Viriato para o futuro. Depois de
uma experiência bem sucedida
em Espanha, onde a empresa
já realizou diversos trabalhos de
representação gráfica, pretende
agora abrir novos horizontes: “Dos
4,5 milhões de facturação anual,
apenas 200 mil euros se referem
ao mercado externo. Esse é sem
dúvida um ponto onde queremos
crescer”, confirma José Viriato.
Para isso, a empresa poderá contar com a ajuda preciosa das novas tecnologias, onde de resto é
perita. Dificuldades como a criação de websites em flash ou catálogos de produtos, totalmente
conseguidos de forma virtual,
Portugal Inovador
são ultrapassadas de forma ágil
por uma equipa especializada de
colaboradores: “Os meios que
­existem hoje permitem fazer tudo à
distância, minorizando a importância da fotografia em estúdio. Por
isso o 3D em alta definição é uma
das nossas mais-valias e onde temos investido muito nos últimos
três anos. Se tudo é virtual, então
podemos recriar os produto do
­cliente em diversos ambientes e
fazer o catálogo todo aqui. Depois
é só encontrar um bom local de
impressão, transportar o ficheiro
e realizar a impressão no local. Independentemente do cliente ou do
país. Isso confere-nos um potencial de crescimento incalculável”,
salienta o empresário.
Por isso, mas não só, a empresa
tem estado atenta a diversos mercados mundiais: “Com a baixa
que tem ocorrido no consumo de
clientes, fomos à procura de novos mercados. Estamos a sair
da dependência dos sectores da
cerâmica, mobiliário de casa e
escritório, e estamos a crescer
noutras áreas. Temos capacidade
para trabalhar com grandes multinacionais e promover um produto
diferente daquilo a que estamos
habituados. Neste capítulo já estamos a dar os primeiro passos
na área do calçado, dos moldes,
moda e têxtil. Agora falta apostar
na vertente comercial para atingir
os mercados que mais nos inte­
ressam: o espanhol, o italiano e o
brasileiro”, avança José Viriato.
Assumir qualidade
A Viriato & Viriato, que trabalha
com grandes nomes do panorama
nacional e internacional (Grupo
Panaria, Revigrés, Cinca, Grupo
Aleluia, entre muitos outros), espera ver a sua evolução premiada e
reconhecida. Mas, para isso, José
Viriato acredita que é importante
uma mudança na mentalidade
dos empresários portugueses:
“Primeiro, têm que confiar em quem
tem o know-how e provas dadas
na concepção de um produto final
de qualidade. As empresas não
podem, nem devem ser obrigadas
a andar ao sabor dos caprichos
dos seus clientes. Por outro lado,
temos que assumir que Portugal
tem um produto de qualidade. Não
somos os chineses da Europa! Temos uma qualidade de topo, seja
na cerâmica, no mobiliário ou na
criação de comunicação gráfica.
Infelizmente, estamos num país
em que a marca tem ¼ de valor da
marca “made in Italy”. É verdade,
mas não deixa de ser errado. Temos um potencial imenso, com
a vantagem de ter mão-de-obra
mais barata e preços mais acessíveis. Só reconhecendo a nossa
qualidade internamente é que esta
conseguirá ser transposta lá para
fora”, conclui o empresário.
Página Exclusiva 31
Portugal Inovador
cipais mercados de relva artificial
no segmento do desporto e no
segmento paisagístico.
No mercado nacional a Safina
beneficia da proximidade com
os instaladores e oferece aos
­clientes finais vantagens tanto no
tempo de demora da encomenda,
como na qualidade do suporte pré
e pós-venda
A Safina continua a investir
no “Know-How”” específico de
produção de relva, apresentando
várias evoluções nos seus produtos e conseguindo resultados
muito semelhantes aos obtidos
pela relva natural.
Apesar de não termos concorrência directa em Portugal, a
nível mundial há muitas outras
empresas que produzem produtos semelhantes aos nossos. No
entanto, conseguimos ganhar
notoriedade no mercado Espa­
nhol, que é o nosso principal mercado de actuação, bem como no
Francês e Italiano.
Arranque
vitorioso
A Revista Portugal Inovador falou com Pedro
Coelho, sócio-administrador da Safina, para perceber o estado actual e o rumo daquela que continua a ser a única empresa produtora de relva
artificial em Portugal.
Dedicada à produção de relva
artificial, alcatifas, passadeiras
e tapetes em fibras têxteis artifi­
ciais e sintéticas, a Safina abarca
na sua actividade os segmentos
do desporto, paisagismo e decorativo. A empresa de Ovar prova
diariamente que, ao fim de quatro
décadas de existência, ainda se
sente confortável na liderança do
mercado português.
A Safina mantém-se como
único fabricante nacional de
relva sintética. De que forma
analisa a sua concorrência?
Sim, a Safina afirmou-se como
única produtora portuguesa de
relva artificial e integra o restrito
Página Exclusiva 32
lote de produtores licenciatários
FIFA. Tanto no mercado nacional
como a nível internacional a Safina concorre com players internacionais, empresas oriundas de
países comunitários que tal como
a Safina estão a operar nos prin-
E este sector em particular?
É um sector em crescimento que
apresenta várias oportunidades
para os actuais players. A Safina
tem acompanhado a evolução de
vários mercados e o surgimento
de novos mercados com muito potencial, onde a empresa pretende
marcar presença e afirmar-se.
Pretendemos continuar a evoluir
e a procurar novas tecnologias e
novos produtos que nos permitam diferenciar da concorrência
a nível mundial, mas também
preten­demos aumentar o uso dos
Perfil do entrevistado
Licenciado em Ciências Empresariais, pelo ISLA – Instituto Superior de Línguas e Admi­
nistração de VN de Gaia. Durante 14 anos acumulou experiência na área internacional na
Sociedade de Confecções Rebelde e Infantia – Produtos para Crianças Unipessoal, lda.
Na Sociedade de Confecções Rebelde foi responsável pelas áreas internacional, produção
e compras, enquanto na Infantia – Produtos para Crianças Unipessoal, lda ­exerceu
funções na área internacional, dirigindo a gestão de compras e vendas da empresa.
Integrou a Safina há seis anos, em Setembro de 2003, para exercer funções na
área comercial e assumir a liderança juntamente com o pai, Acácio Oliveira Coelho.
Portugal Inovador
nossos produtos no mercado nacional. Queremos ganhar notoriedade no nosso próprio país e
acabar com todos os mitos acerca
da relva artificial.
Muitos países já adoptaram o uso
de relva sintética para obras públicas, jardins, etc e queremos que
em Portugal essa procura também
cresça, cada vez mais.
A empresa conseguiu registar
um crescimento em 2010?
Sim, um crescimento significativo na medida em que cresceu
de 7 milhões para um volume de
negócios superior a 10 milhões
de euros em 2010. Um ano assinalado pela aprovação de um relvado FIFA, pelo início de trabalho
comer­cial com um agente para o
mercado Francês, pela realização
do primeiro negócio em Marrocos na área desportiva, pela nova
candidatura ao SI Inovação, com
um investimento global de 3 M€ e
assinatura do contrato de apoio.
Portugal é um mercado pe­
que­no e claramente con­so­­
lidado. Em relação ao mercado externo, quais as grandes
apostas da Safina?
As exportações representam
67% da facturação da empresa.
A Safina continua a investir no
fortale­cimento da sua presença
no mercado nacional, mas é no
mercado externo que tem registado um maior crescimento e
penetração, em especial o mercado espanhol. Itália e França
são outros mercados prioritários,
a par dos países do Magreb. Em
2011 estão a ser desenvolvidos
contactos para expansão para
os Emirados Árabes Unidos e
África do Sul.
Quais os mercados externos
onde já marcou a sua presença?
Em vários mercados europeus
como Espanha, França e Itália,
e em novos mercados emer-
“Queremos ganhar notoriedade no nosso próprio
país e acabar com todos os mitos acerca da relva
artificial. Muitos países já adoptaram o uso de relva
sintética para obras públicas, jardins, e queremos
que em Portugal essa procura também cresça”
getes como Angola, Marrocos e
os Emi­r atos Árabes Unidos.
Como dividiria a facturação
para o mercado externo e interno?
O mercado externo concentra
a grande fatia da facturação da
empresa com 67%, sendo 66%
assegurados pelo mercado espanhol. A restante facturação
das exportações está dividida
entre alguns países europeus e
do Magreb.
Mas também em Portugal
­existem obras de referência realizadas pela Safina...
Sim. Obras como o Complexo
Desportivo do SAR – Santiago
de Compostela; Certificação
com a classificação FIFA 2 Estrelas o relvado artificial do Estádio Municipal de Valongo; ou a
conti­n uação do projecto dos 38
campos de futebol de Braga.
Quais as expectativas para
este ano?
Para 2011 está definida uma estratégia de consolidação da presença nos actuais mercados e
integração em novos mercados
como Emirados Árabes e África
do Sul.
Os primeiros meses de 2011
já estão a ser demonstrativos
da afirmação pretendida e do
crescimento desejado. Em Janeiro foi registado um crescimento de 30% e 10% em Fevereiro, face ao mesmo período de
2010.
E projectos para o futuro?
Aumento da presença da Safina
no segmento do desporto, nomeadamente futebol e paddle,
tanto no mercado nacional como
internacional, e crescimento no
segmento paisagístico, quer em
obras públicas quer em instalações privadas.
Página Exclusiva 33
Portugal Inovador
A elegância
da cosmética
Uma rede de 48 lojas, 200 colaboradores e 12 milhões de euros facturados em
2010 são a descrição, em números, de uma das empresas nacionais melhor
sucedidas no mundo da cosmética. A Carlos Santos Hairshop abre agora um
hipermercado de cosmética em Estarreja, cidade berço da empresa.
Após um ano como comissionista
de algumas empresas, e depois de
tomar contacto com diversos segmentos de mercado, Carlos Santos decide que a cosmética seria o
sector ideal para si: “Foi um ano importante para mim, porque percorri
várias áreas e tive oportunidade
de analisar o mercado. De todas
as áreas, que fazia diariamente,
a cosmética foi a que se revelou
mais aliciante. Enquanto noutros
sectores, a venda demorava meses, sendo que por vezes nem se
concretizava, no sector da cosmética os resultados eram imediatos.
Como neste sector os produtos
acabam rapidamente, havia um
Página Exclusiva 34
contínuo de encomendas e uma
fidelização de clientes. Todas as
semanas, todos os meses, aquele
cliente estava a rentabilizar porque
fazia clientes. Por isso decidi-me
pela cosmética”.
Inaugura então, em 1995, a primeira Carlos Santos Hairshop. Re­
presentando nesse momento as
melhores marcas para salões de
cabeleireiros, a empresa tornou‑se uma referência na montagem
deste tipo de espaços em Aveiro.
Hoje, o raio de acção alargou-se a
todo o país e ilhas, num aglome­
rado de 48 lojas.
Mercado competitivo
A cosmética pode até ainda ser
considerada um mundo de mu­
lheres, mas, independentemente
do género, a competitividade aumenta de dia para dia: “Neste momento, o mercado está a sofrer
uma evolução natural que passa
pela eliminação das empresas
mais pequenas. Essas empresas,
que trabalham com uma ou duas
lojas, estão a ser aglutinadas por
duas ou três redes nacionais, que
pela sua força e pela forma como
intervêm no mercado causaram
alguns dissabores e problemas a
quem não se encontra estruturado”, avalia o administrador.
Este não é certamente o caso da
Carlos Santos Hairshop que, com
a diversificação da sua actividade,
consegue salvaguardar a sua exis­
Portugal Inovador
tência e potenciar o crescimento.
Hoje, para além de fornecer e
abastecer redes de cabeleireiros,
a Carlos Santos Hairshop realiza
autênticos projectos chave-­na‑mão para a montagem de salões
de cabeleireiros, tem uma rede de
cinco franchisados, e possui duas
linhas próprias de produtos: a Carlos Santos e a Karisa. “São duas
­linhas distintas, para públicos dife­
rentes, mas que têm apresentado
resultados animadores. A Carlos
Santos, lançada há dois anos,
tem neste momento uma cota de
mercado igual à da L’Oreal dentro
das minhas lojas. As vendas estão
praticamente equiparadas. Este
ano lançámos a segunda linha, a
Karisa, que é a nossa marca registada para combater a linha premier”, revela Carlos Santos.
Novo espaço, nova visão
As viagens e presenças do
­administrador ao estrangeiro não
são casuais e pouco ou nada têm
a ver com lazer. Las Vegas, Hong
Kong, Londres e, sobretudo, Bolonha, são pontos de inspiração e
formas de acompanhar a evolução
do sector a nível mundial: “Bolonha
continua a ser a maior feira internacional do sector e é onde todas as
marcas lançam as novidades. Nós
estamos presentes, tomamos contacto com elas e tentamos trazê-las
para Portugal”, afirma Carlos Santos. De visitas como esta resultou
a parceria com um agente local em
Luanda, que desde o ano passado
se encarrega de toda a venda e
logística da marca Carlos Santos.
Graças a estes primeiros passos
no mercado externo e pelo crescimento exponencial em território
português, a Carlos Santos investiu em novas instalações em Estarreja: “Decidimos abrir o primeiro
hipermercado no ramo da cosmética e fazia todo o sentido ser aqui,
porque Estarreja foi o berço da
nossa primeira loja. É um armazém
com 2000m2 de área coberta, sendo 1500m2 destinados à área de
venda, e que terá como clientes
os revendedores, cabeleireiros,
distribuidores e o próprio consumidor final. Esperemos que este seja
o primeiro de muitos”, deixa escapar, com um sorriso, o visionário
­administrador da empresa.
Página Exclusiva 35
Portugal Inovador
De Portugal para o mundo
A Aveitrading nasce para satisfazer as necessidades das comunidades portuguesas no mundo. Tendo sempre presente sentimentos como o nacionalismo
e o orgulho de ser português, a Aveitrading muniu-se de um leque variado de
produtos de forma cativar importadores que vão desde os países europeus ao
Canadá.
sempre é esse o caso: “Os portugueses estão enraizados com
muitas marcas conhecidas que
são líderes do mercado. Quando
optamos por lhes apresentar um
produto novo, enviamos amostras,
tabelas de preços, e eles verificam
qual é a aceitação que o mercado
tem desse produto. Às vezes são
as próprias empresas que, sabendo que trabalhamos apenas para
exportação, nos procuram para
tentar sair um bocado do mercado
nacional e encontrar soluções novas de negócio”.
O saudosismo é desde sempre
um substantivo aplicado a todos
os emigrantes. Os portugueses,
em particular, sentem na pele a
necessidade de estar em contacto com o seu país, nem que seja
através dos mesmos produtos
que os acompanharam ao longo
das suas vidas. É esse o trabalho
da Aveitrading. Com sede em
Aveiro, a empresa especializou‑se na exportação de produtos
alimentares exclusivamente fabricados em Portugal. Dos queijos à
charcutaria, dos cereais às especiarias, passando pelas bebidas
como água, café, leite e cerveja,
ou mesmo pelos vinhos e bebidas
espirituosas, não há praticamente
nada que a Aveitrading não tenha
levado ao denominado “mercado
da saudade”. No centro do mapa
mundial, ao redor da costa litoral
portuguesa, a empresa está estrategicamente posicionada naquele
que é um dos melhores pontos
logísticos mundiais.
Página Exclusiva 36
Um nicho controlado
Em apenas oito anos a Aveitra­
ding conseguiu tomar uma dimensão que, à partida, seria difícil de
prever. Por entre uma variedade
infindável de produtos, a empresa
conseguiu atingir um patamar que
lhe permitiu facturar seis milhões
de euros em 2010, apenas com
quatro trabalhadores. O nicho de
mercado encontrado, que se baseia numa relação de confiança
com armazenistas portugueses a
operar em diversos países, permitiu a liderança neste mercado específico: “Temos 25 a 26 clientes
na Europa e no Canadá e costumo dizer que não tenho concorrência. Isto porque, esses clientes
trabalham a 90% connosco e ape­
nas 10% para outras empresas. A
competitividade é sempre cons­
tante, mas sempre entre esses
clientes”, explica o administrador,
António Pinto.
As marcas que exporta podem ser
conhecidas de todos, mas nem
Marca Avei
Depois de vários anos no mercado, de reconhecer os vinhos
como produto mais rentável e
países como Suiça, França e Alemanha como os de maior impacto,
António Pinto decidiu criar algo
diferente para dinamizar a actividade: “Criámos a marca Avei, que
tem como produtos os chouriços,
as azeitonas, bolos e queijos, e
produtos tipicamente portugueses.
Mas estamos a pensar alargar
esse leque com a criação de duas
ou três conservas. Primeiro estamos a ver se é um produto de
segurança completa, ao nível da
qualidade, para depois apostar
em spots publicitários. Se resultar,
é provável que passemos a apostar em bolos típicos portugueses
como o pão-de-ló ou o bolo rei”,
avança o administrador.
Crescer com pés e cabeça
António Pinto assume que os
1000m2 de instalações começam
a ser pequenos para a dimensão
Portugal Inovador
Estado parece desconhecer empresas como esta e o trabalho que
desenvolvem. Digo isto porque,
enquanto a Aveitrading exporta
mais de 1000 produtos, a Unicer
exporta três ou quatro. Claro que
podemos não vender milhões
como acontece com essas empresas, mas somos sem dúvida
uma mais-valia na divulgação de
produtos portugueses”.
da empresa: “Estamos com projectos para daqui a dois ou três
anos ter instalações próprias. Esperamos fazer o nosso décimo ani­
versário já com essa estrutura”.
Para isso a Aveitrading terá de ter
um suporte financeiro considerá­
vel, e o administrador sabe: “As
empresas têm que se auto-sus-
tentar. Não podem estar só dependentes do Estado ou dos bancos.
Têm que fazer os projectos delas,
têm que trabalhar e têm que angariar fundos para depois sobreviverem. Mas a verdade é que os
incentivos do Estado nunca chegam às PME. Chegam à UNICER,
Centralcer, EDP, e mais alguns. O
Página Exclusiva 37
Portugal Inovador
Um banho sedutor
Bom gosto, design personalizado e por medida, são características chave em
todos os produtos da Italbox. A empresa portuguesa especializada na produção
de cabines de duche e resguardos de banho aposta cada vez mais na criação
de produtos únicos que deleitam e seduzem os seus clientes.
A inovação é uma máxima que não
se perdeu ao longo dos 12 anos
de existência da Italbox. A empresa aprimorou os seus produtos
tendo superado, nalguns casos, o
que de melhor se faz neste sector.
A razão é simples: investimento
constante em inovação.
Em 1999, numa pequena unidade
fabril de 260m2, a empresa dava
os seus primeiros passos. Inicialmente, com um reduzido número
de resguardos para poliban, depois com uma representação de
produtos italianos (a referência
no sector), e hoje com a produção
de peças únicas e exclusivas desenhadas à medida do cliente. De
tímida a arrojada. Do simples ao
Página Exclusiva 38
complexo. A Italbox reclamou a
si um estatuto de referência para
manter na próxima década e anos
vindouros.
Produtos únicos
O design de interiores ganhou
maior importância na última década e a Italbox soube tirar partido
desta evolução. Centrada na criação de objectos únicos que preencham o imaginário de designers e
clientes, a empresa tem dedicado
esforço monetário e logístico para
atingir um patamar de relevo: “Em
2009 gastámos mais de 200 mil
euros em Investigação e Desenvolvimento e este ano integrámos
um designer nos quadros da em-
presa. Isso explica um pouco a
nossa filosofia. Tentamos fazer
sempre o melhor possível em termos de qualidade e design, procurando também atingir uma boa
relação qualidade/preço. Somos
sujeitos a críticas, mas quem não
o é? Toda a gente tem que melho­
rar! É a própria ambição do ser
humano. Tentamos fazer sempre
o melhor que fazemos e melhorar
aquilo que fazemos. Somos incapazes de colocar um produto no
mercado que não tivéssemos vontade de comprar”, garante o sócio‑administrador, Miguel São Bento.
Serviços e formação
Mas nem só de qualidade de
Portugal Inovador
produto vive a Italbox. O investimento da empresa sente-se também ao nível do serviço, onde
através de um novo serviço de
montagem a empresa assegura a
correcta colocação do produto na
casa do cliente: “O cliente só tem
que fazer a encomenda, nós fabricamos os resguardos, montamos
e temos a certeza que fica como o
esperado. É um serviço novo que
já criou empregos directos, o que
também deveria ser valorizado
num momento como este”.
Com 51 funcionários, a Italbox
sabe que recai sobre si uma
responsabilidade social muito
grande: “Considero que, nos dias
de hoje, é importante as pessoas
ganharem dinheiro, mas também
importante é a manutenção dos
postos de trabalho. No actual contexto, é extremamente importante
a qualidade da venda: vender a
quem nos dá segurança. Na actividade onde nos enquadramos,
os seguros de crédito apresentam
taxas de cobertura não justificadoras para a subscrição, o que
implica maior rigor. O ciclo só termina com o recebimento!”, reitera
Miguel São Bento.
Competitividade
A Italbox está satisfeita com os
90% da facturação que se destinam ao mercado interno: “Eu
poderia dizer que numa certa
quota de mercado somos líderes
em Portugal. E com isto dizer
que: ser líder não é propriamente
quem ocupa o primeiro lugar,
mas sim o que tem importância
no mercado... Depois temos a
vertente da exportação. Apesar
de serem ­apenas situações esporádicas, estamos a reunir esforços para entrar de forma consistente no mercado francês e em
alguns países do norte de África”,
avança o administrador.
Apesar de tudo, e graças à
dinâmica empresarial de alguns
dos seus clientes, é possível encontrar produtos Italbox em países­
tão distintos como Angola, Espa­
nha, Cabo Verde, entre outros.
PME Excelência
A Italbox, recentemente galardoa­
da com o prémio PME Excelência, entende que os pressupostos para a atribuição do mesmo
deveriam ser revistos: “Sinceramente, acho muito complicado
que de um ano para o outro, em
ano de crise, o número de empresas PME Excelência triplique… Os critérios deveriam ser
alvo de uma revisão para que
se possa continuar a considerar
como uma distinção de gestão.
Na nossa perspectiva é errado
estar a misturar empresas industriais, comer­ciais e de serviços.
Por outro lado, também não se
considera o volume de emprego”,
frisa Miguel São Bento.
Página Exclusiva 39
Portugal Inovador
Duas rodas com estilo
A Motocisa continua a ser o representante de excelência, para o mercado
­nacional, da Peugeot Scooters e, em complemento, da MH (motores com caixa de
­velocidades).
Inserida no Grupo Alcopa, a Motocisa é a empresa certa não só
“para quem pretende deslocar-se
num veículo de duas rodas, mas
também para todas as que não
querem e que teremos de convencer. O potencial utilizador de
uma scooter é um qualquer jovem
desde os seus 14 anos até… não
temos registo de nenhum comprador com 100 anos”, sorri Fernando
Morais, o gestor desta empresa de
Aveiro.
Mercado apertado
A ambição das palavras reflecte
um historial de sucesso, mas também uma retoma já iniciada dentro da empresa: “Em termos de
unidades (scooters) vendidas em
2010, a variação foi de +/- 18%,
enquanto que o volume de negócios cresceu 30%. Mas, quando se
parte de valores baixos, qualquer
variação positiva tem um efeito
relativo grande”, afirma Fernando
Morais.
Com clientes essencialmente no
mercado nacional, onde mantém
actividade desde 1994, a Motocisa
não se surpreende com dificuldades: “Os compradores alteram
permanentemente os seus comportamentos, gostos e escolhas.
As marcas disputam, entre si, espaços cada vez mais exíguos e
apelam à criatividade e evolução
Página Exclusiva 40
dos produtos no sentido de se
manterem concorrenciais. A legislação muda e afecta sobremaneira
o sector, pelo que há sempre trabalho a fazer em busca de uma
consolidação que nunca existirá”.
Mudar mentalidades
Por outro lado, Fernando Morais
assume, na divulgação do seu
produto, um esforço pessoal de
mudança de mentalidades: “O
mercado nacional é um mercado
“snob” que privilegia a aparência
ao utilitário. Fruto de uma divisão
por classes onde o estatuto se
crê proporcional à ostentação.
A bicicleta (excepção para as
desportivas) é para quem não
pode ter uma scooter e esta para
quem não pode ter um automó­
vel”, lamenta.
A nova legislação das 125cc
poderia ter alterado esta de­
finição, no entanto, na prática:
“Tratou-se muito mais de uma alteração de estrutura das vendas
que de um aumento claro das
unidades vendidas. Além disso,
ficou muito aquém de compensar
a retracção do sector provocada
por uma outra legislação, essa
sim de impacto negativo”, deixa
no ar o administrador.
Para os próximos anos o futuro
da Motocisa já está delineado:
“O primeiro objectivo é manter
a empresa viva e na disputa do
mercado através das marcas que
lhe estão confiadas”, conclui.
Portugal Inovador
A solução está na manutenção
A Frigosistema concebe, constrói, instala e assiste equipamentos frigoríficos. A
­actividade da empresa sintetiza-se duas vertentes distintas: controlo de temperatura
e secagem de produtos alimentares ou outros. A empresa desenvolve 90% da sua
actividade no mercado nacional.
Ao fim de 22 anos de existência a
Frigosistema é uma empresa sóli­
da, bem implantada no mercado
nacional. Sempre que necessário
realiza trabalhos no estrangeiro.
Seja através da área da temperatura (onde desenvolve equipamentos para manter a temperatura de
ar e fluidos), ou da área da secagem de produtos alimentares,
a Frigosistema tem conseguido
captar novos clientes. Em grande
parte por mérito próprio, mas também pelas dificuldades crescentes
no sector: “Preocupa-me que
as empresas cessem actividade
porque, mesmo não sendo directamente da nossa área, afectam a
economia por redução da actividade em geral Por outro lado, vejo
com agrado que estamos a ser
mais procurados por empresas industriais da região para, em pleno
uso das valências adquiridas recentemente, de conhecimentos,
formação e certificação, que é
obrigatória para os técnicos ocupar
um lugar de destaque no fornecimento de serviços da assistência
técnica certificada”, revela Vila­
rinho Cardoso, administrador da
Frigosistema.
Entraves de legislação
A Frigosistema está, no entanto,
sujeita a constrangimentos legais
“que são transposições da legis-
lação europeia para a legislação
nacional que despoletaram uma
série de dificuldades para quem
quer cumprir com aquilo que está
a ser aplicado”, lamenta o admi­
nistrador. “Temos que ter certificações e formações que não são
fáceis de obter porque há um vazio
no nosso país. Os cursos são
feitos em Lisboa, Porto ou Braga
e nunca aqui nas proximidades.
Para além disso, tudo o que é contratação pública passou a ser feito
pela internet. Para se ir a concurso
tem de se estar associado a uma
plataforma, pagar uma renda mensal, etc. É aquilo que chamo de escravatura do séc. XXI”.
Para contornar a situação, a empresa está a apostar na prestação
de serviços. A estratégia vencedora permitiu manter a facturação
no ano de 2010 e anuncia boas
perspectivas para o ano corrente:
“Este primeiro semestre tem corrido muito bem. Este ano vamos
apostar na consolidação do nosso
sistema de informação e estamos
a desenvolver uma forma mais
consistente de construção de equipamentos, por isso prevemos um
bom ano para a Frigosistema”.
Página Exclusiva 41
Portugal Inovador
Uma presença global
Há poucos países no mundo onde o Grupo Sinuta ainda não tenha marcado presença. Especializada no fabrico de antenas parabólicas, a Sinuta leva o que de
me­lhor se faz no sector aos quatro cantos do mundo. A grande aposta para os próximos anos parte pela criação de uma nova empresa: a Sinuta Brasil.
Fundado em 1995, o Grupo Sinuta
é hoje composto por cinco empresas: Sinuta SGPS, 4IMOB, Sinuta
Produção, Sinuta4Sun, 4Sat. Com
cerca de 100 trabalhadores, fa­
brico de dois milhões de antenas
por ano, e uma facturação que ultrapassou os 17 milhões de euros
em 2009, a Sinuta apresenta-se
no mercado como uma PME Excelência de respeito.
Desde sempre dimensionada para
o mercado externo, a Sinuta destina, neste momento, 95% da sua
facturação actual para o mercado
externo (53% para a Europa, 20%
para África, 20% para a Ásia e 7%
para a América do Sul). Mas estes valores estão prestes a mudar.
“Para uma empresa como a nossa, a falta de tempo para investir
na procura de novos mercados
é um dos grandes entraves. Por
essa razão é que só agora vamos
criar a Sinuta Brasil. É um mercado interessante, com cinco ope­
radores, onde temos o objectivo
de ficar com um ou dois”, afirma
Diamantino Nunes, fundador da
empresa.
Optimizar processos
Para o administrador da empresa,
parte da crise no sector passa pela
falta de soluções encontradas pe-
Página Exclusiva 42
los próprios empresários: “Os empresários têm de ter mais formação, para conseguirem conhecer
os mercados, as necessidades
das empresas, produzir e ter competitividade lá fora. Nos últimos
três anos temos investido muito
no processo produtivo, o que irá
permitir à Sinuta ter um ganho de
7% em produtividade, no ano de
2011”, refere Diamantino Nunes.
Mas esta não é uma aposta recente: “Nos últimos anos conseguimos realizar uma poupança de 12
mil euros anuais em electricidade
e 40 mil euros anuais em gás”,
acrescenta Catarina Maçãs, a segunda geração desta empresa.
Pai e filha são unânimes quanto
ao futuro: “Peranta a ameaça da
TV por IP, vamos procurar locais
onde o sinal de televisão terrestre
é uma lacuna. Diríamos que
países como Brasil, Índia, Malásia, Singapura, Indonésia, Chile,
Argentina, México, entre outros,
serão muito importantes para nós
nos próximos anos”, avançam.
Portugal Inovador
Dar vida ao espaço urbano
A Concretex planeia inaugurar este ano uma nova unidade fabril. A busca incessante pela melhoria da produtividade está na base deste investimento, que irá permitir também a introdução de novos produtos na gama de oferta da empresa.
Fundada em 1993, a Concretex
nasce no seio de mais duas empresas relacionadas com a cons­
trução civil. Pegando numa ideia
pioneira em Portugal, a empresa
decide enveredar pelo fabrico de
mobiliário urbano, material técnico
para construção e equipamentos,
relacionados com esses mesmos
produtos.
Com um mercado maioritariamente nacional, mas também presente em Espanha, Palop, Líbia
e Oman, a empresa tem como
principais clientes as autarquias,
os revendedores locais (agentes),
os empreiteiros de obras públicas e construtores em geral. Um
mercado cada vez mais exigente
e competitivo: “A tentativa de sobrevivência de algumas empresas
leva muitas vezes à prática de
dumping, não com o objectivo de
eliminar concorrentes, mas como
única forma de escoar os seus
produtos. Nós tentamos reduzir
as nossas margens até um limi­
te aceitável, mas isto representa
um impacto muito negativo para
a Concretex, uma vez que reduz
a capacidade de crescimento”,
alerta Pedro Abreu, administrador
da empresa.
Não parar no tempo
Num sector onde a produção decresceu 5% em 2011, e em que as
dificuldades de recebimentos são
cada vez maiores, a Concretex vê
como única saída o aumento de
produtos e soluções, um aumento
de qualidade dos produtos existentes e a procura de novos mercados: “Estamos a concluir um
investimento faseado de cerca de
um milhão de euros, que se prolongou durante dois anos, e que
vai consistir na criação de uma
nova unidade fabril. Conseguimos manter a facturação de 2009
através de uma maior produção,
por isso entendo que é necessário
um novo crescimento. Ter mais
equi­pamento e novos produtos
que resultem em maior produtividade”, avança Pedro Abreu.
A Concretex quer, desta forma,
fomentar a consolidação no mercado nacional, piscando o olho à
internacionalização: “Além da manutenção dos mercados actuais,
acredito que os PALOP e o Médio
Oriente serão alguns dos mercados alvo da Concretex para os
próximos anos”, confirma.
Página Exclusiva 43
Portugal Inovador
(Euro)Doce perdição
Sem optar pela venda ao público, como grande parte da concorrência, a Eurodoce
conseguiu conquistar o seu espaço. Produtora de ovos moles de Aveiro com certificação, mas não só, esta é uma casa que encarna na perfeição aquilo que poderíamos esperar de um produtor de produtos de pastelaria: qualidade, higiene e anos
de experiência no sector.
No sotaque dos proprietários, Messias e Isabel Pequeno, consegue‑se descortinar ainda os anos de
trabalho árduo vividos na Vene­
zuela. Assim como muitos aveirenses, o casal rumou à América
do Sul em busca de um futuro de
sucesso. O destino ditaria o seu
regresso a Portugal para fazer
­aquilo que sempre fizeram: a arte
da pastelaria. Em 1986 abrem
esta casa que, neste momento,
conta também com a colaboração de Erika e Ramiro Pequeno,
a segunda geração da família,
disposta a seguir as pisadas dos
seus antecessores.
Um conceito próprio
Ao contrário da maioria dos antigos emigrantes envolvidos neste
sector em Aveiro, a Eurodoce optou por criar um conceito próprio
de venda exclusiva a distribuidores, abdicando assim da venda
ao público. Além de uma dezena
de produtos da pastelaria tradicional, Isabel Pequeno destaca
o fabrico dos “pastéis da Forca,
por estarmos situados nesta localidade, o pastel de feijão e de
amêndoa, as barrigas de freira e
o queque de noz”.
Mas a grande especialidade é
sem dúvida os ovos moles que,
Página Exclusiva 44
ao receberem o recente selo de
certificação, viram a sua qualidade atestada: “Foi uma batalha
que demorou o seu tempo, mas
que finalmente chegou ao fim.
Agora, depois desta aprovação
da União Europeia, o produto e
os produtores certificados podem
começar a ser divulgados e isso
vai trazer benefícios no futuro.
Neste capítulo, a APOMA tem
tido um papel muito importante
de divulgação junto do consumidor”, acredita Messias Pequeno,
que aproveita para lembrar que
“o sucesso deste processo de
certificação estará, em último
caso, nas mãos do consumidor. É
ele quem irá decidir se quer um
produto certificado, ao qual são
feitas análises a todos os lotes,
ou se quer um produto que não
tenha rastreabilidade e que corre
o risco de afectar a saúde”.
Portugal Inovador
Mágoa indisfarçável
António Costa, administrador da Avózinha – Hóstias para Ovos Moles, não esconde
a tristeza que sente pelo tratamento que lhe tem sido dirigido nos últimos tempos.
A empresa, que recentemente investiu muito no melhoramento das condições de
produção, teme que os ataques de que tem sido alvo coloquem em causa os postos
de trabalho de alguns colaboradores.
A Avózinha é, desde o seu início, a
referência em Aveiro na produção
de hóstias para ovos moles. Fundada em 1987, a empresa inicia a
sua actividade para dar continuidade ao trabalho que vinha a ser
desempenhado há várias décadas, adoptando a sua actual desi­
gnação “como forma de homena­
gem a uma avózinha”, explica
António Costa.
Ao longo dos anos, a Avózinha
tornou-se um nome conhecido
de todos, não tanto pelo escasso
número de produtores, mas pela
qualidade incontornável do produto apresentado. Recentemente,
face à recente certificação dos
ovos moles e às exigências a eles
associadas, a Avózinha viu-se na
obrigação de apresentar soluções
novas ao mercado, como forma de
sobrevivência da própria empresa.
Investiu em melhorias colossais no
seu processo produtivo, tornando‑se mais jovem e eficiente.
Resposta à polémica
O rejuvenescimento trouxe consigo
novos produtos e com eles as divulgadas críticas da parte de alguns
produtores. António Costa sente‑se injustiçado: “Fico emocionado
e muito triste com a relação actual
da Avózinha com a APOMA. Acho
que, depois de tudo o que fizemos
pela associação, não mereciamos
este tratamento... Nós, ao contrário da concorrência, a partir de
30 de Junho de 2010 deixamos de
vender as figuras do mar e da ria
a não-associados, ou seja, um dia
antes da obrigatoriedade de cumprimento do caderno de especificações da APOMA. É claro, que para
suplantar esta quebra nas vendas,
fomos à procura de soluções. Não
seria possível de outra forma. Somos 12 colaboradores numa em-
presa em que o produto é sazonal,
onde para sobreviver é preciso
muito trabalho, esforço e sacríficio. Por outro lado, é importante
deixar bem claro que a Avózinha
está autorizada a produzir outro
tipo de modelos, que não tenham
os motivos de ria e mar, para não‑associados da APOMA. Por isso
só peço que nos compreendam e
que se acabe de uma vez por todas com este terrorismo comercial.
Deixem a Avózinha crescer”, apela
emocionado António Costa.
Página Exclusiva 45
Portugal Inovador
Referência dos pneus
Há sete anos presente no mercado, a Competipneu é hoje referência ao nível de
distribuição e venda ao público de pneus multimarcas na zona norte do país.
A Competipneu nasce em 2004,
quando José Luís Carvalho após
19 anos de experiência na venda
directa ao consumidor, decide criar­
a sua oficina de venda e montagem
de pneus. Após uma fase inicial de
difícil arranque, a empresa resolve
investir na distribuição de pneus,
começando então a comprar mais,
importando de vários países. É a
partir dessa altura que a Competipneu fica com duas vertentes: a
logística e a oficina.
Competipneu Logística
Dentro da vertente de acção da
logística, esta tem a seu cargo a
revenda e distribuição de pneus
para os profissionais do ramo das
oficinas.
Com um stock de 10000 pneus, e
agente de várias marcas, a Competipneu dispõe de uma frota de
distribuição que inclui dois transportadores, e de uma capacidade
de armazenamento, cargas e des-
Página Exclusiva 46
cargas que possibilita a entrada de
camiões de grandes dimensões
dentro do armazém.
Para mais rápido e melhor servir
os seus clientes, a empresa dis­
ponibiliza o sítio na internet: ­www.
competipneu.com, com acesso a
todo o armazém, para fazer encomendas, garantindo a entrega em
sua casa no prazo máximo de 24
horas.
Competipneu Oficina
Para o gerente da Competipneu,
é no consumidor final que incide o
foco de maior atenção, pondo ao
seu dispor todo um stock em quantidade, qualidade e variedade.
De modo a melhor servir o cliente,
a Competipneu alargou recentemente a sua gama de actividade,
proporcionando serviços de dia­
gnóstico, carregamento de ar
condiconado, lavagens, mecâncica geral e revisões, segundo os
planos de assistência aconselhados pelas marcas.
O crescimento da empresa tem
sido uma constante, e, alargando
as suas vendas a nível nacional,
as novas instalações são também uma consequência do su­
cesso deste negócio. “Este passo
que demos hoje no crescimento
das nossas instalações pretende
alcan­çar um crescimento sustentado e dirigido ao consumidor final”, explica José Luís Carvalho.
Hoje, com uma maior capacidade
de armazenagem, a Competipneu
continua a apostar na sua imagem,
sendo a certificação o próximio
passo a dar.
Portugal Inovador
Ensino
Página Exclusiva 47
Portugal Inovador
Educação, Conhecimento
e Inovação
Em conversa com a revista “Portugal Inovador”, António Moreira, director do
Departamento de Educação da Universidade de Aveiro, explica-nos o surgimento do departamento, realçando a formação disponibilizada, assim como o
sucesso do Centro de Investigação em Didáctica e Tecnologia na Formação
de Formadores - CIDTFF.
À semelhança de toda a estrutura da
Universidade de Aveiro (UA), o Departamento de Educação foi constituído à medida que as necessidades
e exigências surgiram.
A UA tem uma estrutura orgânica
que é diferente das chamadas universidades clássicas. Enquanto que
estas são constituídas por Faculdades, onde cada uma é autónoma
e tem autoridade para reger os seus
próprios desígnios, a UA estrutura‑se num modelo em que é a própria
instituição que gere os recursos
que tem, no sentido de tirar melhor
partido destes, dando corpo a determinado tipo de ofertas. Por exemplo, explica António Moreira, “se um
curso de formação de professores
do 1º ciclo do ensino básico carecer de formação a nível de Ciências
Integradas da Natureza, o departamento compartilha recursos humanos com outros departamentos da
Universidade”.
Os antigos Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa e de
Ciências da Educação tinham, iniPágina Exclusiva 48
cialmente, poucos docentes e os
alunos eram provenientes de departamentos que ofereciam formação de professores. Só mais tarde
começou a fornecer oferta formativa
própria como a do Ensino Básico,
a nível do primeiro ciclo, a Educação de Infância e, posteriormente, o
curso de Psicologia.
Oferta Formativa
Presentemente, o Departamento de
Educação tem uma oferta formativa
que, por um lado, tem uma dimensão académica – que é a oferta que
permite a continuidade universitária
– e uma mais profissionalizante que
se vocaciona para o ensino.
“A vertente profissionalizante dis­
ponibiliza formação ao nível do ensino Pré-escolar, do 1º, 2º e 3º ciclos
do Ensino Básico e do Secundário
em variadas áreas”, explica o director. “Temos também a licenciatura
em Psicologia. Pós-graduações ao
nível dos Mestrados em Ciências
da Educação; Didáctica; Promoção
da Leitura e Bibliotecas Escolares;
Psicologia e Psicologia Clínica e da
Saúde e Forense”, continua. Esta
é uma componente que o departamento pretende vir a desenvolver.
A nível de 3º ciclo o departamento
disponibiliza o doutoramento em
Multimédia em Educação – em colaboração com o Departamento de
Comunicação e Arte, sendo uma
das ofertas que mais candidatos
atrai, leccionando ainda o doutoramento em Didáctica e Formação”.
O Departamento de Educação, para
além da componente de formação
contínua, disponibiliza ainda alguma
formação avulsa. O departamento
funciona como sede do Centro de
Competência TIC da Universidade
de Aveiro, sob tutela do Ministério da
Educação, tendo por função encontrar soluções e dar condições para
que as escolas e os agrupamentos
de escolas que estão afectos a este
Centro, dele retirem mais-valias no
sentido de obterem consultadoria ao
nível das suas candidaturas a financiamento de projectos. “Neste momento temos 15 escolas que estão
associadas a nós em projectos que
foram candidatados a financiamento
de inovação tecnológica. Oferece­
mos formação – cursos intensivos
– sobre ferramentas tecnológicas
na vertente da integração das tecnologias no ensino. Ainda há pouco
tempo realizámos um curso sobre
tecnologias de apoio para crianças
com necessidades educativas especiais e outro sobre o potencial
das ferramentas disponibilizadas
pelo Google, no sentido de as integrar em situações de sala de aula.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 49
Portugal Inovador
Algumas das nossas ofertas são
creditadas pelo Conselho Científi­
co-Peda­gógico da Formação Con­
tínua, prevendo a atribuição de
créditos para progressão de carreira; outra vertente é a formação
paga pelo formando, existindo ainda a formação que oferecemos e
que acontece muitas vezes a pedido de outras entidades”, esclarece
António Moreira.
Centro de Investigação
A investigação é um dos pontos
fortes do Departamento de Educação. O Centro de Investigação em
Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTCF) é o
único centro de investigação nesta
área, em Portugal, que alcançou,
sistematicamente, durante as quatro edições de avaliação externa,
a classificação de excelente. Segundo o director, “o Centro é alvo
de inúmeras propostas de parceria
por parte de outros centros na área
da educação nacionais e internacionais”. O CIDTCF tem programas
de investigação e desenvolvimento,
sendo que alguns têm que ver com
a transferência de tecnologia. “Presentemente estamos a desenvolver
um software de análise quantitativa
para investigação, que vai ser distribuído online dentro em breve. A
apresentação pública está agendada
para Setembro, embora este mês,
nos dias 12 e 13, vá ser feita uma
pré-apresentação na Universidade
do Minho no encontro Challenges
2011. Temos também um software
Página Exclusiva 50
que já está a ser comercializado e
que é direccinado a crianças dos
8 aos 12 anos de idade, dando a
conhecer aos miúdos o modo como
se deve interpretar o consumo que
fazemos da energia, sensibilizan­
do-os para o que é ou não sustentável do ponto de vista da utilização
de recursos energéticos. Temos
depois jogos educativos que são de
base não tecnológica... Presentemente, temos alguns projectos com
a indústria, nomeadamente, com a
iZone ou a Microsoft entre outras
empresas nacionais e estrangeiras, na área de conteúdos de nova
geração. Surgem também outras
iniciativas que estão relacionadas
com o parque tecnológico que vai
ser cons­truído no campus universitário… Enfim, temos um vasto e
reconhecido trabalho na área do
desenvolvimento e da inovação”, resume o director António Moreira.
Os consórcios que o CIDTFF realiza
com as empresas, “têm o objectivo
de beneficiar ambas as partes e
permitir ao centro produzir produtos
que, sendo apetecíveis a nível de
mercado, produzam capital com a
venda de licenças e com a formação oferecida ao nível da utilização
do software. Estes são acordos que
beneficiam ambas as partes”.
O Departamento de Educação
da UA tem recebido contactos de
várias universidades, atraídas pela
qualidade e prestígio do CIDTCF.
“Por exemplo, em Espanha, Madrid
e Granada estão interessadas em
realizar consórcios connosco. Temos aqui nichos de conhecimento
que não são fáceis de encontrar
em outros lados, o que nos permite
criar importantes sinergias com
conceitua­das instituições nacionais
e internacionais”, informa o director.
Um Departamento
de Educação aberto
Com 46 docentes efectivos, o Departamento de Educação tem recebido muitos bolseiros vindos de
todas as partes do mundo, tendo
recentemente assinado dois convénios com universidades brasileiras,
com vista a realizar programas de
intercâmbio, tanto de professores,
como de alunos ao nível das pós‑graduações. Uma grande parte
dos docentes e outros membros do
departamento, através do Centro de
Investigação, está presentemente
envolvido na reestruturação do currículo do ensino secundário de Timor
Leste. “Através de um consórcio
que realizámos com o Ministério da
Educação de Timor Leste, a Fundação Calouste Gulbenkian e o IPAD,
encontramo-nos a produzir os programas, os manuais de ensino e os
guias dos professores para o ensino
secundário deste jovem país”, conclui António Moreira.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 51
Portugal Inovador
Física para as tecnologias
do futuro
O Departamento de Física da Universidade de Aveiro (UA), acolhe um total
de 400 alunos, 50 docentes, 15 investigadores e 25 bolseiros de pós-doutoramento. Um outro edifício que está em início da construção, com final previsto
para 2013, irá contribuir para a concretização dos grandes objectivos do departamento.
O Departamento de Física foi dos
primeiros a ser criados na Universidade de Aveiro (UA). Em 1978,
juntamente com o Departamento
de Química, foi aberta a licenciatura em Ensino de Física e Química. Mais tarde, em 1981, abriu-se
a licenciatura em Física – com
dois ramos: Física da Atmosfera
e Física de Materiais que deram
origem às actuais licenciatura em
Física e licenciatura em Meteorologia, Oceanografia e Geofísica;
em 1990, a licenciatura em Enge­
nharia Física, hoje mestrado integrado.
Importância da Física
Em conversa com António Luís
Ferreira, director do Departamento
de Física da UA, a revista “Portugal Inovador” ficou a conhecer
um pouco mais desta área científica. “A Física tem a característica
de estudar a natureza e os seus
fenómenos, numa grande amplitude de escalas quer espaciais,
Página Exclusiva 52
quer temporais, nomeadamente,
desde a escala sub-atómica até
à escala do Universo. Os físicos
quando incluídos em equipas multidisciplinares têm a capacidade
de fazer a ponte entre as diversas áreas científicas e tecnológicas. “A rápida evolução da tecnologia obriga a uma actualização
constante dos conhecimentos e,
nesse caso os conhecimentos
básicos da Física são fundamentais para que os profissionais se
consigam actualizar”, continua. Os
Engenheiros Físicos são os únicos
engenheiros com uma formação
em Física Quântica, cada vez mais
importante para as aplicações tecnológicas do futuro. Em particular,
a manipulação e fabricação de
sistemas de dimensões nanométricas exige formação em Física
Quântica.
Formação
O Departamento de Física oferece
uma vasta formação ao nível do
1º, 2º e 3ºciclos, sendo também
um departamento de investigação
que participa em diversos projectos nacionais e internacionais.
No 1º ciclo o departamento disponibiliza
três
licenciaturas:
em Física; em Metereologia
Oceonografia e Geofísica; e participa ainda na licenciatura em
Ciências do Mar.
No 2º ciclo oferece os mestrados;
em Física; em Meteorologia e
Oceonografia Física, assim como
o Mestrado Integrado em Enge­
nharia Física. O departamento tem
ainda uma colaboração importante
no European Master in Materials­
Science, em parceria com os
Departamentos de Engenharia
Cerâmica e do Vidro e o Departamento de Química.
Ao nível do 3º ciclo os estudantes
podem optar pelos Doutoramentos em: Engenharia Física; Física
(MAP-FIS) realizado em colaboração com as Universidades do
Minho­ e Porto, Nanociências e
Nanotecnologia e Ciências do Mar
e do Ambiente. Estes dois últimos
em colaboração com outros departamento da UA.
António Luís Ferreira informa que,
“é objectivo do Departamento de
Física oferecer ferramentas aos
alunos que lhes permitam, no final
do 1º ciclo, estarem preparados
para resolver problemas práticos e
se iniciarem em actividades de investigação, realizando um projecto
final de 1º ciclo.
O 2º ciclo e o mestrado integrado
(a partir do 3º ano) permitem uma
Portugal Inovador
cional onde se integram dois investigadores do Departamento de
Física mediu o tamanho do protão
e teve grande repercursão internacional”, informa António Luís Ferreira. Uma outra àrea que se pode
referir é a Física de Redes onde o
DF tem uma ­equipa com trabalho
reconhecido a nível mundial.
Reconhecimento
maior especialização. “Por exemplo, no Mestrado Integrado em
Engenharia Física, temos opções
que permitem ao aluno seguir um
determinado perfil de competências. Estão previstos os perfis de
Materiais; Energia, Física Médica
(por exemplo, utilização de radiação para diagnóstico médico,
imageologia e tratamento), Óptica,
Instrumentação Electrónica, entre outros. O mercado de trabalho
dos físicos é muito diversificado,
pois temos os nosso ex-alunos a
trabalhar em empresas de base
tecnológica, em ambiente hospitalar, em institutos públicos, em
carreiras de investigação no país e
no estrangeiro e outros criaram as
suas próprias empresas.
Hoje em dia a formação contínua é
encarada como uma necessidade,
estuda-se ao longo da vida. Dado
o aumento da procura em formação de curta duração, o Departamento de Física vai desenvolver,
já no próximo ano lectivo, cursos
orientados para professores e
para um público alargado. Na
área pedagógica, “o departamento
tem projectos concretos a curto
prazo de cooperação com alguns
Palop’s, no sentido de ajudá-los a
estabelecer licenciaturas, mestrados e formar doutorandos na área
da física, e meteorologia e ocea­
nografia”, informa ainda o director.
Investigação
O conjunto de áreas de investigação em Física incluí: Física de
Materiais, Nanociências e Nanotecnologia, Modelação de Materiais, Física de Redes, Óptica e
Fotónica, Detectores de Radiação,
Astrofísica e Cosmologia, Meteorologia e Clima, Oceanografia e
História da Física. Há quem estude
o efeito das alterações climáticas
no litoral da Ria de Aveiro, quem
estude planetas e colisões de buracos negros e quem desenvolva
termómetros para medir a temperatura a uma escala nanométrica.
Ao longo dos últimos anos, o Departamento de Física tem desenvolvido trabalhos de grande relevo que
mereceram publicação em revistas
internacionais de elevado impacto.
“Por exemplo, um artigo publicado
na Nature por uma equipa interna-
Muitos têm sido os prémios recebidos. Este ano uma equipa foi
galardoada com o Prémio BES
Ino­vação, na categoria Clean
Tech, com o projecto FotOrg,
“Fotovoltai­cos Orgânicos de baixo
custo”. A investigadora Alexandra
Carvalho recebeu também o Prémio Gulbenkian de estímulo à investigação para jovens cientistas.
“Actualmente, estão a decorrer no departamento mais de 25
projectos de investigação financiados. Temos também contratos
de prestação de serviços, que
há ­cinco anos eram quase inexistentes na área da Física. Esses
contratos permitem uma maior
proximidade à indústria e ao tecido
empresarial. Na área de Metereologia temos desenvolvido estudos
na àrea das energias renováveis
e em Mate­riais desenvolvemos
componentes para dispositivos
fotovoltaicos. “São estes apenas
alguns exemplos de vários dos
nossos projectos”, conclui o director de departamento António Luís
Ferreira.
Página Exclusiva 53
Portugal Inovador
A mover um dos sectores
mais fortes do país
Na Universidade de Aveiro existe o único Departamento de Engenharia
Cerâmica e do Vidro do país, actualmente com oferta generalizada à área de
Ciência e Engenharia de Materiais. Os indicadores de produção científica e de
internacionalização são reconhecidamente elevados.
O Departamento de Engenharia
Cerâmica e do Vidro da Universidade de Aveiro foi um dos primeiros
a abrir portas aquando da criação
da instituição, a meados dos anos
70. Além do curso que dá nome ao
departamento (agora apenas de 2º
ciclo), constam na sua oferta formativa outros, como engenharia
Página Exclusiva 54
de materiais (1º e 2º ciclos) e materiais e dispositivos biomédicos
(mestrado), embora a importância dada à enge­nharia cerâmica
e do vidro se mantenha, também
devido à tradição. Todos os cursos
de 2º ciclo destinam-se a alunos
de vários quadrantes de ciência
e engenharia, como por exemplo
além de engenharia de materiais,
qualquer outro curso de enge­
nharia, química, física e saúde.
No departamento estudam actualmente cerca de 200 alunos, cerca
de 50% deles de pós-graduação, e
leccionam 17 docentes, todos eles
doutorados e a tempo inteiro.
O mestrado em Engenharia dos
Materiais inclui a opção de estágio. A experiência dos alunos em
contexto de trabalho, que pode durar seis meses, é um valor acrescentado na formação do aluno.
O contacto com o meio laboral é
feito em muitas empresas da área
de Aveiro. “Temos aqui muitas indústrias cerâmicas e de outros
sectores que trabalham com materiais e são várias as empresas
que colaboram connosco”, aponta
o director, Mário Ferreira. E além
disso, “os alunos por nosso intermédio conseguem estágios após
o final das licenciaturas. Uma
das tarefas que tenho agora entre mãos é organizar melhor essa
oferta, e conjuntamente com os
serviços da universidade criar uma
bolsa de estágios e empregos”.
Excelentes perspectivas
de futuro
No que respeita às saídas profissionais, Mário Ferreira aponta
vários caminhos possíveis: “Os
alunos podem ser colocados em
Portugal Inovador
indústrias que trabalhem com materiais, tanto empresas de projecto,
de manutenção, como de outros
serviços também. Podem igualmente integrar carreiras de investigação e desenvolvimento. Quanto
à efectividade dessas saídas, os
resultados são bons. “A taxa de
empregabilidade dos alunos que
tiram aqui o curso é de 100%.
Não temos tido qualquer problema
nesse capítulo praticamente desde
sempre”. Ainda de acordo com o director, o curso mais procurado tem
sido actualmente a licenciatura em
Engenharia dos Materiais.
17% da investigação da UA
Uma das grandes apostas do departamento é na investigação.
Esta envolve além dos docentes,
12 investigadores a tempo inteiro
e várias dezenas de alunos de
doutoramento e pós-doutorados.
Estão a decorrer vários projectos
com financiamentos nacionais e in-
ternacionais num total de cerca de
4 milhões de euros. E o volume de
publicações em revistas indexadas
é bastante elevado. “17% de todas
as publicações da UA pertencem‑nos, temos também um número
de citações bastante grande. Estamos sem dúvida numa posição
privilegiada em relação a este ponto”. Os trabalhos desenvolvidos,
explica Mário Ferreira, passam
muito pela síntese e estudo das
propriedades de materiais nano
e micro estruturados que possam
ser utilizados em diferentes tecnologias, soluções de reciclagem de
diferentes resíduos, biomateriais,
revestimentos funcionais, entre
outros. No caso dos sistemas de
energia “a eficiência das pilhas
de combustível depende muito do
material que as compõe, portanto
o desenvolvimento de novos materiais para obter sistemas mais
eficazes constitui uma área de
investigação prioritária”. Alguns
dos produtos são alvo de patente,
sendo que em média são criadas
cinco por ano.
Mais cursos proximamente
A intenção nos tempos que se avi­
zinham é alargar a oferta formativa, também para cativar mais alunos estrangeiros. Nesse sentido,
“estão a ser formadas parcerias
com várias universidades euro­
peias e brasileiras”. Isto a somar
às inúmeras relações de colaboração já existentes com instituições
de ensino superior dos quatro
cantos do mundo e com algumas
das maiores empresas da Europa
(Daimler, Airbus, Fiat, Bayer, etc).
Página Exclusiva 55
Portugal Inovador
Universidade de ponta
A revista Portugal Inovador esteve na Universidade de Aveiro (UA), no Departamento de Engenharia Mecânica, à conversa com o director do departamento António Sousa e com José Grácio, coordenador do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação. Conhecer a dinâmica da instituição e a sua forte
vertente de investigação foi o nosso objectivo.
Formação
O Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de
Aveiro é hoje reconhecido a nível
nacional e internacional pela qualidade do ensino e investigação
que produz e pelos fortes laços de
cooperação com o tecido industrial
que resultaram em produtos e pa­
tentes de elevado valor acrescentado.
Actualmente, o Departamento de
Engenharia Mecânica integra cerca de 500 alunos do Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica
e do Programa Doutoral em Engenharia Mecânica. O Departamento presta ainda colaboração
em mestrados interdepartamentais, nomeadamente Engenharia e
Design do Produto, Engenharia e
Automação Industrial; Materiais e
Dispositivos Biomédicos, Sistemas
Energéticos Sustentáveis bem
como participa, activamente, nos
programas doutorais em Energia e
Alterações Climáticas e NanociênPágina Exclusiva 56
cias e Nanotecnologias.
Apesar do seu carácter especia­
lizado, o Mestrado em Engenharia
Mecânica, permite a integração de
alunos oriundos de outros cursos
de Licenciatura ou Mestrado para
completar os seus estudos.
Surgimento do departamento
A criação do Departamento de
Engenharia Mecânica (DEM) na
Universidade de Aveiro deve-se
primordialmente à necessidade
das empresas da região de recrutarem quadros superiores, assim
como terem acesso a uma estrutura que pudesse suportar o desenvolvimento dos seus processos e
produtos. Perante o empenho dessas empresas, a Universidade de
Aveiro, consciente do seu papel
único de promoção e cooperação
com a sociedade, estabeleceu o
Departamento. Esta é razão pela
qual desde o início da sua exis­
tência o DEM se tem afirmado pela
forte cooperação industrial e pela
formação de quadros de qualidade. O Departamento de Enge­
nharia Mecânica da Universidade
de Aveiro começou a ganhar expressão em 1996, após terem sido
estabelecidas as infra-estruturas
necessárias à realização de um
trabalho ao mais alto nível e terem
sido contratados docentes com as
mais elevadas qualificações académicas e com experiência profissional relevante.
Hoje, o tecido industrial da região
reconhece a contribuição importante em termos de inovação industrial, novas tecnologias e produtos que foi conseguida através da
cooperação com o Departamento
de Engenharia Mecânica e sua
Unidade de Investigação.
Aproximação
com o tecido empresarial
A aproximação ao tecido empresarial faz-se não apenas através
da realização de projectos de investigação aplicada ao abrigo de
programas bilaterais suportados
pelas próprias empresas ou pelo
programa QREN, mas também
através de trabalhos de dissertação ao nível dos 2º e 3º ciclos que
possam dar resposta a questões
pertinentes conducentes à valorização das empresas em termos
de inovação industrial e aumento
do seu potencial tecnológico. Isto
é perfeitamente possível no âmbito do trabalho de dissertação do
Mestrado e no quadro da vertente
de investigação dos programas
doutorais, sobretudo dos programas doutorais de cooperação industrial.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 57
Portugal Inovador
Aveiro é uma zona bastante rica
do ponto de vista industrial. Nesta
região encontram-se empresas
que operam num leque alargado
de actividades, nomeadamente
secagem do bacalhau, frio, térmica, tecnologia industrial, metalomecânica, desenvolvimento de
software e simulação industrial,
automação e informática indus­
trial, biotecnologia e outras áreas
de ponta como por exemplo a
nano­tecnologia. Alguns alunos têm
uma enorme propensão para fazer
investigação de carácter industrial,
enquanto outros apresentam maior
motivação para a investigação fundamental. Nesta perspectiva o Departamento responde aos anseios
dos seus estudantes tendo sempre em consideração o garante
da qualidade académica aliado ao
seu papel dinamizador e de parceria junto do tecido empresarial.
O Departamento de Engenharia
Mecânica faz uma selecção criteriosa das empresas com as quais
estabelece acordos de cooperação tendo em vista a realização
dos trabalhos de investigação e
desenvolvimento. Com referência
aos projectos de tese do mestrado
integrado com uma vertente industrial, António Sousa salienta: “Não
podemos sacrificar o imediatismo
à qualidade. O projecto tem de ser
seleccionado, para ter um certo
número de parâmetros que possibilite ao candidato a mestrado
integrado desenvolver um trabalho
bem estruturado e que, depois
duma avaliação rigorosa, seja
merecedor de uma classificação
positiva”.
O Departamento de Engenharia
Mecânica conduz, geralmente, os
Página Exclusiva 58
seus projectos até ao produto final. “É importante mencionar que
algumas das colaborações existentes deram origem a patentes
que foram inteiramente comerciali­
zadas e chegaram a aumentar
substancialmente a exportação no
sector da indústria”, continua o director.
O coordenador da unidade de investigação, José Grácio, salienta:
“Acredito que nesta área concreta,
relativamente aos outros departamentos e universidades existentes
no país, estamos muito à frente.
É possível encontrar nalgumas
empresas, estações de produção
completamente projectadas e
fabricadas no Departamento de
Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro. Isto é pouco
usual. É o saber fazer”. José Grácio acrescenta ainda: “No Departamento de Engenharia Mecânica
da Universidade de Aveiro, os
estudantes têm a oportunidade
de mostrar aos empresários, durante o trabalho de dissertação, o
seu real valor, facto que aproxima
e facilita a sua rápida inserção no
mercado de trabalho”.
Desafio
Um dos desafios deste departamento é a cooperação internacional. O Departamento de Engenharia Mecânica desenvolve inúmeros
projectos de qualidade internacional, um deles é uma tecnologia de
ponta que permite produzir materiais de elevada resistência que
têm um enorme potencial para uso
numa gama elevada de aplicações
desde a indústria automóvel até à
indústria aeroespacial.
São 100 os investigadores do
Departamento de Engenharia
Mecânica, sendo que 53 são doutorados, todos em áreas de investigação diversas que abrange
duas vertentes: o trabalho com as
empresas e a área científica.
“Mesmo considerando a nossa reduzida dimensão a nível mundial,
as nossas publicações colocam‑nos entre os 150 melhores centros do mundo na área de Enge­
nharia Mecânica”, salienta António
Sousa.
Futuro
Um dos projectos de futuro do departamento passa pela continuidade do trabalho de internacionalização do departamento. José
Grácio aproveita para referir que,
“90% dos investimentos europeus
são vocacionados para as novas
tecnologias, áreas que “estão na
moda” verificando-se um esquecimento das tecnologias tradicionais. Do nosso ponto de vista, isto
é um erro enorme - ainda existe
muito por fazer e é necessário
continuar a formar jovens nestas
tecnologias”. António Sousa conclui dizendo: “Acredito que a situação actual de Portugal não nos vai
prejudicar, porque as empresas
têm que se tornar mais competitivas, mais inventivas, tendo que
recorrer às universidades, nomeadamente, à Universidade de
Aveiro e, em particular, ao Departamento de Engenharia Mecânica.
Estou completamente convencido
que podemos contribuir para que
essas empresas se tornem mais
interventivas e competitivas, não
apenas a nível nacional, mas efectivamente a nível internacional”
Portugal Inovador
Página Exclusiva 59
Portugal Inovador
Ensino online com proximidade
Ensino a distância dedicado sobretudo à aprendizagem ao longo da vida é o
eixo da actividade da Universidade Aberta, porque, como aponta Carlos Reis,
“o cidadão europeu comum já percebeu que não vai fazer o mesmo ao longo
da vida, e que tem regularmente que aprender e adquirir novas competências”.
A instituição com sede em Lisboa é a única do género no país.
e colocar materiais, resolver dúvidas, consultar textos. No entanto,
tanto anteriormente como agora
a avaliação de conhecimentos é
presencial, e realizada em vários
pontos do país e no estrangeiro.
Regime tutorial
com exames presenciais
Quando surgiu em 1988, ainda
como Instituto Português de Ensino à Distância, este disponibilizava já cursos para professores com
formação incompleta. “O ensino
assentava no uso de manuais,
emissões de televisão em canal
aberto e de rádio, e atendimento
telefónico. Seguia-se, assim, o
modelo que tinha resultado bem
na universidade matriz do género,
a Open University do Reino Unido,
criada para permitir formação superior a quem não pudera obter
Página Exclusiva 60
essa formação em devido tempo”,
conta Carlos Reis. Ainda de acordo
com o reitor, “neste momento estamos na 3ª geração do ensino a
distância, ou seja, ensino em rede,
em plataforma eletrónica e usando
as ferramentas do e-learning. Este
conceito pode resumir-se numa
palavra: flexibilidade. O que signi­
fica que este ensino pode chegar
a qualquer lugar do mundo”, já
que os alunos podem aceder a
partir de todos os pontos do globo
e dialogar com os colegas, receber
Os cursos oferecidos são das
áreas das humanidades, ciências
so­ciais, gestão, ciências da educação, matemática, informática,
ciências do ambiente, etc. Na
Universidade Aberta estudam 10
mil estudantes e leccionam 150
professores, um rácio bastante
diferente do ensino presencial. “O
que as outras universidades não
necessitam de ter é tutores. No
nosso caso, os alunos são divididos em turmas de 50 alunos cada.
O professor fica encarregado de
uma ou duas turmas e as restan­
tes são confiadas a tutores, sempre sob orientação do professor
responsável pela unidade curricular. Outra nota importante é que
é o professor o responsável pela
avaliação dessa unidade curricular.
Os tutores, além de possuírem na
sua maior parte o título de mestre,
recebem ainda uma formação de
para tutoria em ensino a distância.
Questionado sobre se os alunos
faziam o curso num período de
tempo semelhante aos do ensino
presencial, Carlos Reis considera
que “é natural não terem o mesmo
rendimento que os das universidades convencionais, visto que
têm de compatibilizar a vida familiar
e profissional com a universitária.
Por isso nós até estabelecemos
Portugal Inovador
um limite em relação ao número
de unidades curriculares em que o
aluno pode estar inscrito”.
Os cursos tanto de 1º como de 2º
ciclo estão adequados ao Processo
de Bolonha e no entender do reitor
até vieram a coincidir, no plano
peda­gógico, com o que se já se
­fazia antes em ensino a distância.
12º ano ou experiência
profissional
No que respeita ao acesso, embora a instituição seja pública as
condições não são idênticas às
do concurso nacional. Apesar de
a Universidade Aberta fazer a selecção dos estudantes, a sua filosofia assenta em estar aberta não
só a públicos de qualquer zona
geográfica como a todas as pessoas com a intenção de obter uma
formação superior. “Os estudantes
têm de ter o 12º ano, 21 anos de
idade, ou apenas 18 mas já estarem a trabalhar”, refere Carlos
Reis. Quem ingresse pelo regime
para maiores de 23 anos não tem
de cumprir um requisito de prévia
formação académica. Esta, aliás,
como indica, “tem sido a via de
acesso mais procurada nos últimos anos lectivos”. A média etária
dos alunos da UAb é de 34 anos. O
curso de Ciências Sociais inclui um
estágio de seis meses que pode
ser realizado, por exemplo, numa
instituição de solidariedade social,
embora Carlos Reis ressalve que
“o ensino a distância não se ajusta
a cursos que tenham uma componente laboratorial muito forte”.
No actual ano lectivo abriu um
Curso de Qualificação para Estudos Superiores destinado a alunos
com o 12º ano ou provenientes do
Programa Novas Oportunidades.
O curso tem a duração de um semestre e inclui três disciplinas.
Na peugada dos melhores
Dado o tipo de ensino de que se
trata e o número reduzido de professores que implica, Carlos Reis
salienta que a massa crítica e as
áreas de investigação não podem
ser vastas, excepto na área do
ensino à distância. “Nesse campo
temos um laboratório que funciona
bem, onde se desenvolvem ferramentas de ensino à distância,
e para pensar a sua pedagogia.
Neste capítulo o objectivo é conti­
nuar a alargar a actividade e seguir
as boas práticas. Por exemplo, da
Open University do Reino Unido,
da Universidade Aberta da Holanda e da Universidade Aberta da
Catalunha, a primeira a ser concebida para ser uma universidade
virtual.
Recentemente foi estabelecida
uma parceria entre o Grupo Leya
e a Universidade Aberta que compreende a disponibilização de
conteúdos online para formação
superior e aprendizagem ao longo
da vida de públicos de língua portuguesa, com especial incidência
no Brasil e nos países africanos de
língua oficial portuguesa.
Outra inovação foi a criação de cerca de 15 centros locais de aprendizagem em Portugal continental
e nos Açores, de forma a que os
alunos possam estudar juntos, dispor de apoio logístico, do mesmo
modo que se possibilitam ofertas
formativas às comunidades locais.
A Meda, Peso da Régua, Coruche,
Reguengos de Mosnaraz e a Praia
da Vitória são algumas da localidades onde se podem encontrar
esses espaços.
Página Exclusiva 61
Portugal Inovador
Página Exclusiva 62
Portugal Inovador
Página Exclusiva 63
Portugal Inovador
Dinâmica e qualidade
O objectivo fundamental da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade
Nova de Lisboa é vir a ser uma Research Faculty. Em entrevista à Portugal Inovador,
o director, Fernando Santana, conta que os planos passam ainda por antecipar a criação de novos cursos às necessidades do mercado de trabalho. Fernando Santana,
director da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Apenas os mestrados incluem estágios? Devem ter
acordos com várias entidades de forma a possibilitar aos vossos alunos a rea­
lização de estágios aí, não é
verdade? Quais as entidades
com quem trabalham?
Quer-nos falar um pouco sobre o percurso da Faculdade
de Ciências e Tecnologia
desde que surgiu até aqui?
A FCT foi criada em 1977, localizando-se na Margem Sul do Tejo,
em Almada, num campus com 30
ha e bom ambiente! O campus,
naturalmente agradável, propicia
o estudo e favorece um valioso
espírito de Escola, construído no
tempo pela afirmação da qualidade
das suas actividades de ensino, de
investigação e de extensão universitária.
É uma instituição jovem (34 anos!),
cujo prestígio radica exclusivamente no seu dinamismo e na sua
qualidade, tendo sido pioneira em
vários cursos, designadamente:
Engenharia Informática, Enge­
nharia do Ambiente, Engenharia
dos Materiais, Engenharia Física
e Engenharia Industrial, procurando permanentemente actualPágina Exclusiva 64
izar a sua oferta educativa, acompanhando novos paradigmas, de
que é ­exemplo o novo curso em
Sustaina­ble Engineering ou a Engenharia de Micro e Nanotecnologias, já em funcionamento.
Quantos docentes trabalham
aqui e qual o número de estudantes da Faculdade?
Contando hoje com 7500 estudantes, dos quais 74% de Mestrado e Doutoramento, a FCT oferece
81 ciclos de estudos, com predomi­
nância na área das Engenharias.
O seu numerus clausus, 1110,
tem-se mantido, por imposição do
MCTES, apesar de uma procura
média de seis candidatos por vaga
(licenciaturas e mestrados integrados).
A Faculdade conta com 450 docentes, dos quais 90% são doutorados e com mais de 150 investigadores.
A estrutura curricular dos mestrados (2.os Ciclos) inclui uma unidade curricular de dissertação de
mestrado (Tese) e não estágio.
Contudo, a Escola tem acordos
de colaboração técnica e científica
com muitas entidades externas,
para além de dispor de mais de
200 acordos bilaterais com universidades estrangeiras para intercâmbio de estudantes.
Por outro lado, a Faculdade integrou recentemente os acordos do
Governo Português com três universidades americanas, designadamente Massachusetts Institute
of Technology (MIT), Carnegie
Melon University (CMU) e University of Texas at Austin (UTA), fortalecendo deste modo parcerias
de investigação científica já existentes.
A Faculdade tal como outras
congéneres aposta na investigação. Em que áreas se têm
destacado? Alguns trabalhos
resultam em produtos que
são comercializados? Têm
ao nível da investigação protocolos de cooperação com
instituições
universitárias
es­­­trangeiras?
O objectivo fundamental da Fa­
culdade é vir a ser uma Research
Portugal Inovador
Página Exclusiva 65
Portugal Inovador
dade e da Universidade Nova de
Lisboa.
Em termos de projectos para
os próximos tempos estão a
pensar disponibilizar mais
cursos ou investir em projectos de outros tipos?
Faculty, pelo que a política da Escola potencia as actividades de
investigação e procura que estas
sejam progressivamente incorporadas nas suas actividades de
ensino.
A título exemplificativo, anualmente, a Faculdade produz mais
de 1000 publicações internacionais, cerca de 600 dissertações de
mestrado e 50 de doutoramento.
Em termos de efectividade
das saídas profissionais, depois de concluídas as licenciaturas a maior parte dos
alunos daqui arranja colocação? Qual é em média a
taxa de empregabilidade dos
vossos cursos?
Em média, cerca de 95% dos
diplomados da Faculdade encontram emprego antes de seis meses, sendo de salientar que 35%
desses diplomados são contratados ainda durante a realização do
curso.
O que distingue a vossa
Faculdade de outras institui­
ções do género?
Distingue-nos a preocupação da
qualidade do ensino e da investigação, com base na valorização
do mérito dos docentes e investigadores. Distingue-nos também
uma cultura de proactividade
Página Exclusiva 66
serena e de fortalecimento do
espírito de escola que potencie
a afirmação e prestígio da Facul-
Todos os cursos que compõem
a oferta educativa da Faculdade
foram acreditados pela A3ES.
Portanto, futuras iniciativas deverão, principalmente, passar
pela optimização de recursos,
com eventual fusão de alguns
ciclos de estudos e, por outro
lado, pela criação de novos
ciclos para satisfazer a procura
em áreas emergentes, como res­
posta a necessidades do mercado de trabalho.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 67
Portugal Inovador
“Um dos melhores cursos
pré-universitários do país”
Num belo espaço localizado na Foz do Douro no Porto, prestes a integrar um
novo edifício, a Oporto British School tem como filosofia de trabalho o despertar do pensamento independente dos alunos, da criatividade e do gosto por
aprender.
Com uma história de bem educar segundo a tradição britânica
de aproximadamente 100 anos,
a Oporto British School ocupa as
mesmas instalações desde o início. Primeiro apenas destinada a
alunos britânicos e somente a rapazes, hoje em dia tem entre portas 400 alunos rapazes e raparigas
sendo a maior parte deles de origem portuguesa. Deste modo, e
de acordo com os responsáveis, a
instituição sem perder a sua identidade britânica, internacionalizou‑se, abriu-se ao mundo, tendo em
conta também sempre a sua locali­
zação.
Curso de modelo inglês
A Oporto British School é uma de
cinco escolas nosso país (a única
do Norte), e uma de 200 em todo o
mundo, que disponibiliza um curso
de ensino secundário de origem
inglesa e homologado pelo Council of international Schools, que a
coordenadora de relações com
instituições de ensino superior,
Isabel Oliveira, considera “um dos
melhores cursos pré-universitários
do país”.
Formação abrangente
mas direccionada
O International Baccalaureate (IB)
Diploma, cujo modelo é usado em
Portugal desde os anos 70, funciona na instituição desde 1993. A
escolha desta formação pode ser
feita no 11º ano, sendo que o aluno
faz dois anos e é-lhe conferida uma
habilitação equivalente ao 12º ano
tradicional. Como refere Isabel Oli­
Página Exclusiva 68
Portugal Inovador
veira, trata-se de um “curso muito
internacional, muito global. Os
alunos não se podem virar muito
para uma área, são obrigados a
ter um currículo amplo. Escolhem
uma cadeira de Matemática”, que
pode ser de nível médio ou superior, consoante o seu interesse e
necessidade, “uma de estudos humanísticos, outra de gestão, outra
de ciências experimentais”. As disciplinas com graus de dificuldade
mais elevado permitem aos alunos estudar matérias com que só
teriam contacto na universidade.
Em cada um dos anos terão de ser
escolhidas três cadeiras de nível
superior.
Aos interessados apenas é preciso terem um bom nível de Inglês,
visto todas cadeiras serem leccionadas nesse idioma, à excepção claro das cadeiras de línguas
diferentes. Aliás, o mesmo acontece nos outros anos escolares.
De salientar igualmente que os
trabalhos dos alunos e os exames
de final de formação, que corres­
pondem aos exames nacionais,
são avaliados externamente pela
entidade que aprovou o curso. O
IB tem características especiais,
as suas mais-valias, como refere
Isabel Oliveira, são “o incentivo
à pesquisa por parte dos alunos.
Tem de haver muita proactividade,
eles têm de ter a iniciativa. E lidam
com prazos. O que faz com que
seja passada uma grande parte da
responsabilidade para os alunos”.
Além disso, tenta-se que haja uma
grande colaboração entre professor e aluno. Outra questão interessante prende-se com o facto de a
formação não se limitar ao espaço
da sala de aula, pois os alunos
têm no seu horário um período
para fazerem serviço comunitário.
Em suma, e como expõe o director
David Butcher no documento de
apresentação do curso, os alunos
não só ficam preparados para ingressar no ensino superior como
lhes são veiculadas apetências
essenciais para o modo de vida
moderno e para actuarem como
cidadãos globais.
Um aspecto não menos fundamental e que Isabel Oliveira refe­
re é que “com a oferta disponível
hoje em dia, os jovens sentem-se
um pouco perdidos, e até devido
à idade, não se sentem preparados para fazer escolhas tão importantes. Por isso ali podem escolher
um plano curricular que estabelece
uma excelente combinação entre todos os saberes e acaba por
não comprometer o seu futuro. Ao
mesmo tempo que lhes permite
desenvolver todas as suas capacidades”. Sem que com este facto,
os alunos saiam mal preparados
para um determinado curso. “O
aluno pode prescindir da escolha
de uma disciplina por exemplo na
área da artes de maneira a ficar
com mais tempo para outros disciplinas que prefira”, explica Isabel
Oliveira.
O formato e o conteúdo das disciplinas é quase na totalidade dos
casos igual ao do ensino tradicional. A única diferença aqui é que
as ciências físico-químicas são
dadas separadamente, o mesmo
sucedendo com a Biologia e a
Geologia.
Turmas pequenas
e boa receptividade
O International Baccalaureate (IB)
Diploma tem “sido bastante reconhecido”, e a escola no geral,
já “tem uma boa lista de espera”,
refere Isabel Oliveira. Neste momento a Oporto British School
tem sob este regime 27 alunos
divididos em duas turmas. Sobre
o aproveitamento escolar, Isabel
Oliveira acredita que “este será
um bom ano”, até porque as notas
são um dos critérios de selecção.
Uma boa parte dos alunos após a
conclusão vão para universidades
estrangeiras, mas já há cada vez
mais a preferir permanecer no
nosso país.
Página Exclusiva 69
Portugal Inovador
A formar para a empregabilidade
O ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade), dá formação desde 1970, e ofe­
rece pós-graduações desde 1980. Em 17 anos, período em que os números
foram contabilizados, esta entidade privada já conferiu mais de 850 mil horas
de formação, distribuídas por 10500 cursos a 107 mil formandos. Presentemente o ISQ com sede no Taguspark já tem pólos e delegações em Grijó,
Braga, Castelo Branco, Sines, Viseu e Loulé.
A Direcção de Formação do ISQ
engloba um leque abrangente de
cursos para jovens, passando pela
formação de adultos e formação
contínua (de catálogo ou à medida
do cliente), até às pós-graduações,
conferências e seminários.
“Há dois anos, por considerarmos
que o nosso público das pós-gradua­
ções merecia um tratamento dife­
renciado criámos uma submarca
designada E3 (E ao cubo - Executive
Expertise for Engineers) que inclui
não só a formação pós licenciatura,
mas também Conferências, Seminários e brevemente também ofere­
cerá Coaching executivo”
Alguns dos formandos acabam por
ficar integrados no ISQ mas, de acordo com a Directora do E3, Marta Garcia, “...esse não é o nosso objectivo.
Pretendemos sim, aumentar a empregabilidade e as qualificações dos
que nos procuram. Diferenciamo-nos
de outras universidades e entidades
formadoras, porque grande parte
dos nossos formadores são técnicos
que trabalham no terreno e são formadores no final do dia”. Outro factor
que, no entender de Marta Garcia,
distingue a empresa é a forte componente de I&D (cerca de 5% do
volume de negócios do ISQ), tanto
dentro como fora da área de formação, muito superior à das grandes
empresas do país, e que trabalha
com financiamentos europeus.
Formação técnica
No ISQ pode obter-se uma Certificação em Técnico de Gás, de Soldador
Polietileno, uma Qualificação de Soldador, ou mesmo uma certificação
Página Exclusiva 70
de passaporte de segurança, “uma
marca registada do ISQ”. “O grosso
da nossa actividade, e o que nos faz
ser amplamente reconhecidos, é a
formação técnica, com elevado recurso tecnológico e laboratorial, embora também tenhamos apostado na
formação pedagógica (curso CAP) e
comportamental. “
Presente mundialmente
No estrangeiro são formados portugueses e estrangeiros, por intermédio
de formadores pertencentes a uma
bolsa internacional. “Um dos grandes
objectivos da Formação para 2011 é
crescer lá fora com qualidade”, salienta Marta Garcia. A Direcção de
Formação já trabalhou em Espanha,
Argélia, Angola, Moçambique, Cuba
e Cidade do México. As acções são
realizadas várias vezes por ano com
durações variáveis, e a ideia agora é
continuar a internacionalizar, entrar
em Cabo Verde por exemplo com
uma pós-graduação de laboratórios.
“O ISQ abriu um laboratório naquele
país há relativamente pouco tempo
e portanto faz sentido que utilizemos
essas instalações como apoio à nossa Pós Graduação”.
No domínio da investigação tem projectos europeus que versam “o estudo de materiais ou de metodologias
pedagógicas de formação. Desenvolvem-se CD´s e DVD, traduzidos
nas línguas dos vários parceiros, que
são depois incorporados nas nossas
acções de formação”.
No ISQ como um todo trabalham
cerca de 1000 colaboradores, 50%
deles com formação superior, que recebem formação constante nas suas
áreas, por forma a que o ISQ conti­
nue a ser uma entidade de referência
em termos de tecnologia e inovação.
A empresa apresenta também um
grande sentido de responsabilidade
social, sendo coordenadora da Rede
de Responsabilidade Social Nacional
(RSO PT) que tem associadas mais
de 250 empresas portuguesas.
Excelentes condições
e oportunidades de negócio
Mais especificamente nas pós-gra­
Portugal Inovador
duações no E3 e devido à situação
económico-financeira que o país
atravessa, os responsáveis têm
estudado soluções para combater
a falta e, ao mesmo tempo necessidade de formação, também motivadas pelo aumento da taxa de desemprego – basta ver a idade média dos
formandos que desceu dos 45 para
os 28 – e que se torna um problema
complicado de ultrapassar devido às
dificuldades financeiras dos portugueses jovens. “Queremos continuar
a qualificar as pessoas, porque acre­
ditamos que a empregabilidade depende em primeira instância disso,
mas a solução tem de passar por
lhes facilitar o pagamento. Nesse
sentido, e como hoje em dia, ao contrário do que acontecia há dez anos,
80% das pessoas pagam a titulo
particular, acordámos com uma entidade bancária um financiamento específico para os nossos formandos.
A tão falada crise acabou por isso por
despertar alguma criatividade, em-
bora o número de alunos não tenha
vindo a diminuir. “
Além disso, o ISQ E3 tem parcerias
sólidas com, por exemplo, a Escola
Superior de Hotelaria e Turismo, a
Universidade Nova ou a Relacre. E
acrescentou igualmente inovações
aos seus produtos: “As pessoas
vêm ter formação já depois de oito
horas de trabalho e nós decidimos tornar o curso menos pesado
oferecendo o jantar num espaço
simpático, o que permite também
a partilha e o contacto entre as
pessoas”. Outro me­lhoramento foi
a disponibilização de uma plataforma de conteúdos on-line ou ainda
um campo de futebol, um court de
ténis e um gimno­desportivo que os
alunos das Pós Graduações podem utilizar.
Uma outra inovação tem a ver
com as actividades de team buil­
ding que o E3 tem realizado para
que as turmas das pós licenciaturas interajam no início dos cursos.
Estas actividades já passaram por
aulas de surf, de canoagem, caça
ao tesouro, prova de vinhos e
workshops culinários. “ Os formandos adoram. Divertem-se muito e
neste ambiente quebra-se de facto
o gelo!”
Conferências de teor diverso
No último ano, o ISQ organizou dez
seminários, entre os quais a Confe­
rência .PT com o apoio da TSF e
da ESHTE e entre outros, com
oradores da COTEC, Tagus Park,
Grupo Pestana, Galp, IvityCorp, a
Vida é Bela, Brisa que se voltará a
realizar em Outubro deste ano. A
diversidade de áreas abrangidas é
grande e de cariz técnico incluindo
seminários, nomeadamente, sobre
empreitadas de obras públicas,
aeroespacial e defesa, manutenção de edifícios, sector aeronáutico
e reabilitação, na maior parte das
vezes ministrados pelo ISQ e por
parceiros de cada especialidade.
Página Exclusiva 71
Portugal Inovador
Uma escola em movimento
A Escola Profissional de Gaia é mais do que um ícone do município de Vila Nova de
Gaia: É uma estrutura viva e dinâmica, empenhada em conceder aos alunos uma
real oportunidade de inclusão no mercado de trabalho.
Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e Condomínios)
acreditada pela ANACOM e reco­
nhecida pela Ordem dos Enge­
nheiros e pela Associação Nacional de Engenheiros Técnicos.
Mas nem só de ensino vive a Escola Profissional de Gaia, que faz
questão de privilegiar as actividades de enriquecimento cultural
e cívico. Desde jornais e revistas,
elaborados internamente, passando pelas actividades recreativas e
culturais, colóquios e seminários,
aos projectos internacionais ou
actividades desportivas, a Escola
Profissional de Gaia prova a cada
dia o seu espírito empreendedor.
Uma escola vencedora
Em 1990, quatro professores (­Aires
Lousã, Jorge Antão, José ­Vieira e
Manuel Leão), assumiam a res­
ponsabilidade de fundar a Escola
Profissional de Gaia. O sonho de
reunir numa instituição um leque
de valores e pressupostos, que
ao serem adquiridos por todos,
proporcionariam uma entrada na
vida activa de forma progressiva
e natural, tornou-se realidade.
A Escola Profissional de Gaia é
hoje uma referência, que se desmultiplica em soluções de ensino
e formação, sem nunca perder a
noção de rejuvenescimento.
Ser diferente
As parcerias com inúmeras empresas de Gaia e Grande Porto
Página Exclusiva 72
têm resultado em pleno. Prova
disso são os valores referentes à
taxa de empregabilidade que nalguns cursos, como os cursos de
Electrónica, Mecatrónica e Restauração, chega a atingir os 100%.
Neste capítulo, o Giva (Gabinete
para a Integração na Vida Activa)
tem tido um papel crucial, desenvolvendo actividades no âmbito da
formação em técnicas para procura de emprego, da assessoria aos
alunos ao nível da candidaturas
a emprego, bem como na divulgação das ofertas disponíveis no
mercado de trabalho.
A Profigaia é ainda uma entidade
formadora ITED (Infra-estruturas
de Telecomunicações em Edifícios) e ITUR (Infra-estruturas de
O trabalho notável realizado, nos
últimos anos, na modalidade de
xadrez tem levado à conquista
de diversos prémios e galardões.
Para a Direcção da Escola: “A
componente desportiva é muito
importante para o ensino e deve
ser valorizada. Por isso investimos na construção de um pavi­
lhão desportivo, que ficou concluído no ano passado. No âmbito
do Desporto Escolar a nossa Escola dinamiza duas modalidades:
­Ténis de Mesa e Xadrez. No caso
particular do xadrez, a nossa Escola é escola referência e sede da
Associação Desportiva Escolar da
Coordenação Local do Desporto
Escolar - Porto.
O futuro seguirá na mesma linha
actual: “Esperamos que a escola
continue em movimento, diversificando a sua oferta, apresentando novas soluções, sem nunca
perder a qualidade de ensino que
todos lhe reconhecem”, sorriem
confiantes os directores.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 73
Portugal Inovador
Colégio de Gaia:
Educar no séc. XXI
O Colégio de Gaia é uma instituição de ensino com 77 anos de existência. Frequentam o Colégio alunos dos 3 aos 18 anos de idade; a diferenciação dos seus
métodos, a exigência, o rigor, disciplina e a originalidade do seu projecto têm - no
mantido num patamar de excelência.
O Colégio de Gaia é um exemplo de constante dinâmica e ade­
quação às mudanças sociais,
culturais e pedagógicas. Ao longo do seu percurso, a instituição
tem mantido a capacidade de se
renovar e de responder aos desafios de cada época. Com uma
identidade vincada, inspirada na
mundividência cristã, o Colégio
de Gaia é movido por um espírito
de transcendência, isto é, procura, cada dia, ser mais e melhor.
Página Exclusiva 74
Projecto educativo ímpar
Aqui mora um projecto educativo singular, do pré - escolar ao
12ºano. No coração da cidade de
Vila Nova de Gaia esta instituição
dispõe de instalações amplas e
renovadas. Há um grande cuidado, por parte da Direcção, em
manter autónomos os diferentes
territórios educativos. Através
da racionalização dos espaços
e da organização dos tempos,
estão criadas as condições para
que os diferentes graus de escolaridade tenham, por exemplo,
intervalos diferenciados. Após o
término das aulas, há alunos que
permanecem no Colégio, até às
19h, para realizarem as múltiplas
actividades de enriquecimento
curricular.
A educação pré-escolar dispõe
de instalações adequadas às
exigências deste nível da educação, autónomas, novas e amplas. Aos 3 anos, as crianças estreiam-se nas aulas de natação
e, devidamente acompanhadas,
começam a lidar com as tecnologias da informação e comunicação. Aos 5 anos a sensibilização
á língua inglesa é incluído no plano educativo. A educação física
inicia-se, também, na educação
pré-escolar. O xadrez, o inglês e
a informática são áreas ou disciplinas obrigatórias e transversais
a todo o ensino básico. No 2º e
3º ciclos a instituição reforça as
aprendizagens em áreas fundamentais como a língua portuguesa, o inglês e a matemática.
No que se refere ao ensino secundário, o Colégio de Gaia,
desde o ano lectivo 1984/1985,
lecciona cursos com planos
Portugal Inovador
Página Exclusiva 75
Portugal Inovador
e programas próprios, em regime de autonomia e contrato
de associação: Administração
e Marketing, Análises Químico‑Biológicas, Animação e Gestão
Desportiva, Comunicação Multimédia, Contabilidade e Gestão
Empresarial, Desenhador de
Projectos – Arquitectura e Engenharia, Electrónica Industrial
e Automação, Electrónica e Telecomunicações, Informática e
Tecnologias Multimédia e Tecnologias e Sistemas de Informação.
Os cursos secundários do Colégio de Gaia estão organizados
de forma harmoniosa na relação
entre a formação geral, científica e tecnológica. Estes cursos
têm, comprovadas pelos mais de
25 anos de trajecto nesta área,
características específicas que
os vocacionam para a inovação
pedagógica, para a formação integral dos seus alunos e aprofundamento da dupla certificação.
Terminado o ensino secundário,
os alunos são devidamente
acompanhados e aconselhados,
tendo a liberdade de escolher
entre o ingresso imediato na vida
activa e o prosseguimento de
estudos de nível superior - sendo que, se desejarem ingressar
no ensino superior, partem com
vantagem dada a articulação entre os currículos da instituição e
as exigências do ensino superior.
O Colégio de Gaia tem uma forte
Página Exclusiva 76
ligação com a cidade e o conce­
lho; é de realçar que mantém
uma relação de parceria com
mais de 200 empresas.
Cultura de avaliação
O Colégio é avaliado por uma
entidade externa – Fundação
Manuel Leão – segundo uma
metodologia que tem em consideração o percurso de cada
aluno em termos de valor acrescentado, o clima de organização,
os níveis de satisfação dos alunos, encarregados de educação
e colaboradores da organização.
No passado mês de Abril a instituição recebeu os resultados do
triénio 2008/2011 referentes aos
alunos do 3º ciclo. Aí se conclui
que “ o valor acrescentado do
Colégio é de 98,74%, indicando que em média os melhores
desempenhos dos alunos desta
escola, à saída do 3º ciclo, são
98.74% do desempenho má­
xima que estes poderiam obter,
quando comparados com todos
os alunos da amostra”. Estes dados são confirmados pelas ava­
liações externas do Ministério da
Educação, provas de aferição
no 4º e 6ºanos e pelos resultados dos exames nacionais de 9º
ano. Crescendo num ambiente
de disciplina, de exigência e de
rigor, José António Queirós Ribeiro reforça que, “as metas de
excelência, só são possíveis por
caminhos de exigência”.
Um dos maiores segredos do
sucesso do Colégio de Gaia é o
triângulo educativo: pais e professores, juntos, ao lado dos alunos.
Nas palavras do Director do
Colégio “a vida é dinâmica, é mudança e, neste sentido, as boas
respostas de ontem tornam-se
inadequadas hoje. As crises,
quando identificadas, são para
analisar e superar, nunca para
nos refugiarmos nem no imobilismo mascarado de prudência nem
no revivalismo mascarado de sabedoria. A sabedoria é criação”.
Portugal Inovador
“Um Agrupamento diferente”
Com mais de um século de história, a Escola Secundária Abade de Baçal, nasceu
e cresceu para satisfazer a necessidade crescente de dar resposta aos diferentes
públicos da capital de distrito. Tendo-se fixado nas actuais instalações há cerca de
45 anos, a Escola passou a designar-se Escola Secundária Abade de Baçal, home­
nageando uma das mais proeminentes figuras da cultura brigantina.
Fruto de uma grande abertura à comunidade e adoptando
uma postura consideravelmente
abrangente no que toca a oferta
formativa - única na Região -, a Escola integrou, por mérito próprio,
a segunda fase do programa de
requalificação de escolas, do ME,
estando neste momento em processo de transformação para, no
curto prazo, se tornar numa instituição escolar moderna, actualizada e com todas as valências para
oferecer um serviço educativo de
qualidade e excelência, seja para
que público for.
Genericamente, a Escola disporá,
já no próximo ano lectivo, de três
grandes espaços, integralmente
modernizados: um bloco prefe­
rencialmente vocacionado para
os cursos profissionais, com um
corpo oficinal muito diversificado;
um bloco central que será o espaço privilegiado para as actividades
lectivas de carácter teórico, dirigido para os cursos vocacionados
para o prosseguimento de estudos; e, por fim, um terceiro bloco,
construído de raiz, dirigido para a
prática da actividade desportiva
e, também, novos espaços para a
área das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), assim
como quatro laboratórios, para
as áreas disciplinares de carácter
prático/experimental.
A requalificação da Escola vem
de encontro, aliás, ao espectro
abrangente de oferta educativa
da Escola nos últimos anos de
actividade. Além dos cursos do
ensino regular, vocacionados para
o prosseguimento de estudos, a
Escola posicionou a sua actividade tendo em conta, também,
outras necessidades das sociedades modernas, onde a escola
e o ensino devem adoptar como
princípio estruturador a formação
ao longo da vida, numa perspectiva de abertura à totalidade dos
cidadãos que com ela coexistem
num determinado espaço.
Por esta razão, a Escola ofe­rece,
presentemente, um número razoável de cursos profissionais
(Energias Renováveis, Multimédia
e Electricidade), estando prevista
a abertura de um novo curso para
o próximo ano lectivo: o curso de
Artes de Espectáculo.
Além dos cursos profissionais, a
Escola é sede, também, de um
Centro Novas Oportunidades
(CNO Abade de Baçal), um espaço vocacionado para a educação
de adultos, integrando diferentes
valências deste tipo de estruturas
educativas, como o reconhecimento e validação de competências (de todos os ciclos), cursos
EFA, formação modular e encaminhamento para outras ofertas
educativas, quando pertinente.
A Escola oferece, ainda, formação em Português língua não
materna, integrada num projecto
vocacionado para a comunidade
imigrante da Região. Este projecto tem transformado a Escola
num espaço ainda mais diverso
e multicultural, onde pessoas de
todo o Mundo interagem, parti­
lham experiências e, em suma,
experimentam a cultura e o modo
português de socialização, numa
das aportações mais pertinentes
dos últimos anos da Escola para
a comunidade brigantina.
Página Exclusiva 77
Portugal Inovador
Capacitar para integrar
Na Escola Secundária Ferreira de Castro não existem toques. Estes foram
substituídos pela música da rádio-escola, de alunos para alunos, que funciona
como um veículo de capacitação para o futuro.
Integrar os alunos numa sociedade
em constante mudança é o principal objectivo da Escola Básica e
Secundária de Ferreira de Castro, de Oliveira de Azeméis. Para
atingir a integração dos alunos
desta escola, recentemente remo­
delada, existe uma aposta clara
em dotá-los dos conhecimentos
linguísticos, culturais, artísticos e
científicos necessários.
Ilda Maria Gomes Ferreira, directora da escola, orgulha-se do
projecto que hoje dirige e que “foi
considerado um dos seis projectos educativos de melhor qualidade” numa análise ao país. Para
tal, os pilares fundamentais deste
projecto educativo assentam no
rigor e competência de 135 professores e na vasta oferta formativa que contempla o 3º ciclo do
Ensino Básico e Secundário, os
Cursos Profissionais, os Cursos
de Educação e Formação para
jovens (CEF) e de Educação e
Formação de Adultos (EFA) e um
Centro de Novas Oportunidades.
No próximo ano lectivo, a Escola
Ferreira de Castro estenderá o
seu projecto educativo ao 2º ciclo
do ensino básico, o que representará não só um enorme desafio
como também um marco histórico
importante.
Nesta, que é uma escola com 40
Página Exclusiva 78
anos de história, as relações com
os pais e encarregados de educação são privilegiadas, bem como
com as entidades locais, desde a
autarquia até às empresas e outras instituições. Manuel Borges,
subdirector da Escola, salienta a
importância da história para que
as relações com a comunidade
educativa sejam as melhores.Trata-se de uma escola que começou
a funcionar no edifício do antigo
Colégio de Oliveira de Azeméis
em 1971 e sempre primou por um
bom entendimento com a comunidade local.
Para Ilda Ferreira a relação da
escola com o contexto em que
está inserida “é óptima” dando o
exemplo do Centro de Saúde que
colabora com este projecto no
âmbito da educação sexual e da
educação para a saúde. Com um
gabinete de apoio ao aluno, com
duas valências – área comportamental e área da saúde – a escola
fornece aos alunos o apoio permanente dos profissionais do Centro
de Saúde. A preocupação com o
bem-estar de quem frequenta a
escola é crucial e como tal, esta
está preparada para receber alunos com necessidades educativas
especiais. Mesmo após a saída
dos alunos do percurso escolar,
continua a existir a preocupação
em acompanhá-los e para tal o
serviço de psicologia e orientação
apresentará brevemente os resultados de uma consulta/inquérito
feito a antigos alunos.
A Escola Básica e Secundária de
Ferreira de Castro distingue-se
pelo dinamismo, promovendo inúmeras actividades que envolvem
alunos, docentes e funcionários.
As actividades atravessam vários
contextos, desde a música - com
Portugal Inovador
a orquestra de sopros e a tuna
- passando pela comunicação
- com a rádio-escola e um projecto piloto de televisão interna
a desenvolver proximamente - e
ainda a solidariedade social –
onde a escola se destaca num
projecto de “Diversão Solidária”.
Ilda Ferreira destaca que este
projecto “surgiu no âmbito da
avaliação da escola” na qual se
detectaram alguns processos disciplinares, o que exigiu respostas
adequadas. Assim, nasceu o projecto de “Diversão Solidária”, que
se salienta por aliar a diversão à
solidariedade, envolvendo os alunos na responsabilização das actividades de lazer sendo que os
lucros são para apoiar os alunos
mais desfavorecidos.
Numa escola em que os alunos
que se destacam são distinguidos, por mérito, nas mais diversas áreas, pretende-se também
que estes sejam responsáveis
pelo espaço que partilham. Assim, como afirma Manuel Borges
“queremos envolver os alunos
na limpeza das salas e na organização dos espaços”, para que
se sintam responsáveis, incutindo-lhes assim uma consciência
cívica.
À espera da inauguração das recentes obras de modernização da
Parque Escolar, a Escola Básica
e Secundária de Ferreira de Castro, tem pela frente um grande desafio: reorganizar as actividades e
projecto educativo nas renovadas
e aumentadas infra-estruturas.
Página Exclusiva 79
Portugal Inovador
Agrupar para educar
Optimizar recursos e operacionalizar de forma mais consistente os objectivos
definidos para cada escola são dois pilares fundamentais do Agrupamento de
Escolas de Nogueira, em Braga.
Este existe formalmente desde
2001, mas como explica José
Matos, director do Agrupamento,
“sempre existiu uma concertação
na acção entre as escolas, com
actividades comuns”.
O Agrupamento, com sete jardinsde-infância, oito escolas do 1º ciclo
e uma EB2/3 procura integrar todas as escolas no mesmo projecto
edu­cativo sem cercear a identidade
e iniciativa de cada uma. Como explica José Matos “não há hiatos na
sequencialidade entre as diversas
escolas”, pois todas se inserem no
mesmo percurso e projecto, opi­
nião partilhada por Sandra Vieira,
subdirectora do Agrupamento.
Assim, o Agrupamento de Escolas
de Nogueira favorece um percurso
sequencial dos alunos abrangidos
pela escolaridade obrigatória na
área pedagógica das freguesias
de Nogueira, S. Paio D’Arcos,
Morreira, Esporões, Trandeiras,
Fraião, Lomar e do Bairro Nogueira da Silva (S. Lázaro).
Uma escola de sucesso
e de qualidade para todos
A sede do Agrupamento funciona
Página Exclusiva 80
na Escola E.B. 2/3 de Nogueira,
onde estão instalados os órgãos
de administração e gestão e onde
se planeiam todas as actividades
comuns às várias escolas.
Com um corpo docente muito estável e próximo dos alunos, a EB
2/3 de Nogueira participa em vá­
rios projectos relacionados com o
ambiente. “Ao nível do ambiente,
estamos na vanguarda”, afirma
José Matos. Estas actividades primam por envolver sempre a comunidade educativa, passando não
só pelos pais e encarregados de
educação, mas também por ou­
tras entidades, tais como Juntas
de Freguesia.
Integrar os alunos em actividades
ambientais e envolvê-los ao nível
da comunidade “torna-os mais
cúmplices”, diz o director do Agrupamento, salientando que lhes dá
mais responsabilidade e sentido
cívico.
A ligação à comunidade acontece
também com os cursos CEF - Cursos de Educação Formação de Jovens.Sandra Vieira, subdirectora
do Agrupamento, orgulha-se do
patamar que a escola já alcançou
nestes cursos, pois são as próprias
entidades que procuram os seus
alunos para lá estagiarem e neste
momento “a escola já se permite
seleccionar as entidades”.
Actualmente com um curso de “Hotelaria e Serviço de Mesa e Bar” a
funcionar em pleno, a escola EB
2/3 de Nogueira proporciona aos
alunos aulas práticas nas quais
estes começam progressivamente
a servir algumas das pessoas
Portugal Inovador
como a oferta de um livro a cada
aluno, no dia do seu aniversário
(DST).
O Agrupamento de Escolas de
Nogueira atingiu um elevado
prestígio na sua comunidade, sustentado num ensino de qualidade:
“hoje em dia temos uma escola
muito segura e com um nível de
sucesso que nos permite definir
novas metas de qualidade” termina o director do Agrupamento,
José Matos.
mais influentes da zona e “sentem
reconhecimento e orgulho em ves­
tir o fardamento próprio do Agrupamento” remata Sandra Vieira.
O equilíbrio entre as escolas e a
comunidade verifica-se também
através da participação dos alunos
em actividades de solidariedade
social. Há ainda parcerias importantes entre entidades da zona e a
comunidade escolar, em projectos
de relevante impacto educativo,
Página Exclusiva 81
Portugal Inovador
O Futuro começa aqui
“Escola, espaço e tempo de mudança em que se aprende, fazendo, as coisas da vida.”
Situada nas margens do Douro, a
Escola Profissional de Desenvolvimento Rural da Régua é, pela sua
essência, uma escola que nasceu
e se desenvolveu naturalmente. O
ensino profissional, na cidade do
Peso da Régua, inicia-se na década de 70 com a implementação da
Secção Agrícola da então Escola
Técnica da Régua.
Nos pós 25 de Abril, com o encerramento das então Escolas Industriais e Comerciais, surge como
Secção Técnica da Escola Secundária João de Araújo Correia,
que finalmente se autonomiza
originando a Escola Secundária do
Rodo, exclusivamente com cursos
técnico-profissionais de agricultura
e da via profissionalizante.
Em 1992, é criada a Escola Profissional Agrícola do Rodo que minis­
tra os cursos profissionais de
Gestão Agrícola e Vitivinicultura.
Em finais da década de 90 diversifica a oferta formativa com os
Página Exclusiva 82
cursos de Turismo Ambiental e
Rural e Controlo de Qualidade Alimentar. Com esta necessidade de
responder aos desafios da ruralidade em que se integra, visando
uma diversificação da oferta formativa tendente à criação de uma
escola de carácter, multidisciplinar
e multi-nível, altera a sua denominação para a actual.
É no ano lectivo de 1998/99 que
Luís Veyrier Maduro, chega à escola. Mais tarde e como director
da escola, já em 2007 começa um
processo de expansão da escola,
propondo-se a enchê-la em dois
anos. Objectivo cumprido, a Escola passa de 180 alunos para a
600 em dois anos exactamente.
De 11 turmas constituem-se 36, de
40 professores o número cresce
para os 119, chegando agora a
Escola ao título de escola de âmbito nacional: “Este ano lectivos
chegaram-nos alunos de 53 concelhos do país, entre continente
e ilhas (24 alunos dos Açores) e
alunos de uma comunidade caboverdiana. Temos alunos que vêm
desde Bragança até ao Algarve,
e podemos dizer que só 28% dos
nossos alunos vêm da Régua”, re­
fere o director.
Uma escola diferente
Sinónimo de aprendizagem para
a vida, e Escola Profissional de
Rodo, numa forma continuada e
sistemática, disponibiliza, a todos
os seus alunos, a possibilidade de
se capacitarem para a realidade
laboral, com todos os avanços
do conhecimento científico e tecnológico do mundo contemporâneo. “Umas das premissas que
nós incentivamos aqui porque
achamos fundamental: não podemos ser uma escola normal, temos que inovar”, diz Luís Maduro.
Sendo o Douro uma região pouco povoada, o director aposta na
divulgação da oferta formativa
Portugal Inovador
Página Exclusiva 83
Portugal Inovador
diferente da sua Escola: “no ano
de 2009 estivemos nas feiras de
Educação, mas tiveram pouco impacto. Este ano resolvemos levar
os nossos alunos dos cursos de
termalismo e SPA, de culinária e
pastelaria e restaurante bar. Fabricamos e oferecemos crepes, fizemos massagens e tivemos animação social para animar e ter uma
dinâmica diferente. Subitamente
recebemos muitos alunos interessados”, diz à revista.
Com 15 cursos do nível III em funcionamento, a em dia a escola entende que não pode viver só vocacionada para a agricultura. “Com
o rasgar das estradas chega­ram
novas gentes, veio o turismo,
veio a hotelaria, a restauração, os
serviços… e nós temos que servir
essas áreas e abrir o leque de oferta formativa”, diz. Dando especial
atenção aos sectores carenciados
e inovadores, com o exemplo das
redes de cabo e fibra óptima ou
Página Exclusiva 84
as energias renováveis, a escola
inova na criação de cursos. No
entanto, Luís Maduro faz questão
de vincar que a escola não abre
nenhum curso para o qual não
esteja completamente equipada:
“ a Escola Profissional da Régua é a única escola que tem na
componente tecnológica e prática
pessoas da profissão a trabalhar.
Como exemplo temos o caso do
curso de termalismo onde temos
um médico, uma fisioterapeuta e
uma enfermeira, e no de cozinha e
pastelaria um Chef de cozinha que
trabalha em restaurantes distintos,
com formações internacionais”.
A aposta desta escola passa assim pelo rigor profissional, não
queremos o sucesso escolar fácil
e investindo fundamentalmente
no mundo empresarial. “Quase
sempre os nossos alunos ficam a
trabalhar nas empresas onde esta­
giam e mesmo depois se perderem
o emprego por algum motivo, contactam a escola e nós novamente
os lançamos para o mercado de
trabalho. A nossa escola não só
faz a formação como oferece uma
colocação no mercado de trabalho
e ainda a actualização da formação depois dessa colocação, com
cursos de formação e formações
modelares e pontuais”, acrescenta
ainda o director.
O sucesso do trabalho realizado
nesta escola irreverente é notório
quando falamos de abandono
escolar: “nesta escola há muito
pouco abandono escolar, porque
nós temos muitas iniciativas. Os
nossos alunos têm muitas visitas de estudo e continuamos a
ofe­recer aos nossos residentes
quatro refeições diárias, os livros,
fotocópias, as visitas de estudo,
as fardas de trabalho e ainda as
deslocações para as empresas
feitas nas nossas carrinhas. Paga­
mos tudo aos nossos alunos e
procuramos sempre os melhores
locais de estágio. O que faz com
que o incentivo para frequentar a
escola seja grande” diz orgulhosamente o professor Maduro.
A dimensão
Uma das valências da Escola
Profissional da Régua é sem
dúvida a sua dimensão. Com complexos de residência masculina e
outra feminina, possuí ainda um
enorme pavilhão gimno-desportivo,
um anfiteatro e o complexo escolar
em si. Uma estufa de 1000m2 com
5 sistemas de regra programados
tecnologicamente e uma adega,
sendo a escola produtora e engarrafadora de vinho do Porto com a
marca própria “Quinta do Rodo”.
Por último, como postal de entrada
a escola possui ainda uma parte
em pedra da quinta antiga que é
um restaurante pedagógico.
Como mensagem final, o director
da escola deixa aos seus actuais
e futuros alunos: “O futuro é uma
construção muito pessoal e o futuro começa aqui!
Portugal Inovador
Requalificar o ensino
Recentemente requalificada no âmbito do Programa da Parque Escolar, a Escola D. Maria II em Braga destaca-se pela adaptação às novas realidades
educativas.
Os novos espaços permitiram uma
nova organização pedagógica,
dotando a escola de valências sociais até então inexistentes, como
áreas de convívio, tanto para alunos como para professores.
Vasco Grilo, director da escola, salienta a importância destas novas
estruturas, “o objectivo é criar espaços de educação informal, onde
os alunos possam organizar actividades, fazer exposições, confe­
rências, entre outras actividades”.
A Escola Secundária D. Maria II,
fundada em 1964, como liceu femi­
nino, mantém ainda hoje a fachada
original, apesar da enorme reno­
vação. Dotada de novos espaços
e valências, a escola conta hoje
1100 alunos, maiorita­riamente do
ensino secundário e 3º ciclo, embora exista uma oferta de cursos
profissionais na ordem dos 15%
a 20% e ainda cursos EFA – Cursos de Formação e Educação
para Adultos – que funcionam em
horário pós-laboral.
Com actividades extra-curriculares
diversas a escola tem-se distinguido em vários projectos, tendo sido
já galardoada com um prémio da
fundação Elídio Pinho no âmbito
da astronomia e um 2º prémio a
nível europeu, com o mesmo projecto.
A escola privilegia também as
áreas cultural, social e desportiva,
com a existência de clubes de tea­
tro, xadrez, artes e promovendo
várias visitas de estudo, palestras,
exposições, conferências e campanhas de solidariedade.
Para Vasco Grilo estas actividades
são fundamentais, uma vez que
a educação formal tem que cami­
nhar lado a lado com a educação
informal, motivo pelo qual existiu
um cuidado particular na renovação dos espaços não-formais da
escola. No entanto, explica o director, “deu-se primazia aos espaços de sala de aula, tais como
laborató­rios e outras salas específicas para as artes e novas tecnologias”.
Esta recente remodelação fica
marcada também pelas normas
ambientais que exigem que todos
os locais de trabalho sejam dotados de sistemas de renovação de
ar e de climatização que favorecem
o conforto dos alunos e de todo o
pessoal docente e não-docente.
A Escola D. Maria II tem actualmente estruturas que permitem
uma nova organização pedagógica, mais centrada no currículo dos
alunos, no sucesso escolar e na
qualidade da acção educativa.
Página Exclusiva 85
Portugal Inovador
Aprender ao ar livre
A Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento de Marco de Canaveses (EPAMAC) surgiu em 1989 integrada no regime particular e cooperativo, passando a ensino público em 2000. Preparar os jovens para o mundo do
trabalho na área agrícola, do desenvolvimento rural e animal, é o objectivo da
instituição.
Uma escola aberta
A EPAMAC surgiu para reduzir o
défice de profissionais na área
agrícola no concelho de Marco
de Canaveses, dadas as lacunas
existen­tes – zona onde predomina
o sector primário. Mantendo sempre a matriz agrícola, a determinada altura a instituição começou
a oferecer cursos direccionados
para a área do turismo ambiental
e rural.
Oferta Educativa
Ao longo dos seus 22 anos de
­existência, a escola foi crescendo,
acolhendo mais alunos e mais cursos, sendo que neste momento
oferece cinco formações diversificadas.
Na vertente dos Cursos de Educação e Formação (CEF) de nível
II, a escola disponibiliza o curso
de Jardinagem e Espaços Verdes.
No ensino profissional de nível III
(equivalência ao 12º ano, que permite o ingresso no ensino superior), existe o curso de Técnico de
Produção Agrária e o curso de Técnico de Turismo Ambiental e Rural.
Na formação de nível IV – Curso
de Especialização Tecnológica
Página Exclusiva 86
(CET’s) – (exigem que haja um
protocolo entre a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento de Marco de Canaveses
e uma instituição de ensino superior. A EPAMAC tem um protocolo
com o Instituto Superior de Viana
do Castelo, através da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima),
oferecendo formação no curso de
Gestão de Animação Turística em
Espaços Rurais e o curso de Cuidados Veterinários.
No próximo ano lectivo 2011/2012,
a escola vai reabrir o curso profissional de Técnico de Gestão
Cinegética e apostar no curso
profissional de Técnico de Gestão
Equina.
A EPAMAC dispõe de uma exploração agrícola com 100ha, é a
representação de uma verdadeira
exploração agrícola. Actualmente,
a escola tem em funcionamento
uma vacaria com 60 vacas lei­
teiras; vinhas e uma adega com
produção de cerca de 50 pipas
de vinho por ano; cerca de 3 ha
de pomares; um viveiro de trutas;
faz criação de perdizes e coelhos
bravos; produz mel e compotas e,
este ano, apostou na transformação de produtos de origem animal.
“Com todas estas valências, ofe­
recemos a garantia de qualidade
quer pelos equipamentos e pelas
condições fundiárias da exploração, quer também pela qualidade
dos nossos recursos humanos”,
informa Victor da Costa Vitor, director da instituição.
Alunos com futuro
“A EPAMAC tem mantido, anualmente, a oferta de cursos na área
agrícola alcançando bastante su­
cesso que nos chega através do
feed-back de vários alunos que
concluíram o curso nos últimos
anos”. O mais recente estudo
Portugal Inovador
r­ ealizado pela escola indica que,
até três anos após terminarem o
curso, 80% dos alunos estão no
mercado de trabalho, sendo que
50% trabalham na área de formação. “Este facto está intimamente
ligado a um crescente nível de
sucesso que a escola tem vindo
a alcançar e a um estreitamento
de relações com as empresas da
região”.
O ensino na EPAMAC é totalmente
gratuito. “Os alunos que frequentam a escola não pagam nada alimentação; transporte; material
pedagógico; visitas de estudo... A
escola tem os mecanismos que
permitem que o ensino seja to-
talmente gratuito, o que é uma
grande oportunidade para as famílias que têm mais dificuldade em
manter os seus filhos a estudar. O
facto de termos a valência de internato facilita mais ainda a vida de
alguns destes jovens. Este ano, a
escola disponibiliza fruta aos alunos, gratuitamente, bem como um
copo de leite e uma sande, por
manhã e tarde.
Futuro
A escola tem realizado nos últimos
anos um trabalho de diversificação
da formação e também de requalificação do seu espaço físico.
“Neste momento, já ultrapassámos
a nossa capacidade máxima real,
tivemos até que alugar um contentor sala de aula. O futuro tem que
passar por uma intervenção da tutela, através da construção de novas instalações, algo que reclamo
há muitos anos. Só a partir daí
poderemos perspectivar o futuro”,
conclui o director.
Eventos para o exterior
- Festa das vindimas e desfolhada
tradicional;
- Largadas de caça;
- Provas de BTT;
- Gincana de tractores agrícolas;
- TRIAL;
- Encontro Equestre da EPAMAC;
- Mostras gastronómicas
- Provas de vinhos e de produtos tradicionais;
- Feira de turismo;
- Colóquios, palestras, seminários, etc.
Página Exclusiva 87
Portugal Inovador
Engenharia com identidade
A Newton elabora projectos de Engenharia para construções novas, remo­
delações e também peritagens. De acordo com os seus sócios-gerentes, José
Carlos Lino e Eulália Soares, a empresa “tem consolidado uma imagem de
diferenciação assente no rigor e atenção que dedica a cada um dos seus projectos, sempre abordados de forma individual, única”.
roviária e em todos eles nos foram
colocados grandes desafios. As
dinâmicas impostas pelas promotoras comerciais quer em termos
de metodologias de construção,
quer de urgência, quer de preço
tornam estas obras bastante exigentes. Destacamos também o
Centro Cultural de Ílhavo como
uma obra bastante complexa e na
qual existiu uma forte interligação
entre engenharia e arquitectura”,
explica o engenheiro civil e sócio‑gerente.
Ao longo dos quase 22 anos de
vida a Newton tem vindo a dar
passos firmes “mesmo com a crise­
que se abateu no país e sobre o
sector da construção em particular”, asse­gura José Carlos Lino.
A empresa do Porto trabalha com
ateliês de arquitectura, emprei­
teiros, entidades públicas, e promotores comerciais e imobi­liários
para os quais faz projectos de engenharia, análise de avarias, peritagens, além de por vezes também prestar consultoria de apoio
a reconstruções. “Por vezes recorrem a nós, Arquitectos que pretendem efectuar alterações complexas na compartimentação de
Página Exclusiva 88
uma casa, ou na distribuição dos
seus pisos”. Na Newton trabalham
engenhei­ros especia­listas em estruturas, hidráulica, electrotecnia,
acústica, térmica e segurança. Do
seu portefólio cons­tam: edifícios
comer­ciais e habitacionais, equipamentos culturais, desportivos,
espaços de saúde, e infra-estruturas na área do ambiente tais
como ETARES, ETAS e Centrais
de Valo­rização Orgânica. “A equi­
pa tem sorte de possuir no seu
currículo obras bastante interessantes do ponto de vista da concepção e do cálculo. Por ­exemplo,
os centros comerciais normalmente são vistos como um tipo de
obra menos nobre para a área da
engenharia, o que, connosco, não
tem sido verdade. Já participamos
aproximadamente numa dezena
destes grandes projectos, nomeadamente o Ria Shopping em
­Olhão, o Serra Shopping na Covi­
lhã, a ampliação do Arrábida Shopping, o Estação Viana Shopping,
no qual a praça de alimentação se
localiza por cima de uma linha fer-
Por trás do Terminal
de Cruzeiros de Leixões
Neste momento a Newton está envolvida em cerca de 20 obras, tendo sido terminada recentemente
uma das “remodelações mais importantes do IPPAR”: o Mosteiro
de São Martinho de Tibães, como
referem José Carlos Lino e Eulália
Soares. “Uma obra em que já trabalhamos há quase 20 anos. Tem
Portugal Inovador
estado sempre em constante remodelação”. Mas, neste momento,
“a nossa obra mais emblemática,
é o novo Terminal de Cruzeiros do
Porto de Leixões. A sua arquitectura arrojada, conceptualizada, e
interligada com a engenharia de
estruturas, e a sua importância
estratégica para a região, fazem
dela uma obra ímpar e um ex-libris
que atrairá muitos visitantes”. A
infra-estrutura promovida pela
APDL, está a ser construída junto
ao molhe sul do Porto de Leixões,
portanto bem dentro do mar, a
várias centenas de metros da costa, custará cerca de 50 milhões de
euros e estará concluída em 2013.
O edifício em si terá a função de
terminal marítimo para passagei­
ros, com a respectiva alfândega
e serviços acessórios, albergará
também o CIIMAR (Centro Interdisciplinar de Investigação Mari­
nha e Ambiental) ligado à Universidade do Porto bem como outras
unidades de investigação ligadas
à Ciência e Tecnologias do Mar,
incluindo exposições de ciência
viva. Na elaboração do projecto
a Newton fomentou a sua ligação
aos meios académicos e de investigação, em particular à Faculdade
de Engenharia da Universidade
do Porto, bem como a empresas
de tecnologias de ponta na cons­
trução. As variáveis mais difíceis
de trabalhar neste projecto foram,
de acordo com José Carlos Lino,
“a agressividade do meio marítimo, nomeadamente os problemas
de corrosão causados pela saturação de cloretos na atmosfera,
os aspectos relacionados com as
fundações junto ao molhe e a cerca de 10 metros de profundidade
bem como a complexidade estrutural do edifício, em particular das
suas grandes lâminas em betão
armado, aparentando fitas que se
enrolam envolvendo o edifício”.
A Newton já trabalha também em
Marrocos, Moçambique e Angola,
através de parcerias com empresas de construção instaladas
nesses países, para quem faz assessoria nas áreas de projecto e
estudos. “O Estado marroquino
elogiou o trabalho que desenvolvemos para a empresa de
construção com quem nos associámos, a Eusébios, com a qual já
concluímos dois sistemas de tratamento de águas resi­duais e onde
estamos a trabalhar actualmente
noutros tantos”. Em Moçambique,
a empresa realizou em parceria
e juntamente com um consórcio constituído pela Mota Engil e
Soares da Costa uma aldeia olímpica e um equipamento de piscinas de competição para os jogos
PAN-Africanos que se realizarão
em Setembro deste ano.
“Não colocamos de parte a hipótese de nos estabelecermos num
destes países. Mas as dificuldades para nos implantarmos lá,
isoladamente, seriam muitas, pelo
que temos preferido criar postos
avançados de controlo das obras
onde prestamos um acompanhamento muito próximo, indo ao local e esclarecendo dúvidas, mas
concentrando os nossos serviços
de cálculo em Portugal”. As possibilidades de alargamento a outros
países, concretamente aos pertencentes à UE, serão potenciadas
pela nova legislação uniformizada
dos projectos a qual os passará a
validar em toda a Europa.
Com softwares
de projecto no mercado
A completar a sua actividade, a
Newton também trabalha no desenvolvimento de software de
apoio aos projectistas. “Pouco
tempo após a nossa criação, desenvolvemos um software de
cálculo de estruturas que foi um
sucesso comercial durante muito
anos. Esta actividade de I&D
permite-nos
simultaneamente
melhorar a essência do nosso
trabalho enquanto projectistas.
Além de que é importante acrescentarmos know-how que possa
vir a ser aproveitado pelas gerações vindouras”, conta José Carlos Lino. Actualmente, a Newton
tem três produtos próprios no
mercado, um software de cálculo
de pórticos, outro de cálculo de
lajes pré-fabricadas, e por último
um de cálculo sísmico e de lajes
fungiformes. “A nossa intenção é
virmos a criar novos conceitos na
maneira de abordar a informática
para projectistas de Engenharia, e até no ensino destas matérias, desenvolvendo programas
que possam ser bem aceites por
diferentes níveis de utilizadores”.
O seu departamento de investigação, ultimamente, tem-se dedicado a intensificar este tipo de desenvolvimentos.
A estratégia global continuará a
passar pela aposta na inovação,
ao nível da atitude e do resultado
final, constituindo as bases sólidas
dum crescimento sustentado.
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Portugal Inovador
Um típico
sabor nortenho
Notório tanto no atendimento como nos ingredientes utilizados, ao nível das carnes
nacio­nais e do peixe fresco,
o Assador Típico II abre ago­
ra no Bonfim, caminhando
para se tornar referência na
cidade do Porto. Excelência é o pilar em que assenta
esta organização.
Página Exclusiva 90
Portugal Inovador
O Assador Típico é por si só uma
história de sucesso, onde a luta
pela qualidade deu a vitória a
­Salomé Costa, gerente do restaurante, e a toda a equipa que com
ela colabora diariamente.
Troféu de vitória
Foi Francisco Bruçó o grande impulsionador dos três Assadores
Típicos que hoje existem no Porto:
o Assador Típico I, entre o Palácio
de Cristal e o Hospital de Santo
António, ao lado do Museu Nacional Soares dos Reis, o Assador
Típico II, na freguesia do Bonfim,
e o Assador Típico III, na Maia.
Para Salomé Costa, o Assador
Típico II representa uma homenagem ao falecido marido, Francisco
Bruçó: “Esta luta foi também travada pelos meus filhos”, adianta,
acrescentado: “Acho que foi uma
vitória minha, mas acima de tudo
foi uma homenagem”.
Na batalha deste restaurante, a
gerente contou com a preciosa
ajuda de vários colaboradores,
entre os quais, merecem especial
destaque José Correia: “Isto no
fundo também é feito por ele; a
luta não foi só minha, foi dele, que
era amigo do Francisco e se dedicou a isto de uma forma diferente
com empenho, pois renovou isto
em 23 dias”.
O paladar que não mente
Além da sua excelente localização, bem no centro da cidade do
Porto, o Assador Típico II dispõe
também de um espaço interior
acolhedor, onde a decoração e
envolvência agradáveis, convidam a uma boa refeição. “Apostei
num restaurante em que qualquer
pessoa se sinta bem”, afirma a
gerente. A música de fundo, o desenho em L, a lona verde-azeitona
e os materiais que nos remetem à
terra, a par da simpatia de toda a
equipa de funcionários, proporcionam a este espaço a sobriedade
desejada.
Mas é na cozinha que o Assador
Típico II melhor expõe a excelência da sua fama.
Salomé Costa aponta a cozinha
como uma das suas clássicas
paixões, dedicando a maior de todas as preocupações aos pratos
que lá são confeccionados. No
geral, garante, “toda a comida é
boa”.
As especialidades que já fazem
muitos clientes procurarem o Assador Típico II são o cabrito assado, as tripas à moda do porto,
a picanha, a posta mirandesa, as
espetadas à transmontana e o
exclusivo bacalhau à MARIALVA,
recheado com alheira, pimento e
presunto, idealizado inteiramente
pela gerente do restaurante.
Natural de Mogadouro, Trás‑os-Montes, foi José Francisco
Bruçó quem trouxe as especiarias
mirandesa e transmontana ao As-
sador Típico, nome atribuído também por ele.
A luta neste momento é acima de
tudo pela qualidade do serviço.
“Os equipamentos são todos novos, até para podermos reduzir
o custo da electricidade, ter me­
lhor aproveitamento dos produtos
que usamos, e, acima de tudo, ter
mais qualidade”, explica Salomé
Costa.
Num bom restaurante nunca podem faltar as boas sobremesas, e
nessas, também o Assador Típico
II é especialista. O leite creme e a
mousse de chocolate, apreciados
por tantos, marcam a diferença
pelo sabor típico que já foi testemunhado.
“Uma casa que é de todos”
Durante a hora do almoço a
afluência tende a ser maior, com o
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Portugal Inovador
tos agradáveis e únicos aos seus
clientes, aliados à melhor relação
qualidade/preço, é a missão da
simpática equipa do restaurante.
“Estamos sempre abertos a que
as pessoas nos digam se está
tudo bem, e o que pode melhorar,
porque é para eles que a casa funciona”, assegura Salomé Costa. A
fidelização já criada é a grande
prova de satisfação dos consumidores, numa casa que pretende
ser vista como uma referência no
ramo da restauração.
Futuro com garra
público diversificado que faz uma
pausa na sua hora de refeição
para vir saborear alguns dos pratos mais típicos da casa.
A sala tem uma capacidade para
130 pessoas, havendo até a possibilidade de realizar eventos de
maior dimensão como comunhões, baptizados, entre outros.
A pensar em todas as faixas
etárias e classes sociais, os
preços são bastante acessíveis.
“Eu prefiro ganhar pouco de cada
vez, mas vender muito - porque aí
o cliente vem todos os dias -, do
que ganhar muito um dia ou dois,
mas nunca saber se é certo”, afirma a gerente. Assim, os preços
praticados agradam a todos os
clientes.
Honestidade e profissionalismo
Página Exclusiva 92
são valores que nunca falha­
ram durante todo o percurso de
crescimento do Assador Típico
II. A preocupação com o cliente,
buscando a sua satisfação total
é uma máxima por que se rege a
equipa do restaurante. “No fundo,
esta é uma casa que é de todos”,
confessa Salomé Costa, “é dos
funcionários, minha, dos meus
­filhos e dos clientes”.
Atendimento personalizado
No lugar recatado da Rua Nova
de São Crispim, onde paira o
sossego e serenidade, paira também a harmonia dentro das portas do Assador Típico II. Criar
empatia e amizade com todas as
pessoas, através de uma palavra
amiga, proporcionando momen-
Satisfeita com o projecto, Salomé
Costa aponta o dia 23 de Março,
dia da abertura do restaurante ao
público, como o momento mais
importante de toda a trajectória.
Contando com o empenho e dedicação de todos os que sempre
estiveram do seu lado, Salomé
Costa garante a vontade de levar
o restaurante para patamares de
êxito num futuro próximo.
Acompanhando já a gerente no
trabalho, está a filha mais nova,
Salomé Burçó, que adoptando o
nome da mãe, adoptou ainda a
garra do pai.
Salomé Costa deixa o convite a
todos os leitores para aqui desfrutarem de uma refeição agradável,
num ambiente que apela também
a uma boa companhia.
O Assaodr Típico aposta na qualidade em todos os níveis e pretende ser reconhecida pelos seus
clientes, funcionários e fornecedores como sinónimo de ética e
sucesso, através da constante
melhoria dos seus produtos e
serviços.
Portugal Inovador
Auditoria é uma mais-valia
A revista Portugal Inovador visitou a sociedade de revisores de contas Ribeiro, Pires
& Sousa, SROC – constituída em 1990, no Porto – de forma a dar a conhecer o
trabalho realizado por estas entidades.
A auditoria é um serviço prestado
por profissionais credenciados,
de forma competente e independente, com o objectivo de certificar se as contas das empresas,
respeitando as normas contabilísticas, fiscais e outras disposições
legais, traduzem o seu património
e o resultado das operações num
determinado período.
O nosso entrevistado, Rui de Sousa, revisor oficial de contas da Ribeiro, Pires & Sousa explica-nos
a situação actual desta actividade,
nomeadamente a forma como é
encarada pela generalidade dos
gerentes e administradores. “Os
empresários entendem a auditoria/revisão legal de contas como
uma imposição legal e encaram
os auditores como profissionais
que podem deixar a descoberto
algum aspecto menos positivo da
sua gestão”, explica. “A auditoria/
revisão legal de contas deverá ser
considerada, para a empresa, uma
mais-valia que se consubstancia
na credibilização das suas contas, as quais reflectem também o
desempenho dos seus gestores,
perante terceiros (investidores,
banca e credores, entre outros) ”,
continua o revisor de contas.
Rui de Sousa e Calvão Pires
são os sócios da Ribeiro, Pires &
Sousa. A sua actividade apoia-se
na área da auditoria e revisão de
contas, consultadoria nas áreas
contabilística, financeira e fiscal
e ainda na formação interna e
­externa.
Oriundos da Inspecção Geral de
Finanças, onde exerceram funções
por mais de 15 anos, os revisores
gerem esta sociedade que está
inscrita na Comissão de Mercado
de Valores Imobiliários, como auditores externos de empresas com
valores cotados, estando também
credenciada pelo Departamento
para os assuntos do Fundo Social Europeu, pelo PROCOM, pelo
Programa Energia, pelo IFDR,
pelo IP, pelo POE e também pela
AICEP.
Com mais de 130 clientes, a Ribeiro, Pires & Sousa preocupa-se
em desenvolver um trabalho de
rigor, desenvolvendo a auditoria
com o melhor padrão de qualidade, respeitando as normas de
auditoria, apresentando aos seus
clientes sugestões de melhoria
no âmbito do controlo interno e
do cumprimento dos normativos
contabilísticos aplicáveis.
Página Exclusiva 93
Portugal Inovador
Aconselhamento favorável
A Process Advice – Consultoria, Auditoria e Assessoria de Gestão Lda., é uma
empresa de consultoria, auditoria e formação, especializada em intervenções
orientadas para a obtenção de ganhos de eficiência e inovação organizacional. Com um know-how adquirido de 12 anos, a empresa actua em diversos
sectores de actividade visando o robustecimento da capacidade competitiva
dos seus clientes.
Entre os seus clientes contam‑se empresas/entidades do sector privado (comércio, industria e
serviços), público (Câmaras Muni­
cipais, Juntas de Freguesia, Hospitais, etc.) e do terceiro sector (Sector Social). Nos últimos três anos,
a Process Advice orientou-se mais
concretamente para o sector social, tendo desenvolvido acções de
formação e consultoria no âmbito
da ISO 9001, em consonância com
os manuais da Segurança Social.
A metodologia de trabalho da Process Advice é orientada pela preocupação do máximo envolvimento
dos colaboradores e dirigentes das
entidades – clientes, nas intervenções visadas; assim, garante-se a
efectiva transferência de know-how
evitando a criação de situações de
dependência ao cliente.
A Process Advice dispõe de um
Página Exclusiva 94
quadro técnico de competências
multidisciplinar, qualificado e treina­
do para a prestação de serviços
de qualidade superior nos seus
domínios de intervenção. Sempre que se justifique, por razões
de complementaridade técnica ou
de reforço da capacidade de resposta, a Process Advice trabalha
em network com profissionais adequadamente qualificados e experientes, permitindo assim respostas
flexíveis e superiormente qualificadas, aos desafios a vencer.
A Process Advice reuniu, desde o
início da actividade, mais de 500
clientes mantendo com a maioria
destes, diversos negócios ao longo
dos anos. A actividade da empresa
foi desde logo dedicada para intervenções de consultoria e formação,
destinadas a desenvolver factores
de competitividade como a produ-
tividade, a organização, a valorização profissional, a modernização
e reforço da capacidade técnica e
Áreas de Competência
e Intervenção
- Consultoria na implementação de sistemas de gestão
- Auditorias a sistemas de Gestão (Qualidade, Ambiental, Segurança Alimentar,
Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho,
Responsabilidade Social, Energia, Investigação, Desenvolvimento e Inovação,
Informação)
- Formação
- Benchmarking
- Balanced Scorecard
- Elaboração de Relatórios de Susten­
tabilidade
- Implementação da norma 27001:2005
Portugal Inovador
organizativa, a racionalização de
recursos e a qualidade em diversas empresas.
A empresa encontra-se certificada
pela DGERT como entidade formadora. Em 2004 a APCER - Associação Portuguesa de Certificação
reconheceu que a Process Advice
reúne as condições necessárias
à certificação do seu Sistema de
Gestão da Qualidade implementado em conformidade com a norma
NP EN ISO 9001, ao emitir o Certificado de Conformidade ­APCER,
acompanhado
do
Certificado
­IQNet – Internacional Certificacion
Network. Esta certificação abrange
o âmbito da prestação de serviços
em Gestão Organizacional incluindo a implementação e manutenção
de Sistemas de Gestão da Qualidade, Segurança, Higiene e Saúde
no Trabalho, Ética e Responsabilidade Social, Investigação, Desenvolvimento e Inovação, gestão ambiental e realização de auditorias.
Paralelamente, importa salientar
que a empresa está reconhecida
pelo IAPMEI como entidade nacional de Benchmarking. Todo o
crescimento que a Process Advice
tem registado ao longo dos anos
foi acompanhado por diversos investimentos, nomeadamente na
formação permanente do quadro
técnico e num sistema de informação evoluído. Recentemente a empresa expandiu as suas instalações
a Lisboa, de forma a responder às
necessidades de desenvolvimento
da mesma. A Process Advice desenvolve formação profissional
para todos os sectores de actividade com a principal preocupação
de ajudar as instituições a melhorarem os seus métodos organizativos
de trabalho e de gestão, tendo rea­
lizado acções nas áreas de Organização, Gestão, Comportamental
– Recursos Humanos, Qualidade,
Higiene e Segurança no Trabalho,
Ambiente, Responsabilidade So-
cial, Inovação, etc.
De salientar ainda o facto de a Process Advice ser uma das entidades
fundadoras e promotoras da Rede
Nacional de Responsabilidade Social – RSO PT.
Projecto SER
Solida­riedade De
­Excelência Reconhecida
- Trabalhar com as Instituições de Solida­
riedade Social, conciliando a autonomia
com a harmonização de níveis de eficiência e imagem externa de que cada um
pode beneficiar;
- Estimular dinâmicas de cooperação e
competição inter e intra Instituições de
Solidariedade Social promovendo a iniciativa e inovação;
- Identificar, reconhecer, valorizar e repli­
car “melhores práticas”, mantendo um
sistema permanente de um benchmar­
king.
Página Exclusiva 95
Portugal Inovador
Parceiro das IPSS
A TSR é uma empresa de prestação de serviços na área de informática.
Originalmente fundada por quatro profissionais de informática, experientes e
­altamente qualificados, o projecto é, actualmente, liderado por António Carlos
Peixoto e Cácia Araújo.
António Carlos Peixoto em conversa
com a revista “Portugal Inovador” explica o trabalho realizado pela empresa: “Dedicamo-nos exclusivamente
ao desenvolvimento de software,
consultadoria, instalação, formação e
acompanhamento do produto”. Sendo
que o actual mercado está repleto de
empresas que prestam este género
de serviços, “o que nos diferencia é
o facto de lidarmos directamente com
o cliente, apostando num serviço extremamente personalizado”.
Parceria com as IPSS
A TSR dedica-se, essencialmente, à
área das IPSS. “Este é um mercado
muito específico tanto em termos de
software, como na forma como lidamos com as pessoas”.
Ao longo dos anos de trabalho junto
das instituições, a TSR tem vindo a
desenvolver os seus programas junto
das instituições, prestando um serviço
muito personalizado, que vai ao encontro das necessidades do cliente.
“Damos formação sobre os produtos,
fazemos a instalação, tudo presen-
cialmente. Fazemos também questão
de realizar uma demonstração do
produto para que o cliente saiba o que
está a comprar”.
Sendo que para a TSR é fundamental ter o cliente satisfeito, muitos dos
produtos já são vendidos por “passa
a palavra. Trabalhamos com mais de
800 instituições espalhadas por todo
o território nacional, inclusive ilhas”,
revela o gestor. “Nós acreditamos na
especialização que, no nosso caso,
são as IPSS, só trabalhamos para
empresas a pedido”, continua.
Serviço de
reconhecida qualidade
O trabalho realizado pela TSR tem-lhe
permitido, para além de angariar uma
boa carteira de clientes, fazer verdadeiros amigos dentro das instituições.
“São vários os clientes que nos ligam
com regularidade, ganhamos muitos
amigos. As pessoas já nos conhecem
e tratam-nos pelo nome”, refere com
orgulho António Carlos Peixoto.
“Dá-nos muito trabalho colocar uma
instituição a trabalhar. Recorremonos da nossa vasta experiência e
Página Exclusiva 96
Portugal Inovador
tentamos aconselhar e direccionar o
cliente para o produto que melhor se
adapta à sua situação”. A excelência
dos produtos, a assistência rápida e
personalizada e a grande qualidade
de serviço, a baixos preços, tem permitido à TSR fidelizar o cliente. “Os
nossos programas são complicados
de desenvolver, mas simples de utilizar. Dado que, normalmente, as
casas sociais estão muito desapoiadas, quando surgem dúvidas, quer ao
nível informático, quer relativo a outro
tipo de questões os clientes recorrem
ao apoio telefónico da TSR, pois sabem que são logo atendidos”, salienta
o gestor.
Sendo uma empresa que aposta
na qualidade e não na quantidade e
tendo clientes espalhados por todo o
país, a TSR trabalha bastante com assistência remota – com linhas esticadas, alta segurança – o que permite,
rapidamente e “in loco”, controlar os
passos que devem ser seguidos pelo
cliente. “Isto permite uma assistência
rápida e super eficiente, é como se
estivéssemos ao lado do cliente”.
Equipa polivalente
A TSR é constituída por uma equipa
de dez colaboradores especializados na área de informática, no entanto a empresa vive sob o lema:
“Todos têm que ser polivalentes”, ou
seja, quem desenvolve o produto,
também presta atendimento ao cliente. Segundo palavras de António
Carlos Peixoto, “só assim se consegue tomar consciência da realidade e das dificuldades dos ­clientes
­e produzir melhores produtos”.
Futuro
O futuro da TSR passa pelo desenvolvimento de novos produtos para
as IPSS. “Com a entrada dos novos
­códigos contributivos e do relatório
único, as IPSS vão ter que alterar
todo o seu plano de contas e o nosso futuro imediato passa pelo desen­
volvimento de programas novos,
assim como de métodos de transferência que sejam o mais simples
possível para os ­nossos clientes”,
conclui o gestor da empresa.
Página Exclusiva 97
Portugal Inovador
Organização de Produtores
Com a entrada de Portugal na CEE a 1 de Janeiro de 1986, surge a iniciativa
de se criar uma Cooperativa de Produtores de Pesca da Sardinha do Porto de
Matosinhos, designada de Propeixe, tendo como actual presidente Agostinho
da Mata.
A Propeixe foi criada com o fundamento de concentrar numa única
estrutura a frota de uma actividade
com interesses comuns, preparando estratégias para enfrentar
os desafios que se previam, como
os problemas de ordem estrutural
que já se faziam sentir e, inevitavelmente, se vieram a agudizar
com a abertura das fronteiras.
A Propeixe caracterizou todo o
seu percurso com o objectivo de
oferecer ao mercado um produto
de qualidade superior, aumentar
a rentabilidade de cada embarcação, aliando a estes factores a
diminuição ou até eliminação, do
recurso ao envio de sardinha para
as fábricas de farinha.
A empresa possui 22 embarcações associadas, em média com
20 tripulantes cada. Ao seu serviço
directo conta com 20 colaboradores efectivos, empregando em
actividades sazonais (períodos de
10 meses, durante a safra) cerca
de mais seis a oito trabalhadores.
Página Exclusiva 98
Medidas de modernização
e expansão
Foram várias as medidas adoptadas pela Propeixe para modernização e expansão dos seus associados. Para além da criação de seis
armazéns para equipamentos de
pesca no porto da Figueira da Foz,
a cooperativa importou redes para
a sua própria frota, dotando ainda
todas as suas embarcações de recipientes (dornas) de polioretano
para conservação do pescado, até
ao seu desembarque no porto de
pesca. A Propeixe adquiriu tam-
bém uma frota de 72 empilhadores
para desembarque e transporte do
pescado dentro do recinto Doca­
pesca de Matosinhos, onde possui
unidades de congelação próprias.
Além de conservar o seu próprio
produto nas câmaras frigoríficas,
a cooperativa desenvolve uma actividade de prestação de serviços
de congelação e conservação a
frio a outras empresas ligadas ao
sector.
É de salientar que a Propeixe comercializa uma marca própria de
produtos congelados e em conserva - linha de 46 produtos Propeixe
- de qualidade superior e de feitura
artesanal para distribuir em mercados específicos, estando neste
momento, a entrar com sucesso
no mercado externo.
Política de qualidade
nos processos
A Propeixe tem uma equipa de técnicos residentes que implementa
as normas HACCP nas embarcações, assim como em todos os
processos de transformação e conservação a frio. Para além disso,
investe na formação, ­divulgação e
reciclagem periódicas do pessoal
de manuseamento de produto,
Portugal Inovador
quer seja na pesca, quer seja na
transformação.
A cooperativa é apoiada ainda por
uma equipa de técnicos externos
que dá formação aos operadores
de empilhadores, implementa e
controla as normas de H.S.T., rea­
liza inspecções sanitárias periódicas a todo o processo (produção,
transformação e armazenagem) e
realiza auditorias e melhoramentos de processos assentes na utilização de novas tecnologias.
A pesca da sardinha pelo cerco
recebeu em 2010 a certificação
de sustentabilidade e boa gestão
da actividade piscatória, atribuída
pelo Marine Stewardship Council (MSC), ao abrigo do programa
internacional de pescaria. É pelo
cumprimento da cooperativa de
todas as exigências internacionais em vigor e pela criteriosa
selecção de matéria-prima, assim
como pelos processos de captura,
transformação e conservação, que
os produtos da Propeixe se distinguem e se situam entre os me­
lhores apresentados no mercado.
Planos Futuros
A Propeixe investe, continuamente,
no melhoramento e/ou desenvolvimento de novos processos tecno­
lógicos (software) específicos e à
sua medida, seja na gestão admi­
nistrativa, gestão de processos
fabris e/ou estatística.
O futuro da cooperativa passa pelo
aumento da sua produtividade
com os meios e instrumentos que
possui e o aumento de instalações
e capacidades de produção. Com
alguns dos meios e ferramentas
que já detém, a empresa pretende
diversificar e expandir novas oportunidades de negócio, continuando a investir no alargamento do
mercado externo. A criação de um
posto abastecimento de combustível para as embarcações é um
dos novos projectos que se prevê
esteja concluído e em funcionamento ainda durante este ano.
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Portugal Inovador
No interior do Lar
Foi na década de 70 que a benemérita Bárbara Tavares da Silva, habitante
do concelho de Penamacor, doou todos os seus bens à Câmara Municipal,
permitindo assim, em 1981, a constituição do Lar Dª. Bárbara Tavares Silva,
actual (IPSS), que garante o apoio social à população.
A revista “Portugal Inovador” esteve à conversa com Nuno Lucas,
administrador da IPSS. “Fui convidado, há cerca de cinco anos, para
fazer parte deste projecto e, como
filho da terra, aceitei o desafio e
voltei às origens”, explica o admi­
nistrador.
Apoio à população
do interior
Penamacor é um concelho enve­
lhecido que sofre com a falta de
assistência à terceira idade. O
Lar é o único suporte a esta população, facto que muito indigna o
admi­nistrador. “Infelizmente somos a única instituição que ­existe
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no concelho de Penamacor”, revela Nuno Lucas. “Esta casa já não
serve apenas de Lar é quase um
hospital de retaguarda. Apesar
dos poucos recursos, temos feito
um grande esforço para manter
cola­boradores com experiência na
área médica. No entanto, temos
pouca capacidade de colocação
para o número de utentes dependentes que nos pedem apoio, de
maneira que decidimos avançar
com o projecto de construção de
uma Unidade de Cuidados Conti­
nuados - na Quinta Nossa Senhora
do Incenso, pertencente à institui­
ção - de modo a aliviar a sobrecarga de utentes, garantindo-lhes
melhores condições; assim como
a melhoria e readaptação de um
edifício já existente na Quinta, que
acolhe 27 idosos”, continua.
É objectivo do administrador levar
avante estes projecto, para que se
possa dar uma melhor qualidade
de vida aos idosos. “São pessoas
que trabalharam muito, passaram
por muitas dificuldades e merecem um fim de vida digno. Apelo à
população natural de Penamacor
para não se esquecer das suas
raízes e ajudar a instituição. Lanço
o mesmo repto aos organismos e
às entidades privadas para que intervenham em prol deste projecto.
É importante que as pessoas o
conheçam para que possamos em
conjunto concretizá-lo”.
Gestão rigorosa
A gestão de duas unidades de
apoio a idosos é uma tarefa com-
Portugal Inovador
plicada, daí que a sinergia entre
instituições seja fundamental. A
nova unidade, na Quinta Nossa
Senhora do Incenso, vai ter a capacidade para acolher 80 utentes
e, futuramente, vai substituir a actual sede/ lar da instituição.
Construir a nova unidade vai
aliviar a gestão do Lar, dadas
as sinergias existente com a
equipa de saúde, o que permite
que este funcione com poucos
custos. Para além disso, este espaço vai estar também equipado
para aproveitamento das ener-
gias renováveis. “Na Unidade de
Cuidados Continua­dos já está
prevista a diminuição de custos operacionais. Apresentámos
uma candidatura ao QREN para
a cons­trução de um solar térmico
de aquecimento das águas sanitárias que, esperamos, venha a
ser aprovada dado que vai ser
fulcral na poupança do aquecimento da água”.
A racionalização dos recursos
e o reaproveitamento das novas tecno­logias é uma das prio­
ridades do Lar que, para além
disso, cons­truiu uma cozinha industrial que produz as refeições
para todas as valências espalhadas por cinco freguesias do concelho - Pedrógão de S. Pedro,
Bemposta, Águas, Vale da Nossa
Senhora da Póvoa e Meimão. A
lavandaria concentrada foi também um investimento que pretende diminuir os recursos financeiros disponíveis. “A autonomia
da instituição é fundamental para
que no futuro possamos manter
a saúde do ponto de vista financeiro”, conclui o administrador.
Página Exclusiva 101
Portugal Inovador
Empresa do século passado
com ideias de futuro!
E se lhe dissessem que o rei de Espanha Juan Carlos I ou até mesmo o presidente de Angola José
Eduardo dos Santos cortam o cabelo numa cadeira
de barbeiro portuguesa? É verdade. Quem as fabri­
ca é a Casa Espanhol, instalada em Famalicão.
Viajemos até ao passado, cerca de
60 anos atrás. Foi nessa época que
António Sá Fernandes regressou à
sua pátria depois de 21 anos em terras da Galiza. De lá trouxe a alcunha
de “Espanhol”. Tempo de cumprir a
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recruta militar por terras Lusas e aí o
“Espanhol” dedica-se à profissão de
barbeiro na tropa. Começa por cortar uns cabelos, mas o seu engenho
não o deixaria ficar por ali. Mais tarde, apercebe-se que existiam muitas
cadeiras de barbeiro/cabeleireiro
a envelhecer e ninguém que as
renovasse. Com o seu espírito empreendedor decidiu então, começar
por restaurar cadeiras antigas.
Seguiram-se dez anos de restauros que lhe deram o “know-how”
necessário para idealizar a sua
própria cadeira e assim começar um
mercado exclusivo. Estava lançada a
primeira pedra da Casa Espanhol.
Em 2006, André Granja, neto que
perseguia o avô “Espanhol” desde
pequeno em todas estas andanças,
veio dar continuidade a esta obra
com um novo projecto. Fazendo a
sua formação em Contabilidade Empresarial no Ensino Superior, decide
perseguir o sonho do avô.
Mudanças significativas foram feitas. O que era uma pequena loja
com aproximadamente 40m2 e
uma pequena oficina - onde se produziam e restauravam as cadeiras
- deu lugar há cerca de cinco anos
a um amplo espaço de 1000m2 de
loja com as valências de venda de
produtos de cosmética e estética a
profissio­nais, e uma fábrica própria
de restauro e produção de cadeiras
de barbear com todas as condições
e maquinaria. A moderna Casa Espanhol, localizada em Vila Nova de
Famalicão, tem vindo desde então a
aumentar o seu potencial e a investir
no seu “know-how”- as cadeiras de
barbear com fabrico artesanal.
Em 2007, o novo administrador deste
sonho, André Granja, reúne a sua
equipa e juntos começam a perceber
as necessidades dos clientes. “Com
o fabrico das cadeiras veio a necessidade de produção do resto do mobi­
liário de salão, e com a produção do
mobiliário a necessidade de realizarem projectos chave na mão”, refere.
Uma nova etapa chega então aos
braços da Casa Espanhol: realizar
todos os projectos das obras que
Portugal Inovador
Página Exclusiva 103
Portugal Inovador
pre a restaurá-las modernizando-as”,
refere. Este processo de transformação tem ainda a possibilidade de ser
acompanhado directamente na fábrica pelo cliente, sempre que o mesmo
entender.
Falamos aqui de peças que apesar
do seu preço elevado de restauro
-entre os 750 e os 1000 euros- são
um investimento. “Quem compra
uma cadeira da Casa Espanhol,
nunca mais troca” tem a empresa
como lema.
O Futuro
lhes eram propostas.
O cliente desta casa de gabarito na
arte da barbearia “ é normalmente
aquela pessoa que vê as cadeiras
em barbearias ou cabeleireiros mistos e quer peças como as nossas,
únicas. Dirige-se à Casa Espanhol e
normalmente pede também para tratar do espaço”, diz o administrador à
revista Pessoas & Negócios.
A Casa assegura a originalidade,
garantindo que não faz nenhum espaço igual. O fabrico é 100% português, desde as fábricas com quem
a empresa mantém parcerias até ao
próprio fabrico. E assegura que “em
cadeiras de barbearia pode competir
com qualquer país”.
Para além de trabalhar em todo o
território nacional, a Casa Espanhol
também opera em Espanha e orgu­
lha-se de ser a única empresa de
Página Exclusiva 104
fabrico e restauro de cadeiras em
toda a Península Ibérica.
Querendo evidenciar e progredir no
seu forte - o restauro, a Casa Espa­
nhol dá então prioridade a esta valência sendo que 90% dos produtos em
fábrica são restauros. “O que costumo pedir às pessoas é que se têm
cadeiras antigas que as restaurem,
com um ar moderno, padrões à escolha e peças totalmente diferentes,
desta forma vão valorizar muito um
espaço”, revela André Granja.
Como peça artesanal de excelência e arte que é, a produção da cadeira de barbear na fábrica varia no
máximo até às 20 cadeiras por mês.
A qualidade da peça restaurada,
­actualmente é igual à de uma nova,
pois “há cadeiras que já foram fabricadas há 25 anos e o cliente pensa
que são novas, porque estamos sem-
Aumentar a área de produção e
restauro das cadeiras de barbear é,
neste momento, o grande projecto
da Casa Espanhol. Inovar a estética das cadeiras, transformando-as
e dotando-as de todas as funcionalidades mais modernas possíveis e
entrar no mercado conceituado da
moda, com a utilização das cadeiras
para maquilhagem, são os projectos
a curto prazo.
Como mensagem aos seus futuros
clientes, André Granja deixa um voto:
“Que nos visitem e que venham co­
nhecer o nosso trabalho que venham
ver as peças únicas que saem desta
casa, pois criamos peças únicas e
cria­mos um espaço à medida e ao
gosto de cada cliente. Aqui fabri­
camos como os clientes querem,
transformamos como acharem
melhor­para serem originais e inovadores.”
A Casa Espanhol permanece então
bem viva, com a excelência do século passado e a inovação do futuro!
Portugal Inovador
Página Exclusiva 105
Portugal Inovador
Aquário:
a solução da electrónica
Com uma experiência consolidada de 35 anos, a Aquário mantém-se na linha
da frente do sector de tecnologias de ponta. A empresa foi congratulada com
o prémio PME Líder em 2010, revelando nesse ano os melhores resultados de
sempre.
É em 1988 que nasce na Rua da
Alegria, no Porto, o primeiro esboço da Aquário. O espaço embrionário, com cerca de 30 m2 e
apenas um funcionário na altura,
foi crescendo, abrindo as portas a
novos espaços e novos sectores.
Hoje apresenta instalações com
cerca de 2500 m2 de exposição
em várias lojas, que cresceram
com a constante preocupação de
abranger toda a área electrónica e
informatizada com a tecnologia de
ponta.
“Ir sempre ao encontro daquilo
que o cliente procurava, e que por
hábito só havia no estrangeiro” foi
o principal cuidado da empresa
desde os seus primórdios. A liderar
a Aquário desde a sua fundação,
Página Exclusiva 106
José Joaquim Sousa refere a boa
relação mantida com os fornecedores como um dos grandes trunfos da empresa.
PME Líder
Há 35 anos no mundo da electrónica, a marca Aquário é referência
dentro do sector. O próprio nome
da empresa, pretende, desde logo,
marcar a diferença em relação a
toda a provável concorrência de
mercado. Para o sócio-gerente,
a concorrência é uma espécie de
“escola de vida”, na qual é possível evoluir de forma positiva num
crescimento saudável.
As soluções apresentadas distinguem a Aquário, que vende em
grande escala para grandes su-
Portugal Inovador
perfícies ou para outras marcas.
“Estamos na área que cobre o
consumo mais modesto, desde
o consumo dos pequenos bares,
consumo de segurança e vigilância
aos consumidores de informática”,
explica José Joaquim Sousa.
A grande variedade de stock
abrange mais de 50000 referências de produto, em todas as áreas
onde a informática e electrónica
estão presentes.
“O nosso país é pequeno e estamos com um mercado de algumas
limitações, o que nos obriga a dar
todas essas soluções, nas quais é
preciso corresponder, mesmo aos
grandes países”, refere o gerente.
A liderança que a Aquário assumiu
em 2010, assume ainda hoje como
uma máxima a seguir sempre.
Uma conduta ponderada, assente
em pilares como a honestidade e
transparência, faz também parte
do vector adoptado.
Crescimento acentuado
Na loja central, sedeada no Porto,
e nas quatro filiais espalhadas pelo
país, é possível encontrar tudo
o que à electrónica e acessórios
electrónicos diz respeito. “Quando
alguma empresa fala de uma peça
específica, fala da Aquário”, assume José Joaquim Sousa.
A Aquário é então a solução electrónica: “Temos consciência disso,
e, por isso, temos sempre o cuidado de manter este nome e este
perfil”, garante.
A linha de crescimento tem tido, ao
longo dos anos, um sentido ascendente. Os projectos são ambiciosos, procurando alargar ainda mais
a empresa ao nível do país. Todos
os proveitos da empresa são reinvestidos na mesma, quer ao nível
de inovação de produtos, quer ao
nível da formação aos 40 empre­
gados, distribuídos pelas cinco
firmas. Para 2011 as expectativas
indicam um ritmo de crescimento
acelerado, podendo ultrapassar o
ano de 2010, em que foram alcan­
çados os melhores resultados de
sempre.
Inovação na marca
e produtos
“Inovação é a convicção para o
mundo actual”, afirma o gerente.
Nesse sentido, a Aquário faz dia­
riamente uma pesquisa de mercado, em busca de novos produtos
para apresentar aos clientes.
Todo o conjunto de memórias e
microprocessadores precisa de
acessórios e muito desenvolvimento, e a aproximação das escolas à Aquário vem no sentido de
explorar a investigação, orientação
e formação das pessoas.
Com a nova marca “Flow”, a
Aquário pretende “uma oferta que
vá ao encontro da condição do
mercado actual, economicamente
baixa em termos financeiros, mas
com as prestações daquilo que são
as grandes marcas, com o segredo
de um valor acrescentado”, afirma
Mário Ferreira, ­director comercial
da Growtronica. Vai ser uma marca direccionada especialmente
para a distribuição, uma marca de
bandeira da própria Growtronica.
As boas referências internacionais
com a Holanda, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Bélgica e Itália
já comprovaram a qualidade do
serviço prestado pela Aquário.
O retorno
da satisfação
A satisfação do cliente é a parte
mais gratificante de todo o processo de negócio na Aquário.
“O serviço que nós fazemos é
compensado pela satisfação dos
­clientes”, garante José Joaquim
Sousa.
É a pensar neles que a Aquário
tem já em vista novos planos ao
nível de software, que irão permitir
o acesso online aos produtos da
empresa em tempo real, buscando
uma resposta eficaz em qualquer
ponto do país.
Página Exclusiva 107
Portugal Inovador
Parceira da indústria nacional
Optando por revestimentos tecnologicamente avançados, a Procoat é especialista em tecnologias limpas. A revista “Portugal Inovador” esteve à conversa
com Armando Salazar, gerente da empresa e com José Carlos Manta, Director
Comercial.
zar identificar lacunas ao nível das
tecno­logias limpas, assim como
importar as soluções que melhor
se adaptam a cada projecto. Os
países fornecedores da Procoat
que mais investem nestas soluções
situam-se no mercado europeu essencialmente, Alemanha, Itália,
Suíça, França, etc.
Pretendemos transformar a sinergia de conhecimentos de diversas
áreas em valor para os nossos
­clientes.
Após 40 anos de trabalho como
fabricante no sector das tintas e
revestimentos, Armando Salazar,
engenheiro de formação, fundou
em 2004 a Procoat.
O vasto conhecimento e experiência adquiridos levaram-no a concluir que o investimento na investigação e inovação em empresas de
pequena ou média ou dimensão
em Portugal não se coadunava
com a dimensão dos projectos
do mercado nacional, sendo mais
viável a procura e introdução de
novas tecno­logias – tecnologias
limpas - nas indústrias portuguesas a partir da procura de sinergias
com empresas líderes de mercados, maioritariamente Europeias.
“Nos mercados internacionais
afectam-se maiores verbas para
investigação e desenvolvimento
tecnológico,
comparativamente
com o mercado interno.”
A Procoat nasceu para colmatar essa carência, sendo esse
o nosso objectivo inicial, e hoje,
apresentamos uma gama vasta
“multimarcas” capaz de responder
às exigências do mercado, explica
Armando Salazar.
Aliamos a parte logística de armaPágina Exclusiva 108
zenamento e distribuição com o
apoio técnico pré e pós venda.
Logisticamente a Procoat tem
capacidade de fornecimento de
produtos quer de stock local, quer
de outras origens com prazos de
entrega curtos, resultado de acordos com varias empresas, para
gamas de tintas em pó termoendurecíveis e termoplásticas, tintas
líquidas industriais com possibilidade de afinação de cores, entre
outros produtos e equipamentos.
Procoat apresenta a solução
“A Procoat trabalha na área dos
revestimentos industriais de peças
ou superfícies com efeitos de protecção, decoração ou funcionais”,
refere José Carlos Manta, enge­
nheiro da empresa.
“O nosso objectivo é disponibilizar novas tecnologias, produtos,
equipamentos, processos de trabalho… Estamos aptos a resolver
qualquer problema de revestimento, decoração ou protecção que as
indústrias necessitem”, reforça o
gerente.
A experiência adquirida ao longo
de tantos anos de dedicação ao
sector permite a Armando Sala-
Trabalho personalizado
José Carlos Manta explica-nos o
processo de actuação da empresa:
“No serviço pré-venda, fazemos
consultadoria e propomos ao
­cliente o produto e/ou a tecnologia
e/ou equipamento que melhor se
adapta à sua indústria;
No serviço pós-venda, acompa­
nhamos a aplicação do material,
de modo a sugerir alterações ao
processo de aplicação de forma
a optimizar e valorizar o produto
­final”;
“Na implantação de grandes tecnologias, levamos o cliente ao produtor para que este possa analisar
todos os mecanismos que pode vir
a instalar”, reforça Armando Salazar.
Nanotecnologia
A Procoat aposta na inovação,
procurando sempre as melhores
soluções direccionadas ao seu
sector de actividade.
A nanotecnologia é uma das “ferramentas” recentes que permite
obter um revestimento de elevada
qualidade, consumindo muito
Portugal Inovador
utilizando vários métodos de PVD
(Phisical Vapour Deposition) como
vaporização,
sputtering,
arco
catódico, electron-beam, podem
fazer-se deposições de filmes
muito finos de metais ou ligas, sem
poluição, com aproveitamento total
do produto” e com características
excelentes, conclui.
Tecnologias limpas
A indústria utiliza produtos que contêm
contaminantes e produzem resíduos que
menor quantidade de produto,
sendo em termos ecológicos das
técnicas mais avançadas.
“Existem actualmente muitos laboratórios especializados em todo
o mundo que dedicam a desenvolver esta técnica. Se fizermos
um revestimento utilizando nanotecnologias estamos a consumir
muito menos matérias-primas, e a
obter resultados dificilmente atingidos ou mesmo inatingíveis com
produtos convencionais,
A Procoat já promove, vende e implementa revestimentos decorativos
e funcionais baseados nesta tecnologia”, explica Armando Salazar.
O empresário explica-nos o processo de um trabalho específico
de metalização que, normalmente,
é feito por sistemas galvânicos,
mas que com a nanotecnologia é
realizado em ambiente de vácuo.
“Dentro de uma câmara de vácuo­,
é necessário reaproveitar ou destruir.
As tecnologias limpas que a Procoat
propõe, e tem vindo a implementar,
aproveitam esses produtos quase na sua
totalidade, com poucos índices de reciclagem, sendo mais amigas do ambiente.
Ecologia e Economia não entram em conflito.
São a consequência lógica de um
empreendedorismo
sustentável,
tra-
balhando com fornecedores inovadores
e com produtos da mais alta qualidade.
Página Exclusiva 109
Portugal Inovador
Líder na revenda de tabaco
Sedeada no Grande Porto, a Alexandre Alves Pereira, Lda é a PME Líder para
revenda de tabaco por retalho e também ao consumidor final. A gestão criteriosa e profissional da empresa tem conduzido a mesma por trilhos de êxito.
ma a que se esgote o menos possível o tabaco nas máquinas”, refe­
re Lúcio Nadais, sócio-gerente.
Seriedade e profissionalismo
Quando a empresa foi criada, em
1956, o enfoque era apenas a
revenda. Actualmente, esse enfoque foi alterado, dedicando-se
hoje a Alexandre Alves Pereira à
venda por retalho a tabacarias de
rua, shoppings, a cafés, mas também ao consumidor final. Para Lúcio Nadais, “essa é uma mais-valia
muito importante pra a empresa,
porque vendemos sem descontos, ou seja, lucramos a 100% das
margens”.
Há 11 anos a gerir a Alexandre Alves Pereira, Maria de Lurdes Frias
de Oliveira e Lucío Nadais apontam a seriedade, profissionalismo
e excelência no atendimento ao
público como a chave de êxito da
empresa.
PME Líder
De Vila Nova de Gaia a Vila do
Conde, passando por Matosi­nhos,
Trofa, Valongo e Gondomar, a
­Alexandre Alves Pereira, Lda tem
a seu cargo várias máquinas automáticas onde faz distribuição
de tabaco. É na Rua Firmeza que
se encontra localizada a sede da
empresa, numa loja dinâmica que
Página Exclusiva 110
vende, para além do tabaco, uma
diversificada gama de acessórios
e produtos como café, doçaria, entre outros.
Nos vários pontos onde as máquinas de tabaco se localizam, o trabalho da empresa passa pela recolha de moedas e reposição do
tabaco vendido. “Servimos de for-
A boa gestão financeira foi uma
ferramenta que nunca falhou, e
que, contando com a colaboração
dos 16 funcionários que compõem
a equipa, conduziu a Alexandre Alves Pereira ao prémio PME Líder
em 2010.
“Não tenho vendedores, faço tudo
por televenda; mesmo quando há
algum tipo de promoção a fazer,
não preciso de ir para a rua, faço
isso pelo telefone”, explica Lúcio
Nadais.
Existe um responsável pelo sector das máquinas e outro pelas
cobranças de dinheiro e contabilidade das mesmas máquinas, mas
a grande mais-valia da empresa
são as duas scooters usadas nas
Portugal Inovador
distribuições. São essas scooters
que, servindo para entregar encomendas para todo o tipo de lojas
e clientes, represantam uma vantagem sobre a maioria das empresas no mesmo ramo, na cidade do
Porto. A Alexandre Alves Pereira é
hoje a única empresa no Grande
Porto a fazer distribuições deslocando-se de moto.
“Pensar ontem no que vai aconte-
cer amanhã” é uma máxima que
Lúcio Nadais nunca esquece na
gerência da firma.
no seu percurso.
Os funcionários são tratados como
amigos, num barco onde “todos remam para o mesmo lado”.
A satisfação e fidelização dos
­clientes vem comprovar a qualidade de serviço prestado e abrir
novas portas a potenciais novos
compradores.
Cumprir um horário entre as 8h00
e as 19h00, sem encerramento
para almoço continua a ser uma
das estratégias adoptadas, pensando sempre em prol do cliente,
que é posto no patamar das preocupações diárias.
Servir qualidade
Apesar de estarmos perante uma
empresa de alto risco e bastante
susceptível a roubos, a Alexandre
Alves Pereira procura estar sempre à altura de todas as dificuldades que possam atravessar-se
Página Exclusiva 111
Portugal Inovador
Abastecer com qualidade
Fica em Leça da Palmeira, junto ao campo do Leça Futebol Clube, o posto de
abastecimento de gasolina da CEPSA.
A história começa em 1994, quando a Câmara de Matosinhos cedeu
o terreno ao Leça Futebol Clube
para poder colocar um posto de
abastecimento que permitisse ajudar a situação financeira do clube.
O Leça chegou a um acordo com a
Petrogal e ficou a explorar a bomPágina Exclusiva 112
ba com um contrato com a duração
de 30 anos. A terminar em 2012,
o gerente e também presidente
do clube, António Pinho, está já a
negociar com a CEPSA um novo
contrato para mais 30 anos.
Numa primeira fase o posto pertencia à Galp, em 2003 deu a cota
de mercado à Cepsa. Houve uma
grade quebra de vendas devido à
mudança, uma situação complicada. “Foi um período conturbado,
no entanto as coisas evoluíram, eu
comprei uma máquina de lavagem
automóvel nova. Esta era uma das
vertentes que tínhamos de explorar porque já tínhamos uma boa
clientela, mas a antiga máquina
foi-se degradando e fizemos um
investimento a esse nível”, refere
o gerente. Os resultados foram
satisfatórios, contribuindo para
um crescimento sustentado até há
pouco tempo: “Agora com os postos de abastecimento de bandeira
branca, das grandes superfícies
comerciais perto do nosso, temos
vindo a verificar uma quebra de
vendas novamente. Os clientes
não percebem que a qualidade do
nosso combustível não se com-
Portugal Inovador
para à da dessas marcas”, acrescenta.
O posto de abastecimento de
Leça da Palmeira encontra-se aberto das 6h às 24h, trabalhando
16 horas consecutivas com dois
funcionários, um na loja de conveniência e um outro na lavagem
tanto no turno da manhã como no
da tarde. A loja de conveniência é
bastante movimentada e António
Pinho refere-a como uma valência do posto: “Hoje em dia, eu vejo
com muita dificuldade um posto de
abastecimento conseguir sobreviver só daquilo que ganha com os
combustíveis, eu diria mesmo que
é impossível”.
Como a conjuntura não é a melhor,
com os preços do combustível ele­
vados, o baixo poder de compra
e as empresas em dificuldades,
o posto adoptou algumas promoções para os seus clientes: um
desconto de cinco cêntimos por
litro no preço da gasolina/gasóleo,
efectuado directamente no valor de
referência e a oferta de cartões de
fidelidade. São três os cartões: o
“Cepsa- Star” ligado às empresas,
que permite abastecer com o valor
carregado pelas firmas, o cartão
“Porque eu volto”, que fideliza o
cliente à Cepsa e acumula pontos,
e o cartão “Porque eu volto” para
motoristas, que acumula também
pontos que dão prémios.
Um serviço inovador por parte do
posto passa por ir à casa do ­cliente
buscar o carro para fazer a autolavagem, tanto interior como exterior
e voltar a entregá-lo.
Como planos para o futuro, o
­gerente adianta à revista “Portugal Inovador”: “Aumentar a loja de
conveniência que tem muito movimento e precisava ser maior e
modernizar ainda mais o posto”.
Página Exclusiva 113
Portugal Inovador
“Trabalhar para servir”
Preocupada em fornecer serviços de qualidade, a Cargolândia assume-se no mercado dos transitários como uma empresa certificada pela APCER – Associação
Portuguesa de Certificação com a norma NP EN ISO 9001:2008, tanto nos transportes terrestres, como marítimos e aéreos, bem como uma empresa PME reco­
nhecida pelo IAPMEI.
Com uma vasta experiência no
sector, a Cargolândia trabalha com
várias empresas nacionais assegurando a exportação de todo o
tipo de produtos, desde os têxteis
e calçado, às mármores, vinhos e
até cortiças.
Com o lema “Trabalhar para servir”, esta empresa, presente no
mercado transitário há 16 anos,
mas com uma experiência na actividade que remonta à década de
60, trabalha também com grandes
Página Exclusiva 114
empresas internacionais, nomeadamente ao nível das importações
para Portugal, que passam pelas
matérias-primas, máquinas e por
alguns produtos já manufacturados particularmente para o sector
têxtil.
Actualmente são dez os funcionários da empresa, com um
departamento comercial, logístico
e operacional.
Presente em toda a Europa, em Israel, no Chipre, USA, Ásia e Médio
Oriente e em alguns países da Europa de Leste, através de uma rede
de correspondentes que apoiam a
sua actividade internacional.
A Cargolândia tem como principal
função a organização de transporte internacional de mercadorias
em colaboração com os transportadores terrestres, marítimos e
aéreos para o efeito, assume um
dos sócios-gerentes da empresa,
Dr. José Santos Ferreira.
Vincando a diferença entre transitários e transportadores, Dr. José
Santos Ferreira, que partilha a
gerência com António Tavares,
destaca que “ a função dos transportadores no mercado internacional apresenta-se de uma forma
distinta da actividade transitária”.
Com uma facturação na ordem
dos dois milhões de euros ­anuais,
a Cargolândia enfrenta uma dura
concorrência, com cerca de 300
empresas inscritas na APAT (Associação dos Transitários de Portugal), e outras que escapam à
supervisão da mesma. A empresa
“está munida de todos os meios
necessários para o exercício da
actividade transitária”, assegura
Dr. José Santos Ferreira.
Além de membro na APAT- Associação Portuguesa dos Transitários, a Cargolândia possui alvará para o exercício da actividade
transitária, emitido pelo Instituto
da Mobilidade e Transportes Terrestres, e tem também acreditação
internacional enquanto membro da
IATA (Internacional Air Transport
Association), que regula o transporte aéreo, bem como Agente
Reconhecido pelo INAC (Instituto
Nacional da Aviação Civil).
De acrescentar, que a sua mais
recente certificação foi o estatuto
AEO - Operador Económico Autorizado pela DGAIEC – Direcção‑Geral das Alfândegas e Impostos
Especiais sobre Consumo. A Cargolândia esforça-se diariamente
por cumprir a sua missão, servindo
os clientes com profissionalismo e
dedicação e sendo para estes um
importante assessor nas suas trocas comerciais.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 115
Portugal Inovador
Altis Park Hotel:
um centro de negócios
Um Hotel de quatro estrelas localizado em Lisboa que, sendo um autêntico Centro
de Negócios, mantém a genuína hospitalidade portuguesa.
Com uma vista deslumbrante sobre a cidade de Lisboa e o Rio
Tejo, o Altis Park Hotel Conference
& Business Hotel está localizado
perto do Parque das Nações a dez
minutos do Aeroporto de Lisboa (5
Km).
Muito funcional para negócios, o
hotel prima pelo fácil acesso, quer
pela proximidade ao Aeroporto de
Lisboa, quer pelo facto de dispor
de metro à porta (Estação Olaias –
Linha Vermelha).
O hotel está equipado com 300
quarto, 195 recentemente renovados incluindo 15 suites, com
ar condicionado, telefone directo,
LCD FULL HD TV, acesso à Internet e mini-bar.
O Hotel dispõe em dois pisos
Página Exclusiva 116
dedicados, de um centro de Congressos moderno e totalmente
­equipado; um amplo auditório totalmente renovado com capacidade
para 280 pessoas e três cabines
de tradução e a sala Atlântico com
capacidade para 550 pessoas em
plateia ou 300 pessoas em banquete. O cliente poderá também
optar, se desejar, por uma das
nove salas de reunião com amplas
janelas e luz natural.
Membro da Premium Collection da
Great Hotels of the World, o Altis
Park dispõe ainda do Restaurante
Navegadores onde poderá viajar
por sabores criativos, desfrutando
de um variado e completo buffet
ao almoço ou com serviço à la
carte ao jantar. Já para encontros
de amigos ou de negócios, o hotel
sugere o piano bar Adamastor, um
espaço amplo do hotel e ideal para
uma bebida ou um snack.
Lazer e Desporto
a dois passos
Situado a 100 metros do Hotel Altis
Park, o Olaias Club inclui no seu
complexo desportivo: duas piscinas, courts ténis, squash, health
club com ginásio, sauna, banho
turco, jacuzzi, cabeleireiro e lojas.
Serviço de Shuttle Aeroporto
Lisboa /Hotel
Mesmo com a fácil acessibilidade
funciona no hotel o serviço gratuito
para os hóspedes de shuttle entre
o Altis Park e o aeroporto.
Portugal Inovador
O conceito Zenit
Chegado ao Zenit em Lisboa, o cliente vê um hotel de
traça antiga mas cuidada. Curiosamente vai entrando
até que se depara com um ambiente moderno, requintado, luxuoso e acolhedor.
Zenit é sinónimo de “estar
bem localizado”, inicia Cristina
Valverde, directora geral do
­h otel.
Pertencente a um grupo espa­
nhol – Zenit Hoteles com 12
anos e 22 hotéis em Espanha
e um em Portugal, em Lisboa o hotel Zenit está aberto há já
seis anos.
Reconhecido como um hotel
de qualidade e excelência de
serviços, o grupo tem em mente
a abertura de mais um hotel,
nestas terras à beira mar plantadas. Situar-se-á num antigo
solar, num local muito privilegiado da cidade do Porto, na
Avenida da Boavista. Todos os
hotéis do grupo estão localizados no centro das cidades. O
objectivo é manter a fachada
original do edifício e requintar o
seu interior.
Existe um cuidado peculiar em
responder às necessidades dos
clientes. “A expectativa que os
clientes criam à volta de um
­h otel de quatro estrelas tem que
ser valorizada, então, tentamos
dar ao cliente todos os serviços
solicitados, seja em lazer ou
negócios”, salienta Cristina
Valverde.
Equipado com ginásio; cinco
salas de reunião com sistemas
audiovisuais “actualizados” uma vez que 90% dos clientes
viajam em negócios; 82 quartos
e quatro suites, o Zenit contempla também dois pisos para fumadores.
Com cozinha de autor, além do
restaurante onde são servidos
almoços, jantares, banquetes,
almoços de trabalho, baptizados, apenas “ainda não fizemos
casamentos”, regozija a directora geral, o bar é também lugar para repouso e lazer entre
clientes.
Curiosamente há mais um
serviço que tem agradado aos
que pernoitam no Zenit: “almofadas à la carte”, um mimo que
o hotel disponibiliza.
Zenit no Mundo
Em fase embrionária estão dois
projectos: um em Paris e um em
Budapeste. Fidelizar cada vez
mais os clientes apresentando
qualidade e excelência adaptadas às necessidades de cada
um é o conceito da cadeia Zenit, uma cadeia que mereceu o
reconhecimento com o prémio
PME Excelência. “Somos Zenit porque somos diferentes”,
­r emata a directora geral.
Página Exclusiva 117
Portugal Inovador
Semear para colher depois
Em altura de decisões importantes para quem quer consolidar o seu estatuto
e segundo muitos também num momento ideal para arriscar, não podem ser
só os empreendedores a dar passos firmes tendo em vista a prosperidade das
suas empresas e instituições e o crescimento económico. É necessário que o
Estado incentive o investimento dirigindo a poupança para outras áreas e para
quem mais pode pagar a crise.
Numa altura em que a exportação
do que é produzido a nível interno e a globalização dos negócios
parece ser o rumo certo não só
para que as instituições nacionais
se tornem competitivas e garantam
o seu futuro, mas também porque
o mercado nacional não é favorecido com as crescentes obrigações
fiscais tanto para quem vende
como para quem compra, continua
a haver em Portugal quem o faça
não simplesmente para sobreviver
e mesmo crescer, mas sim para
ganhar um espaço entre os me­
lhores.
A Universidade de Coimbra é um
exemplo bem ilustrativo disso por
um lado porque prova que pode­
mos estar ao nível dos primeiros
e por outro que há inúmeros ga­
nhos possíveis. Com a presença
no ITunes – conseguida há bem
pouco tempo - onde disponibiliza
o acesso a vídeos e áudios de
matérias de relevo científico, técnico e cultural, a UC conseguiu
posicionar-se lado a lado com as
mais consagradas universidades
mundiais como Oxford, Stanford,
Yale, entre outras, quando até aí
apenas as mais reconhecidas ti­
nham ali lugar. Por dia são já descarregados em média 100 fichei­
ros, muito longe ainda dos cerca
de 10 milhões por ano de Oxford,
mas que mostra o considerável
peso da diáspora portuguesa no
mundo. Deste modo, a lusofonia
espalhada por vários pontos do
mundo, desde especialistas com o
intuito de assistirem a uma confe­
Página Exclusiva 118
Portugal Inovador
rência em que não puderam estar
presentes até pessoas não inte­
ressadas em obter um curso superior mas que pretendem tomar
conhe­cimento de temas específicos ou de cultura geral, além de
estrangeiros mais interessados
ou curiosos em ver determinado
conteúdo, podem agora fazê-lo
através de um clique e despen­
dendo uma pequena quantia.
A par desta novidade, o investimento em ciência por parte do Estado
tem aumentado bastante – aplicamos uma maior percentagem do
PIB na investigação do que países
como Espanha, Itália, República
Checa, Irlanda e Grécia; e muitos
dos nossos melhores cientistas estão a regressar ao país, o que tem
resultado numa produção científica
mais sólida, constante e influente.
Mau é que nem todos os campos
sejam potenciados como deviam
e não sirvam como municiadores
dos projectos estruturantes.
Basta ver a redução feita aos financiamentos das instituições de
ensino superior quer públicas quer
privadas, e o corte nas bolsas de
apoio, ao mesmo tempo que são
cada vez aprovados mais cursos
a acrescentar aos 4000 existentes
– a maior parte deles autênticos
passaportes para a ilusão de um
futuro risonho e aparentemente
prometedor. Se queremos investigadores de topo e trabalhos de
eleição, deve começar-se pela
base, construindo os alicerces que
sustentem o futuro de quem estuda e merece ser recompensado, e
por conseguinte a diferenciação e
o crescimento da economia.
E não é só no ensino que parece
não haver uma estratégia coerente
e profícua, na economia sucede o
mesmo. O crescimento da economia não se pode basear na ba­lança
de transacções. É importante que
diminuamos a dependência externa e que façamos entrar dinheiro
do exterior, mas sem descurar os
portugueses que na maior parte
dos casos são o principal público‑alvo e que sobrecarregados com
impostos, e cortes salariais retraem-se no consumo, perdem po­
der de compra e geram recessão
económica.
Página Exclusiva 119
Portugal Inovador
Oportunidades para
o empreendedorismo inovador
Mais de 300 milhões para capital de risco em 2011
A escassez de acesso a financiamento originou, numa clara aposta em projectos empresariais mais inovadores, uma intervenção fortíssima do Estado na
área do Capital de Risco. São cerca de 150 milhões de euros do COMPETE
a alavancar fundos de co-investimento com operadores de capital de risco e
“business angels”, num montante global de cerca de 340 milhões de euros.
Todos os contextos de crise, como
aquele que vivemos, encerram
oportunidades a não desperdiçar.
A iniciativa do COMPETE não é
uma simples medida anti-crise,
constitui uma aposta clara no empreendedorismo inovador, como
forma de estimular a alteração
dos padrões de investimento nas
empresas e nos empreendedores
com projectos de potencial global.
Um dos problemas com que as
nossas empresas se debatem tem
a ver com a selecção frequen­
temente errada do modelo de financiamento, essa é a experiência do IAPMEI ao longo dos seus
cerca de 30 anos de actividade.
Em algumas zonas do País, onde
a cultura da propriedade privada é
muito enraizada, os empresários e
gestores são avessos ao capital de
risco, não querendo um sócio temporário nas suas empresas. Esta
realidade penaliza as empresas e
a economia, porque a iniciativa privada que requereria capital acaba
por se financiar através de crédito
bancário, por vezes com perdas
substanciais de oportunidades de
mercado, com atrofiamento ou desenvolvimento lento dos negócios.
A escassez de crédito determinará
que muitos negócios com elevado
risco deixem de ter acesso a crédito, e, assim, a oportunidade está
criada. A injecção de dinheiros
públicos no capital de risco permitirá um maior número de operaPágina Exclusiva 120
ções, em todas as fases do ciclo
de vida das empresas. Igualmente,
nesta área, em parceria com o Euronext, será lançado um produto
para facilitar o financiamento de
PME, através do acesso ao mercado de capitais.
Mas é ao nível do empreendedorismo emergente que o salto qualitativo vai ser maior. Decorrente da
experiência piloto desenhada no
âmbito da primeira fase do programa FINICIA, ficou demonstrada a
necessidade e a oportunidade de
investir, com capital de risco, em
projectos mais pequenos de criação de empresas, numa lógica de
capital semente.
Encontram-se em constituição 6
fundos de capital de risco para a
Portugal Inovador
A escassez de crédito determinará que muitos
negócios com elevado risco deixem de ter acesso
a crédito, e, assim, a oportunidade está criada. A injecção de dinheiros públicos no capital de risco permitirá um maior número de operações, em todas as
fases do ciclo de vida das empresas. Igualmente,
nesta área, em parceria com o Euronext, será lançado um produto para facilitar o financiamento de
PME, através do acesso ao mercado de capitais.
fase do “early stage” (projectos até
3 anos de vida), e ainda 54 fundos
de co-investimento que agregam
mais de centena e meia de “business angels”, isto é, investidores
individuais que colocam algum
dinheiro e a sua experiência ao
serviço de novos empreendedores
que procurem sócios para montarem ou impulsionarem o seu
negócio recém-criado. Estas duas
soluções fazem toda a diferença.
Para a área dos negócios de base
tecnológica, uma solução adicional: três fundos de capital pré-semente, para projectos de tecnologia com potencial comercial. Muita
tecnologia não chega ao mercado
por se encontrar ainda em estádios
de desenvolvimento embrionários,
muito longe do produto final. Estes
fundos destinam-se a colocar mais
tecnologia no mercado, seja pela
via da constituição de empresa,
seja através de licenciamento industrial. As vantagens são óbvias,
e a redução de desperdício de ino­
vação mais do que compensa o ele­
vadíssimo risco do investimento.
Por isso, o IAPMEI, que muito se
bateu por estes mecanismos e
soluções para os empreendedores,
deixa o alerta a quem neste momento tem projectos inovadores e
faz contas à crise, adiando o negócio. Uma oportunidade destas não
tem paralelo em Portugal, é quase
irrepetível. Projectos inovadores
e ambiciosos, precisam-se agora.
Venham ter com o IAPMEI, que
o IAPMEI tudo fará para intermediar a relação entre empreeendedores e investidores, com vista ao
acréscimo do investimento produtivo no nosso País.
Luís Filipe Costa
Presidente do IAPMEI
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