UTILIZAÇÃO DE GÉRMEN DE TRIGO COMO
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UTILIZAÇÃO DE GÉRMEN DE TRIGO COMO
Alexandra Marques 1 UTILIZAÇÃO DE GÉRMEN DE TRIGO COMO FONTE PROTEICA EM DIETAS Inês Campos 1,2 PARA ROBALO (Dicentrarchus labrax) Ema Dias 3 Elisabete Matos 4 Luísa M.P. Valente 1,2* * [email protected] INTRODUÇÃO A procura de novas fontes proteicas para substituição de farinha de peixe levou à identificação do gérmen de trigo, um subproduto obtido do processamento do trigo, como um potencial ingrediente a incluir em dietas para robalo tendo em conta a elevada digestibilidade aparente da proteína (97%). MATERIAL E MÉTODOS Foram formuladas 3 dietas isoproteicas e isoenergéticas com diferentes níveis de inclusão de gérmen de trigo (0, 7,5 e 15,5 %) com o objetivo de avaliar o seu efeito na performance zootécnica de juvenis de robalo. 0 % (CONTROLO) 1 CIIMAR 7,5 % Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental Universidade do Porto Rua dos Bragas, 289 4050-123 PORTO 2 ICBAS Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar Rua Jorge Viterbo Ferreira, 228 4050-313 PORTO 3 GERMEN Moagem de Cereais, SA Rua Joaquim Pinto, 91 4460-901 Senhora da Hora PORTO 4 SORGAL As dietas foram distribuídas até à saciedade aparente por grupos triplicados de peixes (16,7g), durante 18 semanas. 15,5 % Ingredientes (%) Farinha de peixe Hidrolisado de penas (AVICASAL) Gérmen de trigo (GERMEN) Hemoglobina em pó AP310 Farinha de aves 67 (SAVINOR) Gluten de milho Farinha de girassol Farinha de milho Amido de ervilha Óleo de peixe (COPPENS) Vit e Min Premix PV01 Levedura de cerveja Ligante (Kieselghur) Antioxidante em pó (Paramega) Proprionato de sódio DCP L-Lisina DL-Metionina CTRL GT7.5 GT15 22,7 5,0 0,0 2,5 28,0 8,2 7,5 8,6 3,0 11,8 1,0 0,4 0,5 0,2 0,1 0,0 0,3 0,2 18,7 5,0 7,5 2,5 28,0 8,2 7,5 5,6 3,0 11,4 1,0 0,4 0,5 0,2 0,1 0,0 0,3 0,2 14,7 5,0 15,5 2,5 28,0 8,2 7,5 2,0 3,0 11,0 1,0 0,4 0,5 0,2 0,1 0,0 0,3 0,2 Sociedade de Óleos e Rações Estrada 109 Lugar da Pardala 3880-728 S. João OVAR Energia 21 KJ/g Lípidos 20% RESULTADOS Evolução do peso corporal (g) 50 1,0 2,0 0,9 1,8 0,8 1,6 0,7 40 30 CTRL GT7,5 GT15 20 10 0 0 7 11 Tempo (semanas) 18 Índice de eficiência proteica Índice de conversão alimentar 60 Agradecimentos Proteína Bruta 50% a ab b 1,4 0,6 1,2 0,5 1,0 0,4 0,8 0,3 0,6 0,2 0,4 0,1 0,2 0,0 0,0 CTRL GT7,5 GT15 a CTRL ab GT7,5 b GT15 Ao fim de 18 semanas, não se registaram diferenças significativas no peso final dos peixes alimentados com as várias dietas, tendo todos os robalos triplicado o seu peso inicial. A composição corporal dos peixes foi semelhante (matéria seca 36%, proteína 17% MS, lípidos 15% MS, energia 9kJ/g MS). O projeto VALORINTEGRADOR foi financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), financiado pelo Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (FEDER) através do Programa de Competitividade Operacional (COMPETE) - referência número 38861. A dieta GT15 induziu uma melhor conversão alimentar e uma maior eficiência proteica comparativamente à dieta controlo (P<0.05). CONCLUSÃO A inclusão de 15% de gérmen de trigo parece ser um potencial substituto da farinha de peixe, melhorando a capacidade de utilização digestiva do robalo.